jornal de abrantes - edição dezembro 2014

24
Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de DESTAQUE NATAL CULTURA ENTREVISTA ECONOMIA DEZEMBRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5526 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO CM Abrantes Autarcas apostam na animação natalícia CIMT aprova orçamento de 4,5 milhões para 2015 A Assembleia aprovou o orçamento da Comunidade Intermunicipal para 2015, destinado à conclusão de projetos do atual quadro comunitário e ao arranque de outros. Pag 10 Cinema comercial regressa a Abrantes Sete anos depois, a autarquia reativou a sala de cine- ma instalada no Edifício Millenium, com sessões diárias de cinema comercial. Pag 11 José Alberto Marques fala sobre 50 anos de obra Poeta, ficcionista, professor e performer, assim se apresentou ao JA. Fez este ano 75 anos de idade e 50 anos desde que publicou o primeiro livro, A Face do Tempo (1964). Pag 3 As Câmaras Municipais da região do Médio Tejo vão assinalar esta quadra natalícia. O objetivo autárquico passa pela dinamização dos centros históricos e pela promoção de momentos lúdicos e culturais para com as comunidades. Págs. 5 a 7 Publicidade

Upload: miguel-ramos

Post on 06-Apr-2016

301 views

Category:

Documents


69 download

DESCRIPTION

Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

DESTAQUE NATAL

CULTURAENTREVISTA ECONOMIA

DEZEMBRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5526 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

CM

Abr

ante

s

Autarcas apostam na animação natalícia

CIMT aprova orçamento de 4,5 milhões para 2015A Assembleia aprovou o orçamento da Comunidade Intermunicipal para 2015, destinado à conclusão de projetos do atual quadro comunitário e ao arranque de outros. Pag 10

Cinema comercial regressa a AbrantesSete anos depois, a autarquia reativou a sala de cine-ma instalada no Edifício Millenium, com sessões diárias de cinema comercial. Pag 11

José Alberto Marques fala sobre 50 anos de obraPoeta, ficcionista, professor e performer, assim se apresentou ao JA. Fez este ano 75 anos de idade e 50 anos desde que publicou o primeiro livro, A Face do Tempo (1964). Pag 3

As Câmaras Municipais da região do Médio Tejo vão assinalar esta quadra natalícia. O objetivo autárquico passa pela dinamização dos centros históricos e pela promoção de momentos lúdicos e culturais para com as comunidades.Págs. 5 a 7

Publicidade

Page 2: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

2 DEZEMBRO 2014ABERTURA

O verdadeiro espírito de Natal

No fi nal de novembro, o Natal ainda não se sentia no centro de Abrantes. Os comerciantes começavam, um pouco timidamente, a enfeitar as montras. Os clientes também eram poucos, apesar de algumas lojas terem adotado uma estratégia de fazer promoções mesmo antes dos habituais saldos depois do Natal. O desemprego e o corte do subsídio de Natal dos funcionários públicos pairam no ar, como sendo os principais responsáveis por este panorama. E são.

O discurso pouco varia: o cidadão comum não tem dinheiro para fazer as compras de Natal como antigamente e os comerciantes do centro histórico de Abrantes receiam que este mês de dezembro traga pouco movimento em termos de negócios. A última esperança parece residir no regresso das iluminações, da música natalícia e de atividades organizadas pelo Centro Comercial Ar Livre. Pode ser que estas iniciativas atraiam mais pessoas ao centro, dando ao comércio tradicional a possibilidade de mostrar o que tem para vender. Pelo menos isso.

Por muito que a maioria das pessoas ainda veja o Natal como uma época mágica, o certo é que cada vez mais as prendas vão sendo um exclusivo das crianças. Essas, mesmo nas famílias mais carenciadas, continuarão a ser a prioridade. E as associações que apoiam quem mais precisa estão especialmente atentas a esta realidade, recolhendo brinquedos em bom estado para alegrar o Natal dos mais pequenos, que não têm que pagar por esta situação. Impõe-se, pois, um apelo para quem ainda consegue ter uma árvore de Natal com embrulhos infantis: que peçam às suas crianças para escolherem brinquedos a que já não dão valor para oferecerem a outros meninos e meninas. É uma questão de cidadania e de solidariedade, o verdadeiro espírito de Natal.

Hália Costa Santos

IDADE 70 anos.NATURALIDADE /RESIDÊNCIA Nasci em Lisboa e resido em Mouricas há 4 anos.PROFISSÃO Professor do centro universitário. Professor associado de nomeação defi nitiva da universidade de Évora.

UMA POVOAÇÃO Serra do Gerês. Passei lá momentos inesquecíveis da minha infância.UM CAFÉ Aquapolis em Abrantes. Acolhedor. Sou recebido com simplicidade e afetividade. A paisagem permite recriar a mente.PRATO PREFERIDO Bacalhau cozido com batatas.UM RECANTO PARA DESCOBRIR Veneza.UM DISCO Pink Floyd – Another Brick In The Wall.UM FILME “Os Gatos não têm Vertigens” do João Pedro Vasconcelos, pela profundidade e pelas mensagens implícitas.UMA VIAGEM Angola, no tempo da tropa. Vivi lá 4 anos ao sabor da Guerra. Uma experiência única.

UMA FIGURA DA HISTÓRIA (E PORQUÊ) D. João I, pela perspetiva que teve na organização da cidade face aos constrangimentos sociais e políticos.UM MOMENTO MARCANTE (E PORQUÊ) O nascimento dos meus dois fi lhos. Não se pode dizer porquê. É indescritível.UM PROVÉRBIO “Vozes loucas não chegam ao céu”.UM SONHO Acabar a montagem da minha biblioteca pessoal.UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um passeio convívio pelo fantástico ambiente do Parque de São Lourenço em Abrantes. É sem dúvida um sítio para se usufruir e para sentir.

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

[email protected]

ColaboradoresAlves Jana, André Lopes

e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António VieiraImpressão

Grafedisport, S.A.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179jornaldeabrantes

@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária

Media On - Comunicação Social, Lda.

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Rebelo dos Santos,

Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho

[email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Lena Comunicação SGPS, S.A.

jornal abrantesde

João Costa28 anos

Restauração

“Gostava que o sistema político mudasse. Os políticos atuais de-viam sair porque é por causa deles que estamos como estamos.”

Conceição Duarte75 anos

Reformada

“Tudo devia mudar, mas na sa-úde fazia falta uma grande mu-dança. Devia haver mais médicos. Quando precisamos, não temos.”

José Pereira51 anos

Desempregado

“A nível regional gostava que se criassem postos de trabalho e que a política de saúde fosse mais or-ganizada. É triste ver pessoas, com idade, estarem tempos e tempos à espera. A nível nacional, gostava de ver uma mudança na classe po-lítica. Faltam pessoas honestas e genuínas.”

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

EDITORIAL

SUGESTÕES

Luís Marques Barbosa

A Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, recebeu a XII Jornada de História Local com o tema “A Religião”, organizada pelo Centro de Estudos de História Local, (CEHLA) da Palha de Abrantes. Na cerimónia foi apresentado o nº24 da Revista de História Local Zahara. Na foto José Martinho Gaspar, coordenador do CEHLA, Alves Jana e Joaquim Candeias da Silva colaboradores da publicação.

O que é que deveria de mudar no próximo ano - a nível local, nacional ou mundial?

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 3: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

3DEZEMBRO 2014 ENTREVISTA

JOSÉ-ALBERTO MARQUES FALA SOBRE 50 ANOS DE OBRA LITERÁRIA

“Percorri caminhos sempre de vanguarda”ALVES JANA

Poeta, fi ccionista, professor e performer, assim se apre-sentou ao JA (Set. 2010). Fez este ano 75 anos (Torres No-vas, 1939) e 50 anos de que publicou o primeiro livro, A Face do Tempo (1964). Vive em Abrantes desde 1969, onde foi professor na Escola D. Miguel de Almeida. É uma referência na Poesia Experi-mental em Portugal.

Como foi editar o primeiro livro?

Gostei muito, no ensino se-cundário, da literatura portu-guesa. Em 1958 publiquei o primeiro poema concreto co-nhecido em Portugal. Fui es-crevendo e acabei por reunir material para um livro. Contac-tei algumas pessoas, mas… Um amigo meu, em Torres No-vas, que tinha uma papelaria-livraria, disse: “Eu pago-te isso.” Foi assim.

Qual é o olhar, hoje, sobre este percurso de 50 anos?

O essencial foi a leitura. De-pois, os mestres que tenho tido. E também os contactos que fui fazendo ao longo dos anos. No secundário, fora da escola punha um livro debai-xo do braço, como eu sabia que se fazia em Paris, usava cachimbo… Nessa encena-ção ia-me construindo. Co-mecei por ler autores portu-gueses, não a Enid Blyton, mas Camilo, Eça e outros. E, no original, “La nausée”, de Sartre. Comecei a catalogar-me logo de existencialista (riso). A fi losofi a não me inte-ressou muito, mas a literatu-ra, sim. Li, do Proust, em por-tuguês, “À la recherche…”

E a obra feita nestes 50 anos?

Ninguém está satisfeito com aquilo que fez. Mas eu

fi z o meu melhor. Por isso, é o melhor… (riso) de que fui ca-paz. Percorri caminhos sem-pre de vanguarda. Mesmo no campo político. Quando Humberto Delgado regres-sa a Portugal, eu fui escolhi-do para falar sobre ele na sua apresentação em Torres No-vas, porque ele é dali perto. Eu já falava em público nos encontros de futebol que a equipa do Colégio Andrade Corvo, onde eu estudava, fa-zia. Na primeira vez como orador, não fui capaz de dizer nada, mas eu não desisti e, na segunda, que por acaso foi no Rossio de Abrantes, já me saiu bem e ganhei confi ança. Por essa altura, foi fundado o Cine Clube de Torres Novas: eu também participei e tive de falar algumas vezes em público. Além disso, no jornal “Almonda”, comecei a assinar uma secção de crítica literá-ria. E, não sei se já tinha 20 anos, lia Herberto [Helder], Melo e Castro [uma referên-cia na poesia experimental],

alguns anos mais velhos que eu. Foi assim que as coisas co-meçaram.

O que é Poesia Experimen-tal?

É a decorrência natural do surrealismo. Muitos dos poetas que andaram pelo surrealismo, acabaram na Po-esia Experimental. Fruto do tempo e da tradição: nós te-mos em Portugal um forte grupo de poetas barrocos e uma boa teoria do barroco, que a Ana Hatherly estudou muito bem. Mais tarde, Má-rio de Sá-Carneiro já apare-ce com um verso que não é apenas a linha reta. E os [poe-tas] surrealistas já tinham coi-sas de natureza visual. Quan-do aparecem autores vindos das artes plásticas, que tam-bém escreviam, introduzem a componente visual no po-ema. É o caso de Fernando Aguiar [que no mês passado apresentou em Abrantes o mais recente livro de J.-A Mar-ques, “BibliotecapessoaL”].

Por exemplo, quando acon-tece o happening na Galeria Quadrante [1967], onde eu participei, e onde o músico de vanguarda Jorge Peixinho apresentou um trabalho que fez história, o apresentador era José-Augusto França. Isso mostra as ligações que havia entre tudo isto. Portanto “ex-perimental” quer dizer uma coisa bastante nova, com ar-rojo.

A poesia parece ter um ou-tro lugar no seu cuidado com a linguagem oral. Cer-to?

Sim, eu tenho o defeito de me armar em poeta quando estou a falar. Mas isto é um defeito, não é uma virtude, digo eu. Tenho uma tendên-cia natural para isso. Acho piada. Mesmo com as mãos, faço um certo contorcionis-mo, porque isto é sempre di-fícil, é preciso torcer as pala-vras… Nunca me tinham dito isso, obrigado. Sobre a escri-ta, sim, mas sobre o ato de fa-

lar… Faço isso de propósito.

Quais são os autores de re-ferência?

Já falei do Mário de Sá-Car-neiro, o próprio Fernando Pessoa, Herberto Hélder, um dos maiores poetas vivos, o António Ramos Rosa foi sem-pre uma grande referência…

Não referiu nenhuma mu-lher (reclamou a nossa re-pórter fotográfi ca).

Tem razão. Mas digo já: Ana Hatherly, Luísa Neto Jorge, Salete Tavares, Fiama Hasse Pais Brandão, Maria Teresa Horta, Isabel da Nóbraga…

Um conselho para um jo-vem, ou adulto, que se queira dedicar à poesia.

Voltei agora [a propósito do último livro e dos 50 anos de vida literária] à Escola D. Miguel de Almeida e recor-dei que tivemos ali, em tem-pos, o Festival de Literatura Infanto-Juvenil [concebido e dirigido então por J.-A. Mar-

ques] Na escola, agora, en-contrei alunos que, alto lá… dominavam muita coisa, le-ram e via-se que perceberam textos meus muito difíceis… Aquilo que eu tinha ideali-zado há anos, agora pode-se materializar: um Instituto Experimental de Criação Po-ética, para crianças, integra-do na Escola D. Miguel de Al-meida. Porque a poesia é a parte sempre menos tocada. Não seria uma disciplina, mas algo diferente, com professo-res bem escolhidos, capazes de tocar os alunos.

E agora, projetos?Tenho um livro de poesia

para crianças e um outro de poemas, ambos prontos a publicar, e estou a trabalhar noutro. Tenho uma tradução do livro “Tropismes”, de Na-thalie Sarraute. Estou a tra-balhar n’ “O sítio da memó-ria”, estórias que vivi ou a que assisti. E tenho outras coisas para publicar.

Sand

ra E

unic

e R

eis

• “Mesmo com as mãos, faço um certo contorcionismo, porque isto é sempre difícil, é preciso torcer as palavras…”

Page 4: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

4 DEZEMBRO 2014

Vila de ReiA CM de Vila de Rei está a promover um conjunto de ativi-

dades para assinalar esta época festiva. Já na sua oitava edi-ção, está a decorrer o Concurso de Presépios novamente di-vidido nas categorias de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra. O concurso, com prémios monetários, apresenta como objetivo principal a recuperação de antigas tradições Natalícias e a revitalização do simbolismo dos presépios, in-centivando a sua construção através de materiais recicláveis e matérias-primas tipicamente regionais.

A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires está a receber mais uma edição “Centro Livro - Natal”. Até ao dia 7 de ja-neiro, a biblioteca está a disponibilizar um conjunto diver-sifi cado de livros a um preço mais baixo que o de mercado, com várias promoções associadas.

A autarquia vai ainda promover no dia 14 de dezembro, pelas 15h30, um concerto de Natal na igreja matriz da vila. A iniciativa, de entrada livre, vai contar com a presença da Or-questra Típica de Alcains, Grupo Coral de Proença-a-Nova e com as participações especiais da soprano Mariana Sousa e do maestro Carlos Gama.

MaçãoNesta época de Natal, a Câmara Municipal de Mação pro-

move em colaboração com a Associação Comercial e Em-presarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação, e Vila de Rei um conjunto de ações. A câmara vai assegurar a ilumina-ção da vila, à semelhança do ano passado, bem como a mú-sica Natalícia pelas ruas.

No dia 16 de dezembro, será oferecido a todas as crianças dos jardins-de-infância e escolas EB1 do concelho um fato de Pai Natal, onde irá decorrer um “Desfi le de Mini Pais Na-tal” pelas ruas, a que seguirá um espetáculo no cineteatro. O projeto “Presépios em Espaço Público” vai proporcionar a mostra de presépios espalhados na vila, entre os dias 7 de dezembro a 7 de janeiro. Já o 4.º Concurso de Montras de Natal, que se destina a todos os comerciantes das várias fre-guesias do concelho, vai também decorrer entre os dias 7 de dezembro a 7 de janeiro.

A Expo-Venda de Natal irá realizar-se este ano até ao dia 30 de dezembro, em frente à antiga Singer. Um espaço dedicado aos artesãos do concelho, que podem garantir algumas pren-das de Natal. A Câmara Municipal já desafi ou os habitantes e comerciantes de todo concelho para que montem um pi-nheiro de Natal, à sua porta. Os pinheiros resultam dos traba-lhos de limpeza da fl oresta e vão estar disponíveis nas sedes de cada freguesia até ao dia 5 de dezembro.

ConstânciaA CM de Constância e as Juntas de Freguesia do concelho

estão a preparar diversas decorações Natalícias e iniciativas. Para este Natal, entre os dias 6 de dezembro a 4 de janeiro

está prevista a exposição e venda de peças Natalícias a decor-rer no posto de turismo. O espaço Camões com Sabor vai reu-nir um conjunto de produtos regionais e cabazes de Natal.

A autarquia vai garantir a iluminação e montagem de um presépio junto ao edifício da câmara. Por sua vez, o Agrupa-mento de Escuteiros associa-se a esta quadra e vai realizar a montagem de um presépio no adro da igreja matriz da vila.

O Agrupamento de Escolas vai promover, em colaboração com o município, algumas festas de Natal previstas para os dias 15 e 16 de dezembro. Neste âmbito, irá decorrer a en-trega de ofertas Natalícias às turmas e a todas as crianças do pré-escolar e 1º ciclo do agrupamento escolas. Para assina-lar a quadra, irá ainda realizar-se um almoço de Natal, para os trabalhadores e colaboradores do município, com entre-ga de cabazes.

AbrantesNa cidade de Abrantes são diversas as atividades previstas

para este mês de dezembro que vão envolver o comércio tradicional e a comunidade em geral. Até ao dia 31 de de-zembro, vai estar em mostra a Exposição de Natal, no posto de turismo da cidade. No local vai estar presente o artesa-nato local e produtos regionais.

A Biblioteca Municipal António Botto vai ter ao longo des-te mês de Natal uma Feira de Edições Municipais. “Doar His-tórias e Brincadeiras” é nome da campanha solidária que vai estar a decorrer no Espaço Jovem, na Biblioteca e na Asso-ciação Comercial Ar Livre. O objetivo da ação é sensibilizar o público a oferecer brinquedos, jogos infantis usados, mas em bom estado, e os mesmos irão reverter a favor da Asso-ciação Vidas Cruzadas e da Juventude Amiga por forma a chegarem às crianças e jovens que, por algum motivo, este ano, não poderão ter um presente novo.

A música de Natal vai animar o centro histórico numa ação da Universidade da Terceira Idade de Abrantes e de Tramagal nos dias 6 e 7 dezembro, às 15h00. No dia 13 de-zembro, o Coro da Sociedade Artística Tramagalense vai também animar o Largo João de Deus com músicas de Na-tal. Por último, dia 20 de dezembro, o centro histórico vai re-

ceber “Uma Noite Dourada” com animação de rua e espetá-culo de fogo.

A Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes recebe, entre os dias 8 dezembro a 8 de janeiro, a exposição Presépios. Com recurso a materiais diversifi cados, os alunos de educação vi-sual e de educação moral e religiosa católica construíram os presépios que vão estar em mostra.

A animação de rua no centro histórico será uma constan-te entre os dias 13 a 24 de dezembro. Por exemplo, o Espa-ço Criança vai receber um insufl ável, uma piscina de bolas, alguns contos de Natal, a expressão plástica, entre outras. Já o Espaço Jovem vai contar com a ofi cina “Adoça o teu Natal”, no dia 13, às 15h00, e nos dias 22 e 23 de dezembro, duas ofi cinas destinada às crianças intituladas: “Enfeite o teu Na-tal” e ainda “Embrulhos para Presentes de Natal.”

Entre os dias 17 a 23 de dezembro, a CM de Abrantes vai promover as férias jovens, chamadas “Natal é Festa”, que preveem a realização de jogos tradicionais, natação, bas-quetebol, ateliers, futsal, contos de atletismo, entre outros. Dia 18 de dezembro, está prevista uma caminhada solidária numa organização dos ABT Night Runners e um conto soli-dário na Biblioteca Municipal.

Nesta quadra, o edifício Millenium vai receber uma ofi cina denominada “Adoça o Teu Natal,” com biscoitos e bolachas. Dia 20 de dezembro, acontecerá uma venda de doces de Na-tal a favor das IPSS`s do concelho numa ação a decorrer no Largo Ramiro Guedes, intitulada “Sonhos e Doces de Natal”.

A Biblioteca Municipal recebe nos dias 19 e 20 de dezem-bro, a iniciativa “os Livros que Sonham com o Natal”, uma ati-vidade que irá proporcionar uma noite na biblioteca, desti-nada às crianças, entre os 6 e os 10 anos.

À semelhança dos anos anteriores, irá decorrer um con-certo de Natal na igreja de S. Vicente numa promoção do Orfeão de Abrantes, que terá ainda a participação do “Coral Samouco”. A passagem do ano volta à cidade, com a pre-sença dos dj`s Mossy, Kamy, Pokol e Dried Flower Power e com uma largada de balões com led`s.

Dia 3 de janeiro, vai realizar-se o tradicional cantar das ja-neiras, numa iniciativa promovida pelos agrupamentos de escuteiros do concelho.

Joana Margarida Carvalho

SardoalAssociadas à época Natalícia estão as atividades que vão

decorrer na Biblioteca Municipal de Sardoal durante o mês de dezembro. Mas na Vila Jardim, o Natal não é vivido ape-nas pelos mais novos, mas também pelos graúdos, estando a Câmara Municipal a organizar uma panóplia de iniciati-vas que agradem a todos os gostos. De 17 de dezembro a 2 de janeiro, a Biblioteca de Sardoal propõe um “Doce Natal”, destinado a crianças e jovens entre os 6 e os 14 anos de ida-de. As iniciativas decorrem na Biblioteca e no Espaço Cá da Terra, no Centro Cultural Gil Vicente, e as temáticas relacio-nam-se com o Natal: Bolas de Neve, Aulas de Culinária (Fri-tos, Bolachinhas e Sonhos), Árvore de Natal, Estrela do Natal, Globo de Neve e Árvore dos Desejos. A participação nas ati-vidades é gratuita.

Em dezembro, o espaço Cá da Terra festeja o seu primeiro aniversário com a inauguração, a 6 de dezembro, de uma exposição alusiva ao do GETAS, grupo de teatro de Sardoal que no passado mês de Novembro comemorou o seu 32º aniversário. O Centro Cultural Gil Vicente recebe, no dia 12 de dezembro, às 21h30, o escritor Pedro Chagas Freitas para falar sobre o seu percurso literário. O teatro de marionetas toma de assalto o palco do Centro Cultural, no dia 20, às 16h, com a peça “A Carochinha, o Urso Dorminhoco & Com-panhia”, pelo Veto Teatro Ofi cina de Santarém. O Dia Mais Curto está de regresso à sala de espetáculos da vila com a exibição de curtas-metragens a 21 de dezembro. Em cartaz vão estar curtas selecionadas do Festival de Curtas de Vila do Conde.

O Sardoal tem, com estas e outras atividades, uma progra-mação eclética pensada para todos os públicos. Este ano o Natal no Sardoal vai fi car mais doce.

André Lopes

DESTAQUE

O Natal pela região… As autarquias da região do Médio Tejo vão assinalar esta qua-dra natalícia. Umas com mais, outras com menos iniciativas, quase todas as Câmaras Municipais se associam a este mês de festa, em que o objetivo autárquico passa pela dinamização dos centros históricos e pela promoção de momentos lúdicos e culturais para com as comunidades.

CM

Abr

ante

sC

M A

bran

tes

Page 5: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

5DEZEMBRO 2014

No final de novembro, mal se sentia o Natal em Abrantes. Ana Barata, 35 anos, proprie-tária da loja Estrela D’Alma, di-zia que “neste momento a ci-dade está morta”, consideran-do que esta atual situação é um “refl exo da fraca carteira”. Ana não pede muito, só que seja um pouco melhor que o ano passado: “Espero que as coisas se movimentem um bocadinho mais.” Para além do fraco poder de compra, considera que as difi culdades de mobilidade condicionam o dinamismo e o acesso ao comércio no centro histórico.

Isabel Tomás, dona da loja Raízes, adianta que a Câma-ra Municipal podia “tornar os parques gratuitos durante esta altura do ano”. A lojista, de 53 anos, conta que já colo-cou “dinheiro do próprio bol-so” para tentar segurar o ne-gócio. E acrescenta que “não há muita margem de mano-bra para fazer chamariz atra-vés das promoções”.

Apesar de tudo, Isabel To-más está otimista e levanta um pouco o véu acerca das decorações natalícias no cen-tro histórico: “Está-se a apostar na iluminação da cidade para que esta fi que mais apelativa às pessoas a virem visitar.”

“Não há poder de compra. Isto é tudo derivado da eco-nomia, desde que eles tiraram o 13º mês”, lamenta Lurdes Mendes, de 50 anos, da SMF, uma loja pequenina e res-

guardada no centro históri-co da cidade, ainda por deco-rar. “Estou no comércio há 30 anos e, no dia de hoje, se fosse há 15 anos atrás, já estaria a fa-zer prendas.”

“Eu consumo sempre no co-mércio tradicional. Seja Na-tal, seja quando for”, conta Tel-ma Dias, proprietária do café Chave D’Ouro. De forma im-perativa, defende, enquanto consumidora, a importância do comércio tradicional e diz ser “um bocadinho contra os hipermercados”. Ainda assim, adianta que não vai entrar em grandes gastos no que a pre-sentes diz respeito. “Não está fácil, mas sempre se acaba por comprar qualquer coisa para aqueles que são mais chega-dos.”

Telma Dias tem esperança que o centro da cidade seja mais animado este ano uma vez que “vai haver uma série de atividades relacionadas com a época e que são um bocadinho voltadas para as crianças, que são também um meio para trazer os pais”. Mais animada, aplaude o regresso da iluminação de Natal que não houve em anos anterio-res. “As iluminações vão fi car muito engraçadas”, frisa com um sorriso.

Eduarda Charneca, Daniel Bento, Pedro Ferreira e Luís

Martins, com Alexandra Arroja, Creusa André, Marta Gonçalves e Naomi Nortey, estudantes de

Comunicação Social da ESTA

Inspirado numa visita ao presépio de Penela, em 2011, José Manuel Pires decidiu criar o seu próprio presépio na localidade da Serra, na fre-guesia de Penhascoso. As suas primeiras fi guras foram com-pradas em Fátima, mas todas as outras fi guras que vieram a fazer parte deste projeto fo-ram feitas pelo próprio.

Sendo a sua área de traba-lho a mecânica, teve a ideia de dar vida às suas fi guras do presépio, criando movimen-

to. Com apoio da sua esposa, conseguiu terminar a primei-ra ideia de presépio num ano. Desde então, todos os anos são adicionadas novas figu-ras. Este ano há mais elemen-tos característicos da localida-de: um alambique, um barco típico de Ortiga, uma picareta e um lagar de uvas.

José Manuel Pires quer “construir uma casa para ins-talar o presépio e ter mais es-paço para crescer e acrescen-tar mais fi guras”. Isto porque

a “ideia é tornar o presépio numa aldeia total em movi-mento”.

A abertura ao público vai ser no próximo dia 7 de dezem-bro, podendo ser visitado até ao 11 de janeiro. Quem visitar este projeto vai poder encon-trar um presépio que repre-senta 25 profi ssões, 36 fi guras estáticas, 52 figuras em mo-vimento com uma altura de 20cm, todas em ferro e com motores elétricos.

SER

DESTAQUE

Comerciantes lamentam falta de poder de compra

Presépio em movimento com mais fi guras

• Representação natalícia, em Penhascoso, até 11 de janeiro

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 6: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

6 DEZEMBRO 2014DESTAQUE

Tradições e gastronomia de NatalApesar do Natal ser conhe-

cido hoje como a festa tradi-cional dos cristãos em que se celebra o nascimento do Menino Jesus - não obstante o seu caráter, também, de festa da família ser extensivo a muitos não cristãos -, nas suas origens mais remotas foi uma festa pagã. Estava li-gada ao solstício de Inverno, ou seja, ao dia com a lumino-sidade mais curta do ano e à mudança para um novo ci-clo solar em que os dias vão, a pouco e pouco, crescendo em número de horas diárias de sol.

Mesmo os Romanos anti-gos, antes da sua conversão ao cristianismo, tinham a fes-tividade da Saturnália (17 a 24 de Dezembro) e a da Bru-mália (25 de Dezembro) que eram festas pagãs do culto do sol, bem como a celebra-ção do nascimento de Mitra, a divindade persa da luz, que as tropas de Pompeu, na sua marcha pela Ásia Menor, as-similaram e introduziram em Roma.

A festa cristã do Natal re-presenta, portanto, a conti-nuidade renovada destas tra-dições (embora não existisse entre as primeiras comunida-des de cristãos, nem nas tradi-ções bíblicas). Quando o cristi-anismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, no séc. IV, adquiriu desde logo uma feição universal, quer na civilização cristã ocidental, quer na oriental.

Embora sendo atualmen-te a festa mais universal dos cristãos, contudo, nem todas as suas tradições têm origem na mesma altura e no mes-mo lugar. Assim, por exem-plo, a árvore de Natal exis-te desde o segundo milénio antes de Cristo representan-do, nas festividades pagãs, o culto da fertilidade. Nas sa-turnais romanas enfeitavam-se os pinheiros com másca-ras de Baco (o deus do vinho) para venerar Saturno, o deus da agricultura, da justiça e da força. Mas, na tradição cris-tã, apenas foi introduzido na Alemanha, no séc. XVI, se-gundo alguns, pelo próprio Lutero.

Já o presépio começou a ser tradição em Itália, no séc. XIII, sendo atribuído a S. Fran-cisco de Assis, enquanto que

a Portugal terá chegado por volta do séc. XVII. Ao contrá-rio da origem pagã da árvore, o presépio tem basicamente uma tradição cristã e repre-senta uma imitação ao vivo da descrição do Novo Testa-mento do nascimento de Je-sus, numa gruta fria, apenas aquecida pelo bafo de dois animais e manda a tradição que seja montado um mês antes do dia de Natal e levan-tado após o dia 6 de janeiro, que é o da chegada dos três Reis Magos à gruta para sau-dar o nascimento do Menino e trazer-lhe como presen-tes ouro, incenso e mirra. O seu caminho foi dirigido por uma estrela, a estrela de Be-lém ou estrela de Natal, que representa Cristo, a Luz do Mundo.

No princípio do ciclo de Na-tal coloca-se uma coroa ou ramo de azevinho, cuja tra-dição também remonta ao tempo dos Romanos, que as usavam nas portas das suas casas como sinal de saúde para todos os que lá viviam. Para os cristãos, hoje, simbo-liza o tempo de preparação e de alegria perante o próximo

nascimento do Menino Je-sus e em que devem preva-lecer os sentimentos de ar-rependimento e de perdão, bem como o de harmonia e de paz entre todos os ele-mentos da família e da co-

munidade.Se o presépio ou a árvore

de Natal, bem como as co-roas, possam ter caído um pouco em desuso - exceto quando há pequenada em casa -, nestes tempos consu-

mistas há principalmente lu-gar para a troca de presentes entre todos os membros da família e, sobretudo, para os mais novos, no caso de eles se terem portado bem. As crianças devem pôr o sapa-

tinho junto à árvore de Natal para poderem receber uma prenda do Pai Natal que, a partir de uma campanha de publicidade de uma marca de refrigerantes, passou a ser inevitavelmente represen-tado com as cores vermelha e branca). Associado ao Pai Natal, que é o S. Nicolau dos nórdicos, vem a inevitável re-presentação das suas viagens de trenó, puxado pelas renas através da brancura da neve da estação fria (pelo menos no hemisfério norte…) e a sua azáfama em entrar pelas chaminés das casas para dis-tribuir as prendas.

Mas aquilo que já vem de tempos imemoriais (pelo menos desde a Roma antiga pré-cristã) é a reunião à volta da mesa de todos os elemen-tos da família para uma refei-ção – a ceia de Natal ou con-soada – que ocorre à noite, na véspera de Natal. A famí-lia reúne-se em conjunto e evoca também nesse dia os seus mortos. Os sentimentos que devem reinar durante esta refeição são a paz e o amor entre todos.

Rolando F. Silva

As tradições culinárias que marcam esta refeição devem ser rigorosamente obser-vadas e, em Portugal, a mais comum é o bacalhau cozido com batatas e couves, mas também o peru assado ou o polvo frito. Este prato é complementado pelos bolinhos de bacalhau, fi lhós ou rabanadas, arroz ou aletria doce e frutos secos e o ine-vitável Bolo Rei.

Em Espanha, mesmo aqui ao lado, as tra-dições da consoada e das prendas variam bastante, desde a data, que lá é no dia 6 de Janeiro, o Dia de Reis, até à ementa, que in-clui, além do peru assado (que é comum a muitos países europeus), o presunto serrano e o marisco (não é por acaso que têm a terceira maior frota pesqueira a nível mundial e viveiros de marisco na Galiza) e, claro, o “Roscón de Reyes”, que é seme-lhante ao nosso.

O que caiu já mesmo em desuso com-pleto - com algumas notáveis exceções, sobretudo nas pessoas mais idosas -, nesta

era da globalização e dos computadores e internet, é o envio das Boas Festas através do Postal de Natal e a obrigatoriedade de agradecer e retribuir as saudações que são enviadas. Mesmo assim, é provável que o tráfego de e-mails com boas festas blo-queie parcialmente a rede nestes dias. Isto, para já não falar das conversas e mensa-gens ao telemóvel…

Finalmente, e embora já não tenha a mesma frequência assídua de algumas décadas atrás, há a Missa do Galo, que se celebra à meia-noite e cuja origem re-monta aos católicos romanos no já lon-gínquo século quinto. Em muitas aldeias é também de tradição a queima do cepo do Natal, nesta noite, num local central e que é o ponto de encontro de toda a gente. À volta deste lenho ou madeiro – e até ele se extinguir, o que só costuma suceder já ma-drugada adentro – cantam-se canções tra-dicionais portuguesas e desfi am-se velhas e lendárias estórias.

Bacalhau, peru ou polvo

• O presépio começou a ser tradição em Itália, no séc. XIII

CM

Con

stân

cia

Page 7: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

7DEZEMBRO 2014

Na Serra, localidade da Fre-guesia de Penhascoso (Ma-ção), estava uma tarde sola-renga, mas fresca. Sentia-se um ligeiro vento misturado com o berrar das cabras. Vi-sualizando-se apenas casas e campo, passava um senhor com as suas companheiras nos últimos anos, as suas muletas.

Manuel Lopes Pardal, 86 anos, viveu desde sempre nesta localidade. Com o pas-sar do tempo a família foi cres-cendo e migrando acabando por fi car, ali, a viver sozinho. Faz questão de dizer que tem a sorte de poder ver a família

regularmente, e a época de Natal não será exceção. Tra-balhou em tudo o que envol-via o campo e a agricultura. “Trabalhei em muita coisa e tudo rendeu pouco. A minha vida foi muito pesada, mas vivia feliz” - afi rmava Manuel, com um olhar vivo, enquanto fazia a sua caminhada diária.

A última vez que se recorda de ter feito e enfeitado uma árvore de Natal em sua casa foi já há 12 anos. Desde en-tão que o passar do tempo de Manuel é, quando o cli-ma o permite, a fazer a sua caminhada de rotina, embo-ra a maior parte do seu tem-po seja passado em casa, a

folhear lentamente uma ou outra revista e ouvir o que se passa no mundo pela rá-dio. “Tinha televisão, mas... aí sou um bocado infeliz. Ti-nha uma boa televisão, veio o caso de cortarem as tele-visões, ela liga e tudo, mas não dá imagem. Tinha outra a preto e branco, e que para mim já dava, mas agora cor-taram-na também. Nem uma nem outra dá! É uma das coi-sas que me faz falta.” Referin-do-se, sem saber, à instalação da Televisão Digital Terrestre (TDT), explica como a falha das redes na localidade faz os mais velhos sentirem-se mais isolados e sozinhos.

O tempo passa, o sol co-meça a desaparecer, e por nós ainda não havia passado uma só pessoa. Questionado sobre a falta de gente, este senhor diz : “Graças a Deus, não es-tou abandonado.” Mas, numa grande maioria, a pequena população, praticamente toda, “tem mais de 80 anos e vivem muito sozinhos”.

A noite de Natal e toda esta época festiva é passada por alguns, entre família. Para to-dos aqueles em que tal não é possível acontecer, o Lar de Penhascoso tem vindo a ajudar toda esta população a passar o tempo. Para além de levarem as refeições de alguns habitantes, ao domi-cílio, este lar oferece momen-tos de convívio a estes ido-sos através de algumas ati-vidades de passeio e festas de época, conseguindo que estejam acompanhados, dis-traídos, divertidos e que, por

momentos, esqueçam a soli-dão, os anos que passaram e os que ainda faltam vir. “O Lar oferece-nos muito carinho e há dias nos ofereceu uma festa. Combinaram fazer-nos uma outra para o Natal. Sem-pre dá um bocadinho de alí-vio e animação à gente, ver-se uns aos outros”, explica Manuel Pardal.

Já passavam mais minu-tos do que o previsto e o Sr. Manuel ainda ia a meio da sua caminhada depois de ter vindo aproveitar o sol de inverno e ver os ares da As-sociação ARCOS, sítio onde as festas são organizadas e onde por momentos lá se cruzam com uma ou outra pessoa. No entanto, parecia que embora o frio e o cansa-ço já se sentissem, não queria abandonar a companhia que tinha encontrado: “Eu tenho de lhe agradecer por este bo-cadinho de conversa. Faltam

caras novas por este lado.”Ao fi m do dia, numa busca

para tentar encontrar respos-tas sobre o que é o Natal das pessoas que vivem em locais mais desertifi cados, mais iso-ladas, mais sozinhas, o Sr. Ma-nuel partilhou a sorte que ainda tem por ter uma fa-mília que olha por ele. Mas também referiu a falta desse apoio mais íntimo a muitos dos que ali vivem. A última pergunta feita a Manuel Par-dal foi a respeito do que de-sejava ver neste Natal e a resposta saiu-lhe sincera, tal qual como o seu olhar: “Falta juízo na juventude. Não só pelo Natal, mas em todas as alturas. Falta terem a garra que os pais e os avós tiveram. Quando isso acontecer, de certeza que os velhos vão ser mais respeitados e não vão ficar tão sozinhos como es-tão hoje.”

Sandra Eunice Reis

DESTAQUE

NO NATAL, MANUEL PARDAL, DE 86 ANOS, TERÁ COMPANHIA

“Não estou abandonado”

Sand

ra E

unic

e R

eis

• A última vez que fez a árvore de Natal foi há 12 anos

• Manuel Pardal caminha até à associação que lhe dá apoio

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 8: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

8 DEZEMBRO 2014AUTARQUIAS

Orçamento de 9,5 milhões de Vila Nova da Barquinha expressa “conjuntura económica”

Recursos da autarquia de Constância espelhados em 6,3 milhões de euros

Sardoal aprova orçamento de 6,9 milhões condicionado aos fundos comunitários

A Câmara de Vila Nova da Barquinha aprovou o orça-mento municipal para 2015, de 9,5 milhões de euros e que expressa “as condicionantes legais e da conjuntura eco-nómica”, disse o presiden-te da autarquia, Fernando Freire, do PS.

O documento, aprovado com o voto contra do PSD, representa uma diminuição em relação a este ano, quan-do o orçamento foi de 11 mi-lhões de euros.

O presidente da autarquia afirmou que um dos princi-

pais objetivos orçamentais é procurar “melhorar a aderên-cia dos orçamentos à capaci-dade real de execução física e fi nanceira”.

O autarca defendeu a “ur-gência de atuar ao nível so-cial, de forma a proporcionar um maior bem-estar às famí-lias que estão em situações mais desprotegidas”.

Por isso, as apostas “mais significativas” para o próxi-mo ano centram-se nas polí-ticas sociais e nos estímulos à criação de emprego, além do investimento no setor tu-

rístico, um dos “principais ve-tores nas Grandes Opções do Plano de 2015 e um dos mais importantes motores na ge-ração de riqueza regional e nacional”.

Uma loja social, um ninho de empresas, a remodela-ção da Escola D. Maria II e a conclusão do novo pavilhão desportivo, a par da criação de um projeto de ciclovias e outro de percursos ribeiri-nhos, são alguns dos projetos apontados no documento.

Outras apostas são a inter-venção ao nível dos arranjos

paisagísticos do Castelo de Almourol, um investimen-to ao nível de conteúdos de musealização daquela for-taleza (monumento nacio-nal), um projeto de equipa-mento, infraestruturação e programação do Parque de Esculturas de Arte Con-temporânea e a criação de um Centro de Interpretação Templário.

Em matéria de impostos, a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha vai devol-ver os 0,5% do Imposto so-bre o Rendimento Singular

(IRS) aos munícipes e vai isen-tar as empresas instaladas no concelho do pagamento da derrama, imposto munici-pal sobre o lucro tributável em sede de Imposto sobre o Rendimento Coletivo (IRC).

A medida, que visa ser um “incentivo à criação de em-prego e ao aumento da com-petitividade” no concelho, vi-gorará a partir de 01 de janei-ro de 2015.

Fernando Freire assegurou que o município é de “boas contas”, com uma “execu-ção orçamental a rondar os

75%, um prazo médio de pa-gamento a fornecedores de 11 dias e uma capacidade de endividamento na ordem de um milhão de euros”.

“Os condicionamentos existentes obrigarão o exe-cutivo a um rigor de gestão”, notou, assegurando que es-ses limites “não serão impe-ditivos de aposta em áre-as-chave e que se impõem face ao presente contexto do concelho, dos seus cida-dãos e do país”.

MRF

A Câmara Municipal de Constância aprovou um or-çamento de 6,3 milhões de euros para 2015, um docu-mento que “espelha os re-cursos do município”, segun-do a presidente da autar-quia, Júlia Amorim, da CDU.

No documento, que foi viabilizado com os votos a favor dos três eleitos da CDU e a abstenção dos dois ve-readores do PS, pode ler-se que, “apesar do condicio-namento gerado pela inde-finição relativa aos fundos comunitários”, o orçamen-to para 2015 “teve em conta o planeamento estratégico que a autarquia está a defi -nir” com vista à preparação do novo quadro de investi-mentos comunitários.

“Um planeamento que se desenvolve em sintonia com as macroestruturas onde o município se insere, a Co-missão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Centro e a Comunidade In-termunicipal do Médio Tejo”, precisou Júlia Amorim.

Segundo a autarca, o do-cumento “refl ete também a conclusão de alguns inves-timentos ainda em curso”, decorrentes do Quadro de

Referência Estratégico Na-cional, dos quais se destaca a construção do Centro Es-colar de Montalvo, um equi-pamento que se junta aos outros dois centros escola-res do concelho (Constância e Santa Margarida da Cou-tada).

O orçamento para 2015 destaca que o apoio social às populações “continuará na linha da frente das preo-cupações” do atual executi-vo, bem como o empenho na manutenção do parque escolar.

A autarquia também vai manter o apoio a coletivida-des, a instituições de solida-riedade social e aos Bombei-ros Voluntários de Constân-cia – neste último caso “de forma mais intensa” – e a in-vestir no Parque Ambiental de Santa Margarida e do Centro Ciência Viva - Parque de Astronomia.

“É um orçamento que es-pelha a nossa realidade e que, apesar dos constran-gimentos orçamentais, visa o contínuo progresso e a melhoria da qualidade de vida da população”, defen-deu a autarca comunista.

MRF

A Câmara Municipal do Sar-doal aprovou um orçamento de 6,9 milhões de euros para 2015, que será “ajustado em termos de projetos estrutu-rais” quando abrirem candi-daturas ao novo quadro co-munitário de apoio.

O orçamento sofre uma redução global da despesa na ordem de 1,4 milhões de euros, menos 17% em com-paração com o plano e orça-mento de 2014, documen-to que contou com os votos contra do PS e a abstenção do Grupo de Independentes do Sardoal (GIS).

“É um orçamento com o ri-gor da boa gestão e que in-corpora um conjunto de in-vestimentos que queremos realizar, uns com as verbas próprias da autarquia, outras com o recurso ao novo qua-dro de apoio comunitário”, disse à Antena Livre o presi-dente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges, do PSD.

“Vamos reforçar o apoio so-cial à comunidade mais des-favorecida, com o alargamen-to da gratuitidade das refei-ções a todas as crianças dos jardins de infância e escolas do 1.º e 2.º ciclos do conce-lho, iniciar a revisão do Plano

Diretor Municipal (PDM), in-vestir na melhoria da efi ciên-cia energética, e melhorar a mobilidade e acessibilidades na zona histórica e no edifício dos Paços do Concelho”, disse o autarca.

Miguel Borges fez notar que existe ainda um conjunto de projetos estruturais depen-dentes do próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA), que “estão prontos a subme-ter a candidatura”, e que de-verão conduzir a uma “alte-

ração e ajustamento do atual plano” de investimento.

“Sabemos o que quere-mos e estamos prontos para avançar com os projetos. Ain-da não sabemos é como os vamos concretizar, devido a esta fase em que se aguar-da pela defi nição das regras de acesso ao novo quadro de fundos comunitários e aber-tura de candidaturas”, notou.

Nesta vertente, Miguel Borges destacou a requali-fi cação do parque escolar, a

criação de um Centro de Es-tudos e Interpretação do Pa-trimónio, a requalifi cação da zona industrial do Sardoal, e a implementação do Arqui-vo de Memória, a par do es-tudo e promoção da marca Sardoal.

O autarca sublinhou o seu “agrado pela novidade em termos de acesso aos fundos comunitários”, tendo destaca-do o “alargamento temporal” dos anúncios de candidatura.

MRF

• Sardoal vai alargar gratuitidade das refeições a todas as crianças dos jardins de infância e escolas do 1.º e 2.º ciclos

Paul

o So

usa

Page 9: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

9DEZEMBRO 2014 REGIÃO

Ponte Abrantes: primeira fase de obra foi alargada

PROBLEMA COM O SANEAMENTO CHEGA AO FIM

Obra na estrada de Mouriscas já foi concluída

O prazo da primeira fase das obras na ponte rodo-viária sobre o rio Tejo em Abrantes foi alargado, se-gundo a informação das Es-tradas de Portugal (EP), vei-culada pela Câmara Munici-pal. A circulação de pesados vai assim manter-se até ao início da segunda fase, cuja data de arranque ainda está por divulgar.

João Caseiros Gomes, ve-reador com o pelouro das obras na CM de Abrantes, explicou que “durante esta primeira fase, não haverá nenhuma alteração ao trân-sito. Já no início da segun-da fase, a circulação ficará condicionada aos veículos de pesados e a Câmara irá informar com antecedên-cia necessária, para que to-dos os munícipes e o setor empresarial se possam or-ganizar”.

“A informação que temos é que este alargamento da primeira fase não levará a um prolongamento geral da obra”, adiantou João Caseiro

Gomes, acrescentando que “esta fase está a incidir no reforço dos pilares, onde es-tão a ser colocadas micro estacas desde o tabuleiro à

estrutura do pilar”. Em nota de imprensa, a

CM de Abrantes esclarece ainda que até ao momento não se verifi cou, no decor-rer da obra, qualquer pro-blema na circulação das via-turas médicas de emergên-cia e reanimação (VMER) do Médio Tejo.

O posto de atendimento da CM de Abrantes, com ins-talações no pólo da União das Freguesias do Rossio ao Sul do Tejo, foi encerrado. Segundo a autarquia, não houve afluência da parte dos munícipes que justifi-casse o seu funcionamento.

A empreitada, a cargo das Estradas de Portugal, re-presenta um investimento de 2,9 milhões de euros e vai ter uma duração de 540 dias, cerca de ano e meio.

Joana Margarida Carvalho

O presidente do conselho de administração dos Ser-viços Municipalizados de Abrantes (SMAS), Manuel Jorge Valamatos, anunciou ao JA que já foi concluída toda a intervenção na estra-da 358 de Mouriscas, que estava a ser alvo de obras de restruturação.

Devido aos problemas es-truturais com o saneamen-to efetuado na freguesia, le-vado a cabo por duas em-presas, a estrada acabou por abater. Entre processos burocráticos e entendimen-to entre partes, a empreita-da acabou por ter a duração de cerca de seis meses.

“Devido aos problemas no saneamento, foi feita uma retificação no coletor cen-tral, mas também em quase todos os ramais de ligação que fi caram mal colocados. Já a estrada que acabou por

abater também foi restrutu-rada nestes últimos meses”, explicou o presidente.

“No nosso entendimen-to, as duas empresas que estiveram a trabalhar nesta obra não se entenderam. Neste sentido, os SMAS ti-veram de intervir fazendo uma articulação entre as partes envolvidas no pro-cesso”, adiantou Manuel Jor-ge Valamatos, acrescentado que, “neste momento, a es-trada está completamente requalificada e pensamos que estão asseguradas to-das as condições de segu-rança”.

Recorde-se que o arranjo da estrada 358 já era uma revindicação antiga da po-pulação da freguesia que vinha apelando para a reso-lução do problema.

JMC

• Na segunda fase das obras a circulação dos veículos pesados fi cará condicionada

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 10: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

10 DEZEMBRO 2014REGIÃO

Vila de Rei vai criar em cinco anos mais 100 postos de trabalhos com novas respostas sociais

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo aprova orçamento de 4,5 milhões para 2015

O concelho de Vila de Rei vai acolher três novas infraestru-turas de solidariedade social, um investimento na ordem dos 6 milhões de euros e que vai possibilitar a criação de 103 novos postos de traba-lho.

O projeto, privado, prevê a criação de três respostas soci-ais no concelho de Vila de Rei na área da deficiência e sa-úde mental, nomeadamente uma unidade de cuidados continuados de saúde men-tal, com capacidade para 32 utentes, um centro de ativi-dades ocupacionais, para 50 utentes, e um lar residencial com capacidade para acolher 48 pessoas com defi ciência.

“É um projeto extrema-mente importante para a economia local, pelo dina-mismo que acresce ao con-celho e pelo reforço do papel

do concelho de Vila de Rei no que respeita à sua especiali-zação na área social, mas, e sobretudo, pela criação de postos de emprego, muitos deles qualifi cados”, destacou o autarca.

O projeto global fi xa, atra-vés do protocolo, o início da construção no prazo de dois anos e a conclusão do mesmo no prazo de cinco anos, e prevê a criação de 103 postos de trabalho, repartidos pela

Unidade de Cuidados Conti-nuados de Saúde Mental (48 funcionários), pelo Centro de Atividades Ocupacionais (18 funcionários), e Lar Residen-cial (37 funcionários).

No concelho de Vila de Rei

estão a funcionar seis lares para prestação de cuidados permanentes a idosos, uma unidade de cuidados conti-nuados e a Fundação João e Fernanda Garcia, que presta atividades de apoio social para pessoas com deficiên-cia, o que resulta em 400 pos-tos de trabalho diretos na prestação de cuidados de sa-úde.

Vila de Rei reforça apoios à natalidade com subsídios à fertilização in-vitro

A Câmara de Vila de Rei vai reforçar os apoios municipais de apoio à natalidade tendo aprovado um apoio adicional de 1 500 euros aos casais que necessitem de recorrer ao mé-todo de fertilização in-vitro

Segundo a tabela defi nida pela autarquia para o regu-lamento de Apoio à Fixação

da População Jovem, os va-lores a atribuir são de 750 eu-ros por casamento, 750 euros pelo nascimento do 1º fi lho, 1000 euros pelo nascimento do 2º fi lho, e 1250 euros para o terceiro e seguintes, acres-cida agora de 1 500 euros para os casos onde tenha ha-vido recurso à fertilização in-vitro.

O presidente da Câmara de Vila de Rei, Ricardo Aires, do PSD, disse ao JA que “a luta contra a desertifi cação conti-nua a ser uma das principais apostas” da autarquia, tendo feito notar que o novo subsí-dio vem juntar-se às medidas de apoio às famílias imple-mentadas no concelho e que levaram Vila de Rei a ser con-siderado um dos ‘Municípios + Familiarmente Responsá-veis’ pelos últimos seis anos consecutivos.

Mário Rui Fonseca

A Assembleia Intermunici-pal do Médio Tejo aprovou o orçamento da Comunidade Intermunicipal para 2015, de 4,5 milhões de euros, desti-nado à conclusão de projetos do atual quadro comunitário e ao arranque de outros no âmbito da estratégia 2014-2020.

O secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Miguel Pombeiro, disse à Antena Li-vre que as Opções do Plano e Orçamento para 2015, apro-vadas no dia 25 de novem-bro, se apresentam num con-texto de transição de ciclo, em que decorre a consolida-ção e conclusão de alguns projetos intermunicipais que se encontram em execução no âmbito do QREN, e simul-taneamente se avança com a operacionalização da estraté-gia futura do Médio Tejo para o período de programação estrutural 2014-2020.

Miguel Pombeiro realçou que o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Médio Tejo 2014-2020 aponta cinco áreas prioritárias de interven-ção: valorização dos recur-sos endógenos e do poten-

cial turístico, incorporação de valor na atividade empresa-rial, promoção da coesão e da qualidade de vida, con-solidação da massa crítica e urbana e governação inteli-gente e multidimensional.

Entre os novos projetos, a CIMT destaca as ações de “marketing territorial”, as que visam a programação cultural e a formação de novos públi-cos, a “educação de excelên-cia” e a formação de nível su-perior, nomeadamente atra-vés do programa Erasmus +, o empreendedorismo, a aquisição de Unidades Mó-veis de Saúde, a criação do Observatório da Mobilidade.

Na área da mobilidade, Mi-guel Pombeiro referiu “que esta é uma área onde esta-mos a ganhar competências, com o projeto Transporte a Pedido e onde temos previsto o desenvolvimento do estudo em todos os outros concelhos que compõe a CIMT, à exce-ção do Entroncamento”.

O secretário executivo disse ainda que está prevista a “cri-ação de uma estrutura regi-onal de caminhos e ciclovias promovendo os modos su-aves de mobilidade”. Refere

ainda a regeneração e reabili-tação urbana, a promoção da efi ciência energética nos edi-fícios públicos, o apoio à mo-dernização administrativa lo-cal, a gestão e ordenamento do território, a gestão inte-grada de proteção civil e fl o-restas, a monitorização am-biental e a operacionalização e monitorização do Plano Estratégico de Desenvolvi-mento do Médio Tejo 2020.

Sobre a área cultural, Miguel Pombeiro adiantou que é pretensão da CIMT “a criação de uma programação cultu-ral regional que crie uma ló-gica intermunicipal, de for-mação de novos públicos, exaltando o que está aconte-cer no Médio Tejo, onde seja possível ter uma agenda que irá envolver todos os municí-pios da CIMT”.

Por último, o secretário exe-cutivo destacou a área da educação e adiantou que a CIMT pretende “ trabalhar no desenvolvimento e pro-moção da cultura científica nas escolas, na área do aban-dono escolar e na construção de uma eventual Carta Edu-cativa Regional”.

JMC/MRF

Page 11: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

11DEZEMBRO 2014 REGIÃO

SETE ANOS DEPOIS

Cinema comercial regressa a Abrantes integrado em projeto social

“É muito mais fácil e implica menos gastos”

As exibições regulares de fi l-mes considerados comerci-ais regressaram a Abrantes no dia 27 de novembro, depois de, em 2007, a Câmara Muni-cipal ter decidido acabar com o cinema devido a médias baixas de espetadores e ao elevado custo de exibição.

Até agosto de 2007, a exi-bição em salas de cinema de Abrantes de filmes recentes, ou em estreia, decorreu no ci-neteatro São Pedro, com ca-pacidade para cerca de 600 pessoas, tendo a autarquia, gestora do espaço, decidido acabar com o cinema devido à “falta de espetadores” e ao “elevado custo de exibição” dos fi lmes comerciais mais re-centes.

Uma outra sala de cinema,

situada no Edifício Millenium, na Urbanização Vale de Rãs, de gestão privada e com ca-pacidade para 120 espetado-res, haveria de fechar pouco tempo depois, mas por moti-vos de insegurança, com atos de vandalismo e desacatos frequentes.

Sete anos depois, a autar-quia reativou a sala de ci-nema instalada no Edifício Millenium, com sessões diá-rias de cinema comercial, ini-ciativa concretizada através de concessão e que ocorre no âmbito de um projeto social do município denominado “Bairro Convida”, represen-tando um investimento na or-dem dos 200 mil euros.

“É um momento importante para a cidade a vários níveis, desde logo em termos cultu-

rais, pelo regresso do cinema à cidade, com os fi lmes tidos como comerciais, e, por outro lado, pela dimensão do pro-jeto de cariz social que está associado”, disse ao JA a pre-sidente da Câmara de Abran-tes.

“O cineteatro São Pedro con-tinua a ter o seu espaço para atividades no âmbito da mú-sica, dança e teatro, mas a rea-bertura do espaço Millenium vai dar resposta a quem pro-cura fi lmes novos, ou em es-treia, em Abrantes, e tem de se deslocar a outras cidades”, notou Maria do Céu Albu-querque.

A exibição de fi lmes alterna-tivos, ou não comerciais, que tem decorrido nos últimos anos no cineteatro São Pedro, sob organização do cineclube

Espalhafitas, deve também decorrer futuramente no es-paço Millenium, disse ainda a autarca, que assegurou já ter informado os responsáveis da Associação Palha de Abrantes dessa pretensão.

Por outro lado, realçou, o ci-nema é “estratégico” no âm-bito do projeto social que o incorpora, e “autossustentá-vel”, na medida que a sala é mais pequena, e com custos muito menores em termos de gestão, manutenção, limpeza e aquecimento do espaço.

A Câmara vai coordenar a dinamização dos espaços comerciais do edifício Mille-nium, assegura o pagamento do condomínio (70 mil eu-ros para dois anos), gás, água, energia elétrica e segurança, renovou a sala de cinema e

adquiriu um projetor digital (50 mil euros) e todo o mate-rial necessário ao funciona-mento do projeto.

“O investimento global é de 200 mil euros, para os dois anos iniciais de implementa-ção do projeto Bairro Convida, sendo que a EDP Produção contribui com 150 mil euros no âmbito de um protocolo para municípios eletroprodu-tores e para projetos de co-esão social”, assinalou a au-tarca.

Além dos vários parceiros envolvidos, a autarquia conta ainda com a parceria do Con-selho Municipal de Segu-rança, desempenhando to-dos eles um papel ativo no apoio ao desenvolvimento do projeto e à sua monitorização e avaliação.

O objetivo do projeto passa por reativar a sala de cinema, criar um centro comunitário de porta aberta, gerido por duas associações juvenis e de solidariedade, reabrir a antiga pastelaria existente no edi-fício, e que vai ser utilizada como polo de formação da Escola Profi ssional de Desen-volvimento Rural de Abrantes (EPDRA), no seu curso de ho-telaria, entre outras medidas.

Os objetivos da intervenção passam por “contribuir para a integração dos indivíduos nas respetivas comunidades”, e por um projeto que visa a “alteração das dinâmicas so-ciais e económicas” do bairro Vale de Rãs, uma das zonas residenciais mais povoadas da cidade.

Mário Rui Fonseca

Mesmo tendo estado fe-chada durante sete anos, a sala de cinema do Millenium não precisou de nenhuma in-tervenção especial para vol-tar a funcionar. Em termos práticos, bastou uma lim-peza. Juntando a vontade da autarquia e a aposta de um empresário do setor audio-visual, a sala voltou a abrir-se para proporcionar cinema comercial aos abrantinos, perto de casa.

Na noite de 27 de novem-bro, a sessão inaugural foi gratuita, tanto para entida-des ofi ciais convidadas como para aqueles que, ávidos de cinema, solicitaram as suas entradas. Sozinhos, com a família ou com amigos, do

centro da cidade ou de fre-guesias um pouco mais afas-tadas, os abrantinos que mar-caram presença na reaber-tura do cinema Milleninum estavam claramente satisfei-tos com a novidade.

Alexandra Pires, empresária de Abrantes, estava “curiosa e expectante”. A falta de ci-nema comercial em Abrantes “era uma lacuna e os miúdos queixavam-se bastante”. A fi -lha, que estuda fora, poderá agora aproveitar as sessões de fim de semana. Aliás, os jovens, que marcaram forte presença na sessão inaugu-ral, são dos principais interes-sados no cinema em Abran-tes.

Ana Silva tem 16 anos e

ainda se lembra de ir ao Mil-lenium “ver os bonecos dos meninos pequeninos”. Deci-diu ver o fi lme inaugural – In-terstellar – porque viu o ‘trail-ler’ e gostou. Estava acom-panhada por um grupo de amigos e tinha por hábito ir ao cinema a Torres Novas. Mas “em Abrantes é muito mais fácil e implica menos gastos”. Paula Gaudência, de 42 anos, referindo que “é uma pena estar tudo a acabar”, re-conhecia que o regresso do cinema “é bom para a cidade”, mas sobretudo “importante para a juventude”.

Com 50 anos, Joaquim Baptista Estriga, do Carva-lhal, mesmo não sendo um frequentador assíduo de ci-

nema, estava satisfeito com a novidade: “Fico contente, por-que sou daqui e acho que faz falta cinema na nossa área.” Gostou do fi lme exibido, so-bretudo por causa dos ato-res e por não ter “aquela vi-olência”. Vai continuar a ir ao cinema no Millenium, até porque, de vez em quando, gosta “de ir ao imaginário”.

Francisco Oliveira, do Pego, foi à primeira sessão acom-panhado pela mulher e pela fi lha, Joana. Gostam especi-almente de fi cção científi ca e, por isso, o primeiro fi lme foi “uma boa escolha”. Antes fre-quentavam o cinema do Mil-lenium, e na altura, recebe-ram “com tristeza a notícia do fecho”. Nos últimos tempos

viam cinema sobretudo em Torres Novas ou em Lisboa, no caso de Joana, quando lá estudava. Francisco remata com um desejo: “Esperemos que continue aberto durante muito tempo, para não ter-mos que nos deslocar tão longe.”

João Almeida, o empresá-rio que agarrou o desafi o de trazer fi lmes comerciais para Abrantes, espera que o nú-mero de espetadores corres-ponda às expetativas. E pro-mete trazer os fi lmes “que as pessoas querem ver”.

HCS

• Os abrantinos que assistiram à reinauguração do cinema estavam claramente satisfeitos

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 12: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

12 DEZEMBRO 2014REGIÃO

A presidente da Câmara de Abrantes anunciou que a implementação das diversas estruturas do Aquartelamen-to de Apoio Militar de Emer-gência (RAME) vai decorrer nas instalações da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em janeiro, com um total de 473 militares efetivos.

O quartel militar de S. Lou-renço, em Abrantes, onde nos últimos anos esteve instalada a EPC, vai ser a base operacional do RAME, uma força militar de apoio civil que terá a missão de prestar apoio às populações em caso de catástrofes, ou à Proteção Civil, sempre que seja acionado para qualquer teatro de operações a nível nacional.

Para lá da estrutura base, o RAME vai ter um Agrupamen-to Sanitário (AgrSan) com 134 efetivos a instalar em Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, mas dependen-te do comando do Regimen-to em Abrantes, a cerca de 30 quilómetros de distância.

Em Abrantes fi carão as com-

ponentes fi xas e operacionais do sistema de forças, com 78 efetivos afetos ao RAME, oito militares na Unidade de Apoio Militar de Emergência (UAME) e 175 efetivos na Companhia de Reabastecimento e Servi-ços (CReabSvc).

O documento refere ain-da um elemento destacado para o Comando da Compa-nhia Geral de Cooperação Ci-vil e Militar, dez militares para

o destacamento de Coopera-ção Civil e Militar do Exército, e 67 para uma Companhia de Engenharia de apoio militar de emergência, num total de 339 elementos.

Em nota de imprensa, a pre-sidente da autarquia Maria do Céu Albuquerque, do PS, dis-se que a informação resultou de uma reunião com o minis-tro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, tendo acrescentado

que a estrutura desta nova unidade será repartida entre Abrantes e Tancos, mas de-pendente do comando do Re-gimento em Abrantes.

A implementação das diver-sas estruturas do RAME ocor-rerá a partir de janeiro de 2015, sendo do Exército a respon-sabilidade pela sua operacio-nalização, acrescenta a mes-ma nota.

MRF

A CM de Abrantes anunciou a conclusão das obras na esta-ção de canoagem de Alvega.

Avaliada em 258 mil euros, o novo equipamento representa agora uma nova infraestrutura inserida no âmbito do projeto Rotas e Percursos Ribeirinhos do Tejo, sendo este o primeiro ponto de paragem no conce-lho de Abrantes.

A empreitada, que teve o seu início a 8 de setembro de 2013, que tinha como prazo de execução seis meses, aca-bou por atrasar. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, explicou que um dos motivos esteve rela-cionado com o local onde se encontra a estação.

“No ano passado a obra teve de parar devido à subida do rio. Foi uma obra que assu-miu características diferentes e tudo isto atrasou o processo. A par disso todos nós temos sen-tido as difi culdades fi nanceiras que as empresas de constru-

ção enfrentam, onde tem sido difícil cumprir os prazos,” expli-cou a autarca.

Assente numa laje, o novo edifício possibilita a passagem da água do rio sem degradar a estrutura e é composto por uma serie de valências como: um bar, um posto de primei-ros socorros, estacionamento, instalações sanitárias, chuvei-ros, um espaço que recebe e

guarda as embarcações e ain-da uma zona fluvial que per-mite a prática desportiva de atividade ligadas ao rio.

Maria do Céu Albuquerque adiantou que aspiração da au-tarquia é que o espaço seja um marco de ligação entre o “con-celho de Gavião a Constância e a VN da Barquinha e também a Lisboa e à nascente do rio em Espanha”.

Integrado em espaço natu-ral, “este é um equipamento que deve marcar e que deve ter todas as condições para re-ceber os visitantes. Uma zona de promoção turística, de tu-rismo ativo e de natureza, que vai possibilitar a realização do caminho do Tejo,” finalizou a presidente.

Joana Margarida Carvalho

Abrantes recebe Aquartelamento de Apoio Militar de Emergência (RAME) em janeiro

Estação de Canoagem de Alvega já está aberta ao público

Município de Vila Nova da Barquinha revoga alvará de suinicultura

Autarquia de Vila de Rei reforça medidas de Prevenção Rodoviária

Os maus cheiros e a falta de licença ambiental leva-ram a Câmara de Vila Nova da Barquinha a deliberar a revogação do alvará de au-torização de uma suinicul-tura a laborar junto à sede do concelho.

“Uma recente inspeção detetou irregularidades na exploração, nomeadamen-te descargas para linhas de água sem qualquer tipo de tratamento e a falta de bar-reiras retentoras de maus cheiros”, disse à Antena Li-vre o presidente da autar-quia, Fernando Freire, do PS, factos que poderão estar na origem dos odores incómo-dos para a população.Queixas de cidadãos

“Todos os dias recebo re-

clamações por parte de ci-dadãos que não podem com o mau cheiro”, vincou o autarca, tendo destaca-do as “péssimas condições de funcionamento” da sui-nicultura, com dois funcio-nários, dois pavilhões e cer-ca de 2.900 porcos, assim como a “caducidade das li-cenças” de funcionamento desde o início do ano.

“Esta é, inevitavelmente, uma questão sensível para Vila Nova da Barquinha, um concelho que aposta no turismo e na qualidade de vida, e esperamos que, com esta decisão, possamos eli-minar este problema de uma vez por todas”, frisou o autarca.

MRF

O município de Vila de Rei procedeu à colocação de novas passadeiras sobrele-vadas e lombas de redução de velocidade em várias lo-calidades espalhadas pelo concelho. Num investimen-to de cerca de 10 mil euros, a Câmara Municipal preten-deu com esta ação reforçar a segurança rodoviária nas estradas vilarregenses.

“Surgiu esta necessidade de intervirmos devido aos pedidos de moradores que nos chegaram, e onde se as-siste a uma condução e con-duta automobilística fora das normas, onde o excesso de velocidade é uma cons-tante,” explicou Paulo César, vice-presidente da autar-quia. “Numa atitude de pre-venir alguns acidentes que possam surgir, procedemos

assim à colocação de um conjunto de passadeiras e lombas de redução de velo-cidade,” adiantou.

No decorrer dos trabalhos já se encontram efetuadas quatro passadeiras sobre-levadas, localizadas nas al-deias de Lagoa, Quinta das Laranjeiras e Cabeça do Poço.

Em fase de execução en-contram-se as passadeiras sobrelevadas nas aldeias de Silveira e São João do Peso, ainda por colocar, estão qua-tro lombas de redução de velocidade, três na aldeia de Silveira e uma Ladeira.

Paulo César admitiu que a CM de Vila de Rei está ana-lisar novos pedidos para ou-tras intervenções rodoviá-rias.

JMC

• A Antiga Escola Prática de Cavalaria vai ser base operacional da força de apoio civil, com 473 militares efetivos

• Novo equipamento está inserido no âmbito do projeto Percursos Ribeirinhos

Sand

ra E

unic

e R

eis

CM

Abr

ante

s

Page 13: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

13DEZEMBRO 2014 SAÚDE

Os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo (To-mar, Torres Novas e Abrantes) decidiram suspender o pré-aviso da greve prevista para os dias 24, 25 e 26 de novem-bro, após o compromisso as-sumido pela administração para contratar profissionais, afi rmou fonte sindical.

Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugue-ses (SEP), disse à Antena Li-vre que a suspensão da greve de três dias se deve ao com-promisso de “contratação de 32 enfermeiros até ao dia 28 de novembro e regularização

imediata da situação dos en-fermeiros subcontratados”.

Por outro lado, acrescentou, a administração comprom-eteu-se a “encetar a negoci-ação de um regulamento de horários específicos para os enfermeiros e a proceder ao levantamento das horas em dívida”, com a elaboração de um plano de pagamento.

Segundo a dirigente do SEP, os enfermeiros decidi-ram em plenário determinar a data de 31 de dezembro como limite para que a admi-nistração cumpra não só es-tes compromissos como o da

promoção da harmonização salarial dos contratos indivi-duais de trabalho (CIT), para que o ano de 2015 se inicie sem qualquer hora em dívida aos enfermeiros.

“Caso contrário, realizare-mos a greve nos dias 5, 6 e 7 de janeiro de 2015”, afi rmou.

A paralisação agora sus-pensa visava “contestar as subcontratações a três euros por hora, a ausência de dota-ções seguras, irregularidades na organização do tempo de trabalho e coação sobre os enfermeiros”.

MRF

Enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo suspendem greve de três dias

Utentes da Saúde do Médio Tejo saúdam postura da nova administração do Centro Hospitalar

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) saudou a “coinci-dência de objetivos” com o novo Conselho de Adminis-tração do Centro Hospitalar do Médio Tejo no sentido de valorizar e melhorar a presta-ção de cuidados na região.

Manuel José Soares, porta-voz da CUSMT, disse à Antena Livre que a primeira reunião com o Conselho de Adminis-tração (CA) liderado por Carlos Andrade Costa, realizada no dia 25 de novembro, deu iní-cio a um processo de diálogo e que espera, dentro de três a quatro meses, um balanço das medidas preconizadas.

A CUSMT apresentou “a vi-são” que vem preconizando em termos de cuidados de sa-úde na região, em particular o entendimento de que a ar-ticulação entre cuidados hos-pitalares, primários e continu-

ados é “basilar” para melhorar a qualidade e a proximidade dos serviços e a eficácia dos vários recursos, disse.

Por outro lado, foi reafir-mada a preocupação com a escassez de recursos huma-nos, nomeadamente médi-cos e enfermeiros, e com o “crónico subfinanciamento do CHMT”, acrescentou.

Manuel José Soares saudou a postura da administração empossada em julho para va-lorizar a efi ciência e a efi cácia, apostando numa valorização das várias unidades do CHMT (Abrantes, Tomar e Torres No-vas), não usando a questão fi nanceira, de premência da redução do défi ce, como ob-jetivo, “como aconteceu no passado”.

O porta-voz da CUSMT disse ter sido dada a indicação de que existe abertura da tutela para o desbloqueamento da

contratação de enfermeiros e de auxiliares de ação médica até ao fi nal do ano, estando o CA do CHMT a procurar re-cuperar a possibilidade de formação de médicos em es-pecialidades que perderam essa idoneidade.

A comissão de utentes de-clarou a sua disponibilidade em fazer pressão para que

haja um reconhecimento de que esta é uma zona que deve ser alvo de discrimina-ção positiva no acesso a in-centivos que ajudem a atrair médicos, tendo em conta que se insere no grupo de zo-nas desfavorecidas em ter-mos do rácio de médicos por número de habitantes, adi-antou.

Manuel José Soares referiu ainda a indicação de que o novo Conselho Consultivo do CHMT deverá estar consti-tuído até ao fi nal do ano.

Reconhecendo que “Roma e Pavia não se fizeram num dia” e que “as orientações do Ministério [da Saúde] e da Administração Regional de Saúde nem sempre vão ao

encontro à vontade da ad-ministração”, o porta-voz da CUSMT afi rmou que esta es-trutura “não vai largar mão nem desistir” do conjunto de questões que tem vindo a defender.

Além da articulação de ser-viços e da contratação de profi ssionais, a CUSMT insiste no funcionamento das valên-cias das Urgências, Interna-mento em Medicina Interna, Cirurgia e Pediatria nas três unidades hospitalares que in-tegram o CHMT, como consta do abaixo-assinado que reu-niu 30.000 assinaturas, frisou.

Por outro lado, mantém a “defesa da manutenção da maternidade em Abrantes”, propósito que Manuel José Soares disse coincidir com a vontade manifestada na reu-nião pela administração do CHMT.

Mário Rui Fonseca

• Manutenção da maternidade em Abrantes continua a ser uma prioridade

Sand

ra E

unic

e R

eis

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 14: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

14 DEZEMBRO 2014JUVENTUDE

Vila Nova da Barquinha anuncia Prémio Municipal de Empreendedorismo

ENCONTRO NACIONAL DA FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES JUVENIS DO DISTRITO (FAJUDIS)

Jovens de Santarém não estão motivados para a política mas gostam de participar

O projeto inovador que en-volve quatro turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino bá-sico, tem como principal pro-motor o Agrupamento de Es-colas, com a parceria do Mu-nicípio, Nersant, Tagusvalley, Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e Asso-ciações de Pais.

Cerca de 100 alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, par-ticipantes no projeto “Em-preendedorismo na Escola”, foram recebidos na Câmara Municipal, no dia 25 de no-vembro, onde o presidente do executivo camarário, Fer-nando Freire, do PS, anun-ciou a criação do “Prémio Municipal de Empreende-dorismo em Ambiente Esco-lar”, uma medida inserida no Plano Estratégico de Desen-volvimento Económico “Bar-quinha 2020”.

Os participantes na inici-ativa visitaram, na ocasião, duas empresas a laborar no Centro de Negócios de Vila

Nova da Barquinha – Gonfer-sol e Espaço Mecânico. Seg-uiu-se uma passagem pela Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha, onde os jovens empreendedores ficaram a conhecer o processo de cons-tituição de uma empresa.

Fernando Freire, presidente da autarquia, foi o anfitrião da cerimónia protocolar rea-lizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com pa-lavras de incentivo aos pe-quenos empresários, tendo lançado também o desafio aos alunos para que partici-pem no “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, cujos re-sultados serão anunciados no fi nal do ano letivo.

O Agrupamento de Escolas anunciou também uma inici-ativa inédita no âmbito deste projeto – a criação de um “Vi-veiro de Empresas” em ambi-ente escolar, ou seja, existirá um espaço na escola desti-nado ao efeito, com meios e equipamentos próprios. Desafiar os jovens a pensar

e criar empresas enquanto estudantes desde tão tenra idade, num espaço próprio, é uma medida anunciada como pioneira em Portugal.

Marcaram presença nesta cerimónia o presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha, Rui Pic-ciochi, a Diretora do Agru-pamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, Antó-

nia Coelho, o representante da Tagusvalley, Homero Car-doso, o representante da CIMT, Hugo Rodrigues, entre autarcas, empresários e pro-fessores.

Vila de Rei recebeu “Empreendedorismo no Centro de Portugal”

A equipa do CLDS+ de Vila

de Rei, em parceria com a Câ-mara Municipal, organizou, de 19 a 21 de novembro, a iniciativa “Empreendedo-rismo no Centro de Portugal” que deu especial destaque à importância da qualifi cação e empreendedorismo para a obtenção de emprego.

Ao longo dos três dias da iniciativa, foram vários os pai-néis alusivos a estas temáti-

cas e que contaram com ora-dores de instituições como o Instituto de Formação Pro-fissional, Pinhal Maior, NER-SANT, Grupo Gesbanha, NER-CAB e vários empresários do concelho de Vila de Rei.

As sessões tiveram lugar na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires e na E.B.I. do Centro de Portugal, onde os alunos puderam ainda parti-cipar na “Feira das Profi ssões”, com representações dos Ins-titutos Politécnicos de Tomar, Castelo Branco e Portalegre.

O presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ri-cardo Aires, esteve igual-mente presente na iniciativa enquanto moderador de um dos painéis, onde destacou “a vontade e coragem dos em-presários vilarregenses para se imporem e vencerem no interior do país. Este investi-mento na criação de empre-sas e emprego é de extrema importância para a evolu-ção positiva da economia do nosso concelho”, destacou.

Mário Rui Fonseca

Os jovens do distrito de San-tarém privilegiam as relações afetivas relativamente aos bens materiais e os estudos e o emprego estão no topo das suas preocupações, revelou o presidente da Federação das Associações Juvenis do distrito (FAJUDIS).

“É um dado que nos sur-preendeu, até pelo núme-ro de jovens que a destaca-ram, mas o certo é que uma maioria significativa dos jo-vens aponta as relações afe-tivas como o fator mais im-portante para o seu bem-es-tar, em detrimento dos bens materiais”, disse à Antena Li-vre Jorge Claro, à margem do encontro nacional de asso-ciações juvenis que decorreu entre 20 e 22 de novembro em Fátima.

O encontro, que reuniu

mais de 200 jovens de todo o país, debateu a temática “Percursos de Mudança – Dar o Salto”, tendo a FAJUDIS – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santa-rém, com sede em Constân-cia, divulgado os resultados de um trabalho de ausculta-ção, realizado ao longo do ano, junto de escolas e asso-ciações juvenis sobre solida-riedade, politica e emprego.

“O número de jovens man-tém-se estável em termos de participação em ativida-des associativas, apesar de estarem mais preocupados com os estudos, o emprego e a precariedade do trabalho no seio familiar, e de revela-rem algum ceticismo relati-vamente ao aproveitamento político dos seus anseios e opiniões”, destacou Jorge Claro.

O inquérito revelou uma percentagem considerável de jovens que afi rma “não se sentir motivado ou fascinado para a política por entende-rem que está tudo decidido e que a sua opinião não conta”, revelou o dirigente associa-tivo, tendo observado que os

municípios que já implemen-taram orçamentos participa-tivos “revelam-se como casos de processos muito partici-pados em termos de envol-vência juvenil”.

“Os jovens, apesar de tudo, gostam de envolver-se na vida das associações, e os

que não participam referem no estudo que nunca tinham pensado no assunto, ou que nunca foram convidados”, su-blinhou Jorge Claro.

O presidente da FAJUDIS disse ainda que existe um “défi ce de penetração da in-formação” ao nível dos pro-gramas juvenis disponíveis -“existe mais informação mas menos conhecimento” -, um assunto que defendeu mere-cer “atenção e refl exão.”

Autarquia disponibiliza nova sede à Federação Juve-nil no centro histórico da vila

A Câmara Municipal de Constância e a FAJUDIS – Fe-deração das Associações Ju-venis do Distrito de Santa-rém, assinaram no dia 23 de novembro um protocolo de colaboração com vista à cria-ção de um Fórum Associativo e de Juventude e à instalação

da nova sede da FAJUDIS – Federação das Associações Juvenis do Distrito de San-tarém -, no centro histórico da vila.

A Federação das Associa-ções Juvenis do Distrito de Santarém e o Fórum Associ-ativo e de Juventude passam assim a funcionar na rua Luís de Camões, no antigo Centro de Empresas de Constância.

O novo espaço disponibi-liza três salas, uma para aten-dimento e informação, ou-tra para reuniões e ações de formação, e uma terceira sala multifunções, equipada com recursos tecnológicos e au-diovisuais, como computa-dores, televisão, internet, fo-tocopiadora e videoprojetor, entre outro material informá-tico.

Mário Rui Fonseca

• Fernando Freire deixou palavras de incentivo a potenciais empreendedores

• Jorge Claro: “Os jovens, apesar de tudo, gostam de envolver-se na vida das associações”

Már

io R

ui F

onse

caSa

ndra

Eun

ice

Rei

s

Page 15: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

15DEZEMBRO 2014 TURISMO

Até ao dia 31 de dezembro, Mação vai promover o 4º Fes-tival Gastronómico dedicado ao Azeite, às Migas, ao Almei-rão e aos Enchidos.

Vão participar neste festival nove restaurantes do conce-lho de Mação que aderiram à iniciativa e que vão apresen-tar, durante um mês, pratos que incluam azeite, almeirão, migas e enchidos. Este é um festival dedicado aos aman-

tes da cozinha típica associa-da ao meio rural em que Ma-ção é muito rico.

Os restaurantes regionais que aderiram a esta iniciati-va são: Restaurante Avenida (Pica-Fino), Café Restaurante da Recta, Casa Velha, O can-tinho, O Godinho, Solar Do Moinho, O Pescador, Casa Cardoso (Envendos), Dona Flor (Penhascoso) e Solar Do Moinho (Cardigos).

O município de Vi la Nova da Barquinha, em parceria com nove restau-rantes, está a realizar até ao dia 14 de dezembro a mostra gastronómica “À mesa com azeite”.

A iniciativa, que se rea-liza há 14 anos consecu-tivos, apresenta como su-gestões para degustação petingas no forno com azeite, o bacalhau à la-

gareiro, a sopa de couve com feijão, o polvo à laga-reiro, entre outras.

Em nota de imprensa, o município de Vila Nova da Barquinha refere que o azeite sempre foi um importante motor da ati-vidade económica con-celhia, chegando ali a la-borar cerca de duas de-zenas de lagares.

Os projetos que valori-zem produtos endógenos, como o vinho ou o enotu-rismo, “irão ter prioridade” na aplicação dos apoios comunitários até 2020, de-fendeu a presidente Co-missão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Centro (CCDRC). Ana Abrunhosa, na apresenta-ção das IV Jornadas de Eno-turismo, subordinadas ao tema “O Centro de Portugal como destino de enoturis-mo”, defendeu que o pro-grama “tem os ingredientes todos para ajudar os atores do território a terem visibi-lidade”.

As Jornadas vão decorrer em Abrantes e Tramagal (na Quinta Casal da Coelheira), nos dia 10 e 11 de dezembro. Esta e outras iniciativas idên-ticas, associando o turismo

ao vinho, ao património ou à religiosidade, por exemplo, visam “responder às novas tendências que o mercado coloca”, disse Pedro Macha-do, presidente da Turismo do Centro. As Jornadas de Enoturismo “ajudam-nos a trazer coesão ao território e a aproxima territórios que até aqui não tinham relação entre si”.

A presidente da Câmara de Abrantes e da CIM do Médio Tejo, Maria do Céu Albuquerque, reconheceu que o seu concelho e a re-gião, num passado recente, “não tinham grande fama na produção de vinho”. Mas a aposta na vitivinicultura permite atualmente “pro-duzir uma percentagem bastante grande” para a ex-portação.

Lusa

Festival do Azeite, Migas, Almeirão e Enchidos de regresso a Mação

Em Vila Nova da Barquinha o azeite está em destaque

Jornadas de Enoturismo em Abrantes

DE 27DE NOVEMBRO

A 14DE DEZEMBRO

RUA DAS ESCOLAS | ALFERRAREDE | ABRANTES | TEL. 241 360 460

599€

Recuperador de Calor

Em Ferro Fundido; Ventilado; Pot.: 14Kw; Rendimento: 72%Dim.: 69x45x52cm; Ø Saída de Fumos: 200mm ; Ø Saída de Ar Quente: 125mmRef. 61077264

GA

RANTIA

5ANOS

REC

UPE

RAD

ORE

S D

E C

ALO

R

CA

SA D

E BA

NH

O

549€

Cabine de Hidromassagem "Antártida"Dim.: 120x218x70 cm6 Jatos Orientáveis c/ Sistema Anti-CalcárioChuveiro de Teto e Mão,Torneira Monocomando c/ Seletor de Funções, Extrator de Ar, Prateleira de Vidro, Barras de Apoio Interiores, Painel de Controlo Digital c/ Rádio, Coluna de Som, Iluminação Interior, Banco Rebatível, Doseador de Sabão;Ref. 61103477

218cm

120cm

70cm

C"A"D6CToTTExBPCBRe

218cm

120c

70c

DE DEZEMBRO

Preços válidos de 27 de novembro a 14 de dezembro de 2014 nas lojas aderentes, salvo ruptura de stock ou erro tipográfico. Adereços não incluídos. Fotos não contratuais.

DEZEMBRO 2014

Page 16: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

16 DEZEMBRO 2014

Potenciar turisticamente o património histórico militar nacional e criar uma rede no âmbito dos PALOP é o objetivo de um protocolo de cooperação assinado en-tre o Ministério da Defesa e o Instituto Politécnico de Tomar (IPT).

A Secretária de Estado Ad-junta e da Defesa Nacional considerou o protocolo de cooperação assinado entre o Ministério da Defesa Na-cional e o IPT como “uma nova etapa no desenvolvi-mento do Turismo Militar”.

Em causa está um univer-so patrimonial que engloba unidades militares, museus militares, campos de bata-lha, espólio documental, necrópoles, monumentos e outro património edifi cado sob a tutela do Ministério da Defesa Nacional, mas também de outras entida-des estatais e municipais, ou mesmo sob propriedade de privados, que queiram associar-se a este movimen-

to e reúnam condições para o efeito.

“Ao nível dos roteiros, por exemplo, tanto o IPT como o Exército, através da Briga-da de Reação Rápida e da Direção de História e Cul-tura Militar, têm um histó-rico meritório que nos per-mitirá avançar de imediato com um conjunto de circui-tos e itinerários nas regiões de Lisboa, Médio Tejo e de Elvas, autênticos projetos-piloto para o todo nacional”, revelou a Secretária de Esta-do Adjunta e da Defesa Na-cional, acrescentando que, em breve, serão apresenta-dos um sítio na internet e uma aplicação para dispo-sitivos móveis específicos para o Turismo Militar.

Evocando o Centenário da Grande Guerra, Berta Cabral falou de novos caminhos e avançou o exemplo francês, onde o Turismo da Memó-ria já movimenta mais de 7 milhões de turistas anual-mente. Entre 2010 e 2013, o

número de visitantes a me-moriais em França, sobretu-do monumentos e cemité-rios militares, aumentou 16 por cento.

“O Turismo Militar, em to-das as suas vertentes, reú-ne todas condições para dar um contributo importante para a manutenção e cria-ção de postos de trabalho, com a vantagem de ser me-nos sazonal do que outros tipos de turismo”, afi rmou a Secretária de Estado Adjun-ta e da Defesa Nacional.

Imediatamente após a as-sinatura do protocolo re-alizou-se o seminário “Tu-rismo Militar: um projeto dinamizador de destinos tu-rísticos”, com intervenções de especialistas académicos e um militar, na presença dos presidentes das Câma-ras Municipais de Tomar, Aveiro, Abrantes, Constân-cia, Sardoal e Vila Nova da Barquinha e de outras enti-dades ligadas ao Turismo.

MRF

PATRIMÓNIO

Parceria ibérica apresenta em Mação jogo pedagógico sobre rio Tejo

Ministério da Defesa assina protocolo para ativação turística do património histórico militar

A divulgação das componen-tes naturais, históricas e cul-turais do rio Tejo e a sensibili-zação das comunidades para a sua valorização e conserva-ção, é o objetivo de um jogo didático apresentado e distri-buído na Escola Básica 2,3/S de Mação.

MÁRIO RUI FONSECA

No jogo de tabuleiro, escri-to em português e espanhol e desenvolvido pela parceria Tejo/Tajo Vivo - Rede para a Revalorização dos Territórios Vinculados ao Tejo, platafor-ma constituída por 18 asso-ciações ibéricas de desenvol-vimento local, os jogadores têm de responder a pergun-tas relacionadas com este re-curso, promovendo o conhe-cimento dos troços do Tejo

em cada região por parte dos seus habitantes.

“Este jogo didático sobre o Tejo é direcionado para o público infanto-juvenil dos dois países que o rio atraves-sa, Portugal e Espanha”, disse à Antena Livre o técnico co-ordenador da Tagus, associa-ção de desenvolvimento do Ribatejo Interior.

“Por outro lado”, acrescen-tou Pedro Saraiva, este jogo, que vai ser distribuído pe-las associações intervenien-tes no âmbito da cooperação ibérica, “permite, ainda, o de-senvolvimento de atividades práticas pedagógicas sobre o Tejo”, em iniciativas que po-derão ser realizadas pelas co-munidades educativas dos dois países.

As seis associações nacio-nais vão distribuir pelos di-

versos estabelecimentos de ensino da sua área, de forma gratuita, os 5.000 exempla-res da primeira edição des-ta jogo didático, num investi-mento que Pedro Saraiva es-timou na ordem dos 50 mil

euros, incluindo os módulos multimédia dos Centros de Interpretação do Tejo, equipa-mentos que foram apresenta-dos no dia 27 de novembro, em Vila Nova da Barquinha.

Os Centros de Interpretação

Tejo/Tajo Vivo são módulos expositivos constituídos por equipamentos multimédia com as funcionalidades de quiosque de produtos locais e de sistema de informação turística, que vão ser instala-

dos em Abrantes, Belver, San-tarém, Vila Velha de Rodão, Vila Nova da Barquinha, Cons-tância e Sardoal, entre outras regiões nacionais parceiras do projeto.

A parceria Tejo/Tajo Vivo é constituída por 18 Grupos de Ação Local portugueses e espanhóis, que têm em co-mum o rio Tejo, e pretende contribuir para o aumento da competitividade e para o de-senvolvimento económico, social e ambiental destes ter-ritórios.

Em Portugal é representado pela ADRACES - Raia Centro-Sul, Pinhal Maior - Pinhal In-terior Sul, LEADER SÔR - Alto Alentejo, TAGUS - Ribatejo In-terior, ADIRN - Ribatejo Norte e APRODER - Ribatejo.

• A primeira edição do jogo terá 5.000 exemplares

Már

io R

ui F

onse

ca

Page 17: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

17DEZEMBRO 2014 REGIÃO

A cientista Joana Gaspar, 31 anos, natural de Abrantes, re-cebeu no início de novembro, em Bruxelas, o Prémio Euro-peu da Federação Internacio-nal de Diabetes para jovem investigador, pelo estudo de como, após uma refeição, o organismo é capaz de aumen-tar a sensibilidade à insulina.

O dinheiro do prémio - dez mil euros - vai ser doado à As-sociação Protetora dos Dia-béticos de Portugal, onde, a par do Centro de Doenças Crónicas da Universidade Nova de Lisboa, a investiga-dora está a fazer o seu pós-doutoramento.

Joana Margarida Navalho Gaspar disse ao JA que a linha de investigação consiste em perceber como é que, após uma refeição, “o organismo é capaz de aumentar a sensi-bilidade à insulina”, hormona responsável pela redução do açúcar no sangue.

Segundo a investigadora, o metabolismo da insulina, ao nível do fígado, leva, após a ingestão de alimentos, “à pro-dução de outras moléculas, que podem ou não derivar da degradação da insulina”.

As moléculas, juntamente com a insulina, vão “atuar nos tecidos periféricos, nomeada-

mente no músculo, no rim e no coração, e vão aumentar a sensibilidade à insulina, pro-movendo a captação da glu-cose e a regulação dos níveis

de glucose”, defendeu. A investigação, para a qual

são esperados resultados pre-liminares dentro de um ano, inclui experiências com rati-

nhos e com pessoas saudáveis que têm irmãos com diabetes tipo2, e por isso em risco de virem a contrair a doença.

Joana Gaspar disse ao JA que continua a visitar a ci-dade de Abrantes, onde nas-ceu em junho de 1983, “uma ou duas vezes por mês e em épocas festivas”, onde man-tém família e amigos, tendo o desporto, a leitura e as via-gens no topo das suas prefe-rências de lazer.

O castelo de Abrantes é o monumento preferido da jo-vem cientista que concluiu o curso de Bioquímica em 2006, na Universidade de Coimbra,

tem o Doutoramento em Biologia Celular e Molecular desde 2011, e está atualmen-te a tirar o curso de Ciências do Desporto na Faculdade Motricidade Humana, em Lis-boa.

Sendo a diabetes uma do-ença silenciosa e sem cura, Joana Gaspar deixou alguns conselhos, sobretudo para quem tem excesso de peso e uma vida sedentária, e que passam por um estilo de vida saudável e vigilância constante, fazendo testes re-gulares.

MRF

Fundada a 24 de maio de 2006 e atualmente com 275 sócios, a Casa do Benfi ca de Vila de Rei representou um investimento na ordem dos 80 mil euros.

MÁRIO RUI FONSECA

O presidente do Sport Lis-boa e Benfica, Luís Filipe Vieira, bem como o vice-pre-sidente para as Casas e Mo-dalidades, Domingos Almei-da Lima, e o ex-futebolis-ta Fernando Chalana, entre outros, inauguraram no dia 21 de novembro a Casa do Benfi ca de Vila de Rei, peran-te centenas de entusiastas.

Na ocasião, Ricardo Ai-res, presidente da Casa do Benfica de Vila de Rei, e si-multaneamente presidente da Câmara Municipal, ofere-ceu, em nome do município, um terreno e respetivo proje-

to de arquitetura em Vila de Rei para acolher a Casa dos Atletas do Benfi ca, instituição que visa acolher antigos atle-tas e antigos funcionários do clube da águia.

Luís Filipe Vieira agrade-ceu, mas disse que a Casa do Atleta é para concretizar no Seixal, apesar de estar com algum atraso, e do projeto inicial poder a vir a sofrer al-guns ajustes.

O presidente do Sport Lis-boa e Benfi ca afi rmou ainda, em Vila de Rei, que o maior património do clube são os seus sócios, tendo feito um apelo para que a meta de 300 mil associados seja alcançada.

“Não estamos em competi-ção com ninguém, mas que-remos ter uma base de sócios cada vez maior, para sermos cada vez mais fortes e com mais capacidade de afirma-

ção, num ciclo muito exigen-te do ponto de vista econó-mico e em que todos devem estar envolvidos”, afirmou o dirigente benfi quista, na ce-rimónia de inauguração da Casa do Benfica em Vila de Rei, casa número 203 do clu-be.

O presidente da Casa do Benfica e da Câmara Muni-cipal de Vila de Rei aceitou a resposta de Luís Filipe Vieira com fairplay mas disse à An-tena Livre que vai continuar a bater-se pela construção de um equipamento social do Benfi ca naquele concelho.

“Hoje foi lançada uma pri-meira semente, e vamos continuar a trabalhar no sen-tido de estreitar laços entre as duas instituições. Não so-mos de desistir à primeira e gostaríamos muito de con-tribuir para que os antigos jogadores e funcionários do

clube possam encontrar em Vila de Rei as melhores con-dições para a sua reforma”, vincou.

Atualmente com 235 mil sócios, o Benfica é o clube com maior número de só-cios do mundo, seguido do clube alemão Bayern Mu-nique com 223,985 sócios, segundo os dados divulga-dos em fevereiro pela revis-ta “The Weekly”, da FIFA. Re-alce para o facto de a Casa do Benfi ca de Vila de Rei ter um projeto pioneiro dentro das instalações: uma Escola de Concertinas, com mais de 80 alunos, e que animou a festa benfi quista durante as cerimónias.

Fundada a 24 de maio de 2006 e atualmente com 275 sócios, a Casa do Benfi ca de Vila de Rei representou um investimento na ordem dos 80 mil euros.

Luís Filipe Vieira inaugurou Casa do Benfi ca de Vila de Rei

Cientista de Abrantes premiada pela Federação Internacional de Diabetes

Sand

ra E

unic

e R

eis

• “Queremos ter uma base de sócios cada vez maior”

• Abrantina investiga a sensibilidade do organismo à insulina

DR

Page 18: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

18 REGIÃO DEZEMBRO 2014

CCV de Constância inaugurou anfi teatro “Rómulo de Carvalho”

Uma bicicleta com rodas ovais

O Centro Ciência Viva (CCV) de Constância - Parque de As-tronomia inaugurou o anfi-teatro “Rómulo de Carvalho”, um espaço coberto, com ca-pacidade para acolher 240 pessoas, e que vai permitir re-alizar novas iniciativas.

O novo equipamento repre-sentou um investimento de 140 mil euros, comparticipa-do a 85% por fundos comu-nitários, vai permitir alargar as atividades a grupos de maior dimensão, e ao longo de todo o ano, independentemente das condições atmosféricas, disse ao JA o astrónomo Máxi-mo Ferreira, coordenador do CCV de Constância, equipa-mento que recebeu em 2013 cerca de 20 mil visitantes.

A inauguração do anfi teatro “Rómulo de Carvalho”, profes-sor, poeta e pedagogo, decor-reu no domingo, dia 24 de no-vembro, assinalando, assim, em Constância, o arranque da semana Europeia da Cultura

Científi ca e Tecnológica.O novo equipamento vai

permitir acolher grupos em iniciativas de âmbito cultural e científi co, sendo objetivo alar-gar a sua utilização a eventos a organizar pela comunidade envolvente, civil e militar, fri-sou Máximo Ferreira.

O programa de inaugura-ção do novo anfi teatro incluiu uma intervenção de Ana Ma-ria Dias sobre o “Diálogo de Saberes”, entre Rómulo de

Carvalho e a obra de Antó-nio Gedeão, seu pseudónimo, uma evocação pelo seu fi lho, Frederico de Carvalho, a inau-guração da exposição “A física no dia-a-dia”, que incide so-bre o fenómeno da propaga-ção do som, luz e imagens, e um momento musical a cargo de Manuel Freire, que evocou Rómulo de Carvalho como ci-dadão e poeta, com canções e poemas.

Mário Rui Fonseca

No âmbito de um projeto de investigação apoiado fi -nanceiramente pelo QREN e INAlentejo surgiu uma bi-cicleta de rodas ovais, um projeto que conta com a colaboração de estudantes e uma docente da licencia-tura em Comunicação So-cial da ESTA, no que diz res-peito ao plano de comuni-cação.

“Por que é que as rodas têm que ser redondas?” foi a pergunta que deu origem ao projeto dos sócios de Ponte de Sôr, Jacinto Oli-veira e Carlos Real. “A res-ponsabilidade era compro-var que, mecanicamente, a roda elítica é funcional. E foi cumprida. No entanto, já estamos a pensar em mu-dar outras coisas na sua to-talidade e fazer uma bicicle-ta excêntrica, marcada pela diferença”, explica Carlos Real.

A bicicleta de passeio “tem

um efeito visual excêntrico e agradável à vista, com a vantagem de reduzir a fa-diga muscular”. Mas, apesar de ser aplicada neste veícu-lo, Carlos Real acrescenta que “o conceito surge com maiores vantagens em má-quinas agrícolas e milita-res pois melhora a tração e tem uma eficiência muito maior”.

“Daqui para a frente que-remos encontrar um parcei-ro para industrializar isto ou vender a patente a alguém. Estamos abertos a todas as propostas que nos che-guem”, conclui Carlos Real.

Bárbara Gonzalez Gomes e Sandra Reis, estudantes de

Comunicação Social da ESTA

• Investimento de 140 mil euros permite alargar as atividades

Már

io R

ui F

onse

ca

Pedr

o B

oche

chas

/ ed

ição

: Gon

çalo

Hol

trem

ann

Page 19: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

19CULTURADEZEMBRO 2014

RUI FERREIRA, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA MONTALVENSE 24 DE JANEIRO

“Todos os jovens deveriam frequentar o ensino da música, pois aprendem a ouvir”

Com cerca de 100 alu-nos em formação musical e cerca de 35 na banda fi lar-mónica, a Associação Filar-mónica Montalvense 24 de Janeiro encontra-se com grande dinâmica.

Foi ofi cialmente formada em 1986, mas foi na altura do 25 de abril de 1974 que deu os primeiros passos, “período em que as pes-soas ansiavam muito por um acesso mais facilitado à oferta cultural,” conta ao JA Rui Ferreira, presidente da direção.

Concretamente em 1985, é formada a primeira es-cola de música, composta por algumas pessoas que já reuniam alguma experi-ência musical e que eram provenientes da banda fi-larmónica de Rio de Moi-nhos (freguesia vizinha). O projeto arranca depois em 1986, com um conjunto de jovens habilitados a formar a banda fi larmónica.

Durante os 28 anos, o percurso da associação foi divido em três perío-dos: “Desde 1986 até ao ano 2000, a banda era es-sencialmente constituída por elementos com conhe-cimento empírico da arte musical. A partir do ano 2000, introduzimos pes-soas formadas. Em 2009, demos um outro salto e es-tabelecemos uma parce-ria com o Agrupamento de Escolas de Constância e o Choral Phydellius de Tor-res Novas, onde damos iní-cio ao ensino articulado da música.”

Com esta parceria, hoje em dia o ensino oficial da música é garantido através do coral e a parte instru-mental é realizada na sede da associação, em Mon-talvo. São cerca de 100 jo-vens que beneficiam se-manalmente deste ensino, cerca de 22 integrados numa banda juvenil e ainda 35 elementos residentes na banda fi larmónica.

Rui Ferreira caracteriza este projeto como sendo “desafiante, trabalhoso e muito recompensador, pois estamos a formar jovens”. Este responsável admite ainda que “todas as crian-ças e jovens deveriam fre-quentar o ensino da mú-sica, pois aprendem a ouvir e a saber estar”.

Para além da parceria que a associação reúne com a escola sede do agrupa-mento, ainda promove, junto dos jardins-de-inf-ância, o projeto denomi-nado A B C da Música. Esta atividade é suportada fi-nanceiramente pelas Jun-tas de Freguesia e pela Câ-mara Municipal, destinada aos alunos, entre os três e os cinco anos, onde se ini-cia o despertar do gosto musical. Integrada no A B C da Música, a associação já tem uma turma composta por 13 crianças.

“Há sempre alguns alu-nos que não dão continui-dade a este gosto e dedica-ção musical, mas também temos verdadeiros casos de sucesso. Exemplo disso é uma jovem que esteve

connosco, que passou por todos os graus de ensino, e que hoje está com duas bolsas de estudos nos EUA”, conta Rui Ferreira.

Para este mês de Natal, a banda filarmónica mon-talvense vai estar a partici-par na iniciativa “Gostar de Constância”, no próximo dia 5 de dezembro. No fim de semana anterior ao Natal irá promover, à semelhança dos anos anteriores, o seu concerto de Natal.

Rui Ferreira conta que a principal difi culdade que a associação enfrenta, de mo-mento, é a falta de espaço. Com a quantidade de alu-

nos em formação, a sede em Montalvo já não reúne as condições espaciais para albergar tantas crianças, jo-vens e adultos.

“Temos o compromisso da Câmara que iremos mudar para o novo Centro Esco-

lar de Montalvo quando o mesmo estiver pronto. Es-tamos aguardar esta mu-dança”, admite o responsá-vel. Como objetivo princi-pal, o dirigente associativo confessou ao JA que pre-tende manter ou reforçar a

dinâmica de formação, au-mentando a abrangência territorial e, assim, trazer mais elementos dos con-celhos vizinhos para o seio desta associação que ambi-ciona ganhar escala.

Joana Margarida Carvalho

• Rui Ferreira diz que a Associação aguarda a mudança para o Centro Escolar de Montalvo

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 20: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

20 DEZEMBRO 2014CULTURA

A celebrar 32 de vida, o GE-TAS, grupo de teatro do Sar-doal, mantém uma dinâmica dentro e fora da região. Trata-se de “um grupo de pessoas que sobretudo têm uma grande paixão por aquilo que fazem”. Quem leva as pe-ças ao palco não são atores nem profissionais: “Nós so-mos amadores e temos de fa-zer um pouco de tudo. Tudo isso mostra o nosso grande amor pela arte”.

O Grupo GETAS é uma asso-ciação criada ofi cialmente em 1982, que desenvolve ativida-des como o teatro, a dança, música coral e a pintura. No âmbito da celebração do seu 32º aniversário, o grupo apre-sentou o espetáculo “GETAS TV”, no Centro Cultural Gil Vi-cente, no passado dia 16 de novembro. Nesse mesmo dia, e ainda dentro das comemo-rações o GETAS promoveu um Peddy-Paper, outra das suas atividades.

A associação tem prestigi-ado o concelho do Sardoal, a região e até Portugal. O Grupo de Teatro já represen-tou o país além-fronteiras numa aventura pelas Astú-rias onde representou o texto

de um autor espanhol Frede-rico Garcia Lorca, “A Casa de Bernarda Alba”, que adaptou para “A Casa das Alba”. Cristina Curado, atriz e presidente do Grupo GETAS – Centro Cultu-ral, partilha o que sentiu por terras vizinhas: “Estávamos um pouco curiosos de saber como é que o público espa-nhol nos iria receber. No fi nal tivemos uma grande ovação de pé a bater-nos palmas du-rante bastante tempo.”

O GETAS tem desenvolvido um intenso trabalho de dina-mização sociocultural e ar-tística e, sendo uma associa-ção sem fi ns lucrativos, conta com algumas ajudas. “Temos um grande apoio por parte do nosso município, uma vez que usufruímos deste espaço

(Centro Cultural Gil Vicente) e a nossa sede pertence ao mu-nicípio. O município é a nossa base”, revela Cristina Curado. Também a população do Sardoal mostra o seu apoio a este grupo. “Cada vez que estreamos uma peça temos duas, três vezes casa cheia e isso quer dizer alguma coisa”, conta a atriz.

O sucesso que este grupo tem obtido, tendo sido já reco-nhecidos como “dos mais ati-vos e inovadores do Distrito de Santarém”, parte pelo grupo em si, que Cristina Curado ca-racteriza como “um grupo de pessoas que sobretudo têm uma grande paixão por aquilo que fazem, um grande amor à camisola. Não somos só ato-res, nós somos amadores e

temos de fazer um pouco de tudo. Tudo isso mostra o nosso grande amor pela arte”. Esta paixão releva-se também nos restantes elementos, como é o caso do Encenador – Pedro Agudo – que revela como se sente na associação onde se envolveu desde os 16 anos: “Sinto-me neste grupo como um peixe na água, faço parte dele há 32 anos. Este grupo foi marcante e ainda hoje o é a ní-vel distrital e até a nível nacio-nal, em termos de teatro ama-dor. Temos pautado por man-ter uma qualidade nos nossos espetáculos.” Este encenador sente que aquele palco lhe pertence.

Pedro Marques, de 29 anos, é ator amador do grupo do Sardoal e vê este projeto como um grupo de amigos que transmite uma grande importância histórica para o Sardoal.

O Grupo de teatro regressa ao palco Gil Vicente, no Sar-doal, em fevereiro, com a peça “Mosqueta”. A 6 de De-zembro haverá uma exposi-ção com fatos utilizados pelo grupo.

Alexandra Silvaestudante de Comunicação Social

da ESTA

GETAS CELEBRA 32 ANOS

Amadores que fazem teatro por amor à arte

O fi lme de animação “Or-chis Mirabilis”, “Maravilho-sas Orquídeas”, recebeu a Menção Honrosa atribuída pelo CINENIMA’14 na com-petição e na categoria do concurso.

Na sua estreia mundial, “Orchis Mirabilis”, produ-zido pela secção de cinema da Associação de Desen-volvimento Cultural Palha de Abrantes, Espalhafitas, foi selecionado para a com-petição Nacional do CINA-NIMA’14, na categoria Jo-vem Cineasta Português, conseguindo ser a esco-lhida entre 1328 filmes a concurso.

Segundo a nota de im-prensa, trata-se de mais

uma distinção a juntar aos muitos prémios e louvores nacionais e internacionais feitos à produção cinema-tográfica realizada na As-sociação Palha de Abran-tes, com crianças e jovens da região.

A curta-metragem da jo-vem realizadora Mónica Batista, “Teares”, uma pro-dução da Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes, foi uma das poucas obras selecio-nadas para a ‘Competição Portuguesa Curtas-Met-ragens’.

A sua estreia mundial deu-se no passado dia 21 de outubro, no decorrer da 12ª edição do DocLis-boa, Festival Internacional de Cinema, um dos mais importantes festivais inter-

nacionais de cinema docu-mental.

Segundo a nota de im-prensa, o documentário que Mónica Batista reali-zou dá a conhecer duas re-alidades distintas: a Barra-gem de Castelo de Bode, cuja construção começou em 1945, e a atividade de tecedeiras, nascidas na dé-cada em que se iniciou as obras da barragem, na ba-cia do rio Zêzere.

Idealizado nos finais de 2011 no seio da Sociedade Artística Tramagalense (SAT), em Tramagal, o pro-jeto “Viver a Música” já deu cerca de duas dezenas de espetáculos nos palcos da região, dando corpo a um projeto que se apresenta como de música ao vivo/va-riedades e entretenimento

Composto por 15 elemen-tos, o “Viver a Música” tem levado ao palco os mais va-riados temas musicais, re-presentativos de um “tema”. Em 2012, o tema foi a mú-sica dos “Anos 60”, no ano seguinte os “Anos 70” e este ano “A Volta ao Mundo em 25 Canções”, um espetáculo que alia a música, multimé-dia e representação.

António José Santos, vice

presidente da SAT e coorde-nador do “Viver a Música”, disse ao JA que o novo es-petáculo, cujo tema ainda “está no segredo dos deu-ses”, vai ser estreado na primavera de 2015. Até lá, continuam a aceitar convi-tes para darem “A Volta ao Mundo em 25 Canções”.

MRF

Jovem cineasta abrantina recebe Menção Honrosa

Curta-metragem de Mónica Batista tem estreia mundial

Projeto “Viver a Música” com novo espetáculo em 2015

A Biblioteca Municipal António Botto, em Abran-tes, recebeu Paulo Falcão Tavares, natural de Alfer-rarede, para apresentar o livro “O Real Convento de S. Domingos de Abrantes, Nossa Senhora da Conso-lação”.

A obra é dedicada ao convento e a quem lá vi-veu e deixou história ao longo de quatro séculos. Neste livro, dedicado à Or-dem dos Dominicanos na Europa, mas principalmen-te na cidade de Abrantes, Paulo Falcão Tavares abor-da importantes questões de cariz religioso e descre-ve biografi camente cente-nas de religiosos que pas-

saram pelo Convento de S. Domingos.

A apresentação que acon-teceu no passado dia 17 de novembro, pelas 18h30, contou com a presença do Padre Prior Provincial da Ordem de S. Domingos de Portugal, Pedro da Cruz Fernandes.

JMC

Obra sobre o convento de São Domingos foi apresentada em Abrantes

A Banda Filarmónica Alve-guense (BFA) assinalou em novembro o XX Festival de Bandas Filarmónicas, com o maestro Francisco Lamarosa na batuta da formação de jo-vens através de uma escola de música, de frequência gra-tuita, monitorizada pelo sec-cionista Joaquim Ferreira.

João Moutinho, presidente da direção da BFA, disse ao JA que os registos mais an-tigos da fundação da banda remontam a 1 de janeiro de 1936, com a designação de “Banda da União Desportiva

e Recreativa da Casa do Povo de Alvega”, embora existam testemunhos de pessoas mais antigas que indicam a sua existência muito antes dos anos de 1900.

As suas mais atuações de-correram em novembro, no cineteatro São Pedro, em Abrantes, e no 3º Desfi le de Bandas Filarmónicas, em Lis-boa, que contou com trans-missão em direto pela RTP1, no âmbito das comemora-ções do 1º Dezembro.

MRF

Banda Filarmónica de Alvega assinala 20 anos de Festivais

Em cada peça que estreia, o grupo tem sala cheia duas ou três vezes seguidas

Sand

ra E

unic

e R

eis

• Livro de Paulo Falcão Tavares descreve biografi camente centenas de religiosos

Sand

ra E

unic

e R

eis

Page 21: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

21DEZEMBRO 2014 DIVULGAÇÃO

As doenças oncológicas têm cada vez mais relevo na saúde mundial, acarre-tando uma elevada morbili-dade (doença), mortalidade (mortes) e também eleva-dos custos no seu diagnós-tico e tratamento. O cancro do cólon e reto assume um dos papéis principais devi-do ao crescente número de casos e mortes. Afeta tanto o homem como a mulher e surge principalmente a par-tir dos 50 anos.

Pessoas com história de doença inflamatória no in-testino, dieta pobre em fi-bras, rica em gorduras, vida sedentária, obesidade e an-tecedentes familiares da do-ença, têm um risco aumen-tado de contrair cancro do cólon e reto.

A maioria destes cancros desenvolvem-se a partir de lesões benignas no intestino grosso ou cólon, conhecidas como adenomas ou pólipos

adenomatosos, que evo-luem para malignidade. Esta evolução ocorre geralmente sem sintomas. Alguns sinais de alerta são: alteração per-sistente dos hábitos intesti-nais como o aparecimento de prisão de ventre ou diar-reia, ou uma alternância das duas; perda de sangue pelo ânus ou misturado nas fe-zes, ou fezes muito escuras; sensação de que o intestino não esvazia completamente; cansaço, dor forte ou des-conforto abdominal, sem ex-plicação aparente, nestes ca-sos não hesite, procure o seu médico.

A implementação de pro-gramas de rastreio e a rea-lização de exames comple-mentares ao rastreio permi-tem uma deteção precoce e evitar a doença, nomeada-mente através da remoção de lesões pré-malignas.

Um dos exames indicado para fazer rastreio é a pes-

quisa de sangue oculto nas fezes, é um teste simples que pretende identificar a existência de sangue nas fe-zes. O resultado de um teste positivo implica a realização de colonoscopia - observa-ção do intestino utilizando um tubo fi no e fl exível com uma luz na ponta, o endos-cópio.

A prevenção do cancro do cólon e reto também pas-sa por adotar estilos de vida saudáveis, como a alimen-tação equilibrada e o exer-cício físico regular, mas não nos podemos esquecer que existem riscos que não po-demos controlar. Após os 50 anos faça rastreio do cancro do intestino, fale com o seu médico.

Previna-se, pode salvar a sua vida.

Paula Custódio e Paula Gil – Enfermeiras, Unidade de

Saúde Pública

A Curta-metragem de Sara Santos, aluna do cur-so de Vídeo e Cinema Do-cumental (VCD) da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), recebeu uma “Menção Hon-rosa” na competição Prémio Meo de Melhor Curta-me-tragem do Lisbon & Estoril Film Fest.

Gonçalo Velho, diretor des-te curso, destaca que o reco-nhecimento “é bom mas ain-da não estamos contentes,

queremos sempre mais”. E acrescenta: “O fi lme da Sara representa algo muito im-portante para a Escola por-que talvez seja o fi lme mais completo, mais estruturado e mais inteligente que se produziu até agora” na ESTA.

“Este prémio no Estoril faz parte de uma estratégia de reconhecimento do traba-lho que foi feito pela Sara e este processo abrirá por-tas para a futura distribuição do fi lme noutros festivais e, muito provavelmente, para

depois poder circular em sa-las de cinema”, isto porque “os fi lmes fazem-se para se-rem vistos”.

A licenciatura em VCD con-seguiu, recentemente, fi nan-ciamento por parte do Insti-tuto do Cinema e Audiovisual (ICA). Gonçalo Velho remata: “Bons fi lmes trazem prémios, prémios trazem reconheci-mento e o reconhecimento traz fi nanciamento.”

Sérgio Aleluia, estudante de Comunicação Social da ESTA

Saúde aos 50 anos!“Bons fi lmes trazem prémios”

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Page 22: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

22 DEZEMBRO 2014CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

AbrantesAté 15 de dezembro – Exposição “8000 anos a transformar o barro. Cerâmicas do MIAA” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo, de terça a domingo das 9h às 13h e das 14h às 18h Até 3 de janeiro de 2015 – Exposição “Realidades e Mitos”, pintura de Joaquim de Carvalho – Biblioteca Municipal António Botto Até 3 de Janeiro de 2015 – Exposição bibliográfi ca de José Alberto Marques – Biblioteca Municipal António Botto5 de dezembro – Concerto de João Guiomar, apresentação do disco “Fados D’alma” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 4€6 de dezembro – Teatro de marionetas “Portucale” – Cineteatro São Pedro, 10h – 1€6, 7, 13 de dezembro – Música no Centro Histórico de Abrantes com Universidades da Terceira Idade do Concelho, às 15h 8 de dezembro a 8 de janeiro de 2015 – Exposição de Presépios pelos alunos de Educação Visual e Educação Moral e Religiosa Católica da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes - Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes de segunda a sexta, das 17h às 21h3012 de dezembro – Concerto de Sophia, digressão de “Amor à segunda vista” – Cineteatro São Pedro, 21h30 13 de dezembro a 23 de janeiro de 2015 – Galeria Aberta, pintura de artistas locais – QuARTel, Galeria Municipal de Arte19 de dezembro – Conversa com Mickael Knoch sobre formas básicas da angústia – Sr. Chiado, 21h3021 de dezembro – Concerto de Natal com o Orfeão de Abrantes – Igreja de S. Vicente, 17h31 de dezembro – Passagem de Ano com Dj´s – Praça Barão da Batalha, das 22h às 5h

Cinema – Cineteatro São Pedro, 21h30 – Org. Espalhafi tas:10 de dezembro – “Dreamcracy” de Raquel Freire e Valéria Mitteaux17 de dezembro – “O Dia Mais Curto” – Seleção de curtas do Festival de Vila do Conde

Constância Até 31 de dezembro – Exposição “Desenhos na prisão”, desenhos de Álvaro Cunhal – Biblioteca Alexandre O´NeillAté 31 de dezembro – Comemoração dos 20 anos da Biblioteca Alexandre O´Neill - Biblioteca Alexandre O´Neill

MaçãoAté 7 de janeiro de 2015 – Exposição “Presépios em espaço público”Até 30 de dezembro – Expo-Venda de Natal, artesanato concelhio - Praça Gago Coutinho Até 31 de dezembro – Exposição itinerante “A Assembleia da República – Breve história do Parlamentarismo Português” – Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira

Sardoal Até 7 de dezembro - Exposição de fotografi a “Centro Cultural – 10 anos” – Centro Cultural Gil VicenteA partir de 6 de dezembro – Exposição alusiva ao Teatro do GETAS – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente12 de dezembro – Encontro com o escritor Pedro Chagas Freitas – Centro Cultural Gil Vicente, 21h3017 de dezembro a 2 de janeiro de 2015 – Iniciativa “Doce Natal” – Biblioteca Municipal de Sardoal, das 14h30 às 16h3020 de dezembro – Teatro “A Carochinha, o Urso Dorminhoco & Companhia” pelo Veto Teatro Ofi cina de Santarém – Centro Cultural Gil Vicente, 16h21 de dezembro – Cinema – Seleção retirada do Festival de Curtas de Vila do Conde – Centro Cultural Gil Vicente, 16h

Vila de ReiAté 31 de dezembro – Exposição de pintura “Ofícios tradicionais” de Alves Dias – Museu Municipal de Vila de Rei Até 7 de janeiro de 2015 – Centro Livro Natal, venda de livros – Biblioteca Municipal José Cardoso PiresAté 7 de janeiro de 2015 – Venda de Natal, exposição de trabalhos realizados pelos utentes da Fundação João e Fernanda Garcia – Biblioteca Municipal José Cardoso PiresA partir de 1 de dezembro – Exposição do VIII Concurso de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da BarquinhaAté 11 de janeiro – Exposição “Confi dencial/Desclassifi cado: Missa Campal”, fotografi a de Manuel Botelho – Galeria do Parque

AGENDA DO MÊS

A cantora Sophia vai apresentar o dis-co “Amor à Segunda Vista” no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, dia 12 de de-zembro, pelas 21h30. A artista, natural de Leiria, compôs um disco com várias infl uências da cultura lusófona, sendo a autoria dos poemas que canta de João Monge, Alexandre O´Neill, David Mou-rão-Ferreira, Sérgio Godinho, AC Firmi-no, entre tantos outros poetas. Em con-versa com o Jornal de Abrantes a can-tora revelou que a sua ligação à cidade “já tem muitos anos, porque cantei em Abrantes e, por isso mesmo, posso dizer que muitos dos que me ouviram cantar, começaram por ser meus fãs e hoje são meus amigos. Foi uma ligação que fi cou e que espero recordar no dia 12 de de-zembro no Cine Teatro São Pedro”.

Sophia gravou o seu primeiro traba-lho discográfico “Pensa Positivo” em 2001, tendo feito as primeiras partes de concertos de Rui Veloso e Nuno Guer-

reiro. Em 2003 foi nomeada para melhor voz, na categoria de intérprete indivi-dual, nos Globos de Ouro. Durante dez anos a cantora integrou vários projetos musicais nunca deixando de procurar a sua própria identidade. Em 2013 su-biu mais um patamar na carreira musi-cal, gravando o disco “Amor à Segunda Vista”, reservando o ano de 2014 para percorrer o país com uma digressão em auditórios. Segundo Sophia, o con-certo em Abrantes será “bastante eclé-tico”, levando “o público a sentir como

se estivesse a fazer uma viagem pelo mundo, passando por vários países, como o Brasil, Argentina ou Cabo Verde.Acima de tudo quero seja uma viagem de emoções”, conclui.

A cantora sobe ao palco do Cinetea-tro São Pedro acompanhada por Pedro Soares (guitarra acústica), Nuno Louro (piano/teclados), Ricardo Dikk (baixo) e Rui Reis (bateria). Os bilhetes podem ser comprados no Posto de Turismo de Abrantes ou na bilheteira do Cineteatro no dia do espetáculo.

Encontro com o escritor Pedro Chagas Freitas em Sardoal

Cantora Sophia apresenta “Amor à Segunda Vista” em Abrantes

O Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, recebe no próximo dia 12 de dezembro, às 21h30, o escritor Pedro Chagas Freitas. “Pro-meto Falhar”, o seu mais recente livro, editado em Abril de 2014, aborda o amor sob várias perspetivas: o amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo fi lho, do fi -lho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que des-cobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta.

Jornalista, redator, publicitário e guionista,

Pedro Chagas Freitas, que no seu sítio da in-ternet se defi ne como “um palerma”, já es-creveu mais de 150 obras de todos os gé-neros, das quais já publicou 21, tais como “Eu Sou Deus” (Chiado Editora, 2012), “Ou é Tudo ou Não Vale Nada” (Chiado Editora, 2012), “In Sexus Veritas” (Chiado Editora, 2013).

Aos 35 anos, Pedro Chagas Freitas é um dos autores mais lidos em Portugal, es-tando a obra “Prometo Falhar” há vários meses entre os livros mais vendidos.

Page 23: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes

23DEZEMBRO 2014 PUBLICIDADE

CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO

CONSULTAS

FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro

GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL

Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA

Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros,

Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq.- 2200-235 ABRANTESTelef. 241 371 715 - Fax 241 371 715 - [email protected]

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

BOSCH SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS PEGOP

HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00)

PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

CARTÓRIO NOTARIAL DA LIC. LUCINDA DO ROSÁRIO BERNARDO MARTINS GRAVATA

Alameda Bonifácio Lázaro Lozano, n.º 3 piso 2 –A, Oeiras

Certifi co para efeitos de publicação que, por escritura de JUSTIFICAÇÃO, outorgada hoje, nesta Cartório, lavrada a folhas 89, do livro de notas 401-E, JOÃO MARIA PERDIGÃO e mulher MARIA VIRGINIA DO ROSÁRIO CASEIRO PERDIGÃO, casados no regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Mário Dionísio, 3, 1.º esq. Moinhos da Funcheira. Mina de Água, Amadora, justifi caram ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, destinado a habitação, composto de um piso com 5 divisões, com área total e coberta de 27m2, sito em Várzea da Portela, união das freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com João Maria Perdigão, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz da referida união de freguesias sob o artigo 67 (que teve origem no artigo 122 da extinta freguesia de Aldeia do Mato), o qual foi adjudicado ao justifi cante marido em partilha verbal a que procedeu com os demais interessados, na herança aberta por óbito de seu avô, Manuel António Perdigão, realizada no ano de 1984, em dia que não podem precisar. Que, daquele prédio não têm os justifi cantes titulo formal de aquisição, encontrando-se na posse do mesmo prédio desde a data da referida partilha, ou seja, há mais de 20 anos, posse que sempre exerceram sem oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, publica, pacifi ca e contínua e do consenso que o imóvel lhes pertence, por praticarem todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, pelo que adquiriram por usucapião, não tendo assim documentos que lhes permitam fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme o original.Oeiras, 27 de Novembro de 2014

A NotariaLucinda Gravata

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

CONSTRUÇÕES RECONSTRUÇÕES - REMODELAÇÕES ORÇAMENTOS GRÁTIS Aceitamos permutas

Morada: R. de Angola, nº 35 - 2205-674 Tramagal - AbrantesTel. 241 890 330 - Fax: 241 890 333 - Tm: 91 499 27 19

Email: [email protected] - www.abrancop.pt

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

Page 24: Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

jornaldeabrantes