aula i motivacao e desempenho

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AULA I MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO 1 Motivação: movere (ação, movimento) Motivação (do Latim movere, mover) designa em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas a condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é um processo psicológico, ou seja, é o impulso interno que leva à ação. “É um processo psicológico que causa o despertar, o encaminhamento e a persistência de ações voluntárias dirigidas a objetivos. É também uma importante fonte para a produtividade e para o desempenho, sendo influenciada pelas normas do grupo.” Assim a principal questão da psicologia da motivação é "por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz?". "O estudo da motivação comporta a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos e animais em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações" 1 . Motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo (ambiente) e pode também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo. A motivação funciona em termos de forças ativas e impulsionadoras. Motivação intrínseca e motivação extrínseca 2 Outro conceito que influenciou o estudo da motivação foi a diferenciação entre motivação intrínseca e extrínseca. Enquanto a primeira refere-se à motivação gerada por necessidade e motivos da pessoa, a motivação extrínseca refere-se à motivação gerada por processos de reforço e punição No entanto é falso dizer, que a motivação extrínseca é fruto da ação do ambiente e a intrínseca à da pessoa, porque, como se verá, a motivação é sempre fruto de uma interação entre a pessoa e o ambiente. Importante também é observar que os dois tipos de motivação podem aparecer mesclados, como, por exemplo, quando a pessoa estuda um tema que a interessa (motivação intrínseca) e consegue com isso uma boa nota (reforço: motivação extrínseca) . 1 Rudolph, Udo (2003). Motivationspsychologie. Weinheim: Beltz 2 Heckhausen, Jutta & Heckhausen, Heinz (2008). Motivation and action. Cambridge University Press.

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Gestão de Pessoas

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  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    1

    Motivao: movere (ao, movimento)

    Motivao (do Latim movere, mover) designa em psicologia, em etologia e em outras cincias

    humanas a condio do organismo que influencia a direo (orientao para um objetivo) do

    comportamento. Em outras palavras um processo psicolgico, ou seja, o impulso interno que leva ao.

    um processo psicolgico que causa o despertar, o encaminhamento e a persistncia de aes

    voluntrias dirigidas a objetivos. tambm uma importante fonte para a produtividade e para o

    desempenho, sendo influenciada pelas normas do grupo. Assim a principal questo da psicologia da

    motivao "por que o indivduo se comporta da maneira como ele o faz?". "O estudo da motivao

    comporta a busca de princpios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos e animais

    em determinadas situaes especficas escolhem, iniciam e mantm determinadas aes"1.

    Motivo tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que d

    origem a uma propenso a um comportamento especfico. Esse impulso ao pode ser provocado por um

    estmulo externo (ambiente) e pode tambm ser gerado internamente nos processos mentais do indivduo. A

    motivao funciona em termos de foras ativas e impulsionadoras.

    Motivao intrnseca e motivao extrnseca2

    Outro conceito que influenciou o estudo da motivao foi a diferenciao entre motivao intrnseca

    e extrnseca. Enquanto a primeira refere-se motivao gerada por necessidade e motivos da pessoa, a

    motivao extrnseca refere-se motivao gerada por processos de reforo e punio No entanto falso

    dizer, que a motivao extrnseca fruto da ao do ambiente e a intrnseca da pessoa, porque, como se

    ver, a motivao sempre fruto de uma interao entre a pessoa e o ambiente. Importante tambm

    observar que os dois tipos de motivao podem aparecer mesclados, como, por exemplo, quando a pessoa

    estuda um tema que a interessa (motivao intrnseca) e consegue com isso uma boa nota (reforo:

    motivao extrnseca) .

    1 Rudolph, Udo (2003). Motivationspsychologie. Weinheim: Beltz

    2 Heckhausen, Jutta & Heckhausen, Heinz (2008). Motivation and action. Cambridge University Press.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    2

    As diferenas individuais

    As pessoas so diferentes no que tange a motivao: as necessidades variam de indivduo para

    indivduo, produzindo diferentes padres de comportamento.

    H trs princpios importantes que explicam o comportamento humano:

    - O comportamento causado por estmulos internos ou externos.

    - O comportamento motivado, ou seja, h uma finalidade em todo comportamento humano.

    - O comportamento orientado para objetivos. Existe sempre um impulso, desejo, necessidade que

    servem para designar os motivos do comportamento.

    Segundo Spector3 (2002), satisfao no trabalho uma varivel de atitude que reflete como uma pessoa se

    sente em relao ao seu trabalho de forma geral e em seus vrios aspectos. Existem dois enfoques para

    estudo de satisfao no trabalho: o global e o de facetas. O enfoque global trata da satisfao como um

    sentimento nico e geral em relao ao trabalho. O enfoque alternativo ou de facetas discrimina aspectos do

    trabalho como:

    a) recompensas (salrios e benefcios), b) outras pessoas no ambiente de trabalho (supervisores e colegas),

    c) as condies de trabalho, d) a natureza do trabalho em si.

    A abordagem abaixo, mencionada por Spector permite uma visualizao mais completa da satisfao no

    trabalho.

    Facetas comuns da satisfao no trabalho

    Salrio

    Oportunidades de promoo

    Benefcios

    Superviso

    Companheiros de trabalho

    Condies de trabalho

    Natureza do trabalho

    Comunicao

    Segurana

    3 Fonte: Spector, Paul. Psicologia nas Organizaes, So Paulo, 2002 - Facetas comuns da satisfao no trabalho.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    3

    Ciclo Motivacional

    A motivao cclica e comea com uma necessidade. A necessidade uma fora dinmica e persistente

    que provoca o comportamento. A necessidade interrompe o estado de equilbrio do organismo, causando um

    estado de tenso, desconforto e desequilbrio. A tenso leva o indivduo a ao, que o movimento

    caracterstico da motivao. A ao pode levar a satisfao, ou seja, equilbrio interno.

    No ciclo motivacional, contudo, a necessidade nem sempre pode ser satisfeita. Ela pode ser frustrada, ou

    ainda pode ser compensada (transferida para outro objeto, pessoa ou situao).

    Motivao e Satisfao

    - Motivao: latim MOVERE, significa MOVER indica um estado psicolgico caracterizado por um

    elevado grau de disposio ou vontade de realizar uma tarefa ou perseguir uma meta.

    - Satisfao: alguma coisa que satisfaz a necessidade. o atendimento de uma necessidade.

    Exemplo: gua

    O motivador a sede e no a gua.

    A gua diminui a tenso da necessidade elevando o nvel de satisfao.

    possvel oferecer fatores de satisfao: gua, comida, promoo, reconhecimento, etc.

    Uma necessidade satisfeita no mais um motivador do comportamento. O que motiva um comportamento

    uma necessidade insatisfeita

    Ento, quanto maior a insatisfao maior a motivao.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    4

    Motivao e Desempenho

    O potencial para o desempenho humano e a apresentao de resultados favorveis depende no somente da

    motivao, mais tambm, da capacidade do indivduo.

    Sendo assim, motivao e capacidade juntas determinam o potencial de desempenho de uma pessoa em

    qualquer atividade:

    Capacidade + Motivao + Suporte Organizacional = Potencial para o desempenho humano

    As teorias provocaram grande impacto na rea de gesto. Abriu-se espao para novas prticas e

    condies de crescimento pessoal que, ao mesmo tempo, contribussem para que os objetivos

    organizacionais fossem atingidos. Cavalcanti et al apresentam maneiras sugeridas por Morgan (1996),

    de como as organizaes podem satisfazer aos diferentes nveis de necessidades dos colaboradores:

    - Salrio e benefcios, Condies agradveis de trabalho necessidades fisiolgicas

    - Seguro sade e plano de aposentadoria; segurana no emprego; programa de higiene e segurana

    necessidades de segurana

    - Interao com os colegas; atividades sociais e esportivas; reunies sociais fora da organizao

    necessidades sociais

    - Criao de cargos que permitam realizao, autonomia, responsabilidade e controle pessoa; trabalho que

    valorize a identidade pessoal; reconhecimento pelo bom desempenho necessidades de estima

    - Encorajamento ao completo comprometimento do empregado, trabalho que se torne uma das principais

    dimenses de expresso do profissional necessidades de autorrealizao

    Existem duas linhas tericas bsicas sobre motivao:

    Teorias de contedo (dentro do indivduo ou do ambiente que o envolve), sendo estticas e descritivas.

    O QUE MOTIVA O HOMEM.

    Teoria da hierarquia das necessidades Maslow

    Teoria X e Y - McGregor

    Teoria dos dois fatores - Herzberg

    Teoria ERC - Cleyton Alderfer

    Teoria da Motivao pelo xito e/ou Medo Mcclelland

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    5

    Teorias de processo (compreenso dos processos cognitivos ou de pensamento das pessoas, que

    influencia seu comportamento), sendo mais dinmicas. COMO ACONTECE A MOTIVAO.

    Teoria da Expectativa - Victor Vroom

    Teoria do Reforo/behaviorismo Skinner

    Teoria de Campo Kurt Lewin

    Teoria da equidade - Adms

    Teoria da fixao de metas Edwin Locke

    Teoria auto-eficcia - Bandura

    As teorias de motivao tambm j foram subdivididas com base na poca em que surgiram:

    Antigas: Teoria X e Y; a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas e a Teoria dos Dois

    Fatores (bifatorial).

    Modernas: Teoria das Necessidades de Mcclelland; a Teoria da Fixao de Metas; a Teoria do

    Reforo; a Teria da Equidade; a Teoria da Expectativa; Teoria da Autoeficcia, etc.

    Spector (2005) mostra o status de algumas teorias motivacionais por meio de um classificao que

    indica o quanto cada uma tem encontrado sustentao em descobertas de pesquisas no campo

    organizacional. De acordo com a escala a seguir, 1 representa pouca ou nenhuma sustentao

    emprica para a teoria; e 5 indica sustentao emprica forte e coerente.

    ___

    5 Fixao de metas e Autoeficcia

    4 Expectativa e Reforo

    3 Equidade

    2 ERC

    1 Hierarquia das Necessidades

    Teoria dos dois fatores

    ___

    Principais teorias motivacionais

    Principais

    tericos Teorias Principais enfoques

    Abraham

    Maslow

    (1930)

    A hierarquia das

    necessidades,

    segundo Maslow

    A teoria de Maslow conhecida como uma das mais importantes

    teorias de motivao. Para ele, as necessidades dos seres humanos

    obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem

    transpostos. Isto significa que no momento em que o indivduo realiza

    uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    6

    pessoas busquem meios para satisfaz-la. Poucas ou nenhuma pessoa

    procurar reconhecimento pessoal e status se suas necessidades bsicas

    estiverem insatisfeitas.

    O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de anlise pelo

    prprio Taylor, quando enunciava os princpios da Administrao

    Cientfica. A diferena entre Taylor e Maslow que o primeiro

    somente enxergou as necessidades bsicas como elemento

    motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivduo no sente,

    nica e exclusivamente necessidade financeira.

    Maslow apresentou uma teoria da motivao, segundo a qual as

    necessidades humanas esto organizadas e dispostas em nveis, numa

    hierarquia de importncia e de influncia, numa pirmide, em cuja base

    esto as necessidades mais baixas (necessidades fisiolgicas) e no

    topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de

    autorealizao)

    De acordo com Maslow, as necessidades fisiolgicas constituem a

    sobrevivncia do indivduo e a preservao da espcie: alimentao,

    sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurana constituem a

    busca de proteo contra a ameaa ou privao, preservao do

    emprego, moradia. As necessidades sociais incluem a necessidade de

    associao, de participao, de aceitao por parte dos companheiros,

    de troca de amizade. A necessidade de estima envolvem a auto

    apreciao, a autoconfiana, a necessidade de aprovao social e de

    respeito, de status, prestgio e considerao, alm de desejo de fora e

    de adequao, de confiana perante o mundo. As necessidades de

    autorealizao so as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu

    prprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente, autonomia,

    liberdade.

    Embora a maioria dos autores no indique as necessidades de estticas,

    Aguiar (2005) as cita na teoria de Maslow. As necessidades estticas

    (busca pelo belo) complementa a pirmide das necessidades humanas.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    7

    Douglas

    McGregor

    (1.962)

    A teoria X e a teoria

    Y, de McGregor

    A teoria de McGregor na verdade um conjunto de dois extremos

    opostos de suposies. Estes conjuntos foram denominados "X" e "Y".

    Por esse motivo, tambm conhecida pelo nome de "Teoria X e Teoria

    Y". Para McGregor, se aceitarmos a teoria "X", e nos comportarmos de

    acordo com ela, as pessoas se mostraro preguiosas e desmotivadas.

    J se aceitarmos a teoria "Y", as pessoas com quem interagimos se

    mostraro motivadas.

    TEORIA X Concepo negativa da natureza humana. o homem mdio no gosta do trabalho e o evita;

    ele precisa ser forado, controlado e dirigido;

    o homem prefere ser dirigido e tem pouca ambio;

    ele busca apenas a segurana.

    TEORIA Y Concepo positiva da natureza humana. o dispndio de esforo no trabalho algo natural;

    o controle externo e a ameaa no so meios adequados de se

    obter trabalho;

    o homem exercer autocontrole e auto-direo, se suas

    necessidades forem satisfeitas;

    a pessoa mdia busca a responsabilidade;

    o empregado exercer e usar sua engenhosidade, quando lhe

    permitirem auto-direo e autocontrole.

    Frederick

    Herzberg

    (1974)

    Teoria dos dois

    fatores de Herzberg

    Ao contrrio de outros pensadores, como Abraham Maslow, que

    tentavam explicar as necessidades humanas em diversos campos, a

    Teoria de Frederick Herzberg foi, desde o incio, baseada no estudo

    das atitudes e motivaes dos funcionrios dentro de uma empresa.

    Herzberg desenvolveu um estudo para tentar entender os fatores que

    causariam insatisfao e aqueles que seriam os responsveis pela

    satisfao no ambiente de trabalho. Os estudos incluram pesquisas,

    onde os trabalhadores de diversas empresas eram estimulados a

    explicitar quais seriam os fatores que os desagradavam, assim como os

    que os agradavam na empresa. Os fatores que agradavam ao

    funcionrio foram chamados de Motivadores. Aqueles que

    desagradavam levaram o nome de higinicos. Por isso, a teoria mais

    conhecida como "a Teoria dos dois fatores de Herzberg: Motivao -

    Higiene".

    Os fatores de Higiene so aqueles que so necessrios para evitar a

    insatisfao no ambiente de trabalho, mas por outro lado no so

    suficientes para provocar satisfao.

    Para motivar um funcionrio, no basta, para Herzberg, que os fatores

    de insatisfao estejam ausentes. Pelo contrrio, os fatores de

    satisfao devem estar bem presentes.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    8

    Fatores que levam insatisfao (higinicos - insatisfacientes)

    Fatores que levam

    satisfao (motivacionais - satisfacientes)

    Poltica da Empresa Crescimento

    Condies do ambiente de trabalho Autonomia

    Relacionamento interpessoal Desenvolvimento

    Segurana Responsabilidade

    Benefcios Reconhecimento

    Salrio Realizao

    Status Oportunidade de promoo

    Relao com o supervisor Ampliao ou

    enriquecimento do cargo

    Clayton

    Alderfer

    (1.969)

    Teoria ERC

    Pode ser chamada

    tambm de Teoria

    ERG, em ingls:

    Existence,

    Relaterdness and

    Growth.

    Desenvolvida pelo psiclogo Clayton Alderfer, a partir da teoria de

    Maslow e de novas pesquisas, a Teoria ERC concorda que a motivao

    do trabalhador pode ser medida seguindo uma hierarquia de

    necessidades, porm diverge da Teoria de Maslow em alguns pontos

    bsicos. Maslow via as pessoas subindo progressivamente dentro da

    hierarquia das necessidades. J Alderfer percebia que as pessoas

    subiam e desciam dentro da hierarquia das necessidades e que existiam

    apenas trs fatores essenciais para motivao:

    - Necessidade existencial: necessidades bsicas de Maslow, ou seja,

    necessidades de sobrevivncia;

    - Necessidades de relacionamento: o ser humano tem necessidade de

    relacionamentos interpessoais, ou seja, sociabilidade e relacionamento

    social;

    - Necessidades de crescimento: necessidade que o ser humano tem de

    criar, dar sugestes, participar, desenvolvimento do potencial humano.

    Essa teoria adota o princpio de frustrao-regresso, ou seja, uma

    necessidade inferior pode ser ativada quando uma necessidade mais

    elevada no pode ser satisfeita e tambm salienta que mais de uma

    necessidade poder ser focalizada de uma nica vez.

    Observao: As necessidades podem surgir simultaneamente.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    9

    David

    McClelland

    (1.962)

    Teoria da Motivao

    pelo xito e /ou

    medo

    Pode tambm ser

    chamada de Teoria

    das necessidades

    aprendidas.

    David McClelland, atravs da Teoria da Motivao pelo xito e/ou

    Medo, destaca trs motivos necessidades, que orientam a dinmica do comportamento humano, como est demonstrado na tabela a seguir.

    Teoria da Motivao pelo xito e/ou pelo Medo (McClelland)

    Necessidade Meio de Satisfao

    Realizao - busca da excelncia, de se realizar em

    relao a determinados padres, de lutar pelo

    sucesso. Competir como forma de auto-

    avaliao.

    Afiliao/Associao - relacionar-se cordial e afetuosamente.

    Desejo de relacionamentos interpessoais

    prximos e amigveis.

    Poder - exercer influncia. Necessidade de fazer

    com que os outros se comportem de um

    modo que no fariam naturalmente.

    Esta teoria sustenta que diferentes indivduos tem diferentes nveis de

    cada motivo, mas nunca a inexistncia de qualquer deles, em especial o

    da realizao (motivao pelo xito), aprendido inicialmente na

    infncia.

    Esses motivos tm relao ntima resoluo de problemas. Sendo

    assim, quando o indivduo obtm sucesso, utilizando-se de

    determinado meio (motivo), tender a repet-lo para a soluo de

    outros problemas, o que caracterizar o estilo da pessoa.

    Segundo McClelland (apud MAXIMIANO, 2000, p. 313-314), as

    pessoas que tm necessidade de realizao:

    - Escolhem metas que so desafiadoras, porm viveis.

    - No se arriscam demasiadamente, preferindo as situaes cujos

    resultados podem controlar.

    - Do mais importncia realizao da meta que s possveis

    recompensas.

    - Precisam de feedback especfico sobre seu desempenho.

    - Dedicam tempo a pensar sobre realizaes de alto nvel.

    As pessoas com necessidade de associao ou filiao preferem

    atividades que proporcionem muitos contatos com outras pessoas.

    - A capacidade de satisfazer a necessidade de filiao influenciada

    pelo ambiente que cerca a pessoa e por suas habilidades interpessoais.

    No entanto, as pessoas que tm grande necessidade de filiao

    freqentemente sofrem de carncia de habilidades interpessoais.

    - Muitas vezes, as necessidades desse tipo so atendidas pela

    organizao informal, em atividades que ficam fora do horrio normal

    de trabalho, tais como almoo ou conversas de corredor.

    - [...] do mais valor ao relacionamento que realizao de tarefas, o

    que pode ser prejudicial porque inviabiliza a liderana e leva

    conformidade social cega.

    - Quando [...] est satisfeito com seu trabalho, normalmente o turnover

    e o absentesmo diminuem.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    10

    J as pessoas que tm elevada necessidade de poder procuram

    cargos que tenham poder e procuram tambm influenciar outras

    pessoas e seu ambiente.

    - Pode-se satisfazer a necessidade de poder de muitas maneiras

    (controle de recursos, informao e pessoas).

    - Normalmente, a necessidade de poder desconsidera o valor material,

    ou seja, o que importa o que se consegue fazer com o poder.

    - Normalmente, pode-se contar com eles para realizar atividades

    extras.

    Victor

    Vroom

    (1.964)

    Teoria da

    expectativa ou

    expectncia

    O comportamento humano sempre orientado para resultados. As

    pessoas fazem coisas esperando sempre outras em troca.

    Os trs principais fatores nessa teoria so: Valncia,

    Instrumentalidade e Expectativa.

    - VALNCIA: o valor atribudo ao resultado. uma medida de

    atrao que um resultado exerce sobre um indivduo.

    - INSTRUMENTALIDADE: a convico de que a obteno do

    resultado est ligada a executar de uma ao.

    - EXPECTATIVA: a probabilidade de que uma determinada ao

    conduza a um resultado desejado.

    Assim, para que uma pessoa esteja "motivada" a fazer alguma coisa

    preciso que ela, simultaneamente:

    - atribua valor ao resultado advindo de fazer essa coisa,

    - acredite que fazendo essa coisa ela receber a compensao esperada,

    - acredite na probabilidade que tem condies de fazer aquela coisa.

    Em termos de uma equao, essa definio poderia ser escrita da

    seguinte forma:

    motivao = [expectativa] X [instrumentalidade] X [valncia]

    Dentro dessa viso terica, os indivduos fazem escolhas baseados em

    seus ideais de recompensa no obtidos ainda; as recompensas devem

    estar inseridas em um perodo de tempo mdio para que haja uma

    relao desempenho-recompensa e esta deve ser justa; e por fim, o

    indivduo sabe o que se espera dele e passa a se comportar de maneira

    esperada.

    Fora motivacional: V x I x E

    Motivao = Expectativa (Esforo Desempenho - Resultado) x Valor atribudo ao resultado.

    Vroom enfatiza a importncia de se analisar com cuidado a dimenso

    dos valores atribudos a uma compensao. Por ex., um jovem

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    11

    profissional pode atribuir enorme valor a uma promoo no pelas

    perspectivas de carreira que isso oferea ou pelo aumento de salrio

    em si, mas pelo fato de que esse aumento vai permitir a ele casar-se.

    Isso mostra que motivao um processo e varia de indivduo a

    indivduo, em funo de seus objetivos pessoais.

    A teoria de motivao de Victor Vroom se restringe exclusivamente

    motivao para produzir, rejeita noes preconcebidas e reconhece as

    diferenas individuais. Segundo Vroom, existem trs fatores que

    determinam em cada indivduo a motivao para produzir;

    Os objetivos individuais, ou seja, a fora do desejo de atingir objetivos

    A relao que o indivduo percebe entre produtividade e alcance dos

    seus objetivos pessoais

    A capacidade de o indivduo influenciar seu prprio nvel de

    produtividade, medida que acredita poder influenciar.

    Lawler

    III

    Teoria da expectao Lawler III concluiu que existem duas bases slidas para sua teoria de

    que o dinheiro pode motivar o desempenho e outros tipos de

    comportamentos:

    As pessoas desejam dinheiro porque este lhes permite no somente a

    satisfao de necessidades fisiolgicas e de segurana, mas tambm

    lhes d condies para a satisfao das necessidades sociais, estima e

    de autorealizao.

    Se as pessoas percebem e crem que seu desempenho possvel e

    necessrio para obter mais dinheiro, elas, certamente desempenharo

    suas tarefas da melhor maneira possvel.

    Assim a equao que melhor expressa a teoria de Lawler III :

    Crena que o dinheiro satisfar as necessidades

    Necessidades no

    satisfeitas

    + crena que a

    obteno do dinheiro

    requer desempenho

    = motivao para

    desempenhar

    Skinner

    (1.950)

    Teoria do

    Reforo/Behaviorista

    Comportamental

    A idia principal dessa teoria de que o reforo condiciona o

    comportamento sendo que este determinado por experincias

    negativas ou positivas, devendo o gerente estimular comportamentos

    desejveis e desencorajar comportamentos no agradveis.

    O reforo positivo se d de vrias formas tais como: premiaes,

    promoes e at um simples elogio a um trabalho bem feito. So

    motivadores vistos que incentivam o alto desempenho. O reforo

    negativo capaz de fortalecer uma reao quando remove algum tipo

    de estmulo aversivo. Para uma pessoa sonolenta que aperta o boto

    que desliga o barulho do despertador, o cessar do barulho irritante

    um reforo negativo. interessante observar que, ao contrrio do uso

    popular, o reforo negativo no tem um carter punitivo. Ele

    justamente remoo de um evento punitivo. J a punio a

    apresentao de um castigo e conseqente diminuio do

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    12

    comportamento. A extino a retirada de um benefcio e conseqente

    diminuio do comportamento.

    Lewin

    Kurt

    (1.935)

    Teoria de campo Para melhor explicar a motivao do comportamento, Lewin elaborou

    a teoria de campo, que se baseia em duas suposies fundamentais.

    a) o comportamento humano derivado da totalidade de fatos

    coexistentes;

    b) esses fatos coexistentes tm o carter de um campo dinmico, no

    qual cada parte do campo depende de uma inter-relao com as outras

    partes.

    O comportamento humano no depende somente do passado,

    ou do futuro, mas do campo dinmico atual e presente.

    Esse campo dinmico "o espao de vida que contm a pessoa

    e o seu ambiente psicolgico. Lewin prope a seguinte equao, para explicar o

    comportamento humano:

    C = f (P,M) Onde o comportamento (C) funo (f) ou resultado da interao entre

    a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia.

    O ambiente psicolgico (ou ambiente comportamental) o ambiente

    tal como percebido e interpretado pela pessoa.

    Mais do que isso, o ambiente relacionado com as atuais

    necessidades do indivduo.

    Alguns objetos, pessoas ou situaes podem adquirir valncia

    no ambiente psicolgico, determinando um campo dinmico de foras

    psicolgicas.

    Outras

    teorias

    - A Teoria da Equidade: Adams (1965), afirma que as pessoas so

    motivadas a alcanar uma condio de igualdade ou justia nas suas

    relaes com outras pessoas e com as organizaes. De acordo com o

    mesmo, os funcionrios que se encontram em situao de desigualdade

    experimentam uma insatisfao e tenso emocional que eles

    procuraro reduzir. A teoria especifica condies sob as quais a

    desigualdade ocorrer, condies essas que os funcionrios devero

    reduzir. Acredita-se que quando uma pessoa avalia o resultado do seu

    trabalho, qualquer diferena percebida em relao ao dos outros um

    estado de conscincia motivador.

    - Teoria da Fixao de Metas/objetivos: (Edwin Locke e Gary

    Latham). a teoria de motivao que provavelmente tem sido mais til

    para os psiclogos organizacionais, uma forma popular de aumentar

    o desempenho no trabalho. O princpio bsico dessa teoria diz que o

    comportamento das pessoas motivado por suas intenes e seus

    objetivos, que podem estar intimamente relacionados a

    comportamentos especficos. As metas de uma pessoa so o principal

    determinante da motivao relacionada tarefa, visto que as metas

    dirigem os pensamentos e as aes.

    - A Teoria da Auto-Eficcia: (Bandura) preocupa-se em estudar

    como a crena das pessoas em suas prprias habilidades pode afetar o

    seu comportamento. Pessoas com grande auto-eficcia acreditam ser

    capazes de realizar tarefas e sero motivadas a aplicar o esforo

    necessrio para isso. De acordo com essa teoria, a motivao para uma

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    13

    tarefa est relacionada ao fato de a pessoa acreditar ou no que capaz

    de concluir a tarefa com sucesso. Uma das formas em que a grande

    auto-eficcia se desenvolve pelo sucesso. Indivduos com altos nveis

    de habilidade provavelmente tero obtido sucesso no passado, e assim,

    tendem a ter uma elevada auto-eficcia.

    QUESTES CESPE

    1. (CESPE Oficial Tcnico de Justia ABIN/2010) O valor que um indivduo atribui ao alcance de um resultado - por exemplo, uma promoo - fator determinante do seu nvel de motivao em relao a determinada atividade.

    2. A crena dos empregados de que os esforos por eles despendidos na execuo das atividades e no cumprimento das metas

    sero recompensados pela organizao caracteriza a motivao por autoeficcia.

    3. De acordo com a teoria da equidade, a motivao no ambiente de trabalho ocorre quando um funcionrio reconhece que a

    organizao lhe paga salrio melhor que a mdia salarial de mercado.

    4. (CESPE/Unb Tcnico Administrativo DETRAN-ES/2010) Entre os elementos da teoria da motivao, proposta por Herzberg na teoria dos dois fatores, inclui-se a grande preocupao da alta gerncia de rgo com o contedo do trabalho

    desenvolvido pelos colaboradores.

    5. (CESPE Analista Judicirio STM/2011) possvel afirmar que quanto maior for a motivao de um funcionrio para o trabalho, tanto melhor ser o seu desempenho em determinado contexto laboral.

    6. (CESPE Analista de Controle Externo Tecnologia da Informao TCU/2009) Segundo a teoria proposta por McClelland, os principais vetores da necessidade, para que um ser humano possa obter a sua satisfao, so realizao, afiliao e poder.

    7. Considerando a teoria dos dois fatores de Hezberg, existem duas formas de motivar os empregados: uma pautada em uma ao

    mais dura, voltada apenas para aspectos financeiros (fator X), e outra mais participativa, voltada para aspectos de socializao

    (fator Y).

    8. Acerca das teorias concernentes gerncia de recursos humanos, assinale a opo correta.

    A - O gestor de recursos humanos que se pauta pela teoria de Maslow deve levar em conta a existncia, nos indivduos, de

    mltiplas necessidades que surgem simultaneamente e que devem ser atendidas de modo simultneo.

    B - Segundo a teoria de Hezberg, na abordagem dos fatores motivacionais em recursos humanos, quanto maior for o salrio dos

    funcionrios como retribuio pelo seu trabalho, maior ser sua motivao.

    C - A teoria de Hezberg enfatiza que os fatores higinicos a serem observados pelo gestor de recursos humanos esto circunscritos

    no contedo do cargo desempenhado pelo funcionrio.

    D - A teoria de Y de Douglas McGregor enfatiza que o gestor de recursos humanos deve partir do pressuposto de que todos os

    colaboradores so automotivados para o trabalho, o que no demanda uma postura coercitiva por parte do gestor.

    E - A teoria de McClelland enfatiza que o gestor de recursos humanos deve considerar que todos os colaboradores esto buscando

    prioritariamente a necessidade de afiliao.

    9. Segundo Maslow, em sua teoria sobre a hierarquia das necessidades, diversas categorias de necessidades podem manifestar-se

    simultaneamente.

    10. Segundo a Teoria de Hezberg (teoria dos dois fatores), um servidor pblico pode estar satisfeito na funo que desenvolve, a

    despeito do salrio recebido.

    11. Segundo a teoria de Maslow, as necessidades humanas parecem ser hierarquizadas em cinco categorias. O que impulsiona um

    indivduo a canalizar suas energias para satisfazer seus objetivos uma necessidade satisfeita.

    12. Segundo Herzberg, as necessidades fisiolgicas, quando no contempladas, trazem um sentimento de no insatisfao.

    13. So pressupostos da hierarquia das necessidades proposta por Maslow: busca de satisfao das necessidades fisiolgicas antes

    das demais; busca de satisfao da necessidade seguinte depois de satisfeita uma necessidade; priorizao das necessidades de

    independncia; liberdade e reconhecimento em detrimento das necessidades de amizade.

    14. Segundo a Teoria dos Dois fatores de Herzberg, o desempenho das pessoas afetado pelas condies de trabalho e pelo

    prprio trabalho. As primeiras englobam fatores como ambiente fsico, relacionamento, remunerao e polticas. O segundo

    engloba oportunidades de aprendizagem, possibilidade de realizao, promoo e reconhecimento.

    Acerca das noes de liderana, julgue os prximos itens.

    15. A liderana orientada para a tarefa o estilo de liderana em que se concentra a ateno no desempenho do funcionrio, cobra-

    se e avalia-se o desempenho dos subordinados, insiste-se no cumprimento de prazos estabelecidos e estabelecem-se claramente as

    responsabilidades dos membros da equipe.

    16. Os seguintes fatores conduzem a liderana situacional: caractersticas do lder e dos empregados, clima organizacional,

    natureza da tarefa a ser executada e presses sobre o grupo de trabalho.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    14

    17. Alargamento de tarefas, rodzio de cargos, delegao de autoridade e programas de reconhecimento so prticas motivacionais

    utilizadas, atualmente, nas organizaes.

    18. Em organizaes, a liderana um fenmeno que s ocorre quando o lder recebe a designao formal para um cargo de

    chefia.

    19. Na elaborao de um trabalho em equipe, recomendvel que o lder tenha caractersticas autocrticas, ou seja, que estimule

    a participao e compartilhe a autoridade.

    (CESPE/UNB - Administrador/AGU/2010) Ao assumir a gerncia de qualidade de uma organizao, Maria pretende criar uma

    auditoria de processos gerenciais, que avaliar a conformidade das atividades desenvolvidas pelos diversos setores componentes

    da organizao. Para compor sua equipe, Maria decidiu recrutar pessoalmente cada colaborador, por meio de seleo externa, pois

    acredita que, de modo geral, as pessoas no so responsveis e no gostam de trabalhar. Visando atrair colaboradores para o

    cargo, ela oferecer as melhores gratificaes financeiras da organizao. Os futuros auditores de processos tero uma rotina

    muito bem delineada e sero avaliados semestralmente pelas chefias imediatas. Os aspectos da avaliao julgados deficientes

    sero objeto de capacitaes.

    Com referncia a essa situao hipottica e ao tema por ela evocado, julgue os prximos itens.

    20. Maria, em termos de liderana, se pauta na teoria X de McGregor.

    21. Maria utiliza como motivador o atendimento das necessidades mais elevadas da pirmide de Maslow.

    22. No modelo piramidal criado por Maslow para explicar a motivao, constam as seguintes necessidades humanas, dispostas em

    ordem hierrquica: fisiolgicas, segurana, social, estima e autorrealizao.

    23. A motivao para o trabalho decorre no apenas de incentivos financeiros, mas tambm do atendimento de outras

    necessidades do funcionrio, tais como auto-realizao e reconhecimento profissional.

    Acerca da motivao e da liderana nas organizaes, julgue os itens seguintes.

    24.A motivao exige a descoberta e o entendimento das necessidades e dos desejos dos empregados para que os comportamentos

    sejam canalizados em direo ao desempenho das atividades.

    25. Metas eficazes necessitam no apenas serem compreendidas, como tambm aceitas.

    26. Liderana o processo de influenciar e apoiar outras pessoas para que elas trabalhem entusiasticamente para a obteno de

    determinados objetivos.

    27. Uma liderana bem sucedida depende mais dos traos pessoais do que de comportamentos, habilidades e aes apropriados.

    28. Os lderes participativos abordam alguns empregados e pedem suas contribuies antes de tomarem as decises, sem, no

    entanto, descentralizarem a autoridade.

    (CESPE/Unb Analista Administrativo/MPU-2010) Com relao s teorias de motivao no trabalho, julgue os itens a seguir. 29. As teorias de motivao no trabalho so mais voltadas para as razes do que para as habilidades que levam certos indivduos a

    realizar suas tarefas melhor que outros.

    30. A teoria da autoeficcia explica como as intenes e os objetivos pessoais podem resultar em determinado comportamento.

    31. (CESPE/Unb Administrador - Correios/2011) Quanto maior a satisfao maior a motivao. 32. (CESPE/Unb Administrador Correios/2011) Necessidades so razes para que o ser humano se ponha em movimento para buscar determinados fins.

    33. O administrador pblico, buscando atuar alinhado com um estilo de liderana pautado em pressupostos de motivao

    propostos por Maslow, deve assegurar, como primeiro aspecto que motivar o seu subordinado, a garantia de atendimento das

    necessidades que geram o comprometimento e a satisfao do grupo no trabalho.

    GABARITO - CESPE

    1. C 2. E 3. E 4. C 5. E 6. C 7. E 8. D

    9. E 10. C 11. E 12. E 13. E 14. C 15. C 16. C

    17. C 18. E 19. E 20. C 21. E 22. C 23. C 24. C

    25. C 26. C 27. E 28. E 29. C 30. E 31.* 32.C

    33.E

    *ANULADA

    QUESTES FCC

    1. (FCC - 2010 - DNOCS - Administrador) Kurt Lewin, para explicar a motivao do comportamento social, elaborou a teoria de

    campo, na qual supe-se que o comportamento humano no depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo dinmico

    atual e presente. A respeito da teoria de Kurt Lewin, correto afirmar que

    (A) as atribuies e responsabilidades devem ser distribudas para que a execuo seja feita pelos operrios.

    (B) deve haver uma atmosfera de cooperao entre administrao e trabalhadores, para garantir um ambiente psicolgico

    adequado.

    (C) o comportamento humano derivado da totalidade de fatos coexistentes.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    15

    (D) os participantes da organizao so tomados como indivduos isolados e arranjados pelas suas habilidades pessoais e demanda

    de tarefa.

    (E) o ambiente psicolgico no o relacionado com as atuais necessidades do indivduo.

    2. (FCC - 2010 - TRF4 - Analista Judicirio Psicologia do Trabalho) Pessoas que escolhem metas desafiadoras, porm viveis,

    no se arriscam demasiadamente, preferindo as situaes cujos resultados podem controlar, precisam de feedback especfico sobre

    seu desempenho e dedicam tempo para pensar sobre seus feitos. Segundo a Teoria de McClelland, tais pessoas so motivadas por

    necessidade de

    a) filiao.

    b) poder.

    c) associao.

    d) realizao.

    e) influncia.

    3. (FCC - 2010 TRT8 - Analista Judicirio Administrativo) Indivduos cuja necessidade principal a de buscar a excelncia, de lutar pelo sucesso em suas atividades, e que buscam fazer as coisas melhores e situaes onde possam assumir a responsabilidade

    de encontrar solues para os problemas, so considerados, de acordo com a Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland,

    como pessoas cujo motivo ou necessidade bsica a necessidade de

    a) poder

    b) afiliao.

    c) realizao.

    d) autoestima.

    e) segurana.

    4. (FCC - 2010 TRF4 - Analista Judicirio - Psicologia do Trabalho) Para Abraham Maslow, desejar algo implica a ocorrncia da satisfao de outros desejos, sendo que os desejos possuem uma ordem de predominncia. Existem estudos que mostram que

    trabalhadores de nveis mais baixos tendem a preocupar-se mais com as necessidades de baixa ordem (fisiolgicas e de

    segurana), enquanto gerentes e trabalhadores de nvel mais alto voltam-se mais para o atendimento das necessidades de

    (A) alta ordem (autoestima e autorrealizao).

    (B) mdia ordem (sociais e de amor).

    (C) mdia ordem (de apoio e de considerao).

    (D) ordem superior (de segurana e sociais).

    (E) ordem avanada (de segurana e de amor).

    5. Para Herzberg as pessoas tm categorias diferentes de necessidades. Poltica e administrao, relaes interpessoais e segurana

    so denominados fatores

    (A) sociais.

    (B) motivadores.

    (C) fisiolgicos.

    (D) de higiene.

    (E) de estima.

    6. Na teoria motivacional de Maslow, a necessidade das pessoas de se sentirem valorizadas pelos que as rodeiam representa o tipo

    de necessidade

    (A) fisiolgica.

    (B) de estima.

    (C) de segurana.

    (D) social.

    (E) de auto-realizao.

    7. (FCC - 2010 - TRE-RS - Analista Judicirio Psicologia) As teorias de motivao classificadas como teorias de contedo

    focalizam

    a) aquilo que motiva as pessoas a desempenhar funes.

    b) os impulsionadores racionais que levam as pessoas a trabalharem.

    c) os estmulos emocionais que fazem com que as pessoas busquem resultados diferenciados no ambiente de trabalho.

    d) a dinmica ou aspectos do processo da motivao do trabalho.

    e) a equidade, reforo e aprendizagem social que geram boas prticas de trabalho a serem aplicadas por todos os funcionrios de

    uma empresa.

  • AULA I MOTIVAO E DESEMPENHO

    16

    8. (FCC - 2010 - TRE-RS - Analista Judicirio Psicologia) De acordo com Maslow, as necessidades podem ser classificadas no

    mbito de uma hierarquia, sendo as de posio inferior mais essenciais

    a) realizao pessoal.

    b) sobrevivncia.

    c) manuteno da energia.

    d) obteno do crescimento pessoal.

    e) orientao para resultados.

    9. (FCC - 2010 - TRE-RS - Analista Judicirio Psicologia) David McClelland usou a narrao de histrias para compreender as

    necessidades predominantes. Ele se concentrou, no entanto, em um conjunto de necessidades de:

    a) realizao, associao e poder.

    b) automotivao, autoestima e autoconceito.

    c) autorrealizao, afiliao e estima.

    d) estima, autorrealizao e autonomia.

    e) estima, autorrealizao e status.

    10. A diferena entre enriquecimento do trabalho e programas de incentivos :

    A. O enriquecimento baseia-se nos motivos internos; os incentivos, nos externos.

    B. Programas de incentivos focalizam o grupo; o enriquecimento, o indivduo.

    C. Enriquecimento baseia-se nos motivos externos; os incentivos, nos internos.

    D. No h diferena; trata-se da mesma tcnica.

    GABARITO - FCC

    1. C 2. D 3. D 4. A 5. D 6. B 7. A 8. B 9. A 10. A