jornal de abrantes junho 2014

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de JUNHO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5520 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO CM ABT Pérsio Basso CM Constância Nos dias 7,8 e 10 de junho Constância celebra legado de Luís de Camões. O objetivo é fortalecer a relação histórica e afetiva de Camões com a vila poema. Tal como refere Júlia Amorim, presidente da CM, por estes dias “a Arte é em Constância.” Pág 23 a 26 O palco das celebrações é uma vez mais o centro histórico da cidade e as duas margens do Aquapolis. Abrantes vai encher-se de cor para receber mais uma edição das festas concelhias entre os dias 12 a 15 de junho. O concurso de saltos é uma das principais atrações. Pág 15 a 22 Especial Vila Nova da Barquinha Entre 12 a15 de junho, Vila Nova da Barquinha vai estar em festa. O destaque desta edição de mais umas festas concelhias vai essencialmente para o rio Tejo e os seus afluentes. A estratégia passa por destacar os produtos endógenos e o que Barquinha tem de melhor. Pág 11 a 14 Pomonas Camonianas As festas chegaram à cidade! Especial Abrantes

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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Page 1: Jornal de abrantes junho 2014

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

JUNHO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5520 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

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Nos dias 7,8 e 10 de junho Constância celebra legado de Luís de Camões. O objetivo é fortalecer a relação histórica e afetiva de Camões

com a vila poema. Tal como refere Júlia Amorim, presidente da CM, por estes dias “a Arte é em Constância.” Pág 23 a 26

O palco das celebrações é uma vez mais o centro histórico da cidade e as duas margens do Aquapolis. Abrantes vai encher-se de cor para receber mais uma edição das festas concelhias entre os dias 12 a 15 de junho. O concurso de saltos é uma das principais atrações. Pág 15 a 22

Especial

Vila Novada BarquinhaEntre 12 a15 de junho, Vila Nova da Barquinha vai estar em festa. O destaque desta edição de mais umas festas concelhias vai essencialmente para o rio Tejo e os seus afluentes. A estratégia passa por destacar os produtos endógenos e o que Barquinha tem de melhor. Pág 11 a 14

Pomonas Camonianas

As festas chegaram à cidade!

Especial

Abrantes

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2 JUNHO 2014ABERTURA

IDADE? 41RESIDÊNCIA? Vila Nova da Bar-quinha PROFISSÃO? Voz Off TVI / Jor-nalista / Dj / Empresário e For-mador.

UMA POVOAÇÃO? Todas com tradições.UM CAFÉ? Croissanteria & Cafe-taria KISS no Entroncamento.PRATO PREFERIDO? Saladas.UM RECANTO PARA DESCO-BRIR? Aquele onde nunca estiveUM DISCO? Hotel California.UM FILME? Pianista.UMA VIAGEM? A próxima, de preferência sem sono para poder desfrutar dela.UMA FIGURA DA HISTÓRIA? DEUS… porque é por ELE que chamamos nos momentos difí-ceis e a quem agradecemos as coisas boas da vida. UM MOMENTO MARCANTE?

O nascimento do meu fi lho, por-que fi quei a conhecer o verda-deiro signifi cado de AMOR.UM PROVÉRBIO? “Trabalho como um leão para não morrer como um veado”.UM SONHO? Que não tivessem mordido a maçã.UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Passar um dia ouvindo histórias de vida daqueles que infeliz-mente perderam tudo e vivem agora um dia de cada vez. São mendigos que podem ensinar muita gente a dar valor ao que têm e a serem mais humildes. Há muita falta de humildade.

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

[email protected]

ColaboradoresAlves Jana, André Lopes,

Francisco Rocha e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António VieiraImpressão

Grafedisport, S.A.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179jornaldeabrantes

@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietáriaMedia On - Comunicação

Social, Lda.Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Rebelo dos Santos, Jo-

aquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Lena Comunicação SGPS, S.A.

jornal abrantesde

Carla EstevesAbrantes

O modelo das festas aplicado nos últimos anos está bem conseguido porque passa por vários pontos de interesse da nossa cidade, dando a conhecer Abrantes aos visitan-tes. Quanto ao programa deste ano, saliento com bastante agrado a realização do espetáculo de Stunt. Quanto às bandas, o apoio às ban-das da região merece sem dúvida a minha referência! É bom saber que o município apoia o que se vai fa-zendo por cá!

André PintoAbrantes

O município de Abrantes está a tentar criar uma maior envolvência da comunidade abrantina com as suas festas, mas os espaços não são de facto os melhores, pois as pra-ças da cidade não são suficiente-mente grandes para albergar toda gente. O concerto principal deve-ria de continuar a ser no Aquapo-lis, sendo que é um espaço pouco aproveitado. O cartaz parece-me bom e variado. Um evento acadé-mico nas festas penso que é um destaque a ter em conta.

Gonçalo LeitãoAbrantes

Acho que a ideia de espalhar as várias atividades pelo centro da ci-dade está bem conseguida, dá ou-tra dinâmica e noção daquilo que é a nossa cidade. Os espaços estão bem defi nidos para cada atividade. Sei que a Câmara nestes últimos anos tem cedido espaços aos habi-tantes da nossa cidade, dando as-sim a hipótese destes exporem os seus trabalhos. Quanto ao cartaz acho que se devia aplicar a mesma fi losofi a, devíamos apostar nos ta-lentos da nossa cidade e dar a hipó-tese de se conhecerem.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

Fazer coisas úteis para as pessoas

EDITORIAL

As festas e comemorações que este mês oferecem todo o tipo de animação, em Abrantes, Vila Nova da Barquinha e Cons-tância voltam a ser momentos marcantes. Porque divulgam produtos, associações, instituições e artistas da região. Porque proporcionam espectáculos com músicos conhecidos. Porque fazem despertar no-vos talentos. Porque recuperam tradições. Porque promovem o desporto. Porque fes-tejam a arte. Porque fazem despertar o co-mércio. Porque atraem visitantes.

Seriam razões de sobra para um elogio – mais do que merecido – a quem, durante meses, prepara estas festas para que os munícipes e os visitantes usufruam de dias bem passados. Mas há mais coisas a acon-tecer. Há projetos que concretizam ideias que fazem mexer. E que não têm por ob-jetivo produzir mais papéis nem fazer de conta que se fazem coisas. Este tempo não permite essas coisas, essas constituições de grupos de pessoas que produzem do-cumentos que fi cam, muito bonitos, arru-mados numa gaveta.

Neste tempo importa fazer coisas que sejam úteis às pessoas. A ideia das parce-rias e do trabalho em rede parece ser uma ideia gasta, mas a verdade é que a mobi-lização de vários atores, com diferentes conhecimentos e experiências, continua a ser a melhor forma de encontrar soluções para determinadas situações.

Abrantes lançou-se em dois projetos desse tipo: o Projeto Educativo Municipal e o “Bairro ConVida”. No primeiro caso, foi feito um diagnóstico do estado da Educação no concelho e pretende-se agora encontrar ações estratégicas para resolver, em articu-lação, as realidades mais problemáticas. No segundo caso, um conjunto de instituições foram desafi adas, em conjunto, a dar nova vida ao Bairro de Vale de Rãs.

Num caso e no outro, os intervenientes podiam ter fi cado sossegados, nos seus cantos, cada um a fazer o trabalho do cos-tume. Mas, num caso e no outro, todos aceitaram o desafi o de fazer mais qualquer coisa, para os outros. As comunidades vi-vas são assim, e ainda bem.

Hália Costa Santos

Nota da direção: Com a última edição do Jornal de Abrantes saiu uma edição do ESTAJornal que publicou, na sua página 6, um artigo sobre o Grupo de Danças Rít-micas de Concavada. A foto que ilustrou o artigo foi retirada do blogue “Desporto em Abrantes”, de Carlos Soares, mas não foi feita qualquer referência aos créditos. Ao autor da fotografi a, as nossas desculpas.

SUGESTÕES

Pedro David

Milhares de pessoas compareceram ao Mercado Ribeirinho de Abrantes, que aconteceu entre os dias 16 e 18 de maio, no Aquapolis, margem sul. A festa com a organização da TAGUS, do município de Abrantes e da União de Freguesias de S. Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, contou com a chegada do cruzeiro religioso do Tejo que trouxe Nossa Senhora dos Avieiros. O próximo festival será em Constância, entre os dias 11 e 13 de julho. Animação musical, desporto, fotopaper, petiscos tradicionais, produtos locais e artesanato dinamizados pelas coletividades do ribatejo interior serão o cardápio para mais um evento.

O que pensa do modelo e do programa das festas da cidade de Abrantes?

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3JUNHO 2014 ENTREVISTA

“O nosso pilar fulcral é o voluntariado”Fundada por José António Marques, a Cruz Vermelha Portuguesa iniciou a sua ati-vidade a 11 de fevereiro de 1865 sob a designação de “Comissão Provisória para Socorros, Feridos e Doentes em Tempo de Guerra”. Esta é uma das instituições humanitárias mais antiga do mundo e está em Abrantes desde 1976. Atualmente, na sua direção tem Nuno Dias, Presidente da Direção da De-legação, e o Coordenador de Emergência da Delegação de Abrantes, Luís Florêncio.

Há quantos anos existe a delegação da Cruz Ver-melha em Abrantes? Qual foi o motivo do seu nasci-mento?

Nuno Dias (ND) - A delega-ção de Abrantes existe há 38 anos. Foi fundada a 23 de abril de 1976 e surgiu da necessi-dade de prestar o socorro aos doentes do nosso concelho. O nosso trabalho tem sido dedicado ao transporte de doentes mas, actualmente, já existem outras valências que assumimos, nomeadamente na área da ação social.

Como é caracterizada a delegação de Abrantes? Quantos profi ssionais e vo-luntários reúne?

ND - A delegação de Abran-tes é dirigida por uma dire-ção eleita de quatro em qua-tro anos. Paralelamente a este corpo diretivo, temos uma estrutura montada no ter-reno, dedicada à emergência local que é constituída pe-los chefes e 14 profi ssionais. O nosso pilar fulcral é o vo-luntariado. Só em Abrantes temos cerca de 50 voluntá-rios, empenhados sobretudo na área da emergência. Para além desta estrutura conta-mos, ainda, com a prestação do serviço de uma psicóloga, de um animador sociocultu-ral e de dois profi ssionais na

área administrativa.

Qual deve ser o espírito e quais devem ser os valores de um voluntario na Cruz Vermelha?

Luís Florência (LF) - Quando Henri Dunant fundou este movimento estabeleceu al-guns princípios fundamen-tais como a humanidade, a imparcialidade, a neutra-lidade, entre outros. Defi-niu que estes princípios de-veriam nortear a atividade de todas as instituições que compõe a Cruz Vermelha. Quando existem novos ele-mentos a integrar a estrutura, estes membros prestam um juramento, estabelecem um compromisso de honra, face a estes valores cruciais. É de-sejável, assim, que haja um cumprimento destes valores

e uma identificação com o movimento. Todos os volun-tários são necessários para al-cançarmos novos horizontes e objetivos.

Os emblemas da Cruz Ver-melha são símbolos univer-salmente reconhecidos de assistência às vítimas. Qual é a sua simbologia?

LF – A cruz vermelha so-bre o fundo branco é um dos símbolos mais conhecidos mundialmente. Resultou de uma homenagem ao funda-dor Henri Dunant, natural da Suíça, e é uma inversão das cores da bandeira daquele país. Temos também, por questões de ideologia religi-osa, o Cristal e o Crescente.

Que tipos de serviços pres-tam em Abrantes? Quais

são as principais atividades do dia a dia?

LF- O transporte de doen-tes e emergência hospitalar são os dois principais servi-ços que prestamos no dia a dia. O transporte de doentes é atividade mais constante pois é este serviço que nos garante algum conforto fi-nanceiro para aquisição de equipamentos, contratar pessoal e promover forma-ção. Só no ano de 2013 per-corremos 490 mil quilóme-tros pela região e pelo país.

ND – Ao nível da ação social existe um projeto que muito nos honra, que é o serviço de teleassistência, direcionado aos idosos do concelho. Já são cerca de 16 idosos abran-gidos e trata-se de um dispo-sitivo que ativa o nosso call center e onde há um rápido

acompanhamento das ne-cessidades em causa. Reali-zamos, ainda, formações nas mais variadas áreas, desde a formação inicial de forma-dores e às formações rela-cionadas com o socorrismo e a emergência. Na delega-ção promovemos ainda aulas de yoga e pilates e garanti-mos consultas de psicologia e terapia da fala. A recolha de bens alimentares, vestu-ário entre outras peças tem sido, também, uma atividade constante pois apoiamos cerca de 100 famílias no con-celho. Os pedidos de ajuda não param, infelizmente!

Quais são as principais difi -culdades que a delegação reúne?

ND - Tudo aquilo que temos conseguido está relacionado

com o nosso trabalho. Finan-ceiramente a delegação en-contra-se bem e isto deve-se ao empenho de todos nós pois não é fácil estabilizar uma instituição destas pelos elevados encargos existen-tes. Ao longo dos anos, te-mos tentado pedir apoio a empresas e a pessoas a título individual, mas a nossa pro-cura centra-se em novas so-luções e atividades que re-vertem em alguma receita.

LF - Há uma situação que nos coloca em cheque e que tem surgido devido à crise certamente, são as dívidas que terceiros contrariam na delegação e que represen-tam um valor que ascende a cerca de 30 mil euros. É uma verba que compromete o fu-turo da instituição e que po-deria ser canalizada para inú-meras situações. Temos, por exemplo, uma viatura num concessionário no conce-lho, que só para a sua repa-ração são cerca de 16 mil eu-ros. É uma viatura que nos faz muita falta e que, de facto, nós não temos forma de comportar esse valor.

Como tem sido estar nas atuais instalações? Satis-feitos?

ND - Estamos bastante sa-tisfeitos com esta nova sede. A anterior já não reunia as condições necessárias.

LF - Hoje em dia estamos numa casa digna para nós e para quem nos visita, porque receber utentes com difi cul-dades numa casa em difi cul-dades, obviamente, não seria o mais adequado. A Cruz Ver-melha de Abrantes cresceu muitíssimo de há dez anos para cá com novas viaturas, transportes e voluntários e com estas novas instalações que surgiram de um proto-colo com a autarquia.

Joana Margarida Carvalho

• Nuno Dias e Luís Florência falam sobre a delegação de Abrantes da Cruz Vermelha

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4 JUNHO 2014DESTAQUE

Estudante de Abrantes com negativa a Matemática sagra-se campeão do mundo em cálculo mentalJoão Silva Bento, 12 anos, es-tudante do 6º ano na Escola Secundária Manuel Fernan-des, em Abrantes, sagrou-se este ano campeão mundial de cálculo mental, entre mais de 36 mil participantes de 61 diferentes países.

A competição relativa aos Campeonatos SuperTmatik, que decorrem anualmente e online, envolveu 36.725 fi -nalistas de 61 nacionalida-des diferentes, tendo o jo-vem estudante português conquistado o 1º lugar no seu escalão, com um tempo de resolução de 42,5 segun-dos às 15 equações que lhe foram apresentadas.

“O João Bento tem reve-lado uma apetência invul-gar para o cálculo mental”, disse ao Jornal de Abran-tes o seu professor de Ma-temática, António Percheiro, tendo observado que o jo-vem campeão do mundo de

cálculo mental “é um aluno com difi culdades a Matemá-tica”.

“No ano letivo 2012/2013 o João ganhou o campeonato ao nível do Agrupamento de Escolas, como aluno de 5º ano, e concorreu a nível Internacional mas não ob-teve um resultado de desta-que”, notou o professor. Para António Percheiro, “foi a sua perseverança e gosto pelo cálculo mental” que fez com que o João, este ano letivo, tenha voltado a concorrer e conquistado o 1º lugar a ní-vel mundial.

“Aliás”, acrescentou, “o João melhorou bastante desde a conquista deste troféu. Con-seguiu agora um teste muito positivo, na casa dos 60%, o que lhe abre muito boas perspetivas para uma nota positiva no final do ano”, confi denciou o professor.

Residente em Alferrarede, Abrantes, João Bento disse ao JA ter fi cado “muito con-

tente” com o resultado ob-tido, tendo confessado, no entanto, que “não esperava”

ganhar. “Era muita gente a participar e o Mundo é muito grande”, notou, tendo

lembrado que “desde pe-quenino que treinava e fazia muitas contas com os fami-

liares, tipo contas de somar, dividir e multiplicar, tudo de cabeça”.

João Bento, que afirmou gostar “mais ou menos” da disciplina de Matemática, disse ainda que o título de campeão do mundo “vai ser-vir de motivação para su-bir a nota”, e passar na disci-plina. “Não fi ca lá muito bem a um campeão do mundo em cálculo mental ter de-pois negativa a Matemática”, observou. “Os meus pais e os meus amigos deram-me os parabéns e disseram-me para continuar assim”, rema-tou o estudante.

O 2º lugar no concurso foi atribuído a um concor-rente da Coreia do Sul, com o tempo de 46:26 segundos, e o 3º lugar a um estudante indiano, que demorou 48:80 segundos a resolver men-talmente os problemas ma-temáticos apresentados no concurso.

Mário Rui Fonseca

• João Bento “não esperava ganhar” mas fi cou “muito contente”

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Foram dois os alunos por-tugueses que conquista-ram o primeiro lugar, nas respetivas categorias, no campeonato do mundo de cálculo mental superTma-tik, uma competição anual online, e na qual Portugal conseguiu um segundo lu-gar na classificação geral. Para além de João Bento, foi também vencedor Se-bastião Mateus, aluno do 3º ano de Castelo Branco, resolvendo 15 expressões de nível 2 em 43,17 segun-dos.

Na classificação geral apenas Espanha conseguiu uma melhor prestação do que Portugal. A Índia en-cerra o pódio, ao ter con-quistado o terceiro lugar.

A propósito do jovem abrantino que se sagrou campeão, a presidente da Associação de Professores de Matemática, Lurdes Fi-gueiral, sublinhou, à Lusa, a incapacidade da escola em trabalhar com estudan-tes sobredotados: “Fala-mos muito do apoio a alu-nos com difi culdades e es-quecemos a importância do apoio àqueles que têm capacidades especiais.” No seu entender, alunos com muitas capacidades têm a tendência para considerar o trabalho de sala de aula pouco estimulante e desa-fi ante, “tornando-se medí-ocres, porque se cansam da rotina”.

MRF

Dois alunos portugueses campeões do mundo em cálculo mental

Page 5: Jornal de abrantes junho 2014

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Bricomarché de Abrantes Rua das Escolas Quinta de São José2200-042 Alferrarede

Telefone: 241 360 460Fax: 241 333 031 Horário: segunda a domingo9H00 - 21H00

www.bricomarche.pt

A loja de

ABRANTES reabre, com um novo conceito de organização e mais diversidade de produtos.

Page 6: Jornal de abrantes junho 2014

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6 JUNHO 2014SAÚDE

Uma centena de pessoas em vigília junto aos hospitais de Santarém e do Médio Tejo

Cerca de duas centenas de pessoas estiveram concen-tradas no dia 15 de maio em frente aos hospitais de San-tarém e aos que integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo, em Torres Novas, To-mar e Abrantes, reclamando por melhores cuidados de saúde.

As vigílias realizadas em maio junto aos hospitais do distrito visaram demonstrar a preocupação crescente com a redução dos cuidados de saúde numa zona que repre-senta “14% do território na-cional e que contém alguns dos pontos negros de deser-tifi cação” do país.

Em Abrantes, o porta-voz da Comissão de Utentes da Sa-úde do Médio Tejo (CUSMT), Manuel Soares, disse ao JA que a saúde “está cada vez mais longe e mais cara”, tendo criticado as premissas da portaria 82/2014 de 10 de abril, que pretende classifi car e reorganizar a oferta hospi-talar nacional.

“Valências tão importantes e indispensáveis como a of-talmologia, otorrino, gastro, cardiologia, oncologia, nefro-logia/hemodiálise, urologia e a maternidade só fi carão no CHMT se o Ministério a tal for obrigado pela luta das popu-lações”, vincou.

Abrantes aprova moção contra portaria que retira valências a hospitais

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou uma mo-ção contra uma portaria pu-blicada pelo Ministério da Saúde, que visa classifi car as instituições hospitalares, por entender que a mesma vai implicar perda de especiali-dades médicas

A presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, entende que a complexi-dade de uma realidade como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não pode ser enqua-drada através de uma “classi-fi cação simplista”, tendo afi r-mado que a referida portaria “vai levar à perda de valências e ao possível encerramento de uma ou mais unidades do Centro Hospitalar do Médio Tejo” (CHMT), composto pe-los hospitais de Abrantes, To-mar e Torres Novas.

A portaria pretende reorga-nizar toda a oferta hospita-lar nacional, sendo que, para os hospitais pertencentes ao Grupo I, o mais baixo do con-junto de grupos, como é o caso dos hospitais que com-põem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) ou hospi-tal de Santarém, existem va-lências hospitalares que ape-nas serão viáveis se houver

um número mínimo de po-pulação servida e se existir disponibilidade de recursos humanos.

Os autarcas do Médio Tejo (CIMT) mostraram-se tam-bém preocupados com a prestação dos cuidados de saúde na região, tendo deli-berado, em sessão extraordi-nária realizada a 15 de maio, solicitar uma audiência junto do Ministério da Saúde para esclarecimentos.

Autarca de Sardoal alerta que mais de 85% da população está sem médico de família

A falta de médicos no con-celho de Sardoal está a afe-tar cerca de 85% da popula-ção do concelho, alertou o presidente da Câmara Muni-cipal, Miguel Borges, tendo reclamado por medidas ur-gentes para reverter a atual situação.

“Algumas conquistas de Abril ainda estão por cum-prir e o aceso à saúde é uma delas”, lamentou o autarca, manifestando “tristeza” por ver, “às tantas da madrugada, pessoas à porta do centro de saúde à espera de consegui-rem uma consulta”.

A ARS-LVT reconheceu a ca-rência de médicos de medi-cina geral e familiar na pres-

tação de cuidados de saúde de proximidade no Sardoal.

Em relação ao número de utentes sem médico de famí-lia, a ARS-LVT afi rmou que o cenário atual no Sardoal as-senta em “4.089 utentes ins-critos, 1.514 dos quais não têm médico de família”.

A ARSLVT confirmou que o atendimento dos utentes está a ser assegurado por uma médica colombiana, uma profissional que, “atu-almente, está de licença de maternidade”, tendo indi-cado ainda existir uma “ou-tra profissional com indica-ção médica de limitação de horário”.

O autarca de Sardoal defen-deu, por sua vez, a criação de uma Unidade de Saúde Fami-liar (USF) no concelho, com a adaptação do atual centro de saúde da vila, considerando que esta medida poderá ser uma das soluções para o pro-blema.

A ARSLVT admitiu esta pos-sibilidade, tendo feito notar que “o processo de consti-tuição de uma USF tem iní-cio por vontade dos profis-sionais”, que se organizam e constituem uma equipa, de-correndo de iniciativa pró-pria.

Presidente do Centro Hospitalar do Médio Tejo

declina convite para novo mandato

O presidente do conselho de administração do Cen-tro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Joaquim Esperan-cinha, anunciou no dia 13 de maio que não aceitou o convite do ministro da Saúde para um novo mandato, ale-gando razões pessoais

“Parto com o sentimento do dever cumprido”, afir-mou, reconhecendo, con-tudo, que está por consolidar o trabalho de reorganização do CHMT iniciado em 2012 – que passou pela criação de complementaridades entre as três unidades que o cons-tituem, Torres Novas, Tomar e Abrantes, com concentração de serviços e criação de uma “cultura institucional única”.

Dos vários projetos inicia-dos ou lançados durante este segundo mandato (o pri-meiro aconteceu entre 2002 e 2005), no âmbito da aposta na “diferenciação”, Joaquim Esperancinha gostaria de ter garantias de que avança o La-boratório de Hemodinâmica em Cardiologia e a Unidade Local de Saúde (ULS), que permitiria a articulação entre os cuidados primários e os di-ferenciados na região.

“Há uma cultura instalada em Portugal de que o país é

Lisboa, Coimbra e Porto”, afi r-mou, lamentando ainda que, existindo vontade e recursos, não seja dada luz verde à cri-ação de uma ULS no Médio Tejo que iria resolver as ca-rências de prestação de cui-dados primários e garantir “melhores cuidados” às po-pulações.

Joaquim Esperancinha adi-antou que deverá entrar em funcionamento no início de julho a ampliação do serviço de nefrologia, que passará de 11 para 20 postos de hemo-diálise e será referência para todo o distrito.

Por outro lado, admitiu que será difícil manter a mater-nidade em Abrantes, tendo em conta o decréscimo con-tínuo do número de partos (de 985 em 2011 para 784 em 2013), questionando o facto de este serviço ter fi cado pre-cisamente na zona de maior declínio populacional.

“Justificam-se duas mater-nidades no distrito (Santa-rém e Abrantes) quando am-bas se encontram abaixo dos rácios? É preciso sentar e to-mar a melhor decisão”, pois “os problemas devem ser an-tecipados, discutidos, criados consensos, envolver os pre-sidentes das câmaras”, afir-mou.

Mário Rui Fonseca

• População Sardoal tem que madrugar para conseguir consulta• Utentes do Centro Hospitalar lutam para não perderem valências indispensáveis

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Page 7: Jornal de abrantes junho 2014

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7JUNHO 2014 EMPRESAS

Azeite Gallo com 150 ME em vendas em 2013 vai crescer a dois dígitos este ano

O diretor geral da Gallo WorldWide (GWW), Pedro Cruz, promoveu em maio uma visita guiada à fábrica Victor Guedes, em Abrantes, propriedade da empresa, para a apresentação do ba-lanço do último ano de ativi-dade da marca de azeite por-tuguês.

A Gallo é a terceira marca mais vendida no mundo, sendo líder de vendas em Portugal, no Brasil, na Vene-zuela e em Angola.

“Desde 2012 que a Gallo é a terceira maior marca de azeite, apenas suplan-tada por uma marca itali-ana e uma outra espanhola, em termos de venda a nível mundial”, disse Pedro Cruz, tendo feito notar que a Gallo exporta atualmente para 47 países, sendo o Brasil o prin-cipal destinatário dos azei-tes engarrafados em Abran-tes, país onde detém 33% da quota de mercado. Brasil, Ve-nezuela, Angola e Portugal são hoje alguns dos princi-pais mercados de consumo

dos azeites Gallo, afi rmou o gestor, tendo assinalado um “crescimento muito forte em África, com Angola a subir à razão de dois dígitos”, e ainda um crescimento signifi cativo das vendas em “parte da Ásia e Europa”.

A fábrica de azeites Gallo inaugurou em maio de 2013 uma nova linha de produção para reforçar a sua presença nos mercados internacionais, tendo investido oito milhões de euros na modernização.

A fábrica labora atualmente

com um processo global ro-botizado ao nível do enchi-mento, roscagem, selagem, rotulagem e embalagem, e apresenta um volume de produção de 17 mil garrafas por hora e 120 toneladas de azeite por dia.

“As instalações são moder-nas e dão-nos garantias de resposta às necessidades do presente e do futuro”, frisou Pedro Cruz, tendo feito notar que “a matriz de fi losofi a da empresa e do seu desenvol-vimento assentam no saber

fazer azeite, aqui produzido de forma ancestral e na visão do fundador da Gallo”, o em-presário Victor Guedes, que no ano 1860 já ali desenvol-via atividade industrial a par-tir das oliveiras, das azeitonas e do azeite.

Com 190 trabalhadores, a GWW tem a sua fábrica em Abrantes e escritórios em Lis-boa, São Paulo (Brasil) e Xan-gai (China), e exporta por via marítima 75% das cerca de 40 mil toneladas de azeite pro-duzidas anualmente, sendo que os restantes 25% se des-tinam ao mercado interno.

Registada em 1919, a marca Gallo apresentou um vo-lume de faturação de 130 mi-lhões de euros em 2012 (90 milhões de euros em 2011), tendo o seu diretor geral perspetivado para este ano “continuar a subir à razão de dois dígitos, mantendo a ten-dência de crescimento em mercados nacionais e inter-nacionais”.

Mário Rui Fonseca

• Victor Guedes produz 17 mil garrafas de azeite Gallo por hora

A Abrancongelados, em-presa de Abrantes, investiu cerca de 1,3 milhões de eu-ros num armazém de trans-formação e comercializa-ção de pescado congelado, tendo chegado aos 24 tra-balhadores, com a criação de mais nove novos postos de trabalho.

Com este investimento, a Abrancongelados, que be-nefi ciou de um incentivo de 665 mil euros do programa Promar, vai poder concen-trar na zona industrial de Abrantes todos os produtos num único armazém, en-cerrando as cinco estrutu-ras que tinha alugadas na região de Santarém.

Em declarações ao JA, Jorge Batista, um dos só-cios da empresa, disse que o investimento “permite re-duzir despesas, tendo em conta os cinco armazéns alugados - quatro em Alfer-rarede e um em Riachos - e os custos originados pela dispersão, com viaturas e meios humanos num vai-vém constante”, para reco-lha e descarregamento de mercadorias.

A empresa, com 1200 cli-

entes e entregas em 24 ho-ras, opera nos distritos de Santarém, Évora, Portale-gre, Leiria e Castelo Branco, nomeadamente nas áreas da restauração, pequeno retalho, cantinas escolares e instituições de solidarie-dade social, entre outros.

“O nosso forte é o pescado congelado, embora comer-cializemos também todo o tipo de legumes congela-dos, mariscos de Moçambi-que, carnes, produtos pré-cozinhados e bolos de pas-telaria”, disse o empresário.

Com um volume de fatu-ração de 2,3 milhões de eu-ros em 2013, e perspetivas de atingir os 3 milhões de euros no fi nal deste ano, a empresa iniciou a sua la-boração em Abrantes em 2007, com três trabalhado-res, sendo que, com o in-vestimento efetuado e a contratação de nove novos funcionários, emprega hoje um total de 24 pessoas.

A exportação é um obje-tivo da empresa, que tem já contactos estabelecidos em países como a China, o Brasil e Angola.

MRF

Investimento de 1,3 milhões de euros cria nove novos empregos em Abrantes

Fundada no dia 11 de no-vembro de 1998 e sendo a segunda loja a abrir no país, o Bricomarché de Abrantes está a ser alvo de uma remo-delação que tem como prin-cipal objetivo transformar o espaço num local mais are-jado e apelativo aos clientes.

A ideia surgiu como resposta à crise e ao decréscimo de ven-das. Foi, assim, implementada nas 35 lojas existentes no país um novo conceito de loja.

A remodelação em Abran-tes resultou num investi-mento de 300 mil euros e im-plicou um layout diferente, uma nova distribuição dos artigos, uma renovação de gamas e produtos, numa oferta mais atualizada e forte,

com marcas de qualidade. Para além desta aposta

nos produtos, a loja do Bri-comarché conta agora com um novo espaço exterior coberto, dedicado aos ma-teriais de construção, e com áreas em destaque nos se-tores dos eletroportatais, da motocultura e das pinturas.

Aí é possível encontrar “uma diversidade de produtos muito agradável,” como re-fere ao JA Carlos Rodrigues, gerente da loja.

A remodelação também in-cidiu na parte administrativa, que conta agora com um es-paço mais amplo, garantindo melhores condições aos fun-

cionários. Por último, toda a fachada da loja recebeu uma intervenção, tornando-a “mais luminosa e arejada”, admite ainda o gerente.

Com 20 funcionários, o Bri-comarché de Abrantes vai iniciar um novo ciclo, após esta intervenção que du-rou cerca de seis meses. No dia 7 de junho a loja vai rea-brir com uma campanha de preços “muito interessante”, onde o objetivo principal é que “procurem o espaço, ve-nham conhecer o novo con-ceito e verifi car que estamos aqui para continuar a prestar o melhor serviço à comuni-dade do concelho e da região no ramo da bricolage,” fina-liza Carlos Rodrigues.

PUBLIREPORTAGEM

Bricomarché com nova imagem e campanha de preços

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8 JUNHO 2014REGIÃO

Poiares Maduro defende “competitividade inteligente” para desenvolver locais menos povoadosO ministro-adjunto e do De-senvolvimento Regional, Mi-guel Poiares Maduro, defen-deu em Mação o conceito de “competitividade inteli-gente” para desenvolver os territórios de baixa densi-dade populacional, a partir dos recursos locais.

“Nós temos de ter no-vas soluções para uma re-alidade diferente, soluções que não aprofundem as as-simetrias sociais e territori-ais destas populações”, disse Poiares Maduro, em Mação, após uma visita realizada a várias localidades do distrito de Santarém, no âmbito dos Roteiros pelos Territórios de Baixa Densidade.

O périplo incluiu passagens por Alpiarça, Chamusca, Go-legã, Constância, Abran-tes e Mação, onde o gover-nante quis “conhecer pesso-almente as realidades locais para uma melhor tomada de decisão de política pública”. O responsável visitou, entre outros, o Ecoparque do Rel-

vão, na Chamusca, o Centro de Alto Rendimento de Des-portos Equestres, na Golegã, o Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes, e o Parque de Astronomia, em Constância.

“Para podermos decidir o que se vai passar em termos de decisão de políticas pú-blicas, é importante conhe-cer mais de perto as realida-des territoriais, os seus êxi-tos, os seus problemas e as suas expectativas, de modo a podermos corrigir as assime-trias regionais, em termos de

qualidade de vida, emprego e perspetivas de um futuro melhor”, defendeu.

Em Mação, concelho com 7.200 habitantes dispersos por mais de uma centena de aldeias e lugares com menos de 500 habitantes e onde Poiares Maduro conheceu o projeto “Transporte a Pedido” que ali foi implementado, o presidente da Câmara, Vasco Estrela, disse ao governante que os territórios de baixa densidade “querem ser tra-tados com justiça”, no âmbito

da anunciada reforma do Es-tado. O autarca social-de-mocrata afi rmou “não haver maior injustiça do que tratar por igual aquilo que é dife-rente”.

O ministro defendeu, por isso, uma “competitividade inteligente” a partir dos re-cursos existentes em cada território - “produtos tradicio-nais, potencial humano, ino-vação e dinamismo” – e afi r-mou a necessidade de “pen-sar os problemas de forma inovadora, assegurando ao

mesmo tempo serviços de proximidade e qualidade” aos cidadãos.

“O ‘Transporte a Pedido’ é emblemático nesse sentido”, vincou, notando que o ser-viço “é uma forma diferente de transporte público mas que garante maior proximi-dade, maior comodidade, melhores horários e melhor serviço para as populações”.

O serviço, que funciona em Mação e que foi replicado em maio nos concelhos de Sardoal e Abrantes, à seme-

lhança do transporte cole-tivo regular, tem circuitos, pa-ragens e horários defi nidos. No entanto, distingue-se por pressupor que o cliente de-sencadeie a viagem, contac-tando previamente uma cen-tral de reservas.

Deste modo, as viaturas só efetuam os percursos se, an-tecipadamente, o serviço ti-ver sido solicitado e só vão às paragens que tiverem reser-vas. “É este tipo de respostas diferentes que nós temos de generalizar nos diferentes ti-pos de serviços na adminis-tração pública”, enfatizou Poi-ares Maduro.

O projeto Transporte a Pe-dido no Médio Tejo chegou a Sardoal e Abrantes no pas-sado mês de maio, sendo que, no caso de Abrantes, e numa primeira fase, o mesmo apenas sirva as freguesias de Carvalhal, Fontes, Mouriscas, Martinchel, Aldeia do Mato e Souto, num total de 83 pa-ragens.

Mário Rui Fonseca

A Comunidade Intermuni-cipal do Médio Tejo (CIMT) apresentou no dia 6 de maio, em Tomar, as linhas gerais do seu plano estratégico até 2020, assente em inovação, competitividade, coesão so-cial, sustentabilidade ener-gética e num modelo de gestão supramunicipal.

A apresentação do Plano Estratégico de Desenvolvi-mento 2014-2020 Médio Tejo, pelo economista Au-gusto Mateus, aconteceu numa cerimónia que decor-reu ao fi nal da tarde no Con-vento de Cristo e que culmi-nou com a tomada de posse das 40 entidades que inte-gram o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento In-termunicipal do Médio Tejo.

Augusto Mateus conside-

rou que o modelo de gover-nança proposto “tem muita inovação e muito risco” pelo desafi o que representa para os presidentes das câmaras municipais passarem a agir no âmbito de uma “equipa coesa” que vai trabalhar a uma escala supramunicipal.

Saudando o facto de o novo quadro de apoio comu-nitário impor “finalmente” estratégias de desenvolvi-mento descentralizadas, Au-gusto Mateus, responsável pela equipa que elaborou o plano, realçou igualmente o fim de uma “lógica de des-confiança entre setor pú-blico e setor privado”.

O Conselho Estratégico, que integra entidades públi-cas, privadas e de solidarie-dade social, terá por função

“ajudar a construir a estra-tégia” que está a ser traçada para a região, incorporando uma “visão externa” aos mu-nicípios, realçou a presidente da CIMT, Maria do Céu Albu-querque.

A também presidente da Câmara Municipal de Abran-tes disse à Lusa que o plano hoje apresentado é ainda “preliminar”, sendo necessá-rio aguardar pelas diretrizes de Bruxelas e pela defi nição dos fundos disponíveis em cada eixo para ser comple-mentado, embora a CIMT te-nha já identifi cado um con-junto de projetos que quer concretizar.

“Cada município identifi-cou o que de melhor tem para pôr ao serviço da re-gião e também as fragilida-

des que têm de ser colmata-das”, afi rmou.

O plano aponta a valori-zação dos recursos endó-genos e do potencial turís-tico, a incorporação de valor na atividade empresarial, a promoção da coesão e da qualidade de vida e a con-solidação de massa crítica urbana. “Temos as melhores condições para prosseguir esta estratégia. Temos os rios Tejo e Zêzere, património construído como este [Con-vento de Cristo], empresas relevantes em vários seto-res”, que aderiram ao Conse-lho Estratégico por percebe-rem “a necessidade efetiva de articulação”, destacou Céu Albuquerque.

Lusa

Médio Tejo aposta na inovação e coesão social em plano a concretizar até 2020

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9JUNHO 2014 REGIÃO

A cidade de Abrantes rece-beu a X Confraria do Azeite juntando confreiros, produ-tores e especialistas do ouro vegetal na Praça Raimundo Soares, no passado dia 17 de maio. Maria do Céu Albu-querque, presidente da CM de Abrantes, foi entronizada como confreira do azeite, tal como os representantes das empresas abrantinas Zé Bair-rão e Casa Anadia.

A Confraria do Azeite é uma entidade que se dedica à pro-moção do ouro vegetal a ní-vel nacional e internacional. Segundo o seu chanceler, Francisco de Almeida Lino, os próximos mercados em vista vão ser os Estados Unidos da América, o Brasil, a Angola e a China. O trabalho de promo-ção e potencialização do se-tor internacionalmente tem como objetivo “abrir opor-tunidades, criar uma afetivi-dade e dizer que o azeite ori-

ginal está em Portugal”.Maria do Céu Albuquerque

adiantou à Antena Livre que a realização desta X Confra-ria do Azeite em Abrantes resultou da afi rmação que o concelho já apresenta neste setor. “Tivemos aqui um re-sultado do esforço constante

que Abrantes tem vindo a fa-zer para afi rmação deste pro-duto que é produzido entre nós. A história fala por si e são já muitos anos e cinco marcas no concelho que têm levado o nosso azeite mais além.”A autarca adiantou ainda que no próximo mês de fevereiro

de 2015 Abrantes vai voltar a receber mais uma edição do Encontro Ibérico do Azeite. Segundo Maria do Céu Al-buquerque a intenção “é dar continuidade à nossa estra-tégia de promoção do azeite produzido no concelho.”

Joana Margarida Carvalho

A Câmara Municipal de Ma-ção está novamente a pro-mover um programa de apoio para a conservação, re-paração ou beneficiação de habitações degradadas em todo o concelho.

O processo é simples e as-senta em comparticipações financeiras, na redução de

taxas e licenças municipais, na cedência de maquinaria e equipamento da autarquia para a retirada de entulhos e demolições e na atribuição de cal.

O regulamento de auxílio é destinado a todos os mu-nícipes que terão de efetuar uma candidatura que será

depois submetida à análise da Comissão de Inventaria-ção e Acompanhamento Mu-nicipal.

Para Vasco Estrela, presi-dente da CM de Mação, “esta é uma excelente oportuni-dade para que as habitações degradadas em todo o con-celho possam receber uma

intervenção. Estamos a sina-lizar este problema, que é co-mum nos centros históricos um pouco por todo o país, e queremos transmitir que temos aqui um importante património a recuperar, por forma a tornar o concelho mais limpo, seguro e bonito”.

A Associação Vidas Cruza-das, com sede em Tramagal, assinou no dia 14 de maio um protocolo de trabalho e cooperação com 11 das 13 freguesias do concelho de Abrantes para estender os serviços prestados pela sua loja social itinerante.

Fundada em 2007, a Asso-ciação Vidas Cruzadas presta hoje um serviço relevante à sociedade onde se insere, com a prestação de apoio em diversas valências, tendo ad-quirido recentemente, com

o apoio da Câmara Municipal de Abrantes, uma carrinha de apoio para a Loja Social itine-rante poder prestar serviço, a partir do Tramagal, às restan-tes freguesias envolvidas no projeto.

A iniciativa contou com a participação das freguesias que assinaram o protocolo para o serviço itinerante, e da presidente do município de Abrantes, autarquia que as-segurará o transporte de mo-biliário nas situações em que se justifi car.

“O azeite original está em Portugal”

Apoios na reparação de casas degradadas

Tramagal: Vidas Cruzadas leva Loja Social Itinerante a 11 freguesias de Abrantes

• X Confraria do Azeite realizou-se em Abrantes

O presidente da CM de Sardoal, Miguel Borges, foi eleito para a Mesa da Sec-ção de Municípios com Bombeiros Municipais da Associação Nacional de Mu-nicípios Portugueses.

Miguel Borges considerou que esta eleição represen-tou uma mais-valia para a cooperação municipal do seu concelho pois, no en-tendimento do autarca, há algum trabalho a fazer nesta área.

“Penso que os municí-pios com bombeiros muni-cipais têm que reunir cada vez mais e estabelecer um olhar atento a estas nossas cooperações, pois verifico que pouco tem sido feito em termos legislativos, em termos organizacionais, em prol dos bombeiros munici-

pais”, admitiu à Antena Livre Miguel Borges.

O presidente da CM de Sardoal considerou que “há ainda grandes diferenças entre os municípios com bombeiros municipais e vo-luntários. No socorro às po-pulações não há nada a re-ferir, os operacionais estão no terreno com respostas efi cazes e de qualidade. Já no que diz respeito ao sis-tema organizacional, que pode ser melhorado, há muito trabalho a fazer”.

A eleição decorreu no pas-sado dia 14 maio, na Asso-ciação Nacional de Municí-pios, onde os municípios de Gaia, Leiria, Loulé e Setúbal também foram eleitos para a referida mesa.

JMC

Portugal foi o segundo país mais distinguido pe-los prémios de elite do Con-cours Mondial de Bruxelles, este ano na sua 20ª edição e que decorreu no início do mês de maio na capital belga. Melhor ainda, dois vinhos portugueses conse-guiram ser considerados os melhores em duas catego-rias: Melhor Vinho Branco e Melhor Vinho Doce.

Com 16 Grandes Meda-lhas de Ouro, os vinhos por-tugueses só ficaram atrás da França (18), superando a Espanha (13) e a Itália (12). Ao todo, os produtores portugueses arrecadaram 325 medalhas (16 Grande Ouro, 113 Ouro, 196 Prata)

das 2.329 medalhas atribu-ídas. No total absoluto, a França (648) voltou a liderar, à frente da Espanha (499), Portugal e Itália (285).

Os vinhos portugueses da região que conquistaram a cobiçada Grande Meda-lha de Ouro foram os tin-tos Quinta do Côro Reserva 2012 (Aoc. Agro-Aliment-ar Mascata), Tejo e Vale do Armo Reserva 2011 (Q. Vale do Armo), Tejo. Neste con-curso participaram 8.060 vinhos provenientes de 41 países produtores, que fo-ram avaliados por 310 pro-vadores, representando 40 nacionalidades.

In Revista de Vinhos

Bombeiros de Sardoal representados a nível nacional

Vinhos: Vale do Armo e Quinta do Côro conquistam ouro em Bruxelas

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• Vânia Grácio, presidente das Vidas Cruzadas, e Bruno Tomás, presidente da união de freguesias urbanas, assinaram o protocolo de cooperação

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10 JUNHO 2014REGIÃO

Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abran-tes, realizou, no passado dia 20 de maio, uma visita às obras que estão a decorrer no concelho e que represen-tam um investimento na or-dem dos 4 milhões de euros. São empreitadas que estão a decorrer sob a responsabi-lidade da autarquia em co-laboração com algumas en-tidades parceiras. A visita realizou-se num fecho de ci-clo onde já se desenham os novos horizontes e projetos para um próximo quadro de apoio 2014 – 2020.

Entre as obras em curso, o destaque vai para o mercado diário da cidade que parece ver agora a sua conclusão prevista no início de outono. Trata-se de uma obra orçada em cerca de 545 mil euros que irá resultar num equipa-mento completamente ino-

vador para os produtores lo-cais em pleno centro histórico da cidade. O novo espaço é, nas palavras da presidente da autarquia, “uma obra emble-mática, um novo conceito de mercado”.

Em Tramagal, o antigo mer-cado está a receber uma obra de requalificação que dará uma nova vida a um espaço típico da freguesia. A obra or-çada em 132 mil euros está a incidir na reparação e na lim-peza da estrutura existente e na construção de novas va-lências, tornando o espaço polivalente. A inauguração do equipamento está apontada para o dia da freguesia, a 24 de junho.

Ainda em Tramagal, estão em curso as obras do núcleo museológico da freguesia. O edifício que no passado funci-onou como o escritório prin-cipal da Metalúrgica Duarte Ferreira vai dar lugar a um nú-

cleo que irá reunir parte do espólio da MDF e, assim, “pre-servar a memória do Impé-rio Borboleta”. O projeto de instalação do museu implica um investimento na ordem dos 120 mil euros e resulta de uma parceria entre a Câmara e a Junta de Freguesia.

O destaque na área da sa-úde vai para a nova Unidade de Saúde Familiar (USF), que irá ser construída na antiga ro-doviária da cidade. Para além da USF, a obra inclui um par-que de estacionamento sub-terrâneo e um outro piso des-tinado a sediar uma loja de cidadão ou atual Segurança Social. A conclusão da obra está prevista num espaço de um ano, representando um investimento de cerca de um milhão de euros.

Na área do desporto e do turismo o objetivo da CM de Abrantes está centrado na conclusão da Estação de Ca-

noagem de Alvega, obra or-çada em 258 mil euros, e no início de atividade do Centro de Acolhimento e de Interpre-tação do Tejo, em Rossio ao Sul do Tejo, num investimento de 948 mil euros.

Este novo espaço que conta com um parque de campismo junto ao rio vai ter também, um espaço expositivo, dedi-cado à ciência e ao Tejo. Para Maria do Céu Albuquerque é um equipamento que “pode servir de ponto de partida e de ligação aos outros centros dedicados à ciência já existen-tes em Vila Nova da Barquinha e em Constância.” A inaugura-

ção está prevista para o dia 14 de junho, onde serão realiza-das as cerimónias ofi ciais do dia da cidade.

Nesta visita guiada, foi ainda possível conhecer a requalifi -cação da estrada nacional 118 em Alvega, que representa um investimento de meio mi-lhão de euros e onde estão a ser instaladas novas infra-estruturas (esgotos domésti-cos e pluviais, telecomunica-ções e eletricidade, passeios e novo pavimento). Em simul-tâneo, está também a decor-rer a obra de pavimentação e de alargamento da estrada de Bemposta para Vale das Mós,

num investimento municipal de cerca de 382 mil euros.

A presidente da CM Abran-tes adiantou ainda que os projetos integrados no pró-ximo Quadro comunitário de Apoio 2014 -2020 serão apre-sentados no dia da cidade, dia 14 de junho, data em que vai tomar posse o conselho consultivo municipal. Um ór-gão que vai fazer o acompa-nhamento da estratégia de desenvolvimento do conce-lho e que vai juntar cerca de 100 pessoas das mais varia-das áreas.

Joana Margarida Carvalho

• Centro de Acolhimento do Tejo será inaugurado no próximo dia 14 de junho, feriado municipal

Autarca de Abrantes mostra obras em curso

Câmara de Abrantes rejeita alienar participação no capital social da Valnor

A Câmara de Abrantes de-cidiu no dia 14 de maio, por unanimidade, não alienar a sua participação no capital social da empresa Valnor - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, numa reu-nião extraordinária.

A decisão tomada pelo executivo, liderado pela so-cialista Maria do Céu Albu-querque, surge no âmbito do processo de privatização da EGF - Empresa Geral de Fomento, SA, detentora da maioria do capital da Valnor, empresa que faz a gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urba-nos naquele município.

A autarquia decidiu tam-bém exercer o seu direito de preferência na aquisição de ações que venham a ser objeto de venda para que os municípios acionistas da

Valnor fi quem detentores da maioria do capital.

Em comunicado, Maria do Céu Albuquerque considera que esta posição “defende os interesses dos munícipes por estar em causa o inte-resse público” e acautela a posição dos municípios nos sistemas de recolha e trata-mento.

A autarca alerta ainda para os “riscos decorrentes da pri-vatização de um setor com impacto direto na vida das populações, colocando a de-fesa do interesse dos utili-zadores, representados pe-los municípios, num plano minoritário, nomeadamente no que diz respeito à quali-dade do serviço e dos tari-fários”.

Em causa está a privatiza-ção da EGF, ‘sub-holding’ do grupo Águas de Portugal,

que gere o tratamento de re-síduos através de 11 empre-sas, nas quais se engloba a Valnor.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) já anunciou a sua discordância relativamente à privatização destes sistemas.

No caso do município de Abrantes, enquanto parti-cipante no sistema Valnor, foi solicitado ao Governo a aquisição dos 2% da partici-pação acionista, refere a au-tarquia, frisando que o fez “de acordo com o estabele-cido no acordo parassocial”, outorgado em 17 de abril de 2001.

“Caso a Empresa Geral de Fomento deixe de ser uma empresa maioritariamente pública, os restantes acionis-tas poderão adquirir à EGF e esta compromete-se a ali-

enar um mínimo de 2% da sua participação acionista no capital social deste sis-tema multimunicipal”, subli-nhou a autarca.

Os acionistas da Valnor S.A, de acordo com a página da empresa, são os municípios de Abrantes, Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo Branco, Cas-telo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Idanha-a-Nova, Mação, Marvão, Mon-forte, Nisa, Oleiros, Ponte de Sôr, Portalegre, Proença-a-Nova, Sardoal, Sertã, Sousel, Vila de Rei e Vila Velha de Ró-dão.

A Valnor é a empresa res-ponsável pela recolha, tri-agem, valorização e trata-mento de resíduos sólidos nos 25 municípios da sua área de infl uência.

Mário Rui Fonseca

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ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

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HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00)

PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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11JUNHO 2014 ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

Entre 12 a 15 de junho, Vila Nova da Barquinha vai estar em festa. O destaque desta edição de mais umas festas concelhias vai essencialmente para o rio Tejo e os seus afl uentes. Depois de vários anos em que a aposta da autarquia se centrou nas artes, chega agora o momento de destacar os produtos endógenos e o que Barquinha tem de melhor.O espaço do Parque de Escultura Contemporânea Almourol é o local escolhido para acolher milhares de visitantes para mais uma edição da Feira do Tejo, com dezenas de expositores de artesanato e as tradicionais tasquinhas. Durante quatro dias, Vila Nova da Barquinha promove o seu maior evento anual, onde não faltará a animação de rua, teatro, dança, música, folclore, marchas populares, pirotecnia, desporto, exposições, sem esquecer as atividades para os mais novos com os insufl áveis e balão de ar quente.Além da animação, em Vila Nova da Barquinha os visitantes poderão apreciar um espaço com o melhor da escultura contemporânea portuguesa, o Parque de Escultura Contemporânea Almourol, com trabalhos de Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho.Fernando Freire, presidente da CM de Vila Nova da Barquinha, admite que o envolvimento da comunidade e por sua vez, o movimento associativo “é cada vez maior e por isso esta é uma festa de todos”.

Festas do Concelho de Vila Nova da Barquinha 12 a 15 junho

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12 JUNHO 2014ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

Fernando Freire, presidente da CM de Vila Nova da Barquinha, apre-senta um novo tema para as festas de 2014. O regresso às origens e ao que Barquinha tem de melhor es-tará em destaque na edição deste ano. Quanto ao mandato, são vá-rios os projetos que o autarca tem em carteira e que apenas aguar-dam o próximo quadro de apoio. A aposta continua forte no turismo muito dedicado à arte.

Qual vai ser a temática destas fes-tividades anuais de Barquinha?

Estas festas vão estar essencial-mente viradas para os produtos ligados ao rio Tejo. Importa real-çar o rio e os seus afluentes, no-meadamente o Zêzere e o Nabão que banham toda a região do Mé-dio Tejo. Assim, depois de anos onde a aposta se centrou na arte e na ciência, entendemos que che-gou o momento de nos voltarmos para os produtos endógenos, para o artesanato, para o comércio lo-cal, para as origens de Barquinha, para aquilo em que somos dife-rentes. Esta é uma estratégia que

se enquadra na temática de Portu-gal 20 – 20 e na estrutura dos fun-dos comunitários que vêm aí. Va-mos ter, assim, a Feira do Tejo, que será a nossa festa, que espero que seja entendida como um mercado, uma troca de ideias, saberes, co-nhecimentos, onde a região estará representada.

O que é que vai estar em desta-que na programação deste ano?

Vamos promover o rio nas suas mais variadas vertentes, com des-cidas de canoas, com a presença da cultura avieira e com a degusta-ção de iguarias do rio. Neste último ponto, o objetivo é dar um salto para que no futuro possamos pro-mover mais festivais gastronómi-cos no concelho, alocando alguns meios fi nanceiros na gastronomia mais típica. Este é o primeiro ano em que não vamos entregar a ex-ploração das tasquinhas a priva-dos, vamos fazer uma aposta forte na participação das coletividades, por forma a que estas possam ti-rar destes festejos alguma receita para as suas atividades anuais. Em

termos de atividades, e em parce-ria com as associações do conce-lho, vamos ter uma prova ibérica em hipismo, um torneio de fute-bol, pesca desportiva, marchas po-pulares, duas peças teatrais com o grupo Fatias de Cá, danças, uma aula de zumba, caminhadas, ani-mação de rua, espetáculos mu-sicais de pirotecnia, entre outras atrações que vão estar em desta-que entre 12 a 15 de junho.

Houve uma contenção no investi-mento para esta edição?

Sim. Houve uma contenção no investimento dedicado ao evento uma vez que temos de ser a nós a dar o exemplo e a tomar uma ati-tude. São 33 mil euros de investi-mento, numa contenção implícita, mas onde o envolvimento das pes-soas é constante e cada vez mais frequente. Verifi co que, de ano para ano, as coletividades se envolvem mais talvez, devido ao facto de os valores materiais terem passado para outro patamar. Hoje há cada vez mais partilha entre as pessoas e um envolvimento maior.

Face ao próximo Quadro Comuni-tário de Apoio e após a apresen-tação do Plano Estratégico de De-senvolvimento 2014-2020, o que está a perspetivado para o conce-lho?

Um dos projetos que temos em carteira e que têm uma abrangên-cia regional é ligar o rio Tejo atra-vés de percursos pedestres ou de ciclovias. Percursos que sejam sus-tentáveis e ecológicos e que pos-sam ligar a região, desde a Golegã até à Abrantes, promovendo qua-lidade de vida e mais atração turís-tica. O Transporte a Pedido, um pro-jeto pioneiro e de grande sucesso, é uma aposta e em 2016 pretende-mos trazê-lo para Vila Nova da Bar-quinha. Tudo indica que a área do turismo será determinante e, neste ponto, temos a valorização cons-tante do nosso ícone, o castelo de Almourol. Vamos ainda tentar a re-qualifi cação da Igreja de Tancos, no-meadamente ao nível da sua talha e azulejos. Outros projetos vão surgir, mas estamos ainda a falar de ideais de projetos e não de projetos já em concreto.

Vê com bons olhos esta estraté-gia supramunicipal conduzida pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT)?

Vejo. Hoje temos de fazer uma co-decisão, uma decisão partilhada face aos destinos do nosso território. Havendo consenso todos os proje-tos vão mais adiante, não havendo consenso, decidindo contra a maio-ria e a doutrina dominante, é muito mais difícil implementar qualquer tipo de projeto. Envolvendo a admi-nistração central, local e os privados tudo fi ca mais facilitado.

O turismo é uma das grandes po-tencialidades do concelho….Qual é o ponto de situação da obra no castelo de Almourol?

Neste momento, temos termi-nada a requalificação das mura-lhas, estamos agora a intervir na torre do castelo e prevemos que nos fi nais de junho estejamos em condições de abrir o equipamento ao público. Uma das questões que nos preocupa é garantir a manu-tenção do castelo garantido a sua segurança e fazendo uma recons-

“Chegou o momento de nos voltarmos para aquilo em que somos diferentes”

“A arte é o selo atual de Vila Nova da Barquinha”

FERNANDO FREIRE EXPLICA AS PRINCIPAIS APOSTAS DO CONCELHO

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13JUNHO 2014 ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

Considerada monumento nacio-nal desde 1926, a Igreja Matriz de Atalaia é um ponto turístico do con-celho de Vila Nova da Barquinha e um belo exemplo de arquitetura re-nascentista, procurada por turistas de todo o lado.

Trata-se de um edifício do século XVI que reúne algumas caracterís-ticas “interessantes”, segundo Fer-nando Freire, presidente da Câmara Municipal, que vão desde “os seus azulejos de grande efeito artístico do século XVII a um tesouro de arte sacra representado pelo cálice do século XVI, em prata dourada”.

Para além destes dois pontos de interesse, o presidente destaca, ainda, “o portal da igreja, que al-berga as fi guras de São Pedro e São Paulo, num arco de volta perfeita. O altar-mor onde o destaque vai para a imagem da Virgem com o Menino, possivelmente elaborada no início do século XVI, por Diogo

Pires, o Velho. O túmulo de D. José Manuel, segundo cardeal patriarca de Lisboa, o único que não foi se-pultado no Panteão dos Cardeais, entre outras características e moti-vos de interesse”.

Dedicada a Nossa Senhora da As-sunção, a traça da igreja foi elabo-rada por João de Castilho, sendo os programas decorativos do portal principal e do arco cruzeiro da au-toria de João de Ruão. “Dois escul-tores a quem não se dá por vezes a devida relevância e que já reuniram três prémios mundiais da UNESCO,” fi naliza o presidente.

As visitas guiadas ao monumento estão disponíveis durante todo o ano e podem ser requisitadas no posto de turismo da vila.

tituição daquilo que ele é na sua génese. Na ilha temos o objetivo de criar um percurso pedonal que facilite a mobilidade dos próprios turistas, eliminando algumas es-pécies infestantes que estão no espaço, como também temos a in-tenção de replantar algumas novas espécies arbóreas que existiam an-tigamente.

No campo da arte, como está a ser promovido e potencializado o Parque de Escultura Contempo-rânea de Almourol (PECA)?

O PECA, a galeria do parque, o posto de turismo, entre outros, são projetos estruturantes para a Bar-quinha. Todo o investimento ini-ciado em 2012, em parceria com a fundação EDP, garantiu recente-mente trazer para o concelho duas exposições de âmbito nacional, uma de Rui Sanches, outra da Or-dem dos Arquitetos. A exposição de Rui Sanches superou o número de visitantes aquando a exposição esteve patente em Lisboa. No que diz respeito ao PECA, o mesmo tem sido cada vez mais procurado para passear, para descansar, para con-viver, para apreciar arte e, por isso, queremos passá-lo para Museu de Escultura Contemporânea de Al-mourol partindo para um patamar superior, dotando-o de mais escul-turas. Até ao dia 31 de dezembro temos de ter concluída uma nova galeria de arte, que se chamará ga-leria de St. António, e que terá duas novas salas de exposição. Será um espaço destinado a exposições de artesanato, fotográfi cas e para pin-tores e artistas emergentes. Temos

já concluída a residência tempo-rária de criadores no sentido de ter connosco artistas que queiram trabalhar e estudar aqui e que, de-pois, possam doar algum do seu espólio ao concelho. A arte é o selo atual de Vila Nova da Barquinha.

Qual é o ponto de situação da Carta de Turismo Militar?

É um projeto inovador e criativo saído do Instituto Politécnico de Tomar a quem devemos dar todo o protagonismo pois, sem qualifi-cação, não temos capacidade de crescimento e nem de inovação no nosso território. O projeto já foi le-vado à Comunidade Intermunici-pal do Médio Tejo, já foi aprovado, e está integrado no próximo plano es-tratégico 2014 – 2020. Estamos no patamar de catalogação e de inven-tariação do que é visitável em par-ceria com o museu militar. No meio militar nem sempre é fácil conciliar a parte operacional com parte turís-tica. Há uma série de questões, no-meadamente os recursos humanos disponíveis. Neste Quadro 14 – 20 temos a intenção de ver esta ques-tão resolvida.

Qual tem sido a estratégia autár-quica para atrair investimento ao parque empresarial? Quantas empresas estão ali sediadas?

Neste momento temos sete em-presas sediadas. Uma das preocu-pações, quando tomei posse, foi criar um gabinete de apoio em-presarial, que tem sido uma mais-valia em termos burocráticos. Já recebemos vários empresários, projetos muito interessantes no

Centro de Negócios de Barquinha, que fi ca muito bem localizado em termos de acessibilidades. É uma área determinante, pois são as empresas que criam riqueza para o território.

Quais são as principais obras a decorrer nas freguesias? E quais são as suas carências?

Temos em vista a requalifi cação da Escola nº 1 de Atalia em Cen-tro Comunitário. O objetivo passa pela criação de mais dinâmica na freguesia e, até ao fi nal do ano, te-mos a possibilidade de concluir o projeto. Em Barquinha estamos a requalifi car o Jardim da Nora e va-mos requalifi car o monumento aos mortos da Segunda Guerra Mun-dial. Na Moita do Norte requalifi-cámos a zona degradada do par-que desportivo, onde foi feita a ce-dência de toda área envolvente ao Grupo Cicloturismo Barquinhense no sentido de se criar um centro de BTT a curto-médio prazo. Em Tancos estamos a fi nalizar o alber-gue da juventude, onde iremos do-tar o concelho com mais 31 camas para turistas, queremos ver fi nali-zado o novo espaço em junho. Na Praia do Ribatejo estamos a cons-truir uma nova ETAR. Nas Madei-ras pretendemos construir um lar residência para idosos e na Barqui-nha queremos garantir um alarga-mento da Santa Casa da Misericór-dia, equipamentos estruturantes na nossa sociedade. Pretendíamos ainda fazer neste mandato o sane-amento básico nas Limeiras e nas Madeiras.

Joana Margarida Carvalho

Igreja da Atalaia – uma joia no concelho de Barquinha

“Envolvendo a administração central, local e os privados tudo fi ca mais facilitado”

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14 JUNHO 2014ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

12 de junho – quinta -feira

A festividade arranca na galeria do parque, às 18h00, com abertura da exposição dos alunos fi nalistas do curso de Artes Plásticas do IPT. Também por esta hora chega à sala de estúdio do Centro Integrado de Educação e Ciência, CIEC, Palavras Soltas, com Rafael Domingos. Já às 19h00, o parque ribeirinho re-cebe a iniciativa “A Saúde na Terra dos Sorrisos”, numa organização da UCC Almourol, uma atividade que vai decorrer durante todos os dias do certame com diversos temas. O início da noite, às 21h00, inicia-se no palco St. António, com as mar-chas populares. Logo de seguida no palco principal, decorre um con-certo musical, com os Soul Secrets. A noite prossegue no palco ribeiri-nho, com o grupo musical Arregaita e, para os mais resistentes, o parque ribeirinho vai ter uma tenda da dis-coteca Casa do Guarda com a pre-sença de um DJ. Este dia marca o início da exposição de trabalhos de pintura e fotografi a dos alunos que estará patente até ao último dia fes-tivo no CIEC.

13 de junho – sexta feira

No segundo dia do certame, a ma-nhã festiva começa às 09h00 com o hastear da bandeira no edifício dos Paços do Concelho. Às 10h00 vai decorrer no parque ribeirinho a ini-ciativa “Pintura ao Vivo no Parque”,

uma atividade que se prolongará até às 18h00.

Já durante a tarde, às 15h00, tem início um workshop de canoagem promovido pelo Clube Náutico Bar-quinhense, que volta a decorrer nos dois dias seguintes da festa. O au-ditório do Centro Cultural recebe o lançamento do livro “Crónicas His-tóricas”, de António Luís Roldão.

Pelas 16h16 chega ao parque ri-beirinho a peça de teatro “A Tem-pestade” do Grupo Fatias de Cá. Ao final da tarde, realiza-se na igreja matriz da vila uma missa em honra de St. António, seguida de uma pro-cissão. A noite será preenchida com música: às 22h30, no palco princi-pal, com o músico Denis; às 00h00, no palco ribeirinho, com os Fun-2Rock e no parque ribeirinho a ani-mação continua na tenda da Casa do Guarda com um DJ. Neste dia, tem início o 1º torneio futsal Tejo que se prolonga até ao sábado se-guinte.

14 de junho – sábado

O dia de sábado será preenchido com várias provas desportivas que vão desde a realização do II torneio de escolas natação, uma descida de canoas, um crosstraining, um ba-tismo a cavalo e uma aula de zumba fi tness. O programa cultural para este terceiro dia da festividade inicia-se às 14h30 no CIEC, com a realização da sessão “Na Barquinha semeamos Ci-ência”, iniciativa que volta acontecer às 17h00 no mesmo local.

Às 15h00 tem início o workshop de “Bonecos em Eva”, com Leonor Tavares, que volta a decorrer no do-mingo à mesma hora. A animação de rua inicia-se pela tarde dentro, com o grupo Peña Kalimotxo e com os insufl áveis, duas iniciativas que voltam acontecer no dia seguinte.

Já a meio da tarde, no parque ri-beirinho, sobe ao palco a Tuna do Clube União de Recreios e, às 19h00, realiza-se uma visita guiada

ao Parque Escultura Contemporâ-nea Almourol. Às 19h00 chega a vez da atuação do grupo Crossfi re, num concerto musical. Entre as 20h00 e as 23h00 vai estar no parque ribei-rinho um balão de ar quente desti-nado aos mais novos.

Ao início da noite vai decorrer um festival de folclore, com as presen-ças confirmadas do Grupo Folcló-rico “Pescadores de Tancos”, o Ran-cho Folclórico da Casa do Povo de Leomil, o Rancho Folclórico E. de C. da Mugideira, o Rancho Folclorico e E. “Os Oleiros” e o Rancho de Pedro-gão Grande. A noite vai contar com os espetáculos musicais de Ricardo Oliveira, no palco principal, com os Vice-Versa, no palco ribeirinho, e na tenda da Casa do Guarda, com um DJ pela madrugada dentro.

15 de junho – domingo

No domingo, o destaque vai no-vamente para as provas desportivas com a realização logo pela manhã,

de uma descida de canoas, uma ca-minhada, um passeio de BTT gui-ado, uma concentração de vespas, novamente um batismo a cavalo e crosstraining e, já no período da tarde, decorre uma demonstração de cães militares e uma demonstra-ção de ballet e karaté.

Às 16h00 realiza-se no palco de St. António, a entrega de diplomas FOS com atuação do Grupo de Teatro e da FosTuna. Por sua vez, às 16h16, acontece o teatro “Comédia da Mar-mita” novamente a cargo do Grupo Fatias de Cá. O auditório do cen-tro cultural recebe uma hora mais tarde, a apresentação do livro “O amor que chegou por sms”, de Júlio Pereira. A noite do último dia festivo será preenchida com as atuações de Pl@gio, no placo ribeirinho, com danças de salão, no aquapalco, e às, 22h00, com a Orquestra Ligeira do Exército, num concerto que será encerrado com um espetáculo de pirotecnia.

Joana Margarida Carvalho

Foi fundado há 15 anos com o in-tuito de reunir um conjunto de ami-gos que simplesmente gostavam de andar de bicicleta. Hoje, pro-move iniciativas que juntam cerca de 600 participantes em Vila Nova da Barquinha, chama-se Grupo Ci-cloturismo Barquinhense e reúne já cerca de 150 sócios.

Com plano anual de atividades que passam pela elaboração de vários passeios e provas em BTT, o Grupo Cicloturismo Barquinhense promove há cerca de sete anos, no último domingo de abril, uma prova em BTT chamada “Almourol à Vista”. Na edição deste ano, esgo-tou o número de participantes, jun-tando cerca de 600 atletas que che-garam de todo o lado.

Esta prova distingue-se pelos es-

paços emblemáticos percorridos e que tem como único objetivo “a promoção do concelho”, refere João Correia, presidente do Grupo. “To-dos os anos, tentamos mostrar o que de melhor tem o concelho, os sítios e paisagens mais interessan-tes, trazendo sempre alguma novi-dade. Costumo dizer, a brincar, que somos dos que promovemos mais a Barquinha. Quem vem para as nossas atividades sai daqui sempre, com um boa impressão do nosso trabalho e com vontade de voltar ao concelho.”

Em parceria com o município, o Grupo Cicloturismo Barquinhense vai dispor de um novo espaço se-diado junto às piscinas na Moita do Norte, que se destina a ser um cen-tro de BTT dedicado ao desporto

aventura. “Trata-se de um equipa-mento de apoio destinado a garan-tir todas as condições ao atleta. No novo espaço vai poder equipar-se, comer ou beber algo, e disponibi-lizar de toda a informação dos tri-lhos existentes,” explica ainda João Correia.

O Grupo Cicloturismo Barqui-nhense vai estar representado nas festividades anuais do concelho com a sua habitual tasquinha e vai promover, no dia 15 de junho, às 09h00, um passeio de BTT guiado, aberto à comunidade, destinado aos jovens e graúdos.

Joana Margarida Carvalho

*O Grupo Cicloturismo Barquinhense está no facebook para mais informações sobre esta

associação.

GRUPO CICLOTURISMO BARQUINHENSE

Uma casa dedicada à prática desportiva

Um programa para todos os gostos e idades

• Ricardo Oliveira

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• Espetáculo de pirotecnia

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ESPECIAL ANIVERSÁRIO E JORNAL LOCAL 15PUB

Abrantes volta a estar em festa. Entre 12 e 15 de junho a animação está garantida a todos os níveis, sobretudo no centro histórico.

O objetivo das Festas de Abrantes 2014 é criar uma dinâmica onde as pessoas pos-sam circular e fruir o centro histórico, apro-veitando as diversas atividades que aconte-cem, desde o folclore até aos novos talentos musicais, passando pelos grupos da terra e pelas principais atrações em forma de ca-beça de cartaz, como os Amor Electro.

Algumas lojas devolutas serão ocupa-das por projetos criativos, as ruas voltam a ser preenchidas por bancas de artesanato e doces e os comerciantes vão promover, na sexta-feira, 13, uma “Black Friday”. O es-paço junto ao castelo vai ser palco de mú-sica com DJ's e vídeo e as crianças também vão ter atividades pensadas para elas, en-quanto a área cultural é assinalada por vá-rias exposições.

Fora do centro histórico, junto ao rio, sur-gem várias atividades desportivas. No Hi-

pódromo dos Mourões volta a acontecer o Concurso de Saltos, trazendo muitos cava-leiros e as respetivas famílias, que aprovei-tam para conviver em Abrantes. E de novo no centro da cidade, os ABT Night Runners vão fazer uma corrida dedicada às festas e o downhill volta a percorrer as ruas de Abrantes.

Maria do Céu Albuquerque lança o con-vite a todos, chamando a atenção para o objetivo das Festas: “Claramente há aqui uma vontade de potenciar o que de melhor

Abrantes tem. E é isso que faz sentido nas festas do Concelho.” Acrescenta que o mo-mento é importante para a economia local e, também, um bom momento de conví-vio. “E todos nós precisamos disto para nos motivarmos para o dia a dia.”

Para além do programa mais festivo, vai ser criado um Conselho Consultivo da Câ-mara constituído por 100 cidadãos que vão participar na governação do concelho e será inaugurado o Centro de Interpreta-ção do Tejo.

PROGRAMAÇÃO DIVERSIFICADA POTENCIA O QUE HÁ DE MELHOR NO CONCELHO

Abrantes como animação para todos os gostos

Especial

FESTAS DE ABRANTES

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MAIO 201416 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES

Entrevista: Alexandra Silva* e Hália Costa Santos

Fotos: Paulo Dias*

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, fala num concelho em que “há coisas a acon-tecer”. Em entrevista, a autarca aborda os principais temas relacionados com a sa-úde, a economia e a educação. À margem da conversa, reconhece que “os nossos ci-dadãos estão empenhados na construção de uma cidade e de um concelho melhor, mesmo atendendo às difi culdades em que nos encontramos”.

Como é que caracteriza o estado da po-pulação neste momento em termos soci-ais?

Há muitos pedidos de apoio que aqui nos surgem. A Segurança Social, neste momento, não tem respostas rápidas e eficazes, para poder corresponder àquilo que são as ne-cessidades das pessoas. O desemprego au-mentou, há uma maior vulnerabilidade por parte das pessoas, o que requer da nossa parte um envolvimento maior, nomeada-mente, com os serviços de ação social, que neste momento são manifestamente insufi -cientes. A nossa resposta não está a ser tão célere quanto seria desejável porque faltam recursos. Estamos inclusivamente a contratar, através do Programa do Instituto de Emprego e Formação Profi ssional, mais profi ssionais na área da segurança social.

As difi culdades por que estão a passar as cantinas sociais podem colocar em risco o fornecimento de refeições?

Em princípio as cantinas sociais não vão en-

cerrar, a indicação que nós temos é que o Go-verno vai fazer uma alteração do programa. O conceito da cantina social tem que ser al-terado, porque a ideia é poder fornecer uma refeição quente a quem dela precisar, esti-mulando as IPSS do ponto de vista fi nanceiro para poderem rentabilizar os recursos que têm. Mas custa a aceitar que seja neste registo quase de caridade e não como forma de inte-grar as pessoas naquilo que são as condições básicas da dignidade humana.

Com uma população cada vez mais idosa, o que é que o concelho de Abrantes tem para oferecer a esta parte da população?

Abrantes é o refl exo daquilo que se passa em Portugal e até na própria Europa, que

começa a ser um continente muito envelhe-cido. Os idosos estão mais expostos porque o conceito de família também não permite um acompanhamento como antes aconte-cia, e as respostas têm que ser outras. O nosso concelho tem-se organizado, e tem uma rede social muito coesa e muito forte do ponto de vista das respostas sociais, nomeadamente nos centros de dia, no apoio domiciliário e no apoio de lares.

Em relação às notícias de que o Hospital de Abrantes irá perder algumas valências, o que é a Câmara pode fazer em relação a esta situação?

Estamos muito preocupados desde sempre com este processo. Já pedimos uma reunião

ao ministro da Saúde para percebermos, em primeiro lugar, quais são as orientações es-tratégicas para a nossa região e para o Hospi-tal de Abrantes. Depois poderemos decidir o que faremos para salvaguardar aquilo que é o interesse das nossas populações e o acesso aos cuidados de saúde.

Hoje precisaríamos de mais de uma dezena médicos para a prestação de cuidados primá-rios de saúde. Começou já uma obra de recu-peração da antiga rodoviária, para a instala-ção de uma unidade de saúde, e criámos tam-bém um protocolo para podermos incentivar fi nanceiramente os médicos a fi xarem-se no nosso território.

Se não se criarem estas condições pode-mos ter problemas muito sérios com a pres-tação de cuidados primários. Também nos preocupa a falta de respostas em cuidados continuados. Mas há aqui uma possibilidade que é a criação de uma unidade local de sa-úde em que a gestão de estes três cuidados, primários, hospitalares e eventualmente, os continuados, poderão ser feitos com benefí-cio para os nossos cidadãos e para os profi s-sionais de saúde.

Quantos utentes continuam sem médico de família?

Muitos utentes. Em Abrantes, mais de 40% da nossa população está sem médico de fa-mília. Profi ssionais que são contratados atra-vés de empresas para virem aqui prestar ser-viços não vêm porque aquilo que lhes é ofe-recido por hora é tão pouco que não justifi ca as viagens. Ou o modelo é alterado ou, se não é alterado, não sei como é que os nossos cida-dãos vão sobreviver, sinceramente.

*Alunos de Comunicação Social da ESTA

• Ou o modelo de saúde é alterado ou “não sei como é que os nossos cidadãos vão sobreviver”

Com as obras na escola Dr. Manuel Fer-nandes e com a aquisição do Colégio Nossa Senhora de Fátima fi cam comple-tas as obras no ensino em Abrantes?

Com a aquisição do Colégio de Fátima, que acontecerá até 2016, faremos então as obras de requalifi cação daquele espaço, para que no ano seguinte já posso estar a funcionar como um centro escolar. E, com a requalifi cação da Escola Dr. Fernando Lou-reiro, fi caremos então assim com uma co-bertura total ao nível do 1º ciclo e do Pré-Escolar. Gostaríamos também de fazer a requalifi cação do Instituto de Emprego e Formação Profi ssional no Tecnopolo que é

necessária porque não oferece condições. E também a instalação da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes no Tecnopolo, cuja obra nos laboratórios aguarda exclusi-vamente o visto do tribunal de contas para avançar. Depois será a instalação de outros serviços e das salas de aula.

Foi mais rentável comprar o colégio de Fátima em vez de investir num novo cen-tro escolar de raiz?

Não é por ser mais rentável. A nossa ideia é que entre construir de novo e reabilitar, há que reabilitar sempre. A compra do edi-fício de Nossa Sra. de Fátima é uma opção

estratégica de reabilitação do património que existe dentro do centro histórico, que iria fi car devoluto. O colégio é uma institu-ição de grande relevância para a comuni-dade, não só local, mas até a nível nacional, e por isso mesmo a nossa intenção é que, não podendo funcionar como colégio pri-vado, seja convertido num equipamento público ou num centro escolar.

Ao longo do último ano a Câmara ce-deu à Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) o Edifício Milho e a re-sidência universitária. Que importância tem este investimento por parte da Câ-

mara e o que signifi ca o ensino superior para o concelho?

Significa que é um concelho dinâmico, que tem jovens e que esses jovens veem através da Escola Superior de Tecnologia. Queremos mostrar que é possível que os jo-vens, não só do nosso concelho, têm condi-ções para fazerem a sua formação superior em Abrantes. A compra do Edifício Milho criou condições para que as aulas pudes-sem acontecer em boas condições. A resi-dência de estudantes mantém, dentro do centro histórico, uma dinâmica que os jo-vens conseguem incutir na comunidade lo-cal, e que para nós é essencial.

MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE, PRESIDENTE DA CÂMARA DE ABRANTES, EXPLICA OS PRINCIPAIS ASSUNTOS RELACIONADOS COM O CONCELHO

“O nosso concelho tem uma rede social muito coesa e muito forte do ponto de vista das respostas sociais”

Abrantes quer ser reconhecido “como um município onde a educação é de excelência”

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MAIO 2014 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES17

O que é que a Câmara tem vindo a fazer para recuperar o centro histórico e o que ainda falta fazer?

Falta fazer muito. É muito importante que o centro histórico tenha vida. É importante criar um condomínio residencial onde a Câ-mara e privados possam recuperar algum património que existe que está devoluto, que está degradado, epara que possa ser disponibilizado para o mercado de arrenda-mento ou para venda. Depois, é preciso criar um conjunto de equipamentos culturais que permitam ao turista que venha à cidade encontrar motivos para passar aqui um dia inteiro, ou até mais de que um dia.

Começámos por recuperar o antigo quar-tel de bombeiros para instalar a galeria mu-nicipal. A nossa intenção é criar um conjunto de equipamentos que sejam um fator de atracão adicional para o turismo cultural.

Se tivermos pessoas a viver e pessoas a vi-sitar, o comércio e os serviços vão ganhar com isso. Aquilo que nós estamos a fazer através da Associação Comércio ao Ar Li-vre é um conjunto de iniciativas de caráter cultural e desportivas, que interajam com diversos atores e intervenientes da nossa comunidade, para capitalizar pessoas para dentro do centro histórico. Mais coisas há a fazer porque se os próprios comerciantes não tiverem também eles uma postura mais pró-ativa, nomeadamente, com horários compatíveis com a vida das pessoas ou com produtos que são aqueles que as pessoas vão à procura, difi cilmente podemos fazer alguma coisa.

Estamos a iniciar a obra para trazer o cen-tro de saúde para dentro do centro histórico e a preparar uma loja do cidadão que se ins-tale com os serviços da segurança social. Es-tamos a recuperar um edifício para instalar um mercado diferente que possa ter melho-res condições, que possa ser um espaço mo-derno em polivalente.

Temos um projeto efetivo que cria condi-ções, para haver uma nova dinâmica no cen-tro histórico.

Que expetativas tem em relação ao Ho-tel Turismo?

O hotel neste momento está fechado. Sa-bemos que o Turismo de Portugal abriu um novo procedimento para encontrar um novo parceiro para este negócio. Queremos que aquele imóvel volte a abrir, com melho-

res condições e ser uma mais-valia para o centro histórico também.

A Câmara têm-se envolvido diretamente em alguns projetos empresariais, e al-guns deles não têm corrido muito bem. Qual é o seu olhar para esta situação?

O papel das autarquias vai começar a ser outro. Nós não podemos continuar a cons-truir indefi nidamente. Temos que reabilitar em primeiro lugar e depois ter um papel de mediação, e ser interlocutores também para o desenvolvimento económico. As coi-sas não correram bem porque não há inves-timentos a acontecer no país. Caíram estes e outros projetos de investimento. Que nos custa? É claro que sim! Porque também nós tínhamos uma expectativa que no fundo é defraudada. Mas vamos continuar a fazer o nosso papel. Temos outros projetos que fo-ram muito bem sucedidos, olhamos para as nossas zonas industriais e há investimentos em curso. Vemos também a capacidade de resiliência de alguns empresários, sobre-vivendo a esta crise difi cílima, onde neste momento nos encontramos.

Que feedback é que tem dos empresá-rios relativamente à promoção que tem

feito dos produtos da região no estran-geiro?

Já há resultados visíveis desta estratégia. Já temos empresários a vender para o Japão, que é um mercado muito difícil. Este é muito o nosso papel, promover o que de melhor nós fazemos, como frequentemente faze-mos quando recebemos ou vamos a qual-quer lado e levamos sempre produtos nos-sos. Isto é absolutamente determinante.

O ministro Poiares Maduro esteve cá re-centemente. São importantes estas visi-tas de membros do Governo?

O senhor ministro veio visitar projetos in-teressantes que estão a ser feitos em territó-rios de baixa densidade. Em Mação visitou o projeto de transporte a pedido, e em Cons-tância visitou o Centro de Ciência Viva. Em Abrantes veio conhecer o LINE - Laboratório de Inovação e Desenvolvimento Empresarial - do Instituto Politécnico de Tomar. Disse-me que foi uma agradável surpresa aquilo que estamos a fazer e que faz todo o sentido que mais iniciativas como estas possam ser feitas por outros membros do Governo para per-ceberem aquilo que o país está a fazer para conseguir sobreviver a esta situação de ago-nia em que nos encontramos.

Em relação à Comunidade Intermunici-pal do Medio Tejo, o professor Augusto Mateus considerou o plano recente-mente como “um plano com muita ino-vação e muito risco”. Como é que reage a esta afi rmação?

É verdade, porque nós estamos a viver um novo paradigma. Hoje temos que olhar para o território como um todo. O Médio Tejo é constituído por 13 municípios, de de-sigual dimensão. Os concelhos de média e pequena dimensão organizam-se horizon-talmente, mas depois tem que haver tam-bém uma organização vertical no sentido de haver uma solidariedade entre os mu-nicípios pequenos e os municípios gran-des. Não vamos poder ter tudo em todo o lado e aquilo que vamos ter que saber fa-zer é ver o que é que é melhor em cada um dos municípios. E esse é o grande desafi o. É o grande risco. Resta saber como será a aceitação quando, em Abrantes, tivermos que abdicar de determinado equipamento, ou determinado serviço, em função de um concelho à volta, ou então em relação aos outros municípios.

“Quando me candidatei assumi um compromisso de fazer política de proxi-midade. As pessoas interagem mais e veem mais através do facebook. Sou eu quem gere a minha página, é uma gestão minha que é pessoal e que não dou a ninguém. Apesar de alguma frieza e distanciamento que as pessoas por vezes associam a estes cargos, nós somos pessoas, que temos sentimentos, que cho-ramos, que rimos, que por vezes fi camos magoados com críticas, às vezes olha-mos para a crítica e tiramos de lá ilações, e corrigimos. E quando tudo isto aca-bar, continuamos a ser pessoas.”

• O nosso papel é “promover o que de melhor nós fazemos”

“Hoje temos que olhar para o território como um todo”

Política de proximidade através do facebook

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18 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES JUNHO 2014

O palco das celebrações é uma vez mais o centro histórico da cidade e as duas mar-gens do Aquapolis. Abrantes vai encher-se de cor para receber mais uma edição das festas concelhias entre os dias 12 a 15 de ju-nho.

Nesta edição 2014, a feira de artesanato volta a percorrer as principais praças e ruas do centro, e as tasquinhas com a gastro-nomia mais típica toma lugar no Jardim da República. Este espaço será animado, na quinta-feira, com os Toc`Abrir, na sexta-feira, com o grupo musical O Rouxinol, de Tramagal, e a Tuna da UTIA. Já no sábado, dia 14, será a vez dos grupos de folclore, e de Carlos Catarino. No domingo, a tarde será abrilhantada com um Encontro de Tunas do Ribatejo, com novos talentos do concelho e com a banda Street Band.

Na vertente desportiva uma das mais for-tes desta festividade anual vai ter lugar no Aquapolis, margem sul, o Concurso Nacional

de Saltos. Uma prova de hipismo que tem feito as delícias dos amantes da modalidade que chegam de todo lado para fi carem em Abrantes por estes dias. Para além da reali-zação desta prova de âmbito nacional, estão previstos torneios de futebol, volei, rugby de praia, de sueca, de matraquilhos, de xadrez, uma caminhada promovida pelos ABT Night Runner, um campeonato nacional de carri-nhos de rolamentos em parceria com o nú-cleo Sportinguista de Alferrarede, um festi-val de canoagem em parceria com Os Patos e downhill urbano em parceria com Associa-ção de Cicloturismo de Santarém.

O parque do castelo, antigo heliporto, volta a receber o Espaço Jovem onde irão estar re-presentadas algumas associações juvenis do concelho. Um local que pretende ser o es-paço privilegiado para o fi nal da noite, este ano com um DJ a retratar as diferentes épo-cas musicais: anos 70, 80, 90 e 2000.

No panorama musical, a aposta da CM de

Abrantes centrou-se na Orquestra Ligeira do Exército, que atua no primeiro dia da festivi-dade, às 22h00, na praça Barão da Batalha. Às 23h30 será a vez dos Hollow Page, na praça Raimundo Soares. Na sexta-feira, será David Antunes & The Midninght Band com uma série de convidados a animar a praça Barão da Batalha, às 22h00. A Orquestra Pimbólica de Abrantes, OPA, atua na praça Raimundo Soares, às 23h30. No sábado, dia da cidade, sobem a palco os Amor Electro, na Praça Ba-rão da Batalha, às 22h00, e Capitão Fausto, na praça Raimundo Soares, às 23h30. No úl-timo dia das festas será a vez dos Kwantta, na praça Barão da Batalha, às 22h00, e os The Kast e The Neverminding Bastards na praça Raimundo Soares, às 23h30. A anima-ção vai ainda contar com um espetáculo de magia, no dia 14, na praça Ramiro Guedes, às 11h00.

Durante os dias festivos vão estar paten-tes as seguintes exposições: a VI antevisão

do MIAA subordinada ao tema: “8.000 anos a transformar o barro”, na Galeria de Arte, Quartel, será possível visitar a exposição Pro-vas de Contacto de José de Guimarães e na Biblioteca Municipal António Botto, “Os Ra-pazes dos Tanques e 25 de Abril, 40 anos em Abrantes – Biblioteca”.

No dia da cidade irão realizar-se as habi-tuais cerimónias ofi ciais, às 11h00, no novo Centro de Acolhimento do Tejo, em Rossio ao Sul do Tejo. A autarquia irá homenagear todos os colaboradores do município, irá re-alizar a apresentação do Plano Estratégico Abrantes @ 2020 e fará a inauguração do novo Centro de Acolhimento do Tejo. Nesta cerimónia, está ainda prevista a tomada de posse do Conselho Consultivo do Plano Es-tratégico.

Este ano, não haverá fogo-de-artifício e o investimento autárquico ronda os 100 mil euros.

Joana Margarida Carvalho

FESTAS DE ABRANTES DE 12 A 15 DE JUNHO

Festas de Abrantes voltam atrair milhares ao centro histórico

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ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES19JUNHO 2014

As Festas de Abrantes de 2014 vão ter, à semelhança dos últimos anos, palcos pelas praças do centro histórico da cidade. Entre 12 e 15 de junho, a música é um dos ingre-dientes principais das festas. Amor Electro, David Antunes e a Midnight Band com con-vidados, Orquestra Ligeira do Exército e Ca-pitão Fausto são os nomes mais sonantes da programação musical, sem esquecer as bandas de produção local como os Kwantta, Hollow Page, The Kast e The Neverminding Bastards. As tasquinhas, na Praça da Repú-blica, terão animação musical a partir das 18 horas e o Espaço Jovem, no Castelo de Abrantes, recebe os DJ Nelson Miguel, Pau-lino Coelho, Miguel Simões e João Lento, a partir da 01 hora da madrugada.

No dia 12 de junho, a Orquestra Ligeira do Exército atua na Praça Barão da Batalha, às 22 horas, seguido dos Hollow Page, que so-bem ao palco da Praça Raimundo Soares, às 23h30. A banda abrantina, constituída por Pedro Rafael, João Sousa, Daniel Branco, Diogo Pina e Francisco Gato, começou por tocar em festas de amigos e de Escola, es-tão juntos desde 2011, e a sonoridade passa pela fusão de pop e rock.

O con-certo de David Antunes e a Mid-night Band, no dia 13 de junho, é o destaque d e s e x t a -feira. Neste espetáculo em Abrantes, o cantor, que se tornou co-nhecido através do programa “5 Para a Meia-Noite”, da RTP, tem uma mão cheia de con-vidados. Simone de Oliveira, Herman José, FF, Vanessa Silva e Manuel Melo juntam-se em palco para uma noite de surpresas onde não faltará a música “Não te Quero Mais”, que conta com quase 300 mil visualizações no Youtube. Na Praça Raimundo Soares, o concerto das 23h30 fi ca a cargo da OPA – Or-questra Pimbólica Abrantina.

Os Amor Electro apresentam o novo disco (R)evolução na Praça Barão da Batalha, no dia 14 de junho, pelas 22 horas. O con-certo vai ser uma revolução de novas mú-sicas, onde se ouvirão os singles “A Nossa Casa” e “É só Fogo se Queimar”, assim como êxitos do primeiro disco “Cai o Carmo e a Trindade”. O segundo disco da banda, com oito originais e duas versões, tem uma so-noridade mais rock e mais espontânea. Em palco, Marisa Liz (voz), que está grávida de

seis meses, faz-se acom-panhar por Tiago Pais Dias (guitarra), Ricardo Vascon-celos (teclas) e Rui Rechena (baixo). Ainda no dia 14, a festa continua com um con-certo dos Capitão Fausto na Praça Raimundo Soares, pelas 23h30. Os alfacinhas do psicadelismo rock lança-ram em 2011 o primeiro disco “Gazela”, abrindo as portas para o mais recente cd de ori-ginais “Pesar o Sol”.

A última noite de festa está reservada a três bandas locais: Kwantta, The Kast e The Never-

minding Bastards. Os Kwantta, na Praça Barão da Batalha, às 22 horas, dão a conhe-cer o disco “Casa Real”. No palco da Praça Raimundo Soares, os The Kast, banda de Abrantes, que tem apostado em temas ori-ginais, e os The Neverminding Bastards, com infl uência do Rock and Roll dos anos 60 e 70, encerram as Festas da Cidade da melhor maneira.

É “em modo festivo, de fruição, lazer e também competitivo” que as propos-tas desportivas vão marcar as Festas de Abrantes deste ano, assinalou ao JA o verea-dor com o pelouro do desporto da Câmara Municipal de Abrantes, Luís Dias. O Campe-onato Nacional de Carrinhos de Rolamentos, o Down Hill urbano, os torneios de futebol de praia, rugby e vólei, a sueca, o xadrez e os matraquilhos, yoga, canoagem, demons-tração de stunt e o Concurso Nacional de saltos de obstáculos, em hipismo, são mo-mentos que vão colorir as festas e animar os seus participantes, entre os dias 12 e 15 de junho, em diversos espaços do Centro Histó-rico e nas duas margens do Aquapolis. “Este ano vamos começar com uma caminhada, logo na noite do dia 12 de junho, no âmbito de uma manifestação espontânea que tem marcado a atividade desportiva na cidade nos últimos tempos, com muito sucesso e

participação, e que tem sido promovida pe-los Abt Night Runners”, apontou o vereador. Luís Dias destacou ainda a “primeira grande demonstração de stunt em Abrantes”, prova de perícia e acrobacia em moto que vai di-

namizada pelo abrantino Tó Mendes. “Este piloto vai participar em provas dos campe-onatos europeus e mundiais e vai brindar o público de Abrantes com momentos de grande espetacularidade”, vincou. Nos dia

13, 14 e 15 de junho, os cavalos regressam à cidade de Abrantes e ao histórico relvado do Rossio ao Sul do Tejo, para disputar o Con-curso Nacional de Saltos de Obstáculos, por onde já passaram os melhores cavaleiros da história do hipismo português. Integrado nas festas da cidade de Abrantes, o concurso vai contar com a presença de cerca de 200 cavalos e cavaleiros, de norte a sul do país, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Abrantes, que investiu na replantação do relvado, agora estabilizado e consolidado, de modo a receber em condições de quali-dade e segurança esta importante prova do calendário equestre. “Investimos também no aumento e na melhoria da pista de aque-cimento dos cavalos e cavaleiros”, destacou Luís Dias, tendo feito notar que “vão ser mais de uma centena os cavaleiros em competi-ção, num local idílico e num cenário único a nível nacional para a prática do hipismo”.

Música para todos os gostos. Amor Electro e David Antunes são os destaques das Festas da Cidade

Desporto é sinónimo de Festa em Abrantes

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20 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES JUNHO 2014

Abrantes Roteiro breve por onteA proposta é simples. Passar por alguns lugares da cidade, olhar o presente e comparar com a imagem registada por algum fotógrafo que nos deixou a memória do que foi para tornarmos mais denso e signifi cativo o que é. Deste modo damo-nos conta de que uma cidade é um organismo vivo, em permanente transformação. E te-mos de concluir que estamos a fazer, hoje, a história que mais tarde será o passado que alguns recordarão com interesse.

Texto de José Alves Jana e fotos cedidas pelo Arquivo Municipal de Abrantes.

Vista geral da entrada de AbrantesEra assim a vila de Abrantes por volta de 1900. À direita, em baixo, no chão de olivei-ras, foi depois construído o Mercado Diário. Um pouco mais acima é hoje o Largo 1º

de Maio. Ao alto, à esquerda, vê-se ainda, antes de ser demolido, o Convento da Graça, onde hoje está a ESTA. Mais abaixo, a casa do capitão-mor, que seria deitada abaixo

para construir o prédio onde foi o café Pelicano.

Praça da RepúblicaEra o Rocio de Abrantes, ou seja, o terreiro. Aqui tinham lugar o mercado e a feira,

excepto o mercado do gado que era no Alto de Santo António. Ao centro, um co-reto, quer seria depois transplantado, quando em 1940 foi edifi cado o monumento

aos mortos da Grande Guerra e alindado o espaço. Sofreu depois várias transfor-mações, a última das quais, embora ligeira, recentemente.

Casa VigiaNo Largo João de Deus, fi cava a ce-

lebérrima Casa Vigia, inaugurada em janeiro de 1943, onde hoje se encon-

tra uma loja de artigos domésticos. Era o “templo” da palha de Abrantes e de outros doces tradicionais. Mais tarde viria a estender-se para o espaço da

então Sapataria Lobato. Em Dezembro de 1982 fecharia as suas portas “a mais antiga pastelaria e café da cidade” (E.

Campos)

Praça Raimundo Soares ou Praça do MunicípioAo cimo, a Casa Falcão, hoje sede da Câmara Municipal. À esquerda, os Grandes

Armazéns do Chiado. Em frente destes, os automóveis da época. Ao centro, a cal-çada à portuguesa dava nobreza ao espaço. O trânsito automóvel era quase nulo,

como não podia deixar de ser.

Padrão dos CentenáriosInaugurado em Setembro de 1942, o padrão dos

centenários, da autoria do arquitecto João António de Aguiar, foi colocado na Praça Raimundo José So-ares Mendes ou Praça da Câmara. Não é, portanto o

pelourinho, como por vezes, erradamente, é cha-mado. Destinava-se a celebrar os “centenários” que o regime de então queria unir à sua volta, a come-çar com o da fundação de Portugal. Em Dezembro

de 1995 foi transferido para o Largo da Ferraria, onde ainda se encontra.

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ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES21JUNHO 2014

em e hoje

Castelo de AbrantesPor sobre os telhados de Abrantes, vê-se, à esquerda, onde hoje é o parque radical, o

longo edifício do Quartel de Artilharia, alojado no Castelo de Abrantes. Por cima, na velha Casa dos Governadores, nota-se também a construção que foi depois demolida para dei-

xar visíveis as estruturas mais antigas, que ainda hoje se podem encontrar no local.

Quartel dos BombeirosBombeiros Voluntários Municipaes, onde hoje se encontra a galeria de

arte, que por isso mesmo recebeu o nome de Quartel. Os carros são pri-mitivos. E o terreno em frente é em terra batida. As exigências e os recur-

sos eram outros. Os bombeiros saíram daqui em Junho de 2010.

Alameda Defensores de Chaves

Aquela que é hoje uma artéria residencial, bem no centro da cidade, embora já não no seu centro histórico, era então uma “alameda” já fora da povoação. Mas ainda hoje as ár-

vores, no lado Norte da rua, conservam um traço do que era antes.Colégio La Salle

O Colégio La Salle começou a ser construído em maio de 1959 e foi inaugurado em Ou-tubro de 1960. Na imagem não estão ainda a capela (1969), nem a residência de estudan-

tes (1971), nem a piscina, mas nas traseiras do edifício já se vê o campo onde treinava e jogava a afamada equipa de hóquei em patins do colégio.

Aqui se instalou o Liceu de Abrantes a partir de 1975, hoje Escola Manuel Fernandes, nome do homem que esteve na origem deste projecto de construção e que viria a morrer antes da obra estar concluída. O edifício está irreconhecível na área que já foi objecto de

uma intervenção da Parque Escolar.

Barcos no porto de AbrantesFoi um dos portos mais importantes do Tejo, depois do de Lisboa, é claro. Era um en-

troncamento fl uvial da Beira Baixa e do Alto Alentejo com Lisboa. Para Lisboa seguiam lenha, carvão, palha, cortiça e cal, entre produtos hortícolas, como azeite e vinho, e de Lis-

boa vinham sal, produtos industriais e de importação, notícias e moda. Ao que se sabe, até 1943. E as margens do Tejo fi caram abandonadas, excepto para a extracção de areias. Já neste século, ambas as margens foram objecto de uma intervenção profunda que lhes

deu o aspecto que hoje têm.

Vista aérea de AbrantesNo primeiro plano, vê-se a Praça de Touros, construída em 1900 no local onde hoje

é a Escola Solano de Abreu. E a meia altura da foto, à direita, vemos o Cemitério do Cabacinho, construído em 1861. Ambos estão bem fora do que era então talvez ainda a Vila de Abrantes. À esquerda, é visível o Quartel de Artilharia, no Castelo.

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22 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES JUNHO 2014

Pão, bolos e almoços confecionados pe-los alunos da EPDRA vão poder ser con-sumidos pelo público em geral, diaria-mente, a partir de setembro. Esta é uma das facetas do projeto lançado pela Câ-mara de Abrantes, para dar nova vida a Vale de Rãs. O trabalho social e as ativi-dades culturais e desportivas são outras componentes importantes deste desafi o que, durante dois anos, pretende melho-rar a imagem do bairro.

O Edifício Millenium, em Abrantes, vai vol-tar a abrir as suas portas, mas agora os obje-tivos estão longe de ser comerciais. O muni-cípio alugou o espaço e vai entregá-lo a ins-tituições por forma a que novas dinâmicas sociais e económicas surjam no Bairro Vale de Rãs. Entre muitos outros aspetos, a sala de cinema vai voltar a funcionar. Trata-se do pro-jeto “Bairro ConVida”, que ao longo de dois anos vai dar origem a diferentes atividades para envolver, de formas muito diferentes, a comunidade local e todas as outras que quei-ram participar.

O antigo café do Millenium vai ser entregue à Escola Profi ssional de Desenvolvimento Ru-ral de Abrantes (EPDRA). Há já algum tempo

que este estabelecimento de ensino pensava em ter um espaço onde pudesse mostrar à ci-dade os resultados da formação dos seus alu-nos de Restauração e de Padaria e Pastelaria.

João Quinas, diretor da EPDRA, diz que se trata de um “desafio interessante” e que os alunos estão motivados. Explica que o café do Millenium vai ser utilizado como espaço de formação, uma vez que lá os estudantes vão elaborar as receitas e proceder à venda do resultado do seu trabalho ao público em geral. E, ao almoço, haverá surpresas, já que o menu será o resultado dos produtos disponí-veis para confecionar em cada dia e dos exer-cícios lançados pelos professores.

Para além disso, esta é também a opor-tunidade para a EPDRA vender os produ-tos hortícolas e frutícolas que produz, como azeite, vinhos, licores, aguardentes, compo-tas, doces, fruta e legumes. O preço será sim-bólico, porque o principal objetivo é divul-gar a formação que se faz. Para além disso, serão organizados workhops para a comu-nidade, que ensinam a fazer Bolo Rei, doces conventuais e cozinha regional, entre outros.

A Associação Vidas Cruzadas vai ter uma das antigas lojas para poder dar continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver no con-

celho, nomeadamente no campo do apoio à família. Vânia Grácio explica que a proposta apresentada pela Vidas Cruzadas, numa pri-meira fase, será no sentido de se fazer “um estudo diagnóstico do bairro para se perce-ber as necessidades e as potencialidades”. Depois serão defi nidas as ações a desenvol-ver, em parceria com outras associações e profi ssionais. Apesar de ainda aguardar que as propostas sejam aprovadas, é já possível perceber que grande parte do trabalho desta associação deverá passar pela criação de gru-pos de pais da comunidade em geral para trabalhar no âmbito da promoção e proteção

da criança e para desenvolver uma parentali-dade positiva.

Também a União de Freguesias de Abrantes (S. Vicente e S. João) e Alferrarede está envolvida neste projeto, cabendo-lhe a dinamização do polidesportivo adjacente ao Millenium. O presidente, Bruno Tomás, ad-mite que “o mais fácil será organizar um tor-neio de futebol”, mas o objetivo é fazer muito mais do que isso. Neste momento estão a ser estudadas formas de proporcionar atividades de outras modalidades desportivas, nomea-damente o basquete e o andebol. Para além disso, estão já a ser estabelecidos contactos com ginásios do concelho para que, naquele espaço, proporcionem a todos os interes-sados um pouco das atividades que fazem parte da sua oferta.

Bruno Tomás lembra que “todos temos que trabalhar” neste tipo de iniciativas e que tudo o que vier a surgir no novo espaço tem por objetivo envolver diferentes comunidades. Pretende-se levar até Vale de Rãs diferentes públicos atraídos pelas atividades propostas ao longo de dois anos por todos os parceiros. E espera-se que, terminado o projeto, o bairro tenha as suas próprias dinâmicas em articula-ção com outras comunidades.

Neste projeto estão também envolvidas a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, a Alma Lusa e a Associação de Juventude de Vale de Rãs, que conhece bem a realidade local. A EDP Pro-dução e o Conselho Municipal de Segurança têm um papel de acompanhamento e moni-torização do projeto. HCS

No dia 5 de junho, Dia do Ambiente, a Câmara Municipal de Abrantes vai en-tregar mais 52 parcelas de terrenos do Parque de Arca de Água para que pos-sam ser cultivados pelos munícipes. Este projeto das hortas comunitárias teve iní-cio há precisamente um ano, com a en-trega de cerca de 50 parcelas. Na altura os espaços disponibilizados não chega-ram para os pedidos e a verdade é que, entretanto, só houve duas desistências, de dois professores que foram colocados noutras localidades. Manuel Valamatos, vereador responsável pelos Serviços Ur-banos, sublinha não só o facto de os no-vos horticultores poderem consumir os

seus próprios produtos, como também regista o ambiente familiar e de boa dis-posição que se vive nas hortas comuni-tárias. Este responsável revela a sua sur-presa pela elevada adesão manifestada pelos abrantinos, até porque este tipo de projetos é mais característico de zo-nas muito urbanas. Mesmo assim, em Abrantes, pessoas de todas as idades, formações e profissionais candidatar-am-se às parcelas de terreno e cultivam-nas de forma “entusiasmada”. Tendo em conta o sucesso do projeto, a autarquia pretende alargá-lo a outros espaços, no-meadamente ao Rossio ao Sul do Tejo e “outras zonas de cariz mais urbano”.

BAIRRO DE VALE DE RÃS COM DIFERENTES ATIVIDADES PARA TODOS OS ABRANTINOS

Millenium e zona desportiva com nova vida

• Millenium vai reabrir com café, cinema, atividades culturais e sociais

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Com o objetivo de fortalecer a relação histórica e afetiva de Camões com a vila de Constância, realizou-se em 1994 a primeira edição das Pomonas Camonianas.Volvidos 20 anos é com enorme alegria que verifi co que este evento se tornou numa grandiosa Festa da Cultura Camoniana, sendo sem dúvida um tributo do Povo de Constância e da Comunidade Educativa, a Luís de Camões. Sendo a atividade cultural assumida como elemento estratégico estruturante para o desenvolvimento

económico e social do concelho, pretende-se também com a realização das Pomonas Camonianas afi rmar Constância não só no contexto da sub-região do Médio Tejo mas a nível nacional, não fosse Camões o maior poeta português.Assim, de 7 a 10 de Junho a Arte é em Constância. E quem nos visitar será transportado no tempo vivenciando a época de Camões ao mesmo tempo que fruirá de um conjunto diversifi cado de atividades culturais. Visite-nos!

Pomonas Camonianas – Recriação histórica engrandece Constância

Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal de Constância

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24 JUNHO 2014ESPECIAL POMONAS CAMONIANAS

7,8 E 10 DE JUNHO – CONSTÂNCIA CELEBRA LEGADO DE LUÍS DE CAMÕES

Pomonas camonianas: 20 anos de uma festa coletivaA ideia foi apresentada por Manu-ela de Azevedo, jornalista, amiga de Constância e fundadora da Casa-Memória de Camões, em 1994 – faz agora 20 anos: realizar um mercado para exposição e venda de fl ores e frutos referidos por Camões na sua obra, num ambiente evocativo da época em que o épico viveu e, se-gundo diz o povo, ali terá residido.A Câmara Municipal criou as condi-ções e deu corpo à ideia. Mas foi a comunidade – alunos, professores e funcionários das escolas, pais, as-sociações e particulares –, quem fez das Pomonas Camonianas o que elas são hoje: uma grande festa co-letiva, realizada pelas gentes de Constância, em honra de Camões e da sua relação com a Vila Poema.

Começaram em 1994, timida-mente, como tudo o que se faz sem que se tenha experiência anterior. Mas quem nesse ano passou, na ocasião do 10 de junho, Dia de Ca-mões, pelo Parque de Merendas, à beira do Zêzere, maravilhou-se com as bonitas bancas, produzidas pelos carpinteiros da Câmara Municipal, onde se expunham muitas flores e a maior parte dos frutos mencio-nados por Camões, acompanhados pelos versos em que o poeta se lhes refere. Mais ainda, o povo gostou de ver os jovens da Escola C+S de Cons-

tância e alguns dos seus professores envergando trajos quinhentistas, apregoando e vendendo essas fl o-res e esses frutos ou passeando-se, como sendo damas e fidalgos da época, pelo espaço do certame.

Nos anos seguintes, a experiên-cia consolidou-se, ganhou-se con-fi ança e introduziram-se inovações, sobretudo ao nível da animação. Os alunos, que a princípio sentiam algum embaraço em vestir aque-les trajos e assumir tão expostos papéis, passaram a ansiar a che-gada do 10 de junho para terem a sua oportunidade de participar e de aparecer, em festa, aos olhos de toda a gente. As escolas empenha-ram-se a fundo nesta atividade, con-fecionando fatos, preparando de-clamações e danças quinhentistas, sensibilizando toda a comunidade educativa para se envolver neste grande preito a Camões. E Constân-cia passou a ter, todos os anos e de forma renovada, uma grande festa coletiva, feita apenas com recursos locais, com a prata da casa – o que faz dela, por isso mesmo, uma festa verdadeiramente genuína, autên-tica, que celebra a profunda ligação de Camões à nossa terra e proporci-ona momentos únicos de encontro de gerações, de convívio e de afi r-mação das capacidades dos nossos jovens e crianças e dos adultos (pro-

fessores, funcionários e pais) que os enquadram e orientam.

Muitos dos miúdos que há 20 anos participaram nas primeiras edições, são hoje mulheres e ho-mens, alguns deles com fi lhos que um ano destes estarão, por sua vez, a encher de cor e de alegria o Par-que de Merendas. As Pomonas Ca-monianas transformaram-se, assim,

numa forma de expressão coletiva – o nosso jeito de louvar Camões em Constância, Vila Poema, que sempre soube guardar e honrar a memória do maior poeta português.

Na Antiguidade, os povos davam uma enorme importância à religião que era considerada um modelo para a vida e ajudava a explicar e a influenciar o que a razão humana tinha difi culdade em entender. Gre-gos e Romanos construíram um enorme panteão, constituído por um número muito grande de di-vindades que contribuíam para dar sentido aos sentimentos das pes-soas, aos acontecimentos do quo-tidiano, aos fenómenos naturais, à vida e à morte.

Particularmente representadas eram as forças da natureza, respon-sáveis por tudo o que envolve a vida dos homens, como o sol e a chuva, o vento e o mar, o céu e a terra.

Num mundo com características vincadamente rurais, fenómenos como a germinação das sementes, o crescimento das plantas e o ama-durecimento dos frutos assumiam uma enorme importância. Por isso eram divinizados e prestava-se-lhes culto.

Pomona era a divindade que pre-sidia à fl orescência das plantas e ao crescimento dos frutos. O seu nome tem a mesma origem etimológica

de pomo (fruto carnudo) e de po-mar. Era-lhe consagrado um bos-que, chamado Pomonal, situado na estrada de Roma a Óstia, onde se lhe prestava culto. A importância de Pomona no sistema mitológico romano é atestada pelo facto de o seu culto ser confi ado a um fl âmine, um sacerdote especifi camente des-tinado a essa tarefa. Não admira que assim fosse, pois o desabrochar das fl ores e o amadurar dos frutos, mais do que um espetáculo para os olhos e um prazer para o paladar, eram uma questão de sobrevivên-cia para uma sociedade que depen-dia da generosidade da terra.

Camões, poeta maior do renasci-mento dos valores clássicos, evoca com frequência as divindades gre-gas e romanas e, de entre estas, Po-mona. E refere-se, por outro lado, a uma imensa variedade de fl ores e de frutos que ela protegia.

São alguns desses frutos e dessas fl ores que são expostos para apre-ciação e para venda em Constância, sob a inspiração tutelar de Pomona e num ambiente que lembra o sé-culo em que Camões viveu e por aqui passou.

António Matias CoelhoTexto publicado no Boletim por ocasião

das I Pomonas Camonianas, em 1994

7 de junho14h30 – Câmara Municipal de Constância Início do cortejo dos alunos dos Jardins de Infância do

Concelho e do 9.º ano da EB/S Luís de Camões

Junto à estátua de Camões15h00 • Cerimónia de abertura das XIX Pomonas Camonianas • Coro das turmas do Ensino Articulado do

Agrupamento de Escolas de Constância • Animação pelos alunos dos Jardins de Infância do

Concelho • Abertura Ofi cial do Mercado Quinhentista,

apresentação dos produtos vendidos no mercado com poesia de Camões

18h00 Atuação do grupo TINTINABVLLUM da Associação CICO21h30 Grupo MOVIRITMO - Espetáculo de luz negra

8 de junho14h30 – Igreja Matriz de Constância • Concerto pelos alunos dos 3º e 4º anos do Concelho; • Início do cortejo dos alunos do 1.º CEB do Concelho e

do 9.º ano da EB/S Luís de Camões 15h45 às 17h30 - Atuações dos alunos do 1.º CEB do

concelho • Jardim Horto de Camões - Atuação dos alunos do

Centro Escolar de Constância

• Praça Alexandre Herculano - Atuação dos alunos do Centro Escolar de Santa Margarida

• Anfi teatro dos Rios - Atuação dos alunos da EB1 de Montalvo

• Junto à estátua de Camões - Declamões – Crianças dão voz ao Poeta- alunos de todas as escolas

10h00 > 18h00 – Praça, ruas e becos da vila Concurso de Pintura ao Ar Livre “As cores de Constância” Normas, inscrições e informações: www.cm-constancia.

pt | [email protected] | 249 730 052

18h00 – Igreja da Misericórdia Recital de Eufónio e Percussão do Grupo Duo’Mil

9 de junho Atividades descentralizadas Danças Quinhentistas e distribuição de poemas, pelos

alunos do 9.º ano da EB/S Luís de Camões10h00 – Montalvo (Largo da Cooperativa)14h00 – Portela (Junto à sede da Sociedade Recreativa

Portelense)15h00 – Aldeia de Santa Margarida (Largo Dr. Pratas de

Moura)16h00 – Malpique (Estrada Militar, n.º9)

23h00 – Parque de Campismo Rural de Constância Concentração para a prova de Orientação Noturna24h00 – Início da prova de Orientação Noturna

10 de junho 10h00 > 17h00 – Zona Ribeirinha de Constância, em

frente ao Rio Zêzere III Festival Hípico de Constância (provas de gincana, de

obstáculos e de potência)10h00 > 19h00 – Centro Histórico Feira de Antiguidades e Velharias15h00 – Cerimónia de Deposição de Coroa de Flores no

Monumento a Camões15h30 - Junto à estátua de Camões Declamões – Jovens dão voz ao Poeta - Espetáculo de

poesia e música: pelos alunos do 9º ano e Orquestra do Ensino Articulado

16h30 – Antiga Cadeia, na Praça Alexandre Herculano Entrega dos Prémios do Concurso de Fotografi a

“Retratos da Festa” Entrega dos Prémios do Concurso de Pintura “As cores

de Constância”17h30 – Junto à estátua de Camões Danças Quinhentistas,pelos alunos do 9.º ano e

professores da EB/S Luís de Camões

EXPOSIÇÕESAntiga Cadeia Exposição de fotografi a “Retratos da Festa”, integrada

na Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem – Festas do Concelho de Constância 2014

7 a 10 de junho Horário: 15h00 > 18h00

Posto de Turismo Exposição de fotografi a “À volta de…” de Isabel Clara e

Pedro Sousa7 a 11 de junho Dias 7, 8 e 10: 10h00 > 20h00 | dia 9: 10h00 > 18h00

Parque de Merendas (junto à estátua de Camões) Exposição de Pintura “As cores de Constância”10 de junho 15h00 > 20h00

MERCADO QUINHENTISTAParque de Merendas Recriação de um mercado do século XVI, pelos alunos,

pessoal docente e não docente e encarregados de educação do Agrupamento de Escolas, onde são vendidos os frutos e as fl ores mencionados na obra de Camões

7 de junho 15h00 > 23h00 | dias 8 e 10: 15h00 > 20h00

TABERNA QUINHENTISTAAssociação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro

Programa XIX Pomonas Camonianas - 7 a 10 de junho de 2014

POMONA, Divindade dos Frutos e dos Jardins

Os dons que dá Pomona ali NaturaProduze, diferentes nos sabores,Sem ter necessidade de cultura,Que sem ela se dão muito melhores:As cerejas, purpúreas na pintura,As amoras, que o nome tem de amores,O pomo que da pátria Pérsia veio,Melhor tornado no terreno alheio.[…]Bem se enxerga nos pomos e boninasQue competia Clóris com Pomona.

Luís de CamõesOs Lusíadas, IX, 58-62

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25JUNHO 2014 ESPECIAL POMONAS CAMONIANAS

As “Pomonas Camonianas” são um projeto desenvolvido na comuni-dade, com a comunidade e para a comunidade local de Constância com abrangência regional e nacio-nal. A autarquia, as escolas, as asso-ciações culturais, em sintonia com as populações do concelho, têm atraído visitantes de várias partes do país que, regularmente, partici-pam nestas comemorações, sem-pre esperando a novidade, a criati-vidade e o rigor histórico, que se in-tentam constantemente.

Este é um projeto de âmbito cul-tural e educativo, que visa promo-ver o respeito e o conhecimento da cultura local e a construção, manu-tenção e divulgação de uma iden-tidade com especifi cidade própria. A diversidade de atividades desen-volvidas e o notório interesse cultu-ral para as gentes de Constância ge-rou uma dinâmica de participação que trouxe até nós elementos da comunidade, pais e encarregados de educação. A participação dos alunos em todas as fases do Projeto não só diminui os custos da ativi-dade, ao dispensar a contratação de profissionais que encarnem as personagens do mercado recriado, como sucede em outras iniciativas

congéneres, como lhe confere ori-ginalidade e autenticidade.

Num ensino que se pretende in-tegrador dos saberes culturais, foi preocupação basilar a inclusão, na recreação Quinhentista, de alunos de todos os níveis de ensino. No presente ano pretende-se, ainda,

desenvolver ações descentraliza-das em todas as freguesias, levando o espírito das Pomonas às diversas localidades do concelho de Cons-tância.

Desde sempre, tem sido preocu-pação da nossa escola fomentar a integração das componentes locais

no currículo – um aspeto sempre a valorizar e que está de acordo com as linhas orientadoras do Projeto Educativo do Agrupamento. O tra-balho desenvolvido contribuiu para que os alunos tenham um melhor conhecimento do meio em que vi-vem, constituindo uma oportuni-

dade para reconhecerem e se apro-priarem de aspetos fundadores da sua identidade. Ao mesmo tempo, o projeto consciencializa-os da im-portância e necessidade da preser-vação desta mesma identidade, in-centivando a sua assunção como sujeitos responsáveis e capazes de contribuir para a promoção da sua terra e daquilo que é seu.

O projeto «Recriação da Época Quinhentista» permite pôr em prá-tica, com prazer e dedicação, os conteúdos programáticos adqui-ridos nas aulas através de uma ex-pressiva interdisciplinaridade, em que os alunos ativam competências adquiridas em diversas disciplinas tais como Matemática, História, Por-tuguês, Educação Física, Educação Musica, Ciências Naturais, Educação Visual e Educação Tecnológica.

Com esta atividade assegura-se a projeção de Constância no pano-rama regional e nacional, assum-indo-se esta como uma mais-valia para a Vila Poema, na justa medida em que catalisa o desenvolvimento económico, turístico e cultural da região.

Anabela GrácioAgrupamento de Escolas Luís de Camões

- Constância

Pomona era uma deusa da abun-dância frutífera na religião romana antiga e mito. Seu nome vem do latim palavra pomum , “fruta”, fruto especifi camente pomar. Ela se dizia ser uma ninfa de madeira. No mito narrado por Ovídio ela desprezou o amor dos deuses da fl oresta, Sil-vano e Picus, mas casou-se com Ver-tumno depois que ele a enganou.

Camões, nos seus poemas, como poeta do Renascimento que va-lorizava os clássicos da Antigui-dade, frequentemente fez referên-cias à mitologia greco-romana e, como atento observador da Natu-reza, mencionou na sua obra uma grande variedade de plantas e fru-tos (pomos), cuja qualidade e abun-dância eram protegidas pela divin-dade pomona.

Com base nesse espírito camoni-ano de evocação da natureza e dos mitos, foi criada em 1994 esta inici-ativa, «Pomonas Camonianas», que, passados 20 anos, continua a man-ter vivo o espírito e a obra do Po-eta na aprazível vila de Constância,

por ocasião do 10 de junho. A partir da ideia proposta pela então Presi-dente e fundadora da Associação para a Reconstrução e Instalação da Casa-Memória de Camões em Constância, Manuela de Azevedo, a Câmara Municipal implementou, ao longo destes anos, esta inicia-tiva, em estreita colaboração com a comunidade escolar. De facto, o dia 10 de junho tornou-se um dia especial para Constância, por ser o dia de Portugal e dia de Camões e, ainda, pela ligação afetiva que foi crescendo ao longo dos anos entre esta vila e o poeta.

O projeto Casa-Memória de Ca-mões está consagrado à obra, vida e época de Camões e tem como objetivos a criação de um espaço destinado a albergar e expor a co-leção de arte e biblioteca referentes a esse tema e a produção de diver-sas iniciativas, dirigidas a públicos variados, com a fi nalidade de man-ter viva a presença do poeta e da sua obra. Integradas nessas iniciati-vas, as «Pomonas Camonianas» são,

sem dúvida, uma forma admirável de evocar Camões.

Por outro lado, este projeto está inserido numa rede de valorização do património histórico, cultural e natural, fazendo parceria com equi-pamentos que já se encontram em pleno funcionamento e com outros que possam vir a ser implementa-dos num futuro próximo. Por pro-tocolo recentemente estabelecido entre a Associação Casa-Memória de Camões em Constância e a Câ-mara Municipal, esta entidade as-sumiu a propriedade temporária e o projeto de fi nalização das insta-lações a fi m de poder obter fundos comunitários para a concretização de uma estratégia de desenvolvi-mento e enriquecimento do con-celho, com a disponibilização, quer à população local quer aos visitan-tes, de uma ferramenta fundamen-tal para a promoção da cultura na região.

Ana Maria Diaspresidente da direção Associação

Casa-Memória de Camões

Integração dos alunos na «Recriação da Época Quinhentista como mais valia formativa

Pomonas – As divindades cantadas por Camões

• Anabela Grácio, diretora do Agrupamento, refere que “ tem sido preocupação da nossa escola fomentar a integração das componentes locais

• Ana Dias, presidente da Associação Casa Memória de Camões, admitiu que o objetivo é a “ valorização do património, histórico e natural

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26 JUNHO 2014ESPECIAL POMONAS CAMONIANAS

Inquéritos em Constância visam reabilitação urbana do núcleo histórico

A Câmara Municipal de Constân-cia, no âmbito de um projeto que visa recuperar e revitalizar o Núcleo Histórico da vila e agilizar e dina-mizar a reabilitação do património edificado, vai iniciar o desenvolvi-mento do processo de delimitação e de aprovação da respetiva Área de Reabilitação Urbana, com vista à posterior execução de uma Opera-ção de Reabilitação Urbana.

Neste âmbito, tendo em vista fun-damentar a estratégia de interven-ção e identifi car as situações de atu-ação prioritária, os serviços da au-tarquia vão efetuar o levantamento do estado de conservação dos edi-

fícios do Núcleo Histórico, na área correspondente à delimitação defi -nida pelo Plano de Pormenor, Salva-guarda e Valorização do Núcleo His-tórico de Constância, e realizar um estudo socioeconómico do mesmo território, tendo por base a imple-mentação de um inquérito à po-pulação.

Este estudo tem como objetivo o conhecimento sistemático das con-dições de conforto e salubridade das residências, para que a Câmara possa intervir com base em infor-mação atualizada sobre as condi-ções habitacionais do Núcleo His-tórico, e tendo em vista o combate

à exclusão social e, a melhoria da qualidade de vida da população.

Para além dos aspetos relacio-nados com o edifício, serão tam-bém inquiridas questões relativas ao agregado familiar que habita o imóvel, tendo em vista a sua carac-terização.

Para que seja possível proceder a esta avaliação, e para a boa pros-secução dos objetivos propostos, a Câmara Municipal, através de uma colaboradora, vai lançar um inqué-rito a partir deste mês de junho.

O relvado sintético do campo de futebol munici-pal, em Montalvo, Constân-cia, foi inaugurado no pas-sado sábado, dia 31 de maio, com uma grande festa do desporto juvenil que envol-veu, entre outros, e após a cerimónia oficial de inau-guração, o jogo entre a se-leção Iniciados do concelho de Constância e a equipa do Sporting Clube de Portugal.

Ao intervalo exibiram-se as Classes de Ginástica da Soci-edade Recreativa Portelense e do Grupo Recreativo e Des-portivo de Vale de Mestre «Os Relâmpagos».

Manhã cedo, às 9:30, o novo relvado começou por acolher diversos desafi os de Futebol de 7, com jogos en-tre as equipas Casa do Povo de Montalvo, Sport Abrantes e Benfi ca e Futebol de esco-linhas da Casa do Povo de Montalvo. No intervalo do jogo, exibiram-se as Classes de Ginástica da Casa do Povo de Montalvo e da Associa-ção Cultural e Desportiva Al-deiense.

A autarquia recordou que os “muitos anos de trabalho” para que, só em 2010, tivesse sido possível à Casa do Povo

de Montalvo proceder à le-galização dos terrenos onde, ao longo de décadas, se jo-gou futebol, prática que mo-bilizou centenas de pratican-tes, quer em momentos de diversão quer na ocupação de tempos livres e também na formação de jovens.

Posteriormente, o terreno foi cedido à Câmara Muni-cipal, que não obstante as atuais difi culdades fi nancei-ras, sempre manteve este investimento no seu orça-mento, tendo procedido à adaptação do projeto que deu origem à infraestrutura que agora foi inaugurada em

Montalvo.Com um investimento to-

tal de aproximadamente 300.000,00€, assegurado in-tegralmente pelo orçamento municipal, o campo de fu-tebol municipal, integra o conjunto de infraestruturas desportivas preconizadas para o concelho, o qual vai permitir que a Casa do Povo de Montalvo – única coleti-vidade concelhia que pos-sui uma escola de futebol -, possa prosseguir com as suas estratégias de formação e prática desportiva, princi-palmente junto das camadas mais jovens.

Constância assinala 1º aniversário do seu Borboletário

No próximo dia 5 de junho, o Borboletário do Parque Ambiental de Santa Marga-rida, assinala o seu primeiro aniversário, tendo preparado para o efeito uma série de iniciativas que terão lugar nos dias 5, 21 e 22 de junho.

No dia de aniversário, 5 de junho, será apresentado o livro A Borboleta Zulmira, uma iniciativa direcionada para o público escolar. Nos dias 21 e 22, os eventos serão abertos ao público em geral, e versarão sobre a temática do ambiente.

Neste seu primeiro ano de vida, o Borboletário recebeu mais de seis mil visitantes, entre cientistas, coleciona-dores, alunos e professores das escolas, famílias com ou sem crianças e turistas. O Borboletário é como um uni-verso especial, verdadeira-mente exótico, onde se po-dem observar diversas espé-cies de borboletas, incluindo algumas de dimensões con-sideráveis.

No interior do Borboletário o tempo está sempre quente e muito húmido e a luz é de uma grande intensidade. Como nos trópicos. E é gra-ças a essas condições especi-

almente criadas que se torna possível manter vivas e es-voaçantes tantas e tão belas borboletas.

A vegetação luxuriante compõe-se de plantas orna-mentais, de plantas de que se alimentam as borboletas, e de outras ainda que dão de

comer às lagartas – porque a borboleta, convém não es-quecer, é por rastejante larva que começa, num processo de metamorfose que é dos mais espantosos milagres evolutivos que a natureza nos oferece.

Constância: Campo de futebol de Montalvo já tem relvado sintético

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27JUNHO 2014 EDUCAÇÃO

Vila de Rei atribui bolsas de estudo

Alunos do secundário na ESTA

O executivo camarário de Vila de Rei aprovou por mai-oria, na passada reunião, o regulamento para atribui-ção de Bolsas de Estudo e Bolsas de Mérito a estudan-tes vilarregenses que estão a frequentar o ensino supe-rior.

O município vai, assim, apoiar os alunos economi-camente mais carenciados do concelho, atribuindo

anualmente seis bolsas de estudo no valor de 800 eu-ros, divididas em prestações de 80 euros pelos dez me-ses correspondentes ao ano escolar.

A autarquia vai também atribuir anualmente duas bolsas de mérito, valori-zando o desempenho aca-démico dos alunos que ob-tiverem os melhores resul-tados escolares, no valor de

500 euros cada.Paulo César, vice-presid-

ente, explica que, “com este apoio, a Câmara pretende melhorar a qualifi cação dos munícipes, traduzindo essa qualifi cação numa oferta fu-tura de novos produtos, ser-viços e mais opções no con-celho. O objetivo é que estes jovens possam investir na sua terra, na terra que inves-tiu neles”.

Cerca de 250 estudantes do ensino secundário da re-gião do Médio Tejo partici-param em ações oferecidas pela Escola Superior de Tec-nologia de Abrantes (ESTA), tomando assim conheci-mento da sua oferta forma-tiva. As ações fi zeram parte da Semana da Ciência, Tec-nologia e Cultura, organi-zada pelo Instituto Politéc-nico de Tomar (IPT), entre 5 e 9 de maio.

Mostrando uma parte dos exercícios que são desen-

volvidas pelos seus estu-dantes, a licenciatura em Comunicação Social pro-porcionou três atividades aos alunos do secundário: “Repórter por um dia”, “A minha voz na rádio” e “Falar em público”. No caso da pri-meira atividade, um grupo de alunos da Escola Dr. Ma-nuel Fernandes agarrou o desafi o de fazer uma repor-tagem sobre o centro histó-rico de Abrantes, tendo re-colhido testemunhos com diferentes perspetivas.

Os restantes alunos do se-cundário passaram por ati-vidades preparadas pelas li-cenciaturas de Tecnologias de Informação e Comunica-ção (TIC) e Engenharia Me-cânica. Exemplo disso fo-ram as sessões de “Constru-ção de Mini Jogos em Flash” e “Olha a tua fi gura! Câmara termográfi ca”. A ESTA minis-tra uma outra licenciatura, em Vídeo e Cinema Docu-mental.

2012 – Seat Mii 1.0 MPi 75 Cv Sport 22.000 Kms

2011 - Ford Focus 1.6 TDCi 115Cv Trend 42.000 Kms Azul e Cinza

2013 – Volkswagen Polo 1.6 TDi BlueMo on Technology

2013 – Audi A3 Sportback Sport 1.6 Tdi 105 CV

2013 - Toyota Auris 1.4 D-4D Pack Sport (Viatura de Serviço) 480 Kms

2013 – Hyundai i30 Sta on Wagon 1.6 CRDi 110Cv

2010 – Renault Grand Scénic 1.5 dCi 110Cv Dynamique (7 Lugares)

2010 – Renault Mégane Break 1.5 dCi 110Cv Dynamique S

2013- Nissan Qashqai 360 1.6 dCi 130Cv (Serviço)

2013 – Seat Ibiza SC FR 1.6 TDi 105Cv (Bi-Xénon + LED's)

2008 – Opel Astra 1.7 CDTi 125Cv Edi on

ABERTOS SÁBADOS DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 20H

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2011- Renault Kangoo 1.5 dCi Super Pack Clim (AC)

2009 - Renault Mégane Coupé 1.5 dCi 110Cv Dynamique S

2014 – Renault Kangoo Business Energy 1.5 dCi 90Cv (3 Lugares)

(Deduz IVA )(Novo Modelo)

2008 - 207 XA 1.4 HDi Van (Deduz IVA) 72.000 Kms

2010 - Golf VI Variant 1.6 TDi 105Cv ConfortLine

Zona Industrial da Sertã

A ESTA, através da sua licenciatura em Comunicação Social, foi palco do debate “Os limites do humor”, uma iniciativa organizada com a revista NotíciasTV (DN/JN). O auditório da ESTA abriu-se à comunidade para uma tarde diferente. O diretor da NTV, Nuno Azinheira, conduziu uma divertida conversa com os humoristas Herman José, Nilton e Rui Sinel de Cordes. Falou-se sobre quase tudo, mas coube a Herman José o momento mais surpreendente, quando baixou as calças para ‘facilitar’ a mudança do microfone de lapela. Ainda este mês, os estudantes de Comunicação da ESTA organizaram mais uma edição da Semana da Comunicação e participaram no programa televisivo da RTP “Cinco para a Meia Noite”.

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Agrupamento nº 2 de Abrantes aposta na inovação

As escolas Dr. Manuel Fernandes e Octávio Du-arte Ferreira do Agrupa-mento nº 2 de Abrantes, procurando tirar partido das suas instalações e equipamentos e do meio empresarial local, prop-õem-se oferecer cursos profissionais diversifica-dos e respostas inova-doras. Os cursos profis-sionais propostos para o próximo ano são:

Viticultura e Enologia; Mecatrónica; Artes do Es-petáculo – Interpretação; Energias Renováveis.A par desta oferta, os alu-nos do 4º ano poderão optar, a partir de agora, por frequentar o Curso Básico de Música em re-gime integrado.

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Galardões_2014Cultura: Santos Lopes

Nasceu no concelho de Abrantes como uma criança comum, mas cedo se viu que nele des-pertava uma bênção especial: uma vocação para as artes. Daqui partiu à procura do futuro, primeiro nos Estados Unidos, depois no Brasil, onde se afi rmou como um escultor de obra re-conhecida e procurada. Regressou a casa para aqui semear também a Arte que cultiva. Em poucos anos, deixa marca duradoura: na escul-tura pública e nas exposições em que nos mos-trou a sua obra. A última delas no fi nal do ano passado. Nessa mesma ocasião trouxe a público um livro em que nos dá a conhecer a sua vida, a obra e a sua técnica, dizendo-nos que são uma só. Além disso, tem sido nesta nossa região um entusiasta das coisas da cultura. Vive entre Abrantes e São Paulo, fazendo assim uma ponte cultural entre os dois continentes.

Por tudo isso e pelo mais que não cabe numa apresentação sumária, para o escultor Santos Lopes vai o Galardão Antena Livre da Cultura.

Responsabilidade Social – Azeites Gallo

É uma prestigiada marca do concelho de Abrantes, quase centenária, servida por uma empresa que se pretende global, presente nos cinco continentes em mais de quarenta paí-ses. Apesar do êxito comercial e da responsa-bilidade empresarial que a sua dimensão acar-reta, não esquece a responsabilidade social para com aqueles que não têm sido bafejados pelo olhar dos deuses nem pelo cuidado dos homens. Por isso, todos os anos a empresa tem escolhido em Abrantes uma entidade a quem possa prestar uma preciosa ajuda. Mas não para dar um pouco do que lhe sobeja.

Num gesto pouco habitual entre nós, implica os seus funcionários de Lisboa e vêm um dia

fazer uma ação que deixe uma marca de me-lhoria significativa - mas continuada - ao ser-viço daqueles que mais precisam. Nos últimos anos, essa sua intervenção benefi ciou já a casa conhecida como o Patronato de Santa Isabel, o C.R.I.A. e a Loja Social do Centro Interparoquial de Abrantes.

Pelo carácter exemplar destas iniciativas, a Victor Guedes, titular dos Azeites Gallo, recebe o Galardão Antena Livre da Responsabilidade Social.

Desporto – Susana Estriga

Pratica atletismo de competição, é treinadora de atletismo no Sporting Clube de Abrantes e é também professora de educação física na Es-cola do Tramagal. Ainda recentemente regres-sou de Budapeste com o título de vice-campeã do mundo, de veteranos, em pista coberta.

Nasceu no Tramagal e é entre nós que conti-nua a trabalhar e a treinar, apesar dos seus su-cessos que a projetam para longe.

Alem da qualidade do seu trabalho, que se vê nos resultados obtidos, esta atleta deixa-nos a mensagem de que há que continuar, que o des-porto é importante para a saúde de todos, e que os sonhos dão força à vida independentemente da idade.

Por isso mesmo, prepara-se para participar no Campeonato da Europa de Ar Livre de Vetera-nos que se realiza na Turquia, em Agosto, para disputar as provas dos 100 e dos 400 metros barreiras.

Para lhe dar um suplemento de estímulo, mas sobretudo em reconhecimento do muito que já alcançou e do trabalho que está a fazer, é atri-buído a Susana Estriga o Galardão Antena Livre de Desporto.

Educação – Nuno Leal

Iniciou os seus estudos musicais na Filarmó-

nica União Sardoalense, com 11 anos, e a mú-sica fi cou-lhe no corpo e na alma. Estudou no Conservatório de Tomar, depois em Lisboa e na Universidade de Aveiro, agora já no domínio da composição. Estudou também direção de or-questra.

Desde o início, tem mantido uma ligação muito forte com o movimento associativo. Tem dirigido e revitalizado várias bandas fi larmóni-cas, e organizado estágios e cursos de aperfei-çoamento musical para jovens músicos.

Dirigiu a Filarmónica União Sardoalense, a So-ciedade Instrução Musical Rossiense e a Socie-dade Filarmónica União Maçaense. Foi Maestro convidado para dirigir vários estágios de sopros na Orquestra Nacional de Sopros dos Templá-rios, na Escolas de Música Gualdim Pais, na Ou-rearte e no Conservatório de Mação, que che-gou a dirigir.

Tem signifi cativa obra de composição, tanto para os Quinta do Bill como para orquestra, e por ela tem recebido várias distinções, incluindo no estrangeiro.

É, portanto, signifi cativa a sua pegada musical nesta região, em particular o seu labor no en-sino da música. Como reconhecimento pela sua obra, é atribuído a Nuno Miguel Fernandes Leal o Galardão Antena Livre de Educação.

Empresa – Sofalca

Tem a sua pré-história imediata em 1936, data a que remonta o alvará de actividade corticeira concedido a Ernesto Lourenço Estrada, em Abrantes, avô dos actuais proprietários.

Em 1966, nasce a Sofalca – Sociedade Central de Produtos de Cortiça.

Logo desde o início, afi rma-se como uma em-presa que aposta na inovação, ao introduzir o corte vertical, que traz melhorias signifi cativas.

Em 1974 instala a primeira caldeira de queima mista em Portugal, que veio permitir uma pou-pança de recursos e os primeiros passos para

a sustentabilidade. Hoje afi rma-se «95% auto-sustentável», o que é, sem dúvida, um feito a destacar.

Em 1975, participa da criação da ISOCOR, de-dicada a comercializar para todo o mundo os produtos das unidades industriais do sector da Cortiça.

Nos anos 90 do século passado, o sector vê-se perante uma escassez de cortiça. A Sofalca de-senvolveu então máquinas de extracção de cor-tiça de falca, ganhando desta forma uma maior certeza da obtenção da matéria-prima no fu-turo, dada a sua difi culdade de extracção.

Hoje, continua a produzir aglomerados ne-gros de cortiça expandida, sobretudo para o es-trangeiro. França, Espanha, Bélgica, Áustria, Ale-manha, Reino Unido, Itália, Japão e China são os principais mercados externos para onde são ex-portados os produtos fabricados pela Sofalca.

Além disso, vemo-la com frequência associ-ada a projectos inovadores. Ainda não há muito era a fornecedora da matéria prima de um pro-jecto de design premiado a nível mundial: um posto de observação de aves. No ano passado, vemo-la a fornecer 90% da cortiça que a artista portuguesa Joana Vasconcelos usou no projeto Cacilheiro Trafaria Praia, com que Portugal parti-cipou na Bienal de Veneza.

Ou seja, a Solfalca está a afi rmar a sua presença com ousadia. Por isso diz de si mesma: «Inova-mos constantemente, trabalhamos por um fu-turo promissor». E também por isso foi já distin-guida, em 2012, com o prémio PME Excelência.

Por outro lado, é já habitual vermos a colabo-ração da Sofalca em iniciativas de vários tipos nesta região, desde o campo da solidariedade social ao da cultura.

Por toda esta história de criação de valor e de participação social, a Sofalca – Sociedade Cen-tral de Produtos de Cortiça recebe em 2014 o Galardão Antena Livre na categoria de Em-presa.

• David Antunes e Vanessa Silva encantaram os presentes

• Educação - Nuno Leal • Música Nacional - UHF• Empresa – Sofalca (Paulo Estrada - representante da empresa)

Uma produção Antena Livre e Jornal de Abrantes. Com músicos da região. Para reconhecer e aplaudir pessoas e organizações da região. Com sala cheia. Cada vez mais, um marco na cultura da região. Foi assim, mais uma vez, no passado dia 16 de maio, no Cine-Teatro de S. Pedro, em Abrantes.Mais uma vez, a entrega dos já esperados Galardões Antena Livre e Jornal de Abrantes proporcionou momen-tos de afi rmação e reconhecimento de pessoas e organizações que “acrescentam valor” a esta região.Na área musical, o evento deste ano apresentou, a nível regional, a Banda Wake Up Mary e Ricardo Rebelo. Da-vid Antunes e Vanessa Silva foram também presenças confi rmadas .Também, o Getas Centro Cultural de Sar-doal abrilhantou o evento com dois momentos teatrais. A Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes foi este ano conduzida em palco pela equipa dos dois órgãos de co-municação: Paulo Delgado, Alexandra Pimentel, Anabela Maia, André Lopes, Mário Rui Fonseca, Joana Mar-garida Carvalho, Carla Esteves, Luis Delgado, Ricardo Beirão, Jorge Beirão, Patrícia Seixas e Miguel Pequeno, e promete voltar a surpreender em 2015.

IX Gala Antena Livre & Jornal de Ab

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Música Nacional – UHF

“Cavalos de Corrida” foi o primeiro grande êxito dos UHF, que depressa se tornou num dos temas mais marcantes do chamado rock portu-guês, logo a seguir ao mítico “Chico Fininho”, de Rui Veloso.

Incondicionalmente apoiado pelas rádios, o single chegou ao topo das tabelas, graças às quinze mil cópias vendidas, que valeram à banda o Disco de Prata. António Manuel Ribeiro (voz e guitarras), Carlos Peres (baixo) e Alfredo (bateria) formaram os UHF na Costa da Capa-rica, em 1977.

Depois de sessões de ensaios regulares, os UHF fi zeram a sua primeira atuação em 1978, numa escola secundária em Almada; no ano se-guinte editaram o primeiro EP e gravaram uma maqueta produzida pelos próprios, que apre-sentaram a várias editoras, para além de que fi -zeram as primeiras partes dos concertos dos Dr. Feelgood, Elvis Costello e Ramones.

No fi nal desse ano, assinaram contrato disco-gráfi co com a Valentim de Carvalho, por um pe-ríodo de cinco anos. Podíamos continuar a con-tar toda a história dos UHF que já é uma longa história…com 35 anos!

35 anos de sonhos…de alegrias…de triste-zas…de vitórias...mas também de momentos menos bons!

António Manuel Ribeiro…o front man da banda desde sempre, e atualmente o único membro da formação inicial…..sempre acredi-tou que a chama dos UHF estaria sempre acesa! E esteve!

Determinado…lutador…sonhador…um mú-sico de excelência… são apenas algumas das características que fazem de António Manuel Ribeiro a pessoa que nunca deixou que os UHF parassem de nos dar música…

A Antena Livre, não quis deixar passar ao lado-…a comemoração dos 35 anos de carreira desta mítica banda Portuguesa….os UHF…

Música Regional – KWANTTA

Os KWANTTA são uma nova banda a dar car-tas no panorama musical português. Seis mú-sicos produzem canções com essência de ver-dade, cantadas na língua de Camões, sob diver-sas infl uências.

O seu primeiro álbum intitulado CASA REAL conta com oito temas que transmitem a ener-gia e o espírito positivo com que os KWANTTA encaram a música. O álbum é uma biografia destes anos de estrada da banda e imortaliza a vontade de mostrar o que se tornou real, cada tijolo, cada palavra. Os temas que fazem parte do disco abordam vivências e realidades, recor-rendo às variações rítmicas para quebrar as ro-tinas da mesma. O single que dá o nome ao ál-bum conta a história de como tudo aconteceu. Um tema que atravessa três ritmos, o reggae, o pop e o rock. Um motivo musical simples e di-vertido é ensinado ao público que rapidamente reage e se torna segunda voz desta canção. Este trabalho começou a ser idealizado há cerca de dois anos e, em setembro do ano passado, en-traram em estúdio para iniciar as gravações.

No currículo da banda constam já uma série de prémios arrecadados, como: vencedores do Festival ShoutOut 2007, no Centro Cultural Ma-laposta, em Lisboa; vencedores no Festival Riba-Rock2009, em Coruche; a melhor banda de ori-ginais no Concurso de Bandas da Queima das Fitas de Coimbra 2011, que lhes valeu a partilha do palco principal com os JAMES, na Queima das Fitas desse ano.

Personalidade /Carreira – Octávio Oliveira

Secretário de Estado do EmpregoOctávio de Oliveira, nasceu em Tramagal, em

18 de Maio de 1960.Licenciado em Organização e Gestão de Em-

presas, pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa, em 1983.

Foi presidente do Conselho Diretivo do Ins-tituto do Emprego e Formação Profissional, desde 2011. Ingressou no Instituto de Emprego e Formação Profi ssional em 1987 como técnico superior, tendo desempenhado as funções de diretor do Centro de Emprego de Torres Novas (1987-1992), diretor de Serviços de Organiza-ção, nos Serviços Centrais (1992-1993); diretor do Centro de Emprego de Santarém (1995-1997), diretor do Centro de Emprego de Lisboa - Picoas (1997 2002), delegado regional de Lis-boa e Vale do Tejo (2002-2004), de vice-presid-ente do Conselho Diretivo do IEFP (2004-2005), e de diretor do Centro de Formação Profi ssional para a Indústria da Cerâmica, nas Caldas da Rai-nha (2005-2011).

No decurso da vida profissional desempe-nhou funções docentes como assistente esta-giário no Instituto Universitário da Beira Interior, de 1983 a 1985, e na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, de 1985 a 1987, bem como no ISLA Santarém, de 1986 a 1988, e na Escola Superior de Gestão, do Instituto Politéc-nico de Santarém, em 1994, 1997 e 1998.

Foi ainda vice-presidente executivo do Ner-sant (Associação Empresarial da Região de San-tarém), de 1993 a 1995 e administrador da Es-cola Profi ssional de Torres Novas, em represen-tação do Nersant, de 1993 a 1995.

Como presidente do Conselho Diretivo do IEFP, é representante efetivo na OCDE, Comité LEED (Local Economic and Employment Deve-lopment Programme), Comité Consultivo rela-tivo à Livre Circulação dos Trabalhadores, e Co-mité do Emprego da União Europeia.

Nacional – Adelino Gomes e Alfredo Cunha

Adelino Gomes é doutorado em Sociologia e Pós-graduado em Jornalismo…

Participou no estudo Ser jornalista em Por-tugal. Perfi s sociológicos, editado em 2011. A mesma equipa desenvolve nova investigação

sobre “As Novas Gerações de Jornalistas”.Participa ainda no “Projecto Jornalismo e So-

ciedade”, que prepara uma Carta de Princípios para o Jornalismo na era da Internet. Exer-ceu a atividade regular de jornalista na rádio, na televisão e em jornais, entre 1966 e 2008. Considera que o seu percurso profi ssional foi marcado por três equipas de trabalho: Notici-ários do RCP (1966 e 1974-5); Página 1, na Rá-dio Renascença (1970-2) e Público (1989-1995 e 1998-2008).

Entre numerosas outras reportagens, fez a co-bertura do dia 25 de Abril (1974, Rádio Renas-cença); do 11 de Março e do início da invasão de Timor pela Indonésia (1975, RTP); e de episódios da guerra do Afeganistão e da II e III Guerras do Golfo (1990/1 e 2003, Público). Foi provedor do ouvinte da RDP entre 2008 e 2010. É autor e co-autor de livros, capítulos de livros, artigos e um disco sobre algumas destas temáticas. Embora reformado, considera-se ainda e sempre jorna-lista….

ALFREDO CUNHAAlfredo Cunha, infl uenciado pelo pai, optou

por uma carreira em fotografi a de reportagem. Como repórter fotográfi co começou no Notí-cias da Amadora, em 1971. Seguidamente cola-borou com O Século e O Século Ilustrado (1972), a Agência Noticiosa Portuguesa – ANOP (1977) e as agências Notícias de Portugal (1982) e Lusa (1987).

Foi fotógrafo dos presidentes da Repú-blica António Ramalho Eanes e Mário Soares. Foi editor de fotografi a no jornal Público, no Grupo Edipresse, na revista Focus, no Comér-cio do Porto e no Jornal de Notícias. Colaborou com Ana de Sousa Dias no programa Por Ou-tro Lado, da RTP2. Foi diretor de fotografi a da agência Global Imagens. Atualmente, trabalha como freelancer e desenvolve vários projetos editoriais.

Tem publicados vários livros de fotografi a.

• Cultura - Santos Lopes (Bruno Santos Lopes em representação do pai)

• Desporto - Susana Estriga• Responsabilidade Social – Azeites Gallo ( Filipa Silva - diretora de recursos humanos)

• Personalidade/Carreira - Octávio Oliveira • Nacional - Adelino Gomes (jornalista) (na foto) e Alfredo Cunha (repórter fotográfi co)

• Música Regional - Kwantta

rantes

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30 JUNHO 2014TURISMO

A plataforma associativa luso-espanhola Tajo/Tejo Vivo vai realizar a primeira edição de uma travessia Ibé-rica em BTT entre a nascente e a foz do rio Tejo, num per-curso de mais de 1200 qui-lómetros.

A rota Transibérica em Bi-cicleta Todo o Terreno (BTT), que vai decorrer em junho e visa a promoção e afi rmação do Tejo como destino turís-tico, vai ter início na Serra de Albarracín (Espanha) e termi-nará 1210 quilómetros de-pois, na foz, em Lisboa.

O percurso foi dividido em 13 etapas, uma por dia, numa média de 100 quilómetros diários, entre os dias 15 e 27 de junho, e onde “o Tejo es-tará sempre presente”, disse à Antena Livre o técnico co-ordenador da Tagus - Asso-

ciação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Inte-rior, uma das entidades por-tuguesas envolvidas no pro-jeto.

Pedro Saraiva adiantou que a “Transibérica em BTT Tejo Vivo se baseia “numa “estra-tégia concertada de aprovei-tamento e promoção dos re-cursos dos territórios abran-gidos”, projeto que pretende “combater o êxodo rural, esti-mular a fi xação da população e acrescentar quantidade e qualidade na oferta turística”.

“A ideia é criar uma rota tu-rística integradora, numa te-mática que tem mercado no âmbito do desporto natureza e aventura, e numa lógica de criação de novos fatores que sejam indutores de desenvol-vimento, valorização e pro-moção da cultura das povoa-

ções que cresceram junto ao rio Tejo”, vincou.

A prova é organizada pela Tejo Vivo - Rede para a Valo-

rização dos Territórios Vincu-lados ao Tejo, projeto de co-operação ibérica que reúne 18 associações de desenvol-

vimento local (ADL) e orga-nizações não-governament-ais (ONG) de Portugal e Espa-nha, e tem apoio da iniciativa comunitária LEADER, do Pro-grama de Desenvolvimento Rural (ProDeR).

Na cerimónia, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, referiu que é necessário ainda algum tra-balho de terreno para garan-tir todas as condições a quem pretende realizar esta rota Transibérica. A autarca falou de uma preocupação que tem sido transversal aos mu-nicípios da região que passa pela sinalização de todo o percurso do Tejo, da dispo-nibilização de informações úteis e ainda de mais atração turística.

MRF e JMC

Associações ibéricas lançam rota em BTT para ligar o Tejo da nascente à foz

Sábado, dia 17 de maio, foi o dia escolhido para come-çar o II Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo, que partiu pela primeira vez de Alvega, após uma pequena cerimó-nia de bênção dos barcos.

Esta é mais do que uma simples peregrinação. Numa pequena conversa informal, João Serrano, um dos coor-denadores do cruzeiro e do Projeto da Cultura Avieira, ex-plica melhor que os verdadei-ros objetivos são não só re-forçar a ligação antiga que as terras tinham ao Tejo, como também alertar para os seus

problemas atuais enquanto ecossistema. Por outro lado, pretende-se divulgar a Cul-tura dos Pescadores Aviei-ros, uma cultura rica e única

do rio Tejo e do rio Sado. Esta Cultura estabeleceu-se nesta zona no início do século XIX e que neste momento é can-didata a património nacional e material.

A primeira etapa deste ano acabou no Rossio ao Sul do Tejo, em pleno Mercado Ri-beirinho, com a chegada da Santa a dar lugar a uma pe-quena procissão para a Igreja de Nª Srª da Conceição, onde fi cará até à segunda etapa do percurso.

Renato Lopes(reportagem completa em http://alvegaconcavada.wordpress.com)

A Câmara Municipal de Sar-doal encontra-se a preparar os espaços de lazer das áreas en-volventes da Lapa e da Rosa Mana, “para que possam ser usufruídos em pleno e com qualidade na época estival que se aproxima”.

Em nota de imprensa, a au-tarquia explica que “os traba-lhos que estão a ser desen-volvidos passam pela limpeza dos leitos das ribeiras, mar-

gens e zonas envolventes, pela redução da densidade da vegetação junto dos cur-sos de água e pela recupera-ção de algum mobiliário exte-rior, tendo sempre o cuidado de manter a genuinidade e in-vulgar beleza natural daque-les espaços, que se preten-dem propícios ao descanso, à calma e ao desfruto da na-tureza”.

No caso particular da Rosa

Mana, os trabalhos serão re-alizados em parceria com a Junta de Freguesia de Alca-ravela, que será responsável pela requalificação da mar-gem Oeste da ribeira, através da colocação de relva. Os tra-balhos na Lapa devem estar concluídos no início de junho e a área de lazer de Rosa Mana deve poder ser utilizada a par-tir do início de julho.

Cruzeiro religioso promove o Tejo

Lapa e a Rosa Mana preparam-se para o bom tempo

DR

“Um percurso fabuloso!”

No passado dia 21 de maio, o Palácio dos Governado-res no castelo de Abrantes recebeu apresentação desta rota Transibérica. Na cerimó-nia marcou presença o atleta abrantino João Machado, que percorreu esta rota de 1210 quilómetros. “Passei por localidades históricas muito interessantes com grande peso cultural. É percurso fa-buloso, algo difícil devido à sua dimensão e característi-cas mas é, de facto, muito in-teressante devido a presença constante de fauna e flora junto ao rio Tejo. É um per-curso de chegar ao fi nal do dia arrasado, mas logo no dia a seguir, com vontade de fa-zer mais quilómetros,” admi-tiu o atleta.

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31JUNHO 2014 REGIÃO

É a 3ª edição do 180 Creative Camp e a cidade de Abran-tes é o palco mundial deste turbilhão criativo, a decorrer de 13 a 20 de Julho de 2014. Até 8 de Junho está aberta uma candidatura internacio-nal para participantes e outra para implementação de pro-jectos de intervenção urbana até 2.500€.

Apresentado pelo Canal180

e pela Câmara Municipal de Abrantes, o 180 Creative Camp irá reunir no mesmo local alguns dos melhores criadores do mundo de dife-rentes áreas de expressão ar-tística para uma semana de cruzamentos criativos. Vídeo, música, fotografi a, design e instalação são algumas das áreas que serão remistura-das no 180 Creative Camp.

O tema da edição de 2014 é “The Power of Storytelling”. O Canal180 apresenta os 5 pri-meiros nomes de criadores internacionais que vão mar-car presença em Abrantes.

O multidisciplinar Olaf Breuning, que trocará Nova Iorque por Abrantes por

uma semana; o galego Isaac Cordal, criador de esculturas metafóricas que tempora-riamente decoram ruas de capitais europeias; e a du-pla francesa de artistas ur-banos Ella & Pitr, especialis-tas na colagem de desenhos de grande formato em pa-

redes de cidades de todo o mundo.

Para registar todas as expe-riências, o 180 Creative Camp recebe reforços da Holanda e da Alemanha: os mentores dos projetos de vídeo Like Knows Like e Gestalten TV - uma das principais editoras

de cultura visual do mundo - aliam-se ao Canal180 para produção de conteúdos du-rante o evento.

Uma importante novidade desta edição do 180 Creative Camp é a abertura de uma open call para selecionar dois projetos de intervenção

urbana no centro histórico de Abrantes.

O concurso parte de uma colaboração entre o Ca-nal180, a CM de Abrantes e o site internacional ArchDaily - “World’s most visited archi-tecture website”. O objetivo é selecionar e implementar 2 projetos que questionem e promovam a apropriação de espaços públicos do centro histórico de Abrantes.

Em simultâneo, serão se-lecionados 20 participan-tes de diferentes países para estarem gratuitamente em Abrantes de 13 a 20 de Ju-lho a participar em todas as atividades do evento. Até 8 de Junho está aberto o pe-ríodo de candidaturas para participação no 180 Creative Camp.

REGRESSA O MAIOR EVENTO DE CRIATIVIDADE DO PAÍS

Creative Camp volta a Abrantes com alguns dos melhores criadores do mundo

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32 JUNHO 2014REGIÃO

No âmbito da II Semana da Educação, Igualdade e Cidadania, que decorreu entre 28 e 30 de maio, foi apresentado o Projeto Educativo Municipal (PEM) de Abrantes. Trata-se de um trabalho que envolve todos os atores que, direta ou indiretamente, se envolvem e se preocu-pam com as questões da educação. Ini-ciado em julho do ano passado, o PEM tem vindo a ser desenvolvido por uma equipa técnica com representantes de instituições locais de ensino e forma-ção, com a supervisão de uma equipa de Especialistas da Universidade Cató-lica do Porto. O resultado final deverá servir para garantir melhorias visíveis e

para reforçar a igualdade de todos no acesso à educação. Uma vez que o PEM está em fase de produção, qualquer ci-dadão pode ainda dar o seu contributo ao nível das ações estratégicas a imple-mentar. Maria do Céu Roldão, uma das consultoras do PEM de Abrantes, admite que, para se introduzir melhorias, terá que haver “ruturas nas rotinas”. Um dos objetivos é que este trabalho possa ser alargado a outras instâncias, nomeada-mente à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

Filipe Pedro tem 28 anos e é natural de Abrançalha de Baixa. A paixão por mo-tas sempre foi constante ao longo da sua vida.

O dia 28 de março de 2014 era só mais um dia, um dia co-mum onde iria experimentar uma nova mota, que tinha in-tervencionado durante a se-manada toda. O acidente dá-se na zona de mato da loca-lidade de Pucariça, tal como conta ao JA o jovem: “A ideia era experimentar a minha nova mota e durante cerca de cinco minutos dei umas voltas. O acidente deu-se no regresso para casa. Sei que não ia com muita velocidade, mas o despiste aconteceu. Quando dei conta estava a metros de distância da mota já caído no chão. Quando ten-tei levantar-me não consegui, não conseguia mexer nada da cintura para baixo. Tive logo noção do que tinha aconte-cido e pedi ajuda.”

A partir deste momento, a vida de Filipe Pedro mudou, bastaram uns segundos para que tudo o que era certo se

tivesse tornado numa incer-teza constante. Filipe Pedro foi assistido no hospital de São José, em Lisboa, onde foi ope-rado. A operação não resol-veu a paralisia que o acidente lhe provocou. O jovem sofreu uma fratura total na medula e uma série de outros proble-mas de âmbito pulmonar.

Há cerca de um mês, Fi-lipe Pedro encontra-se inter-nado no hospital de Abrantes e apenas aguarda uma vaga na Clínica de Reabilitação de Alcoitão, onde terá uma pri-meira consulta no dia 3 de ju-nho. O ingresso nesta clínica não é uma tarefa fácil, “o pro-cesso burocrático é muito mo-roso” mas, neste momento, é “tudo o que quero.”

Ao fim de dois meses, Fi-lipe Pedro admitiu que sem o apoio de todos, família e ami-gos, não teria conseguido ul-trapassar esta fase penosa da sua vida.

Em solidariedade com o jo-vem, a Comissão de Melho-ramentos de Pucariça está a promover uma campanha su-bordinada ao tema “Viver sem

Limites” que está disponível, em vários espaços comerciais da freguesia de Rio de Moi-nhos e na cidade de Abran-tes. O objetivo é a recolha de um maior número de tampas, embalagens de shampoo, amaciador, gel banho, emba-lagens de detergentes, copos e garrafas de iogurtes, caricas, etc. O valor irá reverter para a Comissão de Melhoramentos de Pucariça que, por sua vez, irá adquirir os equipamen-tos ortopédicos e de fisiote-rapia necessários para o dia a dia de Filipe Pedro. Para além da campanha de recolha es-tão a ser desenvolvidas ou-tras ações solidárias. Exemplo disso é já no próximo dia 10 de junho onde vai acontecer um almoço solidário no salão da Associação de Moradores de Abrançalha de Baixo.

Ao fim de dois meses, Fi-lipe Pedro admitiu que tem esperança de um dia voltar a ter uma vida normal, enten-dendo esta fase como uma nova etapa da sua vida…

Joana Margarida Carvalho

Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publica-ção, que por Escritura de Justifi cação, lavrada no dia dezanove de Maio de dois mil e catorze a folhas trinta e três, do Livro de escrituras diversas número Trinta e Seis –G, Joaquim Machado e mulher Rosa da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Barca, número 44, freguesia das Fontes, concelho de Abrantes, contribuintes fi scais número 106 955 535 e número 141 508 078, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios todos não descritos no registo predial a que atribuem valor igual ao patrimonial:

Sitos na freguesia de Carvalhal, do concelho de Abrantes:Um: Rústico, composto de pinhal, com área de cinco mil e quarenta metros quadrados, deno-

minado “Vale da Zebra”, inscrito na matriz sob o artigo 11, secção AA, com o valor patrimonial IMT de 378,46€, a confrontar do Norte, com Rogério Manuel Machado Mendes, do Sul, com Olinda Rosa Machado Alves, do Nascente, com Maria Rosa Mendes Pedro, e, do Poente, com António Mendes e outro; Dois: Rústico, composto de cultura arvense, pastagem ou pasto e pinhal, com a área de quinhentos e vinte metros quadrados, denominado “Vale da Zebra”, sito na dita freguesia de Carvalhal, inscrito na matriz sob o artigo 28, secção AA, com o valor patrimonial IMT de 8.88€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Olívia da Conceição Machado, do Sul, com Maria do Rosário, do Nascente, com Joaquim Francisco Machado, e, do Poente, com herdeiros de Vicente Machado;

Sitos no Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, do Concelho de Abrantes:Três: Rústico, composto de mato e pinhal, com a área de quinhentos e vinte metros quadrados,

denominado “Corga do Boi”, inscrito na matriz sob o artigo 9, secção BZ (teve origem em artigo com o mesmo número e secção da extinta freguesia do Souto, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial IMT 1,51€, a confrontar, do Norte, com albufeira da barragem do Castelo de Bode, do Sul com José Ganhão júnior, do Nascente com herdeiros de Manuel António Missio-nário e herdeiros de Manuel Pedro Júnior, e, do Poente com Joaquim Machado e herdeiros de Vicente Machado;

Quatro: Rústico, composto de cultura arvense de regadio, mato e sobreiros, com a área de setecentos e sessenta metros quadrados, denominado “Vale dos Brejos”, inscrito na matriz sob o artigo 78, secção CC (teve origem em artigo com o mesmo número e secção da extinta freguesia do Souto, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial IMT 121.69€, a confrontar, do Norte, com António dos Santos, do Sul, com João da Conceição Pedro, do Nascente com Maria João Pratas e Silva e outro, e do Poente com José Dias Gaspar e outro e herdeiros de Manuel Machado Júnior;

Prédios sitos na freguesia de Fontes, concelhos de Abrantes:Cinco: Rústico, composto de pinhal, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados,

denominado “Sabrosa”, inscrito na matriz sob o artigo 12, secção AD, com o valor patrimonial IMT 166,71€, a confrontar, do Norte, com Francisco Nazaré Lopes, do Sul, com Maria do Rosário Pires Lopes, do Nascente, com estrada, e do Poente, com herdeiros de Eliseu Rosa Morgado: Seis: Rústico composto de olival e cultura arvense em olival, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, denominado “Barroca”, inscrito na matriz sob o artigo 27, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 66,11€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Rosa Benvinda, do Sul, e, do Poente, com herdeiros de António Maria Soares e de Manuel Maria Soares, do Nascente, com herdeiros de Rosa Benvinda; Sete: Rústico, composto de pinhal, com a área de quatrocen-tos e oitenta metros quadrados, denominado “Fonte do Carvalho”, inscrito na matriz sob o artigo 82, secção AQ, com o valor patrimonial IMT de 35,99€, a confrontar, do Norte com José Maria

Alves e outros, do Sul, com António Machado e outros, do Nascente, com Adelino do Rosário Machado, e do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Oito: Rústico, composto de mato e oliveiras, com a área de oitenta metros quadrados, denominado “Rocha Cimeira”, inscrito na matriz sob o artigo 87, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 9,04€, a confrontar, do Norte, com albufeira da barragem de Castelo de Bode, do Sul, com herdeiros de Maria dos Santos, do Nascente, com herdeiros de Manuel Soares Machado, e, do Poente, com Rosário Maria Pimenta Passarinho Soares; Nove; Rústico, composto de pinhal, com a área de mil e duzentos metros quadrados, denominado “Sanguinheira”, inscrito na matriz sob o artigo 93, secção AS, com o valor patrimonial IMT de 90,21€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Joaquim Vicente, do Sul, com António Pedro, do Nascente, com Ernesto Maria Teodoro, e, do Poente, com herdeiros de José Pedro; Dez: Rústico, composto de pinhal, com a área de mil setecentos e sessenta metros quadrados, denominado “Salgueirinho”, inscrito na matriz sob o artigo 96, secção AE, com o valor patrimonial IMT de 132.23€, a confrontar, do Norte, com Celeste Rosa Louro e outros e Manuel Rosa Serras, do Sul, com herdeiros de Manuel Maria Soares e de José Manuel Pedro, do Nascente, com António Manuel e herdeiros de Maria Rosa Alves, e, do Poente, com Manuel Rosa Serras e herdeiros de António Filipe; Onze: Rústico, composto de pinhal, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, denominado “Vale das Barrocas”, inscrito na matriz sob o artigo 98, secção BE, com o valor patrimonial IMT de 35,99€ a confrontar do Norte com herdeiros de Maria Jacinta, do Sul, com Maria de Jesus, do Nascente com herdeiros de João do Rosário Rodrigues e Francisco Nazaré Lopes, e, do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Doze: Rústico, composto de pinhal, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, de-nominado “Vale das Barrocas”, inscrito na matriz sob o artigo 100, secção BE, com o valor patrimonial de 12,05€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Maria Jacinta, do Sul, com Maria de Jesus, do Nascente, com herdeiros de Vicente Machado, e do Poente, com Francisco Nazaré Lopes; Treze: Rústico, composto de eucaliptal, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, denominado “Carrapatoso”, inscrito na matriz sob o artigo 105, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 22,59€, a confrontar, do Norte, com António Machado Soares, do Sul, com Maria dos Anjos Rosa Machado, do Nascente, com Maria de jesus Rosa Machado, e do Poente, com estrada; Catorze: Rústico, composto de olival, com a área de oitocentos metros quadrados, denominado “Barro”, inscrito na matriz sob o artigo 109, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 85,69€, a confrontar, do Norte, e, do Poente, com Maria dos Anjos Rosa Machado, do Sul, com albufeira da Barragem de Castelo de Bode, e, do Nascente, com Adelino do Rosário Machado; Quinze: Rústico, composto de Olival, com a área de trezentos e vinte metros quadrados, denominado “Ladeira dos Castanheiros”, inscrito na matriz sob o artigo 119, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 19,58€, a confrontar, do Norte, com albufeira da Barragem de Castelo de Bode, do Sul, com herdeiros de Manuel Maria Soares e de Maria de Jesus Oliveira Soares, do Nascente, com Francisco Nazaré Lopes, e, do Poente, com herdeiros de Salvador Pedro; Dezasseis; Rústico, composto de cultura arvense, mato e oliveiras, com a área de mil quatrocentos e quarenta metros quadrados, denominado “Outeiro da Malhadeira”, inscrito na matriz sob o artigo 171, secção AP, com o valor patrimonial IMT de 25,60€, a confron-tar, do Norte, com herdeiros de Vicente Machado, do Sul, com Luísa Mendes Antunes e Ilda do Rosário Machado Mendes, do Nascente, com herdeiros de Manuel Fernando Rosa Machado e Manuel Mendes Antunes, e, do Poente, com Adriano da Silva Pedro e Mário do Rosário Rodrigues; Dezassete: Rústico, composto de mato, Oliveiras e cultura arvense, com a área de seiscentos e oitenta metros quadrados, denominado “Vale do Sapo”, inscrito na matriz sob o artigo 214, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 72,14€, a confrontar, do Norte com António Rosa Pedro, do Sul com Mário Maria Pires, do Nascente com Maria dos Anjos Rosa Machado, e do Poente, com António Pedro Rosa; Dezoito: Rústico, composto de olival, com a área de duzentos metros

quadrados, denominado “Milharada”, inscrito na matriz sob o artigo 280, secção BT, com o valor patrimonial de 6.02€, a confrontar do Norte, com Rogério Manuel Machado Mendes, do Sul, com albufeira da barragem de Castelo de Bode e Manuel Francisco, do Nascente, com albufeira do Castelo de Bode e Adelino António Brunheta, do Poente, com Benvinda Francisca Machado; Dezanove: Rústico, composto de cultura arvense, cerejeiras e oliveiras, com a área de cento e sessenta metros quadrados, denominado “Milharada”, inscrito na matriz sob o artigo 284, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 66,11€, a confrontar, do Norte, com Adelino António Brunheta, do Sul, com herdeiros de Vicente Machado, do Nascente, com a estrada, e, do Poente, com al-bufeira da barragem de Castelo de Bode; Vinte: Rústico, composto de Mato, cultura arvense de regadio, oliveiras, e, pessegueiros, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, de-nominado “Água Ferral”, inscrito na matriz sob o artigo 295, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 45,03€, a confrontar, do Norte, com Florinda Rosa Machado, do Sul, com albufeira da barragem de Castelo de Bode e Leonor Francisco Machado Cardiga, do Nascente, com Maria Francisca Machado, e, do Poente, com estrada pública; o certo porém é que os justifi cantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à sua posse: aqueles descritos nas verbas Três, Quatro, Cinco, Onze, Doze e dezassete, por partilha verbal com os outros co-herdeiros e interessados na herança aberta por óbito dos sogros e pais dos ora justifi cantes, José Lopes e mulher Maria da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e setenta e oito; aqueles outros descritos nas verbas Um, Dois, Seis, Sete, Oito, Dez, Catorze, Quinze, Dezasseis, e, Vinte por doação verbal dos pais do justifi cante marido Basílio Machado e mulher Maria Francisca, casados sob o regime da co-munhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sen-sivelmente no ano de mil novecentos e sessenta e dois; o prédio descrito na verba Treze, por compra e venda verbal a Manuel Machado e mulher Maria da Conceição Mendes; casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Cabeça Ruiva, na indicada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e oitenta e nove; o prédio descrito na verba Nove, por compra e venda verbal a António Filipe e mulher Joaquina do Carmo, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na indicada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e setenta e quatro; e, os prédios descritos nas verbas Dezoito e Dezanove, por compra e venda verbal a Manuel António Brunheta e mulher Deolinda dos Santos, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na mencionada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e oitenta e nove. Não obstante isso, vêm todos os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justifi cantes, há mais de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbravando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exer-ceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífi ca, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justifi cantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.Abrantes, dezanove de Maio de dois mil e catorze.A Notária,Joana de Faria Maia(Jornal de Abrantes n.º 5520 edição de junho 2014)

CARTÓRIO NOTARIALJoana de Faria Maia, Notária

EXTRACTO

Uma nova etapa de vida

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34 JUNHO 2014CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

“Ofícios Tradicionais” é o tema do Concurso de Fotogra-fi a Padre João Maia, organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei e Centro de Estudos Padre João Maia. O prazo fi nal para a entrega de trabalhos é no dia 4 de Ju-lho, sendo que as três fotografi as eleitas pelo júri serão premiadas com 150€, 100€ e 50€, respetivamente.

A oitava edição do concurso tem como objetivos prin-cipais a promoção e divulgação do concelho de vila de Rei, na difusão das suas potencialidades turísticas, cul-turais e etnográfi cas. Mais informações através do con-tacto telefónico 274890000.

Concurso de Fotografi a em Vila de Rei subordinado ao tema “Ofícios Tradicionais”

AbrantesAté 25 de junho – Exposição “Abrantes, 40 anos depois de abril” e “Os rapazes dos tanques”, de Alfredo Cunha – Biblioteca Municipal António BottoAté 30 de junho – Exposição de arquitetura “Raúl Lino em Abrantes” – Arquivo Municipal Eduardo CamposAté 4 de julho – Exposição “Provas de Contacto” de José Guimarães – quARTel – Galeria Municipal de Arte12 a 15 de Junho - Festas da Cidade de Abrantes – Animação, artesanato, exposições

ConstânciaAté 10 de junho – Exposição “À Volta de…”, fotografi a de Pedro Sousa e Maria Isabel Clara – Posto de Turismo, 10h às 18h, sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18h7 a 10 de junho – XIX Pomonas Camonianas10 de junho – Feira de Antiguidades e Velharias – Praça Alexandre Herculano e Avenida das Forças Armadas, das 10h às 19h

SardoalAté 26 de julho – Exposição “Álbum de Família”, fotografi a de Nelson D´Aires – Centro Cultural Gil Vicente27, 28 e 29 de junho – Festa dos Santos Populares – Cadeia Velha 11 e 12 de julho – Teatro “O Cornudo Imaginário” pela [In]quietARTe – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30

Mação 7 e 28 de junho – Feiras de Artesanato, workshop de renda, pinturas faciais, concertos no jardim com Canto Firmo de Tomar e Firmação – Largo dos Bombeiros, a partir das 9h28 e 29 de junho, 4, 5 e 6 de julho – Feira Mostra 2014 com David Carreira, Lucky Duckies, Ana Moura, mostra de artesanato, gastronomia, exposições, feira do livro

Vila de Rei A t é 2 3 d e j u n h o – Exposição/Mural alusivo à família – Museu Municipal de Vila de Rei 6 e 7 de junho – Festival Rock na Vila com Mind a Gap, Tara Perdida, Martim, entre outros – Parque de Feiras, entrada gratuita

Vila Nova da Barquinha7 de junho – Ciclo de palestras sobre património: “As raízes entre um SIG e um Inventário”, por Artur Duarte – Centro Cultural, 17h 12 a 15 de junho – 28.ª Feira do Tejo – Festas do Concelho – Parque Ribeirinho 12 a 15 de junho – Exposição de trabalhos de pintura e fotografia dos alunos do Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC) – CEAC A partir de 12 de junho – Exposição dos alunos finalistas do Curso de Artes Plásticas do IPT – Galeria do Parque

AGENDA DO MÊS

Alguma da obra mais relevante de José de Guimarães está em exposição na QuARTel – Galeria Municipal de Abrantes até ao próximo dia 4 de julho. O trabalho do artista abarca um arco temporal de cinquenta anos, englo-bando um conjunto muito diversifi cado de obras que dão corpo a uma produção de ima-gens realizadas por transferência. Trata-se de uma exposição que reúne um conjunto alar-gado de técnicas de produção de imagem que vão desde o stencil ao digital.

“Provas de Contacto”, de cariz antológico e que foi originalmente inaugurada no Centro Internacional de Artes José de Guimarães, destaca o trabalho de José de Guimarães na

GRAVURA – Sociedade Cooperativa de Gra-vadores Portugueses, refl etindo os anos em que o artista se encontrava em Luanda e, mais tarde, já em Portugal, em que produz uma sé-rie de trabalhos de cariz mais político.

O escultor e pintor nasceu em Guimarães em 1939. Formou-se em Engenharia na Aca-demia Militar, mas cedo se dedicou exclusiva-mente às artes. Desde 1976, participa em ex-posições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, tendo sido, em 1999, conce-dido o grau de Comendador da Ordem do In-fante D. Henrique. A Galeria Municipal de Arte de Abrantes está aberta ao público de terça a sábado das 10h às 13 e das 14h às 18h.

As “Provas de Contacto” de José de Guimarães na Galeria de Arte de Abrantes

d

O Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, recebe a expo-sição “Álbum de Família” en-tre 31 de maio e de julho. Da autoria de Nelson D’Aires, a mostra de fotografi a insere-se num projeto da Bolsa Es-tação Imagem 2012 que visa homenagear António Gon-çalves Pedro, natural de Ca-beça das Mós, Sardoal, mais conhecido como o “Fotógrafo de Mora”.

A partir do livro “António Gonçalves Pedro, Fotógrafo de Mora” (Mora, 2013), da au-

toria de Luís Vasconcelos, o fo-tógrafo Nelson D’Aires sentiu a necessidade de desafiar a memória e encontrar, no pre-sente, as pessoas retratadas no livro e de fotografá-las no momento atual, nos seus am-bientes e nas circunstâncias de vida. Para Nelson D’Aires “não ter conhecido pessoalmente em vida António Gonçalves Pedro é uma fissura perma-nente em qualquer pesquisa que tente fazer sobre a sua obra”, acrescentando que, du-rante o trabalho de pesquisa,

“eu já não era o fotógrafo que pedia informações mas tam-bém alguém que informava e que recontava notícias de quem se perdeu o rasto no decorrer dos anos.”

Nelson D’Aires nasceu em Vila do Conde, em 1975. For-mado na área da construção civil como técnico de obras, abandonou esta actividade no final de 2005, para se es-tabelecer como fotógrafo in-dependente. No seu currículo conta com participações in-dividuais e coletivas em ex-posições nacionais e inter-nacionais e venceu diversos prémios na área do fotojorna-lismo. É membro do coletivo Kameraphoto, onde desen-volve trabalhos coletivos (ex-posições e livros) e colabora regularmente com publica-ções em reconhecidos peri-ódicos.

Livro de fotografi a inspira trabalho de Nelson D’Aires em exposição no Centro Cultural de Sardoal

d GRAVURA S i d d C ti d G

Page 35: Jornal de abrantes junho 2014

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35JUNHO 2014 PUBLICIDADE

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

CARTÓRIO NOTARIALJoana de Faria Maia, Notária

EXTRACTOJoana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número

248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que por Escritura de Justifi cação, lavrada no dia dezanove de Maio de dois mil e catorze a folhas trinta e seis, do Livro de escrituras diversas número Trinta e Seis –G, Joaquim Machado e mulher Rosa da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Barca, número 44, freguesia das Fontes, concelho de Abrantes, contribuintes fi scais número 106 955 535 e número 141 508 078, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios todos não descritos no registo predial a que atribuem valor igual ao patrimonial:

Um: Rústico, composto de fi gueiras, horta e oliveiras, denominado “Hortinha”, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito na freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 40, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 36,14€, a confron-tar do Norte, com herdeiros de António Maria Soares e António Machado, do Sul com Joaquim Machado, do Nascente, com herdeiros de António Maria Soares, e do Poente, com Joaquim Machado e outro; Dois: Rústico, composto de Olival, denominado “Lanceiros/Lanceiras”, com a área de mil setecentos e sessenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 50, secção AO, com o valor patrimonial IMT de 43,52€, a confrontar do Norte, com caminho, do sul, com estrada pública, do Nascente, com Manuel do Rosário Machado, e, do Poente, com Maria de Jesus Portela e Maria da Conceição Piedade Alves; Três: Rústico, composto de fi gueiras, macieiras, olival, e cultura arvense em olival, denominado “Hortinha”, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, sito na referida freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 74, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 76,66€, a confron-tar do Norte, e, do Nascente, com herdeiros de Manuel Soares Machado, do Sul, com herdeiros de Manuel Soares Machado, e, do Poente, com Joaquim Machado; Quatro: Rústico, composto de cultura arvense, oliveiras e pinhal, denominado “Estaquitas”, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 81, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 52,56€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Rosa Benvinda, do Sul, com Maria dos Anjos Rosa Machado, do Nascente, com herdeiros de Maria dos Santos, e, do Poente, com Luísa Maria Pires; Cinco: Rústico, composto de olival, horta e pessegueiros, denominado “Engarnal”, com a área de mil quinhentos e sessenta metros quadrados, sito na referida freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 151, secção BT, com o valor patrimonial de IMT de 100,60€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Maria dos Santos e Maria dos Anjos Rosa Machado, do Sul, com Isidro Morgado Soares, do Nascente, com herdeiros de Lucília Luísa Passarinho, e, do Poente, com Luísa Maria Pires e herdeiros de José da Silva Aparício; Seis; Rústico, composto de pinhal, cultura arvense e oliveiras, denomi-nado “Outeiro do Choupo, com área de mil e quatrocentos metros quadrados, sito na referida freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 167, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 82,68€, a confrontar do Norte, com herdeiros de António Maria Soares, do Sul, com Olímpio Rosário Machado, do Nascente, com Joaquim Machado e António Pedro Rosa, e, do Poente, com Maria dos Anjos Rosa Machado; Sete: Rústico, composto de mato e oliveiras, denominado “Cabeço da Fonte”, com área de mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 175, secção BU, com o valor patrimonial IMT de 16,57€, e, a confrontar do Norte, com Ilda do Rosário Machado Mendes, do Sul, com Joaquim do Carmo Brunheta, do Nascente, com Joaquim Machado, e, do Poente, com Olinda do Rosário Machado Pimenta; Oito: Rústico, composto de Pinhal, denominado “Carregal”, com área de Oitocentos e oitenta metros quadrados, sito na mencionada freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 182, secção AR, com o valor patrimonial IMT de 66,11€, a con-frontar do Norte, com Francisco Maria Pires, do Sul, com José Alves Pedro, do Nascente, com Francisco Nazaré Lopes, e, do Poente, com Luísa Maria da Conceição; Nove: Rústico, composto de Olival, denominado “Vinha Grande”, com a área de mil seiscentos e quarenta metros qua-drados, sito na freguesia indicada das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 211, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 93,22€, a confrontar do Norte, com António Pedro Rosa, do Sul, com herdeiros de Manuel Soares Machado Júnior e Albufeira da Barragem de Castelo de Bode, do Nascente, com António Pedro Rosa e herdeiros de Maria Luísa Passarinho, e, do Poente, com Maria do Rosário Pires Lopes; Dez: Rústico, composto de cultura arvense, fi gueiras, oli-veiras e pastagem artifi cial permanente, denominado “Ladeira das Figueiras”, com a área de novecentos e sessenta metros quadrados, sito na mencionada freguesia das Fontes., inscrito na matriz sob o artigo 220, secção AP, com o valor patrimonial IMT de 73,64€, a confrontar do Norte, com Clementina do Carmo Santos Pedro, do Sul, com Olinda do Rosário Machado Pi-menta, do Nascente, com estrada pública, e, do Poente, com José Aparício do Carmo Pedro; Onze: Rústico, composto de cultura arvense e oliveiras, denominado “Vinha da Balsa”, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito na mencionada freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 293, secção AP, com o valor patrimonial IMT de 39,01€, a con-frontar do Norte, com Carla Rodrigues Aparício, do Sul, com Olívia Maria Pires e Manuel de Jesus Rosa, do Nascente, com Olívia Maria Pires, e, do Poente, com Joaquim Francisco Ma-chado; Doze: Rústico, composto de mato, pinhal, cultura arvense e fi gueiras, denominado “Cavadinhas”, com área de três mil seiscentos e oitenta metros quadrados, sito na dita fregue-sia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 334, secção BU, com o valor patrimonial IMT de 35,99€, a confrontar do Norte, com estrada pública e herdeiros de Maria dos Santos, do Sul, com caminho, do Nascente, com herdeiros de Maria dos Santos, e, do Poente com Arlindo do Rosário Rodrigues; Treze: Rústico, composto de cultura arvense de regadio e oliveiras, deno-minado “Ribeira do Souto”, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito na União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes (teve origem no mesmo artigo e secção da extinta freguesia de Souto, concelho de Abrantes), inscrito na matriz sob o artigo 181, secção BZ, com valor patrimonial IMT de 25,60€, a confrontar do Norte, com herdeiros de José André, do Sul, com herdeiros de Manuel Rodrigues Amaro e Josefi na Maria Genoveva Pimenta, do Nascente, com Josefi na Maria Genoveva Pimenta, e, do Poente, com herdeiros de Aurora Maria; Catorze: Rústico, composto de cultura arvense e oliveiras, e, dependência deno-minado “Bico da Cevada”, com a área de trezentos e vinte metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 386, secção BZ, com o valor patrimonial IMT de 43,52€, sito na referida União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, (teve origem no mesmo artigo e secção da extinta fre-guesia de Souto, concelho de Abrantes), a confrontar do Norte, do Nascente, e, do Poente, com José António Joaquina Passarinho, e, do Sul, com herdeiros de Francisco José. O certo porém é que os justifi cantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os prédios referidos nas verbas Um, Dois, Três, Seis, Sete, Dez, Onze, e, Doze, aos quais vieram à sua posse doação verbal, dos pais do justifi cante marido, Basílio Machado e Maria Francisca, ca-sados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas cerca de do ano de mil novecentos e sessenta e dois; e os restantes prédios, vieram á sua posse por partilha verbal com os outros co-herdeiros aberta por óbito de José Lopes e mulher Maria da Nazaré, sogros e pais dos ora justifi cantes, residentes que foram em Carrapatoso, freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, em data que não podem precisar, mas sensivelmente no ano de mil novecentos e sessenta e oito. Não Obstante isso, vêm os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justifi cantes, há mais de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífi ca, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas caracterís-ticas de tal posse, os justifi cantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.Abrantes, dezanove de Maio de dois mil e catorze.A Notária, Joana de Faria Maia(Jornal de Abrantes n.º 5520 edição de junho 2014)

CARTÓRIO NOTARIALJoana de Faria Maia, Notária

Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que por Escritura de Justifi cação, lavrada no dia dezanove de Maio de dois mil e catorze a folhas cinquenta e duas, do Livro de escrituras diversas número Trinta e Seis –G, Joaquim Machado e mulher Rosa da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Barca, número 44, freguesia das Fontes, concelho de Abrantes, contribuintes fi scais número 106 955 535 e número 141 508 078, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios todos não descritos no registo predial a que atribuem valor igual ao patrimonial:

Um: Rústico, composto de Olival, com área de trezentos e vinte metros quadrados, deno-minado “Vinha do Rio”, sito na freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 8, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 19,58€, a confrontar do Norte, com herdeiros de António Maria Soares, do Sul, com herdeiros de Rosa Benvinda, do Nascente, com herdeiros de Maria dos Santos, e, do Poente, com herdeiros de António Maria Soares e de Maria dos Santos; Dois: Rústico, composto de cultura arvense, fi gueiras e oliveiras, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, denominado “Alqueire”, sitio na indicada freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 66, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 30,12€, a confrontar do Norte, e do Nascente, com herdeiros de João do Rosário Rodrigues, do Sul, com Manuel do Rosário Soares, e do Poente, com herdeiros de Manuel Maria Soares; Três: Rústico, composto de mato, cultura arvense e oliveiras, com a área de mil duzentos e quarenta metros quadrados, denominado “Vale Covo”, sito na indicada freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 177, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 60,09€, a confrontar do Norte, e, do Sul, com Joaquim Machado, do Poente, com Joaquim Machado e herdeiros de Vicente Machado, e, do Nascente, com Joaquim Machado e Maria dos Anjos Rosa Machado; Quatro: Rústico, composto de Mato, cultura arvense e oliveiras, com a área de mil duzentos e oitenta metros quadrados, denominado “Vale Covo”, sito na dita freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 178, secção BT, com valor patrimonial IMT de 60,09, a confrontar do Norte, com Joaquim Machado, do Sul e do Poente, com herdeiros de Vicente Machado, e, do Nascente, com Joaquim Machado e Maria dos Anjos Rosa Machado; Cinco: Rústico, composto de cultura arvense, oliveiras e horta, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, denominado “Bacelo”, sito na mencionada freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 194, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 51,05€, a confrontar do Norte, com José Lopes e herdeiros de Vicente Machado, do Sul, com albufeira da barragem de Castelo de Bode, do Nascente, com José Lopes, e, do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Seis: Rústico, composto de cultura arvense, oliveiras, cerejeiras e fi gueiras, com a área de oitocentos metros quadrados, denominado “Várzea da Horta”, sito no Souto, Uniã9o das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes (teve origem em artigo com mesma numeração e secção da extinta freguesia do Souto, do concelho de Abrantes), inscrito sob ao artigo 208, secção BX, com o valor patrimonial IMT de 141,26€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Vicente Machado, do Sul, com herdeiros de António Anacleto e José Soares, do Nascente, com José Soares e herdeiros de Vicente Machado, e do Poente, com Manuel do Rosário Machado; o certo porém é que os justifi cantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à sua posse: aqueles descritos nas verbas Dois, Cinco e Seis, por partilha verbal com os outros co-herdeiros e interessados na herança aberta por óbito dos sogros e pais dos ora justifi cantes, José Lopes e mulher Maria de Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e setenta e oito; aqueles outros descritos nas verbas Três e Quatro por doação verbal dos pais do justifi cante marido, Bazílio Machado e mulher Maria Francisca, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e sessenta e dois; o prédio descrito na verba Um, por compra e venda verbal a João Domingos e mulher Maria da Piedade, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na indicada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e oitenta e nove; não obstante isso, vêm todos os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justifi cantes, há cerca de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse essa que exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífi ca, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justifi cantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.Abrantes, dezanove de Maio de dois mil e catorze.A Notária, Joana de Faria Maia(Jornal de Abrantes n.º 5520 edição de junho 2014)

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Page 36: Jornal de abrantes junho 2014

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