jornal nacional da umbanda ed 46

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J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda São Paulo,1 de Outubro de 2012. Edição: 46 Ano: 02 [email protected] Jornal Nacional da Umbanda página 1 Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur FORMATURA DO TERREIRO DO PAI BAGGIO NA CIDADE DE BOM FIM PAULISTA Prece a um Caboclo Boiadeiro (Cicera C. Neves) pág. 12 Prece aos Boiadeiros (Guilherme Duarte) pág. 12 Mensagem da Pomba Gira Dama (Médiun Tom) pág. 13 Conversa entre Preta Velha e a menina (Helem Martins Costa) pág. 14 Zé Pilintra, Exu ou Malandro (Ronaldo Figueira) pág. 15 E se fosse você um Caboclo (Ronaldo Figueira) pág. 16 Vivemos em um estado Laico (Waldir Persona) pág. 17 Deus segundo Spinoza (Edson Miaguy) pág. 20 Linha das Crianças na Umbanda (Carla Deva) pág. 21 CUIDADOS EM CASA - IMPORTANTE Agua no microondas - perigo (Celso Cruz). pág. 23 AVISOS CULTURAL E CURSOS Lançamento de livros, cursos e outros (JNU). pág. 24 ULTIMA PAGINA Politica, tô fora (Sandra Santos). pág. 24 EDIÇÃO ESPECIAL - MEDIUNIDADE INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL O saber provem de Deus (Rubens Saraceni) pág. 02 NOVOS SACERDOTES Pai Marcos Mozol - formatura (Marcos Mozol) pág. 04 Pai Baggio - formatura (Pai Baggio) pág. 05 FIQUE ATENTO - REFLITA Igreja evangelica demoniza Cosme e Damião (Emerson Zocchi) pág 07 CADERNO DO LEITOR Desabafo (Marisa Duran) pág 10 A umbanda é uma religião (André Cozta) pág 11 “Amaivos uns aos outros...” (Thiago Paiva Carvalho) pág. 11 JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 46 O dia 8 de setembro de 2012 foi um daqueles dias muito especial, porque pude comprovar como a dedicação à umbanda consegue fazer maravilhas.

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Page 1: Jornal Nacional da Umbanda Ed 46

J o r n a lQ u i n z e n a l

Jornal Nacional da Umbanda São Paulo,1 de Outubro de 2012. Edição: 46 Ano: 02 [email protected]

Jornal Nacional da Umbanda ● página 1

Expediente:Pai Rubens SaraceniPai Alan Levasseur

FORMATURA DO TERREIRO DO PAI BAGGIONA CIDADE DE BOM FIM PAULISTA

Prece a um Caboclo Boiadeiro (Cicera C. Neves) pág. 12Prece aos Boiadeiros (Guilherme Duarte) pág. 12

Mensagem da Pomba Gira Dama (Médiun Tom) pág. 13Conversa entre Preta Velha e a menina (Helem Martins Costa) pág. 14

Zé Pilintra, Exu ou Malandro (Ronaldo Figueira) pág. 15 E se fosse você um Caboclo (Ronaldo Figueira) pág. 16Vivemos em um estado Laico (Waldir Persona) pág. 17

Deus segundo Spinoza (Edson Miaguy) pág. 20Linha das Crianças na Umbanda (Carla Deva) pág. 21

CUIDADOS EM CASA - IMPORTANTEAgua no microondas - perigo (Celso Cruz). pág. 23

AVISOS CULTURAL E CURSOSLançamento de livros, cursos e outros (JNU). pág. 24

ULTIMA PAGINAPolitica, tô fora (Sandra Santos). pág. 24

EDIÇÃO ESPECIAL - MEDIUNIDADEINDICE DE MATÉRIAS

EDITORIALO saber provem de Deus (Rubens Saraceni) pág. 02

NOVOS SACERDOTESPai Marcos Mozol - formatura (Marcos Mozol) pág. 04

Pai Baggio - formatura (Pai Baggio) pág. 05FIQUE ATENTO - REFLITA

Igreja evangelica demoniza Cosme e Damião (Emerson Zocchi) pág 07CADERNO DO LEITOR

Desabafo (Marisa Duran) pág 10A umbanda é uma religião (André Cozta) pág 11

“Amaivos uns aos outros...” (Thiago Paiva Carvalho) pág. 11

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 46

O dia 8 de setembro de 2012 foi um daqueles dias muito especial, porque pude comprovar como a dedicação à umbanda consegue fazer maravilhas.

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www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo,1 de Outubro de 2012. Edição: 46 [email protected]

EDITORIALO SABER PROVÉM DE DEUS

Muitas vezes nos deparamos com questionamentos sobre nossa missão de ensinar a Um-banda, seus fundamentos e mistérios, ensino este ministrado através de cursos livres, adaptados às condições e disponibilidade de tempo dos seus ministrantes e frequentadores. Deparamos com opiniões e criticas agressiva ou sem qualquer preocupação com o futuro da Umbanda como a religião popular capaz de responder às necessidades e expectativas religio-sas de todos os seus membros, dos médiuns praticantes e das pessoas que têm nela uma guia religiosa em suas vidas. Nós, os que acreditamos que, tão importante quanto solucionar os problemas de quem nos procurar é ensinar-lhes a Umbanda, às vezes nos magoamos com as ofensas e calunias que ata-cam contra nós e isto tem desanimado muitos dos que tem o dom e o talento para ensinar. Mas não devemos desanimar porque o saber provém de Deus e os que são contrariados ao ensino religioso umbandistas estão enganados em seus pontos de vista e estão prestando um desserviço à nossa religião. Sim, o saber, seja ele colocado de forma muito bem elaborada ou de forma simples, rústica e pouco elaborada sempre provém Dele. Já as opiniões contrariam, sejam elas muito bem elaboradas ou rudes, todas provêm da ignorância, do desconhecimento sobre a sabedoria Divina, sobre a importância do saber dentro da Umbanda.. A um consulente que vai a um Centro de Umbanda em busca de ajuda, no primeiro momen-to lhe interessa saber o que fazer para ser livrado de suas dificuldades. Mas no segundo momento, após ser ajudado e olhar a nossa religião com outros olhos, lhe falta o básico para continuar a frequentar o centro que o ajudou porque ninguém foi preparado para continuar a orienta-lo religio-samente e o deixa por conta própria, fato este que o desanima e o induz a procurar alguma outra religião que preencha seu intimo com diretrizes religiosas orientadoras de sua vida terrena. E nós, todos os que acreditamos que só um forte movimento no sentido de criarmos uma “linha doutrinadora” dos consulentes, tal como as outras religiões possuem, temos nos deparado com intransponíveis obstáculos, verdadeiros abismos da ignorância, impossíveis de serem pre-enchidos ou contornados devido suas extensões dentro do meio e corpo mediúnico umbandista, pois não são poucos os centros que proíbem o estudo teórico e seus dirigentes os proíbem de estudarem e mesmo, de lerem algum dos poucos livros sobre a Umbanda que foi possível publicar e colocar à disposição dos seus seguidores. Entendemos que esse fosso será superado no futuro, mas no presente está sendo mais difí-cil margeá-lo e contorna-lo para poder chegar até aqueles que procuram mais que o pronto socorro da Umbanda e querem compreende-la para adota-la como religião a ser seguida. O que todos os umbandistas, desde os seus dirigentes dos centros até os médiuns pratican-tes precisam entender é que tudo que as outras religiões tinham para nos dar, elas já nos deram, inclusive o Candomblé, que já não tem mais nada que possa ser transmitido de forma aberta aos umbandistas. De agora em diante, já no seu segundo século de existência, ou a Umbanda se volta para si mesma e extrai de si seus fundamentos, sua doutrina, sua filosofia, sua ética e sua moral religiosa ou será exaurida pelas mensagens das outras religiões, que vêm nela uma concorrente perigosa e que deve ser anulada. Só que isto, os contrários ao ensino religioso umbandista ainda não perceberam ou, se sim, no entanto não sabem como lidar com as mensagens das outras religiões e preferem combater aqueles que estão disseminando a mensagem da Umbanda aos seguidores delas. Com isto, com estas mensagens religiosas agressivas e conquistadoras, muitos bons mé-diuns estão bandeando para elas, porque a única coisa que encontraram nos centros que fre-quentavam foi a orientação de que eram médiuns de incorporação e precisavam se desenvolver e trabalhar, senão continuariam a sofrer pelo resto da vida.

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Bandeiam-se para outras religiões e aprendem nelas que não estão condenados ao sofri-mento eterno, porque Deus é cheio de dons e de recursos aos seus adoradores, e que poderão exercer seus dons de outras formas, pois é infinito em si mesmo de recursos para auxiliar a todos que voltam para Ele. E o médium que recebia os seus guias espirituais, logo mais, estará recebendo o “Espírito Santo” de Deus, outra forma de se exercer a mediunidade! O que a Umbanda e todos os umbandistas precisam entender é que todo saber provém de Deus e flui por dentro da religião através da espiritualidade, cujas orientações curtas, truncadas ou dadas de uma forma rude através de um Caboclo de poucas palavras devem ser postas no papel, desenvolvidas, estudadas e elaboradas na forma de orientações doutrinárias abrangentes e univer-salistas, boas para todos os seguidores da nossa religião. Isto tanto eu quanto muitos outros umbandistas temos feito e até colocado na forma de cursos para que todo um estado de consciência mais “religioso” se torne tão importante quanto o “estado de consciência socorrista”, que motivou a fundação da Umbanda. Este outro estado de consciência, o religioso, tem que ser expandido rapidamente porque, infelizmente, o “socorrista” está passando por uma transformação, que está fazendo com que mui-tos médiuns comecem a mercadejar, a vender seus dons mediúnicos, voltando a cair no hábito que já os enviou às trevas em encarnações passadas, e que tornará a recolhê-los na escuridão dos seus espíritos, outrora luminosos, mas que perderam seus brilhos quando retornaram esse habito. Só um ensino doutrinário fundamentado na mensagem luminosa, divina mesmo, do Caboclo das Sete Encruzilhadas e que diz que “a Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade” evitará que tantos bons médiuns se desvirtuem e comecem a cobrar dos necessitados para auxilia-los. É uma pena que tantos médiuns venham se entregando a esta prática, a este hábito negati-vo, pois mais adiante, do outro lado da vida, descobrirão que os ganhos auferidos se transformaram nos grilhões que os aprisionam na escuridão dos seus dons, perdidos pela ambição e pela cobiça. Todo saber provém de Deus e os Dons mediúnicos são saberes divinos que se realizam por si através dos seus possuidores, mesmo com eles desconhecendo seus funcionamentos, seus modos de atuar na vida dos seus manifestadores. E a mediunidade é um dom! E todo aquele que exerce seus dons em troca de ganhos ou de vantagens temporárias des-cobrirá que, se Deus não cobra nada de ninguém para ajudar, Ele também não admite que seus dons sejam vendidos ou mercadejados pelos que Dele os receberam. Mas isto, a maioria só descobrirá do outro lado da vida, quando já será tarde para se arre-penderem e terão que purgar na dor e no sofrimento suas cobiças, ambições e egoísmos. A Umbanda provém de Deus e traz em si todo um saber, que muitas vezes está contido na frase curta e grossa de um Caboclo rústico, mas é um saber que provem de Deus. E, se sua frase curta e grossa não agrada quem a recebe, este tem que entender que a tolerância divina já se esgotou para ele e que, ou se emenda e se corrige enquanto é tempo ou irá para a “escuridão” assim que desencarnar, e isto, se já não estiver por inteiro nela! - Todo saber provém de Deus! - A Umbanda provém de Deus! - Logo, a Umbanda é um Saber de Deus!

Mensagem do Senhor Caboclo Pena Branca.Psicografada por Pai Rubens Saraceni.

E-mail: [email protected]

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NOVOS SACERDOTESFORMATURA DE 20 ALUNOS DO GRUPO DE ESTUDOS DE SACERDÓCIO DO COLÉGIO DE

UMBANDA SAGRADA “CABOCLO SETE ESPADAS”. No dia 18 de agosto de 2012 foi realizado na sede do Colégio de Umbanda Sa-grada “Pai Benedito de Aru-anda” a formatura de mais um grupo de estudos do Curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio Umbandista, curso este ministrado pelo Sacerdote Marcos Mozol na sede do Colégio de Umban-da Sagrada “Caboclo Sete Espadas” em Itanhaém e no Núcleo de Umbanda “Águas de Oxum” que fica no bairro do Brooklin, em São Paulo. O Colégio de Umbanda Sagrada “Caboclo Sete Es-

padas” adotou as mesmas práticas e ensinamentos recebidos do Pai Rubens Saraceni, repassan-do-os aos seus alunos em já 04 anos de existência e formando turmas por todo o Brasil, seguindo os ensinamentos do Colégio de Umbanda Sagrada “Pai Benedito de Aruanda”, instituição de ensino religioso umbandista que já formou mais de 2000 pessoas em vários grupos de estudos ao longo de 11 anos de ensino contínuo. Hoje temos turmas em Rondonópolis/MT e Vitória/ES, além de São Paulo. O paraninfo desta turma foi o Pai Rubens Saraceni, que muito honrou os formandos, ins-truindo-os sobre os seus próximos passos dentro da religião e exaltando a necessidade de se con-duzir a religião de uma forma correta e condizente para com os consulentes que procuram nossas casas. Também estiveram presente o querido Pai Edson e nossa querida irmã Cida Sena, que em suas falas passaram aos novos Sacerdotes importantes palavras de estímulo e apoio ao estudo, ao aprendizado e ao aperfeiçoamento continuo dentro da Umbanda. O Ogã Severino Sena, em sua fala, destacou a importância de se formar sacerdotes cons-ciêntes dos seus deveres para com a religião, auxiliando a desmistificá-la e mostrá-la como ela realmente é: um bem para a humanidade. Pai Rubens destacou o fato dos forman-dos terem se dedicado com amor ao aprendi-zado por dezoito meses e, mesmo que não ve-nham a abrir novos centros de Umbanda, com certeza se tornaram melhores médiuns, pois, mais bem preparados, serão muito mais uteis nos centros que já trabalham, mas também recomendou que não tornem o grau adquirido em fonte de vaidade ou exibicionismo pesso-al e sim, que o resguardem para quando seus guias espirituais lhes exigirem ou determina-rem que comecem um trabalho individual ou

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O dia 8 de setembro de 2012 foi um daqueles dias muito especial, porque pude comprovar como a dedi-cação à umbanda consegue fazer maravilhas. Explico: - Em 1997 conheci um casal de mediuns em Santa Rita do Passa Quatro em uma visita à Le-gião Branca de Jesus, um centro Espirita-Umbandista nesta cidade, que fica a 300 km de São Paulo. O nome deles? Antonio Baggio e Nanci Baggio. Tive o prazer de ver como as pessoas dedicadas crescem dentro da Umbanda, pois ambos, em 1999

FORMATURA DO TERREIRO DO PAI BAGGIONA CIDADE DE BOM FIM PAULISTA

coletivo. Sandra Santos, presidenta da A.U.E.E.S.P., não pode comparecer devido viagens em prol da religião, mas por telefone parabenizou os novos sacerdotes e solicitou destacar a importância deles e do estudo para o crescimento da Umbanda e se colocou à disposição de todos para orientá-los quando forem incumbidos por seus guias a abrirem um novo centro. Quanto aos formandos, a alegria e a vibração explodiram com força total, pois era a co-roação de um grande esforço, onde todos abdicaram de lazer devido aos resguardos durante as iniciações e se privaram dos procedimentos profanos para melhor receberem o Axé dos Orixás. Enfim, foi a coroação de muito esforço e dedicação, de estudos e práticas umbandistas. Parabéns novos Sacerdotes Umbandistas!

Sacerdote Marcos [email protected]

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começaram a vir semanalmente a São Paulo para estudarem a Magia Divina, a Teologia de Umbanda e o Sacerdócio de Umbanda, cur-sos ministrados por mim. Logo começaram a levar alguns cursos para a Cidade de Bonfim Paulista e região e a receptividade foi muito grande. E chegou um momento que foi necessário o Pai Baggio e a Mãe Nanci darem o curso de Doutrina, Teolo-gia e Sacerdócio Umbandista no centro deles devido o grande número de mediuns interes-sados em estudar melhor a Umbanda. Acompanhei com interesse a evolução deste curso e, para minha surpresa fui honra-do com o convite para ser o paraninfo desta 1ª turma formada por eles. Durante a cerimonia de formatura vi que o pai Baggio e a mãe Nanci reproduziram nossos grupos de estudos até no Grau de Sacerdote Um-bandista, com todos os formandos vestindo a estola dourada, já caracterizadora desse grau dentro da nossa religião. Fiquei emocionado e muito feliz por ver que esta linha de formação sacerdotal esta se multi-plicando dentro da nossa amada Umbanda e que, no futuro, muitos outros grupos de estudos serão criados por estes novos Sacerdotes Umbandistas, com cada um dando sua contribuição para a expansão dela. Ao Pai Baggio, à Mãe Nanci e aos formandos meus parabéns e meu muito obrigado por me honrarem com o convite para ser o paraninfo de tão luminoso grupo de novos Sacerdotes Umban-distas. A nossa religião crescerá através de vocês e dedico-lhes o editorial desta edição do JNU!

Pai Rubens Saraceni.

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FIQUE ATENTO - REFLITAIGREJA EVANGÉLICA DEMONIZA COSME E

DAMIÃO QUEIMANDO SAQUINHOS DE DOCES O jornal Extra de hoje, dia 25, publica uma reportagem (abaixo) com declarações de um “pastor”, demonizando a festa de Cosme e Damião, festejada por católicos e umbandistas. Declarações estapafúrdias só reafirmam a tendência do crescimento de fanáticos de seitas eletrônicas que escolhem como alvo os católicos e os seguidores dos cultos afro-brasileiros. A preservação da Umbanda e dos demais cultos afro-brasileiros está em nossas mãos. Se formos omissos, estaremos decretando a morte de nossa fé. Em vez dele se preocupar com sua Igreja, investe contra as demais, acusando tradições re-ligiosas de serem cultos ao demônio, amaldiçoando-as para que ardam na fogueira. Só que quem acende a fogueira são esses mesmos fanáticos. Os que, como esse “pastor”, dizem que o diabo existe, são os mesmos que criaram o demô-nio a partir de sua própria imagem e semelhança. Eles estão convictos de que conhecem mais o outro mundo do que este. No fundo, preconceituosos são todos iguais. Por isso, vamos encaminhar uma denúncia ao Ministério Público mostrando que a ação se caracteriza como crime de vilipêndio religioso. Essas atitudes não podem passar em branco e es-quecidas no dia seguinte ao das comemorações de São Cosme e Damião. Ele prega a intolerância (o que já é crime) e não esconde sua ação de vilipendiar os costumes e tradições dos católicos e umbandistas.

ÁTILA ALEXANDRE NUNESMOVIMENTO DA JUVENTUDE UMBANDISTA

http://www.facebook.com/umbandajovem

POR ESSA NINGUÉM ESPERAVA.O HIV foi contraído pelos seres humanos que comiam carne.O texto abaixo mostra a origem do vírus e também a BOÇALIDADE de nossos políticos. E depois dizem que o Brasil é Laico - não sei onde, porque essa gentalha de quinta categoria entra no poder pelo voto de mentecaptos analfabetos e ignorantes.

AIDS é câncer gay”, diz deputado-pastor Marcos Fe-licianoPor João Marinho / Fotos: Reprodução em 21/09/2012 às 14h55

Parece que o deputado-pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) ainda não se “curou” de sua obsessão pelos homossexuais. Depois de escrever que estaríamos ar-mando uma “ditadura gay” no País e gostaríamos de ex-pulsar Deus do Brasil e de ajudar a promover uma audi-

ência pública sobre a “cura” da homossexualidade, Feliciano voltou à baila, dessa vez para ecoar os anos 80 e chamar a AIDS de “câncer gay” - e responsabilizar os homossexuais pela doença. A ultrajante acusação se deu durante discurso proferido durante o congresso dos Gideões Missionários. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) em um artigo do deputado gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) para o site Brasil247. Para Wyllys, a “doentia obsessão” de Feliciano mostra “o nível de ódio que o discurso dos fundamentalistas religiosos vem atingindo e o perigo que eles podem representar para a nossa democracia se os poderes públicos (executivo, legislativo e judiciário) não tomarem as devidas providências”.

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Sem papas na língua - ou nos dedos -, o deputado do PSOL retratou com palavras duras a participação do Pr. Feliciano no citado congresso: “Como um psicótico em surto, com direito a lágrimas em momentos estratégicos e trilha sonora caótica que evoca urgência e dramaticidade [...], o discurso de Feliciano seria de apavorar qualquer pessoa que não seja de coragem. Com seu proselitismo hipócrita, ele tem, como única missão - em seu discurso assim como na Câmara dos Deputados - atacar as religiões minoritárias e a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT)”. Wyllys também argumenta que o parlamentar evangélico suprime informações sobre a AIDS, como a mudança no perfil dos infectados: “Desde o surgimento da AIDS na década de 80, o perfil dos infectados se modificou drasticamente, há muito tempo deixando de ser uma doença restrita aos LGBTs e passando a atingir cada vez mais jovens, mulheres e idosos heterossexuais. As mulheres respondem por 48% das novas infecções e os jovens com idades variando en-tre 15 e 24 anos, por 42%. Somente entre 2000 e 2010, o percentual de pessoas com mais de 60 anos infectadas, subiu 150%”, escreveu. A manifestação de Wyllys gerou uma resposta de Marcos Feliciano em sua conta noTwit-ter. “A sexualidade libertina, como forma de expressão, pode gerar DST/Aids e alguns militantes pregam essa liberdade essa é minha indignação”, escreveu o evangélico. “AIDS: A doença apare-ceu desde 1977 em homossexuais por transmissão sexual, depois através de usuários de drogas e se espalhou pelo mundo”, continua Feliciano. “A história da AIDS começou sim com homossexuais, isto é fato e ninguém pode negar é história e ponto final. Hoje independente da história é caso de saúde pública, portanto de todos nós, e pode contaminar a todos. AIDS é um câncer social”, finali-zou.

Questão histórica Da parte deste repórter que vos escreve, deve-se dizer que talvez falte clareza histórica ao deputado-pastor Marcos Feliciano e, por isso, cabem alguns esclarecimentos:

1. Em primeiro lugar, não é verdade que a AIDS apareceu em 1977. O caso de positividade para o HIV mais antigo conhecido é de 1959, de um homem da cidade de Kinshasa, na hoje Repú-blica Democrática do Congo. Outra amostra bastante antiga é de uma mulher da mesma cidade, morta em 1960. A teoria mais aceita é que a origem do HIV é o SIV - vírus da imunodeficiência símia -, que migrou de dois grupos de chimpanzés - um resultou no HIV-1 e outro no HIV-2 - para os seres humanos e sofreu mutação, segundo estudo publicado em 2008 na revista Nature.

2. O mesmo estudo apontou que o vírus começou a se espalhar pelo continente africano durante os anos 60 - mas o HIV seria bem mais antigo que isso. A pesquisa sobre as duas amos-tras mais antigas do vírus, de 1960 e 1959, indicou que elas provieram de um mesmo hospedeiro humano, que teria vivido entre 1884 e 1924. O HIV teria, muito provavelmente, surgido em 1908 - contando, portanto, com mais de 100 anos de existência. Embora seja uma “teoria da conspiração” bastante conhecida, o contato do SIV com o organismo humano na África que originou o HIV não se deu por sexo entre humanos e chimpanzés, mas provavelmente por um hábito bastante disseminado na região, que é o de caçar e comer carne de símios. Posteriormente, fatores histórico-culturais desencadearam a epidemia africana via contato sexual e/ou por uso de drogas.

3. Em artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, também foi traçada a rota do HIV: depois de ter nascido na África no começo do século 20 e se espalhado pelo continente em meados dos anos 60, chegou ao Haiti por volta de 1966, provavelmente trazido nos organismos de trabalhadores haitianos contratados pela atual República Democrática do Con-go. Do Haiti, passou para os Estados Unidos, provavelmente em torno de 1969, por meio de um único portador. 4. Uma vez nos Estados Unidos, o vírus se espalhou em território americano e daí para o mundo. Em 1981, foram diagnosticados os primeiros casos a partir de um surto de sarcoma de Ka-posi - e a comunidade gay e de usuário de drogas foram as primeiras impactadas. A nova doença recebeu por isso o nome de GRID - gay-related immune deficiency (ou imunodeficiência relaciona-

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da aos gays). Na sequência, como todos sabemos, houve a descoberta do causador da nova doença em 1983 (o HIV), esta foi rebatizada como AIDS e, progressivamente, houve a expansão da pandemia para outros grupos populacionais. 5. No entanto, conforme indicam as mudanças nos perfis de atingidos pela AIDS informadas por Jean Wyllys, mas também seu próprio histórico como relatado em 1, 2, 3 e 4, mesmo conside-rando o alto impacto que a pandemia teve - e ainda tem - na comunidade homossexual, o vírus não apenas não escolhe orientação sexual para ser transmitido, como dizer que a AIDS é “responsabi-lidade dos homossexuais” é uma incorreção histórica. A AIDS é uma zoonose, como tantas outras que a humanidade conheceu - impossíveis de serem totalmente evitadas, dado nosso contato com animais e o consumo de carne - que surgiu casualmente e por infelicidade. Seu causador, o HIV, calhou de ser transmitido por via sexual, assim como outros vírus são transmitidos pelo toque ou pelo ar.

Conclusão Resumindo, portanto, AIDS não é “câncer” de ninguém, não é “culpa” de ninguém e nem tem relação íntima com “libertinagem” ou “promiscuidade”, uma vez que também não é o número de vezes que se pratica o sexo que define quem poderá ter HIV ou não. Embora se saiba que a redução de parceiros contribua para diminuir o risco de adquirir o HIV, isso se dá por um motivo simples: reduzem-se as chances pelas quais o vírus pode adentrar o organismo, uma vez que a principal via é a sexual, da mesma forma que estar em um lugar arejado reduz as chances de pegar tuberculose. O uso da camisinha aí se insere, uma vez que ela evita a infecção por impedir o contato com fluidos sexuais. Não deriva daí, porém, que haja “condenação” em transar com muitas pessoas ou várias vezes, já que basta apenas uma para que o vírus se instale. A questão, portanto, é meramente es-tatística - e não moral. Finalmente, é preciso considerar que os soropositivos são pessoas plenas de direito e res-peito, que não estão sendo “punidas” por qualquer comportamento. Apenas encontraram o vírus em determinado momento de suas vidas. Discursos como o de Marcos Feliciano não apenas atacam os gays, mas também essas pessoas, que não precisam que ninguém torne suas vidas mais difíceis.

Artigo enviado por Emerson Zocchi.E-mail: [email protected]

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CADERNO DO LEITORDESABAFO!

Li ontem esse absurdo, confesso de forma revoltante, penso que já estamos passando da hora de tomarmos uma postura perante esses desatinos que esses pastores (pastoreiam o quê?) vem cometendo contra nossa amada UMBANDA! Não podemos simplesmente deixar passar como se fosse um ato isolado de algum maluco por assim dizer, uma vez que não me parecem nem um pouco fora de si, mas com uma tremenda má intenção de denegrir, degenerar, desmerecer uma religião que segue seu caminho humilde-mente, sem ter que mal falar outras formas de se honrar a Deus. Como não tem como impedir uma festa que vai além da comemoração de Umbandistas, mas também pelos Católicos, resolvem botar o nome do ante Cristo (usam esse nome muito mais vezes nos seus cultos do que o do próprio Deus), também na pureza de Cosme e Damião, ora! Parem com essa tentativa infeliz de denegrir, demonstram inclusive uma ponta de inveja, uma vez que tentam assim “copiar” a festa dos outros, torna-se até tragicômico o fato. Vejo que nossa irmandade, nossa religião não está recebendo de nós, médiuns atuantes a devida postura perante esses fatos que estão cada vez mais “estrangulando” nossos espaços, nossos terreiros, nossas giras, nossa forma de cultuar na natureza, etc. Até quando ? De uma Um-banda linda, pura que tanto nos dá.... e de graça! Senhores não temos que entregar dízimos, fila de ajuda mediante valores impostos para se receber ajuda ! Alguém já assistiu ou ouviu falar que na igreja dos mencionados abaixo, há filas de valores diferentes e a qualidade da ajuda vem segundo a quantidade de $$$$ que determina? ABSURDO !!! Isso sim deveria ser difundido e mostrado a uma população que desprovida de cultura ou ignorante da verdadeira face desses interesseiros que os manipulam e por isso não nos querem ver crescer, claro, não cobramos pela misericórdia divina, não cobramos pelo que Deus dá de graça, o nome já diz....”graça” alcançada. - Chega de Intolerância, não só contra nós, Umbandistas, mas contra qualquer forma de manifestação religiosa! - Queremos uma postura Cível de nossos governantes perante o que está acontecendo para que um dia não se torne criminal, para que um dia não vejamos apedrejamentos ou outro tipo violento de afronta contra nosso povo! Verdade! Acreditem! Dessas pessoas podemos esperar de tudo, pela forma como se comportam. - Queremos e podemos exigir de quem nos representa na Câmara dos Vereadores, na Câ-mara dos Deputados, no senado, no governo! Somos BRASILEIROS! Esses representantes foram colocados lá por intermédio de nossos votos, usufruem de valores decorrentes de impostos....pa-gos por NÓS ! Concordo com o irmão Átila, plenamente, lutarmos pelo respeito aos nossos Orixás, aos nossos amados guias.... merecidamente. Axé!

Marisa DuranTENDA DE UMbANDA bAIANO JEREMIAS

TEOLOGIA, DOUTRINA E SACERDOCIO DE UMBANDA

Curso de Teologia, Doutrina e Sacerdocio de Umbanda. Este curso é destinado somente para médiuns incorporantes. Formando turma para Outubro, ás quartas-feiras das 20h às 22h, duração de 18 mêses, mensalidade R$ 50,00. Informaçãoes e reservas através do e-mail [email protected] fone: 2092.4204

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A UMBANDA É UMA RELIGIÃO, POR ISSO É SAGRADA!

É universalista porque cultua as Divindades, que, através da Natureza manifestam os Pode-res de Deus, o nosso Criador. A Umbanda é uma Religião de Fé, porque, a partir deste, que é o primeiro Sentido da Vida, propicia àqueles que a procuram a seguirem suas caminhadas no rumo evolutivo com a firmeza necessária para qualquer um de nós. A Umbanda é uma Religião de Amor, porque nos ensina a amar Deus acima de tudo, aos Sagrados Orixás como manifestadores da Vida e aos Mestres e Guias Espirituais como “irmãos mais velhos”, condutores das nossas jornadas. A Umbanda é uma Religião de Conhecimento, porque em seus trabalhos e na sua ritualística adota a Ciência Divina (que é aquela que move a Criação) como base. A Umbanda é uma Religião de Justiça, por que tem no equilíbrio sua pedra fundamental. E na Justiça Divina sua principal bandeira. A Umbanda é uma Religião de Lei, porque em seu bojo carrega a Lei do Pai como linha di-recionadora de seus trabalhos e da evolução de seus adeptos e fieis. A Umbanda é uma Religião Evolutiva, porque não descansa enquanto não vê um filho de fé trilhando sua senda como deve e como é determinado por Deus. A Umbanda é uma Religião Geradora, como a própria Vida, porque isto ela propicia a todos que adentram seu espaço. Tudo isto e muito mais pode definir a Sagrada Religião de Umbanda. Uma religião que res-peita credos, fundamentos e dogmas de todas as outras religiões. E só por isso deve ser respeitada por todas as outras e por toda a humanidade. Por que ela é uma religião que perdurará no tempo, será o colo de muitos que, em algum momento a tripudiaram. O tempo mostrará isto a todos nós. Assim será, doa a quem doer!

André [email protected]

“CONHEçA A VERDADE QUE ELA VOS LIBERTARá.”“AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO A SI MESMO”

Tais provérbios de Cristo ressoam como alento, aspiração para desvelar os tormentos de nossa Era, sobretudo, sabendo que sua origem provém de 2.000 anos atrás! Portanto, nosso mes-tre conhece nossas carências e deficiências, podendo com essa frase nos conduzir a uma avalia-ção de nossas ações! “Conheça a verdade que ela vos libertará”, nos impele, remete à busca, à exploração de nos-sa gênese, vida, morte, amor, sexo, sentimentos, emoções sejam positivas ou negativas, tomando assim novas e salutares perspectivas, sensibilidades que os olhos da carne tendem a turvar! Pense, sinta, saboreie, deguste, absorva, fragmente, destrua, construa, mas mantenha-se constantemente em sintonia com as transformações edificantes, pois Deus, nosso Criador, é si-nônimo de evolução e progresso. Embora as intempéries existam, as mesmas tornam-se pedras para conseguirmos criar nossas próprias escadas, segundo o autor espiritual Ramatís que diz: ao imponderável, o Incriado (Deus)! Devido a crescente postura do individualismo, decorrente dos conflitos de princípios, valores, posições religiosas, filosófica, etc., quando ouvimos algo referente ao Amor, cogitamos, sentimos e concluímos que tal sentimento é aquele definido pelos pais, amigos, namorados e os afins, como reconfortante, equilibrador, intenso! Sim, está acepção torna-se válida e eficiente, contudo, o Amor revelado por Cristo em suas preleções, nos transcende à condição de espírito eterno, centelha do Criador, fonte de tudo e todos, levando-nos a ponderar nossa existência de forma com a qual possamos sentir a Vida em tudo que

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nos circunda, contemplando, respeitando, admirando e naturalmente compreendendo que sua Vida esta consubstanciada com as exuberâncias, maravilhas sublimes de Deus: - Mar, Animais, Água, Terra, Ar, Fogo, Sol, Lua, Estrelas, O Universo. Frente a tais observações começa-se o processo de congregação, união com as coisas a ti apresentadas, perceptíveis ou intangíveis, pois o sentimento pulsa em graus elevados, nos colo-cando como peça de Todas as coisas Divinas, nos conduzindo ao patamar de serenidade, fraterni-dade e, sobretudo, auto respeito, auto preservação, auto controle, sendo que agora sabes que você é integrante destes esplêndidos cenários da natureza, aprendendo a se amar como filho da Criação e, portanto, amarás teus irmãos, pois estes são criações de nosso Pai. E, se O amamos, amaremos o próximo como a nós mesmos!

Texto enviado por Thiago Paiva Carvalho. E-mail: [email protected]

PRECE A UM CABOCLO BOIADEIRO Sagrado Caboclo Boiadeiro eu vos peço que atue em minha vida em todos os campos e sen-tidos, livrando-me de tudo que há de negativo nesse meio em que vivo, e que, na força do tempo e no forte giro de vosso laço, sejam recolhidos todos os espíritos sem direção e também todos os espíritos trevosos, que, por alguma razão estejam á minha volta. E que no verde das ervas dos seus imensos campos, sejam curados todos os males do meu espírito e de minha matéria. Também peço que me dê vossa proteção Divina, para que eu caminhe de cabeça erguida, com equilíbrio, sabedoria e humildade, rumo a minha evolução, que meu coração caminhe sempre junto com meus pensamentos, atos e palavras e que eu não atente contra meu semelhante, por orgulho e vaidade e que eu consiga conhecer e entender a mim mesma (mesmo) e assim me tornar um ser humano melhor. Que o vosso poderoso chicote esteja á frente dos meus inimigos, encarnados ou não, todas as vezes que quiserem me fazer mal. Que na força do tempo, do vosso poderoso chicote, no som do vosso berrante e no forte giro do vosso laço, sejam abertos meus caminhos, portas, campos e porteiras e retiradas todas as demandas e ações negativas enviadas a mim ou atraídas por mim. Sagrado Caboclo Boiadeiro, eu vos peço, que se eu me perder em meio a estrada dessa mi-nha vida terrena, que á minha frente o Senhor esteja, para abrir minha visão e me mostrar a direção a seguir. Peço-vos também, saúde, amparo, proteção e sustentação Divina, para mim, minha família e para todos que fazem parte do meu dia a dia, que sejam merecedores. Limpa a minha casa de todas as energias negativas e livre-a dos laços dos meus inimigos, Amém. Salve o Caboclo Boiadeiro Salve a nossa Umbanda Sagrada

Escrito e enviado por Cicera C. NevesE-mail: [email protected]

PRECE AOS BOIADEIROS Queridos irmãos boiadeiros, com toda humildade e respeito aos senhores, nós oramos e pedimos o vosso auxilio para seguirmos em nossa vida com mais fé, mais amor, virtuosismo e tam-bém com mais alegria. Ajude-nos com vossas experiências, vossas sabedorias e disciplinas a enfrentar nossas dificuldades mais intimas e nossos problemas, sempre de cabeça erguida. Ajude-nos a crescer, a abrir nossos corações para o que realmente importa nesta vida, que é Deus acima de tudo, assim deixando de lado todo o mal que nos atormenta. Libertem-nos do mundo de ilusão, dos maus pensamentos, da raiva e da inveja para com nossos semelhantes.

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Gire vossos laços em nosso auxilio recolhendo todos os espíritos perdidos, doentes, dese-quilibrados da nossa volta, de nossos campos, também corte e recolha todas as projeções negati-vas que a nós chegaram, purificando nos de todo o negativo e redirecionando todos esses espíritos cada um para sua casa de origem. Atuem em nosso intimo purificando nosso eu interior e transmutando todo nosso ser, nos tornando seres puros de corpo e alma. E, nessa reverencia e clamor ainda vos pedimos que dêm-nos força, animem nossas vidas e nos tragam paz, harmonia e energias positivas para dentro de nossos lares. E que, assim amparados por vós, que todos consigam tocar sua boiada e crescer na vida , subindo todos os degraus que nos forem permitidos, passar por todas as porteiras da vida e um dia se achegar junto a nosso divino criador Olorum. Queridos boiadeiros, dê-nos a vossa benção! Amém!

ObS: Acender uma vela azul escura consagra - lá a Deus e a todos os Boiadeiros e por um copo com água do lado.

Escrito por Guilherme Duarte E-Mail: [email protected]

QUANDO ADMITIR VENCER OU... CONCORDAR!(refletindo com Pomba-Gira)

Quanto tempo mais verei daqui pessoas entregando o resultado da própria vida nas mãos de coisas tão abstratas quanto a “situação”, o “acaso”, a “sociedade”, ao “Carma”, etc.? Quantas oportunidades mais irão perder de ter o controle total das vossas vidas e destinos ao culparem o “acaso” a “sociedade” ou ainda a “situação”, pelos próprios erros e falhas perante os compromissos assumidos? Situações negativas que impuseram ao mundo com a justificativa do próprio “jeito de ser” e agora, se desesperam perante os choques de retorno. Há, ainda, aqueles que ousam culpar Deus pelas suas lástimas, justamente por faltar-lhes em suas formações como seres humanos, uma “imagem” um pouco mais realista e menos abstrata do Divino Criador. Em muitos, nem ao menos o estímulo por essa busca se permitem... E tudo isso por quê? Eu respondo: Por estarem, cada vez mais, se especializando em con-cordar ao invés de admitir! “Concordar”, na maioria das vezes, é responder de maneira desleixada aos próprios princí-pios da Vida! É contribuir com o apodrecimento dos bons frutos que as experiências da vida nos oferecem, ao passo que, podem bem ser colhidos com honra por aqueles que, através das próprias atitudes, se colocam como centro de seus universos admitindo que tudo o que lhes acontece é re-sultado de prévia ação ou sentimento gerado por si próprio. Acaba de “perder” um emprego? Ótimo! Admita que suas ações e “jeito de ser” o colocaram de frente à outra oportunidade mais “adequada” ao teu nível de comprometimento. Agora, se vinha sendo negligente com as mudanças, preguiçoso com os horários, falso com os colegas... Ótimo também! Basta que admita que tem excelente capacidade para fechar os pró-prios caminhos! Há, há, há, há! O mérito está no admitir que, principalmente nas coisas indesejadas que nos acontecem ou estamos envolvidos, temos nada mais que o resultado de nossas ações retornando e jamais se deve perder para o “acaso” ou “sortes” ou “azares”, palavras essas que servem apenas para apoiar-nos em fraquezas e ilusões. Aquele que concorda com “acasos”, “sortes” e “azares” desloca-se do seu eixo da vida, tor-nando-se automaticamente expectador da sua própria, criando os verdadeiros abismos entre o que se tem e é, e o que se admite ter e ser na vida. Ficando, assim, frente a frente com as “qualidades” e “defeitos”, méritos próprios e a apropriação de méritos alheios, o que é tão grave quanto comum, mas que no espelho de Pomba-Gira tudo se reflete! Há, há, há, há!

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Então, antes de irem parar em seus próprios abismos, aproveitem para concordar e admitir que principalmente nos “fracassos” é que somos autores da própria vida, pois o sucesso, todos querem assumir para si próprios. Inclusive sucesso o alheio! A partir disso, vá se reformando e parando de tanto concordar falsamente com tudo o que se vê e ouve de virtuoso (principalmente nos terreiros de Umbanda que frequentam) e no final, nada disso carregam e amadurecem dentro de si. Admite melhor aquele que não concorda prontamente, como se quisesse “se livrar” das ver-dades reais e permanecer cultivando as próprias, inventadas. E quanto ao tempo que isso irá levar? Eu admito, isso é o que menos me importa.

Texto inspirado pela Senhora Pomba-Gira Dama da Noite através do médium Tom.E-mail: [email protected]

CONVERSA ENTRE A PRETA VELHA E A MENINA Parte I (pela Preta Velha Vovó Maria Conga)

Sentada em um toco de árvore numa clareira no meio da mata estava a Preta-Velha pitando seu cachimbo feito á mão. Ao lado dela, a menina, muito curiosa e ativa, ávida para desvendar os Mistérios da Vida. “Vovó, porque somos tão pequenos diante deste Universo?” “Minha menina não pense desta forma. Somos parte do Todo e, assim como cada coisa na Criação, somos parte de nosso Criador. Nos aproximamos Dele toda vez que fazemos algo bondoso, mas seguimos o rumo contrário sempre que nos desvirtuamos dos seus ensinamentos.” “Quais ensinamentos são estes, Vovó?” “Um deles é que devemos respeitar os nossos irmãos e somente fazer a eles o que gostarí-amos que fizessem conosco ou com as pessoas que amamos. Devemos trilhar nossa caminhada buscando nos aproximar e evoluir em cada um dos Sete Sentidos Divinos: a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Lei, a Evolução e a Geração. Desta forma nos divinizamos e passamos a ser Luz vitoriosa sobre o negrume de nossas encarnações anteriores.” “Não me parece difícil, Vovó...” “Não subestime as forças que possam querer te subjugar, filha... até mesmo os desequilíbrios internos que possuir fazem parte desta tal força. Quando elas ainda têm ressonância com nossos negativismos mais íntimos, este tipo de interferência atinge o seu todo espiritual, conectando-a com as faixas negativas. A melhor maneira de buscar a Luz é estabilizar-se e aprender a dominar a sua mente ao invés de deixar-se dominar por ela, com muito amor e auto-perdão. Desta forma, você se torna impermeável às inspirações negativas e desestabilizadoras.” “Acho que compreendo Vovó.” “Não, você ainda está começando a compreender filha! Você só irá compreender de fato quando começar a viver esta realidade em seu dia-a-dia. Somos energia. Tudo à nossa volta é energia. Tome a água como exemplo: quando ela ferve no bule, ela se sublima e se rarefaz, tornando-se vapor. Quando ela esfria, chega a um ponto que congela, cristaliza e solidifica. O fator transmutador, no caso da água, é o fogo purificador ou o frio congelante. No caso dos espíritos humanos, seria a expansão da consciência ou a vicissitude nos hábitos desestabilizado-res. Você prefere ser vapor ou gelo, filha? “Eu prefiro ser vapor... mas acho que a maioria de nós, os encarnados, estamos mais para água gelada, não é verdade, vovó?” E as duas amigas riam-se, em sentimentos de confraternização e muito amor, naquela cla-reira cercada pela floresta, abençoadas e amparadas pelo Sagrado Pai Oxossi.

Texto enviado por Hellen Martins Costa.E-mail: [email protected]

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ZÉ PILINTRA: EXU OU MALANDRO? Há pouco tempo atrás não existia essa discussão. Porém, de alguns tempos para cá, perce-beu-se que ocorria um fenômeno na Umbanda de forma tal que algumas entidades, parecidas com Zé Pilintra, formavam uma linha de trabalho à parte. Percebendo isso, alguns dirigentes espirituais passaram a abrir giras com essas entidades do universo da malandragem, eis que surge a linha dos “malandros”. Este que vos escreve é um médium de Zé Pilintra, e, diga-se de passagem, quando conheci a Umbanda, 22 anos atrás, ninguém falava em linha de malandros. Apenas sabia-se que algumas entidades apresentavam-se no terreiro fazendo alusão de que trabalhavam junto com ele. A partir daí, verificou-se que eles também trabalhavam tanto na direita quanto na esquerda. Além disso, possuíam outras características que os aproximavam mais ainda desse que é personagem principal desse artigo. Assim sendo, falemos um pouco mais sobre Zé Pilintra. Sobre suas características principais tal como gostar de bebida, de cigarrilhas e tudo o mais que for especial, além de fazer delicados gracejos para as mulheres, é algo que muito já foi citado em outros artigos. Sobre suas vestimentas, terno branco com um cravo na lapela, chapéu branco com uma fita vermelha de cetim e sua bengala, também já foi muito falado. Muitos são os livros que tentam retratar a história de Zé Pilintra. Mas, para que tenhamos uma pequena noção de sua trajetória, não podemos levar ao pé da letra nenhuma delas. Basta dizer que José (o Pilintra) era um homem tão famoso, mas tão famoso que se tornou um “mito”, isto é, uma lenda viva. De tão famoso que era, suas histórias fizeram parte da literatura de Cordel (arte literária típica do nordeste). Não obstante, precisamos considerar que um mito pode ser conceituado como uma realida-de que tem um “q” de fantasia, ou uma fantasia que tem um “q” de realidade. Imagem que alguns chegam a afirmar que ele era capaz de se transformar em um pé de bananeira, quando fugia da polícia. Outros afirmam que morreu assassinado por uma mulher apaixonada. São muitas as lendas, mas o que as mais antigas histórias nos dizem é que ele nasceu no interior de Pernambuco, depois se mudou para o Recife, local onde ocorreu toda a sua trajetória de vida boêmia, regada a bebidas, jogos e mulheres. Recentemente fala-se de uma possível passagem pela Lapa carioca, local em que teria aprendido a arte da malandragem. Alguns confundem o homem que viveu na Terra, o Sr. José (conhecido como Pilintra), com os guias de trabalho cuja falange espiritual é enorme. Haja vista que quase todos os terreiros pos-suem pelo menos um médium que incorpora essa entidade. Algumas pessoas chegam a dizer que Zé Pilintra não vem mais em Terra, e que nós que o incorporamos estamos enganados. Tolice! Algumas dessas entidades têm um forte sotaque nordestino, outros, carioca. Nem todos possuem sotaque. Pois é sabido que ele se faz presente na Jurema e também no Candomblé. Essa é uma prova viva de que as entidades não estão adstritas a esta ou aquela religião. Para Zé Pilintra não tem porta fechada. Seja Jurema ou Candomblé, seja Batuque ou Omo-lokô, seja Tambor de Mina ou Umbanda, não importa, onde chamar Zé Pilintra ele responde. Na direita ou na esquerda. É preciso acabar com alguns mitos que giram em torno de nossa religião. Não podemos relacionar alguns defeitos que existem no interior de algumas pessoas com a má interpretação que dão às entidades. Não é admissível crer que uma pessoa tenha muitas mulheres e coloque a culpa no fato de ser guiado por Zé Pilintra. Também não se pode dizer que alguém sofre de alcoolismo por causa de sua religião. Permitam-me dizer que jamais tive problemas com bebidas, boemia ou excesso de mulhe-res. Pelo contrário, meu guia sempre me deu forças para agir com disciplina e respeito. Mas, voltando à temática inicial, creio que se perguntarem a Seu Zé se ele é exu ou malan-dro, ele diria: Sou malandro, sou Exu, sou mestre da Jurema, sou o que você quiser. Na Jurema sento-me à mesa, tomo a bebida sagrada, trago a força do erveiro, o axé da pa-jelança.

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Na encruza eu trabalho, cruzo e risco ponto. Bebo e solto a minha gargalhada. Kiumba ne-nhum fica pra ver o resultado. Na “baianada” eu puxo a peixeira, quebro o côco, dou meu sarava. E, por tudo isso, sou malandro. Na malandragem da vida, gingando de lá, gingando de cá, nunca me esquivando do dever de trabalhar. Há, mas se passa uma mulé bonita (sic), não me diga pra não olhar. Pois se assim não fosse não seria Zé Pilintra. Nego faceiro que tá sempre pronto pra ajudar.

Ronaldo Figueira E-Mail: [email protected]

E SE FOSSE VOCÊ UM CABOCLO?! Imagine se você fosse um caboclo, como você agiria para ajudar alguém que precisa de uma promoção no trabalho e um amor em sua vida?! Você ficaria do lado da pessoa, soprando em seu ouvido aquilo que agrada seu (sua) prote-gido (a). Visualizemos uma situação em que você fez de tudo para que um de seus protegidos alcan-çasse a tão sonhada promoção. Você (na condição de caboclo) foi até o emprego de seu pupilo, posicionou-se ao lado do chefe o dia inteiro e durante todo o tempo, com todas as suas forças co-locou na cabeça dele para quem ele deveria dar a promoção. Claro que diante de tanto empenho não poderia o pobre homem promover outra pessoa. Após isso, eis que surge em sua frente outro caboclo, seu colega de trabalho. Daí então ele conta a seguinte história: - Estou protegendo um pobre homem injustiçado há anos. Todas as tentativas de sucesso não foram concretizadas por razões alheias ao seu merecimento. No entanto, após batalhar muito, quando estava prestes a conseguir a tão merecida promoção, você aparece e faz com que aquilo que estava programado para ser de um passe a ser de outro. E agora, como ficamos?! Claro que a situação acima é fictícia, pois um caboclo, ou qualquer outro guia jamais traba-lharia assim. Mas após esse insight que tive, passei a pensar: -E se fosse você um caboclo, como agiria?! Talvez estejamos muito longe de alcançar a sabedoria de um espírito guia. Mas não estamos tão longe de entender como funciona a dinâmica no plano espiritual. Não podemos dizer que os guias não nos ajudaram. Invariavelmente, não podem ultrapas-sar a barreira da Ética, isto é, do que é moralmente conceituado pelos espíritos como sendo um padrão de conduta a ser adotada por todos. Aqueles que ainda conhecem pouco a Umbanda, acreditam que basta ter um amigo espiri-tual e ele vai fazê-lo obter vantagens pessoais, como ser o primeiro a ser lembrado para preencher uma vaga de emprego, ou uma promoção. Acreditam também que as entidades são capazes de ficar tentando mudar a cabeça da pessoa amada. O tempo obscuro em que as informações eram raridade e não se tinha ao certo uma exata noção de como nossas entidades trabalhavam já passou. Agora é hora de abrir os olhos para uma nova realidade. É preciso compreender, através do bom senso, como trabalham nossos guias. Devemos acreditar que, de maneira ética e responsável, os trabalhos são executados, sem causar prejuízos à vida de ninguém, mesmo quando pedimos algo que por muitos é cobiçado.

Ronaldo Figueira E-Mail: [email protected]

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POLÍTICA E RELIGIÃO:“-VIVEMOS EM UM ESTADO LAICO?”

Por Waldir Persona

Política e religião não podem aparecer na mesma oração, a julgar pelo ditado popular, que inclui ainda o futebol como ponto causador de controvérsia em uma conversa. A comparação entre a crença religiosa, em quem vota e para qual time torce uma pessoa leva à conclusão de que estamos diante da expressão da máxima individualidade de um cidadão. Ele pode escolher votar em um candidato da esquerda, ainda que possua discurso direitista quando toma café no seu trabalho; pode ir à missa aos domingos, mas vai aos sábados em um terreiro de Umbanda tomar seu passe, sem contar para ninguém; pode esbravejar contra o título do Corinthians em público, embora tenha se comovido com os lances da final da Libertadores. Tudo uma questão de opinião? O principal argumento de quem é contra aproximar, ainda que conceitualmente, a política da religião – aqui entendida como toda expressão de fé que una o homem ao sagra-do – é que são assuntos de esferas distintas. A religião é,

segundo esse entendimento, um assunto privado e que diz respeito ao íntimo de cada um, e suas permissões e proibições só dizem respeito a quem delas se valerem para seu ato de fé. Por sua vez, a política dá conta de toda a vida em sociedade, seja em uma reunião de con-domínio ou em uma sessão do Congresso Nacional, estando em jogo não as subjetividades dos que ali discutem, mas sim os interesses que cada um representa neste momento, defendendo uma vaga mais bem posicionada no estacionamento ou a aprovação da Constituição de um país.

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A política pressupõe, pois, a tomada de um lugar público, tratando de questões públicas, enquanto a religião estaria confinada ao privado, tratando de questões privadas. Contra a inferên-cia de uma sobre a outra está um conceito que norteia, ao menos em tese, a República brasileira desde seus primórdios, ainda que não o seja proclamado na Carta Magna: o Estado laico, sem uma religião oficial. Se não há uma religião oficial, então, estariam todas as religiões no mesmo pé de igualdade? Voltemos um pouco ao passado. Na sua formação, o “Estado brasileiro nada tinha de laico. A Constituição promulgada por Pedro I em 1824 foi aclamada “em nome da Santíssima Trin-dade”. O Catolicismo era religião oficial e dominante. As outras religiões, quando toleradas, eram proibidas de promoverem cultos públicos, apenas reuniões em lugares fechados, sem a forma ex-terior de templo. As práticas religiosas de origem africana eram proibidas, consideradas nada mais do que um caso de polícia, como até há pouco tempo. O clero católico recebia salários do governo, como se fosse formado de funcionários públicos. O Código Penal proibia a divulgação de doutrinas contrárias às “verdades fundamentais da existência de Deus e da imortalidade da alma”. Os professores das instituições públicas eram obrigados a jurarem fidelidade à religião ofi-cial, que fazia parte do currículo das escolas públicas primárias e secundárias. Só os filhos de ca-samentos realizados na Igreja Católica eram legítimos, todos os outros eram “filhos naturais”. Nos cemitérios públicos, só os católicos podiam ser enterrados. Os outros tinham de se fingir católicos ou procurarem cemitérios particulares, como o “dos ingleses” (evangélicos), no Rio de Janeiro. A situação de hoje é bem diferente daquela, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades religiosas não pagam impostos (renda, IPTU, ISS, etc) e recebem subsídios financeiros para suas instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do cur-rículo das escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como discrimina todos os não crentes. Em alguns Estados, os professores de ensino religioso são funcionários públicos e recebem salários, configurando apoio financeiro do Estado a sociedades religiosas, que, aliás, são as cre-denciadoras do magistério dessa disciplina. Certas sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, dificultando a promulgação de leis no que respeita à pesquisa científica, aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, inclusive nos tribunais. A expressão “Estado laico” não consta da Constituição de 1988, mas parte de seu conteúdo pode ser encontrado nela: entre as interdições à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos mu-nicípios, está a de “Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.” Assim formulado, o texto constitucional permite associações entre o Estado e instituições religiosas que, se não interdita consciência e crença, privilegia uns credos em detrimento de outros, e, mais ainda, privilegia os crentes diante dos não crentes em matéria religiosa”. As sociedades republicanas eliminaram a figura do eleito por um deus para governar em seu nome, preferindo conceder essa prerrogativa ao povo, com representantes democraticamente eleitos. Com isso, “separa-se o trono do altar, a Igreja do Estado, o poder invisível (espiritual) do poder visível (temporal, do Estado)”. No entanto, essa separação é quase como uma separação de um casal que ainda vive sob o mesmo teto: suportam-se, sim, discutem, muitas vezes, pois um sempre insiste em dar seu palpite sobre os assuntos do outro. No fim, quando menos percebem, estão juntos porque não conseguem mais viver sem essas rusgas: o que a religião perde em poder temporal, recebe de volta em uma espécie de direitos sobre uso de imagem. É a religião que irá fornecer ao Estado subsídios morais e éticos em tempos em que isso se torna cada vez menos certo e mais líquido. É no seu repertório que se encontrarão as palavras de efeito, que servirão de norte para um Estado omisso no mais das vezes.

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PARTE II: PRECISAMOS NOS METER EM POLÍTICA, MESMO?

O momento de campanha eleitoral é oportuno para uma reflexão séria sobre a proximidade entre a política e a religião, e qual o papel disso para o futuro do país. É imensa a quantidade de autoridades religiosas que se lançam candidatas aos mais diver-sos cargos, muitas vezes sem fazer uma única proposta que diga respeito ao cotidiano da popu-lação de suas cidades. Quase sempre, sua única proposta é “representar os interesses” de suas denominações religiosas, em detrimento do bem comum, que deveria ser maior. Não são poucos ou longínquos os casos em que candidatos a cargos majoritários tiveram que fazer campanha participando de celebrações religiosas as mais variadas, independente de, em outros tempos, declararem-se ateus. O direito à crença e à descrença, no Brasil, passa pela obrigatoriedade de tratar temas de interesse público, como aborto, união civil de homossexuais e políticas de controle de natalidade, à luz de leituras que organizações religiosas fazem de seus livros dogmáticos. O Estado em que o Brasil encontra-se, no assunto, ruborizaria o aiatolá mais radical: se por lá apedrejam e esquartejam adúlteras, aqui blocos inteiros de políticos movem-se contra propostas que agridam os interesses de seus fiéis, embora os temas digam respeito não a religiosos, mas a toda uma população. Onde fica a cidadania? Aqui me permito falar da religião que escolhi há 40 anos, a Umbanda. Orgulhosamente considero-me descendente daqueles que aportaram cá no Brasil, sequestrados no vergonhoso cativeiro da escravidão. Com eles, além da dor pela terra perdida vieram em seu alento sua fé em seus deuses, os Orixás, cultuados em intimidade pública – paradoxo interessante – nas roças de Candomblé, que chegaram até nós graças à sagacidade desses bravos homens e mulheres. Gostaria de chamar a atenção de todos para aquilo que considero o traço distintivo mais importante de nossa religião: para o Candomblé e a Umbanda, os deuses habitam entre nós o tem-po todo, pois eles voltam para confraternizar entre nós, seus descendentes, e eles se alegram em dançar no meio de nós. Eles não usam de escolhidos para falar em seus nomes; eles falam o tempo todo, seja por meio de práticas divinatórias, seja por outros meios. Posso dizer, sem medo, que a ética de nossa vivência religiosa é a perfeita união entre o que consideramos a vida política e a vida privada: cada momento da nossa vida é sagrado, pois tudo está pleno de significados e de vivências. Antes mesmo de existir o discurso do “ecologicamente sustentável”, aprendemos que toda folha deve ser preservada e cuidada, pois diz um ditado em yorubá: Ko sí Ewé , Kosí Orisá! (Sem folhas não há Orixá!) Respeitamos a memória e a ancestralidade, porque vemos nos mais velhos a força que faz com que a voz dos antepassados chegue aos ouvidos das próximas gerações. Esse profundo respeito é visto no amor da Umbanda pelos Caboclos e Pretos Velhos, representantes dos índios e escravos que foram massacrados física e culturalmente da chegada do primeiro branco a este país até os dias de hoje. Quantas e quantas religiões não se julgam portadoras da palavra da “revelação divina”, en-tre aspas, e insistem em aculturar os indígenas sobreviventes ao massacre da civilização? Há, pois, uma ética de ação política que está enraizada em nosso sangue. Como disse ante-riormente, os cultos afro religiosos eram perseguidos pela polícia de costumes e proibida até pou-co menos de 50, 60, anos. Se alguém acredita que estamos vivendo em tempos mais tolerantes, engana-se. Acaso vocês se lembram das perseguições a que templos de Umbanda foram submetidos, em Pernambuco, logo após um terrível crime que envolvia a dita “magia negra”? E o caso de um aluno, candomblecista, que foi alvo de discriminação e bullying na escola – pública, por sinal – por não orar (em ambiente escolar, ressalto) como queria a professora, evangélica? E o projeto de lei de um Deputado Estadual, que proíbe o sacrifício ritual de animais nos cultos afro-brasileiros, ain-da que sejam abatidos milhares e milhares de animais em abatedouros todos os dias, nas piores

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condições? Poderia enumerar aqui histórias de discriminação e perseguição de todos os tipos, mas paro por aqui. Certamente, a este momento, algum templo de Umbanda ou roça de Candomblé está sendo atacado com pedradas, ou nos púlpitos, eletrônicos e físicos. Se os negros de outrora en-contraram no sincretismo a resposta silenciosa à opressão que sua fé sofria, entendo que o nosso papel, hoje, é proclamar em alto e bom som qual é a nossa religião, e defendê-la com todas as forças em todos os meios possíveis. Se isso implicar a participação no debate político realizado em Câmaras Municipais, Assem-bleias Legislativas e no Congresso Nacional, por que não? A política deve, sim, dar voz à religião em seu espaço, e vice-versa; não vivemos em um mundo alienado, em que a política deva ter vez apenas de segunda a sexta-feira, em horário comercial. Para concluir, lembro do Mahatma Gandhi, cuja vida foi um grande exemplo de encontro das duas dimensões do homem na vida pública. Para ele, quem dizia que política e religião não têm relação entre si não entendia nem de política, nem de religião.

Waldir Persona é presidente da Federação de Resistência da Cultura Afro-brasileira – Frecab - , de Santo André – SP. Contato: [email protected]

DEUS SEGUNDO SPINOZA(Deus falando com você)

As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em Amsterdã e falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da cha-mada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. De família judaica portuguesa é considerado fundador do criticismo bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII. “Para de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acre-ditas ser a minha casa.Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. Para de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!Confia em mim e deixa de me pedir! Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Para de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te inco-modo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eterni-dade?Que tipo de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que

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prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te per-guntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste? Para de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar. Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravi-lhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.

Texto enviado por Edson MiaguyE-mail: [email protected]

LINHA DAS CRIANçAS DE UMBANDA: - São regidas por Oxumaré, é a mais misteriosa das linhas, o arquétipo é fundamentado nas crianças encantadas e não em espíritos de crianças que encarnam e morrem crianças, esses espíritos que desencarnam crianças são acolhidos e alguns entram para a linha das crianças, as-sim como existem espíritos que de tão puros plasmam a forma crianças mas a maioria delas são encantados nunca encarnaram e são crianças. - Há dimensões inteiras habitadas por espíritos encantados que evoluem e vivem juntos de suas mães Orixás. - As crianças encantadas aprendem e evoluem por irradiação mental das entidades, o que o mais velho aprendeu o mais novo aprende só de ficar perto, por transferência mental. - Há toda uma hierarquia para auxiliar a manutenção do equilíbrio desses seres. Há algo forte por trás dessa linha que são os Orixás encantados. - Todo médium tem sua criança, seu erê encantado e eles adotam nomes alusivos aos ori-xás, devemos interpretar esses nomes para podermos saber suas regências. - Quando incorporam entram em contato com a vibração de todos os Orixás. - Os Erês são alegres, brincalhões, infantis, puros, vivazes, espertos e possuem imenso poder. Poder comparado aos Caboclos e Pretos Velhos. - São maravilhosos no campo de trabalho deles, entre uma brincadeira e outra vão realizan-do os seus trabalhos de quebra de demandas, de limpeza espiritual de conscientização a cada” lambuzada”, a cada sorriso ocorre uma transformação em nossa vida e sempre atuando de forma simples, pura e eficaz. Tem seus fundamentos e são possuidoras de grande poder, gostam se ma-nifestarem e expandirem sua alegria porque são assim: alegres, extrovertidas. - Quantos de nós chegamos na frente desses seres lindos e puros tristes, cabisbaixos, amar-

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gurados, taciturnos e quando ouvimos: senta aqui Tia(o) e nos dão aquele abraço e quando olha-mos nos seus olhos e nos deparamos com tanta pureza sentimos uma energia sutil que percorre todo nosso corpo alcançando a nossa alma, sentimos o amor puro nos envolvendo naquele abraço, e com um sorriso nos lábios nos dizem: Pronto Tia (o) acabou, e não é que acabou mesmo, saímos dali renovados, com o coração alegre, felizes e acreditando na vida,, em nós e nas pessoas isso ocorre durante uma consulta e durante a incorporação. - Como é bom incorporar os erês, eles quebram todos os nossos paradigmas, preconceitos, arrogância, orgulho, nos jogam no chão, chupam chupetas, brincam de carrinho, boneca, bolinha de gudes, sorriem e nos deixam melecados com seus doces melequentos e quando vão embora nos deixam a sensação de: Quero mais!!! - As Crianças trazem isso para nós, a energia renovadora, o perdoar, o começar de novo, com sua energia nos pedem para que voltemos a sermos crianças, o acreditar em Deus e nos seus mistérios Divinos de forma pura, sincera e verdadeira. Quantas coisas divinas as crianças, os erês nos trazem, pena que muitos umbandistas não trabalhem muito com essa linha que opera milagres de dentro para fora, com seus doces mele-quentos nos curam as feridas mais profundas da alma e nos fazem renascer com amor, alegria, pureza, coragem e encantamento pela vida. “Cosme e Damião, Damião cadê Doum Doun está passeando no cavalo de Ogum” (bis) “Eu quero doce, eu quero bala, eu quero mel passar na sua cara!Velas: Rosa ou Azul Clara ou bicolor Rosa/Azul Claro.Guias: Rosa Claro e Azul Claro ou Rosa claro/azul claro e amarelo claro.Bebidas: Guaraná, coca-cola, suco de frutas.Comida: Caruru (quiabo com camarão) e Doces muitos doces. Saudação: Oni Bejada! Salve as Crianças! Salve Cosme e Damião! Eremim!

A criança com a qual eu trabalho canta assim:-Papai do céu está chamando as criancinhas-Para colher as flores no jardim-Hoje tem alegria no céu, no céu na terra também (bis). “Invoco Deus e todas as crianças do astral para que derramem sobre cada um de nós suas vibrações e irradiações multicoloridas nos envolvendo de dentro para fora, estimulando e renovan-do em cada um de nós o amor, a pureza, a alegria, o perdão, a esperança, os sete sentidos da vida e os reais valores da vida e que eles se expandam para tudo e todos ao nosso redor.

Que eles nos estimulem a começar de novo, sempre que for preciso. Que estimulem a nossa criança interior para que possamos olhar para vida, para as pes-soas, para o mundo com encantamento, alegria, pureza e sempre vendo o Divino em tudo e em todos. Amém!

Salve os Joãozinhos, Mariazinhas, Joaninhas, Pedrinhos!Salve Cosme e Damião!Salve as Crianças!!!

“Lembrem-se: - E não adianta uma mesa cheia de doces, as crianças estarão observando o seu coração, a pureza de sua alma e se os seus pedidos são sinceros, puros, verdadeiros e justos, você pode não ter nenhum doce mas se tiver os quesitos citados, se orar para eles de coração, será atendido da mesma forma”.

Muito Axé!por: Carla Real – Deva Nadeen

Sacerdotisa de Umbanda e Terapeuta Naturopatae-mail: [email protected]://zenreal.blogspot.com.br

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CUIDADOS EM CASAáGUA NO MICROONDAS.

Faz 5 dias que meu filho de 26 anos decidiu tomar uma xícara de café instantâneo. A tra-gédia começou... Ele pôs para aquecer no microondas uma xícara somente com água (algo que já havía feito antes em várias ocasiões). Não sei exatamente por quanto tempo o programou, mas me disse que queria apenas que a água fervesse. Quando o tempo acabou o forno se apagou, e ele abriu e tirou a xícara do forno. Enquanto olhava a xícara, se deu conta que a água não estava fervendo; todavia, foi aí que a água saltou diretamente para seu rosto. Ele soltou a xícara de suas mãos depois que a água havia saltado para seu rosto, devido a energia acumulada. Todo seu rosto têm feridas de 1º e 2º graus e é muito provável que o rosto ficará marcado. Além de haver perdido a vista parcialmente do olho esquerdo. Enquanto estávamos no hospital, o doutor que o atendia comentou que estes tipos de aci-dentes eram muito frequentes, e que nunca deveria pôr somente água para aquecer em microon-das. Se nós aquecermos água desta forma (em microondas), sempre se deve pôr algo na água, exemplo: um palito de madeira (de dente mesmo) ou um sachê de chá; mas se formos aquecer somente a água é melhor usar o fogão à gás. Isto é o que um professor de física disse a respeito: “Obrigado por me enviar a mensagem me advertido a cerca da água em microondas. Sou-be de vários casos. Isto é causado por um fenômeno conhecido como super aquecimento”. Pode acontecer em qualquer momento que a água está aquecendo, especialmente se o utensílio que se está usando é novo. O que acontece é que a água se aquece muito mais rápido que as borbulhas que come-çarão a se formar. Se a xícara é nova, não há nenhum raspão ou ranhura por onde as borbulhas possam ir e possam começar a borbulhar na água que já está fervendo, de tal maneia que a água vai aquecendo sobrepassando o tempo de ferver (como quem diz: ferve...e ferve... e ferve....). O que acontece então é que a água se obstrui, fica estancada e, ao contato com o ar, a água salta com força pela energia contida. Por favor enviem esta mensagem a todos seus amigos, poderão evitar uma grande dor e sofrimento.

POR FAVOR REENVIAR PARA TODOS SEUS CONTATOS, POIS É MUITO IMPORTANTE. CREIO QUE A MAIORIA O IGNORAM, MAS:

NUNCA FERVER ÁGUA EM MICROONDAS!!!!!

Enviado por Celso CruzE-Mail: [email protected]

BAR TEMPLOA última segunda-feira de cada mês a partir das 19h00 é de

SARAVA SEU ZÉ PILINTRAe a primeira dose de pinga é por conta dele.Toda última segunda-feira de cada mêsvenha cantar com fé aqueles sambas saldando seu Santo ou seu Orixá com o Projeto Samba de Jorge no Bar de todas as crenças.Homem: 25,00 Mulher: 20,00

Rua Guaimbé, 322 - Mooca - São PauloInformações: (11) 2601.1441 / 981054700 / 4305.3119

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AVISOS CULTURAL E CURSOS

Colégio de MagiaRua IRmã CaRolIna, nº 272 - BelenzInho - São Paulo

Fone: (11) 2796-9059e-maIl: [email protected]

VELAS ARTESANAISVelas artesanais feitas por uma leitora do JNU, para conhecer mais sobre o trabalho dela, envie e-mail para [email protected]

aos cuidados de Naiara.

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POLÍTICA TÔ FORA...Enviado por Sandra Santos E-mail: [email protected]

Platão, o filósofo grego, discípulo de Sócrates dizia: - Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam.

É uma pena que inúmeros irmãos umbandistas ainda não consigam refletir sobre a real im-portância da política dentro da sociedade em que vivemos. Muitos se lembram dela às vésperas das eleições e uma semana depois, nem sabem mais em quem votaram. O vereador, o deputado estadual, federal e o senador eleito por você é a sua voz dentro de um plenário, dentro de um gabinete. Com a nossa força, a nossa cobrança e a nossa participação efetiva, podemos pleitear, cobrar, exigir o melhor daquela comunidade que vivemos ou representa-mos. Vemos aí igrejas crescerem a cada dia que passa, usando emissoras de rádios e Tv’s, para diuturnamente humilhar e provocar descaradamente os cultos afro-brasileiros e ai? O que se faz? Até um partido político eles já lançaram! E a Umbanda onde está? Quando vai mostrar a sua cara? É isso que estamos tentando fazer, buscar apoio, exigir medidas cabíveis, pedir que nossa religião também tenha voz e vez. Estamos tentando tirar essa religião do ostracismo...mas mesmo assim alguns amigos vêm e nos dizem: - Umbanda não pode se misturar com política, isso não se faz !!! Gente: precisamos sim, de políticos que lutem pela causa religiosa, pessoas equilibradas, sérias, líderes natos que comunguem conosco nossos anseios e ideais ! Se em outras épocas a política só provocou demagogia e desilusão, já é tempo de virar essa página. O novo tempo pede e permite uma comunidade umbandista solidária e participativa, que supere toda forma de exclusão e preconceito, diminuindo as distâncias sociais e tornando objetivo o anseio de justiça, exemplificado em ações concretas de valorização da cidadania e de continuar buscando o tão sonhado lugar de destaque que a nossa Umbanda merece, assegurando direitos iguais aos desiguais, o direito de sermos verdadeiros cidadãos umbandistas! Abaixo segue um texto de Berthold Brecht (1898 - 1956), que se transformou num ícone, pendurado nas paredes da juventude rebelde dos anos 1960, ao lado do pôster de Che Guevara.

O ANALFAbETO POLíTICOO PIOR ANALFAbETO

É O ANALFAbETO POLíTICO,ELE NÃO OUVE, NÃO FALA,

NEM PARTICIPA DOS ACONTECIMENTOS POLíTICOS.ELE NÃO SAbE QUE O CUSTO DE VIDA,

O PREÇO DO FEIJÃO, DO PEIXE, DA FARINHA,DO ALUGUEL, DO SAPATO E DO REMÉDIO

DEPENDEM DAS DECISõES POLíTICAS.O ANALFAbETO POLíTICO

É TÃO bURRO QUE SE ORGULHAE ESTUFA O PEITO DIzENDO

QUE ODEIA A POLíTICA.NÃO SAbE O IMbECIL QUE,

DA SUA IGNORâNCIA POLíTICANASCE A PROSTITUTA, O MENOR AbANDONADO,

E O PIOR DE TODOS OS bANDIDOS,

ÚLTIMA PAGINA

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QUE É O POLíTICO VIGARISTA,PILANTRA, CORRUPTO E O LACAIO

DAS EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS.Simplesmente por tudo isso, votamos e pedimos seu voto para os candidatos abaixo: