jornal de abrantes - maio 2013

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Jornal de Abrantes, edição de Maio de 2013

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Page 1: Jornal de Abrantes - Maio 2013

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

Três autarcas prestam contas às populaçõesOs homens que ao longo dos últimos anos têm estado à frente das Câmaras de Constância, Sardoal e Mação apre-sentam o balanço daquilo que fizeram. Um resumo das entrevistas dadas à Antena Livre desvenda algumas dú-vidas e apresenta certezas sobre o que terá ficado por fa-zer. Págs. 6 e 7

Obras no hospitalMudanças no QuartelA Câmara Municipal atribuiu à Liga dos Amigos do Hos-pital de Abrantes uma verba na ordem dos 200 mil euros para obras no edifício do hospital da cidade. Quanto à Es-cola Prática de Cavalaria, vai ser transferida para Mafra, recebendo Abrantes uma unidade polivalente do exército. Págs. 4 e 18

Jornal de Abrantes faz anos eapresenta Gala com Antena LivreA Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes vai ter a sua 8ª edição no dia 31 de maio. O certame volta a acontecer no Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes. Numa noite cheia de glamour e emoção, voltarão a ser galardoadas empresas, pessoas e/ou instituições da região. Pág. 25

AUTÁRQUICAS

MUDANÇASESPECIAL EDUCAÇÃO

EVENTO

Bombeiros insatisfeitos com Associação Humanitária enquanto Câmara garante que o serviço vai melhorar págs. 3 e 9

Sete escolas da região de infl uência do Jornal de Abrantes apresentam-se nas suas diferentes perspetivas, desde a oferta formativa que têm até aos projetos que desenvolvem. Na foto, espetáculo produzido e levado ao palco pelos alunos da Escola Dr. Manuel Fernandes. Págs. 13 a 16 págs. 3 e 9

MAIO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5507 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

Page 2: Jornal de Abrantes - Maio 2013

jornaldeabrantes

2 MAIO 2013ABERTURA

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

EditoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

[email protected]

RedaçãoRicardo Alves

(CP. 9685)[email protected]

Alves JanaAndré Lopes

Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 785 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

ImpressãoGrafedisport, S.A.

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia

jornal abrantesde

Que signifi cados têm, atualmente, feriados como o 25 de Abril e o 1.º de Maio?

Patrícia Bica33 anos, Vila Nova da Barquinha –

Socióloga

O 25 de Abril é para mim o mo-mento mais importante da histó-ria contemporânea de Portugal e apesar de ter nascido depois do 25 de Abril sempre comemorei este dia com a imensa felicidade que me ensinaram, valorizando a li-berdade que nos foi oferecida. No momento atual em que muitos di-reitos laborais adquiridos com 25 de Abril estão a ser negados, em que não se honra a Constituição nascida dos ideais de Abril, é cada vez mais importante comemorar ambas as datas.

Talvez, daqui a muitos anos, alguém ainda goste deste papel

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

São tempos estranhos, estes, em que nos dizem que as tecnologias e os suportes digitais é que vão determinar a nossa vida, pelo menos em termos de comunicações. Dizem, há já muitos anos, que a imprensa em papel está condenada. E se as previsões são más para os jornais nacionais, então os regionais… coitados. Todos os dias juntam os anúncios de morte às difi culdades do dia-a-dia. Como se já não bastasse a luta pela sobrevivência fi nanceira, ainda insistem em buzinar a teoria do “fi m do papel”.

O Jornal de Abrantes é, de facto, um dos poucos resistentes que, em Portugal, contam com mais de cem anos. Faz este mês 113 anos, para sermos mais precisos (ver páginas 20 e 21). Tanta coisa mudou, mas a vontade de estar próximo dos cidadãos mantém-se. E a melhor prova disso é a carta simpática que recebemos, de um leitor fi el que nos dá conta do seu carinho, ou o comentário de um menino, numa escola aonde fomos, dizendo que o pai lê sempre o Jornal de Abrantes.

Estes gestos e estes comentários não nos são indiferentes. Marcam quem todos os meses insiste em chegar a mais um aniversário. Hoje não damos conta dos que partem para outros países nem registamos os nomes dos meninos e meninas que fazem exames, como se fazia há muitas décadas atrás. Mas vamos acompanhando uma parte da vida destas comunidades, na esperança de que, talvez, um dia, daqui a muitos anos, alguém ainda goste de folhear estas páginas para se surpreender com a nossa vida de hoje, escrita em papel.

Hália Costa Santos

Pedro Félix37 anos, Alferrarede - Técnico de moldes,

Instrutor de artes marciais

Os mesmos. O 25 de Abril foi um passo muito importante, deu uma grande volta ao país e acho que é o que estamos a precisar agora, ape-sar de achar que estamos como es-tamos por culpa própria, vivemos muito tempo além das nossas pos-sibilidades. O 1.º de Maio dá valor ao que temos, direitos, ordenados, férias. É um dia em que realmente se dá algum valor ao que fazemos.

João Guedes27 anos, Vila Nova da Barquinha –

Proprietário de mercearia

Vivo-os com um pouco de indig-nação, porque acho que não se de-via comemorar. Não é tempo de comemorações, devíamos pensar noutras coisas. O estado do nosso país é quase caótico, não se vê luz ao fundo do túnel. Devíamos pro-testar contra o nível de austeri-dade, estamos cada vez mais asfi -xiados, temos de pensar sempre no dia de amanhã porque o hoje está caótico.

UMA POVOAÇÃO Pego (Aldeia das casas baixas)UM CAFÉ Chave d’OuroPRATO PREFERIDO Arroz de tamborilUM RECANTO PARA DESCOBRIR O AçudeUM DISCO New York Frank SinatraUM FILME Leão da Estrela UMA VIAGEM A MoçambiqueUMA FIGURA DA HISTÓRIA António de Spínola

UM MOMENTO MARCANTE A morte do comandante de Companhia na GuinéUM PROVÉRBIO Quem canta seu mal espantaUMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO A realiza-ção dum Campeonato do Mundo de Pesca em AbrantesUM SONHO Continuar a ter saúde como até aqui

SUGESTÕES

Aníbal Marques

IDADE 70 anosRESIDÊNCIA AbrantesPROFISSÃO Reformado

A rua D. Miguel de Almeida, no centro de Abrantes, está cortada ao trânsito há cerca de dois meses. A solução parece tardar em chegar.

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3MAIO 2013 ENTREVISTA

JOÃO FURTADO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ABRANTES

“Entendemos que a associação é a única solução para resolver problemas dos bombeiros”RICARDO ALVES

João Furtado, 55 anos, chefe de turno na central Termoeléctrica do Pego, é o presidente da recém-criada Associação Humanitária de Bombeiros voluntários de Abrantes (AHBVA). Faz parte da centena de funda-dores que responderam ao apelo da autarquia. Sindicato (SNBP) e Associação Nacional de Bombeiros profissionais (ANBP) prometem lutar pelo que consideram uma ilega-lidade. João Furtado des-mente e garante que bom-beiros municipais não per-dem regalias ao passar para a AHBVA. Aguarda-se ape-nas a autorização da Asso-ciação Nacional de Proteção Civil (ANPC) para criação do corpo de bombeiros

Em que moldes vai a AHBVA gerir o corpo de bombei-ros?

As associações humanitá-rias fazem a gestão do corpo e da própria associação, que tem atividades próprias. O corpo, do ponto de vista ope-racional, é 100% indepen-dente; em termos organiza-cionais depende em parte da associação.

Quando se fala nos 100 fun-dadores da sociedade civil, fala-se de quem?

Começámos as primei-ras reuniões no final de ja-neiro, com cerca de 15 ele-mentos. A comissão insta-ladora já era composta por vários quadrantes – pes-soas como o Dr. Humberto Lopes, Alberto Margarido, o Dr. Mor - com personalida-des político-sociais perfeita-mente definidas, e pessoas que como eu, que não têm diretamente a ver com a po-lítica. Integrámos este pro-jeto pois entendemos que é a única solução para resolver este conjunto de problemas que afeta pessoas que traba-lham na corporação e a pres-tação de serviço do corpo de bombeiros.

A oposição teceu várias crí-

ticas ao processo, nomea-damente por ter sido uma solicitação da presidente da autarquia. Esta crítica faz sentido?

Não vejo uma crítica, vejo uma constatação. De facto, a autarquia deparou-se com um caminho sem qualquer saída, todos os outros cami-nhos foram barrados, e foi o único percurso que se enten-deu ser viável para resolver estas situações, nomeada-mente, pagamento aos vo-luntários.

Em relação à questão mais sensível para a ANBP e o SNBP: quem não quiser passar para a AHBVA será transferido para outros ser-viços…

Não posso comentar. O que sei é o que tenho ouvido pu-blicamente e em reunião com os próprios bombeiros. Para os bombeiros profi ssio-nais é importante a garantia da antecipação da reforma. Por lei, os profi ssionais muni-cipais têm a hipótese de a ter e se não for acautelado eles passam a um regime geral e perdem essa regalia. A CMA já disse, e está escrito - as leis suportam essa situação - que as pessoas não perderiam essa benesse. O que me pa-rece é que essas pessoas em vez de estarem a tentar ne-gociar a garantia com a CMA estão a pôr entropia no sis-tema por vias indiretas.

Quantos bombeiros profi s-sionais estão afetos à au-tarquia, a ANBP e SNBP? Fala-se em 19. Quantos es-tão dispostos a passar para a AHBVA?

Não. Esse é o número que se envia para a comunicação social, não são 19. São nove e uma parte está de alma e co-ração com a AHBVA, nomea-damente os comandos e até alguns dos mais antigos.

Foi aprovada a minuta de protocolo para a passagem dos meios físicos e huma-nos para AHBVA, o que é que isso signifi ca concreta-mente?

O protocolo diz que a CMA está disponível para ceder os meios que entender de uma forma voluntária e que ga-rante o seu regresso em qual-quer altura, e isso é defi nido por lei. Signifi ca que tem de dar um prazo de 30 dias para regressar, ou por iniciativa do próprio trabalhador ou por iniciativa da AHBVA por não os querer na associação. Esse privilégio garante, a meu ver na plenitude, o regresso ao posto de trabalho inicial.

Portanto, os bombei-ros que sejam cedidos à AHBVA têm garantido o re-gresso ao seu posto de tra-balho sem perda alguma de regalias?

Por ser uma cedência por interesse público existem leis que definem essa regu-lamentação e nela existe esse direito, e sobre a reforma, esse é um dos direitos que não perdem.

A ANBP e o SNBP falam em mais uma ilegalidade, tem fundamento?

A ANBP tem uma posição desde há algum tempo. Tudo com que não concorda diz que é ilegal. Felizmente as leis não são feitas pela ANBP. Enquanto a AHBVA já tinha toda a constituição legal a ANBP dizia que nós não exis-tíamos. Agora, como já não pode dizer isso, porque a Au-toridade Nacional de Prote-ção Civil (ANPC) veio dizer que afi nal existimos, diz que não temos corpo de bom-beiros, e de facto não temos. Mas faz parte do processo normal de construção de um sistema destes. A ANBP não concorda, e tem todo o di-reito, mas não é ilegal.

A autorização da ANPC – processo remetido dia 16 de abril – para criação do corpo na AHBVA vai chegar a tempo para começar em

maio?Era importante ser um pro-

cesso rápido, um sim ou um não. Uma situação indefi nida iria pôr o concelho numa má situação, em termos de pro-teção civil. Neste momento a corporação tem um número muito limitado de bombeiros profissionais, que no fundo estão por detrás destes pro-blemas, e temos um conjunto mais signifi cativo de voluntá-rios que como não recebem há dois meses. Fácil e natu-ralmente podem escolher outras associações. Alguns já saíram, o que signifi ca que não teremos os meios físicos e humanos para socorrer as populações no período crí-tico.

Vai ser necessário contratar mais pessoal?

Na nossa análise há clara-mente um défice de recur-sos humanos. Por iniciativa da CMA houve um investi-

mento muito grande em to-das as vertentes, nomeada-mente a nível de recursos humanos. Temos talvez os melhores meios do distrito, mas a resposta neste mo-mento é fraca. É essa situa-ção que queremos resolver rapidamente, com o reforço de meios e sua organização.

A lei dos compromissos im-posta às autarquias, que obriga a uma grande con-tenção no recrutamento, é também uma das razões para a criação da AHBVA?

Foi uma das razões funda-mentais. No fundo, a AHBVA, e todas as do país - que são 450 contra 19 municipais - têm liberdade de contratar mais profi ssionais ou aumen-tar o quadro de voluntários. Na nossa ótica ambas as si-tuações são perfeitamente lógicas. A nossa natureza le-gal é de um corpo misto de bombeiros e não um corpo profi ssional e vamos manter essa situação. A alteração é que esses dois grupos têm de conviver normalmente, o que não acontece agora.

A CMA prepara-se para doar cerca de 600 mil euros para a AHBVA, mas esta dá abertura a apoio e investi-mento privado. A verba ora doada pode ser reduzida ao longo dos anos?

Sim, o que está traçado em protocolo é que a CMA vai doar a verba enquanto a as-sociação disponibilizar o ser-viço. No dia em que a associa-ção deixe de disponibilizar o serviço a CMA suspende ime-diatamente o pagamento, não há aqui nenhum pro-blema legal. A AHBVA tem mecanismos que lhe per-mite obter verbas adicionais, através de sócios individuais e colectivos, da ANPC, com subsídios legais que fornece a todas as associações. Em princípio no próximo ano ire-mos negociar um reajuste do protocolo com a CMA, que muito provavelmente será uma redução.

• João Furtado: “Neste momento a corporação tem um número muito limitado de bombeiros profi ssionais”

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4 MAIO 2013DESTAQUE

A Câmara Municipal atribuiu à Liga dos Amigos do Hospi-tal de Abrantes uma verba na ordem dos 200 mil euros para a concretização de interven-ções no edifício do hospital da cidade. O protocolo de obra foi celebrado entre o Municí-pio, a Liga de Amigos do Hos-pital e o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), no pas-sado dia 17 de abril.

As obras vão permitir a rea-bilitação das coberturas e a pintura do edifício, entre ou-tras intervenções previstas. Joaquim Esperancinha, pre-sidente da administração do CHMT, disse que o proto-colo firmado “foi essencial”, uma vez que o CHMT não tem capacidade financeira para avançar com obras de requalifi cação estruturais na unidade de Abrantes, adian-tando um pouco do trabalho que está a ser desenvolvido:

“Já foram criados na urgên-cia circuitos diferentes para doentes urgentes e não ur-gentes e vamos iniciar este mês com a beneficiação do acesso à urgência. Já está fi -nalizado um aumento da ca-pacidade pós-anestésicos. Está prevista a melhoria das condições do bloco opera-tório, a eliminação de infil-trações no bloco de partos, a criação de um espaço de internamento de curta dura-ção na urgência”, entre outras intervenções.

Já Maria do Céu Albuquer-que, presidente da autarquia, explicou o motivo pelo qual o CHMT entrou numa reorga-nização profunda e lembrou as difi culdades que os uten-tes têm sentido, como con-sequência da divisão das va-lências hospitalares. No seu entendimento, é necessário melhorar o acesso de saúde:

“A maior difi culdade está na vida dos cidadãos devido à distribuição de valências pe-las três unidades do CHMT, Abrantes, Tomar e Torres No-vas. Os transportes são defi ci-tários, apesar de algumas so-luções já existirem a esse ní-vel, e a vida dos profi ssionais de saúde está comprometida com esta divisão”. Maria do Céu Albuquerque falou ainda em “instabilidade” e numa necessidade de se fazer mais. “Há uma carta hospitalar que ainda ninguém conhece, que está a causar instabilidade em todos. As taxas modera-doras são pouco compatíveis com os recursos fi nanceiros da população. É necessário preservar o acesso aos cuida-dos de saúde, é fundamen-tal olhar para os cuidados de uma forma integrada, entre os cuidados de saúde primá-rios, os hospitalares e, se pos-

sível, os continuados.”A autarca ainda explicou

que a verba concedida resulta da relação e de contactos es-tabelecidos entre autarquia e o CHMT. “Nós temos feito um trabalho de acompanha-mento relativamente a todas as reorganizações realizadas, e tivemos conhecimento de um conjunto de debilidades que o edifício da unidade de Abrantes apresenta. Sabemos que CHMT tem alguns pro-blemas do ponto de vista or-çamental, pois também está a realizar outro tipo de inter-venções e, assim, entende-mos que deveríamos apoiar a realização de um conjunto de obras. Estamos convictos que este investimento vai trazer as melhores condições para to-dos os utentes e profi ssionais do hospital.”

Joana Margarida Carvalho

Uma nova resposta para a população idosa do conce-lho de Abrantes está a surgir na Encosta da Barata. Trata-se do novo lar “Domus Pacis”, que estará concluído no pró-ximo mês de setembro. Com um investimento de cerca de três milhões e meio de euros, que surgiram de candidatu-ras ao Programa Operacio-nal Potencial Humano e de

recursos à Banca, este novo equipamento vai ter dispo-níveis cerca de 70 camas. O cónego José da Graça, pre-sidente do Centro Social Int-er-paroquial de Abrantes e responsável pela obra, ex-plicou que o público-alvo a quem se destina este novo lar são sobretudo os habitantes das freguesias de São João e São Vicente. Referiu ainda

que “este tipo de empreen-dimentos são estritamente necessários numa altura de grande envelhecimento da população da região”.Para este novo lar, José da Graça adiantou que se-rão criados cerca de 30 a 35 postos de trabalho.João Rei, arquiteto responsá-vel pela obra, explicou que fez uma aposta clara nos es-

paços de lazer “amplos, lumi-nosos e agradáveis”. O equi-pamento está dividido em três pisos com cave: dois des-tinados aos quartos, outro destinado ao departamento administrativo e um outro a cave, que vai ser uma zona de serviço. A empresa constru-tora responsável pela obra é Alpeso Construções SA.

JMC

Hospital de Abrantes vai entrar em obras com o apoio da autarquia

Novos espaços para Centros de Saúde

O edifício da antiga gara-gem da Rodoviária vai pas-sar a albergar o Centro de Saúde de Abrantes. A Câ-mara de Abrantes cedeu, a título gratuito, o espaço para que aquela unidade de saúde ali possa funcio-nar e assume as obras de adaptação por inteiro. Esta decisão resulta da aprova-ção, em reunião do execu-tivo municipal, da minuta do protocolo de colabora-ção a estabelecer entre o Município de Abrantes e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

A autarquia reconhece, em comunicado, que “as atuais instalações da Unidade de Saúde de Abrantes, a fun-cionar no edifício do Hospi-tal, não reúnem condições para acolhimento humani-zado e atendimento com-patível com os modernos padrões do Serviço Nacio-nal de Saúde”.

A Câmara vai lançar em breve a empreitada de construção das instalações, propriedade do Município. Depois, a ARSLVT assumirá as obras de conservação, após a cedência da infraes-trutura.

Também no caso da Ex-tensão de Saúde em Rossio ao Sul do Tejo a Câmara vai transferir os meios fi nancei-ros necessários para o in-vestimento nas instalações, para além das eventuais

comparticipações exter-nas que o mesmo venha a ter. Segundo o comunicado da autarquia, as atuais ins-talações apresentam uma estrutura física funcional-mente desajustada, não re-unindo neste momento as condições para prestar mo-dernos cuidados de saúde à população que a elas acor-rem.

Assim, a Câmara Munici-pal de Abrantes vai dele-gar competência na Junta de Freguesia de Rossio Ao Sul do Tejo para a realização da empreitada de constru-ção das instalações da Uni-dade de Saúde local, a lo-calizar no edifício do antigo mercado diário. A interven-ção, integrada no âmbito de uma candidatura ao Pro-grama Comunitário “Mais Centro”, tem o valor esti-mado de €1.400M.

Entretanto, a Câmara, a Junta e a Administração Re-gional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vão estabelecer um Protocolo de Colaboração, através do qual a Câmara irá ceder as instalações, a título gratuito para o efetivo funciona-mento do posto de saúde. Enquanto isso, a ARSLVT compromete-se com os en-cargos decorrentes da uti-lização do espaço e a asse-gurar as obras de conser-vação.

• A intervenção no Hospital de Abrantes visa melhorar as condições dos utentes e dos profi ssionais

• Lar de idosos vai garantir 70 camas

Abrantes ganha um novo equipamento social

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6 MAIO 2013POLÍTICA

Com a proximidade das autárquicas 2013, a Antena Livre iniciou, durante o passado mês de abril, uma viagem pela região. Pelo estúdio têm passado, e vão continuar a passar, os autarcas do Médio Tejo que agora prestam contas aos munícipes. O Jornal de Abrantes publica o resumo dessas entrevistas.

Máximo Ferreira, presi-dente da Câmara Municipal de Constância (CMC), fez um balanço sobre o mandato. Na estreia das entrevistas rumo às autárquicas 2013, na An-tena Livre, o autarca anun-ciou que não se vai recandi-datar.

Um dos mais reputados as-trónomos portugueses acei-tou, em 2009, o repto lançado pela CDU para suceder ao histórico António Mendes na corrida à CMC. Na conversa mantida com Máximo Fer-reira, foi notória a clivagem que se criou com personali-dades do executivo anterior, muitas delas, a maior parte, ainda ligadas aos atuais ór-gãos autárquicos.

Ponte sobre o Tejo encerrada

A questão em torno da ponte sobre o Tejo “foi um dos aspetos mais difíceis”, afi r-mou o ainda presidente da CMC, que no dia 20 de julho de 2010, quando a ponte foi encerrada, “estava determi-nado a enfrentar o problema e resolvê-lo”, admitindo, no entanto, que “muitas pessoas de Constância não tenham compreendido bem a forma como geri o problema”.

“Consegui o que estabeleci: o entendimento com a Câ-mara da Barquinha, depois com um secretário de Estado com relações muito difíceis com o executivo anterior e um ministro que se dispôs a encarar o assunto apesar da sua complexidade”. Em se-tembro de 2012 a ponte rea-briu, “não foi fácil convencer os governantes e entidades envolvidas, não foi fácil acal-mar os cidadãos, uns tinham a ponte fechada e outros queriam abrir a ponte sem fazer cedências”.

Curiosamente, a ponte que liga as duas margens do con-celho acabou por ser um ponto de afastamento den-tro da coligação: “Penso que fi caram marcas dessa ocasião e tem alguma coisa a ver com a minha intenção de não me recandidatar, alguma mágoa com que fi quei e insatisfação com que fi caram outras pes-soas.” Apesar dos afastamen-tos, enquanto autarca, consi-dera que o objetivo foi alcan-çado, “a ponte está reaberta e reclassifi cada, temos ponte para mais 50 anos”.

Uma revolução na educação

Máximo Ferreira vai dei-xar a autarquia com um par-que escolar renovado. Desde 2009 contam-se a inaugura-ção do Centro Escolar (CE) de Stª Margarida, a construção e inauguração do CE de Cons-tância e as sementes lança-das para o de Montalvo. Se o primeiro, inaugurado no dia 15 de setembro de 2011, “foi um projeto do executivo anterior”, o de Constância foi

um desafi o para Máximo Fer-reira.

“O que se fez depois foi concretizar a carta educa-tiva, também aprovada pelo executivo anterior.” O autarca contou como lidou com o projeto e construção do CE de Constância e os proble-mas com que a autarquia se deparou com a redefinição dos fi nanciamentos por parte do Estado já com a constru-ção do de Stª Margarida em curso.

“O Ministério da Educação penalizou bastante a Câmara com essa redefinição. Já no de Constância, estava so-bredimensionado, no meu ponto de vista. O que fi z foi adaptar, reduzir, para que as coisas não fossem tão dra-máticas. Um centro escolar que custou 1.5 milhões cus-tou apenas 350 mil euros à autarquia. Digo ‘apenas’ 350 mil porque o de Stª Marga-rida custou-nos perto de 1 milhão.”

No dia 1 de abril, dia da inauguração do CE de Cons-tância, surgiu o anúncio de

que o concurso para Mon-talvo estava lançado.

A sucessãoApós apenas um mandato,

quatro anos, o autarca vai abandonar a política. Como candidata pela CDU avança Júlia Amorim, vereadora na autarquia. Na apresentação da candidatura notou-se a ausência de Máximo Ferreira. Apesar de não ter respondido com objetividade ao porquê da sua ausência, o autarca sentiu “o respeito absoluto dos órgãos nacionais do par-tido, nunca me pressionaram nem sugeriram uma atuação. O mesmo não posso dizer das estruturas locais, aquilo a que costumo chamar “peixe miúdo”, afi rmou.

A estrutura política da CDU no concelho foi um peso com que teve de lidar: “Não é bom nem é mau, é o que é. A minha obrigação era en-contrar modos de aproveitar o bom.” Dias antes da apre-sentação de Júlia Amorim a mesma partilhou uma frase na página pessoal de uma

conhecida rede pessoal em que se lia «quem não luta ao seu lado durante a batalha não merece estar ao seu lado após a vitória». O post não deixou de criar algumas on-das. “Lamento essa afirma-ção, alguns funcionários da Câmara entenderam como uma ameaça, tentei acalmá-los. Penso, não posso afi rmar, que tenha sido um momento infeliz”, respondeu taxativo.

Num balanço do man-dato ficam algumas certe-zas: “Levo alguma pena por não ter conseguido tudo.” E conclui que o problema não é o trabalho, mas sim os “es-colhos que aparecem no ca-minho”. Para além da satisfa-ção durante a reabertura da ponte, Máximo Ferreira es-colhe a inauguração do CE de Constância como outro ponto alto “que passou por problemas mais complexos que a própria ponte”. Lem-bra que conseguiu “cumprir uma promessa que fi z há uns dois anos aos meninos que estavam no 1º e 2º anos, de que não iam para a secun-dária sem estrearem a nova escola”.

Regresso à astronomia“Em princípio, voltarei ao

Centro de Ciência Viva (CCV), não vejo razões, a não ser a minha vontade, para não vol-tar”, afi rmou Máximo Ferreira. Aliás, quando se fala de as-tronomia nota-se a diferença nos olhos e discurso. “Já falei com dois candidatos e disse que a minha decisão de não participar mais na política é irreversível. Mas para traba-lhar nisto que eu sei fazer, a disponibilidade é total, ape-nas exijo que haja lealdade no trato e nos procedimen-tos.”

Ricardo Alves

Autarcas prestam contas Autárquicas 2013: perfi lam-se mais nomes

Em Vila Nova da Barqui-nha o PSD já avançou com o nome do seu candidato às eleições Autárquicas 2013, que deverão realiz-ar-se em outubro. Luís Va-lente é o escolhido, ele que é advogado e presi-dente da concelhia do PSD do concelho, e já foi mem-bro da Assembleia Munici-pal da Barquinha. Pelo PS deverá avançar Fernando Freire, atual vereador na autarquia e cuja apresen-tação se realizará na pri-meira semana de maio.

EntroncamentoNo concelho vizinho, no

Entroncamento, avança David Ribeiro pela CDU para concorrer à Câmara Municipal, seguido de Má-rio Eugénio, sendo Telma Jorge a cabeça de lista à Assembleia Municipal, na qual é acompanhada por António Ferreira.

ChamuscaO atual vice-presidente,

Francisco Matias, é o ca-beça de lista da CDU à Câ-mara Municipal da Cha-musca. Matias é o pri-meiro nome da lista que conta ainda com Manuela Marques, João Gabriel Ro-drigues, Vítor Hugo Costa e Cristina Maurício. A apresentação realizou-se no dia 13 de abril, na qual se fi cou a saber que José Braz é o primeiro da lista que concorre à Assem-bleia Municipal.

GolegãJosé Godinho Lopes é

o candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara Mu-nicipal da Golegã, que vai concorrer com o até agora outro conhecido candi-dato, Rui Medinas, pelo PS. Godinho Lopes concorre contra os socialistas que, liderados por José Veiga Maltez, ocupam os cinco lugares no executivo.

Precisamente Veiga Mal-tez, impedido de se recan-didatar à presidência devido à lei de limitação de man-datos, anunciou que vai ser o candidato dos socialistas a presidente da Assembleia Municipal da Golegã.

Ricardo Alves

MÁXIMO FERREIRA E UM DOS PONTOS ALTOS DO SEU MANDATO

“Cumpri a promessa que fi z aos alunos que não iriam para a secundária sem estrearem a nova escola”

• Máximo Ferreira: “Levo alguma pena por não ter conseguido tudo”

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7MAIO 2013 POLÍTICA

Quatro anos de mandato dedicados ao trabalho de proximidade com a comu-nidade sardoalense. É as-sim que Miguel Borges, vice-presidente da autarquia de Sardoal, começa por caracte-rizar o trabalho desenvolvido no concelho.

A redução da dívida do mu-nicípio foi, nas palavras do autarca, uma das tarefas mais árduas, mas que já começou a ter um final feliz. A dívida da Câmara Municipal de Sar-doal caminhava para os 10 milhões, hoje está nos 6 mi-lhões de euros. Miguel Bor-ges fala numa gestão caute-losa na qual as boas opções têm de ser feitas: “Neste mo-mento nada se adquire no município sem termos vá-rios orçamentos para com-parar. O nosso olhar incide no investimento cauteloso,

mas sobretudo na despesa, estabelecendo prioridades e usando da melhor forma os dinheiros públicos.”

A requalifi cação do Parque Escolar, da escola sede da vila, fi cou por concluir neste man-dato. Segundo o autarca, de-pois de um estudo realizado e de algumas avaliações efe-tuadas, aquela escola preci-saria de 1 milhão e trezen-tos mil euros de intervenção. Apesar desta constatação, Miguel Borges justificou o atraso do empreendimento não pelo valor em causa, mas por este ser um “processo já demasiado longo, compli-cado e que chegou numa altura de grande crise, onde os fundos comunitários fi ca-ram parados”. Não ficando por aqui, o autarca ainda acrescentou que as opções do Ministério da Educação

para com o Sardoal também não foram as mais corretas, e que a má gestão da empresa Parque Escolar veio refletir-se nesta situação: “As verbas na Parque Escolar não foram bem geridas, o dinheiro não esticou e, como estávamos no fim da fila, ficámos de fora, mas não desistimos, é um objetivo para avançar.”

A ação social tem sido uma das grandes apostas da Câ-mara Municipal de Sardoal. Miguel Borges explicou que o trabalho está a ser desen-volvido em várias frentes, com a loja social, com os equipamentos sociais e com o agrupamento de escolas. São cerca de 60 famílias que o município apoia. O autarca fala na existência de alguma pobreza envergonhada: “ Há aquelas famílias que facil-mente identificamos como

os carenciados, mas depois há aqueles que vão surgindo, mas que não se encaixam de todo naquilo que são os pa-drões de carência. Temos de encontrar outro tipo de estra-tégias de aproximação, e uma delas é o apoio que damos ao nível das escolas, onde o município suporta um suple-mento alimentar para crian-ças necessitadas.”

Face ao afastamento de Fer-nando Moleirinho, atual pre-sidente da autarquia, das li-des políticas, Miguel Borges

assumiu um lugar de desta-que. Em entrevista à Antena Livre, o autarca minimizou a questão e referiu que é com agrado que recebe esta con-fiança delegada em si pelo atual presidente, chegando mesmo a explicar que não houve qualquer tipo de es-tratégia: “Esta visibilidade é benéfica para mim, é ver-dade, mas também é certo que quando estou a respon-der pelo Sardoal o Sr. Presi-dente está na Câmara Muni-cipal a trabalhar em prol dos

interesses da nossa comuni-dade.”

A aposta na Semana Santa, no património religioso e na cultura é uma das premis-sas básicas para Miguel Bor-ges, que olha para estas au-tárquicas 2013 com alguma serenidade, afirmando que caso o PSD volte a liderar “é um grande desafi o que estou pronto a agarrar, para conti-nuar afi rmar o nosso poten-cial”.

Joana Margarida Carvalho

Saldanha Rocha, presidente da autarquia de Mação, sen-tou-se no estúdio da Antena Livre e começou por dizer que no olhar dos nossos go-vernantes o “interior do país é um parente pequeno e po-bre que signifi ca pouco para a capital Lisboa”. Ao fim de 15 anos como autarca, sente que a realidade pouco mu-dou: “O interior não tem sido olhado como um parceiro de bem para o desenvolvimento harmonioso do país. Não per-cebo porquê, pois temos to-das as capacidades para tal.”

Neste último mandato, segundo o autarca, Mação aproveitou da melhor forma os fundos comunitários para investir e a proximidade foi-se manifestando na ação da Câmara Municipal. Alguns projetos fi caram em carteira,

como a requalificação da Avenida da República no cen-tro da vila ou como a cons-trução de uma variante em Envendos, que iria ajudar ao desenvolvimento empresa-rial. Mas Saldanha Rocha des-tacou aqueles que seguiram por diante, como o novo au-ditório cultural Elvino Pereira, o trabalho desenvolvido pelo Instituto Terra e Memória na promoção cultural e turística do concelho e o trabalho que incide na intervenção fl ores-tal (e que carece de uma ma-nutenção e atenção constan-tes).

A aposta na vertente gas-tronómica tem sido uma das máximas da autarquia. Saldanha Rocha exaltou a Marca Mação, mas referiu que ainda há bastante traba-lho por fazer: “Não nos sen-

timos satisfeitos porque po-díamos ter ido mais longe. A Marca foi um feito no se-tor dos industriais das car-nes, foi um grande avanço levar os empresários a per-ceber que juntos e unidos podemos ter um ganho dife-rente. Já ao nível dos azeites o trabalho não foi tão profí-cuo. Este trabalho da Marca tem de ser mais acelerado e consubstanciado, mas ob-viamente que são necessá-rios recursos que não estão tão presentes agora, devido às dificuldades que o país atravessa.” Saldanha Rocha aproveitou para dizer que Mação vai apostar durante os próximos meses em três festivais gastronómicos com outras iguarias: enchidos, ar-roz doce e azeite, à seme-lhança do que já acontece

com a lampreia. Para o au-tarca, esta é uma forma de atrair diversos públicos mos-trando o que de melhor se faz no concelho.

A ação social é uma das preocupações da Câmara Municipal de Mação. O au-tarca considerou que esta é uma área cada vez mais “vasta” e “preocupante” pois abarca vários problemas. Sal-danha Rocha enumerou as valências que a autarquia dis-põe a este nível: “Temos o

banco local do voluntariado, o programa ‘Estimular’, que atua ao nível das crianças de-tetando problemas de apren-dizagem e outras carências, o arrendamento jovem, o apoio à natalidade, etc”. Face ao grande envelhecimento dos munícipes de Mação, o ainda presidente referiu que esta é uma das grandes preo-cupações da autarquia, “que tudo tem feito para demons-trar a importância da nata-lidade”.

Saldanha Rocha terminou dizendo que chega ao fim destes 15 anos “cansado” e com a sensação que já não é o mesmo: “Costumo com-parar-me com um carro que tem o motor gripado, que já não tem a mesma força.” Sal-danha Rocha admitiu que vai dedicar-se a outras frentes, referindo que Vasco Estrela é a pessoa certa para garantir o futuro dos maçaenses.

Joana Margarida Carvalho

MIGUEL BORGES, VICE-PRESIDENTE DA AUTARQUIA DE SARDOAL

“Fazer política regional é estar próximo da comunidade”

SALDANHA ROCHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MAÇÃO

“O interior não tem sido olhado como um parceiro de bem”

• Miguel Borges: “Nada se adquire no município sem termos vários orçamentos”

• Saldanha Rocha diz que a gastronomia é uma das apostas da autarquia desde sempre

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9MAIO 2013 REGIÃO

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacio-nal de Bombeiros Profissio-nais emitiram no passado dia 11 de abril um comuni-cado conjunto no qual de-monstram o seu total desa-cordo em relação à criação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes.

Os presidentes de ambas as entidades acusam a pre-sidente da autarquia, Ma-ria do Céu Albuquerque, de não esclarecer a sua posição em relação à corporação de bombeiros municipais. Para breve, em Abrantes, está pre-vista uma marcha de protesto bombeiros de todo o país.

Fernando Curto, presidente da ANBP, explicou o motivo da discórdia e contou que aguardam a marcação de uma reunião com a Câmara Municipal:“É necessário man-ter o corpo misto de Bombei-ros em Abrantes, pois foi fun-ciona bem, mas, infelizmente, e teimosamente, a presidente da autarquia quer alterar. Não percebemos o porquê desta decisão, que passa pela cria-ção de uma nova Associação Humanitária.”

Já Sérgio Carvalho, presi-dente do Sindicato de Bom-beiros Profi ssionais, explicou que o “serviço público pode ser destruído” e afi rmou que “Abrantes está a fazer o con-trário de outros municípios portugueses”.

Apesar da defesa do ser-viço público, as questões que preocupam mais os presi-dentes do Sindicato e da As-sociação Nacional são as re-lacionadas com a defesa da carreira profi ssional. O sindi-calista Sérgio Carvalho refe-

riu que essa perda da carreira pode estar em causa com a criação da Associação Huma-nitária.

Sérgio Carvalho defendeu a sua profissão falando em “humilhação”, no caso de os bombeiros com ligação con-tratual à Câmara serem con-frontados com outras ocupa-ções profi ssionais, isto se re-cusarem a passagem para a Associação Humanitária.

A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Al-buquerque, em declarações

à Antena Livre, explicou que não está prevista qualquer extinção do corpo de bom-beiros municipais, mas antes uma melhoria do serviço. A cooperação vai deixar de ter a gestão da autarquia para passar para mãos da Asso-ciação Humanitária, que “vai garantir um melhor serviço de proteção e socorro dos ci-dadãos”. A autarca adiantou que “aquilo que a Câmara se propõe fazer é a passagem dos meios técnicos, físicos e uma componente finan-ceira suficiente, portanto a verba que está no orçamento anual, para a posse da Asso-ciação Humanitária”.

Sobre a carreira dos bom-beiros municipais, Maria do Céu Albuquerque explicou que os mesmos terão de op-tar: “Ou ingressam na Asso-ciação ou serão reconduzi-dos para outros serviços camarários, não perdendo qualquer regalia financeira.” A autarca acrescentou que há um conjunto de bombei-ros profi ssionais que vão es-tar nas mesmas circunstân-cias.

Ricardo Alves e Joana Margarida Carvalho

O Castelo de Abrantes foi o local escolhido pelo PSD para proceder à apresentação da sua candidata às próximas eleições autárquicas de 2013 – Elza Vitório, sob o lema “bem-querer a Abrantes”.

Elza Vitório, natural de Tramagal, começou por dizer que estava a viver um mo-mento de grande emoção. Na sua apresentação inter-vieram, para além da candi-data, Moreira da Silva, vice presidente do PSD, Miguel Vitorino, presidente da JSD de Abrantes, Carina Oliveira e a presidente da concelhia, Manuela Ruivo.

No discurso de apresen-tação, Elza Vitório salientou os principais problemas do concelho: a baixa densidade populacional; o envelheci-mento da população; o ele-vado nível de desemprego de longa duração, o que de-terminará a concentração das preocupações desta can-didatura em grandes áreas

de prioridades.Ao nível das propostas, Elza

Vitório incidiu os seus objeti-vos na criação de emprego e na área social, privilegiando um discurso centrado na coe-são social e no envolvimento dos diferentes atores empre-sariais e instituições da eco-nomia social; na revitalização do centro histórico da cidade; na interação entre as fregue-sias e a sede do concelho; e na promoção do desenvol-vimento rural, em particular no apoio à área agrícola e às florestas e na promoção do ambiente. A promoção do rio Tejo, da albufeira do Cas-telo do Bode e da preserva-ção dos aquíferos e do meio ambiente no concelho, são outras linhas condutoras do seu programa eleitoral.

A apresentação de Elza Vi-tório foi abrilhantada por um momento de dança a cargo do grupo Espaço I Dança.

JMC e FLPR

Bombeiros... o centro da discórdia com autarquia

Elza Vitório apresenta candidatura sob o lema “bem-querer a Abrantes”

• Presidente da Câmara garante: “Não estamos a extinguir um serviço de bombeiros”

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10 MAIO 2013REGIÃO

“Onde falham os médicos?” foi o tema da conferência que abriu as XI Jornadas de Uro-logia, organizadas pelo Ser-viço de Urologia do Centro Hospitalar Médio Tejo levou a efeito, de 19 e 20 de abril, no Hotel dos Templários, em Tomar. Este evento caracteri-zou-se por ter “excelentes co-municadores” a apresentar, para mais de 400 profissio-nais de saúde, temas atuais recorrendo a uma linguagem acessível.

Na conferência inaugu-ral, Isabel Santos, médica de família em Oeiras e profes-sora, reconheceu que existe da parte dos médicos algu-mas falhas na forma como abordam os doentes, resul-tando algumas dessas falhas da falta de tempo: “Alguns dos cidadãos pensam que o tempo é determinado pelos médicos, mas não é assim. Por exemplo, nos cuidados de saúde primários, temos 15 minutos para falar com uma pessoa. Se quisermos fazer um exame objetivo e obser-vá-la, isso demora mais do que 15 minutos.”

De acordo com Isabel San-tos, “a segunda falha é que há médicos que deixaram de saber falar com os doentes, falam muito, mas viram as costas às preocupações dos doentes. Mesmo quando só

vai renovar a medicação, al-guns médicos não indagam sobre os motivos ocultos, ou seja, o que leva a pessoa à consulta”. Mas existe também problemas em passar men-sagens dentro da própria co-munidade médica: “A forma como se transmite a informa-ção científi ca é muito pouco clara porque se destina a vender uma conclusões que se quer passar e não a ver-dade da investigação.”

João Dias, diretor do Ser-viço de Urologia e organiza-dor das Jornadas, sublinha o facto de as expetativas rela-tivas às XI Jornadas de Urolo-

gia terem sido superadas: as mesas-redondas e as confe-rências tiveram “grande par-ticipação da audiência”. Para além disso, o encontro foi marcado pelo convívio e pela homenagem a António Re-quixa, médico que faleceu re-centemente. “No mundo de hoje temos de nos lembrar dos amigos.”

Ao longo dos dois dias fo-ram ainda abordados temas como “Memória – no enve-lhecimento normal e na de-mência” e o Carcinoma da Próstata. João Dias lembra que este “é um tema sempre muito atual”, acrescentando

que é uma doença “passível de ser curada se for diagnos-ticada precocemente, sendo o carcinoma mais frequente no aparelho urinário do ho-mem”.

O aumento da esperança média de vida e o envelhe-cimento são desafi os que se colocam aos profi ssionais de saúde, como refere João Dias, que afi rma que o tratamento médico ou cirúrgico “tem que se adaptar à realidade” e que os profi ssionais devem atuar na perspetiva de serem “úteis à pessoa e práticos para lhe trazer o maior benefício”.

FR e HCS

“Há médicos que deixaram de saber falar com os doentes”

• Isabel Santos lembrou que os médicos só têm 15 minutos para cada doente

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Enfermeiros em luta pela defesa dos seus direitos

Os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo encetaram, no dia 26 de abril, uma jornada de luta em prol da defesa dos seus direitos. A greve iniciou-se às 11h nas três unidades que constituem o centro.

Os profi ssionais exprimi-ram as principais preocu-pações e difi culdades que tem sentido no exercício das suas atividades e que de alguma forma podem condicionar a qualidade do trabalho.

Em declarações João Da-másio, enfermeiro e repre-sentante do sindicato, ex-plicou os principais mo-

tivos da luta que passam pela qualidade do serviço de enfermagem prestado e da garantia de saúde aos utentes. “A violação dos direitos dos enfermeiros como o direito ao descanso, às folgas, feriados como se encontra legislado; situa-ções onde não estão a ser garantidos o acesso ao es-tatuto de trabalhador es-tudante ou ainda as licen-ças de paternidade e alei-tamento”. João Damásio explicou que houve uma redução de 8 enfermeiros que se traduziu em 25 mil horas de cuidados de en-fermagem ao ano.

Programa de incentivo a microempresas

Rastreio visual e auditivo a 370 alunos

CRIA com certifi cado de excelência

‘Valorizar’ é um programa de valorização económica das regiões que contem-pla um incentivo às mi-croempresas. No concelho de Abrantes este programa também vai abranger as freguesias do núcleo ur-bano, São João e São Vi-cente, portanto o comércio tradicional do centro his-tórico.

“O Valorizar” surge no âmbito do QREN, com um fundo 38,5 milhões de eu-ros para a promoção do empreendedorismo em microempresas já existen-tes e não para a criação de novas empresas. As mi-

croemepresas podem ace-der a um fi nanciamento de 50% a fundo perdido sobre as despesas investimentos que forem consideradas elegíveis para a realização do projeto, bem como vai apoiar a criação de novos postos de trabalho, num máximo até dois.

As condições para apre-sentação das candidatu-ras, estão disponíveis em http://www.pofc.qren.pt/concursos/concursos-abertos. As candidaturas decorrem até 9 de dezem-bro de 2013.

O Rotary Clube de Abran-tes, no desenvolvimento do seu programa de ação para o ano rotário 2012/2013, realizou, em março, o ras-treio visual e auditivo a to-dos os alunos do 1º ano do ensino básico dos conce-lhos de Abrantes, Mação e Sardoal. Foram rastreados 370 alunos, envol vendo-se também as suas famílias e toda a comunidade escolar.

Em comunicado, o Rotary Clube explica que “é muito gratificante a forma calo-rosa como somos recebi-dos nas escolas e as men-sagens de apoio que nos são transmitidas pelo tra-balho que desenvolvemos.

Muitas vezes, é nesta ação que são despistadas e re-solvidas situações anóma-las no campo da visão e da audição, que podem con-dicionar a capacidade de aprendizagem dos nossos jovens”.

Esta atividade tem o apoio da Direção Regional de Edu-cação de Lisboa, dos municí-pios e dos Agrupamentos de Escolas de Abrantes, Mação e Sardoal, dos técnicos da Associação Portuguesa de Prevenção Visual e dos téc-nicos da Clínica do Ouvido. Regista-se ainda o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da Óptica Alípios, da SarClínica e da AMS – Publicidade.

Desde o dia 11 de abril que o Centro de Recupera-ção e Integração de Abrantes (CRIA) é uma instituição cer-tificada com o nível EXCEL-LENCE pela norma EQUASS na Gestão da Qualidade em todas as respostas sociais.

O CRIA, fundado a 23 de março de 1977, com o obje-tivo de educar, formar, ocu-par e integrar pessoas por-tadoras de deficiência, tem procurado, desde essa data até agora, não só aumentar o número de respostas so-ciais, mas também melhorar a qualidade dos serviços que presta.

Nos últimos anos, e de-

pois de cuidada prepara-ção, o CRIA solicitou ao Eu-ropean Quality in Social Ser-vices, EQUASS, em Bruxelas, a certifi cação da sua Gestão da Qualidade nos vários ser-viços que presta. Em janeiro de 2011 foi-lhe concedida a certificação Assurance pela norma EQUASS, primeiro ní-vel desta certifi cação. Agora, depois de uma auditoria à instituição, recebe o segundo nível dessa certifi cação. A au-ditoria teve lugar em março passado, tendo sido anali-sado o relatório interno de avaliação da instituição, em todas as suas respostas so-ciais.

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11MAIO 2013 REGIÃO

FESTA DO INATEL

Almoster foi campeãoFoi a equipa do Almoster

que fez a festa, no dia 1 de maio, em Abrantes na final distrital do Inatel, ao sagrar-se campeão distrital. Esta equipa, que tinha eliminado as Sentieiras nas meias-fi nais, bateu o Benfi ca do Ribatejo nos penaltis (5-4) depois de um nulo no tempo regula-mentar de jogo. Já de manhã, também no dia 1 de maio, a equipa do Espinheiro ga-nhou a série 2 desta prova, ao vencer o Arados por 2-1.

Mas a festa distrital do Ina-tel não é apenas um ou dois jogos de futebol. Todos os anos a fi nal do campeonato distrital é uma grande festa de desporto e cultura e, este ano, não fugiu à regra.

A organização pertenceu ao Centro Cívico de Alferrarede velha que, com o apoio da autarquia, preparou um dia em cheio para quem se des-locou ao estádio municipal.

Grupos de dança, o Rancho Folclórico do Centro Cívico, a Banda de Rio de Moinhos, lançamento de paraquedis-tas, grupo de baile e porco no espeto vendido a preço sim-bólico fizeram o cartaz. Por outro lado, os dois jogos de futebol constituíram o ponto alto do evento mas, à tarde, ainda houve tempo para jo-gos de escolinhas, com a participação do Benfica de

Abrantes, Núcleo Sportin-guista de Alferrarede e União Desportiva Rossiense.

Henrique Santos, presi-dente do Centro Cívico de Al-ferrarede Velha, era um ho-mem satisfeito pela dimen-são o evento e só lamentava o facto de a sua equipa ter fi cado nas meias fi nais. “Se ti-véssemos equipas do conce-lho de Abrantes nesta fi nal a festa era muito maior”, salien-

tou o dirigente, mas mesmo assim mostrou-se agradado com o que viu: “Inatel e Câ-mara Municipal saíram sa-tisfeitos com a organização, penso que correu bem”. O Centro Cívico conseguiu jun-tar cerca de meia centena de voluntários que, nas mais va-riadas tarefas, contribuíram para o êxito da iniciativa.

Artigo da responsabilidade da equipa desportiva da Antena Livre

Resultados

Campeão distrital – Almoster (venceu o Benfi ca do Ribatejo nos penaltis por 5-4 após 0-0 no jogo)Vencedor da Série 2 – Espinheiro (venceu Arados por 2-1)Prémio Disciplina – Vale de CavalosMelhor marcador da prova – Diogo Rosado (Alferra-rede Velha)

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12 MAIO 2013EDUCAÇÃO

A data levou cerca de uma centena de pessoas ao edi-fício projetado pelo arqui-teto Manuel Aires Mateus no dia 17 de abril. Os visitan-tes, populares, profissionais educativos, representantes da parceira Universidade de Aveiro, a responsável pelo programa, e representantes autárquicos ouviram o arqui-teto falar sobre as ideias por detrás do projeto.

O primeiro aniversário da Es-cola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha (VNB) propor-cionou uma estreia a Manuel Aires Mateus. “Acho que é a primeira vez que me acontece apresentar um edifício dentro do edifício, o que é ainda mais divertido do que quando es-tamos a imaginá-lo.” O arqui-teto, também responsável pe-los projetos dos centros es-

colares de Alferrarede, Rio de Moinhos e Bemposta, no con-celho de Abrantes, deu uma pequena palestra no auditó-rio da escola e afirmou que o projeto em VNB “elevou a fasquia”. Aires Mateus expli-cou que “um projeto é sempre o resultado de muitos fatores e este teve o contexto mais extraordinário e mais profis-sional que já encontrámos”.

O arquiteto elogiou a autar-quia, “verdadeiramente inte-ressada em desenvolver um programa de grande ambição com relação ao programa cen-tral que era uma escola, apos-tou seriamente na criação e transformação do pretexto da escola numa coisa mais pode-rosa”, o que, na sua opinião, “pode verdadeiramente vir a infl uenciar a educação e as fu-turas gerações na região”.

Igualmente fundamental foi, para Aires Mateus, a con-tribuição da Universidade de Aveiro, “a escola é quase uma coautoria entre ambos. É raro haver uma programa-ção como existe aqui e fun-

damental porque a qualidade da pergunta é sempre a ambi-ção da qualidade da resposta”. A universidade aveirense é a responsável pelo Centro Inte-grado de Educação em Ciên-cias (CIEC) e a conceção e

equipamento do laboratório de ciências para o ensino for-mal das ciências para os pri-meiros anos de escolaridade e do espaço de educação não formal de ciência aberto ao público.

Um projeto inacabadoO presidente da autarquia,

Miguel Pombeiro, descreveu um projeto em constante evolução: “A parte física está consolidada, a outra parte da inovação e do projeto edu-cativo é algo que estará sem-pre inacabado e temos de nos empenhar para concretizar-mos a intencionalidade inicial do projeto.”

Após os discursos e pales-tra, os presentes tiveram di-reito a uma visita guiada pelo próprio arquiteto, Manuel Ai-res Mateus. A celebração do aniversário foi uma iniciativa da Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitetos, repre-sentada pelo seu presidente Pedro Costa, em parceria com o Município e Escola Ciência Viva de VNB.

Ricardo Alves

Gavin Eccles, professor e consultor inglês que vive em Portugal, esteve em Abrantes para falar de Marketing Inter-nacional. Numa palestra orga-nizada pela ESTA para apre-sentar a nova Pósgraduação em Marketing Territorial, o es-pecialista deixou bem claro que existem grandes opor-tunidades para as regiões do interior, ao contrário do que muitos pensam. Habituado a promover produtos e regiões internacionalmente, Ga-vin Eccles contrariou a ideia de que o futuro passa pelas grandes cidades: “As boas coi-sas e as boas ideias não vêm necessariamente do centros urbanos.”

Gavin Eccles deixou um conjunto de dicas que po-dem e devem ser aproveita-das por quem, na região, está a pensar na internacionali-zação. Em vez de tentar pro-mover um produto isolada-mente, a solução deve passar por consórcios de empresas. Por exemplo, todos os produ-tores de vinhos, juntos, a pro-moverem os seus produtos. Defendeu que há que per-der o medo da concorrência e, em vez disso, apostar num trabalho em conjunto, mais forte e com maior capacidade de resposta para grandes en-comendas.

No fundo, o que este es-pecialista defende é que é

preciso ter visão, combater a inércia, pensar em merca-dos que não sejam os mais óbvios, trabalhar com parce-rias e tirar partido do que é local. Nesta lógica de acen-tuar que projetos e ideias muito boas podem partir de regiões como Abrantes, Ga-vin Eccles reconheceu que a nova pósgraduação da ESTA, em Marketing Territorial (na qual vai dar aulas), pode ser uma excelente oportunidade para partilhar conhecimentos e experiências que permitam criar novas ideias de negócio com vista a promover a re-gião. A Câmara Municipal e a TAGUS apoiam esta nova for-mação da ESTA.

“As guerras não valem nada”

“Gangues” é o nome do fi lme que está a ser feito de raiz pelos alunos do 4º ano da EB1 da Bemposta. André Lucrécio, de nove anos, conta que se trata da his-tória de uma guerra entre frutas e legumes que acaba bem. A lição é que “as guer-ras não valem nada”, como explica Joana Marchante, de 10 anos.

António Tomás, professor da turma da Bemposta, ex-plica que o fi lme de anima-ção foi inteiramente con-cebido pelos alunos, que tiveram a ideia de usar ali-mentos, escreveram o argu-mento, elaboraram o ‘story-board’, construíram as per-

sonagens, os cenários e desenvolveram os restantes processos de realização. Este fi lme é apenas um dos que está a ser criado no âmbito do projeto “Realizadores de Palmo e Meio”, organizado pela Associação Palha de Abrantes e o Espalhafi tas ci-neclube.

Todo este trabalho foi rea-lizado em ambiente de aula com o apoio da formadora Graça Gomes. Na sua opi-nião, “uma coisa é não sa-ber o que está por trás do cinema de animação, outra coisa é saber desconstruir aquilo que vemos”.

Sem guerras nem gan-gues, todos estes pequenos

realizadores trabalham. En-quanto o professor dá a aula, dois alunos, à vez e acompa-nhados pela formadora, vão mexendo as personagens do fi lme e tirando as fotografi as necessárias, quase três mil, para a produção deste fi lme animado. Enquanto João Ca-troga grava as imagens, Lara Rodrigues certifi ca-se que as bocas e os olhos das perso-nagens estão no sítio.

As curtas-metragens reali-zadas vão estar em exibição entre os dias 20 e 24 de maio de 2013, no Cineteatro de São Pedro, em Abrantes.

Filipa Gonzagaaluna de Comunicação Social da

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VILA NOVA DA BARQUINHA

Escola Ciência Viva comemorou primeiro aniversário entre amigos

Boas ideias podem sair de pequenos territórios

• Arquiteto Aires Mateus fala sobre a inspiração que teve para fazer a obra

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MAIO 2013 ESPECIAL EDUCAÇÃO 13

• Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, aposta no rigor, no esforço contínuo, na curiosidade intelectual e no gosto pelo saber

Num momento em que estudantes e as suas famílias se preparam para o fi nal de mais um ano é letivo, é também tempo para começar a preparar o próximo. Conhecer um pouco melhor as escolas com oferta de ensino secundário, na zona de infl uência do Jornal de Abrantes, é o objetivo deste Especial Educação. Lançámos-lhes o desafi o de se apresentarem, destacando os projetos, as parcerias, as pessoas e as infraestruturas. Sete das escolas responderam

afi rmativamente. Com esta informação, os jovens que se preparam para entrar no ensino secundário fi carão, certamente, a conhecer melhor o que os espera. Este é um Especial Educação que conta com o apoio do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), uma opção a ter em conta pelos jovens da região, que entretanto vão terminar o ensino secundário, e que pretendem fazer o seu percurso num ensino superior profi ssionalizante e… perto de casa.

História, Vontade e DinamismoNão é possível fazer a história recente de

Abrantes sem destacar o papel fundamental que o LICEU desempenhou como escola de referência por onde foram passando diversas gerações e com muitos frutos de que todos os abrantinos se orgulham (médicos, gestores, advogados, docentes universitários, políticos, jornalistas,…). É esta memória e esta respon-sabilidade que, agora no Agrupamento Dr. Manuel Fernandes (desde 2008), procuramos continuar, com dinamismo e com vontade de fazer sempre melhor todos os dias.

Dispondo de um Projeto Educativo (PE) construído de forma amplamente participada por todos os atores educativos, temos por ambição “ajudar os alunos a encontrarem um caminho que, através do trabalho e do em-penho, transforme os seus sonhos em reali-dade….”( in PE).

Formação integral dos nossos alunosAs escolas do Agrupamento Dr. Manuel Fer-

nandes colocam o foco da sua atuação no trabalho realizado dentro da sala de aula. É aí que muito se decide, é no, e para o trabalho aí realizado que alunos, pais e professores de-vem conjugar esforços para que, além de co-nhecimentos, os alunos adquiram uma atitude de rigor e de esforço contínuo, que, em con-

junto com a curiosidade intelectual e o gosto pelo saber, os dote de uma base sólida para as aprendizagens futuras.

Em complemento ao trabalho central reali-zado na sala de aula, no nosso agrupamento temos a preocupação deixar espaço aos alu-nos para que os seus gostos e preferências pes-soais se manifestem. Assim, nas nossas escolas encontramos atividades diversificadas, que vão desde a música (grupo de bombos e tuna, em formação) ao cinema de animação, pas-sando pelo desporto escolar e pelos jogos ma-temáticos (ambos com resultados relevantes a nível nacional), pelas aulas de culinária, pelo Plano Nacional de Cinema, pelo Borboletário (projeto apoiado pelo programa Ciência Viva), por vistas de estudo diversas, etc.

O nosso Ensino secundário A Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes

(ESMF), escola sede do agrupamento, está, pela sua história e identidade, especialmente vocacionada para preparar os alunos para o prosseguimento de estudos no ensino supe-rior. No entanto, temos também sabido dar o nosso contributo para o ensino profissional na região em que Abrantes se insere, apresen-tando uma oferta diversifi cada.

No próximo ano letivo apresentamos como novidades a oferta do Alemão e de um curso

profi ssional na área do teatro – Curso de Inter-pretação – que conta com a mais-valia de ser apadrinhado por um dos maiores encenado-res portugueses: Jorge Silva Melo. O seu apoio, será certamente um garantia da qualidade do trabalho que pretendemos desenvolver nesta nova oferta.

Em complemento ao ensino rigoroso e exi-gente já referido, os nossos alunos do ensino secundário encontram um ambiente de es-cola estimulante e com espaço e tempo para manifestarem a sua criatividade e a sua inicia-tiva. São disso exemplo os momentos musicais de sua iniciativa na Biblioteca, as atividades da Associação de Estudantes ao longo do ano le-tivo e o espectáculo musical “As sem razões do amor”, que será apresentado no Cine-Teatro S. Pedro no dia 3 de maio. Realçamos ainda o pa-pel da Associação Juventude Amiga, das ex-posições temáticas itinerantes (em 2012/13: do Instituto Científico Tropical, da UNESCO, do Parlamento Europeu, do Museu da Repú-blica e da Resistência, do Museu do Azulejo), das Conferências do Liceu e do Livro de Curso (12.º ano).

As nossas vitórias- resultados dos exames nacionais no último

ano lectivo, pois, mesmo num contexto difí-cil, nos exames do 9º ano os nossos resultados

estão no grupo das 20% melhores escolas do país e nos exames do ensino secundário faze-mos parte do grupo das 25% melhores escolas do país (in, http://besp.mercatura.pt/pagina.php?codPagina=1)

- envolvimento e diálogo permanente com as 5 Associações de Pais e Encarregados de Edu-cação de todas as escolas do agrupamento

- as parcerias com diversas entidades fazem parte do nosso trabalho do dia a dia, de que destacamos a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, a ESTA, a Associação Palha de Abrantes, a Escola Prática de Cavalaria, entre outras entidades

- a satisfação dos nossos alunos: 70% estão globalmente satisfeitos com a escola, com a relação que os professores e os directores de turma estabelecem com eles

- a satisfação dos pais: 75% estão satisfeitos com a comunicação com professores e direc-tores de turma e 70% manifesta-se satisfeito com a ordem e disciplina existente na escola.

Se quiser conhecer melhor o nosso trabalho visite-nos em http://www.esmf.pt

* Entre a produção e a impressão desta edição, foi conhecida a fusão entre o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes e o Agrupamento de Escolas de Tramagal dando origem a outro Agrupamento que, provisoriamente, se chamará Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes.

Escolas da região com ensino secundárioapresentam as suas marcas distintivas

Escolas Dr. Manuel Fernandes apostam no rigor,na curiosidade intelectual e na criatividade *

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Page 14: Jornal de Abrantes - Maio 2013

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14 ESPECIAL EDUCAÇÃO MAIO 2013

O Agrupamento Escolar de Tramagal funda-menta a sua ação na formação integral de to-dos os membros da comunidade educativa, tornando-os intervenientes ativos e partici-pativos, promotores da inovação e mudança. Coerente nos princípios que estabelece, dis-tribuidor de responsabilidade, fl exível no seu desenvolvimento, inovador, atento às rea-lidades locais e às aspirações de cada um, o Agrupamento assume-se como entidade promotor do sucesso escolar e educativo, com plena abertura à sociedade envolvente. Atualmente, tem em funcionamento 23 tur-mas (desde o ensino pré-escolar ao Ensino Secundário), com o total de 450 alunos.

Oferta EducativaA escola é um organismo autónomo, mas a

sua ação faz-se com os recursos do contexto em que se insere, devendo ser, por um lado, um polo dinamizador da evolução progres-siva do meio e, por outro, correspondendo à necessidade da futura integração harmo-niosa da população escolar na vida ativa.

Reconhecendo que a escola tem um papel fundamental a desempenhar, sentimos que devemos ajustar a oferta formativa às neces-sidades do mercado, apostando na formação dos nossos jovens, diversifi cando as ofertas, numa tentativa de ir ao encontro das suas reais necessidades / interesses.

Assim, após o levantamento de dados e a análise das informações recolhidas junto da população escolar, relativamente às saídas profissionais / prosseguimento de estudos, colocámos em funcionamento o Curso Profi s-

sional de Técnico de Apoio à Gestão Despor-tiva e o Curso Ciências e Tecnologias.

Com a incerteza que caracteriza a atual si-tuação do nosso Agrupamento (em processo de agregação) as informações quanto às ofer-tas formativas a disponibilizar não poderão ser consideradas definitivas. Deste modo para o próximo ano letivo prevê-se oferecer o Curso Profi ssional Técnico de Apoio Psicos-social assim como o Curso Profi ssional de Téc-nico Auxiliar de Saúde.

Pretende-se também a abertura de um Curso de Educação e Formação, Tipo 2 de Operador de Informática. No que concerne o ensino regular dar-se-á continuidade ao Curso de Ciências e Tecnologias.

MéritoA Escola reconhece o desempenho dos seus

alunos e valoriza-o, afi xando um Quadro de Honra no átrio, publicando também o mesmo na página WEB do Agrupamento.

No início de cada ano letivo, a nossa bene-mérita, Dra. Maria Helena Duarte Ferreira, ofe-rece um prémio monetário ao aluno que rea-lizou todo o seu percurso no Agrupamento e tenha entrado no Ensino Superior. Na mesma ocasião, os alunos com melhor desempenho recebem também uma lembrança e a Caixa de Crédito Agrícola de Tramagal atribui um prémio ao aluno que se destaque pelos seu valores e atitudes (cooperação, solidariedade, respeito,…). No ano letivo passado, a aluna de 12º ano com melhor média foi Ana Caro-lina Alarico, com 18 valores, em Ciências e Tecnologias.

Parcerias O Agrupamento celebra parcerias nas dife-

rentes áreas, com o objetivo de estabelecer uma cooperação interinstitucional e transfor-

mar a Escola num centro de aprendizagem abrangente e alargado aos diferentes hori-zontes da comunidade educativa.

ProjetosEducação para a Saúde, Eco-Escolas, Escola

Electrão, Olimpíadas da Matemática, Olimpía-das da Química, Rádio Escolar, Clube de Artes e Música, Jornal Escolar, Concursos Concelhio e Nacional de Leitura, Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, Clube de Jardinagem,…

É de salientar a participação ativa nas Provas de Desporto Escolar onde os nossos alunos alcançam resultados dignos de registo.

Exposição no espaço DRELVT, Lisboa – obras de pintores famosos recriadas pelos alunos, na disciplina de Educação Visual

Exposição de presépios e Exposição “ Os Di-reitos da Criança” – abertas à comunidade

Colaboração com a Universidade da Terceira Idade de Tramagal, partilhando experiências e recursos humanos;

Receção dos idosos dos Centros de Dia, com a apresentação de músicas e teatro.

O Agrupamento de Escolas de Vila de Rei é constituído pela escola sede, escola básica e secundária do centro de Portugal, e pelo jard-im-de-infância.

Na escola sede, somos 50 docentes, quase 380 discentes, 29 assistentes, dos quais seis estão sempre disponíveis para um atendi-mento personalizado nos serviços adminis-trativos, e 23 assistentes operacionais, sempre disponíveis para atenderem e encaminhar qualquer visitante do nosso agrupamento. São eles o cartão-de-visita do agrupamento desde o momento que entram, 7h30m, até ao momento em que saem,19h30m. São eles os primeiros confi dentes, são eles os primeiros a fazerem o curativo, são eles os primeiros que encaminham e são eles que preparam o am-biente de conforto e segurança que os nossos

jovens e as suas famílias merecem. Convém relembrar que existe uma equipa que nos ali-menta e que bem que elas cozinham.

A aposta do agrupamento é na oferta formativa de qualidade, e que grandes pro-fi ssionais nós temos. Constituem uma equipa coesa e com ambições de levar os nossos alu-nos a serem os melhores profissionais seja a área que for…. Assim, a oferta vai desde o pré-escolar, ao 1º Ciclo, ao 2º ciclo, com a oferta do ensino articulado de música, ao 3º ciclo até ao ensino secundário regular, com a oferta de científi co, humanidades, curso pro-fi ssional de técnico de turismo.

A nossa missão é sermos uma escola de re-ferência na região, para tal contribui o nosso projeto educativo…

Tramagal, uma escola que reconhece e valoriza o desempenho dos seus alunos

• O Agrupamento Escolar do Tramagal tem diversas parcerias, com entidades públicas e privadas, com vista a melhor desenvolver os seus projetos

• O Agrupamento de Escolas de Vila de Rei releva que promover um ensino de referência é o grande objetivo

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA DE REI

O ensino regular a par do ensino articulado de música

Infraestruturas

A Escola sede dispõe de salas de aula equipadas com computador, quadros interativos e vídeo projec-tor; Salas de informática; Centro de Recursos, Campo de jogos e Pavi-lhão Gimnodesportivo (da CMA e utilizado pelos nossos alunos).Alguns espaços da escola sede ne-cessitam de reabilitação, já solici-tada mas ainda não realizada.

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Page 15: Jornal de Abrantes - Maio 2013

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ESPECIAL EDUCAÇÃO 15MAIO 2013

O Agrupamento de Escolas de Constância teve a sua instalação em 1999, cimentado num trabalho que já era articulado entre as diversas escolas do concelho através do de-senvolvimento de projetos comuns, e sem imposição legal. A Escola sede do Agrupa-mento, Escola Básica e Secundária Luís de Camões, que completou 21 anos de funcio-

namento, deve o seu nome à profunda liga-ção que Constância tem com um dos maiores poetas portugueses.

O Agrupamento de Escolas de Constân-cia é composto, para além da Escola Básica e Secundária, pelos estabelecimentos de en-sino de Montalvo e dois Centros Escolares – Santa Margarida e Constância - recentemente

construídos, que se constituem como exem-plos de infraestruturas capazes de conciliar a exigência do trabalho educativo e os servi-ços de apoio à família fundamentais nos atual contexto social e tem, no presente ano letivo uma população de cerca de 700 alunos, 70 docentes e 25 membros do pessoal não do-cente. Uma família educativa onde a principal linha condutora é o investimento na apren-dizagem.

As nossas apostas …Para além do ensino regular, nos diversos ci-

clos de ensino, tem sido proporcionado um conjunto de ofertas educativas de vertente profi ssional, com principal ênfase nos cursos de restauração – cozinha e bar, com sucesso do ponto de vista de enquadramento pro-fi ssional e taxa de conclusão. Outra vertente da formação escolar é a aposta no ensino ar-ticulado da música, existindo, atualmente, três turmas de ensino articulado onde os alu-nos desenvolvem – em parceria com o Cho-ral Phydellius e a Associação Filarmónica de Montalvo - as aprendizagens específi cas na área da música.

Para além do ensino formal, o Agrupamento tem vários projetos que procuram desen-volver competências nos seus alunos e, ao

mesmo tempo, desenvolver uma forte liga-ção comunitária e ao local. Exemplos des-ses projetos são as Pomonas Camonianas e o Grupo Moviritmos – um grupo de percus-são e ginástica que tem sido chamado para várias atuações em diferentes contextos e lo-calidades, para além da aposta no desporto, nomeadamente na ginástica, equitação e natação.

O que nos distingue…Este agrupamento distingue-se pela pro-

funda ligação que tem à comunidade onde se insere, pela articulação do trabalho educativo com os diversos parceiros e é reconhecido no âmbito regional e nacional pela qualidade do trabalho pedagógico desenvolvido, com res-postas diferenciadas para os diversos públi-cos que o agrupamento serve, do qual a orga-nização das disciplinas de Inglês, Matemática e Português por nichos de aprendizagem e a oferta de percursos escolares diferenciados são exemplos que convergem para o desen-volvimento da sua missão: proporcionar a to-dos os seus alunos um percurso educativo de sucesso, permitindo o desenvolvimento das suas capacidades e aptidões.

Constância oferece respostas diferenciadas para públicos diversos

• Vários projetos ligam o Agrupamento à comunidade

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O Agrupamento de Escolas de Sardoal possui como escola sede a Escola EB 2,3/S Dra. Maria Judite Serrão Andrade. Natural de Sardoal, licenciada pela Universidade de Coimbra em ciências históricas e fi losófi cas, a Dra. Judite foi a fundadora da Escola e a grande impulsionadora do Ensino Público na vila de Sardoal. Trata-se de uma escola pequena, com um ambiente familiar em que

todos se conhecem pelo nome.

InfraestruturasApesar de antiga, a Escola encontra-se bem

equipada, existindo um computador e um vídeo-projetor em todas as salas, alguns qua-dros interativos e computadores portáteis para requisitar. Os alunos podem ainda usu-fruir do polivalente onde se encontra o Bar

e a Associação de Estudantes, do refeitório escolar e do Pavilhão Gimnodesportivo. Os professores de Educação Física podem ainda lecionar natação nas suas aulas, devido ao protocolo existente entre a Câmara Munici-pal e a Escola que permite a utilização da Pis-cina Coberta.

CursosA Escola tem como oferta formativa o

Curso Científico-Humanístico (Ciências e Tecnologias e

Línguas e Humanidades) e Cursos Profi ssio-nais, sendo que este ano tem em funciona-mento o 3º ano do Curso de Técnico de Tu-rismo e o 2º ano do Curso de Técnico de Auxi-liar de Saúde.

ProjetosO Agrupamento de Escolas de Sardoal

pauta-se pelo seu dinamismo e espírito ativo, sendo desenvolvidos por professores e alunos uma multiplicidade de projetos. E-Twinning, Programa Eco-Escolas, Parla-mento dos Jovens, Projeto EMPRE – Empre-sários na Escola, Rock in rio/Escola Eletrão, Desporto Escolar, Clube da Fotografi a Digi-tal, Clube do Leitor e “A falar é que a gente se entende” – Mediação de Confl itos, são ape-

nas alguns deles.

Prémios e DistinçõesForam vários os prémios que o Agrupa-

mento foi alcançando ao longo dos tempos. Podem apontar-se como exemplos o Prémio Nacional 2012, na categoria especial Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da So-lidariedade entre Gerações alcançado pelo E-Twinning; o Prémio Escolar da Fundação Montepio, em 2009; e Melhor Empresa EM-PRE 2012, alcançado pelos alunos da 2700

turma do Curso Profi ssional de Técnico de Turismo no âmbito do Projeto EMPRE. Este ano uma aluna do 7º ano conseguiu a Meda-lha de Bronze no Concurso “Uma Aventura Literária 2013 - Modalidade Olimpíadas da História”.

No âmbito do Desporto Escolar, este ano le-tivo, a Escola alcançou 1º, 2º e 3º lugares em diversas categorias de Ténis de Mesa e Bad-mington e o 2º lugar numa das categorias do MEGASPRINT.

No âmbito do Programa Eco-Escolas, a es-cola tem merecido ao longo dos anos distin-ções que reconhecem o trabalho desenvol-vido na defesa do ambiente.

Ambiente familiar, onde todos se conhecem pelo nome

• Sardoal destaca-se em várias áreas, desde o Ambiente até ao Badmington

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SARDOAL

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16 ESPECIAL EDUCAÇÃO

Agrupamento e oferta formativaO “AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERDE HO-

RIZONTE” foi homologado em 11 de Abril de 2001. O nome do Agrupamento funda-se no facto do município de Mação se integrar, na altura da sua constituição, na maior mancha privada de pinheiro bravo da Europa. A cor verde marcava todo o horizonte do concelho, daí que a marca “Verde Horizonte” fosse ado-tada pelo município e pelo Agrupamento de Escolas.

Para além do ensino regular, o Agrupamento tem, na sua oferta formativa para 2013/14, dois Cursos de Educação e Formação (Comér-cio e Floricultura e Jardinagem) e seis Cursos Profi ssionais: no 10º ano, Proteção Civil, Me-catrónica Automóvel e Serviços Jurídicos; no 11º ano, Hotelaria e Restauração e Técnico Profissional de Saúde; no 12º ano, Técnico Profi ssional de Marketing.

Projetos- Projeto SAPEeN - A Sala Apoio e Prepara-

ção para o Estudo dos Exames Nacionais (SA-PeEN) é um espaço onde se faz um apoio in-dividualizado ou em grupos aos alunos que vão realizar Exames Nacionais no ano letivo de 2012/2013.

- Projeto 100% - Melhorar os níveis de assi-duidade, comportamento e aproveitamento escolar.

- Projetos: Jornal “ Horizontes”, Verde hori-zonte On-line e Televisão “Horizontes “ - Divul-gação e promoção do conjunto de atividades

desenvolvidas no Agrupamento Vertical de Escolas Verde Horizonte.

- Projeto “Aprender ciências experimen-tando” - Transmitir conhecimentos científi cos de forma acessível, despertando o espírito científi co nos alunos e desenvolver o gosto pela ciência.

- Projeto no âmbito da educação em em-preendedorismo - Proporcionar aos alunos uma visão geral de empresa, incutindo e po-tenciando competências empreendedoras.

- Projeto “Um olhar sobre o nosso Patrimó-nio Cultural – Memórias do Passado” - Con-tribuir para o conhecimento do património cultural e para a aproximação familiar e social entre gerações.

Clube Europeu - Participação e organização de atividades que contribuam para a dimen-são europeia na educação e na comunidade escolar.

Prémios/distinçõesGonçalo Matos, 1º lugar nas Olimpíadas Na-

cionais da Matemática; 1º lugar no concurso “Marie Curie, uma mu-

lher pioneira na investigação científi ca” da UBI – 2011;

2º lugar no concurso “Se eu fosse ... cientista” do jornal Ciência Hoje do Ciência Viva – 2011;

EmpreEscola (Concurso de empreendedo-rismo): Melhor ideia empresarial do Distrito;

Prémio de Mérito atribuído pela CMM ao me-lhor aluno de Ciclo do Agrupamento;

Prémio Gonçalo de Matos atribuído ao me-

lhor aluno do 12º ano do Concelho de Mação.

Vitórias DesportivasDois alunos fi caram apurados para as regio-

nais de Natação, foram ainda mais dois convi-dados para participar devido ao desempenho da equipa.

Nas Atividades Rítmicas Expressivas a equipa alcançou o 2º lugar da Zona Norte.

No Futsal feminino obteve, nos regionais, o 2º lugar.

ParceriasA CMM oferece aos melhores alunos do

Agrupamento uma semana na Universidade (Júnior) do Porto e promove Viagem à Eu-ropa.

O Museu de Mação promoveu um projeto em todo o concelho denominado “Um olhar sobre o nosso Património Cultural: Histórias das nossas Memórias”.

Biblioteca Municipal desenvolve vários pro-jetos ao longo do ano letivo, em parceria com o Agrupamento.

Salas apetrechadasTodas as salas têm computador e projetor,

tendo ainda algumas quadros interativos. Pavilhão Desportivo e Ginásio - Utilização

diária das Piscinas Cobertas que se encon-tram junto à escola.

Três laboratórios devidamente equipados.Refeitório e Restaurante Pedagógico.

MAIO 2013

• Um dos seis cursos profi ssionais é de Hotelaria e Restauração

A promoção do património e o empreendedorismo, entre outras apostas

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERDE HORIZONTE, MAÇÃO

Criada em 1989, a Escola Profi ssional de De-senvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), fruto da vontade de um conjunto de entida-des promotoras, foi criada pelo D. L. nº 26/89 e a 22 de maio de 2000. Transformada em es-cola da rede pública dos estabelecimentos de ensino do Ministério da Educação e Ciência, tem como lema das éclogas de Virgílio, “car-pent tua poma nepotes”.

A formação ministrada desenvolve-se dentro da Matriz Rural que nos caracteriza e abrange um conjunto de áreas que vão desde a agricultura, floresta, equitação, tu-rismo ambiental e rural, higiene e segurança, proteção civil, animação sociocultural e pada-ria/pastelaria.

Para além da formação/qualifi cação, a EP-DRA apresenta-se como promotora das ati-vidades económicas e sociais, sobretudo no âmbito das áreas da formação ministrada e na região onde se insere.

Esta é uma região de um enorme valor cul-tural, grande biodiversidade ambiental, resul-tado da convergência das províncias do Rib-atejo-Alentejo e Beiras.

Fruto da atividade inerente à formação, a EP-

DRA, produz e transforma uma variada gama de produtos agrícolas, de qualidade reconhe-cida, que comercializa diretamente e em con-junto com outros produtores da região, num projeto designado de “PROVE”.

Atendendo ao conjunto de infraestruturas existentes nos dois polos (herdade e centro escola) oferece alojamento a alunos oriun-dos das mais variadas regiões do País, bem

como de países de expressão Portuguesa, com quem mantem protocolos, nomeada-mente ( São-Tomé e Príncipe, Moçambique e Cabo Verde) apresentando-se assim como uma escola Multicultural.

A EPDRA mantém protocolos/parcerias com escolas congéneres do sul de França, região da Estremadura Espanhola e faz parte da As-sociação Portuguesa das Escolas Profi ssionais

Agrícolas que é associada das escolas Profi s-sionais Agrícolas da Europa. É geminada com o Instituto Médio Agrário de Boane – Moçam-bique.

Ao nível da Biblioteca Escolar colaboração com a escola do 1º ciclo de Mouriscas e a As-sociação de Terceira Idade de Mouriscas (ACA-TIM), na exploração agrícola participação na iniciativa de venda de cabazes hortofrutícolas (Prove) com outros produtores da região, par-ticipação em diversas atividades, tais como feira da doçaria, encontros Ibéricos do Azeite, Rota do Tejo, feira Nacional de Agricultura, bolsa de Turismo de Lisboa, Feira das Qualifi -cações, etc…

Neste ano letivo a EPDRA mantém em fun-cionamento diversos cursos profissionais e de Educação Formação, num total de 320 alu-nos, 58 professores e 34 não docentes, num espaço escolar constituído por dois polos, uma herdade com 62 há e o edifício centro es-cola, com capacidade para alojar 120 alunos.

A equipa diretiva é constituída pelo diretor, João Quinas, pela subdiretora, Rita Alves, e pelo diretor adjunto, Paulo Vicente.

• A Escola Profi ssional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), na Herdade da Murteira, com as suas valências de apoio à formação

Para além do ensino, a exploração agrícola como atividade económicaESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE ABRANTES

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18 MAIO 2013DEFESA

O Exército tem sido, nas últi-mas décadas, alvo de sucessi-vas reestruturações, cujo ob-jetivo principal sempre foi a adequação do dispositivo de forças às necessidades reais do país. O processo de rees-truturação do Exército por-tuguês já levou à extinção das regiões militares, ao en-cerramento de unidades, à transformação de outras, à descentralização de órgãos

superiores do Exército e à desburocratização das suas estruturas.

Presentemente, vamos ter oportunidade de assistir a mais alterações desta natu-reza e que vão começar a ser implementadas já a partir de outubro com início do novo ciclo de instrução.

Foi assim que, à margem das celebrações do 35º ani-versário da Brigada Mecani-

zada de Santa Margarida, o Chefe do Estado-Maior do Exército–General, Artur Pina Monteiro, anunciou, no âm-bito de mais uma reestru-turação do Exército, a trans-ferência de várias unidades militares para a futura Escola de Armas em Mafra. Desta forma, a Escola Prática de Ca-valaria, sediada em Abrantes, vai para Mafra, recebendo Abrantes uma unidade poli-

valente do exército.Já o Regimento de Enge-

nharia nº 1, situado na Ponti-nha em Lisboa, vai aumentar a sua capacidade operacional com a deslocalização, para as instalações da Escola Prática de Engenharia de Tancos, em Vila Nova da Barquinha.

Como referiu ao Jornal de Abrantes o Tenente-Coro-nel de Cavalaria Jorge Pedro, porta-voz do Exército, “esta

mudança decorre no âmbito do projeto de reestruturação do exército português e vai envolver as escolas práticas de Infantaria, Artilharia, Cava-laria, Engenharia e Transmis-sões que desta forma vão dar origem à futura Escola das Armas, em Mafra”. A implan-tação global da Escolas Prá-ticas em Mafra vai demorar cerca de dois anos.

O General Artur Pina Mon-

teiro disse que o Regimento de Artilharia nº 5, situado na Serra do Pilar, no Porto, vai ser transferido para Vendas Novas, onde está neste mo-mento instalada a Escola Prá-tica de Artilharia, e que a nova Escola das Armas deverá co-meçar a funcionar no “início do próximo ciclo de instrução” militar, no mês de outubro.

Francisco Rocha

“Procuramos melhorar e rentabilizar os recursos que temos”

O General Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), Ar-tur Pina Monteiro, esteve, no dia 9 de abril, no Campo Mili-tar de Sta. Margarida para pre-sidir às comemorações milita-res do 35º aniversário da Bri-gada Mecanizada (BrigMec). Foi recebido com as honras militares pelo Major-General Comandante da Brigada, An-tónio Xavier Lobato de Faria Menezes.

“Orgulho nos meus ho-mens”. Estas foram as primei-ras palavras que o Coman-dante da Brigada Mecanizada utilizou para descrever tudo o que sentiu ao ver o desfi le das forças em parada, com cerca de 600 homens apeados e 200 em viaturas.

A Brigada Mecanizada tem todos os anos forças desta-cadas para o Kosovo, Líbano e Afeganistão. Para o Major-General António Menezes, to-das as missões internacionais

são “prioridade do exército”. Lembrou que, por Portugal pertencer a um conjunto de alianças que garante a segu-rança de forma global, “temos de ter alguma credibilidade e por vezes o vetor militar é utilizado como parceiro cre-dível”.

Sobre cortes fi nanceiros que possam vir a prejudicar a Bri-gada, o Comandante apenas refere que “as medidas são tomadas sempre em perma-nência, tentando que os re-cursos cheguem, planeando tudo e, portanto, ainda não foi afetado nada do treino ope-racional”.

Numa alocução alusiva às co-memorações do dia, o CEME referiu que a Brigada Mecani-zada, “apesar dos constrangi-mentos fi nanceiros, consegue mostrar que utiliza e sabe uti-lizar os meios de que dispõe”, mantendo uma particulari-dade de força decisiva, “aquela

que reúne em si própria as va-lências de uma força”. Ao des-crever o que sentiu durante a cerimónia, o CEME referiu: “Como comandante do Exér-cito, senti-me confortado”.

À margem das celebrações do 35º aniversário da Bri-gada Mecanizada, e questio-nado sobre alguns dos pro-blemas que o país atravessa, Pina Monteiro mostrou-se oti-mista em relação aos cortes que o Exército possa vir a so-frer, referindo que o sistema militar continua a ser impor-tante para garantir segurança e proteção das pessoas: “Não há nenhum país que não te-nha Forças Armadas, estas es-tão intimamente ligadas ao Estado, ao país.”

Sobre as difi culdades fi nan-ceiras, o CEME relembra que todos “estamos em conten-ção, procuramos melhorar e rentabilizar os recursos que temos”, não se pode “exigir

do país o que o país não nos pode dar neste momento”, o mais importante é “haver von-tade coletiva”.

Artur Pina Monteiro disse ainda que o encerramento de unidades militares só acon-tecerá “em último caso”, uma vez que “as unidades pro-duzem força e se fecharmos unidades deixamos de ter força”. Por isso, o Exército está “a preparar a reorganização” nas grandes cidades de Lis-boa e Porto. O CEME explicou que vai “procurar concentrar” tudo o que sejam órgãos de serviços administrativos e de apoio. Quanto a Sta. Marga-rida, frisou que “este campo militar tem sido importante e determinante no treino ope-racional do Exército, com ca-pacidades das quais não po-demos abdicar”.

Ana Rita Martinsaluna de Comunicação Social da ESTA

Escola Prática de Cavalaria sai de Abrantes

• Chefe-General do Estado-Maior do Exército no 35º Aniversário da Brigada Mecanizada

MILITARES DA BRIGADA MECANIZADA REGRESSAM DO KOSOVO

“Consciência de dever cumprido”

O Agrupamento Índia/FND/KFOR, unidade mobi-lizada pelo Quartel de Ca-valaria da Brigada Mecani-zada, regressou do Kosovo no passado mês de março, com “a consciência de de-ver cumprido e de ter con-tribuído com a sua ação para a estabilidade e paz ” naquela região, conforme sublinhou o Major General da Brigada Mecanizada.

No dia 8 de abril foi feita a entrega do Estandarte Na-cional, símbolo que acom-panhou a força durante os seis meses na missão de paz. “Satisfação e orgulho” foram as palavras que o co-mandante da força, Ten-ente-Coronel José Talam-bas, usou para descrever o momento.

Ao longo destes seis me-ses, o Agrupamento Índia, constituído por militares portugueses e húngaros, e ao comando do Tenente-Coronel José Talambas, manteve-se sempre como uma força de reserva tática. “Dizia aos meus homens que nós éramos o último machado, se alguma coisa corria mal tínhamos de che-gar e resolver a situação.”

Semanalmente trabalha-vam em treinos operacio-nais com todas as forças do teatro, “quer fossem ameri-canos, alemães ou qualquer outra nacionalidade”.

No teatro de operações, foram executadas diversas operações onde foram pos-tos à prova conhecimentos que os militares levaram do teatro nacional. “Fomos vá-rias vezes referidos como aqueles que tínhamos a maior qualidade em termos de formação, cumprindo todas as missões que nos foram atribuídas, com ex-trema dedicação e profis-sionalismo”, referiu com or-gulho o Comandante da força.

Num balanço fi nal, o Co-mandante do Agrupa-mento confessou: “Quando vim embora com a minha força senti um misto de sau-dade e de regozijo, porque voltamos para a nossa famí-lia, para o nosso país, mas também senti que deixá-mos lá algo, o nosso cora-ção fi cou um bocadinho no Kosovo.” Se pudesse, “volta-ria já amanhã”.

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20 MAIO 2013JORNAL DE ABRANTES FAZ 113 ANOS

Fundado precisamente há 129 anos, em 16 de março de 1884, surge em Abrantes, numa primeira vez, pela mão de Neves Holtreman, o Jornal de Abrantes. Depois de um breve interregno de alguns anos surge novamente, agora de forma contínua, em maio de 1900.

Assumindo-se como “folha poli-tica, litteraria e noticiosa” é, ainda hoje, um marco da imprensa regio-nal e um dos poucos sobreviventes da imprensa secular em Portugal, facto que só por si merece conside-ração e homenagem. É justamente isso que se pretende aqui realçar: a evocação desse património co-letivo ao serviço dos anseios da re-gião e a recordação dos seus pri-mórdios editoriais.

A redação situava-se na Rua da Cor-redoura entre o Largo de Sant’Ana e o fundo da travessa do Teatro o que constituía motivo de orgulho já que era impresso e composto na sua totalidade, em Abrantes, em tipo-grafi a própria. Este aspeto não era de todo estranho à população uma vez que desta forma eram criados postos de emprego e se mantinha o sentido regional dos seus conteú-

dos. Tinha quatro páginas e custava quatro cêntimos.

Conforme podemos observar no epíteto do seu cabeçalho, a linha editorial era Defensora da Demo-cracia, dos princípios Liberais e do Partido Progressista, defensor dos interesses nacionais e da região cer-tamente o mais antigo e o jornal de maior expansão da região centro do país. Entre mezinhas de xaro-pes e pastilhas para o estomago, o unguento das necessidades único que cura feridas antigas em pouco tempo e rabanos iodado para creanças rachiticas e escrupholosas, ressalta também uma página desti-nada a um folhetim, normalmente um romance sentimental ou dra-mático, de um autor da época, que por certo faria as delícias de muita gente, uma vez por semana, como se de uma telenovela se tratasse.

Nesse sentido, propusemo-nos desfolhar as suas pálidas folhas mar-cadas pelo passar dos anos e tentar descobrir o sentir da época e das populações para acontecimentos dignos de registo na vida da nossa sociedade. Os episódios escolhidos foram, respetivamente, o 25 de abril

de 1974 e as cheias de 1979, do rio Tejo.

O que perpassa da sua leitura é uma interpretação sentida, por ve-zes infl amada e eufórica, duma re-volução que nos veio trazer a demo-cracia, depois de 48 anos de dita-dura fascista expressa, por exemplo, no título de um dos artigos “ o mo-vimento histórico do 25 abril” e o “programa da Junta de Salvação Na-cional” e “General Spínola governa o país” e as grandes manifestações do 1º de Maio “verdadeiramente gran-diosas e entusiásticas”.

Já sobre as cheias do rio Tejo, rev-ela-se a tristeza e o desespero das pessoas, naquelas que foram uma das maiores cheias de que há me-mória e a que chamavam “Tejada” e que eram “motivo de todas as con-versas das gentes da baixa Abrantes” e o agradecimento ao presidente da Junta, José Pombo, que viveu estes problemas “mesmo a sério” como nos revela Salgado Tomás.

Fica aqui a recordação de décadas de História que, semana após se-mana, agora mês após mês, segue na senda dos desígnios dos seus pioneiros. Hoje, como outrora, ao

serviço da população de Abrantes.Como curiosidade, aqui se trans-

creve um aviso da primeira edição: “O Jornal de Abrantes não pode sustentar-se sem a proteção das pessoas a quem remetemos o pri-meiro número e ás quaes o favor da sua assignatura; ás que não qui-serem assignar pedimos o obse-

quio de devolverem o jornal, na cer-teza porém, depois de recebido e não devolvido, as consideraremos assignantes e lhes enviaremos em tempo o competente recibo.”

Francisco Rocha

Um jornal centenário pode mor-rer? Pode. Mas não deve. A morte de um jornal é sempre um desastre. A de um jornal centenário é ainda maior.

Uma história de serviço a uma re-gião, como é a do Jornal de Abran-tes, torna-o um património coletivo e cria maior responsabilidade de fu-turo. Mas também torna mais difí-cil, mesmo arriscada, uma mudança signifi cativa. Que é, no entanto, ne-cessária, urgente. Essa mudança fê-la o JA em 2009. Sou suspeito, mas devo dizê-lo que a fez com êxito. Mudou e manteve-se vivo, com o mesmo espírito de serviço à região, continuando a ser reconhecido por isso.

Mas o mais importante não é o já feito, mas o por fazer. Um jornal pode morrer de um momento para o outro. Por isso, os próximos anos são sempre potencialmente mor-tais.

Vemos a nível mundial a morte

progressiva da imprensa escrita, cujos títulos estão a migrar para o di-gital, mas com grandes difi culdades em encontrar aí a sustentabilidade económica. É o fim do jornalismo escrito?

Há quem diga que o jornal local ou regional, com um jornalismo de proximidade, tem futuro. Mas não vai ser fácil.

Antes de mais, continua a ter de enfrentar todas as difi culdades do jornalismo, acrescidas de ser um jornalismo de proximidade. O jor-nalista encontra-se quase todos os dias com aqueles que são objeto da sua informação. Por isso está sujeito a muitas formas de pressão, subtil ou direta.

Mas o que parece comum é a falta de gestão – e tem sido este o ponto fraco do jornalismo de pro-víncia, com os jornais a morrerem, ou manterem-se numa morte lenta. O negócio não é apetecível por falta de rentabilidade. E não há jorna-

lismo profi ssional que se sustente sem receita que pague os profis-sionais.

Sendo assim, o principal problema é mesmo o da profi ssionalização de uma gestão ou a criação de um mo-delo de negócio capaz de garantir ao mesmo tempo um bom produto de jornalismo e a criatividade que lhe dê a sustentabilidade econó-mica. Terá de enfrentar a prova da crise económica, o desafi o das no-vas tecnologias e um público cada vez mais exigente. E terá, para isso, de dispor de uma boa teoria para fazê-lo, pois sem uma boa teoria não se encontram bons resultados, dado que o acaso não é amigo de confi ança.

E uma coisa parece certa, o jorna-lismo dominante nas escolas e nos grandes jornais não parece ser a res-posta necessária. Ou seja, está tudo por fazer.

Alves Jana

Jornal de Abrantes, entre a defesa da Democracia e o folhetim

Parabéns sob ameaça

Page 21: Jornal de Abrantes - Maio 2013

jornaldeabrantes

21MAIO 2013 JORNAL DE ABRANTES FAZ 113 ANOS

Com estes juros vê-se que ainda não tinha chegado a grande crise de 1929. Essa só iria aparecer em Outubro…

Mas até lá… Bebam todos Cerveja Jansen, porque a Jansen é a melhor cerveja que há!

Histórias da nossa História

Momentos que fi caram

O Jornal de Abrantes – Semanário Democrático iniciou a sua publicação a 27 de maio de 1900, atravessou todo o século XX e chegou aos nossos dias. É o maior exemplo de continuidade na imprensa escrita local.

11 marçoComprar e vender. Processo quase tão ve-

lho como a História da Humanidade.Mas o que se compra e o que se vende

hoje não é o mesmo que se comprava e vendia noutros tempos. Recuemos mais ou

menos um século.Fomos espreitar o Jornal de Abrantes de

1929, exatamente no mês de março e fo-mos ver o que a publicidade então. E era assim:

Vende-se arreio de charreteTrata Manuel Nunes Pratas de Abrantes

Vende- se CALEm pequenas e grandes quantidades

Manuel Ferreira Papoula Alferrarede

Vende-se GrafonolaTrata António Filipe / R.5 Out.

Abrantes

Vende-se carro de boisPouco usado, trata Joaquim Paulo

Stª Margarida, Constância

Vende-se uma mulaTrata Zeferino Alves da Silva, Rocio de

Abrantes

Vende-se bagaço de azeitonaÀ fanga ou à tonelada

Trata Felismino Paulo, Constância

Mas havia também os serviços que se anunciavam, e aqui encontramos:

Ofi cina de tanoeiroFaz todos os trabalhos de tanoaria

Em Alferrarede

Serviço de CarreirasEntre a estação de Abrantes e a cidade

Berta Ramos – Parteira diplomadaFaz partos, consultas sobre gravidez, injeções e tratamento de senhoras

Grátis aos pobres

Rua Santos e Silva - Abrantes

A POPULARChapelaria, sapataria e camisaria

Executa calçado de agasalho e polainas Executa também todos os trabalhos

de chapéus de senhora e criança pelos últimos modelos

Tudo a preços que ninguém faz!Prª Barão da Batalha - Abrantes

Regimento de Infantaria 2O Conselho Administrativo deste

regimento, faz público, que dia 7 de Abril, pelas 14 h, procederá à venda em hasta pública de todas as botas deixadas fi car

pelas praças ultimamente licenciadas

Quartel de Abrantes, 22 Março 1929

Casa Bancária Mena &PintoDescontos, transferências e todo o

género de operações bancárias, exceto cambiais

Recebem depósitos vencendo os seguintes juros:

Depósitos à ordem – 5%Depósitos a 3 meses – 6%Depósitos a 6 meses – 8%

Depósitos a 12 meses – 10%

25 marçoA imprensa escrita teve muito dina-

mismo em Abrantes. Ainda no séc. XIX surgiram vários jor-

nais, afetos a diferentes linhas políticas, uns regeneradores, outros progressistas e, mais no fi nal do século, a infl uência re-publicana fez-se sentir. Uns e outros fo-ram aparecendo e desaparecendo.

O Jornal de Abrantes – Semanário De-mocrático iniciou a sua publicação a 27 de maio de 1900, atravessou todo o sé-culo XX e chegou aos nossos dias. É o maior exemplo de continuidade na im-prensa escrita local.

Ler estes jornais antigos é passear por um mundo diferente, povoado de pe-quenos e grandes acontecimentos que vão ajudando a compor a história dos lu-gares. Aquilo que se escreve, aquilo que se anuncia, os recados que se mandam, aquilo que se oferece e agradece revela-nos muito sobre os comportamentos so-ciais da época em que se escreveu.

Pegámos num Jornal de Abrantes de 1927, e nele podemos ler muitas coisas,

algumas impensáveis para os dias de hoje, a título de exemplo:

Havia uma rubrica mensal que se cha-mava:

O Ventre de AbrantesNo mês de junho fi ndo foram abatidas

no matadouro municipal da cidade as se-guintes rezes:

Bois adultos – 2Carneiros - 288Era o movimento da carne que se con-

sumia na cidade.Havia também uma rubrica semanal

que se chamava:

Partidas e chegadas- No sudexpres de 3ª feira partiram para

Paris e Berlim os nossos amigos Benja-min Paisana, de Penhascoso e Francisco Martins Ruivo, de Alvega;

- Estiveram em Abrantes na última se-mana os nossos amigos: Manuel Antó-nio Natálio, de Lisboa, Joaquim António Ferreira, de Constância e José António Silva de Azambuja;

- Partiram de Abrantes para a Curia o Sr. Adelino Lemos e esposa e o Sr. José Pra-tes para Coimbra

Assim todas as semanas, durante anos seguidos fazendo o registo dos que che-gavam e dos que partiam, por um dia, por alguns dias, por umas curtas férias…

Fizeram exameEra outra rubrica certa. Em determina-

das épocas do ano lá estavam as listas dos alunos examinados e aprovados nos vários níveis de ensino – escola a escola, aluno a aluno. Sem faltar o nome do pro-fessor ou professora que levava os alunos a exame. É verdade que eram muito pou-cos, mas aparecer no jornal era um modo de valorizar quem estudava.

Estes são apenas alguns ecos curiosos da nossa imprensa escrita local, de há quase 100 anos atrás, mas muito mais ha-veria para registar.

Isilda Jana

Page 22: Jornal de Abrantes - Maio 2013

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22 MAIO 2013DIVULGAÇÃO

A Direção-Geral da Saúde (DGS) associa-se pelo quarto ano consecutivo à Semana Europeia da Vacinação, que este ano se realiza entre 22 e 27 de Abril. É uma inicia-tiva promovida anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – Região Euro-peia, para divulgar informa-ção sobre os benefícios da vacinação e aumentar a ade-são aos programas de vaci-nação. A Unidade de Saúde Pública do ACES Médio Tejo enquanto gestora local do programa de vacinação, não podia deixar de cooperar com esta iniciativa.

A vacinação é considerada uma das mais importantes conquistas da saúde pública do século XX. Este sucesso deve-se à evolução técnica e científi ca que ocorreu no de-senvolvimento de vacinas, à existência de Programas de Vacinação consistentes, ao envolvimento de técnicos de saúde e adesão das popula-ções.

Em Portugal, são adminis-tradas vacinas desde o início do séc. XIX, nomeadamente a vacina anti-variólica. No en-tanto foi a partir de 1965 com a introdução do Programa Nacional de Vacinação (PNV), que se verificaram as redu-ções mais notáveis na morbili-dade e mortalidade por doen-ças infecciosas, sobre as quais incidiu a vacinação. Uma das maiores vitórias foi a erradi-cação da Varíola desde 1980, uma doença até ai responsá-vel por inúmeras mortes.

O Programa Nacional Vaci-nação é um programa uni-versal, gratuito e acessível a todas as pessoas presentes em Portugal. As vacinas são administradas localmente pelos enfermeiros dos Uni-dades de Saúde, tendo como consequência a ocorrência de uma acentuada diminui-ção em Portugal das doenças transmissíveis, evitáveis pela vacinação.

A erradicação de algumas doenças, como a poliomielite,

a difteria, o sarampo, a rubéola e o tétano, deixou de ser uma utopia, uma vez que no pre-sente, devido ao sucesso do PNV, essas doenças quase não existem em Portugal

Actualmente são várias as vacinas que fazem parte do PNV, nomeadamente, BCG (anti-tuberculose), DTPa (dif-teria, tétano e tosse con-vulsa), Hib (haemophilus in-fl uenzae tipo B) VIP (anti-pol-iomielitica inactivada), MenC (meningite C), VASPR (anti sa-rampo, rubéola e papeira), Td (tétano e difteria), VHB (anti-hepatite B) e HPV (Papiloma Humano – cancro do colo do útero).

Para manter o controlo das doenças evitáveis pela vaci-nação, é essencial que a po-pulação continue a acreditar e a aderir ao PNV. Dirija-se ao seu Centro de Saúde. Saiba o seu estado vacinal.

Fernando NogueiraUnidade de Saúde Pública do Médio

Tejo

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DO CENTRO DE PRÉ-HISTÓRIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR

Mesa-Redonda Peninsular “A Morte Protegida”

O Centro de Pré-Histó-ria do Instituto Politécnico de Tomar, em colaboração com a Câmara Municipal de Abrantes, o Instituto da Terra e Memória, o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, a Associação Cultural da Beira Serra, a Associação de Estudos do Alto Tejo, o Instituto Arqueológico de Mérida e a Universidade de Alcalá organizam no dia 11 de maio do corrente uma Mesa-Re donda onde dis-cutiremos o tema genérico da Arqueologia da Morte.

A morte provoca no ser humano uma vulnerabili-dade que, conjuntamente com o medo do desco-nhecido, ocasiona um tra-tamento singular sobre o ente que partiu. Paralela-mente a esta sensação de

insegurança vemos surgir, ao longo da Pré-História, uma vontade de organizar de forma sistemática o lu-gar dos mortos, seja osten-sivamente, como no caso dos monumentos mega-líticos, seja na dissimula-ção da paisagem, como é o caso das grutas-necrópole, cistas e tumuli.

O estudo das realida-des de contextos arqueo-gráficos passados dá-nos uma perceção de como se construíram os sistemas de crenças e o universo sim-bólico gerando uma possi-bilidade de entendimento da forma como a morte era vista na Pré-História re-cente.

Podemos deduzir, antes de mais, que haveria uma participação comum da co-

munidade e dos parentes mais chegados, logo, es-taríamos perante uma ati-tude participativa e ativa por parte de todos os ele-mentos do grupo nos vá-rios momentos do evento fúnebre, ou seja, desde que o óbito é declarado, in-cluindo todos os momen-tos posteriores até que os rituais se completassem.

Muitas outras considera-ções podem ser tecidas. É o que esperamos que acon-teça neste nosso encontro sobre as várias perspetivas de fi nitude.

Ana Rosa Cruzprofessora do Instituto Politécnico

de Tomar

Semana Europeia da Vacinação 2013 – de 22 a 27 de Abril

Page 23: Jornal de Abrantes - Maio 2013

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23MAIO 2013

As caras da rádio

Lurdes Martins, da direção do Palha de Abrantes - Asso-ciação Desenvolvimento Cul-tural, não podia estar mais fe-liz com a inauguração do Sr. Chiado, ideia que acalentava há muito e agora só possível com disponibilidade de Fer-nando Bandarra, proprietário do espaço que o cedeu gra-tuitamente à Associação. O objetivo é que o espaço seja um local para a promoção das mais variadas manifesta-ções culturais, sejam elas o teatro, a pintura, a música, a fotografi a, o cinema ou con-ferências e debates.

No antigo espaço Chiado, junto aos Paços do Concelho, em pleno centro histórico da cidade de Abrantes, o Sr. Chiado abriu no passado dia 19 de abril. A cerimónia de abertura contou com apre-sentação do livro de Raquel Varela sobre a crise econó-

mica e a sustentabilidade do estado social, ela que é uma investigadora destas maté-rias (ver texto ao lado).

Lurdes Martins adianta que um dos principais objetivos deste espaço será “congregar várias vontades e objetivos, entre os quais se destaca a revitalização da cidade e do seu centro histórico, dar mo-vimento e trazer mais pes-soas à cidade”.

No programa de atividades da Palha de Abrantes para o Sr. Chiado constam já três ou-tras atividades: a exposição intitulada “25 de abril, a me-mória não se apaga”, até 3 de maio; a apresentação do livro Setembro Vermelho de Cân-dido Ferreira, a 30 de abril;

um momento musical com José Mário Moura e Alfredo Gomes.

Francisco Rocha

CULTURA

Quem Paga o Estado Social em Portugal?

Para inaugurar o Sr. Chiado (ver texto ao lado), a Palha de Abrantes – Associação para o Desenvolvimento Cultural, convidou a historiadora e in-vestigadora Raquel Varela, que fez uma conferência so-bre o tema do seu último li-vro: “Quem paga o Estado So-cial em Portugal?”

Este livro pretende provar, com números e factos, uti-lizando dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Eurostat, que os trabalhadores portugueses contribuem para o Estado Social o necessário para pa-gar a sua saúde, educação, bem-estar e infra-estruturas, o que contraria a tese ofi-cial, muito em voga, de que o nosso problema é termos vivido acima das nossas pos-sibilidades ou que a Segu-rança Social não é susten-tável. Nas suas páginas, faz-em-se contas e chega-se à conclusão de que alguém fi -cou com o dinheiro dos nos-sos impostos.

O livro põe a nu as con-tradições do sistema capi-talista. Segundo a historia-dora, trata-se de um estudo científi co que prova, através

de um modelo matemático, que os trabalhadores “pa-gam o sufi ciente para todos os gastos sociais do Estado”. De acordo com a autora do livro, “na maioria dos anos os trabalhadores até pagam a mais, apesar de o Governo nunca ter prestado contas”.

A oradora tentou ainda analisar “alguns dos princi-pais equívocos associados às análises economicistas jus-tifi cativas do fi m do Estado Social, tantas vezes evoca-

das como se se tratassem de uma força invencível da Na-tureza - o Estado-providênc-ia teria fi m à vista por não ser financeiramente sustentá-vel, por provocar monstruo-sos défi ces orçamentais, es-tagnação económica, cres-cimento da dívida pública, etc.” Segundo Raquel Varela, “este discurso neoliberal cria uma cortina de fumo sobre a realidade que importa acla-rar”.

Mais do que uma opinião

pessoal ou mesmo ideoló-gica, o livro é um estudo aca-démico que calcula da forma o mais exata possível, com os dados que existem, a re-lação entre gastos sociais do Estado e os impostos pagos pelos assalariados. O livro é fruto de um trabalho que não inclui só economistas; cola-boram nele historiadores, um fi lósofo, um físico e um mé-dico.

Francisco Rocha

Novo espaço cultural em Abrantes

DR

CARINA VIEIRA

“Saúde & Bem-Estar”Poderia ser a voz de qual-

quer uma rádio no norte do país, uma vez que é natu-ral de Afife, no concelho de Viana do Castelo. Mas é em Abrantes que Carina Vieira, há alguns anos, dá voz à ru-brica “Saúde & Bem-Estar”, de segunda a sexta-feira na rá-dio Antena Livre às 02h00, 08h15, 10h45 e 16h00.

E se à partida pode parecer estranho o porquê de fazer rádio em Abrantes, a explica-ção é afi nal muito fácil. Carina Vieira decidiu um dia ser jor-nalista, devido a ter entrado no mundo da rádio há alguns anos atrás, na rádio Afi fense e foi na Escola Superior de Tec-nologia de Abrantes (ESTA)

que viria a acabar por realizar o seu curso.

A jornalista, em Abrantes desde 2000, acabaria por fa-zer o seu estágio curricular e mais tarde também o es-tágio profissional na rádio Antena Livre, onde acabaria por ser convidada para con-tinuar ligada à estação emis-sora e à coordenação do Saúde & Bem-Estar, que pro-duz e apresenta dando aos ouvintes da rádio conselhos para uma vida mais saudá-vel…como comer melhor e saudavelmente…a impor-tância do exercício físico…a saúde oral…entre outros. São questões pertinentes que no Saúde & Bem-Estar

são frequentemente aborda-dos, chamando a atenção de quem a ouve para pormeno-res importantes no dia-a-dia de cada um de nós!

Carina Vieira contou ao JA que “há uns meses atrás, numa pastelaria em Alferrarede, uma senhora soube através de uma amiga comum que

era eu quem na rádio falava sobre questões de saúde e veio falar comigo para me co-nhecer e para me pedir para nunca acabar com este es-paço. Claro que é muito bom ter este tipo de feedback, que acaba por me fazer uma res-ponsabilidade ainda maior ao preparar este espaço”.

• Carina Vieira: “Uma ouvinte atenta pediu para nunca acabar com este espaço”

• Investigadora Raquel Varela: “Na maioria dos anos os trabalhadores até pagam a mais”

• Um edifício cedido por Fernando Bandarra

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Page 24: Jornal de Abrantes - Maio 2013

jornaldeabrantes

24 MAIO 2013CULTURA

Foi com o propósito de sensibilizar as comunidades ribeirinhas para estas mani-festações de religiosidade que o projeto de Candida-tura da Cultura Avieira a Pa-trimónio Nacional Imaterial e a Associação para a Pro-moção da Cultura Avieira (APCA) decidiram consagrar, este ano, o 4º Congresso Na-cional da Cultura Avieira ao tema “A religiosidade dos Avieiros”. Assim, vai integrar entre outras manifestações a bênção da bateira Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo, a consa-

gração e a coroação da ima-gem de Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo e o 1º Cruzeiro Reli-gioso dos Avieiros e do Tejo.

O 1º Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo irá conc-retizar-se na forma de um cortejo religioso fl uvial, em oito etapas, realizado sole-nemente pelo rio Tejo, desde Constância até Trafaria. No dia 25 de maio, as embar-cações tradicionais taganas transportarão imagens de santos da devoção dos pes-cadores de cada comuni-dade representada. O cor-

tejo será encabeçado pela bateira Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo que transportará a imagem de Nª Sr.ª dos Aviei-ros e do Tejo.

Às 10h00 será a saída da imagem da Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo da Igreja Matriz de Constân-cia, em procissão até ao Tejo, sendo feita a bênção das embarcações partici-pantes. Prevê-se que o cor-tejo chegu à Pria do Ribatejo pelas 11h30, onde será feita uma pequena cerimónia de acolhimento e de despedida

à imagem de Nossa Senhora. Pelas 12h15 os barcos esta-rão em Tancos e às 13h00 será a chegada a Vila Nova da Barquinha. Depois de al-moço a partida será pelas 15h00, sendo a Chamusca a paragem seguinte, com ce-lebração de Missa Campal, às 16h00. O destino final é a Azinhaga, pelas 19h30. A imagem da Santa será então transportada para a sede da Junta de Freguesia ou para uma Capela.

Francisco Rocha

A 18 de maio, no âmbito das comemorações do 179º aniversário da Junta de Fre-guesia do Rossio-ao-Sul-Tejo, vai assistir-se ao retorno dos barcos tradicionais. No es-pelho de água do Tejo, dois catraios e uma canoa trans-portarão quem quiser dar um pequeno passeio no rio. Trata-se de uma experiên-cia única, sem custos para os participantes.

“Levaremos três embar-cações de tamanho médio até ao Rossio para andarmos nesse lençol de água que está em frente a Abrantes, que era um pilar da economia portu-

guesa porque era um nó ne-vrálgico no transporte pela via da água de todo o tipo de mercadorias”, explica Car-valho Rodrigues, da Marinha do Tejo.

Carvalho Rodrigues, tam-bém proprietário da canoa ‘Ana Paula’, antecipa um grande momento: “Espera-mos dar uma grande alegria àquelas pessoas de 90 e tal anos que fi zeram do rio a sua vida. Para as pessoas mais ve-lhas será trazer-lhes uma la-grimita ao canto do olho; para as mais novas é para terem uma experiência única de um país único que somos nós.”

“O sucesso dos meus livros tem a ver com o facto de eu aparecer na televisão”

Foi na sequência de mais uma noite de “Entre nós e as palavras...”, projeto desenvol-vido pela Biblioteca Munici-pal António Botto, que Júlio Magalhães visitou a cidade de Abrantes, no passado dia 17 de abril. Com o objetivo de apre-sentar o seu último romance “Não nos Roubarão a Espe-rança”, o conhecido jornalista fez encher a biblioteca e pro-porcionou um bom serão para todos aqueles que o espera-vam. A obra foi apresentada por Maria de Fátima Loureiro, habitante da cidade fl orida.

Jornalista e atualmente dire-tor geral do Porto Canal, Júlio Magalhães diz que é fácil con-ciliar a vida de jornalista com a vida de autor, sabendo defi nir

bem as prioridades. “Um jor-nalista tem que ser um autor, o jornalista escreve histórias e, portanto, o livro é escrever his-tórias. Só não conciliamos se nos dedicarmos a outras coi-sas. Temos que ter priorida-des, há pessoas que gostam de outras coisas, eu também não sou só jornalista e escrevo livros. Jogo basquete, faço surf, jogo golfe, vou ao cinema gosto de viajar. Há tempo para tudo na vida.”

Considerando-se um pouco romântico - “não sou assim la-mechas, mas sou um bocadi-nho romântico” -, Júlio Maga-lhães considera que “a vida é um romance”. Acrescenta que “o que procuramos na vida é sermos felizes e os romances

fazem-nos felizes”. A verdade é que o livro “Não nos Roubarão a Esperança” é o seu quinto ro-mance e Júlio garante que no

próximo ano terá que estar ou-tro livro nas bancas. “Até março do próximo ano tem que ha-ver outro livro. Ainda não es-

colhemos o tema, ainda vou falar com a editora, eles tem uma ideia a propósito das ma-nifestações dos últimos tem-pos, mas ainda não está nada decidido.”

Quando recebeu o convite para escrever o seu primeiro livro, Júlio Magalhães explicou à editora que “não era escritor e que não tinha capacidades para escrever um livro”, mas depois de tanta insistência por parte da mesma acabou por aceitar. Uma das condições para aceitar foi que o seu livro “tinha que ser um livro com re-gisto jornalístico”. O jornalista já conta com cinco livros escritos e todos eles, segundo o pró-prio, “são grandes reportagens jornalísticas”. Todos eles têm

grande aceitação por parte do público e Júlio Magalhães tem uma explicação para este facto: “O sucesso dos meus li-vros tem a ver com o facto de eu aparecer na televisão”.

De jornalista a autor Júlio Ma-galhães refere que prefere ser “jornalista, de longe!” E acres-centa: “É isso que sou! Autor ou escritor, ainda não! Só sou um jornalista que escreve umas histórias e que escreve uns li-vros, conta umas histórias em livros. Mas um dia gostava de passar para o patamar só de autor. Só passar a vida a viajar e a escrever livros. Isso era o meu sonho!”

João Santosaluno de Comunicação Social da ESTA

“O trabalho de cada um deve ser mostrado não só nas grandes cidades, capitais, mas também nas pequenas cida-des, de maneira a poder ter um contacto mais direto com as populações e, sobretudo, com os jovens das escolas.” Quem o disse foi o Mestre Ma-nuel Cargaleiro, na inaugura-ção da sua exposição na Gale-ria de Arte da Câmara Munici-pal, em Abrantes, no passado dia 5 de abril.

“Na minha vida sempre apos-tei na descentralização, por-tanto, comecei desde muito

novo, não só em Portugal, mas também no estrangeiro. Já sou residente em Paris há 58 anos, e sempre gostei de orga-nizar exposições fora de gran-des centros e depois convergir para o grande centro”, afi rmou o pintor e escultor.

Cargaleiro, que já recebeu inúmeros prémios e conde-corações, garante que não se move pelas distinções: “Os pré-mios não são uma coisa que me envaideça. É uma coisa que não estou a contar, nem traba-lho para isso. Não trabalho para receber prémios. Trabalho por-

que gosto de trabalhar e por-que gosto de comunicar com as pessoas. O que me interessa é o contacto com o grande pú-blico, porque os pintores e os artistas devem estar próximos de toda a gente.”

Assim, já Cargaleiro doou al-gumas das suas obras para várias entidades. “São entida-des onde o público está em permanente contacto e isso é uma maneira de chegar às pessoas”, conclui.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Muni-cipal de Abrantes, agradeceu

à Fundação Cargaleiro o facto de ter permitido que os abran-tinos possam ver as obras do pintor em Abrantes. “Entende-mos que a arte é isto, a arte é pública, a arte tem que se dar ao cidadão e nós, enquanto autarcas, e enquanto autarcas vizinhos, temos que trabalhar em consonância para levar aquilo que cada um dos muni-cípios tem.”

A exposição estará patente até 31 de maio.

Débora Diasaluna de Comunicação Social da ESTA

Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo no dia 25 de maio

Passeios no Tejo, em embarcações tradicionais

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“Não trabalho para receber prémios”

• Júlio Magalhães apresentou em Abrantes o seu novo livro

• Cargaleiro, em Abrantes, na inauguração da sua ex-posição

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Page 25: Jornal de Abrantes - Maio 2013

jornaldeabrantes

25MAIO 2013

A Gala Antena Livre & Jor-nal de Abrantes vai ter a sua 8ª edição no dia 31 de maio. O certame, que sem dúvida marca a agenda cultural da região, volta a acontecer no Cine-Teatro São Pedro, na cidade de Abrantes. Anual-mente, numa noite cheia de glamour e emoção, ali são galardoadas empresas, pes-soas e/ou instituições da re-

gião cuja atividade se revele de importância.

Totalmente produzida pela equipa dos dois órgãos de comunicação social, esta gala traz também até Abran-tes todos os anos um ou vá-rios convidados nacionais que são galardoados habi-tualmente nas áreas da mú-sica e do jornalismo. O jorna-lista Júlio Magalhães, no ano

passado, ao discursar após receber o seu galardão re-feria que “cada vez mais, a realidade do país passa de uma forma mais direta pelo órgãos de comunicação re-gionais, como são o caso da Antena Livre e do Jornal de Abrantes, que noticiam de forma exemplar o que se passa na região”.

A produção da Gala tem

praticamente tudo pronto para mais uma grande noite mas, naturalmente, os no-mes dos galardoados serão conhecidos apenas durante o espetáculo. Na área da mú-sica, vai ser feita, como sem-pre, uma aposta nos valores da região.

CULTURA

ES ROCK NA VILA HÁ 10 ANOS EM VILA DE REI

Boss Ac e Filipe no programa deste ano

No ano em que comemora o 10º aniversário, o Festival Rock na Vila aposta num pro-grama com diferenciados gé-neros musicais, com bandas da região. Filipe Pinto, Boss AC e o DJ Fernando Alvim são alguns dos principais no-mes musicais que vão marcar presença em Vila de Rei, nos dias 31 de maio e 1 de junho, no festival que já é uma refe-rência na zona centro.

O Rock na Vila, com entrada gratuita, decorre no Par-

que de Feiras, junto ao edifí-cio dos Paços do Concelho, e conta, no dia 31 de maio, com os concertos de Black Shot, banda vilarregense, PopXula, naturais da Sertã, e Filipe Pinto, vencedor do pro-grama Ídolos (SIC) em 2010. O dia 1 de junho começa com a banda Hollow Page, formada por jovens de Abrantes, se-guida dos Planeta Vaca, com membros de Mação e Abran-tes e o cabeça de cartaz, Boss AC. As duas noites terminam

com a música na Tenda Ele-trónica.

Os DJ Salavisa e Pete Days, de Vila de Rei, animam o fi nal da noite de 31 de maio, en-quanto o DJ Fernando Alvim exibirá toda a sua irreverên-cia no dia 1 de junho.

Mas nem só de música é feito este festival. A Biblio-teca Municipal José Cardoso Pires vai acolher a inaugura-ção da exposição de cartoon “Eça e Portugal”, de Ricardo Campus, e um Torneio de Pro

Evolution Soccer. Para os vi-sitantes que queiram fazer campismo será cedido um espaço anexo à Câmara Mu-nicipal, também com entrada gratuita.

O festival decorre há 10 anos consecutivos em Vila de Rei, e por lá já passaram gru-pos como Virgem Suta, Mó-nica Ferraz, David Fonseca, Rita Redshoes, Clã e Da Wea-sel.

André Lopes

VIII Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes

Depois de terem esgotado por três vezes, em 2012, a sala da Sociedade Artística Tramagalense e uma vez o Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes, já em 2013, com canções dos anos 60, o Projeto Viver a Música está de volta, desta vez com um espetáculo dedicado aos anos 70. A estreia terá lugar na Sociedade Artística Tramagalense a 31 de maio, pelas 21h30.

Até ao dia 16 de maio está patente, no restaurante Trincanela, no Parque São Lourenço, em Abrantes, mais uma exposição da Trinc Arte. O surrealista António Carvalho (Toni) expõe, pela primeira vez em Abrantes, quadros a óleo sobre tela profundamente íntimos e pessoais.A inauguração decorreu num clima agradável e com um grande intercâmbio de sugestões e incentivos ao artista.

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26 MAIO 2013CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

A VII Mostra de Teatro de Abrantes, que acontece en-tre 4 e 18 de maio, em dife-rentes locais do concelho de Abrantes, tem a particulari-dade de se realizar no mês em que o Grupo Palha de Abrantes comemora 15 anos de existên-cia. No dia 4 de maio será inau-gurada a sede e, à noite, pelas 21h30, o grupo de teatro es-treia a peça “Arlequim nas Ruí-nas de Lisboa”, de Norberto Ávila, com repetição no do-mingo, dia 5, pelas 16h30. No

segundo fi m-de-semana, a Mostra de Teatro percorre São Facundo, com a peça “O Mor-gado de Fafe em Lisboa”, Rio de Moinhos recebe a “Dama das Camélias”, o Centro Pa-roquial de Martinchel acolhe “Deus”, enquanto a peça “So-bre a mesa de cabeceira” sobe ao palco do Centro Social e Pa-roquial de Vale das Mós. No dia 18 de maio, a Mostra de Teatro termina no Cine-Teat-ro São Pedro com a peça “Uma bomba chamada Etelvina”.

Mostra de Teatro de Abrantes

Vila de Rei recebe pela pri-meira vez um espetáculo de canto lírico, no dia 4 de maio, pelas 21 horas. O Recital de Ópera, “O Canto na Primavera”, conta com as vozes de Má-rio João Alves e Liliana Coe-lho e com o acompanhamento de João Tiago Magalhães, no piano, e terá lugar no Auditório de Vila de Rei. Do repertório do

sarau de ópera fazem parte vá-rias árias e duetos de composi-tores como Mozart, Donizetti, Gounod, Verdi e Leonard Berns-tein. Mário Alves é formado em Canto no Conservatório Supe-rior de Música de Gaia na classe da soprano Fernanda Correia e prosseguiu os seus estudos em Génova. Passou já pelos prin-cipais teatros de Itália, Japão e

Nova Iorque. Liliana Coelho faz parte do corpo docente do Con-servatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e orienta artisticamente o Coro de Ca-mara Manuel Giesteira. O pia-nista João Tiago Magalhães lic-enciou-se em Piano de Acom-panhamento na Escola Superior de Música e Artes do Espectá-culo do Porto. Realizou também

cursos de direção coral com Hu-bert Velten, Paulo Brandão e Denis Dupays e dirigiu o Coro Sexta Napolitana até 2007.

Espetáculo de ópera em Vila de ReiAbrantesAté 5 de maio – Exposição “O Azulejo em Portugal” – Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, das 17h às 21h12Até 12 de maio – Exposição “Projeto Igualdade de Género e não Discriminação” – Biblioteca António BottoAté 15 de maio – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Concelho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a domingo, das 10h às 18h Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos4, 5, 11 e 18 de maio – VII Mostra de Teatro de Abrantes – Abrantes, São Facundo, Rio de Moinhos, Martinchel e Vale das Mós11 de maio – Palestra “A Morte Protegida, Discursos Arqueográfi cos e Discursos Mentais” – Biblioteca António Botto, das 9h às 17h13 a 30 de maio – Exposição “Motivos de Abrantes e outros”, pintura, artes plásticas, artes decorativas e trapologia pela UTIA – Biblioteca António Botto14 de maio – V Gala de Dança Sénior – Cine-Teatro São Pedro, 14h3015 de maio – Encontro com o escritor José Vaz e apresentação da obra “Celestino, rato de biblioteca” – Biblioteca António Botto, 11h e às 14h3017 de maio –Concerto com Dead Combo – Cine-Teatro S. Pedro, às 21h30 20 a 24 de maio – VIII Animaio – Realizadores de palmo e meio – Cine-Teatro São Pedro30 de maio – Entre nós e as palavras com Nuno Camarneiro – apresentação da obra “Debaixo de algum Céu”, por Maria do Céu Estibeira – Biblioteca António Botto, 21h3031 de maio – Gala Antena Livre – Cine-Teatro São Pedro, 21h3031 de maio, 1, 7 e 8 de junho - Festival Tejo – Concertos com Teresa Gabriel, Black Bombain, The Black Mamba, Kwantta, DJ Vibe, entre outros - Outeiro de São Pedro, Castelo de AbrantesCinema – Org. Espalhafi tas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30:8 de maio – “Barbara”15 de maio – “Oslo, 31 de agosto”29 de maio – “Django Libertado”

BarquinhaAté 3 de junho – Exposição “Pedra que rola não cria limo”, de Pedro Valdez Cardoso – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h304 de maio – Palestra “Os Trabalhadores da Companhia Real dos Caminhos de Ferro no Entroncamento”, por Carlos Manuel Barbosa – Centro Cultural, às 17h10 de maio – Noite cultural com música de Ricardo Oliveira e Francisco Fanhais – Clube União de Recreio, Moita do Norte, 21h - evento pago13 e 14 de maio – Workshop “Arquivo da Memória”, com coordenação de Frederico Corado – Auditório da Escola

ConstânciaAté 5 de maio – Exposição “Metamorfose”, pintura de Maria Clara Lopes da Silva – Posto de TurismoAté 31 de maio – Mostra bio-bibliográfica sobre Manuel Maria Barbosa du Bocage – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, das 10h às 18h3011 de maio a 2 de junho – Exposição “Constância – História e ruelas de poesia”, pintura de Álvaro Mendes – Posto de Turismo17 e 18 de maio – Dia Internacional dos Museus –Museu dos Rios e das Artes Marítimas, das 14h às 17h3022 de maio – Dia do Autor Português – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, 10h30DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 10 de maio – “Heidi na Cidade”17 de maio – DVD Surpresa24 de maio – “O Salta-pocinhas”31 de maio – “Um Mundo sem fi m 2”

Mação11 de maio a 30 de junho – Festival de Enchidos, Presuntos e Maranhos25 de maio – Feira de artesanato – Largo dos Bombeiros

SardoalAté 25 de maio – Exposição Coletiva de Pintura de Arte Contemporânea, trabalhos de Eduardo Santos Neves, Luísa Nogueira, Maria João Franco, Oliveira Tavares, Paulo Canilhas e Tersa Mendonça – Centro Cultural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30:11 de maio – “Oz – O Grande e Poderoso”

Vila de Rei 4 de maio – Recital de Ópera “O Canto na Primavera”, com Mário João Alves, Liliana Coelho e João Tiago Magalhães – Auditório Municipal, às 21 horas18 de maio – “XI Maio a Cantar” – Encontro de Grupos de Cantares com o Grupo “A Bela Serrana”, Grupo Instrumental da Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Peroguarda e do Grupo Cant´Abrantes – Auditório Municipal, às 21h19 de maio – IV Mercado Medieval – Música, dança, jogos tradicionais, artesanato, gastronomia local – Rua Santo António, 9h às 17h3031 de maio e 1 de junho – Festival Rock na Vila - 6 bandas e 3 DJ – Campismo, desporto aventura, torneio de PES, exposição – Recinto de festas

AGENDA DO MÊS

Os Dead Combo festejam este ano dez anos de música, de discos e de palco. A dupla de músicos, Tó Trips e Pedro Gonçalves, sobe ao palco do Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes, no dia 17 de maio, num concerto retrospetivo do caminho percorrido entre o rock, fado, tango, pop, word music e jazz. É nesta mescla de géneros musicais que os Dead Combo compõem os seus te-mas, espelho de realidade e matéria de fi cção. Pedro Gon-çalves, o gangster da banda, toca contrabaixo, guitarra e piano, e Tó Trips, o cangalheiro, na guitarra formam a banda que se foi reinventando sem perder a essência da música

portuguesa. Foi pelo gosto à música portuguesa que gra-varam, em 2003, uma música dedicada a Carlos Paredes. O primeiro álbum, “Vol. 1”, viria em 2004, enquanto o segundo volume, “Quando a Alma Não é Pequena”, seria editado em 2006. Em “Lusitânia Playboys”, o terceiro disco (2008), a banda chegou ao reconhecimento do público, e em 2011 lançam “Lisboa Mulata”, uma viagem cheia de cor e ritmo até África. A dupla espera ter novo cd em 2014, mas até lá vão andar em digressão com o concerto de celebração. Os bilhetes para o concerto em Abrantes estão à venda no Posto de Turismo e têm o preço de 10 euros.

Abrantes vai acolher um novo festival de música nos dias 31 de maio, 1, 7 e 8 de junho. O Festi-val Tejo, a ter lugar no Outeiro de São Pedro, nas imediações do Castelo de Abrantes, já tem a programação completa, con-tando com Teresa Gabriel, Black Bombain, The Black Mamba, Kwantta e DJ Vipe nos princi-pais nomes musicais. António Miguel Oliveira, de 31 anos, pro-motor do festival, assegurou ao Jornal de Abrantes que “o orça-mento ronda os 16 mil euros, e, por isso, as entradas serão pa-gas”. No dia 31 de maio, o fes-tival recebe a música de Teresa Gabriel, do grupo Balancé e do DJ Vibe, K.E.N.N.Y, DJ Tom e Francisco André. Black Bombain

e o Vipe MC atuam, no dia 1 de junho, com o DJ Jiggy, Johnny Happy e Tritbech. O Festival Tejo prossegue a 7 de junho com os concertos de The Black Mamba, Kwantta, e os DJ Miss Pink, Stor-mers, Rossy Rossato e Frostbite, enquanto o último dia recebe as bandas Viralata, The Scart, Dog Days. A ideia de criar o Festival partiu de António Oliveira, DJ de ocupação profi ssional, e tem a cooperação da Câmara Muni-cipal de Abrantes, dos promoto-res do Festival do Oeste e da As-sociação Envolve, de Rossio ao Sul do Tejo. O promotor espera que o festival seja para repetir nos próximos anos “e que venha a estar no roteiro dos grandes festivais do país”.

Dez anos dos Dead Combo

Primeira edição do Festival Tejo em Abrantes

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

BOSCH SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS PEGOP

HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00)

PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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27MAIO 2013 PUBLICIDADE

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Diamantino dos Santos29.11.1928 - 17.04.2013 Abrantes

AGRADECIMENTO

Seus filhos, genros, nora e netos agradecem por este meio a todas as pessoas que se interessaram pelo estado de saúde deste seu familiar, que parti-ciparam nas exéquias deste seu ente ou que por qualquer meio manifestaram o seu pesar.

A todos o seu bem-haja.

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Josefa Bento Joaquina Serra MouratoCrato – Abrantes

AGRADECIMENTO

A sua família na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pela sua saúde du-rante a sua doença, a velaram e acompanharam á sua última morada.

A todos os nosso profundo reconhecimento.

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

- Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia cinco de Abril de dois mil e treze, exarada de folhas cento e dezoito a folhas cento e vinte, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E CINCO – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores GRACINDA ROSA LUCAS DUARTE TRINDADE e marido PEDRO DUARTE TRINDADE, casados no regime da comunhão de adqui-ridos, naturais, ela da freguesia de Souto, do concelho de Abrantes e ele da freguesia de Alguber, do concelho de Cadaval, residentes na Rua Rosália de Castro, número 16, primeiro andar esquerdo, em Lisboa, DECLARARAM, que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do seguinte: UM) Prédio Misto, sito em Água das Casas – Quintal do Cabeço, na freguesia de Fontes do concelho de Abrantes, composto na parte urbana de casa térrea para habitação, com a área de trinta e seis metros quadrados e na parte rústica de cultura arvense, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar de Norte com Estrada Pública de Sul com Herdeiros de Manuel Dias Júnior, de Nascente com José Martins e de Poente com Eduardo da Conceição Moura e Maria da Conceição Moura, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz urbana sob o artigo 446 e na matriz rústica sob o artigo 183 da secção G. Dois) Prédio Rústico, sito em Quintal do Cabeço, na freguesia de Fontes, do concelho de Abrantes, com-posto de cultura arvense, com a área de cento e quatro metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com José Martins, de Sul com Herdeiros de Manuel Dias Júnior e de Poente com Herdeiros de Emília Maria, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 180 da secção G. Que, eles justifi cantes são possuidores dos prédios acima identifi cados por partilha meramente verbal, com os demais herdeiros, por óbito de seus pais e sogros António Lucas Júnior e mulher Alexandrina Rosa, casados no regime da comunhão geral de bens, residen-tes que foram em Agua das Casas, Fontes, Abrantes, em data anterior a mil novecentos e noventa, logo há mais de vinte anos e que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista e com conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, habitando-o, conservando-o, fazendo obras de manu-tenção, amanhando-os, cultivando-os, limpando o mato, cortando a madeira na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respetivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para a aquisição dos citados imóveis seja por usucapião.

- Esta conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrario ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 05 de abril de 2013

A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre

Jornal de Abrantes, edição 5507 de maio de 2013

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTESRUA DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA - 2200-416 ABRANTES

VENDELOTEAMENTO NA ENCOSTA SUL Orientado a Sul

Freguesia de São João- Área do terreno -10 960 m2- Aprovada construção de 27 fogos;- Composto por:- 15 (quinze) MORADIAS e 2 (dois) PRÉDIOS com 12 (doze) Apartamentos.- Vende-se por bom preço;- Local privilegiado;- Poderemos aceitar permuta com construído;

AS PROPOSTAS, EM CARTA FECHADA, DEVERÃO SER DIRIGIDAS ÀSANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTESATÉ AO DIA 31 DE MAIO DE 2013 NOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS ATÉ ÀS 16H00A ABERTURA PÚBLICA DAS PROPOSTAS SERÁ EFETUADA NO DIA 03 DE JUNHO DE 2013

PELAS 17H00 NA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTESRUA DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA. 2200-416 ABRANTESRESERVA-SE O DIREITO DE NÃO SEREM CONSIDERADAS AS PROPOSTAS QUE NÃO

INTERESSEMAbrantes, 09 de Abril de 2013PEL’A MESA ADMINISTRATIVAO PROVEDORAntónio Alberto Melo Dias Margarido

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