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O maior Jornal educacional gratuito do Brasil http://www.jornaleduca.com.br https://www.facebook.com/jornaleDUCA

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Page 1: Jornal eDUCA#52

eDUCAuniversitáriomundo

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ESPECIALIZAÇÃO, MBA, MESTRADO OU DOUTORADO?

>> págs. 5, 6 e 7

PÓS-GRADUAÇÃO:

>> pág. 4

VALIDAÇÃO SUBJETIVA:UM VÍCIO DAINTELIGÊNCIA

Galileu

>> pág. 8

AMIGO É AMIGO.COLEGA É COLEGA.E TUDO BEM TAMBÉM!

Trampo

>> pág. 9

52 MOTIVOSPARA COMEMORARA VIRADA DO ANO

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eDUCAuniversitáriomundo

#52DISTRIBUIÇÃO “NA FAIXA” - DEZEMBRO 2014 - SEMANA 3

Recicle essa edição. Compartilhe com a sua galera. O Jornal eDUCA é do bem. Vê se não joga ele na rua, hein!?

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O JORNAL eDUCA é uma publicação sobre Educação, Carreira ecomportamento jovem, idealizado, editado e produzido pela EDITORA MUNDO UNIVERSITÁRIO.Publisher: Caio Romano ([email protected])Gerente Comercial: Valter Pedrozo ([email protected])Edição de Arte: Tábs Sáez ([email protected])FFacebook: www.facebook.com/jornalmunduFale conosco: [email protected]

Conteúdo Compartilhado por: Omelete, Catraca Livre, Cia. de Talentos, Startupi, youPIX, Revista Galileu e 89 A Rádio Rock. Distribuído semanalmente nas princi-pais estações do metrô, cursinhos e colégios de São Paulo.Tiragem: 100.000 exemplares dirigida ao público ppré-universitário. Anuncie: (11) 3151-5671E

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Posts

Após a revelação de negociações sobre o Homem-Aranha em Os Vingadores e o filme de Steve Jobs, mais um projeto da Sony foi mostrado em e-mails hackeados. Dessa vez, o título em discussão é uma animação de Super Mario Bros, maior símbolo da empresa de games Nintendo. "Sou o pai orgulhoso do filme animado de Mario", diz o produtor Avi Arad à chefe da Sony Pictures, Amy Pascal, em um e-mail de 23 de outubro de 2014. NaNa mesma conversa, Arad encaminha imagens dele com o criador de Mario, Shigeru Miyamoto, e o CEO da Nintendo, Satoru Iwata. Por enquanto, nada sobre o projeto foi mostrado e sequer há um roteiro ou sinal verde para a produção. Fato é que a Sony tem os direitos do personagem - o que também não significa que o filme um dia aconteça. Vamos torcer, né?

Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) e Rebel Wilson (Sem Dor, Sem Ganho, A Escolha Perfeita) podem ser as primeiras a ingressar no elenco do remake de Os Caça-Fantasmas com mulheres como protagonistas. Em entrevista ao telejornal Today, da NBC, Wilson confirmou que se encontrou com o diretor Paul Feig sobre o filme. "Eu tive uma reunião, sim. Mas quem sabsabe? Eles ainda precisam ver o roteiro quando estiver finalizado". Ernie Hudson diz não concordar com reboot com equipe feminina. A atriz ainda garantiu que sua participação no longa não depende do pagamento. "Eu faria isso sem um caminhão de dinheiro. Eu faria isso de graça. Acho que eu não deveria dizer isso na televisão", brincou. A MTV UK peperguntou a vários artistas quem eles gostariam de ver no elenco do filme, e Lawrence revelou que também teve um encontro com Feig. A atriz, porém, não confirmou se houve algum tipo de convite para participar do longa.

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4 Galileupor

Você acha que a imprensa está dominada pela direita golpista? Ou que as redações dos jornais estão infestadas por esquerdistas subversivos? Impressionou-se recentemente com a precisão do horóscopo, ou descobriu um significado especial em um sonho? Então talvez você seja vítima de um viés cognitivo – uma espécie de vício da inteligência – chamado validação subjetiva.O nome costuma ser aplicado à tendência que todos temos de enxergar correlações e significados “profundos” em eventos na verdade não-relacionados, sempre que essa correlação ou significado reforçar uma crença ou hipótese que nos é cara.PPor exemplo, imagine que você acredita em sonhos premonitórios e, um dia, sonha com um pássaro machucado. No dia seguinte, um avião cai. A validação subjetiva criará a tentação de ver o sonho como uma previsão (cifrada, mas ainda assim, válida) do desastre aéreo. Ou que você está convencido que suco de abóbora cura gripe: cada vez que você souber de alguém que melhorou depois de tomar o suco, sua crença se reforça – a despeito do fato de que a maioria das gripes acaba passando sozinha de qualquer jeito.AA produção de correlações espúrias faz da validação subjetiva uma verdadeira usina de teorias de conspiração e, o que é mais grave, de reforço de preconceitos. Ninguém está livre de cometer uma barbaridade no trânsito ou de, eventualmente, acabar fazendo uma grosseria com alguém, mas se o barbeiro e/ou grosseiro tiver a etnia, orientação sexual, cor de cabelo, roupa, classe social, etc., “errada”, o evento será registrado como mais uma prova incontestável de que “esses aí” não prestam.VValidação subjetiva muitas vezes opera em conjunto com o bom e velho viés de confirmação, a tendência de buscar ativamente, e de valorizar em excesso, informações que reforçam nossas crenças e de menosprezar ou ignorar – muitas vezes, inventando para isso desculpas as mais criativas – tudo o que as contraria. Superar esses vieses requer sangue-frio, paciência e coragem. Sangue-frio porque, principalmente em questões muito emocionais, como de paixão política ou de preconceito arraigado, pode ser penoso resistir à tentação de ver confirmações cabais em meras coincidências.PPaciência porque nunca é fácil imaginar que o que nos contradiz pode ter tanto valor quanto o que nos reafirma, e olhar com equanimidade para uma série de afirmações que, nosso coração garante, não passam de bobagem é um teste para a tolerância de qualquer um.E, por fim, coragem porque, neste mundo de redes sociais polarizadas, é muito mais cômodo nos aconchegarmos junto à nossa turma e, caso algum argumento do “lado de lá” chegue a nos abalar, corrermos para os braços dos colegas de convicção, que geralmente acham um jeito de desqualificar, se não o argumento em si, pelo menos a fonte, que sem dúvida é “petralha” ou “neoliberal”, “gayzista” ou “machista”, quiçá “cientificista”, etc.TTalvez esse nem seja um esforço que possa ser sustentado de modo contínuo: imagino que todo mundo navega o dia-a-dia guiado, inconscientemente, por esses vieses, que podem até ser úteis – muitas de nossas crenças são mesmo verdadeiras, afinal, e se formos duvidar sistematicamente de tudo, avaliando cada mínimo passo de modo frio e racional, talvez nos víssemos sem motivo para sair da cama pela manhã – mas de vez em quando, principalmente em questões de forte apelo emocional, quando o juízo já chega turvado, ou na hora de decidir ações ou de formar opiniões que podem vir a ter um impacto grave e duradouro, vale a pena desdesconfiar da intuição e das vozes amigas, respirar fundo e ampliar o foco. Isso pode poupar tempo, dinheiro e, até, salvar vidas. Carl Sagan escreveu certa vez que se esforçava para não pensar “com as tripas”. É uma boa política.

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Com o crescimento no número de concluintes em cursos de graduação no país, um dos caminhos naturais da carreira é a realização de uma pós-graduação. Existem dois tipos de cursos de pós: Cursos "lato sensu", como as especializações e os MBA s, e os "stricto sensu", que são os mestrados e os doutorados.

As pós-graduações "lato sensu", geralmente, têm uma menor duração e tendem a ser menos exigentes que os mestrados e doutorado. Além disso, elas não precisam ter uma autorização prévia do MEC. Sendo assim, eles tendem a ser mais flexíveis, conseguindo atender necessidades mais específicas do mercado de trabalho, por exemplo.JáJá os cursos "stricto sensu" precisam de autorização do governo para funcionar. Cabe à Capes realizar a recomendação do curso para que ele possa funcionar. É durante a avaliação realizada por essa agência que são atribuídas as notas para cada um dos programas de pós-graduação ("stricto sensu") existentes no país.

Confira, a seguir, características mais específicas sobre cada modalidade:

ESPECIALIZAÇÃO:DeDe forma mais ampla, todo curso que é realizado após o ensino superior é chamado de curso de pós-graduação. Contudo, no país, o termo abreviado "pós" foi comumente associado a cursos de especialização. Essa modalidade de pós-graduação é vista por muitos candidatos como uma oportunidade de mudar de área. É comum os cursos de especialização estarem abertos a graduados de qualquer área de conhecimento. De acordo com o MEC,MEC, normalmente, a "pós" é um curso que tem o objetivo técnico ou profissional mais específico, sem abranger totalmente uma área de conhecimento.

Perfil do candidato: O requisito mínimo exigido é que o candidato tenha diploma de curso superior.

Como escolher os cursos:Por meio do sistema eletrônico E-mec (http://emec.mec.gov.br) é possível fazer uma busca em todas as faculdades, centros universitários e universidades brasileiras. Cabe à própria instituição definir seus critérios de seleção. Se o candidato se sentir injustiçado durante o processo, ele pode até levar sua queixa à Secretaria de Educação Superior (SESu), responsável pelos cursos "lato sensu".

CuCusto: Geralmente os cursos de especialização são pagos, tanto em instituições privadas quanto nas públicas. A cobrança pelo pagamento em universidades estaduais e federais, por exemplo, ocorre porque esses cursos não são considerados "atividades de ensino regulares, como os mestrados e o doutorado”.

Trabalho final de conclusão: É comum que os cursos exijam a elaboração de uma monografia. No entanto, são possíveis outras modalidades de trabalho final, como a elaboração de artigos, por exemplo.

Titulação: AAo concluir, o aluno ganha o título de especialista. A titulação ocorre por meio da emissão de um certificado pela instituição que ofertou o curso. Com o documento em mãos, o candidato pode, por exemplo, ser professor universitário em instituições privadas.

CapaPÓS-GRADUAÇÃO: ESPECIALIZAÇÃO, MBA, MESTRADO OU DOUTORADO?

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MESTRADO:PPara funcionar, os cursos "stricto sensu" como os mestrados precisam ser recomendados pela Capes e reconhecidos pelo MEC. É essa agência do Ministério da Educação que avalia o curso e atesta sua qualidade. As notas vão de 1 a 7 (nota máxima). Os cursos precisam ter, ao menos, a nota 3. Aqueles que possuem nota 5 já são considerados com "elevado padrão de qualidade". Mas, para ter essa nota, é preciso que tenham cursoscursos de doutorado, além do mestrado. O máximo possível é a nota 7, que significa que o curso tem um "desempenho claramente destacado", afirma a Capes.

Perfil do candidato: É importante que o candidato tenha interesse na realização de pesquisas científicas. Muitos dos mestrandos pretendem seguir a carreira acadêmica, ou seja, querem ser professores universitários.

Como escolher os cursos:OsOs cursos recomendados pela Capes podem ser consultados no site www.capes.gov.br. No portal da agência é possível conferir as notas dos programas e também relatórios detalhados sobre a qualidade do corpo docente, das instalações e da proposta curricular do mestrado.

Fique atento:AAo contrário dos cursos de especialização e MBA, em cursos "stricto sensu" como o mestrado, é desejável que o postulante se dedique integralmente aos estudos, deixando de lado o trabalho e outras atividades.

Duração: GeGeralmente têm duração de dois anos. Mas é comum ser estendido até dois anos e meio. No primeiro ano os estudantes têm aulas, no segundo, se dedicam à confecção do trabalho final de conclusão.

Processo seletivo: CabemCabem às instituições de ensino ditarem as regras de seleção dos alunos. De acordo com a Capes, "eventuais abusos de poder podem ser corrigidos através de recurso na própria instituição ou dos órgãos de defesa do consumidor".

Custo: CComo são considerados cursos regulares pelo MEC, nenhuma instituição de ensino pública pode cobrar pelo mestrado. Dessa forma, o candidato selecionado não precisa pagar mensalidades para a realização do mestrado. Além disso, é comum parte dos estudantes ganharem bolsa mensal de auxílio durante o curso. Além da Capes, que oferece uma bolsa no valor médio de R$ 1.500, outras agências de fomento como o CNPq, vinculado ao MiniMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e as fundações de pesquisa como a Fapesp também oferecem esse tipo de auxílio. Já nas privadas que têm mestrado, praticamente todos os cursos são cobrados. Contudo, os alunos matriculados em instituições particulares também podem postular a essas bolsas de auxílio.

MBA:OO MBA (da sigla em inglês, Master Business Administration) não é um curso de mestrado, como o nome sugere. Junto com a especialização, ele é um curso "lato sensu". Sendo assim, muitas de suas características são comuns com a "pós". De acordo com o próprio MEC, os MBA s "nada mais são do que cursos de especialização em nível de pós-graduação na área de Administração".MuiMuitos dos cursos oferecidos são voltados para o campo dos negócios e da gestão. No entanto, é possível encontrar MBA s de outras áreas, como comunicação e saúde.

Perfil do candidato:IndependenIndependente do segmento do MBA, o curso em si é visto como uma oportunidade de realização e troca de contatos profissionais. Para fomentar esse networking é comum algumas instituições exigirem que o candidato tenha tido experiências de trabalho já consolidadas. O diploma da graduação também é obrigatório.

Como escolher os cursos:OO candidato pode, como nos cursos de especialização, consultar o portal E-mec para obter mais informações sobre se a instituição pretendida oferece algum tipo de MBA.

Fique atento:O candidato também pode consultar se o curso faz parte da Associação Nacional de MBA (www.anamba.com.br) - uma organização que monitora os parâmetros de qualidade.

DuDuração: idem à especialização. Processo seletivo: idem à especialização.Custo: idem à especialização

Trabalho final de conclusão: Elaboração de uma monografia ou outras modalidades de trabalho final

Titulação: AAo fim do curso, o candidato tem o título de pós-graduação em nível "lato sensu".

Capa

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Trabalho final de conclusão: É necessário que o estudante elabore uma dissertação ao final do curso. E a pesquisa deve ser apresentada e defendida diante de um grupo de pesquisadores e especialistas para ser aprovado.

Titulação: Ao final do curso, o aluno adquire um diploma de mestre.

DOUDOUTORADO:UmaUma das principais diferenças entre o mestrado e o doutorado está no nível de exigência que é solicitado aos candidatos selecionados no doutorado. Para ser professor de uma universidade pública, por exemplo, é preciso ter o doutorado. Já depois dessa titulação, o candidato que finaliza o curso de doutorado ainda pode prosseguir nos estudos, realizando aprofundamentos de pesquisas. Tais atividades já são consideradas como de "pós-doc", ou seja, de pós-doupós-doutorado.

Perfil do candidato:É recomendável que o postulante tenha forte interesse analítico no desenvolvimento de pesquisas científicas. É preferível que o candidato se dedique inteiramente ao doutorado em regime de dedicação exclusiva.

Como escolher os cursos:Segue a mesma sistemática do conjunto de cursos "stricto sensu". Assim, para consultar os cursos de doutorado recomendados pela Capes basta o candidato acessar o portal da Capes. Lá, é possível conferir as notas dos programas e também relatórios detalhados sobre a qualidade do corpo docente, das instalações e da proposta curricular do doutorado..

Fique atento:MesmoMesmo exigindo um nível alto do candidato, é possível que pessoas que tenham apenas o título de graduação tentem uma vaga em doutorados. O candidato deve ficar atento aos editais de seleção.

Duração: Geralmente quatro anos.

Processo seletivo: idem aos mestrados. Custo: idem aos mestrados. TTrabalho final de conclusão: O candidato precisa defender uma tese "que represente trabalho de pesquisa importando em real contribuição para o conhecimento do tema", atesta a Capes. É também fundamental que o objeto de estudo tenha um enfoque inovador.

Titulação:OOferece o título de doutorado, ou seja, os concluintes podem, sim, ser chamados de doutores.

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Tram po

AMIGO É AMIGO. COLEGA É COLEGA. E TUDO BEM TAMBÉM.

Uma das principais mudanças do mundo universitário para o mundo profissional é que na Universidade podemos escolher com quem trabalhar e essa escolha, geralmente é feita por afinidade ou amizade. Já no profissional, você não pode escolher com quem vai trabalhar.

AoAo longo de sua trajetória profissional, certamente você irá encontrar os mais variados perfis. Se tiver sorte, fará parte de uma equipe com a qual, além de boas entregas e resultados, terá a possibilidade de compartilhar a sua vida também. Porém, temos que ser sinceros aqui e contar que, na grande maioria dos casos, colegas de trabalho compõem um grupo diferente daquele que você conhece tão bem. Esse grupo será feito de pessoas com as quaisquais você convive - muitas vezes mais tempo do que com sua própria família - mas que ficarão restritas ao contexto profissional. Para começar a separar melhor as coisas e as relações, é preciso entender que um bom colega de trabalho não necessariamente será seu amigo de balada. Aliás, para trabalhar bem junto com uma pessoa, vocês não precisam ser “amigos”. O que geralmente acontece é que, pela convivência e sintonia que às vezes rolam no dia-a-dia, podemos fazer alguns poucos amigos, mas essa é a exceção, não a regra. A grande diferença é que amigo é alguém que escolhemos. Colega de trabalho não. que escolhemos. Colega de trabalho não.

Mesmo que você tenha a sorte de conquistar bons amigos no trabalho, não se esqueça de que na empresa é importante preservar a relação com as outras pessoas, além do seu amigo. Procure preservar sua imagem profissional com aqueles que não têm tanta proximidade/afinidade.

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Entra ano, sai ano e as pessoas seguem fazendo suas listinhas com resoluções para o ano novo. Algumas cumprem, outras deixam de lado. Outros já nem prometem nada para si mesmos. De minha parte, acredito que foco é direção: se você presta atenção em uma coisa, é para lá que você está sincronizando seu caminho. Os pilotos de corrida sabem bem disso: se olhamolham para a pista, seguem na pista; se olham para fora da pista, acabam indo para fora!

Um dos problemas das listas e objetivos é o dimensionamento. Às vezes, coisas muito vagas ou muito grandes não têm como ser cumpridas. Tipo, salvar o mundo, salvar os animais. Talvez devesse ser algo mais específico, tipo “ajudar a diminuir a quantidade de animais abandonados no bairro onde moro”. Também não precisa ser específico demais: “resgatar 12 cães marmarrons que estejam deitados de lado em horário de meio-dia na esquina entre as ruas x e y”.

Também tem a questão do tempo. Antigamente, parecia que 1 ano inteiro durava... todo um ano!

Hoje em dia, 1 ano inteiro passa rapidinho em um ano.

Bem, uns dizem que isso é coisa da idade, outros dizem que é coisa dos nossos tempos mesmo. Na dúvida, ambos fatores se reforçam. Mas há diferença na forma como você mede o ano: se for em semestres, ou em meses, ou quadrimestres. O que muda?

Eu,Eu, por exemplo, escolhi contar o ano em semanas. Por que? Para acomodar melhor a criatividade. Se eu me planejar para ter 12 projetos, cada mês com um projeto diferente acho que são poucas oportunidades (no máximo, dar vida a 12 coisas?) e muitos riscos (se 6 não derem certo, só sobram 6). E um mês dá muito tempo para ser desperdiçado. Contar o ano em semanas é legal poporque são 52 oportunidades de pequenos projetos: você foca de verdade e já sabe logo se vai dar em alguma coisa ou parte pro próximo. Não estou falando de 52 semanas para criar 52 empresas ou 52 curas para o câncer – estou falando de coisas menores. Podem ser 52 músicas novas, 52 poemas escritos, ou 26 de cada. Ou 52 receitas novas! Ou 52 lugares novos que você cconheceu na cidade! 52 novos amigos. 52 livros lidos (podem ser pequenos!). E, obviamente, pode ser uma mistura de tudo isso, dessas coisas que vão perfazendo quem somos. Imagina se 12 coisas derem errado, ou se em 12 semanas você não fez nada “diferente”, nenhum dos seus projetinhos de vida: ainda sobram 40 semanas ;)

São justamente as coisas menores que preenchem nossos dias e que, no final do ano, nem sabemos que ocuparam tanto tempo (“então é Natal, e o que você fez?”). Se a gente medir apenas os grandes projetos que deram certo, cadê o resto? Não estou aqui para convencer você, muito menos para convencer a pensar pequeno! Estou compartilhando uma perspectiva que exexemplifica algo importante: a forma como olhamos para as coisas faz com que tenhamos uma outra forma de lidar com elas. E isso é pensar grande. Pensar que toda semana é um ciclo criativo.

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youPIX

Benjamin, costumavam criar. PPra esses caras, usar haxixe e sair vagando pelas ruas da cidade sem rumo, sem foco, olhando as lojas e as pessoas, era parte fundamental da inspiração no processo criativo. E Goldsmith acredita que o que a gente faz na internet é parecido: especialmente nos momentos de menos foco, vagamos indefinidamente pela web, entre ruas principais – o Facebook, o Instagram – e becos – aquele blog bizarro ou canal do Youtube queque você encontra as 23h30 de uma quinta e fica vidrado até as 3h, quando deveria estar dormindo. No fim, a sensação é de tempo desperdiçado e alguma culpa porque não ter feito o que deveríamos fazer – e ele acha que deveríamos celebrar esse tempo e reaproveitá-lo como insumo criativo.Eu sei que soa meio como ‘esse cara tá inventando moda’, meio como minha vó diz. Mas é que existe algo de muito certo sobre esse conceito. Como nossa vida inteira se transportou para o digital, é bastante normal que nossa vida na rede seja tão variada, às vezes improvisada e surpreendente, quanto a vida offline normalmente é. Sair de casa e ter nossa rota, o plano que a gente traçou pro dia, desviado, acontece com certa frequência com vovocê, também (eu espero). E faz bem – são os desvios não programados no cotidiano que nos dão o senso de vida em movimento. Do mesmo jeito, Goldsmith acha que são esses desvios ocasionais de planos, mas na vida digital, a substância para inspirar obras geniais em artistas potenciais.O mundo não é feito de otimismo, unicórnio e arco-íris, e uma parte razoável da humanidade não exerce funções em que a criatividade seja necessária. Por isso, pés no chão: impossível ignorar a importância de desenvolver métodos e manias pra não deixar a procrastinação e a distração escoarem seu tempo pelo ralo. Mas se sua onda for criar coisas, talvez você devesse prestar mais atenção nos lugares pelos quais você passa – dentro da web. TalTalvez andar pelos lugares de olhos colados no celular acabe não sendo tão ruim assim, afinal.

Por que aUniversidade da Pensilvâniatem um curso chamado

“Perdendo tempo na internet”?

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