7ª edição | outubro/novembro

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Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011 www.peloproximo.com.br Tem um cachorro hiperativo? Veja as dicas da comportamentalista Elaine Natal. Cães ajudam crianças na alfabetização. Gatos e cachorros também desenvolvem doenças cardíacas. Pêlo Próximo organiza campanha e festa do Dia das Crianças para os pacientes do Abrigo Betel em Duque de Caxias Treinamento ensina cegos a aproveitar ajuda do cão-guia Exposição Momentos - O Olhar em 4 Patas este mês na Galeria Jean Boghici Asinoterapia – o burro como terapia Carol Camanho

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7ª Edição | Outubro/Novembro

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Page 1: 7ª Edição | Outubro/Novembro

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011www.peloproximo.com.br

Tem um cachorro hiperativo? Veja as dicas da comportamentalista

Elaine Natal.

Cães ajudam crianças na alfabetização.

Gatos e cachorros também desenvolvem doenças cardíacas.

Pêlo Próximo organiza campanha e festa

do Dia das Crianças para os pacientes do Abrigo Betel

em Duque de Caxias

Treinamento ensina cegos a aproveitar ajuda do cão-guia

Exposição Momentos -O Olhar em 4 Patas este mês

na Galeria Jean Boghici

Asinoterapia – o burro como terapia

Carol Camanho

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Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011www.peloproximo.com.br

Ed

ito

ria

l A edição desse mês vem cheia de novidades. Além do registro das

visitas mensais dos cães terapeutas, trouxemos para essa edição as

famosas dicas comportamentais da nossa adestradora Elaine Natal,

que fala esse mês sobre a hiperatividade dos cães. Na seção saúde pet

conheça as doenças cardíacas que atingem cães e gatos. Você

também irá saber o que é Asinoterapia, uma terapia muito usada na

Inglaterra, França, Suíça, Itália, Estados Unidos e que usa o burro como

co-terapeuta no tratamento de doenças. Irá conhecer os animais que

ajudam na recuperação de pacientes que estão em tratamento

médico,descobrir o cão “certo” para quem está doente, conhecer o

primeiro cão terapeuta a entrar no Tribunal de Nova York e as

novidades da medicina de ponta para os pets. Você sabe reconhecer

quando seu animal está sentindo dor? Não? Então descubra na

matéria especial dessa edição. Você conhece a técnica de

caudectomia? Então não deixe de ler essa matéria. Tem um animal de

estimação? Conheça todos os seus direitos no condomínio.

Roberta AraujoCoordenadora Geral do Projeto Pêlo Próximo

Uma boa leitura a todos vocês.

02

Editorial

ROBERTA ARAÚJO - COORDENADORA DO PROJETO PÊLO PRÓXIMO

Expediente

Diretora Executiva - Roberta Araújo

Divulgação e Textos: House Clipping

Email: [email protected]

Tel: (21) 9622-8392

Colaboradores:

Renata Leivas - veterinária

Elaine Natal - Comportamentalista

Andrea Lambert - Veterinária

Luciana Pellagaggi - Terapeuta Ocupacional

Luciana Botelho - Fotógrafa

Designer e Diagramação: Fernanda Bitencourt

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Eles são assim: Elétricos, espevitados que não conseguem parar quietos por um minuto sequer deixando qualquer um maluco e a casa de pernas pro ar.Quando se tem um cão muito agitado, a primeira coisa que devemos fazer é observar se realmente é um caso de hiperatividade. Sim, porque muitas vezes esse cãozinho julgado hiperativo está somente precisando gastar energia normalmente. Quando um cão não exercita e não gasta a energia física e mental vai extravasar de alguma forma e geralmente nessa hora fazem um monte de besteiras.

Algumas causas da hiperatividade: Cães com distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade costumam ter dificuldade de se concentrar apenas em um estímulo, dando a impressão de estar prestando atenção em tudo ao mesmo tempo. De maneira semelhante ao que ocorre com crianças com o mesmo diagnósticoO hipertiroidismo e o aumento dos níveis de estrógeno também podem ser as causas de hiperatividade. Exames de sangue podem ser úteis para o diagnóstico do problema.

Abaixo algumas dicas para lidar com a hiperatividade:- Um cão que passa muito tempo sozinho pode destruir móveis, latir demasiadamente, pegar chinelos, carteiras e suas coisas pessoais para chamar a atenção. Passeie com ele por no mínimo duas vezes por dia e se não puder, contrate um passeador de confiança para manter seu cachorro sempre com a energia baixa e menos ansioso.- Compre brinquedos interessantes. Existem hoje no mercado variedades de brinquedos inteligentes que estimulam a mente e o físico dos cães. Você encontra em pet shop ou em lojas virtuais.- Coloque seu cão numa creche canina. Isso é uma grande ferramenta para socializar seu cão e ainda também uma forma de gastar a energia acumulada que ele tem.- Castre seu cão! O macho pode sentir o cheiro da fêmea no cio a quilômetros de distância e isso o deixará extremamente agitado e ansioso.- Uma boa ferramenta para os casos mais críticos é o uso dos florais. Eles tem tido um excelente resultado nos casos de ansiedade. *Consulte o veterinário.- Mantenha seu peludo ocupado! Esconda petiscos ou brinquedos pela casa, Estimule-o a fazer a “busca” para que ele tenha o que fazer.- Se você tem uma esteira de exercícios, vai ser muito bom seu cão usá-la também. Com o seu peludo com fome, coloque-o em cima da esteira desligada. Ligue na velocidade mínima e com uma das mãos a frente dele, estimule-o a pegar petiscos na sua mão. Conforme ele for se acostumando, aumente gradativamente a velocidade, sempre supervisionando e use coleira comum, nunca enforcador.

Coluna Comportamento animal com Elaine Natal

Tenho um cachorro hiperativo, o que fazer?

03

Qualquer dúvida envie um email que terei prazer em responder.

Elaine NatalA d e s t r a d o r a e s p e c i a l i s t a e m comportamento caninoTel: (21) 9786-1220 / 8045-6820www.clubedaspatinhas.com.br

- Compre uma Mochila para cães. A maioria dos problemas de comportamento dos cães está ligada a falta de exercícios tanto metal quanto físico.Com a mochila, o cão passará a ter um “trabalho” a executar que será carregar nas costas algo que não é rotineiro para ele. A partir daí ele irá aprender a se concentrar para andar com o apetrecho novo, a mochila.- Agora a dica mais difícil para o dono: Não ache graça nos comportamentos errados. Se você mostrar para seu cão que isso é engraçado e não corrigir, como ele vai entender o que pode e o que não pode?- Caso você não consiga lidar com esse furacãode pelos chame um adestrador para auxiliar a educação do seu cão.- E por fim, muuuuuita paciência! Não esqueça que cães normalmente precisam de exercícios, pr incipalmente se o cão apresentar hiperatividade. Caminhe, jogue bolinha, esconda petiscos, nunca esquecendo que 10 min podem ser suficientes para você, mas não para seu cão.* No caso da mochila, as raças que NÃO podem usar são: Cães idosos, filhotes, raças com o dorso longo [Basset hound, Daschshund], pois se o cão tiver algum problema de coluna pode agravar o quadro. Cães com displasia, cães com focinho curto ou cães que tenham algum problema de saúde.Sempre consulte o veterinário antes de aplicar este acessório.

www.pousadaresidencial.com

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Gatos e cachorros também desenvolvem doenças cardíacas

Embora os males cardíacos atormentem

mais a cachorrada — um em cada dez cães

sofre do coração —, os gatos não são

poupados dessas enfermidades que

comprometem a qualidade de vida do animal.

O aparecimento e a frequência dos problemas

dependem de fatores como raça e idade. "Os

bichos desenvolvem cardiopatias, em média,

aos 9 anos, mas elas podem surgir bem antes,

ainda na barriga da mãe ou no primeiro mês

de vida", explica o veterinário Aparecido

Camacho, professor da Universidade Estadual

Paulista, em Jaboticabal, no interior de São

Paulo.

Até 80% dos cães cardíacos são vítimas de

uma degeneração da válvula mitral. Essa

estrutura, que separa as câmaras do coração,

se enfraquece e pode permitir que o sangue

volte sem querer para os pulmões, causando

um edema. Parasitas também ameaçam o

peito canino. O verme Dirofilaria immitis,

transmitido pela picada de mosquitos dos

gêneros Culex e Aedes, é capaz de viajar até o

coração e atacá-lo. Já entre os gatos, a

enfermidade mais frequente leva o nome de

cardiomiopatia hipertrófi ca, marcada por um

inchaço no músculo cardíaco. "O felino

apresenta uma difi culdade repentina para

respirar", descreve Camacho. "O problema

aparece especialmente em gatos de raças

asiáticas", completa.

Por falar em raças, saiba que elas influem na

propensão a males do peito inclusive entre os

cães. Cockers spaniel sofrem mais facilmente

de dilatações do músculo cardíaco, enquanto

os boxers costumam portar arritmias. "E

cachorros de raça pequena, sobretudo

poodle, pincher e yorkshire, têm uma

tendência maior em desenvolver uma

degeneração na válvula cardíaca", conta o

veterinário Luciano Foloni, do Hospital

Veterinário Rebouças, na capital paulista.

Conheça os problemas e os sintomas mais comuns e ajude a cuidar do peito do seu bicho por GABRIELA LOUREIRO

Com tantos perigos espreitando o coração do seu amigo, vale ficar atento aos sintomas e levá-lo a um checkup no veterinário de tempos em tempos (veja o quadro abaixo). "A visita se torna ainda mais importante com o avanço da idade. Mas, mesmo para animais jovens, o ideal é pedir exames de sangue e da função cardíaca", diz Camacho. O especialista ainda pode solicitar exames de raios X, ultrassom e eletrocardiograma. Tudo isso para que, se detectado algum problema, seja possível traçar um tratamento quanto antes — e o coração do seu pet continue batendo forte por muito tempo.

Sinais do peito

Confira os indícios de que o coração do seu bicho não anda bem

›› CANSAÇO: o animal parece abatido, fica quietinho demais. Alguns pets também perdem o apetite

e emagrecem.

›› SEDE: o corpo do bicho retém líquido e ele acaba bebendo mais água do que o normal, mas não

urina na mesma proporção.

›› TOSSE: ela é típica nos cães cardiopatas. E note que, no caso, o ataque não vem acompanhado de

catarro. O cachorro também sente dificuldade para respirar.

Fonte: Portal Saúde

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Ana Paula Pontes e Fernanda Carpegiani

Que o envolvimento entre criança e cachorro é

muito especial você já sabe. Mas essa relação

v a i m u i t o a l é m d o c a r i n h o e d o

companheirismo: ela pode ajudar na

alfabetização dos pequenos. Um estudo

realizado pela Universidade Davis School de

Medicina Veterinária e a Fundação Tony La

Russa de Resgate de Animais de Walnut Creek,

na Califórnia, mostrou que os cães ajudam as

crianças a habilidade de leitura. Os estudiosos

analisaram o comportamento de crianças de 8 a

9 anos que já participavam de um programa de

terapia assistida com animais chamado All Ears

Reading Program (Programa Todo os Ouvidos

para a Leitura, em tradução livre).

Durante 10 semanas, os estudantes leram em

voz alta para três cachorros da Fundação uma

vez por semana, por 15 a 20 minutos. O

resultado foi positivo: a fluência na leitura

melhorou 12% em estudantes regulares e 30%

em crianças que estudam em casa, enquanto a

velocidade aumentou cerca de 30 palavras por

minuto. E 75% dos pais dos participantes

notaram que seus filhos estavam lendo em voz

alta com mais frequência e confiança.

Os benefícios dos cachorros no processo de

leitura ficou evidente. Mas, por que eles são tão

bons parceiros neste aprendizado? Com eles, a

criança sente segurança de não ser criticada se

falar alguma palavra errada. “Esse conforto

deve-se ao fato de ela poder mostrar para

'alguém' que não tem essa habilidade o que

pode fazer. Ela testa algo que não domina com

'quem' também não sabe”, diz Rita Callegari,

psicóloga infantil do Hospital São Camilo (SP).

Um dos participantes do estudo norte-

americano disse aos pesquisadores: "Os

cachorros não ligam se eu ler muito, muito mal,

então eu simplesmente continuo lendo".

Porém, mais importante que isso, ressalta Rita,

é a relação ímpar e o amor incondicional que o

cachorro pode ter com a criança. “Quando os

pequenos estão aprendendo coisas novas, em

especial na etapa de alfabetização, é

fundamental que tenham alguém amoroso ao

lado, sem olhar feio se errar. E o máximo que o

cão pode fazer é abanar o rabo ou querer comer

um pedaço do livro”, diz.

Fonte: Crescer

Cães ajudam crianças na alfabetização

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Um estudo norte-americano mostrou que os cachorros podem ajudar no aprendizado da leitura

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www.peloproximo.com.br

Asinoterapia – o burro como terapia

A Asinoterapia ou Terapia Assistida por

Asininos é uma prática equestre que utiliza o

burro como instrumento terapêutico. Esta

prática equestre recorre a um conjunto de

técnicas de educação e de reeducação do

indivíduo, com o objetivo de fazer com este

ultrapasse, na medida do possível, danos

sensoriais, motores, cognitivos, afetivos e/ou

comportamentais.

Esta terapia alternativa tem sido desenvolvida

desde a década de 70, em diversos países,

como Inglaterra, França, Suíça, Itália, Estados

Unidos da América.Vários estudos nestes

países evidenciam os benefícios associados e

a eficácia no tratamento de pessoas com

problemas físicos e mentais.

A Asinoterapia possui 3 componentes chave.

São eles: o terapeuta, o paciente e o burro,

como animal co-terapeuta. A Terapia

Assistida por Asininos engloba a técnica de

Equitação Terapêutica, bem como a técnica

de “Portage”, ambas abordadas em pormenor

mais à frente neste texto.

O burro é atualmente um animal muito

utilizado como co-terapeuta, graças às

qual idades que possui , tais como:

temperamento dócil, animal pacientes,

atentos, curiosos, inteligentes, dotados de

uma excelente memória, fisicamente robusto,

estável a nível f ísico e emocional,

movimentos lentos e seguros, nomeando

apenas algumas qualidades do animal.

a) Objetivo da técnica de Asinoterapia

Proporcionar às pessoas com necessidades

especiais um espaço de enriquecimento

sensorial, de ocupação terapêutica e

pedagógica do tempo livre.

b) Procedimentos em Asinoterapia

Existem questões importantes a ter em conta

no processo de Asinoterapia.

- É fundamental conhecer os problemas

específicos de cada criança com que se

trabalha. Igualmente, é essencial conhecer

profundamente o animal facilitador da

relação reabilitadora, o burro, em todos os

seus aspectos físicos e comportamentais. A

confiança depositada no animal com que se

trabalha deve ser total. É de salientar que

entre os animais, tal como entre os humanos,

não existem dois seres iguais, com o mesmo

modo de se comportar, com a mesma

percepção do meio envolvente, com a mesma

forma de reagir aos estímulos externos, com

capac idades i gua is e as mesmas

necessidades de atenção física e emocional,

pelo que é importante que se aprenda a

conhecer e a interagir com cada animal

individualmente.

- Os exercícios práticos e dinâmicos devem favorecer:

1) A linguagem e a organização do processo de comunicação;2) O melhoramento e aumento da comunicação verbal e especialmente não verbal;3) O enriquecimento do vocabulário;4) A construção correta de frases;5)O treino na articulação das palavras.

- A aquisição e/ou aprofundamento dos níveis de concentração e uma correta canalização da atenção nas pessoas com necessidades especiais, faz-se em grande medida através da aposta em novas valências. Isto é, através d o e n s i n o e a q u i s i ç ã o d e n o v a s aprendizagens, que no caso da Asinoterapia podem ser:

1) aprender os cuidados a ter com o animal;

2) aprender a reconhecer o animal pelas suas

caracter íst icas externas, e .g . , pêlo

comprido/curto, castanho/preto, orelhas

compridas, etc;

3) aprender a observar o comportamento do

animal e a identificar algumas das suas

emoções e estado físico, e.g., contente, triste,

zangado, cansado, doente, etc.;

4) colaborar nas tarefas de maneio e higiene

do burro;

5) reconhecer e aprender a utilizar os

utensílios e acessórios que se utilizam no dia-

a-dia com o burro, e.g., a cabeçada, a rédea, a

escova, etc.

Existe a necessidade de incluir a noção de

responsabilidade, bem como, motivar a

interação social. Há que ter atenção especial

em dois pontos fundamentais: 1) aumento da

capacidade e do desejo de relacionamento e

de interação nas atividades de grupo; 2)

estimular a criação de relações de amizade e

o aumento das vivências afetivas.

- Como já se disse anteriormente, a

Asinoterapia deve ser acompanhada por um

terapeuta e/ou um psicólogo, que ajudará a

integrar e a extrapolar para o cotidiano os

momentos vividos pelo paciente. Na relação

triangular que se estabelece entre o

terapeuta, o paciente e o burro, procura-se

desenvolver a expressividade relativa aos

processos emotivos, cognitivos, relacionais e

corporais que caracterizam a evolução global

do indivíduo.

Equitação terapêutica

A Equitação Terapêutica baseia-se na

implementação de uma série de atividades

terapêuticas que usam o cavalo, e mais

recentemente também o burro, numa

abordagem interdisciplinar, >>

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

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em áreas tão diversas como a saúde, a

educação e a equitação.

Tanto o cavalo como o burro tem o poder de

influenciar, através dos seus movimentos, o

desenvo l v imento moto r, cogn i t i vo ,

psicológico e social nos praticantes desta

modalidade.

a) Objetivos da Equitação Terapêutica

O principal objetivo da Equitação Terapêutica

é promover os desenvolvimentos biológicos,

psicológicos e sociais nas pessoas com

necessidades especiais, ou seja, melhorar as

suas funções neurológicas e sensoriais. Nesta

modalidade, o ensino das técnicas de

equitação específicas, não é contemplado

como um objetivo em si. É importante que os

pacientes aprendam a perceber as suas

potencialidades, pois isto permitir-lhes

encarar as suas deficiências de forma mais

positiva, fazendo com que vivam menos

preocupados e mais felizes.

c) Benefícios da Equitação Terapêutica Confiança – a Equitação Terapêutica permite o desenvolvimento de sentimentos de confiança, e consequentemente o aumento da auto-estima, relativamente às próprias habilidades de interação e relacionamento afetivo com o animal. Em situação de equitação ou passeio permite a partilhar com o animal a superação dos obstáculos e das dificuldades sentidas. Força – esta técnica permite o fortalecimento do tônus muscular, maior sensibilidade, relaxamento e flexibilidade muscular.

Equilíbrio – a Equitação Terapêutica contribui para corrigir a postura do corpo, permitindo o aumento do equilíbrio; conduz igualmente a uma tomada de consciência sobre o posicionamento do corpo no espaço.

Coordenação, Atenção e Memória – durante uma sessão de Equitação Terapêutica o paciente tem necessidade de aplicar o que já aprendeu e de se concentrar em múltiplos aspectos, entre eles:1) a posição do corpo;2) o balanço do corpo;3) o controlo das rédeas;4) a condução do animal;5) o piso onde o animal se move, etc. Por estas e outras razões, esta técnica permite o aumento do domínio sobre o próprio corpo.

Mobilidade – com a prática e o devido acompanhamento, o paciente passa a gozar de movimentos mais rápidos, livres e independentes e simultaneamente assiste-se a uma redução dos padrões anormais de movimento.

Prazer – a Equitação Terapêutica proporciona um contato muito especial com o burro e a espontaneidade está sempre presente. Durante as sessões surgem com frequência momentos de grande ternura e diversão. Os benefícios desta técnica terapêutica traduzem-se no paciente, numa diminuição da pressão arterial, diminuição da frequência cardíaca, relaxamento muscular, sentimento de realização, etc., ou seja, a essência de algo que se pode traduzir simplesmente por um sentimento de grande prazer.

d) Limitações da Equitação Terapêutica Qualquer candidato a praticante de Equitação Terapêutica deverá primeiro ser avaliado por uma equipe de especialistas a fim de se definir a terapia mais adequada a cada situação. No caso da Equitação Terapêutica há que ter em conta que este tipo de terapia não é indicado para males tais como:

b) Destinatários da Equitação terapêutica A Equitação Terapêutica revela-se um complemento terapêutico eficaz no tratamento de portadores das seguintes condições:

- Atrasos gerais no desenvolvimento neuropsicomotor.- Atrasos mentais.- Autismo.- Desordens emocionais, que podem englobar, transtornos alimentares, toxicomanias, sociopatias e psicomanias.- Dificuldades de atenção, da fala, de aprendizagem e de comunicação. - Distrofia muscular.- Distúrbios visuais e/ou auditivos. - Epilepsia. - Esclerose múltipla. - Espinha bífida. - Hiperatividade. - Paralisias, hemiplegias e amputações. - Perda de mobilidade pela ocorrência de um AVC. - Problemas de adaptação social. - Reabilitação de acidentes. - Reabilitação de estados de ansiedade, stress, e doenças psicossomáticas

1) coluna instável; 2) tumor na coluna; 3) deslocamento do quadril ou das primeiras vértebras do pescoço; 4) vertigens;5) medo incontornável; entre outros males.

A técnica de “Portage”A técnica de “Portage” vem do francês “être portée”, traduzida como, “Deixar-se levar”. Através desta técnica pretende-se criar o ambiente e as condições ideais para o participante se deixar levar pelas suas sensações e emoções. É uma técnica muito utilizada por asinoterapeutas franceses, que recorrem a ela para induzir momentos de grande intimidade com o burro, que levam a uma sensação de relaxamento profundo no paciente. a) Procedimentos da técnica de “Portage” Dois monitores colocam o paciente em cima do burro.Uma vez no dorso do animal, o paciente experimenta, com a ajuda dos monitores, diferentes posições, que lhe permitem um contacto muito próximo com este. Criam-se assim momentos singularmente íntimos, que permitem ao paciente atingir um elevado grau de descontração e entrar num estado de consciência em que é mais fácil a compreensão de si mesmo.O corpo do paciente, em contato com o corpo do animal, é massageado, embalado e aconchegado, através do calor que o animal emana das suas movimentações corporais. Vale ressaltar que quando os paciente são deficientes severos esta técnica permite que estes recebam os estímulos sensorialmente, através do contato com o corpo do animal, em que o calor emanado funciona como o principal canal de estimulação.

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Animais que ajudam na recuperação de pacientes em tratamentos médicos

www.peloproximo.com.br

Coelhos, cães, gatos, tartarugas e até peixes estão entrando na receita médica. Especialistas revelam que a convivência com esses animais ajuda na recuperação de pacientes

Por: Regina Pereira – Conteúdo do site SAÚDE

Ninguém nega: animais de estimação são ótimos

companheiros. Por isso reforçam a saúde de seu dono.

Esse poder terapêutico está chamando a atenção dos

cientistas. É o caso de pesquisadores da Universidade de

Warwick, na Inglaterra, que acompanharam 70 mulheres

vítimas de câncer de mama. A convivência com bichos

lhes trouxe conforto emocional, ajudando no tratamento.

A psicóloga e veterinária alemã Hannelore Fuchs,

radicada em São Paulo, acredita piamente nesse efeito.

Tanto que teve a idéia de recrutar coelhos, tartarugas e

cães para visitar crianças doentes. Daí surgiu o projeto Pet

Smile, uma terapia mediada por animais. Desde 1997 a

iniciativa tem acelerado a recuperação de garotos

internados na ala pediátrica do Hospital Nossa Senhora de

Lourdes, na capital paulista. “Os bichos deixam o

ambiente descontraído”, nota Hannelore.

Especialidades médicas

Os cachorros são excelentes contra problemas

cardiovasculares. Um estudo da Universidade de Nova

York, nos Estados Unidos, prova que conviver com eles

abaixa a pressão arterial. O cardiologista Elias Knobel, de

São Paulo, confirma: “Seu dono fica mais feliz e assim os

hormônios do estresse não ameaçam tanto as artérias”.

Há outro detalhe: grande ou pequeno, todo cão precisa

passear. E a saúde de quem o segue segurando a coleira

sai ganhando.

Já os gatos são bem-vindos contra a solidão. “Para os

idosos, cuidar de um pequeno animal pode ser um

estímulo cognitivo”, opina o geriatria Flávio Chaimowickz,

de Minas Gerais. A visão de um aquário cheio de peixes e

dos passos lentos da tartaruga são boas pedidas para

quem quer relaxar.”Esta última também é aliada em

trabalhos com crianças que têm dificuldade de

locomoção e concentração”, conta Hannelore.

Dicas de Leitura

DICAS DE LEITURA

Nesta edição, selecionamos três livros que

podem ajudá-los a entender melhor a sua

relação com os animais de estimação.

É a história da gata Cleo, que resgatou a

autora da depressão. Helen era casada com

Steve, mãe de Sam e Rob e vivia um

casamento fragilizado. Sam sofreu um

acidente de carro e morreu na frente do Rob.

A gata chega ao novo lar e encontra a família

devastada pela dor, mas rouba a atenção de

todos, fazendo com que voltem a viver o

presente e a pensar no futuro.

Preço R$ 29,90

Nesse audiolivro, a autora, deficiente visual,

conta a sua profunda amizade com Boris, seu

cão-guia que morreu em 2009. Boris gostava

de dormir coberto e com travesseiro, tirar

tampas de garrafa, correr e beber água de

coco. Sua única supertição era, a cada

refeição, deixar um grão de ração sobrando

em sua vasilha.

Preço: R$ 16,91

Os autores (pai e filho) analisam qual o papel

canino nas relações humanas e como suas

qualidades e valores são aprendizados para o

homem, seu melhor amigo. A obra surgiu do

convívio da família Chopra com Nicholas, um

cão que mostrou lições de lealdade e

respeito, valores que Deepak, debateu

durante anos em seus livros e palestras.

Preço: R$ 23,90

Cleo, de Helen Brown, da Editora Agir

Minha Vida com Boris, de Thays Martinez, da

Editora Nossa Cultura

A Sabedoria dos cães, de Gotham Chopra

com Deepak Chopra, da Editora Lua de Papel

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Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

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Cães deficientes são fotografadosA renomada fotógrafa norte-americana Carli Davidson, conhecida por fazer fotos emocionantes de animais, preparou um ensaio com cãezinhos especiais. As fotografias mostram cachorros com algum tipo de deficiência, mas que, com muito amor, vivem felizes. Confira a galeria de fotos.

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Cão Terapeuta atua em Tribunal de Nova York

Novo auxílio é prestado por cães de serviço e veio ao conhecimento do público

durante um julgamento no qual atuou Rosie, uma cadela Golden Retriever

com 11 anos de idade. Sua função foi de suporte emocional para que uma

menina de 15 anos, violentada pelo pai, testemunhasse.

Rosie entrava em ação quando a adolescente fraquejava e relutava em falar.

Nesses momentos, estabelecia contato físico ao roçar o focinho na

testemunha, para que essa sentisse apoio e recuperasse forças para

continuar. Nesse caso, como nas outras situações com elevado impacto

emocional, a presença de animal terapeuta pode ser determinante para a

sentença.

Essa foi a primeira vez que um cão recebe autorização para participar de

julgamento em Nova York, porém em outros estados dos EUA (Arizona, Havaí

e Indiana) a presença de cães terapeutas em tribunais já foi permitida. Rosie

continuará atuando como apoio à outras vítimas, no caso de duas garotas de

cinco e onze anos que testemunharão contra o assassino de sua mãe.

O uso de cães terapeutas em julgamentos tem provocado controvérsias, os

advogados de defesa argumentam que a presença de uma figura que provoca

empatia pode sugestionar o júri a favor da suposta vítima e isto, inclusive, se

estiver mentindo sob juramento. Stephen L. Greller, juiz desse caso, justificou

a presença do animal pelo fato da adolescente estar traumatizada sentindo-

se ameaçada pelo réu. O júri decretou pela condenação do réu e os advogados

de defesa ingressaram com recurso contestando a presença de Rosie no

tribunal. O desenrolar desse recurso poderá determinar a continuidade do uso

de animais terapeutas como apoio às testemunhas.

Luciana Botelho

Luciana Botelho

www.peloproximo.com.br

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Anuncieaqui.

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

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Treinamento ensina cegos a aproveitar ajuda do cão-guiaCurso de 200 horas capacita o deficiente visual a usar o animal como mecanismo de apoio à locomoção

A utilização do cão-guia como um instrumento de promoção da acessibilidade dos cegos. Esse foi o objetivo da demonstração ocorrida ontem, durante Curso de Orientação e Mobilidade promovido pela Associação de Cegos do Estado do Ceará (Acec), em parceria com a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS).Nas principais metrópoles do País, como São Paulo e Brasília, a prática do cão-guia já ganha força, funcionando como mecanismo de apoio à locomoção do cego, que visa obter sua autonomia com maior segurança, inclusive, evitando sofrer acidentes. No Ceará, essa u t i l i zação a inda es tá se in i c iando .No início da noite de ontem, frequentadores e orientadores do curso de orientação e mobilização (deficientes visuais, pais, professores e representantes da comunidade) participaram da experiência de utilizarem o cão-guia, no trajeto da sede da Acec, nas proximidades do início da Av. Bezerra de Menezes até o North Shopping. Os professores Flávio Duarte e Josué Felício, ambos deficientes visuais, comandaram treinamento para os demais integrantes do curso.

F l á v i o D u a r t e v e i o d e S ã o P a u l o especificamente para participar do curso na Acec. Possuidor de larga experiência no trato com cão-guia, afirmou que existem raças de cães, como labrador, poodle e pastor alemão que são preferenciais, no entanto, o cão mestiço (nosso comum vira-lata) também pode ser usado como cão-guia.

Em sua opinião, hoje, o custo de um cão-guia pronto para a prática atinge à faixa dos R$ 25 a R$30 mil. Segundo ele, para que um cão possa estar apto a ser um guia, é necessário um trabalho em fases que demanda cerca de um ano e meio. "Existe uma série de fatores que influem no processo de formação do cão-guia. Primeiro, a escolha do animal. O cachorro tem de possuir características apropriadas à função que vai desempenhar. Não pode ser medroso e curioso, deve ter o equilíbrio entre esses fatores. Não temer barulho e surpresas. Após a fase de socialização e convívio, ele é ainda submetido a avaliação, se realmente pode se tornar guia para cego. E, no último estágio, ele se submeterá à adaptação com o cego que conduzirá. Aí entra a compatibilidade com o futuro usuário", explicou.

"Cada cão tem o seu perfil. Um é farejador, outro, de guarda e outro guia", acrescentou Flávio Duarte.

Com relação ao elevado custo para formar um cão-guia, o professor diz que o problema não está no poder aquisitivo, mas, sim, na cultura do povo.

"As empresas recebem incentivos de isenção por parte do Governo, para aquisição e promoção de treinamentos de animais que >>

servirão para este fim. Entretanto, é preciso conscientizar a empresa de que o papel que ela está prestando não é simplesmente propiciar um treinamento de um cachorro, mas sim, oferecer a oportunidade para um cego conseguir sua autonomia, ter uma vida mais independente e ser incluído socialmente", finalizou.

Independência

Já o técnico educacional do Projeto Garantindo a Acessibilidade, concebido pela STDS e o qual o curso está inserido, Josué Felício de Oliveira, falou da importância dessa iniciativa em promover o curso e também a demonstração com o cão-guia.

"Uma iniciativa valiosa, em que mais uma alternativa é mostrada para os cegos busquem suas autonomias. O cego ainda está preso ao uso da bengala e precisa de novas opções. A alternativa do cão-guia é importante também como instrumento d e independência", acrescentou.

Curso

A Acec iniciou o curso de orientação e mobilização, ministrado em sua sede, no último dia 17 de setembro e com término previsto para 17 de novembro. Com relação ao elevado custo para formar um cão-guia, o professor diz que o problema não está no poder aquisitivo, mas, sim, na cultura do povo.

"As empresas recebem incentivos de isenção por parte do Governo, para aquisição e promoção de treinamentos de animais que servirão para este fim. Entretanto, é preciso conscientizar a empresa de que o papel que ela está prestando não é simplesmente propiciar um treinamento de um cachorro, mas sim,oferecer a oportunidade para um cego conseguir sua autonomia, ter uma vida mais independente e ser incluído socialmente", finalizou.

Independência

Já o técnico educacional do Projeto Garantindo

a Acessibilidade, concebido pela STDS e o qual o

curso está inserido, Josué Felício de Oliveira,

falou da importância dessa iniciativa em

promover o curso e também a demonstração

com o cão-guia.

"Uma iniciativa valiosa, em que mais uma

alternativa é mostrada para os cegos busquem

suas autonomias. O cego ainda está preso ao

uso da bengala e precisa de novas opções. A

alternativa do cão-guia é importante também

como instrumento d e independência",

acrescentou.

Curso

A Acec iniciou o curso de orientação e

mobilização, ministrado em sua sede, no último

dia 17 de setembro e com término previsto para

17 de novembro.

O curso é constituído de 200 horas/aula e é

destinado a cegos, pais e professores. São 16

integrantes que recebem ensinamentos sobre

técnicas de locomoção interna (casa) e externa

(rua) e acesso a determinados ambientes e

c o m o u l t r a p a s s a r o b s t á c u l o s .

A STDS desenvolve o projeto "Garantindo a

Acessibilidade", que é o responsável pelo apoio

à realização do curso da Acec. O objetivo do

programa é contribuir para consolidar a política

de geração de emprego, trabalho e renda do

Governo do Estado, especialmente para o

programa Ceará Acessível, que engloba várias

ações na questão da acessibi l idade.

O projeto é articulado com outras políticas

públicas, com a perspectiva de fortalecer a

cidadania e a ampliação das oportunidades de

inserção dos cidadãos com deficiência, em

situação de vulnerabilidade social e econômica

no mercado de trabalho informal e formal.

Com base no modelo de gestão compartilhada

entre os poderes Estadual e Municipal, o projeto

conta com a participação de instituições

públicas e privadas e entidades e para pessoas

com deficiência, capazes de responder às

transformações no mundo do trabalho e às

peculiaridades da força de trabalho deste

público.

Duração e Custo

18 Meses é o período estimado de duração para

que um cachorro possa se tornar um cão-guia. É

preciso o cão ser treinado em quatro fases até

que ele fique adequado a seu usuário 30 MIL

Reais é o valor aproximado que se deve gastar

para obter um cão-guia. Incentivos fiscais fazem

parte da parceria público-privada para viabilizar

o treinamento.

Fonte: Diário do Nordeste-CE

Page 12: 7ª Edição | Outubro/Novembro

Cães-terapeutas são destaque no I Encontro de Pet Terapia

Satine, Serena, Freud, Lea e Lumpy têm em

comum uma “profissão” especial: são cães-

terapeutas hospitalares. Todos estavam

presentes no I Encontro Regional de Pet

Terapia Hospitalar do Complexo de Saúde

Irmã Dulce de Praia Grande, ocorrida no dia

04 de outubro ao lado de seus donos - pessoas

que acreditam na interação homem e animal

como sinônimo de saúde. Pet terapia,

também chamada de zooterapia existe no

Irmã Dulce desde 2009.

Realizado exatamente no dia em que se

comemora o Dia Mundial dos Animais e de

são Francisco de Assis, o evento reuniu cerca

de 100 pessoas no anfiteatro do hospital.

Profissionais de saúde e segurança,

voluntários, pacientes, funcionários e

interessados em saber mais sobre o tema

marcaram presença. A abertura foi feita pelo

secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano

Springmann Bechara.

A presença dos cães deixou evidente o quanto

eles contribuem com sua alegria para

humanização no atendimento. Para quem

ainda tinha dúvidas sobre os resultados

positivos da pet terapia, o médico pediatra

Paulo Sérgio Baldin, um dos palestrantes,

citou estudo publicado pelo American Journal

of Critical Care, em que se avaliou 75

pacientes de Terapia Intensiva. O grupo que

interagiu com animais por 12 minutos

apresentou índices clínicos melhores que o

que não interagiu.

Baldin foi o percussor da pet terapia na região,

ao levar o labrador Nanquim ao Hospital

Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. Ele falou

dessa experiência, relatando que observou

bom resultado em psiquiatria. Hoje, a pet no

HGA está a cargo da organização não-

governamental Dr. Au Au, conduzida pela

jornalista Victória Girardelli, presente no

encontro com seu schnauzer Freud.

Pouco antes da abertura, os cães Freud e

Victória circularam pelas alas e visitaram a

Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto.

“Estivemos na UTI e foi emocionante. Fomos

conhecer o hospital, roubando a vaga da

Satine, brincou a jornalista.”

Para os pacientes – crianças e adultos, a

visita do cão traz bem-estar e alegria,

ajudando a fortalecer a imunidade,

proporcionando calma, estimulando a

interação social e colaborando para equilibrar

a pressão arterial. “Estudos mostram que eles

são capazes de auxiliar no tratamento de

vários tipos de doenças, psíquicas e físicas”,

afirmou Victória.

Para a médica Lessina Coelho Reis e Silva, ao

lado do poodle Lumpy e da golden retriever

Lea, o animal reduz o estresse no trabalho

hospitalar: “A melhora não é só para o

paciente, mas para funcionários e

acompanhantes, que também relaxam”,

disse.

A idéia de promover um encontro regional

partiu da fonoaudióloga Eliane Blanco,

proprietária da golden retriever Satine e

responsável pela pet terapia no Irmã Dulce,

com o apoio da Comissão de Humanização.

Em seu relato, Eliane contou como funciona o

projeto, a colaboração do Canil da Guarda Civil

Municipal e os desafios de como ampliar o

atendimento com novos cães e transformar o

projeto em programa.

A participação do Canil da Guarda Civil

Municipal de Praia Grande despertou o

interesse de corporações de Santos e São

Vicente, que prestigiaram o encontro. Com a

border collie Serena, o inspetor Wagner

Geraldo da Silva falou sobre a atividade,

citando que buscou aprimorá-la fazendo

curso em Pirassununga, promovido pela

Faculdade de Veterinária da USP.

Dicas sobre perfil de animais para a pet

terapia e como o dono deve agir, foram dadas

pela veterinária Maria Fernanda Gonçalves,

que responde pela Divisão de Controle de

Zoonoses da Sesap. Entender o animal,

respeitar seus limites, demonstrar agrado e

cuidar da sua saúde foram alguns conselhos.

E, como todo profissional, ter descanso e

momentos de descontração. “O animal

p rec isa fazer o que quer, ag indo

espontaneamente”, concluiu a veterinária.

Pet terapia - o outro lado da Guarda Civil

Incentivadas pelo inspetor Wagner Geraldo da

Silva, as brincadeiras de Serena ajudam

pacientes infantis e adultos a enfrentar o

processo de internação com mais

tranquilidade, revelando que segurança e

saúde podem caminhar juntas. Nos

momentos de visita da mascote, que atua no

projeto Pet Terapia (ou terapia assistida com

animais) do Irmã Dulce, surge um lado da

guarda pouco conhecido da comunidade.

No I Encontro Regional de Pet Terapia

Hospitalar do Complexo de Saúde Irmã Dulce,

realizado na última terça-feira (4) no

anfiteatro do hospital, o inspetor contou sobre

a participação do Canil da GCM na pet terapia,

inicialmente com o labrador Chocolate,

atualmente com Serena.

Para fazer a terapia assistida, os cães passam por uma avaliação prévia que verifica que correspondem ao perfil necessário, tendo que ser dóceis e obedientes. A próxima etapa é passar por treinamento. Estando com a saúde perfeita, vacinados e vermifugados, eles tomam banho e têm as patas higienizadas antes de entrar no hospital. Os cães que fazem pet no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), como a golden retriever Lea, também presente no encontro, usam até sapatos especiais.

CURSO - A convite da fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, responsável pela pet terapia no Hospital Irmã Dulce, o Canil da GCM aceitou ser parceiro e demonstrou, na pessoa do inspetor Geraldo, interesse em aperfeiçoar a ação, participando de curso sobre zooterapia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em Pirassununga (SP). Outra iniciativa foi uma mudança visual. Para se apresentar de forma mais leve às crianças, a guarda inovou com uma camiseta azul clara com a inscrição “Canil” ao invés da tradicional farda escura, que permanece na calça e coturnos. Quem observa o inspetor Wagner Geraldo da Silva interagindo com crianças internadas na Pediatria do Hospital Municipal Irmã Dulce, ao lado da border collie Serena, não o associa ao setor de segurança pública, mas ele trabalha na Guarda Civil Municipal (GCM) de Praia Grande. Triste pela morte do rottweiler Blade na semana anterior, cão da guarda que ficou nacionalmente conhecido por aparecer num programa de televisão, o inspetor Geraldo citou momentos marcantes em suas visitas com Serena ao Irmã Dulce. “Lembro de uma senhora idosa que chorou quando viu a Serena porque se lembrou do animal que ela teve, emocionou-se ao reviver um momento da vida dela”, citou. “E de um amigo bombeiro internado aqui, um homem forte, que reagiu com tanta alegria quando viu o animal que quase pulou da cama.”

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www.peloproximo.com.brAno I • Número 7 • outubro/Novembro2011

Page 13: 7ª Edição | Outubro/Novembro

A médica Lessina Coelho Reis e Silva, que levou a golder Lea e o poodle Lumpy, ambos cães-terapeutas no HGA, observou que o animal tem o poder de fazer emergir a espontaneidade das pessoas, inclusive de profissionais que vivenciam momentos difíceis. Contou que certa vez chorou com uma criança que chorava por querer ficar com o cão. “Ficamos frios diante de algumas situações”, pontuou. “Não conseguia me lembrar da última vez que havia chorado. Aquela criança chorava de forma tão límpida que eu tive oportunidade de voltar a sentir coisas que já não conseguia sentir por conta do trabalho.”Representantes das Guardas Civis de Praia Grande, Santos e São Vicente compareceram ao I Encontro Regional de Pet Terapia Hospitalar do Irmã Dulce, promovido pela Comissão de Humanização do complexo, com o objetivo de chamar atenção para a importância terapêutica da pet terapia hospitalar, já que no Irmã Dulce os resultados com a Satine e a Serena são excelentes, avaliou a coordenadora da comissão, Nádia Regina Almeida Manzon.

(Fonte: Decom/PMPG - fotos: Decom/PMPG e Maitê Morelatto)

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Cães terapeutas ajudam soldados com trauma de guerra

Estresse e trauma fazem parte da vida de soldados que arriscam suas vidas em zonas de guerra. Para amenizar as consequências e causar menos sofrimento, eles passam por diversas terapias. Uma, no entanto, é adorada pelos combatentes.

Cães treinados ajudam na recuperação dos soldados. A terapia com cachorros vem sendo praticada desde a guerra do Iraque em 2007 e até hoje, no Afeganistão, mostra benefícios psicológicos.Zeke, o labrador de 5 anos de idade da foto acima, tem até patente militar e foi designado para servir na área médica de combate ao estresse em Kandahar, segundo informações da Agência AFP.

(Foto: Romeo Gacad/AFP)

Page 14: 7ª Edição | Outubro/Novembro

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www.peloproximo.com.br

Medicina de ponta para os pets

Desde que tornaram-se parte da vida de muitas pessoas e até mesmo famílias inteiras, os cães e

gatos de estimação passaram a ter inúmeras regalias, o que fez crescer o mercado de pet shops por

todo o país. No esteio deste crescimento, veio também a evolução na medicina veterinária, que,

atualmente, acompanha de perto o nível da medicina praticada em humanos. Desde tomografias

computadorizadas, passando por tratamentos de hemodiálise e de diabetes, com aplicação de

insulina, procedimentos que são conhecidos de uma forma geral por serem destinados aos seres

humanos, atualmente encontram-se disponíveis para quem queira dar os devidos cuidados

médicos ao seu cão ou gato de estimação.

Também é possível prevenir muitas doenças com tratamentos e alimentação especializada, de uma

forma muito parecida com a que são feitas para homens e mulheres de qualquer parte do mundo.

Rações para cães com predisposição para problemas renais, em especial as que são indicadas para

o tratamento de insuficiência do órgão, estão entre os mais vendidos, seja para cães ou gatos. Para

o cão obeso, há alimentação 'light' e acompanhamento especializado, com direito a uma dieta

específica e tudo mais. Estes são apenas alguns exemplos do crescimento do mercado pet em

associação com a medicina veterinária nos últimos 20 anos.

Considerado um mercado promissor nas duas áreas, a capital potiguar vem recebendo seguidos

investimentos no setor de cuidados aos animais de estimação, mas ainda encontra-se atrasado em

relação a muitas cidades. 'Vim para cá sabendo que é um mercado que promete bastante. Mas, vejo

que, por exemplo, Natal ainda está uns 10 anos atrás de Porto Alegre, que eu conheço bem', afirma

a médica veterinária Débora Pinto, que há quase 20 anos trabalha no cuidados dos pequenos

animais, dos quais sete em terras potiguares.

Com a constante e cada vez mais crescente procura por animais, que por muitas vezes servem para

suprir a carência nas relações sociais, o cuidado inspirado aos companheiros cresce. A procura por

veterinários, espalhados em pet shops por toda a cidade, vem nessa leva. 'Realizo vários

atendimentos, seja para tratamentos ou para acompanhamentos, como dietas.

E isso tem um custo alto, não é todo mundo que pode pagar, infelizmente', explica Débora, formada

em veterinária no Rio Grande do Sul em 1992. Para tratamento de insuficiência renal, por exemplo,

há rações destinadas a cães de pequeno porte que podem ultrapassar o custo de R$ 70 por cada

quilo.

Mais comuns entre cães e gatos idosos, a insuficiência renal nos pets aflige donos e veterinários. A

percepção dos sintomas, no entanto, é fácil para quem acompanha de perto seu companheiro. 'O

dono que está próximo do animal, que o conhece, irá perceber que o animal está doente. Ficar

quieto, sozinho pelos cantos, sem comer são fortes indicativos de que o animal está doente',

comenta a veterinária.

Mas não é só a idade que influencia na

facilidade dos animais para adquirirem certas

doenças. Ser de uma determinada raça ou até

mesmo o tamanho do pelo dos gatos, por

exemplo, favorece a aparição de doenças. 'A

raça shih tzu tem uma imensa facilidade de

sofrer com problemas nos rins. Já o boxer

adquire tumores com maior incidência do que

as outras raças. E gatos de pelo longo tem

muitos problemas de pele, especialmente

com a aparição de fungos, enquanto que os de

raça persa também sofrem bastante com

insuficiência renal, chegando a atingir o

patamar de 70% dos animais', exemplifica a

especialista, que é proprietária de um gato e

dois cães.

Segundo ela, a incidência de boa parte destas

doenças vem por meio de transmissão

genética, o que complica a prevenção. 'A

solução seria afastar os animais com

problemas, não deixando que eles se

reproduzam. Mas, é muito difícil que as

pessoas façam isso, ninguém quer isolar seu

animal', comenta a veterinária.

As pesquisas sobre as doenças nos animais

seguem em ritmo acelerado, tal qual as

pesquisas com humanos. Na área das células-

tronco, por exemplo, já existem estudos sobre

como utilizá-las com animais. Em algumas

cidades do Brasil já se fazem cirurgias

bariátricas (diminuição de estômago) para

cães e gatos obesos. Cada vez mais rápido,

cães, gatos e o homem tornam-se mais

próximos, em todos os sentidos.

Fonte: Diário de Natal

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

Page 15: 7ª Edição | Outubro/Novembro

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Montanhista encontra cachorro no topo do Kilimanjaro

Um montanhista viu um cachorro vivo no topo do Kilimanjaro, a montanha mais alta da África, a mais de 5,7 mil metros de altitude e a vários graus abaixo de zero, publicou nesta quarta-feira (31/8) a Agência EFE. “Estava urinando quando vi o cachorro deitado a um metro da rocha onde eu estava”, declarou John Messe, um turista que subiu com outros três amigos e fez uma foto do animal com o celular. O cume, o pico Uhuru (“Liberdade”, em suaíli), tem quase 6 mil metros de altitude e uma temperatura que pode chegar a 15 graus negativos. Pelo intenso frio que faz nessa altitude, vários cientistas se questionaram como o animal conseguiu subir e sobreviver.Na opinião do veterinário Wilfred Marealle, é normal um cachorro resistir em condições ambientais de frio extremo, mas “é pouco comum que suba ao cume do Kilimanjaro”, no norte da Tanzânia, e avisou futuros montanhistas que encontrarem o cachorro que tenham cuidado, já que o animal pode ter raiva. O diretor de marketing da empresa que organizou a subida dos montanhistas ao Kilimanjaro garantiu que há dez anos viu outro cachorro em um acampamento a 3.960 metros acima do nível do mar. O fato lembra o livro As neves do Kilimanjaro, de Ernest Hemingway, em que o autor americano fala da descoberta do esqueleto seco e congelado de um leopardo e afirma que ninguém conseguiu explicar o que o felino procurava naquelas alturas.Fonte : Planeta Bicho

Curiosidades do mundo pet

Melhores amigas: macaca e gatinha criam amizade inusitada

Jaeda, uma jovem macaca de um ano de idade, fez uma inusitada amiga, a gatinha Lily, que tem apenas duas semanas de vida. A macaca, em constantes demonstrações de carinho, envolve a pequena filhote com seus braços protetores em demorados abraços. A adorável dupla de amigas pertence a Connie Tibbs. A americana, que possui mais quatro macacos, se encanta com o lado maternal de Jaeda, que se estende aos seus companheiros. “Ela adora carregá-los no colo e beijá-los. Ela os trata como bebês, é o equivalente a uma pequena menina com bonecas”, afirma. Connie.(Fotos: Barcroft USA)

Gatos que brilham no escuro podem ajudar na descoberta para cura da aids

Nos Estados Unidos, cientistas modificaram o DNA de gatos domésticos, obtendo como resultado animais que brilham em exposição à luz violeta e são mais resistentes às doenças, incluindo a imunodeficiência felina, ou FIV, a versão do HIV nos gatos.Os animais tiveram o DNA modificado por uma proteína natural, a mesma que impede o desenvolvimento da aids em macacos, e por um gene presente em uma água-viva fluorescente, o que determinou o brilho verde dos felinos.Segundo o jornal britânico Daily Mail, os criadores dos gatos geneticamente modificados garantem que a pesquisa irá acelerar a busca de vacinas e tratamentos contra o HIV, vírus que já matou mais de 30 milhões de pessoas ao redor do mundo.Porém, críticos se opõem às pesquisas alegando um alto preço para o bem-estar dos animais envolvidos nos experimentos. Os cientistas realizaram 22 duas tentativas de fertilização para o nascimento de cinco filhotes, dos quais apenas três sobreviveram. Dois eram saudáveis, mas um sofreu problemas de saúde, embora os pesquisadores não acreditem que isso esteja ligado à manipulação genética.Dois dos gatos modificados geneticamente transmitiram os novos genes aos seus filhotes.Fonte : Planeta Canino

Cão toca teclado e vira hit na internet

Chocoholic é um pequeno cão do Japão que possui uma habilidade surpreendente. O cãozinho é capaz de tocar teclado. As patas do vira-lata deslizam sobre o instrumento de brinquedo. E a melodia apesar de desafinada é original. Tanto que Chocoholic está se tornando um hit animal da internet.E o sucesso não é à toa, além do “dom” musical, o cachorro capricha no visual. A gravata de lantejoulas amarela, por exemplo, se destaca em meio ao rosa de blusa.Mas ao que tudo indica, o pequeno vira-lata precisa de um pouquinho a mais de ensaio. Os 58 segundos do vídeo parecem ser muito para o cãozinho, que esgotado descansa a cabeça sobre o teclado.Foto: Reprodução The Sun

Page 16: 7ª Edição | Outubro/Novembro

Pêlo Próximo visita APAE de Nova Iguaçu

No dia 08/10, o Projeto Pêlo próximo visitou a Escola de Educação Especial da Apae de Nova Iguaçu Professora Sheila Gama, no bairro Jardim Margarida, na Baixada Fluminense do Rio. A visita, promovida em parceria com a Prefeitura, teve como objetivo c h a m a r a a te n ç ã o p a r a a importância do trabalho de pet terapia, que utiliza o contato com animais para fins terapêuticos.A secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Daniela Marques, explicou que o trabalho realizado pelo Projeto Pêlo Próximo é fundamental para auxiliar diversas atividades dos alunos. “O convívio com os animais ajuda a d e s e nvo l ve r a a fe t i v i d a d e , psicomotricidade, autoestima e senso de responsabilidade, entre outros benefícios”, concluiu a secretária. A proposta é levar o Projeto Pêlo Próximo à Escola Municipal Paul Harris e ao Ciesp Castorina Faria Lima.

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Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

Page 17: 7ª Edição | Outubro/Novembro

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A microempresária Roberta Araújo é uma das coordenadoras do Projeto Pêlo Próximo. Ela explicou que a iniciativa surgiu da vontade de um grupo de pessoas em mostra os benefícios do contato com os animais. “Fizemos pesquisas e cursos para montarmos as equipes com os cães. Quero destacar que é fundamental que as pessoas tratem bem os animais, alimentando-os e mantendo-os sempre limpos. As crianças adoram cachorros e interagem muito bem com eles nos nossos trabalhos”, disse Roberta, acrescentando que a equipe conta com 35 voluntários de diversas áreas e 30 animais.Adestradora do Projeto Pêlo Próximo, Elaine Natal, enfatizou que é feita uma avaliação com os cães para testar a agressividade deles com brinquedos, pessoas e outros animais. A outra etapa é ensinar o cachorro a ficar “insensível” a diversos fatores como gritos e barulhos de cadeira de rodas, por exemplo. “Esse trabalho leva em torno de dois meses, mas é gratificante saber que podemos ajudar na recuperação das pessoas. Isso não tem preço”, resumiu, enquanto observava os voluntários na quadra com os cachorros e alunos.A estudante Nayara Chaves, 12 anos, deixou a mãe Silvanete Ferreira, 34, sentada na cadeira e foi brincar com os cães. Silvanete disse que gostou da iniciativa da Prefeitura em trazer o Projeto Pêlo Próximo para interagir com as crianças. “A Nayara adora cachorros. Ela tem um, o Snoopy, e brinca muito com ele”, disse a mãe, observando a filha deitada na barriga de um dos cães do projeto.Andando de um lado para o outro na quadra, Amanda Gonçalves Rocha, 6, não parou um só minuto de brincar com os cachorros. Observada de perto pela mãe Miriam Gonçalves, 32, a menina alisou o pêlo e abraçou os cães. “A Amanda adora bichos. Ela é hiperativa. Compramos um cachorro e percebemos que ao interagir com o cão ela ficou mais calma”, contou Miriam.

Ao final do evento, a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nova Iguaçu, Maria Leonor de Almeida Esteves, e o diretor da Escola de Educação Especial da Apae de Nova Iguaçu Professora Sheila Gama, Wanderley Sabino, concederam moções de honraria aos integrantes do Projeto Pêlo Próximo.

Page 18: 7ª Edição | Outubro/Novembro

www.peloproximo.com.brAno I • Número 7 • outubro/Novembro2011

Pêlo Próximo organiza campanha e festa do Dia das Crianças para os pacientes do Abrigo Betel em Duque de Caxias

No ultimo dia 23 de Outubro, voluntários

e cães do Projeto Pêlo Próximo,

organizaram a festa de Dia das Crianças

para os pacientes da Casa Abrigo Betel,

localizada em Nova Campina, Duque de

Caxias. Durante todo o mês, os

voluntários arrecadaram doações para a

instituição, que atende cerca de 45

pacientes com patologias que vão de

síndrome de Down, esquizofrenia e

paralisia cerebral. Foram doados 100

kgs de nhoque, al imentos não

perecíveis, roupas e material de higiene.

As crianças e adultos do Abrigo tiveram a

oportunidade de interagir com os

animais, e alguns ainda realizaram

exercícios lúdicos com pernas e pés,

coordenados pelos vo luntár ios ,

exercícios com arco e alguns cães

puxaram as cadeira de rodas, levando os

cadeirantes para um passeio.

“Os voluntários que participaram dessa

visita ficaram emocionados. Foi um

grande aprendizado, uma lição de amor,

solidariedade e respeito ao próximo.

Levamos muita alegria para essas

pessoas tão especiais. Em Dezembro,

pretendemos voltar e proporcionar a eles

uma grande festa de Natal” – finaliza

Roberta Araújo, coordenadora geral do

Projeto Pêlo Próximo.

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Page 19: 7ª Edição | Outubro/Novembro

Conheça a Casa Abrigo Betel

Implantado em 2000, a Casa Abrigo Betel,

atende as pessoas com deficiências, sem

discriminar o tipo de deficiência, com o fato

de que sejam acamadas ou não, sexo ou

idade.

Todos os abrigados, na época, foram

encaminhados pela FIA – Fundação da

Infância e Adolescência, começando assim

um trabalho árduo e bastante difícil. Ao

passar do tempo atendemos todas as

exigências da FIA e dos órgãos competentes

dentro do município. Passamos também a

receber pessoas com def ic iênc ia

encaminhados pelo Conselho tutelar e do

Juizado de Duque de Caxias.

Para ajudar o Abrigo acesse:

http://www.abrigobetel.com.br/home.htm

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Page 20: 7ª Edição | Outubro/Novembro

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Campanha global incentiva a vacinação de cães e gatos contra a raiva

Denominada “Coleiras Vermelhas”, a campanha é um apelo aos

governantes dos mais diversos países para que invistam em

programas de vacinação de bichinhos em massa. “Um mundo sem

raiva não necessariamente é um mundo sem cães”, explica Ray

Mitchell, diretor da WSPA para campanhas internacionais.

Apesar de ainda enfrentar problemas com a raiva animal, o Brasil

se destaca no controle da doença há mais de três décadas. “Desde

1973, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de

Controle da Raiva (PNCR), vacina cães e gatos em massa

gratuitamente”, afirma Rosangela Ribeiro, gerente de programas

veterinários da WSPA Brasil.

Para atingir seu objetivo, a “Coleiras Vermelhas” propõe a

formalização de parcerias entre organizações voltadas ao bem-

estar animal e agências governamentais nas áreas de saúde,

educação e saúde publica.

Foto: Divulgação WSPA

Presente em 156 países, a World Society for the Protection of Animals (WSPA) decidiu apostar em uma campanha global para incentivar a vacinação de cães e gatos como melhor forma de prevenir a raiva. Segundo dados divulgados pela ONG, mais de 55 mil pessoas morrem no mundo, por ano, em decorrência da doença. Além disso, 38 animais são mortos a cada minuto na

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Os profissionais do Hospital Veterinário Pet Care explicam como surgiu,

os motivos que levaram os homens a fazer o corte da cauda de filhotes

em algumas raças e porque a prática caiu em desuso.

A técnica cirúrgica na qual parte da cauda de um animal é amputada é

chamada de caudectomia. Essa prática, que é cada vez menos

difundida, surgiu na antiguidade, quando os cães eram utilizados em

batalhas e o corte da cauda e das orelhas se fazia necessário porque

diminuía a área de contato com o atacante e também evitava

ferimento, nos casos de animais que utilizavam armaduras.

“Se atualmente a maior parte das 400 raças de cães existentes se

enquadra na categoria “animais de companhia”, antigamente os

animais eram destinados para um tipo específico de trabalho”, explica

Dr. Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care.

Este é o caso também das raças especializadas em caça, que tinham a

cauda amputada porque ela podia atrapalhar espantando presa ou

dificultando a locomoção em alguns tipos de terreno, como é caso da

raça Yorkshire terrier, desenvolvida para caça de ratos, ou Poodle, para

caça na água.

Hoje em dia a utilização de cães para trabalho fica restrita a um número

pequeno de animais e a prática da caudectomia é considerada um

recurso simplesmente estético, portanto desnecessário, salvo em

alguns casos de doenças, conforme explica o veterinário. “Muitos donos

que escolhem uma raça têm a imagem do adulto já com a cauda

amputada como um padrão e ficam com medo de que o filhote fique

feio quando crescer. É interessante como todos os que tomam a decisão

de não amputar ficam satisfeitos, pois os cães eles continuam sendo

lindos e, além de tudo, têm a possibilidade de melhor comunicação”,

esclarece o doutor.

Apesar de não aconselhada, a caudectomia ainda não é proibida no

Brasil. “Na Europa, alguns países já aboliram e proíbem o corte de

cauda. Um exemplo é a Alemanha, que inclusive impede a entrada em

suas fronteiras de animais com a cauda cortada”, afirma. Mesmo sem a

proibição, muitos veterinários brasileiros estão deixando de praticá-la e

vários canis, clubes de raça e sociedades de cinofilia do país apoiam o

desuso. [www.petcare.com.br] Blog: http://petcare.com.br/blog e

redes sociais.

Medicina Veterinária especializada -Fundado em 1990, o Hospital

Veterinário Pet Care está situado no bairro do Morumbi, em São Paulo,

funciona 24h e oferece a mais completa estrutura de atendimento

clínico e cirúrgico, apoiado por diversos exames diagnósticos.

Capitaneado por uma equipe clínica de inquestionável formação

técnica – movida pela paixão aos animais de estimação – o Pet Care

reúne serviços convencionais como consultas, vacinação, banho e tosa

e pet shop, e especialidades como: acupuntura, fisioterapia,

cardiologia, ortopedia, dermatologia odontologia, cirurgias, oncologia e

homeopatia entre outras, para cães e gatos.

Fonte: Fator Brasil

Corte de cauda em cães: porque não fazer

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

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Exposição Momentos O Olhar em 4 Patas na Galeria Jean Boghici

Mostra fotográfica registra a interatividade entre animais e pacientes

A partir da próxima semana, o Projeto Pêlo Próximo, lança na Galeria Jean Boghici, em Ipanema, Rio de

Janeiro, a 'Mostra Fotográfica “Momentos – O Olhar em quatro patas'. A mostra apresenta através de

registros fotográficos, o trabalho voluntário de cães e aves terapeutas e o resgate de afeto nas visitas em

cinco instituições que cuidam de crianças, portadores de necessidades especiais e idosos”.

Desde o início do ano, cinco fotógrafos profissionais (Carol Camanho, Bruna Prado, Luciana Botelho, Raquel

Lima e Leo Santos) acompanharam e registraram as visitas do grupo. O público terá a oportunidade de

acompanhar o trabalho de TAA (Terapia Assistida por Animais) e AAA (Atividade Assistida por Animais)

desenvolvido pelo Projeto Pêlo Próximo e conhecer de perto os benefícios da interação “homem–animal”

proporcionados aos pacientes. A Mostra ainda dedica um espaço aos animais abandonados.

A Mostra Coletiva 'Momentos – O olhar em 4 patas', será inaugurada no dia 10 de novembro e ficará aberta

ao público de 11 de novembro a 10 de dezembro com entrada franca. Juntamente com a Mostra, o Projeto

Pêlo Próximo lançará o calendário 2012, que terá como tema o nome da exposição. Parte da renda obtida

com sua venda,será revertida para ajudar 250 animais abandonados do Abrigo João Rosa.

A Mostra Coletiva Momentos - "O olhar em 4 patas" conta com o patrocínio exclusivo da Bayer.

Mostra Fotográfica Momentos –

O Olhar em 4 Patas

ENTRADA FRANCA

11 de Novembro à 10 de

Dezembro – 14h às 20h

Galeria Jean Boghici

Rua Joana Angélica, 180 -

Ipanema

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Lívia Machado, iG São Paulo

Quando o medicamento resolve a dor, mas

não repõe sentimentos de felicidade e

vontade de viver, a medicina cede lugar a

métodos alternativos.

Comprar ou adotar um cachorro compatível

com as diferentes exigências impostas por

doenças ou necessidades especiais pode

revolucionar o quadro de quem é afetado por

depressão e câncer, melhorar a qualidade de

vida de cadeirantes e autistas, além de

preencher o vazio dos solitários.

Embora não exista uma raça específica para

cada tipo de doença ou limitação, é possível

selecionar o cão mais adequado combinando

perfis. Terapeutas e veterinários ajudam no

processo seletivo para que a companhia e a

interação com o animal seja revertida em

melhora da saúde.

“Podemos indicar os mais habilitados, com

perfis compatíveis às necessidades de cada

paciente. Nem todo animal é capaz de exercer

a função de terapeuta”, alerta Alberto David

Cohen, veterinário e dono da clínica Pet

Angels, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A

experiência dele no uso de animais de

estimação como tratamento é consequência

não apenas da rotina no consultório, mas

reflete um pouco de sua história familiar.

«Minha irmã é cadeirante e precisou de um

cachorro que adequado às limitações físicas

dela. O animal precisa pular no colo

facilmente. Ele não pode ser estabanado e

atrapalhar os movimentos do dono. Hoje, após

ensinamentos e treinos, o cachorro é um

facilitador, responde aos comados de voz,

pega muitas coisas para ela, além de ser um

grande companheiro.»

O par perfeito

Uma grande variedade de cães pode ser usada

como coadjuvante no tratamento de doenças.

Embora as diferentes raças deem pistas do

comportamento do animal, o perfil não é

universal, explica o veterinário. Cachorros

disponíveis para adoção também são muito

recomendados, pois o vira-latas é um bicho

carente por natureza, disposto a dar atenção e

a receber ca r inho . A lém d isso , o

comportamento deles, no dia da escolha, já

está definido.

“Filhotes podem ser educados e treinados,

mas cães já crescidos terão menos risco de

alteração comportamental”, diz Cohen.

O especialista ensina: é fundamental

combinar as características do bicho com as

principais necessidades do paciente. Crianças

em tratamento contra o câncer, por exemplo,

precisam de animais alegres e companheiros,

que estimulem a brincadeira e, ao mesmo

tempo, demandem carinho e atenção. Nesse

grupo, é possível escolher entre maltês,

poodle, pug, cocker spaniel e fox paulistinha,

sugere o especialista.

“Raças pequenas ficam em vantagem

quando a debilidade dos pacientes é um

determinante. Animais maiores também

podem ser animados e carinhosos, mas

exigem, além de espaço, uma mobilidade que

nem sempre o doente tem para dar.”

O processo deve ser baseado em qualidades e

na exclusão de certos “defeitos” do bicho,

defende Ceres Faraco, terapeuta e

veterinária, coordenadora do Programa de

Terapia Mediada por Animais em algumas

un idades dos Cent ros de Atenção

Ps icossoc ia l (CAPS) da infância e

adolescência, em Porto Alegre.

"Ele precisa ser capaz de se apegar e ter

bastante energia. É a interação com o animal

que estimula o doente a sair do estado

introspectivo e ser mais sociável. O cachorro

também não pode ser agressivo, precisa

compreender voz de comando e ter o latido

controlado. Algumas raças tendem a

desenvolver problemas de coluna, doenças de

pele e degenerativas. Isso também deve ser

analisado e excluído, pois pode ser prejudicial

à relação com o paciente.”

A médica usa os animais como ferramenta de

trabalho. Os cães são selecionados de acordo

com as características do grupo atendido. A

escolha é baseada em temperamento,

personalidade e, por último, raça. Hoje, Ceres

tem como membros de sua equipe três

animais: duas fêmeas (border collie e lhasa

apso) e um macho (fox paulistinha).

No trabalho desenvolvido pela especialista, o

trio de cães é a pedagogia usada para tratar

c r i a n ç a s c o m t r a n s t o r n o s d e

desenvolvimento, autistas e portadores da

síndrome de down. “Eles ajudam a melhorar a

locomoção e estimulam a fala. É preciso que a

criança fale para que o cachorro entenda

comando de voz.”

Na alegria e na tristeza

Em quadros de tristeza e depressão pesam

outros critérios de escolha, principalmente

quando o cão será companhia de idosos.

Segundo Cohen, o golden retriver e o pug são

duas raças muito apegadas ao ser humano.

Fazem companhia sem incomodar e têm

oscilações de humor similares ao quadro da

doença no homem.

“São muito indicadas para quem tem

mobilidade diminuída por conta de

depressão. Eles alternam períodos de grande

agitação com calmaria extrema. Ajudam a

colocar a pessoa em movimento, sem exigir

demais.”

Quando o objetivo não é aliviar os sintomas

clássicos de quadros depressivos, apenas

romper a solidão e combater o sedentarismo,

o cachorro deve exigir do dono participação,

interação, latir pouco e ser menos ativo:

bulldog, chow-chow e o rusky siberiano são

companheiros perfeitos.

Simbiose

A presença de animais em hospitais e clínicas

não é uma estratégia nova. Usá-los como

“cuidadores”, porém, é um recurso que vem

ganhando força ao longo dos anos. No mundo

ocidental, os queridinhos do homem –

saudáveis ou enfermos – são os cachorros.

“O cão é um facilitador. Ele transcende a

função de ser bicho e representa esperança e

o bem-querer. Consegue tirar o foco da dor, ou

do estado de depressão", professa Hannelore

Fuchs, psicóloga e veterinária.

Pioneira em explorar o efeito medicinal dos

animais, Hannelore insere os mais diversos

bichos em leitos hospitalares há

13 anos. >>

Como escolher o cão certo para quem está doenteBaseada em características como comportamento e tamanho, a compra ou adoção de um cachorro pode ajudar

no tratamento de saúde

Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

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Ela é fundadora e coordenadora do Projeto

Pet Smile – que agora será transformado em

ONG – e recruta de cachorros a porquinhos-

da-índia para ajudar no tratamento de

pacientes internados.

Na visão da especialista, embora a interação

seja extremamente benéfica para o homem e,

de fato, ajude no processo de recuperação, a

relação jamais deve ser prejudicial para uma

das partes.

“É preciso olhar para o doente, entender o que

ele precisa e saber se o animal é capaz de

oferecer tais benefícios de forma harmônica",

diz a fundadora do Pet Smile.

No conceito dela, os animais são preparados

dentro de casa, pelos próprios donos, para

trabalhar como “médicos” da ONG. Não existe

adestramento, mas educação, afeto e

cuidados. A psicóloga exige boas maneiras.

Qualquer cão de trabalho voluntário, como ela

define, precisa ser 'boa gente'.

Na tradução, a expressão significa que o

animal deve atender aos comandos,

compreender dicas não verbais e saber se

comportar no meio de outras pessoas e

bichos. É preciso também que ele tenha

noções de obediência básica e aceite, por

exemplo, mãos desajeitadas de crianças com

deficiência.

“É um processo longo que só é possível se o

dono tiver um bom relacionamento com o

cachorro. A medicina animal funciona quando

dono e pet ganham com tal interação.”

Japoneses criam cão-robô para guiar cegos

com ajuda do Kinect

Foi a japonesa NSK que tentou desenvolver um cão robótico com o objetivo de substituir os

animais na tarefa de guiar deficientes visuais e o apresentou recentemente. Uma das principais

novidades no protótipo é a implementação da plataforma Kinect para servir de olhos ao robô.

Esse sistema garante velocidades de até 3,7 km/h em terrenos planos. Fazer curvas também é

simples, graças ao mecanismo que permite rotacionar os membros em qualquer direção - esse,

uma novidade da terceira versão.

O cão-guia de metal apresentado em outubro ainda tem como destaques o sistema de

reconhecimento de voz, para que o robô seja comandado pelo dono. "Coleira" mais comprida e

sensores de impacto nas "patas", para evitar colisões.

A implementação de orientação através de GPS e mapas online, por exemplo, viabilizaria ao

deficiente visual "programar" o cão-guia robótico para, além de evitar obstáculos, indicar o

caminho seguir e onde parar.

Atualmente em sua versão final, o cão-guia robô estava em produção há anos, tanto que para

chegar ao modelo atual, a NSK havia produzido outros dois protótipos por uma equipe de

engenheiros recém-graduados pela Universidade de Eletrocomunicações, no Japão. Para 2020,

os japoneses pretendem que o robô já seja vendável.

Embora o robô seja algo desajeitado e nada parecido com um animal é um bom avanço na

pesquisa de novas soluções para guiar os deficientes visuais.

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Projeto Pêlo Próximo visita a Casa Geriátrica Solar Vivendas da Terceira Idade

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Pela primeira vez os idosos do Solar Vivendas da Terceira Idade, receberam a visita dos cães terapeutas do projeto. Veja como foi a interação dos pacientes com os animais.

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SÃO PAULO – Manter um animal de

estimação, sobretudo cachorros, em

apartamentos é, muitas vezes, motivo de

estresse e confusão. Isso porque em muitos

condomínios a presença do animal não é

bem-vinda, o que motiva discussões entre

vizinhos, multas e até brigas na Justiça.

Contudo, de acordo com o advogado

especialista em direito imobiliário e

administração condominial, Rodrigo Karpat,

os animais só podem ser proibidos em

condomínios, se causarem transtornos ao

sossego, à saúde e segurança dos demais

moradores do prédio.

Em outras palavras, a presença do animal no

condomínio somente poderá ser questionada

quando ex is t i r per igo aos demais

condôminos.

Justiça

Ainda segundo Karpat, o artigo 1228 e

seguintes do Código Civil dizem que manter

animais em unidades condominiais é

exercício regular do direito de propriedade, o

qual não pode ser glosado ou restringido pelo

condomínio, sendo que o limite ao exercício

do direito de propriedade é o respeito ao

direito alheio ou ao de vizinhança.

Neste sentido, informa, em apelação julgada

pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo)

na 1ª Câmara de Direito Privado, o relator

desembargador Paulo Eduardo Razuk

entendeu que, “quando se trata de animais

domésticos não prejudiciais, não se justifica a

proibição constante do regulamento ou da

convenção de condomínio, que não podem

nem devem contrariar a tendência inata no

homem de domesticar alguns animais e de

com eles conviver”.

Tem um animal de estimação? Conheça os seus direitos no condomínio

Tamanho não importa

O advogado lembra também que o tamanho do animal ou o fato de ele latir de vez em

quando não basta para restringir a permanência do bicho de estimação e ainda que é

anulável a decisão de assembleias cuja determinação é a circulação de animais no colo ou

com focinheira nas dependências do condomínio.

A exceção, quando se trata da focinheira, no estado de São Paulo, é para as raças pit bull,

rotweiller e mastim napolitano, já que a lei estadual (11.531/03) determina o uso do

acessório.

Ao se tratar de qualquer outra raça, orienta Karpat, na hipótese de o animal ser obrigado a

usar focinheira no condomínio ou mesmo ser carregado pelo dono, o proprietário do

bichinho deve lavrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia mais próxima e

ingressar com ação de natureza cível objetivando garantir seu direito de circular com seu

animal, com guia, de forma respeitosa, no trânsito de sua unidade a rua, sem que para isso

seja obrigado a passar por qualquer situação vexatória.

Fonte: InfoMoney

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Como reconhecer dor em cães e gatos

Nem sempre é fácil reconhecer a dor nos

animais de estimação. Para perceber

alguma diferença no animal é necessário

conhecer o seu comportamento normal.

A dor é uma experiência única e cada

indivíduo terá o seu limiar para suportá-la.

Portanto, a manifestação de sinais de dor

poderá ou não ocorrer com maior ou

menor intensidade e freqüência.

Cães e gatos, quando sentem dor,

assumem posturas características ou

demonstram resistência à mudança de

posição ou ao movimento. Como regra

ge ra l , há pos tu ras co rpora is e

comportamentos característicos de dor

para cada espécie, tais como:

Cães

Interação social reduzida

Expressão de ansiedade

Comportamento submisso

Recusa em se movimentar

Lamúria

Uivo

Rosnado

Comportamento de defesa

Agressão; mordida

Perda de apetite

Automutilação

Gatos

Atividade reduzida

Perda de apetite

Quieto/perda de curiosidade

Esconder-se

Sibilo ou salivação

Lambedura/cuidados excessivos

Postura/andadura rija

Comportamento de guarda

Tentativas de fuga

Falta de cuidado com a pelagem

Movimentação intensa / contínua do rabo

Características

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Ano I • Número 7 • outubro/Novembro2011

Page 27: 7ª Edição | Outubro/Novembro

Projeto Pêlo Próximo grava para o Programa Especial, da TV Brasil na Obra Social Dona Meca

O Pro jeto Pê lo Próx imo

promoveu no ultimo dia 28 de

setembro a visita dos cães

terapeutas do projeto com as

crianças especiais da Obra

S o c i a l D o n a M e c a , e m

Jacarepaguá, Rio de Janeiro. As

20 crianças que participaram

d a v i s i t a t i v e r a m a

oportunidade de interagir com

os animais através de várias

atividades realizadas pelo

grupo de voluntários, entre elas

o contato com o animal,

escovação de pelos e exercícios

de tração com o cão, onde foi

explorado o equilíbrio da

criança. Além disso, alguns

cães, ainda, puxaram a cadeira

d e r o d a s d a s c r i a n ç a s

cadeirantes.

“Sem dúvida, foi um dia de grande alegria para todos nós. Ver essas crianças interagindo de forma efetiva com os animais é maravilhoso. Elas

adoraram a visita dos nossos cães terapeutas, abraçaram, acarinharam e receberam em troca muito amor dos animais. Nosso trabalho visa

exatamente isso, levar amor a quem mais precisa”, afirma Roberta Araújo, coordenadora do projeto.

A visita na Obra Social Dona Meca, contou com a participação da equipe do Programa Especial da TV Brasil, que acompanhou o trabalho do

Projeto Pêlo Próximo. A repórter Fernanda Honorato, se encantou com nossos co-terapeutas e curtiu a visita junto com as crianças da Dona

Meca. A matéria vai ao ar no final deste mês.

A Obra Social Dona Meca, coordenada por Rosangela Chancon, é uma instituição filantrópica, dedicada ao atendimento de crianças com

deficiência, atendendo gratuitamente mais de 200 crianças de famílias de baixa renda de comunidades de todo o Rio de Janeiro. Além da

Obra, existe também, a Casa Lar Dona Meca, que acolhe crianças com deficiência, vitimas da orfandade ou em situação de vulnerabilidade.

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Page 28: 7ª Edição | Outubro/Novembro

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VENDAS PARA TODO BRASIL A partir do dia 11 de novembro em nosso site

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