jornal nacional da umbanda ed 39

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J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda São Paulo,01 de Julho de 2012. Edição: 39 Ano: 02 [email protected] Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 39 INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL As cores dos Orixás (Rubens Saraceni) pág. 02 CADERNO DO LEITOR Mensagem do Sr Caboclo 7 Montanhas (Eneas M. Cardoso) pág. 03 Estrela da Justiça (Eneas M. Cardoso) pág. 03 Problema seu? Problema nosso! (Douglas O. Elias) pág. 03 O inicio do médium Umbandista (Junior Pereira) pág 06 Entendendo a Umbanda (Newton C.Marcelino) pág. 07 De tanto se repetir uma mentira ... (Atila A. Nunes) pág. 08 O ponto negro (Dinalva Faria) pág. 09 Umbanda (Renzi) pág. 10 A 1“ sessão - novo culto (Ricardo Belizario) pág. 11 ORAÇÕES UMBANDISTAS Oração ao Pai Oxumare (Rafael Martins Marcondes) pág. 11 Oração ao Pai Ogum Naruê (Pablo Araujo) pág. 12 Prece de Obaluae (Ronita Eliane) pág. 12 Oração da Noite (Evandro Fernandes) pág. 12 DOUTRINA DE UMBANDA Entendendo a Umbanda (Newton C.Marcelino) pág. 13 O espelho da verdade (Claudio Leopoldino) pág. 14 Que é Exu? (Ubirajara Novaes) pág. 14 Começa o começo (Dinalva Faria) pág. 15 Projeto crianças na Umbanda (Alexandre Cumino) pág. 15 O estimulo do Criador (Adriana Quadros) pág. 16 Um pouco sobre Bento do Portão (Pai Varella) pág. 18 EDITORA MADRAS - INDICAÇÃO Indicação de leitura (JNU) pág. 20 HOMENAGEM IN MEMORIAM Mãe Paulina (Elizete Baptista). pág. 22 SAÚDE E BEM ESTAR Controle de roedores (Tayze Machado). pág. 22 CONVITE Para Magos que fizeram Magia dos Genios (JNU). pág. 23 ÚLTIMA PÁGINA Escola Umbandista de desenvolvimento (Rubens Saraceni). pág. 24 O ESTIMULO DO CRIADOR A empresa ultramarina trouxe para o Brasil colônia uma quantidade considerável de negros que falavam bantu, cer- ca de 75% da população escrava era bantu-falante (Angola, Congo e outros), o bantu se subdivide em vários idiomas e dialetos tendo aproximadamente 500 povos bantus, que não é uma unidade racial e sim de aproximação cultural, este povo contribuiu com o ritual folclórico brasileiro, como a capoeira, congo de ouro, a congada (que lembra a rainha Ginga de Angola), o maculelê, maracatu, o samba, pagode, o coco e as artes manuais. Na alimentação, jiló, melancia, maxixe, galinha d’angola, quiabo, dendê, feijão fradinho. PÁG. 16 O PONTO NEGRO Certo dia, um professor che- gou na sala de aula e disse aos alunos para se prepara- rem para uma prova-relâm- pago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria. PÁG. 09 AS CORES DOS ORIXÁS Comentar sobre as cores do Orixás é o mesmo que tentar equilibrar-se e manter-se ereto na crista de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor. Isto tudo é apenas fruto da tentativa de indi- vidualizar o geral e generalizar o individual. Como dar cor a uma energia? Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las. PÁG.02 ESCOLAS UMBANDISTAS DE DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO Há muitos anos atrás, Pai Benedito de Aruanda, em um dos livros psicografados por mim, revelou-nos isso: “De cada 100 crianças que nascem 30 delas já trazem alguma faculdade mediúnica (ou várias) já madura e que precisarão ser orientadas corretamente para colocá-la a serviço dos seus semelhantes e auxiliá-los. PÁG. 24 ENTENDENDO A UMBANDA - OFERENDAS NA NATUREZA Vamos falar de um assunto importante: as oferen- das na natureza – disse Sofia aos membros do ter- reiro. Nós, umbandistas fazemos as oferendas em sinal de respeito, devoção e também como agrade- cimento aos Orixás. Respeitamos a força e energia emanada pelos Orixás. Nossa devoção demonstra a nossa fé e amor. Agradecemos pelo poder que nos revitaliza e revigora, nos unindo diretamente ao cria- dor. PAG. 13 IMPORTANTE: O JNU vem a publico informar que tanto o site: www.jornalnacionaldaum- banda.com.br quanto a edição virtual em arquivo PDF que enviamos quinzenalmente, estão passando por algumas modificações. E no intuito de fazer um jornal cada vez velhor, tivemos de fazer algumas modificações em nossas bases, com isso alguns leitores ficaram sem receber a ultima edição de numero 38 em arquivo PDF. Pedimos aos leitores que reenviem o JNU em seus maillings. Aproveitando a oportunidade para pedir que confirmem seus emails ca- dastrados atravéz do site www.jornalnacionaldaumbanda.com.br , dessa forma atualizaremos nossa base de e-mails para evitar que nos- sos leitores deixem de receber o JNU em arquivo PDF por e-mail. Para os leitores que queiram nos enviar suas matérias, textos, artigos, comunicados, informativos de cursos que irão iniciar, pedimos que façam uso dos seguintes endereços de e-mail: [email protected] ou jornal@colegiodeumbanda. com.br não deixando de anexara autorização para publicação das ma- terias e artigos. (JNU)

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Page 1: Jornal nacional da Umbanda Ed 39

J o r n a lQ u i n z e n a l

Jornal Nacional da Umbanda São Paulo,01 de Julho de 2012. Edição: 39 Ano: 02 [email protected]

Expediente:Pai Rubens SaraceniPai Alan Levasseur

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 39INDICE DE MATÉRIAS

EDITORIALAs cores dos Orixás (Rubens Saraceni) pág. 02

CADERNO DO LEITORMensagem do Sr Caboclo 7 Montanhas (Eneas M. Cardoso) pág. 03

Estrela da Justiça (Eneas M. Cardoso) pág. 03Problema seu? Problema nosso! (Douglas O. Elias) pág. 03

O inicio do médium Umbandista (Junior Pereira) pág 06Entendendo a Umbanda (Newton C.Marcelino) pág. 07

De tanto se repetir uma mentira ... (Atila A. Nunes) pág. 08O ponto negro (Dinalva Faria) pág. 09

Umbanda (Renzi) pág. 10A 1“ sessão - novo culto (Ricardo Belizario) pág. 11

ORAÇÕES UMBANDISTASOração ao Pai Oxumare (Rafael Martins Marcondes) pág. 11

Oração ao Pai Ogum Naruê (Pablo Araujo) pág. 12Prece de Obaluae (Ronita Eliane) pág. 12

Oração da Noite (Evandro Fernandes) pág. 12DOUTRINA DE UMBANDA

Entendendo a Umbanda (Newton C.Marcelino) pág. 13O espelho da verdade (Claudio Leopoldino) pág. 14

Que é Exu? (Ubirajara Novaes) pág. 14Começa o começo (Dinalva Faria) pág. 15

Projeto crianças na Umbanda (Alexandre Cumino) pág. 15O estimulo do Criador (Adriana Quadros) pág. 16

Um pouco sobre Bento do Portão (Pai Varella) pág. 18EDITORA MADRAS - INDICAÇÃO

Indicação de leitura (JNU) pág. 20HOMENAGEM IN MEMORIAM

Mãe Paulina (Elizete Baptista). pág. 22 SAÚDE E BEM ESTAR

Controle de roedores (Tayze Machado). pág. 22CONVITE

Para Magos que fizeram Magia dos Genios (JNU). pág. 23ÚLTIMA PÁGINA

Escola Umbandista de desenvolvimento (Rubens Saraceni). pág. 24

O ESTIMULO DO CRIADORA empresa ultramarina trouxe para o Brasil colônia uma quantidade considerável de negros que falavam bantu, cer-ca de 75% da população escrava era bantu-falante (Angola, Congo e outros), o bantu se subdivide em vários idiomas e dialetos tendo aproximadamente 500 povos bantus, que não é uma unidade racial e sim de aproximação cultural, este povo contribuiu com o ritual folclórico brasileiro, como a capoeira, congo de ouro, a congada (que lembra a rainha Ginga de Angola), o maculelê, maracatu, o samba, pagode, o coco e as artes manuais. Na alimentação, jiló, melancia, maxixe, galinha d’angola, quiabo, dendê, feijão fradinho. PÁG. 16

O PONTO NEGRO

Certo dia, um professor che-gou na sala de aula e disse aos alunos para se prepara-rem para uma prova-relâm-pago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria. PÁG. 09

AS CORES DOS ORIXÁSComentar sobre as cores do Ori xás é o mesmo que tentar equili brar-se e manter-se ereto na cris ta de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor. Isto tudo é apenas fruto da tentativa de indi-vidualizar o geral e generalizar o individual. Como dar cor a uma energia? Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las. PÁG.02

ESCOLAS UMBANDISTAS DE DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO Há muitos anos atrás, Pai Benedito de Aruanda, em um dos livros psicografados por mim, revelou-nos isso: “De cada 100 crianças que nascem 30 delas já trazem alguma faculdade mediúnica (ou várias) já madura e que precisarão ser orientadas corretamente para colocá-la a serviço dos seus semelhantes e auxiliá-los. PÁG. 24

ENTENDENDO A UMBANDA - OFERENDAS NA NATUREZA

Vamos falar de um assunto importante: as oferen-das na natureza – disse Sofia aos membros do ter-reiro. Nós, umbandistas fazemos as oferendas em sinal de respeito, devoção e também como agrade-cimento aos Orixás. Respeitamos a força e energia emanada pelos Orixás. Nossa devoção demonstra a nossa fé e amor. Agradecemos pelo poder que nos revitaliza e revigora, nos unindo diretamente ao cria-dor. PAG. 13

IMPORTANTE:O JNU vem a publico informar que tanto o site: www.jornalnacionaldaum-banda.com.br quanto a edição virtual em arquivo PDF que enviamos quinzenalmente, estão passando por algumas modificações.E no intuito de fazer um jornal cada vez velhor, tivemos de fazer algumas modificações em nossas bases, com isso alguns leitores ficaram sem receber a ultima edição de numero 38 em arquivo PDF.Pedimos aos leitores que reenviem o JNU em seus maillings.Aproveitando a oportunidade para pedir que confirmem seus emails ca-dastrados atravéz do site www.jornalnacionaldaumbanda.com.br , dessa forma atualizaremos nossa base de e-mails para evitar que nos-sos leitores deixem de receber o JNU em arquivo PDF por e-mail.Para os leitores que queiram nos enviar suas matérias, textos, artigos, comunicados, informativos de cursos que irão iniciar, pedimos que façam uso dos seguintes endereços de e-mail:[email protected] ou [email protected] não deixando de anexara autorização para publicação das ma-terias e artigos. (JNU)

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Jornal Nacional da Umbanda ● página 2

www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 01 de Julho de 2012. Edição:39 [email protected]

EDITORIALAS CORES DOS ORIXÁS

Por: Rubens Saraceni Comentar sobre as cores do Ori xás é o mesmo que tentar equili brar-se e manter-se ereto na cris ta de uma onda ou parar todos os mo-vimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor.Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual. Como dar cor a uma energia? Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las. Afinal todo Orixá é um mistério em si mesmo, e, por ser um mistério, por sua própria essência divina, assume a cor que lhe atribuem, além de todas as outras, pois um mistério é a Manifestação Divina do Divino Criador, tornada visível aos olhos humanos, os quais, por mais que estudem, jamais serão capazes de penetrar no interior de um mistério para desvendá-lo. Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibratórios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias. Por isso, uns dizem que Ogum é azul e outros dizem que é vermelho. Ou uns dizem que Xangô é vermelho e outros dizem que é marrom.Os Oguns individualizados assumem a cor vermelha, na Umbanda, porque o próprio astral aceitou essa classificação que fixaria a sua identifi-cação e facilitaria seu entendimento. E o mesmo ocorreu com o marrom de Xangô. Mas nós sabemos que as cores dos Oguns variam de acordo com a faixa vibratória em que atuam. E o mesmo acontece com todos os Orixás, pois temos Iansãs que irradiam a cor ama rela, a cor vermelha, a cor azul, a cor cobre, a cor dourada, etc. Logo, discutir a cor dos Orixás é um assunto ainda desconhecido no plano material. O comprimento de onda ou a velocidade da irradia-ção é que determina se uma energia irradiada é azul, verde ou vermelha. E o comprimento de onda ou velocidade obedece ao tipo de elemento e ao padrão vibratório da faixa por onde ele está sendo irradiado. No padrão vibratório cristalino, as cores das energias praticamente desaparecem. No padrão vibratório telúrico, elas assumem tonalida-des tão densas, que temos a impressão de poder pegá-las com as mãos. Além do mais, dentro de uma mesma faixa vibratória, temos os subníveis vibratórios. E aí a coisa complica ainda mais, porque nos sub-níveis mais eleva dos, as cores se sutilizam, e, nos mais baixos, elas se densificam. Mas todos os Orixás são Mistérios Divinos e aceitam, sem discussões as cores que já lhe atribuíram ou haverão de atribuir-lhes, pois, como Mistérios, trazem em si todas as cores. Então que na mente das pessoas se afixe a cor que melhor irá permitir sua interação vibratória com seu que rido Orixá, pois através dessa via colo rida seu Orixá atuará em todo o seu mental, espiritual, emocional e físico, e o fará com tanto amor que, no fim, no imenso oceano da vida, todos serão cintilantes e multicoloridos “pingos” de amor à criação e de fé, muita fé, no nosso amoroso Criador. Agora passaremos aos nossos ama dos filhos-de-santo e filhos-de-fé, as cores que temos permissão de revelar, e que, se estudarem um pouco acabrão descobrindo fundamentos profundos no campo das irradiações energéticas que começam a acontecer após nossos “pedidos” e orações, invocações e fir mezas, irradiações e cantos.

OXALÁ............. Branco, cristalino, furta-cor.OIÁ-TEMPO.... Azul escuro, branco, preto e prata.OXUM.............. Rosa, dourado, azul e amarelo.OXUMARÈ...... Azul, furta-cor, lilás e azul celeste.OGUM.............. Azul escuro, prateado, vermelho.IANSÃ.............. Amarelo, dourado, vermelho-coral.XANGÔ............ Marrom claro, dourado, vermelho.EGUNITÁ........ Laranja, dourado e vermelho.

OXOSSI........... Verde, azul escuro e magenta.OBÁ.................. Magenta, dourado e vermelho. OBALUAÊ....... Branco, prateado, violeta e branco/preto.NANÃ............... Lilás, azul claro e roxo.IEMANJÁ......... Branco azulado, prateado cristalino, azul profundo (anil) e azul claro.OMOLU............ Vermelho, preto, roxo, branco, vermelho, preto. EXU.................. Preto, e vermelho.POMBAGIRA............ Vermelho, e preto.

Portanto, fiquem com as cores que já se tornaram padrão, e está tudo certo para os nossos amados Orixás, uma vez que eles querem vê-los a partir de sua fé, que deve ser pura e imaculada.

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MENSSAGEM DO SENHOR CABOCLO 7 MONTANHAPor: Eneas Marcelo Cardoso - E-mail: [email protected]

CADERNO DO LEITORMeus filhos(as) da terra. Venho através des-sa mensagem, orienta-los que o nosso Divino Cria-dor espera de todos nós, que seus filhos possam gerar a condição necessá-ria para que no futuro pos-sam ser parte de um todo e se tornar mistério divino. Nós que somos a cente-lha viva humana de nosso Pai eterno, temos de nos conscientizar que existe um propósito enorme para que o nosso Pai pudesse nos ter Criado a imagem e sua semelhança divina, onde a nossa genética fica armazenada em nos-so corpo divino esperando o amadurecimento natural e o crescimento de nosso

íntimo, para poder aflorar. Muito de vocês jul-gam conhecedores da ação de julgamento da Justiça Divina, onde co-meçam a errar, ao julgar seus próximo. Para ter a Justiça Deus em sua vida busque unicamente no si-lêncio de sua consciência que lá no fundo encontrará uma voz acolhedora que te mostrara o caminho a percorrer seja para te perdoar de alguma falha ou simplesmente orienta-lo como seguir a diante. E essa voz silenciosa é o próprio Divino Criador nos acolhendo. Pois todos os even-tos de sua vida não acon-tecem por acaso tudo tem

uma origem em uma fonte ação. Desperte para o ver-dadeiro sentido da Justiça Divina em suas vidas, Lu-tem com sabedoria para escapar dos astral inferior que está sugando muitos de vocês ainda vida. Neste tempo o voto de oração ou a utilização de diversos mecanismo de Luz , que estão a suas disposição deve ser utili-zado com muita frequên-cia. O nosso Pai Divino não quer que nos odeia mos e sim que pratica-mos o Amor incondicional porém se não for possível que esqueça sem gerar os cordões negativos do ódio e vingança. Aproveite essa

vida terrena da melhor for-ma possível, viva um dia de cada vez sempre pen-sando num futuro prospe-ro. Pois todos aque-les que estiverem nessa sintonia estará sobre os braços fortes, rigoroso e justiceiro do Senhor Orixá Xangô. Filho(a)s amados espero que pude contribui em suas evoluções, pois tudo que passei foi de pro-fundo amor a vocês. Que Deus vós abençoe.

Colégio de MagiaRua IRmã CaRolIna, nº272 -

BelenzInho - São Paulo

Fone: (11) 2796-9059e-maIl: [email protected]

ESTRELA DA JUSTIÇAPor: Eneas Marcelo Cardoso - E-mail: [email protected]

Amado pai Olorum , Senhores da lei Maior e Justiça Divina, clamo a presença da linha espiritual dos Caboclos 7 montanhas para que possa neste momento de minha existência me auxiliar em nome do divino Criador . De joelho Espalmar a mão para alto em forma de reverenciaFazer a prece abaixo: “Caboclo 7 montanha nesta manda-la di-vina peço que ative vosso portal divino e dentro

dele consuma todos os sentimentos negativos, de rancores,ódio,depressão, vingança e que todos cordões energético negativos possam ser envolvi-do pelo Fogo Divino alcançando tudo e a todos que estão ligado a mim na criação, voltem a suas pró-prias evolução Amém.” Ao terminar projetar as mãos ao centro da man-da-laAos meus irmãos queridos deixo um procedimento de auxilio de minha falange.

PROBLEMA SEU ? PROBLEMA NOSSO !Mensagem enviada pelo espírito do escritor Guimarães Rosa – psicografada por Douglas Elias(http://douglas-elias.blogspot.com)

“Quando se tem sede e se colhe da fonte escassa e a cuia no desequilíbrio entorna para o chão de terra o tanto de água fresca , não adianta praguejar. Lamentar um pouco, talvez, senão pela cuia , a água e a fonte mas refletindo na não vigilância própria que se fez tudo perder” Esta foi a conclusão do mulato caboclo, andarilho nas áridas terras do sertão desejoso de se enricar, que sozinho, buscava encon-trar o veio virginizo do ouro e das esmeraldas de quilates raros. Sob o sol alto, andava enjeitando picadas nos arbustos tão se-

dentos quanto ele que rasgavam sua pele nos espinhos petrificados. Sonhava em ser barão. Viajar o mundo com sua Rosinha e os rebentos fazer cursarem a melhor das escolas. Antevia-se, luxuriante, na sua mansão com o melhor dos auto-móveis à disposição, com festas e os amigos a divertirem-se.Outrora, menino pobre mas de família que o fez homem honrado, nas lidas do trabalho pesado e as letras e contas do primário apren-dizado, esperto, também no baralho, conseguiu ganhar mais tostões inebriado nas ideias de uma vida de posses.

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Nos rodopios da capoeira ou nos banhos do rincão cardumado de peixes, nos coqueiros e nas bicas de água fresca ou sob o enlua-rado céu que crepitava a lenha na fogueira e a viola convidava a vila daqueles pescadores felizes a se confraternizarem; foi assim que o moço conheceu Rosinha, a bela morena respeitada filha do Babá da Jurema e Umbandista de missão. A moça também lhe queria e na firmeza de Oxun e Oxalá, ca-saram-se montando seu próprio casebre onde o amor lhe trouxe seus três filhos.Vivia feliz. Eram felizes. Mas foi só o turista requintado que por aquelas bandas visitava no deleite da vida natural que lhe fez um convite e algo estranho consi-go aconteceu : ele queria ser tão garboso quanto este outro. Precisava de dinheiro para tanto e assim, aceitou a troca das suas terras com a fadada mina de ouro e esmeraldas documentada pelo larápio. Desmedidas conversas e conselhos foram-lhe oferecidos e mesmo sua família lhe avisava do risco iminente, mas mesmo assim, teimoso, se mostrava. Discutiu com o Santo na gira de ajuda e amparo pois não acei-tava mais a simplicidade feliz da sua vida e queria muito ter dinheiro. Avisava que conseguindo, ajudaria todos e melhoraria a vida da vila. Prometia transformar numa Tenda o Terreiro e edificar altar mais nobre para os Santos, além de melhores acomodações para seu Pai de Santo, seu sogro . Justificava que tinha que evoluir pois as coisas estavam estagnadas por lá. Precisava trazer o progresso para si e para todos, mais confor-to, a tal da tecnologia, novas diversões,coisas finas e nobres como a dos homens da metrópole. Ousava questionando : “Todo mundo está evoluindo no mundo e nós cá, ainda no pilão?” Ele não conseguia perceber que evoluíam sim e também pelos conhecimentos que tinham, tanto da vida, da fé, da justiça, da gera-ção, da lei , e do amor, tão arraigados naquela comunidade extre-mamente unida, próspera,pacifica e transbordante de Luz, protegida pelos Orixás . Pois era isso que atraia os turistas , além das naturais belezas do lugar. A alegria daquela gente expurgava todas as misérias que os visitantes traziam nas suas férias de recreio.Foi assim que o portentoso industrial percebeu que seria um ótimo lo-cal para construírem complexo turístico e, falsamente, lhe convencera ao negócio da troca escusa, amealhando vários acres da nativa terra benfeitora, em troca de um veio de minas que detinha a propriedade, acusando que a idade não lhe deixava mais labutar e nem comandar empregados. Dizia, convencendo : Já ganhei tudo o que pude e agradeço ao bom Deus...devo passar a mina para alguém que mereça e penso em terminar meus últimos anos nessa paz que aqui tem até que o Pai me leve para o paraíso . Ouvindo-o, seu mental iluminava-se pela fascinação de uma vida burguesa e assim, isolou os seus guardiões, seus guias e am-paradores e, invigilante e surdo aos conselhos, adotou o falso amigo mas junto com ele, toda uma comitiva espiritual negativa e trevosa que mais lhe incentivaram ao torpe negócio. O fez, então, e com uma quantia em dinheiro, guarneceu sua família chorosa, ignorou os conselhos do Seu Babá e rumou célere celando seu cavalo e mais três outros tropeiros à tão fadada mina.

A esperança e a Fé lhe guiaram protegendo dos perigos, mas, meses se passaram e ainda não chegavam ao destino .Todos cansados, e ele mais ainda esforçando-se mais que os outros resolveram descansar, dormindo, mas quando acordou, viu que os tropeiros desistiram roubando-o a montaria, as guarnições e alguns pertences. Praguejou-os pois só lhe sobrava o facão , a bagana e as roupas do corpo. Olhou e do arvoredo seco que se sitiaram, via só o deserto seco à sua volta. Jogou-se ao chão. Praguejou e pensou em desistir e voltar, mas qual, já não possuía mais nada?! Como iria cuidar da família? Olhou os documentos e o mapa que trazia muito bem guarda-do e percebeu que atravessando aquelas áridas terras, chegaria ao lugar. Mesmo assim, sentiu uma forte vertigem, tonteou e retesando os olhos para o sol daquela manhã, viu a imagem de forte caboclo que de tão itinerante, fez com que ele fechando suas pálpebras, dis-sesse : “Mas vá-lhe anjo que não me cuida. Deixou até me roubarem? E vem dar conselhos! Vou conseguir o que almejo por mim mesmo e voltarei como pretendido. Deixe-me em paz” E assim, caminhou léguas e léguas quando já estropiado para desfalecer, encontrou pequena mina de água que só pingava e a ela se achegou, molhando sua garganta seca e enchendo sua bagana até a tampa, fechando-a com a cuia e lembrando-se saudoso : “Esta cuia foi presente do Babá...engraçado...ela ninguém rou-ba” E continuou na empreitada, andando dias e noites, caindo pelo cansaço e logo acordando empreendendo toda a sua força para con-seguir. Controlou a água que já não possuía mais que além do que desse para encher sua cuia e assim, esgotado, curvou-se no tronco da seca árvore que lhe emprestou a parca sombra, encostou-se em duas grandes rochas e, sem pensar, resolveu servir-se do ultimo gole da fresca água, pois assim, poderia talvez morrer com um pouco de paz. Mas algo aconteceu e sua cuia caiu ao chão. E estava lá, choroso, com poucas lágrimas para derramar do seu corpo desidratado que fazia sua mente descongelar a teimosia, finalmente, já que não tinha mais pensamentos para alimentá-la.Acudiu-lhe o seu guardião ao seu pedido que implorava não morrer e nova oportunidade. Inquirido sobre o que faria para tal, já que sua teimosia, rebel-dia e fascinação o fez confiar em quem sabia que não poderia ajudar nos seus planos, matutou sôfrego , respondendo-lhe :“Praguejei, meu guardião.Até o enxotei, mas tenha pena de um pobre aprendiz como eu e me ajude...provarei minha humildade” E assim, num gesto dementado, agachou-se e sorveu junto com o barro, a terra úmida das últimas gotas caídas ao lado da sua cuia, dizendo ainda : “Beberei no chão das minhas misérias, para me lembrar que a humildade é o melhor indicador para se evitar a servidão”. Minha soberba me cegou para a felicidade que já possuía e minha arro-gância envenenou minha razão, fascinando-a para coisas que não necessitava ...irônico pensar que o que nos fascina é o que pode nos tornar mais felizes , ao contrário do que realmente necessitamos e possuímos.

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Jornal Nacional da Umbanda ● página 5

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Estatelou-se moribundo ao chão, com a boca sorvida no barro ressequido, respingando nas pupilas dilatadas, mais ainda, no seu ultimo suspiro.Morreu.Alguns meses se passaram. Lá na vila em polvorosa, os antigos pescadores deliciavam-se com os ganhos aumentados nas novas lidas de operários da constru-ção e todos lucravam com a eminente migração e já traçavam planos para abertura de contas no primeiro Banco que lhe davam créditos à troca da alienação das suas propriedades e chafurdavam-se nos co-mezinhos luxuosos das rendas industrializadas que as lojas e grifes desnudavam da arte feita nos tecidos de algodão, cozidos com as tintas naturais retiradas da mata. E Rosinha, moça bonita, ainda saudosa, aceitava o pedido de casamento do anfitrião novo que trouxera tanto progresso e já lhe prometia ser a primeira dama, lamentando e aceitando as noticias mentirosas dos tropeiros maldosos , informando que o tal patrão, o novo , morreu no desabamento da falsa galeria da mina que nunca existiu. O Terreiro não se transformou em Tenda, mas, em seu lugar, com o falecimento do Babá, erguia-se imponente igreja evangélica fazendo os homens a experimentarem os primeiros ternos com gra-vatas, e as mulheres, vestidos longos de carmim adquiridos todos na loja do benfeitor que a patrocinava as escondidas, e assim, conse-guirem acessar a Deus e ao Cristo, como seus pastores prometiam, além de outras miseráveis inverdades. Noutro plano, de refazimento, acordava em espírito o mulato caboclo, acreditando ainda estar em vida mas, esclarecido do que lhe ocorrera, desabou em profunda lamentação pois não poderia mais cumprir o que prometeu .Recuperando-se um pouco, ainda com a miséria da não aceitação a assaltar-lhe a mente, comungou com seu Guia, aceitando dele, enfim , a orientação : “Acalme-se, irmão,pois há sempre um recomeço que não pode ser o mesmo. Terá outras oportunidades, mas atente-se para o que percebeu no tocante à vida e que sirva como exemplo”“Mas, qual a lição, Divino Guia se sei que fui o errante e malquere-dor?” “Lições, irmão, que resumo assim :- quem não valoriza o que se tem, o que se conquistou na vida, sem-pre procura nos outros um modelo de felicidade e assim, o sentido da inveja o atraí facilmente para o que é falso;- estes sentimentos vêm acompanhados com teimosias e arrogân-cias, melindrando caminhos terríveis com falsidades , mentiras e dis-putas de poderes que quando se consegue, não se encontra fim , pois a felicidade é relativa ao que se é, não ao que se tem ;- o sentido da Vida é Amor e Felicidade onde sua expressão da vida atrai –ou não- o que precisa para realiza-la. Também, que nossas ações, emoções e expressões encon-tram canais de ligação coletivos pois quando um se desequilibra e não atende o amparo de quem pode reequilibrar, desequilibra a mui-tos. Foi o que ocorreu contigo pois que era o líder de sua comu-nidade. Lá, seus moradores já possuíam as conquistas dos sentidos mais nobres da vida humana : dedicavam-se com amor nas diferen-ças, compreendendo um ao outro e ajudando-se mutuamente, atrain-do harmonia, saúde, paz e – acredite -, muitos guias usavam sua

comunidade, na tenda de Umbanda, para ajuda e amparo nos socor-ros de outros irmãos de outras localidades pois lá possuía o elemento principal, que é a fé e o Amor. Estes, atrairiam tudo no equilíbrio da evolução verdadeira pois sua comunidade, nas gerações dos filhos dela, respeitando a base que era singela, o faria ser um modelo de vida para muitos do mundo. Veja o que um desequilíbrio, um erro, tem suas reações. “Você se desequilibrou e desequilibrou muitos”“Oh, meu Senhor, o caso é mais grave ainda. Deverei afundar nas trevas ?” “Se fosse assim, agora lá estaria, mas sua consciência acusa o amor e tem amparadores que intercedem por você. São seus pais e avós que você os ajudou muito em vida. Lastimam a derrota dos Luzeiros,como eu também, mas sabemos que podemos resgatar mi-lhares , pois a semente ainda está forte na categoria dos seus filhos. Deveis ampara-los e livrar a sua vila, agora cidade, das som-bras” Lembre-se : Olorum, Nosso Senhor da Vida e Nossos Sagra-dos Orixás esperam que em nossa vida, tenhamos a compreensão que nos relacionamentos, há muito mais que simples contatos. São fios invisíveis que ligam-nos nas expressões e sentidos . Quando al-gum dos relacionados se desequilibram, desequilibra a muitos. Por isso que é falsa a questão de “Cada um com Seu Proble-ma”, senão na semântica, mas nos sentidos, pois enquanto houver alguém desequilibrado no mundo, o mundo não encontrará paz pois contagiará outros e mais outros. Ao contrário, quando houver paz, compreensão, amor e fé, As Vibrações Orixás, de Todos, conseguirão projetar-se em cada mente e coração do homem e assim, também em cadeia, contagiar mais e mais, até a toda a criação. Isso já se dá pelo conhecimento. Por ele, os homens podem se liberar de tantas perseguições e haverá um selecionamento final, re-servando uma terra mais árida, para aqueles que permanecem áridos as coisas Verdadeiras, da Vida e do Espírito. Deverá ir e também ensinar, pois agora sabe que :PROBLEMA SEU? Não ! Problema nosso !Devemos mesmo cuidar de nós mesmos, mas fazendo a coisa certa, perdoar, ajudar, compreender a todos em nossa volta ! Seu exemplo pode servir para todos que, algum dia, projetou em demasia o egoísmo e sem compreender, transformaram a vida dos outros em tormento. E servirá também para aqueles que, acusando estes vícios em si, manobrem sua vida para o caminho certo, ligando-se e religando nas suas atitudes, ações e expressões enquanto humanas, positivida-des, compreensões, amor. Este o caminho para a real felicidade! (nesse instante,vejo a pena delicada e sutil de senhor garboso, de óculos e muito bem apru-mado, reiterando ainda nas escritas que sempre questionou as coisas de Deus, nos ensinamentos da Religião Católica em sua última en-carnação , sendo amparado pelos espíritos dos caboclos que tanto descrevera na inspiração em seus livros e romances, quando do seu desencarne, deverás, que não cumpriu assim toda a sua missão. De-veria esclarecer o povo pelo conhecimento nas letras do real significa-do da Vida e os Caminhos para o Homem encontrar-se em Deus)“Ignonimia! Liquefaz como gaz a soberbia Quando o corpo não se encontra em toda a sua maestria

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Mas existe em espírito indo para este mundo novo.De cujo aprendizado logo me fiz humilde, Pois o caboclo sertanejo que tanto retratara ignorante, Foi o anjo que me curou e hoje ainda me alimenta para que possa transmitir meus versos. Eis que a simplicidade prova que o homem, na sua astúcia em renegar as coisas Divinas , transforma-o no profeta das sombras.

Guimarães Rosa !

“O inicio do médium Umbandista”

Enviao por Junior Pereira( Autor desconhecido )

Um médium iniciante foi falar com o Dirigente do terrei-ro, estava ansioso em saber algumas coisas: - Pai preciso saber urgente quem são meus Orixás, e com quais entidades vou trabalhar! - E por que esta pressa meu filho? – Respondeu o diri-gente. - É que tenho amigos em outro terreiro e quando soube-ram que eu estava frequentando a Umbanda, me fize-ram estas perguntas e eu não soube responder. - Vou te ensinar a resposta.

Quando te perguntarem novamente responda: “Sou fi-lho do Orixá Humildade e do Orixá Caridade, as entida-des com as quais vou trabalhar são Fé, Amor, Paciência e Perseverança.” O médium ficou olhando sem entender as palavras do dirigente, que continuou: “Na Umbanda não temos de nos preocupar quem são nossos Orixás, temos o dever de cultuar a todos com a mesma fé e amor, de nossas entidades o que menos vai importar é seu nome, devemos sim nos preocupar em ajudá-las a transmitir àqueles que os procurarem as energias positivas e a paz que procuram.”

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Entendendo a UmbandaCapítulo 12 – Migração religiosa

Por: Newton C. Marcellino – E-mail: [email protected] As dúvidas surgem por todos os lados e, neste capítulo, vemos a sacer-dotisa Sofia respondendo, aos membros do terreiro onde é dirigente, sobre as pessoas que saem do terreiro e vão para outro e até mesmo aquelas que vão para religiões neo-pentecostais. - Sofia – perguntou uma mulher – minha vizi-nha vive me convidando para ir à igreja evangélica, na qual ela é frequenta-dora, alegando que meus olhos se abrirão perante Jesus, e assim abando-narei o caminho errado da macumba. Por que evan-gélicos insistem nesse assunto se estamos real-mente felizes com nossa escolha religiosa, e por-que alguns umbandistas migram para o neopente-costalismo? - Não posso ge-neralizar esta respos-ta - para não incorrer no mesmo erro que alguns sacerdotes dessas igre-jas - mas posso dizer que, algumas igrejas, visando aumentar seu séquito e, consequentemente suas finanças, promovem uma grande campanha para trazer para seu rebanho o máximo de pessoas e assim, em nome de Je-sus, expandir sua supos-ta religião caritativa. Os sacerdotes dessas igre-jas entram num jogo de vale-tudo, ignorando as palavras de amor e com-preensão de Jesus, in-centivando o preconceito e a intolerância aos seus seguidores, contando his-

tórias fantasiosas e de-moníacas sobre outras religiões, principalmente a Umbanda. Dizem eles que, o único e verdadeiro Cristo é aquele pregado em suas bíblias e que, o Jesus que respeitamos, sincretizado com Oxalá, faz parte de um panteão diabólico. Além disso, graças a muitas igrejas, a palavra macumba se tornou popu-larmente conhecida como um monte de lixo joga-do nas esquinas, cheios de comida, bebida, muito sangue e pedaços de ani-mais, entregue para sata-nás. Só devemos ter pena e pedir aos nossos guias espirituais que per-doem e orientem bem esses nossos irmãos sa-cerdotes, pois eles não sabem o que dizem. Quanto aos um-bandistas, que saem da Umbanda para outras re-ligiões, em primeiro lugar eles exercem o livre ar-bítrio divino, e merecem estar em um lugar que, para eles, é melhor do que aquele onde estavam. A Umbanda tem seu foco voltado à cari-dade e deixa suas portas abertas a todos, incluindo pessoas de outras religi-ões, mas em alguns ca-sos, sacerdotes cometem o erro de não repassar seus conhecimentos aos membros do terreiro e aos consulentes, gerando desconforto e ignorância sobre o assunto. Umban-distas – que são pessoas naturalmente ativas e que

participam de rituais – pro-curam por informações e, por não encontrar no terreiro que frequentam, buscam outros lugares, incluindo igrejas. Infeliz-mente, ao sair de um ter-reiro e ir para uma igreja, o ex-umbandista rechaça ainda mais os problemas que ele encontrou em sua jornada espiritual: a falta de informação e até pos-síveis excessos de auto-ridade por parte do anti-go sacerdote, e propaga isso como se a umbanda, como um todo, fosse um poço de erros em sua ex-periência. - Mas, Sofia, se o umbandista é ativo e gos-ta de participar de rituais, o que ele vai fazer em uma igreja, onde ficará apenas sentado, assistindo o ritu-al? - O ritual de uma igreja pode parecer extáti-co, mas não é. Nos rituais há festas, campanhas, as pessoas cantam, batem palmas e até dançam, jus-tamente para não perder o público ativo. Obviamen-te, isso é louvável, e muito admirado por aqueles que deixaram para trás uma umbanda ditatorial. Até mesmo, por isso, vemos portas de terreiros se fe-chando e, no mesmo lo-cal, abrindo novas igrejas. - Você dizendo as-sim, parece-me tentador ir para uma igreja! - É exatamente essa a ideia das igrejas! Um lugar muito bom, que diz ótimas palavras so-bre, e de Jesus, e ainda, possui festas, agitação e

união dos irmãos. Isso é muito bom para os segui-dores dessas igrejas. Que Oxalá abençoe a todos eles! A diferença de crença é o ponto delimita-dor entre as religiões. Por um lado, temos as igrejas pautadas na bíblia, e de outro, os terreiros, que além da bíblia (quando seguida), possuem toda a sabedoria dos guias espi-rituais com suas palavras de consolo; o uso das er-vas para limpeza e cura; o poder dos orixás; o toque forte dos atabaques (se houver); a ritualística que envolve todos aqueles que desejam participar. É questão de esco-lha. - Como mudar esse quadro de migração? - Simples! Os sa-cerdotes umbandistas devem repassar seu co-nhecimento; incentivar o estudo e a leitura de livros; mostrar a face rica dos ri-tuais de umbanda para todos; quebrar a ideologia de matança, impregnada no inconsciente coletivo; incentivar encontros e festas entre as pessoas da comunidade; abrir, de fato, as portas para a po-pulação do entorno do ter-reiro, mostrando que ali, também se faz caridade; receber muito bem a as-sistência e orientá-la de acordo com os preceitos adotados. - Se é simples, por-que os sacerdotes não fa-zem isso? - Por que precisam abrir mão, primeiramente,

da arrogância e egocen-trismo que criaram em tor-no de sua figura. Muitos se acham detentores do conhecimento e dominam seus seguidores dosando-lhes, a conta-gotas, ensi-namentos escassos e reti-centes. Há casos em que não conseguem nem man-ter o mínimo de educação aos membros e consulen-tes, onde a humilhação e a violência moral imperam no terreiro. - Outro dia, Sofia, encontrei um livro de um sacerdote neopentecostal, falando sobre os orixás, Candomblé e Umbanda. A impressão que tive é que havia muita coi-sa errônea naquelas pági-nas. O que você acha dis-so? - Para os seguido-res deste sacerdote, o li-vro pode ser orientador e balizador sobre a demoni-zação das chamadas reli-giões afro-brasileiras, pois é esta a intenção do livro. Para nós, que co-nhecemos de perto o as-sunto abordado, o livro poderia ser resumido com os dizeres: “não faço a menor ideia do que estou escrevendo, mas vou ga-nhar muito dinheiro com essa baboseira”! - Mas esse sacer-dote se diz ser ex-pai-de-santo de um terreiro. - Lembra o que eu disse antes sobre a falta de informação e nos erros que alguns sacerdotes de umbanda oferecem aos seus seguidores? Se, de fato, essa

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pessoa foi um pai-de-san-to, provavelmente apren-deu tudo errado de seu antecessor – a prova é o livro escrito por ele – e, não contente com a situ-ação que se encontrava no terreiro que fazia parte, talvez pelas contradições e falta de informações, mi-grou para outra religião. Há quem diga que ele foi um pai-de-santo sim, mas escreveu tal li-vro invertendo todo o co-nhecimento adquirido, justamente para aumentar ainda mais o poder sobre aqueles que desconhe-cem o assunto. Indepen-dentemente das divergên-cias sobre essa história, o que importa é aquilo que ele escreveu: mentiras e falsidades sobre outras religiões em defesa da própria causa. - Conheço uma

pessoa, Sofia, que fre-quenta um terreiro que faz matança, mas ela não compartilha com isso, e quer sair de lá. O problema é que essa pessoa acha que não encontrará um terrei-ro “bom” para ir. O que ela deve fazer? - Ora! Se essa pes-soa não está se sentindo bem no terreiro que fre-quenta, o melhor que ela faz é sair de lá! Uma vez detectado o problema, os guias espirituais que tra-balham juntamente com essa pessoa, a alertam sobre sua saída, abrindo caminho para que encon-tre outro lugar para fre-quentar. Mesmo que leve certo tempo para encon-trar um lugar “bom”, essa pessoa precisa entender que o plano espiritual está

lhe preparando algo muito melhor para ir. Paciência é o remédio para este caso. Para deixar claro, não existe terreiro “bom” ou terreiro “ruim”, em ter-mos comparativos, segun-do livros ou cartilhas de Umbanda. O terreiro só passa a ser bom ou ruim para a pessoa que o visita ou o frequenta, de acordo com suas necessidades, ex-pectativas, conhecimen-tos e ideais religiosos. O que é bom para um pode ser péssimo para outro, graças à lei do livre arbítrio. O que existe é sa-cerdote com opinião “erra-da”, quando diz que o seu é melhor do que o outro. Pura pretensão e orgulho. Devo registrar tam-bém que os sacerdotes umbandistas ditadores, ou

que não repassam seus conhecimentos aos mem-bros do terreiro são, feliz-mente, a minoria. Várias vertentes da Umbanda possuem, além do ensino voltado aos seus membros, cursos abertos a pessoas interes-sadas. E esses cursos es-tão aumentando de ma-neira surpreendente, tanto no conteúdo, quanto na qualidade e nos alunos. Isso é ótimo para o forta-lecimento da Umbanda. - Em minhas ora-ções, peço que Ogum abra os caminhos dessas pessoas que saem de um terreiro e vão para uma igreja – disse uma senho-ra. - Se nós umbandis-tas acreditamos num orixá com grande poder de abrir nossos caminhos, como

é o caso de Ogum, não podemos aceitar a ideia de que este mesmo orixá, com toda sua sabedoria, fecharia os caminhos das pessoas de outras reli-giões, e até mesmo, de outros terreiros que não aquele que frequentamos. Os caminhos de to-das as pessoas neste pla-neta estão abertos, para ir e vir pelas religiões, pois esta é a vontade de nosso pai Olorum, o mesmo que ditou a lei de livre arbítrio, pois assim, qualquer um pode sentir e receber todo o poder divino, segundo suas necessidades, es-tando aonde estiver. Cabe a nós, um-bandistas, entender isso e respeitar todas as varia-ções religiosas, seja qual for, até mesmo de outras umbandas.

DE TANTO SE REPETIR UMA MENTIRA, ELA ACABA SE TRANSFORMANDO EM VERDADE.

Átila Alexandre Nunes – E-mail: [email protected] Joseph Goebbles foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, utilizando com maestria os meios de comuni-cação dos anos 40. Uma de suas mais famosas declarações: “de tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade”.É o caso das seitas eletrônicas, comandadas por fanáticos, que in-festam as madrugadas e as manhas dos fins de semana da TV bra-sileira. Alguns de nossos irmãos são levados a crer - por causa da maciça propaganda nos programas religiosos no rádio e na tv -, que só existe UM movimento de migração religiosa: a de espíritas na di-reção dos cultos evangélicos. Não é verdade! O que jamais é divulgado por eles, é que milhares de “obrei-ros” que se sentiram enganados - desiludidos e mais empobrecidos, - abandonam essas seitas eletrônicas. Alguns desesperados procuram outras seitas eletrônicas, na esperança de ainda alcançarem a “pro$peridade” . E continuam dan-do seu dinheiro em forma de dízimo e outras doações, na esperança do sucesso. São convencidos de que quanto mais doarem em dinhei-ro, mais serão “abençoados”... Outras pessoas, decepcionadas com as igrejas eletrônicas,

reencontram-se nos centros espíritas, de Umbanda e nos terreiros de Candomblé. Só que esses casos, raramente são divulgados. Semanalmente, no programa “Melodias de Terreiro”, recebe-mos mensagens de ex-evangélicos que optaram pela Doutrina Espí-rita, pela Umbanda e o Candomblé. É importante, portanto, ter consciência de que anualmente, milhares de “obreiros” abandonam as igrejas eletrônicas, absoluta-mente decepcionados. E olhando à nossa volta nos terreiros, onde encontramos uma grande quantidade de jovens (o que indica uma renovação de nossa fé), chamo atenção para um detalhe importante. O que leva um umbandista a abandonar a Umbanda? A trocar de religião? Os umbandistas que são cooptados - na sua maioria esmaga-dora - foram frequentadores eventuais de terreiros. Foram pessoas que nem vestiram uma roupa de santo sequer, que nunca tiveram qualquer noção do significado da verdadeira Umbanda. Eram pessoas que apenas frequentavam terreiros em busca da solução de seus problemas pessoais, e não para cumprirem uma missão mediúnica. Nossos irmãos - os que têm sua mediunidade consolidada pelos seus guias -, jamais deixam nossa crença em busca dessas

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igrejas eletrônicas. Não há como renegar esse dom fantástico, divino, que é a mediunidade. O estrategista da propaganda nazista, Joseph Goebbels, se gabava em afirmar que “de tanto se repetir uma mentira, ela acaba se trans-formando em verdade”. E é isso que se vê na TV brasileira: falsos evangélicos, chefes de seitas eletrônicas, que estimulam o fanatismo e o ódio religioso contra os espíritas, repetindo à exaustão que umbandistas abandonam a Umbanda em direção aos templos evangélicos. Portanto, a cada “testemunho” na TV de alguém que diz ter abandonado a Umbanda para ingressar numa seita eletrônica, tenha a ab-soluta certeza, de que tem um “obreiro” que abandonou decepcionado (e mais empobrecido) esta mesma seita. E que pode ter procurado um terreiro. Com o saravá do seu irmão UMBANDA UNIDA, UMBANDA FORTE!

O PONTO NEGROPor: Dinalva Faria - e-mail: [email protected]

Certo dia, um pro-fessor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando as-sustados o teste que viria. O professor foi en-tregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que to-dos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto ne-

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gro, no meio da folha. O professor, ana-lisando a expressão de surpresa que todos fa-ziam, disse o seguinte: - Agora, vocês vão escrever um texto so-bre o que estão vendo. Todos os alu-nos, confusos, come-çaram, então, a difícil e inexplicável tarefa. Terminado o tempo, o mestre recolheu as fo-lhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exce-ção, definiram o ponto negro, tentando dar ex-

plicações por sua pre-sença no centro da folha. Terminada a lei-tura, a sala em silên-cio, o professor então começou a explicar: - Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centra-lizaram suas aten-ções no ponto negro. Assim aconte-ce em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para ob-servar e aproveitar, mas sempre nos centraliza-

mos nos pontos negros. A vida é um pre-sente da natureza dado a cada um de nós, com ex-tremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre! A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o em-prego que nos dá o sus-tento, os milagres que diariamente presencia-mos. No entanto, insistimos em olhar ape-nas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocu-pa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil

com um familiar, a de-cepção com um amigo. Os pontos ne-gros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diaria-mente, mas são eles que povoam nossa mente. Pense nisso! Tire os olhos dos pontos negros de sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento que o Criador te dá. Tranqüilize-se e seja feliz.

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U M B A N D A Por: Renzi - e-mail: [email protected]

A Umbanda tem urgência de ser estu-dada, está necessitada e, precisa levar seus filhos a estudarem e, ai sim, a praticarem. A Umbanda precisa com urgência de colocar em seus terreiros o estudo. É neces-sário que se tenha algo de concreto em suas bases. Estamos cansados de ver a Umbanda Empírica, onde seus médiuns só praticam o que o “Guia Falou ou O Pai Tal determinou”. Temos que nos espelhar nas grandes e sérias religiões. É Muito comum hoje em dia ver uma pessoa passar por consulta e o guia que a atendeu dizer a ela que ela tem que se de-senvolver na Umbanda, mandam que ela re-torne ta l dia, ela vem, colocam-na na gira, começam a girá-la sem ao menos darem uma mínima explicação do porque ela esta sendo submetida a este procedimento e muito me-nos lhe explicam que ela irá receber um espí-rito (seu guia). Muitos centros estão começando a le-varem seus filhos a estudarem e vem contri-buindo em muito para a educação mediúni-ca de seus filhos. Raríssimos são os centros de Umbanda que tem um estudo iniciatico umbandista para suas crianças, sigamos o exemplo dos centros espíritas Kardecistas onde preparam suas crianças através da evangelização infantil. O católico e o evangélico estudam a Bíblia Sagrada O espírita estuda o evangelho segun-do o espiritismo, o livro dos espíritos e o livro

dos médiuns. E o UMBANDISTA o que ele estuda? Temos hoje graças ao nosso “Pai Olo-rum” obras fantásticas que nos tiram dos olhos a venda que nos cegavam dês do inicio de nossa religião, cito e sugiro sem demagogia os livros que deveriam ser implantados como currículo a todos os Médiuns nos Terreiros de Umbanda. O Código de Umbanda e seus quatro livros:1 – A Ciência dos Orixás2 – Orixás3 – Doutrina e ritual de Umbanda4 – Magia de Umbanda Doutrina e Teologia de Umbanda Sa-grada As Sete Linhas de Umbanda Orixás Teogonia de Umbanda Orixás Ancestrais – A Hereditariedade Divina dos Seres Todas estas obras citadas do nosso “Pai Rubens Saraceni deveriam ser estuda-das dentro dos centros Umbandistas pelos seus médiuns sem se preocuparem de quan-to tempo vai levar a preparação do iniciado. A meu ver para que a Umbanda cresça e se fortaleça tem que ter cursos nos Terrei-ros para todos seus mediuns e freqüentado-res independentes que sejam médiuns de in-corporação ou não. A Umbanda necessita de médiuns sensitivos, telepático, cura, passistas, doado-res, colaboradores do trabalho, assistentes,

recepcionistas etc. etc. Todos os freqüenta-dores do terreiro têm que ser útil para a co-munidade Umbandista tem que ser aprovei-tados quer nos trabalhos comunitários ou nos trabalhos assistenciais. Muitos” Pais e Mães “tem que descer do pedestal e implantar uma religião que não vai se acabar quando eles desencarnarem tem q ue se perpetuar”. Na organização do terreiro, à parte de estudos tem que ter prioridade, veja bem não estou falando em suspender os trabalhos mediúnicos, não, estou falando da Umbanda Compacta, da Umbanda concreta. Nos que pertencemos à casa de Pai Rubens neces-sitamos reciclar nossa maneira de conduzir nossos trabalhos em nossos núcleos religio-sos se necessário for começar de novo, re-cetarmos tudo que vimos e aprendemos e começarmos a implantar a Umbanda que irá perpetuar. A Criação de grupos de estudos da Re-ligião de Umbanda se faz Urgencia, pois Um-banda e Religião, Filosofia de Vida, e Ciencia e só fazermos uma comparação com o que aprendemos dentro do Colegio de Umbanda “Pai Benedito de Aruanda” e com os muitos absurdos que tem por ai. Somos um grupo de estudos que auxi-liamos ao próximo dentro do que nos é pos-síveis e passamos aos assistidos a Umbanda de nosso Mestre, nosso Pai Rubens Sarace-ni.Núcleo de Estudos de Umbanda “Caboclo Ti-biriçá” - Suzano SP.

A PRIMEIRA SESSÃOUM NOVO CULTO

Por: Ricardo Belizário - e-mail: [email protected] escrito por: Tenda Espirita Nossa Senhora da Piedade

Fonte: http://passarosdeumbanda.blogspot.com.br

No dia seguinte, na rua Floriano Peixoto, 30, na casa de Zélio de Moraes em São Gonçalo, próximo das vinte horas, estavam presentes membros da federação espírita, parentes, amigos, vizinhos e uma multidão de desconhecidos e curiosos, para verificar os acontecimentos. Pontualmente às vinte horas, o Caboclo das Sete Encruzilhadas incorporou e iniciou o novo culto, proferindo as seguintes palavras:- Aqui inicia um novo culto, em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnados não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. Perguntaram, os presentes qual seria o nome do novo culto.- O novo culto se chamará Umbanda. Ainda perguntam:

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- O que quer dizer Umbanda? O espírito responde:- A manifestação do espírito para a caridade. Ainda lhe perguntaram qual seria a base de seu novo culto e ele respondeu:- A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus, e Cristo como mestre supremo. Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20 às 22 horas, determinou que os participantes devessem estar vestidos de branco e o atendimento seria gratuito. Ainda falou como se chamaria o novo grupo:- O grupo irá se chamar Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, pois, assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a Tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição. Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. O Caboclo foi atender um paralítico e um cego, dizendo:- Avistem todos: Se tem fé levanta, que quando chegardes a mim estarás curado. Assim iniciou as primeiras curas na nova religião. Após trabalhar fazendo previsões, passes e doutrinas, informou que deviera se retirar, pois outra entidade precisava se manifestar. Após a “subida” do Caboclo, incorporou uma entidade que parecia um senhor velho, saindo da mesa se dirigiu a um canto da sala onde permaneceu agachado. Sendo questionado do porquê não se sentar na mesa respondeu: - Nego num senta não meu sinhô, nego fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nego deve arrespeitá. Após insistência ainda completou:- Num carece preocupa não. Nego fica no toco que é lugar di nego. E assim continuou dizendo outras coisas, mostrando a simplicidade, humildade e mansidão daquele que, trazendo o estereótipo do preto-velho, identificou-se como Pai Antônio. Logo cativou a todos com seu jeito. Perguntaram-lhe se ele aceitaria algum agrado, ao que res-pondeu:- Minha cachimba, nego qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca. Todos ficaram perplexos, pois sem saber, estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento a ser utilizado como material de trabalho dentro da Umbanda. Na semana seguinte, sobraram cachimbos, visto que todos os que presenciaram as palavras de Pai Antônio trou-xeram o elemento por ele solicitado, escolhendo ele o mais simples de todos. Assim, o cachimbo foi instituído na linha de pretos - velhos. No dia seguinte, formou-se verdadeira romaria em frente à casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns, que eram tidos como loucos, foram curados.

ORAÇÕES UMBANDISTASORAÇÃO AO PAI OXUMARÊ

Por: Rafael Martins Marcondes - e-mail: [email protected] e Divino Pai OxumarêClamamos vossas sete luzes divinas renovadoras dos nossos sentimentos já cansados e esgotados pela luta do ser e existir.Amado Pai nos envie vossos fatores positivos para que inundados com eles possamos ser instrumentos renovadores na vida do nosso semelhante e na nossa vida.Dilua todos negativos que vivem no nosso intimo, todas as impurezas e vícios que carregamos no decorrer de nossas encarnações.Envolva com suas cores vivas todos espíritos sofredores que estejam ligados a nós neste momento ou por cordões cárpicos, e envolvidos nas vossas cores sagradas que eles sejam curados, tenham suas dores aliviadas e seus mentais reequilibrados dos tormentos terríveis que eles carregam, dilua meu Pai e renove neles os sentimentos positivos e a busca pela evolução rumo ao Divino Criador Olorum.Pai também clama mos que envie suas forças renovadoras aos hospitais, presídios, orfanatos, asilos e a todos que im-ploram por uma nova chance de evoluir e que se encontram na escuridão por ter se afastado do Divino Criador.Olhe por nossos familiares e amigos encarnados ou desencarnados que eles recebam a benção das sete luzes vivas e divinas do Arco Íris Sagrado.E por fim meu Pai ilumine todo planeta, leve vossas cores aos que só enxergam escuridão e nos livre dos tormentos negativos, nos proteja hoje e sempre na nossa caminhada evolutiva no maravilhoso Planeta Terra!AmémSaravá o Divino Pai Oxumarê

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Oração da NoiteEnviado por: Evandro Fernandes - e-mail: [email protected]

Boa noite, Pai. Termina o dia e a Ti entrego o meu cansaço. Obrigado por tudo e perdão. Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos. Pela alegria que vi no rosto das crianças. Obrigado pelo exemplo que recebi dos outros. Obrigado também pelo que me fez sofrer ... Obrigado, porque naquele momento de desânimo me lembrei de que Tu és meu Pai. Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, Pelo meu desejo de superação. Obrigado Pai, porque me deste uma mãe compreensiva e carinhosa. Perdão também, Senhor ... Perdão por meu rosto carrancudo. Perdão porque me esqueci de que não sou filho único, mas irmão de muitos. Perdão Pai, pela falta de colaboração, pela ausência do espírito de servir. Perdão porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto. Perdão por ter aprisionado em mim a Tua mensagem de Amor. Perdão porque não estive disposto a dizer o “sim”, como Maria. Perdão por aqueles que deveriam pedir-Te perdão e não se decidem a fazê-lo. Perdoa-me Pai, e abençoa meus propósitos para o dia de amanhã. Que ao despertar, me domine um novo entusiasmo. Que o dia de amanhã seja um contínuo “sim”, numa vida consciente. Boa noite Pai, até amanhã.

ORAÇÃO AO PAI OGUM NARUÊPor: Pablo Araújo - e-mail: [email protected]

Meu amado pai Ogum Naruê, general do divino Pai Maior Ogum,comandante de seus exércitos amparadores da vida e estabelecedores da ordem. Guia-me na senda luminosa da Tua lei Divina meu Pai.Conduza-me com sua lança ordenadora e limitadora de minhas ações,sempre que enveredar por caminhos tortuosos.Que vossa mão firme sempre me oprima,quando pensamentos rotos e desejos sombrios eu venha externar contra meu semelhante.Que a vossa espada da mão esquerda paralise-me,sempre que emitir algum juizo contra meu semelhante,achando-me no direito de julgar as suas ações humanas.Arranque de meus olhos a venda escura,que em certos momentos de minha vida não permite enchergar no próximo um irmão.Não tire-me a dor se ela me servir de punição,diante a dor alheia que eu tenha semeado quando caminhava nas trevas da ilusão que turvavam meus sentidos.Meu senhor, ampare-me e permita resgatar meus erros, falhas e pecados.A curar as dores alheias que apareça no meu caminho que é vosso caminho,pois consagro a tí senhor Ogum Naruê o amparo ordenado do meu retorno à vida.Dispa-me dos meus vícios humanos e cubra-me com vossa capa celestial,para que sob o vosso amparo eu venha ser um instrumento digno aos olhos de Deus nosso Divino Pai Olorume assim vibra-lo à todos meus irmãos. (Amem)

PRECE DE OBALUAIÊFonte:http://ronitaeliane.blogspot.com.br

Mestre das almas!Meu corpo está enfermo...Minha alma está abalada,Minha alma está imersa na amargura de um sofrimentoQue me destrói lentamente.Senhor Omolu!Eu evoco - ObaluaêOh! Deus das doençasOrixá que surge, diante dos meus olhosNa figura sofredora de Lázaro.Aquele que teve a graça de um milagreNo gesto do Divino Filho de Jesus.Oh! Mestre dos mestresObaluaêTeu filho está enfermo...Teu filho se curva, diante da tua aura luminosa.Na magia do milagre,Que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento...Socorre-me...Obaluaê...Dai-me a esperança da tua ajuda.Para que me encoraje diante do martírio imenso que me alu-cina,Faças com que eu não sofra tanto - Meu PaiSenhor Omolu!Tu és dono dos cemitérios,Tu que és sentinela do sono eterno,Daqueles que foram seduzidos ao teu reino.Tu que és guardião das almas. que ainda não se libertou da matéria,Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu fi-lho.Que se debate no maior dos sofrimentos.Salve-meAqui estou diante da tua imagem sofredora,Erguendo a derradeira prece dos vencidos,Conformado com o destino que o Pai Supremo determinou.Para que eu suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos.Salve minha alma desse tormento que me alucina.Tome meu corpo em teus braços.Eleva-me para teu reino.Se achares porém, que ainda não terminou minha missão neste planeta,Encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resig-nação.Alivia meus sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar.Eu te suplico, mestre!Eu me ajoelho diante do poder imenso,De que és portador.Invoco a vibração do Obaluaê.A - TÔ - TÔ, Meu Pai.Obaluaê,Meu Senhor, ajude-me !

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ENTENDENDO A UMBANDA - OFERENDAS NA NATUREZAPor: Newton C. Marcellino - e-mail: [email protected]

Vamos falar de um assunto importante: as oferendas na natureza – disse Sofia aos membros do terreiro. Nós, umbandistas fazemos as oferendas em sinal de respeito, devoção e também como agradecimento aos Orixás. Respeitamos a força e energia emanada pelos Orixás. Nossa devoção demonstra a nossa fé e amor. Agradecemos pelo poder que nos revitaliza e revigora, nos unindo diretamente ao criador. Ao irmos ao local sagrado dos Orixás - matas, cachoeiras, pedreiras, praias, lagos, lagoas, mares, campos floridos, entre tantos outros - caminhamos ao encontro das energias puras divinas que, aliadas à nossa fé, nos ligam ao poder do Orixá. A oferenda que entregamos pode conter frutas, flores, bebidas e ervas, que serão imantados por nosso axé e oferecido em seguida. Esse nosso axé depositado nessa oferenda é usado pelos espíritos responsáveis pelo local sagrado em nosso benefício e às pessoas necessitadas. Só que há um ponto que causa controvérsias entre sacerdotes e pensadores da Umbanda: deixar ou não deixar a oferenda no local sagrado? Em minha opinião, como sacerdotisa que visa à proteção ambiental, é a de que não devemos deixar nada na natureza, e explico por que. A parte óbvia é a de que, o que levamos e deixamos na natureza vira material em decomposição e lixo. Toda comida contida na oferenda assim como flores, folhas, bebidas e até mesmo materiais naturais como barro ou madeira, entrarão em decomposição com o passar do tempo, atraindo animais e aves que, muitas vezes, não fazem parte do habitat, o que desestabiliza a cadeia alimentar. Materiais como vidros, plásticos, metais, parafina, entre outros, levam dezenas ou centenas de anos para se decompor, logo, de imediato, é lixo. Há também a parte que muitas vezes é ignorada por muitos seguidores da Umbanda, que é o fundamento da oferenda, e é nesse ponto que existe a controvérsia. Suponhamos que vamos fazer uma oferenda na mata. Preparamos todos os materiais, colocamos tudo em seus devidos lugares, acen-demos as velas, rezamos, depositamos nossa fé, fazemos o agradecimento, seguimos à risca todo o ritual que aprendemos. Nosso axé foi depositado na oferenda desde o momento que adquirimos os materiais até onde rezamos e agradecemos ao Orixá homenageado. A magia do fogo contida na vela foi devidamente orientada com nossa oração. A disposição dos materiais da oferenda abriu um portal de ligação entre nós e as energias contidas no planeta e no espaço. A energia contida na bebida, na comida, nas folhas e flores, também foi orientada de acordo com nossa oração. Outras formas de estímulo magístico também são ativadas se forem devidamente feitas, como riscar ponto com pemba ou cantar um ponto do orixá. Esse processo todo de fazer uma oferenda para um Orixá pode levar vários minutos e em alguns casos, horas. Arriar uma oferenda numa encruzilhada urbanizada, e sair o mais depressa possível dali é uma coisa feita por aquele que não faz a menor idéia do que está fazendo, não deposita e não recebe nenhum axé e erra, inclusive, ao acreditar que está oferendando a Exú, mas na verdade está fazendo uma oferenda a qualquer espírito que estiver ali, desejoso de suprir suas necessidades de vícios. Analisando calmamente o ato de ofertar, todo o axé emitido por nós e o axé recebido dos Orixás, é algo que dura poucos segundos, no máximo um ou dois minutos - que sabemos que estamos emitindo e recebendo axé por causa da vibração do nosso corpo. A vela que acendemos normalmente dura quatro horas para queimar e, segundo alguns magos, ela deve ser queimada até o fim. Concordo, mas também acho que podemos levar uma vela que dure menos, talvez uma hora, que é o tempo que dá para esperar a queima total, enquanto refletimos e rezamos por aquilo que fomos buscar com a oferenda. Note que dá para fazer uma oferenda no local sagrado do Orixá, sem pressa, com muita fé, muito axé e sem depredar o meio ambiente. O que realmente manda na oferenda é a nossa fé, pois sem ela, estaríamos desperdiçando tempo e dinheiro. Além de não contribuirmos com a degradação ambiental, ainda reconquistamos o respeito da comunidade em relação à religião que respeita e protege a natureza. Certa vez me perguntaram o que fazer com o material contido na oferenda, já que não será mais usado como lixo ambiental. Ora, uma vez que foi devidamente utilizado como meio de transporte de axé, a comida pode e deve ser consumida, a bebida tomada e materiais não consumíveis, reutilizados. E sabem por que podemos fazer isso? Porque a oferenda de um umbandista só contém coisas boas, boas vibrações, boas intenções, o desejo de fazer o bem, e isso tudo só atrai energia boa para a comida e bebida da oferenda. Isso é Umbanda: o respeito ao ser humano, o respeito aos animais, o respeito à natureza, e por isso, a religião com fundamentos que funcionam.

DOUTRINA DE UMBANDA

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O ESPELHO DA VERDADE (EXPERIÊNCIA E APRENDIZADO)Por: Cláudio Leopoldino - e-mail: [email protected]

Estou lendo o “Livro das Energias e da Criação” do nosso irmão Rubens Sarace-ni, ed. Madras, inspirado por pai Benedito de Aruanda, recém lançado, e peço licença do autor para destacar a seguinte passagem: “As Dimensões Planetárias da Vida. Há toda uma estrutura divina formada por 77 dimensões naturais ou planos verticais, pa-ralelos entre si e com todos coexistindo no mesmo espaço etérico planetário. Essa coe-xistência só é possível porque cada uma das dimensões está ‘situada’ em grau da escala magnética planetária que a cada grau abre um plano da vida, vertical que vibra em uma frequência só dele e que o isola de todos os outros, ainda que internamente seja pleno em si e está baseado ou fundamentado no lado etérico do planeta” (pág. 204). Pois bem. Depois de ler e refletir sobre esta pas-sagem, fui dormir extasiado com a possibili-dade e a bênção de conhecer um pouco mais sobre a magnitude da criação divina, ainda que sob o meu acanhado entendimento hu-mano. Durante a noite, meu amado e queri-do mentor, o caboclo do Mar Pequeno, veio buscar-me para mais uma viagem de aprendi-zado que fazemos sistematicamente há muito anos. Diz ele que estamos juntos há muitos séculos e que já havíamos “derrubado e le-vantado muitas pessoas” e que ainda temos muito trabalho pela frente. Sempre me permi-te fazer muitas indagações antes ou depois das experiências, mas desta vez, receitou-me isso: “apenas sinta”. Fui levado a uma espécie de comuni-dade de seres que me habitam num ambiente “interno”, mal comparando, como se moras-sem no interior da Terra. Não me foi possível vislumbrar o rosto deles, mas percebi que se vestiam de modo muito simples, e a própria cor da roupa lembrava o amarronzado da ter-ra, e suas vestimentas lembravam os hábitos dos nossos freis franciscanos. A todo momen-to eu ouvia ressoar na minha mente a voz do meu mentor “apenas sinta”. E, de fato, o local

era mesmo para vivenciar uma experiência de sentimento. Lá, fui introduzido na comuni-dade e ninguém perguntou o meu nome, mi-nha profissão, minha religião, ou mesmo pe-diu para ver o meu RG ou o meu CPF. Não havia esta necessidade. Ao entrar naquele ambiente, automa-ticamente você está desnudo em sua totali-dade. Explico. É como se todo o seu ser es-tivesse exposto a partir daquele momento, e não se pudesse mais guardar qualquer segre-do. De igual forma, a intimidade de cada um dos seres também me estava disponível, e a expressão tão usada aqui no nosso plano (e tão pouco praticada), “minha vida é um livro aberto”, se aplica perfeitamente ao que estou descrevendo. Penso que seria impossível alguém por lá mentir, tentar ludibriar, ou aplicar um golpe. Suas intenções são tão claras, tão cris-talinas e escancaradas, que tal atitude seria impensada e inaplicável entre aqueles seres. Percebi que um deles carregava uma espécie de mochila com alguns pertences de trabalho junto a si. Era fantástico, porque sem que ele me abrisse ou me mostrasse a tal mochila, eu sabia exatamente, e em detalhes, o que havia dentro dela ! Naquele local não é possível es-conder qualquer tipo de sentimento. Todos sabem de todos e de tudo. É possível saber se alguém está triste ou amar-gurado com alguma coisa ou saber se alguém está feliz. Muito mal comparando, é como se todos estivessem ligados a uma espécie de “rede de computadores” na qual as informa-ções estão disponíveis a todo tempo, sem a necessidade do uso de senha. Todos sabem de todos. Todos cuidam de todos. Ali não se percebe qualquer sonoridade. Para se comunicarem usam uma es-pécie de telepatia, e não vi nenhum deles pro-nunciar qualquer palavra. Na verdade, os sen-timentos, se pudesse defini-los seriam como se fossem “sólidos”. Você os sente numa fre-quência tão verdadeira e fiel, que não é pos-

sível duvidar. Diferentemente da nossa dimensão, em que a todo momento duvidamos dos sen-timentos dos outros e, pior, duvidamos dos nossos próprios sentimentos, que muitas ve-zes são contraditórios, confusos e abstratos, lá não acontece assim. Você tem absoluta certeza do que se passa contigo e com os outros, e percebe-se que são muito maduros, resolvidos e conscientes em relação a isso. Por isso a voz do caboclo na minha mente recomendava “apenas sinta”. Outra característica importante é que, diferente de nós, eles usam todo o corpo para trabalhar as emoções. É como se não hou-vesse ouvido para ouvir, mãos para tocar, co-ração para sentir: eles ouvem, tocam e sen-tem com todo o sistema, ou seja, com o corpo todo. Naquele meio não dá pra brincar de ser mais ou menos. Lá você deve viver a sua es-sência, a sua verdade, independentemente do que deseja ser. E não há críticas, nem constrangimen-to. Embora “desnudo”, em nenhum momento me senti invadido por ninguém, a não ser pela minha própria consciência. Era como estar perante o espelho da verdade, vislumbrando cristalinamente o que realmente sou. No re-torno, o caboclo não me deixou fazer pergun-tas: “apenas sinta”, ainda dizia ele. Apenas recomendou-me que dividisse a experiência, e eu levantei-me às 5 horas da manhã para escrever estas palavras, na esperança que sirva de alerta para o nosso despertar espi-ritual: não pode haver crescimento se nega-mos a nós mesmos, se insistimos em criar situações e disfarces para nossos erros de conduta, nossos defeitos de caráter, nossas ilusões. Há de chegar um momento em que se-remos “desnudos” e, para nosso próprio bem, para que não nos sintamos constrangidos ou invadidos, seria bom que desde já boa parte das nossas mazelas já tivessem sido identifi-cadas e trabalhadas por nós mesmos.

Quem é Exu?Por: Ubirajara Novaes – e-mail: [email protected]

O criador apenas me incumbiu de cuidar dos seres humanos, cada um com suas manias e defeitos. “Cuidar” significa acompanhar, con-duzir, ensinar, corrigir, punir, resgatar... Já sofri muito nestas trevas, minha missão é auxiliar aqueles que chegam aqui para que retornem ao seus caminhos pela pureza dos sentimentos, pelo amor ao Divino Criador e pelo amor ao próximo. Estou nas trevas para sustentá-los e só pelo amor que sinto por vocês ganho

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forças para continuar minha missão. Muitos não merecem, mas, o combinado foi tentar resgatar todos. Minhas gargalhadas são evidências que enxergo o teu íntimo, que vejo mais e mais coisas queàs vezes nem preciso comentar, você mesmo chega numa conclusão. Sou temido, sou amado e odiado, sou duro e maleável, sou certo e errado, sou o que sou. Só não sou o diabo, esta entidade maléfica que o próprio ser humano criou. Não sou malvado, executo minhas tarefas conforme o grau de merecimento de cada um. Pergunto: Se eu cruzar o teu caminho, te recebo com um abraço ou com o fio da minha espada? Minha falange tem milhões de homens, todos resgatados dos piores tormentos e agora lutam para galgar alguns degraus. Ao meu lado terão somente glórias, pois, respondo aos senhores Orixás da Umbanda Sagrada que a cada tarefa passada há a sua importância, e diga-se de passagem, com muita honra são executadas. Então aqui fica meu recado, sou Exu, trabalho nas trevas por amor a você ser humano. Chega de conversa.

“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”Por: Dinalva Faria - e-mail: [email protected]

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descas-car, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito. Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios. Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...... Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo pa-pai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias. Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: “Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você. Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente . Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, come-ça o começo!”.

PROJETO “CRIANÇAS NA UMBANDA”

Por: Alexandre Cumino - e-mail: [email protected] e Mães de Umbanda adotem esta idéia!

Mensagem de São Vicente de Paula recebida pelo medium Rubens Saraceni em 1995 e levada na época ao S.O.U.E.S.P. – Su-perior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo e entregue ao seu presidente de então, o saudoso jornalista João batista Meneses de Ladessa. -Irmãos do Ritual de Umbanda Sagrada, que bênçãos re-caiam do alto do Altíssimo sobre suas coroas! Pudesse eu falar a vocês em viva voz, e isto que meu mé-dium psicógrafo fixou no papel, falando agora eu estaria. Aceitem o que tenho a dizer como um alerta, e recebam como uma advertência que tem como único objetivo despertá-los para uma lacuna imperdoável existente dentro de tão luminoso ritual. Inquiro-os: irmãos amados, o que vocês, os pensadores en-canados da Umbanda Sagrada têm feito no sentido de doutrinar os filhos de seus filhos de fé? Onde estão as crianças encarnadas da Umbanda? É linda a corrente espiritual da Umbanda, mas temos visto muito poucas crianças encarnadas dentro dos templos. Não lhes ocorreu ainda que não devem deixar que a Lei Maior somente conduza fiéis adeptos às suas tendas quando estão ca-rentes ou necessitados, mas sim criar uma linha doutrinária voltada para a educação religiosa fundamentada no culto aos Sagrados Ori-xás, que, se encantados são, também encantarão os filhos de seus filhos, que em futuros pais vocês poderão transformar se atentarem para o meu alerta? Afinal, uma das reclamações dos pais e mães da Umbanda refere-se à dificuldade em relação aos seus corpos de médiuns. Mas não atentaram para um detalhe: onde estão as crianças da Umbanda? O que têm feito para despertá-las para a religiosidade que emanam os Orixás Sagrados? Não lhes ocorreu que as crianças de hoje serão os pais e mães de amanhã, e que é seu dever como sacerdotes dar-lhes uma formação religiosa quando ainda estão livres dos escolhos religio-sos e dos preceitos semeados no seio da sociedade pluri-religiosa? Não lhes ocorreu que esta lacuna tem subtraído de sua reli-gião a mais sólida base que uma religião pode constituir a partir da doutrinação religiosa dos filhos dos seus filhos de fé?

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Não lhes ocorreu que quando partirem e lhes for perguntado o que fizeram para perpetuar sua religião, não poderão dizer: “Eu preparei a geração futura que me substituirá!”. Infelizmente, não tem sido dado o devido valor às suas crianças, e só as festejam numa única data, quando deveriam festejá-las em todas as engiras, mas não às crianças espirituais, entendam isto. Voltem sua atenção às crianças e criem uma cartilha voltada para o ensino dos Orixás Sagrados ao nível da compreensão delas. Criem uma doutrina que as oriente, que lhes incuta em seu íntimo as belezas e encantos naturais dos sagrados Pais e Mães de sua Religião. Vocês têm as generosas e amantíssimas Mães da Natureza, que, não tenham dúvidas, envolverão os filhos dos seus filhos numa aura celestial de amor e fé ao Pai de todos os Pais Divinos, que é o senhor Oxalá. Irmãos e irmãs em Oxalá yê, vocês são as cabeças que neste momento pontificam nas federações, nos agrupamentos e nos seus tem-plos! Não deixem de doutrinar as crianças de hoje, pois assim, amanhã, uma nova consciência coletiva guiará sua religião. Doutrinar filhos que lhes chegam perturbados, é meritório e demonstra do quão são capazes. Portanto, não esperem mais. Criem dentro do Ritual de Umbanda Sagrada o amor por suas crianças, e despertem nelas, ainda na tenra idade, o amor pelos Orixás, e em pouco tempo toda a sociedade os olhará com profundo respeito e grande admiração. Creiam em mim: não devem descuidar-se nem mais um dia de suas crianças, os filhos dos seus filhos! Não foi por acaso que uma linha de crianças foi legada a vocês pelos Sagrados Orixás. Meditem sobre este meu alerta e advertência, pois ainda que vocês não saibam, também fui um dos pensadores religiosos que auxiliou na idealização do Ritual de Umbanda Sagrada e tenho lamentado a pouca atenção que têm dedicado a suas crianças. Pudesse eu lhes falar em viva voz, não tenham dúvidas, eu estaria. Mas se isto não me é possível, no entanto todo pai e mãe no santo que tomar, dentro de seus templos, um dia para doutrinarem suas crianças, lá estarei para, junto com minhas crianças, a inundá-los com eflú-vios luminosos dos Sagrados e Divinos Pais e Mães da Umbanda Sagrada: os Divinos Orixás! Espero que este meu alerta e advertência cale fundo nos íntimos e os desperte para esta imperdoável lacuna na Umbanda Sagrada. Reunam-se, pensadores de Umbanda! Unam seus poderosos mentais e criem toda uma linha doutrinária voltada para suas crianças. Ensinem sua religião de uma forma compreensível a elas, que compreendidos tais ensinos, por elas, as suas crianças, serão. Não ensinem a elas coisas que só os adultos entendem, mas não deixem de ensinar-lhes aquilo que estiver ao alcance de sua compre-ensão. Convidem seus fiéis a trazerem seus filhos aos templos; falem aos corações infantis de suas crianças e conquistem-nas para os misté-rios da Luz com o encanto dos Orixás, e verão que encantadoras crianças da Umbanda, aos seus olhos, elas se mostrarão. O Ritual de Umbanda Sagrada é tão rico nestes aspectos que conquistará em pouco tempo milhares incontáveis de mentes puras e corações amorosos, que também cantarão os encantadores cantos do Orixás Divinos. Eu só os alerto e advirto!Mas os sagrados Regentes da Umbanda esperam isso de vocês. Que bênçãos recaiam do alto do Altíssimo sobre todos vocês, meus irmãos em Oxalá e pensadores de Umbanda! Se falar-lhes de viva voz eu pudesse, estaria falando. Mas como não me é possível tal coisa, envio-lhes esta mensagem de alerta através de meu psicógrafo, que neste momento fala a vocês em meu nome: Vicente de Paula, vosso irmão em Oxalá e no amor a todos Orixás Sagra-dos! (Mensagem psicografada pelo médium Rubens Saraceni, inspirado pelo espírito Vicente de Paula. Extraído do livro “As Sete Linhas de Umban-da Sagrada)”.

O ESTIMULO DO CRIADORPor: Adriana Quadros – e-mail: [email protected]

A empresa ultramarina trouxe para o Brasil colônia uma quantidade considerável de negros que falavam bantu, cerca de 75% da popula-ção escrava era bantu-falante (Angola, Congo e outros), o bantu se subdivide em vários idiomas e dialetos tendo aproximadamente 500 povos bantus, que não é uma unidade racial e sim de aproximação cultural, este povo contribuiu com o ritual folclórico brasileiro, como a capoeira, congo de ouro, a congada (que lembra a rainha Ginga de Angola), o maculelê, maracatu, o samba, pagode, o coco e as artes manuais. Na alimentação, jiló, melancia, maxixe, galinha d’angola, quiabo, dendê, feijão fradinho. Com a inexistência da mão de obra para produção do açúcar, posteriormente o trabalho nas minas de ouro e logo a seguir o cultivo ca-feeiro, estes eram conhecidos e produzidos na África, o povo banto era conhecedor da lavoura e os mercadores abasteceram as fazendas e cidades com o produto humano para suprir a demanda da mão de obra, ou seja, o africano foi retirado à força da sua origem e enviado rumo ao desconhecido, no trabalho servil sofreu toda malvadeza e maltrato de mentes sórdidas e ignorantes abastados de ganância. Muitos não se adequavam e não aceitavam os modos da nova vida imposta pelos colonizadores, fugiam para o mato, sertões e arredores das cidades, em lugares de difícil acesso, com o tempo foram se formando comunidades de resistência, denominada quilombo, os que eram recapturados geralmente se suicidavam, por inanição, geofagia, enforcamento entre outros. A geofagia era considerada um delito, e o castigo era o uso constante de uma máscara de zinco.

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O africano dentro do quilombo criou novas formas para se comunicarem e até mesmo falar em segredo, surgindo novos dialetos com a mistura do português arcai-co com o bantu, permitindo uma aglutinação e uma mistura bem resolvida lingüistica-mente. Outro fator que contribuiu para essa mistura foi à mulher africana, ela foi à base de todo entrosamento cultu-al, foi à porta voz en-tre a casa grande e a senzala, foi mucama e babá, participou ativamente da vida do colonizador. Castro, Yeda (etnolinguistica) diz que falamos ban-tu sem saber, vá-rias palavras bantu substituíram as de sentido equivalente em português, tais como, xingar por in-sultar, cochilar por dormitar, bunda por ná-degas e cachaça por aguardente. Alguns exemplos de palavras de ori-gem africana: angu, banguela, batucada, bunda, bagunça, cabaça, cabala, caçamba, cachimbo, calombo, cambada, camundon-go, canga, desbundar, dengosa, esmolam-bado, embalo, fungar, fuxico, forró, gangor-ra, ginga, iaiá, inhaca, jiló, jurema, jegue, lambada, lundu, lengalenga, macaco, ma-cumba, mandinga, maracutaia, marombeiro, miçanga, mocambo, molambo (ou mulam-bo), perrengue, quitanda, sacana, samba, senzala, sunga, tanga, titica, tribufu, urucu-baca, vatapá, xodó, zabumba. Num primeiro momento, o povo banto teve sua autonomia religiosa. Com o passar do tempo e com entrosamento das culturas, o culto foi se transformando, dando lugar à macumba e ao candomblé de cabloco ou Angola. Em 1908 surge a Umbanda e a par-tir deste momento a macumba sofre outra transformação, ela dá espaço e se entrosa ou faz fusão espontânea com a Umbanda, e essa nova banda cresce rapidamente, pos-sivelmente o adepto da macumba se con-verteu à nova religião intensificando a fusão

das culturas européias, banto, ameríndia. O negro já liberto foi excluído total-mente da sociedade sendo bruscamente marginalizado, com a nova religião o povo busca implicitamente adquirir uma nova

identidade, buscan-do reorganização religiosa e cultural banto, talvez a ma-cumba não tenha atendido as neces-sidades e expecta-tivas do povo margi-nalizado e oprimido ao meio de tantas transformações na sociedade em ques-tão. Com isso a re-ligião de Umbanda (com dois tipos de influência africa-na, banto-ioruba) se desenvolve nos centros urbanos. Segundo Cavalcanti (1973), a Umbanda não é uma religião em busca de forma,

mas uma religião que tem uma forma parti-cular. Falamos sobre o negro, o escravo, o povo banto, transformações lingüísticas, etc... Tudo isso para falar a respeito do nome da Guardiã Maria Molambo ou Mulambo, como queira, pois o sentido da palavra é o mesmo, molambo é de origem africano ban-tu. Em sua religiosidade o povo bantu ti-nha algumas divindades intermediarias entre os dois mundos, divindades das encruzilha-das denominadas como Bombogira, Bombo Njila, Mavambo, Malusibango, Tibiriri (Nkisi/Mukixi), entre vários outros, que são as ma-nifestações masculna/feminina originada da cultura bantu. O termo molambo foi uma designa-ção ao escravo, devido suas vestes rasga-das, posteriormente o termo foi usado pejo-rativamente. Significado da palavra Molambo ou Mulambo, traz a idéia de farrapo, de maltra-pilha, individuo fraco, sem firmeza de cará-ter, decadente, sujo, trapo de pano velho (no português). A palavra farrapo tem variante de ori-gem árabe, farrah que significa mensageira

de responsabilidade, ou farah que significa a alegre, farrapo também é uma palavra para designar os grupos de idéias liberais ou exaltadas. Com tantas transformações lingüísti-cas ao longo do tempo é possível que a pa-lavra tenha outro sentido ou outra estrutura anteriormente. Em determinado período da Macum-ba no Rio de Janeiro e na Umbanda o este-reotipo da pombagira era de mulher vulgar, de vida fácil, maltrapilha e bêbada, então a corruptela lhe caiu bem na época, até mes-mo para satisfazer o ego de alguns obvia-mente. Vou relatar abaixo algumas palavras em bantu e sua tradução (Kimbundo ou ki-kongo). Mulambu - pano Mulamba - cozinheira Mulemba - figueira africana ou árvo-re frondosa, o tronco da árvore simboliza o falo (masculino) e a copa o feminino. Mulemu - fogo Kalunga - mar, abismo, termo utiliza-do no sentido de morte, firmamento ou mun-do dos mortos. Mutu - gente, o ser, a pessoa Calombo - deusa da esterelidade Mulundilu - zelador Mukulu - vidente Mutakalambô - caçador ou guardião dos animais aquáticos Mulonga - ofensa Kilumba - moça Muloji - feiticeira Pambujila - aquele que conhece o caminho mais curto, mensageiro. Njila - caminho Mpambu - encruzilhada Nkisi - energia divina Quilombo - povoação A origem do nome Maria é hebraico e seu significado é senhora-soberana ou aquela que materializa a vontade das leis divinas. Sendo assim, com muitas mudan-ças ao longo do tempo, o real significado do nome Maria Molambo tenha se perdido ou se ocultado, porque com certeza de mulam-benta as senhoras Maria Molambo não tem nada. Está Guardiã é uma grande servidora da lei maior e da justiça divina de Deus, nos abençoando, estimulando muita fé, amor, conhecimento, lei, justiça, evolução e geran-do muita criatividade em todos os fatores. Sr. Maria Molambo: aquela que juntamente

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com Exu zela pela vontade das leis divinas nas encruzilhadas entre dois mundos. Guardiã de fé! Maria Lixo: trabalha para desestimular tudo que está inútil, supérfluo, sem valor, repug-nante e sujo, varrendo-os do intimo do espírito encarnado ou desencarnado, iluminando os caminhos para a elevação moral. Maria Da Figueira: zela pelo auxilio necessário à recuperação do espírito em busca de Deus, estimulado a conscientização da necessidade do ajustamento aos caminhos do criador. Maria Mulambu: com seu pano leva todo desequilibro das leis universais de Deus, es-timulando elevação moral, crescimento espiritual decorrente da vontade das leis divinas. Conforme relatado acima o nome muitas vezes não tem nada a ver com o que parece em primeiro momento, nome como Maria (Molambo, Padilha, Figueira...) da Porteira do inferno não causa estranheza alguma para espiritualidade, mas sim para os terrenos, pois o nome tem sentido figurado. Sendo assim, irmãos, a pomba gira não é sinônimo de sujeira, bebedeira, palavrões, imundice e imoralidade. Qualquer semelhança a isto é desequilibro mediúnico. O Trono dos Desejos é Mojubá!

SAIBA UM POUCO SOBREO BENTO DO PORTÃO

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ORAÇÃO AO BENTO DO PORTÃO

Meu glorioso Bento Portão,Alma caridosa,Que tantas graças tens concedido.

Pelo sofrimento que passastes,Merecestes de DeusO direito de prestar ajudaÀqueles que a ti recorrem.

Neste momento de angústia,De desespero e sofrimento,Me dirijo a vós,Como meu salvador,Meu consolador e benfeitor.

Bento Portão,Em nome do Criador,De seu santo filho JesusE do Espírito Santo,Rogo-lhe a graça:(faz o pedido)

Sei que sou pecador,Mas neste momento sagradoQuero pedir perdão,Para que, com minha alma limpa,Eu possa merecer esta graça:(faz o pedido e a promessa)

Prometendo também que,Se eu obtiver esta graça,Serei para sempreDevoto desta alma, tão milagrosa,Que é Bento Portão.Assim seja!

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Título: Nefertiti Quarta capa: Tendo por base o reinado do faraó Akhenaton, que ocorreu por volta de 1352-1336 a. C, esta obra buscou analisar as imagens de Nefertiti na arte de Amarna, observando as relações entre a androginia pre-sente nestas e o elevado status atingido pela rainha. O estudo apresenta um panorama sobre a XVIII dinastia, abordando, resumidamente, os principais aspec-tos de cada reinado, bem como a religião no Egito Antigo. Analisa especificamente o reinado de Akhenaton, enfo-cando as car¬acterísticas de sua reforma político-religiosa. Mostra os preceitos da arte canônica egípcia e da arte amarniana, deixando por último a análise das imagens da rainha. A partir da catalogação de imagens, verifica-se que Nefertiti aparece, basicamente, assumindo funções distintas em três contextos sociais, seja no aconchego familiar, nos rituais de culto a Aton ou no cenário político. Ao exercer funções sacerdotais, observa-se que a rainha assume uma função equivalente a de “Esposa do Deus”. Ao ser retratada com a família, a maioria das cenas a relaciona à deusa Tefnut, elevando seu status ao de “deusa encarnada”. Por fim, ao ser mostrada usando para¬mentos típicos de faraó e em postura comum à icono-grafia dos reis, Nefertiti se iguala a Akhenaton e atinge o mais alto posto da hierar¬quia monárquica egípcia, o de faraó. Orelhas: Anna Cristina Ferreira de Souza nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Ingressou na Faculdade de História da Arte, na UERJ, em 1993. Na Uni-Rio, cursou pós-graduação em Educação Estética e, ao terminar, ingressou na UFF, onde fez pós-graduação em História e Cultura Antiga. O mestrado veio logo em seguida, no curso de História Social, também na UFF, onde veio a trabalhar as questões de gênero e poder no antigo Egito. Atualmente, além de professora de História da Arte, também é artista plástica com trabalhos de desenho, pintura em tela e arte digital. No momento, ainda desenvolve pesquisas sobre a história do vestuário e as suas relações de gênero e poder na Antiguidade. Nesta obra, ela apresenta a trajetória de uma das rainhas egípcias mais famosas: Nefertiti, considerada uma das mais belas mulheres da Antiguidade, mas que teve forte influência política e religiosa no Egito, como a participação na implantação do culto a um único Deus. “Os estudos que a incluem, por tratarem do reinado de Akhenaton, geralmente a colocam em segundo plano, como somente mais uma rainha que se destacou durante um dos tantos reinados do Antigo Egito. No entanto, um olhar mais atento poderá perceber que essa rainha não só se destacou, como também assumiu, gradativamente, posições mais privilegiadas durante o reinado de seu esposo”, explica a autora. O leitor poderá conhecer um pouco mais sobre o papel monárquico e ritual de Nefertiti. Eis um véu sobre o passado que acaba de ser retirado espe-cialmente por meio da arte. Marcador: Tendo por base o reinado do faraó Akhenaton, que ocorreu por volta de 1352- 1336 a. C, essa obra buscou analisar as imagens de Nefertiti na arte de Amarna, observando as relações entre a androginia presente nestas e o elevado status atingido pela rainha. O estudo apresenta um panorama sobre a XVIII dinastia, abordando, resumidamente, os principais aspectos de cada reinado, bem como a religião no Egito Antigo.

Título: Os Anos da Rolling Stone Quarta capa: Baron Wolman vivia no distrito Haight-Asbury em São Francisco e trabalhava como foto¬jornalista em 1967, quando um encontro fortuito com Jann Wenner, fundador da revista Rolling Stone, resul-tou em Wolman tornar-se o primeiro fotógrafo chefe da publicação. Desde a primeira edição, e por aproximada-mente três anos, suas fotos foram publicadas com regularidade na Rolling Stone e se tornaram a peça central do design gráfico da revista.Esta coletânea de imagens e as histórias por trás de cada uma delas contam a trajetória de alguns dos artistas e os acontecimentos mais significativos do período. Orelhas: “Baron Wolman não apenas testemunhou o período que sem sombra de dúvidas foi o mais im¬portante de mudanças na música popular e na cultura popular como ajudou a moldá-lo com suas fotografias. A revista Rolling Stone encapsulou e filtrou os acontecimentos e mudanças mais importantes que estavam aconte-cendo. Cada edição falava a essa cultura jovem em evolução, utilizando a lin¬guagem própria dela, enquanto as fotos de Baron captavam os acontecimentos e personalidades, tornando a música visível.” (Dave Brolan)“Eu estava em São Francisco, ganhando a vida como fotojornalista, trabalhando para qualquer um que me pagasse para tirar fotos.E, então, a Rolling Stone entrou na minha vida.” (Baron Wolman).

EDITORA MADRAS

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TÍTULO: A EVOLUÇÃO DOS ESPÍRITOS Quarta capa: Nesta obra mediúnica psicografada pelo Mestre Mago Rubens Saraceni, os Mestres da Luz da Tradição Natural dão abertura a um novo e magnífico campo para o entendimento da presença divina no coti-diano das pessoas. Para isso, tecem breves comentários a respeito da diversidade da criação e da natureza e sobre a evolução dos homens. Aqui a evolução é abordada sob os aspectos científico, religioso, filosófico e místico, oferecendo cami-nhos importantes para o entendimento da natureza do ser humano e sua caminhada rumo à eternidade. Este trabalho estabelece relações claras de uma possível interseção do espírito humano com as di-mensões cósmicas, os orixás e as essências elementais. Não é pretensão do autor esgotar o assunto nestas pági-nas, mas sim mostrar os fundamentos do Ritual de Umbanda Sagrada e abrir um amplo leque de iniciações, a fim de que o ser humano busque sua ascensão e desenvolvimento espirituais por meios práticos e seguros. Orelhas: Há muitos anos, o médium Rubens Saraceni, que possui uma enorme quantidade de livros psi-cografados e dezenas deles publicados, recebeu um pedido dos Mestres da Luz, Guias de Lei e de Umbanda, no qual solicitavam que as informações reveladoras, por eles transmitidas, não fossem apenas para seu bel-prazer, e sim para que, por meio dele, o conhecimento se multiplicasse. Com isso, Rubens começou a ministrar, em 1996, um curso simples e teórico sobre Teologia de Umbanda, visando a uma melhor formação do médium umbandista em relação aos Fundamentos da Umbanda. Desse convívio, Rubens percebeu o valor do que havia recebido, pois há muitos anos praticava a Magia Divina ensinada por seus Mentores — o que se mostrou fundamental na proteção daqueles que o procuravam. Foi quando os Mestres da Luz ressaltaram a importância de se consolidar, no lado material, um Colégio nos moldes dos Grandes Colégios Astrais que sustentam toda a formação daqueles que se assentam à direita e à esquerda dos sagrados Orixás, Tronos e Divindades de Deus. Daí surgiu o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, fundado em 13/5/1999, para dar formação e sustentação religiosas e magísticas. Mestre Seiman Hamiser Yê, um Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, assumiu a abertura da Magia Divina do Fogo no plano material, por meio de Rubens Saraceni, na qual são ensinados os fundamentos da Magia Riscada dos Orixás e a Grafia Sagrada, bem como a correta utilização magística das velas, suas cores e o elemento fogo na arte da Magia. O primeiro curso do gênero, aberto ao plano material por Mestre Seiman, e que deve ser o primeiro na formação do Mago, intitula-se “Magia das Sete Chamas Sagradas”. Rubens é também o fundador do Colégio Tradição de Magia Divina, que se destina a dar amparo aos formados nas magias aber-tas aos planos material e espiritual. Marcador: Nesta obra mediúnica psicografada pelo Mestre Mago Rubens Saraceni, os Mestres da Luz da Tradição Natural dão aber-tura a um novo e magnífico campo para o entendimento da presença divina no cotidiano das pessoas. Para isso, tecem breves comentários a respeito da diversidade da criação e da natureza e sobre a evolução dos homens. Aqui a evolução é abordada sob os aspectos científico, religioso, filosófico e místico, oferecendo caminhos importantes para o entendimento da natureza do ser humano e sua caminhada rumo à eternidade. Este trabalho estabelece relações claras de uma possível interseção do espírito humano com as dimensões cósmicas, os orixás e as essências elementais. Não é pretensão do autor esgotar o assunto nestas páginas, mas sim mostrar os fundamentos do Ritual de Umbanda Sagrada e abrir um amplo leque de iniciações, a fim de que o ser humano busque sua ascensão e desenvolvimento espirituais por meios prá-ticos e seguros.

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Mãe Paulina. Elizete Baptista – email: [email protected]

Este ano um acontecimento muito nos entristeceu, despedimo-nos de uma pessoa muito especial, a mãe, avó, amiga, mentora, conselheira. A Tia Paula, Vó Paula, Mãe Paulina. A frente da “Cabana de Umbanda Luz Divina”, essa filha de Oxum e Oxosse realizou por mais de vinte anos um trabalho maravilhoso ajudando a todos aqueles que lhe procuraram. Orou, alimentou, acarinhou, confortou. Passou os seus 101 anos de vida terrena, amando, ensinando, fazendo caridade e se dedicando a ajudar a quem dela precisou. Viveu todos os dias de sua vida para a Umbanda, onde protegeu e a muitos abençoou. Olorum lhe deu quatro filhos e quando nosso pai os chamou, ela a ele os entregou sem nunca reclamar. Passou a cuidar dos filhos de coração, dos filhos de fé e transmitindo os seus conhecimentos. Dos seus olhos cansados e esverdeados como a cor de seu Pai Oxosse imanava uma luz que aquecia a todos que dela se aproximava. E como disse Pai Ronaldo Linhares, ela amou a todos incondicionalmente. Que Olorum abra suas portas para lhe receber minha mãe! Que nosso Pai Oxosse lhe conduza com a leveza que a senhora merece, que todos os outros Orixás lhe concedam suas bênçãos e Mamãe Oxum a coloque em seus braços como a senhora como filha dela sempre fez conosco aqui na terra. Que o Divino Criador a proteja minha mãe, um dia haveremos de nos encontrar. Babá Paulina do Carmo Bicudo (*1911 + 2012).

PROTEJA SUA FAMILIA E OUTRAS PESSOAS NATURALMENTE,ELIMINE OS ROEDORES SEM PREJUDICAR A NATUREZA.

Enviado por: TayzeMachado - e-mail: [email protected]

HOMENAGEM IN MEMORIAM

SAÚDE E BEM ESTAR Veneno ecológico para matar ratos - UTILIDADE PÚBLICA Nossos cientistas são feras mesmo! Vivendo e aprendendo... ’Método usado por criadores de pássaros.COMBATENDO OS RATOS Mudei-me há poucos meses para o primeiro andar de um pré-dio e, como todo paulistano, estou sendo vítima desses indesejáveis hóspedes.. Pergunta daqui, pergunta dali.... uma amiga me disse que fei-jão triturado matava ratos, mas não detalhou. Fui pesquisar e des-cobri esse estudo da Universidade Federal de Pelotas (que é o link deste post).Como fazer: Pegue uma xícara de qualquer feijão cru (sem lavar mesmo), coloque no multiprocessador, ou liquidificador (SEM ÁGUA) e triture até virar uma farofinha bem fininha, mas sem virar totalmente pó.Onde colocar: Coloque em montinhos (uma colher de chá) nos cantos do chão, perto das portas, e janelas (sim eles escalam as janelas), atrás da geladeira, atrás do fogão, atrás de tudo !

O que acontece: O rato come essa farofinha, dilicia... nhami nhami... mas ele não tem como digerir o feijão (cru), por falta de substâncias que dige-rem feijão cru, causando assim um envenenamento natural por fer-mentação.RESUMINDO: a rataiada morre em até 3 dias.DETALHE IMPORTANTE: Ao contrário dos tradicionais venenos (racumim, por ex) o rato morre e não contamina animais de estimação e por sua vez morrem por terem comido o rato envenenado. E a quantidade de feijão que ele ingeriu e morreu é insuficiente para matar um cão ou gato, mesmo porque estes gostam de MATAR pra comer...mas morto eles não comem. Se tiver crianças pequenas (bebês) ainda em período de en-gatinhamento, que colocam tudo na boca, não faz mal algum, pois o feijão para o ser humano, mesmo cru é digerido.

NÃO TEM CONTRA-INDICAÇÃO

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C O N V I T E A você, Irmão Mago, iniciado na Magia dos Sete Gênios Sagrados, que está in-teressado em expandir a Magia Divina , ministrando cursos, compareça no próxi-mo dia 09 de julho (feriado), às 17 horas, na Rua Serra da Bocaina, 427, Belenzi-nho, para assistir a aula preparatória a ser ministrada pelo Mestre Rubens Saraceni. Nesse dia você poderá fazer sua inscrição como Mago Inicia-dor dos 7 Gênios Sagrados. Para inscrição será necessário apresentar:- 1 foto 3x4, se já for Mago Iniciador em outros graus da magia ou3 fotos 3x4 se for a primeira inscrição;- 1 xerox do certificado de conclusão da Magia dos 7 Gênios Sagrados.

Para quaisquer informações favor entrar em contato com o Colégio Tradição de Magia Divina através do

e-mail [email protected] ou telefone (11) 2796-9059

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ESCOLAS UMBANDISTAS DE DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Há muitos anos atrás, Pai Benedito de Aruanda, em um dos livros psicografados por mim, revelou-nos isso: “De cada 100 crianças que nascem 30 delas já trazem alguma faculdade mediúnica (ou várias) já madura e que precisarão ser orientadas corretamente para colocá-la a serviço dos seus semelhantes e auxiliá-los. As faculdades mediúnicas mais osten sivas são as de incorporação, de clarivi dên cia, de intuição e de sensitividade, que também são as mais difíceis de dominar, porque se não forem devidamente coloca das sob controle consciente dos seus pos sui dores acabarão prejudicando-os e atra palhando-os em vários aspectos de suas vi das, e mesmo, segregando-os do seio de suas famílias, sendo que muitos se tornam freqüen-tadores de consultórios médicos (psi cólogos, psiquiatras, neurologistas, etc) ou dependentes de drogas e bebidas ainda na juventude porque se sentem diferentes das outras crianças ou dos outros jovens. Faculdade mediúnica fora de controle em uma criança, em um jovem ou adulto tor na-o infeliz, perturbado espiritualmente e desequili-brando psicologicamente, atra pa lhando seu desempenho no estudo e no trabalho, podendo, em muitos casos, levar a pessoa à perda da razão e da capa cidade de separar o lado espiritual de sua vida do lado material. Não são poucos os relatos na literatura espírita de pessoas que fo-ram internadas como “loucas” ou “desa jus tadas”. Não que existam casos como esse devido a desequilíbrios bioquímicos e psi co lógicos, esses últimos, devido a má for mação e má orientação quando na mais tenra idade (de 1 a 7 anos de idade). Sobre isso há farta literatura, tanto espírita quanto médica e só me servi do muito que já li sobre o assunto. Pois bem, baseado no que eu já sabia e na informação de Pai Benedito de que 30% da população possui alguma facul dade mediúnica já amadurecida em vidas passadas e no período em que o espírito viveu no astral, há cerca de 15 anos come cei a estimular os dirigentes de Umbanda a abrirem seus centros em um dia específico só para acolherem essas pessoas com fa culdades mediúnicas ostensivas para ori entá-las e auxiliá-las no domínio consciente delas, e também ajudá-las a incorporar a mediunidade religiosa men te às suas vidas, como um dom do espírito que deve ser co lo cado a serviço do próximo de forma cor reta para, aí sim, essas pessoas estarem sendo úteis com algo que possuem ou que demorou muito tempo para adquirirem: o dom mediúnico. Ensinei isso, ensino, sempre ensinarei e sempre lembrarei aos dirigentes dos cen tros de Umbanda que uma semana tem 7 dias e que podem usar um dia só para o es tudo da Umbanda e do desenvolvimento mediúnico das pessoas, principalmente dos que tem a faculdade de incorporar os espí ritos. Eu me baseei no que é feito regular mente no espiritismo e em muitos centros de Umbanda, onde o desenvolvimento da fa culdade de incorporar espíritos é feito em dias específicos, quando o centro não re cebe consulentes e suas cargas espirituais que de alguma forma perturbam os mé diuns iniciantes, ainda vulneráveis à presen ça de espíritos trevosos ou sofredores que interferem e bloqueiam suas incorpo rações, deixando-os mal, com tonturas, dores de cabeça ou no corpo, náuseas, etc. Não inventei escolas de desenvolvi men to mediúnico, apenas tenho estimulado os dirigentes umbandistas a darem a mediu ni dade o mesmo valor que sempre deram a ela os nossos irmãos espíritas com suas esco las de desenvolvimento mediúnico criadas há 150 anos pelos semeadores do espiritismo, e tendo à frente deles Allan Kardec que, para mim, é um dos maiores luminares da humanidade. O desenvolvimento mediúnico organi za do e bem conduzido tem o apoio da espiri tualidade superior e tanto nos centros espíri tas quanto nos de Umbanda as aulas e prá ticas mediúnicas são assistidas e orientadas por espíritos mentores, muitos deles ligados aos médiuns que estão começando a desen volver um método consciente de dominar su as faculdades e colocá-las em ordem para que, posteriormente, possam participar com firmeza e segurança das sessões de atendi mento espiritual aos con su lentes do centro que freqüentam. Como eu já escrevi linhas atrás, não inventei as escolas de desen volvi mento mediúnico, pois quem fez isso foi Allan Kardec. Eu não inventei o desenvolvimento na Um banda porque foi nosso querido e sau doso Pai Zelio de Morais que fundou a Um banda e alicer-çou-a na faculdade de incor po ração ao incorporar o espírito mensa gei ro de Deus que, incorporado nele abriu o primeiro trabalho espiritual de Umbanda, oficializando no plano material mais uma re li gião. Eu fui beneficiário do legado deles e os reverencio sempre pelo bem que cria ram e beneficiou-me quando precisei de sen volver-me na Umbanda e fui acolhido por dirigentes que tinham um dia à parte só para o desenvolvimento mediúnico. Mas, como já vi e já passei por centros que desenvolvem os médiuns nos dias de atendimento público e o guia-chefe tem pouco tempo para eles, e muitos saem das giras piores do que quando chegaram, te nho recomendado a todos os sacerdotes um bandistas que estudaram comigo que ado tem nos seus centros um dia só para o de senvolvimento mediúnico. Mas não tenho feito essa recomendação só aos que estudaram comigo e que abriram seus centros. Também tenho divulgado essa ini-ciativa para que no futuro, a Umbanda tenha mui tos médiuns, todos conscientes dos seus deveres com Deus e com a espi ritualidade superior, mas também equili brados intimamente e felizes por possuírem dons espirituais e poderem colocá-los carita ti va mente a serviço dos seus seme-lhantes. Nos nossos centros, os médiuns inician tes têm um dia de estudos e práticas mediú nicas só para eles e quando já dominam conscien-

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temente suas faculdades, aí são conduzidos ao trabalho de atendimento ao público cambonando os guias de trabalho, fazendo transportes, descarrego e de sobses sões, aprendendo também de forma consciente e racional toda a dinâmica de tra balho da Umbanda. Com o passar do tempo e após terem auxiliado os guias e aprendido o mínimo indispensável para o exercício de sua mediunidade de incorporação, ficam auxi liando até que seus próprios guias espiri tuais, incorporados neles comecem a pedir seus colares, confirmarem seus nomes e a solicitarem ao Guia chefe que querem tra balhar no atendimento às pessoas neces sitadas. Em alguns casos é o Guia chefe, que acompanhou todo o desenvolvimento do médium que o avisa de que ele já está pronto e que seus Guias querem trabalhar no atendimento incorporados nele. Alguns, mais tímidos ou inseguros re lu tam. Mas quando seus Guias incorporam e passam atender as pessoas ajudando-as, todos se soltam, se descon traem e tornam-se ótimos médiuns umbandistas. Em to do o período de tem po que pas sou de-sen volvendo-se, o mé dium sub meteu-se a uma disciplina íntima, a uma dou trinação reli-giosa e es pi ri tualizadora da sua mediu nidade, inte grando-se à Um banda e sentindo-se de fato e de direito um umban dista, orgulho so de ser médium. Isto fizeram por mim, isso tenho feito desde que abri meu centro em 1983 e o Guia Chefe, devido ao grande número de pessoas na assis-tência com problemas devido à mediunidade, ordenou que abrís semos uma vez por semana só para que ele pudesse assistí-las e desenvolvê-las, pois não adiantava aplicar-lhes um passe, uma vez que eram médiuns e viviam em desequilíbrio por causa de suas mediu ni dades. Só se desenvolvendo essas pes soas recuperariam seus equilíbrios. Desde então já desen volvi milhares de médiuns e muitos hoje dirigem seus centros, também desenvol vendo muitos médiuns novos para a Um banda, expan dindo a nossa religião e be ne ficiando outras pessoas que, como eles, chegam desequilibradas diante dos seus Guias e estes vão logo alertando-as com estas palavras: “-Filho (a) o seu problema é de mediunidade e só desenvolvendo-a você melhorará!” Quantos Guias espirituais, incorpo rados em seus médiuns já disseram isso a algum consulente? Todos os Guias de Umbanda já dis seram, dizem e sempre dirão isso quando se depararem com pessoas possuidoras do dom da me-diunidade de incorporação, e todos tem recomendado a elas que só desenvolvendo-se poderão recuperar o seu equi líbrio. Isto não sou eu que estou afirmando aqui e sim, todos os Guias espi rituais que fazem essas recomendações às pessoas com mediunidade. Quem dá essa orientação às pessoas? São os Guias espirituais, respondo eu, e todos os médiuns umbandistas. Qual é a base sustentadora da religião? É a mediunidade de incorporação, res pondem os Guias e todos nós, pois sem Guia incorporado e auxiliando as pes soas necessitadas não há trabalho de Um banda, tal como fez e nos legou o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, que fun dou a Umbanda incorporado no que-rido e saudoso Pai Zelio de Moraes. Tirem a incorporação da Umbanda e aca bam as giras, os cantos, as danças, os toques a dinâmica, o rito, o ritmo e as ses sões de cari-dade espiritual umbandistas. Para nós, cada médium é um templo vivo e é através dele que a religião flui, cresce e expande-se, pouco importando para os Guias se o templo físico é grande ou pequeno, se é luxuoso ou humilde, se está superlotado ou se tem só um pequeno número de consulentes. Os médiuns são os verdadeiros templos dos Guias de Umbanda; os Guias são os gran des obreiros caritativos e a mediuni da de de incor-poração é a grande base hu ma na e espiritual sustentadora da nossa religião. Retirem das sessões de atendimento a incorporação e o que teremos? O fim da Umbanda. Porque escrevi um artigo tão extenso repisando tudo o que tenho ensinado já por vinte e cinco anos, desde que abri meu centro no porão da minha casa? É porque eu li no editorial de um Jornal de Umbanda que quem faz isto que des crevi acima é taxado de mercador da fé e está desagra-dando os Orixás e envergo nhando a Umbanda, misturando em um mesmo comentário alhos e bugalhos, com o nítido propósito de denegrir o trabalho de quem desagrada (não sei porque) os donos desse jornal. É lamentável que pessoas que se inspi raram no meu trabalho e no do Alexandre Cumino para iniciarem os seus, hoje usem de um ins-trumento de orientação dos um ban distas para, de forma inconseqüente, misturarem práticas condenáveis com as necessidades legitimas da Umbanda (o de senvolvimento mediúnico) para atacarem aqueles que só os ajudaram no início de sua caminhada dentro da religião. Também tenho lido periodicamente e-mails colocados em fóruns de discussão umbandista criticas aos cursos de Desen volvimento mediúnico e de Doutrina, Teo lo gia e Sacerdócio Umbandista, como se en sinar isso fosse um crime e não uma forma de melhor preparar os umbandistas interessados no crescimento da Umbanda como uma religião aberta para todos. É lamentável que pessoas que também ministram os mais variados cursos dentro de suas instituições critiquem os outros achando-se no direito de serem os únicos a poder transmitir o que eles acreditam ser o melhor para a religião. No mínimo deveriam ter uma postura ética e respeitar o trabalho das outras es colas umbandistas pois estes críticos também ministram seus cursos e não são criticados por nós, que pouco estamos nos impor tando com o trabalho alheio, uma vez que acreditamos que todos tem o direito de passar para os seus seguidores aquilo que acreditam ser bom para eles e para a Um banda. Muitos falam a respeito da diversidade dentro da Umbanda, mas pelo que temos visto, não a praticam. Posso dizer que nós a temos praticado neste contexto porque não vivemos criticando continuamente as outras escolas umbandistas e temos nos pau tado pelo respeito a todas as vertentes da Umbanda, aceitando-as como indis pen sáveis à pluralidade do pensamento reli gio so umbandista.

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Jornal Nacional da Umbanda ● página 26

www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 01 de Julho de 2012. Edição:39 [email protected]

Quem vem acompanhando essasdis cus sões que julgue: - Quem respeita a di ver sidade de pensamento na Umbanda? Temos certeza de que serão nossas tes temunhas, não temos costume de atacar as outras escolas umbandistas. Se algumas vezes fomos críticos ácidos dos seus segui dores foi, apenas, na defesa do nosso direito e liberdade de participarmos na expansão de nossa religião, sem sermos constran gidos por pessoas mal intencionadas ou que infelizmente, para elas, não estão tendo o esperado retorno em seus cursos e pro jetos. No desespero de causa acreditam que atacando quem vem a anos se dedi cando na formação doutrinária, teológica e sacerdotal umbandistas irão reverter a pouca receptividade a seus projetos. Esperamos que as pessoas que vem atacando gratuitamente os trabalhos alheios respeitem a diversidade de opinião e de pensamento dentro da Umbanda e assu mam uma postura ética de respeito aos seus irmãos de fé. Não creio que eu e todos os dirigentes umbandistas que temos dedicado nosso tempo e amor pela Umbanda estimulando a expansão do desenvolvimento de novos médiuns umbandistas estejamos criando “situações vergonhosas para a Umbanda” ou sejamos “vendedores da fé necessitados da misericórdia”, assim como temos certeza absoluta que os nossos Pais Oxossi, Oxalá e Ogum estão muito satisfeitos por essa nos sa dedicação aos novos médiuns e à expansão das escolas de desenvolvimento mediúnico umbandistas. Outra certeza que temos é que todos os sagrados Orixás e toda a espiritualidade de Umbanda também estão muito satisfeitos com nosso trabalho nesse sentido, pois é graças à dedicação de todos os dirigentes umbandistas que gostam de desenvolver novos médiuns que a Umbanda tem cres cido sem parar desde sua fundação. E os nossos críticos, o que tem feito neste sentido? Porque não mostram os seus trabalhos neste campo (se é que os tem) ao invés de ficarem criticando quem realmente está ajudando a expandir a Umbanda? Patacori Ogum! Que no tempo certo o Senhor corte o orgulho e a prepotência de quem mal co meçou e já se acha no direito de ditar re gras ou de denegrir o trabalho alheio por que se sente o salvador (a) da Um banda. Que o faça também aos que já se esta beleceram a tempos e vivem de alimen tar sua arrogância e soberbia com relação ao trabalho alheio. A Umbanda não precisa de salvadores e sim, de médiuns dedicados, respeitosos e fraternos, e de nada mais!

Pai Rubens Saraceni