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1 NRespostas abril / maio 2013 Liderança Feminina Ano VI • Nº 27 • abril / maio 2013 • R$ 8,90 soluções para o mundo empresarial Entrevista exclusiva com José Roberto Guimarães As habilidades femininas aplicadas ao desenvolvimento organizacional Roberto Shinyashiki É nas crises que se cria o sucesso consistente Mario Sergio Cortella Recusar o biocídio Pedro Mandelli Por que o mundo é redondo!

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abril / maio 2013 • A revista N Respostas é uma publicação da N Produções, e objetiva oferecer soluções para o mundo empresarial. Editora-chefe: Renata Araujo, Arte: Leticia Marchini, Diretor Executivo: Jose Paulo Furtado

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1NRespostasabril / maio 2013

LiderançaFeminina

Ano VI • Nº 27 • abril / maio 2013 • R$ 8,90

soluções para o mundo empresarial

Entrevista exclusiva com

José RobertoGuimarães

As habilidades femininas aplicadas ao desenvolvimento organizacional

Roberto ShinyashikiÉ nas crises que se criao sucesso consistente

Mario Sergio CortellaRecusar o biocídio

Pedro MandelliPor que o mundo

é redondo!

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Stephen Kanitz

Eduardo Tevah

TOP 10 Empresarial, dia 22 de maio de 2013 às 18h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (61)

Informações e vendas:

ApoioPatrocínio

Marketing & Comunicação

Educação Para o TrabalhoComo as noções básicas de educação afetam a vida profissional?

O que tem faltado nas pessoas que chegam no mercado de trabalho?

Responsabilidade e comprometimento com a excelência

O respeito como regra básica de hierarquia e convivência

Como ter disciplina e fazer dela um diferencial profissional?

Ética:o que não se aprende nos bancos escolares?

Como sua postura perante a vida define sua trajetória?

Como sair da multidão de pessoas comuns e se tornar um verdadeiro Diamante?

Como administrar crescimento

Desnacionalização da economia

Formas e regras novas para captar recursos

Como manter seu pessoal

Gargalos setoriais

Falta de energia

Concorrência das empresas de capital aberto

Câmbio barato

Mudanças precisam de gestão, gestores promovem mudanças

Stephen Kanitz

Educação Para o Trabalho

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3NRespostasabril / maio 2013

Caro leitor,

nessa edição estamos focados em fa-lar de um tema super atual: a mulher e a sua conquista de mercado, exer-cendo seus papéis de mãe, chefe de família e agora, mais do que nunca, o papel de líderes empresariais.Segundo pesquisa do Sebrae, 45% dos empreendedores individuais do Brasil são mulheres; elas estão to-mando decisões e trabalhando para conquistar seu espaço. Para Ana Fontes, diretora da Rede Mulher Empreendedora, as mulheres têm um jeito diferente de fazer negócios: elas são mais parti-cipativas e menos agressivas na gestão. “Elas gostam de trocar ideias com parceiros, funcionários e colabo-radores, e também são mais cautelosas”, explica. Isso faz com que elas se planejem melhor, progredindo de forma um pouco mais lenta, porém consistente.Tenho a oportunidade de diariamente conviver com elas como sócias, no marketing das empresas e, prin-cipalmente, nos departamentos de recursos humanos em organizações tanto públicas como privadas. Nas ge-rências de RH, posição geralmente ocupada por profis-sionais da Psicologia, existe a predominância feminina, refletindo o que ocorre na maioria das turmas de gra-duação nesta área. Aí estão elas, dominando e dando as diretrizes para o desenvolvimento das organizações. Elas estudam mais que os homens, começa aí a dife-renciação. São mais dedicadas, mais focadas em seus objetivos, abrem mão de privilégios para alcançar suas metas e seus sonhos. São mais ligadas em seu processo de desenvolvimento pessoal e, consequen-temente, na evolução de sua carreira. Vejo isso de

perto! Nos cursos e palestras que rea-lizamos, elas sempre são maioria.Cito aqui algumas das características que consegui observar nas mulheres e que as tornam, em minha visão, excep-cionais líderes. Uma delas é saber ouvir. Muitas vezes tive oportunidade de mos-trar a elas o trabalho da N Produções em reuniões e pude perceber o quanto se interessam. Querem saber tudo que podemos oferecer. Eu sinto a sintonia e o entusiasmo delas com tudo que é

apresentado e, rapidamente, elas percebem as vanta-gens que temos a oferecer para as empresas que repre-sentam. Humildade de ouvir e velocidade para decidir.Outra característica creio ser a versatilidade. Lidam bem com o acúmulo de vários papéis. Penso que elas estão mais capacitadas para lidar com vários processos simultaneamente. As vejo em diferentes frentes de tra-balho. Executam várias tarefas ao mesmo tempo, sem deixar de serem como são. Elas são mais sociáveis!Por último, observo as consequências do acúmulo das características que citei: por serem mais sociá-veis, boas ouvintes e por estarem em várias frentes de trabalho nas empresas, passam a deter naturalmente o poder de liderar processos, pessoas e grupos.Temos muito a aprender. Elas já chegaram, vão conti-nuar chegando e, graças a Deus, são peças fundamen-tais na família, nas empresas e em nosso país.

Um abraço,

José Paulo FurtadoDiretor da Revista N Respostas

twitter.com/[email protected]

A mulher liderando

Carta ao LeitorN Palavras

em todas as áreas!

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www.nrespostas.com.br4 NRespostas

N Respostas é uma publicação da N Produções

Diretor-Executivo:José Paulo Furtado

Direção de Arte/Editoração:Letícia [email protected]

Editora-Chefe:Renata Araú[email protected]

Jornalista responsável:Cid Furtado Filho DRT DF 1297

Revisão:Denise Goulart

Fotografia:Telmo Ximenes • Adda Raquel • Anderson Marques • Aliram Campos • Murilo Nunes • Ilustrações e fotos: Stock Photos

Reportagem:Renata Araújo

Colaboradores desta edição:Augusto Cury • Christian Barbosa • Dado Schneider • Eduardo Ferraz • Homero Reis • Lucas Gonçalves de Araújo • Mario Sergio Cortella • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki • Stephen Kanitz

Diretora Financeira:Ana Paula Abí[email protected]

Diretor Comercial:José Paulo [email protected]

www.nproducoes.com.br

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas:

SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DFTel./Fax: 61 3272.1027

e-mail: [email protected]

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h [email protected]

A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados.

Tiragem: 20.000 exemplares.

[email protected]

Saber o que fazer quando se aposentar se torna um desafio. Afinal, os sonhos não acabaram, a vida não terminou. Com o passar dos anos, a energia continua lá, ávida para ser colocada em cheque a qualquer momento.Essa foi a conclusão a que cheguei quan-do me deparei com uma série de exem-plares de revistas, tendo uma das maté-rias me chamado atenção, que tinha o seguinte título: “Motivação, a arte de fazer as pessoas experimentarem o seu máximo”, da revista N Respostas.A cada artigo lido, me colocava à frente de um desafio, e ao final concluí: por-que não?!! Porque não tentar, depois da aposentadoria, um emprego ou atividade nova, totalmente alheia ao hoje desem-penhado?!!!Parabenizo e agradeço à revista N Res-postas pelo auxílio em meus novos proje-tos, pois agora estou perseguindo novos sonhos e me propondo novos desafios,

tendo como “amigo diário” os artigos da revista, que cito inclusive em outras pa-lestras motivacionais por mim desempe-nhadas. Obrigada!

Janete Aires PonceProcuradora [email protected]

Gostaria de parabenizá-los pelo conte-údo da revista do mês de março. Muitos temas interessantes e artigos realmente úteis para o dia a dia de um gestor.Já mostrei a revista para outras pessoas que não conheciam e já tive meus exem-plares requisitados.

Parabéns!

Vinicius Mendonça NeivaCoordenador de Desenvolvimento InstitucionalCODIN/SUCOP/STN

Leitor

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5NRespostasabril / maio 2013

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www.nrespostas.com.br6 NRespostas

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7NRespostasabril / maio 2013

Capa

SeçõeS

Índice

12. Liderança Feminina - As habilidades femininas aplicadas ao desenvolvimento organizacional

por Lívia Mandelli

18. Augusto cuRy Inteligência emocional e profissional

22. pedRo MANdeLLi Além da hierarquia

26. RobeRto shiNyAshiki dicas de campeão

38. MARio seRgio coRteLLA Filosofando

3. N pALAvRAs A mulher liderando em todas as áreas!

9. eNtRevistA José Roberto guimarães

20. N FLAshes Quem passa pelos eventos da N produções

24. etc entretenimento, trabalho, casa

28. opiNião – stephen kanitz A coragem de cobrar caro

30. N iNvestiMeNtos Acabou o carnaval! Que venham as cinzas?

32. cLube N José Wilson granjeiro, um case de sucesso

Ano VI • Nº 27 • abril / maio 2013

16. coMpoRtAMeNto – dado schneider Manifesto pela “digiriatria”

25. gestão do teMpo – christian barbosa como anda a paixão por seu trabalho?

34. peRguNte Ao coAch – homero Reis epicteto: opção por ser escravo

36. gestão eMpResARiAL – eduardo Ferraz 5 paradigmas de uma empresa sedentária

ReSpOSTaS

coluNIstAs

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Jose Roberto Lages guimarães, mais conhecido como Zé Roberto, é um sujeito único: único treinador de voleibol no mundo a conquistar três medalhas olímpicas; único treinador desse esporte a ser campeão à frente de seleções masculina (em 1992) e feminina ( 2008 e 2012) e único atleta brasileiro a conquistar três medalhas de ouro em olimpíadas.

capaz de levar equipes de homens e mulheres ao mais alto degrau do pódio, aos – inacreditáveis – 58 anos de idade, Zé Roberto assumiu o desafio de compartilhar sua maneira de gerir talentos dentro das quadras com quem se dedica a gerir talentos dentro de empresas. tem feito palestras por todo o brasil, adaptando seu discurso e levando seu exemplo de compromisso, perseverança e disciplina ao mundo corporativo.

No último mês de outubro, Zé Roberto guimarães esteve em brasília a pedido da N produções. Falou para um público de quase duas mil pessoas e perguntou: “Qual a cor da medalha que você deseja?”

em entrevista exclusiva concedida à N Respostas, esse ilustre brasileiro orienta a não medir esforços na busca de objetivos.

RobertoGuimarães

por Renata Araújo

Entrevista

José

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[entrevista]

você costuma dizer que não tinha nem físico nem talento para se destacar como jogador de vôlei, mas chegou a jogar pela seleção brasileira. A que você atribui essa conquista?

Determinação, vontade e paixão pelo esporte, mas, principalmente, treinamento. Nunca medi esforços para conquistar meus sonhos.

como e por que você deixou a posição de liderado (jogador) para assumir a de líder (técnico)?

Estava chegando a uma idade avançada de 34 anos, era formado em Educação Fí-sica. Naquela época, a maioria dos atletas parava de jogar aos 30, eu ainda prolonguei um pouco. Já es-tava trabalhando e querendo virar técnico. Comecei em clubes femi-ninos, em categorias de base, mas logo tive a oportunidade de ser as-sistente técnico da seleção brasilei-ra masculina, em 1989, quando fui chamado pelo então técnico Bebeto de Freitas, que era um dos grandes nomes do voleibol brasileiro.

e desde o começo você se sentiu confortável e seguro nessa posição?

Sim, pois me preparei por 21 anos como jogador. Passei por vários téc-nicos com diferentes metodologias. Além disso, devido à falta de talento, treinei muito e treinei sozinho. Ela-borei muitas vezes meu próprio trei-namento, o que até hoje me serve como base nos treinamentos no time da Amil, o qual lidero, e também na seleção brasileira feminina.

como você consegue obter um time engajado às suas orientações?

Sendo coerente nas instruções e estudando junto com a equipe as estratégias que vão sendo traçadas, fazendo com que se sintam seguras em atingir as nossas metas.

existe muita diferença no modo de liderar homens e mulheres? o que mais te chama atenção nesse sentido?

Existe bastante diferença. Com homens, a comunicação é rápi-da, o diálogo é mais direto. Já as mulheres são hormônios em ebulição. Você precisa entender um pouco mais do universo fe-minino, estar aberto a conver-sas, ler nas entrelinhas e sempre respeitar o momento e a sensi-bilidade de cada uma. Às vezes brinco dizendo: “Mulheres di-

zem que nós, homens, somos to-dos iguais. Pois bem, elas são todas diferentes a cada dia”.

Quais são os principais critérios na hora de selecionar e definir as posições dos integrantes do time?

Primeiro, que seja uma boa atleta; segundo, que seja uma atleta ver-sátil; terceiro, postura, comporta-mento e que se entregue durante os treinamentos e ao grupo.

“devido à falta de talento, treinei muito e treinei

sozinho. elaborei muitas vezes meu próprio

treinamento.”

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como você lida com o estresse inerente ao mundo competitivo?

O estresse e a pressão fazem parte do dia a dia de qualquer profissio-nal, seja qual for sua área de atua-ção. Por isso, é importante traçar metas, elaborar um planejamento estratégico, estudar nossas adver-sárias e treinar muito. Em 2012, fomos novamente os campeões, ou seja, voltamos a ser o “time a ser batido” e precisamos, a partir da próxima convocação, buscar pesso-as comprometidas com a equipe e em atingir os nossos objetivos.

como você chega à conclusão de que alguém não pode mais fazer parte do seu grupo?

Nós temos hoje uma ferra-menta muito importante, que é estatística, que são números. Apesar de serem frios, são re-ais entre o que você produz de positivo e negativo, e além dessa parte técnica e tática, a questão comportamental é extremamente importante. O comprometimento para mim é a base de um grupo.

você considera importante se “justificar” com o grupo quando ocorre um desligamento ou algum redirecionamento nos trabalhos?

Sempre é bom conversar com o grupo e colocar o que está aconte-cendo em pauta, fazer um brains-torm é muito importante, muitas vezes se fala pouco, mas escutar as opiniões é sempre positivo e importante.

como você costuma partilhar as vitórias e as derrotas do time?

As derrotas eu procuro puxar sempre mais para mim, e compar-tilhar as vitórias mais com elas; me sinto muito responsável quando o

time perde, mas quando ganha não me sinto mais merecedor do que ninguém da equipe.

como é feita a divisão de responsabilidades entre técnico, jogadores e outros membros da equipe?

Cada membro tem a sua responsa-bilidade dentro do planejamento e principalmente de suas competên-cias; trabalhamos com performan-ce e os melhores dentro de cada função. É claro que o técnico tem

uma responsabilidade maior, assim como as jogadoras mais experientes, mas não teríamos conquistado nenhum dos nos-sos objetivos se não contásse-mos uns com os outros.

o que é ser um líder bem-sucedido e qual é o segredo do sucesso?

Ser um líder bem-sucedido não é só o fato de ter vitórias. Claro elas são importantes, mas não há como alcançá-las sem ter sido derrotado. O importante é aprender com cada grupo, cada campeonato, com cada experiência adquirida e estar sempre disposto a aprender. O segredo, para mim, é: muito trabalho, concentração, dedi-cação, muito foco, fazer sacri-fícios e não medir esforços em busca dos seus objetivos.

“A questão comportamental é

extremamente importante. o comprometimento

para mim é a base de um grupo.”

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Feminina

Capa

discutir liderança feminina em pleno século XXi parece ultrapassado, mas apenas agora as mulheres começam a ser reconhecidas como líderes eficazes. Somente neste século o reconhecimento das vantagens das qualidades femininas dentro das organizações está sendo discutido.

Não apenas para as organizações, mas para a sociedade como um todo, a participação

da mulher no contexto do trabalho e os reflexos da sua maneira de pensar,

agir e sentir sobre os fenômenos evidenciados na complexidade atingem uma dimensão bem maior do que se imagina.

As habilidades femininas aplicadas ao desenvolvimento organizacional

Liderança

por Lívia Mandelli*

www.nrespostas.com.br

*Lívia Mandelli é mestre em Liderança pela university of gloucestershire, na inglaterra, consultora na área de gestão de pessoas na Mandelli & Loriggio consultores Associados,

atua em fomação de times de alto desem-penho no brasil e na inglaterra.

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13NRespostasabril / maio 2013

Cada vez mais as empresas estão valorizando o com-portamento humano e usando as habilidades com-portamentais para obter melhores resultados. Num ambiente de alta competitividade, os relacionamentos estão no foco do desenvolvimento profissional e as mu-lheres, agora com mais espaço e ênfase, vêm empres-tando suas habilidades femininas ao desenvolvimento organizacional. As características femininas vão de encontro com o que as organizações contemporâneas estão procurando: pessoas altamente preocupadas com o autodesenvolvimento, que saibam sair da zona de conforto, que pela sensibilidade consigam identificar as necessidades dos que as cercam e que saibam cuidar e zelar pelas pessoas e pelo ambiente. O comportamento feminino difere muito do mascu-lino, principalmente no exercício de posições de lide-rança. Valores e crenças aparecem com muita evidên-cia na gestão de pessoas e produzem resultados bem diferentes. Está claro que, no ambiente organizacio-nal, líderes homens e mulheres podem contribuir de maneira diferente e agregar resultados também dife-rentes às organizações. Mulheres têm características que se encaixam perfeitamente em posições de lide-rança, mas para que se entenda a influência feminina, é importante que se tenha em mente as diferenças, muitas vezes sutis que regem estes dois gêneros. Es-tudos mostram que homens em posições de lideran-ça apresentam um comportamento inclinado a ser independente, assertivo e competente, enquanto as mulheres tendem a ser amigáveis, expressivas e não egoístas. Vendo por este prisma, fica bem claro que as caraterísticas masculinas e femininas, quanto ao comportamento de liderança, diferem em sua essên-cia, exercendo, cada qual, influências distintas na equipe e na organização como um todo.Historicamente, a liderança tem sido apontada como um papel masculino e muitas teorias consideram ca-racterísticas masculinas como atributos naturais de um líder. Porém, é muito provável que características femininas, tais como cooperação, coaching e colabo-ração, sejam tão ou mais importantes quando com-paradas às masculinas, principalmente em ambientes organizacionais contemporâneos em que a qualidade do relacionamento humano é altamente valorizada.A liderança feminina pode ser vista como interati-

va, colaborativa e fortalecedora de pessoas, enquanto a masculina, como comando-controle, envolvendo assertividade em autoridade e acumulação de poder. Estudos mostram que homens geralmente apostam mais em estilos de liderança antigos, os quais não se encaixam mais nas organizações atuais, enquanto as mulheres focam em uma “liderança revolucionária” e demonstram um estilo mais democrático, principal-mente nos processos decisórios. Experts em liderança consideram o estilo feminino mais efetivo para lideran-ça transformacional, transacional e laissez-faire. Não fossem os entraves históricos sobre o posicionamento e a aceitação de mulheres em ambientes organizacionais, as empresas já estariam muito à frente em relaciona-mento, desenvolvimento humano e, consequentemen-te, em resultados.Empresas contemporâneas estão focadas em ter líderes comprometidos, engajados e envolvidos no negócio e que, além disso, estejam numa procura constante em atingir relações saudáveis e produtivas no ambiente de trabalho. A liderança atual não está focada apenas nas qualidades citadas acima, mas também na procura de uma postura mais direcionada em ser um coach ou um “ensinador”. E será que as mulheres estão prontas para isso? A resposta é sim! Elas estão mais que prontas. A líder feminina, em ge-ral, demonstra um cuidado muito grande com a equi-pe e consegue perceber o que cada indivíduo neces-sita para atingir melhores resultados. Ela consegue enxergar os integrantes do seu time de uma forma mais holística, resultado da cultu-ra na qual ela foi criada, da ênfase em cuidar e perceber as necessidades familiares. Desta forma, ela simplesmente muda o foco e aplica todo o seu modo de ser nas empresas. A mulher sai à frente nesse ambiente organizacional, pois traz, como características natas e maternais, o dom de ensinar, de ser coach, enquanto o líder mas-culino, geralmente, precisa aprender essas habilida-des. O que a líder feminina faz é adaptar aquilo que

“No ambiente organizacional,

líderes homens e mulheres podem

contribuir de maneira diferente

e agregar resultados também

diferentes às organizações.”

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www.nrespostas.com.br14 NRespostas

há de nato nela ao ambiente corporativo e, temos que reconhecer, esta adaptação pode trazer muitos benefícios para o clima e o desempenho das orga-nizações que valorizam e aceitam a liderança femi-nina como um diferencial.

Estudos recentes mostram que para uma mulher atingir cargos de lide-

rança, ela precisa estudar e se dedicar muito mais que um homem na busca dos mesmos papéis. Desta ma-neira, é evidente que teórica e tecnicamente elas estão melhores preparadas do que eles. Alguns gurus em gerenciamento consideram que para se contratar um ótimo executivo basta que se contrate uma mulher. A Businees Week publicou, num artigo chamado “New Gender Gap”, que “os homens podem ser perdedo-res numa economia global que valoriza mais o poder mental do que o poderio”. Enquanto o homem já tem determinado e garantido o seu papel de líder na sociedade, a mulher vive numa luta constante para provar para si mesma e para todos que ela também é capaz. Entrega-se de corpo e alma para a organização e coloca altos níveis de energia nis-so. Demonstra conhecimento abrangente do negócio, do seu pessoal e do seu ambiente. Se esforça muito mais para construir e manter sua credibilidade na equipe e esse esforço gera benefícios extra tanto para ela como para a organização.Mesmo sendo as características do comportamento feminino altamente valorizadas em ambientes corpo-rativos, existe forte resistência a ele. Falta credibili-dade para a líder feminina pelo simples fato de ela ser mulher. Há uma linha muito tênue na decisão de qual o tipo de comportamento deve ser exercido e qual o tipo de comportamento é esperado das líderes femi-ninas por seus pares, superiores e subordinados.

Um dos maiores obstáculos na trajetória corporativa feminina contemporânea é a crença de que liderança tem mais similaridade com a figura masculina e do que com a figura feminina. E é interessante ressaltar que a mulher que adota um estilo comando-contro-le ou que se comporta de um modo extremamente assertivo está vulnerável a ser mal avaliada pela sua

equipe. Paradoxalmente, ho-mens que exibem o mesmo comportamento são elogiados. Se levarmos em consideração que a chave para uma lideran-ça bem-sucedida está no po-der em influenciar pessoas, podemos dizer que as mulhe-res levam vantagem, já que elas têm melhor habilidades para a comunicação se com-paradas aos homens e isso, sem dúvida alguma, facilita o poder de persuasão e influên-

cia na formação de coalizões corporativas. O comportamento andrógeno, que é a mistura de características do comportamento feminino com o comportamento masculino, pode ser a grande chave do sucesso ao longo do tempo para o ápice irrevogável da liderança feminina nas organizações. A conscien-tização a ser feita neste momento é: como e em que momento adotar cada característica de comporta-mento; as líderes femininas que conseguirem alinhar essas questões com certeza terão muito sucesso.As organizações contemporâneas buscam lideran-ças com visão global, capazes de analisar e perce-ber o mundo de diversos prismas, que liderem pes-soas de diferentes países, com idiomas distintos e que façam negócios em diferentes ambientes cultu-rais. Uma empresa que tenha homens e mulheres no comando tem uma visão muito mais ampla do negócio pela simples multifaceta de visões que os gêneros oferecem per se.Tendo a lideranca transformacional como indicador de sucesso, o bom líder tranformacional precisa ser inspirador, positivo, preocupado com a equipe, em-powering e estimulador da criatividade e das opor-tunidades no time. Nesse sentido, pode-se dizer que a mulher tem muito mais qualidades transformacio-nais que o homem, demonstrando um alto potencial de liderança e efetividade, com naturalidade.As líderes femininas acabam colocando em práti-

Capa

“É interessante ressaltar que a mulher que

adota um estilo comando-

controle ou que se comporta de um modo

extremamente assertivo está

vulnerável a ser mal avaliada pela

sua equipe.”

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“uma empresa que tenha homens e mulheres no comando tem uma visão muito mais ampla do negócio pela simples multi-faceta de visões que os gêneros oferecem per se.”

ca dentro das organizações tudo aquilo que já vem embutido em seu comportamento do gênero. Elas estão prontas para focar no negócio sem se esque-cerem das pessoas que as circulam. Estão mais pre-paradas para vencer a médio e longo prazo. Isso faz diferença nas negociações e na compreensão de que vez por outra é melhor perder um pouco aqui para ganhar mais adiante. Usam o capital humano para agregar. Conseguem resultados arrojados com um jeito carismático e envolvente e, mais uma vez, fa-zem isso naturalmente.Num mundo no qual a competitividade está em alta, no qual as pessoas precisam trabalhar cada vez mais e melhor, a capacidade multifocal é um dos pontos mais relevantes da liderança feminina. Permite que ela consiga fazer e resolver diversas coisas ao mesmo tempo com maestria e ainda ver microdetalhes que os homens muitas vezes não conseguem enxergar. Empresas contemporâneas buscam líderes capazes de inspirar o coração da equipe e ampliar a colabo-ração, que criem um clima de confiança e de faci-litação de relacionamento. As mulheres têm muito a contribuir, por serem, na prática, mais humanas e mais preocupadas com a qualidade das relações. Em geral, têm em mente que equipes felizes pro-duzem melhores resultados. Capacidade de inovar, de convencer os outros, de vender ideias, envolver pessoas, lidar com “ciumei-ras” e interagir com o sistema psicossocial da or-ganização são atividades essenciais na condução de projetos. As empresas contemporâneas percebem que a líder feminina traz consigo os dons maternais de ajudar, de “mentoriar”, de estar perto. Essas ca-racterísticas maternas, se usadas na medida correta

no ambiente corporativo, tendem a trazer benefícios na qualidade do relacionamento na equipe. Além do mais, à mediada que ela ajuda pessoas a se desen-volverem, mais ela tem oportunidades em ampliar seus conhecimentos e aumentar a sua credibilidade. Considerando-se o prisma de relacionamento 360 graus, a comunicação e o poder de influenciar, a liderança feminina está pronta para agregar resul-tados de altíssimo nível, com foco em desenvolver, desafiar, reconhecer, recompensar e comemorar re-sultando em equipes de alto desempenho.Neste contexto, não se deve deixar de falar sobre so-nhos... A equipe que sonha, que tem objetivos, que está à procura de algo melhor, sem dúvida alguma se sobressai. Um grupo motivado e engajado, que corre traz de um sonho, certamente produz melho-res resultados. Inovação e desenvolvimento de uma equipe de alta performance requer energia, dedi-cação e muita dinâmica interpessoal. A motivação para fazer diferente, fazer a diferença e atingir ou-tros patamares é um combustível sensacional para o ambiente organizacional. A líder mulher, com sua visão multifa-cetada, tem grande facilidade em promover o sonho e, consequen-temente, motivar da equipe. O equilíbrio entre as caracterís-ticas da sensibilidade feminina e a assertividade masculina deve estar presente nas empresas con-temporâneas e em seus líderes, independentemente do gênero. Aprender a conviver com a or-ganização em ebulição e a con-centrar esforços na busca do re-conhecimento do seu trabalho, por clientes internos e externos, através do uso do mix de comportamentos, deve ser o objetivo de todos no mundo corporativo.Dê uma olhada no seu ambiente de trabalho, passe a utilizar ferramentas femininas e masculinas. Os líderes têm na mão o poder de fazer ressonar (po-sitivo) ou dissonar (negativo). Você precisa tornar a sua liderança memorável para os seus liderados. Isso significa sucesso indiscutível no processo de liderar. Vá em frente fazendo a diferença, corra riscos, ouse e seja número 1 em relacionamentos e resultados. Não hesite, atue! O conselho é meu, porém, a escolha é sua.

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“os jovens lidam com

facilidade com este novo

mundo digital (que já não é

mais tão novo assim...), mas

os maduros estão em apuros.”

Com

port

amen

to

Responde:

Dado Schneider@dado4314

Manifesto pela“digiriatria”

Pergunta @leitor_nrespostas O senhor costuma dizer em suas palestras que devemos nos tornar “velhos digitais”. Pode nos explicar esse raciocínio?

DadoSchneider @dado4314 Vivemos uma das mais extraordinárias fases de mudança dos últi-mos 500 anos. Quando nos estudarem, daqui a 200 anos, será mais perceptível.

DadoSchneider @dado4314 Pela 1ª vez na história da humanidade, há um volume brutal de co-nhecimento que está sendo repassado da geração mais nova para a mais velha.

DadoSchneider @dado4314Até nós, o poder estava nas mãos dos mais velhos, pois estes deti-nham, simultaneamente, mais vivência (experiência) e mais conhe-cimento.

DadoSchneider @dado4314 O poder máximo de países e empresas, há 30 anos, estava nas mãos daqueles entre 65 e 80 anos de idade. Hoje, estes estão no Conselho.

DadoSchneider @dado4314 Atualmente, o poder está nas mãos de quem tem entre 40 e 60 anos de idade, pois estes mesclam experiência com atualização. Mas...

DadoSchneider @dado4314 Existe um campo de conhecimento que está ficando cada vez mais árido para quem está nesta faixa entre 40 e 60 anos: o mundo digital!

www.nrespostas.com.br16 NRespostas

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“A atualização profissional de um bom gestor passa por um completo mergulho em todos os detalhes da vida digital – e deve ser ‘pra já’.”

DadoSchneider @dado4314 Não são raros os executivos e profissionais que, embora experientes e em seu auge, estão se complicando com a velocidade da mudança.

DadoSchneider @dado4314 Novas ferramentas tecnológicas e ambientes de compartilhamento, como re-des sociais, surgem a cada instante, tudo rápido demais...

DadoSchneider @dado4314 Hoje, quando alguém de mais de 35 anos se atrapalha com algum assunto “digital”, pede ajuda a alguém mais moço, que detém conhecimento.

DadoSchneider @dado4314 Os jovens lidam com facilidade com este novo mundo digital (que já não é mais tão novo assim...), mas os maduros estão em apuros.

DadoSchneider @dado4314 O desconhecimento, por parte dos maduros, de coisas simples, como com-partilhar uma foto no Facebook ou “baixar” uma música, é grande.

DadoSchneider @dado4314 Hoje, ao negar a existência de coisas simples do mundo digital, um profissio-nal maduro está decretando sua “concordata profissional”.

DadoSchneider @dado4314 No dia a dia, poderosos de empresas e países frequentemente pedem auxílio para coisas já prosaicas, como entrar no Twitter.

DadoSchneider @dado4314 Os próximos 3 ou 4 anos nos reservam um salto tão absurdo neste campo digital que quem não se ligar nisso vai sofrer muito.

DadoSchneider @dado4314 Em minhas palestras por todo o Brasil, venho pregando a “DIGIRIATRIA”, ou seja, a necessidade de virarmos “velhos digitais”.

DadoSchneider @dado4314 A atualização profissional de um bom gestor passa por um completo mergu-lho em todos os detalhes da vida digital – e deve ser “pra já”.

DadoSchneider @dado4314 No passado, para melhorar o currículo, passava-se por “A-S-D-F-G” (curso de datilografia!)... Hoje, mudou: é “CTRL-SHIFT-ALT-DEL”.

DadoSchneider @dado4314 Não dói nem tira pedaço uma pessoa madura mergulhar no mundo digital, mas seu temor é como o de uma virgem diante de sexo: “o desconhecido”.

DadoSchneider @dado4314 Para aprender de uma vez por todas TUDO sobre o mundo digital, deve-se contratar um “personal” e evitar pedir ajuda de filhos e netos.

DadoSchneider @dado4314 Este MANIFESTO PELA DIGIRIATRIA foi escrito em frases de até 140 carac-teres, ao estilo do Twitter, para estimular você a tentar isso! :)

Dado Schneider é graduado em comunicação e pós-graduado em Marketing pela universidade Federal do Rio grande do sul (uFRgs). É também mestre e doutor em comunicação pela pucRs. possui 31 anos de experiên-cia em Marketing, comunicação e criatividade.

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Sentir-se amado, incluído, admirado, reco-nhecido e lembrado toca as raízes da emoção tanto de uma intelectual como de um iletra-do, tanto de uma rainha como de um súdito.Nem mesmo um psiquiatra ou um paciente mutilado por uma psicose e controlado por pensamentos perturbadores escapam dessas necessidades vitais. Simples palavras nos emo-cionam ou nos machucam. Pequenos olhares podem nos encantar ou nos decepcionar.Um beijo pode ter mais impacto do que um

grande prêmio. Um abraço pode ser mais lembrado do que um aumento de salário.“Eu aposto em você! Não de-sista, conte comigo!”, “Você pode se superar!”, pequenas frases ditas em tempos de an-gústias tornam-se inesquecí-veis, mudam rotas, renovam ânimos. Nossas reações po-dem ser mais penetrantes do que as de um projétil.Eu tenho quatro mulheres na minha vida: minha esposa e

três filhas. Elas são tão complexas e encanta-doras, e diariamente me ensinam que, apesar de ser psiquiatra, conheço pouco a mente hu-mana. Elas me ensinam a amar, simplificar a vida, ter um pensamento abstrato, me interio-rizar, viajar para dentro de mim mesmo.Criar o personagem Falcão, do meu romance “O futuro da humanidade”, foi uma maneira bem-humorada que encontrei para me expres-sar. A certa altura, ele diz: “as mulheres são tão admiravelmente complexas que o dia que você achar que conheceu uma mente feminina desconfie do seu sexo...”.Cada mulher é um mundo insondável a ser ex-plorado, uma pérola viva no teatro da existên-cia, um universo de emoções e pensamentos.Para mim, as mulheres são muito melhores que os homens. São capazes de apostar tudo que têm naqueles que pouco têm. Doam-se, amam, são mais altruístas e solidárias que os homens. Preocupam-se com a dor dos outros, são mais éticas e muito menos violentas do que os homens. Ah! E cometem menos acidentes de trânsito, apesar de os homens acharem que dirigem melhor. Jamais, portanto, foram o

“os homens falharam ao

escrever a história da

humanidade. chegou a vez de as mulheres pegarem a “pena e

o papel” e escrevê-la.”

encantadorasmulheres

As são

Inteligência emocional e profissionalau

gust

o Cu

ry

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sexo frágil. Mas é óbvio que, por esta-rem no front da batalha so-cial, por se doarem muito mais que os homens, se expõem mais emocionalmente e estão sujei-tas a desenvolver com mais frequência alguns transtornos psíquicos.Quase todos os grandes erros cometidos na história foram arquitetados por nós, homens: escravidão, discriminação, guerras, exclu-são social, aquecimento global, competição predatória. Os homens falharam ao escre-ver a história da humanidade. Chegou a vez de as mulheres pegarem a “pena e o papel” e escrevê-la. Sonho que sejam melhores escrito-ras do que fomos. E espero que jamais percam sua feminilidade, contraiam sua sensibilidade, esgotem sua generosidade como “escritoras”, caso contrário, cometerão os mesmos erros dos homens. Espero que jamais se tornem ra-dicais, inflexíveis e pautem a interpretação dos eventos da vida apenas pelos ângulos da lógica. Caso contrário, perderão a oportunidade de dar um choque de lucidez nas sociedades mo-dernas. E cito dois exemplos: primeiro, elas poderão não enxergar que uma criança judia e uma palestina não são filhas de dois povos, mas sim filhas da humanidade. Ou, então, poderão não entender que um aluno com pés-simo desempenho na escola, quando apoiado e encorajado, tem a chance de libertar uma possível genialidade.Mas, infelizmente, a mulher moderna dá sinais de perda da afetividade e da sensibi-lidade. Ela está começando a cair em erros capitais que comprometem a saúde psíquica e as relações sociais. Não são poucas as que estão se tornando máquinas de trabalhar e de atividades. O estresse crônico conspira contra elas.Todo ser humano, mesmo os mais difíceis, tem potencial para desenvolver as funções

mais complexas da inteligência: o pensamento abstrato, a resiliência, a tolerância, a capacida-de de pensar antes de reagir, de se colocar no lugar do outro, de expor e não impor ideias, de proteger a emoção, de gerir os pensamentos.Mas entre ter esse potencial e desenvolvê-lo há um fosso enorme. É necessário coragem e dis-ciplina para desenvolvê-lo. Desperte-o.

Augusto Cury

Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis

O livro que toda mulher deveria ler antes de se relacionar

Augusto Cury é médico, psiquiatra e escritor. É pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado. Atualmente é publicado em mais de 50 países.

Conheça o novo best seller de Augusto Cury:

Mulheres inteligentes – Relações saudáveisAugusto curyeditora Academia

em Mulheres inteligentes, Relações saudáveis, Au-gusto cury apresenta uma fantástica análise sobre a mulher, suas emoções, reações, seus medos, anseios e desejos. o autor aborda temas muito presentes no universo feminino, como o ciúme, o medo da perda, o excesso de trabalho e os padrões tirânicos de beleza.As mulheres vão conhecer as leis fundamentais das relações saudáveis e os erros capitais de uma relação doente, além de aprender a transformar suas atitudes através do autocontrole dos pensamentos e das emoções. Ao final de cada capítulo, Cury presenteia os homens com frases-conselhos que os farão refletir sobre as mulheres de sua vida para – juntos – construírem uma história de amor singela e inteligente.

“infelizmente, a mulher moderna

dá sinais de perda da

afetividade e da sensibilidade.”

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1

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1. William caldas aconselha: invista em treinamento!

2. Felipe, heloisa e paulo henrique, do grupo 4s, com chris-tian barbosa, no curso de gestão de tempo.

3. para o borracheiro silvio igor, o cliente é a peça mais im-portante da empresa.

4. Mais de mil participantes em mais uma noite de conheci-mento do projeto top 10 empresarial em fevereiro de 2013.

5. público participativo se diverte enquanto aprende.

6. Movimentação na área dos estandes, durante o intervalo.

7. A instituição Ápice down recebe a doação dessa noite.

8. equipe do iMeb prestigia o evento.

9. William caldas e silvio igor, com dr. Renato barra - iMeb e beto pinheiro - coco bambu.

10. empresário e consultor eduardo tevah, no workshop “imersão em gerência de Loja”.

N Flashes

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4

8 9 10

Fotos: telmo Ximenes

76

“Quando a N Produções me pediu para escrever sobre a minha expe-riência em ter participado de uma palestra, pensei: como eu poderia

fazer o meu coração escrever? Sim, porque o meu coração fala, grita, ri, chora, ama, mas ele nunca escreve.

A forma como escolhemos olhar para o mundo, cria o mundo que

vemos. Preciso dizer mais alguma coisa? Obrigado de coração a todos

da N Produções que me permitiram esse momento maravilhoso e único!

Desejo-lhes o melhor do mundo, um super beijo em seus corações.”

Steven DubnerPalestrante

Silvio AragãoCROI Odontologia

Bernardo BrandãoCapitare

“Os eventos da N Produções se tornaram referência em Brasília para os empresários que se preocupam em renovar seu espírito

empreendedor e motivar seus colaboradores. No Top 10 Empresarial, basta se posicionar

na saída do auditório para testemunhar o en-tusiasmo e o brilho nos olhos de cada pessoa

que acaba de ser impactada pelos palestrantes. Já o Café & Contatos permite a oportunidade única de trocar informações com alguns dos

mais experientes profissionais do mercado nacional. E é exatamente por acreditar nos

mesmos valores repassados pela N Produções que a Capitare não só apoia como está sempre

presente em cada iniciativa nova.”

“Aproveitando a oportunidade, os

elogio mais uma vez pela excelência nos

eventos em que par-ticipei. Isso mostra o

foco que vocês têm em nós, seus clien-tes. Continuem as-

sim! O Brasil preci-sa de pessoas como vocês. Mesmo com as dificuldades que

vocês têm, e nós sabemos bem.”

o que eles dizem da N produções:

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www.nrespostas.com.br22 NRespostas

Bem, não é muito redondo, mas não tem cantos, ou seja, não dá para se esconder com muita facilidade. Isso quer dizer que nossos feitos são vistos, obser-

vados, criticados e nossos erros também. Multiplique nossos feitos por 30/40 anos, que é o que vivemos com energia para fa-

zer a diferença e verá um sensível acúmulo. Mas, cuidado, pois tam-bém o mesmo raciocínio é válido para nossos erros. Coloque os dois montinhos - erros/acertos - numa balancinha imaginária e terá aí a ex-plicação de por que algumas pessoas vão tendo mais valor do que outras.

Errar e acertar são atributos dos que se mo-vem, pois aqueles que ficam parados esperan-do que alguém os mova morrem sem sequer saber que a balança existiu. Errar e acertar são resultados de atitudes empreendedoras, corajosas e, sob meu ponto de vista, de juízo. Entendo que ficar parado é um grande erro, debitar seu não movimento à culpa de tercei-ros é, sim – pior ainda –, um erro fatal.Por isso, todas as pessoas que, ao verem mo-vimentos empreendedores em seu entorno, se isolam, criticam, não se envolvem e usam a velha frase “me deixa quieto no meu canto” merecem o seu próprio destino. Seguem pela vida rumo ao nada da velhice, às vezes até sem histórias para contar. Vivem num vazio,

“errar e acertar são

atributos dos que se

movem.”

Além da hierarquiape

dro

Man

delli

Por queo mundo

é redondo!

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23NRespostasabril / maio 2013

ou melhor, são vazias!!É possível alguém ser fe-liz vazio? Não acredito em tal hipótese porque nossa autoestima precisa de orgulho, orgulho do que já viveu. Orgulho

dos seus feitos que fizeram a diferença. Acredite, você vai ser um museu, vai mesmo! E poderá estar cheio de coisas curiosas, experiências e registros de instantes de batalhas ou vazio, somente de corredo-res amedrontadores...Você poderá ter medo de viver em você mesmo!! Tudo é uma questão de tempo. O tempo é rápido, nós somos lentos!Com esta reflexão, quero começar esta empreitada de 2013 junto com vocês e quero estar ao final des-te ano contando para todos, em algum momento, quais as peças que coloquei no meu museu!! Com certeza vou ter muito orgulho delas.

Convido você a estar comigo!Ainda bem que o mundo não é quadrado assim não há cantos para se esconder!

“Nossa autoes-tima precisa de orgulho, orgu-

lho do que já viveu. orgulho dos seus feitos que fizeram a

diferença.” Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli consultores Associados, é professor da Fundação dom cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.

Leia mais sobre o assunto em:

vida e carreira – um equilíbrio possível?pedro Mandelli e Mario sergio cortellaeditora gente – 2001

Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. cortella e Mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam res-saltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. o livro oferece respostas para diver-sas questões como: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atro-pelado pelo estresse?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre trabalho acumulado à nossa espera?’. Além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da car-reira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tecnologia, entre outros.

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www.nrespostas.com.br24 NRespostas

Etc por Renata Araújo[entretenimento, trabalho, casa]

“A chave para ter uma memória excelente não está em um frasco de remédio, mesmo porque ainda não existem remédios que façam lembrar, por exemplo, o local onde você estacionou o carro ou quais foram os tópicos abordados naquela reunião na qual você ficava mandando torpedos pelo celular. A memória humana não é um dispositivo físico como um chip na placa de um computador. Memória é uma função especializada do cérebro. A chave para ter uma excelente memória está no modo de usá-la.”

Memorizar é um processo ativoDicasdo Prof.Renato

Alves

Harlem Shake Vídeos que mostram inicialmente várias pessoas paradas e uma única dançando com o rosto coberto e em um certo momento ocorre um corte brusco na música e todos aparecem dançando de forma completamente irregular. Convide seus amigos, baixe o aplicativo e faça o seu próprio vídeo!

Porta dos fundosCanal de humor com vídeos de comédia cujo elenco conta com comediantes como Fábio Porchat. O programa ganhou destaque com o episódio Spoleto, que ironizava o atendimento do restaurante de mesmo nome. Surpreendendo, a rede de fast food passou a usar o viral como vídeo publicitário.

Cauê MouraPolêmico vlogger que está fazendo um tremendo sucesso na internet, sua opinião é dada sem se preocupar com o politicamente correto. Com o seu ca-nal Desce A Letra, discorre sobre vários assuntos, levantando questionamentos interessantes para que o espectador comece a questionar também.

Jovem NerdO Jovem Nerd é um blog brasileiro de humor e notícias que aborda temas so-bre entretenimento, em especial cinema, séries de televisão, ficção científica, qua-drinhos e role-playing game.

PinPixPinPix é um site para montagem de fotos, edição de mensagens e scraps de todo tipo. De fácil uso, tem ferramentas para editar animações de clipes musi-cais, quadros, desenhos. Diversão garantida!

Tire um tempo para relaxar e assista: Atualize-se!

Você não precisa gostar, mas precisa conhecer!

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25NRespostasabril / maio 2013

Estava voltando de um evento e, conversando com uma funcionária da Bayer, falamos sobre o assunto de carreira. Ela fez veterinária e hoje trabalha com pesquisa clínica dentro da indústria, o marido também é ve-terinário e se especializou em odon-tologia para cavalos. A emoção com que ela falava sobre a carreira dela era impressionante, algo de paixão mes-mo, de gostar e ter prazer naquilo que faz. Óbvio que tinha problemi-nhas e coisas que ela não gosta no dia a dia, mas nada tirava o tesão de como ela falava do seu trabalho, o ruim se tornou supérfluo. Ouso dizer que ela é daquelas poucas pessoas que en-contraram seu propósito, acharam o lugar certo e conseguem viver aquilo que amam no dia a dia.Meu cunhan-

do é outro exemplo disso. Ele é um co-nhecido jornalista esportivo, trabalha no principal veículo do segmento no país. Ele sempre amou futebol e hoje vive disso. No momento,

recebeu um convite do governo fran-cês para uma semana em Paris, cida-de que ele ama, para escrever sobre esporte. Uma convergência da fome com a vontade de comer. Diria que ele vive o auge da realização, talvez não o auge da carreira, mas ele está feliz e isso é o que vale. Infelizmente, vivemos um momento em que muita gente abdicou do “sonho” para viver “o que deu”. Com certeza você tam-bém conhece muitas pessoas que es-tão frustradas com seu trabalho, com suas aspirações, com o caminho que sua carreira tomou e assim por dian-te. E não estou falando de ganhos fi-nanceiros aqui, é algo maior que isso. Como ser feliz de verdade se a maior parte do seu tempo útil é aplicado em algo que você não gosta ou perdeu o tesão? Muitos vão lotar o dia de coi-sas circunstanciais, vai faltar tempo para tudo. Outros serão excelentes profissionais, mas com a sensação de que falta algo. E isso pode acontecer a qualquer momento, pelos simples fato de que a vida é tão dinâmica e estamos sempre abertos a descobrir novos rumos. O ponto é se temos a coragem de viver por eles. A vida é curta demais para gastarmos tem-po com as coisas que não estão de acordo com nossos propósitos. Se-mana passada, fiz uma reunião com toda a equipe do Neotriad. No final

da reunião, inspirado na Zappos, ofereci um bom bônus em dinheiro para quem quisesse sair da empresa. Falei que se alguém não estivesse de acordo com os valores apresentados, quem não estivesse a fim pelo sim-ples fato de ter perdido o tesão pela nossa missão, que não teria problema nenhum em nos deixar. Se estamos aqui para ajudar pessoas a viverem seu tempo com sabedoria, precisa-mos dar o exemplo, e isso poderia significar sair do time,. Ninguém nos deixou, muito pelo contrário, sinto que o nível de comprometimento tri-plicou. Fica aqui a reflexão: será que você não precisa dar um bônus para viver o seu propósito? Dinheiro, sem dúvida, é importante, ajuda muito, pode até comprar bons momentos de felicidade, mas não compra sua ver-dadeira realização. Talvez menos faça mais, entende? Será que não está na hora de entrar no time das pessoas que estão realizadas e usar seu tempo com mais sabedoria? Viver pelo pro-pósito? A vida é curta demais para fazer dela um rascunho, por isso ela permite que o original tenha diver-sos erros e acertos, mas só você pode fazer isso.

Christian Barbosa é conferencista, empreendedor e sócio da triad consulting – empresa global de treina-mento, consultoria e produtos especializada em produ-tividade – e master practitioner em programação Neu-rolinguística. www.christianbarbosa.com.br

25NRespostas

Como anda a paixãoApesar de ser bem remunerado, não estou feliz no meu emprego. será que devo procurar outro, mesmo que para ganhar menos?

Gest

ão d

o Te

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Responde:

Christian Barbosawww.christianbarbosa.com.br

por seu trabalho?

“vivemos um momento em

que muita gente abdicou do

‘sonho’ para viver ‘o que deu’.”

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Infelizmente, muitas pessoas se escondem atrás da desculpa de terem problemas demais e acabam não fazendo coisa alguma. Na ver-dade, o que acontece é que elas ficam parali-sadas com medo de enfrentar as dificuldades. É preciso deixar a acomodação e o receio de

lado e encarar o mau tempo com determinação. Você poderia me perguntar: “Ro-berto, mas, e a crise?” Ora, nesses mais de 35 anos de trabalho, não me lembro de ter começado um ano sequer sem a perspectiva de uma crise no horizonte. Você certamente já deve ter vis-to este filme: um monte de gen-

te dramatiza os problemas e ganha dinheiro com o desânimo dos acomodados, enquanto muitos gastam energia com a depressão e per-dem o emprego e até a empresa. Soa familiar?Diante da tempestade, muitos ficam sentados,

arquivam projetos, reduzem investimentos, perdendo tempo e oportunidades preciosas. Apesar de todas as dificuldades, e sei que muitas vezes elas não são pequenas, precisa-mos levantar todas as manhãs dispostos a lu-tar por nossos sonhos com a consciência de que as oportunidades têm de nos encontrar preparados para aproveitá-las.A vida está muito difícil para você? Então, quero dizer-lhe: não importa quantas vezes você cai; só vai importar mesmo se numa des-sas quedas você desistir de se levantar. Lembre-se que o desânimo leva muita gente a acabar com a dúvida do chefe sobre quem deve ser demitido! E a falta de iniciativa leva o cliente a escolher outro fornecedor.Nosso pior inimigo e o nosso melhor amigo estão ambos dentro de nós. São eles que nos levam ao sucesso ou ao fracasso, dependendo apenas para qual deles damos ouvidos.

Dicas de campeãoRo

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“É preciso deixar a

acomodação e o receio de lado e

encarar o mau tempo com

determinação.”

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“Diante da tempestade, muitos ficam sentados, arquivam projetos, reduzem investimentos, perdendo tempo e oportunidades preciosas.”

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27NRespostasabril / maio 2013

Lembre-se:

• O número de oportunidades é sempre igual ao número de problemas.

• Quando tudo parecer impos-sível, mantenha a serenidade e lute para encontrar soluções para os problemas.

• A capacidade de lutar, apesar de todos os obs-táculos, vai definir quem são aqueles que fazem de sua vida uma verdadeira opção de sucesso.

• Crises existem para você e para seus concor-rentes. Quem não tiver garra para superar as dificuldades somente vai arranjar mais um problema com que se preocupar.

• É preciso conviver com as tempestades saben-do que o principal é acreditar em você, confiar no seu potencial e saber que você vai descobrir uma maneira de fazer tudo dar certo.

• A tempestade não vai deixar de existir só por-que você não tem coragem de enfrentá-la.

• Previsões negativas só funcionam com perdedo-res. Enquanto houver uma ponta de esperança, lute e as más previsões não se confirmarão.

As vitórias constituem uma maneira eficaz de manter a sua autoestima. E as melhores vitórias são construídas em cima do aprimoramento de suas competências, em plena crise. Então, o seu maior desafio hoje é mudar suas ati-tudes. É abandonar posturas inadequadas para adotar aquelas que farão de você um campeão.Portanto, acorde! Saia para a luta todos os dias! O mundo não parou e não vai parar só porque você pode estar em meio a mais uma crise!

Surgiram mais problemas na sua vida? Lembre-se: é a sua chance de mostrar do que você é capaz.É nos tempos de crises que se cria o sucesso mais consistente.

Pense sobre isso!

Um grande abraço,Roberto Shinyashiki

“O seu maior desafio hoje é mudar suas atitudes.

É abandonar posturas inadequadas para adotar

aquelas que farão de você um campeão.”

Roberto Shinyashiki psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, doutor em Administração de empresas pela Faculdade de economia, Administração e contabilidade da universidade de são paulo (FeA/usp) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br

Leia mais sobre o assunto em:

problemas? oba! Roberto shinyashikieditora gente

para ter sucesso atualmente, a lição mais importante é entender que os problemas que as pessoas nos trazem podem ser os melhores presentes que acontecem em nossas vidas.eu sei que isso pode parecer estranho, pois as pessoas em geral pensam que quando alguém nos traz uma dificuldade está trazendo mais trabalho, preocupação e estresse. Mas o que eu quero que você entenda é que um problema é uma grande opor-tunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente. Resolver um problema que aparece é aproveitar a chance de mostrar sua com-petência no trabalho, seu valor como profissional e também de ganhar mais dinheiro.por isso, quando trazem problemas para a gente resolver, temos que comemo-rar... problemas? oba!

consistente

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www.nrespostas.com.br28 NRespostas

No Brasil, a maioria dos empregados e profissionais no fundo tem medo de pedir um aumento de salário ou de cobrar mais caro. Cobrar mais

significa criar um cliente mais exigente, que irá reclamar toda vez que o serviço não correspon-der ao preço. Cobrar menos é sempre a saída mais fácil, dá muito menos problemas, menos reclamações, como no meu caso. É preciso ter coragem para cobrar mais e assu-mir as responsabilidades inerentes. A maioria prefere o comodismo e a mediocridade do “preço tabelado”.

Só que, se cobrar o mesmo que os colegas menos competentes, você estará roubando clientes de-les, e é isso que cria inveja e maledicência. Você estará fazendo “dumping profissional”, estará sendo injusto com eles e consigo mesmo. Eu sei que é difícil cobrar mais caro, mas alguém tem de dar o exemplo, mostrar aos outros profis-sionais o caminho da excelência, implantar novos padrões, como pontualidade, por exemplo. Você

será o guru da nova geração, e a inveja que terão de seu novo preço fará com que eles passem a copiá--lo. E, à medida que seus colegas se

Opinião

“cobrar mais significa criar um

cliente mais exigente.”

A coragem

carode cobrar

Step

hen

Kani

tz

Meu médico me recebeu todo envergonhado pelo atraso de duas horas na consulta marcada. “doutor, eu não estou irritado pela espera porque o senhor é simplesmente o melhor médico do país, e eu não sou bobo. Prefiro esperar a consultar o segundo ou o décimo melhor especialista da área”. isso o tranquilizou. “eu só acho triste que o melhor médico deste país esteja cobrando o mesmo preço que os outros, tendo de trabalhar o dobro, sem tempo para estudar e ver a família. eu, como palestrante que sou, cobro dez vezes o preço desta sua consulta, só que nunca chego atrasado”. ele concordou e balbuciou a seguinte frase, que me levou a escrever este artigo: “tenho medo de cobrar mais do que os meus colegas. eles ficariam com inveja, falariam mal de mim, seria um inferno”.

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29NRespostasabril / maio 2013

aprimorarem, sua vantagem competitiva desapa-recerá e você terá de reduzir o preço novamente ou então melhorar ainda mais seus serviços. Somos essa sociedade atrasada porque, entre nós, cobrar caro, ganhar mais do que os outros é mal visto pelos nossos intelectuais, políticos, líderes religiosos e professores de sociologia. O paradig-ma de sucesso deles é cobrar pouco. Melhor ain-da seria não cobrar, oferecendo de graça ensino, saúde, segurança, cultura, aposentadorias, remé-dios, comida, dinheiro, enfim. De graça o povo não tem como reclamar dos péssimos serviços, os alunos desses professores não têm como criticar as péssimas aulas. “De cavalo dado não se olham os dentes”. Se alguma coisa a história nos ensina é que o “tudo grátis” traz consigo a queda da qua-lidade dos serviços públicos, a desvalorização do serviço, o desprezo pelo povo nas filas, a exclusão social, a corrupção e a desmoralização de todos os envolvidos. O programa Bolsa Escola foi criado no governo do PSDB como uma forma inteligente de incentivar as mães a manter os filhos nas péssimas aulas do ensino público, quando o estímulo deveria ser au-las interessantes a que nenhum aluno curioso iria faltar. Nós, administradores, já desco-brimos há tempos que refeições grátis para funcionários não são valorizadas, e a qua-lidade despenca. Por isso, cobramos algo simbólico, 10% a 20% de seu va-lor. Se o ensino fosse cobrado, em pelo menos 10% do valor, teríamos pais de alunos re-clamando do péssimo ensino público e geran-do pressão por

melhoria e redução de custos. Dizer que nem isso dá para pagar é mentira – 10% não chegariam a 20 reais por mês. Tem muito pai que faria traba-lho extra pelo orgulho de saber que foi ele quem custeou a educação dos filhos, e não a caridade es-tatal. Se temos falta de recursos em educação, por que não cobrar pelo menos 10% do valor? Seria falta de coragem ou simplesmente vergonha? Precisamos mudar a mentalidade deste país, uma mentalidade que incentiva a mediocridade, e o medo de cobrar pelos serviços, por óbvias razões. Se você acha que co-brar caro e ficar rico é politicamente incorreto, como muitos professores têm ensinado por aí, doe o adicional pelo meu site www.filantropia.org ou então passe a trabalhar menos, volte para casa mais cedo e curta sua famí-lia. Mas não faça a opção pela pobre-za, não tenha medo de cobrar cada vez mais. Caso contrário, continuare-mos pobres e medíocres para sempre.

Stephen Kanitz é formado pela harvard business school, é conhecido pe-las inúmeras previsões corretas que tem feito sobre a econo-

mia brasileira, algo raro neste país. Articulista de sucesso, seus artigos podem ser

acessados pelo www.kanitz.com.br, e no twitter @stephenkanitz. consultor de

empresas e autor “o brasil que dá certo”. Formado pela harvard busi-

ness school. criador da edição de Melhores e Maiores da Revista

Exame e do Prêmio Bem Efi-ciente para entidades sem

fins lucrativos.

Opinião

“somos essa sociedade atrasada porque, entre nós, cobrar caro, ganhar mais do que os outros é mal visto.”

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www.nrespostas.com.br30 NRespostas

Parece que a referência do título diz respeito à popular festa nacional que faz os brasileiros – pelo menos a maioria deles – esquecerem as

dificuldades do dia a dia, os apertos financeiros ou o bolso vazio. Na verdade, estou falando de uns 4 anos para cá; não falo da festa popular, mas do fim do car-naval nos investimentos dos brasileiros.Da crise de 2008 os “companheiros do norte” se re-cuperaram gradativamente e com certa consistência. Seu mercado de ações reagiu bem e se encontra hoje nos níveis mais altos já registrados. Políticas mais acertadas, maior controle e esforço conjunto, en-tre outros fatores, fazem que um mercado maduro, numa economia forte, se recupere rápido.Infelizmente, nem uma vaguinha na garupa nós con-seguimos para descolar uma carona. Nós ficamos! Ficamos assistindo a uma enxurrada de medidas e intervenções, às vezes bem intencionadas e mal

planejadas, às vezes bem pensadas mas atabalhoadas, outras vezes inócuas. Aqui a inflação voltou a subir, a ren-da fixa não mantém o valor do nosso dinheiro, os preços dos imóveis estag-naram ou caíram. Quando a poupan-ça parecia ser a grande jogada, deram uma rasteira em seu rendimento. Isso tudo, aliado às menores taxas de juros já praticadas e ao perigoso estouro do consumo, levou o brasileiro a atingir

um nível abissal de endividamento.Nossa mão de obra continua desqualificada; a educa-ção financeira – sinônimo de equilíbrio – está longe de ser reconhecida como importante; o consumo ainda é sustentado pelo crédito, e o PIB... Ah! O PIB? Ficou ali, nos impressionantes 0,9% de crescimento. Ops! O certo é NO IMPRESSIONANTE 0,9%. Até meus dedos me traem com um PIB que sequer per-mite usar o plural (é isso mesmo, foi menor que 1!).A renda variável tornou-se um risco temido pe-las pessoas físicas leigas. Os grandes bancos de investimentos fazem o que querem: manipulam preços, forçam subidas e descidas inesperadas. E os bancos comerciais? Esses continuam batendo recordes de lucro. Volto a bater na velha tecla de sempre: a de que, mais do que nunca, é necessária uma orientação bastante cuidadosa para suas economias. Viver e transitar nes-se universo sem orientação e a experiência de profis-sional de primeira linha é pular de um trampolim em uma piscina vazia. Os gigantes financeiros continuam em seus camaro-tes luxuosos observando, na avenida, os investidores sambarem com fantasias de palhaço. Mas, acabou o carnaval! Só que apenas para nós, pobres mortais.

Lucas Gonçalves Araujo é formado em estatística e pós-graduado em Agrone-gócios (unb) e Negócios internacionais (FeA/usp). Agente Autônomo de inves-timentos credenciado pela cvM, foi Analista sênior na diretoria Financeira e de Risco de Mercado no banco do brasil.

N Investimentos

“viver e transitar nesse

universo sem orientação e a experiência de profissional de primeira linha é pular de um trampolim em

uma piscina vazia.”

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as cinzas?o carnaval!

Que venham

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31NRespostasabril / maio 2013

O câncer de tireoide, quando diagnosticado precocemente, apresenta altos índices de cura. Peça ao seu médico que durante exames periódicos anuais,

faça uma avaliação de sua tireoide.Visite:

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TireoideAs doenças da tireoide são mais frequentes do que se imagina.

Trata-se de uma glândula muito sensível aos vários tipos de estresse e suas alterações podem se manifestar como uma disfunção benigna ou até mesmo um tipo de câncer.

Os sinais geralmente estão associados à uma alteração morfológica na tireoide, seja através de seu aumento difuso ou localizado (nódulo).

Entre as doenças benignas pode se mencionar o hipertireoidismo (excesso de produção de hormônio tireoidiano), o hipotireoidismo (menor produção de hormônio) e as doenças inflamatórias, denominadas de tireoidites.

EXAMES:

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www.nrespostas.com.br32 NRespostas

O Clube N, em fevereiro, teve a satisfação de ofere-cer a seus associados um momento ímpar: um bate--papo com o professor José Wilson Granjeiro. Pro-prietário do Grancursos, a maior escola preparatória para concursos do país. Granjeiro é reconhecido por suas obras, cursos e palestras sobre temas relativos à administração pública.O ilustre empresário compartilhou com os demais convidados suas experiências – erros e acertos –, seus projetos e sua visão de mercado. Foi uma exce-lente oportunidade para conhecer melhor e refletir

não apenas sobre o universo dos concursos públicos, mas também sobre as questões vocacionais, os direi-tos e as responsabilidades que cercam a decisão de ingressar ou não no serviço público.Foi também ocasião de novas assinaturas de contra-tos de adesão ao grupo. A cada dia, mais empresá-rios se convencem do valor dos benefícios oferecidos pelo Clube N, o clube de resultados da N Produções.

Clube N – Um clube de resultados para líderes de visão. Associe-se você também!

José Wilson Granjeiro, um case de sucesso

José Wilson Granjeiro no Café e Contatos de fevereiro, com os

associados do Clube N

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33NRespostasabril / maio 2013

Alguns associados do Clube N:

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www.nrespostas.com.br34 NRespostas

Todas as frases acima foram ditas por Epic-teto, um filósofo grego que viveu a maior parte de sua vida como escravo em Roma. De todos os seus ensinamentos, conserva--se o Manual, livro moral sobre preceitos de sabedoria, e alguns discursos editados por Flávio Arriano (92 - 175 d.C.), pensa-dor da Roma Antiga.Epicteto nasceu em 55 d.C., em Heliópo-lis, na Frígia (atualmente, Turquia). Che-

gou a Roma como escravo e permaneceu nessa condição durante muitos anos, até ser libertado numa situação insólita. Certa vez, foi levado a leilão. Como era um ho-mem de beleza incomum, chamou a aten-ção de muitos por seu porte e altivez. O pregão foi aberto e os lances começaram. Um rico mercador vendo-o tão belo julgou ser um excelente presente para sua esposa e arrematou-o. Chegando em casa, o deu

“os homens não são

movidos ou perturbados pelas coisas,

mas pelas opiniões que

eles têm delas.”

opção por serescravo

Epicteto:

• Eu sou uma parte de tudo, tal como a hora é uma parte do dia.

• São as dificuldades que mostram os homens.

• Os homens não são movidos ou perturbados pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas.

• Elimina de ti desejos e receios e nada terás que te tiranize.

• Queiras ser livre. Para essa liberdade, só há um caminho: desligar-se das coisas que não dependem de ti.

• Nunca te julgues capaz, nem fales em máximas na presença de ignorantes, mas age de acordo com essas máximas.

• Qual é a primeira coisa que deve fazer quem começa a aprender? Rejeitar a presunção de saber. De fato, não é possível começar a aprender aquilo que se presume saber.

Responde:

Homero Reiswww.homeroreis.com

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Quero ser livre e independente das pessoas com quem convivo, mas acabo me vendo preso a padrões e pensamentos dos quais não consigo me libertar. o que preciso fazer para me sentir livre?

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35NRespostasabril / maio 2013

à sua mulher, que ficou visivelmente impressionada com o presente. Epicteto então chama o mercador à parte, desnuda-se completamente e lhe diz: olhe para mim. Será prudente ter em tua casa alguém como eu, servindo tua esposa? O mercador con-templa a situação e liberta Epicteto. Quando lhe perguntaram o que teria convencido seu senhor a li-bertá-lo, afirmou: não é sábio ser senhor de alguém que entende o desejo das pessoas livres.Ao lado de Sêneca e de Marco Aurélio, imperador romano, Epicteto foi conhecido como um “estoico”, corrente filosófica que defendia a tese de que a vir-tude é o único bem da vida. “Viver de acordo com a virtude significa viver conforme a natureza que se identifica com a razão”, dizia ele. Na opinião dos estoicos, sendo a virtude o único bem, o vício de qualquer coisa é o único mal. Para eles, viver signi-fica desenvolver o senso da responsabilidade.Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer pessoalmente, quer co-letivamente. Segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem, e aperfeiçoá-la pelo há-bito. Muitas são as listas dos filósofos sobre os atri-butos da virtude. A mais comum entende-a como prudência, que “dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a esco-lher os justos meios para o atingir”; justiça, que é a “constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido”; fortaleza, que “assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem”; e temperança, que “modera a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e

proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados”.Epicteto simplifica ao máximo seu pensamento, transformando-o em filosofia do cotidiano. Por isso, dedicava-se à educação moral das pessoas no sentido de fazê-las “irmãs”. Era conhecido pela ir-reverência e aversão aos valores efêmeros da socie-dade romana.A vida de Epicteto nos faz refletir sobre nossa con-dição relacional, em qualquer domínio em que nos encontremos. Desafia-nos a confrontar as coisas que nos dominam e a ter sobre elas uma atitude libertadora. Vale a pena estar subjugado a alguma coisa? Vale a pena ter um humor instável, uma lín-gua voraz, uma moralidade conveniente? Certa-mente, muitas coisas que nos ocorrerão no futuro estão presentes nos “escravos que mantemos em casa” hoje. Muitas vezes, tal qual o rico mercador que o arrematou, mantemos em nossa casa, em nos-sos relacionamentos e em nossas emoções, coisas que provocarão desastres iminentes. Arriano conta que, certa vez, perguntaram a Epicteto como ele se sentia sendo escravo. Sua reposta foi singela: “meus senhores me têm porque me compraram. Eu sem-pre fui livre. Será mesmo que sou eu o escravo?”Reflitam em paz!

Homero ReisCoach Ontológico

Homero Reis é bacharel em Administração de empresas, mestre em educa-ção, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e mem-bro da international coaching Federation. www.homeroreis.com

“A vida de epicteto

desafia-nos a confrontar

as coisas que nos

dominam e a ter sobre elas

uma atitude libertadora.”

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www.nrespostas.com.br36 NRespostas

Responde:

Eduardo Ferrazwww.eduardoferraz.com.br

Há inúmeros casos de empresas que tiveram que se reinventar, tirar produtos de linha, mudar de cara, nome e, em casos extremos, acabaram falindo por não terem antecipado crises ou por terem se acomodado.Sabemos que sedentarismo faz mal e não é só para a saúde das pessoas. No mundo corporativo, a aco-modação e a falta de disciplina também são preju-diciais para o futuro dos negócios. Entrar na zona de conforto por ser bem-sucedido representa uma perigosa armadilha. Sim, o sucesso “engorda”!É preciso estar atento ao ambiente à sua volta, à situação econômica, ao seu segmento de merca-

do, ao que os concorrentes estão fazendo, aos feedbacks da equipe e, principalmente, dos clientes. Esses são apenas alguns fatores que podem pegar de surpresa desde uma startup até empresas consolidadas.

Seguem abaixo os cinco principais paradigmas de uma empresa que está sedentária e precisando ur-gentemente se mexer:

1. “As coisas funcionam assim há muitos anos”. Vivemos uma nova realidade. O mundo globalizado, as novas tecnologias e a velocidade das informações estão transformando compor-tamentos, atitudes e a maneira de as empresas atuarem. Os líderes e os negócios que não se adaptarem a esse novo contexto dificilmente sobreviverão.

2. “Agora que temos um grande produto não precisamos ir atrás de clientes, os clientes é que virão atrás de nós” Ter um ótimo porti-fólio de produtos é um grande diferencial, mas estes produtos não são eternos. É fundamental não tratar clientes e fornecedores com arrogân-cia, pois a concorrência não está dormindo e novos produtos são inventados todos os dias.

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5 paradigmasde uma empresa

sedentária

Quando uma empresa pode se considerar confortavelmente estabilizada?

“sabemos que sedentarismo

faz mal e não é só para a saúde

das pessoas. No mundo

corporativo, a acomodação

e a falta de disciplina

também são prejudiciais.”

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37NRespostasabril / maio 2013

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3. “Já que sou chefe, posso chegar mais tar-de e sair mais cedo. Tenho equipe para isso” Quando os líderes começam a dar maus exemplos, a disciplina desaba e junto com ela vêm os maus resultados.

4. “O cliente ficou insatisfeito? Faz parte. Há empresas nas quais a insatisfação é muito maior” Além de gerar uma péssima tolerância com o erro, este pensamento subes-tima a capacidade de mobilização de clientes insatisfeitos, destruindo a reputação de muitas empresas. As redes sociais estão aí para provar.

5. “Não me preocupa o fato de as pessoas não pararem na empresa. Saiu, contra-tamos outro” O turnover exagerado é grave e representa literalmente uma perda de massa crítica. Uma empresa que não retém seus fun-cionários, dificilmente fideliza clientes.

Você precisa analisar se sua empre-sa não está “sedentária”. Se tudo vai bem, parabéns! É um grande motivo para se manter em forma e buscar resultados ainda melhores. Se as coisas vão mal, vale a pena se mexer para consertar o que for preciso, ganhar competitividade e não ficar refém de imprevistos.Assim como ninguém é demitido do dia para a noite, nenhuma empresa quebra ou tem sucesso de maneira repentina. É fundamental permanecer fora da zona de conforto e trabalhar para manter a boa forma dos negócios.

Eduardo Ferraz é consultor em gestão de pessoas e especialista em treina-mentos e consultoria in company, com aplicações práticas de Neurociência.www.eduardoferraz.com.br

“É fundamental não tratar clientes e fornecedores com arrogância, pois a concorrência não está dormindo e novos produtos são inventados todos os dias.”

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www.nrespostas.com.br38 NRespostas

Recusaro biocídio

Recusar o biocídio! Venho usando com frequência essa ideia, de modo a expres-sar uma adesão consciente à rejeição das mortes cotidianas: a morte paulatina da

fraternidade, a morte sorrateira da família como ni-cho afetivo, a morte insidiosa da sacralidade presente no Outro, a morte vagarosa do pertencimento à Vida em suas múltiplas manifestações, a morte da sexuali-dade liberta e afagante. Pequenas mortes no dia a dia: distraídos, admitimos que faleçam nossas rejeições aos biocídios catastróficos.No entanto, agonizar jamais! Temos de levar em conta a sedutora e desleixada letargia que nos pre-enche em vários momentos e, a partir dela e contra ela, repelir e repudiar o desmazelo e a negligência com a nossa Esperança.Paulo Freire, desde 2012 oficialmente o Patrono da Educação Brasileira, afirmava e nós retomamos: é pre-ciso ter esperança, mas tem de ser esperança do verbo “esperançar”, porque tem gente que tem esperança do verbo “esperar” e essa não é esperança, é pura espera. “Ah, eu espero que dê certo, eu espero que funcione, eu espero que aconteça”... Isso, repita-se, não é espe-rança, mas um mero aguardar passivo.Esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir; esperançar é procurar em nós e à nossa volta as sementes que urge exterminar, de forma a limpar terreno para proteger o Futuro e acolher a Vida com mais plenitude.De novo, piegas? Não; mais uma vez, romântico, im-pregnado de poesia e aspiração vivificante, enfadado com as obviedades pretensamente consoladoras (e efe-tivamente conformantes), tais como: a vida é assim... ou, o que é que a gente pode fazer? É por isso que a sagacidade hebraica presente no Tal-

mude foi cer-teira ao ensi-nar que “há três tipos de pessoas cuja vida não me-rece esse nome: as de coração mole, as de coração duro e as de coração pesado”.Coração mole a ponto de adiar a premência dos cuida-dos com a Vida; coração duro a ponto de negar com arrogância que os cuidados sejam iminentes; coração pesado a ponto de urdir lamentações evasivas, deixan-do de usufruir o valor de que cuidados com a Vida não são um encargo, mas, isto sim, um patrimônio.

FilosofandoM

ario

Ser

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Cort

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“É preciso ter esperança, mas tem de ser esperança do verbo ‘esperançar’, porque tem gente que tem esperança do verbo ‘esperar’.”

Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em educação, professor-titular da puc-sp (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em educação: currículo (1997–2012) e no departamento de teologia e ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação dom cabral (desde 1997) e ensinou no gvpec da Fgv-sp (1998–2010). Foi secretário Municipal de educação de são paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimen-to” (cortez), “Nos labirintos da moral”, com yves de La taille (papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos pron-tos!” (vozes), “sobre a esperança: diálogo”, com Frei betto (papirus), “Lide-rança em foco”, com eugênio Mussak (papirus), “viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (versar/saraiva), “política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (papirus), “vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete refle-xões breves para recusar o biocídio” (polisaber).

Leia mais sobre o assunto em:Não Se Desespere! (Provocações Filosóficas)Mario sergio cortellapetrópolis: vozes, 2013, 140 páginas

Já disponível nas livrarias, a nova obra do prof. dr. Mario sergio cortella, Não se desespere! é a tercei-ra dele com Provocações Filosóficas sobre Educa-ção, Religião, Ética, política e, claro, a própria Filoso-fia; completa trilogia publicada pela Editora Vozes, com a primeira Não Espere Pelo Epitáfio..., lançada em 2005 (hoje na 12ª edição), e Não Nascemos Prontos! (de 2006, com a 15ª edição no prelo).

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