jornal expressão - maio 2013

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Órgão Oficial da Diocese de São José dos Campos • Ano XX • Maio de 2013 • N 0 334 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] | www.diocesesjc.org.br ›› Comunicação PASCOM celebra 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Página 4 ›› Maioridade Penal Reduzir ou não? Página 10 ›› JMJ Confira a nacionalidade dos peregrinos que vamos receber Página 15 51ª Assembleia Geral da CNBB Página 4 ›› Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos Confira programação. Página 6 Bispos do Brasil estiveram reunidos, em abril, para refletir e definir nossa caminhada. Leia sobre a Assembleia na Palavra do Pastor Assessoria de Imprensa CNBB

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Fique bem informado sobre os acontecimentos na Diocese e também enriqueça seu conhecimento com artigos formativos lendo o Jornal Expressão, da Diocese de São José dos Campos.

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Maio | EXPRESSÃO | 1

Órgão Oficial da Diocese de São José dos Campos • Ano XX • Maio de 2013 • N0 334

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] | www.diocesesjc.org.br

›› ComunicaçãoPASCOM celebra 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Página 4

›› Maioridade PenalReduzir ou não?Página 10

›› JMJConfira a nacionalidade dosperegrinos que vamos receberPágina 15

51ª Assembleia Geral da CNBB

Página 4

›› Semana de Oração pela Uni dade dos Cristãos Confira programação.

Página 6

Bispos do Brasil estiveram reunidos, em abril, para refletir e definirnossa caminhada. Leia sobre a Assembleia na Palavra do Pastor

Assessoria de Imprensa CNBB

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2 | EXPRESSÃO | Maio

›› Rede de comunicadores - Envie sua notícia!Para tornar o conteúdo deste veículo mais

abrangente, o Jornal Expressão precisa da sua participação enviando sugestões e notícias da sua paróquia.

Você, agente da PASCOM ou da RECOP (Rede de Comunicadores Paroquiais e Pastorais), auxilie os coordenadores das pastorais, movimentos e espiritualidades de sua paróquia para que lhe deem informações para que você as encaminhe para a Redação do Jornal Expressão.

Fique atento também às atividades de sua paróquia. Festas, Solenidades, Retiros, Encontros,

Formações, Cursos, Shows podem ser divulgados na nossa Agenda. Você pode enviar também fotos e as artes dos cartazes dos eventos, com alta resolução.

As informações recebidas vão ser colocadas na pauta e podem ser selecionadas e passar por correções e ajustes.

QUANDO E COMOENVIAR SUA INFORMAÇÃO:As informações têm que chegar à Redação até o DIA 20.

Mande por e-mail: [email protected] - Ligue: 12 3928-3929Pessoalmente: Pça. Monsenhor Ascânio Bran-dão, 01 – Jd. São Dimas – São José dos CamposSite da Diocese: www.diocesesjc.org.br e Redes Sociais – Envie sua notícia!Envie seu cartaz, texto, foto e sugestão para ser divulgado no site da Diocese de São José dos Campos e nas Redes Sociais. Fale com o Pedro Luvizotto.Mande por e-mail: [email protected]: 12 3928-3926

O Jornal Expressão é distribuído GRATUITAMENTE nas paróquias da Diocese de São José dos Campos. Não pode ser vendido e não possui nenhum representante para arrecadar fundos para publicidade, assinaturas ou outra contribuição.

›› Aviso

Fundação Sagrada Família - Publicação Mensal da Diocese de São José dos CamposAdministrador Diocesano: Dom Moacir Silva • Supervisão Geral: Pe. Edinei Evaldo Batista • Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - MTB 28.496 • Revisão: Diácono José Aparecido de OliveiraColaboram nesta edição: Diác. Jovino (EPC), Pastoral do Menor, Grupo “São Lucas” de Médicos Católicos, Wellington Catellari, Alcides Junior (Paróquia São João Batista), PASCOM, RECOP e Secretários Paroquiais, Pedro Luvizotto (Departamento Diocesano de Comunicação) - Diagramação: AB&G Comunicação e Marke-ting Ltda. Tiragem: 20 mil exemplares - Impressão: Gráfica Katu • Redação e Publicidade: Pça. Monsenhor Ascânio Brandão, 01 - Jd. São Dimas - São José dos Campos - CEP 12245-440 • Tel.: (12) 3928-3929 – e-mail: [email protected] você identificar alguma informação errada ou falta de dados, escreva para a redação do Jornal Expressão ou envie um e-mail. Mande também suas críticas, comentários e sugestões. As matérias assinadas e opiniões expressas são de responsabilidade de seus autores. Edição concluída em 07 de maio de 2013.

Fale com o Expressão 3928-3929 ou 3928-3926, com Ana Lúcia e Pedro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Editorial

Tempo de partir e tempo de agradecer

Lemos no Eclesiastes que “Tudo tem seu tempo. Há um tempo oportuno para cada coisa debaixo do céu” (Ecl 3, 1).

À lista de situações que são mencionadas por este livro bíblico, poderíamos acrescentar que “há tempo de chegar e tempo de partir, tempo de começar e tempo de concluir, tempo de assumir e tempo de recomeçar...”

E ao falarmos assim estaríamos nos referindo à pessoa e à missão de D. Moacir, para quem chegou o tempo de partir para outra diocese, de concluir sua missão em São José dos Campos e de recomeçar seu trabalho episcopal em Ribeirão Preto.

Com a sua nomeação para Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto conclui-se sua missão em São José dos Cam-pos, que desde seu nascimento, passando pela sua expe-riência religiosa e profissional e sendo depois o lugar onde exerceu seu ministério presbiteral e episcopal, foi sua casa e sua escola.

Para continuar fiel à sua missão de servidor do Povo de Deus, D. Moacir não parte para nos deixar, mas deixa-nos para continuar.

Homem simples e comprometido com Deus e com sua Igreja, depois de ser membro ativo de nossa diocese, como padre e grande colaborador, foi escolhido para estar à fren-te da mesma, como bispo, pastoreando-a na sua caminha-da de fé.

Ao partir deixa atrás de si pegadas que marcaram a his-tória da Igreja Particular de São José dos Campos.

Sob sua presidência celebramos os 25 anos de instalação da Diocese de São José dos Campos, com a dedicação da Igreja Catedral, em 01 de maio de 2005.

Nos oito anos em que foi bispo nosso bispo ordenou 18 padres e 60 diáconos. Foram criadas 08 novas paróquias.

Sob sua coordenação realizou-se o I Sínodo Diocesano (2008-2010) e iniciou-se o Curso Livre de Teologia para for-mação dos futuros padres e também dos leigos (2008), di-rigido pelo ITEFIST (Instituto de Teologia e Filosofia Santa Teresinha), a caminho de se tornar a Faculdade Católica de São José dos Campos.

Foi também construída a Residência dos estudantes de teologia, no espaço do Seminário Santa Teresinha (2012).

Esses são apenas alguns passos dos tantos que foram dados pela Diocese de São José dos Campos, no período em que foi governada por D. Moacir.

Conscientes das maravilhas que Deus fez conosco atra-vés do ministério episcopal de D. Moacir Silva, entendemos que para todos nós é chegado o tempo de agradecer, de louvar e de interceder.

A Deus louvamos e agradecemos! Ao Senhor de nossa história confiamos a vida e o episcopado de D. Moacir, de-sejando que o Senhor complete nele a obra iniciada por suas mãos.

A caminhada pastoral diocesana continua

Ao ser nomeado Arce-bispo, D. Moacir dei-xou de ser o bispo de São José dos Campos

passando à condição de seu Ad-ministrador Diocesano até o dia de sua posse na Arquidiocese de Ribeirão Preto. Após a sua posse, a Diocese de São José dos Campos passará a ser governada por um Administrador Diocesano, a ser escolhido pelo Colégio de Con-sultores.

O parágrafo 1º do cânon 428, do Código de Direito Canônico, afirma: “Durante a sé vacante, nada se modifique”.

Contudo, a caminhada pastoral da diocese não pode ficar parada enquanto se espera o novo bispo.

O caminho que a Igreja Parti-cular de São José Campos vem fazendo desde a conclusão do seu Sínodo Diocesano deve pros-seguir com o mesmo entusiasmo e vigor que vem sendo trilhado desde então.

A vitalidade das pastorais não pode enfraquecer. As oportunida-des que o Ano da Fé e a prepara-ção para a JMJ (Jornada Mundial da Juventude), entre outras ini-ciativas, têm nos oferecido, não podem ser desperdiçadas.

Para tanto, os assessores e coordenadores diocesanos de pastorais, movimentos e orga-nismos devem continuar impul-sionando os membros desses

trabalhos a manterem-se ani-mados e comprometidos com a missão evangelizadora, seguindo as orientações da Santa Sé e da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Os programas e projetos já aprovados e iniciados devem seguir em frente.

Queremos que o novo bispo, ao chegar, encontre uma dioce-se dinâmica e envolvida com o anúncio de Jesus Cristo a todos, com a dedicação aos pobres e sofredores, com a organização da juventude, com a realização de uma catequese que leva ao encontro com Jesus Cristo, com a presença evangélica nos meios de comunicação, com a transforma-ção da sociedade, sempre fiel ao que a Mãe Igreja pede e orienta.

O tempo de espera do novo bispo seja um tempo de compro-metimento, marcado, sobretudo pela oração confiante a Deus pelo novo pastor da Diocese de São José dos Campos e pela dedica-ção aos trabalhos pastorais.

Tudo isso nos faça progredir na santidade, na união e no tes-temunho cristão e que sejam esses os melhores presentes a darmos àquele que virá em nome do Senhor para nos conduzir na caminhada da cristã.

Pe. Edinei Evaldo BatistaCoordenador Diocesano de Pastoral

Caminho Pós-Sinodal

Faça download do Documento Conclusivo do Sínodo - www.sinododiocesano.com.br

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Os Bispos do Bra-sil estiveram reu-nidos de 10 a 19 de abril, em Apa-

recida, na 51ª Assembleia Geral da CNBB. Foram dez dias de reflexão, oração, partilha de experiências, estudos e de crescimento no afeto colegial.

O tema central desta As-sembleia foi: “Comunida-de de comunidades: uma nova Paróquia”. O tema foi profundamente refle-tido e será publicado na Coleção Estudos da CNBB, para que até outubro pró-ximo as paróquias do Bra-sil, os conselhos pastorais possam estudar este texto, apresentar novas suges-tões para enriquecê-lo; na Assembleia Geral de 2014, o texto enriquecido pelas novas contribuições será aprovado pelos Bispos e publicado como Documen-to da CNBB.

No final das reflexões sobre o tema central, os bispos disseram: “A paró-quia, como comunidade de comunidades, precisa integrar as comunidades religiosas, as associações

Dom Moacir Silva, Administrador Diocesano*

51ª AG da CNBBPalavra do Pastor

religiosas, as CEBs, os mo-vimentos, as pastorais so-ciais, as novas comunida-des de vida e aliança, os hospitais, as escolas e as universidades, além das comunidades ambientais. Para que todos vivam na pluralidade da experiência de fé, na diversidade de ca-rismas e dons, a unidade indispensável à vida cristã. Os dois grandes desafios que se impõem é acolher essas múltiplas formas de vida cristã como uma ri-queza de dons que o Espí-rito Santo oferece à Igreja e manter unidos os diferen-tes grupos, para que, em tudo, a caridade de Cristo seja testemunhada publi-camente” (238).

Outro texto sobre o qual os Bispos se debruçaram foi o Diretório para a Comuni-cação da Igreja no Brasil. Os Bispos sugeriram diversas modificações ao texto apre-sentado para estudo e apro-vação. A Comissão Episco-pal para as Comunicações fará as modificações sugeri-das e o apresentará ao Con-selho Permanente da CNBB, que o aprovará por delega-ção da 51ª Assembleia Ge-ral. Este Diretório destina-se especificamente aos respon-sáveis pela formulação e pela condução das práticas de comunicação nos dife-rentes âmbitos da vida ecle-sial e nas relações da Igreja com a sociedade, em espe-cial com o mundo da mídia.

Outro texto estudado pelos Bispos foi sobre a questão agrária. Foram su-

Dom Moacir Silva é nomeadoArcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto

No dia 24 de abril de 2013, recebe-mos a notícia da nomeação de Dom Moacir Silva como Arcebispo Metro-politano de Ribeirão Preto. A partir desta data, Dom Moacir passou a ser nosso administrador diocesano e terá 60 dias para tomar posse de sua nova Arquidiocese. A partir de sua posse, a

Diocese de São José dos Campos passa a estar vacante e irá aguardar a indicação de seu novo bispo diocesano por prazo indeterminado. A data da posse na Ar-quidiocese de Ribeirão Preto ainda não estava confirmada até o fechamento desta edição.

Agradecendo pelos 8 anos de pasto-

reio de Dom Moacir, a Diocese de São José dos Campos se alegra com sua nomeação de arcebispo de Ribeirão Preto desejando-lhe uma fecunda mis-são. Rogamos a Deus por seu governo a frente da arquidiocese de Ribeirão Preto e também por aquele que Deus está preparando para ser nosso novo pastor.

geridas diversas modifica-ções e a Comissão deste tema vai reelaborar o texto que será apresentado para aprovação na Assembleia do ano que vem.

A Assembleia publicou também duas notas: “Sede de água e de justiça” e “Em defesa dos direitos indíge-nas e quilombolas, pela re-jeição da PEC 215”. Publi-cou ainda um texto sobre “A Igreja e as Eleições”.

Houve uma grande re-flexão sobre a análise da situação religiosa no Bra-sil a partir dos dados do Censo 2010. O plenário de-legou ao Conselho Episco-pal de Pastoral (CONSEP) a continuação da reflexão, colhendo as experiências positivas que vem aconte-cendo em diversas regiões do país.

As Comissões Episco-pais Pastorais apresen-taram suas atividades e projetos. Foi dado grande destaque para a Jornada Mundial de Juventude.

Nesta Assembleia foram lançadas algumas obras: nova edição do “Catecis-mo da Igreja Católica”, “Os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé” (que são os temas tra-tados no Congresso Teoló-gico, acontecido em Curi-tiba de 7 a 9 de setembro de 2012), “As razões da fé na ação evangelizadora” (Subsídios Doutrinais 7) e o “Código de Direito Canô-nico Comentado”, em dois volumes, comemorando 30 anos da promulgação do Código de Direito Ca-nônico. Esta obra foi uma louvável iniciativa da So-

ciedade Brasileira de Cano-nistas.

O nosso Retiro foi orien-tado por Dom Esmeraldo Barretos de Faria, Arcebis-po de Porto Velho – RO. Ele nos ajudou a rezar com três meditações, a saber: “O Bispo como pessoa de fé e discípulo no povo de Deus”, “O Bispo servidor e testemunha da Palavra” e “O Bispo animador de uma Igreja Missionária”.

Aqui está um pouco do que foi a 51ª AG da CNBB. O tema central terá in-cidência em nossas pa-róquias e comunidades; desejo que todas as paró-quias conheçam o texto que será publicado na Co-leção Estudos da CNBB e possam contribuir com o novo texto que irá para a 52ª AG para ser aprovado.

Assessoria de Imprensa CNBB

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O Papa Francisco: a eloquência da pobreza evangélica

Du r a n t e a s p r i m e i r a s votações no Conclave, to-

dos aguardavam com ansiedade a emissão da fumaça, na chami-né da Capela Sistina. Já no segundo dia do Conclave, foi grande a surpresa quando apa-receu a fumaça branca. Todos os holofotes se voltaram para a janela do Vaticano aguardan-do para saber qual seria o Cardeal que sucederia o Papa Bento XVI, na Cá-tedra de Pedro. Então foi grande a surpresa quan-do se ouviu o nome do Cardeal Jorge Mário Bergóglio, Arcebispo de Buenos Aires.

Pela primeira vez na história, um Papa latino americano. Muitos não tinham dúvidas de que

um dia isso chegaria, mas não esperavam que já seria na sucessão do Papa Bento XVI. No en-tanto, mais do que a sur-presa de um Papa latino americano, tem sido ob-servar a postura simples do Papa Francisco que tem verdadeiramente cativado o mundo.

O filósofo cristão Ja-ques Maritain escreveu acerca dos meios ricos e pobres que a Igreja dispõe para cumprir a sua missão. Os meios ri-cos são, por exemplo, os Meios de Comunicação Social que têm um alto custo financeiro, mas a Igreja precisa deles para fazer ecoar a Boa Nova, onde não se consegue pelas vias ordinárias da pastoral.

Os meios pobres são o testemunho de santi-

dade e as vias simples que a Igreja utiliza no cumprimento da sua missão no mundo. Vias estas que supõem o de-sapego e a simplicidade dos cristãos, diante de uma sociedade materia-lista. Tanto os meios ri-cos como os pobres são necessários, mas existe uma eloquência própria dos meios pobres. É este tipo de eloquência que a figura do Papa Francis-co tem despertado. Mui-tos jornalistas têm feito comentários sobre a sua simplicidade e suas sucessivas quebras de protocolo no exercício do ministério pontifício.

Não se tratam de ges-tos calculados, com o objetivo de causar boa impressão. O que te-mos visto na postura do Papa Francisco retrata

PAPA NO TWITTER@Pontifex:

“Seria maravilhoso, no mês de maio, rezar juntos em família o Terço. A oração faz com que a vida familiar torne-se ainda mais sólida.”

O Papa Francisco recordou o convite feito pelo Papa na audiência geral do dia 1º de maio. O tuíte é do dia 3 de maio.

um estilo de pobreza evangélica que tem ca-racterizado a sua vida já há muito tempo. Nos dois anos que passei em Bogotá, escutei comen-tários acerca da sua sim-plicidade e identificação com o povo simples de Buenos Aires.

É certo que muitos, a todo custo, querem manchar a imagem do sucessor de Pedro. Para isso inventam calúnias e veiculam através da mídia, com o objeti-vo de desmoralizá-lo. R e co rd o - m e d e q u e isto também se deu na eleição do Papa Ben-to XVI. Devido ao fato dele ter servido o exér-cito alemão, quiseram associá-lo ao nazismo. No entanto, após apro-fundarmos as notícias, soubemos que foi bem

o contrário. Na verda-de, Joseph Ratzinger fugiu do exército, para não compactuar com as atrocidades de Hitler. Com isso ele correu até o risco de vida, pois se fosse pego, provavel-mente seria sentenciado à morte.

Não nos deixemos levar por estes falsos profetas, pelo contrário, louvemos o Senhor pelo pastor que Ele concedeu à sua Igreja. A eleição do Papa Francisco confir-ma, mais uma vez, que Deus zela continuamen-te pela sua Igreja e não se cansa de conceder a ela pastores conforme o seu coração (cf. Jer 3, 15).

Pe. Djalma Lopes Siqueira Professor de Teologia Pastoral e

Missiologia do ITEFIST Pároco da Paróquia Nossa Senhora do

Bonsucesso – Monteiro Lobato

...mais uma vez, que Deus zela continuamente pela sua Igreja e não se cansa de conceder a ela pastores confor-me o seu coração.(cf. Jer 3, 15).

Dia Mundial dasComunicações Sociais

A Pastoral da Comunicação celebra o 47º Dia Mundial das Comunicações So-

ciais no dia 11 de maio de 2013. Neste ano, foi preparada a Santa Missa, celebrada na Paróquia Es-pírito Santo, pelo padre Francisco José da Silva, assessor diocesano da Pascom. Nesta missa, os agen-tes da Paróquia Espírito Santo recebem a Imagem Peregrina da Nossa Senhora da Comunicação, que irá percorrer todas as paró-quias da nossa diocese, durante o ano, até 1º de junho de 2014.

Em parceria com a equipe da Pascom da Paróquia Coração de Jesus, foi elaborado um vídeo sobre o Dia Mundial dos Meios de Comunicação, distribuído para

todas as paróquias e disponível no YouTube (Canal Diocesesjcam-pos). Neste vídeo, Padre Francisco enfatiza: “somos chamados a evangelizar neste “continente” das redes sociais, para anunciar as verdades de fé.” E Marcos Vinícius Nogueira, coordenador diocesa-no da Pascom lembra: “As redes sociais requerem esta audácia dos cristãos, de viver esse teste-munho e ao mesmo tempo nunca se esquecerem de levar a pessoa de Jesus Cristo para os corações daqueles que precisam”.

A mensagem para o 47º Dia Mundial das Comunicações So-ciais foi apresentada no dia 24 de janeiro, dia dedicado a São Fran-cisco de Sales, patrono dos jorna-

listas. Escrita pelo papa Bento XVI, o tema deste ano “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização” é uma reflexão sobre a maneira como as pessoas se comunicam, sobretu-do, através das redes sociais “que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade”.

Leia a Mensagem na íntegra no site da Diocese: www.diocesesjc.org.br

Faça parte da família Pascom: facebook.com/pastoraldacomunicacao

E-mail: [email protected] e [email protected]

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Maio | EXPRESSÃO | 5

“Bote Fé no Pe. Rodolfo Komórek”Com a reza do Santo Terço e conversas sobre testemunhos, devotos de Pe. Rodolfo Komórek se reúnem para uma noite de aprofundamento sobre sua vida e seus grandes feitos. Os en-contros acontecem todo dia 11 de cada mês na Capela Relicário anexa a Paróquia Sagra Família, em São José dos Campos.Dia 11 de maio (sábado)Horário: 19hLocal: Capela Relicário da Paróquia Sagrada Família (Rua Pe. Rodolfo, 28, Vila Ema, São José dos Campos).Informações: [email protected] / www.padrerodolfokomorek.blogspot.com

Curso de Aprofundamento do Método da Ovulação Billings (MOB)O CENPLAFAM - Centro de Planejamento Fami-liar de São José dos Campos promove no dia 23 de junho o curso sobre o Método da Ovulação Billings. Participe e conheça esse processo de ajuda a construção de uma família com base nos valores éticos e cristãos.Dia 23 de junho de 2013, das 7h às 12h na Paróquia Coração de Jesus (R. Ipatinga, 05 - Bosque dos Eucaliptos – SJCampos).Inscrições e informações: (12) 3302-6408 / 3916-3152

Arraiá de Santo AgostinhoA Paróquia Santo Agostinho, no Urbanova em

São José dos Campos realiza sua fests junina de 24 de maio a 02 de junho (sextas, sábados e domingos), a partir das 20h. Animada quermesse com bolinho caipira, churrasco, jogos para as crianças, música ao vivo e muito mais. A Paróquia Santo Agostinho fica na Av. Papa João Paulo II, 150 – Urbanova – SJCam-pos. Informações: (12) 3949-1515 / www.paroquiasantoagostinho.org.br / e-mail: [email protected]

Preparação para o Batismo, Encontro de Noivos, Encontro de Casais e Encontro de Na-morados – confira agenda anual das paróquias no site da Diocese, acesse: www.diocesesjc.org.br > Paróquias > Encontros.

Festa de Maria 2013Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Altos de Santana)Matriz Nossa Senhora de FátimaCelebrando sua padroeira, a paróquia do bairro Altos de Santa, em São José dos Campos realiza novena de 03 a 11 de Maio. As celebrações nos dias de semana serão às 19h30 e aos sábados e domingos às 18h.A Festa Solene será no dia das mães, dia 12 de maio (domingo) com missa às 17h.Haverá quermesse todos os finais de semana.No dia 13 de maio (2ª-feira), dia da Festa Litúrgica de Nossa Senhora de Fátima haverá adoração ao Santíssimo às 18h e em seguida, às 19h30 missa.Paróquia Nossa Senhora de FátimaR. Serra Dourada, 180 - Altos de Santana - SJCampos – SPInformações: (12) 3942-4226www.pnsenhoradefatima.org.brparoquiansfatima@diocesesjc.org.br

Comunidade NossaSenhora AuxiliadoraA Capela Nossa Senhora Auxiliadora, no Jd. Telespark, em São José dos Campos comemora sua padroeira com novena de 17 a 25 de maio. As celebrações nos dias de semana serão às 19h30 e aos sábados e domingos às 18h.A Festa Solene será no dia 26 de maio (domingo) com missa às 17h.Haverá quermesse todos os finais de semana. A programação completa da Festa de Maria você encontra no site da paróquia: www.pnsenhoradefatima.org.br

Novena e Festa da Padroei-ra – Paróquia Nossa Senho-ra de Fátima (Jd. Oriente)Com o tema “Maria peregrina conosco no caminho da fé” a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Jd. Oriente, em São José dos Campos, celebra a padroeira nos dias 4 a 13 de maio.Em todos os dias da novena haverá oração do Santo Terço às 18h45 e logo após às 19h30 Santa Missa.Confira a programação do dia da festa de Nossa Senhora de Fátima

Dia 13 de maio (2ª-feira)“Maria peregrina conosco no caminho da fé”7h00: Santa Missa Devocional12h00: Santa Missa Devocional18h45: Oração do terço19h30: Santa Missa e coroação de Nossa Senhora de FátimaCelebrante: Pe. Reinaldo Braga, scjParóquia Nossa Senhora de Fátima - R. Sol Nascente, 238 – Residencial Sol Nascente – SJCampos.Informações: (12) 3931-6491

Novena e Festa da Padroeira – Paróquia Santa Rita de CássiaComemorando seus 40 anos a Paróquia dedicada à santa tão popular por nosso povo e tida como intercessora das causas impossíveis, celebra novena da padroeira de 17 a 26 de maio. A oração da novena será às 19h de segunda a sexta-feira e missa às 19h30 e aos sábados e domingos a novena às 18h30 e missa às 19h.Solenemente, a festa será no dia 26 de maio (domingo). Confira a programação:Dia 26 de Maio (domingo) Missas às 07 e 09hBênção das rosas às 15h30Missa solene e procissão às 17h30Paróquia Santa Rita de Cássia - Pça. Marte, s/nº - Jd. da Granja - SJCampos. Informa-ções: (12) 3922-6428 / [email protected]

Novena e Festa da Padroeira Paróquia Maria Auxiliadora dos CristãosEm comemoração a Maria Auxiliadora, a paróquia do Parque Meia Lua, em Jacareí, realiza a novena de 17 a 25 de maio. As missas de segunda a sexta-feira serão as 19h30 e aos sábados e domingos às 18h. No dia 24 de maio (6ª-feira), dia da festa litúrgica de Nossa Senhora Auxiliadora, a missa será presidida pelo administrador diocesano, Dom Moacir Silva.A Festa Solene será no dia 26 de maio com missa às 18h.Haverá quermesse todos os finais de semana.Paróquia Maria Auxiliadora - RuaTakeo Ota, 440, Parque Meia Lua, Jacareí.

Informações: (12) 3951-8560 / [email protected]

Novena e Festa do Padroeiro Paróquia Espírito SantoDe 12 a 19 de maio a Paróquia Espírito Santo, no Jd. Satélite, em São José dos Campos, celebra a Semana de Pentecostes com o tema: “Eu creio”.Dentre os presidentes das celebrações estão Dom Moacir, nosso administrador diocesano; Pe. Roger Luis, da Comunidade Canção Nova e padres da nossa diocese.No dia de Pentecostes a programação conta com missas às 07h30, 10h e 12h. A Celebração Solene será às 18h30 com o tema “Edificai vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo” e terá como celebrante o pároco, Pe. Luis Fernando. Às 20h30 acontecerá show com Davidson Silva.Confira a programação completa da Semana de Pentecostes 2013 no site da paróquia Espírito Santo: www.paroquiaespiritosanto.com.br.Paróquia Espírito Santo - Av. Cassiopéia, 46 - Jd. Satélite – SJCampos.Informações: (12) 3931-2959 / [email protected]

Novena e Festa do Padroeiro Paróquia Coração de JesusEntre os dias 30 de maio e 09 de junho, a Paróquia Coração de Jesus, em São José dos Campos realiza a Novena e Festa em celebração aos seus 28 anos de atividades. Neste Ano da Fé o tema central será tratado como forma de vocação, doação e simplici-dade em vários dias de oração, terço e missas. Neste ano que também se celebra a Jornada Mundial da Juventude, um dos dias será voltado ao público jovem.A quermesse que já é tradição na região Sul conta com barracas típicas, bingos, jogos para as crianças e traz shows sertanejos e católicos, como o músico Flavinho e o grupo de música eletrônica DJ Atos 29. Paróquia Coração de Jesus - R. Ipatinga, 05 - Bosque dos Eucaliptos – SJCampos.Informações: (12) 3916-4101 / [email protected] / www.paro-quiacoracaodejesus.org.br / facebook.com/paroquiacoracaodejesus

Agende-se

Paróquias em festa

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13 a 17 de maioSemana de Oração pela Unidade dos Cristãos

›› MóveisDoe seu móvel usadoA Cáritas Diocesana aceita doações de móveis usados – sofás, poltronas, cadeiras, camas – eletrodomésticos em bom estado. Ligue e agende a retirada da sua doação na Cáritas Diocesana, tel.: 3911-3225.

›› ServiçoEmpregadas domésticas, cuidado-res de idosos e babásQuem está à procura de uma empregada doméstica, cuidador de idoso ou babá pode consultar o cadastro do Serviço Social da Catedral São Dimas. A consulta deve ser feita pessoalmente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, com Célia. A Sala do Serviço Social, fica junto à Igreja, na Praça Monsenhor Ascânio Brandão, 01, São Dimas, em São José dos Campos.

ColaboreProjeto Óleo ValeCriado em 2009, o projeto Óleo Vale faz a coleta do óleo a ser reciclado em bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais, residências e indústrias da região do Vale do Paraíba. O óleo recolhido passa por um sis-tema de filtragem, aquecimento e limpeza, um avançado sistema de filtragem, passa pela separação de água e óleo e então o óleo com 99,9% de pureza. E depois ven-dido para indústrias de biodiesel gerando renda para os cooperados.Para seguir adiante, o projeto conta com o apoio da sociedade. Ajude alcançar a meta. Saiba como doar o óleo de cozinha usado – (12) 3431-1702 / [email protected]

Empregadas domésticas e babásQuem está à procura de uma empregada doméstica ou babá pode consultar os cadastros do Serviço Social da Paróquia Sagrada Família (Vila Ema). A consulta deve ser feita pessoalmente, de terça a sexta-feira, das 8h30 às 11h e das 14h30

Serviço

Semana de Oração pelaUnidade dos Cristãos

Em nossa Diocese, a Semana de Ora-ção pela Unidade dos Cristãos, grande e mais envolvente ação ecumênica, será realizada de 13 a 17 de maio, às 19h30 nas seguintes igrejas:

Dia 13 (Seg) - Abertura da Semana de Oração (Dom Moacir Silva e Pr. Marcos Ziemann - IECLB) na Igreja Nossa Senhora das Graças – Vila Maria RPs I e III.

Dia 14 (Ter) – Celebração Ecumênica na Matriz do Coração Eucarístico de Jesus – Novo Horizonte RP IV

Dia 15 (Qua) – Celebração Ecumê-nica na Paróquia Luterana do Vale do Paraíba, situada à Rua Mário Alves de Almeida, nº 175, Jd. Satélite – fone: 3207-4398. – RP V

Dia 16 (Qui) – Celebração Ecumêni-ca na Matriz da Paróquia São Benedito do Alto da Ponte – RP II

Dia 17 (Sex) – Celebração de Encer-ramento na Matriz da Paróquia São João Batista, em Jacareí (RPs VI e VII).

Este ano, o lema escolhido é tirado de Miquéias 6,6-8: “O que Deus exige de nós?”, elaborado pelo Movimento de Estudantes cristãos da Índia, na comemoração de seu centenário.

O texto bíblico (Mq 6,6-8), tomado por base, é um forte apelo à justiça e à paz, pois a história necessita e exige uma forte referência ética. A fé ganha ou perde seu sentido na medida de sua relação com a justiça.

às 17h. A Sala do Serviço Social, fica junto à Igreja, na Rua Padre Rodolfo, 28, Vila Ema, em São José dos Campos.

›› Vida NovaFilhos no céuPara os pais que querem andar no ca-minho da fé e esperança, em perfeita comunhão e alegria, com os filhos que os precederam na eternidade. O Grupo se reúne no terceiro domingo de cada mês, às 15h, iniciando-se com a Santa Missa, seguida da reunião de reflexão, na Capela do Hospital Antoninho da Rocha Marmo, em São José dos Cam-pos. Mais informações e reflexões no blog www.filhosnoceu.org.br.

Missa de São PeregrinoProteção para pessoas em tratamento contra o câncer e curadas da doença. A Ordem dos Servos de Maria e a Frater-nidade São Peregrino convidam todas as pessoas afetadas pela doença a pedir a proteção de São Peregrino. A missa é

celebrada, todo dia 4 de cada mês, na Paróquia Sagrada Família, Rua Padre Ro-dolfo, 28 – Vila Ema, São José dos Campos.

Fazenda da EsperançaSe você quer se livrar da dependência de drogas ou de álcool, ou encaminhar um parente ou amigo, a Fazenda da Es-perança é uma alternativa. Em São José dos Campos, você pode tirar suas dúvidas sobre os encaminhamentos com Bita pelo telefone (12) 9102-4137. Ele atende, de terça a sexta, das 13h30 às 17h, na Catedral de São Dimas. Os interessados podem participar também das reuniões mensais, no terceiro Domingo do mês, às 14h, do grupo Esperança Viva, (GEV), na Catedral São Dimas.

Divulgue aqui o trabalho de sua Obra Social, Paróquia, Grupo ou Movimento. Ligue para o Jornal Expressão 12 3928-3929 ou envie um e-mail: [email protected]

Page 7: Jornal Expressão - Maio 2013

Maio | EXPRESSÃO | 7

Artigo

A Nostra Aetate: Diálogo Interreligioso

Nosso 3º artigo refere-se à Declaração “Nostra Aetate” do Concílio Vaticano II, pro-mulgada em 28 de outubro

de 1965, abrindo a Igreja Católica ao diálogo interreligioso.

É um texto único, pequeno, que consta de 5 números. O título princi-pal diz “Declaração sobre a Igreja e as Religiões não-cristãs”. É o menor dos documentos do Vaticano II.

Inicia-se com a reflexão de que, em todos os povos e em todos os tempos, há uma busca da Divindade Suprema, o Absoluto, e todas as religiões têm algo em comum, pois procuram respostas para questões existenciais, da condição humana: O que é o homem? Qual é o sentido e o fim da vida? Qual é o cami-nho para chegar à felicidade?

Depois, segue-se uma breve descri-ção do Hinduísmo e do Budismo (NA nº 2), do Islamismo (NA nº 3) e do Judaís-mo (NA nº 4). A nova relação da Igreja Católica com os Judeus foi decisiva para a origem desta Declaração.

Em 1959 o Papa João XXIII fazia abolir as fórmulas negativas presentes no ritual romano sobre os judeus até então definidos como “pérfidos deici-das”. Com isso, abriu-se espaço para se reconhecer as raízes judaicas do cristianismo; proclamar a reconciliação dos judeus e dos cristãos; condenar o antissemitismo.

A Declaração evoca, em seguida, a estima que a Igreja tem pela religião mu-çulmana. Assinala as menções a Jesus e Maria no Corão (Livro Sagrado dos muçul-manos), bem como a espera escatológica aí presente e as exigências de vida moral.

A conclusão da Nostra Aetate con-voca todos a promoverem o diálogo fraterno e o mútuo conhecimento e estima. Afirma, categoricamente, que a Igreja reprova qualquer tipo de dis-criminação e de perseguição.

Mantendo a convicção de centrali-dade de Cristo na História da Salvação, reconhece o valor e os elementos posi-tivos das Religiões. Adota-se a perspec-tiva da “praeparatio evangelica”, ou seja,

as outras religiões são situadas no plano da pedagogia divina, como preparação ao Evangelho. Com isso, abre-se espaço ao diálogo.

Finalmente, com essa Declaração con-ciliar, a Igreja descreve assim a atitude de diálogo que deseja pôr em prática: reconhecimento do que é “verdadeiro e santo” nas outras religiões, respeito por suas doutrinas e modos de vida, reconhecimento da diferença e anúncio irredutível de Cristo que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (cf. NA nº 2).

A Declaração foi um verdadeiro “divi-sor de águas” no modo de abordagem cristã da questão das outras religiões.

Para aprofundar o tema e fazer uma correta interpretação das Declarações “Nostra Aetate” e Dignitatis Humanae” é, hoje imprescindível levar em conta dois documentos posteriores, que são:

- “Diálogo e Anúncio” (1991), do Pontifício Conselho para a Evangeliza-ção e Diálogo Interreligioso. O referido documento segue o caminho aberto pelo Concílio Vaticano II. Relê o ensino

conciliar, agrega outros pronunciamen-tos – especialmente Evangelii Nun-tiandi e Redemptores Missio e avança ainda mais na avaliação teológica das religiões e na proposta de um autêntico diálogo interreligioso.

- “Dominus Jesus” (2000), da Con-gregação para a Doutrina da Fé; A declaração reafirma de modo sintético a fé católica de sempre com respeito ao papel salvífico de Cristo e da Igreja. Trata, portanto, do aspecto cristológico e eclesial da salvação.

O escrito permanece totalmente fiel ao concílio, quando nos recorda que o necessário pressuposto para que o diálogo seja construtivo é a honestida-de e a clareza de modo particular no âmbito doutrinável. Dialogar não pode significar enganar o interlocutor nem a si próprio, no que respeita as próprias convicções de fé. Aqui vale o discerni-mento paulino de se “viver o amor, a verdade na caridade” (cf Ef 4, 14-16).

Padre Sebastião Cesar BarbosaAssessor da Comissão de Ecumenismo e Diálogo Interreligioso

Livro conta a história e a importânciada Beata Nhá Chica para o Brasil

Foi lançado em São José dos Campos, no dia 13 de abril, o livro: “Nhá Chica – Mãe dos Po-

bres”, Editora COMDEUS, 364 páginas, que retrata a vida da primeira beata brasileira des-cendente de escravos, beati-ficada no pontificado do papa Francisco no dia 4 de maio de 2013. A apresentação do livro e sessão de autógrafos acon-teceu no campus Urbanova da UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba).

Antes do lançamento, a au-tora visitou Dom Moacir Silva e apresentou a obra, recebendo seu apoio. A obra é resultado do trabalho da pesquisadora e escritora Rita Elisa Seda, paroquiana da Igreja de São Sebastião, na Vila Industrial, em São José dos Campos. Ela é membro fundadora da Aca-demia Valeparaibana de Letras e Artes, pertence à Academia Joseense de Letras, autora de diversos títulos, entre eles a

biografia de Cora Coralina.O livro é uma oportunidade

para conhecer a vida de Nhá Chica, tão querida por seus devotos. A autora também fez o lançamento em Baependi – MG durante a semana oficial

de festividades pela beatifica-ção de Nhá Chica. E depois em Santa Rita do Sapucaí – MG, sua terra natal.

Outras informações a respeito do livro podem ser obtidas pelo telefone (12) 3302 -8560.

Este livro é o resultado de uma pesquisa a respeito da vida de Francisca de Paula de Jesus – Nhá Chica, alinhavando o processo da escravidão brasileira da época. Traz a historiografia da vinda dos escravos africanos, com ênfase nos de Benguela, que vieram para trabalhar no sul de Minas Gerais, com registros de grandes “aventureiros” como: Auguste Saint Hilaire; Robert Walsh; Johann Baptist von Spix; Carl Friedrich Philipp von Martius; Anthony Knivet e outros.

Com atenção aos que recorriam a Serva de Deus Nhá Chica traçando a verticalização da importância de suas orações e conselhos, tanto para os mais pobres quanto para os mais abastados.

A Mãe dos Pobres, Nhá Chica, é abordada em totalidade religiosa, distinguida pela “Fé Viva” com que orava a Nossa Senhora da Imaculada Conceição e, através dela, conseguia graças para todos que a procuravam. No livro estão citados inéditos sobre o cotidiano da San-tinha de Baependi, desde sua ajuda para com a reforma da Rua das Cavalhadas; recebendo doações para a capela de Nossa Senhora da Conceição; um hino composto em homenagem a Imaculada Conceição dedicado a Nhá Chica, festas religiosas na capela e muito mais.

Ler Nhá Chica Mãe dos Pobres é conhecer a integridade de Francisca de Paula de Jesus, neta de escrava e filha de ex-escrava que, viveu feliz em sua vida casta e piedosa, sem se ingressar em alguma ordem religiosa, deixando-nos o legado de que a verdadeira riqueza está em orar com Fé e praticar a Caridade.

Existem textos especiais de colaboradores, entre eles: teólogo, filósofo, sociólogo, padre, museólogo, historiador, sineiro e guardião que, exclusivamente, participam desta obra deixando-a mais rica sócio/culturalmente.

Abordando em vários capítulos a integração que existe entre a vida de São Francisco de Assis e a Serva de Deus Francisca de Paula de Jesus comungando emoções em doses home-opáticas recolhidas e colocadas no livro durante cinco meses. O livro faz com que de passo em passo o leitor caminhe pela estrada da humildade religiosa e do regime escravagista.

Rita Elisa Seda

Resenha

“Nhá Chica – Mãe dos Pobres”

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A CNBB realizou, de 10 a 19 de abril, em Aparecida-SP, sua 51ª Assembleia Geral. Na oca-sião, entre vários outros temas e textos estudados, os discutiram a questão da PEC 215 e a relação Igreja e Eleições, como relata Dom Moacir Silva, na Palavra do Pastor desta edição.Sobre estes dois temas os bispos aprovaram uma nota (Em defesa dos direitos indígenas e quilombolas, pela rejeição da PEC 215) e o texto “A Igreja e as Eleições”, que apresen-tamos para conhecimento.

Assembleia Geral da CNBBPEC 215 e Eleições

Assessoria de Imprensa CNBB

Nós, bispos do Brasil, reunidos na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, em Aparecida-SP, de 10 a 19 de abril de 2013, manifestamo-nos contra a Proposta de Emenda Constitucional 215/2000 (PEC 215), que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a aprovação de demarca-ção, titulação e homologação de terras indígenas, quilombolas e a criação de Áreas de Proteção Am-biental.

Reconhecer, demarcar, homolo-gar e titular territórios indígenas, quilombolas e de povos tradicionais é dever constitucional do Poder Exe-cutivo. Sendo de ordem técnica, o as-sunto exige estudos antropológicos, etno-históricos e cartográficos. Não convém, portanto, que seja trans-ferido para a alçada do Legislativo.

Motivada pelo interesse de pôr fim à demarcação de terras indí-genas, quilombolas e à criação de

novas Unidades de Conservação da Natureza em nosso país, a PEC 215 é um atentado aos direitos destes po-vos. É preocupante, por isso, a cons-tituição de uma Comissão Especial, criada pelo Presidente da Câmara para apressar a tramitação dessa proposição legislativa a pedido da Frente Parlamentar da Agropecuária, conhecida como bancada ruralista. O adiamento de sua instalação para o segundo semestre não elimina nossa apreensão quanto ao forte lobby pela aprovação da PEC 215.

A Constituição Federal garantiu aos povos indígenas e comunida-des quilombolas o direito aos seus territórios tradicionais. Comprome-tidos com as gerações futuras, os constituintes também asseguraram no texto constitucional a proteção ao meio ambiente e definiram os atos da administração pública ne-cessários à efetivação desses direitos como competência exclusiva do

Poder Executivo.Todas estas conquistas, fruto de

longo processo de organização e mobilização da Sociedade brasilei-ra, são agora ameaçadas pela PEC 215 cuja aprovação desfigura a Constituição Federal e significa um duro golpe aos direitos humanos. Fazemos, portanto, um apelo aos parlamentares para que rejeitem a PEC 215. Que os interesses políticos e econômicos não se sobreponham aos direitos dos povos indígenas e quilombolas.

Deus nos dê, por meio de seu Filho Ressuscitado, a graça da justiça e da paz!

Cardeal Raymundo Damasceno AssisArcebispo de Aparecida

Presidente da CNBBDom José Belisário da Silva, OFM

Arcebispo de São Luís do MaranhãoVice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich SteinerBispo Auxiliar de BrasíliaSecretário Geral da CNBB

Em defesa dos direitos indígenas e quilombolas, pela rejeição da PEC 215

51a Assembleia Geral da CNBB

Arquivo: Revista Missões

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A Igreja e as eleições

Para instaurar a vida po-lítica verdadeiramente hu-mana nada melhor do que desenvolver o sentido de justiça, de benevolência e de serviço do bem comum, e reforçar as convicções fundamentais acerca da verdadeira índole e tam-bém do fim da comunida-de política, e corroborar o exercício reto e os limites da autoridade pública.

(GS, 73).

Seguramente, períodos eleitorais não são os mais oportunos para se refletir qual a melhor postura da Igreja frente à política, sobretudo, a partidária. Sempre que tomamos distância do objeto analisado, podemos des-cortinar ângulos que a excessiva proximidade ofusca. Sendo assim, podemos agora refletir mais tranquilamente sobre o papel da Igreja e de seus agentes, que nos parece mais ade-quado e ético.

Basta acompanhar a vida política deste país com imparcialidade para se constatar a grande contribuição da Igreja para o aperfei-çoamento da vida democrática no Brasil e a lisura das suas instituições.

1. Cartilhas e debatesNo Brasil, há uma prática que se prolonga

já por alguns anos de elaboração de peque-nas cartilhas, visando orientar os eleitores católicos sobre a responsabilidade do voto. Trata-se de um exercício de ir ajudando o povo na formação da consciência cidadã. Com o desenvolvimento tecnológico, tais cartilhas, em muitas partes, foram substituídas por vídeos para TV e internet e spots para rádios, mas sempre mantendo o mesmo escopo: desenvolver junto ao povo católico o hábito do debate sobre os destinos de nossos muni-cípios, estados e país.

Há iniciativas envolvendo comunidades, paróquias e dioceses, na perspectiva da pro-moção de debates entre candidatos, no intuito de conhecer melhor as pessoas e programas daqueles que se apresentam para governar ou legislar nas mais diferentes esferas do poder.

Além disso, a formação da consciência po-lítica dos fiéis leigos não fica restrita somente a períodos eleitorais. No dia a dia das comu-nidades cristãs se realizam debates, palestras, fóruns com a participação de especialistas e lideranças sobre temas e realidades da vida sociopolítica, econômica, jurídica e cultural. Destacam-se, pela importância de sua missão, os “Grupos/Pastorais de Fé e Política” espalha-dos pelo Brasil, e as “Escolas de Fé e Política”, como o Centro Nacional de Fé e Política Dom Hélder Câmara (CEFEP), em nível nacional e várias outras em nível regional e diocesano.

2. Lei 9840: contra a corrupção elei-toral

Nessa mesma perspectiva, o empenho de se moralizar as campanhas políticas

e o processo eleitoral já se tornou marca fundamental de uma Igreja comprometida com a ética. A criação da lei 9840, contra a corrupção eleitoral, teve a coordenação nacional da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), órgão vinculado a CNBB, com o apoio maciço do episcopado nacional. Tal evento ganhou enorme importância e eficácia na moralização eleitoral. Hoje já são mais de 667 políticos cassados1. Em decorrência das articulações para a elaboração do Projeto de Iniciativa Popular que deu origem à Lei 9840, foi criado o Movimento de Combate à Corrup-ção Eleitoral (MCCE), integrado por mais de 50 (cinquenta) entidades da sociedade civil, com mais de 200 (duzentos) comitês espalhados por todo o Brasil.

3. Lei da Ficha LimpaOutra campanha vitoriosa foi a da Ficha

Limpa. Trata-se da Lei Complementar nº. 135 de 2010, uma emenda à Lei das Condições de Inelegibilidade ou Lei Complementar nº. 64 de 1990, originada de um projeto de lei de iniciativa popular idealizado por integrantes do MCCE, destacando-se a CNBB, a CBJP, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), a Cáritas e a OAB Nacional. O projeto da Ficha Limpa reuniu cerca de 1,3 milhões de assinaturas com o objetivo de aumentar a idoneidade dos candidatos. A participação ativa das comunidades católicas na campanha pelas assinaturas foi fundamental.

Nas eleições de 2012, a primeira sob o efei-to da Lei da Ficha Limpa, tivemos mais de 1500 casos de cassação de candidaturas no país2.

Desta forma, a Igreja vem dando sua significativa contribuição para uma política mais ética e voltada para os reais interesses da população.

Mais do que uma lei, vem se impondo em diversos lugares uma espécie de “cultura da ficha limpa”, onde outros setores, por analogia, têm procurado aplicar o sentido da lei, ou seja, usam o conceito de ficha limpa para montar secretariado, contra tar empresas e pessoas.

4. Posição oficial da IgrejaJá é explícito e claro que a Igreja reserva

a atuação direta na vida partidária aos leigos. O papa Bento XVI, afirmou3 que os padres de-vem ficar afastados do compromisso pessoal na política partidária para não comprometer a unidade e a comunhão de todos os fiéis. Disse que é bom evitar a secularização dos padres e a clericalização dos leigos. Os fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir na realidade, inclusive através do empenho po-lítico, a visão antropológica cristã e a Doutrina Social da Igreja, uma vez que todas as ações sociopolíticas da Igreja têm como objetivo o bem comum.

Esse ensinamento está em profunda sin-tonia com o Direito Canônico que prescreve: “Os clérigos se abstenham completamente de tudo o que não convém a seu estado, de acordo com as prescrições do direito particular. Os clérigos evitem tudo o que, embora não inconveniente, é, no entanto, impróprio ao estado clerical. Os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que impliquem par-ticipação no exercício do poder civil.” (Cân. 285 §1º, 2º e 3º). “Os clérigos promovam sempre e o mais possível a manutenção, entre os ho-mens, da paz e da concórdia fundamentada na justiça. Não tenham parte ativa nos parti-

dos políticos e na direção de associações sin-dicais a não ser que, a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos a Igreja ou a promoção do bem comum” (Cân. 287 § 1º e 2º). A política partidá-ria está em contraste com o ministério ordenado, por-que este deve estar acima das facções políticas e servir a todos indistintamente. “Fora de sua expressão teológica, de seu primado espiritual, de seu discurso ético, a Igreja perderia sua própria identi-dade e, portanto, a possibili-dade de atuação em qual-quer outro nível”.4 Com essas diretrizes, o episcopado na-cional tem instado junto aos seus padres no sentido de que obedeçam às normas da Igreja. 5. Superação do divórcio entre fé e dever temporal Por outro lado, isso não exime qualquer fiel, incluindo os clérigos, de seu dever para com a transformação da reali-dade social. A Constituição Pastoral do Concí-lio Vaticano II, Gaudium et Spes, já alertava: “O divórcio entre a fé professada e a vida coti-diana de muitos deve ser enumerado entre os erros mais graves do nosso tempo” (GS 43). E mais: “Ao negligenciar os seus deveres tem-porais o cristão negligencia os seus deveres para com o próximo e o próprio Deus e coloca em perigo a sua salvação eterna” (GS 43). Assim como se tem claro que não cabe ao clérigo assumir diretamente um cargo político, é preciso ter claro que é dever da Igreja, por-tanto a todos os clérigos, a formação de leigos para que estejam aptos para essa missão. Nada justifica a omissão nesta fundamental tarefa eclesial. Dessa forma, a Igreja Católica, signi-ficativamente atuante em todos os campos da vida do povo brasileiro, faz-se presente na política partidária e no serviço à sociedade através de cargos políticos, não pelo seu clero, mas pelos seus leigos. Para isso eles devem ser formados, encorajados, respaldados e acom-panhados no exercício de suas funções e do seu mandato, quando eleitos. A presença qualificada de católicos no mundo da política tornará a fé cristã ainda mais relevante na organização da sociedade democrática, pois não há contradição entre democracia e reli-gião. A fé católica, coerentemente vivida, não só não é obstáculo como pode ser uma das melhores defesas da democracia contra sua possível decomposição interna. 6. A pobreza, a democracia e a atuação do cristão no meio social Ao assumir a opção preferencial pelos pobres, na perspectiva levantada pelo discur-so inaugural da 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho, proferido pelo Papa Bento XVI: “A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naque-le Deus que se fez pobre por nós, para enri-quecer-nos com sua pobreza” (cf. 2Cor 8,9), a “Igreja pobre, para os pobres”, como é o dese-jo evangélico do Papa Francisco, se engaja na defesa dos interesses dos mais desprezados na história. Esse engajamento decorre de sua fé em Jesus Cristo e não por questões mera-mente ideológicas. Isso tem implicações claras nos períodos eleitorais, pois não se pode

praticar a indiferença quando candidatos a cargos políticos são claramente contrários à promoção dos pobres, quer por uma posição elitista, quer por estar envolvido em processos de corrupção, que atentam contra os interesses dos pobres e aviltam a convivência social e cristã. 7. Campanha confessional A comuni-dade cristã se sente verdadeiramente solidária com o gênero humano e com sua história, portanto, os seus interesses coincidem com os interesses dos homens e mulheres de boa vontade, que desejam uma sociedade justa e fraterna. Para a consecução deste objetivo, a Igreja sempre estará como uma sentinela pronta a defender os direitos, sobretudo dos pobres, da família, dos pais a educar os filhos, da luta contra a corrupção, da exigência de plena transparência na administração pública, e a vida em todas as situações, desde a fecun-dação até a morte natural. Porém, não cairá na tentação de buscar constituir uma bancada parlamentar católica, que tenha feições con-fessionais. Pautar-se-á sempre pela conduta ética, em todas as campanhas, trabalhando para que os fiéis tenham plena consciência de seus deveres mais amplos com a sociedade e não se limitará a defender seus interesses institucionais. Também evitará emitir notas e pareceres que defendam ou atinjam direta-mente este ou aquele candidato, por causa de filiação partidária ou identificação com esta ou aquela denominação cristã, mas não se furtará a defender os valores emanados da sua fé no Evangelho de Nosso Senhor. 8. Autono-mia da realidade política A conveniente con-sideração da relação entre a comunidade política e a Igreja é bem pertinente, sobretudo, onde vigora uma sociedade pluralista como a brasileira. De modo algum, a Igreja se confun-de com a comunidade política e nem pode ser identificada com um sistema político. Ambas as instâncias devem respeitar a independência e autonomia de cada uma, mesmo que traba-lhem, muitas vezes, tendo por escopo as mesmas aspirações, ou seja, o bem estar da comunidade humana. Guardadas as devidas proporções e natureza de cada uma, devem agir em cooperação, levando-se em conta as circunstâncias dos tempos e lugares. “A Igreja, sem dúvida, alicerçada no amor do Redentor, contribui para que a justiça e a caridade flo-

resçam mais amplamente no seio de cada nação e entre as nações. Pregando a verdade evangélica, e iluminando todos os setores da atividade humana pela sua doutrina, pelo testemunho dos fiéis cristãos, a Igreja respei-ta e promove também a liberdade política e a responsabilidade dos cristãos” (GS 76). Não obstante o desejo de colaborar no que promo-ve o bem comum, a Igreja não abrirá mão, justificada pela mesma autonomia, de ser instância crítica e profética e de fazer seu ca-minho próprio, sem se identificar com as pessoas que exercem as funções políticas nem com as que exercem o poder econômico. Por isto cuidará, com sabedoria, que sua proximi-dade do poder não seja entendida como ali-nhamento e sua distância do poder não seja entendida como indiferença política. 9. Teo-cracia e alienação Vivemos, hoje, um fenôme-no crescente de participação de muitas deno-minações cristãs ou não no mundo da política. Aqui é preciso aprender da história. Nesse campo, há experiências no mundo que vão desde a teocracia até a total alienação; há experiência de envolvimento político partidá-rio e direto por interesses corporativistas e experiência de envolvimento direto pelo bem da coletividade. Como discernir o momento exato de atuar ou se omitir? Deve-se evitar, por certo, toda e qualquer atitude oportunis-ta, isto é, aproximar-se ou afastar-se segundo os interesses meramente institucionais. Seria um comportamento por demais pragmático e antiético. A Igreja não pode se transformar numa instância colaboracionista do poder político e nem tampouco se identificar como a oposição cega e irracional. Há que se buscar a medida exata em cada momento histórico. 10. Conclusão Enfim, buscar o justo equilíbrio na participação da comunidade cristã nos momentos em que as campanhas políticas ganham as ruas do país, é dever de todos os que acreditam na eficácia do fermento evan-gélico na transformação das realidades sociais e políticas. Imiscuindo-se na política partidá-ria a Igreja pode não dar a sua real contribui-ção, porém, omitindo-se da participação na política, sobretudo, da preparação concreta dos fiéis leigos para nela atuarem, negligencia parte significativa de sua missão evangeliza-dora.

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A penalidade seletiva

A maioridade penal deve ser reduzida?

Cada vez mais, diuturnamen-te, nos deparamos com no-tícias de crimes praticados por adolescentes, definidos

tecnicamente como atos infracionais. Fatos que promovem um clamor social de tamanha ordem de inconformismo, prontamente exploradas por parte da grande imprensa e agentes políticos, que lhes revestem de um colorido que desfoca, verdadeiramente, a realidade do tema. Diversos segmentos de nossa sociedade passam a proclamar a redução da maioridade penal, especialmente aquele com interesse eleitoreiro, como solução para diminuir a criminalidade que campeia sem fronteiras por entre nossa juventude.

Na verdade, o que buscam estes indi-víduos é promover uma robusta cortina de fumaça tendente a esconder da sociedade os reais motivos que levam os jovens à delinquência. O discurso repressivo sobre a redução da maioridade penal não é novo, e, igualmente, como na década de noventa mostra-se, totalmente, inadequado.

Todos os que, de algum modo, traba-lham na defesa dos direitos da criança e do adolescente, seja na esfera privada ou pública, seja na esteira particular ou institucional, sabe do abandono e da quase ausência de políticas voltadas a promover, satisfatoriamente, o desenvol-vimento mental e social de nossas crianças e adolescentes.

A omissão dos pais e responsáveis, dos órgãos governamentais, das autoridades políticas e judiciárias é de tão grave reper-cussão, que margeia o crime de abandono material e intelectual, além do da órbita de responsabilidade. Enquanto as organiza-ções políticas, simplesmente, ignoram os problemas que são ocasionados pela falta

de políticas sócio-educativas voltadas às crianças e adolescentes, as autoridades judiciárias, ainda sob a antiga desculpa de excesso de trabalho, e parcos recursos materiais, se preocupa apenas em punir.

Ora, se o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, vigente desde 1990, até hoje não foi integralmente cumprido, se a Declaração dos Direitos da Criança e as Regras das Nações Uni-das para a Proteção de Jovens Privados de Liberdade, adotadas internacional-mente pelo Brasil, não são cumpridas, que direitos temos nós de aplicar mais sanções em indivíduos já tão abandona-dos? Nenhum direito nós temos.

O momento atual é de fortalecer os tra-balhos de prevenção, mas deve haver um comprometimento maior e articulado, em primeiro lugar na Igreja mobilizando todas as paróquias. É hora de todos demonstrar não só a sensibilidade e aceitação na forma que a esta questão apresenta, mas

a responsabilidade com a causa. E esta inexplicável indiferença é tam-

bém sentida na atuação das autoridades

judiciárias de nosso município, e da cidade de Jacareí, que nenhum valor atribuem as sugestões protocoladas por esta Pastoral em suas promotorias, sequer tomando-as para uma discussão.

Desta forma, se não propiciamos a nossas crianças e adolescentes as mínimas possibilidades de um crescimento harmo-nioso e saudável, se não as colocamos a salvo da marginalidade dos adultos, dos vícios das drogas e do álcool, da perversi-dade dos programas de televisão, se não cultivamos em seu dia os bons costumes, como podemos, hipocritamente, buscar puni-los, ainda mais, pelos deslizes que podem cometer.

Em Hebreus 5,13, vemos que todo aquele que ainda se alimenta de leite não esta experimentado na palavra da justiça, porque é menino, e assim o é. Muito embora o Código Penal Brasileiro não tenha condicionado em sua exposição de motivos a incapacidade de discernimento

do adolescente para a definição do crime, estabelecendo a maioridade penal para 18 anos, lhe acompanhando o ordenamento civil quanto a capacidade da pessoa, inega-velmente, buscou o legislador diferenciar o tratamento a ser deferido ao adulto e ao adolescente, justamente por contar este com uma personalidade, ainda, em desenvolvimento.

O cárcere em nosso país é uma verda-deira escola do crime, é um aglomerado falido de pessoas maltratadas em seus direitos, que, muito pelo contrário, não recuperam ninguém, e, jogar nela, in-distintamente, adolescentes que ainda não contam com uma formação moral sedimentada, completamente vulneráveis e suscetíveis de manipulação, é fornecer ao crime organizado mais soldados, e condenar à perdição inexorável, pessoas que poderiam ser reconduzidas a uma vida produtiva e salutar.

É preciso que seja substituído o dis-curso reducionista por políticas públicas que ofereçam, de forma firme e eficaz, às crianças e aos adolescentes, bem como à suas famílias, a oportunidade de uma vida digna e constitucionalmente correta, evitando-se, com isso, que estes se enve-redem pelo caminho da criminalidade.

A Pastoral do Menor da Diocese de São José dos Campos, por sua coordenadora e agentes, luta para que se torne realidade tudo o que esta estabelecido em leis e re-soluções que possam beneficiar os direitos da criança e do adolescente. No entanto, sozinha nada poderá fazer; é preciso que todos nós nos engajemos nesta campanha, pois, somente assim, poderemos ver cons-truído o país que tanto almejamos.

Dr. Carlos Eustáquio RosaNúcleo Técnico da Pastoral do Menor

Diocese de São José dos Campos

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”! (Mt 28,19)

A Pastoral do Menor da Diocese de São José dos Campos teve um mo-

mento muito especial de evange-lização na Fundação CASA - Centro de Atendimento Socio-educativo para Adolescentes, a VISITA DA CRUZ E ÍCONE DE NOSSA SENHORA no dia 17 de março de 2013. No entanto, preparamos três encontros com os jovens privados de liberdade. A cada um sentimos que os corações foram se abrindo para aproximação com “Deus” e sua palavra.

Penso que quem semeia tam-bém aguarda alimentar do que plantou. Sendo assim todos os agentes que participaram cantan-do, rezando, testemunhando sua história de vida que em especial

foi transformada ao reconhecer a presença de “Jesus” e viver a fé a cada, se comprometeram mais com a causa.

No dia da visita o encontro foi rico, pois vimos os adolescentes juntamente com sua família en-tregarem sua vida, seu arrepen-dimento aos pés da cruz, e temos certeza que as mães pediram força e proteção para seus filhos. Todos se emocionaram desde do Diretor e funcionários daquela instituição.

Agora, a Pastoral do Menor vai retomar a evangelização nos Centros socio-educativos FCASA de São José dos Campos e em Jacareí e pedimos a Nossa Senhora presente no cenáculo com os Apóstolos quando eles estavam esperando por

Pentecostes. Que ela seja nossa mãe e guia. Que ela possa encorajar-nos a dizer o vosso “sim” ao Senhor ao viver “a obediência da fé”. Que ela possa ajudar-nos a permanecer fortes na fé, constantes na espe-rança, perseverantes na caridade, sempre atentos à palavra de Deus”. Pois desejamos aos adolescentes e sua família, confiar em “Deus” em todo tempo, da angustia da dor e na alegria.

“Não há dor que dure todo o tempo”.

A vitória vai chegar e só com “Jesus” perseverando no seu “Amor”.

Lucimar Ponciano LuizCoordenadora do Projeto Par_ Assistência Religiosa Pastoral do Menor -Diocese de São Jose dos Campos

Por duas vezes visitamos a Unidade Tamoios da Fundação Casa, onde crianças e jovens, de 12 a 18 anos, permanecem, juntos, confinados cumprindo a “medida sócio-educativa”. O modelo é bem pensa-do. Tenta-se estabelecer o que a família e a sociedade não foram capazes. Funcio-na? A criminalidade tem diminuído nessa camada? Estatísticas mostram o inverso.

Quem são esses jovens que estão ali internados? É curioso. Cada um tem um nome, um rosto, moradores de toda região, mas em especial da periferia. Suas famílias, ou melhor, sua mãe ou a avó (difícil encon-trar um menino que tenha uma família

completa com pai e mãe vivendo juntos) geralmente, são aquelas pessoas simples, de baixa renda, que sofrem para sustentar um lar e por comida na mesa, que não dispõem de educação com qualidade para seus filhos, que não têm o atendimento de saúde adequado, já sem esperança para o futuro. São aqueles meninos que não encontram a oportunidade do primeiro emprego, mas são prontamente assediados pelos traficantes para o serviço de linha de frente, com promessa de dinheiro fácil e rápido, que sacie o fome hedonista e consumista da sociedade atual. A grande maioria ali não matou. As drogas são os

principais motivos de sua reclusão. Ou por tráfico ou por uso. Quem está ali, não é o garoto, que estuda em escola particular, tem mesada pra gastar na balada e de quando em quando já abusa do álcool e compra briga por pouco. Quem está ali não é o jovem que pratica o vandalismo por diversão ou espanca um morador de rua. O delito maior do jovem “infrator” é ter nascido em uma sociedade que prefere fechar os olhos para as causas, e ao invés de propor mudanças sociais profundas, quer esconder o problema atrás de um muro.

Ana Lúcia ZombardiEditora do Jornal Expressão

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Vida e abortoO processo da vida na fecundação, não é só um

momento onde duas células altamente especializa-das, extraordinariamente dotadas e teleologicamen-te estruturadas e programadas, chamadas gametas: o óvulo e os espermatozoides dão origem a uma nova vida, que se chama zigoto. Uma nova vida, diferente, autônoma e com fluxo de energia própria.

Mesmo antes da nidação (fixação do zigoto na parede uterina), esse novo ser já possui uma identida-de genética própria, com autonomia biológica e uma capacidade de diferenciação ilimitada e uma perfeita interação com o organismo materno.

A própria leitura do DNA identifica de forma inequívoca que qualquer célula de nosso organismo é capaz de retratar com precisão um ser humano na sua total complexidade, visto ser único e irrepetível. A clonagem verificada em animais mostra que apenas uma célula matricial pode representar o ser da qual ela é extraída, na sua totalidade. As informações genéticas presentes em cada célula dão essa resposta com absoluta clareza.

Cientificamente, a partir do momento da fecun-dação, o embrião se desenvolve com autonomia e segurança durante todo o período da gravidez, sem nenhuma interferência externa, pois subsiste pelos nutrientes que chegam pelo cordão umbilical aconchegando e protegido pelo útero materno. Ele não faz parte do corpo da mãe, e qualquer tentativa de retirá-lo não passa de um crime covarde e que merece criminalização. A mulher tem todo o direito de decidir sobre o seu próprio corpo e não de uma vida indefesa que ela acolhe em seu ventre.

No site do Conselho Regional de Medicina, www.cremesp.org.br, entre “missão, visão e valores” está postado o juramento de Hipócrates e no texto se lê: “a ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.”

É a preservação de vidas que mercê nosso res-peito, proteção e amparo. Distorções e manipulações de dados estatísticos criam expectativas falsas que o aborto é uma questão de saúde pública, pois também deveriam estar incluídas no quesito saúde pública, pois também matam e há soluções: melhor educação, melhor distribuição da riqueza e melhor saúde.

Quando vemos o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina) dizendo: “somos a favor da vida, mas queremos respeitar a autonomia da mulher que, até a 12ª semana, já tomou a decisão de interrupção da gravidez”, sentimos profunda incoerência com os preceitos éticos e à vida que propomos promover, manter e prolongar, independentemente de “valores unilaterais” como tempo de gravidez, opções pessoais ou sociais.

O direito e a inviolabilidade à vida são garantidos pelo artigo 5º da nossa Constituição, sobretudo quando o nascituro quando o nascituro encontra-se vivo, indefeso e à mercê de agressões por quem deveria defendê-lo.

As justificativas para que haja descriminalização do aborto são inúmeras e não se sustentam. A vida nascente precisa ter todas as chances para que se viabilize e se desenvolva. A sociedade brasileira, já reprovou a legalização do aborto na sua grande maioria, porque não escutá-la? A cultura da morte não terá espaço entre as pessoas que tem respeito e amam a vida.

Pilatos lavou as mãos e permitiu que atrocidades acontecessem com um inocente. Será que não está na hora de unirmos nossas mãos e darmos à sociedade o que ela realmente mais precisa: AMOR.

Dr. Álvaro MachucaSecretário de Saúde da Prefeitura de São José dos Campos. Casado,

tem quatro filhos e uma neta, natural de Jacareí, mora em São José dos Campos há 63 anos. É Cirurgião torácico, Pneumologista

e Homeopata das vias respiratórias; diretor Cultural da Associação Paulista de Medicina de São José dos Campos. Faz parte do Grupo São

Lucas, de Médicos Católicos.

Em maio, a Con-gregação Maria-na, da Paróquia de

Sant’Ana completa 78 anos de fundação. Foi fundada em 26 de maio de 1935 tendo como pa-droeiros Nossa Senhora Auxiliadora e São Luiz Gonzaga, pelo Pe. Oswal-do Schester, então páro-co da Igreja de Sant’Ana, em São José dos Campos

Os 78 anos de funda-ção foram comemorados no dia 5 de maio, com Missa às 7h, seguida de Café de Confraterniza-ção no Salão Paroquial. Foi realizada também a Assembleia Festiva com a presença de vários Con-gregados da nossa Dioce-se e com o atual pároco e diretor espiritual Padre Luiz Alberto Conde.

UM POUCO DA HIS-TÓRIA - As CC.MM está

comemorando 450 anos de fundação da Primeira Congregação Mariana fundada em 25 de março de 1563, pelo Jesuíta Pe. Jean Leunis, com os alu-nos do Colégio Romano, em Roma, um sodalício (grupo) cujos membros se distinguiram por uma vida cristã e mariana fer-vorosa e pela prática de diversas formas de apos-tolado. Foi erigida cano-nicamente, em 1584, pela Bula “Onipotentis Dei”, do Papa Gregório XIII, com o título de “Prima Primária”, (isto é, a primeira).

No Brasil, as CC.MM existiram no período Colonial, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus e praticamente desapareceram com a expulsão dos Jesuítas, em 1759. Em 1870, foi fundada novamente uma Congregação Mariana, agregada à “Prima Primá-ria”, em Itú, Estado de São Paulo, e, a partir de então, tiveram elas notável cres-cimento em todo o País, quer em Paróquias ou em outros ambientes.

Em 1927, iniciou-se o Movimento Federativo

com a primeira Federa-ção Estadual, no Estado de São Paulo. Em 1937, criou-se a Confederação Nacional com sede no Rio de Janeiro. Foi o Brasil, nesta época, o líder em todo o mundo, no nú-mero e crescimento de Congregações e Congre-gados Marianos.

Em sua longa histó-ria, as Congregações Marianas, como verda-deiras escolas de vidas de piedade e vida cris-tã operante (BS,16; ver também BS,12) deram até o presente, à Igreja, pelo menos 62 Santos canonizados e 46 leigos beatos, 22 fundadores de Institutos Religiosos, mártires, missionários e leigos de vida exemplar.

De 1567 até agora, en-tre os 31 Papas que ocu-param a Cátedra de São Pedro, 23 eram Congre-gados Marianos, inclusive o Papa João Paulo II, que aos 14 anos, foi membro fundador de uma Con-gregação Mariana, em sua cidade natal.

Lema: “A Jesus por Ma-ria!”

Fonte: Manual do C.M.

Congregação Mariana

Escola de Política e Cidadania da Diocese de São José participa de Seminário em Brasília

O CEFEP - Centro Nacional de Fé e Política Dom Hélder Câma-

ra, organização vinculada a CNBB, realizou entre os dias 15 e 17 de março de 2013, o 9º Seminário Na-cional das Escolas de Fé e Política, na Casa de Retiros Assunção em Brasília/DF.

O evento tem por obje-tivo, reunir as várias expe-riências existentes no Brasil e oferecer aos participan-tes, um espaço de comu-nhão, reflexão, buscas de alternativas em comum e análise sobre as dificul-dades enfrentadas pelas mesmas no seu caminhar.

Esse ano, o Seminário contou com a participação de 19 escolas de vários estados de norte a sul do país. Conjuntamente ao evento, ocorre também à reunião da Rede de As-sessores do CEFEP, o que engrandece ainda mais a importância do mesmo, já que se fazem presen-tes várias especialistas do mundo acadêmico e reli-gioso que prestam serviço a Igreja do Brasil.

A Escola de Política e Cidadania da Diocese de São José dos Campos está presente, desde o 1º Semi-nário realizado em 2005 e esse ano, se fez representar

pelo Assessor Diocesano Diácono Jovino Rezende, pelo Diretor da Instituição, Luiz Henrique Ferfoglia Honório que também é membro da Rede de As-sessores do CEFEP e pela Secretária da Escola, Inez Fernandes.

A comissão da Escola Diocesana entende que a relação com o Centro Nacional é fundamental para a continuidade dos trabalhos na região, prin-cipalmente porque a Es-cola por ter já doze anos de existência, acaba servindo de estímulo e experiência para as escolas que estão começando o seu trabalho.

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Leitura

Curta e compartilhe!Em ano de Jornada Mundial da Juventu-de e Campanha da Fraternidade, Padre Evaldo César Souza, da TV Aparecida, apresenta uma con-tribuição por meio do livro “Para curtir e compartilhar”, lançado pela Edito-ra Santuário.

Jornal Expressão: Por quais motivos resolveu escrever um livro para os jovens?

Padre Evaldo: Eu tenho traba-lhado com textos para a juventude já há alguns anos na Revista de Aparecida, e agora, com o ano da juventude no Brasil, inspirado pela CF 2013 e pela JMJ no Rio de Janeiro, surgiu o desafio de colocar no papel algumas ideias que possam ajudar o jovem a pensar sobre sua vida e seu relacionamento com Jesus Cristo.

JE: Como escolheu o nome do livro?

Padre Evaldo: Estamos viven-do o período áureo das redes sociais, tudo o que fazemos e pensamos

passa agora por estas ferramentas de relacionamento humano. Parece até esquisito escrever um livro, por-que muitos jovens sequer gostam de ler ou gastar tempo debruçado em um livro. Daí o desafio de propor um livro de fácil leitura, prático, sem muito nove-horas, e que tivesse este apelo das redes, da ideia de curtir o que se lê e compartilhar com seus amigos o que você aprendeu. O título segue assim esta tendência do jovem de trocar ideias sobre tudo a todo momento! Além disso, os capítulos do livro foram escolhidos e definidos por meio de uma enquete realizada em uma rede social, ou seja, foram os próprios jovens que elegeram sobre o que gostariam de ler e discutir!

JE: O livro tem como pro-pósito que o jovem conheça melhor a Jesus?

Padre Evaldo: O livro tem como propósito provocar o jovem a dar um sentido para sua vida, e esse sentido passa necessariamente por Jesus Cristo. Mas o livro não é um livro de espiritualidade no sentido específico do termo, senão uma conversa com os jovens sobre vários assuntos que fazem parte de seu dia a dia, como família, amigos, inter-net, emprego e até mesmo a morte!

JE: Um jovem de fé trans-forma a vida para melhor, e como isso, consegue dar sentido a ela?

Padre Evaldo: Com toda certe-za! A impressão que temos, e basta conversar com os jovens para ter certeza, é de que falta para a ju-ventude um sentido existencial mais profundo, gana de conquistar algo para si, de fazer a diferença no mun-do. Vive-se a apatia da mesmice, do tédio, do cotidiano limitador e de-pressivo! E a experiência de fé com

Jesus Cristo consegue redimensionar a vida do jovem para melhor, sem que ele precise deixar de ser jovem e fazer coisas de jovens. O segredo está justamente em descobrir que com Jesus a vida não é chata, ao contrário, a vida adquire sentido que fora de Cristo não existe!

JE: Qual o maior desafio para o jovem ser Igreja?

Padre Evaldo: O maior de-safio é encontrar na Igreja um ambiente que o acolha como ele é, que o deixe expressar sua fé sem barreiras, que o acolha e o permita viver suas experiências de fé, mesmo que sejam estranhas para gerações anteriores. Outro desafio é entender que a Igreja exige compromisso, disciplina, engajamento... ser cristão não é brincadeira, não é algo para me divertir, é sentido existencial e muitos jovens não querem com-promisso com nada, a não ser com seu próprio umbigo. Ou seja, tanto a Igreja precisa acolher melhor, quanto o jovem precisa decidir pelo itinerário da fé.

JE: Qual o maior desafio para a Igreja atrair o jovem?

Padre Evaldo: Falar a lin-guagem do jovem, entender o que ele pensa, o que ele ouve, o

que ele come, do que ele gosta de vestir. A Igreja peca ao não con-seguir encontrar novos métodos para traduzir o Evangelho para a juventude do século 21. Nossas liturgias são pesadas, cansativas, extremamente racionais, e o jovem é ser do dinamismo, da velocidade, da emoção. O justo equilíbrio não é fácil de encontrar, mas a Igreja se-gue acreditando na força do jovem e tem feito esforços enormes para atrair a juventude para o caminho de Jesus Cristo.

JE: Em quais sentidos o livro pode ajudar pais de jovens?

Padre Evaldo: O livro deve ser lido também pelos pais. Mesmo tendo como público os jovens, eu fiz questão de indicar que pais de ado-lescentes e jovens deveriam gastar um tempo para lê-lo também, com o propósito de compreender um pou-quinho o universo cultural e sentido da vida do jovem. Muitos pais ideali-zam a vida dos filhos e esquecem-se de mergulhar no ambiente em que o filho vive para compreendê-lo. O livro, ao falar com o jovem, ajuda também os pais a perceberem como podem ajudar o filho a encontrar sentido para a vida. Eu recomendo a leitura para pais, professores, catequistas, enfim!

Para curtir e compartilharReflexões para JovensAutor: padre Evaldo César de Souza, missionário redentoristaEditora Santuário0800 16 00 04www.editorasantuario.com.br

Hallel Aparecida – a caminho da JMJ

Jovens de vários cantos do Brasil estiveram em Aparecida nos dias 19, 20 e 21 de abril durante o Hallel. Da Diocese de São José dos Campos dezenas de ônibus partiram para a Casa da Mãe, onde os jovens rezaram, cantaram e partilharam a alegria de ser de Cristo!

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Dia 13 de maio de 1917Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria. De

repente, observaram dois clarões como de relâmpagos, e em seguida viram, sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de beleza incomparável.

Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.

Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um Rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés.

Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente os traços dessa fisionomia tão brilhante. Com voz maternal e suave, Nossa Senhora tranquiliza as três crianças, dizendo: “Não tenhais medo. Eu não vos farei mal.” Lúcia pergunta de onde és e Ela diz que é do Céu.

Nossa Senhora diz aos pastorinhos: “Vim para pedir que venhais aqui seis meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma sétima vez. Tem que rezar muitos Terços. Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.”

Ao pronunciar estas últimas palavras, Nossa Senhora abriu as mãos, e delas saía uma intensa luz. Os pastorinhos sentiram um impulso que os fez cair de joelhos, e rezaram em silêncio a oração que o Anjo havia lhes ensinado: “Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.” Em seguida, cercada de luz, começou a elevar-se serenamente, até desaparecer.

E neste mês especial, vamos rezar por tod as as mamães e pedir que a Mãezinha do céu cuide delas!

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita

sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

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Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande-MS, é assessor nacional da Comissão Pastoral para a Juventude da CNBB. Ele esteve na Paróquia Imaculada Conceição, em Jacareí, no dia 7 de abril, para a celebração eucarística com os jovens e concedeu entrevista exclusiva para a Equipe de Comunica-ção da Semana Missionária.

Jornal Expressão: O que a Igreja espera do jovem e como ele pode viver seu protagonis-mo dentro e fora dela?

Dom Eduardo: A pessoa que já teve a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo auto-maticamente se sente chamada a fazer alguma coisa a mais, por isso não só a Igreja deve apresentar uma proposta concreta para que o jovem se sinta mais valorizado devido sua experiência com Jesus Cristo, mas como o próprio dis-cípulo, ele já se sente motivado, então uma boa experiência pro-porcionada pela Igreja vai fazer com que as pessoas se interessem a fazer alguma coisa. A Igreja é muito diversa, depende muito da necessidade de uma paróquia e da criatividade juvenil.

JE: Qual o maior desafio para a evangelização da juventude?

Dom Eduardo: Um dos gran-des desafios é a pressão cultural que o jovem sofre hoje, mesmo sem saber, devido ao mundo que oferece tantas oportunidades, a maior parte não são adequadas, não são saudáveis, e não o ajudam a se desenvolver, mas que são atra-entes. É uma concorrência em nível cultural. É claro que a Igreja não parte só disso, o Espírito Santo é mais forte do que qualquer coisa. Mas a gente tem uma dificuldade na evangelização devido ao con-sumismo, o mundo hedonista, essa a busca de uma satisfação pessoal, quando então o egocentrismo é alimentado por diversas realida-

des. Outro desafio, não no sentido negativo, mas no sentido positivo que devemos enfrentar, é a cultura midiática. Como evangelizar e como fazer com que a evangeli-zação da juventude considere esse mundo novo, no qual o jovem se sente bastante edificado e provo-cado? Como terceiro desafio temos a questão da justiça, miséria, falta de oportunidade, da violência juvenil, que quer queira, quer não traz um questionamento muito grande para nós, sobre o que po-demos promover ou proporcionar para a juventude.

JE: Quais os frutos o senhor

tem percebido com a prepara-ção para a Jornada Mundial da Juventude?

Dom Eduardo: A preparação para a JMJ começou em 2011 com o início da peregrinação dos sím-bolos pelo Brasil. Essa movimen-tação nas dioceses é tão grande que podemos comparar com o próprio evento, mais de meio mi-lhão de jovens já passaram perto da cruz. Já celebraram, já rezaram, cantaram, se emocionaram e se comprometeram. Então esse é o principal fruto que percebemos com essa preparação que é claro, se culminará no Rio de Janeiro com

a grande celebração e se fortificará para o pós-Jornada.

JE: Não só a Jornada, mas também teremos a Semana Missionária, onde recebere-mos peregrinos de diversos países. Como os brasileiros pode viver esse momento?

Dom Eduardo: Um primeiro elemento para viver essa semana que antecede a JMJ no Rio de Janei-ro é esse processo de preparação. As dioceses precisam acreditar que a Semana Missionária já faz parte da Jornada Mundial da Juventude. O grande evento no Rio de Janeiro começa com a pré-jornada, como

se chama e nós caracterizamos como Semana Missionária. A preparação para essa semana já é um trabalho de evangelização. Um segundo elemento é o coração aberto para acolher os jovens que vêm de fora, porém a Semana Missionária não está condicionada a presença de jovens estrangeiros. A preparação, o carinho ao recebê--los, fazer com que se sintam em casa é muito importante. O terceiro elemento é a oração. Rezar para todo esse contexto que além de ser bem organizado, traga projetos que possam fazer com que a ju-ventude permaneça em trabalhos na diocese.

Mensagem de Dom EduardoQueridos jovens da Diocese de

São José dos Campos nós estamos muito contentes de participarmos desse momento único que Deus está nos concedendo com a Jor-nada Mundial da Juventude. Abra o coração, aproveite o máximo possível, é ano de graça. Faça com que aquele amigo, aquela amiga que está afastado, se envolta também com esse movimento. Tenho certeza que além do bene-ficio pra você, para sua família, sua paróquia, você pode fazer mais como jovem missionário a favor do crescimento do Reino e da melhoria da sociedade a partir dos valores do Evangelho. Deus os abençoe nestas iniciativas e vamos continuar botando fé em Deus que acredita na gente e na Igreja que tem apostado em vocês .

De 15 a 22 de março, a Diocese de São José dos Campos viveu com muita alegria a Peregrinação da Cruz e do

Ícone de Nossa Senhora. Todas as Regiões Pas-torais receberam a visita dos símbolos da JMJ. Pessoas de todos os cantos da diocese organiza-ram momentos inesquecíveis com os símbolos. Dezenas de voluntários foram recrutadas para os trabalhos: guardiões da Cruz, pastoral da acolhida, pastoral da saúde, fotógrafos e cine-grafistas da Pastoral da Comunicação, liturgia, músicos e outras centenas de colaboradores

se mobilizaram, em cada paróquia por onde passou, para acompanhar toda a peregrinação. A Diocese de São José dos Campos é eternamente agradecida por todos que se empenharam du-rante a Peregrinação.

Chegada – A Catedral de São Dimas 2º Dia – Santa Branca e Jacareí3º Dia – Bote fé São José e Monteiro Lobato4º Dia – Paraibuna5º Dia – Dia de São José6º Dia - Igaratá7º Dia – São José dos Campos - despedida

Entrevista

A peregrinação dossímbolos da JMJCruz Peregrina e Ícone de Nossa Senhora visitaram todas as Regiões Pastorais da nossa Diocese

Por Wellington Castellari

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No dia 13 de abril, jovens da paróquia S ã o J o ã o

Batista, de Jacareí, rea-lizaram a “Festa dos 100 dias rumo JMJ 2013”, evento que foi realizado com o objetivo marcar o início da contagem regressiva para Jornada Mundial da Juventude.

Foi uma grande festa, que reuniu cerca de 400 jovens de nossa Dio-cese. “Animados pela força do Espírito Santo puderam pular, dançar, louvar e se divertir”, conta Alcides Camar-go, da organização do evento.

A festa começou com a participação do seminarista Juninho e do Grupo Yeshua que animou os jovens, em seguida Pe. Thiago Dias, coordenador da JMJ na Diocese, celebrou a san-ta missa. Os presentes participaram de uma belíssima adoração Eu-carística e do Pocket Show com a cantora Adrielle Lopes.

“Participamos deste momento único com os jovens das paróquias aqui de Jacareí. A chuva não impediu que os jo-vens participassem ani-mados. Deus abençoou

esta noite e fez com que tivéssemos uma prévia do que será o JMJ: uma bênção!” disse a minis-tra da Eucaristia Nadia Bruni.

O evento contou também com a presen-ça dos Padres Lindomar Francisco Ferreira (Paró-quia Santíssima Trinda-de), Messias Rochinski (Paróquia Santíssima Trindade) e Geraldinho (Paróquia Santa Cecilia) que foram prestigiar um pouco da festa. Para os organizadores do even-to Alcides Camargo, Sandra Alves e Thiago Santos a festa superou a expectativas de to-dos e mostrou a força da juventude católica de nossa Diocese. A noite terminou com uma animada balada com a equipe do DJ Atos 29, “A festa foi uma bênção para os jovens da minha paróquia. To-dos que vieram foram, de alguma maneira, modificados para me-lhor. A espiritualidade deles foi renovada. Eles adoraram, foi um mo-mento inesquecível, inexplicável e adorável.” disse Keity, que veio de Igaratá com seus ami-gos, para a Festa dos 100 dias.

Confira a nacionalidade dosPeregrinos que vamos receber As paróquias da Diocese de São José dos Campos estão se preparando para receber 2 mil peregrinos es-trangeiros. Periodicamente, padre Thiago Dias recebe uma listagem do COL (Comitê Organizador Local) da JMJ, onde consta a inscrição de peregrinos de 10 países diferentes. A listagem ainda é parcial.

Para preparar bem este momento, os grupos es-tão fazendo contato por e-mail e telefone com pa-dre Thiago e outros gru-pos, já confirmados, têm enviado representantes pessoalmente para acer-tar detalhes e confirmar informações. No ano pas-sado, recebemos italianos e colombianos. Neste ano, recebemos um francês e uma norte-americana de origem sul coreana.

França – Jean Paul C. E. Lopez é francês e mora há um ano em São José

E.U.A. – Katherine Ja--Eun Cho é a responsável pelo grupo da Diocese de San Bernardino, na Cali-fórnia, onde é diretora da Pastoral da Juventude. Ela chegou ao Brasil no dia 21 de abril, para acertar a vinda de 123 peregri-nos à nossa diocese. No domingo, 22, Katherine teve a oportunidade de conhecer o Santuário Na-cional de Nossa Senhora Aparecida, participar da Santa Missa e do Hallel e escolheu o Santuário como um dos destinos

Vamos acolher o mundo inteiro: Norte-americanos, italianos, gaboneses, filipinos, colombianos, ar-gentinos, franceses… é gente dos mais diferentes cantos da terra. Por alguns dias, o Brasil será uma só nação, a nação de Cristo! Durante a Semana Missionária, de 16 a 22 de julho, e a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho, a língua será uma só: o Amor.

dos Campos, com sua esposa Sylvie. O casal é o contato do grupo da Dio-cese de Montauban, que irá trazer 25 peregrinos franceses e seu bispo Mer Ginoux. Ele se reuniu com padre Thiago Domiciano Dias na semana passada, no Centro Diocesano de Pastoral para passar e obter informações sobre a Semana Missionária. Sua esposa está na França e está ajudando padre Bonhomme, responsável pelos peregrinos, nos pre-parativos para a viagem.

do grupo após a Semana Missionária. Padre Thiago levou Katherine também para conhecer a Paróquia Espírito Santo e a Cate-dral São Dimas, prováveis locais de estadia do gru-po. Feliz com a acolhida, ela voltou para os Estados Unidos no dia 22 de abril. Em preparação para a JMJ, o grupo da Diocese de San Bernardino agen-dou uma teleconferência via Skype para o dia 25 de maio, entre nossos jovens e os jovens esta-dunidenses.

“A contagemregressiva começou!”Rumo à JMJ – Festa dos 100 dias

Ana Lucia Zombardi

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›› Escreva para o Jornal Expressão e participe!Você pode ganhar um lindo presente se a sua resposta for selecionada. Para participar basta enviar sua carta ou e-mail com a resposta da pergunta deste mês. Escreva para nós e concorra aos prêmios abaixo. Responda à questão e envie sua carta ou e-mail:

O brinde deve ser retirado na Cúria Diocesana, com Ana Lúcia, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira Pça. Monsenhor Ascânio Brandão, 1 – Jd. São Dimas – SJCampos - Tel.: 3928-3911

Pergunta do mês: Qual o tema do Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social deste ano?Envie sua resposta até o dia 20 de maio. Espaço do Leitor/Jornal Expressão. Pça. Mons. Ascânio Brandão, 01 CEP 12245-440 - São José dos Campos – SP. Ou pelo e-mail: [email protected]. Na sua mensagem por e-mail ou na carta, informe seu nome completo, endereço e paróquia onde participa.

Pergunta anterior: Por que Papa Francisco escolheu esse nome e quem o inspirou?Resposta: O Papa Francisco se inspirou nas palavras do cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes que após sua eleição o abraçou e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”. Então o Papa logo pensou em São Francisco de Assis.Ganhadora: Talita Borges de Almei-da - Paróquia Imaculada Conceição (Jacareí)

É pertinente publi-car uma coletânea de textos cujo tema central é a Eucaris-tia como caminho para uma nova humanidade. Numa sociedade em que a concentração dos bens e a exploração dos recursos natu-rais sem critérios sustentáveis impos-sibilitam sempre mais a promoção humana, temáticas como essa tornam-se prementes e podem ofe-recer soluções concretas para os problemas que nos desafiam.

Eucaristia: Caminho para uma Nova HumanidadeColeção: Em Busca da Fé

Natalício3 Pe. Marcos Antônio Araújo3 Pe. Benedito Paulo de Carvalho13 Diác. Joaquim Mendes Pereira Neto (Juca - SJCampos)15 Pe. George Fenandes Jesuraj, svd17 Pe. Raimundo Nonato Viana Sobrinho17 Diác. Vanderci José Sales20 Diác. Rubens Dantas20 Diác. Maurício Barbosa Lima21 Diác. Noel José de Freitas23 Diác. Mauro Renó do Prado25 Diác. José Aparecido de Oliveira (Cido)26 Diác. Geraldo Angelo de Carvalho27 Diác. Van Der Laan Lucio de Oliveir29 Pe. Rodolfo Muniz Leal (Pe. Reizinho)30 Pe. Antônio José Thamazia31 Pe. Luís Fernando Soares

Ordenação1 1981 Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid (ordenação episcopal)1 1979 Pe. José Cândido Pereira1 1985 Pe. Carlos Alberto G. do Nascimento (Pe. Beto) 1 2002 Pe. Wendel Ribeiro 1 1986 Diác. Hamilton Simões de Souza1 1986 Diác. José Antonio Monteiro de Carvalho (Zico)1 1986 Diác. Jurandyr Nogueira da Silva1 1986 Diác. José Arantes Lima1 1986 Diác. Maurício Barbosa Lima1 1986 Diác. Otílio Raimundo de Souza1 1986 Diác. Orival de Souza Titico16 2010 Pe. Lukaz Herkt24 2009 Pe. George Fernandes Jesuraj, svd

Espaço do leitor Aniversariantes