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  • 7/26/2019 Motivacao Ensino

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    MOTIVAO PARA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL:O USO DE TEXTOS EM SALA DE AULA

    Nolia Rodrigues dos Santos (UFAL)[email protected]

    RESUMO

    Atualmente sabe-se que no suficiente alfabetizar os alunos, mas tambm favorecer aprtica e o gosto pela leitura, nesse sentido o/a professor/a aparece como figura-chave,sendo de fundamental importncia para o incentivo da leitura a seleo dos textosapresentada a seus alunos. Mediante tal considerao, entramos na sala de aula de umaturma de 3 srie de uma escola pblica da rede municipal de Macei-Al e observamosas aulas de Lngua Portuguesa para verificar alguns episdios que envolveram aatividade de leitura, atravs dos registros escritos. E assim, buscamos apresentar alguns

    textos utilizados em sala de aula e relacionar com a teoria da motivao. Conta-se com osuporte terico das estratgias de leitura propostas por Kleiman (2004) e defendidas porSilveira (2005) e pela teoria da motivao para aprendizagem, com nfase nos estudo deBzuneck (2001) e Guimares (2001). A anlise dos dados levaram a concluir que o

    professor deve selecionar textos tendo como objetivo criar situaes potencialmentemotivadoras, de forma que atendam aos princpios bsicos da motivao e encontre oequilbrio entre o desafio, a curiosidade, o controle e afantasia.

    Palavras-chave: motivao para leituraleituraensino fundamental

    INTRODUO

    Se perguntarmos a uma criana ou a um pai de aluno qual a habilidade mais

    importante a ser aprendida na escola, muito provvel que entre as respostas mais

    comuns esteja a de aprender a ler.H muitos sculos a leitura representa uma das

    principais atividades realizada pela humanidade, em diferentes naes, cada uma com

    seu idioma, se utilizam desta habilidade para objetivos variados, tais como comunicar,

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    instruir, informar, divertir, entre outras, e hoje, representa uma das atividades central na

    aprendizagem escolar.

    Em nossa sociedade, a leitura tem importante papel quando se trata de entender

    o mundo, alm de viabiliza a participao social e o exerccio da cidadania. Hoje,

    grande a valorizao da leitura enquanto bem cultural, e por isso deve ser expandido a

    toda a populao. Soares (2000, p. 19) nos faz o seguinte esclarecimento sobre o valor

    da leitura:

    Em nossa cultura grafocntrica, o acesso leitura considerado comointrinsecamente bom. Atribui-se leitura um valor positivo absoluto: elatraria benefcios bvios e indiscutveis ao indivduo e sociedade forma delazer e de prazer, de aquisio de conhecimento e de enriquecimento cultura,de ampliao das condies de convvio social e de interao.

    O valor positivo da leitura, fez com que o ensino e a prtica da mesma se

    tornassem preocupaes nacionais e hoje so muitas as discusses acerca daimportncia de ler, seja no mbito escolar, seja fora da escola. Discusses ligadas

    principalmente aos problemas de alfabetizao de crianas, jovens e adultos,

    evidentemente tm relao direta com o elevado nmero de fracasso escolar em todas as

    sries do Ensino Fundamental, especificamente nas sries iniciais. No raro que os

    alunos decodifiquem as palavras, porm, no compreendam o texto que lem. Esses

    problemas no processo e resultado da alfabetizao de crianas nos ltimos anos

    conduzem insatisfao e insegurana dos professores e preocupa as autoridades

    governamentais.

    Muitas discusses acerca da leitura se iniciam na sala dos professores de sries

    iniciais, perpassam as demais modalidades de ensino da educao bsica e chegam

    instncia da educao superior. So discusses feitas, tambm, pelos prprios pais de

    alunos. Porm, o que parece comum em meio a tanta discusso uma pergunta: por que

    os alunos no gostam de ler? Essa parece ser uma queixa de pais e professores de

    alunos, tanto da educao bsica, quanto da educao superior.

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    Diante dessa queixa e reconhecendo a necessidade de melhorar a qualidade da

    leitura nas escolas pblicas do pas, o Ministrio da Educao (MEC) tem ampliado a

    distribuio de livros didticos e investido na sua qualidade atravs da avaliao

    pedaggica. Alm disso, vem implementando e acompanhando aes que denomina de

    polticas de leituraou depolticas de Formao de Leitores. Entre outras aes, temos

    o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) que distribui livros a professores e

    alunos. H tambm, a Revista LeituraS, que divulga experincias de leitura

    desenvolvidas por escolas pblicas, com objetivo de tornar pblico as experincias

    bem-sucedidas .

    Apesar todas as aes implementadas pelo Ministrio da Educao, sabemos que

    a distribuio de livros apenas no suficiente para formar leitores. Passa tambm pela

    responsabilidade da instituio escolar e do professor em ensinar e favorecer a prtica

    da leitura. No mbito escolar comum ouvirmos afirmaes de que o aluno no se

    interessa, que desmotivado, que no tem estmulo em casa, que no foi bem

    alfabetizado nas sries iniciais do ensino fundamental. Essas so verdades que

    permeiam o mbito escolar, revelando a forte tendncia de responsabilizar alunos e pais.

    Faz-se necessrio, pois, esclarecer em que contexto o aluno recebe essa culpa.

    Quanto leitura, constante as afirmaes do tipo os alunos no gostam de

    ler, acham a leitura chata, no sabem ler. Mas o que a escola tem feito para

    motivar esse aluno a ler? Os seres humanos, como seres inacabados, esto sempreaprendendo e as solicitaes do ambiente fazem com que eles se motivem para

    atividades variadas, entre elas a leitura. E se podemos falar em outra verdade do

    contexto escolar a de que a falta de motivao dos alunos causa srios problemas em

    sala de aula e fora da escola, e ajuda a aumentar a estatstica de evaso e o nmero de

    fracasso no pas.

    Diante desse contexto, se reconhece a necessidade de melhorar a qualidade da

    leitura nas escolas pblicas do pas e assim mudar a realidade da maioria de nossasescolas, pois existem muitos condicionantes nas escolas pblicas que impedem a prtica

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    e promoo da leitura, especialmente no tocante s condies de infra-estrutura,

    principalmente a falta de bibliotecas ou de salas apropriadas para a prtica de leitura, a

    falta de livros e a conservao dos materiais impressos.

    O papel do professor no incentivo a leitura

    Apesar de todas essas dificuldades que permeiam o contexto educacional,

    temos uma figura-chave para incentivar a leitura no ambiente escolar: o/a professor/a.

    Que tem importante papel, haja vista sua responsabilidade direta no processo de ensino

    e se configura com o importante papel na motivao dos alunos. Para Tapia e Fita

    (2000) um bom professor sempre consegue motivar seus alunos para participar

    ativamente das tarefas escolares, entre essas podemos incluir a leitura. Concordamos

    com Silva (2003b, p. 21) quando afirma que o professor um elemento chave na

    formao e no crescimento dos leitores ao longo da escolaridade. Kleiman e Moraes

    (1999) tambm destacam o papel do professor na tarefa de estimular o gosto pela

    leitura, pois o desenvolvimento de leitores no se d, muitas vezes, de forma

    espontnea, necessrio fornecer instrumentos para os estudantes.

    Reconhecendo o importante papel do/a professor/a em promover a leitura,

    Silva (2002) explica que a ao do professor deve ser orientada com o objetivo de

    superar o improviso que, historicamente, marca o ensino e promoo da leitura emnosso pas. Essa ao deve ser feita privilegiando a reflexo acerca da funo de ensinar

    a leitura. Ao mesmo tempo em que deve dispor um patrimnio escrito aos alunos, o

    professor deve apresentar uma seqncia de atividades com textos que levem as

    crianas aos patamares da maturidade e autonomia em leitura.

    Para nortear as decises pedaggicas e didticas dos professores, o autor sugere

    quatro perguntas bsicas: Por que estestextos e no outros? Que tipo de exigncias de

    leitura fazer aos estudantes? De que maneira evitar que as leituras caiam na esferamecnica e fragmentada? E como avaliar as atividades de leitura?

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    Os textos escolhidos representam um dos pr-requisitos quando se pretende

    favorecer o surgimento e o crescimento de leitores na escola. Sabemos que no ambiente

    escolar comum a circulao de textos dispersos e fragmentados, dificultando a

    reflexo acerca de determinados problemas. No raros so repetitivos e nada dizem

    sobre a vida social concreta dos leitores. Porm, diante da diversidade de textos que

    circulam em nossa sociedade, o professor deve ter a sensibilidade de escolher os

    gneros que se relacionem com as experincias, desejos e aspiraes dos alunos, s

    assim eles serviro de instrumentos para o favorecimento e a dinamizao da leitura na

    escola. Alm disso, podem viabilizar o refinamento da compreenso dos estudantes e o

    desenvolvimento das competncias que possam lev-los a autonomia e maturidade em

    leitura (SILVA, 2002).

    Usando textos em sala de aula

    A afirmao de Silva (2002) no deixa dvidas de que a seleo dos textos

    imprescindvel para o incentivo da leitura. Sendo assim, preciso conhecer que textos

    so utilizados pelos professores nas escolas pblicas. Esse conhecimento s possvel

    mediante o contato com o ambiente escolar. Por isso, entramos na sala de aula de uma

    escola pblica da rede municipal de Macei-AL. Realizamos nossa pesquisa em uma

    turma de 3 srie do Ensino Fundamental, composta por 32 alunos. A observaoparticipante ocorreu sistematicamente em 14 aulas de Lngua Portuguesa para verificar

    alguns episdios que envolveram a atividade de leitura, atravs dos registros escritos.

    Nesse texto, trouxemos aspectos ligados s condies pedaggicas escolares, e

    mediante a observao das aulas foi possvel apresentar alguns textos utilizados em sala

    de aula e relacionar com a teoria da motivao.

    Das 14 aulas observadas, em 10 houve a utilizao de textos. 50% dos textos

    foram utilizados como pretexto para estudo gramatical, 40% para compreenso e 10%

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    para produo de texto. Selecionamos 6 textos para anlise, das aulas 1, 3, 5, 8, 9 e 12

    respectivamente.

    O texto utilizado para o estudo de gramtica tratava-se de textos curtos e as

    aulas estiveram centradas na resoluo de exerccio referente a tal assunto. Os textos

    utilizados nas aulas 1, 3, 4 e 9 podem ilustrar:

    Se nos reportamos teoria da motivao, e pensarmos que os alunos precisam

    buscar novidades e desafios no contexto escolar, para que tenham a experincia de

    autonomia, os referidos textos no estariam sendo motivadores, pois, aparentemente nooferecem dificuldade para os alunos.

    Alm disso, a leitura desses textos no podem ser suficientes para que os

    alunos desenvolvam estratgias de leitura. Pois, concordamos com Silveira (2007)

    quando defende que o desenvolvimento de estratgias de leitura s ocorre se houver

    uma prtica constante de leitura significativa, o que exige certo volume de leitura para

    que o leitor possa se familiarizar com a lngua escrita e com os diversos gneros de

    textos, passando a automatizar o processo na sua maior parte.

    Textoaula 1

    Trinta dias tem novembroAbril, junho e setembroVinte e oito s tem um,Os mais todos trinta e um.

    Textoaula 3

    Pirulito que bate batePirulito que j bateuQuem gosta de mim elaQuem gosta dela sou eu.

    Texto

    aula 4A me da mame meu xod, s xod.Ela a vov.

    Texto

    aula 9Cocoric, cocorico, cococic.No terreiro da vovSe apoiando sem dNuma perna s.

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    J os textos das aulas 8 e 12 Tipos de Plstico (anexo I) e Reduzir,

    Reaproveitar e Reciclar(anexo II), selecionados do livro didtico dos alunos, fazem

    um caminho contrrio. Por se tratarem de textos de vulgarizao cientfica estes

    ofereceram dificuldade para a leitura dos alunos em razo dos termos tcnicos. Outra

    texto, que tambm ofereceu dificuldade de leitura para os alunos foi o texto utilizado

    na aula 5, a letra msica canto das trs raas (anexo III). A letra composta por

    vrias metforas, o que exige do leitor maduro uma ou vrias leituras para

    compreender o texto. A rigor, o texto no apenas desapropriado para a faixa etria

    dos alunos, o problema que os alunos no foram iniciados na prtica de leitura

    crtica/comentada e o resultado foi que a professora acabou por responder a atividade

    referente ao texto.

    Voltamos a teoria da motivao para explicar porque esses textos no seriam

    promotores da motivao para a leitura. Guimares (2001) esclarece que embora a

    motivao de um aluno esteja ligada a uma combinao de fatores (familiares,

    econmicos, caractersticas da personalidade, entre outros), o que acontece dentro da

    escola e especificamente na sala de aula tem grande relevncia para a motivao do

    aluno.

    No sentido geral, as teorias da motivao afirmam que um aluno motivado

    busca desafios e novidades, isso mobiliza seus esforos para atingir uma meta e

    aumenta seu sentimento de competncia. Esse grau de desafio no tem um padro,porque cada indivduo tem o seu; o que podemos afirmar que o professor pode

    realizar seu trabalho tendo como meta motivar seus alunos. Especificamente, neste

    estudo,em termos de compreenso de leitura, podemos pensar que textos sem

    dificuldades ou textos com bastante dificuldade parecem estar em posies opostas,

    portanto, longe do ponto ideal de desafio.

    No tocante s atividades escolares, para que sejam potencialmente

    motivadoras, seu planejamento deve envolver o desafio, a curiosidade, o controle e afantasia. Pintrich e Schunk (apud GUIMARES, 2001) esclarecem que tarefas

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    valorizadas e desafiadoras favorecem a percepo de competncia, por isso, devem

    conter metas claras cuja execuo exija esforo, esse deve estar em nvel intermedirio,

    pois um nvel muito elevado de esforo pode gerar ansiedade, enquanto um nvel baixo

    pode causar tdio ou descaso. As tarefas tambm devem despertar a curiosidade.

    Situaes pouco comuns ou surpreendentes despertam a ateno dos estudantes, pois

    esto em desacordo com suas crenas e conhecimentos anteriores, sendo necessrio,

    portanto, a busca de novas formas de explicao e compreenso. Por fim, as tarefas

    exigem tambm controle, de forma que o aluno se perceba como sujeito no processo de

    aprendizagem, reconhecendo que os resultados de seu desempenho dependem de seus

    esforos. Por fim, necessrio que as tarefas envolvam a fantasia, pois a promoo de

    situaes que no seriam possveis no real favorece a motivao. Nesse contexto, os

    jogos ou simulaes que envolvam fantasia e faz-de-conta so importantes.

    Especificamente quanto ao professor, este tem papel importante, seja para

    resgatar, seja para manter a motivao dos alunos. A nosso ver, esta ltima funo,

    manter otimizada a motivao dos alunos, imprescindvel, isso porque os diversos

    estudos tm comprovado um decrscimo sensvel em relao motivao dos alunos,

    pelo menos a partir da 3 srie (BZUNECK, 2001). Em relao leitura, Perini (2000)

    esclarece que os primeiros fracassos conduzem os alunos a evitar novas oportunidades

    de ler, fato que colabora para o surgimento de atitudes desfavorveis em relao

    leitura que se iniciam cedo, por volta da 3 srie.Kleiman (2002) explica que, em geral, o professor escolhe intuitivamente

    textos que acha que seus alunos vo considerar interessante, divertidos, surpreendentes,

    sentimentais. Porm, o que interessa no ensino no a interpretao do professor em

    si, mas como o aluno percebe o texto.

    Para Silva (2002), os textos de boa qualidade representam um dos pr-

    requisitos quando se pretende favorecer o surgimento e o crescimento de leitores. Os

    textos so instrumentos para o fornecimento e dinamizao da leitura na escola, maspara que eles atinjam esse objetivo necessrio que se relacionem com as

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    experincias, desejos e aspiraes dos alunos; que sejam de boa qualidade e despertem

    o interesse. Mas, em geral, esses textos so dispersos e fragmentados, dificultando a

    reflexo acerca de determinados problemas; so repetitivos e nada dizem sobre a vida

    social concreta dos leitores.

    Nessa turma, constatamos que o volume, ou seja, a quantidade de leitura no

    suficiente para que o aluno possa automatizar os processos de decodificao e

    desenvolver estratgias de leitura. Para tanto, importante que chegue s mos dos

    alunos textos de gneros variados em certa quantidade e de forma regular, com variados

    propsitos.

    Alm disso, necessrio que o/a professor/a conhecer seus alunos, e assim,

    atender a observao de Silva (2003a), que afirma ser necessrio conhecer o perfil das

    crianas para que um trabalho que vise promover a leitura obtenha xito. Nesse sentido,

    importante buscar compreender os interesses, desejos, problemas, dificuldades,

    valores, potencial e saberes dos alunos. Esses conhecimentos so fundamentais para

    tomar decises pedaggicas para o ensino e promoo da leitura junto aos alunos, por

    meio da seleo coerente de textos e da organizao de estratgias de ensino.

    Apesar de reconhecido o papel do professor em favorecer e motivar o gosto pela

    leitura nos alunos, Sol (1998) esclarece que para que a atividade de leitura seja

    motivadora para algum, necessrio que o contedo esteja ligado aos seus interesses.

    Se pensarmos em uma classe, ser muito difcil atender aos interesses de todos osalunos e faz-los coincidir com os interesses do professor. Porm, ressalta a autora, no

    podemos esquecer que o interesse se cria, se suscita e se educa, depende do entusiasmo

    e da apresentao que o professor faz de determinada leitura.

    Sabemos que o professor pode incentivar e motivar seus alunos para a atividade

    de leitura. Tivemos demonstrao de que a escolha de textos que contemple os interesse

    dos alunos e a leitura em voz alta podem ajudar a desenvolver o gosto pela leitura. Alm

    disso, o leitor iniciante precisa do auxlio de um leitor maduro, no caso o professor, que

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    o ajude a criar estratgias para compreender o texto, e conseqentemente tornas-se

    autnomo, portanto mais motivado para a leitura.

    CONSIDERAES FINAIS

    Acreditamos que a escola pode, alm de ensinar a tcnica, estimular o gosto pela

    leitura e motivar seu aluno a ler. Porm, para que pudssemos entender em que contexto

    a leitura trabalhada foi imprescindvel a anlise sobre a situao escolar, trazendo para

    o corpus desse trabalho informaes at certo ponto incmodas.

    Reconhecemos que o trabalho docente no se trata de uma atividade fcil, mas

    sabemos tambm que necessrio ao professor reavaliar seu papel, reconhecendo-se

    como agente importante na formao do aluno leitor. Nesse contexto, necessrio que

    o professor procure perceber qual o potencial de seus alunos e como ele pode trabalhar

    a leitura considerando tais potenciais.

    Se antes afirmamos que o professor deve reconhecer seu potencial em formar

    alunos leitores, ressaltamos que essa reflexo no pode ser um ato solitrio: toda a

    comunidade escolar deve engajar-se na meta de incentivar o aluno a ser, de fato, um

    leitor. E se aqui podemos falar em verdades do contexto escolar, uma delas que s se

    aprender a ler lendo, seja na sala de aula, seja na sala de leitura; o importante que oaluno tenha a oportunidade de ler atravs do contato com diversos materiais escritos e

    desenvolva, cada vez mais, essa habilidade que a base da aquisio de conhecimentos

    e de formao do intelecto humanoa leitura.

    REFERNCIAS

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    BRASIL. Ministrio da educao. Sistema Nacional de Avaliao da EducaoBsicamdias de desempenho comparado do SAEB/2005 em perspectiva comparada.Braslia, 2007. Disponvel em:http://www.inep.gov.br/download/saeb/2005/SAEB1995_2005.pdfAcesso em 25/06/2008

    BZUNECK, Jos Aloyseo. A motivao do aluno: aspectos introdutrios. In:

    BORUCHOVITCH, Evely; BZUNECK, Jos Aloyseo (orgs). A motivao do aluno:contribuies da psicologia contempornea. 3 ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2001. p 09-36.

    GUIMARES, S. E. R. A organizao da escola e da sala de aula como determinanteda motivao intrnseca e da meta aprender. In: BORUCHOVITCH, Evely;BZUNECK, Jos Aloyseo (orgs). A motivao do aluno: contribuies da psicologiacontempornea. 3 ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2001a. p 78-95.

    KLEIMAN, ngela. Contribuies tericas para o desenvolvimento do leitor: teorias deleitura e ensino. In: ROSING, Tnia; BECKER, P. (orgs.) Leitura e animaocultural: repensando a escola e a biblioteca. Passo Fundo: UPF, 2002, p. 27-68.

    PERINI, Mrio A. A leitura funcional e a dupla funo do texto didtico. In:ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel T. (orgs). Leitura: perspectivasinterdisciplinares. 5 ed. So Paulo: tica, 2000. p. 78-86.

    SILVA, Ezequiel Teodoro da. A produo da leitura da leitura na escola:pesquisas xpropostas. So Paulo: tica, 2002.

    ______. Leitura em curso. Campinas-Sp: Autores Associados, 2003a.

    ______. Unidade de leitura. Campinas-Sp: Autores Associados, 2003b.

    SILVEIRA, Maria Inez M. Leitura o ponto de vista do processamento: asestratgias de leitura e sua importncia para a compreenso de textos escritos. Macei,UFAL/CEDU, Programa de Ps-Graduao em Educao, 2007 (mimeo-texto decirculao restrita).

    SOARES, Magda B. As condies sociais da leitura: uma reflexo em contraponto. In:ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel T. (orgs). Leitura: perspectivas

    interdisciplinares. 5 ed. So Paulo: tica, 2000. p. 18-29.

    http://www.inep.gov.br/download/saeb/2005/SAEB1995_2005.pdfhttp://www.inep.gov.br/download/saeb/2005/SAEB1995_2005.pdf
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    SOL, Isabel. Estratgias de leitura. 6 ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

    TAPIA, Jess Alonso; FITA, Enrique Cartula. A motivao em sala de aula: o que ,como se faz. 3 ed. So Paulo: Edies Loyola, 2000.

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    ANEXO ITexto da aula 8: tipos de plsticos

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    ANEXO II

    Texto da aula 12: Reduzir, Reaproveitar e reciclar

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    ANEXO III

    Texto da aula 5: letra da msica CANTO DAS TRS RAAS

    Canto Das Trs Raas

    Ningum ouviuUm soluar de dor

    No canto do Brasil

    Um lamento tristeSempre ecoouDesde que o ndio guerreiroFoi pro cativeiro

    E de l cantou

    Negro entoouUm canto de revolta pelos ares

    No Quilombo dos PalmaresOnde se refugiou

    Fora a luta dos InconfidentesPela quebra das correntes

    Nada adiantou

    E de guerra em pazDe paz em guerraTodo o povo dessa terraQuando pode cantarCanta de dor

    E ecoa noite e dia ensurdecedorAi, mas que agoniaO canto do trabalhador

    Esse canto que deviaSer um canto de alegriaSoa apenasComo um soluar de dor