jovem socialista 470

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JS critica aproveitamento político da oposição pág.6 > Políticactual 02 cá Por Dentro Federação de Leiria inicia preparação para Autárquicas 2009 03 cá Por Dentro 1º Jantar dos Jovens Socialistas do Alto Distrito de Coimbra decorreu em Tábua SOCIALISTA JOVEM ÓRGÃO OFICIAL DA JuVentuDe SocialiSta Director Tiago Gonçalves Equipa de Redacção André Batista, Ana Catarina Aidos, David Erlich, Guido Teles, Inês Ramos, João Correia, Luís Pereira, Marco Fernandes, Rui Moreira e Vanessa Neto NÚMERO 470 / 26 NOV 2008 A forçA dA mudAnçA nA EducAção

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26 de Novembro de 2008

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Page 1: Jovem Socialista 470

JS critica aproveitamentopolítico da oposição pág.6

> Políticactual

02 cá Por Dentro

Federação de Leiria inicia preparação para Autárquicas 2009

03 cá Por Dentro

1º Jantar dos Jovens Socialistas do Alto Distrito de Coimbra decorreu em Tábua

socıalıstaJoVEM

ÓRGÃO OFICIAL DA JuVentuDe SocialiSta

Director Tiago Gonçalves

Equipa de Redacção André Batista, Ana Catarina Aidos, David Erlich, Guido Teles, Inês Ramos, João Correia, Luís Pereira, Marco Fernandes, Rui Moreira e Vanessa Neto

NÚMERO 470 / 26 NOV 2008

A forçA dAmudAnçA nA

EducAção

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A Federação Distrital de Leiria da Juventude Socialista (JS) promoveu a primeira edição da “Universidade de Outono”, com duas sessões, que tiveram lugar no dia 4 de Outubro, em Porto de Mós e no dia 15 de Novembro, na Marinha Grande.

02

cápordentrotermómetro

Ironia A ironia anda na rua da amargura… Já nem se preocupam em dar-lhe uma entoação diferente, inseri-la numa piada ou, sequer, usá-la numa pergunta retórica… Ó ironia, onde andas tu? Serás a desculpa para quem quer calar a Democracia?

Avaliação dos ProfessoresMaria de Lurdes Rodrigues admite que há falhas no processo de avaliação, nomeada-mente no que toca à burocracia existente. No entanto, o processo de avaliação aos pro-fessores mantém-se nas suas diversas com-ponentes. Só a intransigência dos sindicatos fará com que em Portugal não seja feita uma avaliação séria e honesta dos professores.

José Oliveira e CostaO antigo Secretário de Estado de Cavaco Silva foi detido por suspeita de burla agra-vada e fraude fiscal. Aquilo que aconteceu no BPN já começámos a perceber… Os seus contornos hão-de ser ainda revelados com mais pormenores. É preciso que esclarecer esta situação e, se for o caso e até prova em contrário, demonstrar que “o crime não compensa”!

JSD/ PORTOBem que se diz que “vozes de burro não chegam ao céu”… A distrital da JSD do Porto, longe de acertar nos momentos em que intervém e apostando na demagogia sem olhar aos dados concretos, pediu a demissão da Ministra da Educação. Eis a política do “bota-abaixismo” de que alguém já falou…

por João correia [email protected]

Universidade de Outono da JS Leiria

Acção de Formação da JS de Loures

Debate “Adopção em Portugal”

JS/Aveiro visita o Parlamento

2º Fórum Jota S Autarquias: pensar o futuro

Subordinada ao tema “Olhar sobre as Autarquias Locais”, esta iniciativa teve como mote a Formação Autárquica. O programa abordou assuntos como a Lei das Finanças Locais, a Lei Eleitoral Autárquica, a Gestão Autárquica, Organização Autárquica e Novos Modelos de Governação Municipal, Comunicação nas Autarquias, Políticas de Juventude nas Autarquias Locais e o Orçamento Participativo nas Autarquias. A segunda sessão contou com a presença de Marcos Perestrello, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa e Secretário Nacional da Organização do PS, que interveio no módulo subordinado ao tema “Gestão Autárquica”, onde aludiu a necessidade de brevemente se proceder à adopção de um novo modelo de orga-nização administrativa, tendo reflectido sobre o papel futuro das freguesias, defendendo e avançando com a possibilidade de fusão de algumas. O módulo relativo à “Lei das Finanças Locais” esteve sob responsabilidade de José Luís Barão, assessor do gabinete do Secretá-rio de Estado da Administração Local, que enfatizou, como aspectos positivos da lei, a possibilidade de os municípios procederem à devolução até 5% do IRS dos contribuintes do seu concelho. Nelson Dias, coorde-nador do projecto “Orçamento Participativo Portugal” dirigiu o módulo dedicado ao “Orçamento Participativo nas Autarquias”, onde analisou a implementação desse

modelo pelo mundo tendo salientado a importância do orçamento participativo enquanto mecanismo de democracia participativa e como meio eficaz de aproxi-mação dos cidadãos à gestão municipal.A primeira sessão, ocorrida em 4 de Outubro, contou com a participação de João Salgueiro, Presidente da Câmara de Porto de Mós, Rui Neves, Presidente da concelhia do PS de Porto de Mós, Pedro Farmhouse e Luís Pita Ameixa, deputados do PS na Assembleia da República, Paulo Caldas, Presidente da Câmara do Cartaxo, Aníbal Reis Costa, Presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo e de João Paulo Pedrosa, Presi-dente da Federação Distrital do PS.No dia 15 de Novembro, Diogo Coelho, presidente da Federação de Leiria e Cidália Ferreira, vereadora do PS na Câmara da Marinha Grande, presidiram à cerimónia de abertura desta sessão da Universidade de Outono. Já o encerramento dos trabalhos esteve a cargo de Osvaldo de Castro, deputado do PS na Assembleia da República, Adelino Mendes, chefe de gabinete do Secretário de Estado da Protecção Civil e Duarte Cordeiro, Secretário-Geral da JS, que aproveitou o momento para realçar a importância da necessidade de reactivar a Associação Nacional de Jovens Autarcas Socialistas.por Rui Moreira [email protected]

O funcionamento e competências dos órgãos de Soberania foram tema de uma acção formação promovida pela Concelhia de Loures da Juventude Socialista, na qual participou como orador convidado o deputado à Assembleia da República, Pedro Farmhouse, e que decorreu no passado dia 22 de Novembro em Camarate.

A Juventude Socialista de Vila Nova de Gaia levou a efeito no passado dia 22 de Novembro, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Oliveira de Douro, um debate subordinado ao tema “Adopção em Portugal – Realidades e Problemáticas”, onde contou com a moderação de Eduardo Vítor Rodrigues, sociólogo e líder do PS de Gaia, e onde também participaram Maria José Gamboa, deputada do PS na Assembleia da República, Maria da Luz Costa e Silva, da Associação “A Casa do Caminho” e Cristina Henriques, da Associação “Bem me queres”.

A Federação da Juventude Socialista de Aveiro, irá promover uma visita à Assembleia da República nos pró-ximos dias 27 e 28 de Novembro. Além da visita ao edifício e respectivas instalações, os jovens socialistas da Federação de Aveiro também estarão presentes no debate final do Orçamento de Estado para 2009, onde se prevê, como habitualmente, a presença do Primeiro-Ministro, José Sócrates. Os deputados socialistas eleitos por Aveiro juntar-se-ão aos militantes da JS durante um jantar a realizar no primeiro dia da visita.

A Concelhia de Vendas Novas da Juventude Socialista promoverá no próximo dia 29 de Novembro, com início às 15 horas, o 2º Fórum Jota S – Autarquias: pensar o futuro, que terá lugar na Escola Secundária de Vendas Novas.

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No dia 15 de Novembro, realizou-se em Tábua um jantar-convívio da JS do Alto Distrito de Coimbra, divisão territorial a qual integram as concelhias da JS de Tábua, Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Vila Nova de Poiares. Além de vários militantes da JS, esteve presente o Presidente da Câmara Municipal, Francisco Ivo Portela, o Secretário-Geral da JS, Duarte Cordeiro e o presidente da Federação de Coimbra, João Portugal.

Na Quinta da Hortinha, juntou-se mais de uma centena de militantes e simpatizantes socialistas. Foi também momen-to para se proceder ao reconhecimento da dedicação de alguns ex-militantes da JS.Chegada a hora das intervenções, o primeiro a usar da palavra foi o Presidente da Câmara, que enalteceu a impor-tância dos jovens na vida política activa, mostrando quão importantes estes são para os municípios e o seu desen-volvimento. Um discurso informal, próximo dos jovens, que serviu de ponte para as palavras do presidente da conce-lhia do PS, Ricardo Cruz, presidente da JS de Tábua até então. Deixando o caminho aberto para novos rostos na JS local, Ricardo Cruz agradeceu todo o apoio que teve duran-te os anos de mandato à frente da JS de Tábua, salientando que além de muitas vivências durante o combate político, se retira da JS com mais amigos.Tanto João Portugal como Duarte Cordeiro realçaram o trabalho de Ricardo Cruz bem como de outros camaradas, e referiram que é importante que os jovens entrem para a política com um espírito de equipa, vontade de trabalhar e seguir uma vida politicamente activa sempre com um es-pírito modernizador, porque afinal a JS de hoje é o Partido Socialista de amanhã. O Secretário-Geral da JS aproveitou o momento para vincar que “a JS só pode estar ao lado deste governo na educação, porque aqui foram tomadas importantes medidas pela igualdade, num caminho que é muito caro à JS”. Depois destas quatro intervenções, o momento foi de homenagens. Os respectivos presidentes das concelhias da JS do Alto Distrito, Ricardo Cruz (Tábua), Leovigildo Bordalo (Arganil), Filipe Ferreira (Góis) e Ricardo Figueiredo (do núcleo de Oliveira do Hospital em representação da concelhia) homenagearam simbolicamente, com uma rosa, cerca de vinte ex-camaradas que deram um contribu-to importante para as mesmas e que continuam a apoiar e a acompanhar as actividades da JS. Já ao terminar as intervenções e homenagens, usou da palavra Carlos Mesquita, que encabeça até ao momento a única lista candidata às eleições para a concelhia de Tábua e que manifestou o seu desejo de honrar o trabalho desen-volvido até aqui nessa estrutura.por Inês Ramos [email protected]

Tiago GonçalvesDirector do Jovem Socialista

[email protected]

Investir na Educação é investir em Portugal

03

editorial

Nos últimos três anos o Governo do PS re-colocou a Educação na agenda governati-va. Nestes três anos foram implementadas medidas que outros querem agora inferio-rizar ou diminuir. Hoje, apesar de algumas vozes que clamam em sentido contrário, a escola pública está mais valorizada e isso deveu-se à acção decisiva do Governo.

Decidir em política implica ponderar os aspectos positivos e negativos das decisões que estão come-tidas aos responsáveis políticos. Algumas decisões não conseguem evidentemente colher o agrado de todos, principalmente, quando existe uma premente necessidade de promover reformas profundas.

Primeiro que tudo há uma verdade que ninguém pode esconder, houve coragem para passar das palavras aos actos. Se há coisa que a este Governo não se pode acusar é o facto de não ter tido cora-gem para levar a efeito as medidas que correspon-diam ao interesse geral do país.

Aquando da entrada em funções do Governo do PS muito trabalho se encontrava por fazer. O número de alunos decaia de ano para ano sem conhecer uma inversão dessa realidade. A realidade de hoje é que o número de alunos tem subido desde o ano lectivo de 2005/2006. Actualmente a aprendizagem de inglês no 1º ciclo já faz parte do quotidiano das escolas. Em 2008, fruto de mais uma medida do Governo, mais de 700 mil estudantes do ensino básico e secundário usufruem de acção social escolar, quando no ano anterior eram apenas 240 mil. Foram implementados programas como o e-escola e o e-escolinha, que permitiram uma universalização do acesso à Internet e às novas tecnologias. No actual ano lectivo 400 mil estudantes usufruem gratuitamente de manuais, ma-terial e refeições escolares. Foi lançado o programa de modernização das escolas no qual será empregue um avultado esforço financeiro governamental.

Estes investimentos claros na Educação não são medidas perdidas. São medidas concretizadas a pensar no futuro de Portugal. Há que reconhecer o muito que foi feito, mesmo em tempo de dificulda-des orçamentais. Uma coisa é certa, hoje a escola pública está mais valorizada do que quando a encontrámos em 2005. Só por má fé se pode omitir a mudança operada na escola pública em Portugal.

Um abraço amigo doTiago Gonçalves

1º Jantar dos Jovens Socialistas do Alto Distrito de Coimbra

Universidade de Outono da JS Leiria

toPo duarte cordeiro, Secretário-Geral da JS, realçou na sua intervenção as medidas do Governo em matéria de Educação, que entende como promotoras de maior igualdade

em cima À esquerda na fotografia: francisco Portela, presidente da câmara de Tábua, duarte cordeiro, Secretário-Geral da JS e João Portugal, presidente da federação de coimbra da JS; carlos mesquita, da JS de Tábua no uso da palavra e atrás vários dirigentes das concelhias do Alto distrito

VAI ACOnTeCeR26 a 30 de novembroSemana Federativa do Algarve

30 de novembroComissão Nacional da JS em Faro, no Auditório da Biblioteca Municipal, com início às 14 horas

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O GOVERNO IMPLEMENTOU, DESDE O PRIMEIRO CICLO AO ENSINO SECUNDáRIO, UMA SÉRIE DE MUDANçAS HISTÓRICAS NA

EDUCAçãO, CONTRIBUINDO PARA UM PAíS MAIS JUSTO E MODERNO.

A forçA dAMudança

Mais cursos, mais alunos, mais resultadosA oferta pública aumentou a sua diversidade. Dá agora resposta a uma maior pluralidade de projectos de vida, o que atraiu inúmeros alunos. No ano lectivo de 2005/2006 a percentagem de alunos do ensino secun-dário matriculados nas vias profissionalizantes era de cerca de 34 %, sendo no actual ano lectivo cerca de 40 %. Depois de uma ininterrupta descida do número de inscritos no ensino secundário, o Governo conseguiu inverter a tendência. Desde 2005/2006 regista-se uma subida permanente do número de alunos.A taxa de retenção e desistência, tanto no ensino básico como no ensino secundário, atingiu o nível mais baixo dos últimos 12 anos.

Mais inclusão, menos desigualdades sociaisO ensino deixou de ser uma miragem para aqueles que não tiveram hipótese de o alcançar no passado. Disse José Sócrates: “é esta a ambição que vos proponho na Iniciativa Novas Oportunidades: dar um forte e decisivo impulso à qualificação dos portugueses.” Mais de 500 000 pessoas responderam ao apelo.De forma gratuita ou a preços muito reduzidos, a tecno-logia deixou de ser o privilégio de alguns para passar a ser a ferramenta educativa de todos. Com um compu-tador com internet por cada aluno e por cada professor, aquilo que fora uma utopia tornou-se uma realidade.O passe escolar [email protected], destinado aos estudantes dos 4 aos 18 anos, permite um desconto de 50 por cento

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O Ensino e a aquisição de competências, é uma área essencial para o crescimento de qualquer país. O Partido Socialista, cons-ciente da sua função social, como partido reformador e progressista, identificou vários problemas no Sistema de Ensino e deci-diu avançar para uma profunda reforma, mesmo correndo o risco de, tal como em qualquer reforma, haver acordos e desacor-dos, mas sempre mantendo uma postura dialogante, que permita consensos.

Os principais alvos de discórdia foram o Estatuto do Aluno e o Regime de Avaliação de Professores. Em relação ao Estatuto do Aluno, várias foram as mani-festações que devido «a falta de informação e a falta da clarificação das regras aplicadas nas escolas, por parte de muitos conselhos executivos, permitiu que muitos alunos acreditassem ser possível tais injusti-ças», como se pode ler no comunicado lançado pela Juventude Socialista. O Governo, mais uma vez, na pessoa da Ministra da Educação, manteve a postura dialogante e clarificou o Estatuto, até porque nunca fora intenção que um aluno por se encontrar doente fosse penalizado. Estão assim reunidas condições que permitirão que a calma retorne às escolas, com a consciência de que o Estatuto é um «instrumento que procura recuperar mais estudantes e reforçar a sua responsabilização». Em relação ao Regime de Avaliação de Professores, esta é uma reforma essencial para a melhoria da escola pública, «fundamental para o desenvolvimento

profissional dos professores, e desse modo, para a melhoria dos resultados escolares», como se pode ler no artigo publicado pelo Acção Socialista (nº1315) sobre o mesmo tema. Este é, aliás, um regime que permite reconhecer o mérito dos melhores professo-res, servindo como incentivo para a melhoria global do exercício da função. Apesar do acordo alcançado entre Governo e Professores, os últimos tempos têm sido conturbados com a mudança de posição de sindicatos e instrumentalização dos professores, para além de aproveitamento político de outras forças, como o caso do PSD: «para as partes poderem dia-logar, os sindicatos também têm de mostrar disponi-bilidade para o fazer e acabar com a actual posição irredutível, que confirma as suspeitas de quem acha que estes têm uma agenda que vai contra os reais in-teresses dos professores», pode-se ler no comunicado da Juventude Socialista.por Luís Pereira [email protected]

05

A reformA do Ensıno Públıco

por David Erlich [email protected]

na aquisição do passe. Os transportes públicos tornam-se assim mais baratos para quem se move para estudar. O Governo fortaleceu o Estado Social ao realizar o maior alargamento de sempre dos alunos abrangidos pela Acção Social Escolar. Os beneficiários de escalão A passaram de 185 000 a 400 000, e os de escalão B passaram de 45 000 a 300 000. Centenas de milhares de estudantes têm agora apoio do Estado para prosseguir os seus estudos.

Uma nova escolaO Programa de Modernização do Parque Escolar requalificará e modernizará, até 2015, 330 escolas secundárias, num investimento de cerca de mil milhões de Euros. O Governo apostou numa nova escola não só ao nível das instalações, mas também ao nível da sua organização interna, com o novo regime de autonomia, administração e gestão. Este aumentou a participação das famílias e da comunidade local no órgão delibe-rativo, o Conselho Geral, possibilitando uma maior presença dos representantes dos alunos, e reforçando as competências desse órgão eleito. Por outro lado, reforçou a liderança das escolas ao criar a figura do Director. Este continua a poder ser demitido por 2/3 do Conselho Geral, afastando assim críticas erradas sobre um falso cariz autocrático desta medida. A eleição do Director é feita pelo Conselho Geral de uma forma mais transparente que a anterior eleição do extinto Conselho Executivo. Há, deste modo, uma nova escola, com insta-lações modernas, aberta às famílias e às comunidades e com uma liderança democrática mais estável e eficaz. Uma nova escola passou também por ter uma escola de 1º ciclo a tempo inteiro, com uma rede reordenada, com a generalização de refeições escolares e com activida-des extracurriculares com uma oferta de 99%.

Um estatuto mais atento, inclusivo e simplificadoO novo Estatuto do Aluno já não desiste de resolver os problemas do aluno, procurando sempre a inclusão deste no sistema educativo. Deixa de existir a medida sancionatória de expulsão da escola. Quando é ultrapassado o limite de faltas, o aluno, caso essa ultrapassagem decorra de faltas justificadas, deve fazer uma prova de recuperação com um carácter de diagnóstico. Esta não pode ter o formato de exame nem pode penalizar o aluno, visan-do apenas a prossecução de medidas de recuperação de aprendizagens. Caso a ultrapassagem do limite de faltas decorra de faltas injustificadas, o aluno deixa de ser alvo, arbitrariamente, de uma retenção ou exclusão. Passa a ter de fazer uma prova de recuperação. Caso não obtenha aprovação nessa prova, o aluno fica sujeito, segundo decisão do conselho de turma, a retenção ou exclusão, ou a um plano de acompanhamento especial e realização de nova prova de recuperação. A aplicação de medidas correctivas e sancionatórias é simplificada, e o aluno que registe faltas injustificadas passa a ser alvo de medidas correctivas como a mudança de turma, a reali-zação de tarefas e actividades de integração escolar e o condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos materiais e equipamentos.

A força da mudança contra o corporativismo conservadorO Governo, com coragem e determinação, concebeu um novo modelo de verdadeira avaliação dos professores, justo e equilibrado. O Estatuto da Carreira Docente, que define este sistema de avaliação, esteve em negociação desde 2006, e especificamente as regras da avaliação estiveram sujeitas a mais de 100 reuniões de negocia-

ção durante o ano de 2007. Em Abril de 2008 foi assina-do um memorando de entendimento entre o governo e a plataforma das associações sindicais estabelecendo as condições de aplicação. Foi acordado, para o primeiro ciclo de avaliação, o seguinte: suspender os efeitos negativos da avaliação; aumentar o apoio a todas as escolas na concretização da avaliação; e reforçar a par-ticipação das associações sindicais no acompanhamen-to da implementação, em particular através da criação de uma comissão paritária. Ficou ainda definido que durante os meses de Junho e Julho de 2009 teria lugar um processo negocial com as organizações sindicais, com vista à introdução de eventuais modificações resul-tantes da avaliação do modelo, dos elementos obtidos no acompanhamento, e da monitorização do primeiro ciclo de aplicação. Subitamente, os sindicatos rompe-ram este acordo, que mostrava a flexibilidade negocial do Governo. Clamam pela suspensão deste modelo de avaliação e pela criação de um novo, o que adiaria uma reforma urgente. Vital Moreira diz-nos: “o líder da Fenprof não poderia ter sido mais enfático na afirmação de que os professores não querem nenhuma avaliação que tenha repercussão na progressão profissional. Ou seja, avaliação talvez, desde que irrelevante!”. A força da mudança, do mérito, do rigor, impõe-se frente a um corporativismo anacrónico e conservador. O Governo tem levado a cabo profundas alterações na Educação de Portugal, que marcarão decisivamente o sucesso das gerações futuras. Ainda são necessárias melhorias, como por exemplo na Educação Sexual, área sobre a qual a Juventude Socialista exerceu sempre a máxima atenção e cuja concretização foi sempre uma das suas propostas. Mas o caminho está aberto. A força da mu-dança está viva e dinâmica. A força da mudança chegou nestes anos à Educação, com rigor e eficácia, pois é ela a garantia do nosso futuro.

Page 6: Jovem Socialista 470

06

Políticactual Breve passagem pelos acontecimentos de actualidade política dos últimos dias

Começou por ser notícia por pouco falar,

por uma postura muito apagada, Manuela

Ferreira Leite é notícia por outros motivos,

mas novamente negativos. A líder do PSD

foi notícia após mais uma gaffe política, ao

dizer que para se procederem a reformas

se teria que «suspender a democracia

durantes seis meses», demonstrando mais

uma vez ter pouca sensibilidade política

face às declarações que produz, exigindo-

se a uma candidata a primeiro-ministro

mais sensatez nas palavras.

por Luís Pereira [email protected] e Guido Teles [email protected]

A JS/Federação do Porto reagiu esta semana contra a atitude da JSD/Porto, que

exigiu a imediata demissão da Ministra da

Educação, acusando a JSD de “triste apro-

veitamento político-partidário da situação”.

Em comunciado, a Distrital do Porto relem-

brou os excelentes resultados alcançados

pelo Governo, numa clara aposta que se

reflecte na mudança “de forma radical, para

melhor, do ensino público em Portugal, em

apenas três anos”.

O dia 18 de Novembro de 2008 marcou o início de uma nova fase na política açoriana. Na Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRA), perante os deputados regionais recém-empossados e outras ilustres personalidades, o X Go-verno Regional assumiu as suas funções para o mandato 2008-2012. Deste novo executivo há a realçar a notória renovação dos responsáveis governamentais e a criação da Secretaria Regional da Saúde. Na ALRA, a Juventude Socialista mantém a sua representação parlamentar, agora através do Presidente da JS-Açores, Berto Messias, recém-eleito vice-presidente do Grupo Parlamentar, e Francisco César.

O Governo anunciou, no

dia 22 de Novembro, que

quem comprar carros

eléctricos terá benefícios

fiscais para além de

anunciar o acordo para

a produção do Nissan

Denki Cube, um carro

eléctrico protótipo, que

se espera que comece a

ser comercializado em

Portugal em 2010. Para

que este projecto seja

possível, o Governo vai

ainda incentivar a cons-

trução de 320 pontos de

abastecimento.

O Banco Português de Negócios

(BPN) continua a ser notícia,

e não pelos melhores motivos.

Face às recentes descobertas

da investigação conduzida pelo

Ministério Público ao Banco,

parecem confirmar-se várias ilega-

lidades. Face a isto Oliveira e Costa,

ex-presidente do BPN, é detido

e pronunciado por 7 crimes.

Page 7: Jovem Socialista 470

07

como descreves actualmente o algarve? Quais são os seus problemas, vantagens e soluções?O Algarve é uma região cujo motor principal da economia, como da própria vida dos seus habitantes, é o Turismo. Tendo os seus limites geográficos historicamente definidos desde o Reino de Portugal e dos Algarves, e sendo uma região aprazível, entre outras razões, pelas suas condições climatéricas, a região do Algarve vive hoje uma aposta na qualificação e na diversificação da oferta turística, assim como na criação de novos nichos empresariais em domínios inovadores de forma a resolver problemas como a desertifica-ção de parte do território algarvio, como as próprias dificuldades suscitadas pelos fenómenos da globaliza-ção e das crises internacionais. A promoção e a atracção de mais e melhor investimento, público e privado,

por via da aposta em grandes infra-estruturas e no aumento da qualidade dos serviços prestados, proporcionarão mais e melhor qualidade de vida.

Quais são os maiores problemas que os jovens algarvios enfrentam? Que políticas de juventude poderiam ser im-plementadas?Os jovens algarvios debatem-se, na generalidade, com os mes-mos problemas que afectam a juventude, em geral, nos dias de hoje, no fundo, aqueles que estão ligados à emancipação de qualquer jovem, sendo que quero destacar os relacionados com o emprego e a habitação. Porque se tratam de questões cuja solução pode passar por uma aposta revigorada por parte dos autarcas algarvios em políticas autárquicas de juventude: apoio na ligação entre o mercado de trabalho e as escolas através p.e. da criação de bolsas de emprego; lançamento de programas de estágios de curta duração nas Câmaras Municipais; apoio a jovens empresários através da criação de ninhos de empresas; promoção de modelos de habitação como a Habitação a Custos Controlados exclusiva para jovens ou o incentivo à criação de

cooperativas de habitação para jovens; entre outras. A definição de uma Política Regional de Transportes é hoje uma prioridade para a região do Algarve, sendo que esta deverá passar por uma aposta no desenvolvi-mento e modernização da linha ferroviária do Algarve e na criação de planos de mobilidade urbana e, mais importante ainda, inter-urbana, pelo que se coloca hoje tal desafio aos Municípios do Algarve.

Qual é a tua posição sobre a regionalização? iria ser benéfico para o algarve?A região do Algarve encontra num novo modelo de governação o meio institucional para melhorar, dar mais clareza, rigor e maior responsabilidade na gestão do território algarvio, e esse modelo é a Regionalização. A Re-gionalização traz um novo tipo de governação, onde se acentua a proximidade e a participação dos cidadãos, uma governação mais eficaz e mais racional. Melhor organização, rapidez e proximidade na decisão e melhor gestão, serão estes os benefícios da Regionalização. como vês o novo estatuto do aluno e toda a contestação que está a suscitar? como está o estatu-to a ser recebido na região do algarve?O novo Estatuto do Aluno é um meio que protege os alunos ao procurar apoiá-los em detrimento de um sistema que simplesmente se resumia à exclusão automática dos estudantes. Antes o aluno “chumbava” às cadeiras/disciplinas em que atingia o limite de faltas injustificadas, sendo que agora existe a possibilidade de criar condições para que o aluno possa adquirir os conhecimentos que não teve oportunidade de assimilar. Sendo claro que existirão alguns estudantes envolvidos na contestação verificada cujas motivações não sejam as mais claras, e atendendo ao que se verificou na região do Algarve, partilho da opinião de que as orientações do Ministério relativas a este novo Estatuto do Aluno provaram-se necessárias para clarificar a interpretação lógica do mesmo, até porque qualquer alteração de fundo, poderá encontrar algumas resistências.

como qualificas a actuação de manuela Ferreira leite, tendo em conta as suas últimasdeclarações em que admite a suspensão da democracia em Portugal?Como referido por um ilustre camarada algarvio, gostaria também eu de dar os parabéns a Manuela Ferreira Leite por ter tido a coragem de alterar o significado da sigla do seu partido, após tantos anos de história do mesmo, para Partido Semestralmente Democrático.

“O novo Estatuto do Aluno, protege os alunos”

Em entrevista ao Jovem Socialista, o Presidente da Federação da JS do Algarve, André Gomes, considera que a Regionalização significaria “melhor organização, rapidez e proximidade na decisão e gestão” para a região

VISõESpor Marco Fernandes

[email protected]

“As orientações do Ministério relativas a este novo Estatuto do Aluno provaram-se necessárias”

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, garantiu que o seu ministério nunca deixará que alguma universidade pública entre em ruptura financeira, negando um desin-vestimento do Governo neste sector. “O Estado garante que as instituições públicas funcionam e que os estudantes, aqueles que se inscreveram nas institui-ções, terão as instituições a que têm di-reito”, realçou, em declarações públicas.

Em sede de Conselho de Ministros

extraordinário, foram aprovadas um

conjunto de medidas de simplificação

do modelo de avaliação dos professores.

«Compreendemos as dificuldades e

temos soluções para os problemas que

permitirão assegurar o prosseguimento

da avaliação, melhorando as condições

das escolas, sobretudo no que respeita

à sobrecarga de trabalho e à excessiva

burocracia», defendeu a Ministra da Edu-

cação, M.ª de Lurdes Rodrigues.

Page 8: Jovem Socialista 470

Tu esTás em primeirolugar

Estatuto do alunoo Que é o eStatuto Do aluno?O Estatuto do Aluno é uma Lei que estabelece os direitos e deveres dos Estudantes para com a Escola e da Escola para com os estudantes.

O Estatuto permite que cada escola crie um regulamento interno e adopte regras, que se apliquem de forma igual a todos os estudantes, para os casos de excesso de faltas.

dEvES ExIGIr quE A TuA EScolA TE InformE Em rElAção Ao TEu rEGulAmEnTo InTErno.

o Que São FaltaS JuStiFicaDaS?Faltas Justificadas podem acontecer, por exemplo, nos seguintes casos:

> Doença, com declaração do médico se for superior a 5 dias;

> Falecimento de familiar;

> Nascimento de irmão;

> Assistência na doença a familiar;

> Motivos religiosos;

> Participação em provas desportivas e eventos culturais, de acordo com a lei;

> Cumprimento de obrigações legais;

> Outros factos impeditivos da presença na escola desde que autorizado pelo Director de Turma.

como JuStiFico aS minhaS FaltaS?Por escrito, pelos teus pais ou encarregado de educação, ou por ti, se já fores maior de idade.

o Que é Que acontece Se exceDereS o limite De FaltaS?O máximo de faltas, se forem justificadas, que podes dar:

> 3 semanas no 1º Ciclo do Ensino Básico;

> 3 vezes o nº aulas semanais de cada disciplina nos 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Recorrente.

O máximo de faltas, se forem injustificadas, que podes dar:

> 2 semanas no 1º ciclo do Ensino Básico:

> 2 vezes o n.º de aulas semanais de cada disciplina nos 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Recorrente.

Quando excederes estes limites a tua Escola irá aplicar as regras previstas no regulamento interno da Escola. Há regras e recomendações, do Ministério da Educação, que a tua Escola deverá respeitar e aplicar, devendo estar previstas no regulamento interno.

Qualquer estudante que exceda o número de Faltas, sejam elas Justificadas ou Injustificadas, terá que realizar uma prova de recuperação.

como Serão aS ProVaS De recuPeração?O regulamento da tua Escola tem de ser claro quanto a esta prova. Não há uma imposição do Ministério da Educação para a prova ser um teste escrito, pode ser um trabalho escrito ou ou uma prova oral .

A prova deverá conter a matéria correpondente às aulas em falta. Caso já tenhas sido avaliado sobre matéria de aulas que faltaste, num dos períodos de avaliação, então essa matéria não deverá constar da prova, para não seres avaliado duas vezes sobre a mesma matéria. Como o Estatuto confere autonomia às Escolas, e aos Conselhos Pedagógicos das Escolas, o regulamento interno deverá conter estas regras.

Assegura que o regulamento interno da Escola é claro em relação a esta matéria.

Qual é a conSeQuência Da reProVação neSSa ProVa?No caso das faltas justificadas:

O Ministério da Educação clarificou, recentemente, através de um comunicado para as Escolas, que no

caso da reprovação da prova, por parte de estudantes que excederam o limite de faltas justificadas, apenas deve ser criado um plano de acompanhamento especial para que o estudante possa recuperar a matéria perdida.

No caso das faltas injustificadas:

A consequência de reprovar a prova, tendo ocorrido excesso de faltas injustificadas, é definida pelo teu Conselho de Turma de acordo com o regulamento interno da Escola. Mas sugerimos que defendas que esteja previsto no teu regulamento interno que exista sempre um plano de acampanhamento especial e uma nova prova. E que a retenção e ou a exclusão do estudante só aconteça após chumbo da segunda prova.

como é Que eu PoSSo interVir na DeFinição DeSSaS regraS?Deves falar com a tua Associação de Estudantes para intervir junto do Conselho Executivo da Escolae, particularmente, junto de outros órgãos com representantes dos estudantes. O Regulamento interno deve ser claro e do conhecimento de todos. Em vários pontos do país, as Associações de Estudantes já promoveram negociações com os Conselhos Executivos das respectivas escolas, com o objectivo de, em conjunto, decidirem a melhor forma de apoiar os estudantes, com o objetivo de os recuperar.