jornal nacional da umbanda ed 32

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J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 15 de Março de 2012. Edição: 32 Ano: 02 [email protected] Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur Jornal Nacional da Umbanda página 01 O SENHOR DO MAR Não sei se era o mar que estava agitado aque- le dia, se era o tempo que estava cinza ou se era meu coração apertado que dava aquela sensação. Só lembro que realmente eu não estava bem, uma chateação, um misto de coisa ruim com depressão havia tomado conta de mim desde quinta feira e eu resolvera dar um passeio pela praia. Pág. 10 Revista Caminho Espiritual Nesta edição nosso foco girou em torno da história do movimen- to umbandista, em especial, so- bre os cultos que influenciaram a Umbanda em seus primórdios, como o Catimbó e a Macumba. Pág. 05 ENTENDENDO A UMBANDA CAPÍTULO 09 – RECEBER ELOGIOS E CRÍTICAS. Neste capítulo, vemos a sacerdotisa Sofia conversando com um membro da corrente mediúni- ca sobre compartilhar informações, receber críticas e elogios. (continuação da matéria “Entendendo a Um- banda – capítulo 04 – Repassando o Conhecimento”, publicada no Jornal Nacional da Umbanda – edição 23, de 25 de outubro de 2011, página 06). Pág. 12 A CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER Sabiam que no ano de 1931 um cientista recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER? Mas peraí, se a causa foi descoberta, por que ainda não descobriram a cura?? Vamos saber agora! Pág. 21 A TEOLOGIA DE UMBANDA Escrever sobre Teologia de Umbanda não é tarefa fácil porque antes precisamos definir o que é Teologia e o que é Doutrina de Umbanda. • Teologia: tratado de Deus; doutrina que trata das coisas divinas; ciência que tem por objeto o dogma e a moral. • Doutrina: conjunto de princípios básicos em que se fundamenta um sistema religioso, filo- sófico e político; opinião, em assuntos científicos; norma (do latim doctrina). Pelas definições acima, teologia e doutrina acabam se entrecruzando e se misturando, tor- nando difícil separar os aspectos doutrinários dos teológicos, principalmente em uma religião nova como é a Umbanda... Pág.27 JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 32 INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL Criticos ou Invejosos (Rubens Saraceni) pág. 02 CADERNO DO LEITOR Pai, começa o começo (Magali Dona ) pág. 03 Troca Livros (Samur Araujo) pág. 04 Revista Caminho Espiritual (JNU) pág. 05 Politizar é preciso (Marco boeing) pág. 07 Sem lenço,sem documento ... (Edem C. Silva) pág. 07 DOUTRINA Mediunidade nos tempos modernos (Victor Rebelo) pág. 09 O Senhor do Mar (Eliana Ferraz) pág. 10 A importancia de pedir perdão (Valente) pág. 11 Entendendo a Umbanda (Newton Marcelino) pág. 12 Banhado pela transmutação (Andre Cozta) pág. 13 Agua mole em pedra dura... (Arley R. Lobo) pág. 14 Olhos de quem vê (Maristela) pág. 15 Alcançando a Maturidade (JuniorPereira) pág. 16 Pintura artistica mediunica (Daniel Sossa) pág. 18 PSICOGRAFIA Conselho de um Preto Velho (Guilherme Duarte) pág. 19 Oração ao Pai Oxossi (Guilherme Duarte) pág. 20 CURSOS E EVENTOS Cursos de Magia, Sacerdocio e Outros. pág. 20 BENEFICIOS PARA A SAUDE A causa primaria do Câncer (Vera Tristan Vargas). pág. 21 MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS O Mago e o Guerreiro (José Brito de Irmão) pág. 24 Invocação ao Mestre Pessoal do Grau (José Brito de Irmão) pág. 24 Invocação a um Guia Espiritual (José Brito de Irmão) pág. 25 ÚLTIMA PÁGINA Teologia de Umbanda (Rubens Saraceni). pág. 27

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Page 1: Jornal Nacional da Umbanda Ed 32

J o r n a lQ u i n z e n a l

Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 15 de Março de 2012. Edição: 32 Ano: 02 [email protected]

Expediente:Pai Rubens SaraceniPai Alan Levasseur

Jornal Nacional da Umbanda ● página 01

O SENHOR DO MAR

Não sei se era o mar que estava agitado aque-le dia, se era o tempo que estava cinza ou se era meu coração apertado que dava aquela sensação. Só lembro que realmente eu não estava bem, uma chateação, um misto de coisa ruim com depressão havia tomado conta de mim desde quinta feira e eu resolvera dar um passeio pela praia. Pág. 10

Revista Caminho Espiritual

Nesta edição nosso foco girou em torno da história do movimen-to umbandista, em especial, so-bre os cultos que influenciaram a Umbanda em seus primórdios, como o Catimbó e a Macumba. Pág. 05

ENTENDENDO A UMBANDACAPÍTULO 09 – RECEBER ELOGIOS E CRÍTICAS.

Neste capítulo, vemos a sacerdotisa Sofia conversando com um membro da corrente mediúni-ca sobre compartilhar informações, receber críticas e elogios. (continuação da matéria “Entendendo a Um-banda – capítulo 04 – Repassando o Conhecimento”, publicada no Jornal Nacional da Umbanda – edição 23, de 25 de outubro de 2011, página 06). Pág. 12

A CAUSA PRIMáRIA DO CâNCER Sabiam que no ano de 1931 um cientista recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER? Mas peraí, se a causa foi descoberta, por que ainda não descobriram a cura?? Vamos saber agora! Pág. 21

A TEOLOGIA DE UMBANDA Escrever sobre Teologia de Umbanda não é tarefa fácil porque antes precisamos definir o que é Teologia e o que é Doutrina de Umbanda. • Teologia: tratado de Deus; doutrina que trata das coisas divinas; ciência que tem por objeto o dogma e a moral. • Doutrina: conjunto de princípios básicos em que se fundamenta um sistema religioso, filo-sófico e político; opinião, em assuntos científicos; norma (do latim doctrina). Pelas definições acima, teologia e doutrina acabam se entrecruzando e se misturando, tor-nando difícil separar os aspectos doutrinários dos teológicos, principalmente em uma religião nova como é a Umbanda... Pág.27

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 32INDICE DE MATÉRIAS

EDITORIALCriticos ou Invejosos (Rubens Saraceni) pág. 02

CADERNO DO LEITORPai, começa o começo (Magali Dona ) pág. 03

Troca Livros (Samur Araujo) pág. 04Revista Caminho Espiritual (JNU) pág. 05Politizar é preciso (Marco boeing) pág. 07

Sem lenço,sem documento ... (Edem C. Silva) pág. 07DOUTRINA

Mediunidade nos tempos modernos (Victor Rebelo) pág. 09O Senhor do Mar (Eliana Ferraz) pág. 10

A importancia de pedir perdão (Valente) pág. 11Entendendo a Umbanda (Newton Marcelino) pág. 12Banhado pela transmutação (Andre Cozta) pág. 13Agua mole em pedra dura... (Arley R. Lobo) pág. 14

Olhos de quem vê (Maristela) pág. 15Alcançando a Maturidade (JuniorPereira) pág. 16Pintura artistica mediunica (Daniel Sossa) pág. 18

PSICOGRAFIA Conselho de um Preto Velho (Guilherme Duarte) pág. 19

Oração ao Pai Oxossi (Guilherme Duarte) pág. 20CURSOS E EVENTOS

Cursos de Magia, Sacerdocio e Outros. pág. 20BENEFICIOS PARA A SAUDE

A causa primaria do Câncer (Vera Tristan Vargas). pág. 21MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS

O Mago e o Guerreiro (José Brito de Irmão) pág. 24Invocação ao Mestre Pessoal do Grau (José Brito de Irmão) pág. 24

Invocação a um Guia Espiritual (José Brito de Irmão) pág. 25ÚLTIMA PÁGINA

Teologia de Umbanda (Rubens Saraceni). pág. 27

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Jornal Nacional da Umbanda ● página 02

EDITORIALwww.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 15 de Março de 2012. Edição: 32 [email protected]

CRÍTICOS OU INVEJOSOS? De vez em quando me chega algum comentário desairoso sobre a minha pessoa e o meu trabalho de ensino religioso e magístico, comentários estes feitos por pessoas que não estudam ou não estudaram comigo, mas se sentem no direito de me criticar, sempre usando palavras ofensivas, insidiosas e calunia-doras. Lamentavelmente, quando vou atrás de informações sobre alguma dessas pessoas descubro que são só invejosos que gostariam de fazer o que faço e gostariam de atrair tantos interessados em aprender como eu atraio, ou são pessoas frustradas que tentaram isso, mas, por não terem conseguido, direcionam suas frustrações contra mim, meu trabalho e todos os que, movidos pela vontade de aprender, estudaram ou estudam comigo há vários anos. Seus comentários críticos e ofensivos ocultam o que realmente pensam e sentem intimamente: -- Frustração e ódio a quem está tendo algum sucesso naquilo que faz! Isso, já percebi a tempo e tenho sido condescendente com estas pessoas invejosas, mesquinhas e frustradas, porque sei que elas gostariam de estar no meu lugar, fazendo o que faço, mas, porque não conseguem, se voltam contra mim ao invés de elogiarem-me por eu obter sucesso onde elas falharam. Esses críticos mal informados sobre mim e meu trabalho de ensino religioso e magístico se esque-cem de uma coisa: - Se tenho obtido algum sucesso nestas áreas isto se deve à qualidade dos conheci-mentos que transmito e à funcionalidade do que ensino. O fato de muitas pessoas virem estudar comigo não é fruto do acaso ou de qualquer tipo de engodo usado por mim para atraí-las, e sim, é o resultado de um trabalho sério conduzido com dedicação e zelo de minha parte, pelo qual abdiquei de muitas outras coisas para poder conduzi-lo metodicamente, tornando-o cada vez mais útil aos que comigo estudarem. Sim, eu reciclo e aperfeiçoo periodicamente meus conhecimentos é o que for mais útil eu transmito em minhas aulas. E, se assim procedo é porque acredito que todo conhecimento pode ser reelaborado e readaptado, tornando-se mais fácil de ser compreendido e utilizado por quem recebê-lo. Dedico-me com esmero à tarefa de pensar e repensar toda uma vasta gama de “conhecimentos”, transmitindo-os da forma mais compreensível possível para aqueles que me honram com suas presenças em minhas aulas. Faço isto desta forma porque observei desde o inicio dos cursos promovidos por mim que os que se sentem atraídos por eles proveem de todas as camadas sociais, com muitos deles possuindo graus de conhecimentos acadêmicos elevadíssimos, algo que não possuo, que é o tipo de conhecimento que eles têm. E estas pessoas altamente instruídas me retribuem revelando da minha ignorância acadêmica, porque o que transmito em minhas aulas, da melhor forma que me é possível, não circula dentro das academias. Mas também recebo com o mesmo amor e respeito a todos os que não tiveram a oportunidade de estudar quando jovens, mas que nunca deixaram de vibrar em seus íntimos a vontade de aprenderem um pouco mais. A receita do meu sucesso no campo do ensino religioso umbandista e no campo da Magia Divina é esta:- Nem muito acadêmico nem muito popular.- Nem muito religioso nem muito profano.- Nem muito ao céu nem muito a terra. Porque acredito que este é o melhor método para eu poder transmitir tudo que já recebi dos meus Mentores Espirituais e que tem que ser semeado aqui na terra às pessoas de bom coração, movidas pelos sentimentos de bondade, misericórdia e fraternidade para com seus semelhantes, aos quais ajudam com o quê comigo aprenderem. Sim, eu depurei de tal forma os conhecimentos que recebi dos espíritos mensageiros que hoje é tudo que ensino é prático e aplicável. Tudo instrui e tudo auxilia não, deixando espaço para academicismos ou superficialismos. Tudo tem que ser transmitido de forma simples, precisa e objetiva, sempre usando a praticidade e o funcionamento.

Pai Rubens Saraceni.

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CADERNO DO LEITOR

Aos meus críticos e ofensores, respondo-lhes isto:- Se vocês querem mesmo me destruir, não fiquem me atacando de forma tão baixa e indigna até de vocês!-Para me destruir basta vocês aprenderem os conhecimentos que já possuo, ou transmitirem conhecimen-tos superiores e mais bem fundamentados quanto os que transmito! Se assim procederem, logo serão vocês que estarão atraindo as pessoas que querem aprender e encontrarão em vocês ótimos instrutores. Se tiverem algo tão bom ou melhor do que tenho para ensinar, com certeza logo me destruirão. Mas, se não tiverem, não percam tempo criticando, injuriando e ofendendo quem tem algo a ensinar, porque quem os ouve ou lê seus textos ofensivos percebem que, de vocês, só isto, só esta baixeza é pos-sível sair, e logo elas os abandonarão e virão ver o que tenho de bom e que os irrita tanto! Agora, se vocês tiverem conhecimentos tão bons ou superiores aos meus e se dispuserem a trans-miti-los com o mesmo zelo, amor e dedicação como os transmitido, com certeza atrairão muitas pessoas interessadas em aprender com vocês. Mas aí, a bem da verdade, só estarão me reproduzindo em vocês mesmos, porque sou, em mim mesmo, uma fonte inesgotável de novos conhecimentos religiosos umbandistas e conhecimentos magisti-cos. E, porque sou uma fonte inesgotável de novos conhecimentos nesses dois campos, como todo bom conhecimento, sou imortal e inesquecível aos que não o têm ou aos que o obtiveram. E, quando eu morrer, será pior para vocês, meus críticos, porque me renovarei em todos os futuros umbandistas que quiserem aprender sobre a Umbanda e em todos os apreciadores da Magia Divina. E isto, não tenha dúvidas, acontecerá, porque a Umbanda e a Magia Divina provêm Dele. E eu, que as ensino com zelo, dedicação e amor, também provim Dele, o nosso Divino Criador. E a cada dia, mais e mais o meu nome e minha pessoa serão sinônimos de Umbanda e Magia Divi-na. E, mesmo que eu e o meu nome venhamos a desaparecer mais adiante, a Umbanda e a Magia per-manecerão e continuarão sendo úteis aos necessitados, e continuarão sendo amadas e praticadas pelas pessoas de bom coração.

E-mail: [email protected]

“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resis-tente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito. Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pincela-das de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios. Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis. Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e sabo-rear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do

Magali Dona

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Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias. Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: “Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas te ajudará a resolver toda a situa-ção. Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo”!

E-mail: [email protected]

TROCA LIVROS. Possuo um web site destinado a troca de livros pela internet que permite o fácil acesso à livros à milhares de brasileiros. O site é gratuito e apenas intermedia a troca dos livros entre os usuários. Acredito ser um iniciativa interessante que fomenta a leitura no país e gostaria de pedir que divul-guem. O endereço do site é www.livralivro.com.br Samur Felipe Cardoso de Araújo Sobre O Objetivo: O www.livralivro.com.br é um projeto destinado a fomentar a troca de livros entre a população. O projeto foi idealizado e é mantido por Samur Araujo, mestre em Web Semântica pela PUC-Rio. É uma iniciativa independente e gratuita. Nem por isso é menos importante! Se todos fizerem a sua parte, faremos do Brasil um país melhor.Motivações O projeto surgiu da necessidade de trocar um livro. Logo imaginei a possibilidade de desenvolver um web site para intermediar troca de livros entre pessoas. Por atuar na área de desenvolvimento de sistemas para internet e estar cursando mestrado na PUC-Rio na mesma área, não tive dúvida que seria um projeto que poderia atender todas as minhas necessida-des: trocar meus livros e aplicar meus conhecimentos adquiridos no mestrado. Acredito que o projeto permitirá as pessoas terem mais acesso aos livros. Nem todos possuem uma biblioteca a seu alcance, e adquirir um livro novo é oneroso para os mais jovens. O Livra Livro facilitará a aquisição de um novo livro dado que o único custo envolvido na troca é o custo de postagem nos Correios, que vária de R$ 3,00 à R$ 8,00 (de acordo com o peso) para enviar um livro para todo o Brasil. O site atua intermediando a troca de livros entre pessoas na internet. Atualmente, o site contém 130.000 livros cadastrados no idioma português. Ele oferece ao público uma forma simples de trocar livros pela internet. Cada usuário cria uma lista com os livros que possui e os livros que deseja obter. O site utiliza um mecanismo inteligente que permite a troca simultânea entre múltiplos usuários, maximizando as possi-bilidades de troca. Como Funciona? É simples, você seleciona os livros que possui para trocar e os livros que gostaria de obter. O sistema se encarrega de encontrar e coordenar a troca entre múltiplos usuários.Você enviando um livro que lhe for solicitado, você ganha um ponto para solicitar outro livro. Grato!

E-mail: [email protected]

Samur Araujo

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REVISTA CAMINhO ESPIRITUAL Pela quarta vez abordamos o tema Umbanda na revista Cami-nho Espiritual. Nesta edição nosso foco girou em torno da história do movimento umbandista, em especial, sobre os cultos que influenciaram a Umbanda em seus primórdios, como o Catimbó e a Macumba. Falamos, também, de um assunto ligado a todas essas tradições e cultos: a magia. Claro que de forma introdutória, pois pretendemos dedicar, futuramente, uma edição inteira a este tema. Também faltou fa-larmos sobre o Candomblé, mas, é uma tradição tão ampla e complexa, e tão fundamental no desenvolvimento da Umbanda, que preferi deixar este estudo também para uma edição futura. Os poucos conceitos teológicos de Umbanda que apresentamos nesta edição representam determinada escola ou raiz no movimento. Existem diferenças, é claro, em relação a outras linhagens na Umban-da. Todas merecem respeito e devem ser estudadas com imparcialida-de pelo pesquisador sério de pensamento antidogmático. Leia neste mês, na edição 20 da revista Caminho Espiritual:Sacerdócio na UmbandaSabemos que ninguém faz do outro um sacerdote! Sacerdócio é mis-são dentro da religião!Por Alexandre Cumino

O poder da magiaPodemos ampliar o conceito de magia, entendendo-a como toda transformação focada e realizada com a força da vontadePor Bruno J. Gimenes

Magia DivinaQualquer um pode se iniciar, desde que tenha fé em Deus e queira, aqui na Terra, tornar-se iniciado no mistério e aplicador deste mistério na vida de seus semelhantes, para juda-losPor Rubens Saraceni

KimbandaSua origem e cosmogonia. O papel dos exus e os desvios morais que ainda ocorrem em muitos médiunsPor Diamantino Trindade

A missão das plantasO ser humano, na busca do autoconhecimento e da reforma íntima, deve buscar as ferramentas que a na-tureza oferece para nossa harmoniaPor Géro Maita

Pedras e cristaisApresentamos um pouco dos conceitos vigentes, na Umbanda, sobre a utilização destes elementos natu-rais na magia e no equilíbrio energéticoPor Angélica Lisanty

O médium e sua roupaA vestimenta que é usada em uma gira de Umbanda é sagrada. De uso específico para rituais, cada mé-dium deve usá-la com muito critérioPelo Agrupamento de Umbanda Pedra Sagrada na Luz Brilhante.

A cabaça na UmbandaSua origem, história e utilização ritualística na UmbandaPor Géro Maita

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Médium de Umbanda: Disciplina e dedicaçãoA cada caridade prestada, desinteressada, o médium vai galgando mais um degrau na escada iniciáticaPor Templo de Fundamentos Umbandísticos Caboclo Ogum Beira-Mar

A divindade e a coroa divinaEntenda o conceito sobre a Consciência-Una, o Supremo Centro de Consciência Espiritual Virginal, de acordo com a Escola iniciática da Raiz de GuinéPor Templo de Fundamentos Umbandisticos Caboclo Ogum Beira-Mar

Sincretismo e orixásO sincretismo não se refere apenas à união das diferentes nações africanas. Também temos a associação que se faz entre os orixás e os santos católicosTexto elaborado pelo Agrupamento de Umbanda Pedra Sagrada na Luz Brilhante

O VoduAssim como as diferentes religiões e/ou práticas espirituais, o Vodu, essencialmente, é um caminho ilumi-nativo que atende a cultura e a psique do praticantePor Hélio Carvalho de Nóbrega

A história da Umbanda resgatada por seus historiadoresHistoriador é aquele que escreve a história segundo a sua ótica em função de documentos originais orais e escritos. História da Umbanda é para quem conhece a Umbanda!Por diamantino Fernandes Trindade

A Cabula e a MacumbaNoções básicas das origens históricas destes rituais que fizeram parte da formação culturale religiosa do movimento umbandistaPor Diamantino F. Trindade

A Umbanda e seu desenvolvimento durante o Estado Novoacreditamos que o caráter nacionalista atribuído à umbanda fazia parte de um conjunto de estratégias de legitimação que incluíam, também, a institucionalização da nova religiãoPor José Henrique Motta de Oliveira

Tambor de MinaComo as demais religiões de origem africana no brasil, o tambor de mina se caracteriza por ser religião iniciática e de transe ou possessãoPor Géro Maita

As origens do CatimbóOriginário do nordeste brasileiro, este culto à Jurema Sagrada tem sido, muitas vezes, associado às práti-cas de magia negra. Afinal, como ele surgiu e como ocorre seu ritual?Pesquisa: Géro Maita

Exu: Poder e mistérioApresentamos alguns conceitos, das raízes mitológicas ao popular, além dos mais esotéricos. Afinal... O que é exu?Por Diamantino Fernandes Trindade

Culto a OmuluTatá Omulu, em seu polo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doentePor Géro Maita

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As crianças: MitologiaOs Ibejis são poderosos, mas o que eles gostam mesmo é de brincar!Por Géro Maita

Conduta mediúnicaAlgumas regras básicas, principalmente as de cunho moral, quando seguidas, são fundamentais para o desenvolvimento mediúnicoTemplo de Fundamentos Umbandísticos Caboclo Ogum Beira-Mar

A revista Caminho Espiritual está à venda nas bancas de todo o Brasil.

Se preferir, adquira na livraria virtual e receba pelo correio.Acesse o site da revista: www.rcespiritismo.com.br

POLITIZAR É PRECISO…

Amigos estamos em mais um ano eleitoral, e vamos ter que, obrigatoriamente, votar. Então acho que podemos sim fazer alguma coisa. Votar em pessoas que possam verdadeiramente fazer algo em beneficio da sociedade. Na comunidade Umbandista e muito comum o discurso “não se deve misturar religião com politica”. Mas vamos e venhamos, nossa vida religiosa e um exercício de politica, convivemos numa comunidade de pessoas que pensam diferentes, debatemos ideias, defendemos, discordamos, etc…isto e fazer politica. Já ouvi muitas vezes de Umbandistas que nunca votariam em um Umbandista, se não vota em um Umbandista vota em quem? No católico, no evangélico no ateu, etc, e qual a diferença? Penso e também não votaria num candidato só por ele ser Umbandista, mas digamos que isto já seria um ponto a favor. Quem me conhece sabe que faço parte de um grupo que tenta fazer algo para esclarecer e levar a Umbanda a seu lugar de direito, o que não sabem ou talvez até imaginem , é o como isto e difícil aqui em Curitiba. O poder público deveria dar as mesmas oportunidades e ter a mesma conduta com todas as religi-ões, mas não é isto que ocorre em relação a Umbanda, e por que? Simplesmente por que não temos força politica, não temos um representante, e ai vivemos de favores e boa vontade de outros. Aqui em Curitiba temos varias ações a serem realizadas, vários projetos que podem ser viabilizados em prol da comunidade umbandista, bastando que tenhamos alguém para dar o pontapé inicial. Reflitam sobre isto e vamos abrir uma discussão politizada sobre o assunto. Quem topa? E-mail: [email protected]

Marco Boeing – ASSEMA/Curitiba

SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO, COM ESCUDO E SEM ESPADA.

Esse “causo” que vou contar abaixo foi uma experiência que ocorreu comigo. Talvez a grande maio-ria não acredite e não tem problema algum, considerem como se fosse mais um conto de ficção. Há muitos anos, em certa noite estava eu projetado para fora do corpo físico e me transportei ao de-serto dos EUA, para os lados de Oklahoma, pois sempre vou até lá encontrar com um mentor que trabalha comigo (7 Montanhas). No começo ele é quem vinha até mim, mas agora, se eu quiser vê-lo eu é que tenho que ir até ele. Não estou reclamando não, até gosto da viagem e sempre que dá eu vou para lá. Seu campo de força é acima daquelas montanhas rochosas que sempre aparecem em filmes norte-americanos e também em capas de cadernos universitários. Quando cheguei lá a tribo espiritual Navajo estava em ampla atividade e logo fui informado de que um trabalhador da Casa Sara Kali tinha sido arrastado para as regiões trevosas logo que ele dormiu e se

Eden Carlos da Silva

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desprendeu do corpo físico. E que eu é quem teria que descer lá para ir buscá-lo rapidamente. Eu? Não sabia nem me defender direito quan-to mais ir resgatar alguém nas Trevas. Naquela épo-ca eu ainda não tinha feito nenhuma magia e me sentia mais limitado que tudo. Logo me trouxeram um grande escudo mar-rom com uma frase entalhada em hebraico e me de-ram. Começaram a fazer uma dança em círculos e o 7 Montanhas coordenou a abertura de um portal de luz no chão e mandou que eu pulasse dentro. Ainda meio que atordoado com a notícia, pu-lei dentro daquele tubo de luz que mais parecia um elevador panorâmico e desci rápido mas deu para ver quando passei pela crosta da Terra e adentrei o subsolo e conforme eu descia dava para ver tipo de uma separação entre uma faixa vibratória e outra, pois as paisagens se alteravam e não sei em qual eu fui, pois naquela hora não pensei em contar, só sei que desceu um bocado. Durante a descida eu só pensava em uma coi-sa: Puxa! Deram-me um escudo, mas não me ensi-naram nada se ele têm algum poder mágico! E o que me intrigou mais foi o fato de mandar um camarada para um “pega-pra-capar” sem ao menos dar uma espada pra ele. Quem vai pra guerra só com um escudo e sem espada? De repente quando adentrei uma nova faixa vibratória vi aquele lugar horrível, escuro e aquela multidão de espíritos enfurecidos e o fato deles terem visto aquele clarão que abriu do alto os fez ficarem ainda mais enlouquecidos. E, para minha surpresa, o tal do elevador parou bem naquela superfície há uns 50 metros daquela turba de espíritos loucos, que pa-recia aquele filme “Eu sou a lenda” em que os zum-bis queriam pegar o Will Smith, só estou dando esse exemplo pra vocês terem ideia da situação. Pois bem! Foi a conta de eu pisar fora daquele portal e a multidão enlouquecida já vinha me alcan-çando com porretes e armas de tudo que era jeito e tamanho. Logo, o primeiro que estava mais adianta-do me golpeou, a minha reação natural foi levantar o escudo que estava no braço esquerdo para me de-fender e qual não foi a minha surpresa? Aquela frase em hebraico, que na época nem sabia o que significava se acendeu e emitiu um clarão tão forte que mais parecia uma explosão nuclear e não sobrou nenhum deles em pé ou acordado, inclusive deu para ver alguns deles serem desintegrados. Que escudo poderoso! Não era mais fácil eles terem me explicado o que ia acontecer com o escudo? Mas não falaram nada, pois já sabiam que o meu primeiro impulso se-ria levantar o braço para me defender e todo o pro-cesso ocorreria sozinho. E graças a Deus deu tudo

certo. Futuramente quando eu já tinha alguma for-mação em magia e já possuía alguns instrumentos de defesa, eles já não me emprestavam mais aquele escudo e nem tampouco faziam aquele portal de luz. Aí era por minha conta e risco. Era um sacri-fício enorme ter que descer a pé, pois pra baixo não conseguia voar, aqueles desfiladeiros sombrios com rajadas de ventos e trovoadas e aquela frase: “para baixo todo Santo ajuda” não se aplicava aqui e quem disser que o inferno é quente eu mato. Só para terem uma ideia era como você ter que descer o Grand Canyon durante uma noite de tempestade. Parecia que eu levava dias para conse-guir chegar até o destino, todo sujo, cansado e ainda muitas vezes tomava um pau e tinha que voltar tudo de novo sem ter concluído a missão. Parece até in-justo, mas tem um bom motivo passado para isso que talvez outra hora eu conte. Depois que me formei nas Magias Divinas das 7 Cruzes Sagradas, dos 7 Portais Sagrados e dos Exus foi uma mão na roda e hoje se eles seques-trarem alguém nosso, eu mesmo abro um portal e resgato a vítima de volta para cá em questão de mi-nutos, sem esforço, sem ter que lutar e correr riscos desnecessários. Por isso eu sou da opinião de que o Conhe-cimento é o melhor caminho para nos livrarmos da maldade. Fiquei sabendo, que nesse ano de 2012 esta-rei me aposentando desses trabalhos de ter que des-cer nas Trevas, pois vou pra outras bandas agora.Paz & Luz

E-mail: [email protected]

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DOUTRINAMEDIUNIDADE NOS TEMPOS MODERNOS

O espírito se manifesta com um corpo, que podemos definir como energético, vaporoso, sutil, as-tral... enfim, uma espécie de cobertura que permite que ele se manifeste e interaja no meio em que vive. Esse corpo, o elo de ligação do espírito com o corpo físico, é chamado de perispírito. Geralmente, nos seres ainda vinculados ao nosso planeta, ele tem a mesma aparência do corpo físico que o espírito tinha na última encarnação. Mesmo você, que está encarnado, possui o perispírito. É um corpo etéreo; por isso, os espíritos mais depurados conseguem se mover com a velocidade de um pensamento, penetrando toda matéria. Eles po-dem, inclusive, irradiar seu pensamento para vários pontos, fazendo-se presente em todos. Os espíritos comunicam-se conosco, agem em nosso meio de acordo com suas possibilidades, ao mesmo tempo em que mantêm toda uma sociedade no mundo espiritual que se assemelha em muito com nosso modo de viver, conforme a evolução daqueles que a compõem. Dessa forma, os espíritos são uma realidade muito próxima da gente, e podem trazer o amparo ou a desgraça de muitos. Muitos ouvintes me ligam, durante o programa Música e Mensagem, que apresento na Rádio Mun-dial, às 16h, todos os sábados, para perguntar como fazer para se proteger das “energias negativas”. Di-zem que quando entram em um ambiente, muitas vezes se sentem cansados, angustiados... Em primeiro lugar, esclareço que tudo começa em nosso mundo interior, ou seja, em nossa intimida-de. Precisamos, ao longo da nossa vida, no dia a dia, cultivarmos o hábito de analisar nossas reações diante das circunstâncias. Precisamos desenvolver, progressivamente, a capacidade de colocarmos nossa atenção no agora. Eckhart Tolle nos oferece lições belíssimas sobre o poder do agora. Ele afirma no livro O poder do Agora: “Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta. Está ali para ser usada em uma tarefa específica e depois ser deixada de lado. Sendo assim, eu poderia afirmar que 80% a 90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis, mas, por conta de uma natureza frequentemente negativa, são também nocivos. Observe sua mente e verificará como isso é verdade. Essa atitude causa uma perda significativa de energia vital”. - Recomendo muito a leitura desse livro. Portanto, em primeiro lugar, precisamos tomar consciência dos nossos pensamentos e emoções. Ao estarmos presentes, sem julgar, sem criticar, mas apenas percebendo, ampliamos nosso grau de consci-ência; saímos do “piloto automático” e passamos a canalizar nossa energia para algo mais específico. Isso inclui, sim, uma posterior autoanálise. Portanto, a busca pelo autoconhecimento é fundamental. Conforme vamos nos conhecendo, conseguimos discernir melhor quais são os nossos padrões emocionais e condicionamentos mentais e o que nos é estranho, ou seja, vem de fora. E esse “fora” inclui a influência energética de espíritos – encarnados e desencarnados. Mas, quando falamos de assédio espiritual, não podemos nos colocar em uma posição de vítimas e acharmos que os espíritos são culpados pelo que acontece em nossa vida. Sim, eles têm influência, mas nós temos o livre-arbítrio de cedermos ou não às suas sugestões. E mais: se eles nos atingem, quase sempre é porque nós mesmos os atraímos. Isso ocorre devido à sintonia espiritual que existe entre as pessoas. Então, precisamos ter a coragem de assumir nossa responsabilidade diante dos assédios e obses-sões e mudar nosso padrão interior. Seja através de pesquisas ou por meio de técnicas e práticas individuais, precisamos manter um contato mais direto com os espíritos protetores. Ainda que nem todos sejamos médiuns, todos sentimos em maior ou menor grau a influência dos espíritos. Práticas de bioenergia, técnicas para desenvolver a clarividência... tudo isso independe da mediuni-dade em si. Claro que o desenvolvimento da nossa sensibilidade psíquica deve ser natural, com muito estudo e acompanhamento. Estudar ou saber de cor os conceitos espiritualistas é pouco. Transcenda seus limites! Exerça sua mediunidade, procure aprender sobre projeção astral, aprenda técnicas para harmonizar

Victor Rebelo

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a aura ou desenvolver a clarividência... Os que nunca se aprofundaram vão dizer que é perigoso. Não desista! Ao contrário, procure ler a respeito e busque aprender com quem tem experiência. (Quem quiser conhecer algumas práticas de bioenergia e ter acesso a mais artigos e gravações do meu programa de rádio, visite o site www.rcespiritismo.com.br)

O SENhOR DO MAR

Não sei se era o mar que estava agitado aquele dia, se era o tempo que estava cinza ou se era meu coração apertado que dava aquela sensa-ção. Só lembro que realmente eu não estava bem, uma chateação, um misto de coisa ruim com depres-são havia tomado conta de mim desde quinta feira e eu resolvera dar um passeio pela praia. Fui com a mulher e as crianças e, enquanto eles ainda dormiam, saí cedo para um passeio, já que não conseguia dormir mesmo. Sentei na areia macia e fiquei ali observando o vai e vem constante das ondas. Enquanto eu estava absorto nos pensamen-tos da semana, um sujeito saiu da água e veio em minha direção. Fiquei surpreso, não havia percebido a presença de ninguém nadando ali. Era um senhor branco, alto, forte e pele queimada de sol. O sujeito veio em minha direção e me acenou com um bom dia, estranhei, pois a praia estava vazia àquela hora da manhã. Respondi ao cumprimento e ele sentou a pouca distância de mim olhando o horizonte marinho. Fica-mos em silêncio por pouco tempo. O homem então me chamou a atenção para a beleza do sol já um pouco acima da linha do mar. Era realmente um espetáculo fascinante que eu ainda não havia notado por estar distraído com meus problemas. Sorri meio sem graça em sinal de concordância, ao que ele disse que aquele espetáculo se repetia todos os dias e quase ninguém apreciava. Isso era verdade, eu pensei. Percebendo meu silêncio triste, o nadador perguntou se estava incomodando e se eu preferia ficar só. Eu disse que não e falei que estava passando por uma fase difícil, mas que não era nada com ele. A parir daí o senhor começou a contar algumas histórias que se passara com ele no mar. Disse que era um marinheiro e que, por passar mais tempo no mar que em terra, tudo o que sabia aprendeu com ele, o mar. Contou-me sobre as correntes marinhas e como elas podem ser perigosas e trai-çoeiras, mas, se bem aproveitadas, como elas facilitam a viagem do navio! Como os homens se guiam à noite apenas pelas estrelas no firmamento quando os equipamentos falham. Falou sobre os sonhos dos marinheiros com as lendárias sereias e seus cantos que enfeitiçam a tripulação, dos balés das baleias e dos giros dos saltitantes golfinhos. Da sabedoria adquirida em toda uma vida sobre a lâmina d’água. Da sensação gostosa quando se chega a algum porto distante, da dificuldade de adaptação em terra e da sensação de desequilíbrio, da alegria incontrolável quando o navio levanta âncora e parte novamente para alto mar. Por fim me confidenciou que não há nada mais profundo, misterioso e encantador que o mar, que perto dele e da sua força nós nos tornamos minúsculos e nossos problemas são como um grão daquela areia da praia, e que, mesmo vivendo uma vida inteira sobre o mar, não chegou a descobrir muito sobre ele. Deu-me umas dicas de como permitir que o mar leve nossos problemas para suas profundezas, de como entrar nele com respeito e devoção e me banhar em sua fonte de energia revitalizadora. Suas palavras eram profundas e por vezes calmas, por vezes tempestuosas, como o próprio mar. Enquanto o tal homem me falava tudo aquilo eu podia sentir a profundeza de suas palavras, e um sentimento de abraço acolhedor de mãe ia me envolvendo e me fazendo sentir seguro. Nessa conversa o tempo foi passando que eu nem percebi o adiantado das horas e como a praia já

Eliana Ferraz

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contava com muitos banhistas àquela hora. Nesse instante minha mulher vinha chegando com as crianças me acenando ainda de longe, foi quando o marinheiro se despediu e, dizendo que precisava ir pra casa, saiu caminhando devagar em direção ao mar; achei que ele ia dar mais um mergulho antes de partir, mas o perdi de vista logo. Ela me deu um beijo, sorriu e disse que eu parecia melhor, perguntei se ela tinha visto o senhor que conversava comigo e ela disse que não, que ao chegar me viu sozinho na praia. N ã o quis contrariá-la e procurei com os olhos o senhor pela água. Nada! Só o mar e o chiado das ondas cantarolando na beira da praia. Zeca d’Oxóssi da Aldeia Tupinambá

O endereço do Blog é este: http://zecadoxossi.blogspot.com E-mail: [email protected]

DA IMPORTÂNCIA DE PEDIRMOS PERDÃO Ô palavrinha que nos atormenta essa: perdão!!! Há ocasiões que nos leva praticamente à loucura. Sofremos imensamente segurando o ato de per-doar nossos familiares, amigos, colegas de trabalho e de estudo, porém, sempre nos é muito dolorido!! Mais angustiante ainda é quando temos que nos perdoar. Ô coisa difícil sô!!! Digo perdoar verdadeiramente, de coração, na essência de nossos sentimentos. Pior, quando as situações se repetem e temos aquela impulsão/vontade/desejo de chutar o balde novamente para na sequência pedirmos perdão outra vez. Pacientes há que não conseguem. Honestamente, muito poucas pessoas conseguem, pois, perdoar de fato, é para poucos. Muita coisa contida em cada um dos corpos precisa ser trabalhada para que conce-damos e vivamos a nova situação já sob a égide do perdão. Gritos calados, choros contidos, palavras não ditas, e emoções vivenciadas, tudo vem à tona, que nos impedem a verbalizar o pensamento de pedir perdão junto à alguém. É muito comum o passado não deixar. Queria, gostaria imensamente, porém, não consigo, pois, passa o filme de situações vividas que serve como um freio de mão na iniciativa de perdoar e/ou solicitar verdadeiramente o perdão. Porém, quando o conseguimos, emerge dentro de nós a satisfação plena do desejo cumprido. A ale-gria de sermos perdoados e de perdoar alguém que solicitou o nosso perdão. Que coisa maravilhosa! Mais um degrau conquistado na escada evolutiva. Essas pendengas todas que vamos, digamos, aliciando durante nossa vida, devem ser dissolvidas, desmanchadas, pois o fato de fugir do ato de perdoar-se e solicitar a outro o perdão por algo inadvertida-mente dito ou feito, normalmente ocasionam muitas doenças em nossos corpos, como também, contribui efetivamente para o desenvolvimento das doenças que logo nos trarão complicações. Não objetivamos ser saudáveis e termos vida longa? Então vamos p-e-r-d-o-a-r! Beijo grande a todos!

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ENTENDENDO A UMBANDA.CAPÍTULO 09 – RECEBER ELOGIOS E CRÍTICAS.

Neste capítulo, vemos a sacerdotisa Sofia conversando com um membro da corrente mediúnica so-bre compartilhar informações, receber críticas e elogios. (continuação da matéria “Entendendo a Umbanda – capítulo 04 – Repassando o Conhecimento”, publicada no Jornal Nacional da Umbanda – edição 23, de 25 de outubro de 2011, página 06). - Eu gosto de escrever e gosto muito de Umbanda, Sofia – disse uma aluna dos cursos do terreiro orientado por Sofia – mas não sei se, o que eu sei, é suficiente para escrever sobre esse assunto, além do mais, acho que as pessoas irão me criticar muito. - Se você estuda a Umbanda, acha que aprendeu o suficiente para compartilhar com outras pessoas, gosta de escrever, acho que deve começar a preparar seus primeiros textos! – falou Sofia. - E as críticas? Talvez eu não tenha preparo suficiente para ser criticada! - As críticas fazem parte do seu aprendizado! Veja bem: os elogios são como o fogo que alimenta o desejo por mais conhecimento e pela produção dos textos, mas a crítica é o desafio para que o seu ponto seja justificado, ou então, repensado por você, ou seja, pelo elogio ou pela crítica, quem cresce é você, por estudar e aprender mais! Graças a Olorum, as pessoas não compartilham com a mesma opinião e os mesmos gostos e devi-do a isto, a evolução humana existe, pois o desejo de ir além faz com que a humanidade crie uma disputa imaginária, digamos assim, onde um tenta ser melhor do que o outro, forçando o desenvolvimento e a pro-dução. O intuito de levar informação, não é apenas mostrar aquilo que você sabe, mas compartilhar o co-nhecimento, e isso, com certeza, não irá agradar a todos, pois há opiniões diferentes sobre todas as áreas, inclusive na Umbanda! - Mas há o risco de eu virar alvo de críticas mais severas, talvez até, haja pessoas que fiquem contra mim, certo? - Esse é um risco que todos correm! Os melhores em suas áreas são os mais admirados e, conse-quentemente, os mais criticados! E isso tem um lado bom, pois aqueles que atacam sentem-se no dever de provar seu ponto de vista, criando mais informações acerca do assunto! - E qual é a vantagem daquele que está sendo atacado? - Se ele está sendo atacado por sua produção, significa que seu ponto de vista está surtindo efeito! Pelo bem ou pelo mau, suas ideias estão fazendo outras pessoas pensar, questionar e ir ao encontro com respostas para essas novas perguntas que são criadas. O que o ser humano faz é muito interessante, pois há momentos na história onde o homem acha que sabe tudo, onde todas as perguntas foram respondidas, até surgir alguém que jogue no ar ideias aparente-mente absurdas, mas que farão os mais seguros a questionar cada linha apresentada, e ai surgem novas perguntas que exigirão novas respostas! Isso é evolução! - Além da crítica, dizem que o elogio pode destruir também. - Aquele elogio cego, disparado ao vento, como metralhadora cheia de segundas intenções, pode destruir até o mais sério e centrado ser. Achando-se dono da verdade e da razão, o elogiado em demasia passa a acreditar que é um semideus entre nós, e a partir desse momento, não raciocina sobre seus atos e passa a cometer erros sobre erros, até cair num buraco profundo do esquecimento. Mas há o elogio dignificante, que dá forças e alimenta aquele que compartilha seus conhecimentos. Esse tipo de elogio é o incentivo da produção literária umbandista! - Então, Sofia, você acha que posso escrever sobre Umbanda? - Sim! Organize suas ideias, busque mais informações em livros, discuta com outros umbandistas e principalmente, deixe aberto um canal de contato com os leitores, para receber suas ideias! Se aumentarmos a produção literária umbandista, estaremos estimulando o conhecimento, o apren-dizado e a evolução da Umbanda, levando a informação até o mais remoto terreiro deste imenso país.

Críticas e sugestões: [email protected]: http://umbandatemfundamento.blogspot.com

Newton C. Marcelli-

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BANhADO PELA TRANSMUTAÇÃO: APRENDENDO COM A SABEDORIA

André Cozta

Inicio este texto parafraseando Renato Russo, em uma canção que, na minha opinião, não por mera coincidência, o poeta maior do rock brasileiro intitulou-a “Do Espírito”, onde cita uma frase que considero por demais sábia “A ignorância é vizinha da maldade”. Poderia dissertar sobre ela, aplicando-a com fácil comprovação em qualquer setor da vida em nossa sociedade ou, até mesmo, se me permite o(a) leitor(a), na vida privada. Muitos males na vida social e na vida das pessoas concretizam-se graças à falta de conhecimento. A ignorância leva ao preconceito e, por consequência, à atitudes errôneas, equivocadas. Porém, neste texto, me deterei a avaliá-la em um aspecto da vida: a forma como tratamos na socie-dade ocidental (especialmente no Brasil, onde vivemos) as pessoas de cabelos brancos. Em uma sociedade midiática, onde, cada vez mais é valorizado o corpo (invólucro passageiro aonde devemos evoluir, pois, assim quis a Sabedoria Máxima de nosso Pai), a juventude (momentânea e ilusória) e a beleza externa (fútil e arraigada em padrões preconceituosos e excludentes), prega-se um conceito “erva daninha” de que o velho não serve para muita coisa. Ao contrário das sociedades orientais, onde o ancião é visto como um pilar de sabedoria e um sina-lizador de caminhos para os mais jovens, nós, aqui, ainda encontramos muitas dificuldades para obter a compreensão real da importância que estas pessoas possuem em nosso mundo. Sugiro a quem ainda vê os mais velhos desta forma, com “olhos preconceituosos”, que dispa-se destes “conceitos daninhos” e procure beber na sabedoria dos “cabelos brancos”. E absorva tudo que por eles nos é passado. Com certeza, muitos ensinamentos da vida prática lhe serão úteis. Nos Sete Sentidos da Vida, vemos a manifestação de Deus através de Seus Poderes e de Suas Divindades: os Sagrados Orixás. Na Umbanda, esta religião maravilhosa e banhada em sabedoria ancestral, ao qual praticamos ve-mos a manifestação do Mistério Ancião (ou, o Mistério da Sabedoria), através dos arquétipos dos Senhores Pretos Velhos e Senhoras Pretas Velhas, sempre sob a irradiação divina do Sagrado Pai Obaluayê e da Sagrada Mãe Nanã Buruquê. E no 6º Sentido da Vida, o da Evolução, temos como fator principal (leia-se como fator: o Verbo Divi-no, ou, a manifestação em nossas vidas da Vontade Maior), o Transmutador. Pare, você que lê este texto, por um instante, e reflita... Em seguida, responda ao seu íntimo, o se-guinte questionamento: “Não é assim que atuam nos trabalhos de Umbanda, os Senhores Pretos Velhos e as Senhoras Pretas Velhas?” A palavra de um Preto Velho ou uma Preta Velha em um trabalho de terreiro, muitas vezes, transmu-ta nossas mentes e, por conseqüência, os rumos de nossas vidas Então, por que, muitas pessoas, inclusive umbandistas, têm tanto respeito pelos Anciões do Ritual de Umbanda, mas, no dia a dia, não o reproduzem para com aqueles irmãos e irmãs em Oxalá que, com seus cabelos brancos, acabam sendo colocados em uma confortável cadeira no canto da sala, por onde, de vez em quando, alguém por ali passa e com aquele vovô ou vovó troca algumas palavras? Isto sem citar as situações em que, por uma questão de “conforto”, estas pessoas são colocadas em asilos por seus entes queridos. Ah, os asilos!!!!!! Ambientes nos quais, muitas vezes, estes vividos seres humanos encontram uma família que, há muito, não possuíam. Mas, mesmo assim, tenha certeza, uma gota de mágoa habita seus velhos corações, por não terem mais por perto as pessoas que amam, aos quais, em muitos casos, dedica-ram-se, abdicando de momentos importantes de suas vidas. Sou testemunha viva e ocular da influência do fator transmutador na vida humana. Confesso-me um beneficiário neste Sentido da Vida. Através da Irradiação do Divino Trono Masculino e Universal da Evolução (Pai Obaluayê) e do Divino Trono Feminino e Cósmico da Evolução (Mãe Nanã Buruquê), a transmutação e a decantação de negati-vismos, vêm sendo fundamentais nestas minhas pouco mais de quatro décadas de vida no plano material, para a minha evolução. E, se temos na Fé, no Amor, no Conhecimento, na Justiça, na Lei... e na Geração, sentidos fun-damentais para que o da Evolução se processe, é necessário que percebamos também, que o Sentido

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da Evolução com seus fatores de transmutação (Pai Obaluayê) e de decantação de negativismos (Mãe Nanã Buruquê), é fundamental para que fluam a con-tento o Sentido da Fé (Fator Magnetizador), o Sentido do Amor (Fatores Agregador e Conceptivo), o Senti-do do Conhecimento (Fator Expansor), o Sentido da Justiça (Fator Equilibrador), o Sentido da Lei (Fator Ordenador) e o Sentido da Geração (Fator Criativo).

Muitos são os Fatores Divinos irradiados pelos Sagra-dos Orixás, nos 7 Sentidos da Vida, porém, usei dos principais, para exemplificar e mostrar a você leitor(a), o quão fundamental é o Fator Transmutador nos “Ca-minhos da Evolução”.

Para concluir esta dissertação, coloco-me como exemplo vivo: “Sob a irradiação ancestral do meu Divi-no Pai Obaluayê, venho tendo, ao longo desta vida na carne, a influência direta e fundamental dos Senhores Pretos Velhos, que são Mestres Magos da Luz, tenha certeza, banhados em muita sabedoria, pois, já acom-panham a história do planeta e a evolução humana há muito mais tempo do que a nossa restrita visão pode alcançar”.

E afirmo: “É muito bom beber, por mínimo que seja, da sabedoria deles, pois, sem esta irradiação Divina (e de todos os Sagrados Orixás) e o direcionamen-to destes Mestres Magos da Luz, os Senhores Pre-tos Velhos, não sei, honestamente, onde eu estaria agora. Provavelmente, estaria ainda buscando, como uma criança que perde-se dos pais em um parque

num domingo ensolarado, por eles, para que me indicassem os Caminhos da Evolução”. Respeitemos sempre a experiência e a sabedoria trazidas pelos cabelos brancos de nossos avôs e avós encarnados! SARAVÁ A TODOS OS PRETOS VELHOS E PRETAS VELHAS!

Email: [email protected]@gmail.com

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA...Arley R. Lobo

Vamos refletir um pouco sobre Ser Humano. Somos seres humanos, dotados de inúmeras qualidades, que normalmente passam despercebi-das aos olhos e corações de outros humanos como nós e, alguns defeitos que sempre são valorizados e destacados, mas, ainda assim, somos humanos, e nos utilizamos da condição de seres em evolução para justificar nossas falhas e deficiências. Essa condição não nos isenta de nossas responsabilidades e temos o compromisso de sermos amo-rosos, mas não irracionais; bons, mas não bobos; carinhosos, mas não falsos. Alguns irmãos são envolventes, cativantes, alegres, carinhosos, animados e, ao mesmo tempo, trai-çoeiros, aproveitadores, vingativos, maldosos. O médium umbandista deve estar atento ao seu desenvolvimento e as investidas das trevas, que utilizam todos os artifícios conhecidos e alguns, desconhecidos por nossa ingenuidade humana, para nos envolver, seduzir e induzir a cometer atos contrários aqueles que normalmente teríamos. Esses atos são frutos da nossa própria debilidade, quando nos autodenominamos conhecedores, manipuladores e controladores de todos os processos mentais, espirituais, cognitivos e afetivos existentes, resultado da nossa real e inconsciente condição de pessoas arrogantes, dotadas de soberbia involuntária e desejo de demonstrar poder, sabedoria e controle. Por isso, não desdenhemos, não subestimemos a inteligência, perspicácia e organização das trevas.

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“Orai e Vigiai”. É vital que estejamos sempre em alerta, fazendo, sem nos enganarmos, nossa reforma ín-tima para verdadeiramente termos consciência dos nossos atos e do reflexo que eles terão para nós e na vida das outras pessoas. Raiva, mágoa, desentendimentos não podem ser peças fundamentais no desenrolar das situações, principalmente quando temos responsabilidades, quando somos ouvidos, respeitados e amados por outros seres humanos também em busca de evolução. O médium umbandista é assim, ser humano em evolução, uma centelha divina amada e respeitada por outros seres humanos, somos formadores de opinião e devemos honrar essa condição. Independente de ser médium de incorporação ou não, quantas pessoas já foram lhe procurar para agradecer um bem recebido através de um passe ou consulta dada por uma entidade que lhe assiste, que você cambonou ou simplesmente por ter informado o endereço do templo religioso que frequenta? Quando não há conscientização da nossa condição de instrumentos do amor justo e equilibrador de Olorum, esse agradecimento pode tornar-se tolo e infantil ou motivo de vaidade e soberbia, mas, quando há responsabilidade mediante o trabalho mediúnico realizado, esse fato torna-se mola propulsora para busca de novos conhecimentos e procura constante por melhoria interior. Somos seres humanos, seres pequeninos diante da grandiosidade do planeta azul em que estamos hospedados, uma centelha divina, parte do Criador que nunca nos abandona, nunca subestima nossa limitada inteligência e sempre nos estimula a buscar, compreender, fazer sempre o melhor por nós e por nossos semelhantes. Assim é o Criador, um Pai que ama, que investe, que ensina, que educa, que equilibra e acredita que um dia conseguiremos ser mais irmãos e menos guerreiros, mais sinceros e menos interesseiros, mais honestos e menos maquiavélicos, mais amáveis e menos falsos, mais espirituosos e menos materialistas, mais responsáveis e menos inconsequentes afinal, água mole em pedra dura... Abraço fraterno e que Pai Olorum nos abençoe!

A ALGUNS FALTA O PÃO NA MESA, OUTROS TÊM A MESA FARTA, MAS

MENDINGAMO PÃO DA ALEGRIA.

UNS TÊM NOBRE MOBÍLIAS, MAS NÃO TÊM CONFORTO;

OUTROS MAL TÊM ONDE RECOSTAR SUAS COSTAS, MAS TÊM DESCANSO.

“AUGUSTO CURY” “O SEMEADOR DE IDEIAS”

PAG.56

Autora: [email protected]: [email protected]

“OS OLhOS DE QUEM VÊ” Enviado por Maristela.

Umdia,umpaidefamíliarica,grandeempresário,levouseufilhoparaviajaratéumlugarejocomofirmepropósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres. Oobjetivoeraconvencerofilhodanecessidadedevalorizarosbensmateriaisquepossuía,ostatus,oprestí-giosocial;valorizarodinheiro;opaiqueriadesdecedopassaressesvaloresparaseuherdeiro. Elesficaramumdiaeumanoitenumapequenacasadetaipa,deummoradordafazendadeseuprimo,igual-mente rico e poderoso como ele. Quandoretornavamdaviagem,opaiperguntouaofilho: -Eaí,filhão,comofoiaviagemparavocê? - Muito boa, papai, respondeu o pequeno.

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-Vocêviuadiferençaentrevivercomriquezaevivernapobreza? -Simpai,retrocouofilho,pensativamente. -Eoquevocêaprendeucomtudooqueviunessesdias,naquelelugartãopaupérrimo? Omeninorespondeu: -Épai,euviquenóstemossóumcachorroemcasa,eelestêmquatro.Nóstemosumapiscinaquealcançaomeiodojardim,elestêmumriachoquenãotemfim. Nóstemosumavarandacobertaeiluminadacomlâmpadasfluorescenteseelestêmasestrelasealuanocéu.Nossoquintalvaiatéoportãodeentradaeelestêmumaflorestainteirinha. Nóstemosalgunscanáriosemumagaiolaeelestêmtodasasavesqueanaturezapodeoferecer-lhes,soltas! Ofilhosuspirouecontinuou:-Alémdomaispapai,observeiqueelesrezamantesdequalquerrefeição,en-quanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o pratoepronto! NoquartoondefuidormircomoTonho,passeivergonha,poisnãosabiasequerorar,enquantoqueeleseajoelhoueagradeceuadeusportudo,inclusiveanossavisitanacasadeles. Láemcasa,vamosparaoquarto,deitamos,assistimostelevisãonacamaedormimos. Outracoisa,pai,dorminarededoTonhoenquantoeledormiunochão,poisnãohaviaumaredeparacadaumde nós. Nanossacasacolocamosanossaempregada,paradormirnaquelequartoondeguardamosentulhos,semne-nhumconforto,apesardetermoscamasmaciasecheirosassobrando. Conformeogarotofalava,seupaificavaestupefato,semgraçaeenvergonhado.Ofilhonasuasábiaingenui-dadeenoseubrilhantedesabafo,selevantou,abraçouopaieaindaacrescentou: -Obrigadopapai,pormehavermostradooquantonóssomospobres! Moraldahistória:nãoéoquevocêé,oquevocêtem,ondeestáouoquefaz,queirádeterminarasuafelici-dade;masoquevocêpensasobreisto! Tudooquevocêtem,dependedamaneiracomovocêolha,damaneiracomovocêvaloriza. Sevocêtemamoresobrevivenestavidacomdignidade,tematitudespositivasepartilhacombenevolênciasuascoisas,entãovocêtemtudo. Desconheçoaautoriadamensagem

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ALCANÇANDO A MATURIDADE.Junior Pereira

Há tempos venho refletindo sobre o tema “maturidade” e tenho percebido certa resistência das pes-soas quando falamos sobre isso. Ouço diversas opiniões e acho interessante, pois percebo o quanto somos diferentes uns do outros e o quanto isso é importante para nossas vidas. Podemos a todos os momentos aprender com isso, com pontos de vista diferentes e maneiras diver-sas de enxergar a vida. Percebei que maturidade é algo ainda muito questionado entre nós, pois para termos isso em nossas vidas, não basta apenas “anos de vida”, mas sim como vivemos esses “anos em nossas vidas”. Até mesmo depois de tempos de existência, ainda temos muito que amadurecer, principalmente quando vivemos em épocas de inovação, época de uma outra realidade onde aquilo que tínhamos como certo e verdadeiro em nossas vidas, poderá dar espaço a outro aprendizado, sendo necessário “ esvaziar “ o velho para que o novo comece a fazer parte de nós. Para isso é necessário mudar, e quando falamos em mudança temos medo do que possa vir acon-tecer. Mas mudar significa muitas vezes sair de nossa condição ( muitas vezes cômoda ) para fazer e agir diferente, sendo necessário em alguns momentos abrir mão de algo para conquistarmos coisas novas em nossas vidas. Mudar é amadurecer, é em um determinado momento de nossas vidas, traçar um novo caminho onde a única certeza que temos naquele momento, é a vontade de querer acertar novamente. Amadurecer é muitas vezes sofrer uma transformação e viver outra realidade, outro momento. E alcançar a maturidade é difícil, pois amadurecer é perceber a hora certa de aproveitar um momen-to, uma oportunidade, tomando o cuidado de não deixar “apodrecer” o fruto de nossas vidas, aquele nosso

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sonho ou desejo simplesmente pela nossa falta de atenção de enxergar a hora certa de colher... Alcançamos a maturidade, quando deixamos nossa vaidade de lado para fazermos o que tem q ser feito, não importante com o que os outros dirão a respeito, pois as críticas sempre farão parte de nos-sas vidas. Caberá a nós saber lidar com elas. Alcançamos a maturidade, quando aprende-mos que caridade não significa dar o que sobra, mas muitas vezes dividir o pouco que temos. Ser caridoso não significa ser tolo, mas sim ter em seu coração o desejo de ajudar. Nem sempre a ajuda que a vida pede é finan-ceira, muitas vezes alguém precisa simplesmente ser ouvido, de um simples abraço. E você, já abraçou alguém hoje? Alcançamos a maturidade, quando percebe-mos que para ser feliz, basta querer ser. Felicidade é algo que não está nas mãos dos outros, mas sim nas nossas. Compartilhar nossa felicidade é possível, es-perar que alguém nos faça feliz não, pois depende de nós para que isso aconteça. Alcançamos a maturidade quando aprende-mos que “dar a outra face” não significa “apanhar de novo”, mas sim dar uma nova chance a quem errou. Lembrando que se hoje houve erros devemos refletir, pois amanhã poderemos ser nós os autores desses erros. Daí, com o mesmo “peso” que julgarmos, se-remos julgados. Alcançamos a maturidade, quando percebe-mos que “perdoar” não significa apenas pronunciar: Eu te perdôo! Perdoar é sentir nosso coração em paz quan-do nos deparamos com aquela pessoa que, supos-tamente errou contra nós. Com o tempo, perceberemos que somos

mais perdoados do que perdoamos. E porque então, quando temos a oportunida-de de perdoar alguém, não assim fazemos? Puramente por orgulho nosso...? Alcançamos a maturidade, quando deixamos de lado todo o orgulho que temos dentro de nós e vivemos a vida em sua totalidade. Perceba algo agora: Retire 03 situações de sua vida nesse mo-mento: Sua classe social, sua raça e suas roupas. O que sobra? Mas o que diferenciará uma pessoa da outra nessa situação? Agora, retire também o dom de falar e nossa inteligência, algo que Deus nos proporcionou... O que resta...? Até quando iremos fazer diferença uns dos outros, simplesmente por nossa condição de vida ou maneira de se vestir? Ser ignorante não significa ser menos favore-cido culturalmente, mas sim não ter olhos para en-xergar a vida e perceber que se existem diferenças, são elas apenas momentâneas... Alcançamos a maturidade, quando apren-demos que amar não significa dizer apenas “eu te amo”, mas sim aceitar as pessoas como elas são,mesmo sabendo que elas poderão nos decepcionar lá na frente... E decepção não significa somente que al-guém “pecou” contra nós, mas que muitas vezes criamos “pessoas e situações” da qual queríamos que fosse da nossa maneira, quando na verdade as coisas são como são e não devemos culpar os ou-tros pelas nossas falhas. Amar é bem diferente do que ser possessivo. É muitas vezes abrir mão daquilo que acre-ditamos ser nosso, para seguir seu rumo, mesmo sendo ele diferente do nosso. Alcançamos a maturidade quando pedimos a Deus algo e deixamos Ele agir. Alcançamos a maturidade quando aprende-mos que aquilo que sabemos ou temos como verda-de em nossas vidas, pode ser pouco diante de tudo do que Deus criou,e ainda cria. A vida muitas vezes nos coloca diante da se-guinte escolha: Você quer ser feliz, ou somente ter razão? Alcançamos a maturidade, quando percebe-mos que ainda temos muito que amadurecer. Um forte abraço a todos!

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PINTURA ARTÍSTICA MEDIúNICA Por Daniel Sossi.

Meus Prezados Irmãos, salve! Digo aos meus irmãos no Criador que as crianças que chegam neste mundo estão a cada dia mais rápidas, espertas e muito inteligentes! É incrível o que elas fazem e a capacidade que possuem de conseguir o que querem e na hora que que-rem... Está certo, entendemos que como a Vida diária de hoje é muito mais acelerada que dos nossos avós, temos menos paciência e acabamos cedendo, mas, mesmo com as deficiências deste nosso momento evoluti-vo, elas são demais! As crianças querem ir para o Terreiro antes que os Pais. Já saem de casa vestidas com suas roupas brancas e se deixar levar com o “pano de cabeça” já postos! Não têm vergonha de serem Umbandistas e muito menos de contar para todos os amiguinhos que vai no Terreiro e que é amigo co Caboclo tal... São as primeiras a baterem suas cabeças no Congá, acendem suas próprias velas de anjo de guarda, pergun-tam se já firmaram a tronqueira e para não atrasar o ini-cio das atividades, pois precisará passar Exú no final para descarregar... É incrível o que elas trazem com elas. Está dentro, no chip divino... Já vem codificado “Você é Umban-

da, Você é Umbanda, Você é Umbanda...” Com tanta inteligência e espiritualidade não temos como deixar de reconhecê-las como Crianças Índigos, cujo espírito traz na sua ancestralidade a Luz e o Brio necessários para viabilizar e facilitar o perí-odo de tantas mudanças físicas e espirituais que estamos vivendo. São Espíritos tão puros e inteligentes que demonstram ter conhecimento de tudo que vamos para eles ensinar... Não têm paciência de aprender, porque já sabem o achamos que seria novo para eles!!! Segundo consta nos estudos, a partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças espetaculares. Elas estão chegando para ajudar na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e de classes sociais. São como catalisadores para desencadear as reações necessárias para as transformações. Elas possuem uma estrutura cerebral dife-rente no tocante ao uso de potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental está o foco do seu brilho. Elas exigem do ambiente à volta delas certas características que não são comuns ou autênticas nas sociedades atuais. Elas nos ajudarão a destituir dois paradigmas da humanidade: 1. Elas nos ajudarão a diminuir o distanciamento entre o PENSAR e o AGIR... 2. Elas também nos ajudarão a mudar o foco do EU para o PRÓXIMO... Quando O Mentor Augusto prepara uma Pintura Mediúnica e existe uma criança na sala, é inexpli-cável a alegria que esta criança transborda ao ver o termino do trabalho. É tanta a alegria que elas querem pegar, beijar se expressar sobre aquele Portal Mediúnico. Segundo o mentor é que as Crianças Índigo possuem a “Visão Além do Alcance” e como na era Cris-talina elas possuem conexão direta com o Astral o que as fazem não visualizar a Pintura mas sim o Portal do espírito que existe por traz da Pintura, aberto pela Íris Do mentor... É Incrível mesmo!!!

Visitem nosso site: www.pinturamediunica.zip.net Contato: [email protected]

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PSICOGRAFIASCONSELhO DE UM PRETO VELhO

Inspirado por Pai Joaquim

Nosso Pai Maior nos criou únicos, e deu a cada um de seus filhos o livre arbítrio. Sendo assim, cada ser humano tem seu campo de atuação, suas qualidades e defeitos, por isso ninguém é melhor ou pior do que o outro. Então sendo assim não tentem ser igual a seu irmão do lado e fazer as coisas do jeito dele, pois não será prazeroso e não obterão o resultado esperado, cada um tem seu dom, cada ser tem seu modo de viver a vida. Isso se encaixa tanto no mundo material, quanto o espiritual. O conselho que vos dou é que cada um desenvolva seu jeitinho de trabalho, seu jeito para tudo que for fazer sem haver a necessidade de olhar o modo como seu irmão do lado faz. Logicamente surgirão duvidas nos seus caminhos e, por isso, busquem sempre do conhecimento das pessoas com lugar mais alto na hierarquia onde trabalham. Isso é muito importante dentro dos terreiros de Umbanda também. Busquem sempre conversar e esclarecer as suas duvidas com aqueles que sempre lhe ensinaram, com seus chefes espirituais e também com os guias que estão ali pra vos auxiliar, pois, às vezes uma coisa que é simples para o irmão do seu lado, pra você pode não ser e é nesses detalhes e frustrações que médiuns se perdem. Nas decepções com o irmão que tanto gosta é que a pessoa se perde e abandona tudo o que é sagrado. Os Chefes e as entidades, por terem um pouco mais de experiência vão saber os conselhos que vocês necessitam para continuarem firmes na trajetória rumo à luz. Outra coisa: - Lembrando um ensinamento de Cristo que poucos seguem, é de não julgar para não ser julgado! Isso é muito importante, pois muitos julgam seu irmão, mas não se dão conta que co-mentem os mesmos erros. Não judiem de si próprios, não judiem de seus irmãos, aprendam a amar o próximo do jeito que ele é, e não do jeito que você queria que ele fosse, mas também não deixem ninguém apontar o dedo em seu rosto e lhe julgar, pois todos são filhos de Deus e estão sujeitos a erros. Vou lhes ensinar uma coisa: - Quando estiverem aflitos e tristes não saiam contando seus problemas para todo mundo, peguem sete velinhas brancas, as acendam consagre-as para Deus, forme um circulo com elas, entrem nele e desabafem com seus Pais e Mães Orixás , e se for pra chorar , lavem vossas al-mas, peçam perdão se erraram, e peçam que seja mostrado o modo de reparar seus erros.

Mas, se for pra sorrir e agradecer, melhor ainda! Pe-çam sempre um conselho de vossa espiritualidade para continuarem seguindo de pé. Tem coisas que só seus Pais e Mães e suas entidades que lhes darão o conforto no peito. Isso dará a todos um grande alivio espiritual e material e sairão daquele circulo renovados. As coisas de Deus são simples e quem as complica é o próprio ser humano e não precisa ninguém lhes con-denar, pois o pior julgamento é da própria consciência das pessoas. Esse velho Negro vos pede que busquem sempre o amparo divino e não deixem se abater por fofocas e intrigas, e conversem sempre com vossa espiritualidade, pois eles te entenderão, sigam seus caminhos na luz de Oxalá. E que Deus vos abençoe!

EscritoporGuilhermeDuarteE-mail:[email protected]

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ORAÇÃO AO NOSSO PAI OXÓSSI Amado Senhor das matas virgens, senhor da natureza, pai do conhecimento e da juventude. Neste momento vos clamamos pai Oxossi e pedimos o vosso auxilio divino para que, envolvidos pela vossa vibra-ção amparadora e curadora sejamos auxiliados em nossas trajetórias terrenas. Muitas têm sido nossas dificuldades Pai, e por isso clamamos que tua flecha certeira tome nossas frentes, livrando-nos de todos os embaraços que têm nos prejudicado, de todas as correntes que têm nos paralisado, de todos os tormentos que nos têm subjugado. E que, dentro de nossos merecimentos o senhor nos conceda a graça de sermos auxiliados por vós, Pai amado! E, neste clamor a ti, pedimos também que o senhor neutralize e purifique de nossas mentes todos os pensamentos negativos que têm aberto portas para seres sombrios, e também que o senhor neutralize todos os sentimentos de ódio, de cobiça, de inveja e de maldade, para que assim, amparados por vós pos-samos transmutá-los e gerarmos em nosso intimo sentimentos e pensamentos nobres, positivos e benevo-lentes de amor, de dedicação e de caridade para fazermos o melhor para auxiliarmos nossos irmãos, tendo assim Pai amado uma nova chance de levantar a cabeça e seguir sobre vossos caminhos luminosos. Pedimos-lhe que fortaleça em nosso íntimo e em nossa mente a vontade de querer aprender cada vez mais e buscar o conhecimento divino para podermos crescer e ascender em nossas evoluções. Neste momento permita que adentremos em sua mata sagrada, recebendo a cura de suas ervas, vivenciando a tranquilidade da natureza, sentindo a brisa que nos restaura e se instalar dentro de nossos corações. Amado Pai Oxossi, que nos guia e nos ilumina, nós o agradecemos pelo amparo em nossas aflições e pedimos que, em sua infinita bondade o senhor nos dê a sua benção em todos os dias de nossas vidas. Amém! E-mail: [email protected]

Guilherme Duarte

CURSOS E EVENTOS

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BENEFICIOS PARA A SAÚDEA CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER

Enviado por Vera Tristan Vargas Sabiam que no ano de 1931 um cientista recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER? Mas peraí, se a causa foi descoberta, por que ainda não descobriram a cura?Vamos saber agora!Foi este senhor: Otto Heinrich Warburg (1883-1970). Premio Nobel em 1931 por sua tese “A causa primaria e a prevenção do câncer” Segundo este cientista, o câncer é a consequência de uma alimentação antifisiológica e

um estilo de vida antifisiológico. Por que?... porque uma alimentação antifisiológica - dieta baseada em alimentos acidifi-

cantes + sedentarismo, cria em nosso organismo um ambiente de ACIDEZ. A ACIDEZ por sua vez, EXPULSA o OXIGÊNIO das células!!!

Ele afirmou: “A falta de oxigênio e a acidez são a s duas caras de uma mesma moeda: quando você tem um, você tem o outro.”

Ou seja, se você tem excesso de acidez, então automaticamente falta oxigênio em seu organismo! Outra afirmação interessante: “As substâncias ácidas repelem o oxigênio; em oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio.” Ou seja, um ambiente ácido, sim ou sim, é um ambiente sem oxigênio. E ele afirmava que: “Privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48 horas, pode convertê-la em cancerígena.” Ainda segundo Warburg: “Todas as células normais tem como requisito absoluto o oxigênio, porém as células cancerosas podem viver sem oxigênio - uma regra sem exceção.” E também: “Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alca-linos.” Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Warburg demonstrou que todas as formas de câncer se caracterizamn por duas condições básicas: a acidose (acidez do sangue) e a hipoxia (falta de oxigênio). Também descobriu que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio) e NÃO PO-DEM sobreviver na presença de altos níveis de oxigênio; em troca, sobrevivem graças a GLICOSE, sem-pre que o ambiente está livre de oxigênio... Portanto, o câncer não seria nada mais que um mecanismo de defesa que tem certas células do organismo para continuar com vida em um ambienteácido e carente de oxigênio. Resumindo:

IMPORTANTE: Uma vez finalizado o processo da digestão, os alimentos de acordo com a qualidade de proteína, hidrato de carbono, gordura, minerais e vitaminas que fornecem, gerarão uma condição de acidez ou alca-linidade no organismo. Ou seja, depende unicamente do que você come! O resultado acidificante ou alcalinizante se mede através de uma escala chamada PH, cujos valores se encontram em um nível de 0 a 14, sendo PH 7, um PH neutro. É importante saber como os alimentos ácidos e alcalinos afetam a saúde, já que para que as células

Células sadias vivem em um am-biente alcalino e oxigenado, o qual permite seu normal funcio-namento:

Células cancerosas vivem em um ambiente extremamente áci-do e carente de oxigênio:

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funcionem de forma correta e adequada, seu PH deve ser ligeiramente alcalino. Em uma pessoa saudável, o PH do sangue se encontra entre 7,40 e 7,45. Leve em conta que se o ph sanguíneo caísse abaixo de 7, entraríamos em estado de coma, próximo a morte. Então, o que temos a ver com tudo isto? Vamos ao que interessa! Alimentos que acidifican o organismo: Açúcar refinado e todos os seus subprodutos - o pior de tudo: não tem proteínas, nem gorduras, nem minerais, nem vitaminas, só hidrato de carbono refinado, que pressiona o pancreas. Seu PH é 2.1 ou seja, altamente acidificante Carnes - todas Leite de vaca e todos os seus derivados - queijos, requeijão, iogurtes, etc. Sal refinado Farinha refinada e todos os seus derivados - massas, bolos, biscoitos, etc. Produtos de padaria - a maioria contém gordura sagurada, margarina, sal, açúcar e conservantes Margarinas Refrigerantes Cafeína - café, chás pretos, chocolate Álcool Tabaco Remédios, antibióticos Qualquer alimento cozido - o cozimento elimina o oxigênio e o trasforma em ácido - inclusive as ver-duras cozidas. Tudo que contenha conservantes, corantes, aromatizantes, estabilizantes, etc. Enfim: todos os ali-mentos enlatados e industrializados. Constantemente o sangue se encontra autorregulando-se para não cair em acidez metabólica, desta forma garantindo o bom funcionamento celular, otimizando o metabolis-mo. O organismo DEVERIA obter dos alimentos, as bases (minerais) para neutralizar a acidez do sangue na metabolização, porém todos os alimentos já citados, contribuem muito pouco, e em contrapartida, des-mineralizam o organismo (sobretudo os refinados). Há que se levar em conta que no estilo de vida moder-no, estes alimentos são consumidos pelo menos 3 vezes por dia, os 365 dias do ano! Curiosamente, todos estes alimentos citados, são ANTIFISIOLÓGICOS! Nosso organismo não foi projetado para digerir toda essa porcaria! Alimentos Alcalinizantes: Todas as verduras cruas (algumas são ácidas ao paladar, porém dentro do organismo tem reação alcalinizante, outras são levemente acidificantes porém trazem consigo as bases necessárias para seu cor-reto equilíbrio); cruas produzem oxigênio,cozidas não. Frutas, igualmente as verduras. Por exemplo: o limão tem um PH aproximado de 2.2, porém dentro do organismo tem um efeito altamente alcalinizante (quem sabe o mais poderoso de todos). Não se deixe enganar pelo seu gosto ácido, ok? As frutas produzem quantidades saudáveis de oxigênio! Sementes: além de todos os seus benefícios, são altamente alcalinizantes, como por exemplo as amêndoas. Cereais integrais: O único cereal integral alcalinizante é o milho, todos os demais são ligeiramente acidificantes, porém muito saudáveis!.. Lembre-se que nossa alimentação ideal necessita de uma porcen-tagem de acidez (saudável). Todos os cereais devem ser consumidos cozidos. O mel é altamente alcalinizante. A clorofila das plantas (de qualquer planta)? ?é altamente alcalinizante(sobretudo a aloe vera, mais conhecida como babosa). Á água é importantíssima para a produção de oxigênio. “A desidratação crônica é o estressan-te principal do corpo e a raiz da maior parte de todas as enfermidades degenerativas”, afirma o Dr. Feydoon Batmanghelidj.#O exercício oxigena todo teu organismo, o sedentarismo o desgasta. Não é pre-ciso dizer mais nada, não é? O Doutor George w. Crile, de Cleverand, um dos cirurgiões mais importantes do mundo declara aber-tamente: Todas as mortes mal chamadas “naturais”, não são mais que o ponto terminal de uma satura-ção de ácidos no organismo.?

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Como dito anteriormente, é totalmente impos-sível que um câncer prolifere em uma pessoa que libera seu corpo da acidez, nutrindo-se com alimentos que produzam reações metabólicas alcalinas e aumentando o consumo de água pura; e que por sua vez, evita os alimentos que produzem acidez, e se abstém de elementos tó-xicos. Em geral o câncer não se contrai nem se her-da? O que se herda são os costumes alimentí-cios, ambientais e o estilo de vida. Isto sim é que produz o câncer. Mencken escreveu: A luta da vida é contra a retenção de ácido?. “O envelhecimento, a falta de energia, o stress, as dores de cabeça, enfermidades do coração, alergias, eczemas, urticária, asma, cálculos renais e arterioscleroses entre ou-

tros, não são nada mais que a acumulação de ácidos.” O Dr. Theodore A. Baroody disse em seu livro ?Alkalize or Die? (Alcalinizar ou Morrer): “Na realidade não importa o sem-número de nomes de enfermidades. O que importa sim é que todas elas provêm da mesma causa básica: muito lixo ácido no corpo!? O Dr. Robert O. Young disse: “O excesso de acidificação no organismo é a causa de todas as enfermidades degenerativas. Quando se rompe o equilíbrio e o organismo começa a produzir e armazenar mais acidez e lixo tóxi-co do que pode eliminar, então se manifestam diversas doenças.” E a quimioterapia? Não vou entrar em detalhes, somente me limito a enfatizar o óbvio: a quimioterapia acidifica o orga-nismo a tal extremo, que este recorre às reservas alcalinas do corpo de forma inmediata para neutralizar tanta acidez, sacrificando assim bases minerais (Cálcio, Magnésio, Potássio) depositadas nos ossos, den-tes, articulações, unhas e cabelos. É por esse motivo que se observa semelhante degradação nas pessoas que recebem este tratamen-to, e entre tantas outras coisas, se lhes cai a g rande velocidade o cabelo. Para o organismo não significa nada ficar sem cabelo, porém um PH ácido significaria a morte. Eis a resposta do começo do email: >>> É necessário dizer que isto não é divulgado porque a in-dústria do câncer (leia-se indústria alimentícia + indústria farma cêutica) e a quimioterapia são alguns dos negócios mais multimilionários que existem hoje em dia ?? É necessário dizer que a indústria farmacêutica e a indústria alimentícia são uma só entidade??nota: Você se dá conta do que significa isto? Quanto mais gente doente, mais a indústria farmacêutica no mundo vai lucrar! E pra fabricar tanta gente doente, é ncessário muito alimento lixo, como a indústria alimentícia tem produzido hoje no mundo, ou seja, um produz pra dar lucro ao outro e vice-versa, é uma corrente. Esta é uma equação bem fácil de entender, não é?) Quantos de nós temos escutado a notícia de alguém que tem câncer e sempre alguém diz: “É.... poderia acontecer com qualquer um...” Com qualquer um ??? Agora que você já sabe, o que você vai fazer a respeito? A ignorância justifica, o saber condena. “Que teu alimento seja teu remédio, que teu remédio seja teu alimento.” Hipócrates

Fontes - forum.antinovaordemmundial.com/Topico-causa-prim%C3%A1ria-e-preven%C3%A7%C3%A3o-do-c%C3%A2ncer-por-otto-h-warburg-ganhador-do-pr%C3%AAmio-nobelydecazio.blogspot.com/2011/11/causa-primaria-e-prevencao-do-cancer.htmlwww.bibliotecapleyades.net/salud/salud_defeatcancer67.ht

Fotodedivisãodeumacelulacancerigena

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MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS

INVOCAÇÃO AO MESTRE PESSOAL DO GRAUJosé Brito Irmão.

Preparativos Iniciais Ao iniciar o ciclo de invocações, - sete dias consecutivos - deve-se fazer uma purificação do Corpo.• Tomar um banho com sal grosso, na noite anterior;• Tomar um banho com pelo menos três ervas, antes da invocação – Sálvia ou Manjericão, Alecrim e Guiné;• Firmar o Anjo de Guarda.

Como firmar o Anjo de Guarda: De joelhos – Após acender a vela,(branca de 7 dias) elevá-la ao alto, com o braço direito esticado acima da cabeça, dizer: Eu consagro essa vela ao meu Amado Pai e meu Criador, o Senhor Deus, ao meu Sagrado Pai Oxalá e ao meu Anjo de Guardião, e peço-lhes que imantem a chama dessa vela com as Vossas

O MAGO E O GUERREIROJosé de Brito Irmão

Ativar Magia é uma coisa, ser Mago é outra coisa! Não é o saber como ativar um procedimento magístico que nos torna Magos na acepção da palavra. O Mago se forma com o esforço e a disciplina interior que desenvolve a partir da consciência do caminhar no solo sagrado dos Mistérios da Criação. A jornada do Mago é pelo interior e isso o torna semelhante a um Guerreiro. O Mago não teme a nada nem a ninguém a não ser a si próprio, quando desenvolve a consciência de que o seu grande inimigo são as suas fraquezas humanas. O Mago só tem um Senhor, o nosso Pai o Criador e o seu código de conduta são as regras da Lei Maior e da Justiça Divina. Lembro que quando li o Livro do Paulo Coelho sobre a sua caminhada a Santiago de Compostela, ele dizia que as sandálias que usava para caminhar, a cada passo se tornavam mais e mais pesadas. Tam-bém o Mago se torna consciente de que, para o seu caminhar, as coisas desnecessárias só atrapalham. Por isso o primeiro sintoma de quem está na jornada do Guerreiro, do Mago é o desprendimento das coisas inúteis à sua jornada. As sandálias necessárias aos pés do Mago são as coisas que infelizmente nos são ainda necessárias: bens materiais de suporte. O Mago Guerreiro não mais “perde” o seu precioso tempo, com futilidades que são o gozo da vida de muitos. Usa o tempo que dispõe, para reflexões sobre os Mistérios Divinos e para o seu aper-feiçoamento. O Mago Guerreiro é silencioso no seu caminhar, é discreto no se apresentar, é atento no ouvir, ob-servar e analisar. Não julga, compreende e aprende. O Guerreiro Mago trabalha constantemente para desenvolver em si a força interior que lhe dará sus-tentabilidade no caminhar. A confiança, a humildade, a simplicidade, a reverência, o amor à Vida, Toda Vida que emana do Pai. O Mago Guerreiro é um Servidor; e como Servidor sua vontade é a manifestação interna da Vontade de quem o sustenta pelo Alto. Disse-me uma vez um Senhor da Lei, um Senhor Ogum: “é preciso caminhar com os pés descalços e com a cabeça curvada”. Desapego, humilde e reverência. Você conhece alguém assim? Eu conheço, pois tive a ventura de ser conduzido pela Lei que rege os destinos, à um Mago Iniciador Humano, o Mestre Mago Iniciador, Rubens Saraceni. Que Deus o abençoe sempre, porque em mim está profunda gratidão, admiração e respeito.

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INVOCAÇÃO A UM GUIA ESPIRITUALJose Britto Irmão.

Quando pretendemos receber o auxílio dos nossos Guias Espirituais, devemos entender primei-ramente que estamos querendo estabelecer um contato mental com alguém que está em uma dimensão magnética diferente da nossa, e que de forma geral nos é invisível, como presença, mas que pode ser sen-tida através de nossos sentidos espirituais, porque também somos seres espirituais. Alguns cuidados devem ser tomados, para que possamos estabelecer esse contato de forma confi-ável e segura. Algumas dicas desejo passar para vocês, para que esse grau de confiança possa existir. Em primeiro lugar a necessidade de preparação mental e emocional para isso. Devemos no dia escolhido, fazer alguns preparativos recomendáveis como mínimos; ou seja: Banho de descarrego purificador e harmonizador, com o uso de ervas apropriadas; usar a roupa limpa, preferencialmente branca; Firmar o seu Anjo de Guarda ao iniciar e pode ser feito da seguinte forma, com vela branca: De joelhos – A Vela acesa e sendo segurada pela mão direita elevada no alto, com o braço esticado e posicionado na direção do Chacra Coronal, dizer: Eu consagro essa vela ao Senhor Deus, ao Sagrado Pai Oxalá e ao meu Anjo de Guarda e peço-lhes que imantem as chamas dessa vela com as vossas energias vivas e divinas e que a partir dela elas se projetem sobre o meu mental, sobre os meus corpos internos e sobre os meus campos vibratórios, me envolvendo com um escudo protetor, para que nenhuma vibração negativa me al-cance e me desarmonize. Peço-lhes que envolvam também todo esse ambiente no seu lado etéreo, isolando-o do seu exterior e que sejam removidas todas as energias negativas aqui existentes, e se houver espíritos desequilibrados, vibratoriamente em desarmonia com os nossos propósitos, que sejam recolhidos,

Energias Vivas e Divinas, e que a partir dela, elas se irradiem e me envolvam completamente, en-volvendo também o meu mental, meu eixo magnético, desde o polo positivo até o negativo, como um escudo protetor, de forma que as vibrações energéticas negativas não me alcancem.Peço-lhes ainda que assim seja enquanto essa Chama Sagrada permanecer acesa. Amém.Nota: colocar a vela em um local de forma que pelo menos ajoelhado, ela esteja acima da cabeça.Após a consagração da vela, proceder à invocação ao Senhor Deus.Postura:De joelhos, e com as palmas das mãos voltadas para o alto e na altura da cabeça. A cabeça deve ficar levemente inclinada. Pensamentos elevados ao alto, com o sentimento de respeito, humildade, reverência e amor, dizer:Amado Pai e Senhor Deus, meu Pai e meu Criador, de joelhos perante vós e reverente, respeitosa-mente vos saúdo e humildemente vos clamo que me envolva com o Vosso Portal de Luz, me am-parando e protegendo.Peço-vos também Pai Amado, que me conceda a permissão para invocar o meu Mestre Pessoal do meu Grau, para que de forma ordenada e equilibrada, dentro do meu Grau e do meu merecimento, Ele me instrua e me ensine, me conduzindo também à abertura dos meus Dons Espirituais, para que melhor eu possa servi-lo, ajudando aos meus semelhantes e também protegendo e guardando a vida que procede de Vós. Peço a Vossa Proteção Divina.Amém!

INVOCAçÃO AO MESTRE PESSOAL DO GRAUDe joelhos e reverente:Meu Amado Mestre Pessoal do meu Grau, respeitosamente vos peço em nome do Senhor Deus, que se posicione ao meu lado, e que a partir dele, de forma ordenada e equilibrada, dentro do meu Grau e do meu Merecimento, o Senhor me instrua e me ensine, conduzindo também a abertura dos meus Dons Espirituais, para que melhor eu possa servir a Deus, ajudando aos meus semelhantes e amparando e guardando a vida que de Deus emana.

E-mail:[email protected]

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positivados, purificados, reordenados, reequilibrados, harmonizados, reprogramados e redirecio-nados para os seus lugares de merecimento e que se forem sofredores que tenham os seus corpos espirituais, restaurados, curados, harmonizados e encaminhados para sua destinação espiritual.Peço a Vossa proteção Divina e a Vossa benção. Amém. Posicionar a vela sobre o Chacra Coronal e aguardar uns instantes, respirando pausadamente.Invocação a Deus: - de joelhos Amado Pai Senhor Deus, de joelhos perante vós e reverente, respeitosamente vos saúdo e humildemente vos peço a permissão para invocar os meus Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó e também o meu Guia Espiritual, o Senhor (a) ............... , para que Ele (a) possa me instruir e me ensi-nar, de forma ordenada e equilibrada, dentro do meu Grau e do meu Merecimento, para que melhor eu possa servi-lo, ajudando os meus irmãos e amparando e protegendo a Vida que de Vós emana.Peço a Vossa cobertura e sustentação Divina e peço-lhes a Vossa benção. Amém.

Invocação aos Sagrados Pais, Orixás – de joelhos. Amados Pais e Mães Divinos, meus Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó; de joelhos perante vós e reverente, respeitosamente vos saúdo e humildemente vos peço em nome do Senhor Deus e em meu nome Sagrado, que me amparem, me sustentem e me guiem, e permitam que eu possa invocar o meu Guia Espiritual, o Senhor (a) ............, para que Ele (a), possa me instruir e me ensinar, de forma ordenada e equilibrada, dentro do meu Grau e do meu Merecimento, para que eu possa me-lhor servir a Deus, ajudando aos meus irmãos e amparando e protegendo a Vida que Dele provém.Peço a Vossa cobertura e sustentação Divina e peço-lhes a Vossa benção. Amém.

Invocação ao Guia Espiritual – de joelhos Meu Amado Pai, (ou minha amada Mãe) (nome do Guia), meu Guia Espiritual, de joelhos pe-rante vós e reverente, respeitosamente vos saúdo e humildemente vos peço em nome do Senhor Deus, em nome dos meus Sagrados Pais Orixás Ancestrais, de Frente e Juntó, que se posicione ao meu lado e a partir dele, me instrua e me ensine de forma ordenada e equilibrada, dentro do meu Grau e do meu Merecimento, trabalhando também no desenvolvimento dos meus dons espirituais, de forma a me capacitar como um bom servidor de Deus, dos Sagrados Pais e Mães Orixás, ajudan-do os meus irmãos, amparando e protegendo a Vida e dando cumprimento integral à minha missão espiritual nessa encarnação.Peço a Vossa cobertura e sustentação Divina e peço-lhes a Vossa benção. Amém.

A seguir sentar-se e colocar-se mentalmente em sintonia, de forma a receber as instruções do Guia invocado, anotando tudo. É recomendável que essas anotações sejam feitas em um caderno de espiral com 200 páginas, aon-de se anotam: o local (cidade), o dia do mês e a hora. Se a comunicação tiver um título, anote isso também.Registre tudo o que for intuído no seu mental, não importa se de forma discursiva, através de imagens (sím-bolos), ou cantos. Guarde tudo com respeito e carinho, e consulte sempre porque muita coisa es-tará dita nas entrelinhas. É recomendável numerar as páginas à medida em que forem sendo preenchidas, isso lhe dará a garantia de que não foram removidas páginas. Quando o caderno tiver sido todo preenchido, numere-o como 1º e adquira outro para dar sequência. Que o Sagrado Pai Oxalá vos ampare e tenham bons contatos.

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ÚLTIMA PAGINAA TEOLOGIA DE UMBANDA.

Por Rubens Saraceni

Escrever sobre Teologia de Umbanda não é tarefa fácil porque antes precisamos definir o que é Te-ologia e o que é Doutrina de Umbanda. • Teologia: tratado de Deus; doutrina que trata das coisas divinas; ciência que tem por objeto o dog-ma e a moral. • Doutrina: conjunto de princípios básicos em que se fundamenta um sistema religioso, filosófico e político; opinião, em assuntos científicos; norma (do latim doctrina). Pelas definições acima, teologia e doutrina acabam se entrecruzando e se misturando, tornando difícil separar os aspectos doutrinários dos teológicos, principalmente em uma religião nova como é a Um-banda que, para dificultar ainda mais esses campos distintos, está comparti¬mentada em várias correntes doutrinárias. Panteões formados pelas mesmas divindades, mas com nomes diferentes confundem quem deseja aprofundar-se no seu estudo. Autores umbandistas, temos muitos! Mas as linhas doutrinárias os separam e em um século de Um-banda ainda não foi pos¬sível uma uniformização teogônica ou dou¬trinária. Então, imaginem a dificuldade em tentar algo no campo teológico. Quando iniciei um curso nomeado por mim “Curso de Teologia de Umbanda”, isto no ano de 1996, foram tantas as reações contrárias que esse meu pioneirismo gerou em mim até um certo auto isolamento, que me impus para preservar-me e ao meu trabalho no campo da mediunidade, da psicografia e do ensino doutrinário. Ser pioneiro e iniciar algo até então não pensado por nenhum outro umban¬dis¬ta gerou para mim uma certeza inaba¬lável: • Na Umbanda, tirando a parte prática ou os trabalhos espirituais, tudo mais ainda está para ser uniformizado e normatizado. • Batizados, casamentos, funerais, iniciações, etc., cada corrente doutrinária tem seus ritos e nin-guém abdica do seu modo e prática particular em benefício do geral ou coletivo. Eu mesmo, orientado pelos mentores espirituais, desenvolvi ritos de batismo, de casamento, de fu-neral e de iniciação funda¬mentais e possíveis de serem ensinados em aulas coletivas e de serem realiza-dos com grande aceitação por quem a eles se sub¬me¬tesse, já que são muito bem fun¬damentados. Mas, não para surpresa minha, já que não esperava que fossem aceitos, foram recusados por muitos e admitidos só por uma minoria. E mais uma vez os umbandistas desdenharam ritos fundamentais em pé de igualdade com os das outras religiões e continuaram casando-se em outras religiões e batizando seus filhos fora da Umbanda. Só uma minoria é fiel aos seus ritos! Com isso, perde a religião e perdem os umbandistas. Lembro-me que, quando comecei o meu curso de Teologia, um grupo que pratica uma Umbanda diferenciada (segundo eles) criticou-me violentamente e tudo fez para desacreditar-me e aos meus livros, mostrando-me como um ignorante e a eles como doutores nisto, naquilo e naquilo outro. Os leitores, que não desinformados, ainda que a maioria não seja doutores, não deixariam de notar a falta de fundamentos ou de fundamentação em tais críticas. Pressa e oportunismo não são bons companheiros de quem deseja semear algo duradouro no tem-po e na mente das pessoas, principalmente entre os umbandistas, tão refratários a mudanças. Eu, com muitos livros teológicos e doutrinários já escritos há muito tempo, não me animei em publicá-los antes de ter iniciado o meu curso em 1996, e só anos após ministrá-lo a centenas de pessoas e ser aprovado por elas ousei colocar ao público livros de Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada. Mas antes, tomei a precaução de testar minha teoria de que havia criado um novo campo de estudo para os umbandistas já que, sem a aprovação deles, de nada adiantaria lançá-lo pois cairia no vazio e no esquecimento, tal como já está acontecendo com os livros dos meus mais afoitos críticos, detratores e vili-pendiadores.

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Quem tenta se apropriar das ideias e das criações alheias e das criações alheias corre o risco de ser tachado com a pecha de oportunista e deve tentar destruir a todo custo quem teve a ideia primeiro e criou algo de bom. Caso contrário, este alguém sempre os acusará e mostrará a todos que oportunismo e esper-teza em religião têm vida curta porque não prosperam no tempo, além de não contarem com a aprovação da espiritualidade e dos sagrados orixás, que não delegaram a ninguém o grau de reformador da Umbanda, pois ela ainda não ultrapassou a sua fase de implantação no plano material. Os meus livros também se inserem nessa fase e espero que este meu comentário sirva de estímulo a outros umbandistas (não apressados e não oportunistas) e que venham a contribuir para que seja criada uma verdadeira “literatura teológica umbandista”, tão fundamental quanto indispensável à doutrina de Um-banda. Eu sei que isso demorará muito tempo para acontecer, mas sou obstinado e continuarei a contribuir com o calçamento do caminho que conduzirá as gerações futuras à concentração dessa nossa necessida-de. Também sei que os atuais adversários de uma normatização são muitos e não deixarão que tal acon-teça, pois contrariará seus interesses pessoais e seus desejos de dominarem a Umbanda. Entretanto, nós somos pacientes e perseverantes, certo?

Texto de Rubens Saraceni extraído do livro “Tratado Geral de Umbanda” - As chaves interpretativas teológicas” – Editora Madras.

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