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1 NRespostas março / abril 2014 Ano VII • Nº 32 • março / abril 2014 • R$ 8,90 Roberto Shinyashiki Os homens e o seu sucesso Mario Sergio Cortella Educação e escola: juntas, mas não idênticas Christian Barbosa negociação de conflitos Entrevista exclusiva com Eduardo Tevah Eduardo Ferraz fala sobre soluções para o mundo empresarial O desafio do engajamento no setor público

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1NRespostasmarço / abril 2014

Ano VII • Nº 32 • março / abril 2014 • R$ 8,90

Roberto ShinyashikiOs homens e o seu sucesso

Mario Sergio CortellaEducação e escola: juntas, mas não idênticas

ChristianBarbosa

negociação de conflitos

Entrevista exclusiva com

Eduardo Tevah

Eduardo Ferraz fala sobre

soluções para o mundo empresarial

O desafio do engajamento no

setor público

Page 2: N Respostas 32

www.nrespostas.com.br2 NRespostas

(61) Informações e vendas:

no Centro de Convenções Ulysses Guimarães14 de abril de 2014, às 18h,

ApoioPatrocínio

Marketing & Comunicação

Conhecimento em dose tripla em uma noite imperdível!

Tempo

DinheiroÉticaClóvis de Barros Filho

Christian Barbosa

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Eduardo Tevah

Curso 8 horas • 12 de maio de 2014

Gestão por competências gerando engajamento

Page 3: N Respostas 32

3NRespostasmarço / abril 2014

Meus caros leitores,

vocês já repararam o quanto as tevês abertas divulgam as notícias trágicas, tristezas e desgraças de nossa cidade, país e do mundo? Assistir aos noticiá-rios é uma necessidade, não podemos ficar alienados, mas na mesma pro-porção é fundamental combater toda essa negatividade. Um bom livro, uma boa palestra, uma conversa com alguém que nos inspire são as opções que mais uso. Hoje quero ajudar a to-dos, se assim vocês me permitem, com dois episódios de minha vida; ambos aconteceram agora em fevereiro. Vou resumir ao máximo para que possamos nos fixar na atitude, e não na ação.Geralmente saio do meu escritório por volta das 19 ho-ras. Nesse dia com muitas demandas, tive que ficar até 22 horas, meu carro estava estacionado na rua, como de costume. Ao descer, vi que havia duas pessoas em pé, me aguardando. A primeira reação, devido ao local e horário, é que poderia ser um assalto, mas os dois não ti-nham cara de assaltantes. Ao me aproximar, reparei que o meu carro estacionado estava batido na traseira e ha-via outro carro com a frente destruída. Por volta das 20 horas, o rapaz de 20 e poucos anos havia batido no meu carro, e este imediatamente ligou para seu pai, que é um taxista, que no mesmo instante foi ao seu encontro. Juntos ficaram lá plantados até eu aparecer, duas horas depois, para ver como poderiam pagar pelos danos cau-sados em meu veículo. Sim, ainda existem pessoas boas!O segundo episódio: numa sexta-feira, eu e minha esposa estacionamos o carro longe do barzinho que iríamos, numa rua com muitos bares e restauran-tes. Sentamos, esperávamos por mais duas pessoas, pedimos nossa bebida e conversávamos já há mais de uma hora, quando de longe reparo num outro rapaz indo de mesa em mesa, e, é claro, chegou à nossa.

Ele pergunta: – Você é o José Paulo Furtado? Eu respondi que sim, e ele questiona: – Você perdeu sua carteira? Coloco a mão no bolso da calça e sinto que não estava com ela. Logo ele me entrega dizendo: – Encontrei no chão, lá em cima, do outro lado da rua, e es-tou andando aqui de bar em bar pra ver se te encontro. Aqui está sua carteira. Cumprimentei-o, agradeci, mas fiquei tão chocado que nem tive tempo de perguntar seu nome. Todos os cartões, dinheiro, documentos, tudo do jeito

que eu coloquei. Sim, ainda existem pessoas boas!Após compartilhar com amigos e conhecidos essas duas histórias, 100% deles ficaram impressionados e surpresos com a honestidade desses personagens. Tal-vez eu e você, todos nós somos contaminados com notícias negativas, com desonestidades, bandidagem, preconceito e agressões que passamos a achar, erro-neamente, que ninguém é justo e honesto como gos-taríamos que fossem.Esses dois episódios me levaram a pensar se estou sendo um cara que impressiona e surpreende por ser uma boa pessoa, se tenho sido um bom exemplo para quem está à minha volta. E você, caro leitor, tem sido motivo de orgulho para os seus próximos em casa, no trabalho, na rua?Pense, e mesmo que a resposta seja negativa, espero que faça o que diz John Maxwell: “seja grande para admitir seus erros, esperto para lucrar com eles e ex-tremamente forte para corrigi-los”.

Um abraço,

José Paulo FurtadoDiretor da Revista N Respostas

twitter.com/[email protected]

Sim, ainda existem pessoas boas!

Carta ao LeitorN Palavras

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www.nrespostas.com.br4 NRespostas

N Respostas é uma publicação da N Produções

Diretor-Executivo:José Paulo Furtado

Direção de Arte/Editoração:Letícia [email protected]

Editora-Chefe:Carina [email protected]

Jornalista responsável:Cid Furtado Filho DRT DF 1297

Revisão:Denise Goulart

Fotografia:Eventos: Telmo XimenesIlustrações e fotos: Stock PhotosCapa: Telmo Ximenes

Reportagem:Carina Vasconcelos

Colaboradores desta edição:Augusto Cury • Andréia Azevedo • Carlos Hilsdorf • Christian Barbosa • Dado Schneider • Eduardo Ferraz • Eduardo Tevah • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Rivaldo Lopes • Roberto Shinyashiki

Diretora Financeira:Ana Paula Abí[email protected]

Diretor Comercial:José Paulo [email protected]

www.nproducoes.com.br

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas:

SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DFTel./Fax: 61 3272.1027

e-mail: [email protected]

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h [email protected]

A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados.

Tiragem: 20.000 exemplares.

[email protected]

“Perfeita a revista, ela fala a nossa língua e deixa claras muitas questões profissionais.“

Sarana Sousa

“Gosto da revista porque se preocupa em trazer conteúdos relevantes, com artigos de ótima qualidade. O aca-bamento visual e a impressão tam-bém são de excelência. Ler a revista é um tempo bem empregado”.

Roberto LemosMarketing Digital

Informamos que todas as edi-ções anteriores da revista N Respostas encontram-se dispo-níveis no seguinte link:

http://issuu.com/revista_nres-postas/docs

Ou, se preferir, basta ler o QR Code abaixo, que o enviará direto à pagina:

Obrigado pela participação,Equipe N Respostas

Leitor

Page 5: N Respostas 32

5NRespostasmarço / abril 2014

Capa

SeçõeS

Índice

10. Negociação de conflitos por Eduardo Ferraz

18. Augusto CuRy Inteligência emocional e profissional

26. RobERto shiNyAshiki Dicas de campeão

34. mARio sERgio CoRtEllA Filosofando

3. N PAlAvRAs

7. ENtREvistA Christian barbosa

20. N FlAshEs Quem passa pelos eventos da N Produções

22. EtC Entretenimento, trabalho, casa

30. ClubE N

Ano VII • Nº 32 • março / abril 2014

14. ComPoRtAmENto – Dado schneider gerações

16. mARkEtiNg - Andréia Azevedo marketing esportivo

23. oPiNião juRíDiCA – Rivaldo lopes Por um judiciário mais célere!

24. vENDAs – Carlos hilsdorf A “venda consultiva” contraria o marketing e

decreta o fim do negócio

28. PERguNtE Ao CoACh – homero Reis As estações da vida

32. gEstão PúbliCA – Eduardo tevah O desafio do engajamento no setor público

coluNIstAs

REsPostAs

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www.nrespostas.com.br6 NRespostas

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Entrevista

Barbosa

Qual a importância da gestão do tempo na vida das pessoas? A pessoa que não consegue adminis-trar bem o seu tempo acaba perdendo vida. Certamente, vai ficar estressa-da, sem energia, sem motivação, sem ânimo para os relacionamentos afeti-vos ou não, não vai conseguir cuidar de sua própria saúde. A pessoa que não organiza as tarefas acaba virando uma escrava das circunstâncias e tudo se torna uma urgência. É preciso aprender a limitar o tempo, usar bem

as horas dentro do expediente e evi-tar uma sobrecarga de horas extras.

Quando você percebeu essa importância na sua vida? Me apaixonei pela administração do tempo por pura necessidade. Aos 14 anos, abri minha primeira empresa de tecnologia e alguns anos depois tive severos problemas de saúde por estresse e falta de tempo. Comecei a me interessar por tudo relaciona-do ao assunto, acabei me tornando instrutor de diversas consultorias do Brasil e exterior para cursos de

administração de tempo.

Por que às vezes temos a impressão de que o tempo passou rápido demais ou devagar demais?Todo mundo sempre reclama que falta horas no dia, que não consegue ter tempo para fazer tudo que pre-cisa e por aí vai. O problema não é a quantidade de horas que temos, o uso delas é o que faz a diferença. Agora, se você souber aproveitar melhor seu tempo, com certeza vai fazer toda a diferença.

Christian barbosa é empreendedor, o maior especialista em gerenciamento do tempo e pro-dutividade pessoal do país. Considerado “senhor do tempo”, pela Revista você s/A e Zero hora. É fundador da triad Productivity solutions, consul-

toria multinacional especializada em produtividade e colaboração, desenvolvendo cursos, softwares e consultoria para as maiores empresas do país e do exterior. sua lista de clientes inclui empresas como: Abril, Air Products, santander, brades-co, Gafisa, Mercer, Sanofi Aventis, Tupperware, Ingenico, Toyota, Coca-Cola, Rede globo, Nestlé, entre outros. Christian escreve para vários jornais e revistas nacio-nais e estrangeiros e é autor de você, dona do seu tempo (Editora gente), Estou em reunião (Agir) e mais tempo, mais dinheiro (thomas Nelson brasil), escrito em parceria com o consultor financeiro Gustavo Cerbasi, A tríade do tempo, equilíbrio e resultado, e o mais recente 60 estratégias práticas para ganhar mais tempo (três últimos da Sextante). por Carina vasconcelos

Christian

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Para que o dia renda mais, um passo importante é a organização pessoal. Isso pode ser feito com o simples uso de uma agenda, que pode ser tanto um caderninho de bolso até um programa de computador. Há pes-soas que são mais high-tech, outras, tradicionais, e tem gente ainda que é a mistura dos dois estilos. Inde-pendentemente de sua preferência, é indispensável escolher um tipo de ferramenta que melhor saiba usar. A única ressalva é quanto a fazer ges-

tão de tempo por memória. Muita gente pensa no que precisa fazer du-rante o dia e depois vai executando seus afazeres. Isso não funciona. É preciso descarregar as ansiedades e preocupações em algo.

Quais são os fatores que causam o estresse? A má administração do tempo também pode ser um fator?Uma das formas mais frequentes de uma pessoa entrar no estado de estresse é deixar uma tarefa impor-tante se tornar urgente, assumir compromissos urgentes de qualquer espécie ou adiar tarefas que cedo ou tarde terão de ser executadas.A má administração do tempo é um grande causador estresse. Quanto

mais tempo a pessoa tem para aquilo que realmente gostaria de fazer, menor é quantidade de estresse.

o autoconhecimento é importante para uma boa gestão do tempo?Sim, ajuda muito. Sempre digo que devemos ter um tempo na agenda para nós mesmos. A melhor estratégia para administrar melhor o tempo é colocar você na sua agenda. Isso é, crie compro-missos e tarefas relacionadas a papéis e relacionamentos importantes da sua vida. Crie o papel EU S.A. e planeje ações que possam satisfazer o seu eu, coisas que você gosta e que vão fazer você se sen-tir bem e mais energizado. Se conhecer é o primeiro passo para administrar melhor o tempo.

há diferença da gestão de tempo de homens e mulheres?Tanto homens como mulheres so-frem com a má utilização do tem-po. Na pesquisa que realizei para

o livro Você, dona do seu tempo, com mais de 5 mil mulheres, 78% afirmaram que não têm tempo para sexo e seus relacionamentos. Ou seja, acabam deixando de lado as coisas importantes em função da correria circunstancial em que vivemos. As mulheres têm mais urgências diárias, e elas precisam utilizar esse índice a favor delas, para di-minuí-lo. Para isso, é importan-te entender o porquê a urgência aconteceu e o que poderia ser fei-to para evitá-la em uma próxima oportunidade.

Por que muitas vezes temos dificuldade em terminar algo que começamos?Quando iniciamos uma tarefa que não é importante de fato, sem uma real importância em nossas vidas, mais cedo ou mais tarde iremos desistir. Às vezes, pela urgência do momento, acabamos prometendo coisas, mas que sem uma relevância perderá o sentido completamente com o tempo.Cada pessoa precisa buscar o ver-dadeiro sentido para as coisas que começa. Isso se faz com o coração e não apenas com a razão! A dica é: quando começar algo, pense na relevância além do objetivo: você não está fazendo um curso de inglês, você está garantindo a viagem dos seus sonhos! Você não está de regime, você está na busca de saúde, de um namoro ou da vida! Você não está escrevendo um livro, você está construindo sua próxima casa! Você não está na faculdade, você está garantindo sua realização profissional! Se não

[entrevista]

“Para que o dia renda mais, um passo importante é a

organização pessoal.”

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houver relevância, nem perca seu tempo, pare antes de começar!

Por que a maioria das pessoas deixa para fazer as coisas nos últimos minutos, sob pressão?

A procrastinação é o ato de adiar tarefas e acontece na vida de todo mundo. Sem exceção. Todo mundo procrastina, pelo menos uma vez na vida, pois é de nossa natureza, ninguém é robô, programado para fazer tudo na hora certa.Não há nada errado em procrasti-nar de vez em quando, o problema é quando isso começa a ficar crô-nico e passamos a adiar frequente-mente coisas que não poderiam ser adiadas. Alguns estudos chegam a indicar que procrastinadores são indivíduos mais propensos à de-pressão. Procrastinar de vez em quando não mata ninguém, mas fazê-lo a toda hora pode, literal-mente, atrasar uma vida com re-sultados e equilíbrio.

você vê diferença na gestão de tempo antes e depois das redes sociais?Hoje, a mesma tecnologia que nos enlouquece também pode nos ajudar a nos organizarmos melhor e sermos mais produtivos. Sabendo usar as redes sociais na medida certa, elas podem fazem a diferença na vida pessoal e profissional. O problema é se você está viciado nas redes e dei-xa de fazer coisas importantes, com certeza vai ser bem difícil evoluir. Saber definir limites é vital!

Qual é o papel do líder em relação à produtividade de uma equipe?

Os líderes fazem toda a diferença em uma equipe. Quando compa-ramos uma “equipe ruim” e uma “equipe fantástica”, o líder é a pri-meira ponta. Líderes negligentes não fazem as coisas acontecerem, líderes urgentes matam a produti-vidade da equipe. Líderes egocên-tricos matam o propósito do time. Por outro lado, líderes que supor-tam, dão empowerment, estabe-lecem modelos de comunicação, definem prioridades claras e dão o poder de decisão ao time fazem a coisa acontecer. O líder não preci-sa saber nem resolver tudo, ele pre-cisa dar espaço para a equipe e com isso utilizar o potencial do grupo.

Para ter uma boa produtividade, qual é o melhor foco: sER ou tER?

O segredo da produtividade é enten-der que cada corpo tem um ritmo natural de funcionamento, com mo-mentos de alto e baixo desempenho. Esse é o ciclo natural de produtivi-dade, é preciso saber aproveitar es-ses momentos para obter melhores resultados nas tarefas diárias.Cada um precisa identificar o ritmo natural, descobrindo os horários de maior disposição e desempenho e também os horários de maior cansa-ço e menor produtividade.Assim que é identificado isso, priori-ze as tarefas de maior complexidade ou dificuldade nos períodos de alto desempenho e tarefas rotineiras ou mais simples em períodos de baixa produtividade.

Que características uma pessoa precisa ter para que consiga organizar bem seus horários?

O primeiro passo é saber ter clare-za. Uma das coisas que mais tira a possibilidade da pessoa não ter tem-po no dia é sua incapacidade de sa-ber o que será feito pelos próximos 3 dias ao menos. A falta de previsi-bilidade o coloca em modo reativo, tudo que chega é uma surpresa, que se acumula com a atividade presen-te, gerando mais estresse e correria.

Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores?

Planejar é descobrir um modo de tornar viável todos os seus sonhos, é colocar no papel tudo aquilo que desejamos conquistar, quando che-garemos lá e de que maneira. Há pessoas que parecem ter medo dessa palavra, pois acham que planejamen-to é uma tarefa muito complicada e não sabem como realizá-la. Costu-mo aconselhar as pessoas a experi-mentar uma nova forma de gestão, adequada à própria maneira de agir e de se organizar, e depois ver os re-sultados que terão em suas vidas.

“Clareza é tudo na vida. Clareza de objetivos,

clareza do que fazer, do que não fazer.”

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Capa

por Eduardo Ferraz*

Negociaçãode conflitos

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“um dos princípios básicos pelo qual se deve guiar o bom negociador é o de prever o futuro, mas analisar muito bem o passado.”

Quando comecei a trabalhar em uma multinacio-nal, há quase 30 anos, havia sete níveis hierárqui-cos do presidente ao chão de fábrica. Empresas maiores tinham mais de 10 escalões. Atualmente, a maioria das empresas tem três níveis e isso, por incrível que pareça, aumentou, e muito, a quanti-dade e a intensidade dos conflitos.Em uma hierarquia rígida e com muitos níveis, o chefe manda e o subordinado obedece sem ques-tionar, ou seja, não há negociação e sim cumpri-mento de ordens. Hoje em dia, em uma estrutu-ra mais horizontal, com poucos chefes, escassez de recursos e competição entre departamentos, as pessoas são obrigadas a negociar desde coisas mais complexas – como uma mudança na estra-tégia –, até as mais simples – como uma troca de mesa. Nas ditaduras, há poucos conflitos porque se debate pouco e quem discorda é preso, exilado ou morto. Nas democracias, todos têm direito de opinar, o que aumenta, paradoxalmente, a chance de conflitos e rupturas.Negociar bem, portanto, virou questão de so-brevivência e crescimento na vida profissional. Quer um exemplo? Quantas, das 10 decisões mais importantes – pessoais e profissionais –, que você tomou em 2013 foram decididas unica-mente por você? Provavelmente, poucas (mes-mo que você seja o presidente da sua empresa), já que precisou debater, ouvir muita gente, con-tornar objeções e refazer cálculos antes de final-mente decidir.Na prática, “negociação é o processo pelo qual

pelo menos dois lados, com diferen-tes percepções, necessidades e moti-vações, tentam concordar sobre um assunto de interesse mútuo”. Um dos princípios básicos pelo qual se deve guiar o bom negociador é o de pre-ver o futuro, mas analisar muito bem o passado. Deve-se analisar o modo como os outros reagirão à sua pro-posta, como você vai readaptar seus argumentos e assim por diante.

Etapas da negociação:As pesquisas têm mostrado que o processo de negociação passa por pelo menos seis etapas im-portantes:

1. Preparação 2. Criação de vínculo3. Checagem4. Apresentação 5. Clarificação6. Fechamento

1. PreparaçãoÉ disparadamente a etapa mais importante e, infelizmente, a mais relegada pelo negociador brasileiro. Se você tem uma negociação que deve durar uma hora, deveria gastar no mínimo três horas no processo de preparação, que tem seis fa-ses. Vamos a elas:

Eduardo Ferraz é consultor em gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consul-torias “in company”, com aplicações práticas da Neurociência comportamental, possuindo mais de 30.000 horas de experiência prática. É pós-graduado em Direção de Empresas, especializado em Coordenação e Dinâmica de grupos e autor do livro “Por que a gente é do jeito que a gente é?”, da Editora gente. Para mais informações, acesse: www.eduardoferraz.com.br

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1.1. Analise seu estilo É fundamental que você conheça seu estilo como negociador. Em que áreas você se destaca? Você é agressivo ou cordial? Extrovertido ou tímido? Cal-mo ou impaciente? Detalhista ou criativo? Você terá que ser coerente com seu estilo, pois ninguém consegue manter um personagem por muito tem-po. Certamente, você terá que se adaptar nas dife-rentes negociações, mas precisa manter uma con-duta confiável e previsível ao longo dos anos para adquirir credibilidade e respeito.

1.2. Analise o estilo de seu oponenteConheça muito bem a pessoa com quem vai nego-ciar e levante o máximo possível de informações.Quem é ele? Do que precisa? Qual é seu estilo? Como funciona sob pressão? Como foram suas últimas negocia-ções? O que ele acha de você? Quais são seus principais argu-mentos? O que é indispensável para ele? Qual a visão que ele tem da situação? Ele tem poder para fechar o negócio? Quando você es-tuda muito bem com quem vai lidar, se livra de surpresas e desapontamentos.

1.3. Estipule metas mínimas e máximasO que você gostaria de conse-guir, como ideal e qual o mínimo necessário? A distância entre o ideal e o mínimo constitui sua margem de negociação, que, quanto mais ampla, maior flexibilidade lhe dará ao longo do processo.É incrível a quantidade de pessoas que não esta-belecem uma margem de negociação. Sempre es-truture seus limites para cima e para baixo antes de a negociação começar.

1.4. Estude os interesses da outra parteSe você quer conseguir bons acordos, precisará analisar as necessidades, motivações e expectati-vas da outra pessoa. Muita gente “esquece” que seu oponente também é inteligente e tem interesses muitas vezes contrários aos seus. A negociação será sempre mais fácil se mostrarmos que o que vai ser proposto também vai ao encontro do que a outra pessoa deseja.

1.5. Prepare concessõesQualquer negociação envolve trocas de conces-sões. Se você não estiver disposto a fazê-las, o pro-cesso se radicalizará. Estude com antecedência que concessões está disposto a fazer.Eis três pontos importantes a considerar:Não conceda nada facilmente, pois, do contrário,

a outra parte não dará valor e vai pedir mais.Peça algo em tro-ca de cada con-cessão que fizer.Dinheiro não é a única moeda que interessa ao seu oponente. Po-der, segurança, aprovação social ou atenção po-dem ser até mais importantes.

1.6. Prepare-se para resolver conflitosOs grandes negociadores demons-tram uma característica muito im-portante: a capacidade de antecipar

reações negativas. Isso significa se preparar para lidar com impasses e conflitos que são muito co-muns. Eis três dicas a serem usadas quando ocor-rerem conflitos:Proponha uma pausa e não force a barra.Sugira deixar para mais tarde o assunto causador do impasse e escolha um tópico pouco conflitante.Procure não responder a agressões com outras agressões; mantenha a negociação no plano racional.

Capa

“É fundamental que você

conheça seu estilo como negociador.”

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13NRespostasmarço / abril 2014

“Quanto mais ouvir, mais informações você terá e menores serão as possibilidades de conflitos pela divergência de pontos de vista.”

2. Criação de vínculoÉ normal que, ao se iniciar uma negociação rele-vante, as pessoas fiquem tensas, principalmente se você não teve tempo de estudar seu oponente ou se for o primeiro contato entre ambos. Para isso, é fundamental se colocar no lugar da outra pessoa. Compreender como o outro funciona mentalmente aumenta muito sua capacidade de persuasão – que começa com a habilidade de ou-vir e não com a de falar. A fase de vínculo pessoal tem o objetivo de criar um clima descontraído e amistoso. Procure con-versar sobre hobbies, família, viagens ou qualquer assunto que seja de interesse mútuo. Conforme as pessoas relaxam, perdem o medo, diminuem as barreiras e atenuam as desconfianças.

3. ChecagemEsta etapa costuma ser ignorada pelo negociador, pois quase sempre ele presume que já sabe tudo a respeito do outro e também por causa da ansiedade de apresentar logo sua proposta. O objetivo desta fase é sondar, através de perguntas abertas, se ne-cessidades, expectativas, motivações que você ana-lisou na fase da preparação estão corretas. Além de fazer perguntas adequadas, você precisa fazer com que o outro se sinta bem e compreendido. Diga por que você quer fazer perguntas, pois não sabendo o motivo ele poderá ficar desconfiado e se fechar, privando-o de informações importantes. Use sempre perguntas abertas: Quem – Como – Que – Qual – Onde – Por que – Quando – Quan-to. Use a expressão “Me fale mais...” quando a pes-soa desenvolver pouco a resposta. O negociador deve assumir nesta etapa a postura de ouvinte. Quanto mais ouvir, mais informações você terá e menores serão as possibilidades de con-flitos pela divergência de pontos de vista.

4. ApresentaçãoFinalmente chegou a hora de apresentar sua pro-posta. Nela, você precisa mostrar que suas ideias, produtos ou serviços também atendem aos inte-resses, necessidades e expectativas da outra parte. Convém ressaltar que as pessoas são muito mais persuadidas pelas crenças e emoções do que pela lógica. Por isso, é fundamental que seus argumen-

tos sejam coerentes com as necessida-des do outro negociador. Se ele não conseguir entender “o que eu ganho com isso”, sua proposta entrará por um ouvido e sairá pelo outro.

5. ClarificaçãoPor melhor que tenha sido sua apresentação, sempre restarão dúvidas. Este é o momento de esclarecê-las. Uma boa pergunta para se iniciar a clarificação será: “Algo do que eu disse não fi-cou suficientemente claro?” Você está assumindo a responsabilidade. Evite perguntas como: “O que você não entendeu?” (o outro teria que assumir a própria “ignorância”). Na maioria das vezes, obje-ções representam interesse – “quem desdenha quer comprar”. Quanto mais dúvidas, maior o interesse. Assuma mais uma vez a postura de ouvinte, anote tudo e esclareça todos os pontos com paciência e concentração. Tome muito cuidado para não pa-recer impaciente, arrogante ou agressivo, já que, nesse momento, você provavelmente estará bas-tante cansado e com um nível de tolerância muito mais baixo que no início da conversa.

6. FechamentoSe as fases anteriores foram bem desenvolvidas, certamente esta etapa será muito mais fácil. Uma vez fechado o acordo, não se esqueça de documentá-lo, seja por contrato, preenchimento do pedido, ou simplesmente uma assinatura. Fica muito mais difícil desistir depois que houve qual-quer tipo de formalização.

Se você seguir este roteiro, verá que suas negocia-ções e acordos serão muito mais positivos, inclusi-ve para a outra parte.

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“A geração Z evelhecerá a

geração y mais rapidamente que esta envelheceu

as que antecederam.

Porque está aumentando a velocidade da

mudança.”

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Responde:

Dado Schneider@dado4314

Gerações

Pergunta @leitor_nrespostas Como o “fator digital” influencia no poder das gerações?

DadoSchneider @dado4314 O choque de gerações parece estar aumentando. Para melhor en-tendê-lo, é preciso descobrir as diferenças entre elas. Não são pou-cas. São profundas.

DadoSchneider @dado4314 Geração Z: deste milênio. Geração Y: 1981 a 2000. Geração X: 1962 a 1980. Geração Baby Boomer: 1945 a 1961. Geração Silenciosa: antes de 1945.

DadoSchneider @dado4314A Geração Silenciosa demorou a entregar o poder para os Baby Boomers: há 30 anos, o poder ficava na mão de quem tinha entre 65 e 80 anos. Velhos.

DadoSchneider @dado4314 Há 30 anos, os presidentes de países e de empresas eram Ronald Regan, Roberto Marinho/Globo, Amador Aguiar/Bradesco. Todos acima de 70 anos.

DadoSchneider @dado4314 Hoje, Geração Baby Boomer divide o poder com a Geração X: quem comanda países e empresas tem entre 40 e 65 anos: Obama, Dilma, Larry Page...

DadoSchneider @dado4314 Daqui a 20 anos, será que a Geração Y estará no poder? Será que a Geração Z terá paciência para esperar tanto até assumir o poder? Perigo, “Y” !

DadoSchneider @dado4314 Com a vida digital, a Geração Y envelheceu os Baby Boomers e a Geração X mais rapidamente que estes envelheceram a (velha) Geração Silenciosa..

www.nrespostas.com.br14 NRespostas

Page 15: N Respostas 32

15NRespostasmarço / abril 2014

Dado Schneider é graduado em Comu-nicação e pós-graduado em Marketing pela uFRgs, mestre e doutor em Comunicação pela PuCRs; tem 35 anos de experiência em empresas como Claro, Dm9, Rbs,mPm; tem 28 anos de experiência como professor da uFRgs, PuCRs, univ. Fernando Pessoa (Porto/Portugal) e EsPm; hoje, é consultor de Comunicação e palestrante nacional.

DadoSchneider @dado4314A Geração Z envelhecerá a Geração Y mais rapidamente que esta envelheceu as que a antecederam. Porque está aumentando a velocidade da mudança.

DadoSchneider @dado4314 Talvez, a Geração Y sinta-se mais velha antes mesmo de sua meia-idade. É um paradoxo, mas isso será obra da Geração Z, que virá atropelando todos.

DadoSchneider @dado4314 As Gerações X e Baby Boomer têm mais ou menos o mesmo problema em relação à prepotência da Geração Y: não engolem isso facilmente. Mas existe.

DadoSchneider @dado4314 As Gerações X e Y terão de se entender logo, pois vem aí a Geração Z! E esta fará as anteriores se identificarem imediatamente – contra a “Invasão Z”.

DadoSchneider @dado4314 Ao longo das décadas, todas as Gerações seguintes acabam atropelando e envelhecendo as que antecedem-nas. Mas desta vez há “o fator digital”!

DadoSchneider @dado4314 A Geração Z já nasceu mexendo no computador. Ela não se lembra da entra-da do computador em sua vida porque ele já estava lá em seu nascimento.

DadoSchneider @dado4314 As Gerações X e Y foram apresentadas ao computador. Assim como a Gera-ção Silenciosa, que antecedeu os Baby Boomers, viu chegar a televisão.

DadoSchneider @dado4314 As Gerações X e Y, além de parte da Geração Baby Boomer, não se lembram da entrada da TV em suas vidas porque ela já estava lá quando nasceram.

DadoSchneider @dado4314 Na chegada do homem à Lua, a Geração Silenciosa vibrava e os Baby Boo-mers achavam aquilo normal porque já estavam acostumados com a NASA.

DadoSchneider @dado4314 A Geração Z já está acostumada a decepar bracinhos e cabeças nos games desde que nasceu. A violência é banal para eles. Como ela será no trabalho?

DadoSchneider @dado4314 Na sua MÉDIA (atenção: MÉDIA), a Geração Y não é tão culta/bem informada como a X e os Baby Boomers. E não é tão 100% digital como a Geração Z.

DadoSchneider @dado4314 Se daqui a 20 anos o poder estiver na mão de quem tiver entre 25 e 35 anos? A Geração Y não estará mais no poder? E quanto tempo ela mandará?

DadoSchneider @dado4314 Os próximos 25 anos nos reservam grandes surpresas nas movimentações entre as Gerações. Poucos da X e quase nenhum Baby Boomer terá poder.

15NRespostasmarço / abril 2014

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www.nrespostas.com.br16 NRespostas

Seguindo a tendência mercadológica e pelos acontecimentos do nosso país, o marketing esportivo está em voga e a todo vapor neste ano de 2014 e com continuidade nos próximos anos até 2016. O Brasil sediará dois dos maiores eventos esportivos do mundo. O esporte é um dos fenômenos de integração mais eficientes em todo o mundo, é algo que envolve a todos os credos, dis-tâncias e etnias. E o segredo de

encantar esse público é a missão das em-presas, marcas e produtos a partir de agora. Por isso, o cenário do momento é o inves-

timento em marketing esportivo. Todos os profissionais da área estão em busca de mais conhecimento sobre essa ferramenta de co-municação e as agências de marketing estão correndo atrás de inovações e diferenciais para ganharem seus espaços e descobrirem o segredo.A Copa das Confederações realizada em 2013 foi um teste, mas já contou com investimen-tos altos de grandes marcas como Garoto, Ambev, Sony e muitas outras. Estima-se que o investimento das Confederações e Mundial possa gerar uma receita de US$ 1,5 bilhão para a Fifa, o que nos faz acreditar que para 2014 o custo estimado para as “ativações” das marcas – ações publicitárias, ações pro-

“A Copa das Confederações

realizada em 2013 foi um

teste, mas já contou com

investimentos altos de grandes

marcas.”

esportivoMarketing

Mar

ketin

g

Responde:

Andréia [email protected]

A Copa de 2014 chegou, e agora?

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17NRespostasmarço / abril 2014

mocionais e trade – seja triplicado. E veja, estamos fa-lamos apenas dos patrocinadores ofi-ciais: Coca-Cola, Adidas, Hyundai- Kia Motors, Sony, Visa, Budweiser, Johnson&Johnson, Seara e Yingli.

O que não impede que as pequenas marcas, as regionais, também invistam e aproveitem esta oportunidade, as empresas e as agências preci-sam ser criativas, para aproveitar o “bum” do momento, e inteligentes. Devo citar que existem algumas leis que regulamentam o marketing de emboscada por associação e intrusão e quando não atendidas punem com detenções de três me-ses a um ano ou multa. Mas com a alegria dos brasileiros, tenho certeza que os profissionais en-contrarão belíssimas saídas para expor suas mar-cas e proporcionarem ao mundo experiências in-

críveis através de ações do marketing esportivo.Com isso, a missão dos empresários é preparar suas equipes, alinhar suas estratégias e ir à guer-ra para conseguir um espaço neste meio que será o mais disputado do momento. E a nossa missão será a de comprar os ingressos e aproveitar essa grande novidade que está por vir.

Andréia Azevedo é formada em Ciências da Computação, com mbA em Gestão de Negócios e Gestão de Pessoas pela FGV. Atuou durante 5 anos na área de tecnologia e desde 2001 atua na área de Recursos humanos, onde ocupou os cargos de analista de informações gerenciais, coordenador de Rh, gerente de remuneração e benefícios e gerente de educação corporati-va, atuando em todos os subsistemas de Rh, como: administração de pesso-al, recrutamento e seleção, cargos e salários, benefícios, gestão de saúde, treinamento, endomarketing, relações trabalhistas, medicina e segurança do trabalho, contencioso trabalhista e qualidade de vida. Desenvolveu e implantou programa de qualidade de vida, avaliação de desempenho, pes-quisa de clima, escola corporativa e e-learning. Desenvolveu sua carreira em empresas multinacionais e nacionais, como Politec, Datamec, EFAtEC, iNtRust Consultoria e Caixa seguros. Palestrante e consultora na promo-ção da saúde e da qualidade de vida e endomarketing nas organizações bra-sileiras pelo ibQv. Atualmente, proprietária e Diretora Executiva da sisters Promoções e Eventos, empresa especializada em desenvolver estratégias diferenciadas para aplicação do marketing promocional, endomarketing, trade marketing, marketing de relacionamento e marketing direto. E desde 2012 está à frente do grupo 4s Comunicação integrada, grupo de empresas especializadas em levar soluções em marketing aos seus clientes. o grupo oferece solução em publicidade, através da sabah Publicidade, solução em marketing promocional, através da sisters, solução em marketing digital, através da santo Click, e solução em audiovisual, através da strong sound.

“A missão dos empresários é preparar suas

equipes, alinhar suas estratégias

e ir à guerra para conseguir

um espaço neste meio que será o mais disputado do momento.”

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www.nrespostas.com.br18 NRespostas

A vida é uma grande universidade, mas pouco ensina a quem não sabe ser um aluno... Ser feliz não é ter uma vida isenta de

perdas e frustrações. É ser alegre, mesmo se vier a chorar. É viver intensamente, mesmo no leito de um hospital. É nunca deixar de sonhar, mes-mo se tiver pesadelos. É dialogar consigo mes-mo, ainda que a solidão o cerque. É ser sempre jovem, mesmo se os cabelos em-branquecerem. É contar histórias para os filhos, mesmo se o tempo for escasso. É amar os pais, mesmo se eles não o compreenderem. É agrade-cer muito, mesmo se as coisas derem errado. É transformar os erros em lições de vida. Ser feliz é sentir o sabor da água, a brisa no rosto,

o cheiro da terra molhada. É ex-trair das pequenas coisas grandes emoções. É encontrar todos os dias motivos para sorrir, mesmo se não existirem grandes fatos. É rir de suas próprias tolices. É não desistir de quem se ama, mesmo se houver decepções. É ter amigos para repartir as lágri-mas e dividir as alegrias. É ser

um amigo do dia e um amante do sono. É agra-decer a Deus pelo espetáculo da vida... Quais dessas características você possui? Quem conquista uma vida feliz? Será que são as pessoas mais ricas do mundo, os políticos mais podero-sos e os intelectuais mais brilhantes? Não! São os que alcançam qualidade de vida no palco de sua alma. Os que se libertam do cárcere do medo. Os que superam a ansiedade vencem o mau humor, transcendem os seus traumas. São os que aprendem a velejar nas águas da emoção. Você sabe velejar nessas águas ou vive afundan-do?

ALVOS ERRADOS PARA SE ALCANÇAR UMA VIDA FELIZ Os nossos maiores problemas não estão nos obs-táculos do caminho, mas na escolha da direção errada...

O DINHEIRO E A FELICIDADE O dinheiro pode nos dar conforto e segurança, mas ele não compra uma vida feliz. O dinheiro compra a cama, mas não o descanso. Compra bajuladores, mas não amigos. Compra presentes para uma mu-lher, mas não o seu amor. Compra o bilhete da fes-ta, mas não a alegria. Paga a mensalidade da escola, mas não produz a arte de pensar. Você precisa con-

“Quem conquista uma vida feliz?

será que são as pessoas mais

ricas do mundo, os políticos mais

poderosos e os intelectuais mais

brilhantes?”

ser feliz?O que é

Inteligência emocional e profissionalau

gust

o Cu

ry

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19NRespostasmarço / abril 2014

quistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário.

A FAMA E A FELICIDADE O sucesso no trabalho, na es-cola, na realização das metas é fundamental para a qualidade de vida. Mas a fama que acom-panha o sucesso não produz a

felicidade! A fama produz aplausos, mas não a alegria. Produz o assédio, mas não elimina a solidão. A fama pode se tornar uma armadilha para uma vida feliz, pois evapora a simplicidade, esmaga a sensibili-dade, invade a privacidade. Há muitos famosos tristes e deprimidos. Lute pelo sucesso e não pela fama. Se a fama vier, dê pouca importância a ela.

A CULTURA ACADÊMICA E A FELICIDADE A cultura acadêmica nutre a inteligência, mas não é o alicerce de uma vida feliz. O aluno sai da escola conhecendo o mundo exterior, mas desconhecendo

o anfiteatro de sua mente. Ele sabe discursar sobre o mundo físico, mas não sabe falar de si mesmo. É um gigante na ciência, mas um frágil menino diante de suas perdas e desafios. O mundo acadêmico está em crise. Ele dá diplomas, mas não prepara os jovens para a escola da vida. Você está preparado apenas para as vitórias ou também para as derrotas?

“você precisa conquistar

aquilo que o dinheiro não

compra. Caso contrário,

será um miserável, ainda que

seja um milionário.” Augusto Cury é médico, psiquiatra e escritor. É pesquisador na área de qualidade

de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado. Atualmente, é publicado em mais de 50 países.

Conheça o novo best seller de Augusto Cury:

Dez leis para ser felizAugusto CuryEditora sextante

ser feliz não é ter uma vida perfeita. ser feliz é reco-nhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desa-fios, perdas e frustrações.ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tor-nar autor da própria história.Este livro, do psiquiatra e escritor Augusto Cury, autor de você é insubstituível, traz uma grande lição para todos nós. Suas Dez leis para ser feliz são ferramentas essenciais para quem quer encontrar esperança na dor, força no medo e amor nos desencontros. ser feliz é uma conquista e não obra do acaso.

HÁ QUASE 200 ANOS, O NOSSO NEGÓCIOÉ O FUTURO.Ser a primeira seguradora do Brasil nos trouxe muitas oportunidades. Uma delas foi evoluir junto com a demanda das pessoas e empresas por proteger seu futuro fi nanceiro.

Com isso, criamos um portfólio de soluções completas em seguros de vida, previdência e investimentos.

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www.nrespostas.com.br20 NRespostas

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1

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4

1. Palestrantes com os convidados da área viP.

2. hans e valéria Donner assistem a palestra de oscar schmidt.

3. Projeto N social contempla o instituto Ápice Down.

4. Convidados na Área viP.

5. Auditório lotado no último Top 10 Empresarial de 2013.

6. Associados ao Clube N prestigiaram o momento em que a N Produções alcançou 100.000 pessoas nos eventos.

7. hans Donner em sua palestra sobre inovação e Criatividade.

8. oscar schmidt em sua palestra A Construção do sucesso.

9. Convidadas na área viP do top 10 Empresarial.

10. Convidados viPs e o palestrante joão kepler.

11. César Frazão ministrando sua palestra sobre vendas por e-mail e telefone.

12. joão kepler em sua palestra sobre vendedor Digital.

N Flashes

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21NRespostasmarço / abril 2014

5 7 98

Fotos: telmo Ximenes

10 11 12

“Uma organização impecável, o melhor local para eventos do Bra-

sil, palestras 100% práticas que geram não apenas informações e

sim novos conhecimentos e atitu-des são algumas das marcas da N Produções.E além do TOP 10, a

N Escola de Gestão hoje repre-senta uma qualificação profissio-

nal extraordinária para quem sabe que é preciso sempre evoluir

para se manter competitivo.”

Eduardo TevahEspecialista em Gestão de Pessoas

e Palestrante

Diego GuedesGestor de Negócios

Dr Colchão

Marcos ElandSócio Diretor

Expresso Service

“O objetivo de qualquer empre-sário bem intencionado é gerar

valor para sua empresa e para os seus clientes. O Clube N possi-bilita que encontremos pessoas

com esta mesma perspectiva. Criando oportunidades de

networking, podemos trabalhar juntos na geração de valor para nossa sociedade tão carente de

pessoas de decisão bem intencio-nadas e comprometidas.”

“Há seis meses faço parte do Clube N e sempre sou surpreendido com o nível

de excelência que a N Produções coloca em seu trabalho, sempre observando os mínimos detalhes de cada evento. O Clube N está me proporcionando

a oportunidade de conversar e trocar experiência com gestores e empresários

de diversos segmentos, tem sido uma grande fonte de captação de ideias e

parcerias. Sou parceiro incondicional da N Produções!”

o que eles dizem da N Produções:

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www.nrespostas.com.br22 NRespostas

Etc por Carina vasconcelos[entretenimento, trabalho, casa]

Entretenimento: filme Steve Jobs

O filme conta a história do incrível Steve Jobs, representado pelo ator Ashton Kutcher, que sofreu rejeição enquanto estava no colé-

gio mas tornou-se um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia.

A trama conta como foi essa história de

sucesso, desde o autodescobrimento de Steve Jobs, os obstáculos encontrados, a relação

com Mike Markkula, primeiro executivo a acreditar na visão de Jobs e investir na Apple e a relação com Steve Wozniak, criador dos

computadores da Apple, além da vida social do empresário.

Informações do Filme:

Título Original: JobsAno de lançamento: 2013

Distribuidora: Imagem FilmesDireção: Joshua Michael Stern

Novidade: Tablet HPtablets capazes de realizar ligações telefônicas

Batizados como Slate6 Voice Tab e Slate7 Voi-ceTab, os novos tablets da HP tem o objetivo de unir as qualidades de smartphones e tablets em um dispositivo só.

Especificações técnicas:

Sistema operacional Android 4.2Tela de 6 polegadas (720p) ou 7 polegadas (1280x800 pixels)Processador quad-core não identificadoArmazenamento interno: 16 GBEntrada para cartões micro SDCâmera traseira de 5 MPCâmera frontal de 2 MP

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23NRespostasmarço / abril 2014

O ano de 2014 se inicia no meio jurídico com a ex-pectativa de aprovação e entrada em vigor do novo Código de Processo Civil.Com a sua última edição nos idos de 1973 – revisado por itens pontuais –, o novel código se anuncia como o bálsamo para a lentidão do nosso Judiciário, ao re-duzir a possibilidade de recursos e atribuir maior po-der decisório aos Juízes de 1ª Instância.É evidente que a diminuição do número de re-cursos dará um pouco mais de celeridade ao fei-to, mas acreditar que apenas isso se configurará numa expressiva mudança no tempo de duração dos processos é pura falácia.Senão, vejamos, a lentidão do nosso Judiciário pode ser creditada à incapacidade do Estado bra-sileiro em servir aos seus cidadãos, como o é na saúde, na educação e na segurança e nas demais áreas sob sua responsabilidade.Há uma falta total de planejamento, estratégia, in-vestimento, avaliação e cobrança daqueles que mili-tam no meio jurídico.Hoje, no processo, só há prazo para os advogados, que precisam se desdobrar para cumpri-los. Qual é a explicação para que os órgãos estatais te-nham prazos fixados em dobro e até quádruplo do prazo concedido aos advogados? Qual é a explicação para que processos fiquem anos com juízes para se-

rem sentenciados? Anos em gabinetes de tribunais? Ora, é evidente que um novo Códi-go Civil não acabará com tais aberrações.É preciso que o Estado invis-ta em tecnologia, em pessoal, estipule metas, cobre objeti-vos e possa eliminar dos seus quadros os incompatíveis ou incompetentes.Os magistrados precisam ser menos formalistas – como aceitar que um processo seja extinto por não constar na guia de custas o número do processo??? Eviden-te que tal decisão será atacada com um recurso, que inexistiria se a causa de fundo fosse apreciada.Fica evidente que uma justiça célere depende mais das pessoas que dela participam do que a mudança de códigos, ainda que tal mudança seja salutar para todos.Lutemos todos por uma justiça mais célere!!!

Rivaldo Lopes é advogado, sócio da Teixeira e Lopes Advogados Associados. Formado em santos e radicado em brasília desde 1995, atua na capital desde 1997 realizando trabalhos no ramos de Direito, oferecendo agilidade, seriedade e presteza a seus clientes.

mais célere!Por um Judiciárioo que é preciso para termos mais agilidade no meio jurídico?

“É preciso que o Estado invista em tecnologia, em pessoal, estipule metas, cobre objetivos e possa eliminar dos seus quadros os incompatíveis ou incompetentes.”

Responde:

Rivaldo [email protected] O

pini

ão Ju

rídi

ca

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www.nrespostas.com.br24 NRespostas

Vend

as

Que a venda deve ser consultiva em uma era onde este serviço agrega mais valor que o produ-to é indiscutível, mas venda consultiva é aquela voltada a entender as necessidades e problemas dos clientes, não um simples processo catequi-zador voltado apenas ao cumprimento de metas.

Que tipo de venda consulti-va é essa que parte dos pro-dutos/serviços em direção às necessidades do cliente e não destas como fontes legí-timas de origem?Venda consultiva, tal qual vem sendo equivocadamen-te praticada no mercado, funciona assim: “você, clien-te, me diz o que você acha

que precisa e eu vou adaptar, qualquer que seja o caso, o seu problema para ser, ao menos, apa-rentemente resolvido por um dos meus produ-tos/serviços disponíveis, independentemente de serem os mais adequados.”Tente comprar um plano telefônico móvel empresarial e seja atendido por um “consultor de vendas”…Você precisa de 5 linhas telefônicas cuja média de utilização não ultrapassa os 250 minutos e ele vai concluir, após “minuciosos cálculos”, que você precisa assinar 15 linhas para que a soma dos minutos de cada uma dessas assina-turas se reverta em favor da linha mais usada, além do fato de que suas linhas falam entre si a custo zero, blá, blá, blá...Faça as contas e você facilmente descobrirá

que, na pessoa física, as 5 linhas que você precisa custam, em assinatura, apenas duas das quinze que seu “con-sultor” diz que você precisa. Alias, tente encontrar o consultor no pós venda para fazer alterações ou cance-lamentos... Já sabe, não é?Qual foi a última vez em que um con-sultor de investimentos financeiros, gentilmente solicitado pelo gerente do seu banco, lhe ofereceu uma apli-cação que fosse ao menos tão interes-sante para você quanto as metas que

A “venda consultiva”contraria o marketing

e decreta o fim do negócio

Qual é a relação da “venda consultiva” com o marketing?

Responde:

Carlos Hilsdorfwww.carloshilsdorf.com.br

“Felizes as empresas que entendem e praticam os

fundamentos de um autêntico marketing

e cuja força de vendas atua,

verdadeiramente, de forma consultiva.”

Page 25: N Respostas 32

25NRespostasmarço / abril 2014

ele tem que bater mensalmente? Alguém lhe ofe-receu recentemente VGBL como alternativa de investimento e diversificação em ações, sendo seu perfil conservador?O que aconteceu depois? O pior período do mer-cado de ações em muito tempo, e o VGBL, que não é investimento, perdendo para a poupança.Lembra das duas últimas fantásticas opções de investimento que seu corretor imobiliário apre-sentou a você?Consultores? Venda consultiva?Onde está o marketing que não percebe que essas práticas estão arruinando a credibilidade do negócio?Onde está o marketing que deve zelar pelo pa-trimônio institucional, valor de marca e fideliza-ção de clientes?Imediatismo e canibalismo comercial disfarça-dos em uma consultoria de vendas que desconsi-dera o cliente como um agente a ser encantado e fidelizado é a definição de um antinegócio. Isso é antimarketing e vem se tornando um processo

crônico no mercado.Felizes as empresas que entendem e praticam os fundamentos de um autêntico marketing e cuja força de vendas atua, verdadeiramente, de forma consultiva.Afinal, em uma era em que a tônica é a sustentabilidade, ga-rantir o almoço sem saber se existirá um jantar, ou qualquer outra “refeição” futura, é uma total insanidade.Traga o cliente de volta ao negó-cio antes que ele perceba que o negócio pode ser definitivamente esquecido!

Carlos Hilsdorf é economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Considerado um dos melhores palestrantes do brasil na atualidade. Palestrante dos Con-gressos mundiais de Administração (Alemanha e itália). Autor do best seller Atitudes vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e do sucesso 51 Atitudes Essenciais para vencer na vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano. site: www.carloshilsdorf.com.brFacebook: www.facebook.com/carloshilsdorf

SistersMarketingeComunicacao @agenciasisters wwww.agenciasisters.com.br 61 3327-2208

“imediatismo e canibalismo comercial disfarçados em uma consultoria de vendas que desconsidera o cliente como um agente a ser encantado e fidelizado é a definição de um antinegócio.”

Page 26: N Respostas 32

www.nrespostas.com.br26 NRespostas

Nas últimas semanas, recebi e-mails me pe-dindo para falar sobre como lidar com homens machistas que não aguentam o sucesso da na-morada. Lá vamos nós nesse infinito desafio. Afinal, o relacionamento entre homens e mulheres é um tema complexo, que renderia uma enciclopédia. Aqui, alguns as-pectos que tenho observado.O triunfo profissional feminino está abalando como nunca os re-lacionamentos afetivos. E lanço já um motivo fundamental: a mulher, que antes buscava prin-cipalmente segurança, passou a poder procurar amor. A partir

do momento em que ela conseguiu autonomia, ganhou passe livre para achar um companheiro de verdade. E, cá entre nós, muitos marmanjos não foram educados para dar amor nem acei-

tam bem quando deixam de ser o provedor financeiro. Ainda são poucos os namorados e ma-ridos que aprenderam a aplaudir o sucesso de sua parceira. O mais comum é terem inveja do brilho dela e não perderem uma oportunidade de alfinetá-la em público.O machão do século 21 precisa acordar: a mulher não se con-tenta mais em ser a bela ador-

Dicas de campeãoRo

bert

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shik

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“Acho importante ver que os homens —

inclusive eu — precisam

evoluir bastante

para chegar à altura

dos novos desafios que o viver a dois

impõe.”

Os homens sucesso e o seu

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27NRespostasmarço / abril 2014

mecida à espera do príncipe encantado. Quer ser dona da própria vida. Porém, deseja ter um amigo com quem compartilhar suas conquis-tas. Infelizmente, para muitos candidatos ao posto, a carreira bem-sucedida da namorada é um sinal de que ela não depende dele e, sem essa amarra, acabará deixando-o. Bobagem, pois é muito mais fácil uma mulher que pro-cura segurança trocar de amor do que outra independente. O que muda é que a segunda não admite ficar com alguém que não se ga-ranta ao lado dela.Agora, essa relação não tem só um culpado. Vejo que muitas de vocês não administram o próprio sucesso com tranquilidade. Boa parte ainda se sente explorada por acreditar que o dinheiro do homem deve ser a base do orça-mento do casal, e o dela... dela, ora. Até mes-mo numa viagem, não pensam que, se ganham mais, é justo ficarem com a fatia maior do bolo de despesas.Há pouco tempo, um amigo me contou que viajou para o exterior com a nova namorada, gerente de marketing de uma grande empre-sa. E ela não dividiu sequer a conta de um lan-che. Só colocou a mão na carteira para fazer compras sozinha. Ele não tem problemas fi-nanceiros, mas interpretou o comportamen-to dela como uma dificuldade em dividir as coisas. E você? Sente orgulho do seu amor mesmo quando o salário dele fica abaixo do seu? O que passaria pela sua cabeça se ele fos-se menos culto?Num relacionamento afetivo, os dois são res-ponsáveis pelo que acontece. Quando você acha que ele é o único culpado pelos proble-mas, algo está muito errado. Assim como não funciona se martirizar. Além disso, acho im-portante ver que os homens — inclusive eu — precisam evoluir bastante para chegar à altura dos novos desafios que o viver a dois impõe. Então, reflita se não está sendo dura demais com o seu. Observe como ele trata a insegu-rança. Conversa sobre isso? Mostra vontade de mudar? Se a resposta for sim, merece todas as

chances. Aproveite o seu su-cesso sem paranoias enquanto dá tempo a ele de também se realizar nos próprios proje-tos. Provavelmente perceberá que as coisas que nos trazem felicidade são gratuitas: noite de estrelas, olhar de cumpli-cidade... Casais que sabem curtir o amor já descobriram que o êxito financeiro não pode ser um obstá-culo intransponível.Agora, se chegou à conclusão de que o cara do seu lado não aprendeu a investir no amor e a va-lorizar uma mulher especial como você, repita o que fez com aquele chefe incompetente: demita--o sem piedade. O fato de esse homem ser um burro é problema dele, mas namorar um sujeito desses é sinal gravíssimo de baixa autoestima. Preserve a sua cotação no mercado.

Um grande abraço,

Roberto ShinyashikiO seu sucesso é o meu sucesso

Visite-nos:@EditoraGentefacebook.com/editoragentebrwww.editoragente.com.br

Autoajuda

Em uma época na qual é tão comum se sentir perdido, vemos que a infelicidade e o desânimo se tornaram as coisas mais democráticas do mundo: quase ninguém escapa deles. Tanto para os jovens quanto para os mais experientes, é comum sen-tir que a empolgação muitas vezes se perde nos cantos do cotidiano e da rotina. Tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver a vida.

Chega um momento em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra nem se encontra no fundo de uma sacola de roupas ou naquele pedaço de bolo de chocolate. Falta... paixão.

Em seu novo livro, Roberto Shinyashiki não promete nada, só toda a felici-dade do mundo.

Isso mesmo, você leu certo.De alguma forma, nossa loucura e nossa paixão podem ter se perdido, mas

uma vida prazerosa e cheia de energia é um desejo da alma que ninguém deveria ignorar por muito tempo.

Aqui você é convidado a realizar o impossível: aquele projeto que sempre viveu guardado no coração, o emprego que vale a pena e valoriza os seus talen-tos, o relacionamento de fazer andar nas nuvens. Entenda como tudo isso está só esperando pelo seu primeiro passo e deixe o autor mostrar como dar esse salto.

Descubra que você tem tudo para ser louco por viver. A vida não é uma, a vida é muitas. E a sua está prestes a se reinventar.

A maior aventura desta vida é viver apaixonadamente!

Só que você pode dizer: “Não dá... A mi-nha vida está cheia de problemas!”

Mas os problemas não podem ser maiores do que a sua paixão por viver. É preciso aprender a ver os problemas como convites para novas aventuras.

Talvez neste instante você esteja cho-rando a dor de um amor que terminou. Talvez você tenha sido demitido do tra-balho e se sinta perdido e questione seu valor como profissional.

Não fique mastigando essas incerte-zas. Nem fique se remoendo com essa situação. Existem ciclos que precisam acabar e, quando a hora chega, a vida dá um jeito de pôr um ponto final. E isso não pode ser razão para que você viva sem paixão.

As grandes revoluções da vida acon-tecem depois que você vê que suas ideias ficaram velhas e obsoletas. E que a sua vida como você a conhece está desmoronando e você tem de sair para desbravar novos caminhos.

Quando você tem uma perda, é pre-ciso aceitar e chorar a sua tristeza. Mas depois levantar os olhos e ver que ainda existem muitas aventuras para viver e ser feliz.

Torne-se um louco por viver e passe a vida com muita emoção e felicidade, apesar de todas as dificuldades que você possa estar vivendo.

ROBERTO SHINYASHIKI tem como missão

de vida ajudar as pessoas a realizarem seus

sonhos. E é por isso que está há mais de 30

anos trabalhando para solucionar os princi-

pais problemas enfrentados pelo ser humano

na busca da felicidade e da realização.

Médico psiquiatra e terapeuta, com MBA

e doutorado em Administração de Empresas

pela FEA/USP e especialização na área no Ja-

pão como bolsista da AOTS, tem em sua tra-

jetória inúmeras participações em congressos

e seminários pelo mundo.

Como autor, já vendeu mais de 6,5 mi-

lhões de livros e como terapeuta já atendeu

governadores, ministros de estado, empresá-

rios, atletas, artistas e profissionais em busca

de realização. Cada livro que escreve é como

uma conversa sincera, como faz em suas pa-

lestras, convidando o leitor a aceitá-lo como

guia e embarcar em uma jornada de mudan-

ça e reflexão.

Acompanhe Roberto Shinyashiki: www.shinyashiki.com.br

www.twitter.com/RShinyashiki

www.facebook.com/RobertoShinyashiki

[email protected]

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Roberto Shinyashiki Psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da universidade de são Paulo (FEA/usP) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br

Conheça o novo best seller de Roberto Shinyashiki:

louco por viverRoberto shinyashikiEditora gente

Em uma época na qual é tão comum se sentir perdi-do, vemos que a infelicidade e o desânimo se torna-ram as coisas mais democráticas do mundo: quase ninguém escapa deles. tanto para os jovens quanto para os mais experientes, é comum sentir que a em-polgação muitas vezes se perde nos cantos do coti-diano e da rotina. tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver a vida.Chega um momento em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra nem se encontra no fundo de uma sacola de roupas ou naquele pedaço de bolo de chocolate. Falta... paixão.Em seu novo livro, Roberto Shinyashiki não promete nada, só toda a feli-cidade do mundo.

“Aproveite o seu sucesso sem paranoias enquanto dá tempo a ele de também se realizar nos próprios projetos.”

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www.nrespostas.com.br28 NRespostas

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ao

Coac

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Quando eu e minha esposa chegamos em North Vancouver - CA, trinta e um de de-zembro de 2009, demos de cara com uma ci-dade submersa na neve. O motorista de táxi comentava que o inverno seria rigoroso. “Ri-goroso” me chamou a atenção considerando que, poucas horas antes, embarcara no Rio de Janeiro a uma temperatura de quase quarenta graus, no típico verão carioca. O que poderia ser rigoroso?Chegamos. A rua ladeada por “muralhas” de neve escondia as casas, quando o taxista pa-rou o carro e me informou que havíamos che-gado. Não consegui ver nada além de neve.Resoluto, enfrentei a montanha branca e achei a porta da casa. Esta foi minha primeira experiência canadense.Durante as primeiras semanas, tudo aquilo

foi bem emocionante. Era muito bonito ver nevar em abundância, perceber a natureza em variações de cinza e ter um bom sistema de calefação. Com o passar do tempo, comecei a pensar quando

é que “aquilo” iria terminar.Com mais algum tempo comecei a ter cer-teza de que “aquilo” não terminaria jamais. Os dias e as noites haviam se tornado num eterno branco-sobre-branco, envolto em frio-mais-frio.Até que um dia a temperatura começou a su-bir; vagarosamente, é claro. Aos poucos, os verdes começaram a aparecer, os pássaros voltaram a cantar e, como um milagre, todo o branco começou a pigmentar-se de cores sem fim, revelando uma infinidade de nuan-ces jamais imaginadas. Chegara a primavera.Os jardins reflorescidos tornaram-se espaço para brincadeiras, namoros ou simplesmente contemplação. Pessoas saíram de casa, apa-receram nos espaços abertos e aquela cidade “fantasma” ressurge linda e colorida. Mas, assim como a neve deu lugar à primavera, o verão apareceu trazendo consigo um calor inicialmente aceitável, mas que, em breve, se tornou insuportável. Os jardins sedentos e as pessoas abafadas foram regados como se o universo se liquefizesse e as chuvas tor-renciais encharcavam tudo, o tempo todo. Quando tudo isso parecia novamente insu-

Frente a tantas exigências do mercado de trabalho, devemos nos preocupar mais com a quantidade ou com a qualidade do que produzimos?

Responde:

Homero Reiswww.homeroreis.com

“julgar que a dificuldade

presente será sempre presente é

desfalecerprematuramente.”

da vidaAs estações

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29NRespostasmarço / abril 2014

portável, eis que surge novamente um inverno que “seria rigoroso”. Este é o ciclo.De repente, percebi, por trás de tudo isso, uma li-ção de vida que precisamos aprender para atuar na perspectiva da inteligência relacional. A vida tem suas estações. Às vezes vivemos momentos que nos parecem um eterno inverno, frio, monocromático. As noites longas e os dias curtos trazem a sensação de que nada pode ser feito. Em outros momentos, a vida torna-se colorida e julgamos que tudo será sempre assim; mas logo chegam aqueles momen-tos da agitação desenfreada e do calor intenso, que acabam por se liquefazerem, permitindo que, no-vamente, o frio se instale.Disso fica a certeza de que tudo passa e este mo-mento também vai passar. Aquilo que hoje nos parece enfadonho, certamente será algo de que nos lembraremos com saudade. Aquela incerteza do futuro de repente se desvanecerá e a vida esta-rá realizada. Teremos passado por ela, deixado o nosso legado, construído possibilidades para ou-tras gerações, que também viverão suas próprias estações.Como coach, atendo pessoas de todas as idades e fases da vida. É interessante vê-las transitar por situações tidas como insolúveis para soluções sa-tisfatórias. É comum ver a desesperança sucumbir diante das possibilidades; mas é alentador acolher, agora, algo que no passado parecia insuportável. Com isso, brinco com meus alunos lhes dizendo que quando não suportarem mais a universidade, estará na época de se formarem. Depois de algum tempo, os escuto dizerem que “aqueles tempos acadêmicos” foram muito divertidos.Quando comecei minha vida profissional, como auxiliar administrativo, e tinha pela frente chefes

e situações difíceis, às vezes parecia que jamais haveria para mim “um lugar ao sol”; hoje, olhando para a cami-nhada, vejo que as diversas estações da vida foram se sucedendo numa espiral as-cendente. Certamente não foi fácil como gostaria que fosse, mas não foi impossí-vel como julgava que seria. A vida nos proporciona o que somos capazes de suportar, com o desafio de exigir de nós um pou-co mais de foco, persistência e esforço, para nos capacitarmos a voos mais altos. Perder de vista as estações da vida é perder a beleza da vida. Julgar que a dificuldade presente será sempre presente é desfalecer prematuramente; crer que nada mudará “os tempos paradisíacos” é uma infantilidade. O ci-clo da vida requer viver suas estações. Fique firme em seus propósitos, esse inverno vai passar; con-temple sua primavera e desfrute dela, porque ela também vai passar; viva intensamente o verão, mas saiba que o outono chegará, preparando a tudo e a todos para um novo ciclo.

Reflitam em paz!

Homero ReisCoach Ontológico

Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Edu-cação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da international Coaching Federation. www.homeroreis.com

“A vida nos proporciona o que somos capazes de suportar, com o desafio de exigir de nós um pouco mais de foco, persistência e esforço para nos capacitarmos a voos mais altos.”

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www.nrespostas.com.br30 NRespostas

Para começar bem o ano de 2014, no dia

31 de janeiro, os associados do Clube N ti-

veram a oportunidade de participar de um

jogo socioeducativo de perguntas e res-

postas com o empresário Márcio Miranda.

O game show interativo é mais uma novi-

dade do Clube N no qual os empresários se

reúnem e têm a oportunidade de repassar

e fixar o conteúdo sobre o mundo dos ne-

gócios, além de criar um relacionamento

mais dinâmico entre os participantes.

Game show interativo com Márcio Miranda

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31NRespostasmarço / abril 2014 Fotos: N Produções

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www.nrespostas.com.br32 NRespostas

Um grito de socorro parece ecoar da grande maioria dos gabinetes dos gestores de empresas públicas por onde tenho palestrado e realizado consultorias. Seja na esfera federal, estadual ou municipal, os gestores clamam por ajuda. Eles estão vivendo, realmente, um conflito de gra-ves proporções no seu cotidiano profissional. Você certamente já ouviu falar da expressão popular “entre o marisco e o rochedo”, certo? Pois é bem assim que eles se encontram e va-mos explicar o porquê.De um lado, cresce sobre esses gestores uma pressão cada vez maior por metas e objetivos traçados. Se isso era algo que distanciava empre-

sas privadas (que sempre viveram pressionadas por resultados) das públicas, hoje isso não as separa mais. Gestores do governo têm cada vez mais que entregar resul-tados como se fossem executivos de grandes multinacionais e isso é uma pressão que vem cada vez mais da sociedade, da imprensa e dos próprios governantes eleitos. Acrescente a isso programas de implantação de processos de qua-lidade que se tornaram realidade

e, hoje, temos ministérios, autarquias, secreta-rias que operam sob critérios rígidos de execu-ção e cuja performance é avaliada em períodos cada vez mais curtos.Olhando como cidadão, fico até orgulhoso des-sa mudança lentamente implementada no “se-tor governo”, como costumam chamar, porque tudo o que queremos é receber de volta, em ser-viços cada vez melhores, os altos impostos que pagamos. Como isso ainda não é uma realidade, o desafio de uma quase “revolução” no setor pú-blico é aplaudido pela população.O problema é que para produzir resultados não bastam apenas planos mirabolantes elaborados em gabinetes, mudança de processos ou a sim-ples vontade do gestor público, tudo isso depen-de, fundamentalmente, de gente. Sim, quem faz revoluções são as pessoas e é justamente aí o ou-tro lado: o gestor público é pressionado por re-sultados e quando olha para o lado não encontra (na sua grande maioria) gente com engajamento suficiente para desempenhar com excelência. Por favor, não se trata de uma generalização, o setor público tem profissionais que poderiam trabalhar onde quisessem, mas temos uma triste maioria ainda distante do ideal do servidor pú-blico como o nome nos sugere (aquele que tem

Gest

ão p

úblic

a

O desafio

no setor público

Por que a gestão do setor público é difícil?

“Para produzir resultados

não bastam apenas planos

mirabolantes elaborados

em gabinetes, mudança de

processos ou a simples

vontade do gestor público.”

Responde:

Eduardo Tevahwww.eduardotevah.com.br

do engajamento

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33NRespostasmarço / abril 2014

prazer em servir) e isso é o que os líderes têm me mostrado onde tenho atuado.Meu diagnóstico, usando minha formação como administrador público e minha experiência de duas dezenas de anos lidando com gestão de pessoas, passa por situações como essas que acredito que você, que exerce posição de liderança no governo, concorde comigo:

1. Em vários níveis, ficamos muitos anos sem con-curso público e o resultado é um conflito de ge-rações estabelecido, pois a distância em vários casos que vi supera 20 anos, o que com o com-portamento da geração Y se torna missão extre-mamente complexa;

2. Os profissionais aprovados nos concursos pú-blicos, extremamente seletivos ainda, deve-riam vir oxigenar os mais diversos setores do governo, mas, por incrível que possa parecer, isso não ocorre com uma assustadora maioria. Usando uma expressão hoje popular, chegam “se achando” e não têm a mente aberta para aprender, mesmo não sabendo quase nada da rotina do trabalho;

3. Sendo bem honesto nesse artigo, ainda tenho visto velhos com 30 anos de idade (não de tempo de serviço) no serviço público, como se passar em um concurso fosse a aprovação de uma apo-sentadoria antecipada;

4. Ainda existe uma forte resistência à implanta-ção de processos de “meritocracia” no serviço público, como se diferenciar aqueles que produ-zem mais e alcançam objetivos traçados dos que pouco realizam fosse um atentado à essência do setor governo, o que me parece uma inverdade em termos absolutos.

Quando algo é difícil, isso não significa nem de longe ser impossível. Tenho assistido dezenas de exemplos de excelência alcançados na área pública. Em muitos desses casos, em uma avaliação inicial, podemos afirmar que:

A) A implantação de processos de gestão por com-petências proporcionou um melhor aproveita-mento dos talentos das pessoas e permitiu a cada um estar fazendo mais aquilo que tem vocação.Esse assunto irá evoluir cada vez mais e se torna-rá uma realidade plena.

B) A qualificação da liderança gera equipes mais produtivas. Sejamos verdadeiros: é muito mais difícil ser líder no governo do que na iniciativa privada, daí a necessidade extrema da capaci-tação das lideranças, principalmente as inter-mediárias, que estão em contato direto com a maioria dos servidores. Se um líder fraco no setor privado é terrível, um líder fraco no setor governo representa o caos instalado.

C) O engajamento das pessoas se torna realidade quando o sentimento de equipe aflora, quando se comemoram resultados juntos, quando o líder reconhece as ações bem feitas.

D) O processo de inserção dos novos servidores de uma maneira competente, planejada, com mentores a lhe orientar e com metas a serem cumpridas tem minimizado o conflito de gerações entre anti-gos e novos servidores

E) Processos de resgate do senti-mento de realização profissio-nal, de elevação da autoestima, do genuíno prazer em servir aos outros são processos lentos mas com resultados realmente transformadores, como demonstrei em meu livro “ A Arte de Fa-zer as Pessoas Experimentarem seu Máximo”.

F) O entendimento de que investir na capacitação do servidor é uma necessidade e que traz gran-des resultados e gera um nível de comprometi-mento por vezes antes inexistente.

Por tudo isso, sou um otimista. Não o otimista tolo que acredita só por acreditar, mas o otimista que acredita porque tem ajudado e visto gestores públi-cos virarem o jogo. Sensibilizo-me com as enormes dificuldades que eles vivem para mudar essa rea-lidade, mas muitos estão vivendo uma nova fase a partir da implantação de processos que façam com que tenhamos equipes verdadeiramente engajadas em cumprir o que a sociedade espera deles.

Eduardo Tevah é um dos mais reconhecidos palestrantes e consultores do brasil. Professor da N Escola de gestão e autor de 4 livros com mais de 250.000 exemplares vendidos. www.eduardotevah.com.br

“Os profissionais aprovados nos concursos públicos, extremamente seletivos ainda, deveriam vir oxigenar os mais diversos setores do governo.”

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www.nrespostas.com.br34 NRespostas

Muita gente confunde educação com escola. Escola é uma das formas de educação. Na sociedade ocidental, a escola é muito recente em termos de organização da vida em relação à educação. O radical que compõe a palavra “educação” é docere, de educere, que é “doce” e também significa conduzir. Está presente em vocá-bulos como “viaduto”, “oleoduto”, “gasoduto”. Educa-

ção é o que conduz cada indivíduo, desde criança, a tornar-se humano, formar-se humano, ser humano. Nós não nascemos prontos, temos que ser educados. Nós não nascemos como somos e temos de nos formar e a educação também faz isso. Onde faz? Em todas as instituições da vida, uma delas é a escola. A educação é um tempo muito mais amplo dentro da nossa exis-

tência. Há pessoas que dizem: “Eu não estou com idade mais para educação”. Talvez tenham ultrapas-sado uma certa fase para a escola, embora sempre seja momento para retornar. Educação é tudo aquilo que nos molda, nos orienta, nos organiza em nossa trajetória, o que inclui tam-bém a escola. A escola faz parte da educação. A palavra skholé vem do grego, de onde se origina “escola”, significa “ócio”. Cuidado para não confundir ócio com vaga-bundagem. Uma pessoa no ócio tem um tempo livre para escolher o que fazer. Um preso não tem ócio, uma pessoa desempregada não tem ócio, mas a im-possibilidade de estar ocupada, o que é diferente. A escola entrou no Ocidente como sendo um espa-ço e um tempo em que, de maneira deliberada, nos

juntamos com outras pessoas, ou mesmo individu-almente, para estudarmos, termos acesso acesso à informação e ao conhecimento. A ideia de escola, na nossa trajetória ocidental, está muito marcada por algo afastado do mundo do tra-balho, e cada vez mais as pessoas sabem da impor-tância de não separar estas duas instâncias da vida, isto é, fazer com que a escola se integre, seja no seu conteúdo, seja no tipo de inserção no cotidiano, com as outras instâncias da nossa vida. Não é uma escola da qual vivamos à margem, mas é aquela que nos permita ser capazes de entender o tempo de ócio, o tempo de escola, como um tempo de profundo ensino e de profunda aprendizagem.

juntas, mas não idênticasEducação e escola:

FilosofandoM

ario

Ser

gio

Cort

ella

“Nós não nascemos prontos, temos

que ser educados. Nós não nascemos

como somos e temos de

nos formar e a educação também

faz isso.”Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em Educação, professor-titular da PuC-sP (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em Educação: Currículo (1997–2012) e no Departamento de teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no gvpec da Fgv-sP (1998–2010). Foi secretário municipal de Educação de são Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimen-to” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com yves de la taille (Papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos pron-tos!” (vozes), “sobre a esperança: diálogo”, com Frei betto (Papirus), “lide-rança em foco”, com Eugênio mussak (Papirus), “viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (versar/saraiva), “Política: para não ser idiota”, com Renato janine Ribeiro (Papirus), “vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete refle-xões breves para recusar o biocídio” (Polisaber).

Leia mais sobre o assunto em:Pensar bem nos faz bemmario sergio CortellaEditora vozes

Tendo como inspiração os temas filosofia, religião, ci-ência, educação, família, carreira, convivência e ética, o autor mario sergio Cortella elaborou seu mais novo trabalho, “Pensar bem nos faz bem! - Pequenas re-flexões sobre grandes temas”. Os livros são baseados nas falas diárias do autor na rádio CBN e trazem o olhar da Filosofia sobre temas do quotidiano.

Inicialmente serão lançados dois volumes. O primeiro fala sobre Filosofia, Religião, Ciência e Educação. já o segundo fala sobre Família, Carreira, Con-vivência e Ética.

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A gripe é uma doença altamente transmissível, apesar de ser considerada comum. Para se

prevenir contra a influenza sazonal é preciso renovar a dose da vacina anualmente. Todos

podem receber a imunização, em especial pessoas que pertencem a grupos de risco

como gestantes, crianças menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, cuidadores

de idosos, babás, profissionais de saúde, entre outros. A vacina da gripe já está disponível

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