jornal de abrantes abril 2013

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de Novos candidatos autárquicos, partidários e independentes Júlia Amorim assume a corrida para manter a Câmara de Constância nas mãos da CDU, enquanto no Sardoal surge um grupo de independentes. Em Abrantes, Elza Vitório, do PSD, vai lutar pelo lugar do Maria do Céu Albuquerque, do PS, que se recandidata. Págs. 4 e 5 “Os portugueses deviam pensar nas vantagens da cortiça” A Sofalca, que trabalha com aglomerado negro de cortiça, foi distinguida com o Prémio Excelência PME’s 2012. Paulo Estrada, um dos seis irmãos desta empresa familiar, explica os contornos de uma gestão cuidada. E apresenta a nova aposta no design e decoração. Pág. 3 O setor vitivinícola continua a ser uma aposta na região A Casal da Coelheira remodelou a sua loja de atendimento ao público e apresenta um novo investimento de um milhão de euros, com o apoio de fundos comunitários. A Adega Quinta da Parrada dá os primeiros passos no setor, mas já pensa na internacionalização. Pág. 11 ELEIÇÕES ENTREVISTA VINHOS Cidadãos movimentam-se para recuperar a pediatria no Hospital de Abrantes ABRIL 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5506 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO Uma petição e um abaixo-assinado estão a circular em Abrantes, e na internet, fazendo pressão para que a pediatria volte ao Hospital local. Um grupo organizado de cidadãos lança o alerta: “em situações de emergência o transporte para Torres Novas pode colocar em causa estados clínicos”. Paulo Vasco, do Conselho de Administração, garante que “a qualidade de atendimento melhorou significativamente na pediatria depois da restruturação” do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Pág. 6

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Jornal de Abrantes

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Page 1: Jornal de Abrantes Abril 2013

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

Novos candidatos autárquicos, partidários e independentesJúlia Amorim assume a corrida para manter a Câmara de Constância nas mãos da CDU, enquanto no Sardoal surge um grupo de independentes. Em Abrantes, Elza Vitório, do PSD, vai lutar pelo lugar do Maria do Céu Albuquerque, do PS, que se recandidata. Págs. 4 e 5

“Os portugueses deviam pensar nas vantagens da cortiça”A Sofalca, que trabalha com aglomerado negro de cortiça, foi distinguida com o Prémio Excelência PME’s 2012. Paulo Estrada, um dos seis irmãos desta empresa familiar, explica os contornos de uma gestão cuidada. E apresenta a nova aposta no design e decoração. Pág. 3

O setor vitivinícola continua a ser uma aposta na região A Casal da Coelheira remodelou a sua loja de atendimento ao público e apresenta um novo investimento de um milhão de euros, com o apoio de fundos comunitários. A Adega Quinta da Parrada dá os primeiros passos no setor, mas já pensa na internacionalização. Pág. 11

ELEIÇÕES ENTREVISTA VINHOS

Cidadãos movimentam-se para recuperar a pediatria no Hospital de Abrantes

ABRIL 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5506 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

Uma petição e um abaixo-assinado estão a circular em Abrantes, e na internet, fazendo pressão para que a pediatria volte ao Hospital local. Um grupo organizado de cidadãos lança o alerta: “em situações de emergência o transporte para Torres Novas pode colocar em causa estados clínicos”. Paulo Vasco, do Conselho de Administração, garante que “a qualidade de atendimento melhorou signifi cativamente na pediatria depois da restruturação” do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Pág. 6

Page 2: Jornal de Abrantes Abril 2013

jornaldeabrantes

2 ABRIL 2013ABERTURA

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

EditoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

[email protected]

RedaçãoRicardo Alves

(CP. 9685)[email protected]

Alves JanaAndré Lopes

Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 785 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

ImpressãoGrafedisport, S.A.

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia

jornal abrantesde

Já sabe se vai receber ou pagar IRS e fez algumas poupanças para fazer face a aumento de impostos?

José Guedes58 anos, Funcionário Público, Abrantes

Em princípio vou receber. Porque tem sido habitual, receber todos os anos. Embora vá ser um bocadinho menos este ano, por causa do au-mento da taxa do IRS. Tenho algu-mas poupanças. Embora seja muito difícil poupar com aquilo que se re-cebe hoje em dia.

Aceitar as críticas

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

Quando determinados assuntos começam a borbulhar na comunidade devem ter refl exo na imprensa da região, por muito que isso gere algumas incompreensões. Os temas polémicos que recentemente têm vindo a lume acabam por refl etir, quase na sua essência, opções de gestão. Falta dinheiro, há cortes que têm que ser feitos e essas opções também geram incompreensões. Mas a verdade é que só quem está à frente de instituições (sejam elas públicas, privadas ou de solidariedade social) é que se sujeita a críticas em alta voz. Porque só quem não assume responsabilidades (porque não pode ou não quer) é que está livre de ser alvo das análises públicas.

Às vezes é difícil explicar o que verdadeiramente aconteceu ou o que verdadeiramente está em causa. Porque frequentemente os contornos das questões são mais complexos do que aquilo que os responsáveis pelas tais opções podem dizer na praça pública. Por outro lado, ainda não temos uma vivência em sociedade que nos permita exigir que quem denuncia o faça de rosto destapado. Por isso os jornalistas assumem o compromisso de proteger as suas fontes de informação quando se justifi ca o anonimato.

Como alguém disse, este é um caminho que se faz caminhando. E enquanto o interesse público continuar a ser o mais importante, o que se deve fazer é desenvolver todas as tentativas no sentido de elucidar as comunidades. Sobretudo em matérias que têm diretamente a ver com a vida das pessoas. Às vezes não se consegue. Às vezes fi ca-se pela rama. Mas pelo menos os cidadãos não fi cam com a sensação de que assuntos importantes passam sempre ao lado. E nesta opção que a imprensa faz, naturalmente que também pode ser criticada… HÁLIA COSTA SANTOS

António José Augusto72 anos, Reformado, Abrantes

Pelos meus cálculos… vou pa-gar e não é tão pouco quanto isso, que eles fi cam logo com o dinheiro à entrada! Pago e pago bem. Com aquilo que o Gaspar nos dá, o que é que podemos poupar? A pergunta está mal feita. Devia ser: quanto é que falta por mês para que você suporte as despesas que tem ne-cessidade?

Maria Agostinho68 anos, Relojoeira, Abrantes

Vou pagar, porque pelos meus cálculos vou pagar. Receber, nunca recebi. Não tenho poupanças, os ladrões roubam-me tudo. Já fui roubada três vezes em 700 e tal mil euros, portanto não tenho pou-panças.

UMA POVOAÇÃO BelverUM CAFÉ SopadelPRATO PREFERIDO Cozido à por-tuguesaUM RECANTO PRA DESCOBRIR Passeio pedonal em Belver até à fonte velhaUM DISCO Contos velhos rumos novos de Zeca AfonsoUM FILME Era uma vez na América de Sérgio LeoneUMA VIAGEM Cruzeiro no rio Volga entre S. Petersburg e Moscovo

UMA FIGURA DA HISTÓRIA D. João II, pela sua visão de futuroUM MOMENTO MARCANTE Ter concluído a licenciaturaUM PROVÉRBIO Quem sabe faz a hora, não espera acontecerUMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um pas-seio de Catamaran no Tejo entre Belver e o FratelUM SONHO Ver este país em me-lhor situação

SUGESTÕES

Carlos Grácio

IDADE 57 anosRESIDÊNCIA AbrantesPROFISSÃO Professor deEnsino Secundário

Alferrarede vai perder sede de freguesia na próxima reorganização administrativa do território. Esta é uma forma de protesto e de luto da Junta de Freguesia.

Page 3: Jornal de Abrantes Abril 2013

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3ABRIL 2013 ENTREVISTA

PAULO ESTRADA, DA SOFALCA, APRESENTA O POTENCIAL DO AGLOMERADO NEGRO DE CORTIÇA, DESDE O ISOLAMENTO ATÉ AO DESIGN

“Temos muita vontade de inovar e de resolver problemas”HÁLIA COSTA SANTOS

A Sofalca é uma empresa se-diada em Abrantes que trabalha com aglomerado negro de cortiça e que exporta cerca de 80% do seu produto. Acabou de ser distinguida com o Prémio de Excelência 2012 para Pequenas e Médias Empresas. Começou em 1966, com outros só-cios, mas atualmente pertence na totalidade aos seis irmãos da famí-lia Estrada, fi lhos de um dos funda-dores, estando três deles a trabalhar na fábrica. A terceira geração acaba de entrar, num momento em que novos desafi os se colocam.

Paulo Estrada, o irmão mais velho dos três, fala em nome da família sobre um percurso que se fez com uma mistura de cautela na gestão e de inovação em equipamentos e produtos. As especiais caracterís-ticas térmicas, acústicas e ecológi-cas da cortiça, combinadas com o momento de crise, fazem com que este produto volte a ser procurado para o isolamento de edifícios, so-bretudo no campo da reabilitação. O facto de se tratar de um produto 100% natural contribui para a sua crescente utilização em objetos de design e decoração.

Como é que a Sofalca fez a dife-rença num percurso de 1966 até aos dias de hoje?

Contrariamente ao que era prá-tica na altura, a Sofalca não se ins-talou numa zona industrial nem no Norte. Instalou-se em Abrantes, no meio da fl oresta, junto da matéria prima e junto do caminho de ferro, reduzindo custos.

Ainda antes do 25 de abril, foi ins-talada na Sofalca a primeira caldeira de queima mista, para aproveitar o então lixo vegetal da cortiça que re-sulta no processo de limpeza, que hoje se chama biomassa. Fomos pioneiros e hoje somos 95% auto-sufi cientes energeticamente .

Depois do 25 de abril tivemos um ano muito complicado porque dei-xou de se vender. Em 1975 criou-se a Isocor, com a quase totalidade dos fabricantes de aglomerado negro de cortiça, para vender no estran-geiro a um preço único. Neste mo-mento, a produção da Isocor é toda da Sofalca.

A sobrevivência também tem a ver como uma boa gestão de cus-

tos. A gestão da Sofalca é feita dire-tamente pelos irmãos. A nossa pre-sença diária desde as 8 horas cria com os trabalhadores um clima fa-miliar de colaboração.

Os outros produtos que entre-tanto surgiram prejudicaram a cortiça?

Até à década de 50/60 a cortiça não teve concorrência, não havia outros produtos de isolamento. De-pois começaram a aparecer os de-rivados do petróleo e as lãs mine-rais, que vieram fazer muita concor-rência à cortiça. Perdemos muitos mercados, mas aqueles onde nos mantivemos foi sobretudo pela ex-celência de a cortiça negra ser um produto 100% natural, sem cola, reciclável, eterno, ecológico, leve e saudável. Temos uma classifi cação francesa A+ que certifica a quali-dade do ar interior. Para além disso é isolante térmico e acústico, quando muitos dos concorrentes só fazem isolamento térmico.

É verdade que a cortiça arde, mas é de combustão lenta e não liberta

gases tóxicos. E, curiosamente, tem a mesmo classificação da esfero-vite, que arde em cinco segundos quando a cortiça leva uma hora a arder. Para resolver o problema po-demos aplicar um verniz que não arde. Vai encarecer o produto, mas é uma solução.

Era importante que o Governo de-terminasse que as obras públicas deviam ser feitas com cortiça, por-que é um produto nacional. Os pró-prios portugueses, quando fazem obras, deviam pensar nas vanta-gens da cortiça.

Que novas aplicações foram sur-gindo para a cortiça?

A aplicação tradicional era a caixa de ar com material isolante pelo meio. Depois apareceu o capoto, que permite revestir toda a casa por igual sem uma segunda parede, po-dendo dar-se o revestimento que se quiser. É mais resistente ao im-pacto e tem a vantagem de ser per-meável ao vapor, deixando as casas respirar. Outra aplicação é a cortiça como revestimento à vista em que

a única alteração é que a cortiça passa para uma cor mais clara. Mas suporta as condições térmicas mais severas, desde climas de neve até aos 50 graus.

Recentemente, a regulamentação dos coefi cientes de produtividade térmica e acústica que as casas têm que ter permitiu-nos crescer no mercado interno.

O que é que a Sofalca tem vindo a fazer para não estar tão depen-dente da construção?Fizemos aquela pergunta óbvia: o que mais se pode fazer com a cor-tiça? Havia já no mercado uma ten-dência que era ‘a cortiça está na moda’ e resolvemos aderir a essa moda. Vimos algumas peças a de-signers internacionais e vimos que podíamos fazer peças ao nosso jeito. Houve uma designer que nos consultou, a Ana Mestre, que já ti-nha a marca Corque. Encomend-ou-nos uma peça que até agora é a mais mediática: a Lagarta. Tem a marca Corque, da designer, mas é produzida pela Sofalca.

Depois fomos visitados por ou-tro designer, o Toni Grilo, que faz umas peças muito giras, que são os Macarrones, que são vendidos em França. Acabámos de o contra-tar como diretor criativo para de-senvolver a marca que entretanto criámos, a BlackCork. Apesar de ter-mos a nossa marca queremos con-tinuar a ter parcerias com arquite-tos e designers. Por exemplo, neste momento o arquiteto Pedro Cam-pos Costa está numa exposição em Hong Kong com 300 candeeiros e três sofás em formato tridimensio-nal que são nossos.

Que outras apostas têm feito?Temos colaborações com institui-

ções de ensino superior. Assinámos recentemente um protocolo com a ESTA, como forma de aprender com as teorias e utilizar as sinergias. E a Universidade da Beira Interior está a desenvolver uma peça feita com a nossa cortiça para coberturas ajardinadas horizontais e verticais. O projeto chama-se Geogreen e é muito interessante.

Como é que receberam o Prémio de Excelência 2012?

As nossas condições e as condi-ções de trabalho são as mesmas de há muitos anos. O que temos agora é mais exposição, por causa dos protocolos e dos projetos em que temos investido. O Prémio veio re-conhecer o mérito da nossa gestão, que embora seja familiar é atuali-zada, assim como a capacidade que temos tido de responder aos desa-fi os, sobretudo em épocas de crise. Também temos ajudado muitas ins-tituições.

Como é que vê o futuro?O futuro é um pouco como a cor-

tiça: ora está em cima ora está em baixo. É incerto, mas também é pro-missor. Vamos andando, com muita cautela, porque os custos são mui-tos. Temos muita vontade de inovar e de resolver problemas. Com o de-senvolvimento da marca BlackCork vamos continuar a apostar na qua-lidade dos nossos produtos. Temos esperança de que se conseguirmos valorizar o produto pelo mobiliá-rio as pessoas percebam que tam-bém é um bom produto para iso-lamento.

• Paulo Estrada: “O Prémio (PME Excelência) veio reconhecer o mérito da nossa gestão”

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Page 4: Jornal de Abrantes Abril 2013

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4 ABRIL 2013AUTÁRQUICAS

RICARDO ALVES

Aos poucos, novos candida-tos à liderança das autarquias vão sendo conhecidos. Qua-tro alternativas à continui-dade foram apresentadas nas últimas semanas.

Elza Vitório é a candidata

nomeada pela Comissão Po-lítica de Secção de Abrantes do PSD para concorrer à Câ-mara Municipal de Abrantes (CMA). A nomeação tem ainda de ser analisada pela Comissão Política Nacio-nal dos social-democratas aguardando-se a homologa-ção. No entanto, tudo aponta para que Elza Vitório seja apresentada publicamente, juntando-se aos candidatos já conhecidos: pelo PS, Maria do Céu Albuquerque, que se recandidata a um segundo mandato à frente da autar-quia; pelo CDS-PP, Luís Reis.Em entrevista à Antena Livre, Manuela Ruivo, presidente da Comissão Política abran-tina do PSD, traçou o perfil da candidata: “uma mulher com grande currículo, licen-ciada em Finanças, que tem demonstrado as suas com-petências como profi ssional ao longo da sua carreira, com uma grande capacidade de liderança e humildade”. Para Manuela Ruivo, estas são as características“imprescindí-veis para liderar a CMA”.

A presidente da Comissão Política do PSD afi rma ainda que “não há ninguém no concelho, neste momento, com as capacidades de cria-ção e desenvolvimento eco-nómico” apresentadas por Elza Vitório. E que o PSD, com esta candidatura, “pretende mostrar à população que é uma alternativa, após déca-das de governação socialista, que nos colocou com a se-gunda taxa mais alta de de-semprego do distrito, que levou ao êxodo das pes-soas das zonas rurais e não criou alternativas aliciantes para o retorno e fixação no nosso concelho dessas mes-mas pessoas, nem dos jo-vens”, referindo-se em espe-

cial aos jovens licenciados.Elza Vitório nasceu em Tramagal e é licenciada em Finanças, tendo sido dire-tora dos Centros de Forma-ção Profissional de Tomar e Abrantes. Atualmente é dire-tora do Centro de Formação Profi ssional de Santarém. Po-liticamente, a candidata soc-ial-democrata integra a Mesa da Assembleia do partido em Abrantes e foi deputada na Assembleia Municipal de Abrantes.

PSD Constância aposta em José da Luz

Em Constância há mais um candidato à câmara munici-pal, desta vez dos social-dem-ocratas. José Horta da Luz já foi candidato em Constância, nomeadamente à Assem-bleia de Freguesia também pelo PSD e junta-se aos outros candidatos, António Mendes, major paraquedista, pelo Partido Socialista e a atual vereadora eleita pela CDU, Júlia Amorim [ver página 5].

José Horta da Luz é ex-sarg-ento do exército e também professor desde 1997. Tem ainda um passado ligado à comunicação social da re-gião, tendo sido redator do Jornal Abarca, chefe de re-dação do Jornal de Abrantes, diretor do jornal Gazeta do Tejo e diretor do Jornal Men-sageiro do Tejo. Também é cofundador da associação Rádio Jornal de Constância.O PSD foi a terceira força polí-tica mais votada em Constân-cia nas últimas eleições em 2009, com 10,94% dos votos.

Independentes em Sardoal

O Grupo de Independen-tes de Sardoal (GIS) é lide-rado pelo cabeça de lista Rui Serras na corrida autárquica em Sardoal. Rui Serras, de 40 anos, empresário licenciado em Gestão de Empresas, foi entrevistado nos estúdios da Antena Livre e defendeu a necessidade de “fixar os jo-vens e dar-lhes oportuni-

dades de emprego”. O can-didato independente de-fende ainda que se deve voltar “o foco para a fl oresta, uma das grandes riquezas do concelho, senão a maior”.Na base da criação do GIS está, segundo Rui Serras, “o facto de ser necessário uma mudança após 36 anos do mesmo”. A candidatura reu-niu as assinaturas necessárias para avançar para a corrida eleitoral e, para além das listas para a Câmara Municipal de Sardoal, o movimento inde-pendente vai concorrer tam-bém à assembleia municipal.“Estamos numa fase de pros-peção e diálogo no terreno”, conta Rui Serras. “E vamos equacionar se apresentare-mos listas para as juntas e assembleias de freguesia do concelho.”

Jorge Faria: “Uma cidade para as pessoas”

O candidato socialista à Câmara Municipal do En-troncamento (CME) foi re-

ceber o secretário-geral do partido ao comboio, no dia da sua apresentação, dia 15 de março. A viagem feita de comboio serviu de mote para o tema da degradação do mundo ferroviário na ci-dade: “Temos de preservar o património e melhorar as acessibilidades e a segu-rança de todos quantos no seu dia a dia necessitam de recorrer ao comboio”, criti-cando as condições atuais da estação e também do es-paço ferroviário na cidade.O desemprego e a segurança foram outros temas que sus-citaram muitos aplausos na noite de apresentação.

Num dia marcado pelas previsões pessimistas sobre o desemprego em Portugal, Jorge Faria criticou a “inação” do atual executivo de maio-ria PSD, liderado por Jaime Ramos, afi rmando que é pre-ciso apostar “no desenvol-vimento de parcerias com vista à criação de incubado-ras de empresas”, “melhorar as condições de atratividade

de novas empresas”, bem como apoiar as empresas que existem no concelho”.

Candidato preocupado com falta de segurança

O tema da segurança foi igualmente motivo para ar-rancar aplausos das cerca de três centenas de pessoas presentes no jantar, acu-sando a Câmara de não ter tido “capacidade para fazer com que a nova esquadra da PSP fi casse do lado norte da cidade - freguesia de Nossa Senhora de Fátima”, o que, segundo Jorge Faria, garan-tiria “uma diminuição dos níveis de insegurança sen-tidos naquela zona da ci-dade” e contribuiria para o “desenvolvimento de uma nova centralidade”. O bairro social Frederico Ulrich tem sido foco de insegurança no Entroncamento, a nova es-quadra da PSP vai localizar-se junto à estação de cami-nho de ferro por opção da mesma.

PSD ANUNCIA ELZA VITÓRIO EM ABRANTES E JOSÉ DA LUZ EM CONSTÂNCIA

Autárquicas aquecem com anúncios de candidaturas em toda a região

• Abrantes já tem duas candidatas no feminino

Page 5: Jornal de Abrantes Abril 2013

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5ABRIL 2013 POLÍTICA

CDU apresentou Júlia Amorim para manter Constância

A atual vereadora foi apre-sentada no dia 14 de março como cabeça de lista para a Câmara Municipal de Cons-tância (CMC). Perante cerca de uma centena de pessoas, na conhecida esplanada ‘Pe-zinhos no Rio’ junto ao Tejo, perto da Casa Memória Ca-mões, Júlia Amorim apresen-tou a sua candidatura con-tando com a presença dos deputados eleitos pelo PCP na Assembleia da República.

Os deputados António Fi-lipe e Madeira Lopes, eleitos pelo distrito de Santarém, marcaram presença na apre-sentação. O mesmo não se pode dizer de Máximo Fer-reira, atual presidente da CMC, eleito pela CDU, que duas semanas antes anun-ciara a sua não recandida-

tura, após apenas um man-dato à frente da autarquia.

No entanto, Júlia Amorim não deixou de elogiar o tra-balho do ainda presidente da autarquia: “um homem com grande prestígio nacional, que de uma forma desinte-ressada projetou a ciência as-tronómica a nível do país e até internacionalmente”.

A candidata, professora li-cenciada em Biologia e Geo-logia pela Universidade de Aveiro, autarca há mais de 25 anos, recordou a altura em que António Mendes, ex-pre-sidente da autarquia e atual presidente da Assembleia Municipal, a convidou para a Junta de Freguesia de Cons-tância, dando o mote para uma breve alusão à sua car-reira autárquica que desde

1994 se centra na Câmara Municipal, como vereadora.

Reforçar a coesão do territó-rio concelhio, valorizar o po-tencial humano e turístico e promover defi nitivamente a presença de Luís de Camões em Constância como pólo de atração cultural são algu-mas das propostas e objeti-vos que Júlia Amorim apon-tou para seduzir o eleitorado. Mas também prometeu lutar pelos serviços públicos que existem no concelho.

A candidata criticou a “pas-sividade” da Comunidade In-termunicipal do Médio Tejo (CIMT): “Temos de ser fi rmes, a nossa Comunidade, ao nível do Médio Tejo, tem de ter um peso, uma força, uma expres-são na região. A CIMT tem de ser forte e são os presidentes

do Médio Tejo que têm lá as-sento”. Reforçando a sua ideia, afi rmou que, “com convicção e tristeza” vê “muita passivi-dade na Comunidade e na obrigação de todos quantos têm assento nela, a Comu-nidade não é para cada um gerir o seu concelho”. Para a candidata, a CIMT “deve ser reorganizada para rentabili-zar os recursos necessários para que o nosso território como um todo seja a expres-são do nosso país e tenha um

crescimento sustentado na nossa região”.

A mandatária da candida-tura de Júlia Amorim é Ana-bela Grácio, diretora do Agru-pamento de Escolas Luís de Camões de Constância. Na apresentação elogiou a can-didata distinguindo algumas das suas características: “ex-periência, sensibilidade social, combatividade e capacidade de trabalho em equipa”.

António Mendes, autarca histórico no concelho, rec-

andidata-se à presidência da Assembleia Municipal. Men-des foi presidente da autar-quia durante 24 anos, até 2009, substituído no cargo por Máximo Ferreira.

Os candidatos conhecidos em Constância são António Luís Mendes, pelo PS, José da Luz, pelo PSD, e agora Jú-lia Amorim, pela CDU. Todos estes candidatos têm em co-mum o facto de serem refor-mados.

Ricardo Alves

• Júlia Amorim, a primeira mulher a contar da esquerda, é uma candidata que quer defi nitivamente promover Camões

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Page 6: Jornal de Abrantes Abril 2013

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6 ABRIL 2013

“Parece que é necessário acontecer uma desgraça para que algo seja alterado ao ní-vel do Centro Hospitalar do Médio Tejo”. É desta forma que o Grupo de Cidadãos de Abrantes (GCA) resume as suas preocupações. Em de-clarações ao Jornal de Abran-tes, este grupo defende que o facto de não haver a valência de pediatria em Abrantes é problemático.

O plano de reorganização das unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres No-vas foi apresentado em janeiro do ano passado. Desde então, as especialidades dos hospi-tais foram divididas. Na altura, Paulo Vasco, do Conselho de Administração do CHMT, afi r-mou que era necessário ver as três unidades “como um único hospital, com corredo-res de 30 km em vez de 30 metros”. Adiantou que com esta reorganização os utentes iriam “ganhar qualidade nos serviços prestados”.

Hoje, é esta qualidade que, segundo o GCA, “está posta em causa”, nomeadamente no que diz respeito à sepa-ração do serviço de pediatria (que se encontra em Torres Novas) e da neonatologia e da maternidade (centradas em Abrantes). Foi devido a esta separação de valências que o GCA lançou uma peti-ção (disponível online e tam-

bém a circular pelo centro his-tórico de Abrantes) que tem como nome e objetivo o “Re-gresso da pediatria ao Hospi-tal de Abrantes”. Também, há cerca de um mês, um abaixo-assinado está a circular pela mesma causa. O objetivo é re-colher cerca de cinco mil as-sinaturas para que o docu-mento chegue às mãos do ministro da Saúde.

O GCA começou por expli-car ao JA que o “mais grave” e o “mais incompreensível” é o serviço de pediatria funcio-nar num hospital onde ape-nas existe “uma urgência bá-sica, onde não há o apoio do serviço de ortopedia, aneste-sia e cirurgia, pois é em Abran-tes que todas estas valências estão reunidas”. Com a sepa-ração da pediatria, da neo-natologia e maternidade, em Abrantes acaba por estar cen-trado apenas um único pe-diatra de urgência. Para esta fonte, em situações de risco, “é claramente insufi ciente”. Para além disso, “em situações de emergência o transporte para Torres Novas pode colocar em causa estados clínicos”.

O GCA apresenta como exemplo das suas preocupa-ções uma situação que acon-teceu há cerca de um mês, quando uma criança recor-reu à urgência de Abrantes: “O profi ssional que estava na triagem reparou que a criança

apresentava umas manchas e que não estava nada bem. Em vez de a enviar para Tor-res Novas, onde se encontra a pediatria, o mesmo profis-sional acabou por encami-nhar a criança para a consulta de pediatria em Abrantes e rapidamente o médico que estava de serviço percebeu que se tratava de uma “Sepsis Meningocócica”, uma situa-ção de alto risco, onde a evo-lução do problema é bastante rápida. Como a urgência pe-diátrica não se encontra em Abrantes, não havia material clínico para resolver a ques-tão. Graças ao bom profi ssio-nalismo, a criança acabou por ficar bem. Caso a mesma ti-vesse ido para Torres Novas, tal como estava previsto, po-deria chegar lá em muito mal estado ou já sem vida.” Os membros do GCA acrescen-tam que “caso uma criança necessite de cuidados cirúr-gicos deve ser enviada para Abrantes, contudo em Abran-tes não existe o serviço de in-ternamento pediátrico, logo isto não faz sentido algum”.

Devido a estas situações re-feridas, o GCA já pediu pare-ceres técnicos ao Colégio de Pediatria da Ordem dos Médi-cos e à Comissão Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, que refor-çaram a importância de a pe-diatria permanecer integrada

numa instituição onde haja as especialidades que se encontram em Abrantes.

Paulo Vasco, do Conselho de Administração do CHMT, re-feriu que está tudo a correr bem, e afi rmou que “do ponto de vista da direção clínica que lidera a reorganização do CHMT a qualidade de atendi-mento melhorou significati-vamente na pediatria depois da restruturação”.

Medicina Interna vem para Abrantes já em maio

O Conselho de Administra-ção do CHMT reuniu no pas-sado dia 21 de março e deli-berou concentrar o serviço de internamento de medicina in-terna na unidade de Abrantes, a partir do dia 6 de maio.

Paulo Vasco, do Conselho de Administração do CHMT, re-feriu à Antena Livre que “esta é última reorganização a ser feita”, que assenta numa es-tratégia de ter serviços únicos, transversais a todo o Centro, no quadro de uma cultura ins-titucional única, promovendo “a sustentabilidade do CHMT”.

A atividade de ambulatório da medicina interna manter-se-á descentralizada nas três unidades do CHMT.

Joana Margarida Carvalho

“Como tem sido público, temos acompanhado de perto os efeitos das mudanças operadas no âmbito da Reorgani-zação Hospitalar, pelo que quis saber junto da Administra-ção do Centro Hospitalar e o que nos foi transmitido é que essa possibilidade concorre para a estratégia da manuten-ção das três unidades a funcionar.

Percebemos as difi culdades de funcionamento. Estamos a par das preocupações dos profi ssionais médi-

cos e da própria população.E sabemos que o serviço prestado pelas três unidades,

seria muito mais efi ciente e mais efi caz se houvesse uma única Unidade hospitalar com todas as valências.

Pese embora Abrantes tenha perdido algumas valências importantes como é o caso da Cirurgia Programada, Otor-rinolaringologia e Pediatria, percebemos também os ga-nhos que tivemos nomeadamente com a criação de uma Urgência Médico-cirúrgica.

Apesar das decisões serem em primeira instância da Ad-ministração, logo do ministério que tutela a área da saúde, a Câmara tem sempre acompanhado de perto as altera-ções operadas na nossa unidade local, e, manifestado a sua voz sempre que está em causa a defesa dos interesses da comunidade local. Aproveito a oportunidade para anun-ciar que já na próxima reunião do Executivo Municipal irei propor para aprovação de um apoio à reabilitação e pin-tura do edifício da Unidade Hospitalar de Abrantes, dando o nosso contributo para assegurar a adequada prestação de cuidados às populações na Unidade de Abrantes”.

SAÚDE

PAULO VASCO, DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, GARANTE QUE ESTÁ TUDO BEM E QUE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO MELHOROU

Petição e abaixo-assinado para pediatria voltar para o Hospital de Abrantes

Posição da presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque

• Grupo de Cidadãos de Abrantes não percebe por que é que as valências de pediatria, neonatologia e maternidade estão separadas

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7ABRIL 2013 SAÚDE

O MÉDICO FERNANDO SIBORRO DEFENDE QUE “INVESTIR EM DUAS EXTENSÕES DE SAÚDE É ESBANJAR DINHEIRO”

Foi à margem da conferên-cia de imprensa sobre as fes-tas anuais de Constância que o executivo camarário anun-ciou que o posto de saúde de Montalvo estava em risco de encerrar portas. Passados três dias, na Casa do Povo de Montalvo, uma sessão de es-clarecimento juntou a popu-lação, o executivo e Fernando Siborro, médico de família do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo.

Às 18h30, hora que supos-tamente iria arrancar a sessão pública, a sala já se encon-trava cheia de rostos preo-cupados sobre o que estava previsto a acontecer ao nível das condições de saúde.

Fernando Siborro começou por explicar que a extensão não iria fechar. A novidade é que os montalvenses terão de se deslocar à extensão de saúde de Constância caso te-nham a pretensão de ter um médico de família e consul-tas: “Eu e a doutora Lurdes va-mos receber os utentes sem qualquer problema, mas os mesmos terão de se deslo-car até à vila. Não queremos,

não temos meios e não dá para andar a dispersar recur-sos pelo concelho. São estas as nossas condições.”

Foi após estas palavras que muitos dos presentes na sala acabaram por confrontar o médico com algumas ques-tões: “E os transportes? E o di-nheiro para pagar esses mes-mos transportes?” Ao fi m de poucos minutos, e em clima de discussão, Fernando Si-borro acabou por abandonar a sessão.

Mais tarde, em declarações à Antena Livre, o médico ex-plicou que a centralização de serviços de saúde na ex-tensão de Constância está re-lacionada com uma melhor coordenação e qualidade de serviço prestado. “Na vila, so-mos sempre dois médicos e podemos apoiar-nos mu-tuamente. Quando um ne-cessita de faltar o outro irá prestar o serviço. Caminha-mos para a centralização de meios e não para a disper-

são dos mesmos. Estamos a falar de uma freguesia que está bem perto de Constân-cia e que tem transporte. Isto de ter médico ao pé da porta já era.”

Fernando Siborro ainda re-feriu que as condições ao nível do posto de saúde de Montalvo não são as melho-res e que já não tem idade para andar de um lado para o outro, acrescentado que o investimento deve ser cen-trado numa extensão e não

em várias. “Investir em duas extensões de saúde é esban-jar dinheiro, as pessoas fi cam bem servidas em Constância, onde vão ter a possibilidade de ter consultas diárias e mé-dico de família, algo que não estava a acontecer.”

Para Fernando Siborro, a centralização de meios é, também, uma forma de atrair novos médicos para o interior do país: “Os colegas mais no-vos só vão querer trabalhar aqui se houver concentração de meios. Estamos apenas a preparar o futuro da região.”

Júlia Amorim, vereadora com o pelouro da ação social na CM de Constância, consi-derou que esta situação pa-rece um “capricho médico”, uma vez que a autarquia já se disponibilizou a fazer o trans-porte do médico de Constân-cia para Montalvo e a asse-gurar todas as condições ne-cessárias.

População enche livro de reclamações

No passado dia 18 de março, a extensão de saúde

de Montalvo continuou a ser motivo de notícia. A po-pulação da freguesia desloc-ou-se à extensão de saúde na tentativa de conseguir consultas com um médico de família, mas sem efeito. Um livro de reclamações não chegou para os muitos que mostraram por escrito o desagrado desta reorga-nização anunciada por Fer-nando Siborro.

Já no dia 20 março, o exe-cutivo camarário e o presi-dente da Junta de Fregue-sia estiveram reunidos com a nova diretora do ACES do Médio Tejo, na tentativa de resolver a questão. Em de-clarações à Antena Livre, Júlia Amorim explicou que o entendimento dos mé-dicos mantém-se: “A posi-ção é que os utentes vão ter médico de família, o que é bastante positivo, mas so-mente na vila de Constân-cia. Vamos, portanto, con-tinuar ao lado das popula-ções nesta luta.”

Joana Margarida Carvalho

População de Montalvo não quer ter consultas em Constância

• O salão da Casa do Povo foi pequeno para os muitos cidadãos preocupados

ISABEL SANTOS ABRE JORNADAS DE UROLOGIA DO CHMT

“Onde falham os médicos?”“Onde falham os médicos?”

é o tema da conferência inau-gural das Jornadas do Serviço de Urologia do Centro Hospi-talar do Médio Tejo (CHMT), que decorre em Tomar nos dias 19 e 20 de abril. A ora-dora da conferência inaugural será Isabel Santos, professora auxiliar convidada da Facul-dade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, médica de família no ACES de Oeiras e membro do Con-selho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Segundo a organização das Jornadas, “trata-se de um tema sempre atual e que gera grande ex-petativa nos profi ssionais de

saúde que participarão na dé-cima primeira edição deste evento”. Para João Dias, dire-tor do serviço de Urologia do CHMT e responsável por estas Jornadas, a conferência inau-gural é “um momento aguar-dado com expetativa”.

Este ano, as Jornadas do Ser-viço de Urologia do CHMT têm como tema geral “Con-versando Urologia: de todos para todos”. Pretende-se en-volver profi ssionais de saúde de diferentes áreas em torno da especialidade, estreitando a ligação, nomeadamente en-tre o serviço de Urologia do CHMT e a Medicina Geral e Familiar. As Jornadas também

têm como objetivo promo-ver o intercâmbio de saberes, proporcionar um espaço de debate e discussão sobre te-mas que constituem pontos comuns entre a Urologia e a Medicina Geral e Familiar, en-tre especialistas e clínicos ge-rais.

No primeiro dia dos traba-lhos, após a sessão de aber-tura e antes da conferência inaugural, terá lugar a Home-nagem a um Amigo: Dr. An-tónio Requixa. Usarão da pa-lavra Paulo Vasco, urologista e atual diretor clínico do CHMT, e Francisco Rolo, urologista do Centro Hospitalar Universi-tário de Coimbra. Recorde-se

que António Requixa, presti-giado médico do serviço de Urologia e Transplantação dos Hospitais da Universidade de Coimbra e especialista em Andrologia, era orador e par-ticipante habitual nas Jorna-das do Serviço de Urologia do CHMT, tendo falecido em ju-nho de 2012.

As Jornadas reunirão, du-rante dois dias, mais de duas centenas de participantes, contando com a presença e o saber científico de alguns dos maiores especialistas do nosso país, contribuindo deste modo para a formação global dos profissionais de saúde.

Em comunicado, a organiza-ção do evento salienta que “a confi rmar a reconhecida qua-lidade e importância destas Jornadas do Serviço de Uro-logia do Centro Hospitalar do Médio Tejo, contam este ano

com o patrocínio científi co da Ordem dos Médicos, Facul-dade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, Sociedade Portuguesa de An-drologia e Associação Portu-guesa de Urologia”.

• O médico António Requixa (à direita) será homenageado

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8 ABRIL 2013

Em jeito de prestação de contas aos munícipes de Abrantes, no final de um mandato de quatro anos (2009/13), os vereadores do PSD da Câmara Municipal de Abrantes, Santana Maia Leo-nardo e António Belém Coe-lho, lançaram no passado dia 30 de março, na Biblioteca António Botto, o livro “Amar Abrantes. O nosso conselho”.

Trata-se do elencar das di-versas atividades e interven-ções dos autarcas no decurso destes últimos quatro anos. Segundo Santana Maia, é uma obra “com um grande substrato ideológico, já que se vive num mundo pós mo-derno em que tudo é circuns-tancial e em que as pessoas tendem a olhar para os polí-ticos numa perspetiva muito pessoal, como se de um clube de futebol se tratasse”.

Ambos os vereadores da oposição acreditam que a so-ciedade deve ser uma socie-dade de valores para toda a vida. O livro é, assim, dividido

em seis capítulos sobre vá-rios valores e posições bem defi nidas.

Santana Maia Leonardo fez uma pequena descrição dos capítulos: o primeiro é a “Ci-dade Imaginária”, que fala “sobre a gestão autárquica sobre os megas projetos autárquicos sem grande via-bilidade e sustentabilidade, como a RPP Solar ou o Mu-seu Ibérico de Abrantes ”. No segundo, denominado “um Concelho Solidário”, estão re-feridas “as intervenções na área social, da solidariedade entre pessoas, mas também entre as localidades do con-celho, estando a sede do con-celho a tornar-se numa estru-tura macrocéfala esvaziando-se de conteúdo a intervenção das freguesias”. De seguida, surge um capítulo dedicado à Segurança: “O concelho vi-veu com graves problemas de segurança. Só com a in-tervenção dos autores, a co-ragem de denunciar situa-ções de insegurança, foi pos-

sível melhorar a segurança de Abrantes”. “Em defesa do Estado de Direito e da Igual-dade de Oportunidades” são outras temáticas abordadas, tal como explicou o vereador: “A defesa de um Estado de Direito onde a liberdade de expressão e a liberdade de concursos públicos e de ad-missão de pessoal seja feita independentemente das pessoas serem socialistas e independentemente do con-trole das associações por via de subsídios e fi nanciamen-tos”. “As Reformas Estruturais” constituem o quinto capí-tulo, no qual os vereadores se referem à reforma admi-nistrativa do Estado. No úl-timo capítulo, “Cada caso é um caso”, são abordadas as situações concretas das suas intervenções na autarquia de Abrantes. A edição do livro foi integralmente paga pelos autores e tem cerca de 200 páginas.

Joana Margarida Carvalho e Francisco Rocha

Frei Bento Domingues, reli-gioso que tem marcado a opi-nião pública ao longo de duas décadas pelas suas posições, esteve em Abrantes, convidado pelo Rotary Clube. Num jantar-debate falou sobre da dimen-são política da Fé, explicando que ela “está em tudo, quando nos converte aos outros”. E aler-tou para aspetos essenciais: é preciso usar a inteligência, pro-mover a solidariedade, desen-volver o afeto e ter juízo!

“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. As pessoas têm de ter dinheiro, mas não é para sermos escravos do lucro, por-que ele não dá para todos.” Por isso, Frei Bento Domingues de-fende a existência de “institui-ções que fossem à medida hu-mana”. E acrescenta que cada um deve dar o melhor de si, mas em função dos outros, de-fendendo a economia do bem

comum. “Ou nos safamos jun-tos ou nos afundamos. ”

Frei Bento Domingues acre-dita que “não desenvolvemos o espírito de solidariedade porque não há o sentido do conjunto”. Na sua opinião, a di-mensão cristã da política passa por “desenvolver o sentido de que todas as capacidades que tenho e de que todos os meus talentos são para pôr ao ser-viço do conjunto”. Defende que as pessoas têm que dar o melhor de si mesmas na famí-lia, na empresa, na escola, na universidade, onde for possí-vel. Para isso, apresenta uma solução: “É necessário uma re-volução. Não de tiros, porque isso só apressa a morte. Mas uma revolução afetiva: desen-volver todos os meus talentos, mas não é só para mim! É esta nova consciência que faz parte do Evangelho: Jesus desco-

briu que era amado por Deus e disse que a sua tarefa então era amar os outros. E como é? É despertar nos outros o me-lhor deles.”

“Esta civilização acabou, já não dá nada, porque o seu princípio está errado. Dizem que agora há globalização, mas globaliza-se a asneira! Está tudo em contacto, mas não está em contacto o serviço recíproco, mas sim a mentali-dade da exploração recíproca!” Frei Bento Domingues lem-bra ainda que Jesus nunca fez

um partido político, nem uma creche, nem um lar de idosos. “Não fez nada! Mas deu uma pedrada no charco humano. Houve algum milagre que re-solveu alguma coisa? Por que é que não deixou a fórmula dos milagres? É que isso são parábolas, são gestos simbó-licos, para dizer que não nos falta nada! O que nos falta é juízo! Há recursos no mundo para tudo, sem forem bem ad-ministrados, bem repartidos e bem desenvolvidos.”

HCS

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Vereadores do PSD lançam livro sobre o concelho

• Uma obra “com um grande substrato ideológico”

• Frei Bento Domingues lembrou que no mundo “há recursos para tudo”

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É necessário fazer uma “revolução afetiva”

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NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRECertifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte e oito de

Março de dois mil e treze, exarada de folhas cento e doze a folhas centro e catorze – verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E CINCO -A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores DIAMANTINO DOS SANTOS SEBASTIÃO, e mulher FLORINDA DOS PRAZERES ALVES, casados no regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Abrantes (São Vicente), do concelho de Abrantes e ela da freguesia de Santiago de Montalegre, do concelho de Sardoal, residentes na Rua do Campo de Futebol, número 6, Casais de Revelhos, Alferrarede, Abrantes, DECLARARAM que, por exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico sito em Casais de Revelhos, na freguesia de Alferrarede, do concelho de Abrantes, composto de fi gueiras, olival, cultura arvense em olival, horta/pomar, oliveiras e vinha, com a área de três mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do Norte com Maria dos Anjos Pombo Batista dos Santos, de Sul com Manuel Dias, de Nascente com Manuel Maria de Sousa Maia Mendes, Filomena Pereira Maia Mendes e Ana Sofi a Pereira Maia Mendes e Poente com Estrada Pública, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 100 da Secção G.

- Que o referido prédio se encontra matricialmente inscrito em nome do justifi cante marido.

- Que o prédio está actualmente descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número QUATRO MIL SEISCENTOS E NOVENTA E TRÊS/Abrantes (São Vicente) e lá inscrito a favor dos justifi cantes pela inscrição Ap.4, de 04/03/1957, na proporção de dezanove quarenta avos de um prédio rústico, composto de terra de semeadura de sequeiro, com oliveiras e fi gueiras, no sitio de Bate Cova – Casais de Revelhos, da dita freguesia de Abrantes (S. Vicente), do concelho de Abrantes, que no todo confronta de Norte com Manuel Silvano, de Sul com Zacarias Baptista Soares, de Nascente com António Lourenço Galinha, e de Poente com Estrada Pública e Manuel Dias Pombo, inscrito na matriz sob o artigo 1136, e foi adquirido a QUINTINO ALVES VENÂNCIO e mulher ROSA LOURENÇO, casados entre si no regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Abrantes (S. Vicente), do concelho de Abrantes e ela da freguesia de Valhascos, do concelho de Sardoal, residentes em Alferrarede, Abrantes.

- Que, porém, com a passagem do Cadastro Geométrico no concelho de Abrantes, aqueles dezanove quarenta avos deram origem ao prédio hoje matricialmente inscrito sob o artigo 100 da Secção G, da freguesia de Alferrarede, do concelho de Abrantes, acima já descrito.

- Que, eles justifi cantes, se encontram na posse do referido prédio desde a data da referida escritura, há mais de cinquenta anos portanto, usufruindo de todas as utilidades pelo mesmo proporcionadas, limpando as árvores e os matos, apanhando a fruta e a azeitona, pagando os respetivos impostos, com ânimo de quem exerce um direito de propriedade próprio e legitimo, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, de modo pacífi co, contínuo e público, sendo reconhecidos por toda a gente como seus donos, pelo que se pode afi rmar que adquiriram o identifi cado prédio por usucapião, título este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

- Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 28 de Março de 2013A Notária (Sónia Maria Alcaravela Onofre)(Jornal de Abrantes, edição 5506 de Abril de 2013)

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9ABRIL 2013 REGIONAL

A intervenção de requalifi cação do Jardim da República, no centro de Abrantes, já começou. Segundo a autarquia, o objetivo é tornar o es-paço mais polivalente, com maior segurança e salubridade. Para alcan-çar esse objetivo estão previstos vá-rios níveis na operação sendo que, informou a Câmara Municipal em comunicado, serão executadas “cal-deiras para as árvores e supressão de alguns canteiros, que serão preen-chidos com calçada à portuguesa”, ao mesmo tempo que se vai proce-der à “remoção do lago e da calçada envolvente, tendo em vista o seu preenchimento com área verde (rel-vado) com a fi nalidade de criar um espaço verde, de lazer e polivalente”. Esta opção é justifi cada pelo facto de “o equipamento há muito estar de-sativado, não se justificando a sua manutenção”.

Sobre a remoção de árvores, que tem causado alguma celeuma junto dos utilizadores do jardim, a nota in-formativa da autarquia vem reafir-mar o que Maria do Céu Albuquer-que, presidente da Câmara, havia

afi rmado à Antena Livre há cerca de um mês. Serão “salvaguardadas as árvores existentes - cedros, magnó-lias, castanheiros da índia e tílias, en-tre outras - desde que estejam sãs”.

Uma das árvores de grande porte

é a que está junto ao ‘Quiosque Re-pública’ e que, informa a autarquia, “deverá ser removida no decurso da obra de Requalificação do Jardim da República”. A justificação tem a ver com a análise feita ao exemplar,

que apresenta “uma forma desequi-librada, decorrente da má condu-ção inicial e práticas antigas de poda, exibindo cicatrizes de grandes di-mensões no tronco principal e uma acentuada inclinação para o lado do quiosque”.

A autarquia informou igualmente que após a “análise técnica ao con-junto das espécies arbóreas, conc-luiu-se que alguns exemplares se en-contram deformados”. Assim sendo, deve “ser ponderada a sua substitui-ção, de forma faseada, ao longo do tempo”. Novamente fica a ressalva de que novas espécies serão planta-das no lugar das árvores que tenham que ser retiradas.

A intervenção em curso no Jardim da República enquadra-se nas medi-das de Regeneração Urbana para o Centro Histórico abrantino.

Ricardo Alves

As novas regras para estaciona-mento no Centro Histórico estão em vigor desde 15 de março. Os moradores, comerciantes e presta-dores de serviços podem requerer os dísticos (que permitem o par-queamento em determinadas zo-nas) para os seus veículos junto do Gabinete para o Centro Histórico Mais Rua, na Rua D. Miguel de Al-meida.

As duas propostas aprovadas em reunião de Câmara com alterações em matéria de estacionamento, bem como a sua regulação, sur-gem no âmbito da estratégia de intervenção que tem vindo a ser desenvolvida pelo município de Abrantes para a regeneração do Centro Histórico.

O regulamento aprovado para

o estacionamento de veículos no Centro Histórico da Cidade de Abrantes tem como principais ob-jetivos a estruturação da oferta de estacionamento, a mobilidade e rotatividade na circulação automó-vel e, simultaneamente, a criação de melhores condições para resi-dentes, comerciantes e prestado-res de serviços do centro histórico da cidade.

O título de estacionamento de residente é um dístico intransmis-sível que titula a possibilidade de determinado veículo estacionar nos lugares de estacionamento condicionado, emitido pelo mu-nicípio e identifi ca o prazo de va-lidade e matrícula do veículo. São emitidos um máximo de dois tí-tulos de residente por fogo, em

função das viaturas de que os resi-dentes disponham, e poderão re-querer a sua atribuição, as pessoas singulares com residência habitual na área.

Quanto ao título de comerciante ou prestador de serviços é um dístico emitido pelo município, in-transmissível e que titula a possi-bilidade de determinado veículo estacionar nos lugares de estacio-namento condicionado. A validade máxima do título é de um ano fi ndo o qual o titular poderá proce-der à sua revalidação. Só pode ser emitido o máximo de um título de comerciante ou prestador de servi-ços por estabelecimento.

Jardim da República entrou em obras

• Árvore com “acentuada inclinação para o lado do quiosque” deverá ser removida

ESTACIONAMENTO NO CENTRO HISTÓRICO DE ABRANTES

Moradores e comerciantes com direito a dísticos

Apoio PRODER: a última fase já arrancou

Até ao dia 30 de abril, estão aber-tas as candidaturas ao apoio da abordagem LEADER, do Programa Nacional de Desenvolvimento Ru-ral (PRODER) para 2013.

Numa fase inicial estão disponí-veis 370 mil euros que serão dis-tribuídos pelas medidas de di-versificação de atividades na exploração agrícola, criação e de-senvolvimento de microempresas, desenvolvimento de atividades tu-rísticas e de lazer, conservação e valorização do património rural.

Pedro Saraiva, técnico coordena-dor da TAGUS, explicou à Antena Livre que esta nova fase arranca com 370 mil euros, mas que este não é um valor fechado. “Há hi-pótese de haver mais verba liber-tada para outros projetos e, assim sendo, os interessados não se de-vem condicionar pelos valores de arranque”.

Face a outros empresários que tenham apostado nos apoios do

PRODER no passado, Pedro Sa-raiva explicou que devido à atual situação do país “os empresários não estão avançar ao ritmo dese-jado” mas, mesmo assim, “regra ge-ral os empresários têm mantido os projetos e há bastante atividade e bons resultados”.

O técnico coordenador da TA-GUS explicou ainda que quem tem interesse em candidatar-se nesta última fase aos apoios da abordagem LEADER deve ter von-tade de apostar, capacidade de sustentabilidade, noção de en-quadramento do projeto na região e na estratégia da TAGUS, assim como alguma formação e compe-tência profi ssional. “O importante é que o projeto esteja bem pensado, estruturado, com pernas para an-dar. A capacidade fi nanceira é es-sencial, mas, acima de tudo, é ne-cessário vontade e querer fazer”.

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Page 10: Jornal de Abrantes Abril 2013

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10 ABRIL 2013TURISMO

A TAGUS irá dinamizar no próximo dia 5 de abril um showcooking, especialmente dirigido para os restaurantes da região, e um petisco, para o público em geral. Esta ação promocional pretende des-tacar os enchidos e o fumeiro do Ribatejo Interior.

No âmbito da sua estraté-gia de valorização e promo-ção dos produtos locais de Abrantes, Constância e Sar-doal, a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento In-tegrado do Ribatejo Interior propõe uma iniciativa que se irá dividir em dois momen-tos: um workshop de prepa-ração de entradas para esta-belecimentos de restauração, a acontecer pelas 16h00, e um Merendas com Persona-lidades, destinado ao público em geral e marcado para as

19h00. Os cozinheiros serão Bruno

Martins e Filipe Janeiro, dois abrantinos e alunos fi nalistas da Escola Superior de Hote-laria do Estoril, que irão estar no dia 5 de abril na Praça dos Sabores, no Mercado Criativo de Abrantes (antigo mercado municipal) a mostrar receitas

inovadoras de enchidos e fu-meiro.

Os objetivos que a Associa-ção de Desenvolvimento do Ribatejo Interior pretende al-cançar com este workshop são os de sensibilizar os res-taurantes para a importân-cia de utilizar estes produtos locais, despertando a curiosi-

dade destes estabelecimen-tos para novas formas de aplicação dos enchidos na sua oferta gastronómica.

Para falar sobre a confeção e outras curiosidades sobre os enchidos e o fumeiro estarão presentes três produtores do Ribatejo Interior: Guilherme Tomé, Margaridos & Margari-dos e MF – Salsicharia Artesa-nal. Para esta Merendas com Personalidade é obrigatório fazer reserva ([email protected] ou 91 055 93 05).

Esta ação promocional de enchidos e fumeiro do Ri-batejo Interior conta com o apoio da abordagem LAE-DER, do Programa Nacional de Desenvolvimento Rural (ProDeR).

Receitas inovadoras de enchidos e fumeiro

Vila de Rei ultima preparativos para a Grande Rota do Zêzere

A autarquia de Vila de Rei está já a ultimar as obras a incluir nos percursos vilarre-genses da Grande Rota do Zêzere, com abertura pre-vista para o início do Verão. O projeto partiu de uma ini-ciativa conjunta de 14 muni-cípios e irá permitir percorrer todo o caudal do Rio Zêzere, desde a nascente, próximo de Manteigas, até à sua foz, em Constância, através de tri-lhos para percorrer a pé ou de bicicleta, ou ainda descer o rio em canoa.

Vila de Rei foi um dos muni-cípios que deram início a este projeto, sendo que a Grande Rota do Zêzere terá uma ex-tensão de 47 quilómetros ao longo do concelho, percor-rendo quase toda a margem da barragem bem como as localidades mais próximas (Vilar do Ruivo, Fernandaires, Alcamim, Zaboeira e Cabe-cinha), terminando na Praia Fluvial do Penedo Furado.

A autarquia explica, em co-municado, que “a participa-ção de Vila de Rei na Grande Rota do Zêzere assume um importante papel no delinear

de todo o projeto, sendo um dos concelhos com maior ex-tensão de percursos ao longo de toda a Rota, e ao possuir estações intermodais que permitem aos utilizadores al-terar o seu modo de deslo-cação”. Nesse sentido, a au-tarquia providenciou a co-locação de nova sinalética e placards informativos, a aber-tura e limpeza de caminhos e a colocação de duas pon-tes em madeira ao longo do

percurso.Para Paulo César, vereador

do Turismo da Câmara Muni-cipal de Vila de Rei, “a partici-pação na Grande Rota do Zê-zere apresenta-se como mais uma importante forma de di-namizar o Turismo da região, numa medida que espera-mos que traga novos visitan-tes ao Concelho e aos nossos serviços de alojamento e res-tauração”.

Pousada da Juventude já reabriu

A Pousada da Juventude de Abrantes já retomou a sua atividade normal de-pois de ter estado encer-rada durante o inverno, por decisão da Secretaria de Estado do Desporto e Ju-ventude.

O encerramento, durante o inverno, de nove Pousa-das da Juventude, opera-das pela Movijovem (que se encontra em fase de li-quidação) foi justificado “pelas reduzidas taxas de ocupação e com os défi-ces de exploração elevados que estas unidades apre-sentam”.

Segundo a informação disponibilizada pela presi-dente da Câmara Munici-pal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, o edifí-cio apresenta diversas de-fi ciências estruturais, pelo que se está a proceder a uma avaliação das neces-sidades de conservação e de manutenção das insta-lações.

Paralelamente, a autar-quia está a avaliar o mo-delo de gestão do equipa-mento, por forma renta-bilizar esta infraestrutura, o que requer um investi-mento de 150 mil euros.

Page 11: Jornal de Abrantes Abril 2013

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11ABRIL 2013 ECONOMIA LOCAL

TRAMAGAL

Casal da Coelheira recebe um milhão de euros para crescer ainda mais

UM NOVO VINHO

Quinta da Parrada para a nossa mesa

Um milhão de euros é o montante do investimento que o Casal da Coelheira, em Tramagal, vai canalizar para a modernização da produ-ção dos seus vinhos. Na base desta decisão estão as neces-sidades de aumento da ca-pacidade de vinifi cação, au-mento da área de estágio e armazenagem de vinho en-garrafado, bem como numa aposta na divulgação dos produtos, com a construção de uma nova loja.

Nuno Falcão, enólogo e um dos responsáveis pela quinta, disse ao JA que este inves-timento é necessário para acompanhar o crescimento que tem sido notório nos úl-timos anos. “É um facto que este investimento vai permi-tir que tenhamos condições para laborar e produzir uma quantidade de vinho supe-rior e com condições melho-res, mas também vai-nos per-mitir conseguir ter condições de estágio e armazenamento para volumes superiores, isto tudo devido à conquista de

mercados que temos alcan-çado”.

Recentemente, Rússia e Es-tados Unidos são as novas apostas da Quinta do Casal da Coelheira, tal como expli-cou o enólogo: “Foi com es-tes países que entendemos que devíamos começar a criar

oportunidades de negócio e, felizmente, o investimento tem dado frutos. Quanto à Rússia, estamos numa fase de consolidação; nos Estados Unidos estamos a fi nalizar o primeiro negócio, para enviar a primeira encomenda.” O mercado brasileiro é um ca-

minho a seguir e Nuno Falcão diz que espera incrementar a presença dos seus vinhos nesse país o quanto antes.

Foi através de programas de apoio que a Quinta Casa da Coelheira conseguiu o in-vestimento. “Candidatámo-nos a dois programas, um

PRODER e um LEADER, o que nos possibilitou a aquisição desta verba considerável”.

A quinta do Casal da Coe-lheira produz vinhos há cerca de 100 anos, possui 65 hecta-res de vinha, 330 no total em terras, emprega 10 funcio-nários fixos, 10 colaborado-

res sazonais e tem uma pro-dução anual de cerca de 300 mil litros. Os vinhos Casal da Coelheira têm sido distingui-dos nacional e internacional-mente nos principais concur-sos da especialidade.

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Foi lançado apenas em 2010, mas “foi muito bem recebido pelos restaurantes da região”. Quem o diz é um dos respon-sáveis da Adega Quinta da Par-rada, Américo Dias, que faz a gestão da marca “Quinta da Parrada”, juntamente com o seu fi lho e neta, no concelho de Abrantes.

A história deste nascimento é bem simples. A Quinta da Par-rada nasceu no ano de 1918, mas foi há cerca de 25 anos que foi adquirida pela famí-lia Dias. O motivo que levou à aquisição do espaço foi, se-gundo Américo Dias, “o gosto pela produção agrícola e mais tarde pela vinificação”. Dez anos mais tarde, a vinha foi implantada, começando com

dois hectares. Hoje já reúne cerca de cinco.

O vinho chegou à mesa em 2010, ano em que se realizou a primeira colheita. Em 2011 e 2012 o processo repetiu-se. Trata-se de um vinho tinto, que tem como nome “Quinta da Parrada”. Tem apenas touriga nacional, sendo, portanto, um vinho de monocasta. Desde en-tão, a produção é de cerca de 20 mil litros e o vinho pode ser encontrado já nos estabeleci-mentos de restauração do con-celho de Abrantes. Os espaços comerciais e as grandes superfí-cies são os objetivos seguintes, tal como conta Américo Dias: “Não queremos dar um passo maior que a perna. Tivemos uma boa aceitação do produto,

mas precisamos de continuar a apostar na qualidade e no au-mento de quantidade para par-tirmos para outros objetivos, nomeadamente a internacio-nalização. É por aí que passa o futuro deste mercado.”

A Adega Quinta da Parrada já emprega dois funcionários e, na altura da colheita, contrata profissionais especializados. Os equipamentos para o pro-cesso de vinifi cação são total-mente novos e surgiram com os capitais próprios da famí-lia Dias.

A empresa tem como obje-tivo estratégico consolidar a marca na região. Para Américo Dias, este é um negócio “onde é necessário um grande inves-timento, é um projeto a mé-dio/longo prazo que não tem um retorno imediato. Cada produtor tem de fazer o me-lhor que pode e ir entrando no mercado”.

A presença no facebook já foi marcada o site da Adega está em construção.

Joana Margarida Carvalho

• Américo Dias e a neta, Ana Carolina Dias

• Uma nova loja para vender diretamente ao comprador

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Page 13: Jornal de Abrantes Abril 2013

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13ABRIL 2013 REGIÃO

Teatro Virgínia apresenta novo diretor artístico e próxima programação

O Teatro Virgínia, em Tor-res Novas, tem um novo di-retor artístico. Tiago Guedes foi apresentado à comunica-ção social em março, tendo dado a conhecer a progra-mação do teatro para o qua-drimestre de abril a julho. O coreógrafo afi rmou estar perante uma “responsabili-dade e um desafi o enormes, uma vez que Torres Novas é o palco cultural da região”. A comprová-lo está a nova programação, com um ca-ráter multidisciplinar de pro-postas.

Já com o concerto esgo-tado, a cantora brasileira, Adriana Calcanhotto, uma das grandes apostas desta programação, vai atuar no dia 13 de abril. A Banda Sin-fónica da PSP, com um con-certo integrado no ciclo

Bandas Militares, vai estar no Teatro Virgínia no dia 11 de junho. Ainda na música, des-taque para a americana Pa-tricia Barber, uma das atuais divas do jazz, que apresen-tará o seu mais recente disco “Smash”, no dia 4 de maio, e

o concerto dos polacos Mo-zart Group, que prometem uma divertida fusão entre a música clássica e o cabaret musical, no dia 18 de maio.

Na dança, o Virgínia recebe “O Baile”, da coreógrafa Al-dara Bizarro, que conta com

a participação da comuni-dade, no dia 6 de abril. “Con-quest”, de David Marques, tem lugar no dia 25 de maio, e “A Viagem”, de Filipa Fran-cisco, fará a sua apresenta-ção nos dias 12 e 13 de ju-lho.

Nas artes dramaturgas, a companhia de teatro Cha-pitô apresenta a sua versão de “Édipo” no dia 11 de Maio, enquanto o Grupo de Tea-tro Juvenil do Teatro Virgínia exibe a peça “Os Suicidas”, de Lola Arias, dias 19 e 20 de abril.

A habitual Feira Medieval terá lugar no Centro histó-rico da cidade, este ano su-bordinada ao tema “Por Ter-ras da Rainha Santa”, entre 27 e 30 de junho.

André Lopes

• Tiago Guedes é novo diretor artístico

Feira do Azeite em Mação com produtos regionais e animação

Numa iniciativa da Coope-rativa dos Olivicultores de Ortiga (COORTA), à qual se junta a Câmara Municipal de Mação, a Associação Pinhal Maior e a Junta de Fregue-sia de Ortiga, vai ser promo-vida a realização da Feira do Azeite, entre os dias 5 e 7 de Abril. O objetivo é a dinami-zação da fileira e a comer-cialização da produção local de azeite, juntamente com outros produtos tradicionais do concelho.

A Feira do Azeite vai estar patente nas instalações da COORTA. Para além de azeite produzido na freguesia por métodos artesanais/tradi-cionais, estarão à venda ou-tros produtos regionais (en-chidos tradicionais, queijos de cabra, mel). Pedro Melo, presidente da COORTA, ex-plica que “o objetivo princi-pal desta iniciativa é a dina-mização do olival através da

venda do azeite produzido na região”.

O programa da feira vai incluir diversas manifesta-ções culturais, exposições de fotografia e artesanato lo-cal, passeios pedestres e de barco na albufeira da Barra-gem em Ortiga, canoagem no Rio Tejo e desportos ra-dicais. A iniciativa vai ainda contar com um Passeio TT e um Encontro de 2CV. Haverá música de rua e em palco.

Celebra-se também o ani-versário da elevação de Or-tiga a freguesia (7 de abril de 1728), privilegiando, parale-lamente, o rio com todos os seus passeios. Haverá pas-seios às oliveiras de grande porte, com mais de 2000 anos, que dão azeitona ga-lega, a predominante na re-gião.

Francisco Rocha

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14 ABRIL 2013REGIÃO

Resultado de uma parce-ria entre a Câmara Munici-pal de Abrantes e a Agência para a Modernização Admi-nistrativa (AMA), no dia 14 de março o Posto de Aten-dimento ao Cidadão (PAC) foi reconvertido em Balcão Multisserviços (BMS). De 40 serviços que o PAC prestava em acordo com sete entida-des, com o funcionamento do novo Balcão Multisser-viços a população passa a usufruir de 78 serviços de 11 entidades.

O Balcão Multisserviços segue o mesmo conceito

do PAC, mas apresenta um atendimento mais alargado de entidades já representa-das, como é o caso do Ins-tituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) e ADSE (da Direção-Geral de Proteção Social aos Traba-lhadores em Funções Públi-cas) e de novas entidades como o Centro Nacional de Pensões (CNP), a Caixa Ge-ral de Aposentações (CGA), a Administração Regional de Saúde (ARS) e o ACP (Auto-móvel Clube de Portugal).

Os serviços a prestar pelo BMS continuam a ser de um

nível de especialização de baixa complexidade, com um serviço de atendimento multifuncional e generalista, sendo os assuntos de maior complexidade encaminha-dos para as entidades res-petivas.

Para mais informações o Balcão Multisserviços está aberto de segunda a sexta feira, entre as 9H00 e as 12H30 e das 14H às 17H30, no Edifício Falcão, na Praça Raimundo Soares Nº18 (te-lefone 241 330 157 e email [email protected] ou [email protected]).

Balcão Multisserviços substitui o Posto de Atendimento ao Cidadão

Acesso a “habitação condigna”

A Câmara Municipal de Vila de Rei, através do Ga-binete de Ação Social, abriu concurso para a atribuição de oito fogos para habita-ção, em Vale Galego. Até 30 de abril podem ser entre-gues candidaturas.

Em comunicado, a autar-quia de Vila de Rei explica que “esta iniciativa insere-se na promoção da melho-

ria da qualidade de vida dos vilarregenses, objetivo que o município tem vindo a al-cançar ao longo dos anos e a que se propõe continuar, mantendo uma forte polí-tica social e promovendo, com este projeto, o acesso à habitação condigna”.

Poderão concorrer os ci-dadãos nacionais maiores ou emancipados, que te-

nham domicílio na área da jurisdição do concelho de Vila de Rei ou, que traba-lhando na área de jurisdi-ção do concelho, tenham intenção de aí ter o seu do-micílio. Os interessados de-verão dirigir-se ao Gabinete de Ação Social da Câmara Municipal para obter mais informações sobre o pro-cesso de candidatura.

A Câmara Municipal de Sardoal está disponível para prestar apoio na apresen-tação das candidaturas das empresas do concelho que tenham interesse em ade-rir ao “Programa Valorizar – Criar Valor com o Território”. Este programa, destinado a microempresas, visa favo-recer o crescimento econó-mico sustentável e elevar o investimento empresarial, o emprego e a competitivi-dade. O objetivo é valorizar o território do interior e de baixa densidade demográ-

fi ca e económica, através de um conjunto de políticas de estímulo à atividade econó-mica produtiva de base re-gional e local, numa lógica de coesão territorial.

Esta iniciativa enquadra-se no projeto SIALM – Sistema de Incentivos de Apoio Local a Micro Empresas, desenvol-vido pelo Mais Centro – Pro-grama Operacional Regio-nal do Centro e pelo QREN – Quadro de Referência Es-tratégica Nacional. Este pro-grama permite a candida-tura de diferentes tipos de

projetos, em áreas variadas: Propriedade Industrial, Cria-ção, Moda e Design, Orga-nização, Gestão, TIC e Eco-nomia Digital. Qualidade, Ambiente, Inovação, Diver-sifi cação, Efi ciência Energé-tica, Responsabilidade So-cial e Igualdade de Oportu-nidades.

Os interessados deverão contactar o Gabinete de Apoio à Presidência, atra-vés do email [email protected] ou do telefone com o número 241 850 000.

A Câmara de Abrantes apro-vou, na reunião de Câmara de 4 de março, uma proposta no sentido de emitir pare-cer favorável à constituição da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes. Aprovou ainda um outro pedido para apoio administrativo e jurídico.

A Associação foi constituída legalmente no dia 7 de feve-reiro de 2013. Porém, a cria-ção do corpo de bombeiros na sua dependência carece agora de pareceres de várias entidades bem como da au-torização da Autoridade Na-cional de Proteção Civil.

A Câmara de Abrantes ex-plica, em comunicado, que “a constituição desta entidade vem reforçar a resposta da

proteção civil ao nível local e regional, desejando a natu-ral articulação com o corpo municipal de bombeiros que terá uma função nuclear e estratégica do serviço de proteção civil”.

A Associação tem como de-

sígnios a proteção de pes-soas e bens, nomeadamente o socorro a feridos, doentes e a extinção de incêndios, de-tendo e mantendo em ativi-dade um corpo de bombei-ros voluntários ou misto.

Sardoal apoia candidaturas ao “Programa Valorizar”

Câmara de Abrantes dá parecer favorável à Associação Humanitária dos Bombeiros

• Oito fogos para habitação social em Vila de Rei

• O objetivo da Associação é proteger pessoas e bens

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15ABRIL 2013 DESPORTO

Pelo segundo ano consecutivo o Sport Abrantes e Benfi ca (SAB) or-ganizou um encontro de escolinhas de futebol que designou Abrantes Cup F7 e que, este ano, juntou mais de meio milhar de atletas oriundos de dez clubes. Foi no sábado, dia 23 de março, que a cidade desportiva de Abrantes acolheu 70 jogos de fu-tebol de sete e de cinco entre as dez da manhã e as 18 horas.

Sem classifi cação fi nal, o Abrantes Cup F7 permitiu a 353 crianças e jovens dos 6 aos 12 anos de idade uma grande festa desportiva. Aliada a esta participação de atletas a pre-sença de pais e acompanhantes criou um movimento fora do co-mum no estádio municipal.

Resultados à parte, este evento pretende, segundo a organiza-ção, ser um marco no desporto em Abrantes e o presidente do clube, Paulo Neto, gostaria que fosse a co-munidade, nos próximos anos a pe-

dir a sua realização.Luís Macieira, um dos elemen-

tos da organização, contou que o mesmo começou a ser preparado ainda o ano passado e que para este dia contou com o apoio de cerca de seis dezenas de voluntários. Um dos exemplos desta contribuição, fo-ram algumas mães de atletas do Sport Abrantes e Benfi ca que esti-veram entre as 7 da manhã e as 16 horas a fazer mais de 1.200 sandes, de fi ambre e queijo, para os peque-nos atletas.

Mesmo com a crise económica do país, o SAB conseguiu reunir um conjunto de apoios, financeiros e logísticos, que permitiram subir o número de atletas dos 350, o ano passado, para os 535 este ano.

Sendo este um evento da fi lial nú-mero 2 do Benfi ca, era natural a pre-sença de equipas do clube lisboeta, assim como da águia que faz as delí-cias dos adeptos no estádio da Luz.

O patrono do torneio foi José Augusto, bi-campeão europeu pelo Benfi ca que destacou a importân-cia destes eventos para fomentar o desporto que tanto gosta, o fute-bol. José Augusto acompanhou al-guns dos jogos e recordou que no seu tempo, com oito ou nove anos jogava-se descalço e na rua. Por ou-tro lado elogiou o complexo des-portivo de Abrantes e deixou uma palavra de apreço pelo esforço dos “carolas” que dirigem a fi lial número dois do “seu Benfi ca”.

No torneio participaram o Sport Abrantes e Benfica, Sport Lisboa e Benfica, Belenenses, Naval 1º de Maio, Académica de Coimbra, União de Leiria, Boavista, Sintrense, Alverca e os espanhóis do Badajoz.

Espaço da responsabilidade da Equipa Desportiva da Antena Livre

Abrantes CUP F 7 juntou meio milhar de crianças

Page 16: Jornal de Abrantes Abril 2013

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16 ABRIL 2013EDUCAÇÃO

“Jornalismo de Proximi-dade” e “Marketing Territo-rial” são as duas novas apos-tas da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes para uma formação pós-grad-uada de excelência, voca-cionada para a especializa-ção de profissionais nestas áreas.

As aulas começarão em outubro e contarão com um corpo docente constituído por professores do IPT, de outras instituições de en-

sino superior, bem como com profissionais experi-mentados que colocarão o seu conhecimento ao ser-viço de programas de apren-dizagem interactivo e focali-zado na partilha de compe-tências.

Em ambos os cursos serão privilegiadas abordagens multidisciplinares que po-tenciem a aquisição de com-petências aplicadas às exi-gências dos mercados com-petitivos em que atuarão os

respetivos diplomados.Em abril, realizar-se-ão

duas sessões públicas de apresentação destes novos cursos Pós-Graduados.

A 24 de abril, será apre-sentada a Pós Graduação em “Marketing Territorial”, evento que contará com uma apresentação do con-sultor britânico Gavin Eccles - docente convidado que le-cionará a disciplina de Mar-keting Internacional – so-bre os processos e desafi os

da internacionalização. Esta Pós-Graduação conta com o apoio do Centro de Desen-volvimento e Marketing Ter-ritorial do IPT.

O processo de candidatu-ras a estas Pós-Graduações ini cia-se a 02 de Maio.

Mais informações sobre os planos curriculares e os pro-cessos de candidatura em www.esta.ipt.pt

ESTA lança Pós-Graduações em Jornalismo e Marketing

Verbas atribuídas às escolas de AbrantesEm reunião de Câmara de

4 de março, a autarquia de Abrantes deliberou atribuir uma verba anual destinada ao pagamento de telefone e despesas de funcionamento das escolas do 1º ciclo e jard-ins-de-infância do concelho,

calculada em função do nú-mero de alunos. Estas verbas serão distribuídas pelos agru-pamentos escolares Dr. Ma-nuel Fernandes, D. Miguel de Almeida e Tramagal.

Em comunicado, a Câmara de Abrantes explica que,

“como forma de responder às necessidades e proble-mas emergentes da dinâ-mica educativa do concelho, e no âmbito das suas com-petências de planeamento e gestão dos equipamentos educativos, o município tem

procurado desenvolver e di-namizar uma série de pro-jetos/investimentos”. São exemplos disso a atribuição da verba anual acima refe-rida e que perfaz um total de 8.565,00€, bem como as transferências feitas em 2012,

no valor de 136.603,74€, para as Juntas de Freguesia, atra-vés de protocolos de delega-ção de competências e que permitem um regular funcio-namento e manutenção das escolas do 1º CEB em 2012.

São verbas que de há al-

guns anos a esta parte são utilizadas pela autarquia no apoio à Educação. Esta atri-buição de apoios financei-ros tem sido adaptada a uma nova realidade do parque es-colar com a fusão de algumas escolas.

A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei, está a promover, pelo se-gundo ano consecutivo, o Concurso “Leituras nas Pon-tas dos Dedos”. A iniciativa,

a decorrer entre os meses de março e junho, é aberta a todas as pessoas, sendo que cada participante é de-safi ado a ler no mínimo três livros, escolhendo as temáti-

cas que lhe der mais prazer. A cada leitor é entregue um Mapa de Leitura onde deverá registar as leituras realizadas e classifi cá-las quanto ao pra-zer retirado da sua leitura. Os

leitores que lerem três obras receberão um prémio no fi-nal do concurso.

No mesmo espaço, até 26 de abril, decorre mais uma edição da CentroLivro Prima-

vera. Os visitantes têm a opor-tunidade de adquirir as mais variadas obras do mundo da literatura, incluindo os auto-res e os best sellers que o pú-blico mais aprecia, com diver-

sos descontos e promoções. No âmbito desta iniciativa serão ainda desenvolvidas atividades de promoção da educação, do livro e da lei-tura na comunidade.

No próximo dai 23 de abril a biblioteca da Escola Dr. Solano de Abreu vai come-morar mais um Dia Mundial do Livro. Desta feita, o pro-grama de atividades tem

como principal objetivo a a promoção da leitura e do livro. Ao longo do dia, entre as 11h00 e as 17h00, decor-rerá uma maratona de lei-tura. Os alunos estão convi-

dados para participar neste desafio de ler, ininterrup-tamente, textos escolhidos pela equipa da biblioteca. A turma que tiver mais parti-cipantes terá como prémio

a participação na sessão Ler (n)as Estrelas, no planetário do Centro Ciência Viva que, nesse dia, estará instalado no Pavilhão da escola.

A Associação Vidas Cru-zadas, de Abrantes, volta a lançar a campanha Reutili-zação de Livros Escolares. A poucas semanas do fi m de mais um ano letivo importa chamar a atenção para a importância de dar os ma-

nuais que tenham sido uti-lizados, mas que possam ser aproveitados por outras crianças. A Associação Vidas Cruzadas tem vindo a cons-tituir um banco de livros com vista a ajudar as famí-lias que deles necessitem.

Para além de estimular a dá-diva de livros escolares uti-lizados que possam ser rea-proveitados, esta associa-ção estimula a poupança: “Antes de comprar os novos manuais, veja os que temos disponíveis”. Os interessa-

dos em dar ou receber livros escolares podem dirigir-se à sede da Vidas Cruzadas, que fi ca nas antigas instalações da PSP de Abrantes, na Rua Grande, número 8.

Concurso e venda de livros na Biblioteca de Vila de Rei

Dia Mundial do Livro na Escola Solano de Abreu

Reutilização de manuais escolares

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17ABRIL 2013 CULTURA

“Temos nesta zona uma paisagem determinada por pequenas serras, mas com vales extremamente inclina-dos. Provavelmente, na Pré-História, as populações uti-lizavam estas zonas como casa”, explica Ana Rosa Cruz, professora e responsável do Centro de Pré-História do Ins-tituto Politécnico de Tomar (IPT). O local é o Lagar Fun-deiro, na freguesia de Martin-chel, em Abrantes. Com a sua equipa, Ana Cruz investiga vestígios pré-históricos.

Na manhã de 12 de março, Fernando Coimbra, também professor do IPT e membro do Instituto de Terra e Memó-ria (ITM), e Sara Garcês, aluna de doutoramento e membro do Museu de Arte Pré-Hist-órica de Mação, juntaram-se à equipa de Ana Cruz para mais um dia de trabalho ar-queológico. São especialis-tas em Arte Rupestre e o seu contributo reveste-se, por isso, de importância especial.

Os arqueólogos estão a ana-lisar ‘covinhas’ e ‘caneletos’ (ou canais) visíveis em várias ro-chas. Acredita-se que tenham sido feitos em épocas bem distantes, mas não há certezas quanto ao que efetivamente representam. “A arte rupestre em covinhas e canais é, para a maior parte dos investiga-dores, monótona”, conta Ana Cruz. Mas isso não diminui o seu entusiasmo em relação à investigação que estão a fa-zer em Martinchel. Quanto mais não seja porque “até hoje ainda nenhum investiga-dor conseguiu perceber qual o verdadeiro significado da ação de se fazerem covinhas”. A investigadora continua: “Há várias interpretações, o fenó-meno existe em todos os con-tinentes. As covinhas podem ser um tabuleiro de jogos na Galiza, e, por exemplo, algures numa ilha do Pacífico marc-am-se covinhas num aflo-ramento cada vez que uma criança nasce.”

Fernando Coimbra explica que o trabalho começa pela

limpeza: para se “limpar bem a rocha a luz tem de ser ade-quada”. Naquela manhã de março as condições não eram as ideais: “Hoje não é o caso, estão muitas nuvens.”

“A memória deve ser preservada”

“O trabalho é feito apenas

numa área pequena, porque não temos meios financei-ros, nem equipa suficiente para podermos investir em áreas mais dilatadas”, justi-fica Ana Cruz, na chegada ao local. A especialista conta que o trabalho dos arqueó-logos já viu melhores tem-pos: “Este trabalho foi, em tempos, fi nanciado pela Di-

reção-Geral do Património Cultural. Quando entrámos no IPT e começámos a traba-lhar, tivemos apoio das Câ-maras Municipais. Neste mo-mento quase não estamos a ter esse apoio, as pessoas não têm dinheiro.”

O IPT tem sido o grande suporte destes arqueólo-gos que trabalham na re-

gião, “cede o jipe, logo o ga-sóleo”. Ana Cruz acrescenta que todo o material tem de ser comprado pelos próprios arqueólogos. Mesmo assim, não deixam de pensar em novos projetos. “Pensámos e propusemos fazer rotei-ros turísticos, não só de Arte Rupestre”. O desafi o foi lan-çado: “Não temos dinheiro para ter um circuito de Arte Rupestre feito em covinhas, em Abrantes. Se a Câmara entender que é um projeto com pernas para andar…”

Para a equipa de arqueó-logos, o trabalho desenvol-vido nos Institutos Politéc-nicos é muito importante, uma vez que “têm como ob-jetivo chegar às populações e resolver problemas locais”. Ana Cruz conta que o pró-ximo passo será uma sessão de apresentação do trabalho que desenvolvem. “A pouco e pouco as pessoas vão co-nhecendo o nosso trabalho e percebem que não somos inúteis”. Fernando Coimbra é da mesma opinião: “A Ar-queologia, bem aproveitada, pode gerar riqueza. Estamos a viver uma grande crise, mas se apagarmos a memó-ria fi camos ainda pior.”

Ana Cruz não compreende por que é que muitas vezes os arqueólogos são mal ama-dos, uma vez que “a memó-ria deve ser preservada e os profi ssionais da memória so-mos nós”.

Apesar de o trabalho ser “extremamente cansativo” e dispendioso, também “é gratifi cante”. Ana Rosa Cruz adianta que “neste mo-mento temos quatro nú-cleos de arte com covinhas em Abrantes, dois no vale do Zêzere e dois no vale do Tejo”. E os resultados só se conseguem com trabalho de equipa: “Ao contrário da maioria dos arqueólogos, damo-nos bem!”

Daniela Barretoaluna de Comunicação Social da ESTA

ARQUEÓLOGOS EXPLORAM VESTÍGIOS DE ARTE RUPESTRE NO CONCELHO DE ABRANTES

“A Arqueologia, bem aproveitada, pode gerar riqueza”

Especialistas de diversos países em Mação

Entre 4 e 13 de abril o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) organiza um Curso Intensivo de Gestão Integrada do Território. Esta formação, que atri-bui seis ECTS, conta com o apoio da Comissão Eu-ropeia e é desenvolvida em parceria com diversas Universidades europeias. Trata-se de um curso le-cionado em Inglês e que será ministrado por um diversifi cado conjunto de docentes e de especialis-tas. Para além de envolver instituições de ensino su-perior, o curso é também o resultado de um outro conjunto de parcerias com diversas organizações na-cionais e internacionais que atuam no campo do Património, assim como do setor empresarial.

As instituições parcei-ras do Instituto Politéc-nico de Tomar para orga-nizar este curso represen-tam oito países: Universitá degli Studi di Ferrara (Itá-lia), University of Techno-logy of Brno (República Checa), Universidad Rey Juan Carlos (Espanha), Na-tional University of Arts, Bucharest (Roménia), Vil-nius University (Lituânia), Ghent University (Bélgica), M. National d’Histoire Na-turelle (França), Universi-tat Rovira i Virgili (Espa-nha), Jena University (Ale-manha), Université Jean Monet (França) e Univer-sitá Di Napoli Federico II (Itália).

Para além disso, nove outras instituições se as-sociaram a este curso In-tensivo de Gestão Inte-grada do Territoritório: HE-RITY International, Conseil International de Philoso-phie et Sciences Humai-nes, Union Internationale des Sciences Préhistori-ques et Protohistoriques, International Year for Glo-bal Understanding, Junta de Extremadura, Benefi ts and Profits, Comunidade Inter-Municipal do Mé-dio Tejo, Nersant, Instituto Terra e Memória.

• Ana Rosa Cruz mostra as ‘covinhas’ e os ‘caneletos’

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Page 18: Jornal de Abrantes Abril 2013

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18 ABRIL 2013CULTURA

MUSEU ARTE PRÉ-HISTÓRICA E DO SAGRADO NO VALE DO TEJO, EM MAÇÃO

Exemplares de arte rupestre convivem com projetos inovadoresA visita ao Museu de Mação começa nos cafés da terra. Os habitantes têm orgulho neste espaço, que faz da vila uma localidade multicultural. O Mestrado Erasmus Mun-dus atrai investigadores de diversos pontos do mundo e projeta esta região inter-nacionalmente. Para além de exposições e de várias ativi-dades, a investigação na área dos riscos naturais que afe-tam o património e o estudo da relação entre a arte pré-histórica e a arte contempo-rânea marcam pontos em Mação.

A Câmara Municipal de Ma-ção, com o intuito de prote-ger e promover o seu patri-mónio arqueológico, pro-moveu a reorganização do Museu Municipal, que foi re-batizado como Museu de Arte Pré-Histórica e do Sa-grado no Vale do Tejo. Desta forma, transformou-se num pólo estratégico de uma vasta rede de recursos que ao nível da investigação ar-queológica benefi cia da co-laboração com o Centro de Pré-História, do Instituto Po-litécnico de Tomar (IPT) e do Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo de Vila Nova da Barquinha.

O Museu é hoje o centro coordenador de importantes projetos europeus, na área dos riscos naturais que afe-tam o património e da rela-ção entre a arte pré-histórica e a arte contemporânea. No âmbito de um protocolo com a Federação Internacional de Arte Rupestre, é a sede eu-ropeia do registo bibliográ-fico rupestre internacional. No quadro da colaboração com o IPT e com a Univer-sidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, é a sede do Mes-trado Erasmus Mundus em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre, acolhendo desde 2005 novos investiga-dores provenientes dos cinco continentes.

O Museu de Mação foi criado em 1986, mas sofreu uma profunda reestrutura-

ção a partir de 2003, que só culminou em 2005. Foi nessa reestruturação que se deci-diu passar a apresentar ex-posições que, falando sobre a história e a arte rupestre, tivessem uma ligação poten-cial forte com as pessoas que vivem hoje com uma dimen-são de internacionalização muito grande.

Gravura com mais de 20.000 anos marcou uma nova fase

O ponto de viragem do Mu-seu deu-se em 2000 com a descoberta, a 6 de setem-bro, de uma gravura rupes-tre paleolítica com mais de 20.000 anos, na margem do Rio Ocreza. Decorrente desta descoberta, e com uma nova direção e uma equipa rejuve-nescida, iniciou-se uma ne-cessária reorganização e in-ventário do Museu. Começou a ser delineado um programa para o Museu, apoiado por uma Comissão Internacional de Acompanhamento, no

qual constou a celebração de diversos protocolos entre a Câmara Municipal e várias entidades nacionais e inter-nacionais.

As atuais exposições apoiam-se numa pequena parte das coleções do museu e falam sobretudo das ori-gens da agricultura e da arte, já que a agricultura e o traba-lho da terra são as bases cul-turais de Mação e se expres-sam em várias vertentes.

Na primeira vertente exis-tem atualmente três exposi-ções permanentes, todas elas em torno da agricultura. Uma exposição virtual apresenta imagens de vários projetos do Museu no mundo e que faz parte de uma rede de sa-las digitais que está a ser im-plementada em toda a região do Médio Tejo, com a possibi-lidade de se entrar nos outros museus através delas .

Uma segunda vertente é uma exposição tátil que foi pensada inicialmente para invisuais, mas que também serve de prática da cegueira

para normo visuais. Na ter-ceira vertente, mais clássica, testemunham-se objetos re-lativos ao processo de tran-sição entre o espaço domés-tico e a arte rupestre .

Finalmente, o Museu tem uma exposição temporária patente no Mosteiro dos Je-rónimos, com o apoio do Mu-seu Nacional de Arqueologia, que regressa em maio para poder circular um pouco por todo o país.

No ano em que se celebra o ano de Portugal/Brasil, está a ser preparada uma expo-sição que vai estar patente em 14 dos 17 Estados do Bra-sil com um público estimado em cerca de meio milhão de pessoas.

Este projetos fazem com que vivam permanente-mente em Mação mais de 40 pessoas de mais de 15 países diferentes, com projetos per-manentes em vários países, como a Grécia, Itália, Senegal, Namíbia, Cabo Verde, Brasil, Angola, El Salvador, Colúm-bia, Costa Rica e ainda uma

parceria com a China.Estes projetos rodam todos

em torno de duas vertentes: a discussão sobre a agricul-tura e a sustentabilidade das sociedades no passado e, ainda, como trabalhar a sus-tentabilidade hoje em dia.

Na Conferência do Rio + 20 foi apresentado um novo sistema de gestão territorial que foi já adotado por vá-rios Governos de Estados do Brasil, em colaboração com o Instituto Terra e Memó-ria, que envolve o IPT. Estes projetos são da área do am-biente, gestão do território e segurança social.

Projetos de tratamento de lixo e de depuração de água

A estratégia de trabalho que o Museu tem seguido, em parceria com empresas de Mação, é adotar soluções de qualidade, mas de baixo custo. O que inicialmente co-meçou com projetos de mu-seologia depressa se expan-

diu para atualmente, com a colaboração de investigado-res brasileiros, se desenvolve-rem projetos de tratamento de lixo em Angola e um outro de depuração de água para comunidades que têm difi-culdade no acesso à água po-tável.

Do espólio do Museu cons-tam as gravuras Rupestres de Cobragança, as pinturas Ru-pestres do Pego da Rainha e as gravuras Rupestres do Ocreza, no vale do Ocreza. Se se pode falar em joias da co-roa para defi nir a riqueza do museu, o que só por si obri-gariam a uma deslocação a Mação, uma está ligada ao património do passado e ou-tra ao do presente.

A primeira, a peça mais ex-traordinária será a da Trin-dade do Espírito Santo, uma escultura em pedra de Ançã. A outra, talvez ainda mais im-portante, para além da sis-tematização de toda a infor-mação sobre a arte rupestre do Tejo, é sem dúvida o facto de se ter construído um es-paço com as características do Museu numa terra onde vivem cerca de mil pessoas, que tem uma densidade de não portugueses talvez ape-nas equivalente a Lisboa, e que representa uma verda-deira manifestação de inter-culturalidade num território menos favorecido.

Para além dos espaços de exposição, o Museu tem ainda à disposição dos seus visitantes uma Biblioteca es-pecializada em Arte Pré-His-tórica e Arqueologia e um variado programa de ativi-dades e ateliers promovidos pelos Serviços Educativos es-pecialmente vocacionados para públicos escolares.

“A visita ao Museu começa ouvindo-se as pessoas de Mação nos cafés e restau-rantes da vila onde se sente o orgulho que nutrem pelo seu Museu”, conforme é sa-lientado pelo seu diretor, Luiz Oosterbeek.

Francisco Rocha

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19ABRIL 2013 CULTURA

A nova sede do Grupo de Teatro Palha de Abran-tes está praticamente con-cluída. Será inaugurada em maio. Simultaneamente, o grupo comemora 15 anos de atividade. E março mar-cou presença nas atividades comemorativas do Mês do Teatro e em maio volta a or-ganizar as Mostras de Tea-tro, nas freguesias do conce-lho de Abrantes.

O Grupo de Teatro Palha de Abrantes iniciou a sua ativi-dade em 1998 sob a orienta-ção das professoras Helena Bandos e Maria Rosa Durão. A primeira peça apresentada pelo grupo foi “O Velho Ciu-mento”, de Miguel Cervan-tes, com a encenação de He-lena Bandos, tendo-se reali-zado o primeiro espetáculo no Auditório da Santa Casa da Misericórdia em Abran-tes, em maio de 1999. Do seu repertório constam já dezenas de peças.

Entre as atividades do grupo constam as Mostras de Teatro, este ano já na sua 7ª edição, e que nos fi ns de semana de 4, 11 e 18 maio, se propõem a divulgar o teatro pelas freguesias do concelho.

Atualmente estão a prepa-rar a peça com que vão ini-ciar as celebrações: “O Arle-quim nas ruínas de Lisboa”, de Norberto Ávila. A peça é uma ficção com fundo his-tórico nacional. Trata-se de um homenagem à arte do ator (na fi gura do protago-nista Alceu Beringela, to-

cado pelo fascínio de uma das mais fulgurantes per-sonagens da ‘commedia dell’arte’ e do Teatro em ge-ral), permite uma breve aná-lise do viver setecentista. De qualquer modo, entenda-se que as ruínas a que se re-fere o título não são apenas as resultantes do terramoto de 1755, mas também as da própria sociedade por-tuguesa, em muitos aspetos degradada, depois das for-çadas magnifi cências de D. João V. O autor afl ora alguns dos temas da irresistível as-censão de Sebastião José de Carvalho e Melo: a sua luta contra os Jesuítas; o fana-tismo religioso; o atentado contra D. José I ou o opor-tunismo de tantos no mo-mento da catástrofe.

No passado mês de março, dedicado ao Teatro, em Abrantes, levaram à cena, no Cine Teatro, a 9 de março, o “Doido e a morte”, uma co-média de Raul Brandão.

Um dos sonhos do grupo era a construção de uma sede que agora vai ser inau-gurada na rua Maria de Lur-des Pintassilgo. Tal como re-fere Helena Bandos, depois de muitos anos de luta, que passaram pela antiga rodo-viária ou o quartel de bom-beiros, foi fi nalmente encon-trado o espaço para acolher a sede do grupo que foi para o efeito cedido pela Câmara Municipal. Em parceria com uma empresa da cidade, procedeu-se ao restauro e melhoramento das instala-

ções por forma a acolher as necessidades do Grupo de Teatro. A nova sede, que será brevemente inaugurada, é um espaço arejado, cheio de luz, amplo que dispõe de duas salas grandes, outras de apoio e uma secretaria, uma sala de reuniões que eventualmente servirá tam-bém como espaço multifun-ções. Embora sem as neces-sárias comodidades, muito devido às obras de acaba-mento que ainda decorrem no local, foi já possível reali-zar dois ensaios. Existem vá-rios projetos para este local de trabalho que será por um espaço de lazer, de forma-ção e de outras atividades cénicas.

Prevê-se para 4 de maio, pelas 12h00 a inaugura-ção da nova sede. Esta data coincide também com a Mostra de Teatro que anual-mente ocorre nesta época com espetáculos contínuos durante três semanas. Em cena têm o “Arlequim” de Norberto Ávila, comédia cujo enredo remonta a 1755 aquando do terramoto de Lisboa. Como curiosidade, espera-se que o autor esteja presente.

Pretende-se também que, como a data coincide com as celebrações dos 15 anos de existência do grupo, se proceda a uma justa home-nagem aos fundadores do grupo.

Francisco Rocha

Foi há 50 anos que Jean Cocteau proferia a mensa-gem que inaugurava as ce-lebrações do primeiro Dia Mundial do Teatro, criado pelo Instituto Internacio-nal de Teatro da UNESCO. Desde então que, a 27 de março, se homenageia, um pouco por todo a parte, as artes do espetáculo. Portu-gal não é exceção. A festa faz-se nos palcos e repres-enta-se um pouco por todo o país. Abrantes associou-se

a estas comemorações ele-gendo março como o mês do teatro. Assim, para come-morar esta efeméride, a Câ-mara Municipal de Abrantes em associação com várias organizações culturais da região, apresentou espetá-culos teatrais com uma pro-gramação variada.

A primeira peça a ser apre-sentada ao público foi uma comédia, “O Morgado de Fafe em Lisboa”, que subiu ao palco, pela mão do GET-

AS-Centro Cultural do Sar-doal, no dia 1, no Cine Tea-tro S. Pedro, com encena-ção de José Paulo de Sá. A obra inspirou-se num texto de Camilo Castelo Branco.

No dia 15 de março foi a vez de se representar outra comédia: “Bom Apetite”, re-presentada pela Associação ”Créme de la Créme”. “Bom Apetite” é um espetáculo onde a comédia é levada ao extremo do absurdo, apoiada na tragédia, como

forma de contar uma his-tória. A relação com o pú-blico é feita através da inti-midade, sendo este trans-portado pela proximidade do ator com o público.

Dentro de uma tenda-útero, a peça “Na Barriga”, da Companhia Caótica-Ass-ociação é um espetáculo es-timulante e terno que leva o público numa atribulada viagem ao sítio onde tudo começou. Tem por obje-tivo dar a explorar, reviver

e questionar o espetador sobre o seu próprio nasci-mento, através de imagens, sons e objetos. Tem ainda como curiosidade de envol-ver a comunidade, convi-dando elementos locais a participar na própria peça.

“A Viagem” teatral chegou ao fi m com a criação de Fi-lipa Francisco, um projeto com o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego. “A Viagem” reinterpreta me-mórias e explora as liga-

ções entre o tradicional e o moderno, aborda o modo como as manifestações po-pulares aderem e procuram a modernidade, originando novos significados, permi-tindo nova apropriação e novo entendimento do seu papel nos dias hoje.

Francisco Rocha

CONCRETIZA-SE UM DOS SONHOS DO GRUPO

Palha de Abrantes com nova sede

Março, foi o mês do teatro em Abrantes

• Helena Bandos e Artur Marques na nova sede do Grupo de Teatro

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20 ABRIL 2013DIVULGAÇÃO

Tenda Duplex na Antena Livre“Na Tenda Duplex há lugar

para todos…e para toda a música, com outros sons… outras vozes”…. É a partir deste slogan que acontece, de segunda a sexta-feira, este espaço da Antena Livre que está no ar às 07h00, 07h45; 11h20; 15h00 e 19h20. Com realização, produção e locu-ção do Jornalista Ricardo Al-ves, “Tenda Duplex”, apesar de estar no ar há pouco mais de dois meses, conseguiu já conquistar muitos fãs. As cha-madas músicas alternativas, ou do meio underground que muitas das vezes não entram nas playlists das rádios regio-nais ou nacionais, por serem alegadamente pouco comer-ciais ou muito barulhentas, dão o mote para cinco minu-tos de rádio onde se conta a história da banda, da voz e da vida das próprias músicas. Questionado pelo JA, o autor

desta rubrica descreve assim o novo conteúdo da Antena Livre: “Tenda porque remete para uma ideia de campes-tre, refúgio, paredes meias com a realidade urbana. Ini-cialmente pensei numa tenda num contexto urbano, no meio do trânsito de Abrantes, com as pessoas a passarem, reféns das suas rotinas, robó-ticas. A tenda como algo que as convidasse a entrar, sen-tirem curiosidade. Sinto que as pessoas ouvem certo tipo de música porque gostam, mas também porque não têm tempo para ouvir com calma, escolher, sentir, degus-tar. Renunciar à maioria é algo profundamente difícil. Du-plex porque queria ver uma tenda com espaço para todos e porque o termo duplex re-mete para um luxo. E o luxo, na música, é acessível a to-dos. Há tanta música de qua-

lidade no mundo que desejei ter um espaço grande para a acolher toda. O público é todo aquele que gosta da música

que passa na Tenda Duplex, desde os blues ao rockabilly, do grunge à clássica, do in-die ao pop alternativo, entre

outros. Não há que ter vergo-nha das músicas de que gos-tamos. As convenções sociais que nos obrigam a não gostar

daquilo nesta idade, ou disto naquela idade, são meio ca-minho andado para a morte da alma. Já assisti a centenas de concertos e já presenciei demasiadas lágrimas e sorri-sos nos mesmos para saber que a música é intemporal. Vi muitas pessoas chorar pe-rante as músicas que poucos ouvem e sei que em parte o fizeram porque se liberta-ram da amálgama a que cha-mamos maioria. Pertencer a uma minoria dá muito traba-lho, mas é altamente remu-nerado em termos de alma. Num aparte, também gosto muito de loucura, de exalta-ção, cor, luz, noite e alegria. E gostava que todos escolhes-sem as suas, há uma música para cada um dos nossos sen-timentos e não há um único sentimento igual de pessoa para pessoa.”

Paulo Delgado e Ricardo Alves

Encontramo-la com faci-lidade a um dos balcões da Padaria Pereira, vemos logo que é estrangeira, mas difi cil-mente lhe suspeitamos a his-tória. Inga Abbud nasceu na Rússia, em Leninegrado, hoje S. Petersburgo. Viveu aí até aos seis anos, filha de pai russo, violinista, e de mãe ucraniana-alemã, cantora lírica. Quando a mãe fi cou viúva, mudou-se para a Ucrânia. Não é para ad-mirar que tenha comprado, a crédito, um piano. Por isso Inga estudou música e toca piano. Tirou na universidade o curso de designer de equipamen-tos para transportes urbanos e foi casada na Síria durante dez anos. Tem um filho na Síria e uma fi lha na Ucrânia.

Sempre pensou em sair, como muitos ucranianos. Che-gou a Portugal em 2001. Tra-balhou numa fábrica de fruta em Mafra, como trabalhadora doméstica no Porto, interna, mas não gostou, e depois em Loures, “mas já não dormia lá”. Há oito anos veio com amigas

passear a Constância, encon-trou uma ucraniana ao balcão da Sopadel… e ficou a tra-balhar ali. Há seis anos mud-ou-se para a padaria Pereira. “Gosto muito deste trabalho, do cheiro a pão, aos doces da pastelaria. Gosto do ambiente do café.” Além deste, ainda ar-ranja forças para outros traba-lhos que lhe complementam o orçamento.

De Portugal, aprecia de modo particular “Lisboa, com a sua arquitetura antiga, a na-tureza, o ar puro, tudo limpo e organizado, até nas aldeias pequenas. E a muita atenção à cultura. Gosto deste traba-

lho e Abrantes é muito bo-nita.” O pior? “Não sei. Às vezes, a falta de educação das pes-soas. Muita burocracia, muitos papéis. Não gosto do sistema de saúde, não gosto: não per-cebo como é que uma pessoa ferida, ou com dor de barriga pode estar numa fi la, não per-cebo. Mas não gosto de falar de coisas negativas. Eu gosto de Portugal. E sempre tenho encontrado pessoas boas.” Não aprecia o fado: “é muito triste”. Mesmo assim, tem dis-cos de Mariza e Amália, “adoro”, mas “apetece chorar”.

Quanto aos trabalhadores, “são pouco alegres, não sabem

divertir-se. E agora está pior”, acrescenta. “Eu, quando che-guei, era alegre. Agora já estou diferente. Eu tenho saudades de mim.”

Vive com intensidade “a Qua-resma”. Mas nos quarenta dias antes do Natal, isso mesmo, do Natal: não come carne, nem peixe, nem leite, nem queijo. E explica: “É para limpar o san-gue.”

Gosta muito de uma boa conversa, sobretudo de ouvir, em especial boas histórias. E de ler: “em especial os clássicos russos, e Maupassant. E tam-bém Fernando Pessoa.”

É muito provável que fi-que por Portugal, se encon-trar uma situação estável. Mas também não afasta a ideia de voltar à Ucrânia, onde tem casa, e onde vive a filha. En-tretanto, continua a vender pão e a servir cafés. Ah, e a dar uma boa gargalhada de vez em quando. Talvez a desafi ar para a alegria os trabalhadores mais tristes.

Alves Jana

UMA RUSSA EM ABRANTES

“Tenho saudades de mim”

• Inga Abud: “Eu gosto de Portugal”

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL

- CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia sete de Março de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de Justifi cação, exarada de folhas oitenta e dois a folhas oitenta e cinco do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem traço D, na qual os Senhores, AUGUSTO SERRAS, Nif 128 806 885 e mulher LUDOVINA DE JESUS, Nif 191 733 938, ambos naturais da freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, residentes em Cimo dos Ribeiros, dita freguesia de Alcaravela, vêm justifi car, que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio rústico, situado na freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, mas inscrito na matriz em nome do justifi cante marido.

- Prédio rústico, sito em Taberna Seca, freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, composto por pinhal, com a área de dois mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com Maria de Lurdes Serras da Silva e inscrito na matriz sob o artigo 10 secção M, com o valor patrimonial de 48,81 euros, e para efeitos de IMT 132,56 euros, a que atribuem o valor de quinhentos euros que é também o valor atribuído a esta justifi cação.

- Que, adquiriram o mencionado prédio por compra verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta e três a Daniel Batista e mulher Maria Carreira, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Louriceira, Mação, sem que fi cassem a dispor de título formal que lhes permita efectuar o respectivo registo na competente Conservatória do Registo Predial;

- Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspon-dente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, o imóvel, conservando-o e mantendo o mesmo, procedendo ao seu amanho, pagando os respectivos impostos e suportando os demais encargos.

- Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacífi ca, contínua e do consenso que o prédio lhes pertence, desde o dito ano de mil novecentos e oitenta e três, conduziu à aquisição do direito de propriedade do identifi cado imóvel, por USUCAPIÃO, o que invocam, justifi cando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

- Está conforme o original, na parte respectiva.

Sardoal, 7 de Março de 2013A Conservadora, a exercer funções de NotárioNélia Carla Henriques Ferreira

(Jornal de Abrantes, edição 5506 de Abril de 2013)

As caras da rádio

Retrato

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21ABRIL 2013

O Património da Pré-Hist-ória recente do concelho de Abrantes tem vindo a ser alvo de pesquisa desde os primeiros anos deste século no que concerne, especifi-camente, aos trabalhos de-senvolvidos pelo Centro de Pré-História do Instituto Po-litécnico de Tomar.

Este concelho é particular-mente rico não só em ter-mos de sítios que podere-mos apelidar de habitat, como também de sítios de cariz funerário e de sítios que se enquadram numa outra área, a Arte Rupestre.

Desta feita, o trabalho de campo que se desenvolveu no Lagar Fundeiro, freguesia

de Martinchel, constou de uma abordagem à arte ru-pestre implementada atra-vés dos métodos e técnicas da Arqueologia, fundindo assim as áreas da Arte e da Arqueologia numa só – a da Arqueologia Rupestre.

É muito curioso observar que os signos descobertos nos grandes afloramentos de gnaisse, localizados na bacia hidrográfi ca do rio Zê-zere, são sistematicamente os mesmos: covinhas e ca-neletos.

Estas representações, que tipologicamente se conhe-cem por “covinhas”, são cír-culos escavados na rocha por abrasão e que possuem

variados diâmetros e pro-fundidades. Elas podem surgir isoladamente ou em grupos, formando painéis e conjuntos que teriam natu-ralmente uma leitura clara e um signifi cado para as co-munidades que os produzi-ram, mas que, infelizmente, está perdida para nós.

São claramente o produto de uma intenção comuni-cativa inter-comunidade(s) indicando determinadas ideias ou regras que esta-riam à disposição de todos os que soubessem desco-difi car esta simbologia cog-nitiva.

José Maria Rebelo Ferreira tem 52 anos, nasceu e cres-ceu na aldeia da Concavada. Desempenha funções de autarca há quase 24 anos e é Presidente da Junta de Freguesia há 12 anos.

Participou ativamente na criação da sua freguesia e muito tem dedicado o seu tempo em prol do desen-

volvimento da localidade. Atualmente, o autarca en-contra-se acometido de doença grave.

Sónia Guerreiro, natural de Concavada, lançou uma campanha de solidarie-dade a favor do Presidente da Junta, que lhe permita uma deslocação à Alema-nha para um tratamento on-

cológico.Entre outras manifesta-

ções de solidariedade estão previstas vendas de rifas, ca-minhadas e atuações mu-sicais.

Podem ser feitos contri-butos através do NIB 0007-0000-0010-9068-7412-3.

DIVULGAÇÃO

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

A importância da Saúde Oral

O dia Mundial da Saúde Oral comemorou-se a 20 de março. Este dia foi criado como forma de aumentar a atenção dedicada à saúde oral. A data serve para colo-car em evidência a impor-tância de manter a saúde da boca durante toda a vida com os hábitos corretos de higiene oral, alimentação adequada e a vigilância ade-quada. Essas medidas são consideradas básicas para a manutenção de uma boca saudável, isto é, sem sinais de cáries, doenças da gengiva, dor crónica, lesões cancero-sas, perda de dentes e outras doenças ou distúrbios.

A Saúde Oral é fundamen-tal para a saúde em geral, bem-estar e qualidade de vida. Uma boca saudável é condição essencial para que as pessoas possam comer, fa-lar e socializar sem dor, des-

conforto ou embaraço. O im-pacto das doenças orais na vida diária das pessoas é sub-til, mas real, a sua infl uência faz-se sentir nas nossas ne-cessidades mais básicas, al-terando o nosso dia a-dia. A prevalência e a recorrência dessas doenças na vida das pessoas constitui uma epide-mia silenciosa.

É portanto fundamental ga-rantir que a ”boca” esteja sem-pre saudável. E é por isso que eventos como o Dia Mundial da Saúde Oral são essenciais para alertar a população so-bre os riscos de negligen-ciar os cuidados com a sua saúde.

A maioria dos estudos re-vela que as doenças orais têm um elevado impacto econó-mico nas sociedades mais desenvolvidas. As melhorias significativas na saúde oral das crianças nos últimos 20-

30 anos resultam de uma in-tervenção contínua e siste-mática que é preciso manter e atualizar, na procura cons-tante de uma consolidação e adaptação de comporta-mentos adequados.

A Direção Geral da Saúde e a Ordem dos Médicos Dentis-tas comemoraram este dia, e a Unidade de Saúde Pública do ACES Médio Tejo assoc-iou-se a este evento, lem-brando a importância de se criar uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde, preven-ção e tratamento das doen-ças orais e que essa estraté-gia seja construída por todos: entidades governamentais, profissionais de saúde e to-dos os portugueses que em conjunto podem colocar Por-tugal a Sorrir!

ARQUEOLOGIA NA REGIÃO

Arte Rupestre no concelho de Abrantes

Campanha solidária a favor do presidente de Concavada

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22 ABRIL 2013CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

A Companhia Olga Ro-riz apresenta em Abrantes “Solos”, um espetáculo de dança contemporânea. No dia 5 de abril, pelas 21h30, sobem ao palco do Cine-Teatro São Pedro seis bai-larinos numa criação com direção e coreografia de Olga Roriz, que apresenta uma sequência de solos com uma coesão de estilo. “Solos”, que foi concebido especialmente para um es-paço cultural em Lisboa, procura revisitar vários es-petáculos do reportório da Companhia: Confidencial (2004), Daqui em Diante

(2006), Inferno (2008), Nor-tada (2009) e Interiores (2009). A dança toma forma e sentido no corpo dos in-térpretes Bruno Alexandre, Catarina Câmara, Maria Cer-veira, Marta Lobato Faria, Olga Roriz e Pedro Santiago. A Companhia Olga Roriz foi fundada em 1995, caract-erizando-se pelo facto de ser uma companhia de au-tor, com produções resul-tado de um intenso pro-cesso criativo, de refl exão e partilha. O preço do bilhete é de 4 euros e podem ser comprados no Posto de Tu-rismo ou a partir das 19h do dia do espetáculo no Cine-Teatro S. Pedro.

Dança Contemporânea de Olga Roriz no Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes

A exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes”, patente no Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Alentejo, em Vila Nova da Barquinha, tem como objetivo primor-dial homenagear José Gomes, “um homem íntegro”. No dia 3 de abril foi inaugurado o es-paço memória José Gomes,

que recebe, até 31 de dezem-bro, a mostra de uma gama variada da geomorfologia da trilogia dos rios Nabão, Zêzere e Tejo, e da tipologia de sítios e de artefactos. José da Silva Gomes, um dos grandes im-pulsionadores da arqueologia na região do Médio Tejo, foi professor de Arqueologia no Instituto Politécnico de Tomar

e fundou o Núcleo de Arqueo-logia da Barquinha, do qual foi presidente até ao ano de 1995. Em 2012, José da Silva Gomes foi condecorado pela Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha com a atri-buição da Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata, por se ter distinguido no campo social, associativo e cultural.

A exposição pode ser visi-tada de segunda a sexta-feira no período horário das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30.

Exposição em homenagem a José GomesAbrantesAté 26 de abril de 2013 – Exposição “Os chapéus dos meus heróis”, 33 réplicas de chapéus de personagens da banda desenhada – Biblioteca António Botto, das 9h às 19h30Até 15 de maio de 2013 – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Concelho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a domingo, das 10h às 18h Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos4 de abril a 30 de junho – “Bailes”, recordar bailes antigos – Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h305 de abril a 31 de maio – Exposição “Cargaleiro. Pinturas” – Galeria Mu-nicipal de Arte5 de abril – “Solos”, espetáculo de dança com Olga Roriz – Cine-Teatro São Pedro, às 21h306 de abril – Ballet do Clube Náutico de Abrantes – Cine-Teatro São Pe-dro, às 15h8 de abril a 12 de maio – Exposição “Projeto Igualdade de Género e não Discriminação” – Biblioteca António Botto9 de abril – Conferência “Fernando Pessoa e a Construção de Heteroní-mia”, por Maria do Céu Estibeira – Biblioteca António Botto, às 18h11 de abril – “Ler os Nossos com…” João de Matos Filipe, apresentação da obra “Cultura e Artes da Pesca Tradicional no Rio Tejo em Ortiga - Mação” – Biblioteca António Botto, às 18h12 de abril – Banda Sinfónica do Exército – Comemoração do dia da Arma e 123º Aniversário da Escola Prática de Cavalaria – Cine-Teatro São Pedro, às 21h3017 a 20 de abril – Jornadas da Juventude de Abrantes: “Emprego e empreendedorismo” – conferências, workshop, animação, concertos – Centro Histórico de Abrantes18 de abril – Comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – Tenda Multiusos – Rossio ao Sul do Tejo, a partir das 9h3018 de abril – “Entre Nós e as Palavras com…” Júlio Magalhães, apresen-tação da obra “Não Nos Roubarão a Esperança”, por Maria de Fátima Loureiro – Biblioteca António Botto, às 21h3019 de abril – Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa – Cine-Teatro São Pedro, às 21h3026 de abril – “Comemorar a Dança”, pelo Espaço Idança – Escola de Dança Contemporânea de Abrantes – Cine-Teatro São Pedro, às 21h3027 de abril – Festival de Tunas – Cine-Teatro São Pedro, às 21h3030 de abril – I Jornadas Biblioteconómicas de Abrantes: “As Bibliotecas Itinerantes” –Biblioteca António Botto, das 13h30 às 18h30Cinema – Org. Espalhafi tas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h303 de abril – “Argo”, de Bem Affl eck10 de abril – “A Caça”, de Thomas Vinterberg17 de abril – “Deixa-me Entrar”, de Tomas Alfredson24 de abril – “César Deve Morrer”, de Paolo & Vittorio Taviani

BarquinhaAté 3 de junho – Exposição “Pedra que rola não cria limo”, de Pedro Val-dez Cardoso – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homena-gem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h306 de abril – Palestra “Turismo Criativo no Médio Tejo”, com Rui Carvalho - Centro Cultural, às 17h13 de abril – Apresentação do livro “A Borboleta Zulmira”, de Daniela Rodrigues do Rosário – Biblioteca da Escola Ciência Viva24 de abril – Comemorações do 25 de Abril – Clube de Instrução e Re-creio – Moita do Norte

ConstânciaAté 7 de abril – Exposição “Cantos e Recantos da Vila de Constância”, fotografi a de fotógrafos amadores do Ribatejo – Posto de TurismoAté 30 de abril – Mostra bio-bibliografi a de Jacob Grimm e Wilhelm Grimm – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill2 a 7 de abril – 1º Ciclo Internacional de Órgão de Constância - Con-sultar programa específi co13 de abril a 5 de maio – Exposição “Metamorfose”, pintura de Maria Clara Lopes da Silva – Posto de Turismo23 de abril – Dia Mundial do Livro, Maratona de Contos – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 5 de abril – “O Patinho Feio”12 de abril – “Um Mundo Sem Fim”19 de abril – “DVD surpresa”26 de abril - “Capitães de Abril”

MaçãoAté 17 de abril – Exposição “Entrelinhas”, caricaturas de escritores por-tugueses e estrangeiros, por António Antunes – Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, das 9h às 17h30, sábados das 14h30 às 17h305 a 7 de abril – Feira do Azeite em Ortiga – Venda de produtos regio-nais, música, animação de rua, exposição de fotografi a e artesanato lo-cal – Instalações da Cooperativa dos Olivicultores de Ortiga

SardoalAté 25 de maio – Exposição Coletiva de Pintura de Arte Contemporâ-nea, trabalhos de Eduardo Santos Neves, Luísa Nogueira, Maria João Franco, Oliveira Tavares, Paulo Canilhas e Tersa Mendonça – Centro Cul-tural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h306 de abril – “Django Libertado”20 de abril – “O Impossível”

Vila de Rei Até 6 de abril – Exposição “O Rosto de um Povo”, pintura de António Carvalho – Biblioteca Municipal José Cardoso PiresAté 30 de abril – Exposição “Concurso de Pintura e Desenho”, obras participantes no Concurso de Pintura e Desenho Padre João Maia – Museu MunicipalAté 30 de abril – Centro Livro Primavera – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

AGENDA DO MÊS

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL

- CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia treze de Março de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de Justifi cação, exarada de folhas noventa a folhas noventa e dois verso do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem traço D, na qual os Senhores, LUIS DIAS, Nif 106 527 029 e mulher MARIA DA ASCENSÃO, Nif 119 411 601, ambos naturais da freguesia e concelho de Sardoal, residentes na Rua Monte Além, n.º 4, Andreus, dita freguesia de Sardoal, vêm, justifi car que são donos e legítimos possuidores dos prédios rústicos, a seguir identifi cados, situados na freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal:

- UM: Sito em Vale Penedo, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, composto por eucaliptal, cultura arvense de sequeiro, oliveiras e horta, com a área de mil, seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Dias; do Sul com José Carvalho, do Nascente com Ribeiro do Poente com José Carvalho, inscrito na matriz sob o artigo, 54 secção P, com o valor patrimonial e atribuído de 56,46 euros, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal;

- DOIS: Sito em Vale Penedo, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, composto por cultura arvense de sequeiro e oliveiras, com a área de cento e sessenta metros quadrados, a confrontar do Norte com Ricardo Dias; do Sul com António Lavrador Dias dos Santos, do Nascente com Caminho Público, e do Poente com Manuel Dias, e inscrito na matriz sob o artigo 61 secção P, com o valor patrimonial e atribuído de 2,69 euros, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial;

- Que totalizam os valores patrimoniais dos prédios supra mencionados o valor de 59,15 euros, valor que é também o atribuído a esta justifi cação.

- Que, os prédios estão inscritos na matriz em nome da herança de António Martins, a quem os adquiriram por compra verbal feita no ano de mil novecentos e noventa e um, mais exatamente ao referido António Martins e mulher Maria Carlota Mendes, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Andreus, Sar-doal, sem que fi cassem a dispor de titulo formal que lhes permita efetuar o respetivo registo na competente Conservatória do Registo Predial;

- Que, desde logo, entraram na posse e fruição dos citados prédios, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades dos prédios, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, dos imóveis, conservando-os e mantendo os mes-mos, procedendo ao seu amanho e suportando os diversos encargos com os prédios.

- Que, esta posse em nome próprio, de boa-fé, pública, pacífi ca, contínua e do con-senso que os prédios lhe pertencem, desde o dito ano de mil novecentos e noventa e um, conduziu à aquisição do direito de propriedade dos identifi cados imóveis, por USUCAPIÃO, o que invocam, justifi cando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

- Esta conforme o seu original, na parte respetiva.Sardoal, 13 de Março de 2013A Conservadora, a exercer funções de NotárioNélia Carla Henriques Ferreira(Jornal de Abrantes, edição 5506 de Abril de 2013)

Seis artistas-plásticos in-tegrados no Movimento de Arte Contemporânea (MAC) têm as suas obras expos-tas no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal. A mos-tra, que estará patente até 25 de maio, reúne trabalhos de Maria João Franco, Luísa Nogueira, Teresa Mendonça,

Paulo Canilhas, Eduardo Ne-ves e Oliveira Tavares. O MAC é uma galeria de arte, de Lis-boa, que tem por objetivo a promoção e divulgação de muitos artistas portugue-ses e estrangeiros, não só na arte contemporânea como noutros géneros artísticos.

Júlio Magalhães, diretor-geral do Porto Canal, é o pró-ximo convidado da rubrica “Entre Nós e as Palavras”, dia 18 de abril, na Biblioteca Municipal António Botto, às 21h30. Maria de Fátima Lou-reiro apresenta a obra “Não Nos Roubarão a Esperança” (2012), que é retratada no cenário da Guerra Civil Espa-nhola para contar a história de dois irmãos portugueses, separados por convicções diferentes. Duarte e Pedro partem para o país vizinho, para combater em diferen-

tes lados da barricada. Um ao lado dos nacionalistas e o outro dos republicanos. Con-tudo, para além da violência e do drama do confl ito, estes dois irmãos irão encontrar o amor… Júlio Magalhães foi jornalista e pivot da TVI, iniciou-se na escrita literária em 2008, aquando do lança-mento do romance “Os Re-tornados - Um Amor Nunca Se Esquece”, sendo ainda au-tor de “Por Ti Resistirei”, “Um Amor em Tempos de Guerra” e “Longe do Meu Coração”.

EDITAL Nº 03/2013MIGUEL JORGE ANDRADE PITA ALVES

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91 da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, se publicam as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordinária, realizada no dia 27 de fevereiro de 2013:

- Designação dos representantes da Assembleia Municipal na CPCJ:

(Deliberado por maioria, com treze votos a favor e cinco votos em branco, nomear os seguintes cidadãos eleitores: Sra. Jacinta Ramos, Sra. Lourdes Roldão, Sra. Inês Aparício e Sr. Luís Farinha);

E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Município de Sardoal, 11 de março de 2013

O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

Arte Contemporânea em exposição no Sardoal

Júlio Magalhães apresenta livro na Biblioteca Municipal António Botto

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CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

ORAÇÃO DAS ALMASOh! Minhas treze almas dos afl itos a vós peço pelo amor de Deus,

atendei o meu pedido minhas 13 almas dos afl itos, a vós peço pelo sangue que Jesus Cristo derramou na cruz, dai-me a vossa pro-teção, cobri-me com vossos braços e guarde no vosso coração e protegei-me com vosso olhar. Oh! Deus de bondade, vós sois meu advogado na vida e na morte, peço-vos, atendei aos meus pedidos, livrando-me dos males e dai-me sorte na vida, que os olhos do mal não me vejam, cortai as forças dos meus inimigos.

Oh! Minhas 13 almas dos afl itos, se me fi zeres que eu alcance esta graça (Pedir a graça), fi carei devoto e mandarei celebrar uma missa e também imprimir um milheiro desta oração. Rezar 13 Avé Maria. 13 Pai Nosso

Durante treze dias C.L.

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