jovem socialista 440

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> ESPECIAL IVG Editorial Sim ou Não. Os resultados publicados recentemente no semanário Expresso parecem aos olhos de qualquer um de nós quase irreais: Metade dos Portugueses votariam contra o tratado que institui uma constituição para a Europa, sendo mesmo maioritários os “adeptos” do não nas metrópoles do Porto e de Lisboa. Isto dá que pensar...e muito! Mas afinal porque não querem os cidadãos da Europa um aprofundamento da União? Não vêem os benefícios da con- strução de uma identidade europeia? Não compreendem o quanto o nosso país se desenvolveu com a adesão à Comunidade? Não conseguem distin- guir insatisfações com questões de política interna com as questões transnacionais? Que estranhas são, afinal, as pessoas desta Europa... Parece que já não ouvem os políti- cos nem mesmo quando estes se jun- tam em uníssono e pressionam, muitas vezes através de medos demagógicos, como se tem ouvido, o apelo ao voto no sim. Pois é possível que estes cidadãos, muitos dos quais defendem o não à constituição (e não à Europa, entenda-se), sejam, afinal, o mesmo que os outros: pessoas! E como tal, resistem como qualquer outro quando se sente coagido a agir de determinada forma. Resistem quando parecem querer fazê-los esquecer as suas identidades nacionais e regionais, fundamentais para a sua auto- estima. Resistem quando sentem que lhes querem “vender” um modelo de construção da Europa, como se fosse o único. Sem dis- cussão nem espírito crítico. Estes cidadãos não estão necessariamente contra a Europa. Estão sim, contra este estado de coisas... E por tudo isto, tal como o PS convicta- mente tem afirmado, o referendo é funda- mental. Neste momento, mais do que nun- ca, o referendo da constituição europeia é tanto pertinente quanto indispensável. >> [email protected] socıalista Jovem NÚMERO 440 || 18 DE JUNHO DE 2005 Director Miguel Lopes || Director Adjunto André Fonseca Ferreira; Patricia Palma | Equipa de Redação Bruno Noronha; João Gonçalves ORGÃO OFICIAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA Miguel Lopes Director Jovem Socialisa O CAMINHO DA EUROPA "O Jovem Socialista lamenta o falecimento de Álvaro Cunhal e de Vasco Gonçalves, personalidades que, pela elevada convicção e valor moral,marcaram a História do séc. XX em Portugal."

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18 de Junho de 2005

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> ESPECIAL IVG

EditorialSim ou Não.Os resultados publicados recentemente nosemanário Expresso parecem aos olhos dequalquer um de nós quase irreais: Metadedos Portugueses votariam contra o tratadoque institui uma constituição para aEuropa, sendo mesmo maioritários os“adeptos” do não nas metrópoles do Porto ede Lisboa. Isto dá que pensar...e muito!

Mas afinal porque não querem oscidadãos da Europa um aprofundamentoda União? Não vêem os benefícios da con-strução de uma identidade europeia?Não compreendem o quanto o nossopaís se desenvolveu com a adesão àComunidade? Não conseguem distin-guir insatisfações com questões depolítica interna com as questõestransnacionais? Que estranhas são,afinal, as pessoas desta Europa...

Parece que já não ouvem os políti-cos nem mesmo quando estes se jun-tam em uníssono e pressionam,muitas vezes através de medosdemagógicos, como se tem ouvido, oapelo ao voto no sim.

Pois é possível que estes cidadãos, muitosdos quais defendem o não à constituição (enão à Europa, entenda-se), sejam, afinal, omesmo que os outros: pessoas! E como tal,resistem como qualquer outro quando sesente coagido a agir de determinada forma.Resistem quando parecem querer fazê-losesquecer as suas identidades nacionais eregionais, fundamentais para a sua auto-estima. Resistem quando sentem que lhesquerem “vender” um modelo de construçãoda Europa, como se fosse o único. Sem dis-cussão nem espírito crítico. Estes cidadãosnão estão necessariamente contra a Europa.Estão sim, contra este estado de coisas...

E por tudo isto, tal como o PS convicta-mente tem afirmado, o referendo é funda-mental. Neste momento, mais do que nun-ca, o referendo da constituição europeia étanto pertinente quanto indispensável.

>> [email protected]

socıalistaJovemNÚMERO 440 || 18 DE JUNHO DE 2005

Director Miguel Lopes || Director Adjunto André Fonseca Ferreira; Patricia Palma | Equipa de Redação Bruno Noronha; João Gonçalves

ORGÃO OFICIAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA

Miguel LopesDirector

Jovem Socialisa

O CAMINHODA EUROPA

"O Jovem Socialista lamenta o falecimento de Álvaro Cunhal e de

Vasco Gonçalves, personalidades que, pela elevada convicção e valor

moral,marcaram a História do séc. XX em Portugal."

> PEDRO NUNO SANTOS SECRETÁRIO-GERAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA

“A Esquerdadentro daEsquerda”

Caras/os camaradas,O nosso país, o nosso governo, o PS e a nossa JS vivemdesafios muito importantes nos dias de hoje. Temos deestar à altura dos mesmos, com grande sentido de respon-sabilidade, mas sempre com o espírito crítico, criativo ede iniciativa que deve caracterizar a acção da nossa orga-nização.

O PS e a JS à altura dos desafios que o país enfrenta.Portugal enfrenta uma situação orçamental e económicadas mais difíceis dos últimos anos. Enfrentamos o déficeorçamental mais elevado da Europa e uma economia apassar por grandes dificuldades.

O nosso Governo enfrenta desafios inadiáveis, quetêm de ser vencidos. Mais do que nunca nós somosnecessários. A resolução do défice crónico que tem mar-cado a nossa economia e a passagem da economia por-tuguesa para um novo paradigma económico assente emsectores tecnologicamente mais avançados, capazes deproduzir maior valor acrescentado e menos sujeitos àcompetição de países de mão-de-obra barata, poucoqualificada e com poucos direitos sociais, exigem algumasmedidas duras ou que possam suscitar contestação,nomeadamente no combate ao défice. Cada um de nóstem uma opinião diferente sobre as mesmas. Cada um de

nós avalia de forma diferente a sua justeza ou necessidade.Mas devemos todos sentir orgulho por saber que foi umGoverno socialista que teve a coragem de pela primeiravez assumir de frente e com coragem um combate difícil,mas imprescindível para que possamos definitivamenteresolver um problema estrutural que tem atrofiado a nos-sa economia. Mau, muito mau seria, se o Governo fechas-se mais uma vez os olhos, para fugir à contestação ouresponder a cálculos eleitoralistas e não desse a respostanecessária.

Mas não faremos de conta que nada temos a dizer sobre oque se vai discutindo no país. Nos locais próprios defend-eremos a necessidade de outras medidas ou do aprofun-damento de algumas. Não poderia deixar de desde jádefender o levantamento efectivo do sigilo bancário. Ocombate à fraude e à evasão fiscal constitui um dos com-bates prioritários do Governo. O levantamento do sigilofiscal e o recurso ao levantamento do sigilo bancário emcasos de risco ou suspeita são instrumentos fundamentaispara esse combate, mas é preciso ir mais longe. O que éque são casos de risco? E quando não há suspeita? Sãoalgumas questões que imediatamente fazemos.

Só conseguiremos combater de facto a fraude e aevasão fiscal se podermos confrontar aquilo que todostemos nas nossas contas bancárias com aquilo que declar-amos ter. Só assim poderemos identificar e combater as

actividades ilegais e a fraude e evasão fiscal nos casossobre os quais não recaia suspeita. A fraude e a evasão fis-cal não só prejudicam as contas públicas, mas são tam-bém criadoras de injustiças inaceitáveis na sociedade e naeconomia. As razões para não avançar mais, de ordemtécnica ou de protecção da privacidade, devem ser super-adas pela busca de soluções. Essas soluções existem.Quem não deve não teme. Este é um dos princípios sub-jacentes ao levantamento do sigilo fiscal, nada justificaque não se faça o mesmo com o sigilo bancário.

O Futuro da Europa está nas nossas mãos.O futuro da Europa está também em discussão. Os jovenssocialistas são indispensáveis nesta discussão e na defesado processo de integração europeia. Uma grande partedos problemas que enfrentamos a nível nacional já nãopodem ter uma resposta nacional eficaz. É cada vez maisdifícil aos poderes nacionais controlarem economias quehá muito deixaram de ser nacionais. Só a nível europeuconseguiremos recuperar capacidade para intervir comeficácia no funcionamento das economias europeias. Nomesmo sentido, só uma Europa unida e forte será capazde defender no mundo o nosso Estado Social e a visãoeuropeia do mundo, nomeadamente a resolução pacíficade conflitos, um desenvolvimento ambientalmente sus-tentável e um globo com mais oportunidades de desen-volvimento para os países em vias de desenvolvimento.

A defesa do Tratado Constitucional da UniãoEuropeia deve ser uma missão de todos os que acreditame desejam uma Europa unida e forte. E a defesa do simfaz todo o sentido à esquerda. Aliás, é também no debateà esquerda que devemos defender o sim. Podemos sercríticos relativamente a muitos aspectos inscritos nestaConstituição e somos. Mas teremos toda uma vida paralutar por modificações e melhorias da mesma. A con-strução europeia não termina com a aprovação desteTratado Constitucional, antes pelo contrário. Encontraráum novo impulso. Esta Constituição não torna a UniãoEuropeia mais neoliberal ou monetarista do que aquiloque já é. É, antes, resultado de mais um consenso difícilentre nações. Não é a ideal, foi a possível. O chumbo daConstituição terá consequências negativas num processosem precedentes de unificação europeia. Nem sequer épossível tirar conclusões políticas das vitórias do não, talé a diversidade de motivações, muitas delas política eideologicamente contraditórias. A Europa é central nanossa acção política e é por isso que quisemos receberpela primeira vez na história da JS o Congresso daECOSY (a organização europeia das Juventudes Socialis-tas) e também pela primeira vez o Summercamp daECOSY na Figueira da Foz, entre os dias 26 de Julho e 1de Agosto. Neste acampamento de verão, que reunirámais de 1500 jovens de toda a Europa, teremos oportu-nidade de pensar e discutir a Europa. Nós somos o pre-sente, mas também somos o futuro desta Europa. Temosuma palavra a dizer. E vamos dizer.

Ser a Juventude do Partido de governo não é fácil.Temos de ser capazes de um equilíbrio necessário entre a

defesa do Governo e a defesa da nossa agenda política.Queremos o sucesso do Governo, mas sem prescindirmosdaquilo em que acreditamos e sem perdermos a base decontacto com a juventude portuguesa. Não é uma tarefafácil, mas temos de ser capazes de ser criativos.

Nas matérias que também estão inscritas na agendapolítica do PS e do Governo temos de actuar numa basede diálogo e concertação. Fazendo propostas e discutin-do-as com o Partido ou com o Governo. Sem deixar deser firmes na defesa das propostas, temos de serinteligentes e responsáveis na forma como as defend-emos.

É isto que temos feito em matéria de educação. Nãodeixámos de dar a nossa opinião crítica sobre a Propostade Lei que vem alterar a Lei de Bases do Sistema Educativoe sobre outras iniciativas do Ministério do Ensino Superi-or. Acreditamos bastante no Sr. Ministro Mariano Gago etemos a convicção de que será um dos melhores Ministrosde sempre com esta pasta, mas esta convicção não nosimpedirá de defendermos aquilo em que acreditamos. Omesmo será feito com a Ministra da Educação. Teremos a

> OPINIÃO

Luz em tempode Crise

Achegada do PS ao Governo revelou-se bem maisdifícil do que poderíamos imaginar. A durarealidade rapidamente se deu a conhecer: o

défice, afinal, situava-se nos 6,8%. Após tanto esforço porparte dos portugueses, o nosso país estava, enfim, mergul-hado num estado crítico, gerando a preocupação e a con-sternação entre todos. Á nova classe dirigente coube adifícil tarefa de estudar as melhores soluções para revi-talizar Portugal, retirando-o do angustiante cenário emque se encontrava.

Perante tamanhas dificuldades, as medidas com vista àinversão do actual cenário de crise revestiam-se de algumacomplexidade, implicando, uma vez mais, umesforço acrescido por parte dos Portugueses. Oactual Governo encontrava-se, de facto, numaposição extremamente delicada. Por um lado,havia prometido em campanha eleitoral quenão iria aumentar os impostos (desconhecia,naturalmente, a situação real do défice). Poroutro lado, o actual Governo enfrentava umcenário de cansaço, desmotivação e desconfi-ança, se atendermos à austeridade das medidasque haviam sido propostas pelo anterior Gover-no em 2002 (ex. aumento do IVA para 19%). Pela segundavez consecutiva, num espaço de tempo tão curto, seriapedido aos Portugueses compreensão relativamente à difí-cil situação em que nos encontrávamos, e colaboração nosentido da inversão do cenário de crise. Como se o esforçojá efectuado pelas famílias portuguesas no tempo do Gov-erno PSD tivesse sido em vão. Seria preciso um esforçoacrescido … Outra vez! O PS carregava, de facto, essa difícilherança de cansaço, de desmotivação, de revolta.

E assim foi apresentado um pacote de medidas, difí-ceis, que passavam pela suspensão das reformas anteci-padas, o aumento da idade de reforma para os 65 anos, o

aumento do preço dos combustíveis ou a subida do IVA,apenas para nomear algumas. Mas, a forma como oprocesso foi conduzido revela a capacidade exímia donosso Governo para inverter este ciclo negativo. Aos por-tugueses foram apresentadas medidas algo duras, forampedidos esforços acrescidos, é certo. Mas estas medidas,este esforço acrescido foi pedido a todos os portugueses.O apelo ao sentido patriótico dos Portugueses, nestemomento tão difícil que atravessamos, foi solicitado atodos os portugueses. E a prova destas palavras assenta narecente medida apresentada pelo nosso Primeiro-Min-istro, que limita a possibilidade de acumulação, por parte

dos titulares de cargos políticos, do “respectivovencimento” com reformas, pensões ou outrasregalias. Embora se trate de um direitoadquirido pela classe política, não é de umaquestão de “legalidade” que se trata. Trata-se,sim, de uma questão de “moralidade”. A criseafecta todos e a todos cabe a árdua missão departicipar directamente na melhoria e nodesenvolvimento do nosso país. A nossa classedirigente está de parabéns! Uma vez mais, o

PS actuou de forma exemplar! Não podemosdeixar de estar, todos nós militantes e Portugueses emgeral, orgulhosos pelo sentido de justiça, igualdade, soli-dariedade e ética que pauta a actuação da nossa actualclasse política. E os Portugueses sabem reconhecer a actu-ação da nossa classe política, como demonstram assondagens publicadas no dia 4 de Junho do presente anopelo semanário “O Expresso”, que apontam para umasubida do índice de popularidade do Governo. Final-mente, a tão afamada e triste frase proferida vezes semconta pelas ruas de Portugal “são sempre os mesmos apagar a crise” esvazia-se de sentido. Assim, sim, vamostodos conseguir!

oportunidade de defender as nossas propostas em algumasáreas, por exemplo sobre educação sexual e sobre políticade manuais escolares, e é isso que faremos. Em situação deoposição a defesa das nossas propostas teria de ser feita nacomunicação social, em situação de poder deveremosdefendê-las de outras formas, nomeadamente junto doPartido e do Governo. É a forma mais eficaz de con-seguirmos algumas vitórias políticas e de influenciarpoliticamente o nosso Partido e Governo.

Sobre matérias que não constem da agenda políticado nosso partido ou das suas prioridades, temos a obri-gação de avançar com propostas e de fazer o que estiverao nosso alcance para que vençam. É o que faremos emáreas como as da habitação jovem, no combate à pre-cariedade do emprego jovem ou no combate à discrimi-nação com base na orientação sexual, só para destacaralguns exemplos.

AutárquicasSão muitos os desafios que enfrentamos neste mandato,mas talvez o mais importante para todos seja o daseleições Autárquicas. É por isso que foram, estão e serãoorganizadas várias iniciativas a propósito das autárquicas.Porque para nós a formação de quadros de qualidade naJS é fundamental, organizámos duas acções de formaçãoautárquica de grande qualidade no Luso ministradas pelaFundação Bissaya Barreto, as primeiras do género nahistória da nossa estrutura. A par destas, temos colabora-do com as estruturas locais e distritais para organizar out-ras acções. Porque queremos participar na discussãopolítica dos projectos autárquicos, temos um grupo a tra-balhar na elaboração de um manifesto autárquico. Mani-festo este que será apresentado e discutido no EncontroNacional de Jovens Autarcas Socialistas a decorrer no dia10 de Setembro. Porque queremos ajudar o PS na cam-panha, teremos a nossa campanha própria e estaremos,mobilizados, ao lado do nosso partido na campanha. Ter-emos ainda a oportunidade no final do ano de reactivar aAssociação Nacional de Jovens Autarcas Socialistas com aeleição dos novos órgãos, dos quais farão parte muitosdos candidatos e eleitos da JS para as autarquias locais.

Sobre a JSComo é possível constatar são muitos os desafios em queestamos envolvidos. Mais do que nunca o lema da nossacandidatura no último Congresso Nacional “Uma JS” faztodo o sentido. Precisamos de uma estrutura unida e con-centrada nos vários combates em que estamos envolvidos.Muitos dos que não apoiaram o nosso projecto, respei-tando os resultados eleitorais e sem qualquer tipo de ress-abiamento, disponibilizaram-se para colaborar e assim otêm feito. O Secretariado Nacional colaborou e apoiousempre que podia todos os militantes e estruturas quesolicitaram colaboração. Deixou de haver uma JS frac-turada em duas, como vinha acontecendo nos últimosquatro anos. Isto deixa-nos felizes, uma vez que rompercom a luta fratricida que persistia na JS era um dos nossosmaiores objectivos.

Também faremos tudo o que estiver ao nosso alcancepara moralizar a vida interna da JS. A Comissão Nacionalde Jurisdição garantirá sempre que não passarão qualquertipo de irregularidades nos processos eleitorais da JS. Adefesa intransigente da moralização da JS e da exigênciade rigor absoluto no cumprimento dos estatutos, regula-mentos e, nomeadamente, dos prazos inscritos nos mes-mos, poderá não ser pacífica e bem aceite por alguns, masterá da nossa parte uma atitude firme e determinada.Acabou-se o tempo das artimanhas e dos esquemas naJuventude Socialista.

Infelizmente, nem todos concentram as suas energiasnos combates que contam. Felizmente, são cada vezmenos os que perdem mais tempo com a disputa internado que com política.

No nosso trabalho há muito para melhorar, talvezpudéssemos ter feito mais e melhor. Admito que sim. Massempre pedimos, e continuaremos a pedir, para que quemtenha criticas ou sugestões a fazer, nos faça chegar as mes-mas. Sempre mostramos, e continuaremos a mostrar,abertura para melhorar o nosso trabalho. Queremos sem-pre fazer melhor.

Por Patrícia Palma

Contra a Homofobia e a favor dos direitos humanos,várias associações de diferentes quadrantes dasociedade organizaram em Viseu, no passado dia 15de Maio, uma manifestação. Foi em Viseu por tersido nesta cidade que se registaram perseguições e

agressões a pessoas cuja sua orientação sexual é diferente da maioria doscidadãos.

Sabemos que estes actos homofobos ocorrem, infelizmente, commuita regularidade em vários pontos do país, no entanto é tempo dedizer STOP e preservarmos os direitos fundamentais da humanidade.

Esta manifestação ocorreu em Viseu porque foi nesta cidade que umdos jovens agredidos, decidiu dizer basta!… e sem medo de represáliasdecidiu apresentar queixa às autoridades bem como denunciar o caso àComunicação Social.

Estiveram presentes cerca de trezentas pessoas em apoio à causa,diversas associações humanitárias, os partidos políticos de esquerda, aJuventude Socialista com a presença do Secretário Geral Pedro NunoSantos, o Presidente da Câmara Municipal de Viseu (embora com umapassagem discreta e mais para a “fotografia”) e o Chefe de Gabinete doGovernador Civil de Viseu a quem foi entregue a Moção.

Esta manifestação ocorreu em Viseu como poderia ter ocorrido emqualquer ponto do país, não significa isso que Viseu seja uma cidadehomofoba, como parece que a quiserem rotular. Apesar da comunicaçãosocial ter dado relevo a dois ou três indivíduos que com má conduta seinsurgiram aos presentes com palavras insultuosas, os viseenses, como aesmagadora maioria dos portugueses, repudia este actos, e estãosolidários com os agredidos.>> [email protected]

Por João Gonçalves