jornal de abrantes edição fevereiro 2015

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REGIÃO PROTEÇÃO CIVIL ENTREVISTA Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de FEVEREIRO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5528 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO Câmara de Abrantes suspende realização da Feira de São Matias Hália Costa Santos Por estarem a decorrer obras no espaço que, em Alferrarede, habitualmente acolhe o certame, este ano não haverá Feira de São Matias. A Câmara alega que um espaço alternativo teria um encargo de cerca de 100 mil euros. Apesar de haver feirantes dispostos a comparticipar, a decisão está tomada. Pág.11 Fusão das freguesias de Abrantes em balanço Com a reorganização administrativa das freguesias, as po- pulações tiveram que habituar-se a uma nova realidade. Há quem veja vantagens numa “economia de escala” e há quem se queixe da fusão, sobretudo nos meios rurais. Pág. 4 “Canarinhos” vão manter posto em Sardoal na época de incêndios O novo quartel para a Força Especial de Bombeiros, em Al- meirim, será a nova casa dos “Canarinhos”. Esta força espe- cial deixará de estar em permanência no concelho de Sardo- al, mas a época de incêndios está salvaguardada. Pág. 13 Nelson de Carvalho passa da política para o CRIA Nelson de Carvalho apresentou a sua demissão da Assem- bleia Municipal de Abrantes e foi eleito, no dia 6 de janeiro, para o cargo de presidente da direção do Centro de Recu- peração e Integração de Abrantes (CRIA). Pág. 3

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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Page 1: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

REGIÃO PROTEÇÃO CIVILENTREVISTA

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

FEVEREIRO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5528 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

Câmara de Abrantes suspende realização da Feira de São Matias

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Por estarem a decorrer obras no espaço que, em Alferrarede, habitualmente acolhe o certame, este ano não haverá Feira de São Matias. A Câmara alega que um espaço alternativo teria um encargo de cerca de 100 mil euros. Apesar de haver feirantes dispostos a comparticipar, a decisão está tomada. Pág.11

Fusão das freguesias de Abrantes em balanço Com a reorganização administrativa das freguesias, as po-pulações tiveram que habituar-se a uma nova realidade. Há quem veja vantagens numa “economia de escala” e há quem se queixe da fusão, sobretudo nos meios rurais. Pág. 4

“Canarinhos” vão manter posto em Sardoal na época de incêndios O novo quartel para a Força Especial de Bombeiros, em Al-meirim, será a nova casa dos “Canarinhos”. Esta força espe-cial deixará de estar em permanência no concelho de Sardo-al, mas a época de incêndios está salvaguardada. Pág. 13

Nelson de Carvalho passa da política para o CRIA Nelson de Carvalho apresentou a sua demissão da Assem-bleia Municipal de Abrantes e foi eleito, no dia 6 de janeiro, para o cargo de presidente da direção do Centro de Recu-peração e Integração de Abrantes (CRIA). Pág. 3

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2 FEVEREIRO 2015ABERTURA

Descodifi car a nova realidade

Já muito se disse, nomeadamente nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social regionais e nacionais, sobre o caso da cidadã abrantina a quem foi retirado o Rendimento Social de Inserção, supostamente por causa de um comentário que colocou no facebook. Parecia que ia para o estrangeiro, mas argumenta que apenas se estava a preparar para uma operação.

Embora o Instituto de Segurança Social agora alegue que o subsídio foi retirado pelo facto de a senhora não ter concluído nenhuma das ações de formação que frequentou, o certo é que, generalizando a questão, está em causa a utilização que damos às redes sociais. A facilidade com que comunicamos e a rapidez com que o fazemos (às vezes sem refl etir o necessário) dá origem a casos ridículos, mas pode também resultar em viragens, sem retorno, nas nossas vidas. E esta realidade não é necessariamente má. É assim. Temos que aprender a viver com ela.

Não podemos viver estes tempos com os mesmos enquadramentos com que vivíamos há 10, 20 ou 30 anos. São tempos diferentes e, por isso, também os julgamentos que fazemos daquilo que lemos ou que vemos terão que ser diferentes.

A partilha pública da vida privada pode até ter aspetos positivos, se pensarmos nos casos de solidariedade que frequentemente se desenvolvem nas redes sociais. Pode, também, servir de alerta, de sensibilização e de prevenção. Basta pensar em temas tão diferentes como o ‘bullying’ ou as técnicas de assaltos a casas.

O que faz falta é formar para esta nova realidade. E, em primeira instância, ter, nas instituições e nas entidades empregadoras, profi ssionais que saibam descodifi car esta nova realidade.

Hália Costa Santos

IDADE? 30 anosNATURALIDADE / RESIDÊNCIA? Nasci em São Miguel do Rio Tor-to, e vivo em TramagalPROFISSÃO? Triatleta/Professor NataçãoUMA POVOAÇÃO? NazaréUM CAFÉ? Qualquer um que seja à beira mar

PRATO PREFERIDO? Esta é a pergunta mais difícil… não tenho um predileto, mas não resisto a uma farinheira as-sada, por exemplo.UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Ilhas do mediterrâneo, num cru-zeiro.UM DISCO? Qualquer um dos QueenUM FILME? “The Vow”UMA VIAGEM? Maui, HawaiiUMA FIGURA DA HISTÓRIA?Ayrton Senna. Morreu ainda eu era muito jovem, mas lembro-me perfeitamente de o ver cor-rer e da sua atitude. É impressio-nante como hoje em dia ainda é relembrado.UM MOMENTO MARCANTE?Sem contar com o nascimento da minha fi lhota, claro, talvez o

momento antes da partida no campeonato do mundo x-terra no Hawaii. Foi um sonho reali-zado, e “lutei” muito para estar ali presente, ao lado dos melho-res dos melhores. O helicóptero a poucos metros, a ondulação a tocar nos pés, o ambiente.... Vou recordar aquele momento para sempre.

UM PROVÉRBIO? Os cães ladram e a caravana passa.

UM SONHO? Ver sempre a minha fi lhota sorrir dia após dia...o resto vai aconte-cendo...apenas desejo uma vida normal com saúde.

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Aproveitar melhor o Castelo de Almourol e a albufeira do Caste-lo do Bode.

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

[email protected]

ColaboradoresAlves Jana, André Lopes

e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António VieiraImpressão

Grafedisport, S.A.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179jornaldeabrantes

@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária

Media On - Comunicação Social, Lda.

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Rebelo dos Santos,

Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho

[email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Lena Comunicação SGPS, S.A.

jornal abrantesde

Maria Luísa Alves48 anos, Rossio ao Sul do Tejo

Empregada de Balcão

“Penso que essencialmente para as pessoas mais idosas não é benéfico. Têm que se deslo-car muitas vezes para tratar dos seus assuntos e, muitas vezes, sem carro ou meios de trans-porte para o fazer.”

José Alves76 anos, São Miguel do Rio Torto

Reformado

“Penso que em alguns serviços fi cou muito mais complicado. Ti-vemos de nos unir para não nos tirarem a Junta daqui. Já tiraram a médica, a farmácia e agora se nos tirarem a Junta, para onde íamos e como?”

José Fundeiro91 anos, São Facundo

Reformado

“Eu penso que foi boa a deci-são da junção das freguesias. As ruas até andam muito mais lim-pas e organizadas.”

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

EDITORIAL

SUGESTÕES

Octávio Vicente

Há cinema em Abrantes, a divulgação e promoção é que deixa a desejar.Última visualização (19-01-2015)

Após um ano da junção de freguesias no concelho de Abrantes, qual é o balanço que faz?

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3FEVEREIRO 2015 ENTREVISTA

NELSON DE CARVALHO PASSA DA POLÍTICA PARA O CRIA, UMA INSTITUIÇÃO SOCIAL

“Estas instituições representam que há um coração num mundo desenfreado”Nelson Augusto Marques de Carvalho, 60 anos de ida-de, ex-presidente da Câma-ra Municipal e ex-presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, foi eleito no dia 6 de janeiro presidente da dire-ção do Centro de Recupera-ção e Integração de Abrantes (CRIA), instituição fundada em julho de 1976. Nelson de Carvalho substitui no cargo Humberto Lopes, num man-dato válido para um período de quatro anos.

JOANA MARGARIDA CARVALHO

Porquê esta vontade de as-sumir o cargo desta institui-ção social do concelho?

Verdadeiramente a iniciati-va não foi minha, não é que eu tivesse este cenário fora da minha cabeça, mas provavel-mente para mais tarde. O Dr. Humberto Lopes demonstrou a sua vontade em sair. Abriu um período eleitoral e acabou por falar comigo. Eu ainda es-tive um pouco hesitante, mas há convites que acho que te-mos dizer que sim e as IPSS ´s fazem um trabalho que eu admiro. Há muita gente a dar o melhor de si para manter estas casas abertas, são ver-dadeiras causas nobres. Vive-mos num mundo onde as fi -nanças a competitividade en-chem os discursos de toda a gente, num mundo onde só se vê lucro e onde estas insti-tuições representam que há um coração num mundo de-senfreado. As comunidades seriam muito mais infelizes se não tivessem estas casas.

Até ainda há poucos anos as pessoas com defi ciência no concelho de Abrantes, e nos municípios envolventes, eram escondidas em casa, sem qualquer tipo de acom-panhamento especializado. Tem noção de quão difícil

seria para os cidadãos e fa-miliares viverem essa reali-dade?

Seria impossível para muitas famílias conseguirem gerir si-tuações de defi ciência sem o apoio do CRIA, seriam casos de absoluta falência das comuni-dades. O CRIA e as instituições similares asseguram a rede ne-cessária, com serviços espe-cializados, para que os seus utentes tenham uma vida com níveis de qualidade importan-tes. É um serviço para toda a comunidade, uma vez que se trata de um problema coletivo. Tem de haver respostas coleti-vas e estas instituições estão cá para dar essas respostas.

Quem é a equipa que consi-go vai liderar e conduzir os destinos da instituição?

O ex-presidente do CRIA, Humberto Lopes, assume a presidência da Assembleia Geral. Piedade Pinto e Aníbal Melo estão na direção. Bruno Tomás, Sónia Alves e Luís Sil-vério são suplentes da direção e Bento Henriques preside ao

Conselho Fiscal da instituição.

Quais são os objetivos para este primeiro ano de man-dato? E depois a longo pra-zo?

No meu entendimento, ao entrar numa instituição não se deve fazer nada num par de meses. Ao entrarmos numa instituição temos de conhecê-la primeiro, perce-ber o seu modo de funciona-mento, a sua gestão finan-ceira, de onde provêm os re-cursos, quais são os projetos em marcha. Não vamos, cer-tamente, começar nada do zero. O CRIA tem um plano es-tratégico a três anos, o nosso objetivo é cumpri-lo e, mais tarde, podemos chegar a con-clusão que temos de ajustá-lo. Mas não vamos “inventar a pólvora”, nem inventar nada de novo. Vamos ter em conta o novo quadro comunitário e tentar fi nalizar algumas insta-lações que foram iniciadas e que ainda não foram conclu-ídas, que são importantes na instituição.

O CRIA só conheceu quatro presidentes, em 39 anos de história. Depois do traba-lho desenvolvido pelo seu fundador, José Bioucas, foi um outro ex-presidente de Câmara, Humberto Lopes, presidente cessante do CRIA, a dar continuidade ao projeto, um trabalho que acompanhou mais de per-to. Como caracteriza/classi-fi ca o trabalho desenvolvi-do por Humberto Lopes?

A instituição CRIA é uma casa que tem evoluído mui-to, está a fazer apostas na ex-celência dos serviços presta-dos e isso deve-se ao trabalho do Dr. Humberto Lopes, da sua direção e à sua estrutura técnica que o acompanhou. Do ponto de vista das novas respostas sociais, o CRIA tem crescido muito, tem garantido a prestação de vários serviços numa gestão de qualidade e efi ciência.

No seu entendimento, quais são os principais desafi os que uma pessoa deve ter

em conta quando assume um cargo deste tipo, numa casa também especial pelos utentes que reúne?

Os utentes são na sua maio-ria pessoas carentes de gran-de afetividade, quando os encontramos devemos de ter uma postura disponível, conversando com eles. De-vemos de ter uma enorme sensibilidade para com os utentes conhecendo as suas potencialidades e limites, ex-plorando e desenvolvendo as potencialidades e dando-lhes realização.

Como é que as pessoas, no-meadamente os empre-sários e a sociedade civil, olham hoje para o cidadão portador de defi ciência. Têm hoje mais aceitação e oportunidades no mercado de trabalho ou ainda há um caminho a percorrer, nesse sentido?

Há sempre um longo ca-minho a percorrer, mas acho que se tem feito muito traba-lho a este nível. A sociedade portuguesa há algumas dé-cadas descobriu este mundo de pessoas com defi ciência a quem era necessário dar uma resposta, que passaram a ser tratados de modo diferente, com serviços altamente espe-cializados, num trabalho de qualidade, de inclusão e de valorização, proporcionando também o que uma socieda-de pode proporcionar. A so-ciedade civil acarinha estas instituições, mas é claro que há mais trabalho a fazer numa mobilização maior das pes-soas e entidades, por exem-plo para serem associadas nas instituições deste tipo. Esta di-reção que presido deve fazer este trabalho na procura de mais associados, que possam participar mais na vida da ins-tituição e no que ela precisa.

Renuncia ao cargo de de-putado e presidente na As-sembleia Municipal. Algu-mas dúvidas deixou. De que forma é que se tornou in-compatível conciliar a sua profi ssional com a sua vida dedicada à política? Deixa um mandato a meio com a sensação de dever cumpri-do ou com a noção de que há muito a fazer?

Eu nunca disse que havia in-compatibilidade, é uma ques-tão de opções. Porque ser pre-sidente do CRIA não é incom-patível com os cargos que tinha na Assembleia Munici-pal. Ao fi m de muitos anos em exercício na política local, apa-receram outras coisas porque a vida é mesmo assim… Eu não sou um desiludido com a vida política, pelo contrário fi z um percurso que me deixou orgulhoso. Saio com a sensa-ção que me empenhei, parti-cipei e dei o melhor de mim para a comunidade de que faço parte. Fiz em muitos casos o que era necessário fazer-se, para dar um forte contributo na melhoria das condições de habitabilidade, para termos padrões de desenvolvimen-to melhores do que tínhamos no passado, por isso acho que cumpri o meu dever. Para lá da política local, há outras coisas na comunidade onde pode-mos dar outro contributo, o CRIA é um exemplo.

Para além do CRIA, onde va-mos poder ver Nelson de Carvalho em termos de en-volvimento cívico?

Pois não sei, neste momen-to tenho o CRIA e vai dar-me alguma ocupação, em termos de envolvimento cívico é sem dúvida a minha aposta. Con-tinuarei com os meus proje-tos profi ssionais, mas em ter-mos de envolvimento com a comunidade, a minha dama hoje é o CRIA.

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• “Em termos de envolvimento com a comunidade, a minha dama hoje é o CRIA”

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4 FEVEREIRO 2015DESTAQUE

Com a reorganização ad-ministrativa das freguesias, decidida a nível central, as populações tiveram que ha-bituar-se a uma nova reali-dade. Dependendo da for-ma como esta mudança afe-tou a vida dos cidadãos, no momento de um primeiro balanço, há quem veja van-tagens numa “economia de escala” e há quem se quei-xe da fusão, sobretudo nos meios rurais.

JOANA MADEIRA, MÁRCIA GOMES E SÉRGIO ALELUIA,ALUNOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ESTA

São Vicente, São João e Alferrarede

“Temos consciência de que temos muito a melho-rar”

Pedro António de 34 anos, habitante de São João, critica a forma como a reestruturação foi pensada: “Abrantes é uma freguesia demasiado gran-de em termos de população e houve ajuntamentos que não fazem sentido.” Já Ga-briela Rosa, habitante de São Vicente, também manifesta algumas preocupações, de-fendendo que, “assim, aca-bam por não ter conhecimen-to dos problemas de cada re-gião”.

Como resultado da deci-são governamental de fun-dir freguesias, a zona urba-na de Abrantes passou a ter uma única Junta: a União de Freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede. Afastados do cen-tro histórico, onde antes exis-tiam as outras duas fregue-sias, temia-se que os habitan-tes de Alferrarede ficassem em desvantagem. Mas Bru-no Tomás, o presidente eleito para a União de Freguesias, optou por manter o atendi-mento de proximidade.

Bruno Tomás diz que “este pr imeiro ano da reestruturação foi um ano para todos de aprendizagem, tanto para o executivo da Jun-ta de Freguesia, como tam-bém para os fregueses”. Frisa que, para minimizar os efeitos da fusão de freguesias, rece-

be as pessoas “tanto na sede como nos polos”.

O polo de Alferrarede está aberto em horário normal, de segunda a sexta-feira. Paulo Gomes diz que “foi bom dei-xarem o polo (aberto), seria muito mais complicado se só fi casse São Vicente”. Isto por-que as pessoas dos Casais de Revelhos “fariam oito quiló-metros para virem à Junta e falamos de pessoas de algu-ma idade”. Mas este também é um ponto que preocupa o presidente da União de Fre-guesias, que vê o afastamen-to das autarquias locais como um ponto negativo, acredi-tando “que têm de estar o mais próximo das pessoas”.

Esta nova organização ge-ográfica ainda confunde al-guns populares, sobretudo os que não estão devidamen-te informados. Alguns con-tam que só souberam das al-terações pelos jornais. Antó-nio Bernardino, de 59 anos, denuncia as consequências das mudanças: “Tinha a Jun-ta a dois passos, agora nem sei onde hei-de ir tratar das coisas. Só há cortes e não há nada que seja feito, ou seja visto. Fazem tudo e esque-cem-se do Zé Povinho.”

Ainda em Alferrarede, no

Centro de Saúde, Diamantino Quintela, um filho da terra, garante que “agora nem as ruas têm manutenção”. Bru-no Tomás reconhece que ser um presidente a fazer o pa-pel de três, um secretário a fa-zer a função de três e um te-soureiro a fazer o trabalho de três “difi culta a chegada de re-clamações ou sugestões”. O presidente da União de Fre-guesias admite que esta ges-tão de recursos humanos e materiais nem sempre é fácil: “Temos consciência de que temos muito a melhorar e temos de procurar soluções para que isso mude.”

Rossio ao Sul do Tejo e São Miguel do Rio Torto

“Os problemas têm sido resolvidos”

“É um desafio maior, mais interessante e também mais positivo.” É assim que Luís Alves, presidente da União de Freguesias de Rossio ao Sul do Tejo e São Miguel do Rio Torto, que alberga cerca de 5000 habitantes, faz o balan-ço deste primeiro ano de jun-ção. Este responsável defen-de que “o passado é o passa-do e o caminho faz-se a olhar

para a frente”. E acrescenta: “Quando somos bairristas, não nos devemos esquecer de uma realidade maior que é a União das Freguesias.”

Domingos Ferreira Alves, habitante na freguesia de São Miguel do Rio Torto que encontrámos numa praça aparentemente abandonada pelos anos, criticou a união de freguesias, pois considera que “é o afastamento da cida-de em relação às freguesias”. Acreditando que “a vontade dessas mesmas situações é transportar as pessoas da al-deia para a cidade”, este habi-tante conclui que o desloca-mento das pessoas conduz a “uma aldeia morta”.

Já uma moradora do Ros-sio, que não se quis identifi -car, abordada num café, de-fendeu que a união “é bené-fica e todos ganham com isso. Os problemas têm sido resolvidos com a maior das atenções e empenho”. Numa paragem de autocarro, a conversar para fazer o tem-po passar, um reformado do Rossio discordava, garantin-do que para lá da linha do ca-minho de ferro, em direção a São Miguel do Rio Torto, dei-xou de haver manutenção das bermas da estrada.

Com um discurso positivo, Luís Alves, conclui: “Para o bem e para o mal, estamos a caminhar. Temos uma econo-mia de escala maior. Não in-teressa ser perfeito, interessa é ser feliz.”

São Facundo e Vale das Mós

“Não trouxe benefícios nenhuns para as pessoas”

António Campos, presiden-te da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós, explica que “os serviços estão a funcionar nas duas fregue-sias”, o que significa que se mantém um atendimento de proximidade. Mas não con-corda com a junção das fre-guesias nos meios rurais: “Se fosse em meios urbanos, até podia concordar.”

Segundo o presidente, “isto veio afastar os eleitores dos eleitos e difi cultar a vida das pessoas”. Para além de que “não trouxe benefícios ne-nhuns para a população, trou-xe foi mais trabalho para o pre-sidente da Junta. Se eu não ti-vesse a disponibilidade que tenho, teria muita difi culdade em resolver os problemas das pessoas. Ainda assim, que eu tenha dado conta, não houve

descontentamento da parte das pessoas a esta fusão.”

António Campos conside-ra que não existiu nenhuma forma diversificada de infor-mar as pessoas para tal acon-tecimento, frisando que apa-nhou “o barco em andamen-to”. Mas tem consciência de que só “quando a lei saiu é que as pessoas se apercebe-ram da agregação das fregue-sias”. Acrescenta que, desde aí, “as modificações não foram sentidas”.

A n t ó n i o R o d r i g u e s , ex-presidente da Junta de São Facundo e habitante nes-ta freguesia, continua atento ao que se passa. Revela que o que os habitantes da locali-dade tinham se mantém, mas acrescenta: “As pessoas, quan-do tiveram a intenção de fazer a fusão, deviam logo ter faleci-do porque isto só se compre-ende se for feito numa cidade, não é num meio rural.”

Alvega e ConcavadaRelativamente a esta União

de Freguesias, o Jornal de Abrantes tentou contactar o presidente da União de Alvega e Concavada, José Fe-lício, para uma entrevista. Até à data de fecho desta edição, tal não foi possível.

FUSÃO DAS FREGUESIAS DE ABRANTES EM BALANÇO, COM CONSCIÊNCIA DAS DIFICULDADES, CRÍTICAS E ASPETOS POSITIVOS

“O caminho faz-se a olhar para a frente”

• Apesar de o principal descontentamento se encontrar nas freguesias rurais, há quem reconheça vantagens na fusão

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Page 5: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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5FEVEREIRO 2015 SAÚDE

Utentes da Saúde do Médio Tejo criticam concentração de urgências num único hospitalA Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUS-MT) apontou as razões do mau funcionamento das ur-gências naquele Centro Hos-pitalar, tendo afirmado que se devem à concentração da urgência médico-cirúrgica e ao crónico subfi nanciamen-to dos hospitais.

MÁRIO RUI FONSECA

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, To-mar e Torres Novas, separa-das geografi camente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

“A concentração da urgên-cia médico-cirúrgica num único hospital”, no caso, em Abrantes, “e o crónico subfi -nanciamento dos hospitais, questões da responsabilida-de do Ministério da Saúde, são os dois constrangimen-tos de raiz que contribuem para os recorrentes proble-mas na urgência do CHMT”,

disse ao JA o porta voz da Co-missão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT).

“Em causa estão os tem-pos de espera para os aten-dimentos, em alguns casos a qualidade dos serviços pres-tados, e também o sofrimen-to a que são sujeitos alguns utentes que se deslocam às urgências, questão que co-loca em causa a dignidade (e por vezes a vida) de quem a elas recorre”, defendeu Manuel Soares.

“Protestam os utentes e familiares, pelas demoras e pelo corrupio constante en-tre as urgências básicas de Tomar e Torres Novas e a ur-gência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de percorrer dezenas e dezenas de quiló-metros, protestam os profi s-sionais por serem poucos e não terem condições de fun-cionamento, e protestam as corporações de bombeiros pelo demasiado tempo de espera pelas macas, o que põe em causa, muitas vezes, o seu serviço e a vida de pes-soas”, apontou.

Manuel Soares defendeu a “resolução urgente dos pro-

blemas de funcionamento das urgências no Médio Tejo e a nível nacional”, afi rmando “temer por um agravamento da situação devido ao anun-ciado surto da gripe”.

No hospital de Abrantes, unidade que agrega ainda as urgências dos hospitais de Tomar e Torres Novas, do Centro Hospitalar do Médio

Tejo (CHMT), os bombeiros debatem-se “de forma recor-rente” com o problema da fal-ta de macas.

Em declarações à Ante-na Livre, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, António Jesus, dis-se que as ambulâncias, e res-petiva tripulação, fi cam “reti-das no hospital por falta de

macas durante várias horas e de forma recorrente, com-prometendo o socorro às po-pulações”, situação que afi r-ma assinalar no livro amarelo, como forma de protesto.

O Conselho de Administra-ção do CHMT, através da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, dis-se, por sua vez, que, no perío-do entre o dia 1 e 4 de janeiro

de 2015, o número de aten-dimentos no Serviço de Ur-gência Médico Cirúrgica do CHMT, em Abrantes, foi “abai-xo do tempo médio de espe-ra previsto”.

“O registo foi de 607 episó-dios, com um tempo médio de espera entre a triagem e o atendimento médico de 1 hora e 23 minutos, um tem-po abaixo do tempo médio de espera previsto, inclusive para a cor verde (pouco ur-gente), do Sistema de Tria-gem de Manchester, sistema utilizado no Serviço de Ur-gência do Centro Hospitalar”.

O Conselho de Administra-ção daquele centro hospita-lar não confi rmou o encerra-mento da Unidade de Curta Duração Cirúrgica (UCDC) de Abrantes no dia 17 de janei-ro, encerramento que che-gou a estar previsto, tendo observado que, “para garan-tir o melhor funcionamento dos serviços prestados aos utentes”, foram abertos pro-cedimentos concursais para a contratação de assistentes operacionais e de enfermei-ros, números que não espe-cifi cou.

• Ambulâncias, e respetiva tripulação, fi cam “retidas no hospital por falta de macas durante várias horas e de forma recorrente”

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Centro Hospitalar reforça números de camas nos hospitais do Médio TejoO Centro Hospitalar do Mé-

dio Tejo (CHMT) anunciou o reforço do número de camas nas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres No-vas, medida que decorre da “grande afl uência de doentes às urgências” do CHMT.

O Conselho de Administra-

ção (CA) do CHMT anunciou, no dia 20 de janeiro, que 31 novas camas foram aber-tas no hospital de Abrantes, onde está concentrada a ur-gência médico-cirúrgica, ini-ciativa que “começou a ser implementada desde o perí-odo natalício e após a gran-

de afluência de doentes às urgências” do Centro Hospi-talar.

Em comunicado, a admi-nistração do CHMT afirma ter “em preparação” a aber-tura de 26 camas em Tomar e, caso sejam necessárias, numa fase posterior, mais 26

camas em Torres Novas”, no âmbito do plano de contin-gência à gripe.

“Estes recursos estão prepa-rados para serem utilizados assim que sejam necessários, para que se possam minimi-zar os constrangimentos de-correntes da eventual afl uên-

cia aos serviços de urgência, no período de pico da gripe”, pode ainda ler-se no docu-mento.

Segundo os registos do CA do CHMT, os diferentes ser-viços de urgência do Centro Hospitalar do Médio Tejo re-alizaram, desde o dia 1 de ja-

neiro, 8.488 atendimentos, e disponibilizaram ainda 15 camas ao Hospital de Santa-rém em “política de entreaju-da e apoio entre os diversos meios hospitalares existentes no distrito de Santarém”.

Page 6: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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6 FEVEREIRO 2015SAÚDE

Utentes do Médio Tejo anunciam ações populares para novas políticas de saúdeAs Comissões de Utentes da Saúde e Serviços Públicos (CUSSP) do Médio Tejo rei-teraram a “exigência de uma nova política” para a saúde, tendo anunciado o lança-mento de um abaixo-assina-do que visa recolher milhares de assinaturas.

MÁRIO RUI FONSECA

“Vamos lançar um abaixo-assinado para dar a possibi-lidade a dezenas de milhares de cidadãos do Médio Tejo de reafirmarem a exigência de uma nova organização dos serviços de saúde, e que deverá passar pela valoriza-ção dos cuidados de saúde primários, em centros e ex-tensões de saúde, e pela sua articulação com os cuidados hospitalares prestados pelos hospitais do Centro Hospi-talar do Médio Tejo (CHMT)”, disse à Antena Livre um por-ta-voz da CUSSP.

Segundo defendeu Manuel José Soares, os três hospitais do CHMT - Abrantes, Tomar e Torres Novas -, “devem ter serviços de urgência, medi-cina interna, cirurgia e pedia-tria, para além de desenvol-verem as outras valências”.

Constituído pelas unidades

hospitalares de Abrantes, To-mar e Torres Novas, separa-das geografi camente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

Em conferência de impren-sa realizada nas três cidades com hospitais, no mesmo dia e à mesma hora, a 12 de ja-neiro, a CUSSP apresentou os resultados de um ciclo de reuniões realizadas com di-versas estruturas no distri-to de Santarém, para “elen-car prioridades de ação para 2015”.

Das decisões anunciadas, a CUSSP disse que vai pedir, com caráter de urgência, reu-niões à Comunidade Inter-municipal de Médio Tejo e às autarquias, com o objetivo de “envolver os autarcas na defesa de cuidados de saú-de que respondam às neces-sidades das populações”, e estabelecer contactos com as estruturas representativas dos profissionais de saúde, com o objetivo de “estudar formas de ação comuns que tenham em vista ultrapassar os constrangimentos exis-

tentes fruto da aplicação de erradas políticas de recursos humanos”.

“As sucessivas reestrutura-ções falhadas do CHMT e do ACES Médio Tejo transforma-ram qualquer necessidade de saúde numa ‘dor de cabe-ça’ para as populações”, vin-cou Manuel Soares.

Aquele dirigente disse ain-da que a CUSSP vai solicitar reuniões à direção do Agru-pamento de Centros de Saú-de (ACES) do Médio Tejo e ao Conselho de Administra-ção do CHMT para “apresen-tar propostas concretas para uma organização dos cuida-dos de saúde que permitam respeitar os interesses das populações, poupar recursos e ter ganhos em saúde”.

As estruturas de utentes rei-teraram o propósito de “pro-mover uma organização ba-seada no princípio de cuida-dos de saúde de proximidade e qualidade”, tendo manifes-tado, ainda, a “disponibilida-de para organizar e calenda-rizar ações públicas, como reuniões com as populações, vigílias, concentrações e ou-tros protestos que sejam fa-tores de pressão junto de en-tidades responsáveis.

• Utentes querem “envolver os autarcas na defesa de cuidados de saúde que respondam às necessidades das populações”

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PCP pondera projeto de resolução em defesa dos cuidados de saúde no Médio Tejo

O deputado do PCP, An-tónio Filipe, admitiu em Abrantes estar a ponderar apresentar um projeto de resolução à Assembleia da República (AR), relativa à prestação de cuidados de saúde no Médio Tejo.

MÁRIO RUI FONSECA

“Comparando a nível na-cional, esta é uma das zonas do país com mais difi culda-des em relação à prestação de cuidados de saúde, e es-tamos a avaliar a apresenta-ção de uma medida exce-cional na AR, uma iniciativa específica de intervenção para o Médio Tejo relativa-mente aos problemas que aqui se verifi cam”, concreti-zou o deputado.

Em declarações ao JA, depois de uma “visita não anunciada” às urgên-cias médico-cirúrgicas da unidade hospitalar de Abrantes do Centro Hospi-talar do Médio Tejo (CHMT),

que integra ainda serviço de urgências básicas nos hospitais de Tomar e Torres Novas, António Filipe disse que a resposta “é muito de-fi ciente” ao nível dos cuida-dos de saúde primários, si-tuação que leva as pessoas a recorrer às urgências hos-pitalares.

“Largas horas de espera”

“Esse facto causa dificul-dades nas urgências e as pessoas têm de desesperar com largas horas de espera e, até, infelizmente, com ca-sos de pessoas que acaba-ram por falecer à espera de atendimento”, notou o de-putado do PCP, eleito pelo distrito de Santarém.

“O problema na dificul-dade de acesso às urgên-cias no CHMT está identi-fi cado e é bem conhecido, e tem origem, não apenas em picos de afl uência cau-sados por gripes ou outras situações, mas sobretudo

por falta de meios huma-nos, nomeadamente pes-soal médico e de enferma-gem”, defendeu.

António Filipe reuniu com a diretora do serviço de ur-gências do CHMT tendo aquela responsável dado conta ao deputado do PCP das dificuldades que exis-tem em matéria de meios humanos, situação que, observou, “teve um refor-ço, recentemente, mas em número ainda aquém do necessário para acorrer em tempo útil a todas as soli-citações”.

Constituído pelas uni-dades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geogra-fi camente entre si por cer-ca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Mé-dio Tejo, no distrito de San-tarém.

• Depois de uma visita não anunciada às urgências de Abrantes, o deputado António Filipe disse que a resposta “é muito defi ciente”

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Page 7: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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7FEVEREIRO 2015 REGIÃO

ACES do Médio Tejo tem 30 mil utentes a descoberto e precisa de 16 médicos de famíliaO Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, no distrito de Santarém, tem 29.500 utentes sem mé-dico de família, uma situação que só fi caria resolvida com a colocação de 16 médicos, in-dicou a diretora do ACES.

A diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Sofia Theri-aga, revelou que tem cerca de 29.500 utentes sem mé-dico de família, de um total de 228.000 utentes perten-centes a 11 concelhos, sendo os casos de Abrantes (12.000 utentes a descoberto), Ourém (8.100), Torres Novas (6.300), Sardoal (2.000) e Ferreira do Zêzere (1.100) “os mais com-plicados”.

Para colmatar as necessida-des de prestação de cuida-dos de saúde seria necessário contratar 16 médicos, apon-tou, em declarações à Antena

Livre, tendo o ACES Médio Tejo estado a reforçar junto da população a importância do recurso, em primeiro lugar, às Unidades de Cuidados de Saúde Primários ou contacto com a Linha de Saúde 24 an-tes de se dirigirem às Urgên-cias Hospitalares.

“Temos capacidade de res-posta, apesar de difi culdades em alguns concelhos, e os utentes devem procurar, em primeiro lugar, as unidades de saúde de proximidade nos cuidados primários, ao invés de se dirigirem para as urgên-cias dos hospitais”, alertou.

Sofi a Theriaga afi rmou não se verifi car um aumento sig-nifi cativo de procura por mo-tivo de doença aguda nas uni-dades de saúde do ACES do Médio Tejo, tendo observado que a generalidade dos uten-tes tem tido resposta no pró-prio dia.

“No ACES Médio Tejo, para além de consultas programa-das, existem respostas para casos de doença aguda, e to-dos os médicos de família têm no seu horário períodos de consulta aberta diários, para dar resposta à doença aguda dos seus ficheiros”, notou, tendo lembrado que existem, igualmente, consultas de re-curso, aos utentes sem mé-dico de família, ou cujo mé-dico está ausente, a funcionar durante o fim de semana e feriados.

Relativamente ao surto da gripe, a diretora do ACES disse que implementará os me-canismos necessários face a qualquer alteração da procura por parte dos utentes (nome-adamente alargamento do horário de atendimento), ga-rantindo o acesso e prestação de cuidados de saúde à po-pulação.

“As diversas Unidades de Sa-úde do ACES Médio Tejo estão preparadas para responder a estas medidas e garantir a prestação de serviços de sa-úde adequados”, reiterou.

Segundo observou ainda aquela responsável, o ACES do Médio Tejo foi o que mais vacinas da gripe administrou, no inverno passado, dentro de toda a ARSLVT, com 25.869 vacinações. Com os melhores níveis de vacinação contra a gripe seguiram-se os ACES de Almada-Seixal e Loures-Odiv-

elas, com 22.668 e 22.136, res-petivamente.

Esta época, observou The-riaga, o ACES do Médio Tejo já suplantou aqueles núme-ros, tendo administrado, até ao dia 10 de janeiro, 29.376 vacinas da gripe.

Com área territorial de 2.700 quilómetros quadrados, o ACES Médio Tejo cobre os mu-nicípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ou-rém, Sardoal, Tomar, Torres No-vas e Vila Nova da Barquinha, com 10 Unidades de Cuida-dos de Saúde Personalizados, 8 Unidades de Saúde Familia-res e 7 Unidades de Cuidados na Comunidade.

No total o ACES tem 100 lo-cais de atendimento, cerca de 228.000 utentes, 115 médi-cos (incluindo 5 médicos de saúde pública), e 188 enfer-meiros.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) informou que, até ao dia 27 de fevereiro, al-gumas unidades de saúde te-rão um horário de funciona-mento mais alargado para fa-zer face à época gripal.

Os locais de atendimento nos Cuidados de Saúde Pri-mários no período do Plano de Contingência da Gripe são, na área de infl uência do ACES Médio Tejo:

Abrantes, em consulta de re-curso, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 22:00, de segunda a sexta-feira.

Ourém, também na sede da consulta de recurso, das 9:00 às 22:00 (de segunda a sexta-feira) e das 9:00 às 19:00, aos sábados e domingos.

Torres Novas (Sede - Con-sulta Recurso) 8:00 às 22:00 (de segunda a sexta-feira).

Mário Rui Fonseca

• Sofi a Theriaga

Page 8: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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8 FEVEREIRO 2015ECONOMIA

O ministro da Economia, An-tónio Pires de Lima, contou que na reunião que manteve em meados de janeiro com o grupo automóvel Daimler, que detém a Mercedes-Benz, foi estudada a possibilida-de de a empresa aumentar a produção no Tramagal, em Abrantes.

Pires de Lima falou aos jor-nalistas em Estugarda, Alema-nha, após uma reunião com os responsáveis da Daimler, numa agenda que incluiu a vi-sita a uma fábrica e ao museu da Mercedes-Benz.

“Foi importante falarmos so-bre a fábrica que o grupo [Dai-mler] tem em Portugal, no Tramagal”, com a marca Fuso da Mitsubishi, “e que continua a manter um nível de produ-ção interessante, muito dele dirigido para a exportação”, disse o ministro, que esteve dois dias na Alemanha.

“Estudámos as possibilida-des de crescer a atividade de produção no Tramagal. É claramente esse o obje-tivo, aproveitando também as boas relações que Portu-

gal tem com África e com os países lusófonos”, salientou o governante.

“É importante apontar pon-tes para o futuro, foi bom ter-mos demonstrado a nossa disponibilidade para estudar com a Mercedes a possibilida-de de outros investimentos, nomeadamente na área dos serviços, em Portugal”, acres-centou.

António Pires de Lima su-blinhou que Portugal “é hoje um excelente mercado, que atrai multinacionais de todo o mundo para localizar os seus serviços de valor acrescenta-do de engenharia, de servi-ços a clientes, de investiga-ção e desenvolvimento e de marketing”.

O ministro da Economia, que estava acompanha-do pelo secretário de Esta-do da Inovação, Investimen-to e Competitividade, Pedro Gonçalves, sublinhou que a “Mercedes teve em 2014 o melhor ano de sempre em Portugal, o que provavelmen-te signifi ca que a economia e os consumidores estão mais

confi antes e a economia está a mexer no sentido positivo”. Isto porque “muita da activi-dade da Mercedes está rela-cionada com automóveis e veículos comerciais”, disse, re-velando que confi rmou que a empresa “vai desenvolver acções de formação que des-locarão a Portugal pessoas que ocuparão 35 mil noites de hotéis”.

Esta iniciativa, de acordo com o ministro, estará desta vez concentrada na área da Grande Lisboa durante os me-ses de Maio, Junho, Julho e Agosto. “Isto é uma boa no-tícia que vem na sequência de um grande esforço que a Mercedes já fez em 2014 e que foi muito apoiado pelo Turismo de Portugal”, con-cluiu.

Segundo Jörg Heinermann, presidente executivo da Mercedes-Benz Portugal, esta foi uma visita “de cortesia” do ministro português à Daimler e que permitiu “ver possibili-dades para o futuro”. No en-tanto, “ainda não temos nada defi nido a curto prazo”, acres-

centou.“Obviamente que temos

iniciativas em Portugal, é um mercado importante para nós, mesmo como vendas”, disse o presidente executivo da em-presa. Jörg Heinermann re-cordou que, no ano passado, o grupo Daimler trouxe a Por-tugal mais de 30 mil pessoas em termos de formação inter-nacional.

Jörg Heinermann destacou que a empresa “está muito perto da economia” e que vê “com grande optimismo o de-senvolvimento da economia portuguesa”.

Contactada pelo JA, a presi-dente da Câmara de Abrantes congratulou-se com a notícia “que já não é nova”, observou, tendo lamentado que os pro-blemas das acessibilidades na região não tivessem sido ob-jeto de informação, como seja a nova travessia sobre o Tejo, de ligação Abrantes a Pon-te de Sor, no âmbito do IC9, e inscrita há vários em Plano Rodoviário Nacional”.

MITSUBISHI ADMITE AUMENTAR A PRODUÇÃO NO TRAMAGAL

Fuso “continua a manter um nível de produção interessante, muito dele dirigido para a exportação”

Mitsubishi Fuso/Radiografi a

Atualmente com 313 trabalhadores, a fábrica da MFTE em Tramagal/Abrantes produziu 4075 unidades em 2014 (o ano mais produtivo foi o de 2008, com 12 mil uni-dades), e um volume de negócios de 103,5 milhões de euros (contra os 200 milhões alcançados em 2008).

A MFTE comercializa e exporta atualmente para 31 pa-íses: Austria; Bosnia; Croatia; CzechRepublic; France; Ger-many; Hungary; Poland; Portugal; Servia/Montenegro; Romania; Slovakia; Slovenia; Spain; Switzerland; Belgium; Bulgaria; Cyprus; Denmark; Estonia; Finland; Greece; Ire-land; Israel; Italy; Latvia; Lithuania; Netherlands; Norway; U.K.; Marrocos.

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Page 9: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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9FEVEREIRO 2015 REGIÃO

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Médio Tejo considera insufi cientes investimentos da empresa Estradas de Portugal na regiãoA Comunidade Intermuni-cipal do Médio Tejo (CIMT) manifestou a sua “apreensão e preocupação pelo caráter muito limitado” das interven-ções previstas entre 2015 e 2019 para a região, anunci-adas pela empresa Estradas de Portugal.

Em declarações ao Jornal de Abrantes, após a CIMT ter analisado o Plano de In-vestimentos 2015-2020 e o Plano de Proximidade a Mé-dio Prazo 2015-2019 da Estra-das de Portugal, o secretário executivo daquela entidade, com sede em Tomar, disse que os documentos manifes-tam um conjunto de “omis-sões muito relevantes relati-vamente a investimentos es-senciais para a melhoria da mobilidade” no Médio Tejo, espaço territorial que agrega 13 municípios do distrito de

Santarém. Entre outros, Miguel Pom-

beiro destacou a “ausência de uma estratégia” relativa-mente às passagens rodovi-árias entre as duas margens do rio Tejo, “ao arrepio do Plano Rodoviário Nacional” (PRN), e sublinhou o “caráter vago e impreciso” da referên-cia à Ponte Praia do Ribatejo – Constância Sul, onde ape-nas viaturas ligeiras podem circular.

“O Plano apresentado não resolve os problemas das acessibilidades na região e omite outros por completo, como seja a nova traves-sia sobre o Tejo, de ligação Abrantes a Ponte de Sor, no âmbito do IC9, e inscrita há vários em PRN”, notou.

“Por outro lado”, acrescen-tou Pombeiro, “surge no Plano uma verba de 5 mi-lhões de euros para a ponte

da Praia, que Constância Sul à Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha, mas não se explica onde e como vão ser investidos. Desco-nhecemos quais as obras que se preveem executar, se é para alargamento ou re-forço para abertura a pesa-dos, enfi m, não se percebe a intenção”, destacou aquele

responsável.O secretário executivo da

CIMT lembrou ainda a im-portância para o desenvolvi-mento económico da inter-venção da ER 243, que esta-belece a ligação da A23 ao Terminal Multimodal de Ri-achos, tendo considerado “bastante prejudicial” o “ar-rastamento da atual situa-

ção até 2018”, altura em que o documento prevê a inter-venção.

“É também com preocupa-ção que se vê adiar para 2017 a conclusão da requalifi cação da EN 361 (troço Amiais de Cima – Alcanena), previsto inicialmente para 2015, e es-tranhamos não haver qual-quer referência à requalifi ca-

ção da Estrada Nacional 238, que liga o concelho da Sertã ao eixo Tomar-Lisboa-Litoral”, acrescentou.

“É manifesta a nossa preo-cupação com os baixíssimos valores de investimento pre-vistos”, notou, tendo reite-rado que o Plano “ignora di-versas intervenções há muito identifi cadas e que contribui-riam decisivamente para o adequado desenvolvimento regional, assim como para promover a salvaguarda da coesão territorial”.

Com uma população na ordem dos 250 mil habitan-tes, a CIMT é composta pe-los municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, En-troncamento, Ferreira do Zê-zere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Bar-quinha.

Mário Rui Fonseca

• Miguel Pombeiro critica a “ausência de uma estratégia” relativamente às passagens rodoviárias entre as duas margens do rio Tejo

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Page 10: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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10 FEVEREIRO 2015REGIÃO

Médio Tejo assegura em protocolo 36 Espaços do Cidadão para 12 concelhos

O Centro Ciência Viva de Constância no Ano Internacional da Luz

Doze dos treze municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) vão ter um conjunto de 36 Espaços do Cidadão, em protocolo assinado no dia 16 de janeiro com a secre-taria de Estado para a Moder-nização Administrativa

À exceção do município de Constância, cujo execu-tivo, de maioria CDU, repro-vou a assinatura do docu-mento, foram protocolados, ao todo, 35 Espaços do Ci-dadão (EC) na região do Mé-dio Tejo, onde residem cerca de 250 mil pessoas, sendo os concelhos de Alcanena (com 10 EC), Ourém (5 EC), Abran-tes (4 EC) e Tomar (com 3 EC) aqueles que vão receber mais unidades, a disseminar pelos respetivos territórios.

Entroncamento, Torres No-vas, Mação, Sertã e Vila de Rei vão ter dois EC, e os muni-cípios de Ferreira do Zêzere, Sardoal e Vila Nova da Bar-quinha vão fi car com um Es-paço do Cidadão.

O Espaço do Cidadão, que pretende ser um espaço complementar à rede de Lo-jas do Cidadão, numa lógica de proximidade dos utiliza-dores e em especial dos que se encontram em territórios

com baixa densidade popu-lacional, é um local onde os cidadãos podem aceder aos serviços digitais disponibi-lizados pela Administração Central, proporcionando-lhes um modelo de atendi-mento mais rápido e mais próximo.

Nos serviços a disponibili-zar, numa primeira fase, estão a ADSE, a Caixa Geral de Apo-sentações, Segurança Social, Portal do Cidadão, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Ins-tituto da Mobilidade Terres-tre e Autoridade para as Con-dições de Trabalho, entre ou-tros, e onde o cidadão pode obter também o registo cri-minal, renovar uma autoriza-ção de residência, revalidar a carta de condução, entre outros.

Estes Espaços irão ficar in-tegrados em instalações ce-didas pelas autarquias, ca-bendo a sua gestão, em parte, aos municípios, e ou-tra parte, à AMA – Agência para a Modernização Admi-nistrativa.

Em declarações ao Jornal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, disse que o momento era “importante” para as po-pulações do Médio Tejo,

“tendo em conta os encerra-mentos e deslocalizações de serviços públicos que se têm verifi cado na região, nos últi-mos anos”.

“Os EC vão permitir traba-lhar mais em proximidade com o cidadão e congratul-amo-nos por isso, mas não podemos deixar de criticar o facto de serem as autarquias a substituírem-se ao Estado central e assumindo compe-tências que não são as suas, como sejam as despesas com contratação de pessoal, des-

pesas correntes e outras”, ob-servou Céu Albuquerque, que também preside à Câ-mara Municipal de Abrantes.

A Câmara Municipal de Constância decidiu “por con-senso” não estarem reuni-das as condições para acei-tar o protocolo proposto pela AMA, no âmbito da criação do Espaço de Cidadão, sendo o único dos 13 municípios do Médio Tejo a não protocolar aqueles equipamentos.

Júlia Amorim, presidente da autarquia, da CDU, disse ao JA

que os serviços a prestar pe-los EC “são competências da Administração Central e não dos municípios”, que “vão ver aumentar os seus custos com a obrigação da cedência de espaço, responsabilidade fi -nanceira pelo acréscimo de despesa com pessoal, consu-míveis e comunicações”, en-tre outros.

Por outro lado, foi ainda en-tendimento da Câmara de Constância “não ser o timing adequado para aceitar pro-tocolar EdC pelo facto de se

realizarem, dentro de pou-cos meses, eleições legisla-tivas”, manifestando ainda a “intenção de continuar a dia-logar com o Governo Central no sentido de encontrar solu-ções que melhor respondam às necessidades das popula-ções sem colocar em causa a autonomia do Poder Local”.

À exceção do município de Constância, cujo executivo reprovou a assinatura do do-cumento, a AMA protocolou, no dia 16 de janeiro, ao todo, 35 Espaços do Cidadão (EC) na região do Médio Tejo, no distrito de Santarém, onde residem cerca de 250 mil pes-soas.

Segundo a secretaria de Estado para a Moderniza-ção Administrativa, na CIM do Médio Tejo já estão em funcionamento três EC (um em Abrantes, um em Mação e outro na Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha), a que se vão juntar, doravante, 35 novos espaços.

Segundo informou a secre-taria de Estado da Moderni-zação Administrativa, já exis-tem 133 Espaços do Cidadão em funcionamento espalha-dos pelo país.

Depois de, em dezembro de 2013, a Assembleia Geral das Nações Unidas ter pro-clamado 2015 como o ano em que a Organização para a Educação, a Ciência e a Cul-tura (UNESCO) promoveria, a nível mundial, ações que chamassem a atenção para a importância da luz na vida e bem-estar dos povos, du-rante o ano seguinte cons-tituíram-se comissões em mais de uma centena de pa-íses com o objetivo de pre-parar programas nacionais próprios.

Em Portugal (como nou-tros países), considerou-se o conjunto de recomenda-ções para que as ações a de-senvolver realcem, junto dos

cidadãos, questões relacio-nadas com o consumo de energia elétrica - particular e pública - mas também outras aplicações e tecnologias que envolvem luz de vários com-primentos de onda, em áreas tão diversas como a ciência, a indústria, a agricultura, a bilo-gia, as artes e a medicina.

O Centro Ciência Viva de Constância, integrado na Co-missão Nacional (http://ail.org), foi incumbido de coor-denar atividades no âmbito da “luz cósmica”, tema que abrange desde a “luz radio” emitida de objetos celestes (como algumas galáxias) até aos raios-x e raios gama pro-venientes de buracos negros e de erupções solares. Para

além de ações em diversos locais do país, coordenadas por investigadores de institu-ições da região em que tive-rem lugar, a “luz cósmica” le-vará o Centro Ciência Viva de

Constância a alguns pontos do território nacional, pro-porcionando ocasiões de pa-lestras e atividades práticas, nomeadamente visualiza-ções de aspetos da superfície

solar, observações do céu no-turno em ambientes de po-luição luminosa diferenciada e fenómenos celestes pouco frequentes como o eclipse do Sol de 20 de março, as es-trelas cadentes de agosto ou o eclipse lunar de 28 de se-tembro.

Nas instalações do Centro Ciência Viva a referida varie-dade de iniciativas será au-mentada com as potenciali-dades de equipamentos que não podem ser deslocados, como o laboratório de holo-grafi a ou o observatório so-lar, com os quais os partici-pantes nas sessões podem partilhar a aplicação de uma luz particular – laser – na pro-dução de imagens ou con-

templar o efeito de luz solar de diferentes comprimentos de onda, traduzido em ima-gens diversas com destaque para os “bagos de arroz” ou as “protuberâncias”, erupções gigantescas que interferem com o magnetismo terrestre.

Os horários de funciona-mento do Centro Ciência Viva de Constância (e outras informações) poderão ser consultados em http://cons-tancia.cienciaviva.pt, ou ob-tidos através de [email protected] ou telef. 249739066/911588984.

Máximo Ferreiraastrónomo e coordenador do Centro

Ciência Viva de Constância

• Novos espaços vão “permitir trabalhar mais em proximidade com o cidadão”

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Page 11: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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11FEVEREIRO 2015 REGIÃO

Feira de São Matias não se realiza este ano

Viaturas pesadas com proibição de passagem na ponte de Abrantes em fevereiro

A Câmara Municipal de Abrantes decidiu suspender da realização da Feira de São Matias, a primeira no calendá-rio das grandes feiras nacio-nais, por estarem a decorrer obras no espaço que habitu-almente acolhe o certame.

MÁRIO RUI FONSECA

A Feira de S. Matias, cujas ori-gens remontam ao século XIII, decorre habitualmente entre os meses de fevereiro e março no espaço adjacente ao Tec-nopólo do Vale do Tejo, em Abrantes.

A feira conta com carrosséis, carrinhos de choque e outros divertimentos eletromecâni-cos, a par de restaurantes e dezenas de vendedores do comércio a retalho, das tra-dicionais barracas de roupa, quinquilharia, cerâmica, uten-sílios de cozinha e objetos de decoração.

“O espaço do Tecnopólo está em obras e não temos um espaço alternativo com características físicas que per-mitam acolher este certame, pelo que decidimos suspen-der a Feira de São Matias des-te ano”, disse à Antena Livre a presidente da autarquia à margem da reunião de execu-tivo realizada a 21 de janeiro.

Maria do Céu Albuquerque, do PS, disse ainda que as al-ternativas pensadas “não se mostraram viáveis” - exempli-ficando com o antigo cam-po de futebol do Barro Ver-melho -, “porque implicariam um investimento provisório de mais de 100 mil euros”, no-meadamente para o abasteci-mento de energia elétrica.

“Pensamos que, em 2016, o evento já possa decorrer num novo espaço da cidade, no Vale da Fontinha, que vai ser objeto de uma profunda re-qualificação para que possa

acolher, de forma defi nitiva, o mercado semanal, o mercado grossista e a Feira de São Ma-tias”, acrescentou.

Cerca de duas dezenas de feirantes, provenientes de di-versas zonas do país, marca-

ram presença na Câmara de Abrantes, tendo apresentado à autarca diversas propostas para viabilizar a realização do certame.

“Se o problema é os 100 mil euros e a questão elétrica, nós

estamos disponíveis para aju-dar a resolver a questão”, dis-se Saul Teixeira, comerciante de farturas, que se deslocou de Aveiro.

“Todos os feirantes têm in-vestimento feito em gerado-

res, o que garante a autono-mia das máquinas e dos diver-timentos. Se, mesmo assim, ainda for preciso realizar al-gum investimento, estamos disponíveis para o assumir, pela importância que esta fei-ra tem para nós”, vincou.

Germano Tavares, feirante residente em Lisboa, disse, por sua vez, que a Feira de São Matias é “importante por ser a primeira feira depois do perío-do de inverno”, e lembrou que os profi ssionais do setor não trabalham entre outubro e fe-vereiro/março.

“Esta feira não é a mais ren-tável, mas é importante por-que é a primeira do calendá-rio de feiras, porque estamos parados há muito tempo, e porque este é o nosso ganha-pão”, referiu, tendo feito no-tar que há 30 anos que ani-ma a Feira de São Matias com os seus carrosséis e o evento “nunca deixou de se realizar”.

• Comerciantes disponíveis para viabilizar a feira noutro local mesmo que tenham que investir algum dinheiro

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O mês de fevereiro vai assi-nalar o início da segunda fase de trabalhos na ponte de Abrantes, sobre o rio Tejo, uma intervenção que vai ago-ra incidir no tabuleiro da tra-vessia e que vai proibir a pas-sagem de veículos pesados.

MÁRIO RUI FONSECA

O contrato da empreitada para a reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o Tejo, obra orçada em 2,9 mi-lhões de euros a executar em 18 meses, foi assinado a 30 de janeiro de 2014, preven-do-se a conclusão dos traba-lhos no fi nal deste ano.

Durante a segunda fase de intervenção na ponte que liga Rossio ao Sul do Tejo a Abrantes, com uma extensão

de 368 metros, será interdita-da a circulação a veículos pe-sados, fi cando condicionada a uma faixa de rodagem para os veículos ligeiros.

O vereador João Gomes, da Câmara de Abrantes, dis-se ao JA que, até ao dia do início da segunda fase, que não especificou, “vão conti-nuar a realizar-se alguns tes-tes no trabalho efetuado às microestacas e a circulação vai poder efetuar-se, duran-te alguns dias, especialmente ao fi m de semana, sem con-dicionalismos”.

Segundo o autarca, os si-nais de trânsito proibitivos da circulação a pesados está a ser colocada na região envol-vente, e as pontes alternati-vas, mais próximas, são as de Alvega/Mouriscas e de Cha-

musca, a 20 e 30 quilómetros, respetivamente.

A intervenção, segundo as Estradas de Portugal (EP), sur-ge em antecipação à previ-sível degradação desta obra de arte, atualmente classifi-cada como estando em esta-do de conservação (EC) de ní-vel 3 (sendo o nível 5 o pior), e visa a melhoria das condi-ções de segurança e o con-forto dos utilizadores desta ligação sobre o rio Tejo.

No âmbito da empreita-da serão realizados traba-lhos de fundação e refor-ço dos pilares, reparação e proteção da estrutura me-tálica e das zonas de betão armado, repavimentação e impermeabilização do tabu-leiro, benefi ciação do siste-ma de drenagem, colocação

de guardas de segurança e juntas de dilatação, repa-ração do sistema elétrico e a substituição de todos os elementos danifi cados bem como a limpeza geral da ponte.

No decorrer das obras será necessário a desinsuflação do açude construído no rio, num período estimado en-tre seis a oito meses, e que irá abranger os meses de verão.

Quanto à iluminação, toda

a instalação atualmente existente será substituída e serão disponibilizadas solu-ções que visem a sua efi ciên-cia energética. A pintura da ponte será também garanti-da com a realização da obra.

• Intervenção na ponte visa melhoria de condições de segurança

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Page 12: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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12 FEVEREIRO 2015REGIÃO

TEATRO SÃO PEDRO, EM ABRANTES, SEM CINEMA EM 2015

Cineclube Espalhafi tas “rejeita” exibir no Millenium

2ª GALA DO CLUBE DESPORTIVO “OS PATOS”

“A nossa canoagem é um projeto consolidado”

A Câmara Municipal de Abrantes conferiu uma nova designação ao Cineteatro São Pedro, situado no cen-tro histórico da cidade. A au-tarquia decidiu concentrar a exibição de filmes no Edi-fício Millenium, em Vale de Rãs, pelo que o São Pedro vai chamar-se apenas Teatro São Pedro.

“A intenção é a manuten-ção do São Pedro, não como cine, mas como teatro”, disse à Antena Livre a presidente da Câmara de Abrantes. Não faz sentido projetar cinema naquela sala, que é descon-fortável e onde o cinema não funciona para massas, como acontecia quando o espaço foi construído e quando, hoje, quem vai ao cinema são gru-pos mais pequenos”, acres-centou Maria do Céu Albu-querque. “Havendo uma sala como a do Millenium, com máquina digital, os custos de contexto são muito mais pe-quenos”, acrescentou.

Quem não concorda com a decisão é a direção do Cine-clube Espalhafitas, da Asso-ciação Palha de Abrantes, a trabalhar na área do cinema há 13 anos no São Pedro, e que se vê obrigado a mudar de armas e bagagens para outro local.

Em declarações à Antena Livre, Lurdes Martins, presi-dente da Palha de Abrantes, disse que a decisão apanhou os responsáveis “despreveni-dos” uma vez que “a Associ-ação tomou conhecimento, através do Jornal de Abran-tes (edição de dezembro de 2014, n.º 5526, ano 115), de que a autarquia decidiu uni-lateralmente acabar com o cinema no centro histórico da cidade”.

A dirigente contestou a “falta de diálogo”, até porque “nenhum responsável da As-sociação Palha de Abrantes foi informado ou chamado para discutir ou debater questões relativas ao cinema” e criticou ainda a anunciada

deslocalização por entender que o centro histórico pre-cisa deste tipo de atividades culturais. “Rejeitamos, a ex-tinção de mais uma oferta a nível cultural do centro his-tórico da cidade. Rejeitamos

que o cinema, tal como o Ar-quivo Histórico e tantos ou-tros serviços de utilidade pú-blica, saiam da cidade.”

“Para além da exibição e projeção, promovemos tra-balho de produção e realiza-

ção, para além de arquivo e registo. O Millenium não é al-ternativa para nós até porque nascemos no centro histórico e é aqui que queremos conti-nuar a promover atividades culturais”, vincou a dirigente

associativa, relativamente ao Cineclube de Abrantes, lo-calidade onde está sediada a presidência da Federação Portuguesa de Cineclubes.

O vereador com o pelouro da Cultura na Câmara de Abrantes, Luís Dias, disse, por sua vez, que a decisão da au-tarquia é “perfeitamente le-gítima do ponto de vista or-ganizativo”, tendo destacado que o espaço Millenium per-mite uma “otimização de re-cursos numa sala que está bem apetrechada” e que pro-porciona “outro conforto, a par da necessária transição para a projeção digital”.

Desde o início do ano, que o Espalhafi tas tem utilizado o Sr. Chiado, localizado no cen-tro histórico da cidade, para a exibição de fi lmes às quart-as-feiras, pelas 21h30, uma si-tuação que pretendem man-ter “por agora”, deixando em aberto uma outra solução fu-tura.

Joana Margarida Carvalho / Mário Rui Fonseca

O Clube Desportivo “Os Pa-tos”, de Rossio ao Sul do Tejo, promoveu a sua 2ª Gala da Canoagem numa homena-gem a cerca de 42 atletas, en-tre infantis, iniciados, cade-tes, juniores, seniores e ve-teranos.

A cerimónia, que juntou os atletas homenageados, fami-liares, amigos e algumas in-dividualidades locais e naci-onais, como o presidente da Federação de Canoagem, Ví-tor Félix, e o presidente da Associação de Canoagem da Bacia do Tejo, Óscar Soa-res, decorreu no dia 17 de ja-neiro, no AquaClub, por volta das 16h00.

José Miguel Trigo, responsá-vel pela seção de canoagem do clube desportivo, referiu a todos os presentes os di-versos resultados alcançados a nível nacional, admitindo que foram “resultados alcan-

çados com um orçamento di-minuto e em algumas provas com barcos emprestados”.

O responsável referiu-se aos atletas, pedindo compreen-são por algumas limitações que a seção reúne, nomea-damente com as obras na ponte que têm levado a que todos os atletas tenham de treinar em Belver, apelando a uma mobilização da comu-nidade na resolução de algu-mas lacunas.

“Pedimos compreensão para o facto de ainda não ter-mos conseguido balneários e instalações mais adequa-dos à prática da modalidade, não termos conseguido a in-trodução da canoagem no desporto escolar, não termos conseguido um cais fl utuante para a entrada e saída das ca-noas, que o açude se mante-nha insufl ado, embarcações mais competitivas e maior

compreensão por termos de ir para outro concelho trei-nar”, enumerou o dirigente. José Miguel Trigo acrescen-

tou que “tudo isto está ame-açar” a actividade do clube, deixando, por isso, apelo à sociedade civil para ajudar “a

colmatar estas lacunas”.Hélder Rodrigues, presi-

dente da direção do Clube Desportivo os Patos, admitiu

que o nível praticado pelos atletas de canoagem é um nível de excelência e que os Jogos Olímpicos podem ser uma realidade.

“A nossa canoagem é um projeto consolidado, de re-ferência que fala por si. Te-mos conseguido resultados de destaque, de excelência e agora o desafi o é manter es-tes níveis. Ao levantarmos a possibilidade que a nossa ca-noagem pode vir a estar re-presentada nos Jogos Olím-picos é algo que nos deixa um quanto arrepiados”.

Por sua vez, Luís Dias, vere-ador com o pelouro do des-porto na CM de Abrantes, sa-lientou a importância da ceri-mónia realizada, sendo para o vereador um motivo de or-gulho os resultados alcança-dos pelo clube desportivo rossiense.

Joana Margarida Carvalho

• Os desportistas precisam que a comunidade ajude a colmatar algumas das difi culdades

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• Lurdes Martins, da Associação Cultural Palha de Abrantes, critica a decisão e a “falta de diálogo”

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Page 13: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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13FEVEREIRO 2015 SARDOAL

Bombeiros “Canarinhos” vão manter posto em Sardoal na época de incêndios

Sardoal inaugurou percurso pedestre “Na Rota do Javali”

Construção do novo quar-tel para a Força Especial de Bombeiros, em Almeirim, deve estar pronto no pri-meiro trimestre deste ano, e vai ser a Base da Autori-dade Nacional de Proteção Civil.

As obras do quartel para a Base Permanente para o Grupo de Santarém da For-ça Especial de Bombeiros “Canarinhos”, que está a ser construído em Almei-rim, devem estar concluí-das durante o primeiro tri-mestre deste ano, mas esta obra “não implica que os Canarinhos deixem de estar no Sardoal na época de in-cêndios”, disse ao Jornal de Abrantes o presidente da autarquia, Miguel Borges.

O quartel começou a ser construído em março de 2014, representa um inves-timento de cerca de 500 mil euros e é a primeira infra-estrutura do seu género a ser construída de raiz, per-mitindo acomodar em per-manência 60 homens e mu-lheres, e fi cando dotada de todas as condições mate-riais necessárias ao desem-penho das funções de pro-teção e socorro em todo o distrito de Santarém.

Nos 600 m2 a edifi car, in-cluem-se áreas de trabalho, de lazer, de refeições, de uma sala de formação, bem como acomodação para a totalidade do Grupo, alian-do funcionalidade com es-

treitos requisitos estéticos. Depois de construída, será a Base cedida à Autorida-de Nacional de Proteção Ci-vil, e acomodará a FEB e os profissionais do Comando Distrital de Operações de Socorro, a funcionar atual-mente em instalações pro-visórias, também na zona industrial de Almeirim.

A mudança dos “Cana-rinhos” do Sardoal para as instalações na zona in-dustrial de Almeirim é um tema que, de forma cíclica mas recorrente, é avança-da pela imprensa e alvo de

questões levantadas pelos deputados da oposição ao atual executivo municipal de Sardoal, mas que Miguel Borges, do PSD, presidente da autarquia, desvaloriza, reafi rmando a importância da presença da FEB na zona norte do distrito de Santa-rém para os combates ime-diatos aos incêndios numa fase inicial.

“Esta Força não pode estar apenas centrada num local, deverá estar onde há ne-cessidade. Numa situação de inverno esta Força esta-rá onde é comum aconte-

cerem cheias, mas no verão estará centralizada por cá”, explicou o autarca.

“O Centro de Comando estará sediado em Almei-rim, mas será mantida uma equipa em permanência no Sardoal com homens pron-tos atuar. O território não ficará desprotegido, mui-to pelo contrário, a ideia é que estejam em permanên-cia pela região, numa maior abrangência, até porque não podemos ter centro de comandos em todo o lado”, vincou o presidente.

“Irresponsabilidade política”

Contactado pelo JA, o ve-reador Fernando Vasco, do PS, que tem lembrado, com insistência, os fundamentos do protocolo assinado em 2008, considerou que “o não cumprimento pelo municí-pio do Sardoal do protoco-lo celebrado com a ANPC”, em 12 de junho de 2008, que previa a instalação e lo-calização da sede distrital dos “Canarinhos” no conce-lho do Sardoal, “foi a maior irresponsabilidade política

concelhia ocorrida nos últi-mos 20 anos”. E explica: “Por-que permitiu, por incum-primento do contrato pelo município, que a ANPC res-cindisse tacitamente o mes-mo e celebrasse outro para o mesmo efeito com o mu-nicípio de Almeirim.”

Segundo defendeu aque-le vereador, “Sardoal per-deu, por provincianismo, a oportunidade de ter, a custo zero, a sede distrital dos Ca-narinhos no seu concelho e o consequente desenvolvi-mento operacional, infraes-trutural e social que isso re-presentaria”.

Nos últimos meses tem ha-vido várias especulações so-bre a continuidade da For-ça Especial de Bombeiros ‘Canarinhos’ atendendo aos custos que tem para a Au-toridade Nacional de Prote-ção Civil. E há quem avance que a FEB vai acabar, infor-mações que não são confi r-madas pelos seus respon-sáveis.

Contactado pelo JA, o res-ponsável máximo da Pro-teção Civil, Major General Francisco Grave, disse que a Força Especial de Bombei-ros “encontra-se a funcionar sem qualquer alteração ao seu dispositivo”, não confi r-mando a saída dos Canari-nhos da zona Norte do dis-trito, onde estão atualmente (Sardoal), nem o fi m da FEB.

Mário Rui Fonseca e Joana Margarida Carvalho

• Presidente diz que a saída da força especial de bombeiros não prejudica o território, oposição socialista contesta

DR

Na Rota do Javali é o quar-to percurso pedestre, de uma rede inicial de quatro, inaugurado no concelho de Sardoal, no dia 18 de janei-ro, em Andreus. O percurso tem cerca de 10 quilóme-tros, uma duração aproxi-mada de duas horas e meia, e um grau de dificuldade considerado fácil.

Nos últimos quatro me-ses já foram inaugurados os três primeiros percursos desta rede: a “Via Romana”,

em Valhascos, o “Trilho do Pastor”, em Sardoal, e a rota “Do Pão ao Vinho”, entre a Lapa (Cabeça das Mós) e En-trevinhas.

A recuperação e preser-vação do património cultu-ral, ambiental e natural, a possibilidade de dar a co-nhecer este património de forma estruturada, organi-zada e integrada, a par da dinamização do turismo na-tureza, são objetivos da au-tarquia, destacou o presi-

dente da Câmara Municipal de Sardoal, Miguel Borges.

A inauguração deste per-curso integrou-se na cele-bração do 34.º aniversário da Associação de Morado-res de Andreus, sendo que, neste âmbito, os caminhan-tes puderam participar num almoço convívio, cuja ementa teve como desta-que o javali.

• Conhecer o património de forma estruturada e organizada é o objetivo

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Page 14: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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14 FEVEREIRO 2015REGIÂO

Mulher queixa-se de ter fi cado sem apoio social devido a comentário em facebook

Morreu o arquiteto Duarte Castel-Branco

Uma mulher benefi ciária do Rendimento Social de In-serção (RSI), residente em Abrantes, queixa-se de lhe ter sido retirado o apoio após ter publicado na rede social ‘facebook’ que iria viajar.

MÁRIO RUI FONSECA

“Eu nunca saí do país, nem podia andar devido ao esta-do físico em que me encon-trava. Vivo em casa dos meus pais, tenho dois fi lhos meno-res, fi quei sem trabalho devi-do ao acidente, e agora a Se-gurança Social tira-me os 285 euros de Rendimento Social de Inserção (RSI) por causa de uma brincadeira no face-book. É uma injustiça muito grande”, disse ao JA a ex-be-nefi ciária.

Maria, de 39 anos, con-tou que esteve entre junho e outubro nos hospitais de Abrantes e Tomar a recupe-rar de um acidente de via-ção, com duas intervenções cirúrgicas à perna direita, ten-do decidido partilhar com os amigos, no dia 31 de outubro, e através da rede social ‘face-book’, a “alegria por fi nalmen-te ir tirar os parafusos à perna e iniciar o período de reabi-litação”.

“Estou no aeroporto de Lis-boa a viajar para a Suíça”, es-creveu na sua página pessoal, fazendo acompanhar o co-mentário com uma imagem de uma mulher em cima de várias malas de viagem.

Duas semanas mais tarde, no dia 14 de novembro, em documento a que o JA teve acesso, a Segurança Social es-

creve a Maria Conceição in-formando-a da cessação do RSI, alegando a alínea a do ar-tigo 22.º (ausência do país).

Maria recorreu, protestou e encaminhou documentos, atestados médicos e fotogra-fi as a comprovar onde esteve durante o período em causa.

Apesar dos argumentos da mulher, a Segurança Social de Santarém manteve a mesma leitura dos factos: “analisada a resposta apresentada (…) a proposta de decisão foi man-tida. Deixaram de se verifi car os requisitos e condições de atribuição (alínea a) do artigo 22.º (ausência do país)”, pode ler-se no documento.

“Agora pediram-me para juntar uma declaração do presidente da Junta de Fre-guesia de Rossio ao Sul do Tejo a certifi car que eu nun-ca tinha saído do país”, acres-centou, adiantando que a de-

claração da Junta de Fregue-sia “já seguiu” para o Instituto da Segurança Social “a par de uma reclamação por escrito” a explicar porque publicou aquele comentário na rede social.

Luís Alves, presidente da Junta da União de Freguesias de Rossio e São Miguel, con-firmou ao JA ter “passado o documento a certificar que Maria reside na localidade há, pelo menos, dois anos”.

“Falta bom senso em alguns serviços, mas é claro que pas-sámos atestado de residên-cia a dizer que a Maria reside em Portugal há mais de dois anos. São pessoas que pre-cisam deste apoio e parece que o ISS pretende, mais do que incluir, excluir pessoas do sistema. Este processo é es-candaloso”, desabafou o pre-sidente da União de Fregue-sias de São Miguel e Rossio ao

Sul do Tejo, Luís Alves. O ISS informou, entretanto,

que “no seguimento dos di-versos incumprimentos ocor-ridos ao longo do contrato de inserção, foi cessado o direito à prestação de RSI, perdendo

a benefi ciária o direito à pres-tação”.

Não abordando a questão da “ausência do país”, o Institu-to da Segurança Social acres-centa que, “com base na in-formação prestada pelo Cen-

tro de Emprego, a benefi ciária frequentou diversas ações de formação, não tendo concluí-do nenhuma por motivos de desistência da própria, não cumprindo assim o estipula-do no contrato de inserção”.

O arquiteto Duarte Castel-Branco, que trabalhou em pla-nos urbanísticos em Lisboa, Porto e Abrantes, morreu no passado dia 4 de janeiro, aos 86 anos, em casa, em Abrantes, disse à Lusa fonte da família,

Nascido em Macau, em ju-lho de 1928, de uma família de Abrantes, e diplomado em Arquitetura, no Porto, Duarte de Castro Ataíde Castel-Branco diplomou-se em Arquitetura com 20 valores, no Porto, ten-

do doado, em 2007, ao muni-cípio de Abrantes, a coleção documental do seu trabalho, à guarda do Arquivo Histórico Municipal Eduardo Campos.

Em Itália e em França com-pletou a sua formação com es-tudos de urbanismo, área em que trabalhou nomeadamen-te em Lisboa, colaborando no Plano Diretor de Lisboa, e no Porto, no Plano Geral de Urba-nização e Plano Diretor Muni-cipal, tendo desenvolvido uma

intensa atividade como pro-fessor, urbanista e arquiteto.

Em Abrantes, e enquanto ar-quiteto, a ele se devem o edifí-cio-sede do Grémio da Lavou-ra, os blocos habitacionais na rua de Goa, o Monumento a D. Nuno Alvares Pereira, loca-lizado no Outeiro de S. Pedro, e o projeto de restauro de par-te do Convento de S. Domin-gos para a instalação da atual Biblioteca Municipal António Botto. No Porto, desenhou a

ponte de S. Francisco.Em Abrantes, e entre outras

manifestações cívicas, Duarte Castel-Branco foi presidente da Assembleia Geral da Tu-bucci-Associação de Defesa do Património da Região de Abrantes.

Atualmente era professor ca-tedrático da Faculdade de Ar-quitetura da Universidade Téc-nica de Lisboa.

LUSA• Castel-Branco, à direita, na Biblioteca Municipal António Botto

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• Imagem colocada no facebook

• Carta do Instituto de Segurança Social que confi rma o fi m do pagamento do RSI

Page 15: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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15FEVEREIRO 2015 REGIÃO

Autarcas do Médio Tejo defendem no Parlamento reposição de valências em tribunaisOs autarcas do Médio Tejo, no distrito de Santarém, au-tores de uma petição a favor da “não desqualificação/ex-tinção dos tribunais” na re-gião, defenderam no Parla-mento a reposição de com-petências de âmbito criminal e civil naquelas estruturas.

Os 13 autarcas do Médio Tejo dizem que em causa está o “grave esvaziamento de competências de âmbito criminal e civil em toda a re-gião”, o fecho dos tribunais de Mação e Ferreira do Zêzere, a passagem do tribunal de Alcanena a “mera secção de proximidade” e o “desman-telamento” do círculo judi-cial de Abrantes, que perdeu as instâncias cível e criminal, que ficaram concentradas em Santarém, na vizinha Co-munidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

“Isto implica que os cida-dãos têm de se deslocar sem-pre a Santarém para tratar destes assuntos, a mais de 80 quilómetros de distância de Abrantes, por exemplo, uma medida que não faz sentido”, disse a presidente da Comu-nidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque.

A implementação do dec-reto-lei do regime de orga-nização e funcionamento dos tribunais judiciais levou ainda, em setembro do ano passado, ao fecho do Tribu-nal de Trabalho e de Família e Menores de Abrantes, que passou para Tomar.

“Queremos que o Governo corrija o decreto-lei e permita o desdobramento das instân-cias cível e criminal para a re-gião do Médio Tejo”, defen-deu Céu Albuquerque, que também preside à Câmara de

Abrantes, uma pretensão de-fendida em petição apresen-tada no dia 23 de setembro e subscrita por “mais de cinco mil pessoas”.

“Já fomos ouvidos por to-dos os partidos com assento na Assembleia da República

(AR), a quem demos conta de como a população está a ser gravemente prejudicada em termos de custos de contexto e de distanciamento de acesso à justiça, pelo que, o que que-remos é o desdobramento das duas instâncias, a exemplo do

que sucedeu noutros distritos e sub-regiões”, vincou a presi-dente da CIMT.

A autarca de Abrantes criti-cou, ainda, os vários pedidos “infrutíferos” de audiência ao Ministério da Justiça.

No âmbito da audição dos

primeiros subscritores da pe-tição, que decorreu no dia 20 de janeiro na AR e em que foram convocados os autar-cas dos municípios “mais afe-tados” pela adoção do novo mapa judiciário, Maria do Céu Albuquerque disse à Antena Livre esperar que a mesma “resulte numa recomenda-ção ao Governo”.

“Uma recomendação que o Governo possa acatar, e que, com isso, os 250 mil habitan-tes do Médio Tejo vejam as suas pretensões atendidas”, vincou.

Com uma população de cerca de 250 mil habitantes, a CIMT é composta pelos muni-cípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.

Mário Rui Fonseca

A Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo voltou a contar, no dia 15 de janeiro, com o seu parque infantil renovado e remodelado, com equipa-mentos dos mais modernos e adequados às crianças da escola, quer do ensino pré-escolar, quer do 1º Ciclo do Ensino Básico.

Embora a chuva persistente não tivesse colaborado na festa de inauguração, foram muitas as crianças, educado-res e encarregados de edu-cação que se juntaram na Bi-

blioteca Escolar e Centro de Recursos da Escola, para es-cutarem os discursos de to-dos aqueles que uniram es-forços para procederem a esta renovação, avaliada em cerca de 30 mil euros, e há muito ansiada por toda a co-munidade escolar.

A remodelação do parque infantil da Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo, orçado em cerca de 30 mil euros, re-sultou da sinergia entre a As-sociação de Pais, que com-participou com 12.600 eu-

ros na aquisição e aplicação do pavimento de segurança dos equipamentos, a Junta de Freguesia de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, que investiu cerca de 8 mil euros nos trabalhos de construção civil e em materi-ais de construção, e o muni-cípio de Abrantes, que com-participou com cerca de 9 mil euros na recuperação dos equipamentos infantis exis-tentes e na colocação de um novo equipamento.

MRF

Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo tem novo parque infantil

• Críticas sobre o “esvaziamento de competências” nos tribunais do Médio Tejo levadas à Assembleia da República

• Renovação fi cou em cerca de 30 mil euros, contando com comparticipação da Associação de Pais

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Page 16: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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16 FEVEREIRO 2015REGIÃO

Carlos Gonçalves vai ser o novo comandante dos Bombeiros de Tomar, subs-tituindo no cargo Manuel Mendes, que se reformou.

Carlos Gonçalves, 54 anos, atual comandante dos bom-beiros voluntários de Vila Nova da Barquinha aceitou o convite da autarquia e irá ser coadjuvado por Vítor

Tarana (2.º comandante) e ainda pelos adjuntos Paulo Silva, Paulo Freitas e Vítor Bastos. Carlos Gonçalves é técnico superior no Municí-pio da Barquinha e foi eleito recentemente presidente da Federação dos Bombei-ros do Distrito de Santarém, que integra como filiadas as 21 associações de bom-

beiros voluntários e as sete câmaras que têm corpos de bombeiros municipais.

Carlos Gonçalves será substituído pelo atual ad-junto do comando, Jorge Gama, que assumirá a lide-rança dos bombeiros volun-tários de Vila Nova da Bar-quinha.

O Teatro São Pedro, em Abrantes, vai receber, no dia 13 de fevereiro, a fadista Ra-quel Tavares, pelas 21h30.

Raquel Tavares, é hoje con-siderada como uma das mais importantes vozes do fado contemporâneo, tendo cantado pela primeira vez quando tinha 5 anos de idade, e aos 12 anos já par-ticipava em concursos de fado, conseguindo conquis-tar 14 primeiros lugares.

A fadista inicia assim, a sua carreira profissional aos 17 anos, onde a convite do fa-dista Fernando Maurício, estreia-se a cantar em casas de fado por toda a cidade de Lisboa, conseguindo em 2006 editar o seu primeiro disco “Raquel Tavares”, ven-cedor dos prémios Amá-lia Rodrigues e Casa da Im-prensa, na categoria de re-velação.

Em 2014, a fadista cantou

e encantou na Feira do Li-vro de Bogotá e no Centro Cultural Gabriel Garcia Mar-quéz, na Colômbia, onde deu forma ao mote esco-lhido para a comitiva Portu-guesa “Da minha língua vê-se o mar”.

O espetáculo vai decorrer, essencialmente, sobre os te-mas que a artista desenvol-veu ao longo da sua carreira, podendo ainda contar com alguns temas novos.

O mágico Luís de Matos, que anda em digressão pelo país a apresentar o es-petáculo “Chaos”, vai estar no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 31 de janeiro, às 21h30.

Com um trabalho reco-nhecido a nível nacional e internacional, Luís de Ma-tos é o mágico português mais premiado, tendo sido distinguido em 2013 com o “Magic Golden Grolla”, um

dois mais prestigiados pré-mios italianos atribuído aos melhores artistas na área do cinema, televisão, mú-sica e magia.

Os bilhetes para este es-petáculo, com duração de cerca de 90 minutos, po-dem ser comprados no Posto de Turismo de Abran-tes ou na bilheteira do Cine-teatro São Pedro, no dia do evento.

VN Barquinha: Comandante Carlos Gonçalves troca bombeiros da Barquinha pelos Municipais de Tomar

Abrantes: Fadista Raquel Tavares no Teatro São Pedro

Abrantes: Luís de Matos vai espalhar o “Chaos” no Teatro São Pedro

O executivo da Câmara Municipal de Sardoal apro-vou uma redução de 5% nas tarifas fi xas de água, sanea-mento e resíduos para os estabelecimentos comerci-ais e industriais, anunciou a autarquia.

Da atualização de tari-fas de Abastecimento Pú-blico de Água, Gestão de Resíduos Urbanos e Sanea-mento de Águas Residuais e Urbanas para o ano 2015, destaca-se ainda a decisão do município em manter os preços praticados no ano

2014 relativos às tarifas fi-xas e variáveis de todos os serviços, com exceção da tipologia Estabelecimentos Comerciais e Industriais.

Em nota de imprensa, a Câmara de Sardoal observa que esta deliberação “tem por base as dificuldades que a economia local atra-vessa, e pretende incenti-var e apoiar a manutenção e instalação de pequenas e médias empresas” no con-celho, assim como o comér-cio local.

De 27 de fevereiro a 1 de março a cidade de Abrantes volta a receber mais uma edição do Encontro Ibé-rico do Azeite, um evento que conta com debates, de-monstrações culinárias e cursos em torno da temá-tica do azeite.

Durante três dias, o cer-tame promove um Fórum para profi ssionais, mas tam-bém muitas iniciativas para o público em geral, nome-adamente provas, cursos e

demonstrações culinárias.Segundo a organização, o

evento pretende dar con-tinuidade à estratégia de promoção do azeite produ-zido no concelho.

O terceiro Encontro Ibé-rico do Azeite, ainda sem programa oficial, é orga-nizado pelo município de Abrantes e pela Tagus – As-sociação de Desenvolvi-mento Integrado do Riba-tejo Interior.

Sardoal: Autarquia reduz em 5% tarifas fi xas de água, saneamento e resíduos

Abrantes: Encontro Ibérico do Azeite de 27 de fevereiro a 1 de março

A Câmara Municipal de Abrantes abriu as inscrições até ao dia 31 de janeiro para todos os interessados em aderir à Comunidade Lei-tora Abrantina.

Em nota de imprensa, a autarquia explica que a Co-munidade Leitora Abran-tina tem como objetivo fo-

mentar o debate sobre di-ferentes obras literárias, através da organização de encontros e com propósito de tornar a leitura mais esti-mulante, onde poderá exis-tir refl exão, troca de ideias e confronto dos diversos pontos de vista da leitura.

JMC/MRF

Abrantes: Autarquia lança Comunidade Leitora

A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em par-ceria com o Agrupamento de Escolas, a Rede de Bibli-otecas Escolares e a Direção Geral do Livro e das Biblio-tecas, está a organizar a se-gunda edição do “Concurso de Arte Digital”.

A iniciativa, a decorrer até dia 27 de março, tem como objetivo a produção de tra-balhos na área do desenho digital, incentivando a cri-

atividade e a arte neste se-tor, quer no espaço esco-lar, quer para a população em geral.

O concurso estará dividido em três escalões etários (10 aos 15 anos de idade, 16 aos 18 anos e maiores de 19 anos), havendo um pré-mio monetário para o ven-cedor do concurso em cada escalão.

Vila de Rei: II Concurso de Arte Digital incentiva criatividade juvenil

Fundada a 24 de Janeiro de 1986, por elementos que en-tão faziam parte da Junta e Assembleia de Freguesia de Montalvo, a Associação Filar-mónica Montalvense 24 de Janeiro promoveu, no pas-sado dia 24 de janeiro, o seu XXIX Aniversário.

As cerimónias contaram com um desfi le pelas ruas da freguesia, uma homenagem a todos os músicos da Banda Filarmónica que completa-ram 5, 10, 15 e 20 anos de ati-vidade musical e um concer-to de aniversário denomina-

do “Músicas do Mundo”. Ao longo da sua existên-

cia a Banda Filarmónica de Montalvo tem tido uma di-versifi cada atividade através do acompanhamento de ce-rimónias religiosas e espe-táculos realizados de norte a sul do país, no Arquipé-lago dos Açores e, ainda, em França.

Atualmente, a Banda Filar-mónica é composta por 35 músicos com idades com-preendidas entre os 13 e os 32 anos, sendo dirigida pelo maestro Miguel Alves.

Constância: Filarmónica Montalvense assinala XXIX aniversário

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17FEVEREIRO 2015 EDUCAÇÃO

Instituto Politécnico de Tomar prepara Cursos Técnico Superiores Profi ssionais para o Médio Tejo

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) está a preparar um conjunto de Cursos Téc-nico Superiores Profissionais (CTeSP), que são uma nova Formação Superior Politécni-ca com funcionamento previs-to para o próximo ano letivo e que respondem às priorida-des e necessidades da econo-mia do Médio Tejo.

Atento às necessidades do mercado e da região do Mé-dio Tejo, onde se encontra in-serido, o IPT tem previsto o funcionamento destes novos cursos nas mais variadas áreas estratégicas, delineadas tendo em conta as áreas de forma-ção do Politécnico de Tomar ao nível dos cursos de licen-ciatura, mestrado e pós-gra-duação e as áreas de especia-lização onde o IPT tem já uma tradição de produção de co-nhecimento, prestação de ser-viços e articulação com o se-tor produtivo. São elas: Conta-bilidade; Fiscalidade; Gestão; Turismo Cultural; Recursos Humanos; Marketing Digital; Modelação 3D; Dispositivos Móveis; Sistemas Mecatróni-cos; Som e Imagem; Bases de Dados; Conteúdos Digitais; Construções Mecânicas; Re-abilitação Urbana; Recursos

Renováveis; Curtumes; Ges-tão de Qualidade, Controlo e Segurança alimentar; Qualida-de Ambiental; Sistemas de In-formação; Design Multimédia; Proteção Civil; Manutenção de Instalações Elétricas e Equipa-mentos Industriais e Eletróni-ca, Automação e Eletrotecnia. Em funcionamento encontra-se já o TeSP em Produção Ar-tística para a Conservação e Restauro.

Responder ao “exigente mercado de trabalho”

A este propósito, João Coroa-do, vice-presidente do Institu-to Politécnico de Tomar afi rma que “os CTeSP estão a ser pre-parados no sentido da con-solidação da oferta formativa a disponibilizar pelo IPT em toda a região do Médio Tejo. Para o efeito, a formação que está a ser ministrada, no âmbi-to da formação profi ssional do ensino secundário e da Rede de Formação Tecnológica na região, está a ser a chave para permitir a escolha de percur-sos formativos que vão do-tando os formandos de mais competências, conhecimen-tos e aptidões especializadas e que respondem ao exigen-

te mercado de trabalho, no sentido de maiores ganhos de produtividade, crescimento sustentado da economia re-gional e aumento do empre-go cada vez mais qualifi cado. Estes cursos são também di-rigidos aos jovens que preten-dem retomar os estudos e aos ativos que procurem requali-fi cação nas suas áreas de for-mação”.

Estes cursos irão funcionar também deslocalizados do campus do IPT, em regiões de-finidas tendo em conta uma ótica de crescimento inteligen-te do Médio Tejo. Os alunos que optarem por este tipo de formação superior adquirem e desenvolvem as técnicas es-pecífi cas necessárias para ini-ciar uma atividade profi ssional, a possibilidade de prossegui-mento de estudos bem como a integração imediata numa empresa através do estágio as-segurado pelo IPT através do estabelecimento de protoco-los com parceiros institucionais estratégicos e preponderantes na economia regional e nacio-nal. No fi nal, estes cursos con-ferem um diploma de técnico superior profi ssional de nível 5 do Quadro Nacional de Quali-fi cação (QNQ) e da Classifi ca-

ção Internacional Normalizada da Educação (ISCED).

Estes Cursos Técnico Supe-riores - com a duração de qua-tro semestres letivos a que correspondem 120 unida-des de créditos e cuja propina mensal rondará os 50 euros - destinam-se a titulares de um curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente, a todos os que te-nham sido aprovados nas pro-vas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capa-cidade para a frequência do

ensino superior dos maiores de 23 anos. Podem ainda can-didatar-se ao acesso aos cur-sos técnicos superiores pro-fissionais os estudantes que, tendo obtido aprovação em todas as disciplinas dos 10.º e 11.º anos de um curso de en-sino secundário, ou de habili-tação legalmente equivalente, e não tendo concluído o curso de ensino secundário, sejam considerados aptos através de prova de avaliação de capaci-dade a realizar pela instituição de ensino superior.

A vertente de apoio social aos alunos que frequentem estes novos cursos reflete-se na possibilidade de atribuição de bolsa de estudo, comple-mentos de bolsas de estudo para alojamento, complemen-tos de bolsas de estudo para transportes de alunos das Re-giões Autónomas, auxílios de emergência, acesso a unida-des alimentares a preços so-ciais, acesso a alojamento; atri-buição de bolsas de mérito e atribuição de bolsas de estu-dante-colaborador.

• A nova oferta formativa do IPT vai ser descentralizada por vários concelhos da região

DR

Sofi a Mota é a nova diretora da ESTASofia Silva Mota, docen-

te da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, to-mou posse como diretora desta instituição no dia 14 de janeiro, numa cerimónia que reuniu no auditório da ESTA o presidente do Institu-to Politécnico de Tomar (IPT), Eugénio Pina de Almeida, a presidente da Câmara Mu-nicipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, bem como diversas entidades ofi -ciais convidadas.

Sofi a Mota leciona na ESTA desde a sua fundação, há cer-ca de 16 anos. Em declara-ções ao Jornal de Abrantes, destacou “os desafi os que se levantam no futuro” relativa-mente à escola, reforçando que “serão criadas equipas de trabalho para concretizar to-dos os objetivos que foram

apresentados”, tais como a contribuição para a promo-ção e atratividade da região.

Eugénio Pina de Almeida, presidente do IPT, destacou o “dinamismo muito particu-lar da ESTA”, reconhecendo que é um momento “de no-vos desafi os para a nova di-retora”.

Quanto ao futuro, que en-globa novas instalações no Tecnopolo, a nova direto-ra concluiu: “As obras para a transferência dos labora-tórios da Escola para novas instalações já começaram e esperamos que no próximo ano letivo possamos come-çar as aulas nesses espaços. Trabalharemos sempre para o conseguir.”

Joana Madeira, Márcia Gomes e Sérgio Aleluia, alunos de

Comunicação Social da ESTA

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• Sofi a Mota com os três anteriores responsáveis pela Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

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18 EDUCAÇÃO FEVEREIRO 2015

ALUNOS DO ENSINO ARTÍSTICO DE ABRANTES FORAM A LISBOA PARA APRENDER COM OS MÚSICOS DA ORQUESTRA GULBENKIAN

“Nunca tinha visto um oboé na minha vida“A primeira turma de ensino artístico da Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, foi à Fundação Gulbenkian, em Lisboa, para tomar contacto com uma orquestra. As crian-ças, do 5º ano de escolarida-de, assistiram a um ensaio de músicos profi ssionais e parti-ciparam num workshop. Foi, para a maioria, “o dia mais in-teressante” das suas vidas.

SANDRA EUNICE REIS

A Escola Dr. Manuel Fer-nandes, do Agrupamento nº 2 de Abrantes, é uma das escolas públicas que inves-te numa educação alterna-tiva no ensino básico. Des-de o início deste ano leti-vo, os alunos, ao fi ndarem o 4º ano de escolaridade, podem escolher entre o en-sino regular e o ensino ar-tístico especializado.

No ensino artístico espe-cializado os alunos, para além de terem as discipli-nas normais e regulares de todas as outras escolas, fa-zem também uma apren-dizagem no mundo da música, por exemplo. Des-ta forma, estes alunos que querem aprender música não têm que se deslocar a outras instituições de ensi-no para o fazer. Pode con-siderar-se que quem fre-quenta este ensino está a ter uma formação equiva-lente ao que se oferece em conservatórios e escolas de música.

O professor e diretor do Agrupamento de Escolas nº2, Alcino Hermínio, acen-tua a importância de dar uma educação alternativa desde cedo e, neste caso, aprendendo especifica-mente mais sobre música. Para além de apostarem num ensino especializado, apostam igualmente em visitas e outras atividades dentro do mundo da mú-sica. “Estas visitas (de estu-do) são um estímulo e é im-portante que eles tenham estas experiências enrique-cedoras. Queremos apostar também neste tipo de for-

mação. Pô-los em contacto com instituições de prestí-gio e de qualidade .... “

Na chegada a Lisboa, os 30 alunos do 5º ano que constituem a primeira tur-ma deste ensino artístico especializado da Escola Dr. Manuel Fernandes, já se preparavam para seguir as ordens dadas pelos profes-sores sobre como o dia viria a ser organizado. A visita à Fundação Gulbenkian, co-meçou pela Sala do Coro, onde já os aguardava aque-le que viria a ser o professor responsável por lhes falar mais de música, instrumen-tos, inspiração e empenho.

Ainda antes de iniciarem o workshop programado, os alunos tiveram a oportu-nidade de assistir ao ensaio da Orquestra Gulbenkian. A admiração e o respeito pelos músicos mais cres-cidos era visível e audível, visto que, com apenas 10 anos de idade, 30 crianças estavam em completo si-lêncio e a observar atenta-mente toda aquela imen-sidão de músicos e instru-mentos em palco.

Ao serem questionados sobre o que tinham mais gostado daquela manhã, as respostas não eram muito distintas. “O que eu mais gostei foi da aula (workshop) onde aprende-mos a ser músicos de or-questra. Também gostei muito de assistir ao ensaio. Nunca tinha visto um oboé na minha vida “, dizia uma das alunas.

No fim do dia, altura em que se esperava que as crianças acusassem algum cansaço, depois de um dia tão ativo e intenso, a agi-tação era tão visível como quando no início da via-gem. O entusiasmo, por te-rem aprendido e conheci-do novos mundos da músi-ca, era tão grande que era possível ouvir-se, na via-gem de regresso, a maioria afirmar que aquele tinha sido “o dia mais interessan-te” das suas vidas.

• Diretor do Agrupamento nº 2 diz que o objetivo das visitas é pôr os alunos em contacto com “instituições de prestígio e de qualidade”

• Apesar da tenra idade, os alunos do 5º ano do ensino artístico de Abrantes aproveitaram ao máximo tudo o que viram, ouviram e experimentaram

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19EDUCAÇÃOFEVEREIRO 2015

ABRANTES

Prémios de Mérito atribuídos a seis estudantes

A Escola Secundária Dr. So-lano de Abreu, de Abrantes, realizou a tradicional cerimó-nia da entrega de Prémios de Mérito a diversos estudantes dos estabelecimentos de en-sino do concelho.

Na sua terceira edição, os seis alunos premiados des-te ano foram: Inês Alexan-dra, da Escola Octávio Duarte Ferreira, de Tramagal; Caro-lina Batista e Maria Ramos, da Escola Dr. Manuel Fernan-des; Carlos Matos e Ana Albu-querque, da Escola Dr. Sola-

no de Abreu; e João Marcelo Fontaínhas, da Escola Profi s-sional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA).

Jorge Costa, diretor do Agrupamento nº 1, referiu as mais-valias e propósitos da iniciativa, destacando a ação da Câmara Municipal de Abrantes e da empresa Tejo Energia no evento. “Es-tes Prémios de Mérito substi-tuíram os Prémios de Méritos que no passado eram dados pelo Ministério da Educação. A Câmara e a Tejo Energia re-

cuperam esta cerimónia que é muito importante para os jovens estudantes. Trata-se de um evento que serve de estímulo e de incentivo, uma vez que é determinante pre-miar o mérito”, admitiu o di-retor.

A cerimónia, organizada pela Escola Secundária Sola-no de Abreu, contou com o apoio da Câmara Municipal Abrantes e da Tejo Energia e realizou-se no passado dia 19 de dezembro.

JMC

• Uma cerimónia que “serve de estímulo e de incentivo”

A Câmara Municipal de Mação entregou 20 bolsas de estudo e cinco de mérito a alunos do concelho, uma ação que teve início há 10 anos e que premeia o bom desempenho escolar.

N u m i n v e s t i m e n t o autárquico de 30 mil euros, cada aluno bolseiro recebe 150 euros mensais, durante 10 meses do período letivo.

Vasco Estrela, presiden-te da CM de Mação, admite que esta atribuição repre-senta um valor com algum significado, mas prende-se

com uma aposta autárquica na educação e no apoio aos alunos que têm um bom de-sempenho.

“Este ano reforçámos o apoio fi nanceiro e isto inse-re-se numa estratégia traça-da há muitos anos de apoio à comunidade educativa, em especial aos estudan-tes universitários do conce-lho e àqueles que são mais carenciados e que devido ao apoio da Câmara conse-guem frequentar o ensino superior”, explicou o presi-dente.

“O objetivo é que estes jovens possam mais tarde exercer a sua atividade pro-fi ssional no seu concelho, na região ou no país. Estamos conscientes das dificulda-des que ultrapassamos, mas o meu desejo, como qual-quer autarca, é que estes jo-vens possam desenvolver as suas atividades profi ssionais nas suas terras na melhoria de um futuro melhor”, vin-cou Vasco Estrela.

JMC

MAÇÃO

Bolsas de estudo e de mérito reforçadas

• O objetivo é que os jovens possam vir a trabalhar na região

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20 FEVEREIRO 2015CULTURA

Museu de Mação recebe“Prémio Projecto Internacional”

A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) entregou no passado dia 12 de dezem-bro o “Prémio Projecto Inter-nacional” ao Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em Mação. O prémio reconhece o trabalho do Museu “como pólo coor-denador de uma rede inter-nacional de centros de patri-mónio, museus e centros de investigação”. Com efeito, a in-tervenção do projeto do Mu-seu de Mação liga atividades da Europa (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), África (Angola, Namíbia, Tanzânia, Senegal, Etiópia, Cabo Verde), Améri-ca do Sul (Brasil) e Ásia (Fili-pinas).

Luiz Oosterbeek, diretor do Museu, disse ao JA que este prémio é o “reconhecimento de uma estratégia do Museu Municipal e do Instituto Terra e Memória (ITM), com o apoio do Instituto Politécnico de To-mar (IPT), no sentido de cons-truir em Mação uma nova for-ma de encarar o papel dos museus, intervindo na escala global. O Museu e o ITM es-tão hoje envolvidos em proje-

tos de património cultural em mais de 10 países de quatro continentes”.

Ou seja, esta distinção vem premiar, segundo Luiz Ooster-beek, “a internacionalização do Museu”. Que não é apenas do Museu, explica: “É um pro-jeto do Museu, que se articula com os projetos de cursos do Instituto Politécnico de Tomar, Universidade de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro e Universida-de de Extremadura (Espanha), com os programas de investi-gação do ITM em vários paí-ses, etc, mas que é sobretudo a capacidade de tecnicamen-te ajudar a construir projec-tos patrimoniais fora de Por-tugal”.

Quanto aos efeitos que pode ter este prémio, “como todos os outros prémios, é um estímulo para continuar e re-força os novos projetos que temos pela frente. Em 2014 tivemos este reconhecimento por parte da APOM, tivemos o prémio Ibermuseus pelos nossos serviços educativos e tivemos o reconhecimento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia pela museologia

científica. Em conjunto, isso mostra-nos que o caminho estará globalmente correto, e também que é preciso ir mais longe construindo projetos

mais ambiciosos”.Entretanto, o Museu não

esquece o seu próprio espa-ço em Mação. Por isso, está a fazer a reestruturação da

sua exposição permanente, centrada no gesto, com inau-guração a 30 de janeiro.

Não admira, por isso, que Luiz Oosterbeek tenha tam-

bém acabado de ser eleito para um importante cargo junto da UNESCO.

Alves Jana

• Para além da atividade local, a distinção recai sobre o trabalho desenvolvido em mais de 10 países de quatro continentes

Luiz Oosterbeek eleito para renovar o ensino da Filosofi a e das Humanidades

Luiz Oosterbeek foi elei-to secretário-geral do Con-selho Internacional de Filo-sofia e Ciências Humanas (CIPSH), na sua Assembleia Geral reunida em Paris (UNESCO). Este Conselho foi criado em 1949 e reúne a União Académica Interna-cional e as federações inter-nacionais das disciplinas de fi losofi a e ciências humanas (História, História da Arte, Linguística e Literatura, Es-tudos Clássicos, Pré-História e Proto-História e Filosofi a, entre outras).

Segundo Luiz Oosterbeek, pró-presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), que tem participado nos trabalhos deste Conselho,

as suas posições aí defendi-das têm sido escutadas e os seus membros “interessa-ram-se pelas coisas que te-mos feito com o Politécnico de Tomar, particularmente em Mação, e agora com a Comunidade Intermunici-pal, e também por proje-tos que estamos a fazer no Brasil, e que vão ter a par-ticipação deste Conselho”. Por isso, foi convidado para assumir o lugar. Começou por recusar, mas acabou por aceitar, quando percebeu que era possível conciliar o novo desafio com o traba-lho que tem desenvolvido em Mação e Tomar: “Percebi que podia continuar os tra-balhos aqui na região, que

me eram prioritários, e per-cebi que uma coisa pode ajudar a outra.”

O projeto de Oosterbeek é ambicioso: “Mudar, reno-var completamente no en-sino superior, embora com muita ponderação, a forma de ensino das ciências hu-manas. Mudar a Geografi a, Mudar a História, mudar a Arqueologia. Esse é o pro-grama na base do qual eu fui eleito.”

Registe-se que o CIPSH coordena neste momen-to uma refl exão internacio-nal sobre o sentido e a fun-ção das humanidades nas sociedades do século XXI e participa nos principais programas internacionais

de ciência, tecnologia e de-senvolvimento, em colabo-ração com a UNESCO e as academias e universidades dos diversos países. É neste quadro que se insere a tare-fa assumida pelo agora elei-to secretário-geral.

Quanto aos efeitos que terá para a região este seu novo cargo, Luiz Ooster-beek crê que a sua nome-ação “pode ser benéfica para o próprio IPT, se não fosse assim, não teria acei-tado”. E é provável que, em consequência, “novos cur-sos – transversais – venham a ser criados no IPT”.

Alves Jana • A eleição “pode ser benéfi ca” para o IPT e para a região

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Page 21: Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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21FEVEREIRO 2015 SAÚDE

“Mal estar, febre alta, dores muscu-lares e nas articulações, dores de ca-beça e tosse seca”

Estes são os sintomas/sinais mais comuns da gripe, uma doença viral de início súbito, contagiosa, frequen-te entre Novembro e Março, sobretu-do em presença de tempo frio. É uma doença de curta duração, normal-mente 3-4 dias, que habitualmen-te cura espontaneamente. Contudo pode complicar-se sobretudo nas crianças, pessoas idosas e doentes crónicos, levando a uma recupera-ção mais longa e a um maior risco de complicações como a pneumo-nia, ou levar à descompensação da doença crónica existente (asma, dia-betes, doença cardíaca, pulmonar ou renal).

Previna-se! A vacinação é a melhor forma de prevenir a doença e suas complicações, sobretudo nas pes-soas mais vulneráveis. Outras medi-das importantes de proteção e pre-venção da transmissão são: lavar fre-quentemente as mãos com água e sabão (ou toalhetes húmido), usar lenços de papel de utilização única

(deitar nos sanitários ou lixo comum), espirrar ou tossir protegendo a boca com lenço de papel ou com o ante-braço (não utilize as mãos) e reduzir o mais possível, o contacto com ou-tras pessoas.

Se estiver com sintomas de gripe deve …

• Ficar em casa, em repouso.• Agasalhar-se, mas não demasiado.• Medir a temperatura ao longo do

dia e controlar a febre.• Utilizar soro fi siológico para a obs-

trução nasal.• Beber muitos líquidos: água e su-

mos de fruta.Não tome antibióticos sem reco-

mendação médica. Não atuam nas infeções virais, não melhoram os sin-tomas, nem aceleram a cura.

Proteja-se também do frio - Use vá-rias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente; proteja as extremidades do corpo (use luvas, gorro, meias quentes e cachecol); in-gira bebidas e alimentos quentes. Se possível aqueça o ambiente em casa. Tome especial cuidado com crianças e idosos, para evitar queimaduras, e se utilizar lareiras, braseiras, salaman-dras ou equipamentos a gás mante-nha a correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde. Antes de se deitar ou sair de casa certifi que-se de que apagou ou desligou os equipa-mentos de aquecimento, de forma a evitar fogos ou intoxicações.

Se tiver duvidas, ligue para a linha 808 24 24 24. Evite deslocar-se direta-mente aos serviços de saúde.

(Adaptado da DGS)Paula Gil

Enfermeira, USP Médio Tejo

A gripe chegou!?Rotary Club de Abrantes faz novo rastreio visual e auditivo

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

À semelhança do que tem vindo a acontecer desde 2002, o Rotary Club de Abrantes (RCA) organiza, entre os dias 2 e 5 de fevereiro, um rastreio visual e oftalmológico a todas os alunos do 1º ciclo de Abrantes, Sar-doal e Mação. As situações que fo-rem detetadas serão encaminhadas para que os problemas possam ser resolvidos o mais cedo possível. Até agora, quase 5.000 crianças passa-ram por este rastreio, tendo o RCA ajudado as mais carenciadas.

Júlio Miguel, responsável por este projeto do RCA, explica que o rastreio tem diferentes níveis de consequências. “Às vezes, as profes-soras, tomam logo providências.” Por exemplo, quando percebem que uma criança que vê ou ouve mal está no fundo da sala, mudam-na logo para a frente. Noutros ca-sos, os pais são avisados das difi cul-dades auditivas e oftalmológicas dos fi lhos e tratam do assunto pe-los seus meios. Nas situações mais complicadas, de carências econó-micas, o RCA, com a ajuda dos seus parceiros (Caixa Geral de Depósi-

tos, Sarclínica – Sardoal, Óptica Alí-pios e SMA), providencia consultas e obtém descontos ou ofertas de óculos.

“Infelizmente, há uma percenta-gem grande de miúdos que tem dificuldades auditivas ou de vi-são”, adianta Júlio Miguel. Por isso, esta atividade do RCA, que come-ça por ser um alerta, é importan-te. O despiste precoce de eventu-ais defi ciências permite minorar as consequências e esse é o objetivo dos rotários abrantinos.

No ano passado, a intervenção do rastreio permitiu encaminhar um menino com grandes difi culdades de visão para o Sistema Nacional de Saúde. A gravidade do proble-ma exigia já uma intervenção cirúr-gica, mas a criança não estava a ser acompanhada. O médico de oftal-mologia que apoia este projeto do RCA consultou a criança e encami-nhou-a, evitando que o problema se arrastasse. Neste processo e nou-tros mais simples, os professores, as escolas e os agrupamentos têm sido parceiros decisivos.

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22 FEVEREIRO 2015CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

AbrantesAté 28 de fevereiro – Exposição “Escreler” de Manuel Portela – Biblioteca Municipal António Botto21 de fevereiro – Concerto Time - Tributo a Pink Floyd – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 8€27 de fevereiro a 1 de março – III Encontro Ibérico do Azeite – Cineteatro São Pedro28 de fevereiro –Stand Up Comedy com António Raminhos e Hugo Sousa – Sociedade Artística Tramagalense, 22h – 5€31 de janeiro a 20 de março – Exposição “Maria Lucília Moita” – quARTel – Galeria Municipal de Arte de Abrantes

Constância Até 28 de fevereiro – Exposição “Física do Voo” – Centro de Ciência Viva, das 14h30 às 18h

Mação1 de fevereiro – Festa do Senhor das Encruzilhadas – Arruada pela Filarmónica União Maçaense, cerimónia religiosa e almoço-convívio Até 28 de fevereiro – Exposição “Os Bainounk em Mação” de Amadou Kane Beye – Edifício dos Paços do Concelho

Sardoal Até 7 de março de 2015 – Exposição alusiva ao Teatro do GETAS – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente

Vila de Rei Até 28 de fevereiro – Exposição “Desafi o”, pintura de Edite Nunes – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da BarquinhaAté 24 de Maio – Exposição “Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira - Galeria do Parque

AGENDA DO MÊS

A Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, recebe uma exposição de Ângela Ferreira, artista represen-tada no Parque de Escultura Contemporânea Almourol. Em “Indépendance Cha Cha”, a autora apresentará uma nova escultura, inspirada na sua participação na Bienal de Lubumbashi 2013, na Repú-blica Democrática do Congo, evocando a arquitetura colo-nial dos anos 50 no centro ur-

bano da capital de Katanga. A exposição reúne traba-

lhos de escultura e vídeo. “In-dépendance Cha Cha” não se resume a vídeos, consiste, antes, numa escultura que reproduz a fachada de um edifício. Uma experiência do espaço através do som, da música, dos sentidos das can-ções.

Ângela Ferreira nasceu em Maputo, Moçambique, em 1958, e atualmente vive e tra-

balha alternadamente entre África do Sul e Portugal.

A exposição sucede a “Con-fi dencial/Desclassifi cado: MISSA CAMPAL”, de Manuel Botelho, e insere-se, uma vez mais, na parceria do Municí-pio de Vila Nova da Barqui-

nha com a Fundação EDP na programação da Galeria do Parque. “Indépendance Cha Cha” tem entrada gratuita e pode ser visitada de quarta a sexta-feira das 11h às 13h e das 14h às 18h e aos sábados e domingos das 14h às 19h.

Rock na Vila anuncia primeiros nomes do cartaz

A arquitetura e o passado colonial em exposição de Ângela Ferreira

Vila de Rei começa a prepa-rar a décima segunda edição do Festival Rock na Vila, que acontece nos dias 5 e 6 de junho. Diego Miranda, Fer-nando Alvim e Hugo Rafael são os primeiros DJs anunci-ados pela autarquia que vão marcar presença na Tenda Eletrónica. No palco princi-pal, Soul Brothers Empire e Checkpoint Charlie são as bandas confirmadas até ao

momento. O prestigiado Diego

Miranda ruma a Vila de Rei no dia 5 de julho. Conside-rado um dos DJs e Produto-res mais influentes de Por-tugal, Diego Miranda tem vindo a conquistar um forte destaque internacional, prova disso é a digressão que fez em janeiro pelo Bra-sil e China. Ainda no dia 5, a banda Soul Brothers Empire,

de Proença-a-Nova, inter-pretará temas reggae, punk, rock e ska.

Checkpoint Charlie, banda oriunda de Lisboa, abre a se-gunda noite com o seu rock com influência em Radio-head, Pixies, The Cure, De-peche Mode, Nirvana… Já presença habitual no festi-val, Fernando Alvim encerra o Rock na Vila no dia 6 de junho. O reconhecido radi-

alista português, regressa a um palco que bem conhece e é garantia de animação até ao início da manhã.

Estão assim revelados os primeiros nomes de um pro-grama que integrará mais bandas e DJs. Em breve a autarquia vilarregense di-vulgará mais nomes a que o Jornal de Abrantes dará des-taque nestas páginas.

O Cineteatro São Pedro, em Abrantes, vai receber o espetáculo “TIME – Tributo a Pink Floyd”, a 21 de fevereiro, pelas 22 horas. No concerto vão ouvir-se temas como “Breathe”, “Another brick in the wall”, “Time”, “Shine you crazy diamond” e “Wish you were here”, entre muitos ou-tros, em interpretações da banda “TIME”.

O tributo pretende prestar homenagem à mítica banda, através de temas imortais que durante os anos 70 e 90 povoaram a memória de vá-

rias gerações.A banda “TIME” integra An-

tónio Tomás, António Ber-nardo, Paulo Bispo, Ricardo, Tó Zêzere, Zé Pedro, Ana Ber-nardo, Ana Patrícia Sanga-nha e Mariana Azevedo. De-pois de Abrantes, a banda tem já agendado um con-certo no Cineteatro Munici-pal de Ponte de Sor, a 4 de abril.

Os bilhetes custam 7,5 eu-ros e podem ser comprados na loja FH5 em Alferrarede.

Banda Time presta tributo aos Pink Floyd em Abrantes

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

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SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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23FEVEREIRO 2015 PUBLICIDADE

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ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

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Pedro Manuel Tavares Campos Ferreira da Costa30 de Janeiro de 1995

20º ANIVERSÁRIO LUTUOSO

Era uma manhã muito cedo, húmida e a chuva caía miudinha.À saída, como sempre: - ATÉ LOGO! Foi a última vez que o pronunciaste e a derradeira que te ouvimos. Decorreram 20 anos, e se o tempo vai diluindo as mágoas, uma lágrima furtiva e teimosa aflora aos nossos olhos sempre que a tua imagem é referida – o teu sorriso, a tua bonomia. Ficarás para Sempre na nossa memória.

Sufragando a sua memória será celebrada missa em 30 de Janeiro de 2015, na Igreja de S. Vicente, pelas 19h15.

Agradecemos desde já a todos quantos puderem assistir, em presença ou espírito.Seus PaisSeus Irmãos.

CARTÓRIO NOTARIALJoana de Faria Maia, Notária

EXTRACTOJoana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25

de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativa-mente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justifi cação, lavrada a vinte e três de Dezembro de dois mil e catorze, no Livro de escrituras diversas número Trinta e Oito – G, iniciada a folhas noventa e nove, deste Cartório Notarial, Cátia Margarida Pires Batista, solteira, maior, natural do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residente na Rua Gaspar Correia, Lote 4, primeiro esquerdo, no Bairro Catroga e Gaio, em Abrantes, NIF 242702244, e, Sérgio Pires Batista e mulher Sandra Cristina da Piedade Silva Janeiro, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele, natural do Souto, mencionada União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto ela, de Abrantes (São Vicente), dita União das Freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede, residente na Rua Actor Taborda, número 32, segundo, Abrantes, NIFs 242 722 610 e 204 659 256, declaram ser com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: Misto, composto de casa de rés-do-chão para habitação, sótão amplo, uma dependência anexa que se destina a garagem e outra a arrecadação com a superfície coberta de cento e dezassete metros quadrados, e, logradouro, com oitenta e dois metros quadrados, e, cultura arvense, oliveiras, fi gueiras, pinhal, sobreiros, com a área de três mil cento e vinte metros quadrados, sito na Rua do Cabeço, número 146 Atalaia, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, inscrito na matriz urbana sob o artigo 1317 (teve origem no artigo 2451 da extinta freguesia do Souto, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial de 20.200,13€, e, na matriz rústica sob o artigo 273, secção BS, com o valor patrimonial IMT de 247,89€; Que a parte urbana do supra descrito prédio encontra-se já descrita na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número três mil duzentos e setenta e dois e aí registado a seu favor pela apresentação número cinco mil duzentos e nove, de catorze de Maio de dois mil e dez; Que a parte rústica, não se encontra ainda descrita no Registo Predial, e compõe-se de prédio com cultura arvense, oliveiras, fi gueiras, oliveiras, pinhal, sobreiros, e, urbano, com a área de três mil cento e vinte metros quadrados, confrontar do Norte, com Francisco Manuel, do Sul, com herdeiros de Maria da Ascensão e herdeiros de Maria Ascensão Moura Santos, do Nascente, com estrada publica, e, do Poente, com João Pedro Júnior e Rosa do Rosário Soares, sito em “Atalaia”, da dita União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, e, inscrito na matriz rústica sob o artigo 273, secção BS, com o valor patrimonial IMT 247,89€, a que atribuem valor igual; O certo porém é que a primeira e segundo outorgantes não possuem título formal que legitime o seu domínio apenas sobre a parte rústica do referido prédio, parte rústica essa que veio à sua posse, ao tempo solteiro, menores (e que assim fi ca tendo a qualidade de bem próprio do segundo outorgante marido), por partilha verbal entre os co-herd-eiros de José Galucho de Moura e mulher Elisa de Ascensão Pires- casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes em Atalaia, Souto, em Abrantes, já falecidos – sua mãe, Maria de Fátima Pires Moura Batista, casada com Isidro Manuel Batista, comunhão geral de bens, residentes no Souto, Abrantes, sua tia Élia da Conceição Pires de Moura, casada com António Rosário Delgado, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente em Lisboa, e, seu tio Carlos Manuel Pires Galucho de Moura, solteiro, maior, reside em Lisboa, em data que não podem precisar, mas sensivelmente cerca do ano de mil novecentos e noventa e três; não obstante isso, vem a referida parte rústica não descrita, a ser possuída pelos ora justifi cantes, e por seus antepossuidores, há mais de vinte anos, dele retirando todas as suas utilidades, limpando-o, desbastando-o, apanhando a lenha, e pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacifi ca, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, eles justifi cantes adquiriram em compropriedade a citada parte rústica do citado prédio por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.Abrantes, vinte e três de Dezembro de dois mil e catorzeA Notária Joana de Faria Maia(Jornal de Abrantes n.º 5528 de Fevereiro de 2015)

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