estampa outubro/novembro 2012
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Jornal Estampa de outubro/novembro de 2012TRANSCRIPT
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina | Filiado à CUT e à Condsef Ano 13 | Edição 144Outubro | Novembro - 2012
4º Congresso doSintrafesc terá6 painéis temáticos
Secretaria dizque novos acordossó em 2014
Leia nesta edição
Artigo: Respostaao ataque àsinstituições públicas
Das 3.782 terrasquilombolas, só 193foram tituladas
Dez assembleiaselegem delegadosao 4º Congresso
Sintrafesc comemora24 anos e o Diado Servidor Público
Usamos papel
reciclado.
Respeitamos
a natureza
p.3
p.4
p.5
p.6
p.7
p.9
sintrafesc reaLiza o 40 congresso
2 Estampa |Outubro-Novembro| 2012
Foram 12 anos à frente
da Comunicação do Sin-
trafesc, com a responsa-
bilidade de redigir mate-
riais para o site, o boletim
eletrônico diário, o jornal
Estampa, e coordenar o
setor.
Estou certo que ao lon-
go desse período, a Comu-
nicação do Sintrafesc ga-
nhou um impulso, com a
incorporação de um imen-
so patrimônio de informa-
ções que inclui mais de 34
mil notícias e 5 mil artigos
– entre tantos outros ma-
teriais que continuarão à
disposição da Direção e
dos filiados e filiadas.
Na gestão atual, gra-
ças ao apoio da Direção
e com a importante par-
O jornal Estampa é uma publicação mensal do Sintrafesc.
Cartas, textos, críticas e sugestões podem ser enviados paraa Sede, rua Nereu Ramos, 19, s.609, 88015-010 - Florianópolis - SC Fone/fax (48) 3223-6452.
Núcleo Regional de Base do OesteRua Benjamin Constant, 363 E, Centro - 89801-070 - Chapecó - SCFone: (49) 3322-2639
Núcleo Regional de Base do PlanaltoRua João de Castro, 68, sala 22, Shopping Gemini, Centro88501-160 - Lages - SC Fone: (49) 3224-4537
Jornalista: Celso Vicenzi (MTE/SC 274 JP) Editoração: Cristiane Cardoso (MTE/SC 634 JP) Tiragem: 4.200 exemplaresImpressão: Gráfica AgnusFechamento da Edição: 28/11/2012
www.sintrafesc.org.br • E-mail: [email protected]
Sede Florianópolis
Presidente: Maria das Graças Gomes Albert Vice-presidente: Hercílio da Silva Secretário Geral: Sebastião Ferreira Nunes 1º Secretário: Lírio José Téo Secretário de Finanças: Francisco Carlos Nolasco Pereira Secretário de Finanças Adjunto: Vitoriano de Souza Secretária de Organização Sindical: Marlete Conceição Pinto de Oliveira Secretário de Organização Sindical Adjunto: Valdecir Dal Puppo Secretária de Políticas de Comunicação: Elizabeth Adorno Araújo Coimbra Secretário de Políticas de Comunicação Adjunto: Walterdes Bento da Silva Secretário de Assuntos Jurídicos: Valdocir Noé ZanardiSecretário de Assuntos Jurídicos Adjunto: Júlio Werner Peres Secretária de Formação Sindical: Ester Bertoncini Secretário de Formação Sindical Adjunto: Nereu Gomes da Silva Secretário de Assuntos de Aposentadorias e Pensões: Dérmio Antônio FilippiSecretário de Assuntos de Aposentadorias e Pensões Adjunto: Clair Bez Secretário de Saúde do Trabalhador: Mário Sérgio dos Santos Secretária de Saúde do Trabalhador Adjunta: Nádia Maria Elias Secretário de Raça, Gênero e Etnia: Flávio Roberto Pilar Secretária de Raça, Gênero e Etnia Adjunta: Vera Maiorka Sassi
Núcleo Regional de Base do Planalto Serrano
Pedro Edegar Foragato, Valdomiro Milesi de Souza, Geraldo Iran da Rosa e Manoel Gama de Oliveira
Núcleo Regional de Base do Oeste
Pedro Vilmar Padilha dos Anjos, João Claudir Marchioro, Aberrioni Dal Piaz Moreira e Valdecir Cezar Marcon
Conselho Fiscal
Osni Francisco Tavares, Tânia Lindner, Vlander Luiz Pacheco, Edson Gonçalves e Plácido Simas
Diretoria - Gestão 2010-2013
Umas e Outras |
Fontes: www.alana.org.br e Sintrafesc
agradecimento
“Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade”, é o tema da cartilha desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente e o Insti-tuto Alana. A publicação tem como objetivo ajudar pais e educado-res a ensinar para as crianças a diferença entre o “querer” e o “pre-cisar”, relacionado ao consumo de mercadorias. A cartilha faz um alerta sobre a influência que a publicidade tem sobre os pequenos. De acordo com a publicação, as crianças brasileiras assistem, em média, mais de 5 horas de televisão por dia; e estão entre as que mais assistem TV no mundo. Um dos reflexos dessa exposição excessiva é o consumismo. A cartilha está disponível na página do Instituto Alana - www.alana.org.br.
caLendário 2013Encartado nesta edição o calendário 2013 do Sin-trafesc. O tema é o Ano Internacional de Coopera-ção pela Água, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
cartiLha orienta pais e educadores a combater o consumismo entre crianças
ceria da jornalista e de-
signer Cristiane Cardoso,
o jornal Estampa e o site
foram totalmente renova-
dos e ampliados. No caso
do site, permitindo até
mesmo a leitura por defi-
cientes visuais. Eu e Cris-
tiane encerramos aqui a
nossa participação, com a
certeza de que a Comuni-
cação do Sintrafesc conti-
nuará a fazer chegar, de
forma ágil e correta, as
informações necessárias
para manter os servidores
informados e fortalecer a
luta dos trabalhadores e
trabalhadoras do serviço
público federal.
A todos e a todas, o nos-
so muito obrigado!
Celso Vicenzi – Jornalista e assessor de imprensa.Cristiane Cardoso – Jornalista e designer gráfica.
3 2012 | Outubro-Novembro | Estampa
demonstrativo do pagamento de ações judiciais em outubroO valor da maior ação paga individualmente foi de R$ 37.324,59.Total de 80 servidores que, juntos, receberam R$ 850.484,12Média de R$ 10.631,05 por servidor.
De 5 a 8 de dezembro |
erá realizado de 5 a 8
de dezembro o 4º Con-
gresso do Sintrafesc, na
Escola Sul da CUT, em
Ponta das Canas, Florianópo-
lis. Dezenas de delegado(a)s
nato(a)s e outro(a)s eleito(a)s
em 10 assembleias em todas as
regiões do Estado, participarão
dos quatro dias de atividades.
As inscrições começam a ser
feitas a partir das 15 horas do
dia 5 de dezembro. À noite, ha-
verá a abertura do Congresso e
a plenária de leitura e aprova-
ção do regimento interno.
No dia 6 de dezembro, às
8h30, reabertura das inscri-
ções. A partir das 9 horas, o
foco será a análise de con-
juntura. O primeiro painel
temático será sobre Mundo
s
Os delegados e delegadas debaterão os rumos do Sindicato para os próximos três anos
do Trabalho e Desafios para
o Sindicalismo, com o super-
visor técnico do Dieese/SC,
José Álvaro Cardoso.
O segundo painel temático
será sobre Ética, Democracia
e Desenvolvimento Susten-
tável, com a doutoranda em
Sociologia Política da UFSC
e do Núcleo Transdisciplinar
de Meio Ambiente e Desen-
volvimento, Luciana Butzke.
E o terceiro painel temático
será sobre Ética, Democra-
cia e Serviço Público Federal,
com a doutoranda em Admi-
nistração pela Universidade
de Brasília e servidora pública
federal do Ministério das Re-
lações Exteriores (DF), Annita
Calmon.
À tarde, às 14 horas, come-
ça o quarto painel temático
sobre Saúde e Qualidade
de Vida para o Serviço Pú-
blico Federal num Projeto
de Desenvolvimento Sus-
tentável, com a psicóloga Elisa
Ferreira, consultora em saúde
do trabalhador. O quinto pai-
nel temático será sobre Polí-
tica de Carreiras e de Remu-
nerações para os Servidore(a)
s Público(a)s Federais, com
o assessor Jurídico do Sin-
trafesc, Luís Fernando Silva.
Ainda neste dia, estão previs-
tas atividades culturais.
No dia 7, a partir das 9 horas,
inicia o sexto painel temático
sobre Direitos Sindicais, Ne-
gociação Coletiva e Greve no
Serviço Público Federal, com
o assessor Jurídico do Sintra-
4º congresso do sintrafesc terá seis painéis temáticos
Fonte: Sintrafesc – Assessoria de
Imprensa (com informações da
organização do Congresso).
f e s c ,
Luís Fernando Silva.
À tarde, iniciam as atividades
dos Grupos de Trabalho. À
noite, atividades culturais.
No dia 8 de dezembro, às 9
horas, será realizada a Plená-
ria de Encerramento e o fecha-
mento oficial do Congresso,
cujas decisões terão validade
até 2015, quando haverá um
novo congresso.
serVidores ação Órgão VaLores - r$
18 Gratificações; 3,17% Ibama 365.930,70
3 Gratificações; 3,17% SRTE 13.879,81
1 Gratificações MPOG 36.009,69\
2 Gratificações Min. Comunicações 57.438,18
22 Gratificações Funasa 169.183,79
3 Revisão de aposent.; Gratificações SFA 27.203,07
2 Gratificações 14 BIM 39.434,26
2 Gratificações Escola Aprendizes Marinheiros 5.998,00
1 Ressarcimento de descontos AGU 1.808,33
4 Gdata; Gratificações Funai 31.071,02
10 Gratificações; 3,17% Min. Transportes 44.522,34
2 Gratificações SAMF 9.297,41
10 28,86% DFARA 48.707,52
80 850.484,12
4 Estampa |Outubro-Novembro| 2012
Serviço público federal |
uatro setores da base
da Condsef que não
chegaram a um acor-
do em agosto ainda negociam
com o governo. Nesses en-
contros, servidores do Incra,
Dnit, DNPM e Hospital das
Forças Armadas - HFA trata-
ram com a Secretaria de Re-
lações do Trabalho (SRT) do
Ministério do Planejamento
sobre as pautas que ficaram
pendentes. À Condsef, o se-
cretário da SRT, Sérgio Men-
donça, adiantou que, caso
algum acordo seja firmado e
envolva impacto financeiro,
o governo só terá recursos a
partir do orçamento de 2014.
Q
Há muitas questões pendentes a serem negociadas com o governo e que vão depender da mobilização dos servidores
Para todos os assuntos cons-
tantes na cláusula nona de
termo de acordo, o governo
marcará até duas reuniões
por mês para tratar os temas.
O primeiro tema desta reto-
mada de negociações será a
média dos últimos cinco anos
das gratificações de desem-
penho na aposentadoria.
Ainda de acordo com a
SRT, o calendário de agen-
das para AGU, Arquivo Na-
cional e Imprensa Nacional
será confirmado quando
houver acerto entre o Pla-
nejamento e a Secretaria
de Gestão Pública. No caso
da AGU há também neces-
secretaria diz Que QuaLQuer acordo com impacto financeiro sÓ em 2014
sidade de envolvimento de
representantes do órgão.
A Condsef solicitou ainda
uma reunião com Sérgio
Carneiro, do Departamento
de Políticas de Saúde, Previ-
dência e Benefícios do Ser-
vidor, para tratar da insalu-
bridade dos trabalhadores
do Iphan.
Decretos das GQ
A respeito da publicação dos
decretos que regulamentam
Gratificações de Qualifica-
ção (GQ) a Secretaria de Re-
lações do Trabalho voltou a
informar que o caso aguarda
tratativas entre Casa Civil e
Secretaria de Gestão Pública
do Planejamento.
Já o decreto da GDACE, gra-
tificação dos cinco cargos da Lei
12.277/10, está pronto e tam-
bém aguarda uma definição da
Casa Civil. A SRT se compro-
meteu a buscar mais detalhes
sobre a publicação dos decretos
para informar à Condsef.
A Confederação alerta a suas
entidades filiadas e a todos os
setores de sua base a importân-
cia de manter todos os servi-
dores unidos e mobilizados na
luta para assegurar o atendi-
mento de suas demandas mais
urgentes.Fonte: Condsef.
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5 2012 | Outubro-Novembro | Estampa
Escolha democrática |
Há muitas questões pendentes a serem negociadas com o governo e que vão depender da mobilização dos servidores
As assembleias foram realizadas de 30 de outubro a 22 de novembro
Sintrafesc promo-
veu 10 assembleias
em todas as regiões
do Estado para ele-
ger os delegados e delegadas
ao 4º Congresso, que será re-
alizado de 5 a 8 de dezembro,
em Florianópolis, na Escola
Sul da CUT. As assembleias
começaram no dia 30 de outu-
bro e se estenderam até 22 de
novembro. Oito foram assem-
bleias gerais extraordinárias
e duas assembleias regionais
– em Lages e Chapecó – on-
de o Sindicato possui Núcleos
Regionais de Base.
o
sintrafesc promoVeu 10 assembLeias para eLeger deLegados ao 4º congresso
Todas as assembleias fo-
ram abertas às 16 horas em
primeira chamada com 50%
mais um dos sindicalizados
e às 16h30 com qualquer
número de servidores pre-
sentes.
O 4º Congresso do Sin-
trafesc terá como tema cen-
tral o movimento sindical, as
transformações no mundo do
trabalho e os desafios ambien-
tais.
Confira, a seguir, as cidades,
as datas e locais onde foram
realizadas as assembleias.
Tubarão – 30 de outubro, no Clube Cidade Luz, na Rua Expedicionário José Pedro Coelho, 339, bairro Dehon.
Criciúma – 30 de outubro, no Hotel Crisul, na Avenida Centenário, 3.001, no Centro.
Blumenau – 7 de novembro, no Hotel Glória, na Rua Sete de Setembro, 954, Centro.
Itajaí – 7 de novembro, no Grande Hotel, na Rua Felipe Schmidt, 198, Centro.
Joinville – 8 de novembro, no Hotel Tannenhof, na Rua Visconde de Taunay, 340, Centro.
Mafra – 8 de novembro, no Hotel Susin, na Rua Felipe Schmidt, 522, Centro.
Joaçaba – 12 de novembro, no Hotel Jaraguá, na Rua Francisco Lindner, 350.
Chapecó – 13 de novembro, no Sindicato dos Bancários, na Rua Porto Alegre, 619-D, Centro.
Lages – 13 de novembro, no Hotel MAP, na Rua Hercílio Luz, 522.
Florianópolis – 22 de novembro, no Sintespe, na Praça Olívio Amorim, 82, Centro.
6 Estampa |Outubro-Novembro| 2012
Duas datas |
sintrafesc comemora no caLçadão da catedraL 24 anos de fundação e o dia do serVidor púbLico
irigentes e filiados pre-
sentes ao calçadão em
frente à Catedral Me-
tropolitana de Floria-
nópolis comemoram na tarde
de 5 de novembro os 24 anos
de fundação do Sintrafesc e o
Dia do Servidor Público (28
de outubro). Um bolo com o
símbolo do Sindicato foi cor-
tado às 15h30 e distribuído às
pessoas presentes ao local. A
Central Única dos Trabalha-
dores (CUT) também se fez
representar no evento.
Para a presidenta do Sin-
trafesc, Maria das Graças Go-
mes Albert, “o sindicato não
tem medido esforços para de-
fender os servidores públicos
federais, que estão com seus
órgãos sucateados e não têm
seus direitos respeitados”. Ela
acrescentou que “o Sintrafesc,
desde a sua fundação até es-
ta data em que se comemora
24 anos da entidade, tem lu-
tado pela qualidade de vida
dos servidores, por um salário
digno e melhores condições
de trabalho”.
Um varal de cartazes, es-
tendido no local, informava à
população sobre as principais
atividades desenvolvidas pe-
los principais órgãos da base
do Sintrafesc.
Da direção do Sintrafesc,
além da presidenta, estiveram
presentes na praça, no Centro
da Capital, o vice-presidente
Hercílio da Silva, o secretá-
d
rio de finanças adjunto Vito-
riano de Souza, a secretária
de Políticas de Comunicação
Elizabeth Adorno Araújo, o
secretário adjunto de Assun-
tos Jurídicos Júlio Peres, a se-
cretária de Formação Sindical
Ester Bertoncini, o secretário
de Assuntos de Aposentadoria
e Pensões Dérmio Filippi, e o
secretário e a secretária adjun-
ta de Cultura, Gênero, Raça e
Etnia, respectivamente Flávio
Pilar e Vera Maiorka Sassi. Fonte: Sintrafesc.
Dirigentes distribuíram um panfleto à população sobre a importancia do servidor e as dificuldades da categoria
Durante a comemoração,
que também serviu como um
ato público em defesa do ser-
vidor, os dirigentes do Sintra-
fesc distribuíram um panfleto
à população.
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A presidenta do Sintrafesc, Maria das Graças, corta o bolo que foi distribuído aos servidores
7 2012 | Outubro-Novembro | Estampa
Por ANTôNIO AUGUSTO DE QUEIROz
Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap
Artigo |
resposta ao ataQue às instituições púbLicas
Fonte: Diap (artigo originalmente
publicado no site Teoria&Debate).
esde que as escolas, os
partidos, os meios de
comunicação e até os
movimentos sociais,
especialmente no período de
ofensiva neoliberal, deixaram
em segundo plano o debate
sobre a política e a importân-
cia do Estado, o conhecimen-
to sobre valores e sobre o que
são, o que fazem e como fun-
cionam as instituições públi-
cas perdeu lugar na formação
do povo brasileiro, com preju-
ízos irreparáveis para o pleno
exercício da cidadania.
Aproveitando-se dessa la-
cuna, setores atrasados da so-
ciedade brasileira, com apoio
dos meios de comunicação e
até de parcela do Judiciário
e do Ministério Público, têm
desqualificado a política e
destruído reputações, com o
nítido propósito de retirar do
povo a decisão sobre os desti-
nos do país.
Os que desdenham a polí-
tica, a mais importante ativi-
dade da humanidade, o fazem
por ignorância ou má-fé. Os
primeiros ignoram o mal que
fazem a si próprios ao ficar
alheios ao que acontece em
seu entorno. Os segundos,
intencionalmente, desqualifi-
cam a política para dominá-la
e retirar do povo a possibili-
dade de participar do proces-
so político, que consiste na
escolha e pressão sobre os go-
vernantes.
O objetivo final de quem
desqualifica a política é trans-
ferir as decisões dos cidadãos
para o mercado ou para a
burocracia, sob o falso fun-
damento de que os meca-
nismos de escolhas racio-
nais são mais eficazes do que
a decisão política, que consi-
dera princípios como equida-
de, participação e legitimação
pela maioria.
A resposta a essa campanha,
tão nefasta quanto o neolibe-
ralismo, passa pela educação
política. E o primeiro passo,
nesse esforço, será mostrar
que as principais conquistas
da humanidade são produto
de decisões políticas. Graças à
luta política, a humanidade já
conquistou cinco gerações de
direitos, cujos benefícios para
os povos são inestimáveis em
termos de liberdade, partici-
pação e bem-estar.
Com a primeira geração, no
século 18, conquistamos os
direitos civis (como direito à
vida, à propriedade, à segu-
rança, à integridade física, de
acesso à Justiça e da ampla
defesa) e as liberdades (de ir e
vir, de pensamento, de opinião
e expressão, entre outras).
Com a segunda, no sécu-
lo 19, chegamos aos direitos
políticos, como de associação
e reunião, de organização po-
lítica, partidária e sindical, de
participação político-eleitoral
(votar e ser votado), de sufrá-
gio universal, de liberdade de
imprensa e de alternância no
poder, entre outros.
d
Com
a terceira geração, a partir do
século 20, avançamos e con-
quistamos os direitos sociais,
econômicos e culturais, entre
os quais se destacam o direi-
to ao trabalho decente, ao sa-
lário justo, à jornada de oito
horas, ao descanso semanal
remunerado, à aposentadoria
digna, ao seguro-desemprego,
à saúde, à educação, ao lazer,
entre muitos outros.
Com a quarta geração, a
partir da segunda metade do
século 20, evoluímos para os
direitos difusos (com titular
indeterminado), como ao meio
ambiente equilibrado, do con-
sumidor, das mulheres, crian-
ças e adolescentes, dos idosos,
das minorias éticas, dos por-
tadores de necessidades espe-
ciais, entre outros; e para os
direitos coletivos (válidos para
grupos, categorias e classe de
pessoas por relação jurídica),
como advogados, associações
profissionais, sindicatos, con-
tribuintes de determinado
tributo, contratantes de deter-
minado plano de saúde, entre
outros. Com a quinta geração,
uma realidade do século 21,
incorporamos ao nosso orde-
namento jurídico os direitos
bioéticos ou a necessidade de
regulação da interdição da in-
tervenção indébita na estrutu-
ra da vida (engenharia genéti-
ca/transgênicos etc.). Ou seja,
atender a uma imposição ética
de discutir publicamente o que
é e o que não é legítimo em ter-
mos dessa intervenção.
Em essência, o que preten-
dem com a desqualificação da
política e das instituições do
Estado é travar os avanços nas
conquistas políticas, econômi-
cas, sociais e culturais do povo
brasileiro em geral e da classe
trabalhadora, em particular. A
forma de fazer isso é retirando
da vida pública pessoas, par-
tidos e ideais de interesse da
maioria da sociedade.
8 Estampa |Outubro-Novembro| 2012
Direitos humanos |
audiência na câmara debate transposição de reintegrados, conseLheiros federais e empregados púbLicos ao rJu
secretária adjunta de
Cultura, Gênero, Raça
e Etnia do Sintrafesc,
Vera Maiorka Sassi,
juntamente com os servidores
Diógenes Antunes (Ministé-
rio dos Transportes - Laguna)
e Marcelo Mario Sant’Anna
(Mapa - Florianópolis) parti-
ciparam dia 21 de novembro,
na Câmara Federal, em Brasí-
lia, da audiência pública sobre
a transposição de servidores
reintegrados, conselheiros
federais e empregados públi-
cos ao Regime Jurídico Único
(RJU).
A audiência foi solicitada
pelos deputados Padre Ton,
Luiz Alberto e Erika Kokay.
Além de outros deputados co-
mo Arnaldo Faria de Sá, Ales-
sandro Molon, Luiz Couto e
Domingos Dutra, que preside
a Comissão de Direitos Hu-
manos e Minorias na Câmara,
acompanharam a audiência
dezenas de trabalhadores pú-
blicos que buscam a transpo-
sição e representantes de en-
tidades sindicais.
Fernando Albuquerque,
que participou da audiência
representando o ministro da
Advocacia-Geral da União
(AGU), Luís Adams, informou
que a AGU está se debruçando
sobre a matéria. Albuquerque
acrescentou que este não é um
assunto simples, mas também
não é impossível e que audiên-
cias públicas, a contribuição
de entidades sindicais e par-
lamentares contribuem para o
debate sobre o tema.
A Condsef já enviou notas
técnicas sobre o tema apon-
tando meios para auxiliar
essa transposição. Uma das
mais recentes foi enviada em
a setembro deste ano ao consul-
tor-geral da República, Arnal-
do Godoy.
A Condsef também encami-
nhou notas técnicas ao Minis-
tério do Planejamento, AGU
e Casa Civil. A Confederação
participou, ainda, de reuniões
com representantes do gover-
no para tratar do tema e bus-
car soluções para efetivar esta
transposição.
A Condsef entende que os
trabalhadores reintegrados,
conselheiros e empregados
públicos devem ter sua inclu-
são assegurada ao RJU uma
vez que, mesmo não havendo
impeditivos legais que atrapa-
lhem esse processo, milhares
de trabalhadores seguem so-
frendo prejuízos com a ausên-
cia de uma série de direitos.
Pedro Armengol, que re-
presentou a Central Única
dos Trabalhadores (CUT) no
debate, e representantes do
Sindsep-DF e CUT-DF refor-
çaram a necessidade de que
a transposição aconteça com
urgência uma vez que já exis-
tem elementos suficientes pa-
ra que isso ocorra.
O secretário de Relações do
Trabalho do Ministério do Pla-
nejamento, Sérgio Mendonça,
esteve na audiência, mas não
pode participar do debate por
ter outro compromisso em
sua agenda. A Confederação
vai continuar buscando diálo-
go com segmentos do governo
e com parlamentares para que
a transposição ocorra o mais
rápido possível, trazendo es-
ses servidores - que vivem em
uma espécie de limbo traba-
lhista - para a Lei 8.112/90.
Sintrafesc esteve presente para esclarecer e pressionar os parlamentares a buscar uma solução
Fonte: Condsef - com acréscimo do
Sintrafesc.
serviço público pode ter cotas raciaisA ministra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, revelou que o governo estuda a possibilidade de adotar o siste-ma de cotas raciais e sociais em concursos para o funcionalismo público federal. Segundo ela, a equipe técnica está estudando qual o melhor modelo a ser adotado. Até o fim do ano, a secretaria vai apresentar uma proposta para ser avaliada pela presidente Dilma Rousseff. Cotas sociais e raciais já são adotadas em vestibulares de universidades federais.
“Essa discussão está em curso dentro do governo, estamos colhendo pareceres de vários setores, do próprio Ministério do Planejamento e da Advocacia-Geral da União (AGU), para que, com esses pareceres, possa-mos levar uma posição governamental para a presidente, para ela poder tomar a decisão final”, disse a ministra.
Apesar de a discussão estar, segundo ela, em “fase ainda muito inicial”, a presidente Dilma Rousseff tem se mostrado favorável às políticas de
ação afirmativa. “A presidente Dilma tem uma posição inequívoca sobre a importância das ações afirmativas e, mais particularmente, das cotas como instrumento fundamental para se superar a desigualdade racial no Brasil”, relatou a ministra, após cerimônia no Palácio do Planalto na qual a presidente anunciou uma série de medidas para atender às comunidades quilombolas.
A adoção de cotas para ingresso no serviço público não é consenso. Mas para o diretor da Organização Não Governamental (ONG) Educafro, frei Davi, a medida seria o melhor caminho para corrigir a diferença no número de brancos e negros em cargos de destaque no funcionalismo. “Nós entendemos ser um crime você entrar nas repartições públicas e não ver negros em cargos mais altos. Eles estão lá servido café, em cargos menores”, afirmou.
Fonte: Juliana Braga - Correio Braziliense.
9 2012 | Outubro-Novembro | Estampa
Injustiça permanece |
A Constituição reconhece, mas no Congresso, artimanhas e projetos restringem os direitos dessa população
ministra da Secretaria
Nacional de Políticas
de Promoção da Igual-
dade Racial (Seppir),
Luiza Helena de Bairros, disse
em audiência pública no Sena-
do, no dia 5 de novembro, que
a falta de interação entre o go-
verno federal e os institutos de
terras dos estados é o principal
entrave para a regularização
fundiária das terras remanes-
centes de quilombos, prevista
pela Constituição Federal de
1988 e que avança há passos
ainda mais tímidos do que as
das comunidades indígenas.
“Há quilombos em terras devo-
lutas dos estados, que não são
contestadas por outras partes.
Nós não temos desculpas para
que a titulação não aconteça em
uma velocidade maior”, afir-
mou.
De acordo com a ministra,
o Brasil possui, hoje, cerca de
1,17 milhão de quilombolas,
boa parte deles vivendo no li-
mite da miserabilidade. Ela in-
formou também que há hoje no
país 1.948 áreas reconhecidas
das 3.782 terras QuiLomboLas do país, sÓ 193 foram tituLadas
como terras remanescentes,
além de outras 1.834 já certifi-
cadas pela Fundação Palmares,
órgão ligado ao Ministério da
Cultura. São exatos 1.167 pro-
cessos abertos para titulação de
terras. Entretanto, apenas 193
áreas foram, de fato, tituladas.
“Nossa prioridade, agora, é dar
ao Programa Brasil Quilombo-
la a dimensão estadual que ele
sempre deveria ter tido. Preci-
samos pensar as políticas pú-
blicas em todas as suas dimen-
sões”, observou.
Luiza Helena de Bairros in-
formou que o Brasil Quilombo-
la, criado há oito anos pelo ex-
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, estrutura as políticas pú-
blicas destinadas aos quilom-
bolas em quatro eixos: acesso
à terra; infraestrutura e quali-
dade de vida; inclusão produ-
tiva e desenvolvimento local; e
direitos e cidadania. “Por mais
que melhoremos as políticas
sociais, a avaliação do governo
por parte das comunidades não
passa por isso. Passa pela nos-
sa capacidade de dar conta dos
problemas fundiários. Do pon-
to de vista das comunidades,
é a questão central. Portanto,
além de ampliar cobertura das
políticas sociais, temos que fa-
zer com que a regularização
fundiária tenha avanços mais
significativos”, acrescentou.
Professora da Faculdade de
Ciências Sociais, Política e His-
tória da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG), Li-
lian Cristina Bernardo Gomes
destacou a importância do país
conter o etnocídio a que o po-
vo negro brasileiro vem sen-
do submetido historicamente.
“A democracia brasileira só se
aprofundará na medida em que
ela for capaz de refletir o que se
passa na sociedade”, afirmou.
Segundo ela, a demanda
principal das comunidades
quilombolas é a terra, porque
a noção de identidade dessas
comunidades está diretamen-
te ligada ao território em que
vivem. Entretanto, apesar da
Constituição Federal reconhe-
cer este direito e aclamar a cul-
tura remanescente como patri-
mônio nacional, são inúmeras
as artimanhas utilizadas para
restringir os direitos desta po-
pulação. “De onze projetos de
lei já apresentados na Câmara
sobre o tema, sete são restri-
tivos ao direito quilombola”,
afirmou.
Como exemplos, citou a
Proposta de Emenda à Cons-
tituição (PEC) 215/2000, que
transfere do governo para o
Congresso a responsabilida-
de pela demarcação de terras
indígenas e quilombolas, e o
Projeto de Lei 1.836/2011, que
descaracteriza o caráter cole-
tivo da propriedade das terras
quilombolas. A pesquisadora
criticou a supressão, pela Câ-
mara, de um trecho do Esta-
tuto da Igualdade Racial (Lei
12.288/2010) que reafirmava o
direito definitivo à propriedade
das terras e esclarecia que o be-
nefício é coletivo.
Para Lílian Cristina, se não
tivesse sido suprimido da lei, o
trecho asseguraria direitos aos
quilombolas que hoje são con-
testados no STF, em especial
a ação apresentada pelo DEM
questionando a inconstituciona-
lidade do Decreto 4.887/2003,
que regulamenta o procedimen-
to para identificação, reconheci-
mento, delimitação, demarcação
e titulação das terras ocupadas
por remanescentes das comu-
nidades dos quilombos. A cien-
tista social avalia que estruturas
políticas caducas reverberam o
lugar comum de que, no Brasil,
o branco é o detentor natural da
posse da terra.
Fonte: Najla Passos - Carta Maior.
10 Estampa |Outubro-Novembro| 2012
Previdência |
mais da metade das aposentadorias concedidas no país são por idade
maioria das aposen-
tadorias concedidas
no país, de janeiro a
setembro deste ano,
foi por idade. Os dados são do
Regime Geral da Previdência
Social (RGPS) divulgados no
dia 31 de outubro. Segundo
o balanço, 55,8% das mais
de 831 mil aposentadorias,
do acumulado do ano, foram
concedidas devido à idade do
trabalhador - que pode parar
de trabalhar aos 65 anos (ho-
mem) ou aos 60 anos (mu-
lher).
Os que se aposentaram por
tempo de contribuição res-
pondem por menos da metade
do total dos aposentados por
idade, o equivalente a cerca de
226 mil pessoas entre janeiro
e setembro. Os trabalhadores
aposentados por invalidez são
minoria, 140,9 mil.
As informações servem pa-
ra subsidiar as discussões so-
bre a aprovação do Projeto de
Lei 3299/08 em trâmite no
Congresso Nacional, que visa
extinguir o fator previden-
ciário. No dia 31 de outubro,
o presidente da Câmara dos
Deputados, Marco Maia (PT-
SP), informou
ao presidente da Confedera-
ção dos Aposentados e Pen-
sionistas do Brasil (Cobap),
Warley Martins, que colocará
o projeto em votação até o fi-
nal do ano.
A negociação do tema entre
o governo e os parlamentares
estava estagnada desde antes
do início do período eleitoral,
quando diversas reuniões in-
terministeriais foram poster-
gadas. Marco Maia disse, po-
rém, que a matéria deverá ir a
plenário independentemente
dessas negociações.
De acordo com o projeto de
lei, o cálculo usado atualmen-
te para determinar quanto o
aposentado receberá do Insti-
tuto Nacional do Seguro Social
(INSS) – chamado fator previ-
denciário – seria substituído
por um novo cálculo, em que
o salário do trabalhador seria a
média de todas as últimas con-
tribuições, referentes aos me-
ses imediatamente anteriores
à aposentadoria. No caso de
trabalhadores rurais, o salário
não deve ser inferior a um sa-
lário mínimo (R$ 622).
a Atualmente, para se apo-
sentar com o fator previdenci-
ário, são considerados a data
do início do pagamento do
benefício, a idade, o tempo
de contribuição do segurado,
a expectativa média de vida
e a alíquota de 31%, referente
à soma das contribuições do
patrão (20%) e do empregado
(11%) sobre o valor do salário.
Autor do projeto pelo fim
do fator, senador Paulo Paim
(PT-RS), argumenta que o
cálculo atual diminui o valor
do benefício, estimula o retar-
damento da aposentadoria e
prejudica aqueles que entram
no mercado de trabalho mais
cedo.
O projeto enfrenta oposição
por parte do go-
verno, que vem
tentando negociar mudanças
em relação à proposta 85/95,
que prevê a soma do tempo de
contribuição ao INSS e a idade
do contribuinte, que deve re-
sultar no total de 85 anos para
as mulheres e 95 anos para os
homens para que o segurado
receba o benefício integral da
Previdência – respeitado o te-
to, atualmente, de cerca de R$
3,9 mil. A expectativa é que,
com o cálculo 85/95, haja au-
mento médio de 20% no valor
das aposentadorias. A propos-
ta conta com o apoio da maio-
ria das entidades representa-
tivas dos aposentados.
Um novo projeto em discussão pode conceder um aumento de 20%, em média, no valor das aposentadorias
Fonte: Carolina Sarres
Agência Brasil.
11 2012 | Outubro-Novembro | Estampa
m grupo de índios de
nove etnias vindos
do Maranhão e do
Amazonas fizeram
uma manifestação no dia 6
de novembro, ao lado do Pa-
lácio do Planalto, pedindo a
revogação da Portaria 303 da
Advocacia-Geral da União.
Ainda sem data para entrar
em vigor, a norma estende
a todas as terras indígenas
do país as condicionantes
definidas pelo Supremo Tri-
bunal Federal (STF) no jul-
gamento da demarcação da
Terra Indígena Raposa Ser-
PEC 303 |
índios fazem manifestação para pedir reVogação da portaria 303Portaria da AGU tem provocado uma reação das lideranças indígenas e de organizações que apoiam a luta dos índios
u ra do Sol, em 2009.
De acordo com o integran-
te do Conselho Indigenista
Missionários (Cimi) Egon
Heck, que acompanhou os
índios, além de protestar
contra a portaria, eles rei-
vindicam melhoria dos ser-
viços de saúde e agilidade
na demarcação de terras in-
dígenas. “Pedimos urgência
na solução da situação ca-
lamitosa de saúde indígena
e também o controle da ex-
ploração ilegal de madeira
nas áreas indígenas”, disse
Egon.
decidiu esperar a publica-
ção do acórdão do Supremo
Tribunal Federal (STF) para
colocá-la em vigor. A data
em que os ministros do STF
julgarão os embargos ainda
não está definida. Publicada
no dia 17 de julho, a Porta-
ria 303 tem o objetivo de
ajustar a atuação dos advo-
gados públicos à decisão do
próprio STF sobre a Raposa
Serra do Sol.
Lideranças indígenas ar-
gumentam que as regras
colocadas na portaria amea-
çam um processo já consoli-
dado. Na prática, a medida
proíbe, por exemplo, a am-
pliação de áreas indígenas
já demarcadas, a venda ou
arrendamento de qualquer
parte desses territórios,
quando significar a restrição
do pleno usufruto, e a posse
direta da área pelas comuni-
dades indígenas.
Após a polêmica provoca-
da pela portaria, a Advoca-
cia-Geral da União (AGU) Fonte: Yara Aquino - Agência Brasil.
AN
TON
IO C
RUZ/
ABR
Os verdadeiros donos das terras têm seus direitos constantemente afrontados e passam por dificuldades para garantir uma vida digna
Informação qualificada |
tualizado diariamen-
te, o site do Sintrafesc
atingiu a marca de
mais de 5 mil artigos e
34 mil notícias publicadas. “É
um dos sites mais completos
do país sobre temas do serviço
público e assuntos de interes-
se dos trabalhadores”, afirma
a secretária de Políticas de Co-
municação, Elizabeth Adorno
Araújo. Na atual gestão, o si-
te foi totalmente remodelado
e ganhou novas ferramentas,
como o jornal Estampa Onli-
ne e a acessibilidade de leitura
até mesmo para pessoas com
deficiência visual.
Além das notícias sobre o
Sintrafesc, servidores públicos
e trabalhadores em geral, o si-
te permite que o leitor tenha
acesso as últimas informa-
ções diretamente por assunto:
a Aposentadoria, Assédio Mo-
ral, Cidadania, Ciência e Tec-
nologia, Corrupção, Criança e
Adolescente, Cultura, Cursos
e Concursos, Democratização
da Comunicação, Direitos Hu-
manos, Economia, Educação,
Entrevistas, Fique Atento(a),
Gênero, Geral, Idosos, Inter-
nacional, Justiça, Meio Am-
biente, Movimentos Sociais,
Política, População Indígena,
População Negra, Saúde, Ser-
viço Público, Sindicalismo,
Sintrafesc, Trabalhadores, e
Violência.
“É uma fonte de consulta de
alto valor para o movimento
sindical, para os servidores
e qualquer pessoa que quei-
ra pesquisar as informações
arquivadas em cada um dos
itens mencionados”, afirma a
presidenta do Sintrafesc, Ma-
ria das Graças Gomes Albert.
Outro ponto de destaque
da Comunicação do Sintra-
fesc é o boletim eletrônico
diário, enviado para mais de
4 mil endereços e que já pos-
sui mais de 1.300 edições. Na
atual gestão, passou a ser uti-
lizado também o twitter, com
chamadas para acesso às prin-
cipais notícias do site.
O site possui, ainda, a rela-
ção de todos os 47 órgãos da
base, com link direto para os
sites de cada órgão. A consulta
a processos encaminha o inter-
nauta diretamente ao site da
Justiça Federal. Foram incluí-
dos, também, uma seção para
prosa e poesia, com autores re-
nomados, e vídeos interessan-
tes que circulam na internet e
que contenham mensagens de
conscientização social.
A atual gestão instituiu o
envio de um cartão de felici-
tações aos filiados e filiadas,
na data de aniversário de ca-
da um(a) dele(a)s. “Queremos
estar presentes na comemo-
ração de aniversário das pes-
soas que são a razão de ser do
Sindicato”, disse a presidenta
Maria das Graças Gomes Al-
bert.
O jornal Estampa, total-
mente remodelado na atual
gestão, é impresso em cor em
papel reciclado. As páginas,
além de ampliarem de tama-
nho, também foram aumen-
tadas de oito para 12, o que
permitiu incluir mais notícias
e com um visual mais agradá-
vel. Já são 12 anos ininterrup-
tos de informações mensais
aos servidores públicos fede-
rais.
comunicação do sintrafesc, um patrimônio de 34 miL notícias e 5 miL artigos
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina | Filiado à CUT e à Condsef Ano 13 | Edição 143Setembro - 2012
Sindicato convocafiliados para novaação na Justiça
Sintrafesc ajuizaráações para reajustede aposentadorias
LEIA NESTA EDIÇÃO
Sindicato reúnedireção e fazbalanço da gestão
Mundo terá maisde 1 bilhão deidosos em 10 anos
Sintrafesc obtém sentença que reconhece direito dos aposentados
Artigo:Reminiscênciasda greve
Usamos papel
reciclado.
Respeitamos
a natureza
p.3
p.4
p.5
p.6
p.9
p.12
MA
RCEL
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ASA
L JR
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BR
Projeto de Lei do Se-
nado (PLS) n° 84/07,
do senador Paulo Paim
(PT-RS), que regula-
menta o direito de greve no
serviço público, pode ser vo-
tado ainda este ano. De acor-
do com a relatora da proposta,
senadora Ana Amélia (PP-
RS), o debate sobre o projeto
está “bem encaminhado”.
“A gente já conversou com
as centrais sindicais. O pro-
jeto basicamente mantém o
limite de 30% de prestação
de serviços nas áreas essen-
ciais, como saúde e seguran-
ça. Não altera muito em re-
lação ao que é hoje, mas dá
uma ampliação na quantida-
de de serviços abarcados”,
declarou.
Para a parlamentar, o PLS
n° 84/07 tem mais chances
de ser aprovado do que o PLS
n°710/2011, do senador Aloy-
sio Nunes (PSDB), que tam-
bém trata de regulamentação
das greves no serviço público.
“As condições [para aprovar a
proposta de Paulo Paim] são
melhores”, disse a senadora.
A proposta de Paim é mais
O branda, enquanto a de Nunes
é mais restritiva com relação
à greve no serviço público.
O projeto de Aloysio Nunes
determina, por exemplo, ma-
nutenção de 50% a 80% dos
servidores trabalhando, e a
obrigatoriedade de avisar
sobre a defl agração da greve
com 15 dias de antecedência.Fonte: Mariana Branco – Agência Brasil.
PROJETO SOBRE GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO PODE SER VOTADO AINDA ESTE ANOPROJETO SOBRE GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO PODE SER VOTADO AINDA ESTE ANO
O boletim eletrônico diário já tem mais de 1.300 edições e o site é acessível também para deficientes visuais