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Ano VI • Nº 25 • dezembro 2012/janeiro 2013 • R$ 8,90 soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki Construa 2013 de maneira correta Mario Sergio Cortella Fidelidade recíproca? Entrevista exclusiva com Rivadávia Drummond Pedro Mandelli A culpada foi sua avó Viva a diferença Ser diferente é o único jeito de ser notado e falado

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dezembro 2012 / janeiro 2013 • A revista N Respostas é uma publicação da N Produções, e objetiva oferecer soluções para o mundo empresarial. Editora-chefe: Renata Araujo, Arte: Leticia Marchini, Diretor Executivo: Jose Paulo Furtado

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1NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

Ano VI • Nº 25 • dezembro 2012/janeiro 2013 • R$ 8,90

soluções para o mundo empresarial

Roberto ShinyashikiConstrua 2013 de maneira correta

Mario Sergio CortellaFidelidaderecíproca?

Entrevista exclusiva comRivadávia Drummond

Pedro MandelliA culpada foi sua avó

Vivaadiferença

Ser diferenteé o único

jeito de ser notado

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Caro leitor, aprendi com o grande mestre Michael Porter que existem 2 tipos de estratégia empresarial: ou você escolhe ser preço baixo, e atua com controle total dos custos para não elevá-los, e na outra ponta vende em escala, ou sua empresa se diferencia e cobra um preço justo pela sua propos-ta de valor do seu produto ou serviço.Nesses últimos meses, tenho tido a oportunidade de voltar ao passado e contar a história da N Produções em alguns veículos de comunicação, em eventos, e percebo o quanto esse tema faz sentido em nossa curta história de vida, ape-nas 9 anos. Lembro-me como se fosse hoje, eu e me meu sócio na época pensando o que poderíamos fazer para nos diferenciar e conquistar tudo aquilo que al-mejávamos: respeito dos clientes, liderança de merca-do e, lógico, ganhar dinheiro.Quando comecei o projeto Top 10 Empresarial, já existia em Brasília uma empresa que dominava o mer-cado de palestras abertas ao público, e precisaríamos nos diferenciar de qualquer maneira desse concorren-te para que nossos futuros clientes percebessem que éramos melhores e num curto espaço de tempo vies-sem a nos preferir e indicar. Então, como todo bom empresário, avaliamos os pon-tos fortes e fracos do nosso concorrente e decidimos começar, verificamos 3 pontos importantes, e veja como fomos brilhantes:1º Eles realizam eventos num auditório de colégio com capacidade para 600 pessoas (barato), nós alu-gamos um luxuoso espaço para duas mil e quinhen-tas pessoas (caro).2º Eles faziam evento com um palestrante apenas (barato), decidimos contratar 2 palestrantes para cada noite (caro).3º Eles cobravam um preço (caro), e nós decidimos co-brar 50% do preço de nosso concorrente (barato).

Sabe qual foi o resultado desses diferen-ciais? Consegue imaginar? Eu lhe falo: quebramos muito mais rápido que o nosso concorrente. Depois do primei-ro evento já estávamos com a corda no pescoço. Lógico que sim, esse é o resul-tado para toda e qualquer empresa que tente ser diferente, que entrega mais, melhor e quer praticar preço baixo. Quero dizer duas coisas para você, caro leitor, a primeira delas é que eu xinguei muito o Michael Porter por só ter as-sistido a um seminário dele 5 anos de-pois de ter feito essa besteira; a segunda

coisa que aprendi, se você optou pela estratégia de ser diferente, é que não pode cobrar barato. Quem fizer isso será condenado a viver no limbo, no pântano cin-zento sem ver a luz do sol. Parece bem triste, né? Posso garantir que é bem pior que isso, já estive lá.Você deve estar se perguntando: e como saiu do limbo? Como a N Produções se diferenciou?Evidente que ajustamos as “velas” e os preços tam-bém. Os clientes são inteligentes e perceberam que contratávamos palestrantes mais renomados, que tí-nhamos um local mais agradável, com isso, os líderes do setor público e privado começaram a frequentar nossos eventos; rapidamente, grandes marcas quise-ram se associar a esse projeto, nos apoiando e patroci-nando. Resultado disso: fomos para o famoso oceano azul e com muito sol.Caro leitor, desejo que encontre esse oceano azul em sua vida e em seus negócios, aproveito para lhe desejar um abençoado Natal, que o menino Jesus possa renas-cer em seu coração todos os dias de 2013.

Boas festas!

José Paulo FurtadoDiretor da Revista N Respostas

twitter.com/[email protected]

Crie os seus diferenciais

Carta ao LeitorN Palavras

e corra para o oceano azul!

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www.nrespostas.com.br4 NRespostas

N Respostas é uma publicação da N Produções

Diretor-Executivo:José Paulo Furtado

Direção de Arte/Editoração:Letícia [email protected]

Editora-Chefe:Renata Araú[email protected]

Jornalista responsável:Cid Furtado Filho DRT DF 1297

Revisão:Denise Goulart

Fotografia:Telmo Ximenes • Anderson Marques • Aliram Campos e Murilo Nunes • Ilustrações e fotos: Stock Photos

Reportagem:Renata Araújo

Colaboradores desta edição:Augusto Cury • Arthur Bender • Demétrius Borel Lucindo • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Nailor Marques Jr. • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki • Rodrigoh Henriques • Prof. Fernando R. A. Marchesini

Diretora Financeira:Ana Paula Abí[email protected]

Diretor Comercial:José Paulo [email protected]

www.nproducoes.com.br

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas:

SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DFTel./Fax: 61 3272.1027

e-mail: [email protected]

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h [email protected]

A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados.

Tiragem: 20.000 exemplares.

[email protected]

É com tamanha satisfação que me re-porto a esta equipe da N Produções a fim de parabenizá-la pelo excelen-te trabalho que desenvolve junto ao público de Brasília-DF e demais resi-dentes em outros entes da Federação que frequentam os eventos produzidos por esta empresa. Ressalte-se o eleva-do quilate dos palestrantes que com-põem o elenco da N Produções, den-tre os quais destacam-se Mario Sérgio Cortella, Pedro Mandelli, Christian Barbosa, Rivadávia Drummond, Eduardo Ferraz, Dado Schneider, cumprindo ainda dizer que as profis-sionais que respondem pelo escritório Asa Norte são de uma eficiência e presteza encantadoras. Também há

de se considerar o zelo, requinte e bom gosto do periódico N Respostas, cuja seleção de conteúdos e editoração merecem aplausos.

Com apreço,Roney George Fraga da SilvaMinistério da Saúde

Leitor

Resposta do caça-palavras da pág. 24

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COLOQUE A ECONOMIA SEMPRE A SEU FAVOR

Informações e inscrições: www.ifenasbac.com.br | 61 3323-1055

I - Conceitos FundamentaisII - Política MacroeconômicaIII - Contas NacionaisIV - In� açãoV - Planos EconômicosVI - Sistema FinanceiroVII - GlobalizaçãoVIII - Economia e o Meio AmbienteIX - Indicadores Econômico-� nanceirosX – Ciclo de Palestras

1º semestre de 2013

PROGRAMA DE PREPARAÇÃO PROFISSIONAL EM

ECONOMIA, PARA NÃO ECONOMISTAS

O Instituto Fenasbac de Excelência Profissional®, ligado à Federação Nacional das Associações dos Servidores do Banco Central, foi criado para promover cursos, palestras e seminários em três áreas: economia, finanças e gestão corporativa. Conta com docentes pós-graduados experientes, egressos não só do Banco Central como de outros segmentos, públicos e privados, com alta qualificação em suas especializações acadêmicas e profissionais.

O Programa de Formação Profissional de Economia, para Não Economistas®, sem foco acadêmico, tem como objetivo capacitar o participante a entender os principais conceitos e definições econômicas e como obter sucesso financeiro profissional e pessoal em ambientes macroeconômicos. Sem a pretensão de torná-lo economista ou especialista em economia.

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www.nrespostas.com.br6 NRespostas

www.imeb.com.brClínica Imeb @imebrasilia

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Cintilografia de Perfusão Miocárdica

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CoLunistas

Capa

seções

Índice

12. Viva a diferença por Rodrigoh Henriques

18. augusto cuRy Inteligência emocional e profissional

22. pedRo maNdelli além da hierarquia

26. RobeRto sHiNyasHiki dicas de campeão

34. HomeRo Reis pergunte ao coach

38. maRio seRgio coRtella Filosofando

3. N palaVRas crie os seus diferenciais e corra para o oceano azul!

9. eNtReVista Rivadávia drummond

20. N FlasHes Quem passa pelos eventos da N produções

24. etc entretenimento, trabalho, casa

28. N iNVestimeNtos consumo, infraestrutura, inchaço do estado e o óleo

de soja (de 900 ml) a R$ 4,00 ou u$ 1,98

30. eFiciêNcia Na gestão pública cuidando do servidor

32. clube N Janete Vaz ensina a gerir pessoas

Ano VI • Nº 25 • dezembro 2012 /janeiro 2013

16. compoRtameNto – arthur bender andar na média agrega valor à minha carreira?

25. mba FgV – prof. Fernando R. a. marchesini, msc. a resposta está nos pequenos detalhes

36. o Que é? – Nailor marques Jr. o que é inteligência social?

Respostas

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o que é gestão do conhecimento e por que ela é tão importante nas empresas?

Gestão do conhecimento organiza-cional é um processo que se ocupa de 3 questões fundamentais: criar conhecimento, compartilhar esse co-nhecimento criado e usá-lo para gerar resultados para a organização. O que está no centro dessa questão é a cria-ção do conhecimento. É isso que gera a inovação. É ela que gera produtos, serviços, processos, tecnologia ca-

pacitadora e modelo de negócios novos ou aperfeiçoados.

Que relação se pode fazer entre gestão do conhecimento e inovação?

Esses são termos distintos, porém que estão sempre abraçados. A minha percepção mostra que, na verdade, gestão de conhecimento é uma im-possibilidade do ponto de vista filosó-fico porque o conhecimento está na mente humana. O que se gerencia é o

contexto e a prontidão com que ele se manifesta na organização. É o que a gente chama de contexto capacitante. Na verdade, gestão do conhecimento é gestão de contextos capacitantes. Esses contextos capacitantes, onde as pessoas estão estimuladas e dis-postas a compartilhar, a criar, a dar ideias, é que são o espaço adequado para a inovação. Inovação é a gera-ção de mais valor na organização na interface entre a tecnologia e o mo-delo de negócio.

considerado um dos melhores professores de negócios do mundo, Rivadávia drummond de alvarenga Neto, Reitor da unibH, pode, até 14 de março de 2013, deixar de ser “um dos” para se tornar “o melhor” do mundo no que faz. Junto com 220 professores de 129 universidades em mais de 30 países, Rivadávia está concorrendo ao “best business professor of the year”, prêmio concedido pela Hult international business school. ensinando o que são as melhores práticas em gestão de negócios, sempre integrando metodologias para a solução dos problemas atuais das empresas em todo o mundo, Rivadávia permite que os seus alunos sejam capazes de traduzir o conhecimento adquirido em atitudes dentro da realidade de suas empresas.mais novo integrante do quadro de professores da escola de gestão do grupo N, Rivadávia drummond será, a partir da próxima edição, articulista da N Respostas. antes disso, conta a nossos leitores um pouco do que pensa sobre inovação nas empresas e a chamada gestão de conhecimento. para ele, as pessoas devem ter a liberdade de dar ideias, por mais malucas que elas possam parecer. “todo mundo pode inovar!”

DrummondRivadávia

por Renata araújo

Entrevista

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[entrevista]

Qual a diferença entre inovação, novidade e invento?

As pessoas confundem muito esses termos. Inovação é frequentemente confundido com inventividade, com invenção e com criatividade. Você pode ser extremamente criativo sem inovar, pode ser extremamente in-ventivo sem conseguir inovar. Ino-vação pressupõe aplicação comercial em escala. Essas são duas questões fundamentais. Eu costumo brincar que o Professor Pardal, da Disney, era um inventor, mas ninguém nun-ca viu uma aplicação comercial dos inventos dele. A inovação pressupõe escalabilidade e aplicação comercial. É fundamental entender isso.

e o que fazer para capacitar as pessoas para a inovação?

Todo mundo pode inovar! As ideias podem vir de qual-quer parte da organização. Tem gente que acredita que só tem ideia diretor e pre-sidente, mas a ideia pode vir de um faxineiro. Para se construir uma cultura de inovação, é preciso falar a mesma língua, ter o mes-mo quadro de referência. As pessoas precisam entender o que a organização quer quando fala de inovação. É preciso valorizar as peque-nas inovações, as chamadas inovações implementares, de melhoria contínua. É ne-cessário processo contínuo de aprendizagem e desen-volvimento dos executivos. Deve-se pensar a questão das recompensas, que não são unicamente financeiras, mas envolvem também pai-

xão, motivação e reconhecimento. Portanto, é preciso continuamente recriar esse contexto capacitante.

como medir a capacidade e o capital intelectual de uma organização?

A resposta exata para essa pergunta valeria uns 10 milhões de dólares (ri-sos). Esse não é um processo simples. Você pode usar a tecnologia de um Balance Score Card, por exemplo. Mas você não vai poder pensar só do ponto de vista quantitativo, vai ter que também usar avaliações qualita-tivas. Então, para que esse processo aconteça continuamente, o investi-mento na capacitação das pessoas é fundamental. O repertório que as pessoas têm e como elas combinam esse repertório quando estão coleti-vamente reunidas é fundamental para

as coisas acontecerem. O investimento contínuo em educa-ção dos executivos da empresa é ques-tão sine qua non. É preciso criar um contexto capacitante e uma cultura que tolere erros honestos, incentive o compartilhamento e recompense o aprendizado em um ambiente onde as pessoas possam ter a liberdade de dizer que não sabem alguma coisa, onde possam dar ideias, por mais ma-lucas que elas possa parecer. Esse é o contexto necessário para a inovação acontecer. Poucas organizações se aventuram nesse processo.

por quê?

Primeiro porque envolve risco, ambiguidade e incerteza. Segundo porque desenvolver executivos é um processo contínuo. A maioria das organizações em crise corta, de

imediato, a capacitação das pessoas. Esse é um parado-xo. Na minha opinião, uma a organização em crise tem que aumentar o investimento em desenvolvimento, e não o contrário. Deve-se melhorar a qualidade do processo cria-tivo e da capacidade de criar inovação para achar soluções para os problemas existentes. É só com educação, num con-texto que favoreça a inovação que as pessoas vão ter novas ideias e olhar para o negócio sob uma nova ótica. Vem sem-pre um ar novo de fora desse processo. Sem essas questões, fica praticamente impossível que a inovação floreça numa organização.Leonardo da Vinci, hoje, nas organizações dentro do Brasil, provavelmente seria taxado como maluco ou alguém que

“inovação é a geração de mais valor na organização na interface entre a tecnologia e

o modelo de negócio.”

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está fora do padrão da com-panhia. Alguém que está fora dos processos e valores da or-ganização, portanto, estaria fora dos processos de tomada de decisão. É preciso repen-sar essa questão ao começar uma cultura de inovação.

o que se pode falar sobre a diferença dos processos de inovação entre os setores público e privado?

É claro que o setor privado inova mais. Porque ele está livre das amarras e das dis-funções burocráticas que o setor público tem no Brasil. Mas eu não tenho a menor dúvida de que ali existe gente com extraordinária capaci-dade de inovação. Existem pessoas e organizações extraordinárias em termos de inovação. A Embrapa, a Receita Federal, o Superior Tribu-nal Eleitoral... Olha o imposto de renda pessoa física no Brasil. É uma coisa extraordinária. O mundo in-teiro copia. Olha o processo eleito-ral no Brasil. Aqui se faz uma eleição no país inteiro com resultado em menos de 24 horas. Olha a tecnolo-gia do agribusiness da Embrapa! Eu acho que se inova pouco no Bra-sil, mas não apenas no setor públi-co. O Brasil tem capacidade para inovar tanto na área privada. O que talvez falte seja tecnologia, proces-sos, conceitos e experiências de inovação, porque eu acredito mui-to que esse pessoal pode botar para quebrar e fazer acontecer.

como melhorar o processo de tomada de decisão?

Tomada de decisão é uma questão extremamente complexa na adminis-

tração. Na verdade, não existe a me-lhor decisão, existe aquela que é boa o bastante para o momento. Eu acho que a gente pode refinar o processo e reduzir o risco. Como? Através do que eu chamo de construção de signi-ficados. Respondendo às perguntas: o que está acontecendo aqui? O que está acontecendo no mundo? Na mi-nha indústria? Quem são meus con-corrente e clientes?... Na tomada de decisão, a empresa vai escolher uma, duas ou três alternativas ou propostas que lhe pareçam mais ou menos vi-áveis no contexto em que ela se en-contra. Porque a gente já sabe que a racionalidade que a gente tem é li-mitada. Para se tomar a melhor de-cisão, tinha que primeiro enxergar todas as alternativas que existem e isso é impossível.

e como se deve trabalhar esse “refinar”?

Tenho tido experiências muito gra-tificantes com as oficinas de proto-

tipagem. Ensinando os exe-cutivos a trabalharem com o lado direito do cérebro, que é um lado “meio atro-fiado”, que tem a ver com a intuição, a criatividade, com o comportamento não verbal, com a emoção. Na academia, nas universida-des somos treinados a ser racionais, a aplicar contex-tos matemáticos. A combi-nação dos lados esquerdo e direito do cérebro é funda-mental para que a inovação aconteça. Muitos execu-tivos são muito bons para executar suas tarefas do dia a dia, mas muito ruins para criar e inovar.

esse é o seu diferencial enquanto professor, não é mesmo? Você direciona suas aulas e sua didática para promover esse tipo de aprendizagem em seus alunos, é isso?

Todo o meu foco está no chamado aprendizado experiencial, ou centra-do no participante. O que significa isso? Jogar os participantes no mun-do. Desafiá-los. Colocá-los para fazer.Eu trabalho na tríade saber, fazer e ser. Saber é reconhecer o reper-tório teórico, conceitos e modelos. Fazer é desenvolver habilidades de execução, é colocar a mão na mas-sa. E o ser é uma reflexão contínua sobre visão de mundo, sua visão so-bre as pessoas, identidade profissio-nal, ética e integridade. Essa tríade é fundamental para desenvolver o executivo. Colocar ele para fazer uma tarefa e ensinar conceitos e te-orias e não trabalhar o ser é, para mim, a incompletude da educação. Saber, fazer e ser, essa é a comple-tude da experiência educativa.

“é preciso criar um contexto capacitante e uma cultura que tolere erros honestos,

incentive o compartilhamento e recompense o aprendizado.”

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Capa

imagine-se passeando de carro pelas belas paisagens rurais da europa em pleno verão. o céu azul e o verde dos campos compõem o cenário ideal para que as vacas, todas lindas, brancas e pretas, pastem por horas a fio. A viagem continua e minutos depois você se dá conta de que, por mais bucólica que seja a paisagem, por mais belas que sejam as vacas, elas são todas iguais, todas indistinguíveis umas das outras. Você, que antes prestava atenção em cada detalhe deste quadro, agora está entediado, com a cabeça, literalmente, em outro lugar.

por Rodrigoh Henriques

ser diferente é o único jeito de ser notado e falado

Viva adiferença

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E se, neste exato momento, quando tudo parece aborreci-damente normal, surgisse uma vaca roxa? O que você faria?Muito provavelmente, você pararia o carro para ti-rar várias fotos. Você mandaria as fotos por e-mail ou postaria em uma rede social para que todos os seus amigos vissem. Seus amigos provavelmente fariam o mesmo e em pouco tempo a vaca roxa seria um dos tópicos mais comentados do dia, da semana, do mês.Bem, no livro “A Vaca Roxa”, Seth Godin usa essa história para nos chamar a atenção para a importân-cia de ser notável. Ele argumenta que no marketing atual, no desenvolvimento de novos produtos ou mercados, na criação de novas empresas, tudo é como as vacas brancas e pretas – perfeitas, lindas até, mas terrivelmente iguais.Se uma vaca fosse notadamente diferente, roxa, Godin, em seu livro de maior sucesso, nos faz lembrar que ser notável, extraordinário, fora do normal é o único jeito de conseguir com que as pessoas prestem atenção em você, na sua empresa e passem a falar bem dela.Em outras palavras: ser diferente é o único jeito de ser notado e falado.

Muita informação, há muito tempo

E por que é assim? Simplesmente porque não fomos feitos para lidar com tantas informações ao mesmo tempo. Nosso cérebro, a engenhoca mais poderosa

que conhecemos, também tem suas limitações.A sobrecarga de informações pode parecer algo recente, mas não é. Em Eclesiastes 12:12 está escrito “... atenta: não há limite para fa-

zer livros, e o muito estudar é enfado da carne.” Sêneca, mestre retórico espanhol, já no século I, advertia: “a abundância de livros é uma distração”.De lá para cá, Gutenberg, ele mesmo um empresário em sua época, multiplicou a capacidade de produção de 40 para 3.600 páginas por dia com sua prensa mó-vel; aperfeiçoamos a litografia de Senefelder com as impressoras offset e o feito extraordinário do pai da imprensa, hoje, tomaria pouco mais de 2 minutos em uma gráfica.Não satisfeitos com a velocidade e a tangibilidade da impressão em papel, passamos a imprimir com bits e bites, usando e abusando das telas de computa-dores, tablets e celulares.Misturados todos os ingredientes da modernidade, como o rádio, o cinema, a televisão, o telefone, revistas, jornais e uma quantidade exagerada de anúncios em todos esses meios, estima-se que uma pessoa hoje leia três vezes mais pa-lavras do que na década de 80, e que em uma única edição de jornal matutino existam mais informa-ções do que uma pessoa do século

Rodrigoh Henriques é consultor nas áreas de gestão estratégica e comunicação eficaz.

apaixonado pela educação no mundo dos negócios, desenvolveu e coordenou programas de excelência, diferenciação, posicio-namento estratégico e comunicação em empresas brasileiras e multinacionais.

é diretor-executivo da dif3rente educação corporativa e palestrante nos temas relacionados a mudança, inovação, persuasão e efetividade da comunicação para líderes e liderados.

envie sua pergunta ou comentário para [email protected]

“estima-se que uma pessoa hoje leia três vezes mais palavras do que na década de 80, e que em uma única edição de jornal matutino existam mais informações do que uma pessoa do século XVii receberia em toda sua vida.”

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XVII receberia em toda sua vida.Transformada em números, a quantidade média de informações que recebemos em um ano é de 4 zettabytes, ou seja, o número 4 seguido de 21 zeros de bytes de informação. Algo quase inima-ginável mesmo nos dias de hoje.

Mentes que mudam

Em seu livro “Mentes que Mudam - A arte e a ciên-cia de mudar as nossas ideias e as dos outros”, Ho-ward Gardner demonstra de forma magistral que uma das melhores maneiras para mudarmos de opi-nião, a nossa e a dos outros, é contando uma única história de várias formas diferentes.Ora, e o que é o marketing se não o conjunto de mecanismos usados para, em primeiro lugar, fazer com que alguém mude de opinião (passe a comprar de mim o que não comprava) e que logo em seguida mude de opinião sobre mudar de opinião (compre sempre de mim)?Nosso cérebro é atraído pelo que é diferente e onde nosso cérebro estiver, lá estará nossa atenção e nos-so desejo. Desejo de possuir ou pertencer, de ter ou de ser, de comprar ou de guardar para o futu-ro. Desejo que se bem gerenciado se converte em relacionamento mutuamente vantajoso entre uma organização e seus clientes.

A loucura de Einstein

Para Albert Einstein, a melhor definição de loucura é fazer tudo sempre do mesmo jeito e esperar resul-tados diferentes. Pois bem, algumas empresas se-diadas em Brasília parecem ter nascido com o DNA da diferença. Elas trilharam um caminho único, especial, e agora é a sua vez de saber o que elas fize-ram para se destacar dos concorrentes, conquistan-do e cultivando novos mercados e como você pode fazer o mesmo (de uma forma diferente, é claro).

Quando ser pequeno é uma vantagem

“Nossa empresa é pequena para poder atender grandes clientes. Nossa equipe é enxuta, mas nossa criativida-de não conhece limites”. É assim que Andréia Azevedo

define sua agência, Sis-ters Marketing & Co-municação. Ela e sua irmã, Jaqueline Azeve-do, apostaram na agi-lidade e não no tama-nho, na criatividade e não na quantidade para conquistar um espaço no disputado mercado da comunicação.Deu certo. A rapidez e a qualidade de uma pequena empresa local acabaram por conquis-tar as maiores empre-sas do Brasil. Entre os clientes da pequena notável figuram pesos pesados como Petro-bras, Honda, Uniceub, Ambev e a própria N Produções.A Sisters é prova viva de que no mercado de hoje não são os grandes que comem os pequenos, são os rápidos que comem os lentos.

Deixe o cliente escolher

Marcelo Machado sempre soube que boa parte das pessoas que poderiam frequentar uma academia preferem estar em casa, no sofá, assistindo TV, ou tomando um chopp com os amigos, e que a pior parte de “ir malhar” é se sentir obrigado, é fazer algo que você não gosta, mesmo que isso seja bom para você.“Primeiro a gente ajuda o cliente a descobrir do que gosta, depois ele faz tudo o que gosta, quantas vezes

Capa

“em seu livro ‘mentes que mudam - a arte e a ciência de mudar as nossas ideias e as dos outros’, Howard gardner demonstra de forma magistral que uma das melhores maneiras para mudarmos de opinião, a nossa e a dos outros, é contando uma única história de várias formas diferentes.”

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quiser”, explica Marcelo, seu maior diferencial.Imagine um restaurante em que você pode provar todas as comidas antes de pedir. Imagine poder ficar alguns dias com alguns modelos de carro antes de decidir. Imagine uma loja que pergunte como você gosta de ser atendido. Poder testar e escolher faz muita diferença na hora H.“Como na Club22, o cliente sempre pode escolher, ele sempre nos escolhe”, arrematam os irmãos.

Bem mais do que produto

“Proporcionar às pessoas que apreciam um bom café a pausa mais prazerosa do seu dia”. Essa é a missão de Eduardo Torminn, diretor-presidente da Diletto Café.Para isso não basta ter as melhores máquinas, nem mesmo o melhor café, é preciso investir pesadamen-te na parte de serviços do negócio. Todo bom apre-ciador de café sabe que este pode ser arruinado ou engrandecido por um barista (a parte de serviço). “É por isso que estes profissionais recebem muito treina-mento na Diletto”, acrescenta Torminn.Líder no segmento de soluções em máquinas de café e bebidas quentes no Centro-Oeste, a empresa tem sua filosofia de trabalho totalmente voltada para a ex-celência e entende que a qualidade na prestação de serviços hoje é seu maior diferencial.“Todas as nossas ações são exemplo do cuidado que temos com os clientes”, finaliza Eduardo, ele mesmo um apaixonado por café.

Cuide das pessoas

Fundado por duas mulheres corajosas, Janete Vaz e Sandra Costa, o Sabin é reconhecido não apenas pela qualidade e agilidade nas análises, mas também pelo carinho e cuidado que toda sua equipe tem com as pessoas. Não é por menos. Sua proprie-tária, Janete, nos conta que a formação das mais de 1.600 pessoas que lá trabalham é a questão número um para o Sabin.

Ouvir e entender o que elas querem da empresa, saber se estão verdadeiramente felizes com seu tra-balho e como e o que querem aprender é, na visão de sua fundadora, a peça-chave no que ela chama de simples “carinho continuado”. “Do jeito que cuidarmos das nossas pessoas, elas cuidarão dos nossos clientes”, finaliza dra. Janete, com orgulho de ter criado uma empresa que já foi eleita por mais de uma vez a melhor para se traba-lhar no Centro-Oeste, a melhor para se trabalhar no setor de saúde e 3 vezes a melhor em qualquer setor para se trabalhar no Brasil.

A vantagem de não ser normal

Nada do que temos e gostamos hoje era normal no passado. As pessoas que realmente admiramos não são normais. As empresas que hoje valem milhões não nasceram ou não trilharam o caminho da nor-malidade. Seus produtos não são normais. Seu aten-dimento não é normal e muitas vezes seus atenden-tes e vendedores não são normais.Ninguém normal transforma um pântano no maior parque de diversões do mundo, mas Walt Disney o fez. Bugsy Siegel, responsável por um deserto na Meca dos jogos de azar não era um gangster normal. Ninguém normal move a capital de um país para o centro de-sabitado, mas é graças a JK que podemos chamar Brasília de nossa cidade.Bernard Shaw, fundador

da London School of Economics e a única pessoa a ter sido premiada tanto com um Prêmio Nobel de Literatura e um Oscar, já bem dizia: “Pessoas sensa-tas adaptam-se ao mundo. Pessoas insensatas tentam adaptar o mundo a elas. Sendo assim, todo e qualquer progresso depende das pessoas insensatas”.

“para albert einstein

a melhor definição de

loucura é fazer tudo sempre do

mesmo jeito e esperar

resultados diferentes.”

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www.nrespostas.com.br16 NRespostas

Primeiro temos de admitir que todos nós fomos educados com a ideia de andar sempre na média e passamos a achar que isso era bom. Nossos pais nos educaram assim. A gente passou a vida inteira procurando saber onde estava a média – aquele cantinho confortável onde todos estão! E, assim, formou-se um senso geral de que ficar na média é estar junto com todo mundo e que, por isso, deve ser bom e saudável para a sua carreira ou para a empresa que você dirige. Para alguns, andar na média passou a ser até uma posição al-mejada. “Parabéns, pessoal, ficamos na média!” Você nunca ouviu esta frase na sua empresa?Para os pais, é reconfortante saber que filhos não estão abaixo da média no aprendizado esco-

lar. Muitas vezes gritamos de felici-dade por termos passado na média, quando sabemos que tiramos ape-nas 6 ou 7. E quando chegamos ao mercado nos tornamos profissio-nais medianos. Ficamos ali, naque-la imensa faixa onde estão todos, na média. O que, para alguns, pas-sou a ser uma posição de sucesso. E isso é um terrível engano.No mercado profissional estamos

fazendo listas, rankings e comparações para ava-liar como estamos nos saindo comparados uns com os outros. E, na maioria das vezes, torce-mos para que estejamos na média do desempe-nho do setor. E é aí que a gente pode se perder. Por quê? Porque nosso horizonte passa a ser o horizonte médio e talvez muito abaixo do que poderíamos entregar. Já partimos de uma meta baixa porque partimos do desempenho sofrível da média. Assim, nos acostumamos a olhar um hori-zonte sempre atingível e a não mais nos desafiar.Então nosso raciocínio segue a lógica de fazer comparações e de sempre buscar uma razão para justificar o desempenho medíocre. Justificamos dizendo que se não estamos lá em cima, também não estamos abaixo, então não somos perdedo-res. Porque, para a maioria de nós, como profis-sionais no mercado, estar na média não é ruim. E este, para mim, é um erro de perspectiva que pode ser fatal para o sucesso da carreira. Por quê? Porque você não vai fazer nada de brilhante neste mundo se conformando com a nota sete. E se você pensar um pouquinho verá que boa parte dos problemas que enfrentamos em nossas empresas (cidades, estado, país) é porque muitas vezes nós nos contentamos com uma entrega ra-

“No mercado profissional

estamos fazendo listas,

rankings e comparações

para avaliar como estamos

nos saindo comparados uns com os outros.”

Com

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Responde:

Arthur Benderblogarthurbender.blogspot.com.br

Andar na médiaagrega valor

à minhacarreira?

Fomos educados a nos mantermos na média. média nas notas escolares, nos comportamentos... E na vida profissional? Enquadrar-se na média é vantajoso?

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17NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

zoável, uma entrega que na ver-dade é sofrível, mas que estava na média do que todo mundo entrega. Nota sete! Então nos conformamos. E isso para mim é o que pode ter de mais perigo-so para a sua carreira porque lhe tira a possibilidade de superação.

Assim, vamos aos tropeços, mas nos conforta-mos em ver a massa ao nosso lado também tro-peçar e, com isso, saímos sempre confortados. E dessa forma, protegidos pelo manto protetor da média, nos aquietamos e nos acovardamos com nossas próprias mazelas. Por isso eu considero que o conformismo com a média é a praga moderna mais destruidora de valor das organizações. Quando entra, torna--se o cupim voraz que destrói silenciosamente tudo pela frente. Por quê? Porque passamos a achar que os nossos desempenhos médios são normais. Acabamos nos acostumando com o raso, com o sofrível e com o razoável. Assim, o conformismo com o andar na média torna-se essa praga silenciosa. Uma praga que corrói o ímpeto de tentar fazer melhor. Uma praga que corrói nossas forças, nossas esperanças e nos faz viver sempre do mesmo. Porque a média, num primeiro momento, funciona como um remédio

calmante porque nos leva para a sabedoria barata de que existem coisas que podem ser alcançadas e outras que nunca serão. Mostra uma imensa maioria medíocre e nos acode com a ideia de que isso é normal. E este é o seu maior mal: fazer com que os limites não sejam horizontes a serem vencidos, mas medida de conformismo. Prozac dos perdedores.Meu conselho, se você quiser acei-tar: incentive o inconformismo e combata a fuga para a média com a ideia de que a excelência é um ho-rizonte móvel que nunca alcança-remos e que o transformador – que nos faz profissionais e pessoas me-lhores – não é o chegar, mas o pro-cesso de se reinventar nessa busca. É assim que a gente faz o primeiro movimento para sair do meio do imenso rebanho da mediocridade e, quem sabe, dessa forma, transformar a nós mesmos e o que está ao nosso redor.

Arthur Bender é estrategista de marcas, presidente da key Jump – in-teligência, estratégia e branding e presidente da selling – marketing e comunicação.

“incentive o inconformismo e combata a fuga para a média com a ideia de que a excelência é um horizonte móvel.”

“protegidos pelo manto protetor da média, nos

aquietamos e nos

acovardamos com nossas

próprias mazelas.”

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www.nrespostas.com.br18 NRespostas

De todas as leis fundamentais das relações saudáveis, o elogio é a mais acessível e a mais fácil de praticar, embora poucos seres humanos a pratiquem. O poder do elogio pode ser mais forte que o das armas, mais poderoso que o dinheiro, mais pe-netrante que a lâmina de um bisturi. Os elogios desfizeram inimigos, de-belaram ódios, evitaram suicídios, reataram relações.Uma pessoa inteligente deve eco-nomizar críticas, mas jamais de-

veria economizar elogios. A crítica excessiva contrai a espontaneidade, e o elogio realça a autoconfiança. Contudo, é incrível como pais, professores, executi-vos e casais economizam elogios e têm pouca habilida-de para elogiar. Somos ótimos para exaltar erros, mas não para exaltar os acertos. Se conhecessem a Teoria das Janelas da Memória e a formação de janelas light jamais viveriam de migalhas de elogios.Os elogios deveriam entrar no cardápio diário de suas existências. Entram no seu cardápio? Quem

você elogiou hoje? E como elogiou? Mesmo pessoas afetivas podem ser miseráveis em elogiar.Elogiar não é superproteger. Superproteger é colo-car os outros numa estufa, é controlar os elementos agressores, é desprepará-los para a vida. Superprote-ger é dar tudo sem exigir nada. Elogiar é encorajar a caminhada, é propiciar força nas intempéries, cora-gem nos tropeços e crédito na superação.Pais que elogiam tornam-se plantadores de jane-las light que alicerçam o Eu como ator principal. É provável que 90% deles não tenham uma prática diária de nutrir o psiquismo dos filhos com elogios. Infelizmente, a maioria segue a lei do menor esfor-ço, dão roupas, suprem o corpo, presenteiam com computadores e celulares, mas não nutrem o psi-quismo deles com inteligência.“Obrigado, filho, por existir!”, “Parabéns, você foi brilhante!”, “Você foi derrotado, mas não tem pro-blema, o importante é que tentou. Estou orgulhoso de você!”, “Vá em frente, você consegue!”, “Obriga-do pela sua gentileza e carinho!” são pequenas fra-ses que penetram nos recônditos da mente de quem amamos e nos tornam inesquecíveis. Você é um edu-

“muitos vivem de migalhas de elogios”

“uma pessoa inteligente deve

economizar críticas, mas

jamais deveriaeconomizar

elogios. a crítica excessiva

contrai a espontaneidade,

e o elogio realça a

autoconfiança.”

e os investimentosO poder do elogio

em sonhos

Inteligência emocional e profissionalau

gust

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19NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

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cador inesquecível ou cumpre apenas papéis burocráticos da educação? Pais que não sabem elogiar não ensinam a seus fi-lhos a arte de agradecer! Não reclame deles, revise sua pos-tura.Grandes romances terminam em crises porque os amantes, ao invés de temperarem a re-

lação com elogios, temperam com atritos, críticas, rea-ções estúpidas. Diante de um sacerdote, milhões de ca-sais prometem que na saúde e na doença, no sucesso e no fracasso, na riqueza e na pobreza se amarão. Prometem e não cumprem, pois não sabem que a emoção não recebe ordens do Eu, esse Eu apenas a gerencia e protege.Elogiar cada gesto, um abraço, uma palavra amiga, o sabor da comida é fundamental. A presença dos elo-gios relaxa, realça o sabor do sexo, das flores, dos pre-sentes, dos passeios. A sua ausência estressa, contrai o sabor da vida.Uma pessoa madura é capaz de não apenas elogiar

quem ama, mas todas as pessoas que de alguma forma o servem. Quem não é capaz de elogiar porteiros, gar-çons, cozinheiros, faxineiros não é digno de ser servido por eles. Como abordo no livro O Vendedor de Sonhos, há pessoas tão pobres que só têm dinheiro. Há pessoas tão incultas que só têm cultura acadêmica.

“uma pessoa madura é

capaz de não apenas elogiar

quem ama, mas todasas pessoas

que de alguma forma o

servem.”

Augusto Cury

Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis

O livro que toda mulher deveria ler antes de se relacionar

Augusto Cury é médico, psiquiatra e escritor.é pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos.sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado. atualmente é publicado em mais de 50 países.

Conheça o novo best seller de Augusto Cury:

mulheres inteligentes – Relações saudáveisaugusto curyeditora academia

em mulheres inteligentes – Relações saudáveis, au-gusto cury apresenta uma fantástica análise sobre a mulher, suas emoções, reações, seus medos, anseios e desejos. o autor aborda temas muito presentes no universo feminino, como o ciúme, o medo da perda, o excesso de trabalho e os padrões tirânicos de beleza.as mulheres vão conhecer as leis fundamentais das relações saudáveis e os erros capitais de uma relação doente, além de aprender a transformar suas atitudes através do autocontrole dos pensamentos e das emoções. Ao final de cada capítulo, Cury presenteia os homens com frases-conselhos que os farão refletir sobre as mulheres de sua vida para – juntos – construírem uma história de amor singelo e inteligente.

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1. José Roberto guimarães conta como levar uma equipe desa-creditada a bater sua meta;

2. a senhora maria thereza, presidente da Rede Feminina de combate ao câncer, recebe doação feita pelo top 10 empresa-rial de outubro;

3. steven dubner: “a distância mais longa a ser percorrida não é uma maratona ou a caminhada de compostela e sim a que separa a cabeça do coração”;

4. o público brasiliense comparece a mais uma noite de conheci-mento oferecida pela N produções;

5. José Roberto ensina a liderar um time de vencedores;

6. turma da escola de gestão: “a arte de liderar”, com mario sergio cortella;

7. cortella: “Não existe fracasso no erro. o fracasso está na desistência”;

8. descontração durante o lanche, no intervalo entre as duas palestras da noite top 10;

9. sala de aula para 210 alunos, montada no ballroom do Royal tulip Hotel.

N Flashes

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“Para que parcerias em treinamen-to e desenvolvimento deem certo,

algumas bases precisam ser cuidadas com um carinho muito especial: a

correta identificação das ansiedades; a escolha correta dos profissionais

consultores/professores; a prepara-ção do local; o acompanhamento da realização. Todos esses fatores reu-nidos formam o “cubo mágico” que

a N Produções movimenta a cada dia de cada ano com seus profissio-nais que acima de tudo são ótimos

amigos dos parceiros!”

Pedro MandelliConsultor e Professor

Eduardo Santana PazDF Print

Sani PeixotoGerente de Administração – Grupo Copalimpa

“Manifestamos nossa satisfação ao longo dos seis anos de agradável

parceria com a N Produções, nos treinamentos de nossos colabora-dores de Brasília e Goiânia, onde

a importância da atualização do conhecimento se faz a cada encon-

tro. Hoje, o maior desafio é manter o capital intelectual nas empresas,

por isso não posso deixar de elogiar a rica experiência do Clube N -

Café & Contatos, que possibilita um ótimo networking. Obrigada

pela oportunidade!”

“Quero falar da rica oportunidade de ter conhecido a N Produções.

Confesso que no começo fiquei preocupado com o investimento,

mas nossos resultados estão sempre evoluindo. Mudamos completamen-

te nosso foco. Hoje, acredito que somos uma pequena empresa cami-

nhando para nos tornarmos gran-des, isso tudo por conhecer vocês.

Tenho indicado várias empresas para o Projeto N, contudo, meu maior

interesse é ver e poder fazer parte a cada dia do crescimento de vocês.”

o que eles dizem da N produções:

Fotos: aliram campos e murilo Nunes

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www.nrespostas.com.br22 NRespostas

São sempre duas realidades, dois mundos com-petindo pela sua presença emocional dentro de uma organização: o mundo dos problemas e o mundo dos resultados e, pior do que esta com-petição entre eles, você recebe convites diaria-mente para participar de celebrações e conversas dentro de cada um.O mundo dos problemas é repleto de novidades,

uma pior do que a outra e algumas com retoques de sarcasmos e às ve-zes até de um certo sadismo. É um mundo que só aumenta de tamanho todos os momentos, não tem emoção dentro dele, só existe negação, iro-nia e descaso dos seus participantes. Porém, é um mundo rápido, muito rápido!! As notícias correm de bebe-douro a bebedouro, de máquina de café a máquina de café , de toilete a toilete e, pior do que isso, cada notí-cia aumenta de tamanho dando maior prazer e poder aos seus agentes. É um mundo proativo pois as pessoas que

não sabem das notícias correm atras dela, procu-ram se encontrar, procuram estabelecer contato e as vezes até fazem listas de demissões ou marcados para morrer. Mas quem inaugurou este mundo?A grande descoberta é que ele não é novo e que sua avó – sim eu disse sua – já era uma grande patrocinadora/agente dele. Ela já falava para sua mãe quando a mesma reclamava da ausência/atraso do filho(a) – no caso, você – “onde esta-rá meu filho(a), por que está atrasado(a)? E sua avó respondia para sua mãe: “não se preocupe porque notícia ruim chega logo”, e dava uma ri-sadinha. Veja só, sua avó já sabia do mundo do negativo e irônico!Esse fenônemo se chama rádio peão ou rádio corredor, mas tecnicamente o sistema se chama psicossocial. É um grande sistema de conversas, interesses e conflitos em estado de dormência que circula proativamente nas organizações, ampliando os problemas e notícias ruins pelos corredores. Acredite, é um sistema que exis-te, é muito eficaz e funciona 24 horas por dia, mas faz de você prisioneiro da falta de motivos,

“o mundo dos problemas come você, anula-o e o

joga no gru-po dos sem

solução. Já o mundo dos re-sultados é bem prazeroso e te coloca sempre em perspecti-

va, mas requer obstinação e

muita energia.”

Além da hierarquiape

dro

Man

delli

A culpadafoi a sua avó!

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23NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

ou melhor, suga a motivação e perspectiva que deveriam residir dentro de cada um: reclame com sua avó!O outro mundo é o de resul-tados, novidades, projetos e

aprendizado que corre em paralelo e, por incrível que pareça, é nele que residem as suas perspectivas, mas ele é lento, transita pela estrutura da organiza-ção, é transparente e, portanto, não tem o mistério e o charme do namoro novo. É uma arena conhe-cida que precisa ser vivida intensamente para ser apreciada. É um campo vigoroso que requer ener-gia de cada pessoa que procura nele viver. É uma necessidade de viver obstinadamente construindo, tijolo a tijolo, a sua própria credibilidade. Vale a pena? Óbvio que sim! Mas precisa lutar contra o mundo dos problemas senão o mal vence com faci-lidade, pois a rádio peão tem pelo menos dez vezes a potência e a velocidade do mundo dos resultados.A escolha é individual e dentro dos interesses de cada um. O mundo dos problemas come você, anu-

la-o e o joga no grupo dos sem solução. Já o mundo dos resultados é bem prazeroso e coloca você sem-pre em perspectiva, mas requer obstinação e muita energia. Enfim, escolha o mundo em que quer viver e não reclame da sua escolha.

“Não se preocupe

porque notícia

ruim chega logo.”

Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da mandelli consultores associados, é professor da Fundação dom cabral e autor do livro muito além da hierarquia.

Leia mais sobre o assunto em:

Vida e carreira – um equilíbrio possível?pedro mandelli e mario sergio cortellaeditora gente – 2001

Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. cortella e mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam res-saltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. o livro oferece respostas para diver-sas questões como: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atro-pelado pelo estresse?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre trabalho acumulado à nossa espera?’. além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da car-reira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tecnologia, entre outros.foi a sua avó!

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A N Produções quer, aproveitando este momento de encerramento e iní-cio de ano, prestar uma homenagem aos parceiros que estiveram conosco em 2012, ajudando-nos a levar conhecimento e crescimento pessoal a to-dos os nossos clientes.

Nosso muito obrigado às empresas que, confiando em nosso trabalho, nos ajudam a fazer a diferença no ambiente corporativo da capital federal. Que 2013 seja um ano próspero para todos. Esperamos tê-los conosco novamente nessa jornada pelo mundo do conhecimento e dos negócios. Feliz ano novo!!

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25NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

“as empresas devem criar ‘momentos

mágicos’ para os seus

clientes e não ‘momentos

trágicos’.”

“Vivemos a era da ‘preferência’ e não mais ‘fidelidade’.”

25NRespostas

Responde:Prof. Fernando R. A. Marchesini, Msc.www.fgv.br/mba-bsb A resposta está

nos pequenos

como se diferenciar no mercado globalizado, competitivo e online?

detalhesNo mundo globalizado

a comunicação deve ser fluente. Partindo dessa pre-

missa, a corrida pela informação vem fazendo com que as indústrias

responsáveis pela alta tecnologia apliquem seus investimentos na me-

lhoria dos equipamentos que utilizamos hoje em dia.

Muitos tablets vêm surgindo, os aparelhos ce-lulares estão cada vez mais modernos, a internet está cada vez mais rápida, os computadores estão cada vez mais avançados, enfim, vivemos a “era da informação”.Neste cenário, o importante é conhecer profunda-mente a concorrência e buscar, cada vez mais, atender aos clientes de uma forma mais eficiente. A palavra da moda é SURPREENDER. As empresas devem desen-volver ações e processos que façam com que os clientes se sintam surpreendidos, melhorando a percepção de valor deles em relação aos produtos, serviços e marca.Mas o que seria trabalhar de forma diferente? Como se diferenciar no mercado globalizado, competitivo e online?As respostas estão nos pequenos detalhes. O atendi-mento ao cliente, por exemplo, faz uma grande di-ferença. Outro dia, ao entrar no saguão de um hotel em Fortaleza, um garçom se aproximou, ofereceu uma taça de água de coco bem gelada e disse: “Seja muito bem-vindo a Fortaleza”. Essa ação me surpre-

endeu e me deixou com a sensação de que a minha estada naquele hotel seria muito boa.Outro exemplo que me surpreendeu ocorreu quando fui abastecer o meu car-ro em um posto de combustível próximo da minha casa e o frentista perguntou se eu aceitaria tomar um café da manhã.

Saí do carro e fui brindado com um café da manhã simples, mas oferecido como diferencial do posto.Pode-se observar que quanto mais benefícios a empresa oferece, mais o cliente valoriza e mais feliz e satisfeito ele fica. Hoje vivemos a era da “preferência” e não mais “fidelidade”, portanto, a empresa deve investir em be-nefícios para seus clientes com o objetivo de colocá-la sempre à frente da concorrência.Torna-se imperativo o investi-mento em novos benefícios, em novos detalhes, em novas estraté-gias, em novos processos, enfim, em “surpreender”. As empresas devem criar “momentos mági-cos” para os seus clientes e não “momentos trágicos”.Com as redes sociais, qualquer informação, positiva ou negativa, chega rapidamente a um número expressivo de pessoas, portanto, é importante que se faça um in-vestimento em pesquisa para que a empresa avalie a sua situação no mercado. Por exemplo: se existe um blog ou uma página na internet com o título: “Eu odeio a empresa X”, se tiver 30 seguidores, podem ser 30 funcionários, agora, se tiver 3.000 seguidores, a empresa deve se preocupar.Concluindo, as empresas de hoje devem investir no “diferencial”, no “inusitado”, na “surpresa”, nos “pro-cessos” percebidos por seus clientes como forma de mantê-los ativos, comprando seus produtos e ajudan-do na divulgação de sua marca com o objetivo de fazer com que eles mantenham a sua preferência.

Fernando Roberto de Andrade Marchesini é mestre em gestão empresarial, professor e coordenador dos mbas em marketing, gestão de Negócios em co-mércio e Vendas, gestão de Varejo e gestão estratégica de Vendas da FgV, di-retor Fundador da APMB – Associação dos Profissionais de Marketing do Brasil e diretor da central de cursos e palestras do ippp – instituto de professores públi-cos e Particulares do Brasil • www.ippp.org.br

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www.nrespostas.com.br26 NRespostas

Você já observou o que acontece quando um amigo seu se separa? Em geral, a nova namorada dele é muito parecida com a companheira antiga.Você já percebeu que, quando uma amiga sua muda de emprego, as reclamações dela sobre seu novo chefe são as mesmas que ela fazia sobre o chefe anterior?As semelhanças entre a nova namorada de seu amigo e a antiga e entre as reclamações sobre o novo e o an-tigo chefe da sua amiga são baseadas nos seus filtros da realidade.Seu amigo tem uma maneira rígida de ver a realidade, o que torna praticamente inútil a ele mudar de rela-

cionamentos, já que viverá de maneira similar à anterior. Assim é também com sua amiga.Se você perceber o que acontece em sua vida, vai observar que existe um padrão de sucesso. Nas coisas em que você se sai bem, esse padrão se ma-nifesta. Por exemplo, na sua facilidade para ser promovido no trabalho ou no

seu talento para conquistar relacionamentos. Mas você também pode perceber que há um padrão nas áreas em que você fracassa. Talvez seja na área afe-tiva na qual você se pergunta: “Por que eu nunca con-sigo namorar por mais de seis meses?”. Você pode criticar os homens ou as mulheres, falar dos problemas da vida moderna, ou até dizer que seu

problema é que você viaja muito. Mas a verdade é que, se você olhar um pouco para o lado, vai perceber que essas explicações não se sustentam. Uma amiga sua que é aeromoça viaja o tempo todo e tem um namoro incrível. Várias de suas amigas, da mesma profissão, vivem a tal da “vida moderna” e ainda assim conse-guem manter relacionamentos muito gratificantes. Muitas vezes, as pessoas não entendem por que sua vida não avança. Elas fazem cursos, trabalham duro, esforçam-se, e parece que os resultados não são com-patíveis com sua dedicação.Na verdade, a causa dos nossos sucessos e dos nossos fracassos é o nosso mindset, ou seja, a nossa maneira de pensar, ou os filtros que usamos para ver a realida-de, o quanto nos permitimos ser felizes e realizados.A grande maioria das pessoas tem uma vida que não muda, com um padrão de carreira com ganhos limita-dos por esse padrão. Já percebeu que existem pessoas que, não importa o quanto ganhem, estão sempre sem dinheiro? Culpa de seu mindset! Se entender esse mecanismo, você pode aumentar sua capacidade de ter sucesso sempre. Você pode ser reco-nhecido e muito bem remunerado por fazer o que faz. É o tamanho e a qualidade do seu mindset que deter-minam quantas boas coisas você vai reter e quantas outras vai desperdiçar. São suas crenças a respeito dos relacionamentos que vão fazer você se decepcionar com novos namorados

“a causa dos nossos sucessos e dos nossos fracassos é a nossa maneira de pensar, ou seja, os filtros que usamos para ver a realidade.”

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“muitas vezes, as

pessoas não entendem

por que sua vida não avança.”

da maneiraConstrua

correta

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27NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

depois de três meses ou criar um relacionamento amoroso duradouro pela vida afora.É sua forma de acreditar na maravilha de ser rico que vai fazer você acreditar que pode ser um milionário. Se você pensar que a pobreza tem

mais beleza que a riqueza, vai dar um jeito de desperdi-çar oportunidades. A vida da maioria das pessoas é um interminável “jogar fora as oportunidades” para provar para elas mesmas que essa maneira limitada de elas verem a vida é a correta.O único modo de ter mais sucesso, dinheiro, reconhe-cimento e amor é aumentando o tamanho e a qualidade do seu mindset! Você pode prosperar, desde que se permita isso. Am-pliar sua maneira de ver o mundo é o único modo de ter mais riquezas, amor, amigos, alegria e paz de espírito. Repito: as oportunidades caem em nosso colo todos os dias, mas é a nossa maneira de ver o mundo que filtra essas oportunidades. Aumente e melhore o seu mind-

set para poder aproveitar melhor as oportunidades da sua vida! Pense sobre isso e prepare sua mente para ter um 2013 com muito sucesso!

Um grande abraço,Roberto Shinyashiki

“o único modo de ter mais

sucesso, dinheiro, reconhecimento

e amor éaumentando

o tamanho e a qualidade do seu

mindset!”

O principal desafio dos lideres de hoje é motivar suas equipes mobilizando as pessoas para o alcance de metas cada vez mais arrojadas.

Em sua 19a edição, o curso Líder Coach, ministrado por Homero Reis - Pioneiro e maior disseminador da cultura do coaching em Brasília - traz para você, gestor e pessoas chaves das organizações um modelo de liderança de alto impacto orientado a gerar resultados extraordinários.

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Roberto Shinyashiki psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, doutor em administração de empresas pela Faculdade de economia, administração e contabilidade da universidade de são paulo (Fea/usp) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br

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os segredos das apresentações poderosasRoberto shinyashikieditora gente

Infelizmente, muitos profissionais competentes fracassam por não saberem se comunicar de modo convincente. talvez, neste momento, você esteja preocupado com as apresentações que têm de fazer em seu trabalho, ou esteja chateado porque teve um desempenho sofrível em uma oportunidade impor-tantíssima para sua carreira. Neste livro, Roberto shinyashiki, com sua experiência de mais de 30 anos como palestrante profissional, vai ensinar todos os segredos para organi-zar e fazer apresentações de impacto. para ser bem-sucedido, não basta falar bonito, é preciso arrebatar as pessoas que o ouvem para a ação que você quer que elas façam.

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www.nrespostas.com.br28 NRespostas

Você deve estar perguntando qual a correlação desses temas que originaram esse título chato, que dificilmente interessa à maioria dos brasileiros? Com exceção do preço do óleo, o assunto não desperta interesse em quase ninguém, principal-mente nos mais prejudicados.A política econômica de uma nação tem alguns reflexos no curto prazo e muitos no longo prazo. São necessários muitos anos de sacrifício de toda a sociedade para se obter o equilíbrio macroe-conômico, que uma vez alcançado gera estabi-lidade, com crescimento e bonança para toda a economia. O melhor termômetro do sucesso dessas medi-das, implantadas há muitos anos, é, de fato, o aumento de empregos e da renda dos trabalha-dores.Quando tal política é equivocada e a demagogia para resultados imediatistas é instalada, os me-nos abastados sofrem as consequências instanta-neamente, mas os reflexos atingem toda a cadeia

produtiva e todos os agentes econômicos.O FILME É VELHO e OXALÁ NÃO SEJA RE-PETIDO.Transposição de rio quase sem água, estádios de futebol faraônicos e usinas hidroelétricas de bai-xa produtividade são exemplos tristes de priori-dades equivocadas. Priorizar o consumo, rele-gar a Infraestrutura, e au-mentar o Estado com seu insaciável apetite, tudo isso conjugado a um sistema econômico sobrecarregado de tributos é, sem dúvida alguma, a explicação do “módico” precinho do óleo de soja.

Demétrius Borel Lucindo é economista, pós-graduado em administração Financeira na FGV e Economista Chefe da N Investimentos, profissional de mercado desde 1986, quando começou sua carreira profissional, destacando--se em várias instituições financeiras.

e o óleo de soja (de 900 ml) a R$ 4,00 ou U$ 1,98

N Investimentos

“a política econômica de uma nação tem alguns reflexos no curto prazo e muitos no longo prazo.”

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Consumo,infraestrutura,

inchaço do estado

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Toda conquista envaidece e orgulha. Principalmente, quando esta vitória é construída com trabalho e competência.O Tribunal Regional Eleitoral do Dis-trito Federal já possuía dois processos de trabalho certificados: um com foco no cidadão, no eleitor; outro com foco na eficiência e na transparência em lidar com a coisa pública. Agora, voltando os olhos para dentro da casa, conquistou sua terceira certificação, agora em um processo de trabalho direcionado aos próprios servidores.A equipe da Secretaria de Gestão de Pessoas do TRE-DF alcançou, neste

ano, de forma pioneira no âmbito da administra-ção pública federal, a certificação de qualidade ISO 9001 em um processo de trabalho da área de recursos humanos.A ideia de certificar um processo de trabalho na área de gestão de pessoas surgiu da preocupação constante em melhorar os procedimentos que afetem a vida funcional dos servidores, tomando como premissa a importância da celeridade e da precisão das informações prestadas e dos contro-les estabelecidos. A implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade proporcionará uma melhor sistema-tização das atividades da seção, permitindo a padronização de procedimentos e consequente-

Cuidandodo servidor

“Voltando os olhos

para dentro da casa,

conquistou sua terceira certificação,

agora em um processo de trabalho direcionado

aos próprios servidores.”

Eficiência na Gestão Pública

O que acontece com os casos e as pessoas que se destacam no setor público pela atuação eficiente e inovadora? a N Respostas dedica essa coluna a divulgar e homenagear essas histórias de sucesso e seus personagens.

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31NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

mente garantindo ao servidor que suas demandas serão atendidas dentro dos rigorosos padrões de pro-cedimentos que a certificação impõe.O controle e a gestão da avaliação de desempe-nho funcional com vistas à progressão na carreira dentro das normas da qualidade ISO permitirão agilidade e confiabilidade nas rotinas e nas infor-mações desse processo de trabalho que acompa-nha toda a vida funcional do servidor e influencia diretamente em seu salário.A base para a implementação da certificação ISO 9001:2008 do processo de avaliação de desem-penho teve como pilares o foco no cliente, que é o servidor, e os 4 aspectos que a própria norma estabelece, quais sejam, o comprometimento da alta direção, a gestão de recursos, a realização do produto e a melhoria. Nesse sentido, o TRE-DF desenvolveu uma série de ações para a consecu-ção do projeto de certificação: benchmarking com órgãos do poder judiciário e do legislativo acerca das práticas adotadas para a avaliação de desem-penho; treinamento dos servidores da unidade

sobre o funcionamento do Sis-tema de Gestão da Qualidade; mapeamento do processo a ser certificado; discussão e remode-lagem do processo de avaliação de desempenho; documentação do processo; definição de indica-dores de desempenho. Após a realização dessas ações, o processo de avaliação de desem-penho para fins de movimenta-ção funcional e estágio probató-rio está mais maduro. As pessoas conseguem enxergar com mais clareza as relações e implicações de sua atividade com outros setores e com o próprio servidor, além de conhecer o que se espera de sua contribuição para o alcance dos obje-tivos da unidade ligados a esse processo de avaliação de desempenho. Parabéns à equipe da Secretaria de Gestão de Pesso-as do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal pelo pioneirismo e exemplo. Que outros lhes sigam!

Cuidando

“a ideia de certificar um processo de trabalho na área de gestão de pessoas surgiu da preocupação constante em melhorar os procedimentos que afetem a vida funcional dos servidores.”

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problemas da visão.

Completo(Consultas.Exames.Cirurgias)O Hospital CBV é dividido em

03 blocos interligados e conta com áreas aconchegantes e um paisagismo diferenciado, propor-cionando o máximo do conforto que se justifica pelas instalações completas, através do premiado planejamento arqui- tetônico, garantindo o melhor relacionamento entre profissionais e pacientes.

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logia que se reforça através de um sistema de integração informatizada desenvolvido pelo Hospital CBV.

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Corpo Clínico

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www.nrespostas.com.br32 NRespostas

Em outubro, o Clube N reuniu seus associados e um seleto grupo de executivos da área de gestão de pessoas para um momento muito especial: uma conversa com a dra. Janete Vaz, sócia proprietária e diretora executiva do Laboratório Sabin.Durante um bem servido café da manhã no sofisticado Restaurante Oliver, uma aula sobre como conquistar títulos, sucesso e reconhecimento – nacional e interna-cional – na difícil arte de gerir pessoas.Os mais de 50 empresários e executivos que abriram espaço em suas agendas para ouvir Janete aproveita-ram a rara oportunidade para realmente aprender. Conhecer a trajetória do grupo, desde seu início, passando pelos processos de aprimoramento e de ex-

pansão, tendo como narradora a protagonista dessa impressionante saga de sucesso foi uma experiência única. Com papel e caneta em mãos, cada um dos participantes desse encontro registrou os pontos que considerou mais relevantes.Mesmo trilhando caminho próprio, o Clube N acom-panha a N Produções no firme propósito de contribuir para o desenvolvimento e a capacitação de pessoas, ofe-recendo ao meio corporativo da capital ambiente, fer-ramentas e oportunidades de acesso ao conhecimento do mais alto nível.

Clube N – Um clube de resultados para líderes de vi-são. Associe-se você também!

Janete Vaz ensina a gerir pessoas

Nas fotos, Janete Vaz no Café e

Contatos com os associados do

Clube N

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33NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

(61) 3389-1286 | (61) 3632-2115 Marketing & Comunicação

Dif3renteEducação Corporativa

Posto G3

Desejamos boas festas aos nossos associados do Clube N.

2013 será um grande ano!

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www.nrespostas.com.br34 NRespostas

Pergunte ao coachH

omer

o Re

is

Em Brasília, o Setor Comercial Norte é conhecido pelos seus frequentadores como Little Manhattan. A razão do apelido se deve a dois fatos: a maioria dos prédios têm nomes que lembram os espaços novaior-quinos; e porque é um local que abriga empresas do segmento financeiro, consultorias etc.Alguns edifícios comportam em seus halls de entrada pequenos cafés onde os clientes, normalmente exe-cutivos, podem saborear expressos e conversar sobre as variações do mercado e da bolsa. Na verdade, são pessoas que vestem ternos e roupas formais e cujo comportamento segue a mesma linha.Minha empresa tem sua sede nesse local. Igualmente aos meus pares, tomo café em uma cafeteria instalada na praça do “meu” prédio. É meu momento de con-templação do dia.

Tempos atrás, num desses momentos, aproximou-se de mim um jovem, no pa-drão dos locais. Foi chegando e, com mui-ta gentileza, me perguntou se eu queria engraxar os meus sapatos. Fiquei surpreso com a pergunta. Segundo o meu entendi-mento (ou preconceito), a oferta era in-compatível com o perfil do rapaz.Diante do meu claro desconforto, um amigo presente adiantou-se e me deu as explicações iniciais. Esse é o Alderi, en-

graxate que trabalha nessa região há anos. É o me-lhor “profissional dos sapatos” que conheço. Meu desconforto tornou-se admiração e, embora meus sapatos estivessem limpos, não resisti à oportunida-de de conversar com o Alderi.Segundos depois, volta ele com sua caixa de engra-xar. Havia um ritual na sua prática. Colocou a caixa no chão, tirou o paletó, calçou as luvas higiênicas, vestiu um jaleco onde se via impresso no bolso es-querdo sua logomarca e o título “engraxate”, que ostenta orgulhosamente.Senhor, ponha seus pés aqui que vou começar a cuidar dos seus sapatos. Eles lhe levam a todos os lugares e devem estar bem apresentados.As pessoas se revelam a partir dos seus sapatos. Pes-soas descuidadas de si e de suas relações não são capa-zes de manter seus sapatos limpos. Isso me ocorreu enquanto ele se preparava para começar seus traba-lhos. Fazia parte de seus procedimentos uma série de perguntas sob o título “diagnóstico dos sapatos”. É importante conhecer seus caminhos para preparar melhor seus sapatos, disse-me ele.Assim, começou a engraxar. Foram tantos os detalhes que a experiência de ter meus sapatos engraxados pas-sou a ser uma experiência existencial.Perguntei-lhe sobre sua vida. De origem humilde, ele veio para a capital com o objetivo de melhorar de vida.

“descobriu que só

sabia engraxar sapatos.

então, era com isso que iria

ganhar a vida.”

e sapatosCaminhos

A história de uma possibilidade

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35NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013

O que conseguiu, dada a premente necessidade fami-liar de sobreviver, foi trabalhar. Trabalhos em funções gerais nas empresas e coisas semelhantes não lhe for-neciam a remuneração que julgava justa e necessária. Como isso não era suficiente, resolveu empreender. Para começar, descobriu que só sabia engraxar sapatos. Então, era com isso que iria ganhar a vida. Descobriu, também, que não havia muitos engraxates nas regiões comerciais mais nobres de Brasília. Era isso que tinha e era com isso que iria sobreviver. Dono de uma sim-patia natural e com enorme capacidade de observa-ção, Alderi descobriu como as pessoas se vestiam e se comportavam nesses espaços. Daí, caracterizou-se como uma delas e assumiu-se como um executivo. Com o tempo, o personagem foi criando corpo e clientela e o serviço sofisticou-se. A notícia do execu-tivo engraxate percorreu toda a Little Manhattan e o negócio prosperou.Alderi, como todo bom executivo, tem hora para chegar, mas não tem hora para sair. Trabalha de nove da manhã até o último freguês, de segunda a sexta--feira. Atualmente, mantém uma vida simples mas confortável, embora tenha um assessor financeiro

que lhe orienta a ter reservas para o futuro.Essa é a história do Alderi, o execu-tivo dos sapatos. Nela tem tudo que se precisa para entender a vida como um grande espaço de aprendizagem. Tem criatividade e iniciativa para construir resultados a partir do que se tem; tem bons relacionamentos; tem proatividade para avançar no mercado; tem humildade para pe-dir ajuda; tem força de vontade para trabalhar; tem conhecimento do seu trabalho e das necessidades dos seus clientes; tem so-nhos; tem realização. Em seu caminho, os sapatos fa-zem toda a diferença no jeito de viver.

Reflitam em paz. Homero Reis

Homero Reis é bacharel em administração de empresas, mestre em educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da international coaching Federation. www.homeroreis.com

Caminhos

LEVE CONSIGO UMA BOA LEMBRANÇA DO OLIVER.

“essa é a história do alderi, o executivo dos sapatos. Nela tem tudo que se precisa para entender a vidacomo um grande espaço de aprendizagem.”

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Responde:

Nailor Marques Jr.www.nailor.com.br

Durante os anos 70 e 80, um grupo de cien-tistas americanos, li-derados pelo psicólogo Howard Gardner, de-senvolveu uma pesquisa em cognição humana mantida pela Universi-dade de Harvard. Esse projeto queria demons-trar e demonstrou que a escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos e não apenas a lógico-matemática e a linguística, como é mais comum. Esse co-nhecimento e essa prática, com o tempo, foram transportados para o mundo corporativo. Essa apropriação de ideias, essa migração de um universo para outro fez surgirem novos pesquisa-dores com interesses um pouco diferentes do pro-jeto original e das ideias primeiras de Gardner e

seu grupo. Daniel Goleman, também psicólogo, doutor por Harvard e professor da insti-tuição, refletiu sobre a possibi-lidade da existência de uma in-teligência emocional, ideia que evoluiu para os estudos de uma inteligência social, ou seja, o

homem, enquanto es-pécie, é um ser estru-turado para ser gregá-rio ou conectado para usar uma expressão do século XXI.Segundo o professor e conferencista america-no, a neurociência des-cobriu que a estrutura concreta de nosso cé-rebro o torna sociável, independente de nossa vontade, ele nos leva a uma íntima cone-xão cérebro-a-cérebro sempre que nós intera-

gimos com outra pessoa. “Esta ponte neural nos permite ‘atritar’ nosso cérebro, e assim o corpo, com todo mundo com quem nós entramos em con-tato, da mesma maneira que eles fazem conosco. Mesmo nossos mais rotineiros encontros são regu-lados no cérebro, iniciando emoções em nós, algu-mas agradáveis, outras não. Quanto mais conec-tados emocionalmente estivermos com alguém, maior será a força mútua”, ele sentencia.Uma vez entendido isso, poderemos trabalhar a forma como nos relacionamos e aprender mais com os resultados de nossas relações como se fôs-semos cobaias de nós mesmos. Entendendo nossas interações poderemos aprender a regular nossas

o q

ue é

?

O que é inteligência

social?

professor, até que ponto nossos resultados são influenciados pelas pessoas que nos cercam?

“Quanto mais conectados

emocionalmente estivermos com

alguém, maior será a força

mútua.”

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37NRespostasdezembro 2012 \ janeiro 2013Marketing & Comunicação

Brasília: SCN Qd.01 Ed. Central Park sala1.115 - Brasília - DF / Telefone: (61) 3327-2208 Goiânia: Av. T-7 Nº. 1016 - Setor Bueno - Goiânia - GO / Telefone: (61) 3327-2208

Em 2012 fizemos muitas histórias, construímos emoções e experiências incríveis. Esperamos que 2013 seja um ano de sucesso e realizações para todos nós.

A Agência SISTERS deseja a todos os seus clientes, parceiros e fornecedores um bom Natal e um Próspero Ano Novo.

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emoções decorrentes delas. Viver em grupo impli-ca poder se relacionar com as pessoas sem que cada contato físico ou emocional seja um tormento para os membros dessa comunidade. Quanto mais puder-mos entender como as emoções resultantes desses encontros podem ser trabalhadas, mais proveitosos serão os resultados das tarefas produzidas por esse conjunto de pessoas. Nossos sentimentos resultantes de relações com o outro podem ter consequências de longo alcance, podem se esgueirar através de nossos corpos, afe-tando a produção de hormônios que regulam os sistemas biológico e imunológico. A descoberta de Goleman então nos dá uma conclusão surpreenden-te: tudo que resulta de nosso contato com as outras pessoas do círculo em que vivemos nos afeta não só emocionalmente, mas também biologicamente, o que a longo prazo pode ter consequências imprevi-síveis. Um mal relacionamento pode nos fazer imu-nologicamente mais fracos e, via de consequência, mais vulneráveis a ataques biológicos externos.O que parece que nos sobra disso é tentar entender a

nós mesmos, não só enquanto lida-mos com as nossas emoções, inter-namente, mas também com como nos relacionamos com o outro. Viver em grupo não só é uma ne-cessidade cada vez mais imperativa como pode mudar a forma como se-remos biológica e psicologicamente no futuro. Segundo o psicólogo, nós nos percebe-mos por intermédio das somas totais dos membros de um grupo, criamos assim um ao outro. Líderes e liderados precisam reconhecer e aceitar isso. Pos-suir inteligência social, portanto, é um imperativo de ordem para o sucesso profissional no século XXI: ou aprendemos a nos relacionar e galgamos postos, posições e aliados ou continuamos a caminhar so-zinhos e vemos a luz do nosso horizonte cada vez mais distante, até virar um ponto indefinido numa imensidão inalcançável.

Nailor Marques Jr. é professor, palestrante, coaching, autor, entre outros, de sucesso com inteligência e liderar e vender. www.nailor.com.br

“ou aprendemos a nos relacionar e galgamos postos, posições e aliados ou continuamos a caminhar sozinhos.”

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FilosofandoM

ario

ser

gio

Cort

ella

Existe uma responsabilização muito gran-de do indivíduo, do trabalhador, espe-cialmente no mundo executivo. Neste mundo executivo se diz: “Você tem

de se cuidar, é responsabilidade sua”. Claro que é, mas não é só minha. Uma empresa inteligente é aquela que oferece parceria para mim nessa proposta. É aquela que não imagina que, nessa relação carreira e vida, eu seja o exclusivo responsável por isso. Aliás, eu, se sou um executivo, só me sen-tiria leal – mesmo que circunstancialmente – a uma empresa se eu percebesse que ela é leal a mim em re-lação à minha carreira, que ela me oferece perspectiva de futuro, que ela aposta de fato no meu trabalho, que ela é minha parceira em relação ao investimento fi-

nanceiro que eu preciso fazer – e ela também – na minha formação acadêmica ou na minha formação profissional do cotidiano. Nesse aspecto, a questão da educação cor-porativa tem um papel importante na re-tenção de bons profissionais. Eu fico no lo-cal onde percebo que estão investindo em mim. Isso é uma forma de reconhecimento. Alguém que faz comigo, empregado, uma

parceria, dizendo que paga metade do meu curso de idioma estrangeiro ou que facilita o meu horá-rio de trabalho, de modo que eu vá fazer uma pós--graduação ou até uma graduação que ainda não fiz ou não completei, está investindo em mim. Todas as vezes que alguém fala “você vale o que nós estamos fazendo”, isso me dá um bem-estar de que tenho ali uma gratidão. Todas as vezes que eu percebo que a empresa comigo é ingrata ou que me trata como se eu fosse tão-somente uma peça a ser mobilizada ou desmobilizada de acordo com a urgência, isso cria em mim uma certa indiferença.

A educação é um valor intrínseco na sociedade e no mundo do trabalho é um valor inclusive de empre-gabilidade. Se eu percebo que a empresa em mim investe, aumenta o meu nível de gratificação, de um lado, e de gratidão, do outro. Não significa que eu tenha lealdade absoluta, porque não se sente isso nem nas organizações em geral. Mas, pelo menos, eu tenho um nível de fidelidade maior.

Fidelidade

Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em educação, professor-titular da puc-sp (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em educação: currículo (1997–2012) e no departamento de teologia e ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação dom cabral (desde 1997) e ensinou no gVpec da FgV-sp (1998–2010). Foi secretário municipal de educação de são paulo (1991-1992). é autor, entre outras obras, de “a escola e o conhecimen-to” (cortez), “Nos labirintos da moral”, com yves de la taille (papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos pron-tos!” (Vozes), “sobre a esperança: diálogo”, com Frei betto (papirus), “lide-rança em foco”, com eugênio mussak (papirus), “Viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (Versar/saraiva), “política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (papirus), “Vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete refle-xões breves para recusar o biocídio” (polisaber).

Leia mais sobre o assunto em:Qual é a tua obra? inquietações propositivas sobre ética, liderança e gestãomario sergio cortellasão paulo: Vozes, 2007.

“a ideia de trabalho como castigo precisa ser subs-tituída pelo conceito de realizar uma obra. enxergar um significado maior na vida aproxima o tema da espiritualidade do mundo do trabalho. depois do sucesso de “Não nascemos prontos” e “Não espere pelo epitáfio”, Mario Sergio Cortella publica, também pela editora Vozes, um texto envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo. Neste livro, o autor desmistifica conceitos e preconceitos e define o líder espiritu-alizado como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas.”

recíproca?

38 NRespostas

“a questão da educação corporativa

tem um papelimportante

na retenção de bons

profissionais.”

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