jornal nacional da umbanda ed. 17

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 1 MAGIA DIVINA DOS 7 ELEMENTOS SAGRADOS (MAGIA DOS ELEMENTAIS) INICIO: SABADO, DIA 27 DE AGOSTO (aulas semanais aos sábados) HORARIO: 10h00 às 12h00 DUARÇÃO: 4 MESES INVESTIMENTO: R$ 40,00 MENSAIS REQUISITOS: NÃO REQUER NIVEL DE MAGIA ANTERIOR, ABERTO À TODOS!!! FAÇA SUA RESERVA PELO TELEFONE: (11) 4221.4288 OU PELO EMAIL: [email protected] Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 17 Índice de Matérias EDITORIAL 300.000 Um feito Espartano (Rodrigo Queiroz) pág 02 Orixá Nanã (Alan Levasseur) pág 03 DOUTRINA Obsessão (Valéia) pág 07 Os inimigos do conhecimento (Celso A. Souza Junior) pág 08 Conversa com Exu (Pai Fabio Marques) pág 09 Ciganos na Umbanda (Mauro Cavichiollo) pág 10 Cambone de Umbanda (Sheila Nascimento) pág 11 PSICOGRÁFIAS Julgamento (Juliana Rachel Velico) pág 13 BALUARTES DA UMBANDA Tenda Umbandista Pai Cipriano (Pai Dalton Micieli) pág 15 Associação Cacique Cobra Coral (Pai Edson de Oxossi) pág 20 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA Vick Vaporub nos pés (Internet) pág 23 A erva que cura (Wagner Duarte) pág 23 Livros Falados (Christiane Blume) pág 24 CADERNO DO LEITOR Quem é o “velho” (Alexandre Cumino) pág 25 Ser Mago é (Eden Carlos da Silva) pág 26 1º Arraial do Portinho (Ogã Anderson) pág 27 DEPOIMENTOS DOS LEITORES - NOVO Fragmentos de uma Historia (Valdete Ap. Sandes) pág 28 Agradecimento (Suzicleide Oliveira) pág 29 Logunam - O Trono Feminino da Fé (Alexandre Cumino) pág 27 As Limitações do Espirito Humano (Mãe Lurde C. Vieira) pág 28 ÚLTIMA PÁGINA Intolerância Religiosa (Rubens Saraceni) pág 30 Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 25 de Julho de 2011. Edição 17 e-mail: [email protected] Envie-nos matérias pelo e-mail: [email protected] Não deixe de reenviar o jornal virtual para seus amigos e cadastrados em seus mailings. Vamos aumentar cada vez mais nossa família. LIVRO DO MÊS: 26 de Julho, dia de Nanã ... A Orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada. Pág.03

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Jornal da Umbanda

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 1

MAGIA DIVINA DOS 7 ELEMENTOS SAGRADOS

(MAGIA DOS ELEMENTAIS)

INICIO: SABADO, DIA 27 DE AGOSTO (aulas semanais aos sábados)

HORARIO: 10h00 às 12h00 DUARÇÃO: 4 MESES INVESTIMENTO: R$ 40,00 MENSAIS

REQUISITOS: NÃO REQUER NIVEL DE MAGIA ANTERIOR, ABERTO À TODOS!!!

FAÇA SUA RESERVA PELO TELEFONE: (11) 4221.4288

OU

PELO EMAIL: [email protected]

Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 17

Índice de Matérias

EDITORIAL

300.000 Um feito Espartano (Rodrigo Queiroz) pág 02 Orixá Nanã (Alan Levasseur) pág 03

DOUTRINA Obsessão (Valéia) pág 07

Os inimigos do conhecimento (Celso A. Souza Junior) pág 08 Conversa com Exu (Pai Fabio Marques) pág 09

Ciganos na Umbanda (Mauro Cavichiollo) pág 10 Cambone de Umbanda (Sheila Nascimento) pág 11

PSICOGRÁFIAS Julgamento (Juliana Rachel Velico) pág 13

BALUARTES DA UMBANDA Tenda Umbandista Pai Cipriano (Pai Dalton Micieli) pág 15

Associação Cacique Cobra Coral (Pai Edson de Oxossi) pág 20 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA

Vick Vaporub nos pés (Internet) pág 23 A erva que cura (Wagner Duarte) pág 23 Livros Falados (Christiane Blume) pág 24

CADERNO DO LEITOR Quem é o “velho” (Alexandre Cumino) pág 25

Ser Mago é (Eden Carlos da Silva) pág 26 1º Arraial do Portinho (Ogã Anderson) pág 27

DEPOIMENTOS DOS LEITORES - NOVO Fragmentos de uma Historia (Valdete Ap. Sandes) pág 28

Agradecimento (Suzicleide Oliveira) pág 29 Logunam - O Trono Feminino da Fé (Alexandre Cumino) pág 27 As Limitações do Espirito Humano (Mãe Lurde C. Vieira) pág 28

ÚLTIMA PÁGINA Intolerância Religiosa (Rubens Saraceni) pág 30

Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, 25 de Julho de 2011. Edição 17 e-mail: [email protected]

Envie-nos matérias pelo e-mail: [email protected]

Não deixe de reenviar o jornal virtual para seus amigos e cadastrados em

seus mailings. Vamos aumentar cada vez mais nossa família.

LIVRO DO MÊS:

26 de Julho, dia de Nanã

... A Orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada. Pág.03

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 2

300.000 – UM FEITO ESPARTANO!

Por Rodrigo Queiroz

“Honre o coração (Εστιαν τιμα)”

O título deste texto é uma alusão à Batalha das Termópilas (Gregos e Persas), em que o comandante espartano Leônidas, sabendo-se perdido, ordenou a retirada de todos os não espartanos, ficando apenas com 300 compatriotas à espera do último combate, que fatalmente foi o fim daquele grupo.

Mas o que cabe nessa referência é o sentido de coragem e honra. Leônidas não voltaria fracassado, seguindo seu coração tornou-se mártir. Sei que este preâmbulo parece trágico, pois do que estamos falando está longe de ser uma história de guerra e morte.

Pelo contrário, estamos comemorando neste texto uma grande conquista, mais uma grande conquista liderada pelo Pai e Mestre Rubens Saraceni, que há alguns meses lançou o Jornal Nacional da Umbanda, um jornal virtual, distribuído pela internet a fim de alcançar sem fronteiras tantos quantos Umbandistas quisessem. No entanto, foi surpreendente a imediata aceitação e o crescente número diário de assinaturas. E, portanto, nesta edição comemoramos a superação de 300.000 leitores ativos, ou melhor, cadastrados. Imaginamos que com os não cadastrados nos aproximamos de um milhão.

Estes números nos conscientizam de que somos muitos, a Umbanda é grande, nosso corpo religioso é imenso, é preciso que todos tenhamos essa consciência para melhor nos organizarmos, nos fortalecermos e ocuparmos nosso legítimo espaço na sociedade, bem como nos meios de comunicação.

Pai Rubens Saraceni há décadas vem contribuindo sem medir esforços para uma nova realidade da Umbanda, se não bastasse ter mais de 50 títulos publicados, sabemos que mais um tanto deste virá a ser publicado. Ainda assim ele mantém muitos cursos presenciais, o terreiro com atendimento ao público e diversas iniciativas também no mundo virtual.

É de fato uma grande inspiração que vem agregando ao longo desses anos milhares de pessoas com as mesmas intenções: “Levar ao mundo inteiro a Bandeira de Oxalá”.

O objetivo é esclarecer a comunidade, contribuir para a quebra de tabus e paradigmas que por muito tempo mantiveram a religião na inércia doutrinária e consciencial. Alimentando comportamentos aprisionadores e infundados, campo fértil aos charlatões e aproveitadores que se ocultam na sombra dos incautos, vaidosos e odiosos.

Que todos nós nos juntemos na continuidade deste Jornal, em sua divulgação, alimentando-o com bons textos e experiências.

Somos Umbanda, somos um nesta banda que chamamos de religião Umbanda Sagrada. Pai Rubens Saraceni, ao honrar seu coração, honra a todos nós, honra os Orixás e os Mestres

da Luz, os Guias Espirituais. Constante lição de superação e incentivo pense você o que pode fazer para contribuir para

uma realidade melhor da Umbanda. E como começamos este texto, encerro incentivando você para que sempre “Honre o

Coração”. Grande abraço, saravá!

www.rodrigoqueiroz.blog.br

EDITORIAL

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 3

ORIXÁ NANÃ

Rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de

atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.

A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que

tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulu são regidos por magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”. Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna “úmida”. Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.

Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado.

Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. Nas “linhas da vida”, encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres.

Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”. Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?

LENDAS SOBRE NANÃ

“RESPEITO É IMPORTANTE!”

No inicio dos tempos os pântanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nanã Buruquê e ela tomava conta de tudo com mãos de ferro como boa soberana que era. Quando todos os reinos foram divididos por Olorun e entregues aos orixás uns passaram a adentrar nos domínios dos outros e muitas discórdias passaram a ocorrer.

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 4

E foi dessa época que surgiu esta lenda. Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande pântano, uma guerra estava prestes a ocorrer e sua presença era solicitada com urgência. Resolveu então atravessar o lodaçal para não perder tempo. Ao começar a travessia que seria longa e penosa ouviu atrás de si uma voz autoritária:

- Volte já para o seu caminho rapaz! - Era Nanã com sua majestosa figura matriarcal que não admitia contrariedades - Para passar por aqui tem que pedir licença!

- Como pedir licença? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. Há um povo inteiro que precisa de mim.

-Não me interessa o que você é e sua urgência não me diz respeito. Ou pede licença ou não passa. Aprenda a ter consciência do que é o respeito ao alheio.

Ogum riu com escárnio: - O que uma velha pode fazer contra alguém jovem e forte como eu? Irei passar e nada me impedirá!

Nanã imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avanço. O barro agitou-se e de repente começou a se transformar em grande redemoinho de água e lama. Ogum teve muita dificuldade para se livrar da força imensa que o sugava. Todos seus músculos retesavam-se com a violência do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu sair, no entanto, não conseguiu avançar e sim voltar para a margem. De lá gritou:

-Velha feiticeira, você é forte não nego, porém também tenho poderes. Encherei esse barro que chamas de reino com metais pontiagudos e nem você conseguirá atravessa-lo sem que suas carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pântano transformou-se em uma floresta de facas e espadas que não permitiriam a passagem de mais ninguém. Desse dia em diante Nanã aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espécie. Ficou furiosa por perder parte de seu domínio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: - Ogum não passou!

Saravá Nanã Buruquê! Saluba Vovó

“COMO NANÃ AJUDOU NA CRIAÇÃO DO HOMEM”

Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior.

Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro.

Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.

Nanã Buruku se correlaciona com as Onze Energias Cósmicas e é íntima delas compreendidas na religião de Umbanda. É até considerada por muitos como a “Avó de todos os Orixás”. . Nada acontece de novo sem que ela não esteja alerta, sempre presente, desde a criação incessante do Universo até o desenrolar contínuo da atividade existencial de todos os Seres e Elementos que compõem o organismo vivo do nosso pequeno e valioso Planeta.

Neblinosamente, compadese com outras Energias para, juntas, comporem a forma do mais sutil e perpiscaz Orixá.

Um pouco sobre Nanã

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao

lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.

Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 5

Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento. O Movimento adquire Estrutura. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez

parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca. Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.

Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.

A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.

Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.

Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 6

Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.

Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos. ORIGEM

Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando.

Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo).

Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá. É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê. ATRIBUIÇÕES A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada. Cor - Roxa ou Lilás Ervas - Erva Quaresma (Flor ou Folha); Manjericão; Babosa; Jasmim; Carqueja; Jurema, entre outras. Símbolo - Chuva Pontos da Natureza - Lago, Águas profundas, Lama, Cemitérios e Pantânos. Flores - Todas as flores roxas Pedras - Ametista, cacoxenita, tanzanita Metal - Latão ou Níquel Dia da Semana - Sábado (Em algumas casas: Segunda) Elemento - Água Sincretismo - Nossa Senhora Santana Saudação - Saluba Nanã Data Comemorativa - 26 de Julho

Por: Alan Levasseur E-mail: [email protected]

A.U.E.E.S.P.

Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico.

Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014

E-mail: [email protected]

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 7

DOUTRINA

OBSESSÃO

O QUE É A OBSESSÃO: É a ação persistente que um espírito (encarnado ou desencarnado) exerce sobre outro espírito (encarnado ou desencarnado).

GRADAÇÃO DAS OBSESSÕES: Em geral, a obsessão se instala gradativamente. De início é sutil e, aos poucos, vai dominando a vítima, induzindo-a a cometer pequenos erros, até chegar ao ponto de dominá-la por completo. Allan Kardec, através dos seus estudos classificou a obsessão por seus estágios, sendo que por isso mesmo, não tem um caráter definitivo, servindo apenas como parâmetro para estudo, uma vez que a obsessão é muito variada em seus aspectos, sendo difícil estabelecer onde uma fase termina e começa outra. OS GRAUS DE OBSESSÃO SÃO:

SIMPLES - É a influência sutil na atitude do espírito, encarnado ou desencarnado. FASCINAÇÃO - É a ação direta de um espírito sobre o pensamento de outro. SUBJUGAÇÃO - É a paralisação através da ação mental, que um espírito determina sobre a

vontade de outro. TIPOS DE OBSESSÕES: - Encarnado p/ Encarnado; - Desencarnado p/ Desencarnado; - Encarnado p/ Desencarnado; - Desencarnado p/ Encarnado; - Auto- Obsessão.

O QUE PREDISPÕE À OBSESSÃO: Podemos dizer que a Obsessão é resultado de dívidas passada, porém é provocada pela não vigilância do obsidiado, que abre as portas para a instalação da obsessão.

NÃO VIGILÂNCIA: A PORTA PARA A OBSESSÃO: As causas cármicas (débitos do passado) aproximam o cobrador, mas o que lhe dá condição de agir sobre o obsidiado é a não vigilância do mesmo, que ao se conduzir e permanecer no erro vai aos poucos criando as condições para o ataque do obsessor implacável.

A ESCRAVIZAÇÃO DO PENSAMENTO: Pensamento é força. Quando se aceita um pensamento ruim, emitido pelo obsessor, cria-se as condições para, cada vez mais, ser dominado até a subjugação.

PROCESSO OBSESSIVO / CONSEQUÊNCIAS DA OBSESSÃO: Quando a vítima se mostra desprotegida e vacilante, o cobrador inicia seu ataque de forma contínua e persistente e assim vai dominando-a pouco a pouco. Pode ser um processo lento ou rápido, dependendo do estado da vítima. Como consequência do ataque implacável a vítima passa a viver sob o domínio quase total do obsessor, podendo esta ação causar inclusive problemas orgânicos nela.

OBSIDIADO: Pessoa assediada pelo obsessor. A CRIANÇA OBSIDIADA: Geralmente é um espírito que já sofria perseguição na

erraticidade. Com o reencarne, o sofrimento é atenuado, porém, sofre desde cedo com estas influencias.

QUEM É OBSESSOR: É alguém como nós, sujeito a erros e acertos, que, por não ter perdoado seu agressor e por estar ainda preso ao sentimento de revolta ou raiva, ataca sua vítima e tenta de todas as formas subjugá-la.

MODO DE AÇÃO DO OBSESSOR: Age nas brechas morais que encontra na vítima e utiliza-se de todos os meios que dispuser para atingir seu objetivo. Algumas vezes se une a outros espíritos e trabalham em conjunto para cercar a vítima de todos os lados.

ACESSOS À OBSESSÃO:- Ideias profundamente negativas - Depressão / Desânimo - Revolta - Medo - Irritação / Cólera - Vícios / fumo / tóxicos / álcool - Desregramento sexual - Maledicência - Ciúme - Avareza/Egoísmo - Ociosidade - Remorso

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 8

PARASITOSE ESPIRITUAL: Quando o espírito desencarna ele conserva suas qualidades e seus defeitos, assim, se era um viciado, vai procurar alguém que lhe dê as condições de suprir suas necessidades referentes àquele vício que possuía e passa a viver como hospedeiro.

A OBSESSÃO PROLONGADA PODE CAUSAR:- Desordens patológicas (doenças) - Loucura - Morte Física

Estudo baseado na obra: Obsessão / Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica Espírita. Autora: SUELY CALDAS SCHUBERT

Enviado por: Valeria E-mail: [email protected]

OS INIMIGOS DO

CONHECIMENTO

Fuçando no Orkut, encontrei um dos

milhares de comunidades sobre Umbanda, e numa delas estava sendo discutido sobre os autores que lançam livros e cursos com o intuito de trazer um pouco de conhecimento à nossa religião (que valoriza muito mais a pratica do que o estudo), nessa discussão um irmão dirigente disse: "Não devemos estudar por livros ou cursos,

somente os guias podem ensinar alguma coisa”.

Com certeza nossos guias ensinam muitas praticas e magia, que podemos usar no dia a dia para nos beneficiar e ajudar outras pessoas, mas eles não ensinam sobre os mecanismos da mediunidade, sobre teologia, sobre a ciência dos Orixás nem sobre a interpretação das lendas à luz da razão, e o porquê de se usar certos elementos dentro dos rituais, etc. Isso e outras coisas são e sempre foram ensinadas, sejam em livros ou em cursos e só não aprende quem não quer ou é preguiçoso.

Sabemos que muitos pais de santos não gostam que os seus filhos de santo aprendam, pois têm medo de se sentirem ofendidos por algum filho mais novo que aprenda mais coisas em menos tempo do que eles, que gastaram vários anos no aprendizado. Muitos dirigentes se julgam autossuficientes no conhecimento da Umbanda e, não só NÃO RECOMENDAM a leitura aos seus filhos, como proíbem que eles leiam algum livro sobre Umbanda, alegando que isso atrapalhará seus desenvolvimentos mediúnicos.

Uma religião precisa do auxilio de uma literatura para se perpetuar no tempo, no coração e na mente das pessoas. Vejam por exemplo a Bíblia, o Alcorão, o Bagavadguitá, o Dhammapada, etc...

Alguns dirigentes, por possuírem dons

naturais maravilhosos, acham que só isso sustentará a Umbanda, mas se esquecem de que dons não são passados para outras pessoas, é algo intransferível.

Já os conhecimentos de uma Religião são a certeza de sua continuidade. Outra coisa que eu gostaria de esclarecer: --Nenhum guia ensina tudo o que sabe para o seu médium.

É como se você fosse ao médico com algum problema de saúde e perguntasse a ele um monte de coisas sobre medicina. Ele logo iria dizer:

-“Bom se você quiser saber tanto quanto eu, então matricule-se num curso de medicina, aqui eu só posso te curar e explicar o básico, o que for avançado você vai ter que se esforçar pra aprender, assim como eu me esforcei.”. Taí o grande problema daqueles que criticam os que buscam o conhecimento: falta esforço para aprender.

Lembrei-me de uma passagem do Livro Lendas da Criação, onde num dialogo, Obá, que é a Mãe do Conhecimento, diz:

"O conhecimento é algo que se adquire com dedicação, afinco, segurança, paciência, objetividade, concentração, inteli- gencia e estudo, muito estudo!"

Baseado no que nossa Mãe Obá disse, você Umbandista, que é contra o estudo da sua própria religião, acha que seus guias vão ensinar-lhe tudo de mão beijada?

Acha que eles, que se esforçaram e aprenderam através de séculos de encarnações vão simplesmente falar tudo o que você quiser saber, bastando chamá-los em terra?

O estudo da religião de Umbanda é importante para que possamos desenvolver uma consciência religiosa, pois até hoje a Umbanda é vista apenas como um "pronto socorro" e mais nada.

Outro irmão fez o seguinte comentário:

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 9

“UMBANDA é para ser vivenciada em conga, dentro do TERREIRO e os maiores ensinamentos estão com nossos GUIAS ESPIRITUAIS”. É obvio que a Umbanda primeiramente deve ser vivenciada nas praticas do terreiro, mas o estudo e compreensão das nossas praticas é feito somente pelos livros/cursos/palestras, etc., são eles que dão um sentido ao que fazemos dentro do terreiro.

Lembro bem de um caso que ilustra isso muito bem:

--Há muito tempo atrás numa gira de desenvolvimento, incorporou a entidade Chico Baiano da nossa dirigente. Numa questão levantada por um dos irmãos sobre ponto riscado, a Entidade disse:

“Meus fios, mais respeito com os pontos riscados, eles são a língua dos Orixás.”

Nessa pequena frase está um grande ensinamento, mas como interpretar isso corretamente? Só compreendi melhor isso quando li os livros “Código da Escrita Mágica” e “Tratado Geral de Umbanda”. Nesses livros esta tudo o que o baiano disse, só que de forma mais detalhada. Neles não tem nada que desminta o

que a entidade disse, pelo contrário, expande o entendimento sobre o assunto.

Será que dá para entender onde o estudo se encaixa no dia a dia do terreiro? Não é correto criticar quem vai à busca de conhecimento sobre sua própria religião, alias todas elas tem seus tratados de teologia, filosofia e etc. E qual o problema do iniciante na Umbanda buscar aprender mais? Muitas religiões, no passado, ocultaram o conhecimento sobre os seus mistérios deixando apenas para os seus sacerdotes e alguns "escolhidos" o privilégio de conhecerem mais sobre sua própria doutrina, afinal, é muito mais fácil influenciar quem não sabe nada, não é verdade?

O nosso país está tão bagunçado justamente porque o governo não investe em educação. Não façamos o mesmo com nossa querida religião. Bibliografia: Livro Lendas da Criação, Teologia de Umbanda, Código de Umbanda.

http://lei-e-conhecimento.blogspot.com/ Enviado por: Celso Alves de Souza Junior.

E-mail: [email protected]

CONVERSA COM EXÚ

Em uma terça feira, estava eu com os meus afazeres quando se iniciou esta conversa: - Salve Menino! Pode escrever umas linhas pra mim? - Salve senhor! Sim senhor, estou à sua disposição. Segue abaixo o que ele me passou:

“--Saravá a todos”! Em minhas andanças descobri que as pessoas são sempre iguais. Iguais em suas soberbas,

em suas magnanimidades, em suas megalomanias, em suas arrogâncias, em seus achismos. Isso porque todos se “acham” detentores da verdade absoluta. Detentores do único caminho que leva ao Deus Único. Hipócritas! Nestas minhas andanças, prestei serviço em diversas casas de cultos, terreiros, igrejas, templos budistas, reuniões espirituais, casas de oração, casas de rezadeiras, sempre realizando a minha função na Criação, sem ninguém encarnado nunca nem saber que eu estava ali.

De alguns séculos pra cá, infelizmente, as pessoas resolveram nomear a caridade, nomear o Amor de Deus. Começaram dizendo que as rezadeiras eram bruxas. Depois começaram a falar que os índios não tinham fé e, ou se convertiam ou eram mortos, começaram a se armar e guerrear em nome de Deus, tudo em nome de um poder leviano e transitório.

Muitos me amam, outros tantos me odeiam, outros me temem, outros entendem que sou um demônio. Pensem o que quiser. Quando desencarnarem, estarei lá para atendê-los, como atendo a todos os meus irmãos que, por ignorância, se perdem na senda luminosa de retorno ao DIVINO CRIADOR.

Quem eu sou? Sou Exu. Sou eu trabalhando por vocês nas trevas da ignorância, no embaixo, por amor a Deus e à

Sua Criação.

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 10

Sou eu trabalhando no meio, por amor a Deus e à Sua Criação. Sou eu trabalhando no Alto, por amor a Deus e à Sua Criação. Sou eu, sou Exu! Sou uma criação trabalhando pelo seu Criador e por suas criaturas.

Querem me nomear, então que me nomeiem. Querem me rotular, que me rotulem, pois vou continuar trabalhando.

Senhor Guardião Tranca Ruas das Almas, guardião da Luz nas Trevas.

Enviado por: Pai Fabio Marques E-mail: [email protected]

CIGANOS NA UMBANDA

Neste último dia 30 de junho de 2011 realizou-se a aula dos ciganos sob a regência do amigo Lázaro, que trouxe excelente material de consulta por ele pesquisado. Suas explicações se deram de forma bem simples e objetiva o que facilitou o melhor entendimento de todos. Foi abordado que: A linha dos Ciganos é muito antiga dentro da nossa amada Umbanda, porém ganhou força há pouco tempo. Hoje podemos presenciar várias casas operando com estes abnegados irmãos que propagam o amor, a alegria, a fartura e o desapego às coisas superficiais. Por muito tempo trabalharam em conjunto com os guardiões e chegaram até mesmo a serem confundidos com eles. Persistem ainda hoje denominações como Cigana das Almas, do Cruzeiro, Sarita, Rosa, entre outros, operando tanto na linha de ciganos como na dos Guardiões o que evidencia uma forte ligação de irmandade entre eles.

Foi através de seus trabalhos que lograram êxito e conquistaram um lugar de importância dentro do contexto espiritual.

Existem diversas lendas sobre sua origem e elas fortificam a necessidade de conhecê-los e respeitá-los, pois, ao contrário do que se pensa, os espíritos ciganos reinam em suas correntes dentro do plano da luz, trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento. O Povo Cigano tem um dom: --O de saber olhar profundamente nos olhos e interagir com a mente e a alma do outro. A partir daí, conseguem se integrar ao campo vibracional e verificar o passado, o presente e o futuro do consulente. Esta arte é muito útil para os ciganos, que já têm seus espíritos esclarecidos, para trabalharem no astral junto com os Benfeitores da Luz.

Usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para a prática volitiva das velas, roupas, acessórios, etc.·. Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua. Gostam muito de festas. Todas elas devem acontecer com bastante música, danças, frutas e flores sem espinhos. Apreciam vinho tinto com um pouco de mel e ainda podem fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser. Serão sempre caminhantes e nossos companheiros, ligados por compromissos cármicos e evolutivos, nos auxiliando, nos dando apoio e Força, em sua maneira peculiar de nos mostrar o caminho e nos fazer observar muito mais que proferir muitas palavras. Após esta explanação de nosso interlocutor Lázaro, feita através de pesquisas, fomos agraciados com a presença de Pablo (espírito missionário cigano), que demonstrando toda sua elevação espiritual elevou sua voz ao alto e solicitou permissão ao Pai Maior, Oxalá e todos os Orixás da Umbanda para estar presente e para irradiar suas vibrações aos que assistiam à aula da noite. “Pablo” pegou uma tábua, pembas, velas coloridas e imediatamente começo a riscar um ponto contendo uma espécie de vórtice redondo, flores, punhal, estrela e sol. Acendeu uma vela branca, uma amarela, uma marrom e uma vermelha e as colocou no ponto riscado. Pegou dois

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melões cortados ao meio, sem as sementes e colocou um pouco de mel em seus interiores, dispôs um em cada lado da tábua do ponto, jogou algumas moedas no trabalho e voltou-se aos presentes, discorrendo o seguinte: Queridos amigos, através da magia das velas, do ponto e das forças da natureza, solicitei permissão ao Pai Maior para abrir estes trabalhos na intenção do amor, da saúde, da prosperidade e do dinheiro necessário para a sobrevivência. Gostaria que todos fizessem seus pedidos particulares e os pedidos para aqueles que julguem merecedores. Coloquem cada pedido dentro de cada melão correspondente e saibam que grande parte da magia vem da forma e do interior de quem o faz. Estamos criando ondas de auxílio e uma forte corrente de forças para que todos os pedidos sejam entregues aos benfeitores de Olorum e realizem-se da melhor forma. Acredito que para fortalecer ainda mais este magístico momento do astral, “Pablo” evocou outros três ciganos da espiritualidade e uma cigana. Tão logo estes se fizeram presentes, se dirigiram para onde os trabalhos eram realizados e começaram a irradiar fortes correntes de amor e sabedoria, perceptíveis por todos os presentes. Discretamente, um exu Marabô também compareceu e firmou proteção na casa para que nada viesse a prejudicar os bons andamentos vibracionais, e trouxe com ele alguns amigos para auxiliar em todo o processo e discorreu o seguinte: Somos irmãos e gostamos muito deste povo de amor e profunda sabedoria. Trabalhamos muitas vezes com eles e nos sentimos agraciados por este convívio de profunda harmonia. Sempre deixei bem claro que amo este povo e sempre que possível estarei ao lado deles. Todos os presentes puderam sentir em seus corações a verdadeira fonte de união entre todos os povos e a necessidade de viver em sintonia e corrente de irmandade. O cigano que se encontrava em sintonia com Osneri falou: Irmãos de fé, este trabalho se estende para todos que frequentam esta casa e serve de referencia da União Maior que nosso Pai deseja para todos os povos deste planeta. Muitos da corrente não estão presentes, todavia estão recebendo na medida de seus merecimentos. Tudo que é feito com fé e amor se propaga no universo.

Meus amigos, estamos vivenciando fortes evidências de que Deus Pai quer que todos estejam ligados num mesmo ciclo de energias voltadas ao crescimento espiritual e temos que nos preparar dia após dia para sermos merecedores deste imenso amor.

Os trabalhos se estenderam por mais alguns minutos em forma de irradiações e profundas palavras de sabedoria que não consigo expressar na escrita com fidelidade.

Nossa humilde casa está muito feliz com tudo o que vem aprendendo e oportunizando. Cada membro da corrente está pesquisando, estudando e se dedicando e terá a oportunidade de se manifestar com suas aulas e com seus amigos obreiros da espiritualidade. Todos da casa são alunos e professores!

Nosso próximo encontro de aulas será em agosto e ministrada pelo membro José Luís, que apresentará estudos sobre São Francisco de Assis, sua corrente dentro da Umbanda e sobre outros Santos sincretizados nesta amada religião Umbanda. Muito obrigado e muito amor a todos!

Enviado por: Mauro Cavichiollo E-mail: [email protected]

CAMBONE DE UMBANDA

Gostaria de abordar um trabalho de extrema importância no terreiro que é o de cambone, mas

sem deixar de lembrar-se de uma passagem curiosa: - Quando eu era pequena o meu pai sempre tinha o costume de desmontar os relógios da

casa na intenção de “melhorar seu desempenho”, relógios do tipo à corda, e sempre era a mesma estória, ele desmontava, “lubrificava” e montava novamente, mas sempre sobravam peças, e lógico o relógio não funcionava, ai começava a discussão com minha mãe que argumentava o erro em não saber remontar e ele dizia que eram peças “dispensáveis”, mas ora o relógio não funcionava ou então funcionava com problemas.

O trabalho de Umbanda no atendimento ao consulente também funciona como um relógio, que tanto no astral com na parte material depende do bom funcionamento de sua engrenagem.

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Parte importante, como todas as outras é justamente a do cambone, já tão bem abordada aqui no JUS em outras oportunidades, mas nesta, coloco a visão de um cambone.

Existe toda uma expectativa no início dos trabalhos, cada casa tem seu ritmo, mas o que não muda é aquela adrenalina e ansiedade (benéfica) à espera da linha de trabalho a ser chamada, muitas vezes por tempo de trabalho, por dedicação e afinidade o cambone se sente um misto de peça importante com o de um filho de todas as entidades que na casa se manifestam.

Muitas vezes eu, como muitos outros, temos este sentimento de atenção com tudo: preparar o espaço para a chegada dos Guias Espirituais, pembas, blocos de anotação, velas, charutos, tudo tem de estar a contento, a assistência, ansiosa, tem que ser bem recebida e conduzida aos Guias, todo o trabalho transcorre numa dinâmica de atenção, concentração e doação, dependendo muito do amor e da dedicação de todos, inclusive de nós cambones, ai entra também o sentimento de ser filho de cada um dos Guias espirituais que, com o tempo, só de olhar sabem como estamos: como um pai que olha o filho pequeno.

Os cumprimentos e o abraço de um, a palavra do outro, a “chamada” de um terceiro, e ai a gente vai crescendo como crianças dentro de uma grande família de sábios, anciões, companheiros, pais e mães espirituais.

Chegando até mesmo um ponto em que, no meio de inúmeros Guias, o cambone ouvir mentalmente o chamado de um ou outro Guia Espiritual mais afinado com ele, solicitando sua presença ali ao seu lado.

Isso não tem preço! Não digo que a cada dia de trabalho tem um aprendizado, mas sim, que a cada atendimento,

sendo este ligado apenas a um médium e suas entidades ou como também os cambones que atendem vários médiuns, todos aprendem.

Muito depende do funcionamento de cada casa, mas o trabalho de ser cambone é uma escola, um aprendizado sem fim que, aos atentos, faz aumentar a fé, descobrir-se e sentir-se amado e especial.

Existem dias em que o cansaço e eventuais dificuldades atrapalham, mas são nesses dias que a espiritualidade te recompensa com um abraço de um pai querido, um ramo de alecrim imantado ou uma rosa para despachar.

Enfim, é importante cada gesto dessa grande corrente, formada não só de pais e mães espirituais, mas também dos “colegas”, irmãos de trabalho que se ajudam e muitas vezes, sob a coordenação de um guia espiritual fazem o revezamento de descarregos para os mais necessitados da corrente.

Ser cambone é ser importante para o bom funcionamento do trabalho, exige ser atento, concentrado, estudar, aprende e se incorporar à dinâmica de trabalho da Umbanda, estar preparado para todo um esforço físico, mental e espiritual de trabalho e, acima de tudo, amar a Deus e o que faz.

Hoje, de um modo geral, por todo o trabalho de doutrina, esclarecimento e preparação, nós cambones somos vistos como parte importante da engrenagem de funcionamento de uma casa, mas apelo aos irmãos, colegas de trabalho, que se vejam, não com soberbia na importância do seu trabalho em uma casa, mas como privilegiados e abençoados por tanta generosidade que recebem em cada auxilio às entidades, isto sem precisar mencionar do auxilio que cada cambone, assim como cada médium de Umbanda recebe de seus próprios amparadores espirituais.

Percebam e internalizem para poderem retransmitir a gratidão, os pequenos gestos de humildade e delicadeza, a generosidade e o trabalho extremamente gratificante e engrandecedor de servir ao Pai, servido a muitos.

Se tiverem amor pelo trabalho de cambone, receberão amor enquanto forem membros neste ponto da hierarquia, e no futuro também colherão e doarão amor para toda a corrente.

Hoje me despeço desse trabalho, com tristeza por deixa-lo, mas com gratidão por ter sido tão maravilhoso, e rogo que cada dia do novo trabalho seja tão perfeito, tão bom e me traga tanta felicidade como me trouxe ser cambone.

Escrito por: Sheila Nascimento (Serena) Enviado por Alexandre Cumino.

E-mail: [email protected]

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JULGAMENTO

Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medires, medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).

Um dos atos mais comum nessa vida é o de julgarmos o nosso semelhante. Se atentássemos um pouco mais e parássemos para refletir sobre essa máxima bíblica, conseguiríamos enxergar que nada somos para que julguemos alguém.

Todos, sem exceção de ninguém, já cometeram alguma falha nessa vida, algum erro do qual não se orgulham, alguma atitude da qual se arrependem.

Se alguém não cometeu ainda, com certeza uma hora ou outra, irá cometer. Há vários “tipos e graus” de erros; materiais, espirituais, erros que cometemos contra nós mesmos e/ou contra nossos semelhantes.

Mas não quero falar sobre os erros e sim falar sobre o hábito que o ser humano tem de julgar. Hábito esse que acaba por nos meter em situações muito complicadas e desagradáveis.

Estamos vivendo numa época em que os seres humanos acabam se esquecendo de como é realmente “ser um humano”, época em que temos (na teoria ao menos) o encurtamento das distâncias físicas, graças à televisão, rádio, telefone e internet, formas de comunicação que supostamente aproximam as pessoas, pois não importa se você mora no Brasil e teu amigo está no Japão, hoje é muito mais fácil, rápido e prático manter contato com ele.

Mas e o “contato” mesmo? O toque? A convivência? A proximidade? Onde é que, nessa vida moderna de hoje de “encurtamento de distâncias”, temos tempo e disposição para tudo isso?

Hoje em dia mal conseguimos conhecer a nós mesmos e uma prova disso é que sempre ouvimos a Espiritualidade nos pedindo que façamos uma reforma íntima.

Costumo comparar essa reforma à transição da lagarta para borboleta:- precisamos de nossa crisálida para, realmente, descobrimos quem somos. E essa crisálida pode ser na forma de um recolhimento pessoal, o amparo dos Guias Espirituais, conselhos de amigos que estão a nossa volta, enfim, há várias maneiras de se tecer a nossa crisálida, basta querer.

Pois bem, o que será que reforma íntima tem a ver com julgamento? Eu digo que tem tudo a ver. Como é que podemos julgar nosso próximo se não conhecemos

nem a nós mesmos, para que nos julguemos em primeiro lugar? Como é que podemos julgar nosso irmão, se não sabemos o que se passa no íntimo dele? O

que o levou a cometer erros, o porquê e quais foram as circunstâncias no momento? Isso, levando em consideração que a ofensa ou erro cometido tenha sido contra outra pessoa e não a nós mesmos, porque se o ofendido somos nós, aí a coisa muda de figura, pois nosso emocional acaba interferindo em nosso julgamento.

Não podemos nos esquecer de que há os dois lados numa mesma moeda, certo? Quem garante que amanhã ou depois não seremos nós a errar? E aí, gostaríamos de sermos julgados, apedrejados, humilhados e ofendidos ou gostaríamos de amparo, ajuda e uma segunda chance para retificar o que foi feito de errado?

Ninguém é perfeito, se assim fossemos não estaríamos aqui, encarnados, e sim dentro da morada divina do nosso Criador, pois Ele é O PERFEITO. E, justamente por Ele ser perfeito e onisciente, criou em Sua sabedoria divindades que representam Seus sentidos (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração).

E, no Sentido da Justiça, para nós que somos umbandistas e seguimos o fundamento da Umbanda Sagrada, a divindade responsável por nos julgar (entre outras atribuições que envolvem esse sentido) é nosso amado Pai Xangô.

Se Deus em sua infinita sabedoria criou um ser divino para essa tarefa, porque então nós, que somos simples espíritos humanos presos a um ciclo reencarnatório evolutivo, somos tão prepotentes a ponto de achar que temos esse direito?

Pode parecer extremista a minha opinião, mas eu digo e repito: Nós não temos esse direito! Se tivéssemos seríamos todos Xangôs e não Julianas, Marias, Josés, Joãos. Não há quem seja

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 14

capacitado nessa vida em julgar sem cometer injustiças, não tem como, pois, uma hora ou outra, ao julgarmos alguém cometeremos alguma injustiça e aí seremos nós aquele que dessa vez errou.

Se errar, sou a primeira a me colocar perante a Justiça Divina e a Lei Maior. Ajoelho-me, peço a orientação, peço o perdão e a oportunidade de retificar meus erros. Se for injustiçada e ofendida, eu também ajoelho e coloco o caso nas mãos da Justiça Divina e da Lei Maior, e peço a Eles (que são a própria Justiça e Lei de DEUS) que tomem conta da minha vida e das situações que me afligem, peço a aos pais Orixás que me ajudem conforme minha necessidade e meu merecimento e que Eles, em suas onisciências divinas, identifiquem cada erro cometido por mim ou contra mim.

Cabe somente a eles julgar e executar, não a mim, pois nem sempre o meu erro foi um erro e nem sempre a ofensa cometida contra mim foi uma ofensa.

Nunca se esqueçam de outra máxima muito famosa de uma das peças de Shakespeare, que nos mostra o quanto somos ignorantes em matéria de conhecimento e sabedoria:

“Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia". Daria até para completar um pouco mais essa frase, “há muito mais mistérios entre o céu e a

terra, a terra e o embaixo, do que sonha nossa vã filosofia.”. O objetivo desse texto é para que atentemos ao fato de que o ato de julgar já se transformou

em hábito em nossas vidas, e às vezes fazemos inconscientemente, sem ao menos perceber que estamos julgando alguém.

Claro que não estamos livres de realizar julgamentos, estamos sempre nos deparando com situações em nossas vidas que precisamos julgar: --Qual a melhor decisão a ser tomada? Qual o melhor caminho para seguir? Qual é melhor atitude a tomar?

Mas são “situações” e não “pessoas” a serem julgadas, é “algo” e não “alguém”. Da mesma maneira que, se há erros também há julgamentos, então, para simplificar e resumir

numa só frase eu recomendo o seguinte: --Meus irmãos, antes de julgarmos as atitudes e erros do próximo, paremos para pensar e refletir muito acerca dos nossos próprios erros e atitudes!

Por: Juliana Rachel Velico

E-mail: [email protected] www.elavitta.blogspot.com

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TENDA UMBANDISTA PAI CIPRIANO

Caros irmãos, como muitos de vocês, descobri minha religião quase sem querer, pois mesmo tendo simpatia por ela nunca tinha ido a um trabalho umbandista, propriamente dito, até aquele momento.

Nascido em São Paulo capital, estudei em escola de freiras, filho de católicos praticantes e minha esposa também, ai vocês imaginam como foi a dificuldade em uma época que tudo era oculto e a maioria das pessoas tinha vergonha de falar o que praticavam ou no que acreditavam. E, por ser Umbandista “macumbeiro” então nem se fala!

Éramos vistos como pessoas do mal, isolados e muitas vezes descriminados e se por acaso alguém soubesse de nossas atividades, seriamos assolados com muitas gozações e até a perda das amizades ou emprego... E o pior que isso se segue até hoje, com menos intensidade, mas acontece.

Minha história teve inicio quando, em 1984, minha noiva começou a ter influências espirituais, que a incomodavam e tomavam a nossa vida, ficando cada vez mais difícil, conosco não sabendo o que fazer e como agir, pois não havia nem hora e lugar para que isso acontecesse.

Muitas vezes fomos incomodados em reuniões familiares e, como não entendíamos o que estava acontecendo, a preocupação tomava conta dos nossos pensamentos. Mas, mesmos sem saber e ter a quem recorrer, em certo instante comentei com um vizinho e amigo a minha situação que, naquele momento afligia constantemente nossos dias.

Naquele tempo era difícil comentarmos estas situações com qualquer pessoa, porque não seriamos entendidos ou então nos mandariam procurar um padre ou um pastor para tirar o "capeta" que estava nos acompanhando ou mandariam interna-la em algum hospital psiquiátrico.

Mas, graças a Deus, contei o que estava acontecendo à pessoa certa e assim que comecei a narrar o que estava ocorrendo com minha noiva, ouvindo atentamente os fatos, ele, sem muita explicação, me comunicou que trabalhava em um centro e, se caso eu quisesse levá-la, eles estariam às ordens para atendê-la.

Só que o centro ficava na cidade de Santos-SP e os atendimentos eram aos sábado, começando às 18 horas e não tinha hora para acabar. Mas ele não comentou nada sobre o centro frequentava e atuava.

Antes de conseguir leva-la, por vários dias lutei contra a vontade de minha futura esposa e de seus acompanhantes espirituais, pois ela, como estava sob fortes influencias negativas, não queria de jeito algum ir a qualquer lugar que pudesse ajudar a encaminhar os indesejáveis perturbadores de nossas vidas.

Mas, graças a Deus e aos guias, consegui com muito custo leva-la ao Centro de Umbanda São Sebastião, que era comandado pela Mãe Luzia, no qual o guia chefe da casa era o Caboclo da Mata Virgem. Para minha esposa se tornou uma luta, pois a disputa contra a nossa ida era constante e a negação no momento da entrada no terreiro era absoluta. Mas foi importante a nossa paciência e insistência, até que ela concordou e conseguimos entrar no centro.

Tudo era novidade e, no meu caso, me sentia tomado pelo medo, duvida, desconfiança e muita ansiedade. Mas, logo após estes sentimentos serem abrandados, fui envolvido, pelo cheiro do incenso, pelo toque do atabaque e pontos cantados e naquele momento, pareceu-me que estava retornando há algum tempo no passado em que já havia presenciado e participado de tudo aquilo.

Depois de todos os rituais iniciais, toda a abertura começou a ser direcionada para a gira de Caboclos e logo eles começaram a incorporar em seus médiuns dando seus brados, movimentos e trejeitos típicos.

Um a um, eles vieram em terra e então os trabalhos de atendimento se iniciariam.

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Fui me envolvendo cada vez mais e me encantando com tudo que estava acontecendo recebendo uma energia que nunca tinha sentido. Assim que os caboclos se colocaram em seus lugares para iniciarem o atendimento, com os cambones organizando todos e servindo-lhes seus charutos e bebidas, tudo com muita organização, reverência e respeito, coisas que eu nuca tinha visto ou presenciado, pelo menos nesta vida, seu Mata Virgem nos chamou pedindo que entrássemos no congá e, já sabendo do que se tratava nos deu um passe e pediu para que ficássemos até o final, pois teríamos de participar da corrente de descarrego para que os eguns,

zombeteiros fossem retirados e encaminhados aos seus lugares. Ali ficamos e participamos e foram feitos os trabalhos por aquelas pessoas e por entidades

que nem sequer sabiam da onde tínhamos vindo ou quem éramos, mas trabalharam em nosso beneficio por pura caridade, resolvendo inteiramente o que nos afligia sem nada nos perguntar ou cobrar.

No final dos trabalhos o Caboclo mandou que tomássemos um banho de ervas para completar a limpeza. Ao terminar tudo o que precisa fazer, retirando os espíritos que estavam impedindo nossa liberdade de caminhar, o nos deu um abraço e, nos abençoando falou: --Se for da vossa vontade, voltem na próxima gira! A gira acabou mais de 01h30min da madrugada e após o fechamento dos trabalhos fomos embora daquela casa maravilhados com a energia à flor da pele, pois tudo iria caminhar dali em diante dentro da normalidade de nossas vidas. Realmente, tudo tinha sido cortado, começando dali em diante a vivermos mais tranquilos.

A semana em que esperávamos pelos novos trabalhos foi de anseio e tensão, pois queríamos que chegasse logo o sábado seguinte para novamente participarmos da gira, que já tinha reativado as ligações de vidas anteriores na qual nos sentíamos tão bem e tão ligados, somente com uma ida ao Terreiro. Com a solução do nosso caso, começamos a caminhar normalmente por nada mais estar atuando contra nós. Estávamos livres dos obsessores!

Então podem imaginar nossa ansiedade pela gira futura, que seria de pretos-velhos! Chegou o sábado e lá estávamos às 18 horas em ponto, sentados nos bancos de madeira

que acomodavam muitas pessoas, todos com seus problemas e aflições, procurando uma solução para os mesmos. E ali os deixavam e recebiam bênçãos maravilhosas.

Mas eu, sentado naquele banco e sem saber o que estava acontecendo, já estava recebendo influencia da corrente que estava atuando naquele dia.

Os pontos dos Pretos Velhos eram cantados, os banquinhos colocados e os velhos, incorporando em seus médiuns. E eu, cada vez mais tencionado e suando frio, não sabendo o que era aquilo que estava ocorrendo, entre a fumaça dos cachimbos e pontos, fui sendo conduzido para dentro da gira e me ajoelhei aos pés da Preta Velha, que foi estalando os dedos e cruzando o meu corpo.

Fui informado pela Vovó Cipriana que, se fosse da minha vontade, teria que desenvolver a minha mediunidade, pois havia uma missão esperando ser cumprida por mim, e que até então estava oculta. Depois de suas palavras de entendimento e ajuda, confirmei aquilo que, há sete dias norteou por inteiro minha mente e alma.

Com fé e confiança, daquele momento em diante comecei a frequentar o Terreiro todos os trabalhos sempre com vigor e vontade.

Pedindo para entrar nos trabalhos, fui informado que sim, que as portas estavam abertas, mas tinha que cumprir o tempo de penitencia, que na época era de três meses, sentado na assistência e vestido de branco, assistindo as giras e tomando passes equilibradores, para, só depois disso cumprido, eu pudesse entrar para os trabalhos.

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Não faltei um dia sequer, mesmo pelo mais importante compromisso que poderia existir e entrei para gira e ali permaneci por anos cumprindo e realizando todos os preceitos e obrigações que eram necessários para a vida Umbandista: - Batizado, iniciado e realizei todas as obrigações e oferendas, fazendo-as uma a uma, como os guias pediam para serem feitas,

E, cada vez com mais fé, amor e dedicação, fui me entregando à então maravilhosa, temida e descriminada Umbanda.

Lembro-me da minha oferenda para Exú que, depois de tudo firmado, velas, farofa, galo e ferramentas, com tudo arriado na encruza em uma estrada de ferro, no seu ponto de força, ali perdi totalmente os sentidos e apaguei completamente, acordando só no dia seguinte sem saber o que tinha acontecido.

Minha noiva, que sempre me acompanhava e aceitava tudo o que estava acontecendo em nossa vida, pois também trabalhava na casa, depois de alguns meses recebemos a benção de casamento, fortalecendo ainda mais a nossa união em uma linda festa de Erês, onde nos abençoaram e felicitaram.

Todos ali tinham uma dedicação fora do comum, onde éramos tratados e nos sentíamos como uma família. Mas infelizmente depois de muitos anos de trabalhos, um dia, por motivos que conhecemos, mas não nos cabe comentar, o centro foi fechado, encerrando as suas atividades. Todos nós ficamos sem rumo, pois muitos filhos se entregavam integralmente a casa e não sabiam como se direcionar ou caminhar naquele momento e ninguém tinha conhecimento e segurança para continuar os trabalhos, mas tivemos que aceitar o ocorrido e cada um de nós, dali em diante, teria que procurar um caminho e seguir em frente e ponto final! Não haveria retorno.

Por algum tempo fiquei sem entender o ocorrido, como muitos de meus irmãos, pois parece que nos tiram um pedaço quando certos fatos acontecem.

Mas teria de me acostumar e começar a direcionar aquilo que tinha que cumprir e comecei a ser intuído pelos meus guias a procurar e conhecer terreiros que de alguma forma somassem à minha passagem pela minha primeira casa, reparando em qualidades e defeitos materiais e comportamentais, pois espiritualmente, de alguma forma eles cuidariam de nós e indicariam o local certo.

Passei muito tempo procurando um terreiro e visitando-os para, em algum momento achar o lugar que me amparasse e os meus guias aceitassem ali continuar a missão que tinham de realizar. Mas foi complicado pelo simples motivo que todos os que fui conhecer tinham algo que me impedia de participar das giras, simplesmente por observar o modo de trabalharem, a pureza dos trabalhos, a honestidade e a limpidez da alma dos seus integrantes, principalmente do Comandante, que é o sustentáculo de uma casa espiritual e exemplo aos demais.

Queria que fosse bem parecido com a forma e da maneira que aprendera no antigo terreiro. Eu pensei que seria fácil, pois quantos terreiros não existem por ai não é?

Tinha certeza que, além disso, meus guias não me deixariam sem alguma solução, sendo que sempre me falavam que teria de procurar incansavelmente, mas acharia uma casa que daria tanto a possibilidade de trabalho como de aprendizado.

Mas não foi tão simples quanto eu achava, pois tinha uma condição a cumprir e procurei muito, mas muito mesmo, sabendo que isso fazia parte do meu aprendizado e caminhada, pois, para nós, dificilmente algo é dado com facilidade!

Até que um dia, a pedido de minha entidade, que me deu toda a segurança necessária, comecei atender na sala de meu apartamento e, em casa, realizava as giras e atendia quem precisasse. E qual não foi minha surpresa quando naquele local começaram a aparecer muitas pessoas, inclusive antigos irmãos, lotando o pequeno espaço onde acontecia a gira e as pessoas eram atendidas.

Todos nós temos curiosidades e histórias a serem contadas, talvez algumas até parecidas, pois temos anos e anos de Umbanda e histórias não faltam, intimas ou coletivas.

Mas não devemos esquecer que, não importando o que aconteceu em nossas vidas tanto na saúde, no espiritual ou na parte material, vitórias ou derrotas que existiram em nossa existência, milagres propriamente ditos e vividos, milagres estes recebidos inclusive por mim e minha família, que me tirou de uma doença terminal em 2010 para hoje em 2011 reiniciar com mais firmeza e convicção uma nova meta de vida, através da caridade vivenciada por muitos de nós e realizada por varias entidades, milagres que acontecem todos os dias em muitos terreiros por todos que pregam e

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praticam o bem pela caridade, o essencial é que não importa o motivo ou como entramos na Umbanda e nos sentimos Umbandistas.

O importante é que fomos aceitos por ela e ela está dentro de nós, como obra de Deus e seus divinos Orixás, que nos enviam nossos guardiões, guias e protetores.

A espiritualidade é sabia e espera as horas certas de nossas vidas, onde entendemos que nada é por acaso, não adiantando que queiramos ultrapassar o tempo para antecipar os acontecimentos, pois tudo está marcado em nosso destino, o qual queira ou não, temos e vamos cumprir em nossa vida.

Para encurtar um pouco os acontecimentos, em 2005 um antigo irmão de terreiro me telefonou e me convidou para fazer um curso de Magia Divina. Eu não sabia e nem conhecia do que se tratava, mas sem pensar aceitei e fui ter conhecimento sobre o assunto.

Junto com ele, no dia marcado fui ao Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, que tem como Sacerdote e dirigente espiritual o pai Rubens Saraceni. Logo que cheguei ao Colégio senti a sua força e energia e algo me disse que ali era um bom lugar para dar direção aos meus trabalhos e aprendizado.

Dito e feito! Era o que os guias tinham me falado! Encontrei e de imediato comecei a fazer o curso de Magia e após as primeiras aulas já estava

envolvido totalmente pela energia do lugar e pelo aprendizado, até então desconhecido por mim. Convencido de sua atuação e resultados fiz vários cursos de Magia, porém ainda não tinha

ido conhecer a gira de atendimento ali realizado. Aguardando o dia com ansiedade, logo que cheguei e avistei tudo o que acontecia e como era

conduzido o trabalho ali dentro, tive absoluta certeza que era realmente o meu lugar para trabalhar e aprender sobre a religião o que muitos, ditos conhecedores dela, não abriam ou falavam sobre os mistérios da mesma, deixando seus médiuns à mercê de suas vontades.

Não me contive e no mesmo dia de trabalhos fui falar com Pai Rubens para que pudesse trabalhar em sua casa, e ele na sua simplicidade disse de imediato para vir trabalhar logo na próxima gira e colocar meus guias em terra para continuar meu trabalho espiritual. Na semana seguinte lá estava eu naquele terreiro cheio de energia e força, para começar a participar e atender nas giras junto aos irmãos de fé, hoje meus amigos da casa.

E, graças a Deus, nesta mesma casa fiquei sabendo que começaria um curso de Sacerdócio que iniciaria em 2006 ministrado pelo Pai Rubens. Está ideia me deixou maravilhado, pois todas as pessoas que detêm algo sagrado retêm para si, e tudo é impedido aos outros simples mortais aprenderem, desenvolver e evoluir, guardando só para eles o que para nos é mistério. Ou talvez não tivessem respostas a dar, mas tudo isso estava indo por água a baixo!

Alguém estava pensando em nós! Sem hesitar, iniciei as aulas, cada duvida e interrogação estava sendo respondida, nada

estava ficando oculto, tudo estava sendo revelado por alguém que, com coragem e determinação, nos abriu muitos mistérios ocultos.

Nas aulas e a cada iniciação crescia minha certeza que este era o caminho a seguir, pois temos a obrigação de saber e conhecer o que estamos fazendo, não podendo deixar toda a responsabilidade aos nossos guias, como pregam os que falavam que poucos podiam deter este conhecimento, pois eram os escolhidos.

Mas, como nunca acreditei nisso fui enfrente, cada vez mais fui ficando confiante e seguro para cumprir a missão antes definida tão bem por meu preto velho, e começava ali a minha nova caminhada na Umbanda, que persistirá para sempre.

Com muita luta, tinha um ideal, tentando de alguma forma crescer e ampliar meus trabalhos e a nossa religião, queria prestar a caridade a mais pessoas, tornando realidade o que estava sendo ensinado pelo nosso mestre, pois, como ele, também acho que só aprendendo e divulgando conseguiremos perpetuar a Umbanda como religião e não como seita, ensinando e propagando-a para tirar as desconfianças e descriminações, dando informação aos mais céticos de como ela é simples e também complexa, mas maravilhosa, pois a Umbanda de fundamento presta a caridade sem nada cobrar ou perguntar quem és.

Mas nada na vida conseguimos realizar sozinhos e logicamente tive e tenho o amparo de Deus, dos Orixás dos guias e mentores espirituais. E na parte material tenho o auxilio de irmãs e irmãos que acreditaram no trabalho e que também tinham um ideal de formar uma casa para prestar

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a caridade da maneira que sabemos e gostamos de praticar. Então partimos para luta em busca de um ideal.

Em 11/4/2009, fundamos a Tenda Umbandista Pai Cipriano, começamos a atender em um espaço cedido por um irmão que depois de algum tempo, infelizmente pediu para que deixássemos o local.

Dai em diante ficamos sem um lugar certo para atender, e só no começo de 2011, com muita fé e persistência, conseguimos com muito custo e ajuda de nossos irmãos encontrar um local para começarmos a trabalhar. Realizamos a reforma do espaço rapidamente com a colaboração e doações de vários amigos, depois de tudo pronto, cumprindo tudo aquilo que havia aprendido e que era necessário, abrimos nossa casa no dia 20/2/2011. E, graças a Deus, hoje já com a ajuda de quarenta médiuns, estamos preparados para atender com muita fé e amor quem à nossa casa vier de coração aberto, necessitando ou não de ajuda espiritual.

Em nossa casa temos os trabalhos de atendimento público aos domingos às 18horas e o desenvolvimento mediúnico aos sábados, de 15 em 15 dias.

Acredito que a evolução se faz necessária em todos os estágios da vida e, para combater o mal, necessitamos estudar e compreender a nossa religião, senão seremos engolidos pela nossa própria ignorância.

É difícil falar de nossa história ou caminhada, pelo simples fato de envolver e incluir outras pessoas que foram importantes em nosso caminho e não queremos excluir ou esquecer nomes de seres humanos tão especiais. Por isso não citarei nomes de meus amados irmãos e amigos.

Peço desculpa por não ter citado os nomes de irmãos e irmãs que ajudaram e ajudam no comprimento de nossa missão, pois sem eles nada seria possível ser realizado.

Por isso, agradeço de coração o apoio integral deles e os tenho o tempo todo em meus pensamentos, pois não me esqueço de nenhum deles. Também agradeço minha família onde todos os meus amados filhos e esposa são Umbandistas, me apoiam e ajudam, facilitando em muito a nossa difícil, mas linda caminhada.

Agradeço a Deus por ter colocado em nosso caminho pessoas tão especiais. Também gostaria de fazer um agradecimento especial e pedir a benção ao Pai Benedito Aruanda que, com amor, humildade e sabedoria nos leva ao conhecimento abrindo caminhos que nunca se tinha visto sobre a nossa amada Umbanda Sagrada.

Hoje sinto e acredito, e acho que vocês também sintam desta maneira: na Umbanda existem em duas fases: “antes de Rubens” e “depois de Rubens”, pois graças à sua espiritualidade e desprendimento, revelou e ainda está revelando muito a nós, elevou e está elevando a nossa religião, pois está ela sendo respeitada e reconhecida mundialmente.

Suplico aos irmãos, antigos ou novos: - Está dependendo de nós, pais e filhos de santo, para a Umbanda retroceder no tempo, com todos trabalhando com humildade e honestidade, lutando sempre, repudiando os ditos seguidores da nossa religião que a usam ao seu bel prazer.

Com orgulho, respeito e luta, devemos nos direcionar e nos irmanarmos ou voltaremos no tempo, submissos aos poderosos de outras religiões, como outrora foi.

Se não formos lutadores aguerridos só restará novamente para nossos filhos, a Umbanda de garagem ou talvez o fim dela, por forças dos que querem fechar todos os caminhos que conduzem ao nosso crescimento espiritual e material.

Que Deus nos abençoe e os Orixás nos guiem em nossos caminhos! Nunca esquecerei meus irmãos e irmãs, pois a gratidão esta presente em meu coração.

Tenda umbandista pai Cipriano Rua Luísa macuco, 193 - santos - SP. Atendimento de 15 em 15 dias domingos as 18h00minhs Desenvolvimento mediúnico 15 em 15 dias aos sábados as 18: 00hs Curso de Magia Divina das Sete Erva Sagradas. Curso de Magia Divina das Sete Chamas Sagradas em Setembro. "Outros cursos sendo preparados"

PAI DALTON D. MICIELI

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ASSOCIAÇÃO CACIQUE COBRA CORAL

Meu nome é Edson Antônio Valieri, Zelador de Umbanda há 35 anos e, exatamente com 17 anos de idade já dirigia uma casa com aproximadamente 110 médiuns. Eu era o mais novo, moleque de tudo, mais já tinha uma responsabilidade muito grande em minha vida espiritual.

A casa, na realidade, era dirigida por minha mãe carnal, porem os trabalhos era feitos em outro ritmo, ou seja, mesa branca! E quando eu tomei a frente dos trabalhos modifiquei tudo e passei a tocar uma umbanda. Ai, todos passaram a ser meus filhos e eu, naquele instante, assumia o lugar de Zelador sem saber da responsabilidade que viria pela frente. Chegado o dia das mudanças, da grande transformação, eu fui taxado de louco, que eu não sabia o que estava fazendo, que tudo aquilo não iria durar dois trabalhos.

Porem, depois de algum tempo que fui taxado de louco, aqueles que me criticaram vieram a ser filhos de santo na casa e eu os recebi com muito orgulho e humildade. Tudo que aprendi foi junto de minhas entidades, em especial seu Martins Pescador, que, para os não sabem, seu verdadeiro nome é “JOSÉ AUGUSTO MARTINS”, uma grande entidade que até hoje me acompanha e realiza curas espirituais maravilhosas. Todos os meus trabalhos foram voltados à caridade e até hoje assim são feitos. Sigo uma linha de pensamento de que o que de graça recebemos de graça devemos dar. Fui procurado por inúmeros Zeladores para associar minha casa à deles, não o fiz, pois não se tratava de caridade e sim de uma parceria para ganhar dinheiro. Não quero aqui citar nomes, mas posso garantir que, na época, era pessoas de grande influencia dentro da umbanda. Hoje minha casa consta de um registro desde 1979, quando foi regularizada juridicamente perante os órgãos competentes, cujo nome verdadeiro é CENTRO ESPIRITA DE UMBANDA REINO DE OXALÁ, e o nome fantasia de Associação Cacique Cobra Coral, em homenagem ao meu Caboclo. Atendemos todas as quartas feiras, com a realização dos trabalhos de “operações espirituais”, realizadas pelo nosso Pai Marinheiros totalmente gratuitos.

Fazemos nossas giras de desenvolvimentos nas sextas feiras com o Caboclo Cobra Coral, preparando bons médiuns. Um bom terreiro é aquele que tem médiuns de verdade, não unicamente um Zelador para administrar os trabalhos. Os médiuns existem em uma casa para trabalharem e não somente darem passagem para suas entidades, como se isso bastasse para cumprirem suas missões. Hoje tenho 52 anos de idade, 35 anos de Umbanda.

Em meu inicio procurei inúmeros Zeladores para me auxiliarem em minhas obrigações, mas, infelizmente, só se falava em dinheiro. Fiquei totalmente aborrecido e desorientado e foi quando eu acreditava que na Bahia eu pudesse encontrar algo de real e fazer minhas obrigações da melhor forma possível e vejam o que me aconteceu: --Quando muito jovem, no inicio de minha vida espiritual, achei que deveria ir para a Bahia fazer minhas obrigações. Visitei grandes casas, como a de Mãe Menininha e outras casas renomadas e em nenhuma consegui achar o que procurava. Fiquei muito desiludido com que vi porque achava que a Bahia era o lugar dos sonhos para quem realmente queria encontrar algo novo e diferente no campo espiritual. Porém pude perceber que era somente um mito, pois a grande casa já não era mais tão grande assim, a ambição, o dinheiro, já tomava conta de seus dirigentes, onde só tinha valor quem realmente tivesse condições financeiras para pagar por um trabalho.

Claro que toda regra tem exceção e isso ocorreu há 33 anos. Depois de varias tentativas de encontrar algo que realmente me fizesse acreditar que a minha ida até a Bahia tinha pelo menos valido a pena, acabei por não procurar mais nada. Somente fiquei a pensar que tinha perdido meu tempo e que talvez não devesse nem ter vindo, e aí foi quando tudo aconteceu!

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Como eu disse, totalmente desiludido, fui até a igreja de nosso Senhor do Bonfim, sentei-me em um banco do lado de fora, alias, um banco enorme! Eu sentei bem na ponta dele e, de cabeça baixa, estava pensando quando, de repente escutei uma senhora de muita idade sentada na outra ponta do banco dizer-me: --esta desiludido moço? Não encontrou o que procurava na Bahia!

Eu olhei em volta e vi que só havia nós dois. Então perguntei: -- É comigo que a senhora esta falando?

Ela disse-me: --Sim, quem mais esta aqui? Foi então que me levantei, dei mais ou menos uns

cinco paços em sua direção e me sentei ao seu lado e ela continuou, dizendo-me: -- Sabe meu filho, a Bahia não é mais como era antes! Mas fique tranquilo, pois você será abençoado.

E todas as pessoas que passavam cumprimentavam a velhinha, dizendo a benção iáiá, e ela respondia: --Deus te abençoe iaô! Isto enquanto conversávamos.

E ela me dizia: --Sabe meu filho, muitas vezes vamos tão longe para buscar o que já esta dentro de casa!

Na nossa frente tinha um carrinho de pipocas e foi quando chegaram duas crianças e pediram um saco de pipocas e ela disse: --Podem pegar! Assim eles fizeram e disseram: --Mãe, eu vou deixar essa imagem para senhora, uma imagem de São Cosme e Damião!

Foi então que percebi que a senhora era cega, e perguntei a ela se ela sempre fora cega. Ela me disse que não, que essa cegueira veio depois da perda de um grande amor em sua vida.

Bem, não perguntei mais nada. Neste momento continuava passando pessoas à nossa frente e todas a cumprimentavam com muito respeito. Foi então que ela colocou suas mãos em minha cabeça e me disse:

-- Segue seu caminho meu filho que tudo dará certo na sua vida, espiritualmente falando. Pegue esta imagem que as crianças colocaram em meu carrinho de pipocas e coloque-a no seu altar e, quando fizer isso, ajoelhe e reze por mim.

Eu perguntei: --Para quem devo rezar? E ela me respondeu: --Na hora você vai saber!

Beijei seu rosto e suas mãos e agradeci. Fiquei emocionado, mas não entendi nada. Foi, na verdade, a única coisa bonita e real que eu encontrei na Bahia, sentado em um banco em frente à Igreja, embaixo de umas arvores.

Fui para o Hotel onde me encontrava hospedado, guardei a imagem que ela havia me dado e fui arrumar minhas malas, pois no dia seguinte iria embora. Quando acordei na manhã seguinte, ainda tinha tempo de sobra, pois só iria embarcar à tarde. Então pensei: -- Vou até a praça me despedir da velhinha! Pois, como eu disse, foi ela que realmente me acolheu e me disse muitas coisas que guardo ate hoje e respeito muito.

Cheguei cedo e fiquei esperando, pois ela me disse que todos os dias estaria ali, e nada da velhinha aparecer.

Então, como no dia anterior todos os transeuntes a cumprimentavam, eu resolvi perguntar se ela não iria aparecer, e qual não foi minha surpresa, porque, para todos os que eu perguntava, me respondiam: -- Eu nunca vi essa senhora ali. Acho que não é aqui que você veio.

Aquilo me deixou muito confuso e eu ainda continuei esperando-a. Mas nada dela vir até que fui embora, muito chateado, pois pensei: --Será que eu estou ficando louco?

Chegando ao hotel, peguei minha mala já pronta e a desarrumei para ver se realmente eu tinha a imagem de Cosme e Damião. E lá estava ela! Como não me restara outra alternativa, embarquei para SP e quando cheguei peguei a imagem de Cosme e Damião e fui fazer exatamente o que a velhinha havia me dito. Entrei dentro do meu terreiro, ajoelhei e coloquei a imagem no altar.

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Lembrei-me das palavras que me foram ditas e pensei: - Bem, a quem devo rezar então? De repente, quem eu vi na minha frente foi Nana Buruquê. Sim, realmente Nana Buruquê! Cai em um choro tão forte e comovente, e pude entender tudo que realmente tinha me

acontecido, e quem eram todas aquelas pessoas que passavam amor ao cumprimenta-la. Descobri que fui acolhido e, sim, realmente eu não estava no nosso mundo e sim no mundo de Nana. Ela havia me transportado em espirito para o seu mundo, onde todos os que passavam eram espíritos reverenciando nossa Mãe. E eu os via porque estava no campo de vibração dela e, é claro, no outro dia eu estava em um mundo material onde ninguém nunca tinha visto ou sequer imaginado o que realmente acontecera ali um dia atrás. Bem caros irmãos de fé, esse foi o maior presente que eu recebi em toda a minha jornada espiritual. Para mim com certeza é o maior do mundo, pois naquele dia eu realmente saí da Bahia “feito” pelas mãos de nossa Mãe. Só que vim perceber isso somente três dias depois, pois vim de ônibus e tive uns contratempos na viagem. Em agradecimento, eu fiz um Ponto Cantado que diz assim: Fui à Bahia, fui fazer obrigação! Chegando lá tive uma grande decepção. A eu corri os quatro cantos da Bahia, Olha Ninguém me pôs a mão! Sentei na praça e me pus a pensar, O que é que eu tinha ido fazer lá? Olha, foi quando Nana Apareceu, E um conselho Nana me deu! Auê Nana Nana Buruquê, Auê Nana Nana aonde esta você?

Auê Nana Nana Buruquê, Vim na Bahia só pra lhe ver! Nana me deu um presente, Foi Cosme e São Damião! Ela pediu pra eu colocar no meu terreiro, E rezar com devoção! Auê Nana Nana Buruquê, Auê Nana Nana a onde esta você! Auê Nana Nana Buruquê, Vim na Bahia só pra lhe ver!

Bem, o que eu relatei realmente é pura verdade e para mim, como eu disse, foi o maior presente do mundo espiritual que um Zelador poderia ter ganhado. Sinto-me honrado e privilegiado com esse fato ocorrido em minha vida.

Meu eterno sarava e meu muito obrigado à minha Mãe Nana Buruquê.

Centro Espirita de Umbanda Reino de Oxalá. Avenida Sorocabana 6462 - Mongaguá – Jardim Praia Grande. SP Fone - 11-9388-3134 / 13 – 3448-2837 / 13 – 9755-4202 / 13 – 8123-1213 /13-9200-1213 http://accobracoral.blogspot.com/

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Se Você Bate Cabeça... Porque Todo Mundo Bate...

Curso de Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada

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Ligue para: (11) 5072-2112 / 3441-9637

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OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA

CIRCULOU NA INTERNET. VICK VAPORUB NOS PÉS!

IMPORTANTE; É BOM SABER.

Durante uma conferencia sobre Óleos Essenciais, comentavam como a planta dos pés podem absorver os óleos. O exemplo consistia em colocar alho na planta dos pés e após 20 minutos, já podia sentir o sabor na boca!

Alguns de nós temos usado o Vick Vaporub durante muitos anos como remédio para muitas coisas, desde lábios machucados até dedos dos pés inflamados e muitas outras partes da pele. Mas nunca tínhamos escutado sobre isto. E acredite, porque funciona em 100% das vezes que se faz, apesar dos cientistas que descobriram realmente não estarem seguros de como isso acontece.

Para deter a tosse noturna de um menino (ou de um adulto), espalhe Vick Vaporub generosamente sobre a planta dos pés e logo cubra com meias.

Mesmo a tosse mais persistente, forte e profunda se deterá no máximo em uns 5 minutos e terá muitas horas de alivio. Ele funciona 100% das vezes que se faz e é mais eficaz nas crianças. Além disso, é extremamente calmante e reconfortante, enquanto dormem profundamente.

É surpreendente ver que é mais eficiente que os medicamentos prescritos para as crianças tomarem a noite.

Se você tem filhos, netos ou amigos idosos, repasse esta mensagem. E se estiver com tosse forte, comprove em você mesmo e ficará maravilhado quando sentir como funciona!

A ERVA QUE CURA.

Foi pesquisado pela USP e é válida. O Dr. Panuzza confirmou. Se você conhece alguém que

tem câncer, por favor, encaminhe esse e-mail. Mas, mesmo que não conheça, encaminhe a outras pessoas, porque quem sabe essas

possam ajudar alguém que precise. Além de curar o câncer, essa Folha tem outros benefícios. Abaixo segue comentário: FOLHA

DE GRAVIOLA A folha de graviola cura câncer. Segundo Evandro Romualdo, um amigo lhe confidenciou a

seguinte história: Que sua esposa após descobrir um câncer no seio, que chegou a se espalhar pelo seu corpo

e ela estava praticamente com os dias de sua vida contados. Foi então que ele descobriu uma publicação sobre o CHÁ DE GRAVIOLA. A notícia estava

em um site e o título do artigo é CANCER MAGIC BULLET DISCOVERED, but drug giants hushes it up!- 10,000 times stronger than chemotherapy with no adverse side effects... Na reportagem eles citam o quanto o extrato da GRAVIOLA é 10.000 vezes mais forte do que a quimioterapia por drogas, e sem efeitos colaterais.

Citam também a árvore como sendo encontrada na floresta Amazônica. Enfim, a esposa dele também tomou o chá, e em dois meses não tinha mais nenhuma sequela ou ferida. Hoje está viva e saudável!

Aqui fica a dica para quem precisar. Se puder, divulgue! Quem sabe, assim conseguimos ajudar mais pessoas com essa nova descoberta.

Abaixo, seguem os sites de consulta: American College for the Advancement in Medicine: http://www.acam.org/American Academy of Environmental Medicine: http://www.aaem.com/International College of Intergrative Medicine: http://www.icimed.com/ Meridian Valley Laboratory: http://www.meridianvalleylab.com Vamos lá pessoal, não economizem o dedo! Uma mensagem desta tem que circular, é tempo de ajudar estas pessoas e quem sabe com isto o próprio organismo se supere como ocorrem em vários casos.

Enviado por Wagner Duarte. E-mail: [email protected]

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LIVROS FALADOS

É muito fácil ajudar... É só repassar! Audioteca Sal e Luz A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e

empresta livros falados (audiolivros) e Luz corre o risco de acabar. Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com

dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por

textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Ajude divulgando o trabalho da Audioteca Sal! Para ter acesso ao acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125. Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade.

Os livros podem ser solicitados por telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros... Ajudem-nos, Divulguem! Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125 - 7º. Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000

Fone: (21) 2233-8007 Horário de atendimento: 08h00min às 16h00min horas

http://audioteca.org.br/noticias.htm

A Audioteca não precisa de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO! Então conto com a ajuda de vocês: repassem! Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor, fique à vontade. É tudo do que eles precisam.

"A melhor maneira de sentir-se feliz com você mesmo é ajudando os outros” “Solidários, seremos união. Separados, um dos outros seremos pontos de vista. Juntos,

alcançaremos a realização de nossos propósitos." Bezerra de Menezes.

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Envie-nos matérias pelo e-mail: [email protected]

Não deixe de reenviar o jornal virtual para seus amigos e cadastrados em seus mailings. Vamos aumentar cada vez mais nossa família.

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QUEM É “O VELHO”?

Por Alexandre Cumino

Conhecemos mais de perto Preto Velho e Preta Velha, no entanto também há Caboclo Velho,

Cabocla Velha, Exu Velho, Pomba Gira Velha, Baiano Velho, Marinheiro Velho, Boiadeiro Velho... pois são na maioria entidades que trabalham além de sua linha de ação e reação o mistério ancião, regido por Obauayê e Nanã Buroquê. Onde encontrarmos um “Velho” ali está presente alguém que se relaciona com estes dois Orixás. No entanto para além do mistério em si, para além de classificações, tabelas, linhas de trabalho e relações entre espíritos e orixás está a figura do velho.

Quem é o Velho? Alguns espíritos podem plasmar a forma de um velho, mas não podem plasmar a sabedoria

de um “nobre ancião”, podem se sentar pedir um cachimbo, agir como tal, mas não podem reproduzir o sentimento e experiência de quem alcançou o “grau”, que se conquista ao absorver o mistério “ancião” concedido a “espíritos velhos”.

O que são “Espíritos Velhos”? Afinal aprendemos que “Espirito” não tem sexo, não tem cor, não tem raça e nem idade! Mas tem “identidade”, diferente do nosso conceito de identidade, embora algum espírito

recém desencarnado, apegado a alguma de suas vidas, mantenha como identidade o que ele experimentou na ultima encarnação. Precisamos, ainda durante décadas no astral, manter uma

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identidade relacionada com a última encarnação, até mesmo para nos relacionarmos com nossos parentes ainda encarnados e outros já desencarnados.

Mas há espíritos que estão libertos do conceito de que sou o que fui na minha ultima encarnação, há espíritos que conseguem se lembrar de muitas encarnações, reviver e relembrar suas várias vidas, algo que se conquista com certo grau de evolução ao qual boa parte de nós almeja conquistar.

Pois só há uma palavra para descrever esta condição maturidade espiritual ou maturidade existencial. Aqueles que alcançam este ponto de evolução já estão se distanciando da necessidade de reencarnar, pois é justamente o desapego a este mundo e toda a sua materialidade que nos dá uma liberdade de transcender o modo material cristalizado na ultima ou ultimas encarnações.

Espíritos que já reencarnaram muito passam períodos maiores no astral entre uma encarnação e outra e espíritos que tiveram poucas encarnações passam períodos menores de intervalo entre as encarnações o que também varia de acordo com a condição de luz e esclarecimento de cada um. Afinal quanto mais evoluído menor é necessidade de encarnar, então vamos encontrar espíritos missionários que, mesmo libertos das amarras da matéria e dos seus apegos, pedem para nascer nesta ou naquela família e grupo sócio cultural para ajudar a coletividade lançando valores superiores, quase sempre por meio de atitudes e por palavras.

Como Cristo, Buda, Mahavira, Chico Xavier, Zélio de Moraes, Tereza de Calcutá, Ramakrisna, Vivekananda, Martin Luther King, Malcon X, Sai Baba, Dalai Lama, Osho, etc.

No astral aqueles que já tiveram muitas encarnações e trazem vivas as experiências e lições aprendidas tem uma maturidade maior que os demais e é esta maturidade que os coloca na condição de “Velho”, Ancião, pois Viveu Muito Mais que os demais no que diz respeito a sua consciência das experiências apreendidas.

Por isso espiritualmente falando “Um Velho” não é apenas um velho e sim um sábio o que transcende uma forma plasmada. Tenha sido ou não um velho negro e escravo, um Preto Velho é um sábio e em boa parte das vezes se trata de um “Espirito Velho”, que já teve muitas vidas e as traz de forma consciente... O que podemos observar verificando que muito pouca coisa o assusta ou surpreende e se conceito de ser humano é sempre aberto e inclusivo, todas as diferenças culturais, sociais ou raciais são, para os velhos, pura bobagem de crianças que ainda não aprenderam a lição... A dura lição que por bem ou mal r\todos iremos aprender, mais dia ou menos dia... No passar dos tempos, vidas após vidas na construção de nossa identidade maior, na lapidação de nosso ser atemporal.

Só podemos agradecer a estes Velhos que se dignam vir até nos ainda crianças para nos trazer um pouco de sua sabedoria milenar, que atravessa esta névoa de ilusão passageira a qual costumamos definir como nossa realidade.

Salve os Pretos Velhos e as Pretas Velhas da Umbanda! Que o Mistério Ancião nos cubra a todos com seu véu de sabedoria e maturidade. Inspirando-nos a paciência, a resignação, a tolerância, o perdão, o amor e a sabedoria.

SER MAGO É...

Não consigo me lembrar de todas as frases, da ordem em que me foram passadas e também de quem a passou. Mas é aquilo que o Professor Rubens Saraceni vem falando em todos os seus cursos de magia: “Ser mago é saber que a magia é algo natural e que deve fazer parte do nosso dia-a-dia”. Ser mago é ativar os elementos da natureza em nosso benefício e dos nossos semelhantes. Ser mago é melhorar-se como pessoa. Ser mago é levar Luz as Trevas. Ser mago é libertar espíritos que foram aprisionados pelas sombras. Ser mago é encaminhar espíritos sofredores aos planos superiores. Ser mago é livrar os encarnados dos seus algozes espirituais. Ser mago é neutralizar magias negativas que afetam as pessoas. Ser mago é fazer com que a maldade prove do seu próprio veneno. Ser mago é poder acelerar as Leis de Ação e Reação e paralisar a Lei do Karma. Ser mago é fazer parte da Lei e da Justiça de Deus. Ser mago é ter em seus sete corpos poderes ativados por divindades espirituais.

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 27

Ser mago é ser adorado pelos céus. Ser mago é ser odiado pelas trevas, pois "não é possível servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo". Ser mago é libertar - curar - encaminhar espíritos encarnados e desencarnados. Ser mago é fazer com que forças espirituais das sombras cessem com suas destruições. Ser mago é saber esgotar as energias negativas e preenchê-las com energias salutares. Ser mago é ser a ponte entre o mundo espiritual - angelical – Elemental. Ser mago é a oportunidade de movimentar para luz uma grande quantidade de espíritos em desequilíbrio. Ser mago é ter as passagens abertas para outros mundos e dimensões. Ser mago é trazer as coisas ao seu estado natural da criação. Ser mago é saber movimentar-se com maior velocidade do que o homem (velocidade do som) do que os ETs (velocidade de dobra da luz) e do que os espíritos (velocidade do pensamento). Ser mago é ser respeitado até pelos inimigos da luz. Ser mago é saber que o medo é um defeito da alma e que só existe uma força: Deus! Ser mago é Vida. Ser mago é Evolução. Ser mago é Luz! Paz & Luz Casa Sara Kali

Eden Carlos da Silva E-mail: [email protected]

1º ARRAIAL DO PORTINHO

Em uma iniciativa muito legal da prefeitura de

Praia Grande, foi realizado no mês de Junho o 1º ARRAIAL DO PORTINHO, uma festa junina que promete fazer parte do calendário de festas de Praia Grande.

Contando com uma área coberta de mais de 5000 m2, estacionamento amplo, muita segurança e shows todos os dias, recebeu um público diário de mais de 7000 pessoas.

Nesta área coberta, 20 barracas de entidades assistenciais proporcionaram o que há de melhor para se comer e beber e entre elas estava a Casa de Benzimento Vó Maria das Matas Virgens e Pai Antônio das Almas, entidade religiosa UMBANDISTA, com seu vinho quente, quentão e varias porções, que pela primeira vez

participou de um evento de tal natureza. Importante ressaltar que toda a renda foi revertida para as próprias entidades beneficentes.

Também é importante ressaltar que para ter o direito de participar desta grande oportunidade, a Casa de Benzimento Vó Maria e Pai Antônio, um terreiro de Umbanda, preencheu todos os requisitos solicitados pela prefeitura e não deixou nada a desejar sendo uma das barracas mais elogiadas. Sendo assim, no próximo ano, se a festa se repetir e nos for dado nova oportunidade, apareça por lá, venha nos conhecer e tomar um delicioso vinho quente ou quentão, se preferir.

Aproveitando a oportunidade agradecemos ao Prefeito Roberto Francisco, ao Secretário de Turismo Lobão e a todos os funcionários da prefeitura que se empenharam ao máximo para que tudo desse certo.

A Casa de Benzimento Vó Maria das Matas Virgens e Pai Antônio das Almas, esta localizada na Av. Nícolas Bozela, 150. Tude Bastos. Praia Grande – SP. Um grande abraço a todos.

Ogã Anderson.

E-mail [email protected]

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 28

DEPOIMENTOS DOS LEITORES

Fragmentos de uma historia.

Gravida aos 18 anos, eu fui obrigada a me casar, pois minha mãe não iria admitir uma filha gravida e um neto sem pai.

Subitamente percebi a "Gravidade" da situação e todas as dificuldades da imaturidade, sem uma crença a me orientar, de um lado uma religião e do outro outras, mas de certo nenhuma.

A cada dia a realidade me apertava e eu às cegas, já bem próximo do nascimento do meu filho, estávamos reunidos para o almoço quando ouvimos uma criança chorar. Qual não foi o meu espanto em ouvir que era do meu filho ainda na minha barriga.

Naquele momento fez-se um silencio mortal, pois isso seria um mau presságio e algo em meu espirito naquele momento concordou e numa fração de segundos tive uma percepção de que a vida não seria fácil. E não foi!

"Meu motivo de Alegria" se transformou no meu pesadelo, e digo isso porque já existia uma historia de fundo da minha própria vida.

Aos poucos fui descobrindo a Fé sem a crença, pois o Deus que me foi apresentado era um Deus vingativo, que punia seus filhos.

Bem, se minha vida já era um caos sem esse Deus, imagina com Ele! Conheci o lado obscuro dos seres, conheci a maldade na face meiga daqueles que recolhem

os órfãos, conheci a pobreza, a fome, o frio, o engano, o abandono, a mentira, falsidade, a ilusão das promessas não cumpridas e a dor.

Fui julgada como uma péssima mãe e outros qualificativos, essa historia é rica em detalhes, mas meu objetivo e falar da cura e do Milagre.

Conheci minha Umbanda nos dias mais sombrios da minha vida, e nela ancorei minha Fé e me religuei ao Sagrado. Nos meus dias de desespero encontrei nos meus Pretos (as) Velhos (as) o balsamo calmante para o meu coração ferido, o esclarecimento necessário daquilo que eu chamava culpa.

Conheci Oxum, Xangô, Oxossi, Ossain, Oxumarê, Ogum, Obaluaiê, Omulu, Oxalá, Iansã, Yemanja, Exu e Pomba Gira. Mas Ibeji eu conheci quando meu filho aos sete anos sofreu queimadura de terceiro grau na barriga e naquele dia, no meio do nada, eu me vali das “Crianças”, pois ouvira dizer que, se precisar é só pedir ajuda, mas que tinha que dar um agrado!

Porém, em outra vez, no meu desespero eu pedi, mas não prometi nada, pois via muita gente se comprometendo e depois do desespero passado não pagava a promessa. Por isso deixei nas mãos de Deus para quando eu pudesse pagar consciente.

Conheci a Umbanda em 1990, sou filha de Umbanda, meu filho foi batizado aos oito anos na Umbanda, ao longo de sua jornada de crescimento meu filho marcou encontro com a morte por várias vezes, sempre escapando por um fio, sendo uma destas mais recentes, a que me fez clamar por Maria, Mãe de Jesus, pois até a minha saúde já havia sofrido um abalo.

Pedido Feito, Pedido Atendido. E o fiz com tal desejo e intensidade, que na segunda feira,

meu filho me ligou dizendo que estava indo procurar internação para se tratar da dependência química e alcoólica. Já se passou dois meses, eu sei que é muito recente e que ele tem uma longa jornada pela frente, mas eu sei que fomos amparados pelo amor de Maria.

Minha prece: - Amada Mãe Maria, a vos, que sois a mãe de Jesus, eu apelo nesta hora e

em todas as horas desta vida, socorrei-me Mãe! Acalma meu coração através destas lagrimas de fogo que queimam meu ser. Dai Paz à minha alma e discernimento nesta hora. Senhora que vistes vosso filho amado no calvário, é como mãe que a vos peço:

intercedei, intercedei, intercedei por meu filho neste momento de dor e desespero em que tudo chegou ao fim.

Conceda a ele nem que seja a última chance de se recuperar e entender que a salvação esta dentro dele e nas suas atitudes e escolhas.

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 29

Amada Mãe Maria e Amados Orixás, eu vos agradeço por esta lição tão linda e sublime que é o meu filho, reconheço todas as lições e a esta oportunidade de evolução.

Amem! Feliz é aquele que tem Os Orixás no Coração. Saravá Irmãos!

Valdete Ap. Sandes - uma breve historia de Fé

[email protected]

AGRADECIMENTO

Gostaria que fosse dito ao Pai Rubens Saraceni que estou lendo mais um dos seus livros

maravilhosos: A MAGIA DIVINA DAS SETE ERVAS SAGRADAS e sempre que posso

compro. Uma nova obra de Umbanda. E os livros dele, como se diz no popular aqui em Recife: "Não

tem pareia não", são imbatíveis com a nossa intuição. Fara dois meses de falecimento de minha mãe, que respeitava a minha Umbanda, embora de

origem Católica, disse um dia eu só acredito que você tem essas coisas porque tudo é muito bonito, você adora flores e plantas e bichos. Ai, em 2008, descobrimos um Câncer de intestino e lutamos, um dos médicos deu pouco tempo, pois ela era diabética e hipertensa. O que ele não sabia é que ela tinha uma fé grandiosa em São Sebastião Glorioso como chamava e um belo dia em um dos sonhos vieram três pessoas um homem e duas mulheres de preto e muitos sombrios dizendo: Aqui está! Muito em breve virás comigo, mostrando a ela uma cova no cemitério, ai ela disse:

Não, meu São Sebastião e meu amor vão vencer olha o que faço: fez um enorme coração cobrindo toda cova com samambaias e avencas e o encheu todinho de rosas cor de rosas dobradas, lindo. E foi assim, vencemos o c.a e dia 08-07. Estava numa livraria apreciando a capa do seu livro e, para minha surpresa, o conteúdo refere-se a esta energia transformadora com os vegetais e seus donos.

Mais uma vez venho aqui tirar meu chapéu e beijar a sua mão, porque se tinha alguma dúvida sobre sua luz, ficou claro de vez. Você é o cara, que foi enviado para nos melhorar e honrar o presente em fazer parte da Umbanda Sagrada.

Obrigada meu amigo, que só o conheço pelas obras e pelo que leio no Jornal, mais que sou sua fã pelo seu melhor: Tratar a mediunidade como bem comum ao nosso planeta e não algo distante e nem E.T.

E o respeito que você tem pela natureza, vi poucos colegas Biólogos tratarem dela assim; parabéns pela boa educação e por ser tão especial na minha vida. Espero em Zâmbi e Ogum um dia poder dá um abraço físico, porque todos os dias lhe dou um abraço em pensamento quando me emociono com seu respeito a tudo que faz. Grata também por esta equipe que o cerca e pela decência de todos.

Outrossim, não fiz a entrevista com o Ogã. Saímos de férias, só voltaremos ao curso quando a Universidade voltar em Agosto.

Meu curso é: Teologia das religiões de matriz africana. Grata,

Por: Suzicleide Oliveira E-mail: [email protected]

Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Julho de 2011. [email protected] Pág. 30

ÚLTIMA PÁGINA

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Nós, os prati­cantes e os segui­dores dos cultos afro-brasileiros, temos sido criticados de forma agressiva e intolerante desde que a Umbanda foi fundada e, se hoje são os néo pentecostais que se destacam, antes eram os católicos que nos taxavam de “pagãos”, de atrasados, etc.

Tirando os excessos cometidos por pessoas despreparadas, ou mal preparadas para conduzirem as nossas “giras”, os médiuns umbandistas vêm dando o melhor de si para auxiliarem seus semelhantes com as mais diversas dificuldades, destacando-se entre elas as de fundo espiritual.

Não foram e não são poucas as pessoas que abdicaram das comodidades da vida profana e assumiram compromissos pelo resto de suas vidas com Deus e suas divindades só para poderem desenvolver suas faculdades mediúnicas, ordená-las e doutrinarem-se, para poderem ajudar o próximo, muitos também com problemas mediúnicos gravíssimos.

Mas, este imenso e luminoso trabalho de caridade espiritual não só não foi reconhecido, como serviu para que os inimigos e os adversários da Umbanda (todos seguidores de outras religiões) sempre procurassem qualquer erro ou falha de um dos nossos para negar-nos qualquer crédito pelo auxílio prestado pela Umbanda aos neces­sitados.

E, de erro em erro, de falha em falha, de excesso em excesso, come­tidos por uma minoria, mas nunca esquecidos ou relevados por nossos inimigos e adversários religiosos, a Umbanda (e todos os outros cultos afros brasileiros) começaram a ser associados à prática do mal. Associação esta feita por pessoas inteligentíssimas que dominam a neurolinguística e a lavagem cerebral das pessoas necessitadas do auxílio espiritual que a nossa querida Umbanda pode dar-lhes sem nada lhes exigir em troca.

Os nossos inimigos e nossos adver­sários, só viram falhas e erros e só têm boca para criticar e ofender-nos e para vilipendiarem a Umbanda e suas práticas espiritualistas. Nunca elogiaram nossos acertos e nosso trabalho de caridade espiritual.

Criou-se um tal estado de intolerância que os adeptos mais exaltados do néo pentecostalismo acham-se no direito de perseguirem os umbandistas até nos ambientes de trabalho profissional, fazendo surgir no Brasil de todos os povos os ranços da intolerância inquisitorial e do nazi fascismo. – Pessoas são desclassificadas pa­ra empregos ou são dispensadas deles assim que os empregadores e os “chefes” (já salvos) ficam sabendo que são umbandistas. – Crianças são segregadas em escolas se assumirem que são umbandistas. – Imóveis não são alugados se for para abrir neles um Centro de Umbanda. – Casamentos são desfeitos se um dos cônjuges tiver ou quiser desenvolver sua mediunidade. – Namoros com jovens umbandistas nem pensar, na cabeça dos “já salvos”. – Morar no mesmo quintal ou prédio com umbandistas, que horror!

São tantas as intole­râncias que, ou se oculta ou nega-se a crença em Olorum e nos Sagrados Orixás para poder viver em paz e sem ser excluído, segregado e ofendido continuamente só porque são médiuns.

Hoje, vivemos uma situação semelhante à do povo judeu na Europa pré-nazista, só nos faltando um “Hitler” néo pentecostal assumir o poder para que aqui se comece a construir campos de concentração para que esses loucos e desvairados nos aprisionem neles e, tal como Hitler fez com os judeus, enviem-nos para câmaras de gás ou, tal como fizeram os inquisidores, queimem-nos nas suas “fogueiras santas” que, de santas não têm nada.

Lamentavelmente, esse é o quadro que nos chega continuamente através de relatos de irmãos umbandistas.

Mais do que nunca, é hora de dar­mos provas de nossa fé e, tal como Daniel enfrentou os leões com sua fé e sua submissão a Jeová, temos que enfrentar as “hienas famintas de poder” com nossa fé e submissão a Olorum e aos Sagrados Orixás.

Não é hora de nos omitirmos ou de recuarmos em nossa fé, e sim, é hora de darmos nossa prova de fé. Quanto às “hienas famintas de poder”, não se preocupem com elas, pois, tal como os sanguinários leões mesopotâmicos, morrerão e irão para o inferno.

Tudo é questão de tempo, meus irmãos!

Pai Rubens Saraceni.