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PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR LINDENBERG PRAD (PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS) GOVERNADOR LINDENBERG - ES 2014

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR LINDENBERG

PRAD

(PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS)

GOVERNADOR LINDENBERG - ES

2014

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR LINDENBERG

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

PRAD

(PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS)

CONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Governador Lindenberg

LOCALIDADE: Governador Lindenberg ES

DATA: 28 de abril de 2014

GOVERNADOR LINDENBERG - ES

2014

P R O J E C T A E N G E N H A R I A Avenida Silvio Ávidos, nº 1500, sala 205, CEP: 29703-134,

São Silvano - Colatina ES

CNPJ: 12.080.352/0001-83 IM: 35.852 Tel.: (27) 3049-2222 / 9-9986-4611

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE............................................................. 04

2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 05

3 OBJETIVO.......................................................................................................... 11

3.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 11

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................ 11

4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E DA REGIÃO ESPECÍFICA............... 12

4.1 HISTÓRICO..................................................................................................... 12

4.2 CARACTERÍSTICAS DO CLIMA..................................................................... 14

4.3 CARACTERISTICAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO.............................. 18

4.4 ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA................................................ 18

4.4.1 Habitação..................................................................................................... 18

4.4.2 Energia Elétrica........................................................................................... 19

4.4.3 Estradas e transportes................................................................................ 19

4.4.4 Água e esgoto.............................................................................................. 19

4.5 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRAFICA.......................................... 20

4.6 GEOMORFOLOGIA......................................................................................... 21

4.7 FLORA.............................................................................................................. 24

4.8 FAUNA.............................................................................................................. 25

5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA OBJETO DO PROJETO................................. 28

5.1 PLANTA DE SITUAÇÃO.................................................................................. 28

5.2 LOCALIZAÇÃO................................................................................................. 28

5.2.1 Dimensões.................................................................................................... 28

5.2.2 Tipos de resíduos........................................................................................ 29

5.2.3 Presença de catadores............................................................................... 31

5.2.4 Situação e uso da área................................................................................ 33

5.2.5 Período de utilização da área..................................................................... 34

6 PROJETO EXECUTIVO...................................................................................... 36

6.1 AÇOES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS..................... 36

6.2 PROJETO REVEGETATIVO............................................................................ 49

6.2.1 Apresentação das medidas que irão propiciar a recuperação das

características físicas e químicas do solo superficial...................................... 49

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

6.2.2 Apresentação das práticas conservacionistas que serão adotadas

para regeneração da área.................................................................................... 50

6.2.2.1 Isolamento.................................................................................................. 50

6.2.2.2 Prevenção de incêndios............................................................................. 51

6.2.3 Metodologia de plantio, distribuição das mudas e replantio.................. 51

6.2.4 Marcação, espaçamento, coveamento e disposição de mudas ........... 52

6.2.5 Plantio e replantio....................................................................................... 53

6.2.6 Irrigação....................................................................................................... 54

6.2.7 Calagem e Adubação.................................................................................. 55

6.2.8 Controle de plantas invasoras................................................................... 55

6.2.9 Combate às formigas.................................................................................. 56

6.3 APRESENTAÇÃO DA LISTA DAS ESPÉCIES DESTINADAS AO

REFLORESTAMENTO........................................................................................... 57

6.4 INDICADORES TÉCNICOS NO ACOMPANHAMENTO DO PROJETO....... 61

7 PARECER CONCLUSIVO.................................................................................. 63

8 PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS................................................................... 64

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 66

ANEXOS................................................................................................................. 69

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

1 IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE

Nome: Prefeitura Municipal de Governador Lindenberg

CNPJ: 04.217.786/0001-54 - Pessoa Jurídica de Direito Público

Endereço: Rua Adelino Lubiana, s/n, Centro, Governador Lindenberg - ES

Telefone: (27) 3744-5214

Responsável: Excelentíssimo Senhor Prefeito Paulo Cezar Coradini

Administração: 2013/2016

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

2 JUSTIFICATIVA

Apesar do meio ambiente ser entendido hoje como o conjunto dos recursos naturais e

suas inter-relações com os seres vivos, é comum verificar que este conceito seja

associado apenas ao “verde” da paisagem, à natureza ou à vida, isto de certa forma

tem deixado de considerar os recursos hídricos e das questões relativas à poluição do

ar, relegando muitas vezes, a um segundo plano, o meio ambiente urbano, que nada

mais é que um ecossistema criado pelo homem e que muitas vezes esquecemos que

somos parte integrante e ativa do meio ambiente em que vivemos.

Só para se ter uma idéia, apenas recentemente, foram incluídos nos princípios

ambientais da Constituição Federal brasileira de 1988, o princípio do Direito Ambiental

como sendo um bem coletivo (BARBOSA, 2006).

Atualmente existem muitas áreas degradadas que foram geradas em função das

diversas interferências antrópicas no meio ambiente, visando o desenvolvimento de

atividades econômicas ou na busca pelo expurgo de materiais julgados não mais

utilizáveis. Este tipo de degradação causa uma série de impactos negativos, que

quando combinados, aumentam ainda mais os efeitos danosos, tanto do ponto de vista

ambiental, social e econômico.

Um dos principais impactos urbanos presentes na maioria das cidades do Brasil está

relacionado com a presença de lixões devido ao grande volume de lixo produzido pela

população em quantidades cada vez maiores, dificultando assim a destinação final

adequada de RSU – Resíduos Sólidos urbanos, principalmente nas grandes

metrópoles.

A problemática da destinação adequada de resíduos sólidos urbanos está de maneira

especial ligada a problemas de gestão como a limitação financeira devido a

orçamentos inadequados, fluxo de caixa desequilibrado, tarifas desatualizadas,

arrecadação insuficiente e inexistência de linhas de crédito, a falta de capacitação

técnica e profissional, em todos os níveis de formação e a descontinuidade política e

administrativa.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Assim torna-se evidente a necessidade de se promover uma gestão adequada das

áreas de disposição de resíduos, no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis efeitos

negativos ao meio ambiente ou à saúde pública. A busca de soluções tem envolvido,

sobretudo, a recuperação técnica, social e ambiental de áreas de depósitos de RSU

inadequadas.

A recuperação de ecossistemas degradados é uma atividade antiga, no entanto, até

recentemente, ela se caracterizava como uma atividade sem concepções teóricas,

sendo executada normalmente como uma prática de plantio de mudas, com objetivos

muito específicos. Só recentemente a recuperação de áreas degradadas adquiriu o

caráter de uma área de conhecimento, sendo denominada por alguns autores como

Restauração Ecológica.

Logo, metodologias de recuperação de lixões e aterros controlados são desenvolvidas

devido à necessidade de implantação de mecanismos de inertização da massa de lixo

objetivando o fechamento do lixão e/ou aterro ou o prolongamento da vida útil destes.

Uma de muitas metodologias que podem ser empregadas para recuperação de áreas

é o PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, que consiste em um estudo

e levantamento das características da área definindo e caracterizando sua vegetação

remanescente e uso do solo.

Tal metodologia se faz viável devido ao aspecto de criticidade do lixão ser baixo, uma

vez estando situado em área afastada dos cursos de água do município, a topografia

estar adequada e não estar saturado, além de atender uma população inferior a 15 mil

habitantes.

A recuperação de áreas ainda utilizadas como lixões é proveniente da iniciativa do

governo do estado do Espírito Santo com o “Programa Espírito Santo sem Lixão” que

objetiva destinar corretamente 100% do lixo gerado e exterminar de todo o território

capixaba todos os lixões existentes. Para isso o estado visa o investimento de cerca

de R$ 50 milhões na implantação de quatro Sistemas de Destinação Final Adequada

de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Na busca por viabilizar a implantação do projeto o governo do estado dividiu o Espírito

Santo em seis regiões: Metropolitana, Doce Leste, Norte, Doce Oeste, Sul Serrana e

Litoral Sul. Divisão dos sistemas regionais a seguir.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Figura 1- Mapa regionalizado do estado do EspíritoSanto.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

O sistema a ser instalado nas regiões com a finalidade de atender as demandas locais

conta com um aterro sanitário regional licenciado, logística de transporte e estações de

transbordo regionais, em número determinado pela escala de produção de RSU. O

governo vai construir todas as estruturas necessárias nas regiões prioritárias, com

recursos próprios.

O município de Governador Lindenberg está inserido na região Doce Oeste, que conta

ainda com os munícipios de Mantenópolis, Águia Branca, São Gabriel da Palha, Vila

Valério, Alto Rio Novo, Pancas, São Domingos do Norte, Colatina, Marilândia, Baixo

Guandu, Itaguaçu, São Roque do Canaã, Laranja da Terra, Itarana e Afonso Cláudio.

Dentro da região Doce Oeste a previsão é que o aterro sanitário licenciado funcione no

município de Colatina, sendo assim os resíduos dos outros municípios serão

transportados atendendo a logística estudada, viabilizando a regularização do aterro

existente no município de Colatina e instalando outro sobre competência do estado,

nos moldes mais modernos e que será posteriormente concedida a gestão deste para

uma entidade que tenha competência para tanto. Sendo assim, necessária a

desativação dos lixões ainda existentes nos demais municípios, juntamente com a

recuperação das áreas degradadas pela atividade de disposição de resíduos sólidos

urbanos.

Este plano se destina a atender o programa do governo do estado quanto à

recuperação da área degradada devido à disposição de cerca de 36 toneladas/dia de

resíduos sólidos urbanos no município de Governador Lindenberg, além de propor as

ações que devem ser planejadas, projetadas e realizadas para recuperar tal área que

conta com aproximadamente 20.730 m² intervindos, além de uma área circunvizinha

dentro do próprio terreno que será trabalhada com revegetação para isolamento da

mesma.

A recuperação da referida área tem ainda como finalidade atender o artigo 10 da Lei

n.º 12.305/2010 que incumbe os municípios a gestão integrada de resíduos sólidos

gerados nos respectivos territórios, e juntamente ao TCA 02/2013, Termo de

Compromisso Ambiental celebrado entre o Ministério Público Estadual, o Ministério

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Público do Trabalho, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos –

IEMA e a Prefeitura Municipal de Governador Lindenberg cujo objetivo é estabelecer

ações e procedimentos necessários à adequação do atual Sistema de Destinação de

Resíduos Sólidos do município de Governador Lindenberg (ES).

A efetivação do plano se dará por uma equipe multidisciplinar composta por

profissionais de diferentes áreas técnicas, conforme as medidas a serem implantadas.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

3 OBJETIVO

3.1 OBJETIVO GERAL

Recuperas as áreas degradadas devido à contaminação por deposição de Resíduos

Sólidos Urbanos no município de Governador Lindenberg pelo período médio de 13

anos.

Estabelecer ações e procedimentos necessários à adequação do atual Sistema de

Destinação de Resíduos Sólidos do município de Governador Lindenberg (ES), em

atendimento ao TAC 02/2013.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Identificar as áreas que foram utilizadas para finalidade de deposição de resíduos

sólidos urbanos no município de Governador Lindenberg.

Isolar o acesso destas áreas para pessoas não autorizadas pelo administrador.

Desativar as áreas de disposição de Resíduos Sólidos Urbanos.

Promover a drenagem de gases das áreas que sofreram destinação de Resíduos

Sólidos Urbanos.

Averiguar o nível de criticidade da área em simples, parcial ou especial.

Propor medidas para recuperação de área degradada com dimensão aproximada de

48.857 m², tendo por base os dados averiguados frente ao nível de criticidade.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E DA REGIÃO ESPECÍFICA

4.1 HISTÓRICO

O município de Governador Lindenberg está inserido na microrregião centro-oeste do

estado do Espírito Santo, pólo que tem forte centralidade urbana no município de

Colatina, que é referência para a microrregião, para parte da microrregião Noroeste e

para alguns municípios do leste de Minas Gerais (ESPÍRITO SANTO, 2013).

A microrregião Centro-Oeste é composta por 10 municípios e ocupa uma área

correspondente a 5.605,46 Km², com uma população de 256.673 habitantes e

composição do PIB Setorial dividido em 13,4% no setor agropecuário, 19,4% no

industrial, 24,4% na administração pública e 42,8% nas demais atividades de comércio

e serviços (ESPÍRITO SANTO, 2013).

Possui grande potencial de expansão em setores como granito, confecções, móveis,

metalurgia, metalmecânica, pecuária, fruticultura e silvicultura. Esse pólo oferece

também uma gama variada de serviços nas áreas de saúde, educação superior e

técnica, comércio e serviços em geral, centro de logística de distribuição (comércio

atacadista). Possui polos de confecção, especialmente em São Gabriel da Palha e

Colatina (ESPÍRITO SANTO, 2013).

A Agropecuária é diversificada, com destaque para frigoríficos, café conilon

(Cooperativa Cooabriel) e outras atividades que demonstram potencial: fruticultura

(coco e manga), camarão de água doce, seringueira e silvicultura (ESPÍRITO SANTO,

2013).

O processo de ocupação da municipalidade de Governador Lindenberg iniciou-se em

1920 com a vinda da Companhia Territorial cuja finalidade era lotear a região, depois

de demarcados com 40 hectares cada, os lotes de terras foram doados as famílias

descendentes de italianos e alemães vindos de outras regiões do estado

(GOVERNADOR LINDENBERG, 2014).

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

O município já teve três denominações, primeiro 51 referindo-se às estacas

numeradas, depois por razões políticas, passou a se chamar 15 de Novembro. E seu

último nome foi em homenagem ao ex-governador Carlos Lindenberg. Em 1968, o

governador foi procurado pela comunidade com a proposta de puxar a energia elétrica

de Novo Brasil (20 km) para a região e, se fizesse isso, o local receberia seu nome. O

governador aceitou a proposta e poucos dias depois Governador Lindenberg passou a

ser distrito (GOVERNADOR LINDENBERG, 2014).

Governador Lindenberg (ou 51 como é conhecido), bem como Novo Brasil, era distrito

de Colatina. A distância entre ambos é de 20 km. O povoamento e a colonização dos

municípios foram semelhantes, embora seja possível destacar algumas

particularidades, como a Comunidade Luterana de Novo Brasil. Os dois distritos

uniram-se e conquistaram a emancipação da região com o nome de um deles –

Governador Lindenberg, atual sede do município. Temos, portanto, hoje, a sede

localizada no núcleo urbano de Governador Lindenberg, que empresta o nome ao

município, e o distrito de Novo Brasil, onde se localiza a sede da Paróquia de São

Sebastião que congrega as 23 comunidades católicas do município (GOVERNADOR

LINDENBERG, 2014).

O município de Governador Lindenberg tem área de 359,977 Km² e está dividido

administrativamente em 04 distritos: sede, Novo Brasil, Moacir Ávidos e Morello. O

município também conta, em sua totalidade, com 23 comunidades rurais que

dependem principalmente da infraestrutura da Sede para atender as suas demandas.

A população atual é de aproximadamente é de 10.869 habitantes sendo que cerca de

30% apenas residem na zona urbana, comprovadamente um município com perfil

socioeconômico baseado em atividades agropecuárias (GOVERNADOR

LINDENBERG, 2014).

Podemos melhor visualizar o limites do município de Governador Lindenberg através

da gravura abaixo.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Figura 2 - Mapa divisão administrativa de Governador Lindenberg. Fonte: IJSN.

4.2 CARACTERÍSTICAS DO CLIMA

O predomínio do clima no estado do Espírito Santo é o tropical quente e úmido,

influenciado por sua posição geográfica (latitude/continentalidade) e marcado,

sobretudo, pelas Massas de Ar (principal elemento determinante do clima), pelo fato

de mudarem bruscamente o tempo nas áreas onde atuam.

A primeira delas é a Massa Tropical Atlântica (mTa), proveniente do anticiclone

semifixo do Atlântico Sul, formadora dos ventos alísios que são praticamente

constantes no decorrer do ano, que favorecem a sua penetração mais para o interior

do estado através das correntes de NE e L.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Durante o inverno, a mTa sofre influência constante da Massa Polar Atlântica (mPa),

provocando chuvas frontais no litoral e também na porção sul das áreas elevadas

(chuvas orográficas). De ar frio e úmido, é originada do Oceano Atlântico, ao sul da

Argentina, entre as latitudes 30º a 60º, e avança pelo litoral brasileiro de Sul em

direção ao Nordeste com a presença de ventos S e SE e de temperaturas mais baixas.

A Massa Tropical Continental (mTc) possui, entre os sistemas/massas mencionados

uma menor atuação no estado, normalmente, nos meses de maio e junho. Entretanto,

quando atinge a porção oeste, provoca o bloqueio atmosférico, que impede a chegada

das massas de ar frio e provoca temperaturas extremamente elevadas na região.

As precipitações anuais do município estão entre 1000 e 1300 mm/a. Essas

precipitações são influenciadas, na maior parte das vezes, pela Massa Polar Atlântica

que provocam chuvas orográficas, que podem alcançar valores anuais de até 1.500

mm/a. A temperatura predominante é de 23 a 25 C°.

A série histórica de precipitação pode ser observada na Gravura 2, onde encontramos

a média calculada entre os anos de 1976 e 2012, já com alguns dados sobre o ano de

2013. Os dados são retirados diretamente do site do Incaper - Instituto Capixaba de

Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, coletados através da base instalada

no município de Marilândia, cidade vizinha a Governador Lindenberg.

Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca – SEAG Fonte: CPTEC

Figura 3 – Gráfico da precipitação pluviométrica média municipal.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Ocorrem cheias anuais no município, provocadas por eventos chuvosos de grande

intensidade (planície de inundação), que potencializam os efeitos das cheias. A

deficiência hídrica anual no município predomina entre 202 a 246 mm/a. No contexto

regional, o déficit hídrico é considerado médio em relação a outros municípios do

estado.

A distribuição geral dos ventos sobre o Brasil, que afeta o Espírito Santo, é controlada

pelas grandes escalas atmosféricas: a escala sinótica e a circulação geral planetária.

O Espírito Santo está situado numa zona de predomínio da influência do centro de alta

pressão Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul resultando em acentuada ocorrência

de ventos de quadrante leste e nordeste (Amarante et al.,2009).

As regiões com ventos médios anuais mais intensos no Espírito Santo situam-se nos

litorais sul e centro-norte. A influência da mesoescala é também mais pronunciada ao

longo dessa região, atuando através das brisas marinhas e terrestres e criando um

ciclo diurno característico com acentuada variação da velocidade do vento ao longo do

dia.

A velocidade média dos ventos segundo ao modelo WRF 10km pode ser verificada

através de gravura abaixo, segundo monitoramento efetuado pelo Incaper – Instituto

Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Para o município de Governador Lindenberg a incidência de ventos está

aproximadamente entre 10 e 30 m/s.

Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca – SEAG

Fonte: CPTEC

Figura 4 – Mapa de direção e intensidade de ventos no ES.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

4.3 CARACTERÍSTICAS DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO

Os solos predominantes no município são os classificados como latossolo vermelho-

amarelo com boa e média fertilidade com variações de média a baixa e pH em torno

de 5,5, apresentando textura argilosa. Tal composição é considerada apropriada para

o plantio do café, cacau, coco, fruticultura, olerícolas e produtos de subsistência.

A cobertura vegetal é composta por remanescentes da mata atlântica, pastagens

nativas e formadas, lavouras, principalmente café e coco;

As matas mais importantes do município são: Sede – Mata da localidade Bela Vista;

Área rural – Mata do Nicole, Mata Taquaraçu, Mata da Laranjinha, Mata do córrego

Bahia.

Há muita ocorrência de eucalipto substituindo mata secundária e pastagem em lugar

de monoculturas. A substituição da mata secundária é uma preocupação grande, pois

compromete as nascentes dos principais rios que abastecem o município.

4.4 ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA

4.4.1 Habitação

Verificou-se que apenas 30% da população está na zona urbana e os outros 60% na

zona rural. Devido às atrações profissionais do meio urbano e às dificuldades no

campo, o êxodo rural acontece na cidade, comumente como em qualquer outros

munícipios do estado e até mesmo do país, sendo assim, há déficit habitacional e com

isso o município deve intensificar suas ações para com o ordenamento urbano (IBGE,

2010).

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

4.4.2 Energia Elétrica

A energia do município é fornecida pela Empresa de Luz e Força Santa Maria S/A, que

atende cerca de 90% do território urbano assim como do rural. Fonte: Relatório da

Secretaria de Saúde Municipal de 2002.

4.4.3 Estradas e Transportes

A malha viária que da acesso ao município é toda pavimentada com asfalto, seja por

qual acesso intermunicipal. Cerca de 80% das vias urbanas de distrito sede são

pavimentas. As estradas interioranas passam por constantes manutenções até mesmo

para a facilitação do escoamento agrícola pecuário.

Ressalta-se ainda que a população tem por costume a utilização de animais como

meio de transporte.

4.4.4 Água e esgoto

As instalações de água e esgoto do munícipio são de responsabilidade do Serviço

Autônomo de Água e Esgoto – SAAE. No distrito sede, 100% das moradias são

atendidas com fornecimento de água tratada e há rede coletora de efluentes para

destinação de uma ETE.

No distrito de Novo Brasil e Moacir também existe fornecimento de água e coleta de

esgoto, no distrito de Morelo, não.

Existem processos e projetos iniciais juntamente com o Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos e Saneamento Básico dentro do Condoeste – Região

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Doce Oeste, em parceria com a UFES – Universidade Federal do Espírito Santo para

a gerencia completa dos serviços.

4.5 CARACTERÍSTICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA

O município faz parte da bacia hidrográfica do rio São José. Possui uma quantidade

considerável de micro barragens, geralmente para captação de água para uso de

propriedades particulares. Os cursos d’água de maior importância são: Córrego Novo

Brasil, Córrego Moacir Avidos, Córrego São Rafael, Córrego Liberdade, Córrego

Paraíso, Córrego Santa Rosa, Córrego 15 de Novembro, Córrego Peri, Córrego

Bolívia, Córrego Rio Bonito, Córrego Dr. Benvindo e Córrego Guarani.

O padrão de drenagem predominante é subdendrítico, característico de área de rochas

magmáticas e metamórficas, ambos refletindo as estruturas da rocha.

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Figura 5 - Sub-bacias hidrográficas do município de Governador Lindenberg.

4.6 GEOMORFOLOGIA

O relevo do município apresenta uma dominância das altitudes que variam de 175 a

198m, apresentando-se geralmente em colinas altas. Ao sul do mapa, encontram-se

as áreas mais altas do município representadas por colinas com altitudes de 200m. O

relevo do município corresponde à unidade Geomorfológica Patamares Escalonados

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do Sul Capixaba, predominantemente pela unidade geológica Complexo Paraíba do

Sul. Montanhoso com algumas regiões de várzeas.

Quanto aos recursos minerais, o município apresenta metaxistos com paleossoma

composto principalmente de biotita e/ou hornblenda-granada gnaisses e kingizitos, e

secundariamente calcossilicáticas, anfibolitos e mármores; calcossiliáticas, diatexitos,

granitos gnaisses e mármores (Filho et al , 1987).

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Figura 6 - Mapa de declividade de vertentes do Municipio de Governador Lindenberg.

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4.7 FLORA

O bioma característico do município é de Mata Atlântica e as características do local

específico, encontradas nas propriedades aos lados, são de remanescência de Mata

Atlântica em estágio inicial e médio de regeneração, com predominância

subcaducifólia. A Mata Atlântica abrange os municípios do estado do Espírito Santo e

trata-se de reserva da biosfera ameaçada de extinção, e patrimônio nacional

consagrado pela constituição do Brasil.

Considerada por ambientalistas do mundo inteiro um verdadeiro depósito de vida,

além de abrigar as mais raras espécies de flora e fauna (em um hectare são

identificadas cerca de 450 espécies diferentes de vegetais), possui uma característica

que a difere da floresta amazônica: a alta fertilidade de seu solo.

Sua riqueza natural é demonstrada por números: 50% das espécies de árvores que

abriga, só são encontradas na mata atlântica.

Este fenômeno, denominado endemismo, chega a 70% no caso das orquídeas e

bromélias. A vegetação da mata atlântica é conhecida principalmente por sua

exuberância e diversidade, é uma das mais ricas do planeta.

O município de Governador Lindenberg não possui unidades legais de conservação

como Reservas biológicas, RPPNs, parques nacionais etc, não só por serem

pequenas propriedades como também falta de interesse, conscientização ou

conhecimento do próprio produtor, embora de modo informal existam muitas áreas

com maciços rochosos aflorados com vegetação no topo, vales e várias áreas

propícias para serem feitas as regulamentações. Com relação às APP’s, estas

praticamente são todas utilizadas para agricultura por serem consideradas áreas mais

férteis e topografia favorável, com bom percentual de sistemas agroflorestais,

basicamente de coco, cacau e banana. O remanescente da mata atlântica do

município está em torno de 10% (ESPIRÍTO SANTO, 2013).

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4.8 FAUNA

A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidades de

espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de

espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma

grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes.

A precariedade dos levantamentos sobre fauna da mata Atlântica torna sua descrição

e análise mais difícil que no caso da vegetação (Adams, 2000). Mas apesar da

carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma

diversidade bastante alta.

A relação entre animais e plantas da mata atlântica é bastante harmônica. O

fornecimento de alimento ao animal em troca de auxílio na perpetuação de uma

espécie vegetal é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores foram

adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio.

Flores grandes e coloridas atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem

mariposas, e algumas flores, para atraírem moscas, exalam um perfume semelhante

ao de podridão.

Acredita-se que três a cada quatro espécies vegetais da mata atlântica, sejam

dispersadas por animais, principalmente por aves e mamíferos, que alimentam-se de

frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão.

Pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes

muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos aproveitam os frutos caídos no chão e

mamíferos, como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes

áreas. Resumo dos principais grupos de animais:

Mamíferos:

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A mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55 endêmicas, com

possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas. São os componentes da

fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça, verificando-se com

o desaparecimento de algumas espécies em certos locais. Há uma grande

quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não ser tão rica em

primatas quanto na Amazônia, possui um número razoável de espécies (Adams,

2000).

Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação dos demais

grupos de mamíferos da mata atlântica. (Coimbra Filho, 1984; Câmara, 1991).

Aves:

A mata atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta, com

1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188 espécies endêmicas,

das quais, 104 encontram ameaçadas de extinção.

Estas espécies encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de habitats,

pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre

maior risco de extinção é o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de

ter uma ampla distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos.

Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e

psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos). Algumas Espécies da Nossa

Fauna:

Abelhas Caracol Jacus Papagaio Sagui de tufo

branco

Aranha

armadeira Cobra-coral Jararacas Periquito Sapos

Beija-flores Coruja

buraqueira

João-de-

barro Pica-paus Sauim

Bem-te-vis Escorpião Macuco Porco- Siriema

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espinho

Bicho preguiça Gambá Mão pelada Queixada Surucucus

Cachorro

vinagre Garças brancas Morcego Quero-quero Tamanduás

Cágado Coleiros Mutum Raposa Tatus

Canário da terra Jabuti Onça Rolas Tucanos

A fauna local está restrita a avifauna adaptada as ações antrópicas, uma vez a área ter

sofrido ação humana há décadas com retirada da vegetação nativa, abertura de

estradas e a atividade agropecuária dominar toda a circunvizinhança da localidade.

Podem-se encontrar poucos pássaros como quero-queros, urubus, canários da terra,

entre outros. Em geral são animais generalistas, uma vez o ambiente natural ter sido

alterado e transformado em fazendas para cultivo e criação de gado, desfavorecendo

assim as espécies especialistas.

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5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA OBJETO DO PROJETO

5.1 PLANTA DE SITUAÇÃO

Em anexo planta de situação georreferenciada em coordenadas UTM - DATUM

WGS84, Fuso 24K.

5.2 LOCALIZAÇÃO

A área a ser recuperada encontra-se inserida na zona urbana do município de

Governador Lindenberg distante a aproximados 2,10 km, percorridos aproximados 1

km pela ES-245, sentido ao distrito de Novo Brasil e posteriores 1,10km por estrada

vicinal até as coordenadas geográficas UTM 24K, N: 7.870.362; E: 345.778.

O percurso é circunvizinhado por residências e comércios, restrito na área central do

município, após, a atividade agropecuária ocupa grande parte do trajeto.

O perímetro é circunvizinhado pelo cultivo de monoculturas como a atividade cafeeira,

plantações de eucalipto e gramíneas destinadas à formação de pastagem, para

criação extensiva de gado de corte.

5.2.1 Dimensões

O município detém de uma gleba de terra legítima de 90.000m², onde destes, até o

momento foram intervindos com atividade de terraplenagem para criação de uma

praça de trabalho e construção de “valas” (células) de depósito de RSU’s, cerca de

20.730m². O restante encontra-se sob vegetação gramínea, herbácea e eucaliptos.

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Em eucalipto, possuem duas áreas e estas serão somente “raleadas” deixando alguns

exemplares para sombreamento de mudas a serem plantadas posteriormente. Além,

existe uma outra área, atualmente em pastagem sem manejo e com presença de

vegetação herbácea, na porção leste do terreno, medindo 9.710m², que deverá ser

cercada e intervinda com plantio e tratos para recuperação e isolamento do local de

deposição de resíduos. Portanto, as intervenções deverão iniciar por esta ultima área,

posteriormente a área em pastagem localizando-se ao norte após “moita” de eucalipto,

medindo 2.976m², depois as áreas de eucalipto que serão raleadas e plantadas

essências nativas e por ultimo, o plantio da praça de trabalho com dimensão de

20.730m², a ressaltar que nesta área, serão plantadas somente gramíneas do grupo

das Braquiárias, especificamente a Braquiária brizantha, planta vigorosa e perene,

resistente à seca, e bem adaptada às regiões tropicais. Mesmo sendo pouco tolerante

ao frio, cresce bem em diversos tipos de solo, porém, requer boa drenagem e

condições de média fertilidade, vegetando bem em terrenos arenosos e argilosos, ou

seja, adaptar-se-á aos aspectos edafoclimáticos da região. Ressalta-se e necessidade

de se plantar somente gramíneas na referida área, pelo fato da dificuldade de

intervenção no local com coveamento, plantio e estabelecimento de mudas. Pelo fato

de não se ter ideia exata da profundidade dos maciços de resíduos, o enraizamento

das essências poderia ser dificultoso se encontrassem os mesmos. A própria

regeneração natural do local após isolamento da área, se incumbirá de proporcionar

biodiversidade vegetal com o passar do tempo.

5.2.2 Tipos de Resíduos

Segundo a ABNT NBR 10004:2004 resíduos sólidos, são resíduos nos estados sólido

e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola a, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os

lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em

equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos

cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou

corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em

face à melhor tecnologia disponível.

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Os resíduos sólidos são classificados por classes como:

Resíduos Classe I – Perigosos: Características de toxicidade, inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade que podem apresentar

riscos à saúde pública ou efeitos adversos ao meio ambiente, e

Resíduos Classe II – Não perigosos:

Resíduos Classe II A – Não inertes: Materiais que não se enquadram nas

classes I e III. Os resíduos desta classe podem ter as seguintes

propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade.

Resíduos Classe II B – Inertes: Materiais que não se solubilizam ou que

não têm qualquer componente solubilizado em concentrações superiores

aos padrões estabelecidos (NBR 10.006 – Solubilização de Resíduos).

Afim de caracterização, os resíduos sólidos destinados ao local de disposição final do

município são os comumente produzidos por residências, pequenas empresas,

comércios e escolas tais como: sobras de alimentos, lixo de banheiro, embalagens de

papel, metal, vidro, plástico, isopor, pilhas, eletrônicos, baterias, fraldas, dentre outros,

ou seja, resíduos sólidos urbanos.

Os resíduos são coletados em área urbana do município através de caminhão

compactador, uma vez sendo a metodologia mais indicada e utilizada nas cidades

para recolhimento de resíduos urbanos. Tal fato é devido o processo de compactação

que ocorre no interior no veículo, o que possibilita o aumento da capacidade de

acondicionamento, evitando viagens excessivas ao ponto de transbordo ou destinação

final, sendo que a tecnologia de compactação presente nesses caminhões dispensa a

necessidade de grandes dimensões para acomodar o volume de resíduos coletados,

ou seja, o volume de acondicionamento necessário é muito menor para transportar

resíduos compactados do que o necessário para transportar resíduos sem

compactação.

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O veículo utilizado pela municipalidade para coleta de resíduos encontra-se em

perfeito estado de utilização e conservação. Sendo a coleta efetuada de porta em

porta.

Apesar de o município ter forte influência econômica oriunda da agricultura não é de

comum encontro a presença de embalagens de produtos agrotóxicos, pois a legislação

específica obriga o retorno das mesmas ao local de compra, havendo forte fiscalização

pelo órgão estadual competente, IDAF, Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e

Florestal do Espírito Santo.

As pequenas empresas instaladas no município quando na produção de resíduos

sólidos industriais, destinam seus resíduos a empresas licenciadas para recebimento

dos mesmos por orientação de condicionantes ambientais em suas próprias licenças,

neste caso, emitidas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de

Estado do Espírito Santo – IEMA.

Os Resíduos Sólidos de Saúde – RSS gerados no município são recolhidos por

empresa terceirizada, licenciada para tal atividade e encaminhados ao centro de

incineração presente no município de Colatina.

5.2.3 Presença de Catadores

No momento das vistorias e trabalhos de levantamento situacional não foram

identificadas ações de catadores no local como fonte se sobrevivência.

Segundo relatos de profissionais municipais existem por parte da prefeitura local

projetos de mobilização para o fomento de uma associação de catadores no município,

mas até o momento não obteve sucesso, pois a maioria da mão-de-obra a ser

envolvida dedica-se a realização de atividades agrícolas e não demonstra interesse na

atuação junto a uma associação de catadores. Ainda assim, a prefeitura possui um

projeto para construção de uma estação de triagem de resíduos sólidos recicláveis,

cujo já foi aprovado pelo Instituto Jones dos Santos Neves e o repasse do recurso se

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dará no momento da apresentação do Plano de Gestão Integrado de Resíduos

Sólidos, que se encontra em elaboração.

Vale ressaltar que a presença de uma guarita, cercamento e portão impede a entrada

de pessoas no local, dificultando assim o trânsito de pessoas interessadas no

reaproveitamento de algum material.

Figura 7 – Foto da chegada do local de destinação de RSU’s com guarita, portão e placa de

identificação.

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Figura 8 – Foto demonstrando o cercamento do local de destinação de RSU’s.

5.2.4 Situação e uso da área

Pelo fato de o município como tantos outros, atravessar momento de reestruturação

administrativa e consequentemente não possuir condições técnico-econômicas para

adequação ambiental adequada do dispositivo de destinação final, ainda depositada

inadequadamente a totalidade de sua geração residual municipal urbana, exceto os

resíduos de serviços de saúde – RSS, sendo estes direcionados para incineração por

através de empresa privada devidamente licenciada para tanto.

Como mencionado anteriormente, o objetivo do projeto é a desativação do “lixão”

assim que o aterro sanitário do consórcio estiver operando. Trata-se de um local de

destinação onde existem duas “valas” abertas.

A prefeitura adota o hábito de a cada dois dias soterrar a “vala” com uma reduzida

porção de terra retirada do próprio local somente para a cobrimento dos resíduos a

céu aberto, evitando dispersão de papéis e sacos plásticos além da incidência de

catadores sem quaisquer condições de trabalho.

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Figura 9- Foto do local demonstrando célula recentemente recoberta por porção de terra,

demonstrando os drenos de gases e o reinício da deposição de resíduos.

Figura 10 - Foto demonstrando outra região da célula também recoberta por terra.

5.2.5 Período de utilização da área

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A área vem sendo utilizada para disposição final de resíduos sólidos urbanos do

município há aproximadamente 13 anos, atualmente despejando cerca de 36

toneladas/dia de resíduos.

O objetivo é findar sua utilização tão logo o Consórcio Público para Tratamento e

Destinação Final Adequada de Resíduos Sólidos da Região Doce Oeste do Estado do

Espirito Santo - CONDOESTE oferecer condições para destinação adequada dos

resíduos.

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6 PROJETO EXECUTIVO

6.1 ACÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Para se iniciar a recuperação de áreas degradadas pela disposição de resíduos

sólidos urbanos, primeiro devem-se avaliar as condições e o comprometimento

ambiental do local. Essa estimativa pode ser efetuada através de análises das águas

superficiais/subterrâneas e de sondagens para conhecimento do estágio de

decomposição dos resíduos e das condições de estabilidade e permeabilidade do solo.

Após o diagnóstico inicial da área podemos selecionar atividades remediadoras com a

finalidade de reduzir a mobilidade, toxicidade e volume dos contaminantes e estabilizar

o solo, se necessário.

Para a finalidade de recuperação de áreas degradadas similares a esta em pauta,

existem diversas formas e suas aplicabilidades variam de acordo com a situação local

do ambiente: volume de resíduos, configuração da disposição (valas, taludes, entre

outros), tempo de utilização para fins de disposição de RSU’s, características

específicas dos matérias depositados, etc.

Há algumas situações em que um conjunto de circunstâncias indica como mais

sensatas as medidas de recuperação simplificadas, por meio do encapsulamento dos

resíduos dispostos no lixão, como é o caso deste em questão.

A técnica de recuperação simples deve ser avaliada quando for inviável a remoção dos

resíduos dispostos no local, em função da quantidade e de dificuldades operacionais,

quando a extensão da área ocupada pelos resíduos não for muito grande e, sobretudo,

quando o local não puder ser trabalhado.

Recomenda-se a recuperação simples somente quando um grupo de condições

específicas for atendido, tais como:

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O maciço do depósito deve ter pequena altura e ter taludes estáveis na

condição em que se encontra, podendo ser capeado com solo, sem manejo de

lixo, de modo seguro e economicamente viável;

Figura 11- Foto da célula de deposição se percebe a estrutura de solo estável, taludes de corte

baixos e de fácil manejo.

O depósito não deve estar localizado em áreas de formação cárstica, ou sobre

qualquer outra formação geológica propícia a formação de cavernas, como é o

caso;

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Figura 12 - Foto demonstrando localização do local em topo de morro sob solo em horizonte B.

Na foto o local aparece meio aos eucaliptos.

Áreas de valor histórico ou cultural, como, por exemplo, os sítios arqueológicos;

Áreas de preservação permanente, áreas de proteção ambiental e reservas

biológicas;

Áreas com menos de 200 metros de distância de corpos hídricos utilizados para

irrigação de hortaliças e consumo humano;

Como dito anteriormente, não há sítios histórico/cultural no município e as APP’s mais

próximas estão a aproximadamente 500m de distância, como é o caso do córrego XV

de Novembro que corta o centro da cidade e está totalmente antropizado, onde há

lançamento de efluentes domésticos sem tratamento além de tantas outras ações

humanas.

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Figura 13 - Foto do estado de degradação do córrego mais próximo do local de destinação de

RSU’s municipal, comprovando que não há possibilidade de comparação de interação do mesmo

para com o recurso hídrico.

Deve haver disponibilidade de solo apropriado para o encapsulamento dos

resíduos a menos de 1,5 km do local;

Figura 14 – Foto do local. Há desde a terraplenagem inicial do local, volume considerável para

encapsulamento das valas e demais intervenções necessárias.

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Não ter ocorrido comprometimento das aguas subterrâneas, constatado em

analises químicas e biológicas;

Neste quesito não podemos afirmar se houvera ou não contaminação, pois não fora

apresentado a esta equipe nenhum ensaio, o que podemos ressaltar é que a diferença

altimétrica entre o fundo das valas de deposição e o nível da água no córrego citado e

nas lagoas não naturais ao lado da rodovia que dá acesso ao local é de

aproximadamente 108m e a distancia em linha reta de 480m. Sendo assim, a

percolação de chorume até estas e até o Córrego XV de Novembro, que se encontra a

aproximadamente 500m e à uma diferença altimétrica de mais de 115m, seria

dificultosa, não impossível, devido às características físicas do solo sondado na praça

de trabalho do CDRSU no ano de 2007 pela empresa Construtora ELTECOM, CNPJ

04.243.484/0001-50, tendo como Responsável Técnico a Engenheira Civil Ana Flávia

Ferron, CREA-ES: 5362/D. Os relatórios do ensaio serão anexados a este trabalho.

Ressalta-se que nos relatórios de perfuração com amostradores padrão de diâmetros

Interno 34,9mm e Externo 50,8; martelo de 65kg e queda de 75cm, a profundidade

média alcançada pela sonda foi de 22,78m, não havendo mais avanço na sondagem

por ter encontrado material impenetrável. Diante dos fatos, acreditamos que pela

formação geológica local não há nível de freático anterior ao impenetrável, estando

portanto abaixo do mesmo e em relação à recursos hídricos mais próximos,

aproximadamente 60m. Nota-se na sondagem um solo profundo, havendo teores

consideráveis de argila até o impenetrável, sendo este não necessariamente

considerado rocha.

A área de empréstimo, comprovando-se sua capacidade e qualidade, deverá

ser cedida à prefeitura em condições financeiras notoriamente vantajosas,

mediante documento de fé publica;

Neste caso não necessitará de empréstimo de estéril, pois já existe volume

considerável a qualquer intervenção que necessite o local.

Os catadores de lixo do municipio já se encontram ou estão em processo formal

de organização;

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Não há catadores no local, se por ventura existir necessidade de intervenção do

município para formalização de associação a secretaria competente já possui

informação relevante ao processo, isso em caso de extensão do prazo de construção

do aterro sanitário do consórcio.

Uma vez obedecidas às condições citadas, recomenda-se a realização das seguintes

atividades:

Avaliação da extensão da área ocupada pelos resíduos;

Trata-se de um topo de morro modificado morfologicamente apresentando horizonte B

latossólico. Seu entorno é constituído de plantio de eucalipto servindo de cerca viva.

O acesso é feito por estrada vicinal não pavimentada e no decorrer da mesma, mesmo

com traçado sinuoso, possui dispositivos de contenção de processos erosivos, as

denominadas “caixas secas”. A incidência de vento no local é considerável, por isso a

valia do cercamento vivo servindo como barreira de dispersão de resíduos além de

odores.

No entorno da área existem lavouras de café, pastos e a mais de centenas de metros

lineares alguns fragmentos florestais remanescentes, sem interação ecossistemas

entre as áreas. Não há presença de recurso hídrico no local e as interferências

morfológicas são inconstantes, havendo atualmente intervenção antrópica somente

nas valas de deposição.

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Figura 15 - Área de destinação final de resíduos, praça de trabalho.

Identificação do local com placas de advertência;

Para tanto serão dispostas placas indicativas e de advertência além de uma guarita de

controle de tráfego no local, sendo permitida a entrada de carros e caminhões

somente com autorização da municipalidade para efeitos de controle da deposição de

resíduos de acordo com volume e tipologia.

Arrumação dos resíduos em valas escavadas ou reconformação geométrica dos

resíduos com a menor movimentação de lixo possível, ficando a critério dos

técnicos responsáveis, a obtenção da configuração mais estável;

Já existe a aplicação desta prática, sendo que ao atingir um volume considerável em

toda a extensão da vala, um trator compactador executa a conformação do maciço e

depois é depositado superficialmente um volume de terra. Vale ressaltar que existe o

manilhamento para facilitar a descarga de gases (Figura 9).

Conformação do platô superior com declividade mínima de 2% na direção das

bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito de forma

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abaulada para evitar o acumulo de águas de chuva sobre a vala e ficar em cota

superior a do terreno, prevendo-se prováveis recalques;

Para tanto deverá ser procedida reconformação do terreno a fim de direcionar o fluxo

para dispositivos de drenagem superficial. Ressaltamos que o nivelamento atual já

favorece parcialmente o efeito de drenagem, mas o local ainda passa por utilização e

existe volume de estéril dificultando, em alguns lugares, a drenagem. Vale ressaltar

que após o sessar das destinações, o volume de estéril excedente será retirado do

local afim de potencializar a drenagem local.

Figura 16 - Foto parcial da área demonstrando declividade favorável à drenagem e

amontoamento de estéril.

Recobrimento do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50 cm de

argila de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais. Deve ser avaliada a

necessidade da utilização de membrana sintética antes da camada de argila

para se obter maior impermeabilidade;

Também já se adota a prática de recobrimento das massas de lixo com argila de

procedência. Na ocasião, pelas características do solo a ser recolocado e grau de

compactação a ser trabalhado, não será necessária a utilização de membrana sintética

após a última camada de lixo depositado. Vale ressaltar que a elevação dos maciços

de resíduos feitos sem acompanhamento técnico, tornando-os rasos em relação à

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superfície, faz-se a necessidade de serem elevados os volumes de terra acima das

células desativadas, para que pudessem propiciar o plantio de espécies arbustivas, de

menor porte, mas nem por isso menos importante no enraizamento e proteção do solo.

Portanto, a aplicação de manta impermeabilizante se tornaria inviável tecnicamente e

devido à elevação dos maciços poderá prejudicar a implantação de vegetação que não

sejam gramíneas, uma vez estas possuir enraizamento não pivotante e necessitarem

de uma faixa de solo estreita para seu estabelecimento.

Execução de canaletas de drenagem pluvial a montante do maciço para desvio

das aguas de chuva;

As águas das chuvas devem ser coletadas e direcionadas para fora do maciço afim de

evitar infiltração, provocando a instabilidade do mesmo assim como o aumento na

quantidade de chorume e contribuindo para o inicio de processos erosivos.

Os dispositivos de drenagem pluvial, previstos no projeto, se resumirão em caneletas,

descida d’água em escada e dissipadores de energia. Os canais de drenagem

poderão ser construídos com o uso de alvenaria, concreto armado e ainda, utilizando

da técnica de construção mais simples, as canaletas /ou sarjetas verdes, estas que

são construídas dando forma trapazoidal ao terreno e depois plantadas gramineas

para a devida estabilização da superficie do solo, obtendo-se otimos resultados com

custos reduzidos.

Em resumo, descrição dos dispositivos a serem construidos:

- Canaleta de crista

Tem como principal objetivo direcionar as águas da parte alta do relevo para fora da

área de intervenção/trabalho, conduzindo-as para áreas cobertas por gramíneas bem

como para cursos de água próximos.

- Canaletas e/ou sarjetas

Estas têm como principal objetivo, receber toda a água percolada pelo platô e

direciona-la de forma planejada à cota mais baixa do mesmo, onde será lançado o

fluxo para a descida em degraus, dissipadora de energia.

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- Descida em Degraus

Tra-se de um dos diversos tipos de dissipadores de energia de águas pluviais, onde a

água desce por meio à uma “escada” e ao fim do seu percurso, a velocidade de força,

ação ou carga, é menor, fazendo com que o corpo receptor não seje danificado em

sua extrutura ou mesmo cause inundações em locais próximos.

- Caixas de decantação

Consiste na construção de recipientes onde passará o fluxo d’agua e os solidos

contidos decantarão, restando após, somente a água com níveis baixissimos de

particulados.

Já existe no local dispositivos de drenagem pluvial, que direcionam as águas das

chuvas para caixas secas abertas perifericamente as células, mesmo assim torna-se

importante o controle das dimensões dos dispositivos, conforme especificado em

Projeto anexo.

Os métodos de contenção serão suficientes, devido à contribuição ser

perceptivelmente pequena, sendo que estes métodos evitarão o desenvolvimento de

processos erosivos e o carreamento de partículas sólidas para as drenagens próximas

e recursos hidricos.

Execução de drenos verticais de gás;

Para assegurar a dissipação dos gases gerados no interior do maciço dos aterros

devem ser implantados sistemas de poços de drenagem. Esses poços servem,

também, para assegurar que os percolados captados pelo sistema de drenagem do

maciço sejam conduzidos à fundação. No caso do centro de destinação de RSU’s do

município não há o sistema de captação do percolado.

Estes poços podem ser instalados após a execução parcial ou encerramento do aterro.

Geralmente, são executados com auxílio de trados mecânicos, nos quais, depois de

escavados, são introduzidos tubos perfurados, sendo o espaço remanescente

preenchido com brita ou rachão.

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Os poços são espaçados, de modo a propiciar a sobreposição dos raios de influência,

os quais são determinados através de ensaios de campo. Aplica-se vácuo em sondas,

locadas a distâncias regulares e ensaia-se a extração de gás para períodos curtos e

longos.

A profundidade máxima dos poços verticais deve ser restringida entre 80% e 90% da

altura do aterro, de forma a evitar possíveis danos à camada de impermeabilização de

fundação, que não caso, também não há.

Para drenagem dos gases no CDRSU do município, que não há infraestrutura

adequada sequer, recomendamos a implantação de sistemas passivos para drenagem

dos gases, sendo feita naturalmente, sem qualquer aplicação de vácuo. O esquema

construtivo neste caso pode ser similar ao do sistema ativo, isto é, escavando os

poços com trados mecânicos ou alternativamente implantando-os à medida que se

alteia o corpo do aterro.

A maioria dos aterros sanitários brasileiros emprega esta última alternativa. Os poços

são constituídos por tubos perfurados de concreto envoltos por uma camada de

rachão de espessura não inferior a 0,50m, mantida junto aos tubos, através da

instalação de uma tela metálica. Nas Figura 17, 18 e 19 apresentam detalhes simples

deste sistema.

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Figura 17 - Ilustração do sistema simples de construção de dreno em célula já desativada.

Na medida em que se tornar necessário estes serão feitos em diversos pontos, tendo

cuidado para que a boca dos drenos não fique a uma altura inferior a 50 cm da

superfície do solo depositado acima do maciço de resíduos.

Figura 18 – Esquema de tubulação envolta por pedras e/ou rachão.

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Figura 19 – Esquema de construção de poço de gás.

Captação de percolado

A vazão e as características físicas, químicas e biológicas do percolado (chorume mais

água de infiltração) estão diretamente relacionadas e dependem das condições

climatológicas e hidrogeológicas da região aonde se encontra o aterro, bem como das

características dos resíduos sólidos urbanos e das condições de operação do aterro.

Considerando que a administração detêm o conhecimento da localização das células,

mesmo soterradas, recomenda-se intervenção imediata, também nas em

funcionamento, além de sondagens nas outras áreas passíveis de haverem maciços

para posteriores implantações de drenos.

Lançamento de uma camada de terra vegetal ou composto orgânico para

possibilitar o plantio de espécies nativas de raízes curtas;

Neste caso, serão descritas as práticas de recuperação das propriedades do solo e

técnicas de recomposição vegetal adiante, no tópico de projeto revegetativo.

Registro no cadastro da Prefeitura da restrição de uso futuro da área.

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Como uma desvantagem importante da recuperação simples menciona- se a restrição

de uso futuro da área. De acordo com relatos de colaboradores, ainda não se têm

projetos futuros para a área. Sabe-se até o momento que ficará à cargo da Secretaria

de Meio Ambiente estudar algo e projetar, principalmente algo voltado para educação

ambiental a alunos de ensinos fundamental e médio.

Dentre as vantagens aventadas para esse tipo de intervenção, considerada simples

em comparação com a imensidade e complexidade de tantas outras medidas cabíveis

à um centro de destinação de resíduos, ressalta- se a simplicidade dos equipamentos

exigidos (trator de esteiras de qualquer porte e desejável), dispensando a aquisição de

novos equipamentos e das operações envolvidas para a selagem do “lixão” e para a

execução de drenagem pluvial, por exemplo.

6.2 PROJETO REVEGETATIVO

6.2.1 Apresentação das medidas que irão propiciar a recuperação das

características físicas e químicas do solo superficial

Por se tratar de uma área drasticamente modificada em suas características florísticas

e morfológicas, a pratica de reestruturação química e física do solo por meio de adição

de corretivos, adubos químicos e orgânicos torna-se necessária. Portanto recomenda-

se além do isolamento (cercar), plantio, manejo e monitoramento, verdadeira atenção

na execução do plano para que o mesmo não influencie no desenvolvimento da

interação ecossistêmica do local. A ressaltar que o processo de isolamento se dará

mediato ao acesso de recomendações feitas por esta equipe e logicamente

respeitando possibilidade de investimento do dinheiro publico. Mesmo sem sessar a

deposição de resíduos já pode ser providenciado isolamento de área remanescente do

imóvel para que esta sirva até mesmo de cordão de isolamento à área de destinação.

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6.2.2 Apresentação das práticas conservacionistas que serão adotadas para

regeneração da área

As intervenções deverão ser cautelosas e trabalhadas preferencialmente de

forma manual ou quando mecanizada, haver redobrada atenção, procedendo-se à

abertura das covas para posterior preparo. O material verde produzido em roçadas

deverá ser deixado no local, protegendo o solo do impacto das gotas de chuva, que

tendem a formar uma camada compactada superficialmente servindo como fonte de

matéria orgânica para atuarem de forma positiva no comportamento físico e químico

do solo.

É de suma importância que se tenha a maior diversidade possível no plantio das

espécies, utilizando o maior número de espécies já adaptadas às condições da

microrregião. As mudas deverão ser adquiridas preferencialmente de viveiros

devidamente registrados e se for o caso, sementes colhidas das espécies encontradas

na região.

6.2.2.1 Isolamento

Antes da implantação de qualquer ação de restauração florestal, é preciso inicialmente

identificar a existência de fatores de degradação e, caso existam, promover o seu

isolamento. Dessa forma, evita-se o desperdício de esforços e recursos (mudas, mão

de obra, insumos, em geral financeiros), pois muitas das atividades executadas antes

ou mesmo durante a restauração florestal podem ser totalmente perdidas em função

da continuidade desses fatores de degradação. Além disso, a partir do isolamento, a

vegetação nativa tem melhores condições para se desenvolver, aumentando a

eficiência da restauração e consequentemente a redução dos custos associados a

essa atividade.

Geralmente os fatores causadores de degradação ambiental são relacionados ao

trânsito de animais, veículos, máquinas e implementos agrícolas, coincidentemente,

bem presentes no local. Há ainda aqueles relacionados à recorrência de incêndios,

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extração de madeira, caça, desmatamento, limpeza ou manutenção de áreas

agropecuárias, deriva de herbicidas, barramento de cursos d’água, entre outros. Por

se tratarem de fatores potencialmente prejudiciais ao processo de restauração, o

isolamento permite a recuperação satisfatória da floresta e maximiza o retorno dos

investimentos sobre os custos de restauração.

As formas mais tradicionais de se promover o isolamento de áreas-alvo de restauração

florestal sujeitas a trânsito ou incêndios são por meio do uso de cercas e / ou por meio

da implantação de aceiros. Em áreas sujeitas a trânsito e incêndios, a adoção de cerca

e aceiro é altamente recomendada.

Na ocasião poderá ser reaproveitado materiais como arames, estacas e mourões

dentre outros.

6.2.2.2 Prevenção de incêndios

Será feito criando-se barreiras ao redor da área que impedem o avanço do fogo, os

aceiros. São pequenas estradas ou trilhas preparadas para esta finalidade. É preciso

limpar o solo e toda e qualquer vegetação, retirando dali tudo que possa pegar fogo,

como árvores, arbustos, galhos secos, capim, etc. Até mesmo a camada mineral é

retirada, pois deve-se raspar a terra com uma profundidade de cinco centímetros.

Deverá ter uma largura aproximada de seis metros e deverá estar na divisa da área a

ser revegetada com outras áreas que não sejam de floresta, como por exemplo:

pastagens, lavoura de café, etc.

6.2.3 Metodologia de plantio, distribuição das mudas e replantio

Dentre as diversas etapas dos trabalhos de recomposição da vegetação, o plantio das

mudas e semeio das espécies propagáveis por sementes destaca-se como uma das

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mais importantes, devendo portanto ser realizado por pessoas bem preparadas para

sua execução. Outra etapa de fundamental importância é a irrigação no período de

estabelecimento que se segue decisiva para o sucesso do Projeto.

Alguns cuidados básicos devem ser observados pelos operários que irão realizar o

plantio, sendo detalhados a seguir. Tais recomendações têm início com a retirada das

mudas do viveiro e seu transporte até o local do plantio, devendo-se cuidar para evitar

sujeitá-las a ventos fortes, bem como quaisquer outros impactos físicos, que poderiam

abalar o sistema radicular, rompendo as raízes de menor calibre, responsáveis pela

absorção de água e nutrientes. No momento do plantio deve-se tomar cuidado para

que o torrão não se desfaça, devendo-se pressioná-lo com as mãos, antes da retirada

da embalagem. Com relação às sementes, deve-se espalhá-las de forma homogênea

na área e tentar o máximo possível mesclar as espécies, onde as mudas já estarão

sendo plantadas em espaçamento aberto para o favorecimento do semeio.

O plantio deverá ser precedido de uma limpeza das áreas em pastagem e sob

sombreamento de eucaliptos, para retirada de pequenas rochas e restos de galhos de

madeira que por ventura existirem.

Considerando-se a possibilidade de morte de algumas mudas, fato que é

relativamente comum e esperado em trabalhos dessa natureza, é necessário realizar o

replantio cerca de 15 a 30 dias após o plantio, procedendo-se à substituição daquelas

que porventura tenham morrido ou mesmo que estejam em precárias condições

fitossanitárias, claramente comprometidas. Dessa forma, o número total de mudas

previsto para o plantio deve ser acrescido a fim de atender às reposições que se

fizerem necessária. De acordo com Piña-Rodrigues et al. (1997), em média, em

reflorestamentos comerciais e em plantios de revegetação tradicionais, a taxa de

mortalidade é de 40%, sendo considerada como normal neste tipo de atividade.

6.2.4 Marcação, espaçamento, coveamento e disposição de mudas

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---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ----------

---------- SI ---------- ST ---------- SI ---------- C ---------- SI ---------- ST ---------- SI ----------

---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ----------

---------- ST ---------- SI ---------- C ---------- SI ---------- ST ---------- SI ---------- C ----------

---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ---------- P ----------

A área em possui em suas extremidades plantio de Eucaliptos que foram ali plantados

para servirem de cerca viva, ou cerca verde, diminuído a incidência de ventos que

poderiam dispersar resíduos, além de odores. Quase a totalidade da área, onde não

houvera movimentação de terras, está coberta por gramíneas do grupo das

Barquiarias, mais especificamente a B. brizantha, por ser de fácil estabelecimento,

adaptabilidade à região e ser resistente à períodos de estiagem. Sabe-se que a

competitividade destas para com as mudas de essências nativas é de relevante

preocupação e sendo assim, deverão ser incididos tratos para o favorecimento do

pegamento das mudas.

As mudas devem ser dispostas aleatoriamente nas covas obedecendo espaçamento

de 4m x 4m, tendo o cuidado necessário para que a distribuição seja feita

corretamente. Ressaltamos que para a área sob as células desativadas, ou seja, na

praça de trabalho, deverão ser dispostas mudas de enraizamento menos agressivo,

que no caso poderão ser utilizadas as pioneiras e secundárias iniciais. A seguir,

esquema de distribuição de mudas para as demais áreas conforme espécies

recomendadas adiante:

Distribuição espacial das espécies a serem plantadas por grupo ecofisiológico, em que

P= espécie pioneira, SI= espécie secundária inicial, ST= espécie secundária tardia e

C= espécie clímax.

6.2.5 Plantio e replantio

4m

4m

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Deverá ser realizado no período com maior probabilidade de ocorrerem chuvas

(setembro - março), sendo que o mais úmido vai de novembro a janeiro. Deve-se ter

especial atenção aos veranicos, que ocorrem frequentemente nos meses de dezembro

e janeiro. Havendo possibilidade de irrigação, este pode ser realizado em qualquer

época do ano, tendo o cuidado com os meses de dezembro e janeiro, onde a

evapotranspiração é alta e consequentemente haverá necessidade de maior

quantidade de água para irrigação. Amontoar vegetação seca ao redor das mudas

recém plantadas, deixando um raio de 5cm limpo ao redor. Dispor as mudas

aleatoriamente nas covas, tendo o cuidado para espécies diferentes estarem lado a

lado.

O replantio deverá ser realizado de 15 a 30 dias após o plantio, repondo as mudas que

morrerem ou estiverem muito comprometidas por causas diversas, tais como: ataque

de formigas, seca, danos mecânicos, etc.

Figura 20 - Posicionamento da muda na cova

6.2.6 Irrigação

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Será necessária sempre que as mudas apresentarem sintomas de falta d'agua. No

plantio serão feitas duas irrigações, no mínimo, uma logo após o plantio e a outra, 10

dias após, aplicando-se cerca de 40 litros de água por cova tomando cuidado para que

a prática não favoreça a transição de extremos, ou seja, de condições de ponto de

murcha para o encharcamento da bacia de cova, causando problemas ao sistema

radicular da planta. As operações seguintes irão depender das características

climáticas do período/região.

6.2.7 Calagem e Adubação

- Calagem: Espalhar uniformemente 200 gramas de calcário dolomítico por metro

quadrado (2000kg/há), no mínimo sessenta dias antes do plantio.

- Adubação de plantio: (por cova)

Superfosfato simples: 60 gramas

Cloreto de potássio: 10 gramas

Esterco bovino: 6 litros

Fazer o enchimento das covas misturando a terra da superfície com o adubo a ser

aplicado e colocá-la no fundo da cova. Se possível, fazer esta operação com dias de

antecedência à disposição das mudas.

- Adubação de cobertura: (por cova)

3 meses após o plantio: 12 gramas de 20-00-20

6 meses após o plantio: 18 gramas de 20-00-20

9 meses após o plantio: 30 gramas de 20-10-20

6.2.8 Controle de plantas invasoras

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Este deverá ser feito com roçadas manuais na área e capinas próximo às covas. A

intensidade deste controle irá variar de acordo com o desenvolvimento das mudas e

competitividade de ervas daninhas.

Deve-se também amontoar vegetação seca ao redor das mudas recém plantadas,

deixando um raio de 15 cm limpo ao redor e realizar aceiro de 80cm do caule da

planta, conforme esquema figura abaixo.

Figura 21 - Esquema para controle de competitividade

6.2.9 Combate às formigas

Esta prática visa eliminar formigas que irão prejudicar o desenvolvimento das plantas,

quais sejam, saúvas ou quem-quem.

-Formigas Saúvas (carregadeiras, cortadeiras, etc.)

Será realizado com, no mínimo, quarenta dias que antecederem ao plantio.

Acompanhar a trilha até o formigueiro e colocar 20g de isca formicida próximo a cada

olheiro e ao lado da trilha, sendo protegido de umidade do solo e do terreno por

papelão dobrado. Vinte e cinco dias depois, retornar ao local e observar se existe

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atividade no formigueiro. Repetir a ação quantas vezes necessária.

- Formigas Quem-Quem (mata pasto, formiga fogo, etc)

Essas não deixam trilha e os formigueiros são difíceis de serem encontrados. O raio

de ação é geralmente de 6 metros. O controle deve ser feito, no mínimo, quarenta dias

antes do plantio. Colocar 10g de isca microgranulada de 10m em 10m em toda a área

de plantio e cerca de 10m ao redor das áreas externas. Repetir a operação após vinte

e um dias.

6.3 APRESENTAÇÃO DA LISTA DAS ESPÉCIES DESTINADAS AO

REFLORESTAMENTO

É de suma importância que se tenha a maior diversidade possível e utilize o maior

número de espécies já adaptadas às condições da região. As mudas deverão ser

adquiridas, preferencialmente, de viveiros devidamente registrados.

Quanto aos Grupos Ecológicos:

- Espécies Pioneiras.

São aquelas espécies destinadas a ocupar clareiras nas matas, e que não toleram

sombreamento. Produzem grande quantidade de sementes que apresentam

dormência e desenvolvem-se rapidamente após a quebra desta, possuem ciclo de vida

curto e a dispersão das sementes é feita por pássaros e pelo vento.

- Espécies Secundárias Iniciais e Tardias.

Também são conhecidas como espécies oportunistas, suas sementes são produzidas

em grande quantidade e não apresentam dormência, porém possuem curta

longevidade. A planta jovem apresenta crescimento lento em condições de sombra e a

dispersão de sementes é feita na maioria das vezes pelo vento, podendo ser feita

também por aves.

- Espécies Climáxicas.

As espécies desse grupo produzem sementes em pouca quantidade, são sementes

pesadas e geralmente sem dormência. Apresentam desenvolvimento lento, vivem na

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

sombra em sua fase inicial, quando adultas adquirem porte elevado, são longevas e

normalmente suas sementes são dispersadas por mamíferos.

Quadro de espécies indicadas:

Espécies Pioneiras

Nome comum Nome Científico

Albizia Albizia falcata

Angico-mirim Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin &

Barneby

Angico-roxo Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld

Boleira Joannesia princeps

Cajá Spondias purpúrea

Cajá-mirim Spondias macrocarpa

Camará Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Cinco folhas Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.

Schum.

Guapuruvu Schizolobium parahyba

Gurindiba Trema micrantha Blum

Imbaúba Cecropia hololeuca

Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.)

Standl.

Ipê-brasil Tabebuia umbellata (Sond.) Sandwith

Mamão-jacatiá Jacaratia spinosa

Paineira Bombacopsis stenopetala

Paineira-rosa Pseudobombax grandiflorum

Sabiá Mimosa caesapliniaefolia Benth

Urucum da mata Bixa arborea Huber

Espécies Secundárias Iniciais

Nome comum Nome Científico

Aderne Astronium graveolens

Amendoeira da mata Terminalia glabrescens Mart.

Amescla de cheiro Protium aracouchini (Aubl.) Marchand

Angico-branco Anadenanthera colubrina Brenan

Baba de boi Cordia acutifolia Fresen.

Bafo de vaca Licania spicata Hook. f.

Breu vermelho Protium heptaphyllum subsp.

heptaphyllum

Calabura Montija calabura

Canafistula Cássia ferruginea

Capitão do campo Terminalia argentea Mart.

Cedro-rosa Cedrela odorata L.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Cinta larga Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.

Eldimar Sloanea garckeana K. Schum.

Ipê-rosa Tabebuia róseo Alba

Louro Cordia trichotoma Arrab.

Pau-d’álho Gallesia integrifólia Harms.

Peroba candeia Grazielodrendon riodocensis H.C. Lima

Mamão jacatiá mirim Jacaratia heptaphylla (Vell.) A. DC.

Nagib Kielmeyera albopunctata N. Saddi

Unha-de-vaca Bauhinia forticata

Zé Maria Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil.

Espécies Secundárias Tardias

Angelim-pedra Andira ormosioides

Araçá Eugenia involucrata

Aroeira da mata Crepidospermum atlanticum D.C. Daly

Barriguda Cavanillesia arborea K. Schum.

Brejauba Astrocaryum aculeatissimum (Schot)

Burret.

Cajazão Spondias lutea L.

Cinco-folhas Sparattosperma leucathum Schum.

Coqueirinho Bactris caryotifolia Mart.

Cordia-mirim Cordia taguahyensis Vell.

Chapéu de anta Maytenus communis Reissek

Espeta Tabernaemontana salzmanni A. DC.

Farinha-seca Pterygota brasiliensis

Ipê-amarelo Tabebuia riodocencis

Ipê-roxo Tabebuia heptaphylla

Jacarandá Dalbergia nigra Benth.

Jatobá Hymenaia coubaril L.

Jequitibá-rosa Cariniana legalis Kuntze

Laranjinha Swartzia linharensis Mansano

Óleo-de-copaíba Copaifera langsdorffi Desf.

Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam.

Pau-pereira Geissospermum laeve (Vell.) Miers

Pequi vinagreiro Caryocar edule Casar.

Peroba-amarela Paratecoma peroba Kuhlm.

Pimenta de macaco Xylopia sericea A. St.-Hil.

Piririnha Bactris bahiensis Noblick ex A.J. Hend.

Peroba amarela Paratecoma peroba (Record & Mell)

Kuhlm.

Macuco Hirtella insignis Briq. ex Prance

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Espécies Climáxicas

Nome comum Nome Científico

Araçá-da-mata Eugenia involucrata

Arariba vermelha Simira grazielae Peixoto

Arruda da mata Dilodendron elegans (Radlk.) A.H. Gentry

& Steyerm.

Azeitona da mata Hirtella hebeclada Moric. ex DC.

Casca solta Allophylus petiolulatus Radlk.

Genipapo do brejo Macoubea guianensis Aubl.

Guanandi branco Garcinia gardneriana (Planch. & Triana)

Zappi

Imbirema Couratari asterotricha Prance

Macanaíba Bowdichia virgiloides

Orelha de onça Zollernia modesta A.M.V. de Carvalho &

Barneby

Parajú Manilkara bella Monach.

Sapucainha Carpotroche brasiliensis (Raddi) Endl.

Sapucaia Lecythis pisonis Camb.

Sapucaia-vermelha Lecythis pisonis

As espécies acima sugeridas são consideradas na atualidade em risco de extinção.

Por serem nativas da bacia do rio Doce, a oferta destas espécies por viveiros

registrados, no estado do ES, aumenta consideravelmente ano após ano, no intuito de

recuperar parte da vegetação suprimida com o advento da urbanização e demais

ações antrópicas.

Área a ser Revegetada. 27.857m²

Espaçamento de plantio 4m x 4m

16m²/planta 625 plantas/há

Stand: 1742 plantas

Grupo Porcentagem Total de plantas

Pioneiras 50% 871

Secundárias iniciais 38% 661

Secundárias tardias 7% 122

Climáxicas 5% 88

TOTAL A SER PLANTADO 100% 1742

“Obs”: Deverá ser adquirido de 20 a 40 % a mais do numero de mudas para a finalidade de replantio. Quanto à área a ser revegetada, esta equipe levou em consideração a implantação de um cordão de isolamento e não entrou nos méritos de compensação ambiental, a cargo do órgãos estadual de meio ambiente responsável pela regulamentação.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Contatos de viveiristas no estado do Espirito Santo:

- Viveiro Verde Flora - (27) 3754-2929 e 9836-5166;

- Reserva Florestal Rio Doce - (27) 3371-9731 e 3371-9700 ;

- Associação dos Produtores de Sementes, Mudas e Plantas do Espírito Santo - (27)

3371-8422;

- Viveiro MADA, Responsável: José Guilherme Doerl – Santa Teresa ES, Tel (27)

32591842; (27) 99746179;

- APROMAI – Rebio Augusto Ruschi, Responsável: André Morcira de Assis, Santa

Teresa ES, Tel (27) 32591941; (27) 99849064 ;

- Viveiro Cuca Legal Responsável: Sebastião Araújo Filho, Barra de São Francisco ES,

Tel (27) 99086246;

- Berço das Árvores, Responsável: Midizente José Garozi, Colatina ES, Tel (27)

99035715;

- Viveiro do Projeto Meninos da Terra, Responsável: Raglos Ribeiro dos Santos,

Linhares ES,Tel (27) 33717160;

- Viveiro Frucafé, Responsável: Erli Röpke, Linhares ES, Tel (27) 33738422; (27)

99742491;

- Viveiro de Mudas da Reserva Natural CVRD, Responsável: Renato de Jesus, Tel:

(27) 33719700;

- Fundação Bionativa, Responsável: Jair Retz, Sooretama ES, Tel (27) 99744736.

6.4 INDICADORES TÉCNICOS NO ACOMPANHAMENTO DO PROJETO (TAXA DE

PEGAMENTO DAS MUDAS, DIÂMETRO DO CAULE, ÁREA FOLIAR, ÍNDICE DE

SOMBREAMENTO DO SOLO)

Estes serão obtidos por meio de vistorias técnicas a serem realizadas após o plantio, a

saber:

- 1ª Vistoria (15 dias após o plantio):

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Será observado se o plantio foi tecnicamente bem feito e se os tratos culturais tiveram

início (irrigação, capinas, roçadas, etc.). Nesta fase será avaliada, principalmente a

taxa de “pegamento” das mudas para posterior replantio. Serão avaliados também, o

diâmetro do caule (será feito na altura do coleto), área foliar (será feita medindo-se o

diâmetro da copa da planta) e o índice de sombreamento do solo (será feito por

porcentagem de sombra, pela área total), para darmos conclusão ao desenvolvimento

das plantas. Com relação às sementes plantadas, estas normalmente possuem

dormência prolongada e o tempo para germinação é de difícil contabilização, portanto

vale ressalta que as condições ambientais da região e os tratos aplicados às mudas é

que interferirão no estabelecimento das mesmas.

- 2ª Vistoria (45 dias após o plantio):

Serão realizados todos os procedimentos da primeira vistoria.

OBS:

a) As visitas posteriores ocorrerão de 3 em 3 meses após a 2ª vistoria, até completar 1

ano do plantio. A partir do segundo ano, até completá-lo, as vistorias ocorrerão de 6

em 6 meses, contemplando os mesmos procedimentos citados anteriormente, para

então dar o monitoramento por concluído;

b) A cada vistoria será realizado um relatório onde serão descritas a situação atual do

plantio e as sugestões de intervenções que, por ventura, se fizerem necessárias;

c) Tais relatórios serão desenvolvidos e assinados por um técnico responsável da

própria prefeitura, sendo que cópias serão enviadas aos órgãos competentes para

acompanhamento e fiscalização.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

7 PARECER CONCLUSIVO

As operações e as prioridades para a recuperação de áreas utilizadas para disposição

de resíduos urbanos se baseiam nas características geofísico-químicas específicas do

perímetro em que ocorreu a intervenção, do histórico de disposição dos resíduos, e

dos aspectos sócio-políticos das comunidades circunvizinhas.

A gestão integrada e participativa da prefeitura e a comunidade diretamente afetada

pela presença do lixão é fator fundamental para a obtenção e manutenção de bons

resultados. Programas de educação ambiental contribuem para que os possíveis

impactos da disposição de resíduos urbanos sejam reduzidos na origem da

problemática, ou seja, possibilitasse a redução da geração de resíduos.

Uma vez cessada a utilização e recuperada a área objeto deste projeto o real passivo,

que é a geração dos resíduos, ainda existirá, desta forma surge à importância da

iniciativa globalizada de interligar a sociedade nos planos de desenvolvimentos

sustentáveis das organizações governamentais, que buscam soluções para entraves

hoje ainda existentes em muitos municípios, como é o caso dos lixões.

Para tais iniciativas emerge a indispensável interdisciplinaridade das questões

ambientais através de uma equipe multidisciplinar atuante e qualificada em várias

áreas do conhecimento, que compreendem desde os mecanismos de biodegradação,

processos de triagem e reciclagem dos materiais, o aproveitamento energético do

biogás, estudos epidemiológicos, entre outros.

Em relação à área objeto do projeto, foi identificada a existência de grande potencial

de regeneração e que, com a aplicação correta das medidas apresentadas neste

projeto, os resultados de regeneração serão satisfatórios ao equilíbrio do meio,

ressaltando que para tal fato, anos serão incididos até que isso ocorra, sendo assim,

fazendo com que toda circunvizinhança seja beneficiada pela preservação e

manutenção da área que contribuirá para com um meio ambiente mais equilibrado.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

8 PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS

Nome: Lorran Batista Merlo

Titulação: Engenheiro Químico, Especialista em Gestão Ambiental e desenvolvimento

Sustentável.

Registro CREA: ES-028445/D

Registro IEMA: CTEA 58226478

Registro IBAMA: 5494659

Endereço: Avenida Silvio Ávidos, Nº 1500 – Sala 205 – São Silvano – Colatina-ES

CEP: 29706-100

Telefone: (27) 3721-5262 / 9849-6443

e-mail: [email protected]

Nome: Ana Carolina Ceron Oliveira Mônico

Titulação: Engenheira Florestal CREA – SC 10966764/D

Endereço: Avenida Silvio Ávidos, Nº 1500 – Sala 205 – São Silvano – Colatina-ES

Telefone: (27) 3721-5262 / 98148-4759

e-mail: [email protected]

Nome: Erika Lopes Coelho

Titulação: Engenheira Civil CREA – ES 010672/D

Endereço: Avenida Silvio Ávidos, Nº 1500 – Sala 205 – São Silvano – Colatina-ES

Telefone: (27) 3721-5262 / 999707925

Nome: Bernardo Machado Chisté

Titulação: Tecnólogo em Saneamento Ambiental

Registro no CREA: ES-029230/D

Registro IEMA – Consultor Ambiental: CTEA 59191953

Registro IBAMA - 3049933 (Cadastro Federal)

Endereço: Avenida Silvio Ávidos, Nº 1500 – Sala 205 – São Silvano – Colatina-ES

Telefone: (27) 3049-2222 / 9829-1127

e-mail: [email protected]

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

Nome: Jonathan Marcelino Barcellos

Titulação: Técnico em Agropecuária, Administrador, Especialista em Ciências

Ambientais

Registro no CREA: ES-018834/TD

Registro IEMA – Consultor Ambiental: CTEA 45139806

Registro IDAF – Consultor Florestal: CRFJ Nº 8137

Endereço: Avenida Silvio Ávidos, Nº 1500 – Sala 205 – São Silvano – Colatina-ES

Telefone: (27) 3049-2222 / 9986-4611

e-mail: [email protected]

__________________________________ __________________________________

Lorran Batista Merlo Ana Carolina C. O. Mônico Engenheiro Químico Engenheira Florestal __________________________________ _________________________________

Bernardo Machado Chisté Jonathan Marcelino Barcellos

Tecnólogo em Saneamento Ambiental Técnico em Agropecuária Especialista em Engenharia Ambiental Administrador Especialista em Ciências Ambientais __________________________________

Érika Lopes Coelho Engenheira Civil

__________________________________

Paulo Cézar Coradini Prefeito Municipal

Governador Lindenberg, 28 de Abril de 2014

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ALVARENGA, Maria Inês Nogueira. Atributos do solo e o impacto ambiental 2ª ed.

Maria Inês Nogueira Alvarenga, Jéferson Antonio de Sousa. - Lavras: UFLA: FAEPE,

1997. 205p. : il. - - (Curso de especialização por tutoria à distância em solos e meio

ambiente).

Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivos de plantas arbóreas nativas do

Brasil. Nova Odessa: 1992. 352p

Brasil. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Produção Agropecuária.

Secretaria de Recursos Naturais. Coordenadoria de Conservação do Solo e Água. -

Manejo e conservação do solo e da água; informações técnicas. Brasília, 1983. 66p.

Ilust.

CASTRO, L.L.F. de & Scardua, J.A. Estimativa da necessidade potencial de irrigação

para o Estado do Espírito Santo. Vitória-ES, EMCAPA, 1985. 87P. (EMCAPA -

Documentos, 22).

COIMBRA-FILHO, A.F. 1984. Situação da fauna na Floresta Atlântica. B. FBCN, Rio

de Janeiro, v. 19, p. 89-110.

FERNADEZ, R. Maurício - Práticas conservacionistas para áreas acidentadas dos

estados de minas gerais, espírito santo e rio de janeiro - EMATER/MG.

FILHO, L.M; RIBEIRO, M.W; GONZALEZ, S.R; SCHENINI, C.A; NETO, A.S;

PALMEIRA, R.C.B; PIRES, J.L; TEIXEIRA, W; CASTRO, H.E.F. Geologia. Projeto

Radam Brasil. Folhas 23/24 Rio de Janeiro/Vitória .V 32. Rio de Janeiro, 1987.

Geotecnia Aplicada. Disponível em <http://etg.ufmg.br/~gustavo/geotecniaaplicada/p1

0.pdf.> Acesso em 22 de abril de 2014.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

História de Governador Lindenberg. Disponível em <

http://www.governadorlindenberg.es.gov.br/default.asp > Acesso em 22 de abril de

2014.

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Como fazer uma queimada controlada. Brasília, 1995.

Informe Agropecuário - ano 13 - nº 147 - março/87 - Belo Horizonte. Manejo do solo.

92p. : il.

Informe Agropecuário - nº 105 - setembro/83 - Belo Horizonte. Levantamento e

classificação de solos.

LOPES, A.S. & Guilherme, L.R.G. Uso eficiente de fertilizantes: aspectos agronômicos/

A.S. Lopes e L.R.G. Guilherme. - São Paulo, ANDA, 1990. 60p. (Boletim Técnico, 4).

MALAVOTA, Eurípedes, 1926 - Manual de química agrícola: adubos e adubação. 3ª

edição - São Paulo: Editora Ceres, 1981

Manual de impactos ambientais: orientações básicas sobre aspectos ambientais de

atividades produtivas/ Banco do Nordeste; equipe de elaboração. Marilza do Carmo

Oliveira Dias (coordenadora), Mauri César Barbosa Pereira, Pedro Luiz Fuentes Dias,

Jair Fernandes Virgílio. Fortaleza: Banco do Nordeste, 1999. 297p.

Mapa das unidades naturais do E.S. - Governo do Estado do Espírito Santo; Secretaria

de Estado da Agricultura. Emcapa - Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária.

NEPUT - Núcleo de Estudo e Planejamento e Uso da Terra - 1999.

Plano de Desenvolvimento. Espírito Santo 2030. Edição única. Agência

Contemporânea LTDA. Governo do Estado do Espírito Santo, Dezembro de 2013.

Rio Doce 500 anos. Documentário - Conhecer para preservar. Campos, Adolpho. II.

76p.

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

ROCHA, A.A., Costa, J.P. de O. 1998. A Reserva da Biosfera da Mata AtlÂntica e sua

aplicação no Estado de São Paulo. Terra Virgem, Secretaria do Meio Ambiente do

Estado de São Paulo.

SCARDUA, J.A.; Feitoza, L.R. & Castro, L.L.F. de. Estimativas da evapotranspiração

potencial para o Estado do Espírito Santo. 2ª edição, Vitória-ES, EMCAPA, 1986. 44p.

(EMCAPA - Boletim de Pesquisa, 6).

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

ANEXOS

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO OBRAS DE INFRAESTRUTURA

ATIVIDADES Imediato à aprovação do plano, período em meses.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º

Identificação do local com placas de advertência e identificação

Realizar análise de águas após o sessar da destinação de resíduos no local para conferencia de haver ou não interação do local com recursos hídricos

Fechamento de via de acesso de passe livre

Construção de dispositivo de controle de entrada e saída do local

Construção de canaleta/sarjeta verde à montante do terreno.

Reconformação do platô /praça de trabalho

Construção de sarjetas à jusante da praça de trabalho

Retirada de todo excesso de estéril da área

Realização de sondagens para identificação do local de depósito de resíduos

Construção de drenos de gases

“Obs”: Nos itens “Realização de sondagens para identificação do local de depósito de resíduos” e “Construção de drenos de gases”, está previsto para todos os meses, pois serão feitos vagarosamente, de acordo com disponibilidade técnica/financeira.

______________________________________________

Prefeitura Municipal de Governador Lindenberg ES

Governador Lindenberg, 28 de abril de 2014

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PROJECTA ENGENHARIA LTDA

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO REVEGETATIVO – CDRSU PMGL

ATIVIDADES 1º ano 2º ano

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Combate às formigas

Cercamento

Preparo do solo

Limpeza

Marcação das covas

Coveamento

Calagem

Adubação de cova

Plantio

Monitoramento

Replantio

Irrigação * * * * * * * * * * * * *

Roçada manual

Capina manual

Coroamento

Adubação de cobertura

Controle de incêndio

3º ano e seguintes JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Replantio

Monitoramento Roçada manual Irrigação * * * * * * * * * * * * Controle de incêndio

* Se necessário

“Obs”: O primeiro ano será feito o isolamento e plantio da área de 9.710m². E nos demais, o plantio das áreas citadas no item 5.2.1 Dimensões, pag 28.

______________________________________________

Prefeitura Municipal de Governador Lindenberg ES

Governador Lindenberg, 28 de abril de 2014