n respostas 34

36
Ano VII • Nº 34 • julho / agosto 2014 • R$ 8,90 Roberto Shinyashiki Sucesso não é aplauso Mario Sergio Cortella Formação para ir além soluções para o mundo empresarial Os segredos do sucesso Disney Descubra as estratégias de negócio por trás da magia da maior empresa de entretenimento do mundo © Disney Gustavo Cerbasi E mais: Entrevista exclusiva com Pedro Mandelli É muito arriscado ser pessimista!

Upload: n-respostas

Post on 02-Apr-2016

225 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: N Respostas 34

1NRespostasjulho / agosto 2014

Ano VII • Nº 34 • julho / agosto 2014 • R$ 8,90

Roberto ShinyashikiSucesso não éaplauso

Mario Sergio CortellaFormação para ir além

soluções para o mundo empresarial

Os segredos do sucesso

Disney Descubra as estratégias de negócio por trás da magia da maior empresa de entretenimento do mundo

© D

isne

y

Gustavo CerbasiE mais: Entrevista exclusiva com Pedro Mandelli

É muito arriscado ser pessimista!

Page 2: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br2 NRespostas

(61) Informações e vendas:

no Centro de Convenções Ulysses Guimarães28 de agosto de 2014, às 18h,

(61) Informações e vendas:

& Cursosexclusivos

A melhor formação, com os maiores especialistas do Brasil

ESCOLA DE GESTÃOPDG - Programa de desenvolvimento gerencial

OU

TUB

RO

Mario SergioCortella

CarlosJúlio

Execução: Levando a Estratégia

ao ResultadoCurso 8 horas3 de Outubro

Rafael Medeiros

Filho

Patrocínio Apoio

Marketing & Comunicação

Saia da Multidão:

Como construir sua raridade profissional

DanielGodriBusca da Excelência

Valores éticos e educação

para o trabalhoSeminário 8 horas

13 de Outubro

Page 3: N Respostas 34

3NRespostasjulho / agosto 2014

Caro leitor, escrevo essas palavras logo após a final de nossa Copa do Mundo, com vitória da Alemanha sobre a Argentina, e pensando o que poderia colocar nesse texto sobre os aprendizados desse evento que servem para nossas empresas no seu dia a dia.Para começar o nosso papo, quero perguntar: temos os melhores aero-portos do mundo, as melhores estra-das, a melhor infraestrutura do pla-neta? Lógico que não! Então, pense comigo: por que a Copa do Mundo foi um sucesso em todas as avaliações feitas? A respos-ta é simples: acolhemos a todos turistas brasileiros e estrangeiros com vontade de servir, agradar, um sor-riso e uma alegria contagiantes. Eu lhe pergunto: é assim que você atende aos seus clientes todos os dias? É com um sorriso contagiante, vontade ajudar, servir e atender às necessidades? Pense nisso. Pessoas feli-zes, entusiasmadas, com essa vontade, fazem toda a diferença no dia a dia das empresas. Quem tem isso encanta, vende, fideliza, faz dinheiro, tem sucesso! Acredito muito nisso. Você pode estar numa peque-na empresa ou numa pequena repartição pública, se levar a alegria e contagiar esse ambiente, fará uma grande diferença nessa empresa.O segundo grande aprendizado é que sucesso passado não garante sucesso futuro. Veja o caso da nossa sele-ção. Mais ou menos um ano atrás, vencemos a Copa das Confederações jogando bem e dando um verda-deiro banho de bola na final, com 3 a 0 nos atuais campeões mundiais, os espanhóis. Veja que muitos

jogadores foram novamente convo-cados, pelo sucesso passado, mesmo estando em má fase, alguns em ban-co de reservas nos seus clubes, outros voltando de lesões. Alguns de nossos colaboradores também passam por isso: falam do passado, esquecem--se de continuar evoluindo em suas carreiras, param de se desenvolver, se atualizar e, principalmente, já não geram bons resultados.Por último, aquilo que foi amplamen-te divulgado e comentado em todos os veículos de comunicação e nas re-

des sociais: várias equipes tinham um craque como a grande esperança de sua seleção – Portugal tinha Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo em 2014; o Brasil tinha Neymar; a Argentina tinha Messi, mas a Alemanha tinha um time. Além de um time, foi quem melhor se planejou, mais trabalhou e treinou. O resultado esta aí: nada resiste ao trabalho.E para você, caro leitor, quero desejar isso para a sua carreira, para a sua empresa: olhe para o futuro com um sorriso contagiante, continue se desenvol-vendo, treinando, trabalhando duro, dia após dia, para que a cada dia seja um profissional melhor e conquiste todos os sonhos que almeja. Isso é con-quistar a sua Copa do Mundo.

Um abraço,

José Paulo FurtadoDiretor da Revista N Respostas

twitter.com/[email protected]

Lições da Copa do Mundo para o dia a dia das empresas

Carta ao LeitorN Palavras

Page 4: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br4 NRespostas

N Respostas é uma publicação da N Produções

Diretor-Executivo:José Paulo Furtado

Direção de Arte/Editoração:Letícia [email protected]

Editora-Chefe:Ane [email protected]

Jornalista responsável:Cid Furtado Filho DRT DF 1297

Revisão:Denise Goulart

Fotografia:Eventos: Telmo XimenesIlustrações e fotos: Stock PhotosCapa: © Disney

Reportagem:Ane Castilho

Colaboradores desta edição:Augusto Cury • Carlos Hilsdorf • Homero Reis • Lívia Mandelli • Mario Sergio Cortella • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki • Eduardo Tevah • Nayranna Noemia

Diretora Financeira:Delaine [email protected]

Diretor Comercial:José Paulo [email protected]

www.nproducoes.com.br

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas:

SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DFTel./Fax: 61 3272.1027

e-mail: [email protected]

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h [email protected]

A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados.

Tiragem: 20.000 exemplares.

[email protected]

“Muito interessante a entrevista com

o cientista político Clóvis de Barros.

Sua posição sobre a corrupção no Bra-

sil não é a convencional, que afirma

que ‘todo brasileiro é corrupto’. Ele

deixa claro que existem os corruptos

e os corruptores. Infelizmente, a meu

ver, o Brasil conta com o grupo dos

indiferentes. Aqueles que não foram

corrompidos são a grande maioria: os

indiferentes, o que é uma pena para

o nosso país.” Eurípedes Machado de Oliveira Empresário – São Sebastião – Dis-trito Federal

Informamos que todas as edições anteriores da revista N Respostas encontram-se disponíveis no se-guinte link:

http://issuu.com/revista_nres-postas/docs

Ou, se preferir, basta ler o QR Code abaixo, que o enviará direto à página:

Obrigado pela participação,Equipe N Respostas

Leitor

Page 5: N Respostas 34

5NRespostasjulho / agosto 2014

Capa

SeçõeS

Índice

10. Os segredos do sucesso Disney por Nayranna Noemia

16. AugustO CuRy Inteligência emocional e profissional

18. PeDRO MANDelli Além da hierarquia

26. RObeRtO shiNyAshiki Dicas de campeão

34. MARiO seRgiO CORtellA Filosofando

3. N PAlAvRAs

7. eNtRevistA gustavo Cerbasi

20. N FlAshes Quem passa pelos eventos da N Produções

22. etC entretenimento, trabalho, casa

30. Clube N

Ano VII • Nº 34 • julho / agosto 2014

14. gestãO eMPResARiAl – Carlos hilsdorf seis equívocos que muitas boas empresas cometem

24. liDeRANçA – lívia Mandelli Foco nos resultados: missão de um líder?

28. PeRguNte AO COACh – homero Reis inteligência relacional ii

32. luCRAtiviDADe eMPResARiAl – edson santos boas práticas de gestão na distribuição de lucros

aos sócios e os riscos de sua inobservância

coluNIstAs

REsPostAs

Page 6: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br6 NRespostas

Page 7: N Respostas 34

7NRespostasjulho / agosto 2014 7NRespostas 7NRespostasjulho / agosto 2014

Entrevista

Onde nós vemos um problema, ele vê uma oportuni-dade. Assim é o mestre em Administração e Finanças, gustavo Cerbasi, que faz, nesta edição da N Respostas, uma análise da atual conjuntura financeira do país e sobre as oportunidades que surgem no horizonte.

Cerbasi é formado em Administração Pública pela Fundação getúlio vargas (Fgv), com especialização em Finanças pela Fundação instituto de Administração (FiA) e pela stern school of business – New york university, Mestre em Administração e Finanças pela FeA/usP. Ministra aulas em MbAs e cursos de pós-graduação na Fundação instituto de Administração.

É palestrante, colunista da Rádio globo e da revista Época, além de participar do quadro Cuide do seu Bolso, do programa Hoje em Dia. Foi eleito um dos 100 mais influentes brasileiros pela revista Época, e o Melhor educador Financeiro do brasil em 2012, concedido pela Arata Academy.

também é autor dos livros Cartas a um Jovem investidor (editora Campus), Finanças para empreende-dores e Profissionais Não Financeiros (Editora Saraiva), Como Organizar sua Vida Financeira (Editora sextante), Dez bons Conselhos de Meu Pai (editora Fontanar), Pais inteligentes enriquecem seus Filhos (editora sextante), Casais inteligentes enriquecem Juntos (editora gente), Dinheiro – Os segredos de quem tem (editora sextante), investimentos inteligentes (editora sextante), Os segredos dos Casais inteligentes (editora sextante), pelo qual garantiu o segundo lugar na categoria de Melhor livro brasi-leiro de 2012, e coautor de Mais tempo, Mais Dinheiro.

por Deborah Novais

sendo 2014 um ano tão atípico para o país, quais suas perspectivas para 2014?Nós estamos em uma situação, aqui no Brasil, em que as pessoas se sen-tem bastante incomodadas com a instabilidade institucional, dúvidas em relação à continuidade das regras econômicas, políticas e sociais, e até do próprio governo. Tudo isso gera

turbulência na bolsa de valores e no mercado de imóveis, um sentimento de que a coisa não está boa aqui e que, talvez, seja o caso de pensar em mo-rar no exterior. Esse sentimento tem crescido na classe média, que tem viajado cada vez mais. Aparentemen-te, estamos em um cenário muito ruim para os investimentos. Este é o discurso geral; na prática, temos uma

sociedade incomodada com as regras, preocupada com o futuro do país pós--copa e pós-eleições. Isso tudo acaba criando uma série de oportunidades no mundo dos investimentos, porque 2014 é um ano ruim para os negócios. Já que tem muitos feriados, como a Copa do Mundo e as eleições, as in-dústrias e o empreendedor não inves-tem. Mas tudo isso acaba sendo uma

CerbasiGustavo2014: um ano atípico

que promete oportunidades!

Page 8: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br8 NRespostas 8 www.nrespostas.com.br8 NRespostas

oportunidade, por exemplo, para quem tem dinheiro aplicado e reser-vado, e eventualmente tem uma ne-cessidade de consumo, fazendo com que 2014 seja um ano bom para nego-ciações à vista. Quem puder comprar à vista, a possibilidade de conseguir descontos, neste ano, é maior, porque o comércio e a indústria não estão conseguindo vender como gostariam.

Do seu ponto de vista, 2014 é um ano perdido para a economia no brasil?Então, onde a maioria vê crise, eu vejo oportunidade. Talvez, no pós--copa, nós teremos boas oportunida-de de imóveis a serem comprados, de compras à vista e na área de negocia-ções para adquirir aquilo que estamos desejando, justamente pela escassez de consumo que deve se refletir até o final do ano. Para os anos seguintes, a questão já é outra: temos uma econo-mia carente de investimentos, como consequência das dúvidas da socieda-de. Havendo pouco investimento, ha-verá menos oferta do que demanda, o que causa um risco de inflação em alta, quando não se faz investimento para atender àquilo que o público es-

pera consumir. O cenário hoje é um cenário de atenção, porque nós temos que estar preparados para garimpar oportunidades, tomar cuidado ao fa-zer investimentos e nos prepararmos para um futuro de incertezas e opor-tunidades cada vez maiores.

O que você pensa a respeito do mercado imobiliário de brasília?Ele é atípico, porque aqui a especu-lação imobiliária ficou muito alta. Vemos que os preços de Brasília es-tão realmente acima da média nacio-nal, mas a alta de preços não é exata-mente o problema, porque se quem quer consumir imóveis está pagando por isso, é porque a escassez talvez a justifique. O que se observa aqui já é um número de unidades resi-denciais ociosas maior que a média nacional; isso significa que os preços daqui estão acima da média. Muita gente acaba interpretando isso como “bolha”, mas eu interpreto como sa-turação de mercado.

O que uma boa administração monetária significa na vida de uma pessoa?Para mim, uma palavra resume o que é uma boa administração de dinhei-ro: equilíbrio. Não é cortar gastos, não é fazer poupança, não é pesqui-sar muito antes de fazer compras; é o equilíbrio. É saber respeitar aqui-lo que é importante para você, que acaba se traduzindo em qualidade de vida e consumo. Creio que o bom planejamento tem uma verba para o lazer, para qualidade de vida, para o cuidado pessoal e, naturalmente, impõe cuidados maiores sobre os grandes gastos. Um bom planeja-mento significa reduzir custo fixo para você ter um orçamento mais flexível e ter mais liberdade de esco-lha quando acontece um imprevisto.

Qual é a importância de fazer um orçamento?O orçamento é a maneira mais sim-ples de se prever o futuro. As pessoas têm a falsa sensação de que o orça-mento significa controle de gastos. Não, ele não é isso, o orçamento é se basear no mês que passou para pro-jetar os meses seguintes, para que saibamos evitar problemas. Portanto, se eu sei que no mês de abril tem Pás-coa, maio tem Dia das Mães, junho tem Dia dos Namorados e depois fé-rias, eu tenho que ter um orçamento que seja adequado a isso. Quando eu chego no fim de julho e vou tentar fechar as contas, porque gastei muito nas férias, não estou fazendo um or-çamento; estou fazendo um “apagar de incêndios”. O orçamento é essa técnica de olhar adiante para saber o que deixar de fazer nos próximos me-ses, para poder comportar aquilo que surgiu como oportuno e necessário.

Como escapar das “armadilhas” do consumo?Autoconhecimento. A pessoa tem que saber o que é importante para ela, porque o trabalho do vendedor é nos convencer que aquilo que não é importante para nós merece ser com-prado, então eu tenho que saber due-lar com esse habilidoso vendedor, de-senvolver técnicas de compras, saber recusar uma proposta tentadora, um argumento que fragilize a reflexão de alguém que está comigo. Quanto mais eu souber o que é importante para mim, mais saberei privilegiar o consumo daquilo que realmente faz diferença na minha vida, e mais vou saber descartar aquilo que é mera propaganda ou sedução do consumo.

Qual é a sua opinião sobre o investimento em renda fixa?A renda fixa é necessária. Eu não

[entrevista]

“Quem puder comprar à vista,

a possibilidade de conseguir descontos, neste ano, é maior.”

Page 9: N Respostas 34

9NRespostasjulho / agosto 2014 9NRespostas 9NRespostasjulho / agosto 2014

conheço pessoas que não enriquece-ram sem ter renda fixa. Se invisto em renda variável e todo o meu dinhei-ro está lá, eu vivo o “sobe e desce” desse risco, provavelmente com uma intensidade desnecessária; talvez eu afete demais minha saúde, quando eu poderia, por exemplo, ter uma par-te pequena do meu capital em renda variável e uma parte maior em renda fixa e, com a oscilação da renda va-riável, eu poderia detectar momentos de compra, quando essa renda variá-vel cai e fica barata. Se eu sei que isso acontece e tenho de onde tirar, que é da minha renda fixa, eu tenho como construir um degrau de crescimento do meu patrimônio. Se simplesmen-te todo o meu dinheiro está na renda variável e ela cai, terei momentos de sofrimento, e não de aproveitar opor-tunidades.

você pode discorrer sobre o seu livro “Mais tempo, Mais Dinheiro”, escrito em parceria com Christian barbosa?

“Mais Tempo, Mais Dinheiro” foi o li-vro que foi mais gratificante de ser es-crito. Primeiro, porque ele não nas-ceu de uma ideia só minha; ele nasceu de alguns meses/anos de discussão com o Christian Barbosa, de even-tos que vínhamos fazendo juntos. Foi um desafio muito grande, porque nós dois temos agendas muito ocupadas. Quando nos propusemos a fazer esse livro, nós reservamos apenas um mês da nossa agenda, e a meta era entregar o livro nesse tempo. Ele foi escrito em 28 dias. Eu aprendi muito com o maior especialista do Brasil em gestão do tempo. Certamente é o meu livro mais rico no sentido de construir ren-da na vida. Os meus demais livros são para cuidar do dinheiro que se ganha; “Mais Tempo, Mais Dinheiro” é para ensinar a ganhar mais dinheiro.

Quais tipos de investimento você considera como os mais inteligentes?A inteligência não está no investimen-to; ela está na estratégia da pessoa. A maneira mais inteligente de se investir é diversificando, tendo parte do seu capital alocada em renda variável, em algo que você conheça e tenha curio-sidade de aprofundar e de se envolver com esse mercado, e parte do seu capital tem que estar em renda fixa. Com essa estratégia, eu posso ganhar dinheiro em imóveis, ações, leilões. Não importa o mercado, o grande desafio é encontrar um mercado no qual eu me sinta bem a aprender so-bre ele, no qual eu me sinta apaixo-nado para que eu realmente devore as informações e não fique esperando o momento certo de estudá-lo.

Como é sua experiência como colunista da revista Época?É muito gostoso saber que a palavra

que a gente escreve vai pelo Brasil afora. Eu considero a Época como uma revista extremamente respeitá-vel e isenta. Eu tenho liberdade total de opinião, ninguém me pede para escrever sobre um tema específico. Muitas vezes, sou eu que pergunto à revista sobre as capas que virão pela frente, para tentar criar uma sinergia entre o meu artigo e o assunto princi-pal tratado nela. É gratificante poder me dar ao luxo de dizer não para os outros veículos e poder me concen-trar naquele que é um dos veículos mais respeitados do Brasil, além de ser dentro das Organizações Globo, referência na mídia e no jornalismo. A palavra que melhor traduz tudo isso é “honrado”.Quais são suas dicas para quem está iniciando o seu próprio negócio?Para quem começa o próprio negócio, o importante é tentar manter a mente aberta. A rotina nos consome muito e, às vezes, o detalhe faz com que a gente se apegue demais aos peque-nos problemas do negócio e perca a grande divisão de que aquele pequeno negócio é um investimento. A con-versa com outros empreendedores, a oportunidade de aprendizado con-tínuo por educação, conhecimento e negócios é fundamental para que eu tenha não só uma cabeça aberta para os problemas como também possa trocar experiências e informações com quem é totalmente leigo no ne-gócio, e que pode até fazer uma per-gunta chata, da qual me distancio jus-tamente por me apegar aos pequenos problemas. O mais importante, nisso tudo, é o feedback que os colabora-dores e clientes me fornecem. Ouvir as pessoas, saber o que é importante para elas, vai me dizer se estou ou não no caminho certo e quais ajustes pre-cisam ser feitos nesse negócio.

“Para os anos seguintes, a questão já é outra: temos

uma economia carente de investimentos, como

consequência das dúvidas da sociedade.”

Page 10: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br10 NRespostas

Capa

Os segredos

Disneydo sucesso

Descubra as estratégias de negóciopor trás da magia da maior empresade entretenimento do mundo

© D

isne

y

Page 11: N Respostas 34

11NRespostasjulho / agosto 2014

por Nayranna Noemia

“O brasil também tem empresas com um potencial extraordinário e nosso crescimento é evidente, mas é importante aprendermos cada vez mais com aqueles que estão um passo à frente de nós.”

você já imaginou como seria se a Apple, Disney, NAsA, harley-Davidson, entre outras empresas líderes do mercado internacional, administrassem os negócios brasileiros?

A palestrante e consultora empresarial surama Jurdi imaginou, e está tornando esse grande sonho uma “realidade” na vida de muitos empresários. Com a missão de melhorar a qualidade dos serviços nas empresas brasileiras, a especialista idealizou a Missão técnica internacional “A Magia e os segredos da excelência em serviços”, em Orlando – euA.

Em parceria com alguns gerentes e diretores de organizações mode-los, como Apple, NASA, Walmart, Whole Foods e Harley Davidson,

Surama Jurdi leva profissionais e líderes bra-sileiros para fazer estudos de casos e visitas técnicas monitoradas, com foco em aprender de perto como funcionam os processos e es-tratégias inovadoras de comunicação, atendi-mento, autosserviço e tecnologia que fazem a diferença nessas empresas.“É sempre um privilégio trabalhar com o gru-po da Surama Jurdi, ficamos muito felizes em recebê-los novamente na Apple Store, esta-mos com uma loja maior e mais bonita para vocês... Faremos desta visita uma experiência memorável e divertida”, convida Gary Comer, um dos gerentes da Apple Store em Orlando. Além de todas as visitas e estudos de casos, a programação do evento conta com o Curso Oficial do Disney Institute | Quality Service, que é uma turnê intensiva nos bastidores do

complexo da Walt Disney World com a pró-pria equipe da Disney. Este é um dos momen-tos mais esperados pelos “alunos” que querem descobrir as práticas que constroem o suces-so da maior empresa de entretenimento do mundo e como proporcionar uma experiência inesquecível, como só a Disney poderia criar. A programação, com mais de 40 horas de con-teúdo, conta com visitas técnicas, estudos de casos em empresas-conceito de Orlando, workshop e au-las práticas nos parques da Walt Disney World®, além do curso intensivo de excelência em servi-ços (Quality Service) que é realizado pelo Disney Institute, com certifica-do oficial.

Surama Jurdi é uma das mais renomadas conferencistas e consultoras empresariais, é reconhe-cida em organizações de todo o país pela implantação do conceito Resultado sustentável e por sua metodologia inovadora na criação dos programas de educação Continuada para pequenas, médias e grandes empresas. surama Jurdi é especialista na idealização de treinamentos para equipes de vendas e liderança. A palestrante, membro da NRF (National Retail Federation), começa o ano na maior feira do varejo do mundial, em Nova iorque. sempre atualizada com as tendências do mercado, transforma todo o conhecimento e novos conceitos vivenciados em suas pesquisas e visitas técnicas nessas empresas, em palestras, seminários e workshops com solu-ções inovadoras, de alto impacto para empresários, equipes de vendas, liderança e atendimento.

Page 12: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br12 NRespostas

Capa

De acordo com a última pesquisa Global Rep-Trak®, divulgada pela Consultoria Reputation Institute, em abril deste ano, a Disney e a Apple Store lideravam a lista das empresas com melhor reputação mundial. O estudo foi feito com 55 mil consumidores em 15 países diferentes. “O Brasil também tem empresas com um poten-cial extraordinário e nosso crescimento é eviden-te, mas é importante aprendermos cada vez mais com aqueles que estão um passo à frente de nós, porque eles já passaram pela maioria dos obstá-culos que estamos vivenciando hoje e já sabem como superar esses desafios; precisamos buscar conhecimento e estratégias para conquistar a ex-celência”, afirma a idealizadora. Segundo Surama Jurdi, o diferencial desse progra-ma está na metodologia trabalhada, é um curso intensivo, no qual os participantes elaboram um projeto de negócios e aprendem como aplicar todo o conteúdo que vivenciaram na realidade das em-presas em que atuam. Ao fazer este curso, você vai aprender como oferecer um serviço excelente; como criar um relacionamento de lealdade com

os clientes; como a Disney excede as expectativas dos clientes e como é feito o treinamento da equipe.Os mistérios da Disney ain-da são revelados nos cursos e workshops que permitem aos inscritos conhecer par-te dos bastidores da empre-sa, a linguagem da visão; dedicação aos detalhes; como trazer ideias inovado-ras e aplicar esses conceitos no seu negócio; quais as estratégias da Disney para encantar o público? Vão sa-ber ainda como é o negócio que existe por trás de toda a magia e como oferecer

uma experiência inesquecível aos clientes.“Existem coisas que você lê, existem coisas que você vê em sala de aula e existem coisas que você vê na prática e esse evento conseguiu juntar tudo isso”, conta Marcos Moschetta, diretor dos Su-permercados Brasão, que participou de uma das Missões Técnicas em 2013.O próprio Disney Institute é resultado de acertos e erros na gestão da The Walt Disney Company. O espaço surgiu, ainda na década de 70, como apenas um resort. Depois, já nos anos 80, a ideia passou a ser mostrar às famílias como funcionava a magia do Mundo Disney. Esta proposta tam-bém não prosperou. Aprendendo com os erros e inovando sempre, a empresa resolveu investir pesado em treinamento e gestão. O resultado deste investimento é o Disney Insti-tute, voltado exclusivamente para o profissional e braço de treinamento externo da The Walt Dis-ney Company. A empresa mostra “o negócio por trás da magia”, através de seminários, workshops e apresentações, bem como programas para pro-fissionais de diversos setores, incluindo saúde, aeroespacial/aviação, governamentais/militares, alimentos/bebidas e varejo.Surama, que também é membro da NRF (Natio-nal Retail Federation), realiza há mais de 10 anos pesquisas e estudos de casos em empresas refe-rências no varejo internacional; nos últimos anos foram mais de 12 missões realizadas para Orlan-do e Nova Iorque. “Quando comecei a realizar o programa, com o Disney Institute e as outras em-presas, o meu objetivo sempre foi ampliar a visão dos líderes de forma que eles enxergassem além, encontrassem soluções inovadoras e aprendessem como colocá-las em prática no seu negócio. Este é o grande segredo do curso. Não basta absorver uma série de conteúdos, é importante saber como aplicá-los de acordo com cada necessidade e traçar um projeto para que isso se torne uma realidade na sua empresa”, explica a palestrante.O público da Missão Técnica inclui gerentes, ges-

Capa

“Quando comecei a realizar o

programa, com o Disney institute e as

outras empresas, o meu objetivo

sempre foi ampliar a visão dos líderes de forma que eles

enxergassem além, encontrassem

soluções inovadoras e aprendessem

como colocá-las em prática no seu negócio. este é o

grande segredo do curso.”

Page 13: N Respostas 34

13NRespostasjulho / agosto 2014

tores de área, supervisores, diretores e líderes de diversos segmentos, o que fortalece o network entre os participantes do grupo. Segundo a realização do curso, o programa é indicado para todas as empre-sas que têm como alvo manter a liderança no setor e estar um passo à frente no mercado. E para aque-les que não têm fluência no idioma inglês, o evento acontece com tradução simultânea ou consecutiva para o português em todas as atividades.

Conteúdo Selecionado

Com o compromisso de inovar e melhorar a cada evento, Surama e toda a equipe organizadora da Missão Técnica Internacional “A Magia e dos Segre-dos da Excelência em Serviços” selecionam criterio-samente todo o conteúdo e escolhem as empresas a serem estudadas. As visitas técnicas podem ser alte-radas de acordo com o perfil e o interesse de cada grupo. Entre os principais Cases de Sucesso estão:

APPLE | INOVAÇÃO – EXCELÊNCIA

Como a Apple se tornou o maior Case de Sucesso em Inovação e Tecnologia;Como implantar no DNA da equipe a missão e os valores da empresa;Quais são os destaques nos pontos de venda e como utilizá-los no seu negócio.

NASA | ERRO ZERO

Como a NASA conquistou o resultado que transfor-mou a história humana;ESPECIAL – Palestras com astronautas;Como superar desafios, conquistar as metas e con-tinuar crescendo.

IKEA | AUTOSSERVIÇO

AUTOSSERVIÇO | Como a Ikea trabalha a comu-nicação com os clientes no ponto de venda;AMBIENTAÇÃO | A funcionalidade na organiza-ção da loja;Quais as principais tendências de inovação e tecno-logia em autosserviços.

HARLEY-DAVIDSON | A FORÇA DA MARCA - LEALDADE

BRANDING - A força da marca | Conceito de in-dentidade;Como a Harley-Davidson constrói o relacionamen-to de lealdade com os clientes;

Quais as estratégias de marketing utilizadas pela or-ganização.

Cada empresa escolhida tem em sua identidade uma história, são diferentes processos e diferentes cultu-ras. Mas, o que essas organizações têm em comum é justamente o ponto-chave que as torna referên-cias no varejo mundial. Seguindo as principais ten-dências do setor, as empresas líderes do mercado internacional mantêm o foco na sustentabilidade dos seus resultados, considerando em todos os seus processos e ações a história da marca, a experiência do cliente, a interatividade no ponto de vendas e a excelência no atendimento. A combinação desses fatores revela números impac-tantes. Com mais de 49 mil funcionários, a Apple Store conquistou no último trimestre de 2013 U$ 35,3 bilhões de faturamento. A lendária Harley--Davidson tem mais de 1.300 pontos de vendas dis-tribuídos em todo o mundo e alcançou em média U$ 734 milhões de lucro líquido. Michele Sullivan, uma das facilitadoras da marca em Orlando, declara em um vídeo depoimento do programa: “As pessoas costumam dizer ‘Se eu tivesse que explicar, você não entenderia’, mas, vamos dar hoje um olhar úni-co no mundo da Harley-Davidson: o que fazemos e o que tornou quem nós somos.” O desafio da missão idealizada por Surama é para quem volta do evento com a responsabilidade de implantar uma cultura de serviços e assumir o com-promisso com a excelência. “O que as empresas de-vem se atentar é que a partir do momento que você decide elevar o seu padrão de atendimento e con-quistar a excelência no mercado, não há mais como voltar, é uma via de mão única. Quanto melhor a sua marca for, mais exigente o seu cliente vai ser”, conclui a palestrante.

A próxima turma para a Missão Técnica Internacional | A Magia e os Segredos da Excelência em Serviços acontece do dia 28 de setembro a 4 de outubro, com a realização da N PRODUÇÕES.

Você pode encontrar mais informações sobre o evento no site: www.suramajurdi.com.br/palestrante/disney-n-producoes/

Ou através do telefone: (61) 3272-1027

Page 14: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br14 NRespostas

Empresas, pessoas e circunstâncias são indissociá-veis. No dia a dia dos negócios, muitos costumam se esquecer disso.Quando o benchmarking deixa de ser uma ferramenta de balizamento do que estamos fazendo versus o que os demais players estão fazendo no mercado e se torna uma ferramenta do tipo “vamos aproveitar para fazer também o que os outros estão fazendo”, incorre-se em uma perigosíssima miopia. Nossa empresa, nossas pessoas e nossas circunstâncias jamais serão as mes-mas das demais realidades que estamos observando.Ainda que o cenário macroeconômico a que esteja-mos submetidos seja o mesmo, ainda que as leis que regulamentam nossa atuação sejam as mesmas, cada caso é particular e único.Há muitos maus hábitos, práticas ruins e arcaicas em boas organizações. Ora, se o conjunto de tudo o que se pratica em uma empresa permitir um resultado global superior ao de seus concorrentes, ela será vista

como uma empresa vencedora e ten-demos a fazer o mesmo que fazemos nos relacionamentos pessoais que envolvem pessoas que admiramos: supervalorizamos as virtudes e subes-timamos os defeitos.Uma breve reflexão nos trará de volta à realidade e reconheceremos em vá-rias organizações diversos maus hábi-tos que podem tomá-las de surpresa em determinado momento da histó-ria, colocando a perder anos de tra-

dição e liderança de mercado. Vejamos alguns deles:1. ArrogânciaJustamente pelo sucesso acumulado e a obtenção de resultados extraordinários no passado, muitas em-presas tornam-se arrogantes. Algumas a exercem no discurso ou no relacionamento com colaboradores e clientes, outras a exercem na sua resistência à mudan-ça fundamentada na falsa certeza de que sabem muito bem como as coisas devem ser feitas.

2. PaternalismoHá empresas paternalistas com um extraordinário passado de realizações. Agora, imagine como elas se-riam se a meritocracia tivesse substituído o paterna-lismo?Empresas muito centradas na imagem de seus fun-dadores têm tamanho apreço pela figura, carisma e legado dos iniciadores que conseguem manter aceso um orgulho de pertencer que garante, por bastante tempo, muitos resultados interessantes, mas não so-brevive a turbulências mais fortes que exijam novas competências, rupturas e inovação!

3. Obsessão por quantidadeParece incrível que na era em que vivemos muitas empresas ainda estejam mais focadas no volume de negócios que realizam que na qualidade dos negócios realizados, mas isto é frequente. Rentabilidade é, ob-viamente, diferente de faturamento. Rentabilidade garante o futuro dos negócios, faturamento sozinho não garante nada.Empresas com o foco estratégico em vendas distorci-do costumam cometer este grave equívoco.

Gest

ão E

mpr

esar

ial

Seis equívocos boas empresas cometem

Pode-se atribuir os erros em um negócio a apenas à gestão da empresa ou este erro deve ser compartilhado e entendido por todos?

“Nossa empresa,

nossas pessoas e nossas

circunstâncias jamais serão

as mesmas das demais realidades

que estamos observando.”

Responde:

Carlos Hilsdorfwww.carloshilsdorf.com.br

que muitas

Page 15: N Respostas 34

15NRespostasjulho / agosto 2014

4. Conflitos internos improdutivosOs conflitos são benéficos às organizações. Onde todos pensam igual ninguém está pensando. A maioria das organizações opta por tentar minimizar os conflitos, sem diferenciar conflitos oriundos de relacionamentos de conflitos oriundos de posicionamentos. Resultado: acaba nivelando tudo por baixo.Uma boa gestão e liderança pressupõem saber estimu-lar conflitos conceituais sem permitir que os de rela-cionamento prejudiquem a qualidade das respostas que se pode obter neste brainstorming de inteligências.

5. O RH tarefeiroParece mentira, mas ainda há grandes empresas em que o RH até ontem agia unicamente como departa-mento pessoal. Você se assustaria em saber o nome de algumas delas. Empresas que agem assim ou envolvem o RH apenas na execução de eventos e convenções estão em pleno delírio. A alta velocidade do mercado prima pela difícil tarefa de atrair, reter, treinar, desen-volver e desafiar os melhores talentos.Qualquer reunião empresarial em que sejam debatidos o presente e o futuro da empresa, para a qual o RH não tenha sido convidado, é uma reunião míope.

6. O medo como principal motivador

Continuar apostando na ideia do “chi-cote” é submeter os talentos humanos à escravidão do medo. Isso reduz o poten-cial inovador, a capacidade de execução e a livre expressão da crítica que poderá salvar a organização de um suicídio mer-cadológico. Empresas que não escutam (que é diferente de ouvir) os seus cola-boradores e os fazem trabalhar apenas pelo mecanismo da excessiva pressão esquecem que resiliência não significa aguentar tudo e por todo o tempo. Toda mola esticada além do seu coeficiente de elasticidade deforma, e nunca mais fun-cionará bem!Estes são apenas alguns dos muitos equívocos que boas empresas ainda cometem com frequência. Muitas em-presas continuam cometendo estes erros, até que seja tarde demais...

Carlos Hilsdorf é considerado um dos melhores palestrantes da atualidade. Au-tor dos best sellers “Atitudes vencedoras”, “51 Atitudes essenciais para vencer na vida e na carreira” e “Revolucione seus negócios”. Palestrante dos Congressos Mundiais de Administração (Alemanha e itália). Referência nacional em desenvol-vimento humano. www.carloshilsdorf.com.br

“Rentabilidade é, obviamente, diferente de faturamento. Rentabilidade garante o futuro dos negócios, faturamento sozinho não garante nada.”

Page 16: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br16 NRespostas

Você já se perguntou se pensamos o que queremos e quando queremos? Pense o pensamento, pense no que você pensa e em como pensa. Alguém pode questionar: “Sou livre em minha mente, meus pen-samentos submetem a minha vontade”. Será?O filósofo francês Jean-Paul Sartre defendeu uma das teses mais inteligentes da filosofia: o ser huma-no está condenado a ser livre. Você acha que Sartre estava correto ou foi ingenuamente romântico ao defender essa tese?

Se olharmos para o comportamento externo, não há dúvida de que Sartre estava correto. Por exemplo, um pre-sidiário pode ter seu corpo confinado atrás das grades, mas sua mente é livre para pensar, fantasiar, sonhar, imaginar. Se o seu Eu não for treinado para refletir sobre seus erros, a punição não será em hipótese alguma pedagógica. Pelo contrário, os fenôme-nos que constroem cadeias de pensamentos farão uma leitura multifocal da memória ao lon-go de dias, meses e anos, cons-truindo imagens mentais sobre fuga, túneis, abreviamento

da pena; enfim, tudo para escapar de um cárcere mais grave que o cárcere físico: o cárcere da angústia, do tédio, da ansiedade asfixiante.

Meus amigos, quem construiu as prisões ao longo da história não estudou o processo de construção de pensamentos, não entendeu que a mente jamais pode ser aprisionada. Por que os ditadores, por mais brutais que sejam, por mais que controlem seu povo com mão de ferro, caem? Porque nin-guém pode controlar a movimentação do Eu e seus anseios pela liberdade. Um bebê terá vontade de sair dos braços da mãe para explorar o ambiente. Um adolescente se ar-riscará a fazer novos amigos, ainda que seja tímido. Uma pessoa marcada por uma fobia desviará do ob-jeto fóbico; enfim, irá ao encontro da sua liberdade. Por esse ângulo, Sartre estava corretíssimo: o ser humano está condenado a ser livre. Um grande abraço a todos.

Inteligência emocional e profissionalau

gust

o Cu

ry

“Quem construiu

as prisões ao longo da história não

estudou o processo de

construção de pensamentos, não entendeu que a mente

jamais pode ser

aprisionada.”

Augusto Cury é médico, psiquiatra e escritor. É pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado. Atualmente, é publicado em mais de 50 países.

Conheça o novo best seller de Augusto Cury:

Dez leis para ser felizAugusto Curyeditora sextante

ser feliz não é ter uma vida perfeita. ser feliz é reco-nhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desa-fios, perdas e frustrações.ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tor-nar autor da própria história.este livro, do psiquiatra e escritor Augusto Cury, autor de você é insubstituível, traz uma grande lição para todos nós. suas Dez leis para ser feliz são ferramentas essenciais para quem quer encontrar esperança na dor, força no medo e amor nos desencontros. ser feliz é uma conquista e não obra do acaso.

para pensar?

Somos livres

Page 17: N Respostas 34

17NRespostasjulho / agosto 2014

A gripe é uma doença altamente transmissível, apesar de ser considerada comum. Para se

prevenir contra a influenza sazonal é preciso renovar a dose da vacina anualmente. Todos

podem receber a imunização, em especial pessoas que pertencem a grupos de risco

como gestantes, crianças menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, cuidadores

de idosos, babás, profissionais de saúde, entre outros. A vacina da gripe já está disponível

no Sabinvacinas, venha conhecer uma de nossas unidades. Você também pode agendar

sua vacina em domicílio ou em sua empresa.

UNIDADES SABINVACINAS:• Águas Claras: Shopping Quê!, Rua 36 Norte, Lote 5,

Lojas 21/22, Térreo• Asa Sul: SHLS Qd. 716, Conjunto L, Bloco 2 – Centro

Clínico Sul – Térreo• Asa Norte: SCRN 516, Edifício Carlton Center, Bloco E,

Loja 74, Térreo• Guará II: QE 40, Conj. H, Lote 7, Loja A• Sudoeste JK: SHC/SW QMSW 5, Lote 10, Bloco A, Loja 2• Taguatinga Sul: QSA 2, Lote 17• Edifício de Clínicas: Edifício de Clínicas SMHN, Quadra 2,

Bloco A, Térreo

RT: Dra. Ana Rosa dos Santos, CRM 6021-DFDr. José Gastão da Cunha Neto, CRM 11924-DF

Dr. Alexandre Lima Rodrigues da Cunha, CRM 12881-DFCentral de Atendimento – (61) 3329-8000www.sabinvacinas.com.br

PARA SE PROTEGER

SABINVACINAS.UMA UNIDADE DODA GRIPE, VISITE

An Gripe Sabin Vacinas-21X28.indd 1 11/03/14 12:50

Page 18: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br18 NRespostas

Dia desses estava terminando uma aula que já durava mais de 20 ho-ras (três dias) e um participante me perguntou como uma pessoa

pode conseguir energia para realizar um traba-lho tão longo e tão feliz. Meus pensamentos logo se colocaram a serviço da resposta da questão e então percebi algo intrigante: conheço pesso-as que têm um pacto com a felicidade! Aconte-ça o que acontecer, elas estão sempre à frente buscando motivos para novamente colocar em marcha seus propósitos. Aliás, elas têm propósi-tos! Parece que viver para estas pessoas é um ato de se doar às coisas que têm que fazer, tomar o

risco de ser percebida de forma dife-rente da grande maioria. Muito pelo contrário, não é fazer só o que gos-ta não, mas entender o porquê pre-cisa ser feito e fazê-lo. Essas pessoas também parecem que gostam de lidar com outras pessoas! Gostam de lidar com as diferenças de personalidade e interesses. Elas também passam por dificuldades e sofrem derrotas, mas estes entraves são os obstáculos a se-rem pulados. São bem humoradas en-

tendendo que humor não é ser contador de pia-das e sim aceitar que às vezes precisam vencer a si próprio: dias ruins acontecem para todos, mas curtir os dias ruins é o grande problema.Considerando esta percepção, também desco-bri que a energia que cada um tem é um pote de tamanho certo e acaba. Quando acaba a energia, as pessoas felizes somem, descansam para recarregar o pote. Ficar curtindo a falta de energia em público é lamentável porque contagia todos em volta de maneira negativa: não é justo contaminar pessoas felizes com in-felicidade própria!Desta maneira, comecei a responder para o par-ticipante que eu acreditava que, pessoalmente, tinha um pacto com a felicidade há muito tempo e isto é que me dava muita energia. Mas não era só isso não, conviver com pessoas felizes tam-bém contribuía muito e neste ponto eu me cuido muito: seleciono os que eu gosto de ficar em vol-ta. Conviver com derrotados é atraso de vida.Pior de tudo é que os derrotados adoram ficar em torno dos felizes para ver se “chupam” um pouco de ânimo – o que torna a vida mais pesa-da mesmo tendo energia para seguir sempre em frente e para cima.

Além da hierarquiaPe

dro

Man

delli

“Descobri que a energia que cada um tem é um pote de

tamanho certo e acaba. Quando

acaba a energia, as pessoas

felizes somem, descansam para

recarregar o pote”

É muitoarriscado

ser pessimista!

Page 19: N Respostas 34

19NRespostasjulho / agosto 2014

O pessimista então corre sérios riscos:• Ficar somente entre os pessimistas: imagine uma festa de pessimistas?! O salão é pequeno, o bolo está doce demais, o horário está ruim, o ar condicio-nado está frio demais, o garçom não gostou de mim, a bebida está sem gelo e finalmente os demais concor-dam e dão risada de si próprios. Logo se arrependem de terem dado risadas, pois esta é uma demonstração de felicidade: vamos parar com isso! Vamos continuar ob-servando para ver se achamos algo de bom nesta festa!• Ficar sozinho: achando que todos são contra ele, que nada lhe favorece e finalmente levantando as mãos aos céus e bradando: seja o que Ele quiser! Debitar a terceiros a sua felicidade é uma clara demonstração de solidão. Não assumir para si o próprio risco de viver é questão de divã de psiquiatra! Se for o caso, procure um.• Ficar morto pelo caminho: quem gosta de puxar peso é quem frequenta academia de ginástica! Ima-gine se alguém que enxerga perspectivas, luta para isso, se sente bem com seus esforços e cultua seus próprios passos de sucesso (mesmo que sejam peque-nos mas constantes) vai sentir algum prazer ao lado de quem chora o tempo todo, um poço de lamúrias e

dificuldades, fofoca negativamente o tempo todo, tem inveja de quem é feliz e, sobretudo, não te deixa andar. Sinto muito, todos vão andar para o futuro. O futuro é um imperativo para todos nós. Ninguém anda para o passado! O ditado diz: “cada cabeça uma sentença”, e neste caso específico, o infeliz desenha a sua própria cova acompanhado dos últimos colocados.Finalizando minha resposta ao participante, contei o que chamo de síndrome de superpoderoso que todo infeliz e mal resolvido tem: eles acreditam que são o cachorro no mundo mas, na verdade, na nossa rela-ção com o mundo, somos somente o rabo do cachor-ro. Nunca vimos um rabo parado balançando o cachorro. É sempre o cachorro que balança o rabo, ou seja, cabe a cada um de nós se posicionar perante as dificulda-de e contorná-las, saltá-las e até conviver com elas, mas sempre de maneira otimista, pois “o rabo não tem força para mover o cachorro mas pode colocar o cachorro em situações muito constrangedoras!”Coloque sua cabeça no lugar, encare a vida como um grande passeio, viva positivamente, divirta-se e assuma de maneira responsável seu próprio desenvolvimento e futuro. Você perceberá que vale a pena viver posi-tivamente. Não carregue os que decidem viver o lado escuro das organizações, sejam elas quais forem!

Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.

Leia mais sobre o assunto em:

vida e Carreira – um equilíbrio possível?Pedro Mandelli e Mario sergio Cortellaeditora gente – 2001

Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. Cortella e Mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam res-saltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. O livro oferece respostas para diversas questões: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atropelado pelo estres-se?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre tra-balho acumulado à nossa espera?’. Além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da carreira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tec-nologia, entre outros.

“encare a vida como um grande passeio, viva positivamente, divirta-se e assuma de maneira responsável seu próprio desenvolvimento.”

ser pessimista!

Page 20: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br20 NRespostas

5

6

1

2

3

4

1. livia Mandelli fala sobre liderança Feminina.

2. ieda silva, livia Mandelli, lídia Abdalla, Robert Wong no top 10 empresarial de maio/14.

3. Robert Wong ensina O valor do equilíbrio na Construção da Carreira.

4. Carlos Júlio, Pedro Mandelli, Rivadávia Drummond, José Paulo Furtado no top 10 empresarial de junho/14.

5. Auditório lotado para palestra de gustavo Cerbasi e Christian barbosa.

6. equipe Algar telecom no top 10 empresarial.

7. Christian barbosa autografa seus livros no top 10 empresarial.

8. Rivadávia Drummond fala de Tecnologia e Inovação: reflexos no mundo empresarial.

9. Dado Schneider e seus alunos no curso Comunicação Eficaz, da N escola de gestão.

10. Clóvis de barros Filho explana sobre Ética nas Organizações.

11. Carlos Júlio em sua palestra sobre execução: levando a estratégia ao resultado.

12. Pedro Mandelli e equipe do CiCb no curso Construindo equipes de alta performance na iniciativa privada, da N escola de gestão.

N Flashes

Page 21: N Respostas 34

21NRespostasjulho / agosto 2014

5 987

Fotos: telmo Ximenes

10 11 12

“Já temos sete anos de par-ceria e é uma contribuição muito boa. A N Produções

tem a oportunidade de trazer parceiros e palestrantes para o

mercado carente de Brasília. Ela enriquece os executivos da

capital trazendo uma experi-ência mundial. O outro eixo

forte da N Produções é o trabalho de network e relacio-

namento. A gente tem opor-tunidade de trocas, contratei

fornecedores pelo Clube N. Todo o trabalho da N Produ-ções é muito enriquecedor.”

Kelly CortezGerente de Desenvolvimento Humano

Comunix

Marcos ElandTYSE

(Eservice)

Bernardo BrandãoDiretor

Capitare

“Estamos juntos há três anos; é uma experiência

sempre gratificante e desafiadora, porque a N Produções sempre apre-

senta novos horizontes de aprendizado para que o

empresário possa buscar e ao mesmo tempo está sempre trazendo pales-

trantes que atendem às de-mandas do empresariado. Eu gosto muito das pales-

tras, o Top 10 Empresarial é o grande chamariz da N

Produções.”

“Empreender no Brasil nunca foi fácil. Para comemorar 10 anos tem que ter

um trabalho consistente, agregar valor às organizações e eu vejo que os 10 anos

da N são exatamente uma resposta a isto. Este é o grande legado da N Produções

e ser parceiro da N é ter a oportunidade de disseminar conhecimento e o nos-

so objetivo ao sermos parceiros da N é assimilar conhecimento, transformar este conhecimento em ações e capacitar todo o nosso staff, nossos colaboradores para que construam, junto conosco, um país melhor, uma empresa melhor com base em valores conceituais que nós estamos

aprendendo sendo parceiros da N.”

O que eles dizem da N Produções:

Page 22: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br22 NRespostas

Etc por Deborah Novais[Entretenimento, trabalho, casa]

Fatos curiosos sobre animais

• Para não se perderem na corrente de água, as lontras dormem de mãos dadas.

• Milhares de árvores são plantadas devido ao esquecimento dos esquilos que colheram as sementes.

• Como pedido de casamento, pinguins do gênero Pygoscellis dão pedrinhas às fêmeas.

• Cientistas fizeram uma pesquisa sobre a influência de músicas na produção de leite das vacas. A música que mais retornou resultados foi “Everybody hurts”, da banda norte-americana R.E.M.

• Cada cão possui um padrão exclusivo de marcas no nariz, assim como os humanos possuem digitais.

FONte: http://www.megacurioso.com.br/animais/42771-13-fatos-curiosos-sobre-animais-que-vao-fazer-voce-feliz.htm

Bateria recarregável em 10 segundos

Cientistas do Massachusetts Institute of Techno-logy criaram uma bateria de celular que recarrega em apenas 10 segundos. Ela tem um dispositivo que recebe 100 vezes mais carga do que uma bateria comum.

FONte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/cientis-tas-criam-bateria-de-celular-que-recarrega-em-10-segundos.html

Prédios à prova de terremotos

O Japão, país muito atingido por terremotos, foi o precursor dessa forma de cons-trução. O sistema se baseia em colocar molas nas fundações dos prédios, o que faz com que ele balance uniformemente e, assim, não caia.Já nos Estados Unidos, é utilizado um método que consiste em intercalar chapas de aço e camadas de borracha natural na construção.

FONte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-construcao-de-predios-a-prova-de-terremotos.html

Fonte das imagens: Reprodução/biologia total

Page 23: N Respostas 34

23NRespostasjulho / agosto 2014

Um Gruposempre em

crescimento.

w w w . m a i s c o m u n i d a d e . c o m

Page 24: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br24 NRespostas

Lide

ranç

a

Temos ouvido por décadas que o foco do líder precisa estar em resultados, que o líder é o responsável por fazer acontecer! Certo ou errado? Nenhum dos dois...Na verdade, o foco precisa sim estar nos resultados e o líder precisa sim fazer acontecer, mas o que ninguém contou é que não há possibilidade de geração de re-sultados consistentes se não houver também um foco bem ajustado em pessoas e relacionamentos.A liderança só acontece de forma excelente se o líder souber exercer seu comportamento de forma a agre-gar no engajamento da equipe, tendo um foco bem ajustado e ainda fazer com excelência. Note que isso é tarefa somente para aqueles que exercem uma lideran-ça racional, consciente de suas atitudes e da influência que elas exercem sobre a equipe e, consequentemente, sobre os resultados da organização. Se você atuar de forma impulsional, sem perceber porque está atuando

da forma que está, provavel-mente não conseguirá tan-ta eficácia. O pulo do gato é atuar de forma racional, identificando quais são as atitudes que o levam ao ca-minho para obter melhores resultados com a sua equipe.Assim, a necessidade orga-nizacional atual é de que os líderes estejam mais que dis-postos a ter uma visão multi-lateral da organização, uma visão não só dos processos,

mas sim uma visão em que ele possa “usar” da melhor maneira possível a sua expertise e a de cada um de seus liderados. Porém, esta disposição sem dedicação no capital humano da organização e conscientização de seu comportamento é uma missão fadada ao insucesso!Então, aqui lhe pergunto: como você pode “usar” a ex-pertise de cada um se não investir tempo e energia em primeiramente se conhecer profundamente para que saiba exatamente quais são as suas atitudes e valores que ajudam no desenvolvimento de vínculos e conhe-cimento da sua equipe? Antes de mais nada, você não pode atuar, nem exercer seu papel de líder se não esti-ver 100% consciente de como você mesmo funciona.Assim, antes de mais nada, dedique tempo e ener-gia em conhecer a si mesmo, a fim de usar as suas maiores qualidades para fazer as pessoas quererem fazer cada vez mais. Lembre-se que você é o grande exemplo a ser seguido! Não dê espaço na sua atua-ção para atitudes que podem gerar o individualismo ou a competitividade com foco em desenvolvimento pessoal/individual ao invés do desenvolvimento da organização em si.Convido você a identificar quais são os seus pontos fortes e fracos em liderar pessoas e então colocar uma tremenda energia para tornar seus pontos for-tes excelentes. Simplesmente esqueça seus pontos fracos! Fique ainda melhor naquilo que você já é bom! Isso o tornará uma pessoa rara, uma pessoa diferente, que se destacará do grupo por ter extre-ma excelência naquilo que faz.Essa é uma viagem ao centro de você mesmo! Você

Foco nos resultados:missão de um líder?

todas as ações de um líder devem visar apenas o resultado?

Responde:

Lívia Mandelliwww.mandelli.com.br

“A liderança só acontece de

forma excelente se o líder souber

exercer seu comportamento

de forma a agregar no

engajamento da equipe, tendo um

foco bem ajustado e ainda fazer com

excelência.”

Page 25: N Respostas 34

25NRespostasjulho / agosto 2014

precisa de coragem e disposição para autorrefletir sobre o porquê tem feito as coisas desta ou daquela maneira e, consequentemente, porque tem ou não conseguido bons resultados no engajamento da sua equipe.Primeiramente, domine a percepção de quem é você como líder, torne a sua liderança racional acima de tudo, entenda porque tem feito as coisas do jeito que faz, entenda suas emoções, seu stress, seu conforto e ainda pontue a parte do seu comportamento que não tem agregado para a organização!A partir do momento que você descobre qual é o seu perfil de atuação, fica mais fácil decidir de forma ra-cional. A chave para conseguir um engajamento ainda maior de sua equipe é usar o seu lado mais feminino na liderança, que corresponde a ser mais empático, cari-nhoso e compreensivo a fim de humanizar as relações e mobilizar as pessoas.O líder que estiver deitado em seu divã, somente pen-sando sobre as possibilidades de atuação, perde a opor-tunidade de se autoconhecer. Use o seu divã para en-tender quem é você como líder! Ainda entenda quais as suas atitudes da vida pessoal/profissional que vêm sendo espelhadas na sua liderança e que podem estar ajudando

ou atrapalhando o desenvol-vimento eficaz do seu papel como líder.Avalie quais são as atitudes que você tem usado no seu dia a dia e antes de atribuir a culpa dos problemas à equipe, olhe-se no espelho! Afinal, você é o líder! O seu pessoal está o tempo todo olhando para você, ava-liando e reproduzindo o seu comportamento. A sua equi-pe molda-se às suas crenças e valores, então, cuidado! Quando o problema estiver na equipe, na verdade, ele provavelmente está em você!

Lívia Mandelli é mestre em liderança pela university of gloucestershire na ingla-terra, psicopedagoga organizacional e administradora. Atua como consultora na área de gestão de pessoas da Mandelli & loriggio Consultores Associados, de são Paulo, dedicando-se ao desenho e à condução de processos de mudança nas or-ganizações. Atuou nos últimos 6 anos em formação de times de alto desempenho em empresas de porte médio na inglaterra. Anteriormente, atuou na indústria de turismo e hotelaria brasileira, desenvolvendo papéis de liderança tanto em gestão de pessoas como consultora na área de implantação e desenvolvimento. Profes-sora de educação a distância e orientadora de trabalhos de conclusão de MbAs da Fundação Dom Cabral.

“você precisa de coragem e disposição para auto refletir sobre o porquê tem feito as coisas desta ou daquela maneira e onsequentemente porquê tem ou não conseguido bons resultados no engajamento da sua equipe.”

Page 26: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br26 NRespostas

Para a maioria das pessoas, a visão de uma conquista é somente o momento do aplauso, mas um especia-lista em gente sabe que uma vitória é consequência de um objetivo bem definido, estratégia, muito tra-balho e competência.

Quando você tem um objetivo bem definido, coloca toda a sua energia nele e o resultado dessa dedicação acaba aparecendo.Osho conta que certa vez estava procurando um jardineiro para cuidar de suas flores. Todo ano ele ia assistir a um concurso de rosas que existia em sua cidade natal e que premiava o criador do mais belo exemplar. Osho gostava de apreciar as flores, apesar de achar que a competição era injusta, pois

o premiado era o dono do jardim e nunca o jardi-neiro. Havia um militar que sempre ganhava e Osho ficou curioso para saber quem era o seu jardinei-ro. Um ano, após ver o homem vencer mais um concurso, ele seguiu o militar até sua casa. O sujeito entrou com a sua rosa premiada sem ao menos cum-

primentar o jardineiro. Osho resolveu conversar com o jardineiro para descobrir o seu segredo.Comentou que a rosa dele havia ganho o primeiro lugar no concurso e o jardineiro nem deu atenção ao fato, pois disse que para ele o importante era cuidar das rosas e não saber o que acontecia com elas.Então o jovem Osho perguntou qual era o seu segre-do... E o jardineiro respondeu:— O segredo é escolher o botão mais bonito e cor-tar todos os outros, porque a roseira tem uma quan-tidade limitada de seiva para os botões. Se eu deixar todos os botões, nenhum receberá a quantidade ne-cessária de alimento para atingir todo o seu esplen-dor.Em nossa carreira profissional pode acontecer o mesmo fenômeno: se você colocar a sua energia em várias carreiras ao mesmo tempo, seus esforços aca-barão se dispersando e no final das contas você não verá seus esforços florescerem.Por causa dessa dispersão, infelizmente eu tenho vis-to muitas pessoas transformando seus sonhos em pe-sadelos. Muitos jovens sonham com carros importa-dos e casas luxuosas, mas no final das contas acabam andando mesmo é de ônibus. Aprenderam a sonhar,

Dicas de campeãoRo

bert

o sh

inya

shik

i

“se você colocar a sua energia em

várias carreiras ao mesmo tempo,

seus esforços acabarão se

dispersando e no final das contas

você não verá seus esforços florescerem.”

Sucesso não é aplauso

Page 27: N Respostas 34

27NRespostasjulho / agosto 2014

mas não aprenderam a criar os re-cursos necessários para criar suas vitórias.Trabalham frustrados porque não sabem o que querem, não têm consistência em suas ações e vêm o trabalho como uma obrigação

desagradável.Nesses trinta anos de carreira, tenho trabalhado com muitos profissionais e tenho visto talentos se perde-rem por falta de foco: alguns não têm uma estratégia, outros não se importam em desenvolver suas compe-tências e outros ainda não sabem trabalhar com dedi-cação.Se atentarmos a este último, perceberemos que o mundo do sucesso estimula a ilusão de que é possível ter sucesso sem trabalho. Resultado: muitas pessoas se frustram e outras acabam fazendo qualquer negócio para ter sucesso, e quando acordam percebem que fo-ram usadas como uma jovem atriz pornô.Há caminhos objetivos, que evitam que você se dis-

traia e se perca durante a caminhada, mas o caminhar é fundamental. Não se iluda: o único lugar onde o su-cesso vem antes do trabalho é no dicionário.

Visite-nos:@EditoraGentefacebook.com/editoragentebrwww.editoragente.com.br

Autoajuda

Em uma época na qual é tão comum se sentir perdido, vemos que a infelicidade e o desânimo se tornaram as coisas mais democráticas do mundo: quase ninguém escapa deles. Tanto para os jovens quanto para os mais experientes, é comum sen-tir que a empolgação muitas vezes se perde nos cantos do cotidiano e da rotina. Tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver a vida.

Chega um momento em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra nem se encontra no fundo de uma sacola de roupas ou naquele pedaço de bolo de chocolate. Falta... paixão.

Em seu novo livro, Roberto Shinyashiki não promete nada, só toda a felici-dade do mundo.

Isso mesmo, você leu certo.De alguma forma, nossa loucura e nossa paixão podem ter se perdido, mas

uma vida prazerosa e cheia de energia é um desejo da alma que ninguém deveria ignorar por muito tempo.

Aqui você é convidado a realizar o impossível: aquele projeto que sempre viveu guardado no coração, o emprego que vale a pena e valoriza os seus talen-tos, o relacionamento de fazer andar nas nuvens. Entenda como tudo isso está só esperando pelo seu primeiro passo e deixe o autor mostrar como dar esse salto.

Descubra que você tem tudo para ser louco por viver. A vida não é uma, a vida é muitas. E a sua está prestes a se reinventar.

A maior aventura desta vida é viver apaixonadamente!

Só que você pode dizer: “Não dá... A mi-nha vida está cheia de problemas!”

Mas os problemas não podem ser maiores do que a sua paixão por viver. É preciso aprender a ver os problemas como convites para novas aventuras.

Talvez neste instante você esteja cho-rando a dor de um amor que terminou. Talvez você tenha sido demitido do tra-balho e se sinta perdido e questione seu valor como profissional.

Não fique mastigando essas incerte-zas. Nem fique se remoendo com essa situação. Existem ciclos que precisam acabar e, quando a hora chega, a vida dá um jeito de pôr um ponto final. E isso não pode ser razão para que você viva sem paixão.

As grandes revoluções da vida acon-tecem depois que você vê que suas ideias ficaram velhas e obsoletas. E que a sua vida como você a conhece está desmoronando e você tem de sair para desbravar novos caminhos.

Quando você tem uma perda, é pre-ciso aceitar e chorar a sua tristeza. Mas depois levantar os olhos e ver que ainda existem muitas aventuras para viver e ser feliz.

Torne-se um louco por viver e passe a vida com muita emoção e felicidade, apesar de todas as dificuldades que você possa estar vivendo.

ROBERTO SHINYASHIKI tem como missão

de vida ajudar as pessoas a realizarem seus

sonhos. E é por isso que está há mais de 30

anos trabalhando para solucionar os princi-

pais problemas enfrentados pelo ser humano

na busca da felicidade e da realização.

Médico psiquiatra e terapeuta, com MBA

e doutorado em Administração de Empresas

pela FEA/USP e especialização na área no Ja-

pão como bolsista da AOTS, tem em sua tra-

jetória inúmeras participações em congressos

e seminários pelo mundo.

Como autor, já vendeu mais de 6,5 mi-

lhões de livros e como terapeuta já atendeu

governadores, ministros de estado, empresá-

rios, atletas, artistas e profissionais em busca

de realização. Cada livro que escreve é como

uma conversa sincera, como faz em suas pa-

lestras, convidando o leitor a aceitá-lo como

guia e embarcar em uma jornada de mudan-

ça e reflexão.

Acompanhe Roberto Shinyashiki: www.shinyashiki.com.br

www.twitter.com/RShinyashiki

www.facebook.com/RobertoShinyashiki

[email protected]

© F

abia

no A

ccor

si

Roberto Shinyashiki Psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, doutor em Administração de empresas pela Faculdade de economia, Administração e Contabilidade da universidade de são Paulo (FeA/usP) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br

Conheça o novo best seller de Roberto Shinyashiki:

louco por viverRoberto shinyashikieditora gente

em uma época na qual é tão comum se sentir perdi-do, vemos que a infelicidade e o desânimo se torna-ram as coisas mais democráticas do mundo: quase ninguém escapa deles. tanto para os jovens quanto para os mais experientes, é comum sentir que a em-polgação muitas vezes se perde nos cantos do coti-diano e da rotina. tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver a vida.Chega um momento em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra nem se encontra no fundo de uma sacola de roupas ou naquele pedaço de bolo de chocolate. Falta... paixão.em seu novo livro, Roberto shinyashiki não promete nada, só toda a feli-cidade do mundo.

“O mundo do sucesso estimula a

ilusão de que é possível ter sucesso sem

trabalho.”

Page 28: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br28 NRespostas

Perg

unte

ao

coac

h

No início da história da humanidade, a ideia de va-lor esteve ligada a algo, objeto de escolha ou de preferência, sem que houvesse nenhuma discussão mais detalhada sobre o que era isto. Estava vincu-lada ao quanto algo era desejado. Depois disso, a palavra foi usada na antiguidade para indicar a uti-lidade e o preço dos bens materiais e a dignidade e o mérito das pessoas. Por não suscitar muitos pro-blemas de natureza filosófica, a palavra foi aceita dessa forma em todas as culturas, com uma ou ou-tra observação feita pelas escolas filosóficas. Tais observações foram desde aqueles que a queriam vincular exclusivamente às transações comerciais até os que a viam com total subjetividade, estabe-lecendo-a como sinônimo de virtude. De forma geral, acabou-se por entendê-la como os conteúdos significativos das coisas em suas carac-terísticas objetivas, p.ex. raridade, escassez; como também os conteúdos subjetivos como o belo, o verdadeiro, o honesto, o heroico e o prazeroso. Nessa discussão, os psicólogos e sociólogos do fi-nal do século XIX, embora afirmassem que não se poderia ter uma lei universal de conduta, julgavam que era possível determinar a ordem dos valores que devem ser preferidos nas escolhas individuais. Nessas escolhas estão, por exemplo,

coisas de caráter afetivo e sentimental, o que fez com que os teóricos do assunto postulassem a ne-cessidade de classificar os valores em termos de internos e externos. Internos aqueles que se refe-rem ao que é significativo para a pessoa, em de-corrência de suas experiências, afetos e vínculos. Externos aqueles que a sociedade legitima e de-clara, nem sempre sendo capaz de realizá-lo. Por isso, muito do que se tem como valor externo fica no domínio da utopia. No entanto, aquilo que é digno de escolha deve ser preferido em termos coletivos, antes que em termos individuais. Tal postulado levou à construção do entendimento de que os valores possuem naturezas obrigatórias e preferenciais. As obrigatórias estão associadas às virtudes de-fendidas a partir da lei da moral universal – ver-dade, honestidade, vida, coragem, integridade, dignidade – e são determinantes da relação dos indivíduos consigo mesmos e com a sociedade; e que serve de forma objetiva às avaliações que se fazem deles. As preferenciais, associadas à identi-

dade da pessoa, dizem respeito à saúde, beleza, força, riqueza, fama, nobreza. Essas, de caráter pessoal, podem ser diferentes de pessoa para pessoa, mas não devem intervir na “virtude” dos

Responde:

Homero Reiswww.homeroreis.com

relacional IIInteligência

“valor é o reconhecimento

do que é significativo.”

– Verdade, valores, crenças e certezas –

Page 29: N Respostas 34

29NRespostasjulho / agosto 2014

relacionamentos. Dessa forma, a ideia de valor, do ponto de vista objetivo, manteve-se vinculada a uma visão econômica e, sobre tal, não há muito a ser dito, porque o senso comum é suficiente. No entanto, na perspectiva da subjetividade, valor está ligado à quantidade de significado que atribuo às coisas da minha vida em particular: o relógio do vovô, o sapatinho da primeira filha, a foto do ba-tizado, aquela concha colhida na primeira viagem com a namorada etc.No filme Riquinho (Rich Rich, Warner Bros, 1994, dirigido por Donald Petrie), uma ficção in-fantil que conta a história do menino mais rico do mundo, há um caso bem ilustrativo da ideia de va-lor. O vilão da história tenta roubar o cofre da fa-mília Rico. Ao abri-lo descobre que dentro só tem quinquilharias do tipo carrinho de bebê, a primei-ra chupeta, o dentinho de leite etc. Ao confrontar o Sr. Rico, pai do Riquinho, o vilão pergunta onde estão os dólares, as cartas de crédito, as ações, as joias etc. O Sr. Rico responde: nos bancos. Aqui no caixa forte doméstico só guardamos o que tem valor para nós.Valor é o reconhecimento do que é significativo. Em muitos anos de atendimento às pessoas como coaching, escuto histórias de pessoas que se quei-xam da ausência dos pais, do cônjuge etc. Traba-lhamos tanto para dar “coisas” aos nossos filhos e aos demais que nos cercam, mas nos esquecemos de doar-nos a nós mesmos. Assim é que não me lembro de escutar histórias em que as pessoas lem-brem-se da roupa de grife, das viagens ao exterior etc. Aí me pergunto: quando trabalho excessiva-mente, onde está meu senso de valor? Quando não tenho tempo, nem para mim mesmo, onde está meu senso de valor? É preciso lembrar que revelo meus valores nas escolhas que faço.

Muitas pessoas anseiam por altos salários, posições sociais expressivas, frequentar lugares importan-tes, serem reconhecidas etc. Diante disso, há que se perguntar a que propósito tais anseios atendem. O que é realmente importante em tudo isso? O que busco na vida é substantivo ou atende a uma vai-dade sem limites? Estar disposto a lutar por “um lugar ao sol” é uma premissa válida. Mas fazer qual-quer coisa para isso é não ter valor. O que se espera de cada um e de todos nós é que sejamos capazes de construir uma vida com integridade e dignidade que se reconhecem nas práticas da vida e nos rela-cionamentos que a sustentam. O que se espera é que tenhamos propósito na vida e que tal propósito seja reconhecido como válido pela sociedade, como também por nós mesmos. Espera-se que busque-mos uma justiça para todos e não apenas para nós; que busquemos qualidade de vida para todos, e não apenas para nós; que lutemos por melhores con-dições de trabalho para todos, e não apenas para nós. Espera-se honestidade na sociedade, mas que também atuemos com honestidade; que sejamos alvos das benfeitorias sociais, mas que as façamos também; que todos reconheçam seus valores e que também reconheçam os valores dos outros. Que as atitudes mais simples estejam cheias de significa-do, e não apenas os grandes atos. Que a microvida seja a sustentação das grandes políticas públicas, de modo tal que nos orgulhemos daquilo que somos e do que fazemos, ao ponto de desejar que seja públi-co e que reverta para nós mesmos.

Homero ReisCoach Ontológico

Homero Reis é bacharel em Administração de empresas, mestre em educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da international Coaching Federation. www.homeroreis.com

“O que se espera de cada um e de todos nós é que sejamos capazes de construir uma vida com integridade e dignidade.”

Page 30: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br30 NRespostas

Principal evento de contato de empresários para a troca direta de experiências em Brasília, o Café & Contatos, promovido pelo Clube N, da N Produções e Eventos, já se tornou um compromisso imperdí-vel para o empresário de visão do Distrito Federal. O Café & Contatos ocorre mensalmente, trazendo sempre um palestrante para falar a um público ávido por informações e dicas úteis ao dia a dia de seus ne-gócios e pela oportunidade de conversar com outros empreendedores que podem trocar experiências de forma nunca antes imaginada. No último encontro, ocorrido no dia 15 de maio, o diretor-presidente da CTIS, Avaldir da Silva Oli-veira, explicou como a empresa, fundada há 32 anos, saiu de uma sala de 27 m² para um fatura-mento de R$ 938 milhões em 2012. Depois desta trajetória meteórica vieram equívocos comentados

por Aldavir e a retomada do crescimento da em-presa com a assinatura de contrato de transferên-cia das ações da companhia para a Sonda S/A, em-presa chilena com marcante presença no mercado latino-americano de Tecnologia da Informação.Este é um dos exemplos do que pode ser explorado em termos de experiência em gestão empresarial, marketing, relacionamento, recursos humanos nos encontros promovidos pelo Clube N. Sempre recepcionados pelo diretor da N Produções, José Paulo Furtado, os participantes do Café & Con-tatos têm a oportunidade de, em um ambiente descontraído e refinado, desfrutar da companhia de empresários vitoriosos, que têm muita história para contar e dicas preciosas para os representantes de todos os segmentos. Se você é um empresário de visão, venha fazer parte do Clube N.

Café e Contatos

Page 31: N Respostas 34

31NRespostasjulho / agosto 2014

Fotos: N Produções

Page 32: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br32 NRespostas

A distribuição de lucros e dividendos aos sócios e acionistas é prática comum nas empresas e, em úl-tima análise, um dos principais objetivos a serem buscados na gestão dos negócios. Fato curioso, en-tretanto, é a forma como grande parte das peque-nas e médias empresas tratam a questão. A título de exemplo, cabe mencionar a situação, presente em muitas sociedades limitadas, em que formalmen-te os sócios-administradores recebem um salário

mínimo mensal a título de pró--labore e elevados valores como distribuição de lucros. Em tese, essa prática não cos-tuma gerar questionamentos no curto prazo, mas apenas diante de fiscalização das autoridades tributárias, de desentendimen-tos entre os sócios ou ainda nas hipóteses de retirada, interdi-ção e/ou falecimento desses,

porque o sócio sai de cena e, em seu lugar, é co-mum o surgimento de pessoa estranha ao dia a dia da sociedade e de sua administração, desacos-tumada, portanto, com essa prática. Do ponto de vista jurídico, a distribuição de

lucros tem regras próprias, tanto no âmbito so-cietário quanto no tributário. No caso das so-ciedades limitadas, por exemplo, o Código Civil estabelece que a distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizem e dos sócios que os recebem, conhecendo ou devendo conhecer--lhes a ilegitimidade (art. 1.009) e, igualmente, que os sócios serão obrigados à reposição dos lu-cros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantias se distribuírem com prejuízo do capital social (art. 1.059).Sob a perspectiva tributária, o Regulamento da Pre-vidência Social (Decreto nº 3.048/99, art. 201, 5º, II), determina a tributação das Sociedades Simples de prestação de serviços relativos ao exercício de profissões regulamentadas, pelo INSS, dos valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remu-neração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resul-tado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício. E, de idêntica maneira, a

A distribuição dos lucros pode ser determinante para o desempenho de uma empresa?

“em tese, essa prática não

costuma gerar questionamentos

no curto prazo, mas apenas

diante de fiscalização das

autoridades tributárias.”

Boas práticas de gestão

e os riscos de sua inobservânciana distribuição de lucros

Responde:

Edson [email protected]

lucr

ativ

idad

e em

pres

aria

l

Page 33: N Respostas 34

33NRespostasjulho / agosto 2014

Instrução Normativa INSS nº 971/2009, estabelece, no artigo 57, § 5º, II, que integram a base de cálculo das contribuições previdenciárias os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discri-minação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social, ou tratar-se de adian-tamento de resultado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício ou quando a contabilidade for apresentada de forma deficiente.Há igualmente outras normas tributárias de seme-lhante conteúdo e de abrangência ainda mais ampla, dispondo que as pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito com a União e o INSS, não poderão dis-tribuir lucros aos sócios, sob pena de multa de 50% (cinquenta por cento) sobre as quantias distribuídas (Lei nº 4.357/64, art. 32; RIR/99, art. 889; Lei nº 8.212/91, art. 52; Lei nº 11.051/2004, art. 17; De-creto nº 3.048/99, art. 235, 280, II, e Instrução Nor-mativa INSS nº 971/2009, art. 475, V).

Tem-se, portanto, como boa prá-tica de gestão, a observância das normas de direito societário e tri-butário a respeito da distribuição de lucros, mais especificamente a necessidade de que ocorra em periodicidade permitida pelo con-trato social e amparada em demonstrativos contábeis idôneos, a exemplo de balancetes mensais, e sem pre-juízo do capital social e do fluxo de caixa da empresa. O desprezo a essas balizas é fator crítico de risco em-presarial, pois expõe a saúde financeira da empresa, dá margem a problemas com as autoridades tributá-rias, e, por isso mesmo, deve ser evitado.

Edson Santos é empresário e advogado, com escritório próprio no edifício América Office Tower, Setor Comercial Norte, Brasília/DF. Especialista em Direito Público, ex-servidor do quadro efetivo do superior tribunal de Jus-tiça, onde exerceu, dentre outros, o cargo de Assessor Jurídico de Ministros, possuindo, assim, ampla experiência em Direito empresarial, tributário, Pre-videnciário, Civil, trabalhista, Consumidor e Família, além de vasto conheci-mento de rotinas financeiras e gerenciais. [email protected]

“Do ponto de vista jurídico, a distribuição de lucros tem regras próprias, tanto no âmbito societário quanto no tributário.”

Page 34: N Respostas 34

www.nrespostas.com.br34 NRespostas

Uma pessoa se forma não apenas na conclusão de um curso, mas no trajeto de ir acrescentando habilidades, conhecimentos e capacidades – aquilo que chamamos de formação continuada. Isso se dá na escola, na leitu-ra, nas conversas, tendo acesso às mídias e àquilo que não se sabe. Mas há um conceito-chave em formação que é superação. A formação tem de nos levar para cima, para aquilo que não temos, para não ficarmos nos repetindo, aprisionados naquilo que já sabíamos. No mundo acadêmico, lideramos pessoas que fazem novas pesquisas sobre temas variados. É decisivo que quem orienta seja capaz de fazer com que o seu aluno o supere naquele ponto, isto é, leve adiante o conheci-mento que se construiu. É usual que, na primeira reu-

nião com o orientando, se diga: “Eu espero que você me honre, ou seja, que me ultrapasse, que me supere. Se você, na sua pesquisa de mestrado ou doutorado, apenas escrever o que eu já escrevi, se for apenas o meu segui-dor, isto significa que a Ciência, o co-nhecimento ficará estagnado no ponto

em que já houvera deixado. Por isso, não se constranja, supere-me, vá além de mim, ultrapasse aquilo que eu já fiz, porque é justamente isso que vai me honrar”. Um pai, uma mãe também tem de pensar assim, as-sim como um gestor ou um líder. A superação como sendo uma homenagem. Um dos meus desejos quando criança, e acho que de muita gente, especialmente quando tínhamos alguma prova, um trabalho na escola, era nascer sabendo. “Por que eu não nasci sabendo?”. Aí eu não precisaria levan-tar tão cedo, e em cima da hora, para estudar. Nem ficar até tarde na leitura de um livro. Aquele sonho de nascer sabendo tem uma forte marca de infantilidade. Nascer sabendo, mesmo que pudesse nos dar algum

conforto, seria profundamente negativo na nossa história. Se nascêssemos sabendo, só poderíamos fazer aquilo que já saberíamos, portanto, entrarí-amos em um processo de repetição, de ausência de criatividade, de incapacidade de inovação. Uma das coisas que nos caracteriza como espécie humana é sermos capazes de recriar e de construir uma outra forma de vida individual e coletiva. Isso se dá por-que, de fato, não nascemos sabendo. Embora seja uma situação gostosa de imaginar, nas-cer sabendo nos colocaria no mesmo patamar de outras espécies que apenas reproduzem, clonam aquilo que já têm.A nossa capacidade seria repetitiva, redundante – para usar uma palavra da Filosofia, tautológica, aquilo que vem do mesmo modo que já estava.

para iralém!

Formação Filosofando

Mar

io s

ergi

o co

rtel

la

“há um conceito-chave em formação

que é superação. A formação tem

de nos levar para cima, para aquilo que não temos.”

Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em educação, professor-titular da PuC-sP (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em educação: Currículo (1997–2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no gvpec da Fgv-sP (1998–2010). Foi secretário Municipal de educação de são Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimen-to” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com yves de la taille (Papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos pron-tos!” (vozes), “sobre a esperança: diálogo”, com Frei betto (Papirus), “lide-rança em foco”, com eugênio Mussak (Papirus), “viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (versar/saraiva), “Política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (Papirus), “vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete refle-xões breves para recusar o biocídio” (Polisaber).

Leia mais sobre o assunto em:Pensar bem nos faz bemMario sergio Cortellaeditora vozes

Tendo como inspiração os temas filosofia, religião, ci-ência, educação, família, carreira, convivência e ética, o autor Mario sergio Cortella elaborou seu mais novo trabalho, “Pensar bem nos faz bem! - Pequenas re-flexões sobre grandes temas”. Os livros são baseados nas falas diárias do autor na rádio CBN e trazem o olhar da Filosofia sobre temas do cotidiano.

Inicialmente serão lançados dois volumes. O primeiro fala sobre Filosofia, Religião, Ciência e educação. Já o segundo fala sobre Família, Carreira, Con-vivência e Ética.

Page 35: N Respostas 34
Page 36: N Respostas 34