jornal nacional da umbanda ed. 34

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J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 15 de Abril de 2012. Edição: 34 Ano: 02 [email protected] Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur Jornal Nacional da Umbanda página 01 EM ABRIL TEM FESTA DE OGUM JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 34 INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL O médium de Umbanda e a Caridade (Rubens Saraceni) pág. 02 CADERNO DO LEITOR Damos o que temos de melhor (Valdeti Cavalcanti da Silva) pág. 03 Alcançando a Maturidade (Junior Pereira) pág. 03 Ferramenta cega não serve para trabalhar (Junior Pereira) pág. 05 Você não esta só (Valdir Persona) pág. 05 Pai Ogm (Alan Levasseur) pág. 06 Os Enviados (Zeca de Oxossi) pág. 08 Um lider sonha (Graciela Oliveira) pág. 09 Templo de Umbanda Espada Dourada (José Usher) pág. 09 Um homem estava muito mal, agonizando (Magali Donná) pág. 11 DOUTRINA Restrições de Vestimentas na Umbanda (Newton Marcelino) pág. 12 Pascoa (Dinalva Faria) pág. 13 Ensinamento de Ere sobre Exu (Simone Machado) pág. 14 Teimosia ou persistencia (André Cozta) pág. 15 A natureza da compaixção (Fabio Di Napoli) pág. 15 Umbanda e o Umbandista (Etiene Sales) pág. 16 A culpa foi do obsessor (Gllauco Mariani) pág. 17 As montanhas e as Pedreiras (Mãe Lurdes de C. Vieira) pág. 18 Falcão e o Morcego(Magali de Donná) pág. 18 VA China só faz produto barato (Internet-JNU) pág. 18 ESPAÇO DO LEITOR emails de leitores (JNU) pág. 19 Você não esta só (Valdir Persona) pág. 20 PSICOGRAFIA Saudação ao Mistério Exu e Pombogira (Valdeli da Silva) pág. 21 CURSOS E EVENTOS Cursos de Magia, Sacerdocio e Outros. pág. 22 BENEFICIOS PARA A SAUDE Como eliminar pernilongos em casa (Cristina Ferreira). pág. 24 ÚLTIMA PÁGINA Opniões particulares (Mauro cavichiollo). pág. 25 Falar de Ogum para o Umbandista é fácil. Não que os outros Orixás sejam difí- ceis de se comentar, mas quando o “assunto” é Ogum, torna-se mais fácil explicar e compreender, ainda que não saibamos e compreendamos quase nada sobre Orixás. Isso se dá porque Ogum geralmente é o primeiro a quem o fiel recorre em seus problemas, suas aflições, suas necessidades. pág.06

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Page 1: Jornal Nacional da Umbanda Ed. 34

J o r n a lQ u i n z e n a l

Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 15 de Abril de 2012. Edição: 34 Ano: 02 [email protected]

Expediente:Pai Rubens SaraceniPai Alan Levasseur

Jornal Nacional da Umbanda ● página 01

EM ABRIL TEM FESTA DE oGUM

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 34INDICE DE MATÉRIAS

EDITORIALO médium de Umbanda e a Caridade (Rubens Saraceni) pág. 02

CADERNO DO LEITORDamos o que temos de melhor (Valdeti Cavalcanti da Silva) pág. 03

Alcançando a Maturidade (Junior Pereira) pág. 03Ferramenta cega não serve para trabalhar (Junior Pereira) pág. 05

Você não esta só (Valdir Persona) pág. 05Pai Ogm (Alan Levasseur) pág. 06

Os Enviados (Zeca de Oxossi) pág. 08Um lider sonha (Graciela Oliveira) pág. 09

Templo de Umbanda Espada Dourada (José Usher) pág. 09Um homem estava muito mal, agonizando (Magali Donná) pág. 11

DOUTRINARestrições de Vestimentas na Umbanda (Newton Marcelino) pág. 12

Pascoa (Dinalva Faria) pág. 13Ensinamento de Ere sobre Exu (Simone Machado) pág. 14

Teimosia ou persistencia (André Cozta) pág. 15A natureza da compaixção (Fabio Di Napoli) pág. 15

Umbanda e o Umbandista (Etiene Sales) pág. 16A culpa foi do obsessor (Gllauco Mariani) pág. 17

As montanhas e as Pedreiras (Mãe Lurdes de C. Vieira) pág. 18Falcão e o Morcego(Magali de Donná) pág. 18

VA China só faz produto barato (Internet-JNU) pág. 18ESPAÇO DO LEITOR

emails de leitores (JNU) pág. 19Você não esta só (Valdir Persona) pág. 20

PSICOGRAFIA Saudação ao Mistério Exu e Pombogira (Valdeli da Silva) pág. 21

CURSOS E EVENTOSCursos de Magia, Sacerdocio e Outros. pág. 22

BENEFICIOS PARA A SAUDEComo eliminar pernilongos em casa (Cristina Ferreira). pág. 24

ÚLTIMA PÁGINAOpniões particulares (Mauro cavichiollo). pág. 25

Falar de Ogum para o Umbandista é fácil. Não que os outros Orixás sejam difí-ceis de se comentar, mas quando o “assunto” é Ogum, torna-se mais fácil explicar e compreender, ainda que não saibamos e compreendamos quase nada sobre Orixás. IssosedáporqueOgumgeralmenteéoprimeiroaquemofielrecorreemseusproblemas,suasaflições,suasnecessidades.pág.06

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EDIToRIALwww.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 15 de Abril de 2012. Edição: 34 [email protected]

O MÉDIUM DE UMBANDA E A CARIDADE. A Umbanda tem uma forma de ser, forma esta estabelecida no seu inicio pelo Senhor Caboclo das Sete encruzilhadas e que consiste na manifestação dos espíritos para a pratica da caridade. Desde o seu inicio em 1908 até o dia em que Pai Zélio Fernandino de Morais desencarnou, jamais ele exigiu qualquer remuneração pelos trabalhos realizados aos seus semelhantes, fato este confirmado por incontáveis testemunhas do seu imenso trabalho no campo da mediunidade. Junto com Pai Zélio, muitos outros médiuns deram inicio ao desenvolvimento de suas mediunidades e também viveram a vida toda praticando a caridade espiritual sem nunca exigirem qualquer tipo de remu-neração pelo trabalho que realizavam, nos deixando o exemplo a ser seguido por todos os que se conver-tessem à Umbanda ou a ela aderissem posteriormente. E assim tem sido com a maior parte dos médiuns umbandista desde então, pois a mensagem do Caboclo foi clara e cristalina: Umbanda é a manifestação dos Espíritos para a Caridade! Os médiuns formados por Pai Zélio e pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas seguiram uma formação mediúnica nova na época, diferente das duas mais conhecidas então, e que eram a realizada pelo espiritis-mo Kardecista e a realizada pelos cultos afros de então, ainda que guardasse algumas similaridades com ambas, mas realizadas de uma nova forma estabelecidas pelos guias que se manifestavam através dele. Isto é público e notório e dispensa maiores comentários porque já foi bem descrito por pessoas que viveram no tempo de pai Zélio e até conversaram com seus guias espirituais. Mas, ainda que muita coisa tenha mudado desde então dentro da Umbanda devido à abertura dos seus fundamentos divinos, espirituais e naturais por muitos dos seus praticantes, o seu fundamento maior não mudou e continua valido até hoje e o será por toda a eternidade. Este fundamento maior da Umbanda nos ensina que ela é a manifestação dos espíritos para a pra-tica da caridade, e ponto final! Isto é indiscutível e deve ser “Dogma” dentro da Umbanda, ainda que ela seja avessa a dogmatis-mos, porque esta em continua renovação e aperfeiçoamento doutrinário e teológico. Porque digo que a pratica da caridade deve ser um dogma para os umbandistas? Acredito que assim deva ser porque a pratica da caridade espiritual através dos dons do espirito hu-mano tem um propósito muito claro, que é o de o médium ser um servo de Deus aqui na Terra, servindo-O através do auxilio prestado aos seus semelhantes com os dons que recebeu Dele, o nosso Divino Criador. Se nem todos são médiuns de incorporação e nem todos podem incorporar Guias Espirituais, os que são e os incorporam devem refletir sore o que Deus espera de cada um aqui na Terra. Acredito que o que Ele espera é que nos desenvolvamos, aperfeiçoemos nossas faculdades mediú-nicas e as coloquemos a serviço e no beneficio dos nossos semelhantes necessitados de auxilio dos planos Espiritual e Divino. Acredito que é para isto que Ele nos dotou de determinadas faculdades mediúnicas e reservou para cada um de nós médiuns uma legião de espíritos evoluídos e capazes de realizar ações em beneficio dos necessitados. A pratica da caridade espiritual feita por um médium deve ser um ato de amor e de fraternidade in-condicional e quem assim procede não espera por nenhum tipo de recompensa material, porque o próprio ato já traz que não tem preço, e que é poder servir Deus com os dons que recebeu Dele.

Pai Rubens Saraceni

HOMENAGEM A SR. OGUM NA TENDAdia 21/04/012

inicio : as 16:00 hsContamoscomapresençadetodososimãos.

TENDA DE UMBANDA HIRMÃ ELIANA

23 DE ABRIL 59 ANOS DE FUNDAÇÃO

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CADERNo Do LEIToRDAMOS O QUE TEMOS DE MELHOR

Um rico resolve presentear um pobre por seu aniversário e ironicamente manda preparar uma ban-deja cheia de lixo e sujeiras. Na presença de todos, manda entregar o presente, que é recebido com alegria pelo aniversariante, que gentilmente agradece e pede que lhe aguarde um instante, pois gostaria de poder retribuir a gentileza. Joga fora o lixo, lava e desinfeta uma bandeja, enche-a de flores, e devolve-a com um cartão, onde está a frase: “A gente dá o que tem de melhor”. Reflexão: Não perca sua serenidade. A raiva faz mal à saúde, o rancor estraga o fígado, a mágoa envenena o coração. Domine suas rea-ções emotivas. Seja dono de si mesmo. Não jogue lenha no fogo de seu Aborrecimento. Esqueça e passe adiante, para não perder sua se-renidade. Não perca sua calma. Pense, antes de falar, e não ceda à sua impulsividade. Guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra. Obs: Meus irmãos de grande jornada que possamos aprender muito com essa lição e oferecer a todos os nossos irmãos apenas flores perfumadas com muito amor e carinho, vamos aprender também a oferecer não só estendendo as mãos em favor do próximo, mas sim de coração aberto mente pura e tran-quila, pois aí sim estaremos oferecendo o verdadeiro amor! Deus os abençoem. Axé a todos!

E-mail: [email protected]

ALCANÇANDO A MATURIDADEJunior Pereira

Olá irmãos (as), amigos(as) e leitores... Há tempos venho refletindo sobre o tema “maturidade” e tenho percebido certa resistência das pes-soas quando falamos sobre isso. Ouço diversas opiniões e acho interessante, pois percebo o quanto somos diferentes uns do outros e o quanto isso é importante para nossas vidas. Podemos a todos os momentos aprender com isso, com pontos de vista diferentes e maneiras diver-sas de enxergar a vida. Percebei que maturidade é algo ainda muito questionado entre nós, pois para termos isso em nossas vidas, não basta apenas “anos de vida”, mas sim como vivemos esses “anos em nossas vidas”. Até mesmo depois de tempos de existência, ainda temos muito a aprender, principalmente quando vivemos em épocas de inovação, época de outra realidade onde aquilo que tínhamos como certo e verdadeiro em nossas vidas, poderá dar espaço a outro aprendizado, sendo necessário “ esvaziar “ o velho para que o novo comece a fazer parte de nós. Para isso é necessário mudar, e quando falamos em mudança temos medo do que possa vir acon-tecer. Mas mudar significa muitas vezes sair de nossa condição (muitas vezes cômoda) para fazer e agir diferente, sendo necessário em alguns momentos abrir mão de algo para conquistarmos coisas novas em nossas vidas. Mudar é amadurecer, é em um determinado momento de nossas vidas, traçar um novo caminho onde a única certeza que temos naquele momento, é a vontade de querer acertar novamente. Amadurecer, é muitas vezes sofrer uma transformação e viver outra realidade, outro momento. E alcançar a maturidade é difícil, pois amadurecer é perceber a hora certa de aproveitar um momen-to, uma oportunidade, tomando o cuidado de não deixar “apodrecer” o fruto de nossas vidas, aquele nosso sonho ou desejo simplesmente pela nossa falta de atenção de enxergar a hora certa de colher... Alcançamos a maturidade, quando deixamos nossa vaidade de lado para fazermos o que tem q ser

Valdete Cavalcanti da Silva

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feito, não importante com o que os outros dirão a respeito, pois as críticas sempre farão parte de nossas vidas. Caberá a nós saber lidar com elas... Alcançamos a maturidade, quando aprendemos que caridade não significa dar o que sobra, mas muitas vezes dividir o pouco que temos. Ser caridoso não significa ser tolo, mas sim ter em seu coração o desejo de ajudar. Nem sempre a ajuda que a vida pede é financeira, muitas vezes alguém precisa simplesmente ser ouvido, de um simples abraço... E você, já abraçou alguém hoje? Alcançamos a maturidade, quando percebemos que para ser feliz, basta querer ser. Felicidade é algo que não está nas mãos dos outros, mas sim nas nossas. Compartilhar nossa felicidade é possível, esperar que alguém nos faça feliz não, pois depende de nós para que isso aconteça. Alcançamos a maturidade quando aprendemos que, “dar a outra face” não significa “apanhar de novo”, mas sim dar uma nova chance a quem errou... Lembrando que se hoje houve erros, devemos refletir, pois amanhã nós poderemos ser os autores desse erro... Daí, com o mesmo “peso” que julgarmos, seremos julgados. Alcançamos a maturidade, quando percebemos que “perdoar” não significa apenas pronunciar: Eu te perdoo! Perdoar é sentir nosso coração em paz quando nos deparamos com aquela pessoa que, suposta-mente errou contra nós... Com o tempo, perceberemos que somos mais perdoados do que perdoamos. E porque então, quan-do temos a oportunidade de perdoar alguém, não assim fazemos? Puramente por orgulho nosso...? Alcançamos a maturidade, quando deixamos de lado todo o orgulho que temos dentro de nós e vi-vemos a vida em sua totalidade. Perceba algo agora: Retire 03 situações de sua vida nesse momento: Sua classe social, sua raça e suas roupas. O que sobra...? Mas o que diferenciará uma pessoa da outra nessa situação? Agora, retire também o dom de falar e nossa inteligência, algo que Deus nos proporcionou... O que resta...? Até quando iremos fazer diferença uns dos outros, simplesmente por nossa condição de vida ou maneira de se vestir? Ser ignorante não significa ser menos favorecido culturalmente, mas sim não ter olhos para enxergar a vida e perceber que se existem diferenças, são elas apenas momentâneas... Alcançamos a maturidade, quando aprendemos que amar não significa dizer apenas “eu te amo”, mas sim aceitar as pessoas como elas são,mesmo sabendo que elas poderão nos decepcionar lá na frente... E decepção não significa somente que alguém “pecou” contra nós, mas que muitas vezes criamos “pessoas e situações” da qual queríamos que fosse da nossa maneira, quando na verdade as coisas são como são e não devemos culpar os outros pelas nossas falhas... Amar é bem diferente do que ser possessivo... É muitas vezes abrir mão daquilo que acreditamos ser nosso, para seguir seu rumo, mesmo sendo ele diferente do nosso. Alcançamos a maturidade quando pedimos a Deus algo e deixamos ele agir. Alcançamos a maturidade, quando aprendemos que, aquilo que sabemos ou temos como verdade em nossas vidas, pode ser pouco diante de tudo do que Deus criou, e ainda cria.... A vida muitas vezes nos coloca diante da seguinte escolha: Você quer ser feliz, ou somente ter razão? Alcançamos a maturidade, quando percebemos que ainda temos muito que amadurecer.... Um forte abraço a todos!

E-mail: [email protected]

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FERRAMENTA CEgA NãO SERvE pARA TRABALHAR...Junior Pereira

Ferramenta boa é a que está bem afiada e pronta para o trabalho...Quando você está pronto, o trabalho aparece!

O que nós queremos para a Umbanda? Que ela cresça e seja respeitada como uma instituição religiosa ou nós queremos ainda infelizmente ficar

com a cultura do fundo de quintal...?- Lá dentro funciona um terreiro, mas eu não sei o que é...

- Vamos lá ver como funciona...- Ah, isso aí como é que chama mesmo, é Umbanda né...?

Devemos aplicar o bom senso dentro da nossa religião para que nossa religião, tendo práticas sadias, alcance o respeito e envolva um número maior de pessoas, auxiliando assim na transformação do ser...

É simples, é do bem... É Umbanda!Um forte abraço

E-mail: [email protected]

vOCÊ NãO ESTÁ SÓ!Pai Valdir Persona

A vida tem sido dura para você, mas não se desespere! Você não percebeu que não está só. Você está apenas desorientado. Olhe ao seu redor, olhe para dentro de si, olhe para aquilo que já foi feito para você. Quer ver como você tem amigos e não está só? Vamos começar com Exu. Ele não é aquele bicho-papão que as pessoas falam, não. Ele é o Orixá mais próximo do ser humano; na verdade, ele é aquele que faz sua meta se tornar realidade. Exu está pron-to para abrir seus caminhos, basta saber pedir, que Exu vai te atender. Agora você não está mais só, já tem um amigo! Você está desempregado? Não tem ânimo? Você tem outro amigo, Ogum! Ele mesmo! No momento difícil da sua vida, nada como um guerreiro, nada como Ogum para resolver. Está vendo? Agora já são dois amigos com quem você pode contar. Não é maravilhoso? Você acha que sua vida é só tristezas? Ah, meu amigo, é porque você deixou de lado, talvez pelas dificuldades da vida, a alegria dos Erês, dos cosminhos, das nossas encantadas crianças! Elas vão te dei-xar feliz, é só se lembrar delas. Mesmo assim, você se acha perdido? Nossa turma está só crescendo. Adivinhe quem está esperan-do para ajudá-lo? Oxóssi, ele mesmo! Nosso eterno caçador de uma flecha só com certeza vai te ajudar a encontrar o caminho no meio da mata. Basta pedir! Tá vendo? Mais um no nosso time! Mas, você anda doente, e a vida está difícil. Maravilha das maravilhas, temos dois Orixás a quem recorrer. Isso mesmo, dois! Ossaim, com seu conhecimento de ervas curativas, e nosso grande mestre, Obaluayê, que não tem pra ninguém com seu poder curativo. Notou que estamos cada vez mais protegidos? E ainda tem mais! O mundo está cada vez mais injusto, não? Temos um especialista nisso, o poderoso Orixá da justiça, Xangô! Hm, às vezes te fal-ta coragem para tomar uma decisão, né? Já pensou em pedir ajuda a Iansã? Eta Orixá arretada, é tiro e queda, ela vale mais que um milhão de doses de coragem! Ela é a própria coragem! Mesmo assim, seu coração ainda não está aberto à humanidade? Não se preocupe! Temos a doce e meiga Oxum, que com seu poder de amizade, amor e compreensão vai dar aquilo que você precisa. Mas, ninguém te entende? Como assim? Lógico que tem alguém que te entende, ou você acha que uma mãe não vai te entender? É só se abrir com ela! E quem é essa mãe? Iemanjá é claro! E o desabafo? Nada como o mais velho com sua sabedoria para

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pAI OgUM Alan Levasseur

Falar de Ogum para o Umbandista é fácil. Não que os outros Ori-xás sejam difíceis de se comentar, mas quando o “assunto” é Ogum, torna-se mais fácil explicar e compreender, ainda que não saibamos e compreendamos quase nada sobre Orixás. Isso se dá porque Ogum geralmente é o primeiro a quem o fiel recorre em seus problemas, suas aflições, suas necessidades. Geralmente é em Pai Ogum que o umbandista em geral, tanto o que atua como médium em uma Casa como aquele que busca a sua força em um Terreiro de Umbanda deposita às vezes suas últimas esperanças em torno dos assuntos profissionais, embates, emprei-tadas difíceis e consideradas quase inalcançáveis, inatingíveis. Não que Ogum seja superior à força do nosso Pai Maior, Oxalá, representado em nossa Umbanda por Nosso Senhor Jesus Cristo, mas, assim como Oxalá, Ogum também é força, é misericórdia, é socorro. Ao nosso glorioso “General de Umbanda”, como carinhosamente nos dirigimos a este Orixá, reverenciamos com todo o respeito, de-

voção e carinho àquele que vem a ser a nossa força protetora de todos os dias. Aquele que com sua espada e lança nas mãos nos ajuda e nos empresta a sua força e determina-ção. Aquele que não nos deixa nos momentos de perigo, aquele que nos envolve em sua capa protetora, cercada de vigor e pujança. Caso necessite e queira atrair de forma simples esta vibração, em cima de um pano de cor vermelha, acenda uma vela oleada com essência de violeta, com um copo de água com uma pedra de hematita ou granada dentro, ao lado direito da vela. Pode-se também, junto a esta toalha, colocar uma espada-de-são-jorge. A nosso Pai Ogum louvamos e pedimos sua bênção. Especialmente no mês de abril, quando para nós a força é mais intensa e presente nos terreiros, nos lares, na vida. Salve terça-feira, dia de Pai Ogum! Salve dia 23 de abril ! Saravá Cavaleiro de Umbanda, Seu Ogum vence demanda.

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www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 15 de Abril de 2012. Edição: 34 [email protected] o que vai na sua alma e para mostrar as coisas da vida como elas são. Adivinha quem pode te aju-dar? Se você pensou em Nanã, acertou em cheio! Nossa, que time! Com quantos mais você pode contar? Mais, muito mais! Coroando todos ainda temos aquele que, na sua infinita sabedoria, traz o conforto do perdão, nosso pai Oxalá. Viu meu amigo, quantos podem te ajudar nas horas de aperto? Basta você não se esquecer de quem você é, e se lembrar dos Orixás no momento difícil e no momento fácil também. Tenha fé em seus Orixás, que sua vida se transforma num mar de amor, amizade, prosperidade e paz. Sabe por quê? Você nunca está só!

E-mail: [email protected]

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É o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Trono Regen-te das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos. Ogum é sinônimo de lei e or-dem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos pro-cedimentos. O Trono da Lei, nos ele-mentos, é eólico e ao projetar-se cria a linha pura do ar elemental, já com dois polos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os as-pectos. O polo magnético positivo é ocupado por Ogum e o polo negativo é ocupado por Iansã. Esta linha eóli-ca pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles

estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc. Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes. Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei. Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá. Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e polos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores! Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou sequenciais, sem quebra de “estilo”, pois todos os Oguns, sejam os regentes dos polos positivos, dos neutros, dos negativos ou tripolares, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: --Aplicadores da Lei! Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois não se permitem uma conduta alternativa. Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos frequentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorpo-radores. Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado. Oferenda: Velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc.História Conta uma lenda que ao chegar a uma aldeia Ogum ficou furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da al-deia só tinha silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem o humilhando. Um dia ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este lhe disse que na aldeia

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OS ENvIADOSZeca d’Oxóssi da Aldeia Tupinambá

Numa época distante, perdida no tempo em que os homens defendiam sua honra e suas vidas com a espada, vivia um povo simples, pessoas de bem que não conhecia a guerra, até aquele momento, pois este povo corria o peri-go iminente de ser eliminado por uma violenta tribo invasora que destruía a tudo e a todos em seu caminho. Este povo simples não possuía armas, mas tinha fé, e assim orava aos céus para que fosse enviado um livra-mento. Às vésperas da invasão, um valente cavaleiro das terras do norte vinha montado num cavalo branco; trazia em seu corpo uma lustrosa armadura, um escudo em sua mão esquerda, uma espada em sua cintura e nas costas uma longa capa vermelha. Do outro lado vinha um grande e valente guerreiro negro a pé, também de armadura, escudo em punho, uma espada na mão. Próximo do povoado os dois se encontraram. O guerreiro a pé gritou logo. -Auto lá, estranho! Se for de bem, se apresente se não for que se curve. -Só me curvo ou ao meu Mestre e Senhor! Mas se quer saber eu sou Jorge, nascido da Capadócia, da ordem de São Miguel, enviado de Jesus Cristo para lutar por este povo. E vós, quem sois? -Eu sou Ogum, vindo das terras de Ifé, rei de Irê, das tribos yorubás, da ordem dos Orixás e enviado de Oxalá para lutar por este povo que não conhece a guerra. -Então baixemos nossas espadas, amigo, temos o mesmo objetivo e o mesmo inimigo em comum, e como eles são numerosos, podemos lutar juntos. Aquela noite os dois guerreiros aproveitaram que a tribo inimiga não esperava um ataque - pois sabia que o povoado a sua frente era de paz - e fizeram um ataque de frente. Ogum, o guerreiro do Oxalá, empregava todas as suas forças no combate e sua espada não descansava um momento sequer. Jorge, o cavaleiro do norte, montado em seu cavalo distribuía golpes à esquerda e à direita, seu escudo não teve serventia nesse confronto, pois seu espírito guerreiro combatia abertamente por uma causa justa e um povo de paz. Na manhã seguinte, após a vitória, os dois guerreiros conversaram. -Cavaleiro, lutaste com um verdadeiro e digno guerreiro, sempre que precisar, pode me chamar, terei a imensa honra de combater qualquer batalha ao seu lado. -Eu digo o mesmo, guerreiro negro, e aqui firmo nosso acordo selado pelo sangue da batalha, onde um estiver lutando o outro lá estará, a partir de agora somos irmãos. Como após a guerra, os dois guerreiros não adentraram o povoado, os pacifistas ficaram sem saber o que real-mente aconteceu, apenas contaram e enterraram os corpos no acampamento inimigo e agradeceram aos céus pelo li-

por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano, faziam um voto de silêncio por alguns dias. Ao saber disso ele ficou enfurecido consigo e envergonhado, jurou proteger os mais fracos e todos aqueles que estivessem sofrendo injustiças, discriminações e qualquer tipo de perseguição injusta. As pessoas de ogum São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e ideias. Arrependem-se quando veem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas ideias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas. As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos. Principais desdobramentos de Ogum:Ogum Megê – vermelho, branco e preto (trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga peque-na - cemitério).Ogum Rompe Mato – Vermelho e verde (trabalha em harmonia completa com Oxossi, na entrada da Mata. Podando ser culturado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxossi)Ogum Beira-mar – Coral (trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá)Ogum Iara – azul claro e vermelho (trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum)Ogum de Lei – côr de vinho e branco (trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulu, Oxum e Ogum Iara) OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos terreiros de Umbanda, são desdo-bramentos destes principais Chefes de Linha, exemplo: Ogum 7 Ondas (desdobramento de Ogum Beira-Mar). (Livro Doutrina de Umbanda, Rubens Saraceni, ed. Madras e internet)

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UM LÍDER SONHA Fonte: Graciela Oliveira/Psicologia Organizacional (Acadêmica/UNESC)

Napoleão dizia que a palavra impossível só existe no dicionário dos derrotados. Não considere nada impossível quando se tratar dos próprios sonhos. E lembre-se: os sonhos que valem a pena são os que, para serem realizados, motivam o crescimento pessoal. Um sonho grande nos atrai porque nos faz crescer. Muita gente sonhou e não realizou. Mas, todos os que realizaram seus sonhos foram aqueles que ousaram sonhar. É verdade, quem não realiza um sonho fica frustrado. Mas a força desse sonho lhe inspi-rará novos voos. Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Quem tem sonhos grandes acha que no mundo não há porteiras. Quem tem sonhos pequenos vê o mundo do tamanho de um quarto e sala. Enquanto você aspi-rar apenas o dinheiro do aluguel, será um sacrifício acordar uma hora mais cedo para trabalhar. Porem, se sonhar com uma casa própria terá prazer em enfrentar obstáculos e desafios. Você acredita em seus sonhos? As pessoas ao seu redor acreditam neles? Seja responsável por eles. Recebi um e-mail muito interessante com uma frase assim: “No pain, no gain”, ou seja: “Sem sacrifício não há ganho”. Deus lhe abençoe!

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vramento. Os inimigos que sobraram fugiram, espalhando a notícia pelos arredores que aquele povoado não conhecia a guerra porque era protegido por dois enviados dos deuses, e pelo modo que combatiam esses dois valentes também eram deuses, deuses da guerra.A fama desse combate atravessou os tempos e espalhou-se com o vento pelos quatro cantos do mundo, de boca em boca, de povo em povo, de geração em geração. A valentia dos dois combatentes do bem inspirou fracos e fortes, ho-mens e mulheres, povos, exércitos e reinos. Uns dizem que na verdade não eram dois, era um guerreiro só, mas como lutava com tamanha valentia, pareciam dois; uns dizem que o povoado fica a oeste do Atlântico, ao sul, numa terra ensolarada e banhada pelo mar, e que o povo é alegre, festeiro e tem uma fé inabalável. Dizem também que até hoje os dois guerreiros que, se amalgamaram no coração desse povo, ainda os protegem e lutam por eles.(À Dona Valentina – A bênção, mãe)

http://zecadoxossi.blogspot.com

TEMpLO DE UMBANDA SAgRADA ESpADA DOURADAJoséUsher-(Assunção–Paraguai)

Há 17 anos tinha conhecido a “Umbanda”, nesse matiz de misturas de crenças, rituais, conceitos e tabus. Minha vovó tinha me mostrado uma parte da religião, tinha me mostrado o que com o tempo com-preendi que não era nem Umbanda nem Candomblé, nesse tempo não podia conceber de que isso era uma prática religiosa, já que parecia como um mercado da Fé, onde as moedas eram sangue, bebidas e a recompensa eram trabalhos com contratos a vencer em qualquer momento. Amarrações, aborrecimentos, desuniões familiares, entre outras coisas, são o que lastimosamente aqui no Paraguai tem até hoje em dia em alguns lugares e é muito difícil lidar com isso. Então toda essa situação era para correr da religião e nunca mais voltar, mas desde esse momento senti que tinha algo a mais no meu interior que me dizia que isso não era Umbanda, e esse amor que sentia pela religião sem sequer conhece-la bem ainda era grande, apesar de toda a má experiência que tive no principio tentando me iniciar na religião Depois de vários anos dessa experiência lembro-me que entre tantas buscas, no ano 2002 encontrei um lugar não tão custoso como os demais, aonde me cobrariam 1000 reais para me “fazer a cabeça no santo”. Juntei o dinheiro entre mentiras e poupança e quando tomaria destino nessa decisão todo o meu dinheiro tinha desaparecido da minha roupa interior (onde tinha por segurança, quando estava caminho ao templo onde seria iniciado). Novamente meus sonhos truncaram e entre lagrimas e impotências, não baixa-ram o preço, nesse momento disse a mim que isto não era o correto e que por essa razão esses 1000 reais

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tinham sumido. Deixei passar o tempo busquei com fé aque-la Umbanda, sem sangue, com fundamentos e sem misturas litúrgicas. A busca no meu país já tinha me decepcionado o suficiente. Então comecei a busca pela Internet, e no princípio encontrei muita diferen-ça entre tantas páginas com distintos conceitos, que também eram diferentes do que praticavam no meu país. No ano 2003, após buscar tanto, logrei con-cretizar a visita a um templo em São Paulo – Bauru senti que essa era a minha oportunidade de final-mente conhecer a Umbanda que a tempo tinha bus-cado. No dia seguinte, sai cedo da minha casa e ao chegar à rodoviária, novamente surgiu outro proble-ma: acabaram as passagens para esse dia! Sem entender o porquê, orava a Deus e per-guntava-lhe se isto era realmente para mim, fiquei em silêncio e já quase quando estava por renunciar, chega uma senhora frente ao posto de venda e fala que irá deixar as passagens porque não iria a São Paulo. A emoção tremeu o meu coração e as es-peranças se afiançaram porque senti que Deus me permitiu compreender que esse era o momento. Em 2005, chegou o meu “retiro” ao silêncio para a tradução em espanhol da Teologia de Um-banda que o Colégio Pai Benedito de Aruanda tinha ensinado através do Mestre Rubens Saraceni. Nes-se ano também teve momentos importantes, onde fui instruído e guiado pelo querido sr. Caboclo Fle-cheiro. No ano 2006, logo depois de outra longa eta-pa de estudos e tradução, cria-se a web: www.um-bandasagrada.com , com a intenção de compartilhar e expandir os ensinamentos do Colégio. O 2007 trouxe pessoas importantes na minha vida, irmãos, amigos e minha eterna companheira da vida, que deram lugar ao que se pode dizer como o primeiro grupo de teológicos, assim como o grupo de trabalhos espirituais, que mais tarde possibilitaria o nascimento do nosso “Templo de Umbanda Sagra-da Espada Dourada”. Desde 2007 começamos a trabalhar em gru-po, no silencio, com paciência e fazendo caridade tanto com os encarnados quanto desencarnados que chegavam. No nosso templo, pelos trabalhos desenvol-vidos, obviamente não cobramos nenhum centavo e, como estamos num país onde lentamente o povo começa a conhecer os fundamentos dessa nossa bela religião é impossível viver da docência, nem fa-zer um trabalho disso. Além do mais, todos os integrantes do tem-plo tem as suas atividades laborais totalmente in-dependentes da religião, alguns são contadores,

outros mestres, licenciados em dis-tintas carreiras, empregados em em-presas privadas, etc.; todos colabo-rando pelo sustento do templo. Até o ano 2009, trabalháva-mos baixo a bandeira de Templo de Umbanda, não tínhamos nome, no mês de agosto de 2009 numa das sessões de desenvolvimento me-diúnico o Caboclo Flecheiro (quem dirige os trabalhos espirituais) anun-cia que chegaria o Cavaleiro Ogum Quebra Cachoeira que dar-nos-ia a denominação espiritual e a man-dala do Templo “Espada Dourada”. Desde essa vez até hoje seguimos formando novos médiuns, assim como se integraram mais irmãos ao templo. Nosso trabalho está sendo desenvolvido pela sinergia da cari-dade, que os “Guias Espirituais” nos dão em cada sessão. Temos sessões fechadas para o desenvolvimento mediúnico e sessões abertas onde fazemos atendimentos a muitas pessoas que chegam ao templo com distintos pro-blemas: de saúde, obsedadas, com trabalhos de magia negra, etc. O trabalho dos Exus e das Pombas Giras de Lei no Paraguai é árduo e estamos muito agradecidos com eles e com todos os Guias Espi-rituais que chegam ao nosso templo e nos ensinam muito, dia após dia. Para nós é uma pena ver como muitos fazem com que a Um-banda se desmorone socialmente com os fatos ruins que noite após noite provoca. Mas nós estamos se-guros que é uma questão de tempo para que a educação continue o seu curso e chegue a esses lugares e possa resgatar pessoas que se en-contram cegadas pelos dirigentes ig-norantes, que somente tem sede de poder e dinheiro. Muita mediunidade é esban-jada sobre o chão dos templos e muitas famílias perdem laços impor-tantes com a espiritualidade por dar vazão à curiosidade e desejos ruins. Se bem que a palavra Um-banda apareceu no Paraguai nos anos 50, até o dia de hoje segue em

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reconstrução Sabemos o complicado que é reeducar e trocar o “paradigma da Umbanda” na sociedade, mas os nossos fatos permitirão a renovação da religião e levar para frente a bandeira de Oxalá! Agradeço aos meus irmãos de templo que confiaram em tudo isto desde o princípio, obrigado pelo apoio, pela paciência! Obrigado a todas as pessoas que chegam ao templo e que confiam nos trabalhos dos guias, que, com Fé fazem com que tudo isto cresça cada dia mais! Obrigado a todos os que nos ajudam e nos dão apoio desde o Brasil, de coração, muito obrigado! Salve os amados Orixás e Guias Espirituais! Salve a Umbanda

Templo Espada DouradaAssunção – Paraguai

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UM HOMEM RICO ESTAvA MUITO MAL, AgONIzANDOMagali de Donná.

Pediu papel e caneta. Escreveu assim:“Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”.Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.1) A irmã fez a seguinte pontuação:Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.2) O sobrinho chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.Moral da história:A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Somos nós que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença.

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DoUTRINARESTRIÇÕES DE vESTIMENTAS NA UMBANDA

Newton Marcellino Buscando aumentar meu leque de conhecimento sobre a Umbanda, resolvi visitar alguns terreiros, para aprender mais sobre os rituais, liturgia e lições repassadas aos seus frequentadores. Que a Umbanda é riquíssima com suas variações aplicadas em cada terreiro, é fato. Porém, algo chamou minha atenção: restrições nas vestimentas dos frequentadores. Alguns terreiros fixam cartazes com suas restrições: evitem o uso de roupas pretas, curtas, decotes, shorts, bermudas, minissaias, camisetas regatas, etc. Isso quando, em alguns casos, trocam a palavra “evi-tem” por “é proibido”. Tentando entender qual a influência da vestimenta em um ritual e ver se há um fundamento aplicável a isso, resolvi estudar um pouco mais sobre o tema.1. Roupas curtas ou provocantes: Certa vez, um sacerdote disse que, se os católicos se vestem com suas melhores roupas para ir à missa, o mesmo deveria ser feito pelos umbandistas, quando fossem em um terreiro. Ele só se esqueceu de que a Umbanda, tirando o sincretismo e algumas orações, não tem nada a ver com o catolicismo. O que lá se aplica, não vale aqui. A Umbanda já tem seus fundamentos próprios, não sendo necessários os de outras religiões. E, por outro lado, estamos no séc. XXI, onde não há como dizer qual é a melhor roupa para cada pessoa vestir, pois cada um veste aquilo que a faz se sentir bem. Vivemos, além disso, em um país tropical, de clima agradável, que favorece o uso de roupas curtas que permitem o conforto das pessoas. Caminhando por qualquer cidade deste país, vemos as pessoas usando shorts, bermudas, minissaias, regatas, mini blusa, etc., cotidianamente. O uso comum não faz algo ser sexualmente provocativo. E temos aqui um paradoxo: se por um lado é proibido o uso de vestimentas curtas que deixam quase à mostra partes do corpo, como os seios e partes das nádegas ou pernas, de outro lado temos o índio, a grande força de sabedoria umbandista, que andava, e ainda anda, nu. A pergunta que faço para terreiros com restrições é: e se um índio verdadeiro, e nu, for assistir uma gira? Se o problema for outro, onde o uso de roupas provocantes tira a concentração de um médium, neste caso é melhor conversar com todos. É a concentração que faz com que a incorporação seja funcional. Não li, e nem ouvi dizer, em nenhuma vez, que o Chico Xavier perdeu a concentração por causa da roupa de quem quer que fosse. Há, ainda, outro fator a ser levado em conta: o constrangimento da pessoa que não sabia da restri-ção. Já vi oferecer, à pessoa em questão, xales ou jaleco para cobrir um decote ou uma calça curta. Pre-senciei, inclusive, o sacerdote pedindo que uma mulher se retirasse do terreiro por estar usando uma roupa inadequada. Neste caso, o terreiro deixou de valer o motivo pelo qual milita: não virar as costas a ninguém! 2. Roupa preta: Da observação e experiência, o homem percebeu que o uso da roupa preta esquenta muito mais o corpo do que uma roupa branca. Por analogia, se o preto absorve o calor, então ele absorve outras coisas. Esse é um erro comum de raciocínio, onde a lógica nem sempre funciona de maneira aparentemente linear. Segundo Sheldrake [FOX, Mattew; SHELDRAKE, Rupert. A Física dos Anjos. Ed. Aleph. 2008], (...) a criação da luz (por Deus) necessariamente envolve a criação da escuridão, a separação entre luz e escuridão. E é essa a natureza da luz como a entendemos. A luz envolve uma polaridade de luz e de escuridão. O movimento de onda da luz leva a caminhos alternados de luz e escuridão quando dois feixes de luz interferem um no outro. A luz é formada por ondas. Um lado é luz; o outro, escuridão. (...) A escuridão é necessária para que a luz seja reconhecida. Toda percepção depende do contras-te. Veja que a luz caminha juntamente com a escuridão, sem que, com isso, seja absorvida. Indo além, o universo é constituído, em mais de 80%, de matéria negra, aquela que vemos pre-enchendo o espaço entre as estrelas e planetas todas as noites, e ainda assim, essa matéria negra não absorve nem luz nem energia, senão não seria possível ver as estrelas e nem sentir o calor do Sol, por exemplo.

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pÁSCOA!Dinalva Faria

É ser capaz de mudar,É partilhar a vida na esperança,É lutar para vencer,É dizer sim ao amor e a vida,É investir na fraternidade,É lutar por um mundo melhor,É fazer algo para transformá-lo num mundo melhor,É vivenciar a solidariedade...É tempo de amor, família e de paz...É tempo de agradecermos por tudo que temos,E por tudo que teremos...É o tempo de renovar, de mudar, de melhorar, de fazermos algo bom para nós e para os outros...Lembrar que Jesus renasceu, reviveu, e mostrou que existe algo muito maior do que estarmos aqui apenas de passagem...Lembrar-se dos ensinamentos dos guias espirituais, das nossas entidades, dos Orixás...Lembrar que Oxalá e Oya nos fortalecem na féOxum e Oxumaré – nos fortalecem no amorOxossi e Obá – nos dão o conhecimento (a busca)Ogum e Iansã – nos amparam na lei divinaXango e Egunitá – nos fortalecem e irradiam a justiça divinaObaluaie e Nana Buruque – Nos traz a evolução (a sabedoria)Yemanja e Omulu – geração de tudo em nossa vida – renovação, cura e morte (morte como transformação). Poder matar aquilo que não serve mais e começar uma nova vida.Caboclos, pretos velhos, baianos, ciganos, marinheiros, crianças, malandros, linha do Oriente, e...Que eles tragam as suas forças e energias e nos fortaleçam na renovação dos nossos seres.Vamos orar e pedir aos nossos Orixás que nos tragam toda a paz e a força para que nessa Páscoa come-cemos uma vida nova e diferente.Muita renovação e renascimento para você...Renasça para que as coisas possam acontecer. Tire o medo de dentro do seu peito e renasça... Faça e realize os seus projetos...Mate aquilo que não te serve mais... Para renascer é preciso desapego...Para viver uma nova vida, precisamos mudar e nos dar a oportunidade para essa renovação...

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Então, se no planeta Terra a cor preta dos tecidos absorve calor e dificulta a reflexão da luz, não é por isso que ela absorve luz e energia que vem dos guias espirituais ou da força dos Orixás. Por outro lado, em alguns textos místicos e espiritualistas, vemos que a cor preta é usada como pro-teção, purificação, servindo de defesa a males externos como inveja, praga e mau olhado, tendo um efeito capaz de isolar e neutralizar, ou até mesmo potencializar, a influencia de outras cores, pois é utilizado como contrastante. Não podemos esquecer que temos, também, os Exus e Pomba giras, que sabem trabalhar e utilizar a cor preta com maestria, justamente na neutralização, potencialização e isolamento de efeitos nocivos aos médiuns e consulentes. 3. Conclusão: Não vi nenhum fundamento nas restrições das vestimentas das pessoas. Aliás, analisando as infor-mações encontradas, percebi problemas nestas restrições. Tais problemas ferem diretamente as bases da Umbanda, como “a pratica da caridade sem olhar a quem”, ou “respeitar a todos, sem preconceitos”. O que me preocupa, com a proibição de utilizar determinadas roupas em um terreiro é de que, indi-retamente, fere àquela pessoa que faz uso dessa vestimenta, o que vai ao encontro com a discriminação, a mesma que fere a nossa Umbanda. Espero que, com este texto, os sacerdotes de cada um dos terreiros que mantém tais restrições, se possível, respondessem mais profundamente às questões de restrições.

Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com.br/

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Matérias para o Jornal Não deixe de nos enviar suas matérias, tex-toseinformaçõessobrefestasecursos. Colocaremos no jornal virtual e no site do jornal para consulta aberta a todos que visitarem a pagina. Lembrando que ao enviar sua matéria, não se esqueça de colocar seu nome, e autorizaçãoparadivulgação. Pedimosqueaspsicografiassejamencami-nhadas com o nome de quem as envia e de quem as psicografou.

ENSINAMENTO DE ERÊ SOBRE EXU.Simone Machado

- Olá titia- Olá amor- Sabe, esses dias eu aprendi umas coisas sobre Exu.- É mesmo? O que?- Me disseram que Exu é como uma folha de arvore ao vento.- Como?- Sim tia, ele vai para o lado que o vento sopra, vai para cima, para baixo, para um lado e para outro. Tam-bém me disseram que Exu é como um cristal negro, que as pessoas não conseguem enxergar através dele como outros cristais mais claros, mas que é um cristal é, e que somente que tem olhos para ver consegue ver a luminosidade dele.- Um cristal negro é?- Sim, me disseram que Exu é como uma pedra muito grande, que tanto é usada para sustentar uma casa e assim faz bem, mas se tiram do lugar, aí desmorona tudo, mas foi a partir de alguém que tirou ela do lugar onde estava. Então titia, eu refleti e pensei, e vi que Exu é o que se quer que ele seja, assim como o reflexo no espelho de agua. Por que em Exu sempre refletirá tudo ! Ele vai agir de acordo com quem a ele recorre , assim como o vento e a pedra, sempre de acordo com nossas vontades, desejos e intenções, sejam elas boas ou más. Por isso devemos sempre nos lembrar do espelho titia, ele será sempre o reflexo de tudo . - É essa conversa até parece filosófica, vou pensar bastante em tudo isso.- Mas vai escrever ela não é titia?- Quer que eu escreva?- Quero sim.- E quem assina essa mensagem então?- Eu, criança Pedrinho.- Salve tua força criança, Salve Mamãe Oxum.-Salve titia! Enviado por E-mail: [email protected]

Páscoa é isso! Não podemos deixar passar...Momentos como esse é que fazem agente pensar e repensar:No ontem, no hoje e no amanhã.Reflexão de tudo que fizemos até aqui; e tudo que podemos fazer...Desejo a você e sua família uma páscoa com muito amor e alegrias...Renove, renasça enquanto há tempo...

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TEIMOSIA OU pERSISTÊNCIA?André Cozta

Eis um questionamento bastante relevante nos dias atuais. Muitas vezes, as pessoas são taxadas de teimosas, “cabeças duras” até, numa forma mais pejorati-va. Devemos saber discernir quando um ser está sendo teimoso ou persistente, na busca pelos seus objetivos. A teimosia vibra no polo negativo humano. Ora, sabemos que somos seres bipolares, vibrando com luzes multicoloridas em nossos polos positivos e com cores opacas e escuras em nossos polos negativos. Vibrar positivamente luzes coloridas é estar conectado com Deus e os Sagrados Orixás. O ser que se cristaliza na teimosia está vibrando negativamente. E este verbo (a teimosia) funcionará como um paralisador do seu mental e das suas ações, por mais que ele, banhado em ilusão, acredite estar convicto, certo de que aquela sua decisão é a melhor. Não consegue perceber que está errando, voltando ao erro, errando novamente e persistindo naque-la pseudo decisão sensata. Então, verá tudo e todos à sua volta como empecilhos ou, até mesmo, “azarões” para os seus proje-tos e ideias equivocadas nas quais insiste. Na verdade, este ser que segue convicto na sua teimosia, em muitos casos, optou pelo caminho da vaidade, da arrogância e da “déspota e totalitária certeza” de que suas ideias salvadoras mudarão a tudo e a todos à sua volta. Banhe-se este ser em humildade e ele passará a enxergar o todo com outros olhos. Verá, a partir de então, que com sabedoria, observando as pessoas, as situações, em silêncio, ab-sorvendo o que ocorre à sua volta, terá mais condições de tomar uma decisão sensata e acertada. Isto é tão certo quanto a água é líquida, seja qual for a ocasião. O ser persistente é aquele que segue na busca por um objetivo. Ora, ter foco na vida, seja em questões profissionais, amorosas, religiosas ou qualquer outra, é o mínimo que uma pessoa deve cobrar de si própria, para que se auto perceba viva, em atividade plena. Toda pessoa que persiste e não desiste dos seus sonhos, invariavelmente, conquista seus objetivos. Quando a persistência não é mesquinha, ou seja, aquela conquista ainda beneficia um determinado grupo à sua volta, saiba, este ser estará auxiliando o livre caminhar e fluir na Criação de Deus. Muitas vezes, os invejosos taxam os persistentes de teimosos. Um ledo equívoco que tem como objetivo, apenas, paralisar suas ações que incomodam àqueles que preferem o desconforto de nada fazer e a qualquer um que algo queira realizar, atrapalhar. Portanto, caro irmão leitor, o teimoso não é persistente. Sem meias palavras: está, ao menos, mo-mentaneamente desprovido de inteligência. Já o persistente, sabe o que quer, o que almeja e tempestade alguma o impede de seguir na busca pelos seus objetivos. Não teime, seja persistente. Não desista nunca de servir ao Pai. Trabalhe para a expansão da Natu-reza Mãe e estará auxiliando na Evolução da Criação de Deus. Desejo que reflita bastante acerca deste artigo. Fique em paz!

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A NATUREzA DA COMpAIXãOFabio di Napoli

Ultrapassar as fronteiras construídas pela mente dá ao ser humano o encontro da serenidade, fa-zendo com que ele não reaja a uma mudança, deixando de se apegar mentalmente a qualquer situação. A paz interior depende somente de nós e não será mais dependente da satisfação ou da felicidade do mundo exterior. Podemos interpretar todas as ações, desfrutar, apreciar a beleza de todas, mais não nos apegarmos a nenhuma delas. Esta atitude não nos distancia dos seres humanos, pelo contrário. Enquanto estamos conscientes, dominando a nossa mente, a realidade dos outros seres humanos irá nos causar uma ilusão, já que estare-mos buscando a realidade dele. Esta atitude vai fazer com que nos familiarizemos com os aspectos que o envolvem e principalmente a mente deles.

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UMBANDA E O UMBANDISTA.Por Etiene Sales

O verdadeiro relacionamento só será possível, quando existir uma consciência, onde você possa sentir a luz e a mente da outra pessoa. Onde você possa sentir a verdadeira realidade dele, como você sente a sua. Ao se confrontar com o sofrimento de outra pessoa ou com um comportamento inconsciente, a atitude de estar firme e presente nos possibilitará conseguir olhar além da forma e sentir o verdadeiro estado radiante e puro da outra pessoa. Na verdade se existe sofrimento aparente é interpretado como uma ilusão, uma consequência da identificação com a forma que se apresenta. Dependendo do estado mediúnico, milagres de cura às vezes acontecem através dessa descoberta.A compaixão é a consciência de uma forte ligação entre nós e todas as criaturas.Na compaixão os sentimentos de tristeza e de alegria, aparentemente opostos, se fundem em um só e se transformam em uma profunda paz interior.A compaixão, um dos sentimentos mais nobres que Deus deu aos homens está presente no interior de cada um de nós. Deus seja sempre louvado por mais esta infinita bondade.

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Eu sou Umbandista...Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?É não ter vergonha de dizer: “Eu sou Umbandista”.É não ter vergonha de ser identificado como Umban-dista.É se doar, acima de tudo, a um trabalho espiritual.É saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, cen-tros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem en-contrar um caminho.É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.

É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígena, louco. E ainda assim, amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.É ser ofendido físico, espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos Encostos e mesmo assim levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade.É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.É acreditar mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando força e cora-gem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essên-cia e a pureza de Deus.É dizer sim, onde os outros dizem não!É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazen-do.É vestir o branco sem vaidade.É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.É colocar suas guias e sentir o peso de uma respon-sabilidade onde muitos possam ver ostentação.É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa

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religiosidade diante dos outros.É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga, seja no cemitério, seja na macaia, seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umban-distas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acre-ditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.É saber o que significa a Umbanda não para você, mas para todos.É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pen-sar e ser, ser e nunca estar.É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrima… e bom, mal e bem...

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A CULpA FOI DO OBSESSOR!Por Glauco Mariani.

Legado de umbanda é sacerdócioOnde cada um tem que cumprir sua missãoMuitos passam pelo terreiro...Poucos são os que ficam vivenciando lição Para muitos a escola Aruanda é boaQuando atende aos seus anseiosMas quando contraria ao que se quer Valha-me Nos-sa Senhora, aí começa o desmantelo.Tem filho de tudo quanto é qualidadeTem até os que perderam a identidadeE no vaivém da vida deixa passar oportunidade“Eita” povo mal criado como faz “complicado”Bate cabeça no Conga, mas num se alembra de Nosso Sinhô.Baiano de sua redinha olha os filhos que estão na correnteFico feliz quando encontro uma alma que não esta ausenteA Umbanda é boa baiano? E eu “arrespondo”: é sim senhor!Mas para trabalhar na umbanda num tem que ter “cansador”.Tem filho injuriado e desconsolado tambémTem aquele que é sonhador e cá pra terra não vemPrefere viver nas nuvens pra não machucar ninguémAinda tem o filho que faz birra feito criança mimadaBastou a mãe levantar a voz já se acha injustiçadaPorque conselho dos guias e pró outros pra ela num serve nada!Virgem minha Mãe Santíssima

Agora é baiano que num sabe quem tá erra-do? Pois tem filho que avalia os outros, mas, num quer ser avaliado. Leva a vida toda no aprendizado e depois é reprovado Não escolheu o amor como melhor opção E daí passa o resto do tempo a fazer recla-mação No final diz que se enganou a culpa foi do obsessor! E passa o resto da existência fazendo seu re-zador Lamúria, lágrimas e arrependimentos foi só o que ele lucrou. Pois ao invés de trabalhar na Umbanda ele deu foi trabalhador É da Bahia meu Pai! Salve o Senhor do Bonfim!

Baiano Zé do Coco.

Médium Mãe Luzia NascimentoEm 27 de novembro de 2007

Dirigente do Centro Espiritualista Luz de AruandaFiliado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery

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AS MONTANHAS E pEDREIRAS

Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira

As montanhas são santuários naturais e pon-tos de força de nosso pai Xangô, as pedreiras são pontos de força regidos por nossa mãe Yansã e por nossa mãe Niguê-iim (Egunitá). Nas montanhas e nas pedreiras podemos clamar por justiça ou por clemência. Aí, os seres são dinamizados e recolocados nos seus devidos níveis vibratórios energo-magnéti-cos. Xangô é o orixá da justiça e da razão. É o fogo que aquece os seres e os torna calorosos, ajuizados e sensatos. Ele paralisa e purifica nossos sentimen-tos com sua irradiação incandescente, abrasadora e consumidora das emotividades e desperta o senso de equilíbrio e equidade. É em si mesmo a justiça divina, é o guardião do ponto de forças da justiça e do fogo que purifica os pecadores; é o equilíbrio que tanto sustenta a es-trutura atômica como o Universo e tudo o que nele existe. Quem absorve a qualidade equilibradora de Xangô torna-se racional, ajuizado e ótimo equilibra-dor do meio em que vive e dos que vivem à sua volta. Xangô é evocado para clamar por justiça divina ou para devolver o equilíbrio e a razão aos seres com procedimentos desequilibrados e emocionados. Atua em nossas vidas anulando demandas cármicas, magias negras, devolvendo-nos a paz, a harmonia, o equilíbrio mental, emocional, racional e até a nossa saúde.Yansã tem natureza eólica e expande o fogo de Xan-gô. É o ar que areja nosso emocional e nos propor-ciona uma nova direção, um novo sentido da vida. Sua atuação é cósmica, ativa, mobilizadora e dire-cionadora. Ela movimenta, redireciona e conduz os seres purificados de seus vícios a outros campos, nos quais retomarão sua evolução. Ela aplica a Lei nos campos da Justiça Divi-na e transforma os seres desequilibrados, com suas irradiações espiraladas, girando-os até descarregar seus emocionais desvirtuados e suas consciências desordenadas. Portanto, ela direciona a fé, a justiça, a evolução, a geração, a agregação, a lei, transfor-mando nossos sentimentos viciados e colocando-nos novamente no caminho reto da vida. Yansã age, também, em outros pontos de for-ça da natureza: cachoeiras, cemitérios, campo aber-to. Na linha elemental pura do ar, Yansã polariza com Ogum e em seu segundo elemento (fogo) ela

atua como polo ativo da linha da Justiça Divina, com Xangô. Egunitá, (Nigue-iim), é uma divindade cósmi-ca ígnea; é a orixá regente cósmica do fogo e da jus-tiça divina, purificador e consumidor dos excessos emocionais, dos vícios e dos desequilíbrios; purifica templos, moradas e sentimentos. O fogo de Niguê-iim consome as energias dos seres apaixonados, fanatizados ou desequilibrados, emocionados, redu-zindo a energia ígnea de cada um, apatizando-os, paralisando-os, anulando seus vícios emocionais e sufocando seus desequilíbrios mentais. Nossa mãe ígnea deve ser evocada para purificar os seres vicia-dos, as magias negras, as injustiças. Niguê-iim polariza com Xangô, em seu pri-meiro elemento, o fogo e, em seu segundo elemen-to, polariza com Ogum, ar, que lhe dá a sustentação, com o ar alimentando seu fogo cósmico, de forma passiva e ordenada. “Um culto realizado ao redor de uma foguei-ra queima miasmas ou larvas astrais e energiza po-sitivamente o espírito das pessoas alcançadas por suas ondas quentes.” (Rubens Saraceni, Umbanda Sagrada). Extraído do livro A UMBANDA E O TAO, de Lurdes de Campos Vieira - Madras Editora. O texto foi elaborado conforme os livros “Umbanda Sagra-da”, “As Sete Linhas de Umbanda” e “Orixás - Teo-gonia de Umbanda”, todos de autoria de Mestre Rubens Saraceni, editados pela Madras Editora.

Enviado por Denise M. Garcia [email protected]

O FALCãO, O MORCEgO E O zANgãO Magali de Doná

“Se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima ele se tornará um prisioneiro, apesar de sua habilidade para o voo. A razão é que um falcão sempre começa seu voo com uma pequena corrida em terra. Sem es-paço para correr, nem mesmo tentará voar e per-manecerá um prisioneiro pelo resto da vida nessa pequena cadeia sem teto. O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso totalmente plano, tudo que ele conse-guirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, pro-curando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar. Um zangão, se cair em um pote aberto ficará

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lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma saída, até que se destrua completa-mente de tanto atirar-se contra as paredes do vidro. Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obs-táculos sem perceber que a saída está logo acima. Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado de problemas por todos os lados, olhe para cima! E lá estará Deus, à distância apenas de uma oração!

Cristiano de A. AraújoEnviado por: E-mail: [email protected]

ESPAÇo Do LEIToR

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Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico.

Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com Sandra SantosFone: (11) 2954-7014

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Rosi <[email protected]> Amei o site, muito bom!Obrigada por vocês existirem e contar um pouco mais sobre a nossa umbanda querida.

Abraços carinhosos e fiquem com DEUS!

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Agradeço, mais uma vez pelo envio deste maravilhoso jornal, que a cada edição, me ensina muito sobre a Umbanda.E também está me ajudando a melhorar intimamente (meu eu), retirando muitos preconceitos sobre a Um-banda.Que Pai Oxalá abençoe a todos.Um abraço! Maria helena C. Manso - Itatiba- São Paulo.E-mail: [email protected]

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A CHINA SÓ FAz pRODUTOS BARATOSIvani Wilbert <[email protected]>

Há uma semana, o governo da China inaugurou a ponte da baía de Jiaodhou, que liga o porto de Qingdao à ilha de Huangdao. Construído em quatro anos, o colosso sobre o mar tem 42 quilômetros de extensão e custou o equivalente a R$2,4 bilhões. Há uma semana, o DNIT escolheu o projeto da nova ponte do Guaíba, em Ponte Alegre , uma das mais vistosas promessas da candidata Dilma Rousseff. Confiado ao Ministério dos Transportes, o colosso sobre o rio deverá ficar pronto em quatro anos. Com 2,9 quilômetros de extensão, vai engolir R$ 1,16 bi-lhões. Intrigado, o matemático gaúcho Gilberto Flach resolveu estabelecer algumas comparações entre a ponte do Guaíba e a chinesa. Na edição desta segunda-feira, o jornal Zero Hora publicou o espantoso con-fronto numérico resumido no quadro abaixo:

Os números informam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída em 102 dias, ao preço de R$ 170 milhões. Se a baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte não teria prazo para terminar e seria calculada em trilhões. Como o Ministério dos Transportes está arrendado ao PR, financiado por pro-pinas, barganhas e permutas ilegais, o País do Carnaval abrigaria o partido mais rico do mundo. Corruptos existem nos dois países, mas só o Brasil institucionalizou a impunidade. Se tentasse fazer na China uma ponte como a do Guaíba, Alfredo Nascimento daria graças aos deuses se o castigo se limi-tasse à demissão. Dia 19/07/11, o Tribunal chinês sentenciou a execução de dois prefeitos que estavam envolvidos em desvio de verba pública. (Adotada esta prática no Brasil, teríamos que eleger um Congresso por ano)

Paulo DarimCoordenador de CulturaNAC CEU Vila Atlântica

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SAUDAÇÃO AO MISTÉRIO EXU E POMBA-GIRA

Exu me guia, me protege e me ampara!Acompanha-me nas minhas caminhadasQue me socorre quando chamo sem demora!E não tem dia, não tem noite e nem tem hora!Servir a Deus é sua sinaBraçoesquerdodoCriadorÉs Guardião da Lei DivinaLaroyê, meu protetor!Exu serve a LuzTrabalhando nas TrevasMas as Trevas nele não faz moradaNas horas difíceisÉs tu quem me conduzEatipeçolicençaEm cada encruzilhadaÉs vitalizador e a tudo fertilizaPorém sem o mistério do DesejoNada no mundo existiriaEntão vamos também sarava!O Mistério Pomba-GiraSalve Exu da LuaE a Rainha 07 SaiasSalve Exu VeludoE a Pomba-Gira Loirinha da PraiaMeia Noite, Marabô, Tiriri e Exu Mirim!Salve a Pomba Gira MeninaQue um dia sorriu pra mimPra servir a LuzTem que respeitar as TrevasSó vive nas TrevasQuem desrespeita a LuzLaroyê Exu!

Enviado por Valdeli da SilvaE-mail: [email protected]

PSICoGRAFIAS

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VISITE O SITE:http://www.allyouneedislove.art.br/

CURSoS E EVENToSwww.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 15 de Abril de 2012. Edição: 34 [email protected]

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Templo Escola Ogum Naruê e Vovó Maria CongaCurso de Desenvolvimento e Teologia da Umbanda

“Vamos ter a aula inicial do curso de Desenvolvimento e Teologia da Umbanda, neste Sábado - dia 17/03/12 às 14h. Esta aula será importante, pois iniciaremos esclarecendo a estrutura do curso, cronograma e tirando dúvidas que vocês tenham sobre o curso, além da introdução sobre o que é Umbanda!” Contamos com sua presença! Fernando Ribeiro

Templo Escola Ogum Naruê e Vovó Maria CongaAv. Guapira, 741 - Próx. ao metrô Tucuruvi

[email protected](11) 9902.6094

www.temploescola.comPara não receber mais este e-mail, responda para [email protected]

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BENEFICIoS PARA A SAÚDECOMO MATAR pERNILONgOS E MOSQUITOS,

ECOLOgICAMENTE: Serve para qualquer pernilongo, e mesmo o da dengue, mosquitos e insetos voadores: Como matar mosquitos ecologicamente correto. Para ajudar com a luta contínua contra os mosqui-tos da dengue e a dengue Hemorrágica, uma ideia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles. O que nós precisamos é, basicamente: 200 ml de água, 50 gramas de açúcar mascavo, 1 grama de levedura (fermento biológico de pão, encontra em qualquer Supermercado ) 1 garrafa plástica de 2 litros

Como fazer: 1. Corte uma garrafa de plástico (tipo PET) ao meio. Guardar a parte do Gargalo:

2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixe esfriar.. Depois de frio despejar na metade de baixo da garrafa.

3. Acrescentar a Levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono.

4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, den-tro da outra metade da garrafa.

5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.

Em duas semanas você vai ver a quantidade de pernilongos e mosquitos que morreu dentro da

Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução de pernilongos e mosquitos, podemos utilizar este método muito útil em: Escolas, Creches, Hospitais, residências, sítios, chácaras, fazendas, floriculturas. etc. Não se esqueça da Dengue nos próximos meses: este pernilongo pode matar uma pessoa!

DIVULGUE ! E mail: [email protected]

Enviado por Cristina Ferreira

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ÚLTIMA PAGINAOpINIÕES pARTICULARES!

Mauro Cavichiollo

Como sacerdote e colaborador da nossa amada Umbanda, procuro sempre me atualizar, estudar e pesquisar e mesmo assim, ainda estou à procura da verdade absoluta. Também tenho encontrando farto material de apoio em matérias publicadas no Democrático Jornal Nacional da Umbanda, expoente da atu-alidade e da diversidade cultural, fato que me leva a agradecer aos que nele publicam. Na edição de número 33, encontrei, entre outras excelentes publicações, a matéria do amigo Antonio Silva intitulada RELIGIÕES, ÓRA AS RELIGIÕES! Em que o ponto de vista, como bem frisado, é particular do escritor. Entretanto, este assunto abre um leque de questões que são costumeiramente abordadas em nosso meio e se torna farto material para salutar debate e discussão. Fiquei muito reflexivo a respeito do assunto e não me contive em tecer alguns pareceres pessoais, tentei ordenar meus pensamentos e particularidades através desta escrita, ato que me proporcionou maior segurança para trocar informações e dialogar a respeito. Não sei se estou correto, mas também vou tentar expor meu entendimento sobre a questão: Penso que todo umbandista tem o dever ético e moral de respeitar todas as instituições religiosas e principalmente os seus seguidores. Até, mesmo aquelas que se mostram contrários aos preceitos por nós praticados, pois é imperioso o livre arbítrio humano. Temos a obrigação de saber que não somos os donos da verdade absoluta. Somos um conjunto de pessoas que se encontram aliadas aos guias, mentores e protetores, preocu-pados em divulgar, pesquisar e propagar o que há de melhor do passado, presente e com voltas para um futuro mais espiritualizado. A mudança de religiões, por muitos praticada, ou a incansável busca do conhecimento é ato normal na evolução humana e a questão de fidelidade torna-se algo a ser pensado, discutido e jamais imposto. Voltemos nossos pensamentos ao resgate da verdadeira Umbanda e da atual jovialidade transfor-madora que vem passando. Não podemos aniquilar conceitos antigos e religiosos de vários outros seguimentos como o Catolicis-mo, Kardecismo, Candomblé, Catimbó, Macumba, Maculelê, os pensamentos Fenícios, Maias, Tibetanos e outros tantos ensinamentos que vem fortalecer nossa diversidade cultural umbandista e nem mesmo dos ensinamentos antigos e ultrapassados da nossa própria Umbanda. Gosto muito da simplicidade oferecida pelo nosso Mentor, Senhor Sete Flechas, Caboclo de Oxós-si, Senhor do Conhecimento que ministra em nossa humilde Seara e que nos orienta que a Umbanda é a União Maior de Todas as Bandas. Não me entristeço ao atender, conversar, trocar ideias ou acolher pessoas mais fiéis a outras religi-ões ou doutrinas e que procuram nossa ajuda para esclarecimentos, particulares ou mesmo pela curiosida-de. Sempre me pergunto: - Qual o problema de uma pessoa pisar na igreja com um pé e com o outro na Umbanda se o que interessa é “ele” encontrar o Deus que está vivo em seu ser? Apenas exijo um pouco mais de fidelidade aos que fazem parte da corrente umbandista propriamen-te dita, e mesmo assim, não cerceio a possibilidade destes procurarem maiores informação, entendimentos ou particularidades em outro meio divulgador de Deus único. Imputar medo ou receio pela insaciável procura da verdade nos homens e certificar a eles que ha-verão de ter problemas espirituais ou cármicos futuros por se dividirem é um pouco temerário. Não acredito existir alguém que possa afirmar com toda certeza estas máximas e jamais escutei de um grande missioná-rio de Olorum tal afirmação ou imposição. Mestre Marabô, grande amigo e protetor de nossa casa tem nos orientados que Deus se faz presen-te em todos os lugares, de diversas formas e sempre afirma que o homem é livre para escolher seu caminho e eterno para aprender a caminhar. Eu pergunto: - Quando rezo o “Pai Nosso ou a Ave Maria”, seria eu Católico ou Umbandista? – Quan-do me deixo guiar pelos guias e mentores durante a oração inicial de abertura da gira seria eu um Karde-

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cista ou Umbandista? – Quando tenho que preparar um ebó, uma oferenda, ou firmar um ponto seria eu um Candomblecista ou um Umbandista? Percebam como é complexo esse tema e a grandiosidade que nos envolve.Comungo dos pensamentos que apontam os erros cometidos por alguns operadores da “Umbanda” e que ainda teimam em praticar cobrança por ditas feituras, consultas ou atendimentos particulares. Todavia, de-vemos escutar o que pode levar alguns a praticar esta modalidade de desvio de conduta para não julgarmos todos como um só. Acredito que aqueles que ainda persistem nestes equívocos usando o nome da Umbanda para tirar proveito próprio certamente serão conduzidos para novas e emocionantes jornadas evolutivas em confor-midade com as leis de Olorum. Lembro-me dos ensinamentos de Pai Jacinto, que constantemente nos fala que: - Deus não pune, Ele orienta e renova! - Umbanda é resgate, renovação, evolução, humildade e amor incondicional. Também apareceu em meus pensamentos a figura de nosso amigo e grande expoente Chico Xavier, médium de fantástica maestria que deixou um legado de grandes obras de ensinamento para o mundo inteiro e que não se preocupou em julgar, mas sim em demonstrar a presença de Deus Pai nos diversos orbes da terra. Assim como diversos outros amigos benfeitores e escritores que tentam nos orientar nessa direção. Não estou criticando ninguém, não tenho este direito e nem esta pretensão, apenas, como disse antes, este assunto pode ser observado e analisado de diversas maneiras e com vários outros enfoques ou pontos de vista e, senti-me na obrigação de mostrar o meu em particular. Enalteço Antonio silva pela sua proposta de levantar o assunto, na sua proposta de falar, discutir, escrever e analisar com opinião própria, sem medo ou receio de estar certo ou não, pois acompanho todas as matérias divulgadas, os escritos elaborados e comungo das dificuldades de sermos entendidos, compre-endidos ou não. Muita Paz e Amor a todos!

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