jornal de abrantes - edição outubro 2014

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de OUTUBRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5524 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO DR PUB Hugo Esteves Doentes de Urologia nas Urgências em Abrantes consultados à distância, por telefone Pág. 6 ACIDENTE NA FÁBRICA DO CAIMA, CONSTÂNCIA Dois mortos em incêndio de rápida combustão Foi aberto um inquérito para se tentar perceber o que deu origem à ignição que provocou a morte de dois trabalha- dores, na fábrica de celulose do Caima, no passado dia 3 de outubro. As vítimas, que trabalhavam para uma “em- presa externa especializada e devidamente acreditada em revestimentos”, não eram da região do Médio Tejo. Pág. 4 Mação vai testar novos modelos de gestão agrícola e florestal Pág. 8 Sardoal cede Casa dos Almeidas para criação de hotel de charme Pág. 5 Início das aulas aumenta a espera na travessia da ponte Pág. 10 ESPECIAL VIDA SÉNIOR Mais de 78 mil idosos vivem em lares Pág. 11 a 14 Tramagal volta a ter parque infantil Pág. 7

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Jornal de Abrantes, Constância, VN Barquinha, Sardoal, Mação e Vila de Rei

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Page 1: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

OUTUBRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5524 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

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Doentes de Urologia nas Urgências em Abrantesconsultados à distância, por telefone Pág. 6

ACIDENTE NA FÁBRICA DO CAIMA, CONSTÂNCIA

Dois mortos em incêndio de rápida combustãoFoi aberto um inquérito para se tentar perceber o que deu origem à ignição que provocou a morte de dois trabalha-dores, na fábrica de celulose do Caima, no passado dia 3 de outubro. As vítimas, que trabalhavam para uma “em-presa externa especializada e devidamente acreditada em revestimentos”, não eram da região do Médio Tejo. Pág. 4

Mação vai testar novos modelos de gestão agrícola e fl orestalPág. 8

Sardoal cede Casa dos Almeidas para criação de hotel de charmePág. 5

Início das aulas aumenta a espera na travessia da pontePág. 10

ESPECIAL VIDA SÉNIORMais de 78 mil idosos vivem em lares Pág. 11 a 14

Tramagal volta a ter parque infantil Pág. 7

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2 OUTUBRO 2014ABERTURA

IDADE 30 anosNATURALIDADE / RESIDÊNCIAAbrantes / LisboaPROFISSÃO Web DesignerUMA POVOAÇÃO Drave. É a Base Nacional da IV (escuteiros) e passei lá nove dias, que foram muito marcantes, a ajudar a re-construir algumas casas.

UM CAFÉ Onde estiverem os meus amigos.PRATO PREFERIDO Canja e frango de fricassé, feito pela mãe. Favas, na panela de barro, feitas pelo pai.UM RECANTO PARA DESCO-BRIR A Costa Vicentina. Não é nenhum segredo, mas só o des-cobri muito tarde e aconselho a quem não co-nhece. UM DISCO Pode ser o que es-tou a ouvir agora: Curtis Mayfi -eld - RootsUM FILME “I am Sam”. Não só pela história, mas também pela banda sonora, com covers dos Beatles.UMA VIAGEM A que fi z de bicicleta até Santiago de

Compostela.UMA FIGURA DA HISTÓRIA Padeira de Aljubarrota. Pela força do querer.UM MOMENTO MARCANTE O dia em que vim trabalhar para Lisboa. Foi o virar de uma pá-gina. E nesse mesmo dia fui pela primeira vez ao novo Estádio da Luz. UM PROVÉRBIO Não dês o peixe, ensina a pescar.UM SONHO Chegar a velho.UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um passeio de bicicleta pelo ca-minho cimentado, pelo meio dos campos, que vai de Montalvo a Constância. É acessível a todos, porque é plano, e tem uma vista fantástica.

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

[email protected]

ColaboradoresAlves Jana, André Lopes

e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António VieiraImpressão

Grafedisport, S.A.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179jornaldeabrantes

@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária

Media On - Comunicação Social, Lda.

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Rebelo dos Santos, Jo-

aquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Lena Comunicação SGPS, S.A.

jornal abrantesde

Soraia Morgado31 anos, doméstica, Abrantes

Em Abrantes não sabia mas que tinha aumentado no resto do país tinha essa noção. Penso que agora as pessoas têm menos medo de falar, pedir ajuda e denunciar as si-tuações.

Fernando Moura55 anos, funcionário público, Abrantes

Sim, tinha a noção de que a esse nível a situação está cada vez pior. Penso que se deve à atual condi-ção familiar, com o aumento do desemprego, do consumo de ál-cool e de uma crise que afeta tudo, inclusive o meio familiar.

Élia Fontinha34 anos, empresária, Presa (Alcaravela)

Sim, tinha essa noção. A maior parte dos casos penso que se de-vem à crise instalada e que leva as pessoas a experienciarem verda-deiras situações de desespero.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

Os estranhos retrocessos e um futuro de investimentos

EDITORIAL

No ano em que se comemoram 35 anos de Serviço Nacional de Saúde (SNS) é quase irónico que milhares e milhares de pessoas, nesta e noutras regiões, continuem sem médico de família. Não deixa, também, de ser surpreendente, que as consultas de uma especialidade (no caso, a Urologia) passem a ser feitas à distância, por telefone, quando os pacientes estão nas Urgências de Abrantes e os especialistas estão em Tomar.

São estranhos retrocessos que difi cultam cada vez mais a vida de quem um dia imaginou que as coisas só podiam melhorar, em vez de piorar. E as alternativas parecem ser sempre fugazes. Chegam médicos estrangeiros, graças aos apoios das autarquias, que depois desaparecem sem que se perceba muito bem porquê. E depois vêm outros, mas o problema de fundo mantém-se.

É inevitável que todas as edições do Jornal de Abrantes apresentem estas realidades, porque elas afetam a vida das pessoas. Tornam-se repetitivas estas notícias (assim como os protestos dos autarcas contra os diversos encerramentos de serviços públicos), mas as populações têm que saber com o que contam. Pelo menos, devem ser informadas sobre aquilo com que podem ir contando… ou não.

No meio destes retrocessos, o ministro Poiares Maduro veio ao Sardoal deixar uma mensagem de esperança, à qual juntou um recado. Vai haver mais investimento no interior, mas as novas infraestruturas que possam vir a surgir terão que ser articuladas, numa lógica de optimização entre municípios vizinhos. Nada contra, pelo contrário. A rentabilização de recursos faz todo o sentido. O problema será, depois, saber se todos os munícipes terão meios para se deslocar a concelhos vizinhos para usufruir dos novos equipamentos.

Hália Costa Santos

SUGESTÕES

Bruno Coelho

Está em vias de resolução um problema que afeta a população de Rio de Moinhos. Trata-se da colocação de um novo pontão em Aldeinha que irá substituir o que existe atualmente, que se encontra num estado de grande degradação. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM, avançou que empreitada, no valor de 60 mil euros, irá arrancar para breve e que a autarquia está “a reunir as condições para o efeito”. Já Rui André, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, mostrou-se preocupado com a situação, na última Assembleia Municipal, que hoje está a afetar mais de 50 famílias.

Tem noção que os casos de violência doméstica têm aumentado em Abrantes e no país? A que se deve esse aumento do número de situações de violência?

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Page 3: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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3OUTUBRO 2014 ENTREVISTA

RUI CALADO, DELEGADO DE SAÚDE DO AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE (ACES) DO MÉDIO TEJO, OLHA PARA OS 35 ANOS DE SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

“Na saúde falamos sempre do que ainda não foi alcançado e nunca do que já foi conquistado”JOANA MARGARIDA CARVALHO

O Serviço Nacional de Saú-de (SNS) está a assinalar os 35 anos da sua entrada em vigor em Portugal. O SNS é uma estrutura através do qual o Estado Português assegura o direito à saúde (promoção, prevenção e vi-gilância) a todos os cidadãos de Portugal. A sua criação re-monta a 1979, após se terem reunido as condições políti-cas e sociais provenientes da reestruturação política por-tuguesa da década de 1970.

O SNS está munido de cui-dados integrados de saú-de, nomeadamente a pro-moção e vigilância da saú-de, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamen-to dos doentes e a reabilita-ção médica e social. Rui Ca-lado, delegado de saúde no ACES do Médio Tejo, chama a atenção para a importân-cia desta conquista.

O SNS foi uma grande con-quista social, um dos maio-res sucessos da democra-cia portuguesa?

Quem não tem memória curta sabe bem que o SNS foi um dos maiores sucessos da democracia. O progresso destes 35 anos foi simples-mente fabuloso. É uma rea-lidade que assenta em resul-tados quantifi cados no que diz respeito à esperança e qualidade de vida, na dimi-nuição da mortalidade e na prevenção de algumas do-enças que hoje em dia são bastante escassas. Há 35 anos atrás eram muitas as limitações que existiam ao nível dos cuidados de saú-de primários e hospitalares. Foi sobretudo a seguir ao 25 de Abril, com a queda do re-gime, que se tornou possí-vel introduzir um conjunto de modificações consubs-tanciadas no SNS que per-mitiram um progresso muito signifi cativo.

A acessibilidade aos cui-dados de saúde, a quali-

dade, a efi ciência, a jus-ta afetação de recursos e sustentabilidade são rea-lidades que demarcam o SNS?

Antes do 25 de Abril as pessoas tinham muita difi-culdade de acesso a servi-ços públicos de saúde onde os cuidados preventivos não existiam para um com-bate eficaz a um conjunto de doenças. A acessibilidade aconteceu de um momento para outro, com a criação de estruturas que deram cor-po ao SNS e com a coloca-ção de médicos por todo o lado. Hoje podemos dizer que a saúde é acessível, mas hoje também somos muito mais exigentes e nem sem-pre o que existe é satisfató-rio face às exigências que se impõem. Hoje temos níveis de vacinação fantásticos e existe um conjunto de do-enças evitáveis pela vacina-ção que praticamente já nin-guém tem, como é o caso do sarampo, tétano, rubéola, entre outras. Este tipo de si-tuação não é valorizado pe-las pessoas e é uma pena… Esta sociedade de consumo exagerado tornou-se quase insaciável, queremos sem-pre mais e, quando obtemos algo, já estamos a pensar no seguinte. Nunca temos tem-po de saborear as coisas boas da vida e o que nos acontece de bom! Na saúde falamos sempre do que ainda não foi alcançado e nunca do que já foi conquistado.

Como se explica esta gran-de falta de médicos de fa-mília nos centros de saúde locais?

Este é o grande problema que enfrentamos hoje em dia. A grande pressão sobre o poder político tem sido fei-ta pelos hospitais e, de fac-to, têm ganho este proces-so. O grande investimento neste país é quase sempre feito em hospitais ainda que quando se está em campa-nha eleitoral se fale quase sempre nos cuidados de

saúde primários, pois são es-tes que garantem a melhoria da condição de saúde das pessoas. Nos centros de saú-de o que se faz é evitar a do-ença, é promover a saúde, enquanto nos hospitais os utentes já estão doentes. O importante é entendermos que o que temos de fazer é diminuir a procura hospita-lar. Na falta de médicos de família o problema está em criar mecanismos de atração para que os técnicos optem por este tipo de carreiras. Se o país valoriza apenas o tra-balho hospitalar, é normal que os formados em medici-na ambicionem trabalhar no meio hospitalar.

Os cuidados de saúde pri-mários foram durante mui-tos anos subvalorizados e não reconhecidos, e nós te-mos de ter equilíbrio no in-vestimento entre aquilo que são os cuidados de saúde. Esta é essencialmente uma questão política que não compete aos técnicos de

saúde resolver, que tem sido transversal à maioria dos go-vernos. É um facto que não pode existir uma boa saú-de sem médicos, os recursos devem estar é nos sítios cer-tos. Devido a esta escassez de médicos faz-se uma me-dicina diferente, mais basea-da em análise de dados, me-nos humanizada e de acom-panhamento.

Há um grande desconten-tamento em torno desta questão e nos cuidados de saúde no geral?

Pois parece que há um grande descontentamen-to e, ao mesmo tempo, um paradoxo nesta questão. Te-mos um descontentamento generalizado, mas quando vamos medir os fenómenos de saúde, nunca tivemos tanta saúde como hoje, nun-ca foram tão universais os cuidados de saúde como são hoje, nunca houve tanto acesso aos cuidados primá-rios e aos cuidados diferen-

ciados. Eu lembro que hoje temos fantásticos hospitais em Portugal onde se fazem tecnologias de ponta só pos-síveis nos países mais desen-volvidos do mundo. Portu-gal é dos países do mundo que mais gasta em saúde em função do seu produto interno bruto. Este esforço é que não está equilibrado, está muito direcionado para os hospitais, para as grandes tecnologias, e que abran-gem muito poucas pessoas. Há, portanto, um conjunto de recursos que deveriam de estar canalizados para os cuidados primários e que não estão, até porque temos de ter em conta que os re-cursos em saúde são sem-pre limitados. O grande de-safi o está assim na escolha, em entender o que quere-mos? E este debate está ain-da por fazer. É necessário entendermos se preferimos altas tecnologias que bene-fi ciam meia dúzia de pesso-as, mas que nos colocam no

top da medicina mundial, ou se pretendemos focalizar os recursos em cuidados bási-cos de saúde abrangendo toda gente.

Independentemente dos partidos políticos que go-vernam o País, entende como pertinente a existên-cia de um pacto social so-bre o SNS?

Não faço ideia, o SNS é um bem que todos deveriam preservar. Quem conheceu o país antes de existir o SNS poderá imaginar como se-ria traumatizante este país sem este serviço, que tem defeitos a corrigir e que es-tão bem identifi cados. Ago-ra chega o momento de per-ceber que é preciso proteger o SNS.

Foi um dos responsáveis pela introdução dos che-ques dentistas no nosso país. Quais são os proje-tos que está a desenvolver hoje em dia?

Neste momento, temos um projeto relacionado com cancro oral. Estamos a ini-ciar o projeto com os clíni-cos gerais que são sempre quem desencadeia os pro-jetos da saúde oral nas esco-las. O nosso objetivo é que os médicos de família come-cem a ter ainda mais aten-ção com a boca dos seus utentes, com um sistema de informação mais fiável. Va-mos, assim, transferir para fora dos hospitais uma car-ga enorme de utentes para terem o seu diagnóstico nas lesões suspeitas.

No Porto, estamos a fazer um laboratório de referência onde as biópsias são envia-das para lá e só os casos po-sitivos são enviados para o hospital. Estamos assim a re-tirar, de dentro do hospital, uma carga enorme de tra-balho, que permita libertar os médicos especialistas em oncologia oral para os casos positivos, numa resposta efi -caz e atenta.

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• Rui Calado: “Os cuidados de saúde primários foram durante muitos anos subvalorizados e não reconhecidos”

Page 4: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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4 OUTUBRO 2014

Uma professora do 1º ci-clo foi agredida, no dia 24 de Setembro, dentro da sala de aulas da Escola Básica nº 2, em Rossio ao Sul do Tejo, pe-los pais de um aluno, tendo sido transportada ao Hospi-tal de Abrantes para receber cuidados médicos.

Fonte do estabelecimen-to de ensino disse à agên-cia Lusa que a professora em questão havia chamado os pais devido a situações de alegado mau compor-tamento do aluno, tendo a professora sido agredida e recebido tratamento hospi-talar, registando ferimentos nas mãos e num braço, a par

de uma crise de ansiedade emocional.

“Os pais do aluno em ques-tão entraram na sala de aulas, no início da primeira aula da manhã, culparam a profes-sora pelo alegado mau de-sempenho comportamental do fi lho e agrediram-na nas mãos e num braço”, disse a mesma fonte.

A maioria dos alunos, de uma turma do 4º ano da es-cola básica do Rossio, que as-sistiram às agressões, “foram para casa por questões emo-cionais”, acrescentou. Os res-tantes alunos “foram dividi-dos” pelas outras turmas do estabelecimento de ensino.

Fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém confir-mou a ocorrência à agência Lusa, tendo o alerta sido dado às 9h21, a que ocorreram os bombeiros de Abrantes, com um veículo de socorro, e as forças da autoridade (PSP).

Jorge Soares, porta-voz da PSP de Santarém, disse à Lusa, por sua vez, que “a agressora foi identifi cada e o caso, por confi gurar um caso de crime público, vai ser re-metido para o Ministério Pú-blico”, a partir de onde segui-rão os “normais trâmites pro-cessuais”.

MRF

ATUALIDADE

Mortos em acidente na fábrica do Caima

Os dois homens que mor-reram no dia 3 de outubro num acidente que ocorreu na fábrica de celulose do Caima, em Constância, en-contravam-se a fazer a ma-nutenção de uma chaminé, disseram fontes da Proteção Civil.

Segundo o Comando Dis-trital de Operações de So-

corro de Santarém, as víti-mas são dois trabalhadores que faziam a manutenção de uma chaminé, onde co-locavam fi bra de vidro, ten-do ambos morrido carboni-zados.

A presidente da Câma-ra Municipal de Constância, Júlia Amorim, disse que, de acordo com a informação re-

colhida junto dos bombei-ros que se encontravam no local, não houve feridos, ten-do o acidente decorrido da inflamação de um produto que estava a ser usado nos trabalhos de manutenção.

As duas vítimas são traba-lhadores da empresa que prestava o serviço de ma-nutenção, tendo o acidente

ocorrido num momento em que a fábrica se encontra-va em período de paragem, disse.

Incêndio em fábrica em Constância fi cou confi nado a conduta

O incêndio que ocorreu na fábrica de celulose do Cai-

ma, em Constância, ficou “confinado ao interior da conduta” onde estavam os dois trabalhadores que mor-reram, disse o diretor da uni-dade, Gualter Vasques.

Os trabalhadores das diver-sas empresas subcontratadas pela fábrica prosseguiram no local com os trabalhos de manutenção das insta-lações.

Em declarações aos jorna-listas no local, Gualter Vas-ques referiu que as duas víti-mas morreram carbonizadas dentro de uma conduta de lavadouro de gases (chami-né) onde efetuavam traba-lhos de revestimento com fibra de vidro, um material infl amável.

Segundo o responsável, um “episódio ainda não apu-rado resultou numa ignição que provocou um incêndio de rápida combustão”, im-pedindo a saída dos traba-lhadores pelos seus próprios meios.

O representante da empre-sa, que produz pasta de pa-pel, pasta solúvel e energia, disse ainda que o episódio, ocorrido pelas 09h30, teve “danos negligenciáveis na fábrica” e lamentou a mor-te dos dois trabalhadores, de uma empresa externa à Caima.

“A fábrica está em período

de paragem em termos de produção, e estamos em tra-balhos de manutenção até 10 de outubro, com cerca de 700 trabalhadores contrata-dos por diversas empresas especializadas na manuten-ção das diversas áreas fabris”, referiu o responsável, notan-do que “em 40 anos de tra-balhos de manutenção nun-ca havia ocorrido um aciden-te desta gravidade”.

“Estranhamos o que suce-deu e o inquérito aberto é que vai permitir perceber o que originou o acidente e a ignição do incêndio, até por-que os trabalhadores que fa-leceram pertencem a uma empresa externa especiali-zada e devidamente acredi-tada em revestimentos”, no-tou.

As duas vítimas mortais não eram naturais da região do Médio Tejo.

No local estiveram os Bom-beiros Voluntários de Cons-tância, com quatro veículos, e a viatura médica de emer-gência e reanimação (VMER) do Centro Hospitalar do Mé-dio Tejo. As vítimas foram transportadas para a mor-gue da unidade hospitalar de Abrantes.

Mário Rui Fonseca

Pais agridem professora dentro de escola em Abrantes

• ”Em 40 anos de trabalhos de manutenção nunca havia ocorrido um acidente desta gravidade”

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Obras mal feitas em escola de Tramagal vão ser reparadas

As fortes chuvas que ocorreram em meados de setembro puseram a des-coberto um problema de conceção, planeamento e execução da substituição das placas de fi brocimen-to na Escola E/B 2,3 Oc-távio Duarte Ferreira, em Tramagal.

As placas colocadas nos corredores exteriores da-quele estabelecimento de ensino não tinham inclina-ção ou vazadouro para li-bertar as águas, o que ori-ginou a sua acumulação e abaulamento da estru-tura.

Tudo estava a postos

para o início do novo ano letivo, já sem as velhinhas telhas em fibrocimento, mas a tempestade ocor-rida no fi m de semana de 13 e 14 de setembro e o abaulamento dos telha-dos, obrigou a Direção-Geral dos Estabelecimen-tos Escolares (DGEstE) a dar orientações à empresa contratada para que pro-ceda às devidas correções da obra, com os trabalhos a decorrerem depois dos períodos de aulas ou aos fi ns de semana.

“Com as chuvas, as águas acumularam-se nas pla-cas e as mesmas abate-

ram, formando um v, mas não chegaram a partir ou a cair”, disse ao JA o dire-tor do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes, Alcino Hermínio, agrupa-mento onde a escola de Tramagal está inserida.

“A DGEstE foi quem se-lecionou a empresa e é a DGEstE quem vai ago-ra encetar diligências no sentido da empresa res-ponsável corrigir os erros de construção e reparar um trabalho que não foi bem feito”, disse ainda Al-cino Hermínio.

MRF

Page 5: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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5OUTUBRO 2014 ECONOMIA

Nos passados dias 29 e 30 de setembro, o Casal da Coelheira, em Tramagal, re-cebeu duas delegações pro-venientes de Taiwan e da Rússia.

Nuno Falcão, enólogo do Casal da Colheira, explicou que a visita assentou “numa estratégia de internacionali-zação, com o objetivo de es-treitar as relações com os im-portadores dos dois países”. Durante os dois dias, foram alguns os clientes de Taiwan e da Rússia que fi caram a co-nhecer a forma de trabalhar e o quotidiano desta quinta produtora de vinho trama-galense.

No que diz respeito à vin-dima, Nuno Falcão admitiu ao JA que foi um ano de me-nor quantidade, devido à pluviosidade constante que se fez sentir e que trouxe al-guns problemas, mas com uma qualidade que “ surpre-endeu pela positiva”, com vi-nhos tintos com muita cor,

boa estrutura e macios e com vinhos brancos muito ele-gantes, “esperando-se assim um ano de gamas altas”, re-matou o enólogo.

Já Ricardo Alves, responsá-vel comercial da Quinta Vale do Armo em Sardoal, admi-tiu ao JA que o trabalho des-te ano tem sido focado na procura e na entrada em no-vos mercados internacionais. “Com as três marcas disponí-veis - Vale Zagão, Vila Jardim e Vale do Armo - temos tido a capacidade de entrar em alguns mercados externos. Acabámos agora de conse-guir a nossa penetração no mercado chinês e polaco”, admitiu.

Por sua vez, António Ana-cleto, responsável da Quinta do Coro em Sardoal, desta-cou a medalha de ouro con-quistada no concurso mun-dial de Bruxelas, “um prémio que dignifi cou o trabalho fei-to neste último ano”.

Joana Margarida Carvalho

VINHOS DA REGIÃO

Responsáveis fazem balanço positivo e destacam objetivos internacionais

A Assembleia Municipal do Sardoal votou favoravel-mente, e por maioria, a ce-dência a um investidor pri-vado de uma casa senhorial no centro da vila, viabilizan-do assim a requalifi cação do espaço para um “hotel de charme”.

O presidente da Câma-ra Municipal do Sardoal, Miguel Borges, congratu-lou-se com um investimen-to privado que estimou em “vários milhões de euros” e que, destacou, será “fun-

damental para o turismo e que vai possibilitar a criação de um número considerável de postos de trabalho”, que não nomeou.

O autarca disse à Antena Livre que a aprovação do protocolo de cedência do edifício por um período de 50 anos é uma oportunida-de de recuperar um edifí-cio que é pertença da autar-quia, mas que “tem vindo a degradar-se”.

Miguel Borges afirmou que a instalação daquele

equipamento hoteleiro no centro histórico da vila care-ce ainda da aprovação fi nal do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR) por se tratar de um imóvel clas-sifi cado.

Após receber o parecer fa-vorável deste organismo, a obra deverá iniciar-se após a assinatura do protocolo entre o investidor privado, através da empresa Marimi, Sociedade de Gestão Hote-leira, SA., e a autarquia.

O autarca estimou que se-rão necessários “dois a três anos” para a conclusão das obras de requalificação da Casa dos Almeidas. Segun-do Miguel Borges, a inter-venção “terá início logo após o protocolo que de-fi ne os termos do contrato de cessão do direito de uso, aprovado com uma abs-tenção dos Independentes pelo Concelho de Sardoal (ICA) e o voto contra do ve-reador do PS.

O social ista Fernando

Vasco disse ao JA que a ce-dência gratuita pelo perí-odo de 50 anos “poderá confi gurar a fi gura de ges-tão danosa do património municipal, já que todos os membros do executivo têm a consciência dos valores em causa, histórico, cultu-ral e patrimonial do imóvel que pretendem ceder, e da ausência de contrapartidas reais, garantidas ou perió-dicas de âmbito monetário, que sustentem a cedência ou o prejuízo que daí possa

advir para o erário público municipal”.

O projeto prevê a recupe-ração, ampliação e adap-tação da Casa Grande (ou Casa dos Almeidas) a “hotel de charme”, equipamento que terá capacidade para 84 hóspedes, 43 quartos, pisci-na interior e exterior, sala de eventos, SPA, restaurante e áreas de lazer e bem-estar, numa área de 5.500 metros quadrados.

Mário Rui Fonseca

Sardoal viabiliza construção de hotel de charme no centro histórico

• A vindima no Casal da Colheira

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Page 6: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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6 OUTUBRO 2014

Cinco médicos cubanos co-meçaram a trabalhar no dia 15 de setembro no Agrupa-mento de Centro de Saúde (ACES) do Médio Tejo, infor-mou a diretora do ACES, con-siderando que se trata de um reforço que vem atenuar a falta de médicos.

A diretora executiva do ACES Médio Tejo, Sofia The-riaga, disse ao JA que o agru-pamento “tem hoje cerca de 40.400 utentes sem médico de família”, num universo de 235 mil utentes e que são ne-cessários de 21 profissionais médicos.

“Com a chegada dos cinco médicos cubanos ainda ne-cessitamos de cerca de 16 profi ssionais médicos”, frisou, tendo adiantado que os mé-dicos de família “têm contrato para exercer funções no ACES Médio Tejo por um período de dois anos, renovável por mais um ano”.

A diretora disse ainda que os médicos foram colocados

nas unidades com mais ca-rência de profi ssionais, sendo que dois deles vão exercer no centro de saúde de Abrantes, que tem hoje 14.880 utentes inscritos sem médico de famí-lia, uma médica para Sardoal, hoje com 3.500 utentes sem médico de família, uma outra médica para Tomar, que regis-ta 3.100 utentes sem médico de família, e uma outra para Ourém, cuja realidade atual é de 7.200 utentes sem médico de família.

A diretora do ACES Médio Tejo disse também ter solicita-do a colaboração dos municí-pios de Abrantes, Sardoal, To-mar e Ourém para assegurar alojamento a estes médicos, tendo destacado a “pronta co-laboração” dos autarcas.

Em nota de imprensa, a Câ-mara Municipal de Abrantes refere ter disponibilizado “de forma provisória” o edifício da nova Residência Artística onde os dois profi ssionais mé-dicos vão ficar “temporaria-

mente” alojados.Entretanto, e na última reu-

nião do executivo, a presiden-te da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, afirmou “la-mentar” que o Ministério da Saúde “esteja a passar o ónus” para a Câmara relativamente a uma “responsabilidade que compete ao Estado Central no âmbito do recrutamento de médicos estrangeiros”.

A autarca referiu, no entan-to, que a Câmara Municipal “disponibiliza-se para fazer parte da solução e para con-tribuir para atenuar a situação da falta de médicos de famí-lia” no concelho de Abrantes, que atinge cerca de 40% dos utentes sem profi ssionais de saúde de proximidade.

O ACES Médio Tejo é cons-tituído pelos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constân-cia, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

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SAÚDE

Urgência no Médio Tejo sem urologistas

O Serviço de Urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), composto pe-las unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas, está a funcionar desde o dia 1 de outubro sem a presença dos especialistas em urologia.

A alteração consta de um documento que defi ne um novo modelo, assinado pelo diretor do Serviço de Uro-logia, e a que a Lusa teve acesso.

A medida agora em vigor pressupõe um modelo de apoio do Serviço de Urolo-gia (instalado no hospital de Tomar) ao Serviço de Ur-gências do CHMT, a funci-onar em Abrantes, “em re-gime de apoio/consultado-ria” aos doentes.

Assim, todas as solicitações ao Serviço de Urologia deve-rão ser efetuadas através de uma linha telefónica dispo-nibilizada para esse fi m, en-

tre as 09h00 e as 20h00, e o urologista contactado dará orientações à distância sobre a eventual alta clínica ou o in-ternamento.

O novo modelo entrou em vigor a título experimental por um período de três me-ses (até 31 de dezembro).

Os pedidos de observa-ção a doentes internados nas três unidades do CHMT serão canalizados por cor-reio interno para o secre-tariado do Serviço de Uro-logia, que, após triagem, decidirá pela observação regular semanal por um urologista, no caso de di-ferimento, ou, em caso de extrema urgência, solicita-rá aos serviços o envio do doente à unidade de To-mar, onde será observado.

No documento, o Conse-lho de Administração refere que, no Serviço de Urologia, “são raras as situações de necessidade de interven-ção em menos de 24 horas” e diz que “os recursos hu-manos existentes (quatro urologistas) tornam inviável

uma prestação de urgên-cia em regime de presença física”. Por isso, defende, o novo modelo de apoio “é mais prático, mais versátil, dinâmico e efi caz do que o existe atualmente”.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUS-MT) já criticou o novo mo-delo, afi rmando “existir um fio condutor de redução progressiva de serviços, em prejuízo dos utentes”.

O porta-voz da CUSMT, Manuel Soares, defendeu um serviço de urgência “or-

ganizado numa base de proximidade com os três hospitais”, ao invés da atual concentração numa única unidade hospitalar.

O representante lamentou os “riscos demasiado eleva-dos de falha nos processos de diagnóstico e terapêuti-ca” num serviço de urgên-cia médico-cirúrgica sem a presença física de urologis-tas. “Um médico de clínica geral não tem a mesma sen-sibilidade de um urologista”, vincou.

Lusa

Cinco médicos cubanos atenuam falta de 21 médicos no Médio Tejo

• Comissão de Utentes critica “redução progressiva de serviços”

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Infarmed impede transferência de farmácia entre localidades

O Infarmed indeferiu o pe-dido de transferência de uma farmácia de Bemposta para Alferrarede, freguesias ru-ral e urbana, respetivamen-te, ambas no concelho de Abrantes, uma decisão enten-dida pelo presidente da Junta de Bemposta como “uma vi-tória para a população”.

Insatisfeita com a possibi-lidade de perder a única far-mácia da aldeia, com cer-ca de dois mil habitantes, a população da freguesia de Bemposta juntou, em feve-reiro, 600 assinaturas numa petição para tentar impedir a transferência da farmácia, tendo a Assembleia de Fre-guesia manifestado igual-mente a sua oposição à pre-tensão dos proprietários do estabelecimento.

A gerência do estabeleci-mento alegava prejuízos fi-nanceiros pelo fraco movi-mento diário, que correla-cionava com um número reduzido de habitantes na-quela freguesia rural.

Em declarações à Antena Livre, o presidente da Junta de Freguesia de Bemposta, Manuel Alves, disse que o in-deferimento do Infarmed à pretensão de transferência foi “uma vitória para a popu-lação”, tendo observado que a localidade estava “na imi-nência de perder a única far-mácia que serve Bemposta, mas também São Facundo e Vale das Mós”. “A próxima farmácia fica a cerca de 12 quilómetros de distância, em Rossio ao Sul do Tejo.”

Manuel Alves disse ainda “entender as preocupações de viabilidade económica” dos proprietários da farmá-cia, defendendo um proces-so de “discriminação positiva” para situações similares nas farmácias da província.

A gerência da Farmácia Torres afi rmou, por sua vez, “discordar” da decisão do Infarmed. Edgar Gaspar disse que vai recorrer da decisão do Infarmed.

Mário Rui Fonseca

Page 7: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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7OUTUBRO 2014 REGIÃO

O ministro Adjunto e do De-senvolvimento Regional dis-se no Sardoal, no dia 22 de setembro, feriado municipal, que um dos desafi os de Por-tugal passa pela valorização de cada parcela do território, sublinhando a importância de incentivos diferenciadores numa lógica de competitivi-dade inteligente.

“O grande desafi o do nosso País é o da competitividade, mas necessitamos de uma competitividade inteligente que parta da valorização da-quilo que é nosso, que nos diferencia do Mundo global em que temos de compe-tir, uma estratégia que nos vai conseguir fazer resistir à deslocalização e promover a coesão territorial”, defendeu Miguel Poiares Maduro.

O ministro marcou pre-sença nas comemorações do feriado municipal em Sardo-al, um concelho que, com os seus cerca de 4.000 habitan-

tes, se debate com uma den-sidade populacional baixa e com difi culdades na fi xação de jovens e captação de pro-jetos de investimento.

Poiares Maduro disse que o Governo tem vindo a adotar, “de forma global”, um “con-junto de incentivos que dife-renciam positivamente estes territórios para um aumen-to da atratividade de investi-mento”. Exemplos disso são o Código Fiscal para o Investi-mento, “ que dá majoração a investimentos nestes territó-rios”, os incentivos à comuni-cação social de âmbito local e regional e o próximo ciclo de fundos comunitários, “com comparticipações maiores” ao mesmo nível.

O ministro destacou o in-vestimento efetuado nos úl-timos anos na modernização de equipamentos sociais, cul-turais e outras infraestruturas nos territórios do interior, um investimento que “não foi,

por si, sufi ciente para inverter o processo de desertifi cação”, tendo assegurado que, com o programa ‘Aproximar’, “o Governo consegue garantir o não encerramento de servi-ços públicos de atendimen-to”.

“A determinada altura no país, qualquer concelho cons-truía uma infraestrutura, mes-mo que o concelho vizinho a tivesse também.” Num futuro próximo, “o investimento em equipamentos vai estar con-

dicionado a um prévio mape-amento dos equipamentos públicos já existentes”, disse o governante. “Temos que ter uma maior coordenação dos investimentos públicos que podem servir os municípios vizinhos, coordenados a uma escala que supera o próprio município”, frisou, e dando como bom exemplo o pró-prio Centro Cultural do Sar-doal, que assinalou dez anos de existência.

Mário Rui Fonseca

Aproveitar potencial dos territórios é “grande desafi o” do país

• Ministro Poiares Maduro, no Sardoal, defende coordenação de investimentos públicos

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TRAMAGAL

Começaram as obras no parque infantil e no circuito de manutenção

Até ao final deste ano devem fi car concluídas as obras de construção de um parque infantil e cir-cuito de manutenção em Tramagal, junto à zona desportiva da Vila e no es-paço contíguo aos atuais campos de ténis, um in-vestimento na ordem dos 125 mil euros assumido pela Associação de Me-lhoramentos do Tramagal (AMFT).

As obras principiaram no fi nal de setembro e de-correm da assinatura de um protocolo entre a au-tarquia e a AMFT, ato que decorreu no dia 25 de ju-lho, sendo que o projeto, no valor de cerca de 125 mil euros e comparticipa-do em 75% por fundos co-munitários (20% pela au-tarquia e 5% pela AMFT), prevê ainda, e numa fase

posterior, a criação de um campo multiusos no es-paço contíguo à sede da AMFT, na zona verde e desportiva de Tramagal, e que permita a prática de diversos tipos de modali-dades.

Em declarações ao JA, António Veiga, presiden-te da AMFT, disse que as obras em curso “têm de estar concluídas até ao fi -nal de dezembro”, tendo sublinhado que, “atuando dentro das suas áreas de competência, o que que-remos, enquanto Associa-ção de Melhoramentos da freguesia, é dotar um es-paço que está a nosso car-go de infraestruturas que tragam mais-valias às pes-soas e que permitam à po-pulação uma melhoria da sua qualidade de vida”.

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Page 8: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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8 OUTUBRO 2014REGIÃO

O concelho de Mação vai testar um projeto-piloto de gestão total de Zonas de In-tervenção Florestal (ZIF) e vai testar novos modelos de ges-tão do território agrícola e fl orestal assente em minifún-dio, anunciou a autarquia.

O conceito, apresentado no dia 15 de setembro ao secre-tário de Estado das Flores-tas e Desenvolvimento Ru-ral, Francisco Gomes da Sil-va, assenta numa lógica de agregação funcional e total das ZIF e de todas as peque-nas parcelas de terreno e dos seus proprietários, e visa es-truturar e ordenar a fl oresta, com o objetivo de criar rique-za e proteger a mesma con-tra os incêndios fl orestais.

O vereador da Câmara de Mação, António Louro, dis-se ao JA que a ideia assenta na “agregação de territórios de minifúndio com um míni-mo de mil hectares, ganhan-do escala e estruturando em-presarialmente o conceito de gestão do território, com a abertura a fundos de investi-mento e com solidez jurídica, respeitando a propriedade

privada, e defi nindo racional-mente modelos de utilização agrícola e fl orestal dos espa-ços”.

Com 41 mil hectares de área, 122 lugares e aldeias onde residem cerca de 8.000 habitantes e 90% de mancha fl orestal, o cadastro territorial de Mação identifi ca mais de 20 mil proprietários de pe-quenas parcelas de terreno (minifúndio), com 0,7 hecta-res de dimensão média.

“Desta forma não há territó-rio que resista e que seja sus-tentável ou possa ser gerador de riqueza, mais a mais quan-do os seus proprietários emi-graram e as terras estão ao abandono”, vincou Louro.

Riqueza do território dividida por todos

“Com o novo modelo, a gestão é única e assegura-da pelos técnicos da Associa-ção Florestal do Concelho de Mação (Afl omação) e Câmara Municipal, os proprietários contribuem com os terrenos, os investidores com capital, e todos terão direito à sua quo-

ta-parte de uma riqueza que o território, devidamente or-denado e protegido, vai ge-rar”, defendeu.

O secretário de Estado das Florestas disse ao JA que aceitou o desafio da Câ-mara de Mação em consti-tuir-se como município pi-loto para este projeto de reordenamento do território, pela importância de “tornar os territórios atrativos”, lem-brando, no entanto, que as pessoas “não podem ser obri-gadas a regressar aos territó-rios do interior”.

Gomes da Silva disse, ainda, que o processo deve evoluir para a “criação da fi gura jurí-dica de Sociedade de Gestão Territorial”, observando que já existem os instrumentos ne-cessários e o enquadramento legal para a implementação do projeto.

“Em Mação aceitei um de-safi o e lancei um repto: a au-tarquia e a Aflomação vão concluir e apresentar-me o projeto conceptual piloto de intervenção sobre áreas ar-didas e aproveitamento do potencial de regeneração,

um modelo para replicar em outro tipo de áreas fl orestais que não correspondam a áre-as ardidas”.

Por outro lado, continuou, “vamos olhar para os instru-mentos financeiros e legais que existem e quais são os adequados para concretizar a iniciativa. À falta de algum instrumento, o meu compro-misso é assegurar que ele possa existir para que o pro-jeto tenha sucesso”.

Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação, e António Louro, presiden-te da direção da Afl omação, entregaram no dia 30 de se-tembro, a Francisco Gomes da Silva, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvi-mento Rural, a proposta con-junta para criação de um pro-jeto-piloto que permita tes-tar a solução de gestão em comum de territórios de mi-nifúndio.

Talvez tenha sido um dos últimos atos do secretário de Estado das Florestas e do De-senvolvimento Rural, Fran-cisco Gomes da Silva, que foi exonerado no dia 2 de outu-bro, a seu pedido, de acordo com informação publicada na página da Presidência da República. Francisco Gomes da Silva tomou posse no car-go a 01 de fevereiro de 2013.

Mário Rui Fonseca

A Escola Prática de Engenha-ria (EPE) de Tancos, no conce-lho de Vila Nova da Barqui-nha, foi deslocalizada para Mafra no ano de 2013. Em consequência dessa reorgani-zação do Exército fi cou insta-lado em Tancos o Pólo Perma-nente do Prédio Militar 001/VNB – RE1.

A partir de 1 de outubro de 2014 é deslocalizado o Regi-mento de Engenharia n.º 1, da Pontinha para Tancos, uma medida que decorre do proje-to de reestruturação em curso no Exército Português e que já tinha sido anunciado anterior-mente, em abril de 2013, pelo

General Artur Pina Monteiro, atual Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA).

“Nenhum campo militar vai ser encerrado, antes o dis-positivo vai ser alvo de uma reestruturação. O Regimento de Engenharia nº 1, por exem-plo, vai ser transferido para a Escola Prática de Tancos, uma guarnição que vai ser robus-tecida com uma grande ca-pacidade operacional de en-genharia”, explicou o atual CE-MGFA.

A EPE de Tancos foi cria-da a 28 de junho de 1880 e transferida para Mafra em 1 de

outubro de 2013, na sequên-cia da decisão tomada de se unificar as diversas escolas práticas das armas do Exército numa única Escola das Armas.

O RE1 tem assegurada a sua missão desde o longínquo

dia 24 de outubro de 1812, o que indicia um distinto grau de motivação, competência técnica e entrega de todos os militares e civis que neste Re-gimento serviram e servem o Exército Português.

Mação vai ser município piloto para projeto de gestão da fl oresta em minifúndio

Regimento de Engenharia nº 1 em Tancos desde 1 de outubro

• O objetivo é ganhar escala, respeitando a propriedade privada

ABRANTES

Câmara investe um milhão para expandir zona industrial

A Assembleia Municipal de Abrantes deu luz ver-de ao executivo de maio-ria socialista liderado por Maria do Céu Albuquer-que para adquirir um ter-reno por um milhão de euros, investimento que vai permitir o alargamento da zona industrial sul de Abrantes, em Alferrarede.

As três parcelas de terre-no perfazem um total de cerca de 20 hectares e a

aquisição do mesmo por um milhão de euros foi aprovada por maioria na última Assembleia Muni-cipal, realizada dia 27 de setembro.

Maria do Céu Albuquer-que, presidente da autar-quia, justificou o investi-mento com a necessidade de expandir a zona indus-trial e possibilitar a instala-ção de novas empresas.

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Page 9: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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9OUTUBRO 2014 REGIÃO

Viagem de 150 kms em cadeira de rodaspor uma vida independente

Eduardo Jorge, um defi-ciente motor residente em Concavada, Abrantes, entrou às 11h00 do dia 25 de setem-bro em Lisboa, após ter per-corrido mais de 150 quilóme-tros na sua cadeira de rodas como forma de reclamar o direito a uma vida indepen-dente.

O protesto, que só termi-nou à porta do Ministério da Segurança Social depois de uma viagem de três dias, ti-nha como objetivo alertar para uma alteração legisla-tiva que permita às pessoas com deficiência, e com ne-cessidade de assistência, per-manecer em casa, contratar o seu assistente e dispensar in-ternamento em lares.

“Esta viagem em protesto foi muito dura, com algumas peripécias e algum receio ini-cial pelas condições atmos-

féricas e por circular em ca-deira de rodas pelas estra-das nacionais, de Concavada até Lisboa, mas as incógnitas não me demoveram de fazer este percurso porque de uma coisa eu estou certo: esta vida, para mim, não serve”, disse Eduardo Jorge, em de-clarações pelo telefone à An-tena Livre.

Com 52 anos, tetraplégico e ativista do movimento “nos.tetraplégicos”, Eduardo disse que a fi nalidade da iniciativa era a de “chamar a atenção para os problemas dos de-ficientes motores e idosos” em Portugal. Um outro obje-tivo era “dizer basta à institu-cionalização compulsiva por parte do Estado das pessoas com defi ciência em lares de idosos, como única alterna-tiva de vida”.

O ex-gerente comercial, li-

cenciado recentemente em Serviço Social, foi vítima de um acidente de viação em 1991 que o deixou numa ca-deira de rodas, tendo sido institucionalizado.

“Estar internado num lar, para mim, era normal. Du-rante vários anos foi assim. Eu não sabia nada, não tinha conhecimento nem estava

desperto para os meus direi-tos. Mas ganhei consciência das coisas, olhei para mim e disse: chega. Isto não é vida para mim. Quero ter uma vida independente, quero ser útil à sociedade, quero sentir-me útil e feliz comigo mesmo, não quero ir para um lar distante, quero ficar em casa, junto dos meus, e po-

der contratar quem cuide de mim”, explicou.

Eduardo Jorge já havia re-alizado uma greve de fome em frente da Assembleia da República, no ano passado, com o apoio do Movimento (d)Eficientes Indignados, tendo-a suspendido depois de ter sido recebido pelo se-cretário de Estado da tutela e de este ter assegurado, na ocasião, iniciar os trabalhos de redação de legislação so-bre a “Vida Independente” no final de janeiro último. “Re-alizei a greve de fome pelo direito a uma vida indepen-dente e digna, e suspendi-a porque obtivemos determi-nadas garantias e promessas. Pouco ou nada aconteceu até ao momento, facto que me levou a voltar a luta, neste caso, à estrada.”

“O carinho, as palavras de

incentivo, os aplausos, as bu-zinadelas e as centenas de pessoas que me esperavam em algumas localidades para me acompanhar e dar ânimo nesta viagem deixaram-me muito feliz e deram-me muita motivação”, relevou.

No fi nal da jornada de pro-testo, Eduardo Jorge entre-gou um documento reivindi-cativo para “avivar a memória ao secretário de Estado Agos-tinho Branquinho, que pro-meteu e não cumpriu”.

“Espero que o Governo avance a curto prazo com as medidas acordadas há um ano, caso contrário, a minha luta, que é a de todos os de-ficientes motores, idosos e de todas as pessoas com ne-cessidade de assistência, vai continuar”, promete Eduardo Jorge.

Mário Rui Fonseca

• Eduardo Jorge, defi ciente da Concavada, levou três dias a chegar a Lisboa

DR

Page 10: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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10 OUTUBRO 2014REGIÃO

Os tempos de espera na ponte de Abrantes aumen-taram de cinco minutos para períodos de espera que po-dem chegar aos 15 minutos, um dado a que o início do novo ano letivo e o fi m do pe-ríodo de férias de verão não é alheio.

A circulação rodoviária no tabuleiro da ponte metálica de Abrantes, sobre o rio Tejo, começou no dia 12 de agosto a ser feita de forma condicio-nada, realizando-se de forma alternada e regulada com re-curso a semáforos. Os condi-cionalismos prendem-se com os trabalhos de reabilitação da travessia, cujas obras se de-verão estender por um perí-odo de 18 meses.

O atual condicionamento à circulação rodoviária, irá mant-er-se por um período previ-

sível de três meses (até 12 de novembro), tempo necessá-rio para a execução desta fase dos trabalhos. Só depois sur-girão os constrangimentos ao nível das viaturas pesadas, que fi carão impedidas de cir-cular na ponte. As obras vão decorrer, previsivelmente, até ao fi nal do ano 2015.

No decorrer dos trabalhos da empreitada, a Câmara Mu-nicipal de Abrantes já proce-deu a algumas modifi cações no trânsito, que se vão manter até ao fi nal da obra.

Assim, é proibido o trân-sito na Avenida Marginal do Tejo, no sentido nascente-poente, entre a Travessa do Ringue e o acesso ao parque de estacionamento situado entre a Avenida Marginal do Tejo e a Rua do Tramagal, a poente da ponte. No arrua-

mento sem topónimo que liga a Rotunda Santos Silva à Avenida Marginal do Tejo, a nascente da ponte, no en-troncamento com a Avenida Marginal do Tejo é proibido virar à esquerda, com exceção dos veículos afetos à obra, se tal se verifi car necessário. Na Avenida Marginal do Tejo, no sentido poente-nascente, é proibido inverter o sentido da marcha.

João Caseiro Gomes, vice-presidente da autarquia, ex-plicou estas alterações ao JA: “O que estava acontecer é que as pessoas entravam di-retamente na rotunda e aca-bavam por bloquear a circu-lação dentro da mesma, blo-queando ainda a circulação dos veículos que saíam da ponte em direção ao Rossio ao Sul do Tejo.”

“Temos alguns aspetos a ter em conta e que já pronunci-ámos às autoridades, nome-adamente a passagem de al-guns veículos mesmo quando o semáforo já está a vermelho e a falta de civismo que por ve-zes ocorre em relação aos con-dutores que vêm de Tramagal e que têm algumas difi culda-des em entrar na estrada prin-cipal em direção à ponte”, refe-riu ainda o vereador.

A empreitada de reabilita-ção da ponte de Abrantes so-bre o rio Tejo foi adjudicada pela Estradas de Portugal (EP) por 2,9 milhões de euros. As alternativas mais próximas são as pontes rodoviárias de Alvega / Mouriscas ou Cons-tância (exceto a pesados), a cerca de 20 quilómetros de distância.

MRF e JMC

Os autarcas da Comuni-dade Intermunicipal do Mé-dio Tejo (CIMT) entregaram no dia 22 de setembro, na Assembleia da República, uma petição a Favor da Não Desqualifi cação/Extinção dos Tribunais na região, uma ação que consideram “opor-tuna pela inefi cácia” do novo mapa judiciário.

Em declarações ao JA, a presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque, que também preside à Câmara de Abrantes, afi rmou ser “de toda a atualidade” a apresen-tação desta petição, numa altura em que as populações “verifi cam uma justiça para-lisada, o fecho de tribunais com condições em simul-tâneo com obras apressa-das em alguns dos restan-tes, bem como um distan-ciamento da justiça sem precedentes”.

A autarca disse que a pe-tição “reuniu mais cinco milhares de subscritores”, tendo observado que a sua entrega na Assembleia da

República (AR) “obrigará à sua apreciação em plená-rio na AR, assim como a sua apreciação na Comissão de Justiça e a elaboração de um relatório final no prazo de 60 dias”.

“A CIMT pretende que o Governo corrija o projeto de decreto-lei, aplicando os cri-térios objetivos que ele pró-prio definiu para a reorga-nização do mapa judiciário”, afirmou, tendo observado que a concentração de va-lências “pode fazer sentido nas áreas metropolitanas, mas que no interior do país o modelo tem de ser pen-sado em função da organi-zação territorial”.

Gravemente prejudicados

Maria do Céu Albuquerque afirmou ainda que está em causa o “grave esvaziamento de competências de âmbito criminal e civil em toda a região do Médio Tejo”, ma-nifestando o seu “repúdio” pelo encerramento dos tri-

bunais de Mação e Ferreira do Zêzere, a passagem do tribunal de Alcanena a “mera secção de proximidade” e o “desmantelamento” do atual círculo judicial de Abrantes”, que perdeu as instâncias cí-vel e criminal, instâncias que ficam concentradas em ex-clusivo em Santarém, na vizi-nha Comunidade Intermuni-cipal da Lezíria do Tejo.

“Sentimo-nos gravemente prejudicados e o queremos é a possibilidade de desdo-bramento das duas instân-cias, cível e criminal, para o Médio Tejo, a exemplo do que sucedeu em outros dis-tritos e sub-regiões”, vin-cou.

A autarca criticou ainda os vários pedidos “infrutífe-ros” de audiência ao Ministé-rio da justiça e “não tenham sido cumpridos os compro-missos assumidos de pros-seguir o processo de diá-logo”, e a “garantia” de que a redação final da lei seria aperfeiçoada.

Mário Rui Fonseca

Autarquias do Médio Tejo entregam petição pela manutenção de Tribunais

Tempos de espera aumentam na ponte de Abrantes com início das aulas

CÂMARA MUNICIPAL ANUNCIA MODIFICAÇÕES AO TRÂNSITO

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• Obras devem prolongar-se até ao fi nal de 2015

Page 11: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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Mais de 78 mil idosos estão a viver em lares, segundo os dados mais recentes do Instituto da Segurança Social (ISS), que revela também que existem mais de 76 mil pes-soas a usufruir de apoio domiciliário.

O Dia Internacional do Idoso assinalou-se no dia 01 de outubro e uma análise às várias respostas de apoio social da Segurança Social disponíveis para quem tem mais de 65 anos mostra que uma grande fatia dos idosos em Por-tugal está em estruturas residenciais, mais conhecidas por lares.

Segundo os dados mais recentes, atualizados a 24 de abril, existem 78.104 idosos em lares, enquanto outros 76.188 usufruem de apoio domiciliário.

“Na resposta social “Estrutura residencial para idoso”, o número de acordos de cooperação tem vindo a aumen-tar signifi cativamente”, revelou o ISS, apontando que em julho de 2014 havia 1.490 acordos, contra os 1.347 assi-

nados em 2011.Relativamente às restantes respostas sociais, o ISS adi-

anta que 42.693 pessoas usam os Centros de Dia, outras 20.235 os Centros de Convívio, enquanto 172 usufruem dos Centros de Noite.

Já no que diz respeito ao acolhimento familiar, havia 727 pessoas em 2013 abrangidas por esta resposta so-cial, que passa por integrar, temporária ou permanente-mente, pessoas idosas em famílias capazes de lhes pro-porcionar um ambiente estável e seguro, tal como ex-plica o ISS.

De acordo com o ISS, tem-se registado “um aumento claro e signifi cativo quer no alargamento do número de vagas das diferentes respostas sociais, quer na sua diver-sifi cação” e revela que essa tem sido igualmente a ten-dência na Rede Nacional de Cuidados Continuados Inte-grados (RNCCI).

“Em 2013 registavam-se 6.650 vagas, o que corresponde a um aumento de cerca de 11% do número de vagas comparativamente ao ano anterior”, diz o ISS.

A par do aumento do número de acordos de coopera-ção, o ISS diz que tem havido também um aumento da comparticipação fi nanceira por utente/mês, que passou de 347,31 euros em 2010 para 358,55 euros em 2014.

A este valor acresce ainda uma comparticipação para os idosos que se encontrem em situação de dependên-cia de 2.º grau de 66,6 euros e um suplemento de mais 46,65 euros por utente/mês quando a frequência de pes-soas idosas nesta situação for igual ou superior a 75% dos utilizadores.

O ISS destaca ainda que em 2013 houve um investi-mento de 500 milhões e 200 mil euros na área dos ido-sos, depois de em 2011 terem sido 483 milhões e 200 mil euros.

ESPECIAL VIDA SÉNIOR

Mais de 78 mil vivem em lares, outros 76 mil têm apoio em casa

Page 12: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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12 ESPECIAL VIDA SÉNIOR OUTUBRO 2014

O Centro Social Interparoquial de Abrantes inaugurou no dia 1 de outubro, com 15 utentes, um lar de idosos com capacidade para 72 pessoas, uma obra que implicou um investimento de três milhões de euros, valor comparticipado em 70% por fundos comunitários.

O Lar de Idosos Domus Pacis - Casa da Paz, que entrou em funcio-namento no Dia Mundial do Idoso, foi construído na Encosta da Barata, com quatro pisos e uma área total de 10.500 metros quadrados, com quartos individuais, duplos e triplos divididos pelos andares superiores.

O Centro Social Interparoquial de Abrantes, que emprega atualmente 65 pessoas e tem cerca de duas de-zenas de voluntários, investiu três milhões de euros e criou 40 novos postos de trabalho no novo lar de idosos, valência que se junta às ou-tras desenvolvidas pela instituição - uma creche, um jardim-de-infância, serviço de apoio domiciliário, co-munidade terapêutica, reinserção social, um centro de acolhimento temporário para crianças, centro de enfermagem e o programa ‘Recor-dar é Viver’, direcionado para a po-pulação sénior do concelho.

O coordenador do Centro Social Interparoquial de Abrantes, o có-nego José da Graça, disse ao Jornal de Abrantes que o projeto “vai aju-dar a resolver um problema conce-lhio” em termos de oferta a este es-

calão etário, referindo, no entanto, que ainda não estão garantidos os acordos com a Segurança Social que permitem fi nanciar o funciona-mento do novo lar.

“A ausência dos acordos de coope-ração com a Segurança Social, que consistem num pagamento mensal de um valor de comparticipação de 358 euros por cada utente, está a li-mitar o acesso de grande parte dos pré-candidatos por não consegui-rem suportar fi nanceiramente o va-lor mensal a pagar”, observou.

Segundo José da Graça, o equipa-mento podia até abrir com lotação esgotada, tendo em conta o nú-mero de pré-inscrições, mas sem a comparticipação da Segurança So-cial as pessoas não conseguem pa-gar a mensalidade – cerca de 950 euros, número que “o Estado con-tabiliza como sendo o valor mensal necessário por utente e sem contar com medicamentos, fraldas e ou-tras despesas”.

O responsável admitiu que, se ti-vesse as mesmas informações que tem hoje, não teria sido feito este in-vestimento, já que os acordos com o Estado “excluem os mais pobres”.

“Alguma coisa terá de mudar por parte dos nossos governantes”, de-fendeu ainda, afi rmando que mui-tos dos idosos que necessitam de institucionalização em lar “têm re-formas de miséria, na casa dos 200 e 300 euros”.

O Centro Social do Pego inau-gurou no dia 22 de setembro um lar com capacidade para 68 ido-sos. Com um investimento de 2,1 milhões de euros e capacidade para 68 camas, divididos por 30 quartos duplos e oito individuais, a nova estrutura residencial para idosos (ERPI) foi edifi cada na fre-guesia do Pego, nas imediações do local onde hoje funciona um centro de dia, uma creche e jar-dim-de-infância.

António Gomes Mor, presidente do Centro Social do Pego, disse ao JA que o projeto “vai ajudar a resolver um problema em termos de oferta a este escalão etário,

atendendo a que Abrantes apre-senta um nível muito baixo em termos de cobertura”.

Com a entrada do novo lar em funcionamento, a instituição criou mais 28 postos de trabalho, a maioria dos quais qualifi cados, que se juntarão aos 38 nas valên-cias já existentes.

António Gomes Mor alertou, no entanto, que ainda não estão ga-rantidos os acordos com a Segu-rança Social que permitem fi nan-ciar o funcionamento da ERPI.

“A ausência, até ao momento, de garantias de assinatura dos acordos de cooperação com a Se-gurança Social, que consistem

num pagamento mensal de um valor de comparticipação de 358 euros por cada utente, não colo-cou em causa a abertura do novo lar, mas está a limitar o acesso de grande parte dos pré-candidatos por não conseguirem suportar fi -nanceiramente o valor mensal a pagar”, observou.

A construção do novo lar do Pego obteve uma comparticipa-ção de cerca de 1,2 milhões de euros no âmbito do programa de financiamento comunitário POPH - Programa Operacional de Potencial Humano.

MRF

AUSÊNCIA DE ACORDO COM A SEGURANÇA SOCIAL LIMITA O ACESSO DE PRÉ-CANDIDATOS A NOVOS LARES

Paróquia de Abrantes inaugurou Lar Domus Pacis para 72 idosos

• Cónego José da Graça diz que, se soubesse o que sabe hoje, não teria feito um investimento tão grande no Lar Domus Pacis

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• António Gomes Mor diz que o novo lar do Pego vem “ajudar a resolver um problema em termos de oferta nesta faixa etária”

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Centro Social do Pego abre lar para 68 idosos após investimento de 2,1 milhões

Page 13: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

jornaldeabrantes

13ESPECIAL VIDA SÉNIOROUTUBRO 2014

Vai abrir até ao fi nal do ano 2014 uma nova resposta social no conce-lho de Constância. Trata-se de um novo lar da Santa Casa da Miseri-córdia que está a nascer na fregue-sia de Santa Margarida da Coutada, a freguesia mais populosa do con-celho.

Com um investimento de cerca de 1.612 mil euros, apoiado pelo Pro-grama Operacional Potencial Hu-mano (POHP), com 75% a fundo perdido, o novo lar terá a capaci-dade para acolher 40 idosos em internamento, mas ainda contará com outras valências como o apoio domiciliário, o centro de dia e o cen-tro de noite, criando 17 novos pos-tos de trabalho.

António Teixeira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Cons-tância, explicou que o novo lar re-sulta de uma “necessidade efetiva devido ao envelhecimento da po-pulação e à quantidade de utentes com mais de 65 anos a precisar de uma nova resposta social no con-celho”.

Para o funcionamento do novo lar ainda não está garantido o acordo

com a Segurança Social que vai per-mitir fi nanciar a nova estrutura. Con-tudo, o provedor admitiu ao JA que “a Santa Casa já teve a preocupa-ção de estabelecer alguns contac-tos para que, caso não haja acordo, seja possível dotar o novo espaço de verbas provenientes da Segu-rança Social, para apoiar os utentes que mais necessitam”.

“Na admissão de utentes teremos sempre de analisar caso a caso e o pagamento será sempre baseado na reforma e na situação fi nanceira de cada um. O nosso papel é o de fazer chegar aos responsáveis a no-ção de quem tem menos”, adiantou o provedor.

Teresa Flor, diretora técnica da Santa Casa da Misericórdia, expli-cou que o novo lar irá funcionar em coordenação com o que já existe na sede do concelho. “O trabalho será feito em conjugação, com serviços similares e uma gestão idêntica. Queremos chegar a uma grande franja da população apoiando no que for necessário”, referiu a dire-tora.

Joana Margarida Carvalho

• Santa Casa da Misericórdia de Constância cria mais uma resposta social no concelho

• O novo equipamento pode acolher 40 idosos em internamento

CONSTÂNCIA

Novo lar vai abrir em Santa Margarida da Coutada

Vila Nova da Barquinha

Cartão Municipal do Idoso - dá acesso a vantagens como isenções no pagamento de águas, taxas de lixo e saneamento, descontos em equipamentos municipais e acesso gratuito a programas culturais e tu-rísticos promovidos pela autarquia.

Formação Ocupacional de Seni-ores – com cerca de 200 inscritos, está em funcionamento, nas quatro freguesias do concelho, a Formação Ocupacional de Seniores (FOS), a “Universidade Sénior” do concelho.

Assistência Técnica ao Domicílio - visa a apoiar os idosos e pessoas em situação de carência, do conce-lho, em pequenas reparações nas suas casas.

Transporte a Pedido - implemen-tado pela Comunidade Intermuni-cipal do Médio Tejo em janeiro de 2013, no concelho de Mação, vai alargar-se a Vila Nova da Barquinha em 2015.

Apoio das freguesias - as fregue-sias, com o apoio do município, re-alizam diversas atividades orienta-das para a população idosa, quer recreativas, como os passeios cultu-rais anuais, quer de apoio ao dia-a-dia dos idosos.

Constância

Desde 1985 que a Câmara Munici-pal de Constância organiza anual-mente o Passeio Convívio. O Pas-seio Convívio, no qual todos os se-niores podem participar, envolve anualmente cerca de 500 idosos. A atividade assume um importante papel social junto da população idosa do concelho, dando-lhes a conhecer novos locais do país.

O município desenvolveu uma ação porta a porta assente na aplicação de questionários, cuja primeira fase consistiu numa entrevista através de algumas perguntas (que foram efetuadas por colaboradores da au-tarquia e de outras entidades do concelho) a fi m de se conhecerem as reais necessidades desta franja da população e, assim, se proceder à elaboração de um plano estraté-gico de intervenção.

Abrantes

Desporto - + Vida - o serviço de des-porto da CM Abrantes é dirigido aos utentes dos centros de dia e lares do concelho, com uma aula, uma vez por semana, em cada IPSS.

Cultura – A Menina Dança - pre-tende ser um incentivo ao conví-vio. Os participantes têm oportuni-

dade de dançar, falar, compartilhar, comunicar e de se identificarem tanto com as atividades como com o grupo.

Ação Social – Teleassistência - é um serviço telefónico que visa propor-cionar o apoio imediato em situa-ções de risco e oferecer maior segu-rança aos munícipes.

Mação

Gabinete de Apoio à Pessoa Idosa - o serviço de atendimento nas vá-rias freguesias.

Apoio a Idosos com a Doença de Al-zheimer e/ou outras Demências.

Clube Sénior de Mação - um es-paço de promoção de atividades desportivas, culturais e recreativas para os idosos, de forma concer-tada e multidisciplinar.

Mação Contra a Solidão - um pro-jeto que consiste em reunir volun-tários para apoiar os idosos mais isolados social e geografi camente.

Sessões Formativas - cujo objetivo é promover ações de sensibilização sobre a terceira idade, destinadas a cuidadores, técnicos, parceiros e comunidade em geral.

Cartão Mação + Vida - que permite a redução de 25 % em todas as ta-xas e tarifas municipais.

Hidroginástica Sénior e Transporte gratuito para as termas da Ladeira.

Ginástica nas freguesias – realiza-ção de aulas de ginástica semanais, através de uma professora de edu-cação física, em todas as sedes de freguesia.

Vila de Rei

Medidas de Apoio a Idosos:- Serviço de Teleassistência;- Visitas Domiciliares;

- Apoio à recuperação de casas de-gradadas / Ofi cina Doméstica;

- Transporte semanal gratuito para a sede do Concelho;

- Apoio Psicossocial;- Rastreios / Despistagem de doen-

ças;- Tratamentos termais;- Loja Social.

Consultas de Oftalmologia Gra-tuitas - consultas gratuitas de of-talmologia para os agregados fami-liares vilarregenses em situação de vulnerabilidade social.

Cartão do Idoso – garante o des-conto no consumo de água, na compra de medicamentos para do-enças crónicas; transporte gratuito para os serviços camarários; in-gresso preferencial nos lares e cen-tros de dia; desconto na utilização de infraestruturas da Câmara Mu-nicipal e em estabelecimentos co-merciais e serviços.

Sardoal

O Programa de Apoio Municipal à Pessoa Idosa - PAMPI - visa a manu-tenção da autonomia, independên-cia e qualidade de vida, das pessoas idosas do concelho de Sardoal.

Projetos:

Gabinetes de Atendimento Social à Pessoa Idosa – GASPI;

Dinamização do Centro de Convívio de Sardoal;

“Avô Online” - Iniciação à Informá-tica;

“Viver +” - Hidroginástica para Se-niores;

Passeios da Terceira Idade - Via-gens para os Seniores.

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NUM OLHAR ATENTO AOS IDOSOS DA REGIÃO

Câmaras Municipais disponibilizam programas e apoios para a terceira idade

• A teleassistência é um dos serviços que as autarquias oferecem aos seus idosos

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Page 14: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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14 ESPECIAL VIDA SÉNIOR OUTUBRO 2014

As universidades da terceira idade ou uni-versidades sénior (UTIs) são uma resposta social, a várias dimensões, ao grande desafi o de cada vez existirem mais ido-sos.

Quando se fala com aqueles que as frequen-tam, o que salta com maior importância no que é vivido são o con-vívio ou a resistência à solidão (“Se não fosse isto, havia dias que nem me arranjava para sair de casa”), a recomposição dos laços sociais (“Aqui fazemos novos amigos”), o aprender coisas novas (“Eu queria muito conti-nuar a estudar, mas tive de deixar a escola para ir trabalhar” ou então “Aqui aprendemos coi-sas que nunca pensei aprender”). Mas há duas outras dimensões tam-bém da maior importân-cia. Por um lado, a pre-venção da saúde mental através do exercício intelectual e da participação em atividades de forte componente social. Mas até a saúde física se vê benefi ciada nas pessoas que, por vezes bastante debilitadas, começam a frequentar um destes projetos e pouco tempo depois se encontram em muito melhor forma física. Por outro lado, há toda uma reinvenção social do que é ser idoso num tempo em que os velhos mo-delos já não fazem sentido e os no-vos têm de ser inventados. E é isso mesmo que ali se faz, nestes labo-

ratórios sociais: reinventam-se pa-drões de vida para a terceira idade. Padrões de atividade, participação, alegria; padrões de afi rmação do di-reito à vida e a um futuro que sem-pre existe; padrões de dignidade e de afi rmação de si; padrões de par-ticipação social e de cidadania. Pa-drões que não são servidos pron-tos a usar, mas que são objeto de construção e criatividade, de expe-rimentação e aventura, de ousadia e cooperação, antes de mais num exercício feito pelos próprios mais

velhos, em cooperação com outros mais jovens.

Além disso, as UTIs são projetos sociais com duas particularidades signifi cativas: são fáceis de replicar e são baratas. E é justamente por isso que se têm multiplicado pelo país. Ao contrário de outro tipo de respostas, por exemplo os lares, que são equipamentos caros e de dispendiosa manutenção, as UTIs pouco mais precisam que do es-paço. Recorrem sobretudo a pres-tações voluntárias, num regime de

solidariedade, o que significa que reforçam na sociedade os laços de responsabilidade social e partici-pação cívica. E o pouco que as UTIs representam em termos de encar-gos é bem compensado pelos be-nefícios que produzem: redução nos gastos com a saúde, mais posi-tividade nas relações sociais, maior tranquilidade nas famílias, colabo-rações várias na sociedade, afi rma-ção do valor social e político das pessoas mais idosas e assim por di-ante.

Na região, o pontapé de saída foi dado pela UTIA, Universidade da Terceira Idade de Abran-tes. O facto de ter ido à televisão divulgar o projeto terá contribu-ído para que se come-çassem a surgir outros na região, muitos deles diretamente inspirados na UTIA. A vitalidade so-cial que representam vê-se também no facto de cada um deles apresen-tar características dife-renciadoras que lhe dão uma identidade própria, mesmo se as semelhan-ças são muitas. As UTIs funcionam com profes-sores que leccionam, em regime de voluntariado, disciplinas que atendem sobretudo aos interesses dos alunos, sem presta-ção de provas de avalia-ção, pois não conferem certificação de compe-tências. Além das aulas, há atividades de música, artes plásticas ou cos-

tura, ginástica de manutenção ou utilização de computadores. Fazem ainda visitas de estudo e organizam conferências ou convívios. E tudo o mais que a imaginação e os recur-sos permitem.

As UTIs são fruto da criatividade social fora da economia monetari-zada, e também isso tem um signifi -cado nada irrelevante.

Alves Jana

UTIS 2014

Reinventar a vida na terceira idade

Fundada em 1998, tem mais de uma centena de alunos e oferece cerca de 25 disciplinas. Além disso, tem uma tuna e danças de salão. Entre outras, vai pas-sar a oferecer técnicas de fo-tografi a e conversas à volta do Direito.

Funcionou sempre em instalações cedidas pela Câmara e aquelas em que hoje se encontra vieram abrir-lhe novas possibilida-des que têm vindo a ser ex-ploradas.

Abriu o ano letivo com uma sessão solene no pas-sado dia 3 e começou as au-las a 6 de Outubro. Para o presente ano letivo tem já prevista uma visita de es-tudo a Palmela e Azeitão.

A presidente é Ana Luísa Roxo.

Contato: 241.333.920

Nasceu em 2005, na se-quência de um projeto de luta contra a pobreza. Tem a particularidade de funci-onar em horário pós-laboral e em dois pólos: Montalvo, que recebe também pes-soas da sede do concelho, e Santa Margarida. Oferece, como é natural, um leque de menos disciplinas do um meio maior, mas tem uma tuna que se encontra de modo alternado nos dois pólos, o que dá origem a um reforço dos laços sociais

no território.Como não tem instalações

próprias, um sonho à espera desde o início, a sede funci-ona nos Bombeiros Volun-tários de Constância.

Neste ano foi a primeira a iniciar as suas atividades, a 26 de Setembro, mantendo uma média de 40 alunos e meia dúzia de disciplinas.

O presidente é Carlos Dias.

Contato: 249.739.241

Fundada em 2006, é um projeto nascido dentro da ARTRAM; Associação de re-formados do Tramagal. Por isso, para a frequentar é ne-cessário ser sócio da mãe AR-TRAM em cujas instalações funciona.

É frequentada por cerca de 65 alunos e oferece dezena e meia de disciplinas.

Afi rma que quer “contribuir para a não discriminação ne-gativa das pessoas por se-rem idosas (idadismo, Butler, 1969), tentando substituir os

estereótipos negativos (do-ença, declínio mental, inuti-lidade, isolamento, pobreza, depressão, dependência de medicamentos, e outros) por estereótipos positivos (a amabilidade, a sabedoria, ser de confi ança, ser livre, ser fe-liz…)”.

Este ano está ainda em pro-cesso de eleger a próxima di-reção, mas o início das ativi-dades está já previsto para 20 de Outubro.

Contato: 241.890.245

Universidade da Terceira Idade de Abrantes

Universidade Sénior de Constância

Universidade da Terceira Idade do Tramagal

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15OUTUBRO 2014 REGIÃO

A Assembleia Municipal de Abrantes aprovou, no dia 27 de setembro, por unani-midade, uma atualização dos apoios de emergência a “estratos sociais desfavo-recidos”, depois de se regis-tar nos últimos anos um au-mento dos pedidos, bem como das situações de vio-lência doméstica.

Em declarações à Antena Li-vre, a vereadora da Ação So-cial na Câmara de Abrantes, Celeste Simão, justifi cou a ne-cessidade da atualização dos apoios de “emergência imedi-ata” com um “aumento regu-lar e constante”, nos últimos quatro anos, “dos casos de vi-olência doméstica no conce-lho e de situações de emer-gência social”, com necessi-dades ao nível de habitação, alimentação, saúde, consumo de energia, entre outros.

Em vigor desde 2011, o Re-gulamento de Apoio a Es-tratos Sociais Desfavoreci-dos (RAESD) “necessita de reajustes e até de alterações decorrentes da aplicação do mesmo e da complexidade dos pedidos de apoio”, disse a responsável.

Em 2011, a autarquia

apoiou 95 pessoas em cerca de 38 mil euros, em 2012 o número subiu para 261 ci-dadãos (com 91 mil euros de apoio), no ano seguinte foram apoiadas 233 pessoas (com cerca de 70 mil euros) e em 2014, até julho, 149 si-tuações foram merecedo-ras de apoio dos serviços de Ação Social municipal (27 mil euros).

“Já existiam dois apoios de emergência, até 83 euros e

até 1.200 euros, mas a ex-periência no terreno aponta para a necessidade da uni-formização dos apoios de emergência, que passam a ser de um único valor e até 800 euros”, disse a verea-dora, ressalvando que as condições de atribuição “re-querem que tenham sido esgotadas as outras respos-tas sociais existentes”, ao ní-vel do Rendimento Social de Inserção, pensões, reformas

ou subsídio de desemprego, entre outros.

Também ao nível dos apoios económicos para a promoção do acesso a cuidados de saúde, a comparticipação financeira vai aumentar de 50% para 75% para a compra de me-dicamentos e manter-se nos 75% para despesas com con-sultas de especialidade e de transporte.

M a n t é m - s e a i n d a a

comparticipação de 50% nas despesas de tratamen-tos, desde que não disponí-veis no Serviço Nacional de Saúde.

Em situação de desem-prego conjuntural, o Banco Social da autarquia apoiou até hoje 139 pessoas, com uma verba na ordem dos 85 mil euros, também aqui com números “sempre em cres-cendo, com casos de pes-soas de rendimento zero e agora até oriundas da classe média”, notou.

“Os apoios a conceder, à exceção dos casos de emer-gência, que são imediatos e até 800 euros, são válidos por um período de seis me-ses e para pessoas com ren-dimento per capita não su-perior a 250 euros”, obser-vou ainda Celeste Simão, notando que o cidadão terá de participar num plano de ação pessoal e familiar de forma a poder alterar a situa-ção em que se encontra.

Os casos crescentes de vio-lência doméstica detetados ou registados pela Rede Es-pecializada de Intervenção na Violência (REIV) são ou-tro motivo de preocupação

para a autarca, que revelou o registo de 14 processos em 2012, de 28 em 2013 e de 34 processos só nos primeiros seis meses deste ano.

“As situações de violência doméstica e de emergência social estão muitas vezes in-terligadas, sendo de lamen-tar que sejam as vítimas de violência a ter de abandonar o seu lar, para se protegerem dos maus tratos e defende-rem a sua vida ou da sua fa-mília, e que seja o agressor quem fica no lar onde pra-tica tais atos”, criticou.

Celeste Simão disse à An-tena Livre que quem de-nuncia fica numa situação “duplamente desfavorável”, por um lado, porque “é a ví-tima de violência e porque fi ca institucionalizada numa casa abrigo, longe da sua lo-calidade, da sua família, do seu emprego e, no caso de ter filhos, também porque eles terão de se mudar para uma outra escola e deixar os seus amigos e o seu ambi-ente natural”. “É uma medida que não bate certo, que não é justa e que precisava de ser alterada”, defendeu.

Mário Rui Fonseca

Município de Abrantes aprova reforço de apoios de emergência social

Page 16: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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16 OUTUBRO 2014REGIÃO

O Município de Vila de Rei assinalou no dia 19 de se-tembro o seu feriado mu-nicipal com a entrega de apoios financeiros à natali-dade e aos casamentos, ins-trumentos que a autarquia considera cruciais para com-bater o envelhecimento e a desertifi cação.

O município de Vila de Rei, que assinala o cen-tro geodésico de Portu-gal, tem-se debatido com

um problema grave de desertificação e envelheci-mento populacional, tendo iniciado em 1998 esta práti-ca de atribuição de apoios fi -nanceiros aos casamentos e nascimentos.

Desde o ano 2000 que a autarquia contabilizou 136 apoios concedidos a casa-mentos, a casais que se fi-xem no concelho, e 276 nas-cimentos, representando um investimento global na or-

dem dos 350 mil euros.Na tabela defi nida pela au-

tarquia, os valores a atribuir são de 750 euros por casa-mento, 750 euros pelo nasci-mento do 1º fi lho, 1000 euros pelo nascimento do 2º fi lho, e 1250 euros para o terceiro e seguintes.

Em declarações ao JA, o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Pau-lo César, disse que “os primei-ros resultados positivos fo-

ram lentos e morosos”, tendo os sinais de inversão de ciclo surgido nos Censos 2011 do INE, que “revelaram um au-mento populacional de 2,8%, em contra ciclo com todas as regiões do interior, em espe-cial em territórios de baixa densidade”, como o daquele município.

Segundo o autarca social-democrata, “manter a ten-dência é o nosso grande de-safi o, tendo nós a noção de que estas medidas só por si não teriam qualquer resulta-do se não fossem acompa-nhadas de um conjunto mui-to alargado de apoios”.

Paulo César destacou a gratuitidade da creche, jar-dim-de-infância, ativida-des de tempos livres, férias desportivas, explicações, transporte escolar, e ainda o apoio à habitação social, com 36 fogos, e lotes a custos con-trolados, entre outras, como medidas municipais estraté-gicas dirigidas a agregados familiares do concelho.

“Temos a perfeita noção de que ninguém vai ter um fi-lho em função de um sub-sídio, seja ele de mil euros ou de 5 mil euros, mas estes subsídios devem entender-se como um incentivo que se incorpora num conjunto

mais vasto de incentivos e, aí sim, a esse pacote completo entendemos como uma me-dida, e que tem dado resulta-dos e evoluído anualmente de forma positiva”, defendeu.

Jorge Crisóstomo, natural de Vila de Rei e pai de dois filhos gémeos, salientou a importância do incentivo ao nascimento que a CM garan-te anualmente. “Trata-se de uma boa ajuda para o futuro e para a educação deles. Não é uma rampa de salvação, é um incentivo para os primei-ros anos de vida, que é sem-pre muito bem-vindo.”

No âmbito do feriado mu-nicipal de Vila de Rei, Paulo César disse que “novas ideias para mais medidas de apoio à fi xação da população vão ser implementadas no próximo ano”, tendo destacado a atri-buição de livros escolares a todos os alunos do ensino se-cundário, a comparticipação das vacinas das crianças não comparticipadas pelo siste-ma nacional de saúde, e um aumento do valor monetário do apoio ao nascimento.

“Todas estas medidas de apoio municipal à ação so-cial, à educação e aos nossos idosos representam uma fa-tia substancial do orçamen-to anual da autarquia, na or-

dem dos 7 milhões de euros, sendo que, seguramente, 1 milhão de euros é dirigido para estas medidas que con-sideramos cruciais para con-tinuar a perspetivar um fu-turo com qualidade de vida para a população do conce-lho”, destacou.

Irene Barata, presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei entre 1989 e 2013, rece-beu nas comemorações do Feriado Municipal de Vila de Rei, no dia a 19 de Setembro, a Chave de Ouro do Municí-pio de Vila de Rei. A ação vi-sou homenagear a ex-autarca “pelo trabalho desenvolvido em prol do progresso e evo-lução do concelho e do bem-estar dos seus habitantes”, ao longo dos 24 anos em que presidiu à autarquia. Para a autarca, a distinção recebida serviu também para home-nagear todos aqueles que a apoiaram durante os muitos anos de serviços.

Durante as comemorações do Feriado Municipal foram também entregues Meda-lhas Municipais de Bons Ser-viços aos funcionários que celebraram 25 anos de servi-ço efetivo ao serviço do mu-nicípio de Vila de Rei.

MRF e JMC

Vila de Rei assinala feriado municipal com entrega de subsídios à natalidade e casamento

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• Pai de gémeos salienta que o apoio aos nascimentos “é incentivo para os primeiros anos de vida”

XIII Feira Nacional de Doçaria Tradicional de Abrantes Abrantes vai ficar mais

doce entre os dias 24e 26 de outubro com a XIII Feira Nacional de Doçaria Tradi-cional, a ter lugar no Merca-do Criativo, antigo Mercado Diário. A edição deste ano, que reúne doçaria de vários pontos do país, conta com um programa de animação musical, workshops, ativida-des desportivas, exposições e demonstrações de doça-ria ao vivo. Para além de do-ces tradicionais, a Feira tem também licores, mel e com-potas que farão as delícias dos visitantes.

Durante a realização da fei-ra, organizada pela TAGUS – Associação para o Desen-volvimento Integrado do Ribatejo Interior e pelo Mu-

nicípio de Abrantes, as lojas do comércio tradicional vão decorar as montras com ar-tigos alusivos ao tema.

Já no dia 18 de outubro, haverá a 4ª edição do Mer-cado de que antecede a Fei-ra de Doçaria, contando Do-ces Tradicionais, uma ação de divulgação com a venda de doçaria por parte das as-sociações concelhias. Este Mercado de Doces Tradicio-nais terá lugar na Praça Ba-rão da Batalha, das 10h00 às 13h00, e conta com a animação do grupo de Concertinas de Abrantes.

A abertura da Feira Nacio-nal de Doçaria Tradicional decorre no dia 24 de outu-bro, pelas 17h00, e, como tem acontecido nas edições

passadas, haverá uma ex-posição com trabalhos fei-tos pelas escolas do con-celho de Abrantes – “Pa-lhinhas - uma história da palha de Abrantes”. À noi-te, pelas 21h30, a anima-ção está a cargo do grupo “Wake up Mary”. No sába-do, dia 25, o workshop de li-cores ocupará parte da ma-nhã, das 9h30 às 11h, en-quanto a Escola Profi ssional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) fará demonstrações de culiná-ria das 17h00 às 18h30. Pe-las 21h30, atuará o proje-to “Viver a Música”. O últi-mo dia do certame começa com o Passeio de BTT “Na rota da Palha de Abrantes, às 9h00. (inscrições para o

email [email protected]). O Grupo Cantares d´Outrora anima a Feira de Doçaria a partir

das 15h e haverá demons-trações de culinária pela EPDRA, das 17h00 às 18h30. No decorrer da feira, os mais

novos serão presenteados com pinturas faciais, balões e jogos.

André Lopes

• Associações concelhias vendem doces na Praça Barão da Batalha

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Page 17: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

jornaldeabrantes

17OUTUBRO 2014 EDUCAÇÃO

A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albu-querque, e o Reitor da Univer-sidade Aberta assinaram no passado dia 30 de setembro, um protocolo de cooperação através do qual o município disponibilizou, para utiliza-ção da Universidade e para instalação do Centro Local de Aprendizagem de Abrantes (CLAA), o edifício Pirâmide, si-tuado no Alto de Santo Antó-nio. O edifício reúne agora as valências de Centro de Docu-mentação/Biblioteca, sala de Exames e sala com dois com-putadores para utilização dos alunos.

Liliana Vasques, coordena-dora do CLAA da Universi-dade Aberta, explicou que a passagem para o edifício Pi-râmide signifi ca uma centra-lização de todas as valências do centro. “Até hoje tínha-mos as nossas estruturas dis-

persas. Vir para o edifício Pi-râmide é centralizar todo o CLAA. Aqui iremos realizar os exames, fazer a inserção de livros, dar a possibilidade ao aluno de tratar de todas as

questões académicas, entre outras situações. No edifício Pirâmide vamos desenvolver grupos de estudo e vamos ter um conjunto de serviços integrados, reafirmando a

nossa presença em Abrantes”, explicou.

O CLAA da Universidade Aberta, universidade pública de ensino à distância, está em Abrantes desde 2008. JMC

Universidade Aberta de Abrantes mudou-se para o edifício Pirâmide

• Liliana Vasques, coordenadora do Centro Local de Aprendizagem de Abrantes da Universidade Aberta

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Marcelo dá conferência na ESTA aberta ao público

Marcelo Rebelo de Sousa vai estar na Escola Su-perior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), no dia 5 de novembro, a convite dos estudantes da licen-ciatura em Comunicação Social. O professor abor-dará o tema “A Comunica-ção”, numa sessão agen-dada para as 14h30. A ini-ciativa pretende abranger a comunidade abrantina, pelo que será aberta ao público em geral.

Os estudantes que con-vidaram o professor Mar-celo a vir a Abrantes de-safi aram-no a responder a questões pertinentes para a sua formação, nomeada-mente a sua opinião sobre a comunicação social atu-al, a forma como vê as mu-danças introduzidas pelos

canais privados no pano-rama audiovisual e o que pensa sobre o ensino da Comunicação Social nas escolas superiores portu-guesas.

O professor Marcelo é li-cenciado em Direito e é Doutor em Ciências Ju-rídico-Políticas. Aderiu ao Partido Social Demo-crata após a sua funda-ção, em 1974, foi diretor do jornal Expresso e ga-nhou popularidade como comentador na estação de rádio TSF. Atualmente é comentador no Jornal Nacional da TVI e também professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

No próximo dia 31 de outu-bro, pelas 21h30, o Interact Club de Abrantes organiza mais uma festa solidária, no Mercado Criativo, com a par-ticipação dos The Kast, Dried Flowers e ainda da DJ Cherry Blossom Girl.

A entrada na festa Hallo-ween Nightmare faz-se atra-vés de bilhetes (comprados antecipadamente por dois euros ou à entrada por três euros) ou da entrega de brin-

quedos, livros e material di-dático em bom estado. Desta vez, a associação Vidas Cru-zadas será a benefi ciária dos bens recolhidos por este clube de jovens rotários.

Recentemente, os jovens abrantinos que fazem parte do Interact Club de Abrantes colaboraram na Quermesse das Festas de São Lourenço, o que lhes permitiu anga-riar verbas para oferecer, ao CRIA, um computador, uma

máquina de lavar roupa e um fax. Esta atividade foi or-ganizada em conjunto com a União das Freguesias de Abrantes e Alferrarede e com o Rotary Club de Abrantes.

O donativo foi entregue ao CRIA a 20 de setembro. Para além de marcar mais uma ação de apoio à comunidade abrantina, neste dia concre-tizou-se a emblemagem de quatro novos elementos do Interact Club de Abrantes.

D. Manuel Clemente é o próximo convidado das Con-ferências do Liceu, uma or-ganização do Agrupamento Nº 2 de Escolas de Abrantes e da Associação Cultural Pa-lha de Abrantes. O Patriarca de Lisboa falará sobre “Iden-tidade Cultural Europeia”, no dia 31 de outubro, pelas 21h12, no espaço Sr. Chiado. Na tarde do mesmo dia D. Manuel Clemente fará uma

conferência exclusiva para os estudantes do ensino se-cundário daquele agrupa-mento. À noite, a sessão é aberta ao público, mas im-plica inscrição prévia (atra-vés do email: [email protected]).

No dia 24 de outubro, na Es-cola Secundária Dr. Manuel Fernandes, Diogo Infante apresenta o “Sermão de Sto. António aos Peixes”. O recital

é dirigido a todos os alunos do 9º ano e do ensino secun-dário das escolas Dr. Manuel Fernandes e Octávio Duarte Ferreira. Neste espetáculo, o ator vai sublinhar a ironia retórica de António Vieira, transformando o pregador seiscentista num nosso con-temporâneo, num tipo de leitura que em muito facilita a sua compreensão.

Interact Clube de Abrantes organiza Halloween solidário

D. Manuel Clemente e Diogo Infante em Abrantes

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18 CULTURA OUTUBRO 2014

A Arte como aposta de identidadeCEAC, EM VILA NOVA DA BARQUINHA

Entramos no atelier de pintura, onde a animação e o cheiro são próprios de um lugar onde se procura transformar o pensamen-to e a experiência em li-nhas, formas e cores. Carlos Vicente, o responsável pelo Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC), dá-nos conta da casa e dos projetos. “Tudo começou há 14 anos com o atelier de pintura na galeria de então.” Entretanto, a Bar-quinha apostou nas artes, quer no Parque de Escultu-ras, quer no CEAC há dois anos, a funcionar na Casa da Hidráulica, agora restau-rada, bem juntinho ao Tejo, de que não quer separar-se. O casamento entre o Tejo e as Artes é a aposta. E está a fazer o seu cami-nho. Carlos Vicente mostra-nos os vários espaços. “Aqui

funciona o atelier de foto-grafia e vídeo.” Ao lado, o atelier de marionetas, onde o “grupo coral”, um conjun-to de marionetas muito pa-recidas e esguias, espera aqueles que ali trabalham o teatro de marionetas. No pequeno auditório, Carlos

Vicente diz da intensa ativi-dade daquele espaço aber-to à comunidade. “Todos os meses trazemos aqui uma pessoa a falar de pintura e outra a falar de fotogra-fia. Falam daquilo que fa-zem e do impacto que isso tem nas suas vidas. É uma

forma de alargar os hori-zontes dos nossos alunos. Procuramos artistas já fir-mados e com obra próxi-ma daquilo que fazem os alunos dos nossos ateliers. Assim eles podem sentir-se mais estimulados. Além disso, todos os meses tra-zemos uma pessoa da co-munidade que tem algo a dizer por aquilo que tem feito. Não queremos espe-rar que as pessoas morram para dizer como são impor-tantes para nós.”

Parceria entre autarquia e Politécnico de Tomar

O CEAC é um projeto da própria Câmara Municipal, agora em parceria com o Instituto Politécnico de To-mar, cujos professores lecio-nam os ateliers a par com

os formadores locais. Com mais de meia centena de praticantes regulares nos vários ateliers, tem já um im-portante movimento para um concelho pequeno, mas está ainda em instalação, porque nestas coisas dois anos é muito pouco. Mas há uma coisa que já pegou de estaca, o empenho de Carlos Vicente pelo projeto e pelo enraizamento deste na comunidade. Vê-se que é a menina dos seus olhos. Por isso, o que mais espera é que “dentro de 12 anos, quando me reformar, se vier a reformar-me, o CEAC continue, se possível com mais atividades.” E acrescen-ta que está previsto come-çar em breve um atelier de guitarra. “E já tivemos um de culinária, porque este é um projeto aberto.” E fala de outras possibilidades, como cinema para crianças já no próximo verão. Depois le-va-nos a uma janela lateral para nos mostrar o espaço para “residências artísticas”, ainda em construção. “Um artista pode vir, instala-se aqui algum tempo, produz aqui obra e ‘paga’ com ate-liers que ministra”, explica.

Os alunos pagam 15€ por um atelier, de outubro a maio, “um preço simbóli-co, que nem chega para pa-gar aos professores.” Há ain-da um atelier com crianças, que é gratuito, ministrado

por alunos de artes no IPT. Mas tanto as crianças como os jovens não estão a res-ponder como seria de espe-rar oportunidade rara. Con-tinuam “demasiado presas ao computador”.

Mas Carlos Vicente, com formação em artes plásti-cas e turismo, não desiste. O que se pretende no CEAC é “que se torne difícil de des-ligar as Artes da identidade dos barquinhenses”, num triângulo feliz com o Parque de Esculturas e o Rio Tejo.

Alves Jana

Ateliers no CEAC

2ª feira: pintura3ª feira: foto e vídeo4ª feira: marionetas5ª feira: ateliers livres 15h00 -18h00 18h00 -21h00Preço: um atelier 15€/mês

Casa da HidráulicaR. da BarcaVila Nova da BarquinhaTel. 249720358 ouCentro Cultural da Barquinhaou aindahttps://www.facebook.com/ceac.vnbhttp://www.barquinhae-arte.pt

• Ateliers têm mais de meia centena de praticantes regulares

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20 OUTUBRO 2014DIVULGAÇÃO

LUGARES COM HISTÓRIA

A capela da Senhora da Boa Viagem em Barreiras do TejoEsta é uma pequena cape-

la construída nas Barreiras do Tejo em meados do século XX e está integrada na freguesia de S. João Batista. Tem como padroeira Nossa Senhora da Boa Viagem e vamos saber porquê.

As Barreiras do Tejo foi, des-de tempos imemoriais, uma povoação que viveu muito virada para o Tejo e a maior parte da sua população, até à década de sessenta do sé-culo XX, dependia economi-camente deste rio. Aqui vive-ram gerações de barqueiros, que nos seus barcos faziam o transporte de produtos, so-bretudo agrícolas, para Lis-boa e da capital traziam ou-tros aqui inexistentes, mas que eram importantes para as populações do interior, como por exemplo o sal. Tam-bém aqui viveram famílias de calafates que construíam e ar-ranjavam os barcos utilizados pelos navegantes e de que hoje ainda podemos ver mar-cas na toponímia local, como é o caso da Rua dos Estaleiros

Além dos barqueiros, havia os pescadores que viviam do

que pescavam. Na altura, no Tejo havia muitos e variados peixes: sável, saboga, lam-preia, fataça, barbos, enguias, etc.. Em meados do século XX, fixaram-se por aqui alguns avieiros, originários da Vieira de Leiria, o que fez aumentar a comunidade piscatória das Barreiras do Tejo.

Ora tanto os barqueiros como os pescadores tinham uma vida arriscada, porque o Tejo, sobretudo no Inver-no, era perigoso e então, tal como no vizinho concelho de Constância, era a Nossa Se-nhora da Boa Viagem que mais se entregavam nesses momentos de afl ição. A ima-gem é relativamente peque-na e pertencia, não se sabe bem desde quando, aos bar-queiros do Tejo. Como ainda não havia aqui nenhuma ca-pela, a imagem, aí pela dé-cada de trinta do século XX, estava guardada em casa de uma família conhecida pelos Calafates, nome que certa-mente lhe veio da sua activi-dade profissional. Depois e talvez por razões de seguran-ça, esteve na igreja de S. João

em Abrantes, mas pela déca-da de quarenta regressou às Barreiras, tendo sido recebida festivamente pela população. Toda engalanada dentro de uma armação conhecida por berlinda e integrada em pro-cissão, a imagem veio até ao largo do Caroço, onde foi re-zada missa, no local onde está hoje o restaurante “O Arco”. Aí tinha a recebê-la muita gen-te e um grande cartaz, com uma quadra feita pelo artis-ta abrantino José Paulos, que refl ectia bem os sentimentos da população:

Ó Mãe da Boa ViagemQue em saudade nos deixasteAcolhei nossa homenagemBem-vinda porque voltaste

A partir daí passou a ficar guardada em casa de famí-lias das Barreiras do Tejo, mas todos os anos, no princípio do Verão, se organizava uma procissão que integrava foga-ças para depois serem leilo-adas e fazia-se a bênção dos barcos que, enfeitados com bandeiras coloridas, espera-vam a imagem que ia até às

areias do Tejo para os aben-çoar. No Arquivo Municipal Eduardo Campos existem vá-rias cópias de fotos desta pro-cissão.

Juntando os fundos reco-lhidos nas procissões e em festas variadas, os habitantes das Barreiras do Tejo conse-guiram arranjar dinheiro para construir esta capela, que foi inaugurada em 21 de Junho de 1953, passando a partir daí a ser a morada da tão vene-rada imagem. Curiosamen-te, a imprensa abrantina não fez qualquer referência ao evento, nem mesmo o “Nova

Aliança”, jornal ligado à igreja. Só passados dois anos, este periódico fez uma pequena referência a esta capela e con-fi rmava a informação que me fora dada sobre o dia da sua inauguração.

A procissão continuou a fa-zer-se com fogaças e bênção dos barcos, nos últimos anos só de pesca pois os outros ti-nham desaparecido, até que pela década de oitenta, sem barqueiros nem pescadores, com a população já virada de costas para o Tejo, deixou mesmo de se realizar.

A capela, bem cuidada e

limpa, continua a acolher a população das Barreiras do Tejo, embora os mais jovens já desconheçam a sua histó-ria e a devoção que esteve na base da sua construção.

Nota As informações sobre a construção da capela e a de-voção à Senhora da Boa Via-gem foram fornecidas oral-mente pelas senhoras Maria Júlia de Sousa Marcos, de 85 anos, e Maria Laura Louro, de 86 anos, ambas naturais e re-sidentes em Barreiras do Tejo.

Teresa Aparício

Ricardo Silva está de volta à Antena Livre onde há alguns anos atrás (entre 2005 e 2007) chegou a ser uma das vozes de continuidade da estação. A aventura da rádio começou quando tinha apenas 12 anos, na rádio Tágide, tendo então descoberto que o bichinho da rádio tinha vindo para fi car. A paixão de sempre pela mú-sica fez com que aos 14 anos tivesse o seu próprio progra-ma dedicado à dance music

e nunca mais parou de fazer rádio. Mais tarde, em 2007 quando saiu da Antena Livre foi para ingressar na banda SantaMaria, como responsá-vel pelo marketing on line, função que ainda hoje de-sempenha na estrutura desta conhecida banda portugue-sa com quem viaja de norte a sul do país acompanhando os muitos concertos que a ban-da dá. Na rádio, continuou sempre sua atividade, traba-

lhando a partir do seu estú-dio pessoal na área de voice over’s e spots publicitários, fazendo a sua voz chegar a vários pontos do país através do fm de várias rádios, nunca tendo deixado de colaborar com a Rádio Tágide e com a Antena Livre, onde volta ago-ra a convite do departamento desportivo para, durante as tardes de domingo, conduzir a partir do estúdio a equipa que no exterior acompanha

o desporto regional. Ao JA Ricardo Silva contou que: “A rádio Tágide e a Antena Livre sempre foram as minhas duas casas radiofónicas, e nesta al-tura não podia dizer que não a este desafi o na Antena Livre. Ser pivô do desporto signifi ca sentir ao momento a adrenali-na do direto e as emoções do desporto duma equipa que é uma referência nesta matéria. É um regresso que me deixa muito feliz”.

• Ricardo Silva

O novo pivô das tardes desportivas da Antena Livre

As caras da rádio

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21OUTUBRO 2014 DIVULGAÇÃO

Com o início de mais um ano le-tivo, parece-nos importante reforçar a informação relativamente a alguns temas que estão relacionados com a saúde das crianças escolarizadas e que, com frequência, suscitam dúvi-das junto das famílias.

Iremos iniciar esta abordagem com o tema do “lanche escolar”, pois sabe-mos que preparar um lanche saudá-vel e apetitoso para enviar todos os dias para a escola é, com frequência, uma grande difi culdade e uma tarefa que requer alguma criatividade.

Este lanche deve fazer parte do plano alimentar diário da criança, pois, se fi car muito tempo sem se ali-mentar entre as principais refeições, poderá sentir-se cansada, com dores de cabeça, tonturas, o que segura-mente se refl etirá nas suas aprendi-zagens.

Apesar de serem conhecidos os be-nefícios de uma alimentação saudá-vel, nem sempre são enviados os ali-mentos recomendados. Geralmente são os menos saudáveis aqueles que as crianças mais adoram, passando, por essa razão, muitas vezes, a ser

consumidos com maior frequência.É importante envolver a criança na

preparação do lanche escolar, forn-ecendo-lhe, contudo, orientação so-bre a qualidade e a quantidade dos alimentos que deve levar, pois desta forma começa também a ter cons-ciência da importância de uma ali-mentação variada e equilibrada.

Ao longo da semana os alimentos que são enviados deverão ser varia-dos: pão com manteiga, com queijo, fi ambre…; três ou quatro bolachas (Maria ou Torrada); iogurte (sólido ou

líquido) ou pacote de leite; peça de fruta - inteira ou cortada aos bocadi-nhos e guardada numa caixa). Evite a monotonia de opções, para que a criança sinta prazer e deseje comer. Poderá ser negociado um dia da se-mana para que a criança opte pelo que quer levar.

Existem alguns cuidados que im-porta não esquecer:

- Prefira lancheiras térmicas para que a temperatura dos alimentos refrigerados se mantenha por mais tempo, nomeadamente os iogurtes,

sandes com fi ambre, etc;- Não se esqueça do guardanapo,

colher para o iogurte e garfo para a fruta, quando aplicável;

- Quando enviar bolachas, não en-vie o pacote inteiro, evitando assim que o seu fi lho coma mais do que a quantidade adequada;

- Junte sempre ao lanche do seu fi -lho uma garrafa de água;

Lembre-se que, ao investir na pre-paração de uma alimentação sau-dável, está a investir na saúde do seu fi lho!

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Lanche escolar

Rastreio ao cancro da mama no concelho de Abrantes

O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Can-cro está a promover ações de rastreio do cancro da mama nas diversas freguesias do con-celho de Abrantes, uma inicia-tiva que vai decorrer até ao mês de novembro.

A iniciativa apresenta como objetivos a deteção do can-cro da mama num estádio o mais precocemente possível, aumentando, assim, as possi-bilidades de cura e proporcio-nando um tratamento menos agressivo, com um incremento da sobrevivência (com maior qualidade de vida).

Os rastreios vão decorrer em unidades móveis e fi xas e serão realizados por técnicas de radi-ologia, sendo os exames pos-teriormente avaliados por uma equipa de médicos.

Na cidade de Abrantes o rastreio será realizado entre os dias 8 de outubro e 19 de no-vembro.

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22 OUTUBRO 2014CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

Abrantes

Até 31 de outubro – Exposição “Heritage Continuity”, arquitetura por Victor Mestre e Sofi a Aleixo – QuARTel – Galeria Municipal de Arte Até 31 de outubro – Exposição “8000 anos a transformar o barro. Cerâmicas do MIAA” – Museu D. Lopo de Almeida – Castelo de Abrantes Até 1 de novembro – Exposição “O meu vizinho é um cão” e “Coração de mãe”, ilustrações da Editora Planeta Tangerina – Biblioteca Municipal António Botto16 de outubro – Encontro com a escritora Isabel Minhós Martins – Biblioteca Municipal António Botto, 10h30 e 14h00 17 de outubro – Teatro de Revista “Mary Poppins – A mulher que salvou o mundo” com Ana Valentim e Custódia Gallego – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€17 e 18 de outubro – V Jornadas Internacionais do MIAA- Visita guiada, palestras, ateliês - Castelo de Abrantes 24 de outubro – Concerto com Samuel Úria – apresentação do disco “O grande medo do pequeno mundo” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€24 a 26 de outubro – XIII Feira Nacional de Doçaria Tradicional – Mercado Criativo 30 de outubro – Apresentação do livro “O Império dos Homens Bons” de Tiago Rebelo – Biblioteca Municipal António Botto, 14h00 e 21h30 Cinema – Cineteatro São Pedro, 21h30 – Org. Espalhafi tas:15 de outubro – “O Ladrão de Pêssegos” de Vulo Radev22 de outubro – “Omar” de Hany Abu-Assad 29 de outubro - “Eroica” de Andrzej Munk

Constância

Até 31 de dezembro – Exposição “Desenhos na prisão”, desenhos de Álvaro Cunhal – Biblioteca Alexandre O´NeillAté 31 de dezembro – Comemoração dos 20 anos da Biblioteca Alexandre O´Neill - Biblioteca Alexandre O´Neill

Sardoal

Até 28 de novembro - Exposição “Resineiros” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente Até 7 de dezembro - Exposição de fotografi a “Centro Cultural – 10 anos” – Centro Cultural Gil Vicente18 de outubro - Cinema: “Godzilla” – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h307 de novembro – Teatro de Revista “Pró diabo kus carregue” com Anita Guerreiro e Natalina José – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 12,50€

Vila de Rei

Até 31 de outubro - “Imperfeições Poéticas”, exposição de pintura de Joana Lopes - Biblioteca Municipal José Cardoso PiresAté 31 de dezembro – Exposição de pintura “Ofícios tradicionais” de Alves Dias – Museu Municipal de Vila de Rei 18 de outubro – 16º Tunicoto com Tunas de Lisboa, Coimbra e Évora – Auditório Municipal, 21h

Vila Nova da Barquinha

Até 11 de janeiro – Exposição “Confidencial/Desclassificado: Missa Campal”, fotografi a de Manuel Botelho – Galeria do Parque 23 de outubro – Colóquio “Praxis III – Relação Umbilical entre o Turismo e a Cultura: oportunidades e desafi os” – Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, a partir das 9h30

AGENDA DO MÊS

Sardoal recebe Teatro de Revista “P´ró diabo kus carregue”

O Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, recebe o Teatro de Revista “P´ró di-abo kus carregue” no dia 7 de novembro, pelas 21h30. Com duração de 2 ho-ras, o teatro tem um elenco com prestigiados nomes como Natalina José, Vítor Manuel, Ana Paula Mota (Picolé), Paulo Oliveira e Filipa Giovanni e a fadista Anita Guerreiro. Com estes atores e músicos estão asseguradas rábulas humo-rísticas com alguma crítica social e momentos musicais de elevada qualidade. “P´ró diabo kus carregue”, produzido pela C2E, tem o preço de 12,50€.

A Galeria do Parque de Es-cultura Contemporânea Al-mourol, nos Paços do Con-celho de Vila Nova da Barqui-nha, tem patente, até 11 de janeiro de 2015, a exposição “Confi dencial/Desclassifi cado: MISSA CAMPAL”, fotografi a da autoria de Manuel Botelho. Comissariado por João Pinha-randa, dando continuidade à colaboração da Fundação EDP com o Município de Vila Nova da Barquinha na programação da Galeria do Parque, esta ex-posição revela, em simultâneo com “Missa Campal” (Pavilhão Preto, Museu da Cidade, Lis-boa), os mais recentes desen-volvimentos do trabalho de Manuel Botelho.

A partir da iconogra-fi a da Guerra Colonial e da vi-são particular, histórica e soci-almente delimitada, Manuel

Botelho alarga os territórios da sua reflexão ao conjunto de questões da História da Arte Ocidental, da política atual e da condição humana em geral. Neste campo, trabalha sobre a vida e a morte, mas também sobre as condições em que a sobrevivência do corpo indi-vidual e coletivo, da solidão e da misericórdia se podem re-velar ou avaliar. Na exposição de Vila Nova da Barquinha, o autor regista uma coleção de miniaturas de guiões/estan-dartes militares concentrando nessa corrente descontínua to-das as tensões possíveis entre imagem e palavra e os valores cromáticos e compositivos. A Galeria do Parque está aberta ao público à quarta, quinta e sexta-feira, das 11h às 13h e das 14h às 18h, aos sábados e domingos, das 14h às 19h.

Exposição de fotografi a de Manuel Botelho patente em Vila Nova da Barquinha

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“O grande medo do pequeno mundo” é o nome do mais recente disco de ori-ginais de Samuel Úria que vai estar em destaque no concerto em Abrantes, no dia 24 de outubro, pelas 21h30. Lançado em 2013, o álbum tem uma sonoridade marcada pelo punk e rock´n´roll do qual fazem parte as canções “Forasteiro”, “Espa-lha Brasas” ou “Eu Seguro”. Do concerto fa-rão ainda parte temas de edições anterio-res como “Não Arrastes O Meu Caixão” ou “Barbarella e Barba Rala”.

Nesta passagem pelo cineteatro São Pedro, o cantautor apresenta-se com a sua banda, composta por Miguel Sousa no te-clado, guitarra e voz, Jónatas Pires na gui-tarra elétrica, guitarra acústica e voz, Filipe Sousa no baixo e voz e Tiago Ramos na ba-teria. Os bilhetes têm o preço de 10€ e po-dem ser comprados no Posto de Turismo de Abrantes ou no dia do concerto no ci-neteatro São Pedro.

Samuel Úria apresenta em concerto “O grande medo do pequeno mundo”

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Page 23: Jornal de Abrantes - Edição Outubro 2014

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