n respostas 24 - outubro/novembro 2012

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1 NRespostas outubro \ novembro 2012 Ano V • Nº 24 • outubro/novembro 2012 • R$ 8,90 soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki 5 dicas para fazer apresentações poderosas Mario Sergio Cortella Lealdade com a empresa? Entrevista exclusiva com Augusto Cury Pedro Mandelli Fazendo as contas Carlos Hilsdorf A arte de fornecer “feedback” Fuja da mes ce mi Como se destacar em um mercado tão competitivo?

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A revista N Respostas é uma publicação da N Produções, e objetiva oferecer soluções para o mundo empresarial. Editora-chefe: Renata Araujo, Arte: Leticia Marchini, Diretor Executivo: Jose Paulo Furtado

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1NRespostasoutubro \ novembro 2012

Ano V • Nº 24 • outubro/novembro 2012 • R$ 8,90

soluções para o mundo empresarial

Roberto Shinyashiki5 dicas para fazerapresentações poderosas

Mario Sergio CortellaLealdade coma empresa?

Entrevista exclusiva com

Augusto Cury

Pedro MandelliFazendo as contas

Carlos HilsdorfA arte de fornecer

“feedback”

Fujadamescemi

Como se destacar em um mercado tão competitivo?

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NizanGuanaes

Em Novembro

Apontado pelo Financial Times como um dos 5 brasileiros mais influentes da atuali-dade, Nizan Guanaes foi eleito empreende-dor do ano pela Ernst & Young e pela revista IstoÉ. É chairman e fundador do Grupo ABC de Comunicação que em apenas 8 anos se tornou um dos 20 maiores grupos de marketing do mundo.

Comunicação, Sustentabilidade

Gestão e

TOP 10 Empresarial, dia 26 de novembro de 2012 às 18h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães

(61) Informações e vendas:

6Xno cartão

até

ApoioPatrocínio

Marketing & Comunicação

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José Paulo FurtadoDiretor da Revista N Respostas

enquanto alguns aguardam as jogadas na partida de xadrez, outros estão foca-dos em como organizar, criar estraté-gias para conquistar território e vencer a partida. Como num jogo de xadrez, o planejamento estratégico vai auxiliá-lo a não perder o foco no que é impor-tante para atingir os resultados de sua empresa, ou em sua carreira.Começando pela missão ou causa: qual é o motivo pelo qual sua empresa existe? Em que ela ajuda aos clientes? Veja o caso da N Produções. Nossa missão é servir a pessoas e empresas que buscam se desenvolver através do conhecimento. Isso é tão forte na nossa organização que, em reunião de equipe, ficamos chateados quando algum cliente deixa de ir a um de nossos cursos ou pa-lestras e, pasmem, nesses momentos, a equipe não fala do dinheiro nem do faturamento, nossa equipe lamenta termos perdido a chance de ajudar as empresas que fica-ram de fora. O treinamento certamente faria a diferen-ça em sua gestão. Perdemos a oportunidade de ajudar.Mais do que determinar a missão é necessário injetá--la na veia de todos os seus colaboradores. Exemplifico com um caso ocorrido na década de 60 do século pas-sado. Uma equipe de TV norte-americana, em visita à Nasa – agência espacial americana –, entrevista um funcionário que ali varria o chão. O que você faz aqui? O colaborador, com a vassoura na mão, responde: “Es-tou aqui trabalhando para levar o homem à lua”. Quero mostrar que, mais do que planejar, é preciso partilhar a missão da organização; imbuir em todos o espírito de conquista da visão que se tem. Anos depois, Neil Armstrong dá um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade. O alinhamento da missão vai gerar valor para a sua empresa!Tudo isso está relacionado à visão que tem de si, ou da empresa em que trabalha. Que visão você tem da sua empresa? Onde quer estar em 5 ou 10 anos? Esse é um

exercício difícil de fazer, poucos são vi-sionários. Quantas pessoas conseguem enxergar as tendências? Certamente, exercitar esse sentido é necessário. Qual-quer dia desses faça um teste, escreva um artigo, como se fosse uma matéria para a nossa revista, relatando a sua história como se fosse cinco anos à frente. Trei-ne a sua mente para que possa cobrar sua ação e assim conquistar essa visão. Eu fiz isso uns 5 anos atrás e confesso que con-quistamos mais do colocamos no papel.

Teste, duvide, mas faça! Permeie sua empresa e sua vida de valores que valem a pena e comprometa-se com eles. O mercado vai lhe enxergar diferente e vai falar sobre você. Em apenas 5 segundos vão dar seu julgamento. Essa pessoa é boa, mas... Essa empresa é boa, mas... Esse “mas” geralmen-te traz o adjetivo que lhe qualifica ou desqualifica. Faça o teste. Pense numa empresa qualquer. O que você pensa sobre ela? A pessoa que trabalha ao seu lado, o que você pensa sobre ela? Vai perceber rapidamente que classificamos a todos. Cuidado com sua marca. Uma vez negativa, o trabalho que irá ter para mudar é muito maior do que criar uma boa reputação logo de cara.Espero que, na conquista de resultados, a canção que lhe inspire possa ser aquela velha, mas sempre atual, de Geraldo Vandré: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera aconte-cer...” e nunca a do Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu...” Porque quem deixa que os outros cuidem do seu caminho não tem direito de escolher para onde vai. Faça o seu caminho de sucesso e de mui-tas felicidades, é o que eu desejo para você!

Um abraço,

twitter.com/[email protected]

Caro leitor,

Mais Geraldo Vandré,

Carta ao LeitorN Palavras

menos Zeca Pagodinho

NizanGuanaes

Em Novembro

Apontado pelo Financial Times como um dos 5 brasileiros mais influentes da atuali-dade, Nizan Guanaes foi eleito empreende-dor do ano pela Ernst & Young e pela revista IstoÉ. É chairman e fundador do Grupo ABC de Comunicação que em apenas 8 anos se tornou um dos 20 maiores grupos de marketing do mundo.

Comunicação, Sustentabilidade

Gestão e

TOP 10 Empresarial, dia 26 de novembro de 2012 às 18h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães

(61) Informações e vendas:

6Xno cartão

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ApoioPatrocínio

Marketing & Comunicação

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www.nrespostas.com.br4 NRespostas

N Respostas é uma publicação da N Produções

Diretor-Executivo:José Paulo Furtado

Direção de Arte/Editoração:Letícia [email protected]

Editora-Chefe:Renata Araú[email protected]

Jornalista responsável:Cid Furtado Filho DRT DF 1297

Revisão:Denise Goulart

Fotografia:Telmo Ximenes • Anderson Marques • Aliram Campos e Murilo Nunes • Ilustrações e fotos: Stock Photos

Reportagem:Renata Araújo

Colaboradores desta edição:Carlos Hilsdorf • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Nailor Marques Jr. • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki • Rodrigoh Henriques • Rodrigo Dias da Fonseca • Annibal Affonso Neto • Demétrius Borel Lucindo • Luis Marins

Diretora Financeira:Karla [email protected]

Diretor Comercial:José Paulo [email protected]

www.nproducoes.com.br

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas:

SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DFTel./Fax: 61 3272.1027

e-mail: [email protected]

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h [email protected]

A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados.

Tiragem: 20.000 exemplares.

[email protected]

Tive acesso à revista N Respostas em um curso na FGV e a estou utilizando na reunião mensal sobre Liderança com a equipe da secretaria em que trabalho.Gostaria de saber como ter acesso aos próximos números.

Adriana Medeiros FernandesSecretária da Subseção II Especializada em

Dissídios Individuais

Tribunal Superior do Trabalho

Já li várias edições da N Respos-

tas. Alguns textos não me dizem muito, outros me ajudam a en-tender ou mesmo a solucionar al-gum problema.No último número, o artigo do Prof. Pedro Mandelli “Cuidado com seus ‘aminimigos’” me cha-mou especialmente a atenção.Ótimo alerta! Não foi a primeira vez que um artigo dele me ajudou.Peço que transmitam ao Prof. meu agradecimento e minha admiração.

Adriana Velloso Advogada e tradutora

Leitor

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5NRespostasoutubro \ novembro 2012Imagens Médicas de Brasília

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www.nrespostas.com.br6 NRespostas

PREPARE-SE PARA EXERCER SEU PODER DE INFLUÊNCIA

Informações e inscrições: www.ifenasbac.com.br | 61 3323-1055

Foco do líder no autodesenvolvimentoLiderança de si mesmo. Comunicação verbal: apresentações e� cazes.Gestão do tempo e qualidade de vida.

Foco do líder nas equipesLiderança de equipes de alto desempenho.Liderando reuniões produtivas.Negociação e resolução de con� itos.Comunicação interpessoal.

Foco do líder na ação estratégicaLiderança estratégica.Liderança pela inovação.Coaching executivo: líderes de líderes.

1º semestre de 2013

PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE

LÍDERES DE ALTA PERFORMANCE

O Instituto Fenasbac de Excelência Pro� ssional®, ligado à Federação Nacional das Associações dos Servidores do Banco Central, lança mais um programa de formação. Conduzido por especialistas na área de liderança, com reconhecido sucesso em suas atividades corporativas e educativas.

O líder de alta performance é capaz de desenvolver e exercer seu poder de in� uência para fazer acontecer, inovar e promover mudanças, pela raiz, no universo corporativo.

Prepare-se com quem entende.

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7NRespostasoutubro \ novembro 2012

CoLunistas

Capa

seções

Índice

12. FUJA DA MESMICE por Rodrigoh Henriques

22. pEDRo MANDEllI Além da hierarquia

26. RobERto SHINyASHIkI Dicas de campeão

34. HoMERo REIS pergunte ao coach

38. MARIo SERgIo CoRtEllA Filosofando

3. N pAlAvRAS Mais geraldo vandré, menos Zeca pagodinho!

9. ENtREvIStA Augusto Cury

20. N FlASHES Quem passa pelos eventos da N produções

24. EtC Entretenimento, trabalho, casa

28. N INvEStIMENtoS proibido poupar, gastem tudo!

30. EFICIêNCIA NA gEStão públICA Criatividade para solucionar problemas

32. ECo NotíCIAS

33. ClUbE N Conhecimento e Novos Negócios

Ano V • Nº 24 • outubro/novembro 2012

16. gEStão DE pESSoAS – Carlos Hilsdorf A arte de fornecer feedback

18. o QUE é? – Nailor Marques Jr. o que é foco no cliente?

25. MbA Fgv – Annibal Affonso Neto Upgrade de conhecimento

36. AtENDIMENto – luis Marins Eu só trabalho aqui

Respostas

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www.nrespostas.com.br8 NRespostas 8 www.nrespostas.com.br8 NRespostas

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9NRespostasoutubro \ novembro 2012 9NRespostas 9NRespostasoutubro \ novembro 2012

Entrevista

você sempre quis ser escritor?

Desde meus 19 anos nasceu o dese-

jo de ser escritor. Na faculdade de

medicina, com 21 anos, esse desejo

foi tão forte que me tirou o sono. A

partir de uma dor angustiante que sofri, comecei a navegar nas águas da emoção e nas águas da literatura.

Até onde o risco vale a pena para quem não é um especialista?

Há muitas respostas. Entre elas porque disponibilizo ferramen-tas para que os leitores protejam sua emoção, trabalhem perdas e frustrações, sejam autores da sua história. Outra resposta é porque

Com mais de 10 milhões de livros vendidos somente no brasil e com publicações em mais de 50 países, o psiquiatra e escritor Augusto Cury é pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. Desenvolveu a “teoria da Inteligência Multifocal”, na qual explica o funcionamento da mente, o processo de construção do pensamento e da formação de pensadores. Sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado e tem sido objeto de pós-graduação lato sensu em diversas áreas das ciências humanas. Cury não se considera um homem acabado e sim caminhante em busca do seu próprio ser. Em suas obras, apresenta aos leitores personagens que relatam um pouco da vida e dos comportamentos de cada ser humano e também um pouco de si mesmo, pois considera que um autor nunca escreve além do que ele é, ou pelo menos do que busca tornar-se.Após sua brilhante apresentação no top 10 Empresarial e depois de atender carinhosamente à legião de fãs que dele se aproximou solicitando autógrafos e fotos, aceitou nosso ousado convite e fará parte do quadro de articulistas da N Respostas para nossa imensa satisfação. Em entrevista, Augusto Cury aconselha: seja um grande sonhador!

AugustoCury

por Renata Araújo

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www.nrespostas.com.br10 NRespostas 10 www.nrespostas.com.br10 NRespostas

[Entrevista]

aprendem a conhecer o complexo e complicadíssimo universo da men-te humana. Somos tão complicados que quando não temos problemas, nós os criamos... Mas talvez a res-posta mais importante é que escrevo não para fazer sucesso, mas para tentar dar uma contribuição à humanidade. Sou um pe-queno semeador de ideias. Nunca pensei que me tor-nasse o autor mais lido da década passada no Brasil, com dezenas de milhões de leitores, e publicado em mais de sessenta países.

o seu último livro, o Co-lecionador de lágrimas, é um romance, classifi-cado como uma ficção histórica. Como você de-cidiu abordar os temas da obra?

É um tema dificílimo. Es-colhi esse tema porque as atrocidades cometidas pela nossa espécie, a única que tem consciência que pensa em meio a milhões de es-pécies, toca-me profunda-mente. Estudei inúmeros livros de história (por isso o livro tem 18 páginas de referências bibliográficas). Entrei em áreas que historiadores não ti-veram a oportunidade de entrar. Estudei como Hitler desenvolveu sua personalidade e que técnicas de marketing de massa ele usou para devorar primeiramente o incons-ciente coletivo dos alemães para de-

pois exterminar os judeus, eslavos, marxistas, homossexuais, ciganos. A juventude alemã tinha a mais alta cultura no tempo dos nazistas e, debaixo de intenso estresse políti-

co e econômico, foi mentalmente adestrada por um psicopata incul-to, tosco e teatral. E isso apenas usando o rádio. Imagine na era da internet e TV o que poderá ocorrer diante do aquecimento global, in-segurança alimentar e competição predatória? Novos holocaustos po-

derão surgir de diversas formas. O Colecionador de Lágrimas é um grito de alerta: estamos formando repetidores de ideias e não pensa-dores autônomos, que tem opinião

própria.

Além de livros de ficção, você é principalmente conhecido por obras motivacionais e de autoajuda. Como você concilia a produção nesses dois gêneros? tem preferência por algum?

Os meus livros motivacio-nais, na realidade, são de aplicação psicológica. Desen-volvi a teoria da Inteligência Multifocal, uma das primei-ras a estudar o processo de construção de pensamentos e o processo de formação de pensadores. Hoje, esses livros, junto com a teoria, é objeto de teses de mestrado e doutorado em diversas uni-versidades. Tenho prazer em escrever livros de aplicação psicológica, mas os livros de ficção, como O Futuro da Humanidade e O Colecio-nador de Lágrimas, me dão mais liberdade para voar, li-bertar meu imaginário.

o que o inspira a escrever? E quais autores são referência para você?

Paixão pela humanidade, desejo ardente de contribuir para aliviar a dor do outro e expandir os hori-zontes da inteligência das pessoas dos mais diversos povos. Quanto

“Escrevo não para fazer sucesso, mas para tentar dar uma contribuição à

humanidade. Sou um pequeno semeador de ideias.”

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aos autores, prefiro os filó-sofos (Platão, Aristóteles, Agostinho, Montaigne, Hegel etc.). Machado de Assis é um autor que admi-ro muitíssimo, tanto pela estética quanto pelo con-teúdo. Apesar de não ter sido psiquiatra, psicólogo ou sociólogo, seus livros navegam nas águas dos transtornos psíquicos e so-ciopolíticos.

Qual foi o último livrou que leu (ou está lendo) e indica aos leitores?

A História da Riqueza do Homem, de Leo Huber-mann. Uma fascinante re-velação das mazelas sociais à luz da economia, escrito em 1934.

Sobre suas preferências culturais, que estilo musical mais lhe agrada?

Amo contemplar o belo, fazer das pequenas coisas um es-petáculo aos olhos. Tenho grande prazer em viajar no tempo através dos museus. Gosto muito de música clássica. Beethoven é um gênio da música. Há alguns meses, dei uma palestra junto com a Orquestra Sin-fônica de Ribeirão Preto, uma das cinco melhores do Brasil. No even-to, enquanto se tocava sinfonia desse mestre da música, eu falava sobre sua depressão, sua crise existencial e sua perda do prazer de viver diante da diminuição de sua audição. Ao mesmo tempo, abordei sobre os me-canismos mentais que ele usou para superar seu caos emocional.

E teatro e cinema, é frequentador? Indica alguma peça ou filme a nossos leitores?

Tenho o teatro em alta conta. Dois livros meus se tornarão em breve peças teatrais: De Gênio e Lou-co Todo Mundo Tem Um Pouco (nome da peça será Os Superma-lucos – diretor: Mauro Mendonça Filho – diretor de Gabriela), e O Futuro da Humanidade. E cinema, tenho muito prazer, mas frequen-temente sou crítico dos roteiristas. Gostaria de dar uma boa notícia, o livro O Vendedor de Sonhos se tor-nará filme no ano que vem.

você dirige a Academia de Inteligência. Fale-nos sobre esse projeto.

É um grande sonho. É uma escola como de línguas. Ao invés de aprender inglês, os alunos de 6 anos até 80 anos, vão uma vez por semana na Academia da Inteligência para desenvolver qualidade de vida, emoção saudável, relações inteligentes, bem como desenvolver as funções mais importantes do intelec-to, como: proteger a emo-ção, resiliência, gerenciar o estresse, colocar-se no lugar dos outros, pensar antes de reagir, ser autor da própria história. Já temos cerca de 40 mil alunos aplicando o projeto. Nós vamos às lá-grimas ao ver os resultados. Agora vamos abrir franquias em todo o Brasil. Já há vinte países interessados em apli-

car a Academia da Inteligência. Es-tamos muito animados em exportar esse conhecimento para o mundo.

para encerrar, não resisto ao impulso de pedir que nos deixe uma mensagem, bem ao tom de seus livros...

Não tenha medo de falhar, mas, se falhar, não tenha medo de chorar e, se chorar, repense seu caminho, mas nunca desista. Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Aventure-se a viajar por dentro de si mesmo e seja um grande sonhador! A sociedade não precisa de gigantes, nem seus filhos, nem seus alunos. Todos precisam de seres humanos...

“o comprometimento mútuo faz com que as pessoas, diante

do convite de uma outra empresa, avaliem a migração

não apenas pelo salário.”“Não tenha medo de falhar,

mas, se falhar, não tenha medo de chorar e, se chorar, repense seu caminho, mas nunca desista. Não tenha

medo da vida, tenha medo de não vivê-la.”

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Capa

Da escassez para a abundânciaNos últimos 50.000 anos, vivemos e moldamos nosso comportamento em torno de uma regra simples: tudo o que é bom acaba, dura pouco ou simplesmente não está disponível do jeito que gostaríamos. A escassez de comida, abrigo, roupa, pessoas, água, terra e tudo o que você con-seguir imaginar ditou as regras de como evoluímos e convivemos com os outros de forma geral.A lei da oferta e demanda, leia-se escassez, sempre ditou nossos salários, o preço dos produtos e serviços e até a quantidade de parceiros amorosos nesta vida.Ao menos assim foi até pouco tempo atrás.Nos últimos 20 anos, o mundo em que vivemos passou da escassez para a abundância e poucos perceberam as implicações desta mudança.Passamos dos 40 modelos de carros disponíveis na década de 90 para mais de 400 oferecidos em centenas de revendas e concessionárias espalhadas Brasil afora. Da de-claração das linhas telefônicas fixas no imposto de renda para chips de celulares por R$ 10,00 ou menos. Sem falar nos aparelhos ortodônticos, nas roupas “de marca”,

nos restaurantes self-service ou nos cursos de graduação que se multiplicaram aos milhares nas últimas duas décadas.

Vivemos em um mundo onde a escassez acabou, mas antes de festejarmos tamanho feito, que tal pensarmos nas consequências da abundância?

Antes de entrarmos no que alguns economistas chamam de “Eco-nomia da Abundância”, bastava oferecer um produto razoável que o cliente comprava, e bastava ter diploma que sua carreira deslan-chava. Datilografia e uma língua estrangeira eram sinônimo de

futuro promissor.Antes da abundância era mais fácil se destacar por um simples motivo: ter ou ser era o suficiente. Não era necessário ter, ser e oferecer algo diferente do resto porque o resto praticamente não existia.O outro lado da moeda desta prazerosa mudança está em uma complexidade

inimaginável. A de convencer os outros de que o que você é, faz ou vende é melhor do que todo o resto.

Abundância é sinônimo de mesmice.

por Rodrigoh Henriques

Como se destacar em um mercado tão competitivo?

Fuja damesmice

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13NRespostasoutubro \ novembro 2012

O que o diferencia? Pare e pense na última vez em que você resolveu comprar alguma coisa que tivesse, por menor que seja, algum valor ou significado. Como escolher entre as milhares de possibilidades que temos ao nosso dispor? Como diferenciar o que à primeira vista nos parece igual?Tome a televisão por exemplo. Se combinarmos as 12 marcas mais vendidas, com os 14 tamanhos mais comuns, os 4 tipos de tela (Tubo, LED, Plasma e LCD) e opcionais como HDMI, HD, Perfect Motion, Full Motion, Motion Flow, Pixel Plus, Wifi, Smart TV, Clear Sound, True Sor-round, Noise Reduction, USB, 3D e Deus sabe mais o quê, é simplesmente impossível saber qual aparelho levar para casa.Sua empresa, criada e desenhada para competir em um ambiente de escassez – no qual carac-terísticas e benefícios determinavam o correto posicionamento de mercado e o que ela oferece aos clientes – deve parecer com uma dessas tele-visões. Se existe algum diferencial, o cliente não consegue ver, saber e muito menos sentir qual é.

Diga adeus à concorrência

A boa notícia é que o caminho para se diferenciar em tempos de abundância pode ser mais fácil do que parece.W. Chan Kim (Insead) e Renée Mauborgne (Inse-ad) apresentam, em seu livro A Estratégia do Oceano Azul – Como criar novos mercados e tornar a concor-rência irrelevante, um passo a passo detalhado de como abandonar as águas sangrentas dos mercados

competitivos e navegar em águas azuis de mercados criados por você e para você.Usando o conceito de “Inovação de Valor”, definido como a busca incansável para alcançar diferencia-ção e custos baixos ao mesmo tempo, os autores propõem 4 perguntas básicas para (re)criar seu mercado de atuação:

Quando somadas, as respostas geram uma nova Curva de Valor, fazendo com que a concorrência se torne irrelevante e que um mercado novo, com novos clientes, seja criado ou revelado apenas para você e sua empresa.

Aposte no pequeno e na reputação

Chris Anderson (The Economist e Wired Maga-zine), autor dos livros A Cauda Longa – Do mercado de massa para o mercado de nicho, Grátis – O Futuro dos Preços e Makers – The New Industrial Revolution, aposta na busca incessante e lucrativa pelos ni-

Rodrigoh Henriques é consultor nas áreas de gestão estratégica e comunicação eficaz.

Apaixonado pela educação no mundo dos negócios, desenvolveu e coordenou programas de excelência, diferenciação, posicio-namento estratégico e comunicação em empresas brasileiras e multinacionais.

é diretor-executivo da Dif3rente Educação Corporativa e palestrante nos temas relacionados a mudança, inovação, persuasão e efetividade da comunicação para líderes e liderados.

Envie sua pergunta ou comentário para [email protected]

1. Que fatores posso eliminar completamente do meu produto/serviço que a concorrência sem-pre ofereceu, mas não geram mais valor?

2. Que fatores do meu produto/serviço posso reduzir significativamente ajudando a cortar custos?

3. Que fatores tenho que aumentar e oferecer bem acima da média do mercado?

4. Que novas características devo criar que nun-ca foram oferecidas para este mercado?

Como se destacar em um mercado tão competitivo?

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chos. Sua teoria, tanto quanto os números que a su-portam, é bastante convincente. Para comprovar que vender pouco de uma longa lista de itens pode ser mais lucrativo do que vender muito de um grupo pequeno de itens, ele cita, entre outros exemplos, o mercado editorial. A somatória dos livros menos vendidos (parte estrei-ta da cauda longa) chega a gerar receitas maiores nas livrarias online do que os famosos best sellers. Como esses livros não estão disponíveis nas livrarias tradi-cionais, o mercado editorial pode ser o dobro do que conhecemos hoje.Com os custos de produção, armazenagem e distri-buição cada vez menores, Chris Anderson propõe que nossos esforços estejam focados em buscar e oferecer produtos e serviços pelos quais as pessoas sejam apai-xonadas. O advento das redes sociais como forma de divulgação rápida, gratuita e espontânea e os custos de produção extremamente baixos das fábricas chinesas e das impressionantes impressoras 3D farão com que qualquer empresa no mundo possa manter relações al-tamente lucrativas com nichos de clientes espalhados pelos seus quatro cantos.Dois ótimos conceitos também trabalhados pelo autor

e que podem mudar o jogo da diferenciação são Free-mium e Economia da Reputação.Freemium se refere a um novo modelo de negócios em que parte dos serviços e produtos de uma empresa é oferecido gratuitamente (free) e outra parte (pre-mium) é paga. Economia da Reputação é, na opinião do autor, a única maneira de competir em um mercado no qual o que você vende pode ser oferecido por valores im-praticáveis ou até gratuitamente por concorrentes diretos ou indiretos. Uma recente pesquisa Ibope/Nielsen Online reforça a importância da reputação e mostra que 9 em cada 10 pessoas confiam nas sugestões de compra de pessoas conhecidas e 7 em cada 10 confiam na opinião de des-conhecidos quando fazem pesquisas de compra.

Inovação, o caminho da diferenciação

Rivadávia C. Drummond, reconhecidamente o maior especialista brasileiro em gestão do conhecimento, inovação e criatividade no âmbito empresarial, tem trabalhado com o conceito de Modelo de Negócio em empresas privadas e instituições públicas que bus-cam inovar e se diferenciar.O Modelo de Negócio, inicialmente proposto por Alex Osterwalder, possui uma série de ferramentas de gerenciamento estratégico que ajudam a definir e dis-seminar a lógica de criação, entrega e captura de valor.Partindo do que o autor chama de Canvas, um mapa visual desenvolvido para ajudar na identificação da proposição de valor, líderes e gestores que buscam a diferenciação conseguem representar graficamente os processos-chave da empresa e mostrar como ela aten-derá às necessidades e desejos dos clientes, como ob-terá lucro e se manterá no mercado de forma susten-tável, ao longo de um determinado período de tempo.

O Canvas (e seus nove blocos) transforma-se em uma excelente ferramenta de inovação, pois cada empresa, cada instituição, além de entender melhor o seu próprio negócio, passa a poder comparar o que ela faz com que os seus concorrentes fazem e com o que o seu cliente realmente quer.E onde uma empresa pode inovar? Segundo Osterwalder, a diferenciação vem do arranjo único dos nove blocos que definem o que sua organização faz, como ela faz e para quem.

Capa

Impressão 3D ou manufatura aditiva é o processo de produção de objetos tridimensionais a partir de um modelo digital. Diferente da manufatura tradicional, na qual peças são cortadas, furadas e conectadas, a impressão 3D é alcançada através de sucessivas camadas aditivas de diversos ma-terias e é usada em larga escala nas indústrias de calçados, joalheria, engenharia e construção. Com o preço cada vez menor das impressoras 3D, essa tecnologia está cada vez mais acessível a empre-sas de pequeno e médio porte.

“vivemos em um mundo onde a

escassez acabou, mas antes de

festejarmos tamanho

feito, que tal pensarmos nas consequências

da abundância?”

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15NRespostasoutubro \ novembro 2012

Saiba que perguntas fazer em cada bloco para “desenhar” o Canvas da sua instituição e descubra se está na hora de se diferenciar e inovar.

Proposição de Valor:Quais problemas dos clientes estamos ajudando a re-solver? Quais necessidades estamos atendendo? Quais produtos ou serviços oferecemos para cada segmento de cliente?Segmentos de Clientes: Para quem criamos valor? Quais são nossos clientes mais importantes? Quais deveriam ser?Canais: Por quais canais nossos clientes desejam comprar nos-sos produtos ou usar nossos serviços? Quais nós usa-mos? Como esses canais estão integrados? Quais fun-cionam melhor para cada segmento?Relacionamento com o Cliente: Qual tipo de relação cada um dos segmentos de clien-tes esperam que tenhamos com eles? Quais já temos e quais deveríamos ter? Quanto custa cada um?Atividades-chave: Que atividades precisamos realizar para entregar valor aos nossos clientes? Quais atividades podem ser entre-gues a parceiros-chave? Quais não?Recursos-chave: Quem deve executar as atividades principais? Quais são os recursos necessários para criar valor para o cliente? Quais os recursos necessários para operar nos-sos canais e manter o relacionamento com o cliente?Parceiros-chave: Que alianças estratégicas complementam os outros

aspectos do nosso modelo de negócio? Existem for-necedores capazes de nos atender no nível exigido de demanda? Estrutura de Custos:

Quais são os custos mais importantes? Quais os re-cursos mais caros? Quais são as atividades mais one-rosas? Onde estão as pos-sibilidades de cortes sem queda de qualidade?Fluxos de Receita:

Por que e até quanto nossos clientes estão dispostos a pagar? Pelo que eles atualmente estão pagando e o que faria com eles pagassem mais? Como eles estão pagan-do? Como eles gostariam de pagar?

Verdade InconvenienteQuando perguntadas, 85% das pessoas acham que são mais inteligentes do que a média e 25% acham que estão na faixa dos 1% melhores. Isso simplemente (e matematicamente) não pode ser verdade.Essa ilusão de superioridade é o que nos faz parar de pensar, de querer mais e de mudar. É ela que faz com que achemos que nossa empresa é a melhor do mercado, que nossos produtos são imbatíveis e que vão continuar a ser assim para sempre.Esqueça! (Re)comece do zero. Questione tudo. Ser diferente dá trabalho. Se você não está tendo muito trabalho é porque não está sendo diferente o suficiente.

Atividades-chave

Parceiros-chave

Relacionamento com o Cliente

Segmentos de Clientes

Proposição de Valor

Fluxos de Receita

Canais

Estrutura de Custos

Recursos-chave

“Antes da abundância era mais fácil se destacar por um simples motivo: ter ou ser era o suficiente. Não era necessário ter, ser e oferecer algo diferente do resto porque o resto praticamente não existia.”

Fonte: business Model generation

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www.nrespostas.com.br16 NRespostas

Sei que o feedback é uma ferramenta poderosa no processo de desenvolvimento pessoal e profissional, mas penso que, de-pendendo da forma que é realizado, ele pode ter resultados negativos. Como você analisa essa questão?

A artede fornecer

feedback

Responde:

Carlos Hilsdorftwitter: @carloshilsdorf

O termo feedback é originário de ciências como física, química, biologia e engenha-ria, entre outras. Torna-se um conceito fundamental em administração, pois refe-re-se a uma importante ferramenta geren-cial e de liderança.“Entende-se por feedback o processo (parte de uma cadeia de causa e efeito), onde uma informação sobre o passado in-

fluencia um mesmo fenômeno no presen-te e/ou no futuro, permitindo ajustes que mantenham um sistema funcionando corretamente”.Sugiro que você en-tenda feedback como: alimentação!

Feedback é um processo de alimentação que ocorre através do fornecimento de informações críticas para o ajuste de desempenho e perfor-mance de uma pessoa.Devemos entender por informação crítica aque-la que é crucial para o aperfeiçoamento da per-formance e, portanto, oriunda de uma análise baseada no senso crítico e não no senso comum.Desta maneira, feedback não é uma opinião que expresse um sentimento ou emoção, mas sim um retorno que alimenta (validando ou invali-dando) um dado comportamento com base em parâmetros claros, objetivos e verificáveis.Feedbacks versam sobre: desempenho, conduta e resultados obtidos.O objetivo fundamental do feedback é aju-dar as pessoas a melhorar sua performance (desempenho ao longo do tempo) através do fornecimento de informações, dados, críticas e orientações que permitam reposicionar suas ações em um maior nível de eficiência, eficá-cia, efetividade e excelência!

“Feedback não é uma opinião que expresse

um sentimento ou emoção, mas sim um retorno

que alimenta (validando ou

invalidando) um dado

comportamento.”

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Pergunta:Marcelo Velloso

Empresário

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17NRespostasoutubro \ novembro 2012

Feedbacks podem e devem ser utilizados como ações de validação e parabenização frente a condu-tas e resultados positivos; e, claro, também podem e devem salientar equívocos e discrepâncias de de-sempenho quando ocorrerem. A prática do feedback deve ser utilizada sempre de maneira educativa, não punitiva; afinal, seria um absurdo imaginar que pessoas que se sintam humi-lhadas ou com autoestima rebaixada pudessem se sentir motivadas a melhorar sua performance.Isso não significa que um gerente e/ou líder não te-nha que aplicar algum tipo de punição ou restrição durante o exercício da suas competências gerenciais e de liderança, mas evidencia que punição e feedba-ck são diferentes!Normalmente, quando o feedback é bem utilizado, as situações que demandam por qualquer tipo de punição diminuem consideravelmente, até por-que a correta utilização do feedback é preventiva e elimina um considerável número de situações que evoluiriam para um nível crítico, na ausência de orientação e correção.Daí a importância da aplicação constante de feedba-cks ao longo do tempo, lembrando que sua eficácia é tanto maior quanto mais próximo esteja da ocor-

rência que lhe deu origem. Es-perar demais para fornecer fe-edback agrava as situações que precisam ser corrigidas e enfra-quece o melhor momento para comemorar vitórias obtidas!O líder gera no liderado o de-sejo por feedback, o não líder gera aversão a feedbacks!Feedback é uma ferramenta de alto impacto e quando corretamente utilizada possui a potencia-lidade de maximizar resultados positivos e reverter resultados negativos.Saber fornecer e receber feedbacks é uma arte que diferencia em larga escala aqueles que a aprimoram.Jamais nos esquecemos de alguém que nos forneça um feedback que nos ajude a crescer!

Carlos Hilsdorf é palestrante, economista, pós-graduado em Marketing pela Fgv, consultor e pesquisador do comportamento humano. Consi-derado um dos melhores palestrantes do brasil na atualidade. pales-trante dos Congressos Mundiais de Administração (Alemanha e Itália) e do FIA (México). Autor dos best sellers Atitudes vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e 51 Atitudes Essenciais para vencer na vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano.www.carloshilsdorf.com.br • Twitter: @carloshilsdorf

“Normalmente, quando o feedback é bem utilizado, as situações que demandam por qualquer tipo de punição diminuem consideravelmente.”

Confira 10 dicas para fornecer feedback de maneira adequada:

Jamais viole o princípio da confiança.

Jamais viole o princípio do respeito.

Jamais contradiga ou desrespeite o princípio da ética.

Verifique qual o tipo de feedback específico adequado (validação ou correção).

Não confunda desabafo de emoções e sentimentos com feedback.

Tenha muito claras as causas e o objetivo do feedback.

Verifique qual o momento mais apropriado para o feedback.

Verifique qual a forma mais adequada para o feedback (sempre que possível, pessoalmente).

Verifique com atenção se é melhor falar a sós ou com a participação de outros envolvidos (jamais exponha a constrangimentos).

Certifique-se de que sua mensagem foi clara e bem compreendida!

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www.nrespostas.com.br18 NRespostas

Pergunta: Lorena Vieira

vendedora

Responde:

Nailor Marques Jr.www.nailor.com.br

O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) fi-cou mundialmente conhecido por formular teorias políticas que levavam em consideração as relações dos homens entre si, antes de atentar para relações do homem com o Estado. Talvez por isso, mesmo sem querer, tenha nos deixado uma reflexão im-portante para uma das principais travas do mundo empresarial: o que é mais importante, a relação en-tre as pessoas ou a relação entre as empresas e as pessoas? A resposta desse dilema está na compreen-são do sentido de foco e de cliente.A palavra foco é devida a Kepler (1571-1630) e pro-vém da forma latinizada foccus, cujo significado é fogo, lareira, e foi usada por ele para representar todos os raios de luz do Sol que passavam por uma lente, concentravam-se e produziam tanto calor que era capaz de gerar fogo. Foco, portanto, quer

dizer a concentração de nossas forças ou potencialidades numa única dire-ção, de modo que todas as nossas com-petências juntas possam produzir um resultado muito maior e mais lucrativo.Já o termo cliente surgiu na Roma an-tiga e é derivado do latim cliens, que se referia às pessoas, geralmente ricos empobrecidos ou estrangeiros conquis-

tados, que se colocavam sob a proteção de outra mais poderosa, um patrício. Quando o protetor saía às ruas, normalmente estava cercado por um grupo de clientes que esperavam por ajuda ou co-mida. Claro que hoje o termo tem outro sentido, mas, por extensão, nos auxilia a entender que clien-te é a pessoa com quem temos uma relação de fide-lidade, de atenção, de proteção e, mais que tudo, de respeito. Hoje, o cliente é quem mantém o nos-so negócio vivo, por isso foco nele é mais que uma questão de espírito empreendedor, é uma questão de sobrevivência e crescimento profissional.Voltando aos estudos de Hobbes, aprendemos com ele que os animais se relacionam em sociedade sem a percepção que os humanos têm desse fato. Por-tanto, uma abelha ou uma formiga operária faz o que nasceu para fazer, não se rebela, nem sofre, nem muda de rainha por não gostar do tratamento recebido. No entanto, os seres humanos, porque pensam, porque têm livre arbítrio, podem escolher com quem querem se relacionar, de quem querem comprar, de quais profissionais ou empresas que-rem os serviços, enfim, essa escolha pode gerar lucro ou prejuízo dependendo da eleição ou da re-jeição de cada um.As distinções de relacionamento, segundo o filóso-

?

!

O q

ue é

?

O que é foco no cliente?

professor, sou vendedora há muitos anos e sei, pela prática, da importân-cia de manter o foco no cliente. Contudo, acredito que deva haver uma explicação teórica que justifique essa verdade. O que o senhor pode me dizer sobre isso?

“Foco, portanto,

quer dizer a concentração

de nossas forças ou

potencialidades numa única

direção.”

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19NRespostasoutubro \ novembro 2012

fo, entre homens e animais que vivem em grupo e que merecem a nossa atenção são basicamente seis: • em primeiro lugar, humanos competem por honra, o que para os animais não existe (portanto, devemos consi-derar os aspectos subjetivos de nossos clientes, o que eles não nos falam, o que sentem, como se referem a nós);• em segundo lugar, os animais não distinguem bem comum de bem individual (nossos clientes querem o bem da sociedade, mas querem saber também o que individualmente vão agregar de valor com o nosso produto/serviço); • em terceiro, os animais não possuem razão (logo, não pensam sobre as coisas e hoje, como há várias empresas do mesmo segmento, é fácil trocar de fornecedor quando se é mal tratado ou mais bem seduzido); • em quarto, os animais não sabem falar (essa é uma das formas de comunicação mais elaboradas e que poucos empresários levam a sério, não se comunicam direito e colocam a culpa no mercado ou, o que é pior, no cliente); • em quinto, os animais não se ofendem (ao contrário dos humanos, que uma vez ofendidos podem causar prejuízos enormes a qualquer empreendimento);

• e, por fim, em sexto, o acordo entre os animais é natural, enquanto entre os seres humanos (profissionais e clientes) é artifi-cial, tem de ser construído e aí mora o se-gredo das relações duradouras.O foco no cliente é necessário justamente por isto, para que cada profissional ou empresa passe a enxergar o mundo pela ótica do outro, do seu cliente, do que tem o dinheiro para gastar. O que ele quer? Quais são seus sonhos? Como pensa? Como realiza seus desejos? Que tipo de atendimento gostaria de receber? Como ele vê os produtos/serviços que lhes são ofertados? O que ele pensa sobre o valor cobrado por produtos/serviços? Quanto de fidelidade ele está disposto a nos oferecer? O que o torna fiel? O que o ajuda a decidir além do atendi-mento e da qualidade: preço ou prestação? Enfim, tudo que pode auxiliar um industrial, comerciante ou presta-dor de serviço a mapear as pessoas com quem se relaciona profissionalmente e que lhes permite faturar e crescer.

Nailor Marques Jr. é professor, palestrante, coaching, autor, entre outros, de Sucesso com inteligência e liderar e vender. www.nailor.com.br

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“o cliente é quem mantém o nosso negócio vivo.”

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www.nrespostas.com.br20 NRespostas

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3

1. Arthur Bender: “Todos somos classificados com um adjetivo. Qual será o seu?”

2. Claudio tomanini trouxe o tema: novo mercado, novas competências.

3. Rivadávia Drummond ensina a importância da inovação e da gestão do conhecimento para o sucesso no mundo dos negócios.

4. Augusto Cury, no palco da N produções, fala para mais de 1.600 pessoas.

5. Auditório lotado no top 10 Empresarial de agosto, prestigian-do Augusto Cury e Cláudio tomanini.

6. José paulo Furtado, diretor da N produções, recebe na Sala vip do top 10 Dr. Afonso Machado, Monica Moreira e Juliana Ribeiro, do StM.

7. Manoel Alves Silva e vinicius Neiva, da Secretaria do tesouro Nacional, cumprimentam o consultor Rivadávia Drummond.

8. Augusto Cury, serenidade ao falar com o público.

9. Contribuição da N produções à instituição Casa de Moisés.

10. Entre uma palestra e outra, pausa para o lanche.

N Flashes

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21NRespostasoutubro \ novembro 2012

4

8 10

9

“Foi minha primeira experiência com a N Produções e fiquei impressio-

nado com o profissionalismo e com o sucesso do evento. A equipe me

recebeu impecavelmente e foi precisa em todos os detalhes: da chegada

à partida, da recepção calorosa até o fechamento, tudo perfeito. Um

evento de muito sucesso que foi uma experiência inesquecível para mim. Parabéns a toda equipe da N Produ-

ções e muito obrigado por tudo!”

Arthur BenderPublicitário e Consultor

Lucila SimãoDiretora Executiva

Diferencial Consultoria em RH

Isabella RangelAgente Administrativo - Ministério da Saúde

“Em nome das participantes do Minis-tério da Saúde, no Curso Gestão do

Tempo e Produtividade, realizado em 02/10/2012, agradeço pelo carinho,

prestatividade e atenção que toda a equipe da N Produções dispensou a nós, participantes do curso. Conte

sempre conosco nesta parceria entre Ministério da Saúde e N Produções, em prol do desenvolvimento de seus

servidores, colaborando com a melho-ria do desempenho de suas funções.”

“ Participar dos eventos da N

Produções proporciona acesso à informação baseada no conheci-mento, trazendo mais produti-

vidade e competitividade à nossa equipe. O grande diferencial é que os consultores, por terem

muita vivência corporativa, apresentam instrumentos de uso

prático nas organizações. Parabe-nizo e agradeço a parceria!”

o que eles dizem da N produções:

Fotos: Aliram Campos e Murilo Nunes

76

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www.nrespostas.com.br22 NRespostas

Sempre tenho que me lembrar em que ponto es-tou da vida, por qual instante estou passando e qual a minha estratégia para os tempos próximos futuros! Às vezes também acho que devo negli-genciar este raciocínio ou delegar a algum exer-cício acadêmico ou de outra qualquer escola ou momento de aluno. Na verdade, negligenciar raciocinar sobre seu fu-turo próximo significa tercerizar a sabe lá quem o seu próprio futuro: acho muito arriscado! E tem uns e outros que ainda dizem... seja lá o que Deus quiser!! Eu acho perigoso esse caminho e algo muito incerto.Tal qual o raciocínio de seu próprio caixa, con-

tas a pagar, contas a receber e aplicações financeiras – que eu pessoalmente não de-lego a ninguém –, não acredito que seja recomendável não dar atenção devida a algo mais importante sobre o tema: como vou estar vivendo daqui a pouco! Vamos ao raciocínio.Você sabe que ao longo dos anos sua força física vai diminuir, você sabe que vai ter que competir com pessoas cada vez mais

fortes, sim fortes, estou falando de físico, ou seja, você não vai aguentar a pressão sobre sua saúde ao longo dos anos. Você sabe também que precisa compensar esta perda de força com inteligência, com competências, para valer mais por palavra falada porque por força muscular você vai valer menos... Sua unidade de venda e recebimento vai ser palavra falada... Se ela não valer nada, sinto muito, você não vai receber nada!Como ir desenvolvendo competências, habilida-des ao longo do tempo? Cada um tem que pensar seu jeito, sua forma, seu caminho, não tem muita coisa padrão. Tem um ponto de raciocínio que vale para to-dos, independentemente do local, religião, ou qualquer outra variável que identifique uma pessoa: a idade!!Vamos fazer as contas: você tem três ciclos de algo em torno de 20 anos para viver do que conquistou no outro ciclo e para estar afiado/preparado para o novo. Considere o primeiro ciclo de 0 a 20 anos como inconsequente, ou seja, não conta. Daí para frente você tem mais três de vinte, só três!!

“Negligenciar raciocinar sobre seu

futuro próxi-mo significa tercerizar a

sabe lá quem o seu próprio

futuro.”

Além da hierarquiape

dro

Man

delli

Fazendo as contas

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23NRespostasoutubro \ novembro 2012

Vinte aos quarenta: saú-de em alta, cabeça boa, aguenta tudo, não perca esta parte para fazer a di-ferença e acumular riqueza intelectual (se for viável, material também).Quarenta aos sessenta: a vida já muda um bocado, porque além de menor for-

ça você já concorre com a turma dos vinte aos quaren-ta. Idade boa para fazer valer o que você conseguiu, fazer valer o que você é, fazer valer sua capacidade de equacionar, realizar, que, pela experiência acumulada, deve ser bem mais rápida, bem mais focada.Sessenta aos oitenta: agora é a hora H. Não adianta olhar para trás e se arrepender, não adianta chorar o tempo perdido: ou você vale efetivamente ou perdeu o jogo e só resta esperar com a autoestima baixa, com atividades que às vezes não são aquelas que reconhe-cem nosso real valor e assim por diante.Vale a pena pensar no que fazer agora para valer mais

depois e sempre, vale a pena. O caminho alternativo é mais complicado, pois precisamos erguer as mãos aos céus e seja o que Deus quiser!! Ah se ele pudesse mandar mensagens via internet para uns e outros, ah se pudesse!!!!!

“Não adianta olhar para

trás e se ar-repender,

não adianta chorar o tem-

po perdido: ou você vale

efetivamente ou perdeu o

jogo.”

Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.

Leia mais sobre o assunto em:

vida e Carreira – Um equilíbrio possível?pedro Mandelli e Mario Sergio CortellaEditora gente – 2001

Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. Cortella e Mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam res-saltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. o livro oferece respostas para diver-sas questões como: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atro-pelado pelo estresse?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre trabalho acumulado à nossa espera?’. Além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da car-reira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tecnologia, entre outros.

Há 13 anos, a diletto

se orgulHa de levar

até você o prazer de

degustar o melHor café.Há 13 anos, a Diletto faz da sua pausa para o café uma experiência prazerosa. Sempre buscando o melhor no mercado para atender aos seus clientes, a Diletto é conhecida por ter as melhores máquinas de café e bebidas quentes. Para a Diletto, o melhor presente de aniversário é a satisfação dos seus clientes.

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www.nrespostas.com.br24 NRespostas

Etc por Renata Araújo[Entretenimento, trabalho, casa]

Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias Do despontar da existência! - Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar - é lago sereno, O céu - um manto azulado, O mundo - um sonho dourado, A vida - um hino d’amor!

Que aurora, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d’estrelas, A terra de aromas cheia As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã!

Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberta o peito, - Pés descalços, braços nus - Correndo pelas campinas A roda das cachoeiras, Atrás das asas ligeiras Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar; Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo. Adormecia sorrindo E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! - Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras A sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais!

Meus oito anosCasimiro de Abreu

Casimiro de Abreu (1839-1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração do romantis-mo. Amigo de Machado de Assis, escreveu pouco, mas seu lirismo de adolescente o tornou o poeta mais popular da literatura brasi-leira. Morreu de tuberculose aos 21 anos. “Meus oito anos” foi escrito em 1857.

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25NRespostasoutubro \ novembro 2012

Quando se pensa em estratégia para uma empresa de pequeno porte, quer já esteja ela atuando no mercado, quer se trate de um novo empreendimento, o desafio inicial é superar a crença, equivocada, de que pensar estrategicamente é um imperativo apenas para empre-sas de médio e grande portes.A estratégia é uma necessidade para qualquer empresa, independentemente do tamanho ou área de atuação. De certo ponto de vista, definir uma estratégia é até mais importante para as empresas menores, já que as grandes corporações têm, naturalmente, mais facili-dade para alavancar recursos e uma inércia maior de-corrente do seu porte e, por esse motivo, conseguem se perpetuar mesmo com uma estratégia muitas vezes equivocada. Para a pequena empresa, o único modo de sobreviver e superar os desafios que se apresentam é ter a exata noção do nicho de mercado em que atua e qual a maneira mais indicada de se diferenciar dos seus concorrentes em aspectos amplamente valorizados pe-los clientes.A empresa de pequeno porte não precisa desenvolver sua estratégia através de uma metodologia refinada. To-davia, todas as empresas precisam passar por esse pro-

cesso, que envolve escolher objetivos e um caminho a trilhar para alcançá-los. Estratégia envolve fazer escolhas. Deci-dir o que fazer e o que não fazer. Qual-quer empresa sem uma estratégia corre o risco de se perder diante dos desafios que surgem. Pensando em longo prazo, a melhor forma de prosperar é compre-ender como ela pode ser diferente das outras empresas na percepção do seu

cliente e de clientes potenciais, fazendo escolhas certas.É evidente que quanto mais competitivo o mercado de atuação, mais obstáculos serão enfrentados pela em-presa e mais evidente a necessidade da adoção de uma estratégia.Pode-se inclusive afirmar que uma pequena empresa atuando em um segmento de competição acirrada tem desafios estratégicos mais significativos do que uma grande empresa que atue em um setor oligopolizado. A gestão estratégica é hoje uma das principais atribui-ções de gerentes nas empresas pequenas. Todo gerente que deseja tornar-se um executivo bem-sucedido deve entender como funciona a gestão estratégica, compre-endendo o papel e a forma de definir a estratégia.

Deve fazer uma análise ambiental externa:

Não menos importante é a definição de um conjunto de indicadores de desempenho empresarial que per-mitam acompanhar se os objetivos perseguidos estão sendo de fato alcançados.

Annibal Affonso Neto é Doutor em Estratégia Competitiva e professor da Fgv

“A empresa de pequeno porte

não precisa desenvolver

sua estratégia através de uma

metodologia refinada.”

Estratégias em empresasde pequeno porte

?

!

Pergunta:Lucilene de Castro

Administradora de Empresas

Responde:

Annibal Affonso Netto www.fgv.br

25NRespostas

• através da análise do impacto das forças do macroam-biente, como economia, política, demografia, tecnologia, meio ambiente e questões socioculturais;

• do diagnóstico interno identificando pontos fortes e fracos;

• da elaboração de declarações corporativas: negócio, vi-são, missão e valores;

• da identificação de objetivos estratégicos e de meios para alcançá-los.

Quais as melhores estratégias empresariais para uma nova empresa de pequeno porte?

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www.nrespostas.com.br26 NRespostas

Em qualquer cargo ou área de atuação, você precisa saber se comunicar para apresentar suas ideias, de-monstrar seu ponto de vista, influenciar e convencer as pessoas dos seus argumentos e fazer com que elas comprem suas propostas e produtos. Por isso não é de estranhar que nove entre dez profissionais de recruta-mento e seleção valorizem a capacidade de comunica-ção do candidato a ser escolhido. Portanto, além da competência para desempenhar o que faz profissionalmente, você também precisa saber falar às pessoas do que é capaz, sejam elas seus clientes, parceiros, superiores ou liderados. Fazer boas apresentações dá a você as vantagens de mostrar aos outros quem você é e obter respeito pro-fissional por ter a coragem de falar diante das pessoas

e dividir com elas seus conhecimentos.É bastante provável que, neste momen-to da sua vida, você esteja preocupado com as apresentações que tem de fa-zer na sua vida profissional, enquanto batalha para se posicionar melhor no mercado e dar um up grade em sua carreira. Por isso, vou lhe dar cinco dicas importantíssimas para fazer suas apresentações e com isso melhorar suas chances de sucesso:

1ª dica: Planeje suas apresentações

Defina um objetivo, ou seja, aquilo que você quer ven-der ao seu público – no caso, seu chefe ou a equipe dos seus superiores. Depois, reúna as informações mais importantes e conheça seus pontos fracos e fortes, as oportunidades e as ameaças ao seu objetivo, para assim poder se preparar para mostrar o melhor potencial da-quilo que vai expor e propor.

2ª dica: Prepare cuidadosamente suas apresentações

Monte a estrutura da sua apresentação, identificando o problema que precisa ser resolvido, elaborando a sua solução para essa questão e reunindo argumentos para motivar seus superiores a aplicar sua ideia. Depois, or-ganize o conteúdo de forma coerente e que não pareça monótona. Por fim, se for uma apresentação formal, adicione efeitos, como imagens, vídeos, fotos, depoi-mentos etc., ou inclua exemplos e formas de ilustrar sua ideia.3ª dica: Treine intensamente suas apresentações

Exercite o que vai dizer, para ter fluência na sua fala. Não treine apenas sozinho, mas apresente para pessoas de sua confiança, que poderão opinar não só sobre o conteúdo, mas na sua forma de falar e expor as ideias. Ouça o feedback de outras pessoas que conheçam seu chefe e saibam o que ele espera de uma apresentação.

“Se quiser ter o sucesso que almeja, você vai precisar fazer apresentações poderosas.”

Dicas de campeãoRo

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“Reúna as informações

mais importantes e conheça seus pontos fracos

e fortes, as oportunidades e as ameaças

ao seu objetivo.”

para vocêfazer apresentações

5 dicas

poderosas

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27NRespostasoutubro \ novembro 2012

Não se prepare apenas quanto ao conteúdo, mas também pratique a forma de falar e se apresentar.4ª dica: Execute com paixão suas apresentações

Confira seu planejamento de forma detalhada, antevendo possíveis contratempos e di-

ficuldades e precavendo-se quanto a eles. Prepare pre-viamente o ambiente da apresentação, mostrando assim segurança e preparo antes de falar. Converse um pouco com seu chefe para ver o que ele espera da apresentação e faça ajustes menores, se for necessário. 5ª dica: Aprimorar suas apresentações

Se a sua primeira apresentação foi um sucesso, ou não, aprenda sempre com ela, avalie seus erros e acertos, veri-fique como foi a recepção de seu chefe ao que foi apresen-tado e se emprenhe em melhorar seu desempenho para as apresentações futuras. Não deixe que possíveis elogios o convençam de que não existem pontos que podem ser melhorados.Siga esse método e você nunca mais terá de se preocupar quando for convocado para fazer uma apresentação para

seu chefe e seus superiores, ou para quem quer que seja. Melhor ainda: você vai agradecer toda e qualquer opor-tunidade que surgir de fazer uma apresentação e mostrar do que você é capaz!

Um grande abraço,Roberto Shinyashiki

“Não deixe que possíveis

elogios o convençam de que não

existem pontos que podem ser

melhorados.”

O principal desafio dos lideres de hoje é motivar suas equipes mobilizando as pessoas para o alcance de metas cada vez mais arrojadas.

Em sua 19a edição, o curso Líder Coach, ministrado por Homero Reis - Pioneiro e maior disseminador da cultura do coaching em Brasília - traz para você, gestor e pessoas chaves das organizações um modelo de liderança de alto impacto orientado a gerar resultados extraordinários.

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Roberto Shinyashiki psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, Doutor em Administração de Empresas, pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São paulo (FEA/USp) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br

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os segredos das apresentações poderosasRoberto ShinyashikiEditora gente

Infelizmente, muitos profissionais competentes fracassam por não saberem se comunicar de modo convincente. talvez, neste momento, você esteja preocupado com as apresentações que tem de fazer em seu trabalho, ou esteja chateado porque teve um desempenho sofrível em uma oportunidade impor-tantíssima para sua carreira. Neste livro, Roberto Shinyashiki, com sua experiência de mais de 30 anos como palestrante profissional, vai ensinar todos os segredos para organi-zar e fazer apresentações de impacto. para ser bem-sucedido, não basta falar bonito, é preciso arrebatar as pessoas que o ouvem para a ação que você quer que elas façam.

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www.nrespostas.com.br28 NRespostas

Esta é a nova ordem dos Bancos Centrais mundo afora. Emissões de moedas de maneira desespera-da e a penalização dos poupadores com taxas de juros pífias e até mesmo negativas (muito abaixo da inflação) formam o discurso uníssono de todas as economias.O grande problema é que foi exatamente essa fórmula que levou, recentemente, as economias mundiais à bancarrota, e na tentativa desesperada de promover o crescimento econômico a qual-quer custo, elegeram o poupador como o gran-de culpado. Penaliza-se o poupador, forçando-o

a consumir e a investir de qualquer modo.No nosso país não poderia ser di-ferente. Mesmo nesse ano, com o crescimento insignificante do nosso PIB, acompanhamos uma escalada sem freio de preços. Só quem não as enxerga são os Doutores da Política Econômica, que não vão aos super-mercados, afinal, no nosso país os cargos lhes permitem regalias como receber do Estado, sem custo algum, até as coisas mais básicas.

CUIDADO – Este é com absoluta certeza o fer-mento de todas as bolhas que mais cedo ou mais tarde acabam explodindo. Se você não estiver atento e bem orientado, pode ser na sua cabeça. A grande dúvida então é como e onde aplicar o suado dinheirinho. As taxas de juros despencam e quem não está familiarizado com risco vai ven-do o seu dinheiro perdendo o poder de compra. Novamente aparecem os grandes bancos com seus produtos de prateleira, que corroem ainda mais o seu modesto rendimento.Aplicar em qualquer fundinho de renda fixa, ou no modismo dos CDBs piora essa infeliz situação do poupador. Para amenizar este cenário, é preci-so mudar os paradigmas, esquecendo os gerentes de bancos e buscando orientação especializada.

Demétrius Borel Lucindo é economista, pós-graduado em Administração Financeira na FGV e gestor financeiro certificado pela CVM, profissional de mercado desde 1986, quando começou sua carreira profissional, destacando--se em várias instituições financeiras.

Proibidopoupar,

gastemtudo!

N Investimentos

“As taxas de juros

despencam e quem

não está familiarizado

com risco vai vendo o

seu dinheiro perdendo

o poder de compra.”

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indo

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Desastres naturais causam toda sor-te de danos: ceifam vidas, destroem propriedades e não raro deixam um rastro de destruição e desalento. A histórica Cidade de Goiás, antiga ca-pital do estado de Goiás, periodica-mente sofre com as enchentes do rio Vermelho, que corta o município. No período em que o Juiz do Traba-lho Rodrigo Dias da Fonseca respon-dia pela Vara do Trabalho da cidade, houve um crescente número de ações movidas por empregados de empresas afetadas pelas inundações do rio Ver-melho. Com os prejuízos sofridos, os

empresários não conseguiam pagar os salários de seus empregados, que, premidos pela necessidade, busca-vam a proteção da justiça. Um caso foi marcante para o juiz, naquele período. Um pequeno mercado foi atingido pela cheia e suas

prateleiras sucumbiram à força das águas, os produtos perecíveis se

perderam e o prejuízo foi enorme para uma empresa modesta como aquela. Sem alternativa, o proprietá-rio fechou o estabelecimento e teve movidas contra si cinco ações trabalhistas, propostas por todos os seus empregados. Nas audiências, o juiz percebeu a boa-fé e boa índole do comerciante, que narrou suas dificuldades e sua intenção de retomar as atividades comerciais e pagar o quanto devia aos empregados. Todavia, não tinha a menor condição de arcar de imediato com o paga-mento de valores a seus empregados, pois seus parcos recursos foram consumidos para limpar e reerguer o estabelecimento. Reunidos os cinco empregados reclamantes e o empresário reclamado, o juiz notou que havia um clima de respeito e confiança entre eles. Todos os empregados, questionados, disseram ter interesse em continuar trabalhando para aquele empresário. Ao fim das contas, foi feito um acordo para que os salários em atraso fossem pagos em dez vezes. O problema era que essa despesa e outros custos, acrescidos aos salários que viriam a ser devidos fu-

turamente, inviabilizariam a continuidade da ati-vidade comercial, argumentou o reclamado. Um dos empregados imediatamente disse que poderia trabalhar por um salário menor, por algum tempo, até que o comerciante se restabelecesse. Os demais trabalhadores, todos, seguiram na mesma direção, afirmando que, se necessário, também se dispunham a essa contribuição pela sobrevivência da empresa. Acontece que existe uma vedação constitucional à redução de salário, somente admitida, em casos ex-

Criatividade parasolucionar problemas

“Um pequeno mercado foi

atingido pela cheia e suas

prateleiras sucumbiram

à força das águas, os produtos

perecíveis se perderam e

o prejuízo foi enorme.”

Eficiência na Gestão Pública

O que acontece com os casos e as pessoas que se destacam no setor público pela atuação eficiente e inovadora? A N Respostas inaugura essa coluna para divulgar e homenagear essas histórias de sucesso e seus personagens. Esperamos que gostem e, sempre que possível, façam o mesmo: compartilhem.

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31NRespostasoutubro \ novembro 2012

cepcionais como este, mediante negociação a ser feita com o sindicato dos trabalhadores, normalmente muito resistente a concordar com a diminuição da remunera-ção de seus representados. O juiz, no entanto, convocou o presidente do sindicato para comparecer a uma audiência na Justiça do Trabalho com todos os interessados. Ali, foi noticiado ao sindi-calista que um acordo coletivo, ou seja, um ajuste feito entre a empresa e o sindicato, seria a única alternativa para preservar o emprego daqueles cinco trabalhadores. Após alguma resistência inicial, vencida pela argumen-tação do magistrado, o sindicato concordou com a re-dução salarial, por seis meses, dos empregados daquela empresa, tempo concedido ao empregador para que tentasse se restabelecer economicamente. Assim foi feito e, seis meses a partir dali, os empregados voltaram a receber sua remuneração normal. Passaram por momentos difíceis, sofreram redução salarial por

certo período, mas mantiveram seus empregos e experimentaram a recompensadora sensação de te-rem contribuído com a manuten-ção da atividade comercial de seu empregador. A ação e os esforços do magis-trado, do presidente do sindicato profissional, do empresário e dos empregados conduziram uma situação que parecia incontorná-vel a um desenlace benéfico para todos e, de forma mais ampla, para a própria cidade e para a paz social. Um pequeno exemplo do que se pode fazer quando um ente público se empenha na busca da superação das dificuldades e na construção de soluções.

“A ação e os esforços do magistrado, do presidente do sindicato profissional, do empresário e dos empregados conduziram uma situação que parecia incontornável a um desenlace benéfico para todos.”

Em dezembro de 2011, visitado e avaliado pelos audito-res da Organização Nacional de Acreditação - ONA, o Hospital Oftalmológico CBV - Centro Brasileiro da Visão, recebeu a Certificação de Qualidade de nível 2 Pleno. No último mês de junho, o Hospital CBV oficializou esta conquista através do Presidente da ONA, Dr. Luiz Plínio Moraes de Toledo.

Constituída em abril de 1999, a ONA iniciou a implantação das normas técnicas do Sistema Brasileiro de Acreditação. Essas normas auxiliam e garantem uma qualidade de serviço e atendimento de instituições de saúde que lidam com o público. O trabalho da instituição caracteriza-se por um processo permanen-te de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência, em todas as organi-zações prestadoras de serviços de saúde do País.

Entre as principais vantagens do certificado de acreditação da ONA estão a segurança para os pacientes e profissionais, qualida-de da assistência, construção de equipe e melhoria contínua. O CBV acredita nessas vantagens e tem orgulho de fazer parte do seleto grupo das principais instituições de saúde do Brasil que contam com um certificado ONA.

Em entrevista o Diretor Presidente do Hospital CBV, Prof. Dr. Marcos Ávila fala com exclusividade sobre a certificação.

A ONA tem como objetivo proporcionar uma avaliação e certificação constante da qualidade dos serviços de saúde. Qual o objetivo do CBV ao ingressar nesse sistema?

O objetivo de buscar essa certificação está no fato de priorizar a qualidade no seu termo máximo. Todas as etapas, do atendimento aos exames e outros procedimen-tos, são avaliadas. Sempre buscamos a melhoria no que oferecemos ao paciente e procuramos proporcionar o máximo de conforto possível.

Participar da ONA traz muitas vantagens quanto ao aprimoramento do serviço. Como isso reflete nos pacientes? Quais as expectativas do CBV quanto à aceitação de todos?

Para os pacientes isso representa mais uma segurança, mais uma garantia de que o serviço que nós prestamos é um dos melhores disponíveis. Tenho certeza de que com isso o CBV será reconhecido como um dos hospitais mais respeitados do país. Dentro de alguns anos toda rede de saúde suplementar, provavel-mente, terá que ter certificação. Então, já fazer parte desse grupo de excelência comprovada, é um grande passo.

Além desse, quais os próximos desafios esperados para 2012?

Com certeza continuar com as nossas melhorias e conquistar o nível 3, equivalente à excelência total, da certificação da ONA.

Reportagem: Camila Bocchino

Certificação de Qualidade emOftalmologia

RT.: Dra. Maria Regina Chalita . CRM/DF - 14147

Marketing CBV

61 3214-5000 - www.cbv.med.br

Rodrigo Dias da Fonseca – Juiz do trabalho do tRt da 18ª Região, ex-presidente da Associação dos Magistrados trabalhistas em goiás, coordenador do curso de pós-graduação em Ciências do trabalho da Uniclass e professor universitário. Mantém o blog www.diasdotrabalho.com.br

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Eco por Renata Araújo[notícias]

Histórico dodesmatamentoVeja como o desmatamento evoluiu a partir dos primórdios da civilização humana.

*Fonte: site Ministério do Meio Ambiente

8 mil anos atrás

•Situação de relativa estabilidade climática;•Caçadores coletores vivendo em ambientes prefe-

rencialmente não florestais;•Demografia humana era muito pequena, ausência

de cidades;•Primórdios da agricultura.

Anos 1000

•Expansão demográfica em toda a Europa e Ásia, levando ao corte de florestas;•Grande consumo de lenha nas termas de Roma,

vindas do norte da África;•Expansão agrícola pela Europa e norte da Áfri-

ca, com impacto ambiental (desertificação);•Grandes civilizações agrícolas no Oriente Médio

e Mediterrâneo.

Anos 1600

•Expansão ultramarina e demanda por madeira de construção naval;•Expansão agrícola;•Início do povoamento mais expressivo das Amé-

ricas;•Grandes civilizações agrícolas no Oriente Médio

e Mediterrâneo.

Anos 1800

•Crescimento populacional na Europa, China, Ín-dia, Rússia, Japão e Sudeste Asiático;•Início da Revolução Industrial e do uso de trens

como meio de transporte;•Grandes desmatamentos no leste da América do

Norte;•Expansão da cana-de-açúcar na América Central;•Exploração colonial da Oceania e da África.

Anos 1900

•Exploração florestal colonial da África e Ásia;•Expansão das estradas de ferro e rodagem;•Desmatamento da costa pacífica dos EUA, Mé-

xico, América Central e sul da América do Sul;•Crescimento demográfico exponencial generali-

zado;•Duas Grandes Guerras e ocupação da Sibéria.

Anos 2000

•Substituição de florestas primárias por refloresta-mentos na América do Norte e Europa;•Exploração intensa do Sudeste Asiático e da Áfri-

ca Equatorial;•Revolução verde e forte expansão da agricultura;•Queda na demografia dos países ricos;•Início da expansão agrícola na Amazônia.

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33NRespostasoutubro \ novembro 2012

Conhecimentos e novos negócios, é isso que os as-sociados do Clube N encontram cada vez que se re-únem. Seja ouvindo conselhos de renomados con-sultores, seja compartilhando experiências com empresários dos mais diversos segmentos do merca-do, aqueles que frequentam esses encontros sempre saem ganhando.No último mês de agosto, a presença do Professor Pe-dro Mandelli abrilhantou o já tradicional Café e Conta-tos. Consultor e palestrante exclusivo da N Produções (na região Centro-Oeste), Mandelli deu dicas e tirou dúvidas dos empresários presentes sobre a difícil tarefa

de formar e gerenciar equipes de alta performance.Em setembro, num inovador Stand Up Business, os associados tiveram a oportunidade de falar sobre suas empresas, ressaltando suas principais qualidades e expectativas. O formato foi aprovado por todos os participantes. Estreitaram-se os laços de relaciona-mento comercial e pessoal, fortalecendo a ideia de que o convívio com a diversidade de áreas sempre tem muito a acrescentar.

Clube N – Um clube de resultados para líderes de visão.

e novos negóciosConhecimento

Fotos 1 a 3. Café e Contatos com pedro Mandelli

Fotos 4 a 6. Café e Contatos - Stand Up business

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3

4

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Pergunte ao coachH

omer

o Re

is

Macaco velho não mete a mão em cumbuca, diz o ditado popular. Sabedo-ria útil aprendida pelo macaco velho. No entanto, tal saber pressupõe que macacos novos façam essa loucura. Só não mete a mão em cumbuca quem

aprendeu com os erros dos outros a não fazê-lo. Pode-se também aprender por ex-

periência própria, mas, nesse caso, há outras im-plicações. Vamos nos ater ao caso do macaco velho. Essa história tem uma origem. Dizem que uma tri-bo africana, acostumada em caçar macacos, desen-volveu uma técnica muito eficaz para capturar esses animais. A ideia é simples: pega-se uma cumbuca de boca estreita; coloca-se dentro dela uma banana; prende-se a cumbuca com a banana em uma árvo-re frequentada pelos macacos; espera-se até que um macaco meta a mão dentro da cumbuca para pegar

a banana. Pronto! A captura foi feita. Isso ocor-re porque a boca da cumbuca é es-treita o suficiente para não permitir que o macaco tire a mão de dentro dela segurando a banana. Aí surge uma dúvida cruel no macaco: se sol-to a banana me livro, mas fico sem o alimento. Se não solto a banana, não me livro. Como o macaco é imedia-tista, não solta a banana e fica preso na

cumbuca, tornando-se, assim, facilmente capturado. Bem, esse caso me leva a algumas reflexões sobre o modo como devemos conduzir nossas vidas. Cres-cer pressupõe aprender coisas novas, mas também requer abandonar as que já não fazem mais sentido. Conheço gente que está totalmente insatisfeito com seu trabalho e que insiste em mantê-lo mesmo sa-bendo que, na melhor das hipóteses, está construin-do uma vida frustrada. Esse e muitos outros casos análogos permeiam nossas vidas e relações. É gente que não quer largar a banana. Resolver isso requer fazer a pergunta-chave: por que tal coisa é tão impor-tante assim que me torno incapaz de construir outras opções? A irracionalidade do macaco é que o torna presa fácil, porque não é capaz de abrir mão daquela banana. Semelhantemente, muitos de nós não somos capazes de abrir mão de coisas que nos prendem por julgarmos não termos opções. Nos tornamos fatalis-tas, deprimidos, resignados, ou, ainda, ressentidos. A vida passa e eu sustento essas emocionalidades limitantes. Ao contrário, soltar a banana pode nos colocar em estado de surpresa e admiração diante de infinitas possibilidades novas que poderão surgir. Outro aspecto importante na história dos macacos é a impetuosidade com que faço as coisas. O macaco vê a banana na cumbuca e não discute, mete a mão. Essa impetuosidade nos ilude porque julgamos estar-mos diante de situações únicas. O que nem sempre é verdade. Vamos comprar tal coisa porque está muito

“Crescer pressupõe aprender

coisas novas, mas também

requerabandonar

as que já não fazem mais

sentido.”

Envie sua pergunta para o coach Homero Reis. participe pelo e-mail: [email protected]

e cumbucasSobre macacos

34 NRespostas

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35NRespostasoutubro \ novembro 2012

barato, essa oportunidade é imperdível, essa solução é única... Todas essas expressões querem, na verdade, estimular uma decisão impetuosa cujo resultado é mui-to menos benéfico do que nos é apresentado na propos-ta. Macaco velho não mete a mão nessa cumbuca.Crescer com consistência requer promover o equilí-brio entre reflexão e ação, tanto na dimensão pessoal como social. Esse é o desafio. O que nos torna adultos, saudáveis emocionalmente e aptos para uma carreira de sucesso é sermos capazes de entender o que está diante de nós. Esse entendimento proporciona a possibilidade de aprender a sentir e sustentar as coisas. Proporciona também a possibilidade de entender o que devo aban-donar e o que devo acrescentar em minhas habilidades e competências. Por fim, nos estimula a ter uma atitude corajosa e per-sistente para planejar antes de fazer, aí, então, agir de modo efetivo e claro. Quando perco a visão desses ele-mentos, fica fácil meter a mão em cumbuca.Quando comecei a lecionar nos programas de pós--graduação, percebi entre os alunos uma fala recor-

rente – “se eu soubesse disso quando tinha vinte anos, não teria cometido tantos erros”. Resolvi então dar algumas aulas na graduação para os alunos de vinte anos, apresentando-lhes coisas que os ajudariam a “não cometer tantos erros”. Não sei se coincidência ou não, atual-mente, tenho visto muitos deles tornando-se “macacos velhos”. Aí está a grande lição da vida e da história: “macaco velho não mete a mão em cumbu-ca”; ou seja, aprenda com os erros dos outros, pois você não terá tempo de cometer todos os erros.

Reflitam em paz. Homero Reis

Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com

“o que nos torna adultos, saudáveisemocionalmente e aptos para uma carreira de sucesso é sermos capazes de entendero que está diante de nós.”

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www.nrespostas.com.br36 NRespostas

Eu não acreditava no que estava ouvindo!Eu perguntei à pessoa que atendeu uma coisa, duas coisas, três coisas a respeito da empresa e da loja, dos produtos que vendia. Ela não sabia quase nada! Quando disse a ela que ela parecia não conhecer muito so-bre a própria empresa, ela respondeu:“- Eu só trabalho aqui...”Parece mentira, mas há pessoas que real-mente são colocadas na loja e não recebem sequer um mínimo de treinamento. Quan-do muito são “adestradas” em dizer “bom dia” ou “boa tarde”. Ou mesmo no uso de um equipamento telefônico, mas não lhes é explicado o que é a empresa, a loja, qual a sua linha completa de produtos ou serviços,

o que ela realmente faz, quem são seus principais clientes, quem são as pessoas com as quais mais se relaciona, quem são os principais fornecedores etc.As pessoas são colocadas a trabalhar sem que pas-sem por um treinamento de integração com os demais funcionários, o que a empresa ou loja pre-tende ser no futuro, se faz ou não parte de uma cadeia de lojas, de franquia. Se franquia ou filial, quem é o franqueador, de onde vem, como é nos outros lugares etc., etc.. Se é uma empresa que tem franqueados, quem são esses franqueados. Se tem filiais, onde estão, como são etc. Não são apresentadas formalmente à própria marca, não fazem degustação ou experimentam os produtos que a empresa fabrica e comercializa. São sim-plesmente jogadas em situação de trabalho e por isso não se sentem comprometidas com a empre-sa e só podem dar a resposta que a atendente me deu:“- Eu só trabalho aqui...”E é assim que realmente se sentem. Não vêm a hora em que o expediente acabe para ir embo-

?

!

Pergunta: Nathalia Ottoni Bastos

Advogada

aten

dim

ento

aqui Eu só trabalhoEstou abrindo uma loja e tenho me preocupado muito em selecionar funcionários que venham a se comprometer com meu negócio. Que conselho o senhor me dá?

“parece mentira,

mas há pessoas que

realmente são colocadas na loja e não

recebem sequer um mínimo de

treinamento. Quando

muito são ‘adestradas’

em dizer ‘bom dia’ ou ‘boa tarde’.”

Responde:

Luis Marinswww.anthropos.com.br

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37NRespostasoutubro \ novembro 2012

Ações PromocionaisEventos

Projetos ExclusivosAtendimento

Pesquisa de MercadoPlanejamento

Comunicação IntegradaCriação

Marketing Direto Endomarketing

Marketing & Comunicação

Brasília: SCN Qd.01 Ed. Central Park sala 1.115 - Brasília - DF | Telefone: 61 - 3327-2208Goiânia: Av. T-7 Nº. 1016 - Setor Bueno - Goiânia - GO | Telefone: 61 - 3327-2208

UMA CAIXA DE BOAS IDEIAS,DO PLANEJAMENTO À EXECUÇÃO

ra. Não se interessam por nada, pois não sabem sequer pelo que deveriam se interessar. Ficam como verdadei-ros autômatos, que no final do dia vão para casa e no final do mês recebem um salário.E aí o patrão reclama, a patroa reclama, dizendo: “Não se faz mais empregados como antigamente...”. A ver-dade é que antigamente as pessoas sabiam mais sobre a empresa, sobre a loja em que trabalhavam, os produtos eram em menor número, os concorrentes também. Hoje, o número de concorrentes, produtos, marcas e fornecedores é imenso. Tudo mudou!Sempre ouço que os funcionários de hoje não são com-prometidos com a empresa, com a loja e nem mesmo com o cliente. Muitas vezes, isso é realmente verdade. Há funcionários ruins mesmo. Mas por que são tão ruins? Será só má vontade? Muitas vezes, os patrões inferem que os subordinados saibam as mesmas coi-sas que eles, patrões, sabem. Isso é um grande erro. O patrão, o lojista, o empresário, o dono ou dona,

têm contatos o dia todo que seus funcionários não têm. Têm um nível e gama de informação que seus funcionários não têm. Sem comunicar constantemente essas informações, visão de futuro etc.aos seus funcionários, como exigir que eles se com-prometam?Para que seus funcionários sejam realmente compro-metidos, é preciso que sejam treinados, treinados e treinados. Do contrário, você terá em sua empresa um time que “só trabalha lá” e que dará a seus clientes “mo-mentos trágicos” ao invés de “momentos mágicos”.Pense nisso. Sucesso!

Luiz Marins é antropólogo, formado em História, Direito, Ciência política, Ne-gociação, planejamento e Marketing, AntropologiaEconômica e Macroeconomia. www.anthropos.com.br

“para que seus funcionários sejam realmente comprometidos, é preciso que sejam treinados, treinados e treinados.”

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FilosofandoM

ario

Ser

gio

Cort

ella

Hoje, no mundo trabalho, a questão da carreira passou a ser tratada como sendo do âmbito do indivíduo. Atri-bui-se às pessoas a responsabilidade pelo desenvolvimento de sua trajetória profissional. Mas essa condição, por sua vez, fragilizou a relação de lealdade do funcionário com a empresa, o que culmi-nou com um dos desafios cruciais para quem lida com a gestão do capital humano: a retenção de talentos. Há até 30 anos, um empregado ou uma empregada aspirava entrar numa organização e nela ficar por lon-go tempo. Haveria uma estabilidade naquele traba-lho. Aliás, se considerava bom profissional aquele que ficava no mesmo lugar em vez de saltitar por várias organizações. Essa perspectiva sofreu uma alteração

em função até da mudança dos parâmetros de noção de produtividade e de competitividade. Nessa lógica, existe a necessidade de colocar o recurso humano, a força de trabalho, como uma commodity a ser negociada, dispensada, adquirida, de acordo com os momentos e as perspectivas. Ora, o profissional também per-cebe isso. Não há uma fidelização recíproca, ele sabe que é dispensável. Essa interdependência, essa conectividade, vem para o bem e para o mal. Porque se sou

um profissional que sabe que não haverá essa leal-dade recíproca, a única maneira de eu ter na empre-sa uma condição de atratividade maior que não

exclusivamente o salário, é o reconhecimen-to. Ninguém fica num local apenas por conta do salário, mas sua permanência é também condicionada pela capacidade de enxergar a fi-

nalidade positiva do que faz, do reconhecimento que obtém, do bem-estar que sente quando seu trabalho é valorizado e se percebe ali a possibilidade de futuro conjunto. Uma empresa que sabe que há um manejo possível da sua força de trabalho, mas não oferece no dia a dia condições de reconhecimento, ela quebra esse equilí-brio. E não só o funcionário é dispensável para a em-presa, dependendo do ramo, a empresa é dispensável para ele. Lealdade precisa ser via de mão dupla.

Lealdade

Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em Educação, professor-titular da pUC-Sp (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em Educação: Currículo (1997–2012) e no Departamento de teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no gvpec da Fgv-Sp (1998–2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São paulo (1991-1992). é autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimen-to” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com yves de la taille (papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos pron-tos!” (vozes), “Sobre a esperança: diálogo”, com Frei betto (papirus), “lide-rança em foco”, com Eugênio Mussak (papirus), “viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (versar/Saraiva), “política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (papirus), “vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete refle-xões breves para recusar o biocídio” (poliSaber).

Leia mais sobre o assunto em:Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre ética, liderança e gestãoMario Sergio CortellaSão paulo: vozes, 2007.

“A ideia de trabalho como castigo precisa ser subs-tituída pelo conceito de realizar uma obra. Enxergar um significado maior na vida aproxima o tema da espiritualidade do mundo do trabalho. Depois do sucesso de “Não nascemos prontos” e “Não espere pelo epitáfio”, Mario Sergio Cortella publica, também pela editora Vozes, um texto envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo. Neste livro, o autor desmistifica conceitos e preconceitos e define o líder espiritu-alizado como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas.”

com a empresa?

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“Não só o funcionário é

dispensável para a

empresa, dependendo

do ramo, a empresa é

dispensável para ele.”

“Ninguém fica num

local apenas por conta

do salário.”

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