jornal de abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de Provas de gastronomia em restaurantes da região Ao longo de março e de abril, produtos de quatro concelhos podem ser provados ou simplesmente novamente apreciados. Em Abrantes, há prova de azeites, assim como em Vila de Rei acontece o 6º Festival do Bacalhau e do Azeite. Vila Nova da Barquinha apresenta a 19ª edição do Mês do Sável e da Lampreia e Mação também aposta no Festival da Lampreia. páginas 8 e 10 Medalhas para os Patos em prova internacional Miguel Trigo, Francisca Laia e António Trigo, atletas do Clube Os Patos, arrecadaram medalhas numa competição internacional de canoagem. A prova contou com a presença de cerca de 600 canoístas, incluindo diversos campeões Olímpicos, Mundiais e Europeus. O clube foi representado por mais de 20 atletas, desde cadetes a veteranos. página 23 GASTRONOMIA DESPORTO O atletismo e o artesanato regressam às Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Constância. A tradicional procissão de barcos continua a ser o momento alto e as ruas vão encher-se de flores de croché. E a festa prossegue, com várias atrações, incluindo fogo de artifício e artistas como Ana Laíns e Amor Electro. página 17 Procissão de barcos volta a colorir os rios MARÇO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5505 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO Foto: Francisco Rocha Semana Santa em Sardoal, a fé, a tradição e a cultura Com a eletricidade da rede pública desligada, a Procissão dos Fogaréus, na Quinta-feira Santa, dá início às cerimónias da Semana Santa. Até Domingo de Páscoa acontecem outras grandiosas procissões e rituais litúrgicos. Animação de rua e flores nas capelas são apenas mais dois motivos para ir ao Sardoal nesta altura. página 11 O ESTAJornal, jornal laboratório dos alunos de Comunicação Social da ESTA, já vai na 30ª edição. E continua a ser distribuído com o Jornal de Abrantes, para chegar mais longe. ESTA jornal nesta edição EST T A A j j l

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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Page 1: Jornal de Abrantes

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

Provas de gastronomiaem restaurantes da regiãoAo longo de março e de abril, produtos de quatro concelhos podem ser provados ou simplesmente novamente apreciados. Em Abrantes, há prova de azeites, assim como em Vila de Rei acontece o 6º Festival do Bacalhau e do Azeite. Vila Nova da Barquinha apresenta a 19ª edição do Mês do Sável e da Lampreia e Mação também aposta no Festival da Lampreia. páginas 8 e 10

Medalhas para os Patosem prova internacionalMiguel Trigo, Francisca Laia e António Trigo, atletas do Clube Os Patos, arrecadaram medalhas numa competição internacional de canoagem. A prova contou com a presença de cerca de 600 canoístas, incluindo diversos campeões Olímpicos, Mundiais e Europeus. O clube foi representado por mais de 20 atletas, desde cadetes a veteranos. página 23

GASTRONOMIA

DESPORTO

O atletismo e o artesanato regressam às Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Constância. A tradicional procissão de barcos continua a ser o momento alto e as ruas vão encher-se de fl ores de croché. E a festa prossegue, com várias atrações, incluindo fogo de artifício e artistas como Ana Laíns e Amor Electro. página 17

Procissão de barcos volta a colorir os rios

MARÇO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5505 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

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Semana Santa em Sardoal, a fé, a tradição e a culturaCom a eletricidade da rede pública desligada, a Procissão dos Fogaréus, na Quinta-feira Santa, dá início às cerimónias da Semana Santa. Até Domingo de Páscoa acontecem

outras grandiosas procissões e rituais litúrgicos. Animação de rua e fl ores nas capelas são apenas mais dois motivos para ir ao Sardoal nesta altura. página 11

O ESTAJornal, jornal laboratório dos alunos de Comunicação Social da ESTA, já vai na 30ª edição. E continua a ser distribuído com o Jornal de Abrantes, para chegar mais longe.

ESTA jornal nesta ediçãoESTTAA jj l

Page 2: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

2 MARÇO 2013ABERTURA

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

EditoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

[email protected]

RedaçãoRicardo Alves

(CP. 9685)[email protected]

Alves JanaAndré Lopes

Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 785 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

ImpressãoGrafedisport, S.A.

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia

jornal abrantesde

Qual é a sua opinião sobre o facto de o Papa Bento XVI ter renunciado?

Ana DiasTramagal

Acho que teve a atitude mais cor-reta já que se “alguém” não se sentir capaz de exercer a sua função seja por que “motivo” for terá de renun-ciar essa mesma função.

Quantos mais vierem, melhor

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

Este é um mês repleto de tradições e de festividades. Religião, gastronomia, artesanato, desporto, teatro e música estão por todo o lado, de Sardoal a Constância, de Vila de Rei a Vila Nova da Barquinha, passando por Mação e Abrantes. Não há desculpas para não sair de casa. Mesmo em tempo de contenções (por parte dos organizadores, mas também por parte dos visitantes), certamente que valerá a pena aceitar as propostas que são feitas.

Os momentos de fé e devoção atingem neste mês o seu auge. Mas as festas que nos rodeiam são também marcadas por espetáculos que atraem o público jovem: artistas nacionais estão por cá, mas os valores da região também têm, naturalmente, os seus palcos. Por tudo isto, mais do que usufruir de programas intensos de atividades, este é também um excelente momento para convidar amigos de fora.

O turismo é o impulso que todos procuram. Na verdade, os territórios precisam cada vez mais de potenciar tudo o que têm de bom, não só para preservar tradições e para promover gente da terra, mas também para criar fatores de atração. O passa-palavra continua a ser uma das melhores formas para trazer visitantes. Usemos o que está ao nosso alcance. E as novas tecnologias podem ser uma ótima forma de convidar quem está longe para cá vir.

HÁLIA COSTA SANTOS

Lurdes GonçalvesCrucifixo

Creio que Bento XVI anunciou uma renúncia muito ponderada e consciente, mas é justa. Devido à sua idade já avançada, o Papa me-rece passar os últimos anos descan-sado. Acredito também que os pro-blemas de saúde ou o cansaço se-jam uma “desculpa” e uma forma de dizer que algo na Igreja não está bem.

Vera VicenteAbrantes

Acho natural que qualquer pes-soa que não se sente em condições para exercer as funções que lhe são esperadas possa abdicar. Achei uma atitude sensata. A Igreja tem que se adaptar aos tempos moder-nos e a atitude do Papa é um sinal de que a Igreja está a modifi car as suas questões ideológicas e estru-turais.

UMA POVOAÇÃO Óbidos

UM CAFÉ Em Abrantes o Chave d’Ouro

PRATO PREFERIDO Sardinha as-sada

UM RECANTO PARA DESCOBRIR As zonas ribeirinhas do rio Tejo, o AquaPolis

UM DISCO Vários do Frank Sinatra, um verdadeiro monstro da música

UM FILME “E Tudo o Vento Levou”

UMA VIAGEM Paris, é uma terra di-ferente e lindíssima

UMA FIGURA DA HISTÓRIA (E PORQUÊ) Mário Soares, porque muito fez contra a ditadura, sempre a favor da democracia

UM MOMENTO MARCANTE Quando fui eleito deputado da As-sembleia Constituinte

UM PROVÉRBIO “Sê amigo do pior mamífero – o homem!”

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um al-moço no AquaPolis sobre o rio Tejo e um jantar no Parque Urbano de São Lourenço em harmonia com a natureza

UM SONHO Ver os meus dois netos crescer

SUGESTÕES

Manuel Dias

IDADE 82 anosRESIDÊNCIA AbrantesPROFISSÃO Reformado

O Centro Escolar de Rio de Moinhos, Abrantes, está em funcionamento há meses. A Associação de Pais e a Junta de Freguesia queixaram-se várias vezes dos acessos, uma vez que a estrada estava num estado deplorável. Finalmente, as obras fi zeram-se.

Ric

ardo

Alv

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jornaldeabrantes

3MARÇO 2013 ENTREVISTA

“O rap é um espelho daquilo que acontece na vida”

Ricardo Constantino, conhecido no mundo do rap como Vipe Mc, passou parte da sua vida no Ca-cém mas voltou às origens. É por cá que trabalha, escreve e com-põe as suas músicas. Foi no Sar-doal, numa tarde de inverno so-larenga, que nos falou um pouco acerca do seu percurso no hip-hop, dos seus trabalhos e de no-vos projetos.

Ao entrar no mundo do hip-hop começou na vertente do grafi tti e posteriormente passou para o rap. Pode contar-nos um pouco acerca do início do seu percurso?

Eu faço rap há cerca de dez anos e comecei no grafi tti praticamente dois anos antes de começar a cantar. Quando digo grafi tti (acho que é por onde todos começam), eram todos os amigos da nossa rua que agar-ravam nas latas de spray (na altura eram graxa para os sapatos) e to-das as caixas de eletricidade, postes ou caixotes do lixo eram tagados. A partir daí, passámos para as latas de

spray para pintar carros, aquelas que se compram no supermercado. Tudo começou aí e o amor por aquilo que fui fazendo foi crescendo. Comecei a pintar a parede, quis aperfeiçoar e comecei a especializar-me: a sa-ber o que comprar, no que traba-lhar e a fazer mais projetos no papel para posteriormente passar para a parede. Foi nessa altura que passei para a vertente MC (Mestre de Ceri-mónias) também com o meu grupo de amigos. Dávamo-nos a conhe-cer por ali, na nossa rua. Foi precisa-mente aí que começou o meu amor pelo hip-hop.

O rap é muitas vezes criticado e muitos associam-no à delinquên-cia. Qual é a sua opinião acerca dessas críticas?

Em primeiro lugar, creio que o rap é um espelho daquilo que acon-tece na vida, ou seja, se uma pessoa cresce num bairro e a sua vida é ro-deada de delinquência e margina-lidade, se a vida o empurrou para isso, é sobre isso que escreve, com

esse tipo de temas. Na minha opi-nião, o rap depende, basicamente, do sítio de onde vens e principal-mente da pessoa que és até àquele determinado momento. Tal como disse, o rap é o espelho de quem és e cada um é na sua vida aquilo que é nas suas músicas, ou pelo menos é assim que deveria ser.

Relativamente ao rap em Portu-gal e particularmente na zona de Abrantes e Sardoal, acha que tem havido alguma evolução nos últi-mos anos?

Sim. Não só nesta zona, mas em to-das as zonas do país. Na última dé-cada surgiu um boom no hip-hop em Portugal. Muitos dos que vieram por ser uma moda acabaram por ganhar gosto pelo que fazem, esp-ecializaram-se, passaram a ser cada vez melhores e isso leva sempre à evolução. Temos excelentes grupos, desde Torres Novas, toda a zona de Abrantes até Leiria. Todos os grandes centros habitacionais têm bons MCs, bons rappers e bons estúdios onde se trabalha muito.

É fácil fazer concertos aqui?Sinto que é mais fácil fazer concer-

tos fora dos grandes aglomerados, nas grandes zonas urbanas torna-se um pouco difícil oferecerem palcos a quem quer mostrar o seu traba-lho, não sei se pelo estereótipo que todos têm em relação ao hip-hop. Se formos mais para o interior do país, torna-se muito mais fácil con-seguir arranjar locais onde se possa mostrar o trabalho feito. Aqui, não me posso queixar, existem muitas pessoas que perguntam se quero dar concertos ou se conheço pes-soas dispostas a atuar. Há sempre movimento a ser feito.

Normalmente é entre amigos?

Não só. Por vezes, atua-se num lo-cal e aparece alguém de outro bar que gosta do concerto, a palavra passa e há sempre bares e locais à procura de noites de animação e concertos aos melhores preços.

Tem cinco mixtapes (compilação de canções) concluídas, as pri-meiras “As sessões do livro ne-gro” vol. I e II e a última “Fuck Nor-ris”. Fale-nos um pouco acerca de-las.

A primeira nasceu pelo facto de querer passar para a escrita um pouco do meu lado negativo, de-pois as pessoas criaram uma ima-gem de mim que resolvi aprovei-tar no que diz respeito ao meu lado negro nas músicas. A segunda foi trabalhada durante mais tempo, com várias participações de MCs de norte a sul do país. Foi um tra-balho que demorou um ano e meio a ser concluído e foi a continuação do que tinha feito anteriormente. Houve talvez um amadurecimento em termos de escrita e de sonori-dade, com mais refrões. Entretanto, enquanto estava a preparar esses projetos, fi z mais três mixtapes, que funcionaram com músicas soltas que vou fazendo. Como não con-sigo estar muito tempo parado, o computador vai ficando cheio de canções que não são utilizadas. En-tão, agarro nelas, dou-lhe um senti-mento que corresponda a um todo e trabalho um nome para uma nova mixtape. Tenho as “Páginas Rasga-das” e o “Livro Enterrado” que foram músicas que não foram utilizadas em nenhum dos CDs, compilei-as todas e dei-lhes vida.

A “Fuck Norris” é um exemplo da-quilo que vou fazer daqui para a frente. Irei agarrar em nomes da nossa história mundial fazer sons moldados na personalidade da pes-

soa que escolho.

Existe algum projeto ou alguém com quem gostasses de trabalhar vir a trabalhar no futuro?

Relativamente a MCs, não tenho aqueles cânones pré-estabelecidos de que só canto com uma pessoa porque ela tem um certo grau de in-fl uência em torno da nossa cultura. Todos os trabalhos que me chegam e que vejo que são bons, que o MC ama a música e aquilo que faz, está obviamente habilitado a vir traba-lhar comigo. Independentemente de quem seja, de onde seja, do seu credo e raça, existe essa possibili-dade, desde que leve a sério o que tenta mostrar às pessoas. Nunca penso em MCs com quem gostaria de trabalhar pois só o futuro o dirá, mas tendo em conta que não gosto de estar parado, estou sempre com novos projetos.

A próxima mixtape será “As ses-sões do livro negro” vol.3. Escolhi o pirata barba negra e irei trabalhar em torno dele. Irei colocar-me na sua pele e criarei uma estória da pri-meira à última faixas. Será baseado no mar e na pirataria. Além de poe-sia, terá narração em que toda a mi-nha equipa terá um papel prepon-derante. De faixa para faixa irá haver sempre um enquadramento para que o ouvinte consiga perceber o que a música lhe vai transmitir a se-guir. Isto passa pela personifi cação de locais e de ambientes que nos circundam; cidades piratas, bares dentro dessas mesmas cidades, lu-tas no mar, tesouros descobertos, amor e traição. Já estou a trabalhar há meses e é o projeto que demo-rará mais tempo a ser terminado porque terá que sair perfeito.

Bárbara Gomesaluna de Comunicação Social da ESTA

• Ricardo Constantino: “Não gosto de estar parado, estou sempre com novos projetos”

RAPPER VIPE MC FALA SOBRE A SUA CARREIRA E SOBRE OS SEUS PROJETOS MUSICAIS

Bár

bara

Gom

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4 MARÇO 2013INVESTIGAÇÃO

ALEGADAS IRREGULARIDADES EXPLICADAS POR DUAS FONTES PRÓXIMAS DO PROCESSO

O Ministério Público de Abrantes está a investigar duas denúncias de fraude efetuadas ao Ministério da Saúde e à Segurança Social relativas à gestão do cónego José da Graça. Em causa es-tão instituições sob a sua tu-tela: a comunidade terapêu-tica João Guilherme, um cen-tro de desintoxicação ligado ao Centro Interparoquial de Abrantes e os apartamentos de reinserção de toxicode-pendentes e alcoólicos em Abrantes, Castelo Branco e Ponte-de-Sôr.

A propósito das denúncias de fraude que vieram a pú-blico há cerca de um mês, uma fonte próxima do pro-cesso denunciou ao Jornal de Abrantes (JA) que “a po-lítica é fazer dinheiro”. Dá como exemplo os aparta-mentos de reinserção que te-rão sido usados para triplicar os dividendos com os mes-mos utentes.

Em 2001 uma fiscalização do então denominado Ser-viço de Prevenção e Trata-mento da Toxicodependên-cia ditou que a gestão dos

apartamentos deveria devol-ver 65.358,98 euros recebi-dos, supostamente, de forma indevida. A fonte, que prefe-riu não se identificar, conta que o cónego José da Graça terá exigido que os ex-utent-es “fossem contactados para assegurar que não estavam numa outra instituição” pro-tocolada com o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), evitando assim quais-quer irregularidades no cru-zamento de dados.

A mesma fonte explica que, com o referido con-tacto a ex-utentes, foi pos-sível manter nas listas de-zenas de utentes-fantasma, “alguns deles detidos em es-tabelecimentos prisionais”. Mas a alegada fraude agora investigada aponta outras situações. “O importante é fazer o processo, para ir nas listas e ser pago.” A fonte adianta que a Comunidade Terapêutica (CE) fazia pro-cessos de alcoólicos e toxi-codependentes, “mas a par-tir do momento em que o IDT incluiu os alcoólicos e estes passaram a ter de fa-

zer diagnóstico no Centro de Atendimento de Toxicode-pendentes, começou a cent-rar-se nos toxicodependen-tes porque os outros já não interessavam”. Para além do facto de “os alcoólicos terem processos de seis meses ao passo que nos toxicodepen-dentes passaram para 12”.

Ao JA a fonte explicou ainda que para além das cobranças

indevidas, “idosos, sem-ab-rigo, defi cientes, presidiários, doentes mentais e alcoólicos eram considerados toxicode-pendentes e eram iniciados processos”. Estas e outras ale-gadas manobras de duplica-ção, e em alguns casos tripli-cação, do recebimento das subvenções estatais foram confirmadas ao JA por uma outra fonte.

“Condições de higiene degradantes”

Um outro problema iden-tifi cado por ambas as fontes diz respeito a uma suposta falta de pessoal: “quatro a tempo inteiro e três ou qua-tro que aparecem lá de vez em quando”. Uma das fon-tes contactadas pelo JA ga-rante que o pessoal é pouco para as muitas camas da CE, levando a “condições de hi-giene degradantes em que por vezes é quase impossível entrar nos quartos”.

A denúncia feita ao Minis-tério da Saúde e à Segurança Social, a que o JA teve acesso, dá conta da inexistência de um «médico ou enfermeiro a tempo inteiro na CE» e que a «vinheta que obrigatoria-mente consta de cada pro-cesso de admissão é de um gastrenterologista já aposen-tado» que deixa quinzenal-mente «processos assinados para serem utilizados pelos terapeutas». A mesma de-núncia adverte que os uten-tes não são observados antes de serem admitidos.

A segunda fonte conta um

episódio que terá aconte-cido há “três ou quatro anos” e que, na sua opinião, ilus-tra defi ciências na gestão dos recursos humanos: “No Na-tal e fi m de ano, a equipa te-rapêutica deu a chave dos medicamentos a um utente toxicodependente acabado de chegar e responsabili-zou-o para dar a medicação. Em três, quatro dias tomou a medicação toda, sofreu uma overdose e esteve em coma quase um mês no hospital.” Tudo porque, explica, os fun-cionários não queriam lá pas-sar as festividades, mas “foi tudo abafado”.

Ambas as fontes entrevis-tadas pelo JA pediram ano-nimato. O JA tentou, ao longo de vários dias, obter uma reação do principal vi-sado destas acusações, quer pessoalmente quer através de diversos contactos tele-fónicos. No entanto, até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer um con-tacto com o Cónego José da Graça.

Ricardo Alves

Instituições de recuperação de toxicodependentes sob suspeita

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243 579 296 . 938 879 [email protected]

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Page 5: Jornal de Abrantes

jornaldeabrantes

5MARÇO 2013

A Fez!

A janela Tagus PVC no conforto

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A janela Tagus PVC na arquitetura

Janelas Tagus PVC apresentam vantagens para a arquitetura, na reconstrução do património histórico das nossas cidades

Abrantes está a aderir em força ao F.E.E., pois as janelas efi cientes são o garante deste sucesso

A família Fiuza Lopes reconheceu que foi dos melhores in-vestimentos que realizaram na sua residência, pois benefi -ciaram francamente do conforto e da segurança.

“...em termos de ruído não conseguimos perceber se há mais ou menos tráfego na av. 25 de Abril.”

“...em termos de segurança, basta manusear esta janela para se verifi car que se está na presença de algo forte e consistente, e de elevada difi culdade de abrir pelo exterior.”

“...em termos de conforto veja-se pelo termómetro, num dia frio como o de hoje, a temperatura que está no interior da nossa casa sem qualquer tipo de aquecimento.”

Zona Industrial, Lote 19 - 2250-273 Montalvo - Constância - Portugal | T: 00351 249 739 440 F: 00351 249 739 448 W: http://www.taguspvc.pt E: [email protected]

A arquitetura é conside-rada a arte e o domínio do belo, considero que esta arte, pode ser en-tendida como um tecido dinâmico em constante atualização e em sinto-nia com os desejos do Homem.

A presença do arqui-teto na conceção de um ambiente revela-se pela beleza, harmonia, con-forto e plasticidade do edifi cio.

Fez-se um desafio a um grupo de arquitetos para que, num edifício de traça classificada, dife-renciassem caixilhos de madeira e as janelas Ta-gus pvc. A conclusão foi de que não havia qual-quer diferença.

Assim sendo, deixamos um repto aos leitores, que nos apontem as res-petivas diferenças: [email protected]

A Tagus pvc, Engenha-ria e Sistemas de Polí-meros iniciou a atividade em 1997. É a empresa pioneira a trabalhar ja-nelas em PVC. Desde então, vem alertando e esclarecendo o quanto é sério e importante estar-mos prevenidos relati-vamente aos temas am-bientais de hoje. O PVC está presente nos mais importantes e sensíveis setores da sociedade mundial e contribui não apenas para a saúde das pessoas, mas tam-bém para o bem-estar do planeta, uma vez que é 100% reciclável.

Perante a nova cons-ciência ambiental é exi-gido uma postura mais atuante e participativa com uma posição ecolo-gicamente correta e ba-seada em metodologias

científi cas. Esta refl ete-se na, habitação, em economia de energia, conservação de recur-sos naturais. A janela Tagus pvc atende aos requisitos básicos do desenvolvimento sus-tentável! Pois a cadeia produtiva do PVC adota esta linha de atuação ba-seada em estudos técn-ico-científicos atualiza-das em pleno consenso com as normas euro-peias. Sendo assim, o PVC é um material dife-renciado e possui exce-lente avaliação em es-tudos de ACV (Análise do Ciclo de Vida) onde se conclui que o PVC não causa mais impac-tos ambientais que os seus concorrentes.

Álvaro J. G. M. LinoEng. Têxtil - UBI

Janelas Tagus pvc eram o futuro, são agora o presente

A Faz!

A Arquitetura e o Património

Page 6: Jornal de Abrantes

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6 MARÇO 2013SAÚDE

DEPUTADO DO PCP ESTEVE DE VISITA AO HOSPITAL DE ABRANTES

António Filipe, deputado do PCP na Assembleia da República eleito pelo distrito de Santarém, visitou o serviço de Urgência da Unidade Hospitalar de Abrantes, no passado dia 25 de fevereiro. As difi culdades sentidas pelos utentes no acesso ao serviço de saúde do Centro Hos-pitalar do Médio Tejo (CHMT) fo-ram o motivo que trouxe António Filipe à unidade de Abrantes, acom-panhado pela administração do CHMT.

Aos jornalistas, o deputado do PCP destacou como principais problemas do CHMT a falta de mé-dicos de família (que tem levado cada vez mais utentes ao serviço de urgência no Hospital de Abran-tes), a falta de recursos fi nanceiros e de transportes (que leva a popu-lação a não recorrer aos cuidados de saúde de que necessita), os fre-quentes abandonos de tratamen-tos e a escassez de pessoal mé-dico no centro hospitalar.

Outra preocupação destacada por António Filipe é facto de os utentes de Vila de Rei, Gavião e Ponto de Sôr recorrerem ao Hos-pital de Abrantes face à proximi-dade que têm com a unidade, mas o financiamento não vai para o CHMT. “Esta falta de coordenação é uma preocupação manifestada por parte da administração e, as-sim sendo, vamos questionar o Ministério da Saúde sobre esta falta de transferência de verbas”, garantiu o deputado.

Questionado sobre as sucessivas reorganizações de que o CHMT tem sido alvo, António Filipe disse que tem acompanhado o pro-cesso e acrescentou que é notó-ria uma clara pressão do Governo

para que estas medidas se concre-tizem. Face a isto, o deputado do PCP explicou que “o nosso papel foi passar os descontentamentos que a população está a sentir à ad-ministração do CHMT”.

António Filipe referiu ainda que o estado em que se encontra o serviço nacional de saúde se deve ao subfi nanciamento para as uni-dades hospitalares, aos vários cor-tes que têm reduzido a qualidade na prestação de serviços, ao au-mento das taxas moderadoras e à lei dos compromissos que tem asfi xiado este serviço “tão neces-sário” no país.

Novas reorganizações podem estar em cima da mesa

Podem estar em cima da mesa novas mudanças no Centro Hos-pitalar do Médio Tejo. Desta vez pode estar em causa a transfe-rência da especialidade de Otor-rino do Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar, para o Hospital de Santarém.

A perda desta valência ainda não foi confi rmada ofi cialmente pela administração do Centro Hospita-lar, mas segundo uma fonte da ad-ministração “está tudo em aberto”. Manuel Soares, o presidente da Comissão de Utentes de Saúde do Médio Tejo, lamentou, em declara-ções à Antena Livre, o facto de se estar às portas de uma nova mu-dança e de ainda não haver con-versações. “Todas estas questões parecem ser feitas ao sabor de algumas conveniências. Nós de-fendemos um plano estratégico que possa projetar o que se pre-tende para as populações ao nível dos cuidados de saúde. O que co-nhecemos é uma redução fi nan-ceira de forma a reduzir o défi ce do Centro Hospitalar, o que nos deixa perplexos! Pois os hospitais devem ser medidos em ganhos em saúde e em qualidade de vida e não por ganhos fi nanceiros.”

Manuel Soares disse que proxi-midade deve ser sinónimo de qua-lidade e que isso não está aconte-

cer nos serviços hospitalares dos três hospitais.

“É mais que evidente que os três hospitais têm perdido imenso e a qualidade da saúde está cada vez pior. Não se pode dizer que há qualidade quando certos utentes não têm capacidade para chegar aos serviços em tempo útil, nem para realizarem os tratamentos em condições ou serem acompa-nhados pelos familiares caso fi-quem hospitalizados.”

Torres Novas perde Medicina Interna

O presidente da Comissão de Utentes referiu ainda que o facto desta possível alteração estar em “aberto” é muito preocupante e pode implicar outras alterações prejudiciais para a qualidade de saúde no Médio Tejo. “O que é realmente preocupante é o con-selho de administração dizer que está tudo em aberto. Assim sendo, pode estar tudo em causa inclu-sive o encerramento de mais va-

lências”, remata o representante dos utentes.

O serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Médio Tejo vai ser centralizado no Hospital de Abran-tes, deixando de ser uma das valên-cias da unidade de Torres Novas.

Manuel Soares, critica a atuação dos responsáveis: “Este Governo e o conselho de administração do CHMT estão a tornar o acesso à saúde mais longe e mais caro. Cada vez que há uma avaliação da troika ao país, há uma nova mu-dança no Centro Hospitalar.”

Manuel Soares referiu ainda que a Comissão de Utentes está a ten-tar realizar uma reunião com con-selho consultivo do centro hospi-talar “tão breve quanto possível”, para debater as possíveis e suces-sivas reorganizações, mas ainda não foi avançada qualquer data. “A reunião já foi solicitada em ja-neiro, o mês de fevereiro terminou e nem há uma convocação feita”.

Joana Margarida Carvalho

António Filipe destaca vários problemas ao nível da saúde no Médio Tejo

Page 7: Jornal de Abrantes

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7MARÇO 2013 ECONOMIA LOCAL 7

MÉDIO TEJO

O centro cultural de Vila Nova da Barquinha foi o palco de apresentação do “Roteiro Mais Centro”, uma iniciativa da Comissão de Coordenação de Desenvol-vimento Regional do Centro (CCDRC) destinada à promo-ção turística de toda a região do Médio Tejo. Este roteiro mostra e dá a conhecer um conjunto de empreendi-mentos que foram fi nancia-dos através de fundos co-munitários, a partir do pro-grama Mais Centro, aplicado pela CCDRC.

Exemplos de alguns espa-ços turísticos que se podem encontrar neste roteiro são: o Castelo de Abrantes e o Castelo de Torres Novas, o Museu Nacional Ferroviário no Entroncamento, o Con-vento de Cristo em Tomar, o AquaPolis em Abrantes, en-tre outros espaços de inte-resse turístico.

Pedro Saraiva, presidente da CCDRC, explicou as potencialidades deste ro-teiro turístico: “Este docu-mento tem um programa para um fi m-de-semana de puro passeio e visita, para que quem procura esta re-gião fique bem informado das potencialidades turísti-cas de cada concelho. São 15 pontos de interesse com

um mapa informativo, dis-tribuídos por Abrantes, Al-cananena, Constância, En-troncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sar-doal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.”

Pedro Saraiva explicou ainda que através do pro-grama Mais Centro estão a ser aplicados 1.700 milhões na região do Médio Tejo, em vários projetos, alguns de-les que podem ser encon-trados no novo roteiro tu-rístico.

Miguel Pombeiro, presi-dente da Câmara Munici-pal de Vila Nova da Barqui-nha explicou a importân-cia do roteiro para os vários concelhos do Médio Tejo, nomeadamente para a Bar-quinha, bem como exal-tou o interesse dos fundos comunitários para a con-cretização de vários proje-tos de dinamização cultu-ral e turística: “O roteiro é uma forma atrativa de dar a conhecer investimentos no âmbito do QREN, apro-xima o cidadão dos inves-timentos e da importância dos fundos comunitários para a região. Quanto mais pequeno é um município mais vital é a existência de financiamento comunitá-rio, como é o caso da Bar-

quinha.”António Rodrigues, presi-

dente da Comunidade In-termunicipal do Médio Tejo, também marcou presença na cerimónia. Referiu a mu-dança de paradigma que diz respeito às Comunidades Intermunicipais (CIM`s), afi r-mando que as CIM`s neste próximo quadro comunitá-rio de 2014 “vão ter um pa-pel mais relevante e impor-tante do que as próprias au-tarquias”. Acrescentou que “hoje vivemos uma época de coesão territorial, onde o comum cidadão português não está a acompanhar esta mudança, que centra gran-des responsabilidades nas CIM`s, no que diz respeito à gestão dos apoios comuni-tários a serem aplicados nas regiões”.

Após a apresentação do novo roteiro, foi realizada uma visita ao Parque de Es-cultura Contemporânea do Almourol e ao Centro Inte-grado de Educação e Ciên-cia (CIEC), dois equipamen-tos também presentes no documento turístico.

O Roteiro Mais Centro pode ser encontrado em versão papel ou em versão online em www.maiscentro.qren.pt/roteiro .

Joana Margarida Carvalho

Novo Roteiro para a dinamização turística

• Novo mapa informativo da região foi apresentado em Vila Nova da Barquinha

Empresas de Abrantes distinguidas a nível nacional

Num universo de mais de 8000 empresas, Abrantes vê reconhecido o empreen-dorismo dos seus empresá-rios. O prémio PME’S Líder 2012 distinguiu quatro em-presas sediadas no conce-lho: Sofalca, Momsteelpor, Gásunidos e C.P.P.

O Estatuto PME Líder foi criado em Portugal em 1975, pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Mé-dias Empresas e à Inovação (IAPMEI) para distinguir o mérito das PME (Pequenas e Médias Empresas) nacio-nais com desempenhos superiores. Trata-se de um reconhecimento feito em parceria com o Turismo de Portugal e o conjunto de Bancos parceiros, tendo

por base as melhores nota-ções de ‘rating’ e indicado-res económico-fi nanceiros.

Esta iniciativa tem como objetivo conferir notorie-dade e otimizar as condi-ções de fi nanciamento das empresas com superior perfi l de risco e que prossi-gam estratégias de cresci-mento e de reforço da sua base competitiva.

O Estatuto tem associado um conjunto de benefícios, como o acesso em melho-res condições a produtos financeiros e a uma rede de serviços, a facilitação na relação com a banca e um certificado de qualidade para as empresas na sua relação com o mercado.

As empresas abranti-

nas distinguidas com este prémio atuam em setores diversos: a C. P. P. Comér-cio de Produtos Petrolífe-ros, Lda. faz comércio por grosso de produtos quími-cos; a Gásunidos - Comér-cio de Gás e Equipamentos, Lda. é agente de comércio por grosso de combustí-veis, minérios, metais e de produtos químicos para a indústria; a Momsteelpor, S.A. é fabricante de estru-turas de construções metá-licas; a Sofalca - Sociedade Central de Produtos de Cortiça, Lda. fabrica pro-dutos de cortiça, estando também a apostar no setor do design.

Francisco Rocha

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8 MARÇO 2013FESTAS, FEIRAS E FESTIVAIS

Vila Nova da Barquinha apresenta a 19.ª edição con-secutiva do Mês do Sável e da Lampreia. Entre 23 de feve-reiro e 31 de março, sete res-taurantes do concelho criam menus com pratos confecio-nados à base dos peixes do rio. Para além do esperado re-pasto, quem se deslocar aos restaurantes vai ter a opor-tunidade de ganhar entra-das para visitar o Castelo de Almourol, numa viagem de barco até ao monumento nacional, uma oferta decor-rente deste Mês do Sável e da Lampreia.

Fernando Freire, vereador na Câmara Municipal, re-fere este evento como uma oportunidade para o conce-lho e para o setor da restau-ração: “Felizmente, devido à abundância de água no rio, os peixes deixam a foz e so-bem para montante. E este evento, objetivamente, numa altura de crise instalada, cria riqueza. É um papel da autar-quia promover este tipo de eventos.”

Para o vereador, esta é tam-bém uma oportunidade de dar a conhecer os equipa-mentos do concelho, nomea-

damente o Parque de Escul-turas Contemporâneas Al-mourol. “Vai fazer um ano em julho e é uma referência em termos nacionais”. No fundo, trata-se de uma oportuni-dade para “passar bons mo-mentos no nosso território, com ligação à gastronomia e cultura e quem trouxer os fi lhos pode também ir até ao Centro Integrado de Educa-ção e Ciência e ligar-se à ciên-cia”.

Iguarias como Açorda de Sável e Arroz de Lampreia são alguns dos exemplos do que o visitante pode en-

contrar nesta mostra gas-tronómica, num concelho banhado pelos rios Zêzere, Nabão e Tejo, com forte liga-ção às tradições piscatórias, e gastronomia portuguesa que remonta aos princípios da nacionalidade.

Os restaurantes aderen-tes a este Mês do Sável e da Lampreia são ‘A Carroça’ (Li-meiras), ‘Almourol’ (Tancos), ‘O Chico’ (Praia do Ribatejo), ‘Palmeira’ (Barquinha), ‘Sol-tejo’ (Barquinha), ‘Stop’ (Ata-laia) e ‘Tasquinha da Adélia’ (Barquinha).

Ricardo Alves

Numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Ma-ção e do setor da restaura-ção local, decorre, de 23 de fevereiro a 14 de abril, o Fes-tival da Lampreia, este ano num período mais alargado de tempo.

Esta iniciativa conta natu-ralmente com o apoio da Câ-mara Municipal e com a com-participação de verbas do PRODER e do programa Por-tugal Rural, cujos objetivos principais são a promoção do comércio local e desenvolvi-mento regional.

Saldanha Rocha, presidente da Câmara Municipal de Ma-ção, explica que “os objetivos deste Festival passam pela divulgação das potencialida-des gastronómicas de Mação, que tem na lampreia, no mel, nos doces e no azeite alguns dos seus pontos fortes, o que leva, todos os anos, a que a

vila seja expressamente vi-sitada por pessoas que bus-cam as delícias de uma boa refeição à qual poderão jun-tar um bom presunto ou um bom vinho da região”.

O sucesso do ano passado teve refl exo no crescente nú-mero de restaurantes que aderiram espontaneamente a este Festival, que assim sobe para um total de dez. Os

restaurantes aderentes estão distribuídos por todas as fre-guesias do concelho numa tentativa, não só, de poten-ciar as qualidades da cozinha regional, mas também como

uma lufada de ar fresco no combate à crise que afeta o setor da restauração.

Os preços variam de restau-rante para restaurante. A edi-lidade distribuiu um folheto

alusivo ao Festival no qual os potenciais interessados vão poder saber onde e quando poderão desfrutar destas e de outras iguarias regionais.

Esta ideia surge como coro-lário do Livro “À mesa com Ma-ção”, que pretende ser a Carta Gastronómica da região. “Aqui são referidas um conjunto de receitas que fazem parte dum património cultural inestimá-vel de Mação que importa de-fender preservar”, salienta o presidente.

Saldanha Rocha referiu, ainda, no seguimento deste Festival, um outro conjunto de iniciativas cujos objetivos “passam igualmente pela di-vulgação de produtos regio-nais e que servirão de mote para os festivais do mel e dos arrozes”, cujas datas serão oportunamente divulgadas.

Francisco Rocha

Barquinha: Mês do Sável e da Lampreia

Festival da Lampreia em Mação

• Saldanha Rocha diz que a iniciativa pretende divulgar potencialidades do concelho

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9MARÇO 2013 FESTAS, FEIRAS E FESTIVAIS

O dia frio apela a umas cas-tanhas à porta do Tecnopólo de Abrantes, local escolhido para receber a Feira de S. Matias. O cheiro a pão com chouriço mesclado com mú-sicas do Tony Carreira convi-dam a entrar.

O Sr. Marques, que veio de Lisboa visitar a família, apro-veitou para levar a esposa e as netas à Feira, mas optou por fi car à porta. “Não gosto muito de confusão” – explica o reformado, que não se as-susta caso a esposa gaste mais do que o orçamento permitido para a ocasião. “Graças a Deus, temos uma boa reforma.”

Ao lado do Sr. Marques surge uma nuvem de fumo com um cheiro delicioso, vindo de uma barraca com os fornos abertos. Vai sair mais uma rodada do famoso Pão

com Chouriço. D. Georgina, a vendedora, interrompe a conversa para alertar umas meninas que passam: “ ’Ólhó’ pão ‘co chourice’ acabadinho de sair, anda buscar”.

O apelo não é suficiente-mente forte, até porque as meninas estão mais interessa-das em algo diferente. É que, em frente, a barraca de tiro ao alvo da D. Maria parece ser uma das maiores atrações da Feira. Vários grupos de jovens tentam a sorte, atraídos pelos vistosos peluches como pré-mio. Um rapaz lá consegue oferecer uma banana rasta-fári tamanho XXL a uma des-sas meninas, ganhando um beijo na bochecha.

Marília e Vera, jovens com pouco mais de 20 anos, vie-ram propositadamente à Feira para comprar uns can-deeiros, mas este ano a “se-

nhora dos candeeiros” não está presente. Em frente a uma barraca que vende pa-nelas, as duas jovens cruzam-se com um casal já mais ve-lho. D. Carlota e Sr. Matias re-solveram sair num encontro

romântico pela Feira. Longe dos olhares indiscretos, dão a mão enquanto confessam ter saudades da Feira ser no centro de Abrantes. “Não be-neficia em nada, fica deslo-cado e tem menos barracas”,

diz D. Carlota enquanto troca um sorriso de nostalgia com o companheiro.

Apressada vem Rita Alves, à espera que os filhos aca-bem a volta de carrocel para poderem ir embora. A jo-

vem mãe abrantina diz que anualmente marca presença na Feira e que não se importa minimamente com o que gasta. Quanto ao local, está muito satisfeita, pois tem mais lugares para estacionar.

Enquanto o barulho do fi-nal das voltas do carrocel atrai novos clientes, vários donos de pequenas barra-cas juntam-se para ‘bater’ uma sueca numa mesa im-provisada. Não há muito movimento num dia de se-mana. Vão ganhando forças e paciência para enfrentar a grande afluência que se es-pera no fi m de semana. Do-mingo, 17 de março, será a despedida. Só voltarão a en-contrar as gentes de Abran-tes no próximo ano.

Fernando Silvaaluno de Comunicação Social da ESTA

Abrantes foi uma terra com azeites durante quatro dias. O II Encontro Ibérico chegou à cidade. Especialistas de vários pontos do país debateram, durante dois dias, num simpósio técnico, as mais variadas temáticas sobre as potencialidades do azeite. A antiga rodoviária recebeu um fórum do azeite, um espaço com vídeos sobre os azeites da região, um lugar de cosmética bastante solicitado, um bar com petiscos e uma loja da TAGUS com os vários produtos regionais. Para além de animação musical, os visitantes puderam participar em sessões de showcooking e workshops (prova de azeites e sabonetes de azeite). JMC

“Ólhó pão co chourice”

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FEIRA DE S. MATIAS, EM ALFERRAREDE

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• A feira que atrai gente de todas as idades

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10 MARÇO 2013FESTAS, FEIRAS E FESTIVAIS

Seis azeites produzidos do Ribatejo Interior vão estar em 15 estabelecimentos de restauração da região, numa ação promovida pela TAGUS – Associação para o Desenvol-vimento Integrado do Riba-tejo Interior. Até ao dia 30 de abril, azeites virgens extra de seis produtores (Cabeço das Nogueiras - SAOV, Casa Ana-dia DOP, Gallo Azeite Novo 2012.13 - Victor Guedes), Ou-rogal DOP, Val Escudeiro e Zé Bairrão) vão poder ser pro-vados nos restaurantes ade-rentes. Para além da prova de azeites, será disponibilizada uma carta de azeites que per-mitirá conhecer as caracterís-ticas de cada um dos produ-tos. O objetivo é “promover e valorizar estes excelentes produtos do Ribatejo Interior junto dos restaurantes, para

que estes espaços os usem na confeção e tempero dos seus pratos e os recomendem aos seus clientes”, refere o técnico coordenador da TAGUS. “Não só durante a ação, mas per-manentemente”, salienta Pe-dro Saraiva, técnico coorde-nador da TAGUS.

Esta iniciativa conta com o apoio da abordagem LEADER, do Programa de Desenvolvi-mento Rural (ProDeR) e acon-tecerá nos espaços: A Cascata, Central Park, Cervejaria Aqua-polis, Esplanada Pézinhos no Rio, D. José Pinhão, Hotel Se-gredos Vale Manso, Hotel Tu-rismo de Abrantes, Quatro Ta-lhas, Quinta D´ Oliveiras, Refei-tório Quinhentista da Quinta de Santa Bárbara, Remédio D’Alma, Sabores da Cascata, Santa Isabel, Trincanela by São Lourenço e Vera Cruz.

O Mercado “Os Quintais nas Praças do Pinhal” chega a Vila de Rei no próximo dia 10 de março, numa inicia-tiva organizada pela Pinhal Maior em colaboração com os municípios de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.

O certame, que irá decor-rer no Parque de Feiras de Vila de Rei entre as 10h00 e as 18h00, pretende que os pequenos produtores da zona do Pinhal possam ven-der os seus produtos em mercados periódicos, a rea-lizar em cada um dos cinco concelhos, permitindo o es-coamento dos seus exce-dentes agrícolas. São espe-rados em Vila de Rei cerca

de 60 expositores, onde se incluem comerciantes de produtos agrícolas, artesa-nato, cosmética natural e pequenos produtores licen-ciados de produtos tradi-cionais.

Está garantida a animação durante todo o evento, atra-vés da participação de vários grupos musicais, de dança e de cantares da zona Centro do país: Grupo de Concer-tinas da Casa do Benfi ca de Vila de Rei, Grupo de Canta-res “A Bela Serrana”, Rancho Folclórico e Recreativo do Clube Bonjardim, Rancho Folclórico e Etnográfi co de Oleiros, Grupo de Cantares da Serra e Rancho “Os Resi-neiros de Corgas”.

Os melhores pratos con-fecionados com bacalhau e azeite vão voltar a preencher as ementas vilarregenses na época Pascal, através da rea-lização do 6º Festival Gas-tronómico do Bacalhau e do Azeite de Vila de Rei, entre os dias 16 e 24 de março.

Organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, o certame contará com a par-ticipação de cinco restauran-

tes do concelho (Albergaria D. Dinis, Churrasqueira Cen-tral, O Cantinho do Petisco, O Cobra e O Paraíso do Zê-zere) que, à semelhança dos anos anteriores, esperam re-ceber milhares de visitantes à procura destas iguarias. Para além dos pratos de bacalhau e azeite, a edição deste ano do Festival vai possibilitar que os visitantes saboreiem, como entrada, uma outra tra-

dicional receita do concelho: o Queijo de Cabeça de Porco.

Durante os dois fi ns de se-mana do 6º Festival Gastro-nómico do Bacalhau e do Azeite, os restaurantes ade-rentes vão ainda oferecer animação musical aos seus clientes, que estará a cargo do Grupo de Cantares “A Bela Serrana”, Grupo de Concerti-nas da Casa do Benfi ca de Vila de Rei e Villa d’el Rei Tuna.

Para Paulo César, vereador do pelouro do Turismo, “de-pois do sucesso alcançado nas anteriores edições do Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite, espe-ramos, uma vez mais, valori-zar o património gastronó-mico do nosso concelho, ao mesmo tempo que conse-guimos promover a quali-dade dos restaurantes vilar-regenses.”

“Os Quintais nas Praças do Pinhal” em Vila de Rei

Queijo de Cabeça de Porco junta-se ao bacalhau e ao azeite

SANTA CASA DA MISERICORDIA DE ABRANTESRUA DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA - 2200-416 ABRANTES

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERALDe acordo com o n.º 1 do Art.º 30.º do Compromisso, CONVOCO os Irmãos

desta Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, para Reunião Ordinária da Assembleia Geral, que se realiza, Sábado, dia 16 de Março de 2013, pelas 14H00, no Auditório do Setor Cultural do LAR – HOSPITAL D. LEONOR PA-LER CARRERA DE VIEGAS.

ORDEM DE TRABALHOS

1.º - Apreciação e votação do relatório e contas do exercício de 2012;

2.º- Análise e votação de proposta da Mesa Administrativa para alienação de prédios urbanos;

3.º - Análise e votação de proposta da Mesa Administrativa de Irmãos Ben-feitores;

4.º - Período de 30 (trinta) minutos para se tratar de qualquer assunto que a Assembleia considere de interesse para a vida da Instituição;

Se à hora marcada não houver número de Irmãos sufi cientes para a Assem-bleia funcionar, (mais de 50%), a mesma, terá lugar uma hora depois (15 ho-ras), com qualquer número de Irmãos, de acordo com o estatuído no n.º 2 do Art.º 28 do Compromisso da Irmandade.

Abrantes, 26 de Fevereiro de 2013O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERALDr. Humberto Pires Lopes

Qual a finalidade dos certificados de Cambridge?O Instituto de Línguas do Centro convida todas as pessoas interessadas em compreender a finalidade destes exames, bem como a obter respostas a esta pergunta e quaisquer outras

questões que queiram colocar.

Local: Edifício Pirâmide Data e hora: 8 de março às 20h30

Oradora: Dra. Ângela Pereira (representante da Universidade de Cambridge em Portugal)

Teremos todo o gosto em vos receber.

Prova de azeites em restaurantes para promover a região

Page 11: Jornal de Abrantes

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11MARÇO 2013 ESPECIAL SARDOAL

PROGRAMA DA SEMANA SANTA

Do meio da imensa negri-tude, entre as sombras do breu e os recortes fuscos do velho casario, eis que surge o cortejo de vultos, em passo lento e cadenciado, transpor-tando o Fogo que dizem ser de Fé, que os ilumina, aquece e purifica. Caminham as al-mas em respeitoso silêncio, apenas se ouvindo os passos no chão e os acordes dolen-tes da marcha triste entoada pela centenária filarmónica. Até faz arrepiar…

Em cada rosto que passa, descobre-se um perfil tos-camente denunciado pela fraca e trémula chama das velas, candeias e archotes. Como se na noite preta se abrissem postigos por onde espreitam os afectos. Por uns instantes, parece que o Sardoal parou. Do fundo dos tempos emergem memórias ancestrais que ligam os que vão, àqueles que assistem nas margens do trilho mís-tico… e a serpente de luz vai-se afastando, deixando, outra vez, o vazio da noite escura…

Este é o ambiente da Pro-cissão dos Fogaréus, na noite de Quinta-feira Santa,

a qual é feita com a electri-cidade da rede pública des-ligada nas principais arté-rias da vila. Assim se inicia o período da Semana Santa em Sardoal, até Domingo de

Páscoa, com outras grandio-sas Procissões e rituais litúr-gicos. Nas Igrejas e Capelas já estão expostos os magní-ficos arranjos com flores e verduras naturais numa su-

prema e sublime manifes-tação de arte e criatividade popular.

Pelos ares das ruas e praças esvoaçam as fragâncias dos dias diferentes. Notam-se

outros olhares, outros ges-tos e falas. Quer se acredite, ou não, nos sortilégios di-vinos, as pessoas aproxim-am-se entre si. Fazem a festa. Transformam as coisas do es-

pírito no palpável das emo-ções terrenas. É o esplendor do Sardoal a cumprir as tra-dições das suas gentes!...

Mário Jorge Sousa

Sardoal vai estar em festa entre os dias 17 a 31 março. As cerimónias religiosas já bastante tradicionais têm representado uma atração aos muitos visitantes que se deslocam à vila durante os dias da Semana Santa.

O programa religioso vai iniciar-se no sábado dia 16 março, às 10h00, com a rea-lização da Reconciliação e Ofício pelos Defuntos e às 12h00 celebra-se a Eucaris-tia. No dia seguinte, a vila recebe a Procissão dos Pas-sos que vai acontecer pelas 15h00. Já no domingo, dia 24 de março, a procissão dos Ramos marca o fi gurino do certame pelas 15h00. A tra-dicional e intimista Procissão dos Fogaréus chega à vila no dia 28 de março pelas 21h30.

Neste dia ainda, acontece a cerimónia do Lava-pés e Trasladação às 19h00.

Na sexta-feira santa, dia 29

março, Sardoal recebe pe-las 17h00 a Celebração da Paixão do Senhor e Ado-ração da Cruz. Já às 18h30

realiza-se a procissão do En-terro do Senhor. No sábado santo acontece, às 21h00, uma Vigília Pascal, a Bên-

ção da Água, a Bênção do Lume Novo, a Renovação das Promessas do Batismo e a Ressureição do Senhor. O domingo de Páscoa é cele-brado com uma missa pas-cal e com a procissão da Ressureição do Senhor.

Cultura e outras atraçõesO Centro Cultural Gil Vi-

cente vai receber uma ex-posição coletiva de pintura do Movimento de Arte Con-temporânea. Esta mostra vai estar patente de 23 de março a 25 de maio, com um horário a consultar.

No dia 30 de março, os GE-TAS promovem um passeio pedestre denominado “Pa-trimónio de Fé”, com início marcado para as 8h00. Este grupo vai também marcar

as festividades com vários momentos teatrais de rua. No sábado dia 30, às 11h00, os GETAS recriam um Mer-cado da Época e às15h00 encenam a recriação ao vivo do percurso de Jesus Cristo a caminho do calvário. No mesmo dia, pelas 22h00, o Centro Cultural Gil Vicente recebe a peça teatral “O Mor-gado de Fafe em Lisboa”.

A tradicional venda de amêndoas volta a aconte-cer no Átrio da Casa Grande, nos dias 17, 24, 28, 29, 30 e 31 de março. Esta iniciativa é efetuada há 13 anos con-secutivos e, em cada ano, é convidado um comerciante do concelho para a respe-tiva venda.

JMC

O esplendor místico do Sardoal

Sardoal atrai milhares de devotos

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Paul

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12 MARÇO 2013ESPECIAL SARDOAL

“Não há uma crise de fé nos jovens”Como é que o Sardoal está a pre-parar mais uma Semana Santa?

Há um conjunto de atividades previstas. Os GETAS estão empe-nhados em fazer a recriação da “Paixão de Cristo”, no dia 30 de março, uma iniciativa que tem sido um verdadeiro sucesso. O grupo teatral tem tido a preocupação de a melhorar, em cada ano que passa, são umas dezenas de pes-soas envolvidas no teatro de rua. No mesmo dia, haverá uma outra peça teatral que é o “Morgado de Fafe em Lisboa” promovida pelos GETAS. Patente no Centro Cultural Gil Vicente vai estar uma exposição coletiva de pintura e a já tradicio-nal venda de amêndoas vai rep-etir-se. As capelas enfeitadas vão marcar novamente o figurino do certame, é uma verdadeira atração para os visitantes, devido ao traba-lho executado, que é lindíssimo.

Vai haver algum momento alto?Os momentos altos são todas as

cerimónias religiosas, como por exemplo a procissão dos fogaréus, muito característica do nosso con-celho. A procissão dos Passos e dos Ramos são outros momentos a des-tacar durante o evento, Semana Santa.

Alguma contenção está prevista para esta Semana Santa?

A nossa contenção tem sido feita há vários anos, não só na Semana Santa mas em tudo. A redução da dívida do município em 2012 foi bastante significativa, houve uma redução de 1 milhão e 300 mil eu-ros. Isto deveu-se a uma gestão cui-dadosa. O que vamos fazer este ano é repetir esta postura. Para este evento não vamos ultrapassar os 2 mil euros.

O que é que a autarquia de Sar-doal tem feito para atrair os visi-tantes de fora?

São cerimónias com grande im-pacto regional, mas que não dei-xam de contar com outros visi-tantes de vários pontos do país. Vêm sobretudo para participar nos vários momentos, mas tam-bém para conhecer o nosso riquís-simo património religioso. Temos feito uma divulgação através dos meios de comunicação, no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, da TAGUS, entre outras entidades. Certo é que esta Semana Santa é essencialmente uma semana da família, há muitos

familiares que se encontram e que vêm ao concelho de Sardoal.

Outras festas religiosas têm sen-tido uma diminuição de públicos jovens. Esta é uma tendência que preocupa o Sardoal? Com as nor-mais quebras geracionais neste tipo de festividades não será ne-cessário reformular o fi gurino deste certame daqui por anos?

Não concordo com estas ideias. Os jovens de Sardoal participam bas-tante na Semana Santa, com empe-nho e fé. Por exemplo, as capelas são enfeitadas sobretudo pela popula-ção mais nova. Não há uma crise de fé nos jovens. Neste momento de grandes difi culdades, a tendência é contrária, as pessoas e igualmente os jovens refugiam-se na fé. Creio que a procura será cada vez maior e acredito que os jovens vão conti-nuar a participar na Semana Santa de Sardoal com a mesma dedica-ção. Mais do que uma questão de fé, nestas cerimónias está implícita uma questão cultural e patrimonial. Esta noção é muito importante e é necessário que seja compreendida por todos os jovens.

O que é que estão a fazer em ter-mos de investimentos?

As nossas energias têm-se cen-trado na área social e na educa-

ção. Vamos muito em breve come-çar com as obras no Externato de Santa Isabel, um edifício emble-mático. É uma obra que vai arran-car dentro de dias. Já começámos com a requalifi cação da entrada da vila, temos outro projeto em curso na ordem dos 250 mil euros que está associado à prevenção e pro-teção fl orestal, temos vários profi s-sionais no terreno a limpar a nossa mata e com resultados já visíveis no ano passado: no último verão não houve praticamente registo de in-cêndios no concelho. Há um pro-jeto que para nós pioneiro, que é a requalifi cação do Parque Escolar, a requalifi cação da Escola Dr. Maria Judite Serrão Andrade e a constru-ção de um novo pavilhão que sirva a escola e que seja municipal. Esta-mos em negociações com o Minis-tério da Educação para levar esta situação a bom porto. No âmbito social, estamos apoiar cerca de 60 famílias. Devido ao aumento do de-semprego, o número tem vindo a crescer de uma forma preocupante. É necessário que haja outro tipo de soluções que passem pelo Governo central, é uma situação muito com-plicada.

Como está o sector empresarial do concelho?

Está como está o país, nós não so-

mos exceção. Alguns vão conse-guindo sobreviver, outras não. O nosso trabalho tem sido estar ao lado destes empresários. É claro que as nossas limitações são grandes, tal como as deles. Há situações preocu-pantes, por exemplo a difi culdade de recorrerem à banca.

E a nível cultural?Estamos muito bem, tivemos mais

de 10 mil utilizadores no ano pas-sado no Centro Cultural Gil Vicente. O Centro Cultural começa a imp-or-se como um equipamento re-gional, cada vez mais procurado e com várias atrações. Por exemplo, somos dos poucos com cinema de qualidade, temos vários espetácu-los de dança e musicais, exposições frequentes e, por último, abrimos a porta a grupos amadores que co-meçam no Sardoal o seu percurso artístico.

Que olhar faz pelo “Roteiro Mais Centro”, iniciativa da CCDRC?

Não é um roteiro turístico da nossa região. É um roteiro onde apenas está incluído as obras no âmbito dos apoios Mais Centro ao nível tu-rístico. A Semana Santa é algo que para nós é uma atração turística e não consta daquele documento. Penso que a escolha do nome do roteiro não foi a mais feliz e não é de

todo um documento que espelhe a potencialidade turística da região, pois é muito condicionado.

Como vê o facto de as Comunida-des Intermunicipais assumirem cada vez mais poder e autono-mia? Não será isto sinónimo de perda de poder municipal?

As autarquias vão continuar a ter um papel fundamental na área da educação, da ação social, da saúde. As políticas de proximidade vão continuar a ser das autarquias, con-tudo é certo que estamos a cami-nhar cada vez mais para uma ló-gica regional. Cada concelho tem as suas mais-valias e o importante é percebermos que não devemos de repetir valências, mas contribuir para uma região mais forte e com grande potencial.

Em termos de projetos, o que fi -cou para trás, o que fi ca para este novo mandato caso ganhe as au-tárquicas?

Tenho muita pena de não ter ido mais além na requalifi cação do Par-que Escolar. Quanto ao próximo mandato é necessário continuar a investir na área social, no contacto direto com as populações.

Joana Margarida Carvalho

• A Semana Santa é essencialmente uma semana da família

MIGUEL BORGES, VICE PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SARDOAL

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Page 13: Jornal de Abrantes

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13MARÇO 2013 ESPECIAL SARDOAL

A Santa Casa da Misericórdia de Sardoal tem a sua origem em insti-tuições similares e a sua criação re-monta ao século XIV. Esta institui-ção “não podia, ainda que de forma discreta, deixar de se associar às celebrações da Semana Santa do Sardoal”, como salienta o provedor Anacleto Batista.

A Procissão do Senhor da Miseri-córdia (ou dos Fogaréus), na noite de Quinta-feira Santa, efetuada à luz de velas e archotes, a Procissão do Enterro, na Sexta-feira Santa, e a Procissão da Ressurreição, no Do-mingo de Páscoa, são algumas das iniciativas promovidas, este ano, pela Câmara Municipal do Sardoal em colaboração com diversas As-sociações culturais e recreativas da vila, para celebrar a Semana Santa.

No entanto, é a decoração do chão das Capelas e Igrejas do Sardoal, com tapetes feitos à base de péta-las de fl ores e verduras naturais, que é a principal atração turística para quem visita a vila de Sardoal, para

assistir às celebrações da Semana Santa que, assim, adquire uma vi-vência especial nestes dias.

A procissão do Senhor da Miseri-córdia/Fogaréus é organizada pela

Irmandade da Santa Casa da Mise-ricórdia de Sardoal e realiza-se na Quinta-feira Santa. Sai da Igreja da Misericórdia em direção à Igreja de Santa Maria da Caridade, situada no

Largo do Convento, passando pe-las ruas da vila todas iluminadas por velas e archotes.

Anacleto Batista, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Sar-

doal, desde 1989, lembra que “nada disto teria sido possível sem a co-laboração de muitos voluntários que tornam possível a realização destas atividades”. Este responsá-vel destaca “o empenhamento da comunidade no adorno das Igre-jas da Misericórdia e do Convento de Santa Maria da Caridade, assim como das Capelas de S. Sebastião, Espírito Santo, Nossa Senhora do Carmo, Santa Catarina, Sant’Ana e do Senhor dos Remédios”.

Maria José, voluntária de serviço à Igreja e uma das colaboradoras na montagem dos painéis de fl ores da Igreja da Santa Casa da Misericór-dia, vê esta atividade de decoração do chão das igrejas como “a conti-nuação do trabalho e de uma tradi-ção com séculos de existência e que tem passado de pais para filhos”. Para ela, “é uma honra poder partici-par em tão grandiosa festa”.

Francisco Rocha

É, ainda e sempre, a libertação da servidão, da escravatura.

E a esperança da libertação da servidão definitiva da lei da morte.

Como uma criança que brinca e assim preenche os dias, cabe-nos salvar do nada os dias que nos são dados vazios.

Como o sol conforta os pés de um velho num dia frio, uma pala-vra doce aquece um coração fe-rido.

“Fazemos muito mal uns aos ou-tros e depois um dia morremos.” Christian Bobin

“Aqueles que obras valerosas se vão da lei da Morte libertando…”: Cantando espalharei por toda a parte.”

É quando se faz noite que apare-cem as estrelas.

“Nem a noite mais escura conse-gue apagar uma candeia acesa.”

Há vários modos de perder a vida. A morte é apenas uma delas.

Todos os mortos nos avisam: é em vida que se salva a vida.

Os gestos simples de amor repe-tem aqueles com que Deus criou o mundo.

Como uma criança assustada anseia pela mãe, assim o homem

procura uma palavra amiga.Um minuto de silêncio pode sal-

var uma hora de ruído oco.Há muita noite nos discursos

cheios de palavras e vazios de ideias.

Há mais luz na palavra simples de uma criança que no discurso infl amado de um vendedor de pa-raísos.

“O amor de algumas mães é como uma corda passada ao pes-coço do filho: ao menor movi-mento que este faça em direcção à vida, o nó corredio aperta-se.” Christian Bobin

Celebrar a Páscoa é apostar na Ressurreição.

Alves Jana

É uma tradição antiga, que mobiliza jovens e menos jovens, e que acon-tece a partir da Quinta-feira Santa até ao Domingo de Páscoa: o chão das capelas de Sardoal aparece repleto de fl ores contemplando artefatos alusi-vos à Semana Santa.

Dora Grácio, sardoalense, começou com o trabalho de enfeitar a capela de Sant`Ana, junto ao Centro Cultu-ral Gil Vicente, desde nova. A tradição iniciou-se com a sua avó. Em colabo-ração com os seus familiares e ami-gos, atualmente é Dora quem leva esta tarefa por diante.

Dora Grácio contou ao JA que o trabalho de embelezamento da ca-pela foi feito durante muitos anos nos mesmos moldes. “Inicialmente, quando a minha avó enfeitava o es-paço, o molde utilizado era sempre o mesmo: uma cruz e uma estrela, que eram ornamentadas com as mais va-riadíssimas fl ores.” À medida que os anos foram passando , Dora deu con-tinuidade ao trabalho mas os resulta-dos de decoração foram-se alterando e evoluindo. “Começámos a apostar em desenhos mais elaborados, mais arrojados, utilizando diversos mate-riais, como areia, luz, projeções, ma-térias recicláveis, etc. Para este ano, ainda não pensámos no que vamos concretizar, mas certamente será di-

ferente face ao que temos feito.”As decorações são sempre asso-

ciadas à Semana Santa e à Páscoa e as flores têm sempre um papel de grande importância nas ornamenta-ções finais. Para Dora, as giestas, os chorões, as camélias, os malmeque-res e o rosmaninho são sempre bas-tante utilizados.

A Semana Santa é, no entender de Dora, um dos momentos altos do concelho, tendo a autarquia sabido aproveitar a potencialidade religiosa de Sardoal. “É uma altura que vem muita gente à vila, é um encontro de família e amigos, onde determina-

das tradições e práticas são comuns e habituais. Por exemplo, a ida às pro-cissões, a visita das capelas a partici-pação em todas as cerimónias reli-giosas.”

Igrejas e capelas enfeitadas: Igreja da MisericórdiaIgreja do Convento de Santa Maria

da CaridadeCapela de S. SebastiãoCapela do Espírito SantoCapela de Nossa Senhora do CarmoCapela de Santa CatarinaCapela de Sant’AnaCapela do Senhor dos Remédios

Morte e Ressurreição

Capelas enfeitadas são motivo de atração na Semana Santa

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• Enterro: uma das três procissões da Semana Santa no Sardoal

• Dora Grácio, na foto, deu continuidade ao trabalho e as decorações foram-se alterando e evoluindo

Santa Casa da Misericórdia organiza procissão dos Fogaréus

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14 MARÇO 2013ESPECIAL SARDOAL

TEATRO DE RUA COM 250 FIGURANTES É UM DOS MOMENTOS ALTOS DA SEMANA SANTA

A PREPARAÇÃO DOS ANJINHOS QUE VÃO NAS PROCISSÕES

Criado em 1982, a 16 de novem-bro, o Grupo Experimental da Tea-tro Amador do Sardoal (GETAS) é o principal dinamizador do teatro de rua sobre a paixão de Cristo no Sardoal. Este evento, inserido nas cerimónias da Semana Santa do Sardoal, representa uma das apos-tas principais do cartaz turístico da época, que por esta altura atrai visi-tantes de todo o país.

Com mais de 250 fi gurantes, este espetáculo pretende recriar as vá-rias estações da paixão de Cristo, pelo que o cortejo percorre a arté-ria principal da vila desenvolvendo a atuação dos seus personagens, num colorido e intensidade dramá-tica assinalável.

A grande novidade deste ano será a integração nos eventos de uma feira nos moldes medievais, re-criando a venda de artigos artesa-nais, doces e outros produtos da re-

gião. Desta forma, pretende-se não só envolver mais pessoas do conce-lho nestas atividades, como dinami-zar também o comércio tradicional e promover os produtos regionais. Para quem visita o Sardoal, por es-tas alturas, este será mais um mo-tivo de interesse.

Para Tânia Falcão, presidente da Associação em que se insere o GE-TAS, esta é uma aposta ganha, “a avaliar pelo crescente interesse do número de pessoas que se preten-dem associar a estas manifestações populares participando no cortejo que se realiza apenas há alguns anos, mas que constitui já uma tra-dição a preservar”.

O texto, facultado pelo pároco, Pa-dre Carlos Almeida, é uma réplica fi el dos diálogos do tríodo Pascal na Bíblia. A caracterização dos perso-nagens chega a demorar várias ho-ras, num processo delicado e mo-

roso que requer a atenção profis-sional de uma caracterizadora. Este é realizado por uma especialista na matéria que, desta forma, se des-loca propositadamente ao Sardoal para colaborar com o GETAS na rea-lização desta iniciativa.

Há velhos, leprosos, centuriões, sacerdotes e muito mais. Tudo de-corado e encenado com especial atenção por forma a conferir rea-lismo e naturalidade à encenação.

De salientar a colaboração da Agrupamento de Escolas do Sar-doal (que faculta mais uma vez al-guns adereços alusivos à cena), da Associação da Presa, da Escola Prá-tica da Cavalaria (que volta a dispo-nibilizar algumas montadas para os soldados romanos) e, naturalmente, da Câmara Municipal do Sardoal, que tem acarinhado desde a pri-meira hora a realização deste espe-táculo assim como tem assegurado

a coordenação de todas estas inicia-tivas da Semana Santa.

Num período de contenção de despesas tudo é pensado ao por-menor, aglutinando as sinergias das várias associações culturais na pros-secução de objectivos comuns.

O GETAS é presença assídua e ativa nas festas do Sardoal. Os seus mem-bros fazem-no exaltando a cultura das suas gentes nas suas mais va-riadas vertentes no concelho e na região, tal como refere Tânia Fal-cão: “Temos mantido uma atividade bem viva, vamos para a terceira edi-ção deste espetáculo.” Sobre ou-tras iniciativas da Associação, refere ainda que neste momento o Grupo está a ensaiar uma nova peça de teatro (comédia), “O Morgado de Fafe em Lisboa”, um original de Ca-milo Castelo Branco.

Francisco Rocha

Na Procissão dos Passos e na Procis-são de Sexta-feira Santa só vão me-ninas e os vestidos são todos roxos. Esta é a principal característica dos anjinhos que nestes dias de Qua-resma fazem parte de uma tradição antiga. À frente vão as quatro mais velhas, que têm cerca de 10 anos. Depois vão as pequeninas, algumas com três ou quatro anos.

“A meio do caminho, às vezes, as mais pequeninas têm que ser leva-das ao colo”, conta Gregório Fernan-des, 56 anos, o catequista que guia os anjinhos na procissão. O per-curso é desde a Igreja Matriz até ao cimo do Convento e faz-se em cerca de duas horas, passando por ruas de pavimento antigo, nem sempre fácil de calcorrear. E há anos em que o tempo também não ajuda: “Se chove refugiamo-nos no caminho, normalmente nas capelas que es-tão abertas.”

Gregório Fernandes tem esta ta-refa de acompanhar os anjinhos há mais de 20 anos. É uma mis-são que desempenha “por fé e de-voção”. Nota que os mais peque-nos agora têm muitos outros ape-los mas, mesmo assim, há sempre crianças dispostas a participar nas procissões. Na maior parte dos ca-sos, trata-se de fazer cumprir uma

tradição.Helena Curado é quem trata dos

fatos dos anjinhos há cerca de 30 anos. Ela própria foi anjinho e tem boas memórias desse tempo. En-volveu-se na organização quando a sua fi lha, então com três anos, foi anjinho pela primeira vez. E agora espera que a neta, que ainda tem apenas um ano e meio, também venha a ser anjinho, “mas só se ela quiser”.

Com a ajuda de Manuela Grácio e de outra senhora que faz os arran-jos, Helena Curado todos os anos retira os fatos que estão armaze-nados na Igreja. São colocados ao ar durante alguns dias e, depois, passados a ferro. Alguns fatos são

muito antigos: uns foram ofereci-dos à Igreja por pessoas que os usa-ram; outros são das próprias famí-lias, que vão passando de geração em geração.

A maior pena que Manuela Grá-cio tem é que os anjinhos não le-vem asas. “Há muitos anos que não há asas”. Estragaram-se e não tem sido possível comprar novas por-que “são muito caras”. Resta apenas um par, que não é usado. Está guar-dado para memória e para even-tuais exposições. O que os anjinhos levam são as Insígnias, que têm a ver com o que representa a procis-são. Por exemplo, a Cruz, a Escada e o Chicote.

Hália Costa Santos

GETAS volta a recriar a Paixão de Cristo

“Há muitos anos que não há asas”

• Tânia Falcão: “Temos mantido uma actividade bem viva”

• Os anjinhos transportam Insígnias como a Cruz e a Escada do Calvário de Cristo

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Por esta ocasião, o Sardoal ga-nha um colorido diferente com a Semana Santa. As ruas enchem-se de motivos de interesse. As pessoas desdobram-se em ini-ciativas para oferecer a quem os visita uma mão cheia de mani-festações culturais de enorme qualidade. São exposições, tea-tro de rua, procissões, feira qui-nhentista, entre outras. E em ter-mos gastronómicos, o que têm os sardoalenses para oferecer por estes dias?

Muito embora não haja um prato específi co para esta quadra ou sequer uma gastronomia ela-borada onde seja realçado este ou aquele prato, importa, mesmo assim, referir alguns dos aspetos mais relevantes da boa cozinha do Sardoal: Cozinha Fervida.

Este prato remonta aos antigos hábitos alimentares das cama-das mais pobres da população que, para fazer face às dificul-dades do dia a dia, aproveitava as sobras de outras refeições. Neste caso, foi da Sopa de Cou-ves com Feijão, que desde tem-pos imemoriais fez parte da base alimentar da população sardoa-lense. Segundo a tradição oral, quando ao fi m de alguns dias a

sopa ia escasseando, era neces-sário acrescentar água ao entu-lho, juntando-lhe alho, cebola, louro e azeite. A seguir eram adi-cionadas outras sobras de pão de milho esfareladas.

Receita com versão para dias especiais

A mistura, depois de apurada nas fogueiras das chaminés, era acompanhada com azeitonas. Em dias especiais, podia mesmo ser guarnecida com uma ou duas sardinhas fritas em azeite, que eram repartidas em peque-nos pedaços pelos membros do agregado familiar.

Embora a expressão Cozinha Fervida já fosse utilizada por al-gumas pessoas, o seu uso só se generalizou depois do 25 de Abril de 1974, com a divulgação deste tipo de gastronomia tra-dicional enquanto património cultural. Com a progressiva me-lhoria das condições de vida das famílias, o consumo da Cozinha Fervida foi sendo enriquecido com outros acompanhamentos, em especial bacalhau assado e entrecosto grelhado.

Francisco Rocha

Cozinha Fervida, um prato típico sardoalense

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17MARÇO 2013 ESPECIAL CONSTÂNCIA

A devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem é ainda a marca mais presente das festividades de Cons-tância. Associada às seculares tradi-ções fl uviais de mercadorias, entre o porto de Constância e Lisboa, as celebrações dos marítimos na se-gunda-feira de Páscoa são uma de-monstração de fé à protetora santa. Este ano esperam-se cerca de 50 barcos engalanados para prestar homenagem à divindade.

Na segunda-feira, o programa re-ligioso é composto pela ‘Via-Sacra’, desde o Pelourinho até à Igreja Ma-triz. As celebrações contam ainda com a tradicional Procissão em Lou-vor de Nossa Senhora da Boa Via-gem e com a Benção dos barcos, nos rios Tejo e Zêzere, e das viatu-ras na Praça Alexandre Herculano. Atualmente, as principais viaturas a serem benzidas são as dos bom-beiros.

Atletismo de Volta e Tejo RadicalA 25ª edição do Grande Prémio da

Páscoa foi recebida com entusiasmo pelos amantes da corrida e da cami-nhada. Os horários da prova ainda estão por confi rmar, mas no dia 30 de março serão certamente cente-nas os participantes no regresso do atletismo às festas do concelho de Constância, seja na competição ou na caminhada.

Ainda no desporto, destaque para a descida dos Três Castelos em Ca-noagem (um evento que nasceu em 1985 e que percorre dois rios, numa dia de convívio lazer e aven-tura), e para o Tejo Radical (com ati-vidades no sábado e no domingo).

Durante o fi m de semana haverá também o ‘Challenger de Multiati-vidades’ para os escalões sénior e juvenil. Este desafi o consiste em vá-rias atividades que incluem canoa-gem e paintball, entre outras.

Finalmente, nas Estações Aquá-ticas o visitante pode fazer um Ba-tismo de Canoa, um passeio de barco tradicional e uma Orienta-ção com Mapa Turístico. Em dois dias de Tejo Radical os visitantes po-

dem desfrutar das atividades que ao longo do ano se realizam na vila de Constância e nos Rios, numa promoção do melhor que o conce-lho em termos do desporto radical e natureza.

Exposições, fotografi a e artesanato

Com a prova de atletismo a ce-lebrar os seus 25 anos de história, o município vai organizar uma ex-posição sobre os momentos que marcaram esse quarto de século de existência. Na antiga cadeia, con-vertida em espaço cultural, esta-rão expostos momentos fotográfi -cos relativos ao Grande Prémio da Páscoa.

Ainda na Fotografi a um concurso sob o nome ‘Retratos da Festa’ e além da Mostra de Artesanato ha-verá lugar a uma Mostra de Saberes e Sabores no parque de merendas de Constância. Junto ao Parque de Campismo voltará a surgir a Mostra de Artesanato.

Sábado, 30 de marçoNo primeiro dia de festividades o

programa é bastante diversifi cado. A música popular vai ecoar pelas ruas baixas de Constância que tam-bém vão receber um concerto da Associação Filarmónica Montal-vense. Para a noite está agendado um concerto que promete levar à festa muitos fãs de uma das maio-res bandas portuguesas de rock, com os ‘GM Tributo aos Xutos’. Mais tarde surgirá um nome da rádio e das pistas de dança do país. Chama-se Nuno Calado, apresentador do já mítico programa da rádio Antena 3, ‘Indigente’. Na pele de DJ, promete ser uma das maiores atrações musi-cais da festa.

Domingo, 31 de marçoA tarde do segundo dia de festa

será dedicada ao folclore. Ao leme da iniciativa estará o Rancho Folcló-rico ‘Os Camponeses’, que outrora teve um dos maiores festivais de

folclore nacionais na aldeia de Mal-pique, na parte do concelho a sul do Rio Tejo e que agora vai trazer à vila de Constância um pouco do melhor que se faz ao nível da etnografi a e dança tradicional.

Mais tarde é a vez de outra das grandes tradições portuguesas su-bir ao palco. O Fado pela bonita voz de Ana Laíns, uma ‘filha da terra’ que tem granjeado o aplauso da crítica nacional e internacional. À noite mais um tributo e a uma outra grande banda: pela interpretação rigorosa, calorosa e enérgica dos ‘One Vision’, um tributo à histórica banda britânica ‘Queen’, do malo-grado Freddie Mercury.

Segunda-feira, 1 de abril O último dia das festas do conce-

lho e o dia da celebração religiosa da Festa de Nossa Senhora da Boa Via-gem e também da maior romaria à vila poema. Também é o dia em que sobe ao palco a maior atração mu-sical dos três dias de festa: os ‘Amor Electro’. Com apenas um álbum na sua discografi a, os ‘Amor Electro’ são uma das bandas mais conceituadas no panorama nacional e o single ‘A Máquina’ é sobejamente conhecido do público português.

Ricardo Alves

“AMOR ELECTRO” SÃO A MAIOR ATRAÇÃO DO CARTAZ MUSICAL

Numa iniciativa conjunta da Câ-mara Municipal de Constância, da Paróquia e dos moradores do con-celho, vão decorrer de 30 março a 1 de abril, as tradicionais festas do concelho de Constância em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Marcadas este ano por alguma contenção nas despesas, as festas vão poder contar com diversas ma-nifestações culturais e recreativas, como uma exposição alusiva aos 25 Anos do Prémio da Páscoa, pa-tente nas antigas instalações da Cadeia. Vai realizar-se uma mostra de artesanato promovida pela As-sociação Velha Lamparina. Das ce-rimónias religiosas, destaque para a tradicional procissão de barcos no rio, uma tradição com décadas de existência a que se seguirá a bênção dos barcos no Rio Zêzere e Tejo.

Os três dias das festas serão, como habitualmente, preenchidos com concertos musicais (ver texto ao lado). Na segunda-feira, depois dos espetáculos, haverá uma ses-são “modesta mas bonita” de fogo-de-artifício no rio, conforme refe-riu Máximo Ferreira, presidente da autarquia.

Paralelamente a todas estas ini-ciativas haverá ainda bailes popu-lares, concursos de fotografia so-bre as festas da vila, uma atividade aberta ao público em geral. Várias associações do concelho mobil-izam-se para levar a efeito alguns eventos culturais e recreativos no centro da Vila, naquilo que se pre-tende ser uma associação perfeita entre a cultura local e a promoção da modernidade, com destaque para uma prova nacional de atle-tismo, denominada Grande Prémio

da Páscoa (ver texto ao lado).De salientar que no dia 1 haverá

a inauguração do Novo Centro Es-colar de Constância ao que se se-guirá a tradicional arruada que vai percorrer as ruas decoradas da vila. Este passeio será animado com a atuação de uma banda musical que acompanhará o cortejo.

Um dos objetivos destas iniciati-vas será o de promover junto da-queles que visitam Constância, por estes dias, as potencialidades da região e do comércio local: a gastronomia, as ruas fl oridas, mú-sica, tasquinhas, doçaria regional e muita … muita animação, garan-tida ao longo dos três dias pela di-vertida Banda da Alegria.

Francisco Rocha

Festas em Constância recuperam atrações

O programa das festas de Constância

• A devoção à Nossa Senhora da Boa Viagem domina as cerimónias religiosas

• Grande Prémio da Páscoa regressa este ano

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18 MARÇO 2013ESPECIAL CONSTÂNCIA

O atual presidente da Câmara Mu-nicipal de Constância, Máximo Fer-reira (CDU), confi rmou que não se-gue para eleição a um segundo mandato, alegando razões pes-soais. Entre o que fi cou por fazer, diz que gostaria de ter reorganizado melhor a questão do Turismo. Mas fi ca uma aposta clara na Educação e na Ciência. A recuperação das duas casas devolutas que estão dentro do Jardim Horto de Camões cons-tituem o projeto mais importante para o concelho: uma albergará o Museu dos Rios e outra o Posto de Turismo. Nesta altura, cumpre-se a tradição das festas da Nossa Se-nhora da Boa Viagem.

O que se espera para as festas da Nossa Senhora da Boa Viagem em Constância?

Vamos cumprir o fi gurino das úl-timas décadas: dois dias de festas com cariz tradicional e com anima-ção; e um dia de âmbito religioso. Vamos recuperar algumas atrações que no ano passado não aconte-ceram, nomeadamente o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, o fogo de artifício e a presença de um grupo musical nacional os ‘Amor Electro’. No dia do concelho, vamos inaugurar o novo Centro Escolar de Constância. Mais uma vez, vamos contar com a participação das esco-las na preparação das decorações, na elaboração das fl ores de papel. Já a Santa Casa da Misericórdia está a preparar uns trabalhos em rendas. O objetivo é desafi ar os utentes da Santa Casa a preparar rendas que vão servir de vestidos às árvores na zona histórica da vila. Um trabalho feito em peças de renda que vão ser ligadas e que, sem dúvida, vão dar um aspeto interessante e alguma alegria ao espaço festivo.

Qual é o orçamento previsto?Temos previsto 140 mil euros.

Neste valor está incluído tudo o que é despesa de energia, pessoal, alu-gueres, material, animação, etc.

Como é vivenciava estas festas antes de ser autarca?

Para mim era um local de encon-tro e convívio com amigos, onde se comia, bebia e assistia-se a es-petáculos. Até aos 17 anos, toquei saxofone na Banda Filarmónica de Rio de Moinhos, e já sabia que nos dias das procissões era prática co-mum vir à festa. A verdade é que só

entendi a importância do certame e de algumas situações, como a mís-tica da festa e o reviver certas me-mórias e tradições, enquanto presi-dente da Câmara Municipal.

O que é que estão a fazer em ter-mos de investimentos no conce-lho?

A nossa energia tem-se centrado na Educação. O Centro Escolar de Santa Margarida já está inaugurado e está ativo. O passo seguinte foi o Centro Escolar de Constância, que vamos inaugurar em breve. A sus-pensão do QREN em 2011, fez com que ainda não tivéssemos iniciado a construção do Centro Escolar de Montalvo. Já está em fase de con-curso e adjudicação, mas temos algumas dúvidas sobre quando é que ele será concretizado. Te-mos apoiado imenso as escolas no ponto de vista de deslocações, ini-ciativas, etc.

A recuperação do património na

zona histórica da vila também tem sido uma das nossas prioridades. Defi nimos um Espaço Zêzere e um Espaço Camões. Quanto ao Espaço Zêzere, temos a pretensão de re-qualifi car uma tasquinha, transfor-mando-a num espaço moderno, mantendo a mesma valência, en-quadrada ao espaço envolvente que é o Parque de Merendas. Face ao Espaço Camões, temos previsto uma intervenção para as duas ca-sas devolutas que estão dentro do Jardim Horto de Camões. O projeto está aprovado, a candidatura já está feita ao QREN. É uma candidatura que prevê a requalifi cação das duas casas, tornando-as um Museu dos Rios e um Posto de Turismo, ambas as valências viradas para o rio. Este é o projeto mais importante e priori-tário para o concelho.

A casa contígua à Casa Memó-ria de Camões é outra intervenção prevista. Uma recuperação que se destina a aumentar as valências da

Casa Memória, cumprindo algumas características essenciais, como ter-mos um elevador, que é estrita-mente necessário, uma pequena loja de âmbito turístico e uma bi-blioteca que tenho todo o acervo de Camões.

No âmbito Social, qual tem sido o trabalho da autarquia?

A Câmara tem sentido as gran-des difi culdades das famílias e te-mos feito um trabalho de aconse-lhamento, pois não detemos capa-cidade fi nanceira para mais. O que se tem feito é apoiar a Santa Casa da Misericórdia com tudo o que está ao nosso alcance, pois é uma insti-tuição que tem realizado um bom trabalho no âmbito social, no apoio às populações.

A aposta na Ciência deve man-ter-se como motor de desenvolvi-mento no concelho?

Sem dúvida. Neste momento o

Centro de Ciência Viva necessita apenas de um pavilhão multiusos para que possamos dizer que te-mos todas as valências necessá-rias para promover a Ciência com grande qualidade. O projeto está concluído, a candidatura foi feita, estamos aguardar disponibilidade fi nanceira. Será um pavilhão que vai servir o centro, mas também o pró-prio município. Neste pavilhão, po-demos acolher exposições, receber grandes grupos de visitantes, entre outras funções. Vamos inaugurar no dia 23 de março um novo planetá-rio, que foi adquirido no âmbito de um programa do QREN.

O Parque Ambiental de Santa Mar-garida também tem sido uma das nossas apostas, temos melhorado o espaço. Recentemente, criámos um borboletário que vai ser inaugu-rado dia 22 de abril, no dia de ani-versário do parque.

E o setor empresarial? Felizmente não está pior com esta

crise que se faz sentir. A Caima e a Tupperware são dois importantes empregadores, tal como todas as outras empresas de menor dimen-são. Gostamos que os empresários se sintam bem por cá, e temos feito de tudo para que isso aconteça, apoiando estas empresas no que está ao nosso alcance, nomeada-mente, às vezes, como intermediá-rios entre estes agentes e o Estado. O mais importante é que temos constatado que não tem havido fa-lências, e isso é muito bom.

Em termos de projetos, o que fi -cou para trás, que fi ca para o seu sucessor?

O que tinha como grande obje-tivo era organizar melhor a ques-tão do Turismo no nosso território. Nós temos excelentes atrações para captar turistas; não temos, por sua vez, tantos recursos para os receber muito bem. É necessário aproveitar as potencialidades de cada conce-lho. Há já vários projetos em mar-cha nomeadamente entre Abran-tes, Constância e Vila Nova da Bar-quinha, e estamos a trabalhar em conjunto para melhorar alguns as-petos. Não é necessário repetir va-lências, mas sim aproveitar as que existem da melhor forma. Caso con-tinuasse, era este o meu caminho a seguir.

Joana Margarida Carvalho

“Temos excelentes atrações para captar turistas”

MÁXIMO FERREIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CONSTÂNCIA

• “Vamos recuperar algumas atrações que no ano passado não aconteceram”

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19MARÇO 2013 ESPECIAL CONSTÂNCIA

O concelho foi distinguido já este ano como o 7º melhor município em qualidade de vida a nível na-cional. O estudo foi realizado pela Universidade da Beira Interior (UBI) a partir de dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística, nomeadamente através das con-clusões dos mais recentes Censos 2011. Entre vários parâmetros de avaliação estavam os equipamen-tos culturais e educativos e os gas-tos totais das autarquias com a cul-tura, o desporto e a educação.

A renovação do parque escolar do concelho conheceu o seu primeiro grande passo com a inauguração do Centro Escolar de Sta. Marga-rida, no dia 15 de setembro de 2011. Junto à Escola EB 2.3/S Luís de Ca-mões está quase pronto o novo Cen-tro Escolar de Constância em pleno coração educativo e desportivo da vila. A inauguração deste novo equi-pamento deverá acontecer muito proximamente, sendo que, segundo afi rmou o presidente da autarquia, Máximo Ferreira, poderá acontecer no dia do concelho, dia 1 de abril.

“Comunidade escolar motivada” Anabela Grácio, diretora do Agru-

pamento de Escolas de Constân-cia (AEC), falou com o JA sobre a educação no concelho. Numa visita guiada pelos edifícios da EB 2.3/S Luís de Camões, testemunhámos o excelente apetrechamento das sa-las de aula e as obras quase fi naliza-das do Centro Escolar instalado pa-redes meias com a escola. Anabela Grácio congratulou-se com a co-

munidade escolar que dirige, “alu-nos, professores e demais interve-nientes”.

“No que podemos controlar, ou seja, relativamente ao que são as nossas responsabilidades e pode-res, posso dizer que temos profes-sores muito motivados e empenha-dos, tal como os alunos.” A diretora do AEC afi rma-o na condição de al-

guém que participa “em muitos en-contros pelo país e também fora do país” de outras comunidades esco-lares. Conta que, por vezes, os cole-gas fi cam surpreendidos com o que se consegue fazer no concelho de Constância.

Outro dado que reforça o rumo escolhido para a educação cons-tanciense tem a ver com a livre es-

colha. “Congratulamo-nos com o facto de termos muitos alunos de concelhos limítrofes, é sinal de que os pais querem que os seus fi lhos estudem aqui”, afirma com orgu-lho.

Falta uma peça no planoCom os constrangimentos finan-

ceiros impostos pela crise, pelo po-der central, pelo acesso difi cultado ao crédito e pela nova Lei dos Com-promissos, que reduz e muito a ação dos municípios, as novas obras estru-turantes dependem cada vez mais do enquadramento nos quadros de apoio comunitário. Apesar de Cons-tância ser um dos municípios portu-gueses com uma situação fi nanceira mais estável, o objetivo de comple-tar o parque escolar concelhio com um novo centro escolar depende dos fundos comunitários.

O presidente da autarquia explicou isso mesmo à rádio Antena Livre, de-monstrando otimismo na possibi-lidade de construção do “centro es-colar que falta, o de Montalvo”, fi nali-zando assim o projeto educativo do concelho no que respeita à renova-ção do parque escolar.

Ricardo Alves

Vivem-se tempos de constante mudança, frenética mesmo, em que nas 24 horas do dia muito pode acontecer, quanto mais em um ano, ou dez anos. Quando as tradições marítimas foram perdendo fulgor, por força das alterações ao modo como se organizou o transporte de pessoas e mercadorias, a festa acompanhou essa perda e esteve em perigo de desaparecer. Mas a paróquia deu um passo em frente e tomou as rédeas da organização.

Nas últimas duas décadas, a Câ-mara Municipal de Constância in-terveio e as festas de base religiosa passaram a estar abertas a um pú-blico mais amplo, nomeadamente o mais jovem. Neste momento to-das as gerações se revêm nas ce-lebrações com três dias de festas do concelho e um dia dedicado à devoção e, mais do que nunca, os vários aspetos da organização são partilhadas pelos vários quadrantes da comunidade.

Mais tasquinhas para a romaria

Aquando da intervenção do mu-nicípio, as celebrações anuais come-çaram a ver crescer um entusiasmo sem precedentes. Na década de 90 a vila era invadida por dezenas de milhares de pessoas que visitavam

Constância pelas dezenas de tas-quinhas, concertos de praça cheia, celebrações religiosas cheias de cor e o fogo-de-artifício que encerrava alto e bom som as festas anuais.

Hoje, com todas as dificuldades impostas pelas autoridades fi scais, higiénicas e financeiras as tasqui-nhas, por exemplo, são em menor número. Também a crise do associa-tivismo se repercute no número de atividades e tasquinhas quando, no

passado, os três dias de festa eram sinónimo de financiamento para todo o ano. Ainda assim, este ano a Câmara Municipal volta a instalar uma estrutura coberta que permi-tirá o aumento de tasquinhas, para já seis contabilizadas, mas que até ao início da festa poderão aumen-tar.

Da escola para as ruasInaugurada no dia 2 de outubro

de 1991, a Escola C+S de Constân-cia era um pólo muito próximo das celebrações. Feitas um pouco por toda a população, as fl ores que de-coravam a vila eram também pro-duzidas pelos alunos. As primeiras turmas da nova escola (10 turmas com 177 alunos e 24 professoras) antecipavam as festas em coorde-nação com funcionários e docentes. Quem por lá passou certamente se lembra dos milhares de flores de

muitas cores que se faziam nas au-las de Educação Visual. As arrecada-ções das salas de aula eram mani-festamente pequenas para o ritmo de produção dos alunos. Muitas ve-zes os «furos» eram momentos de voluntarismo para chegar aos nú-meros necessários.

Papel Crepe, uma caneta Bic – por causa das estrias – e dezenas de metros de arame eram sufi cientes para as flores. Da escola seguiam em caixotes para os funcionários camarários, habitantes e membros da paróquia que adornavam as ruas estreitas e praças da vila.

Hoje, os alunos continuam a par-ticipar na festa, mas de forma di-ferente. Todos os anos o Agrupa-mento de Escolas de Constância fica responsável pela decoração da Praça Alexandre Herculano. Em 2010, por exemplo, o tema esco-lhido foi o centenário da República. Para a edição deste ano o tema ainda está em estudo pois, ao con-trário de outros anos, e devido à conjuntura económica, é preciso primeiro ver que material há para as decorações e só depois pensar em algo. À imagem de outros anos o trabalho fi nal vai decerto ser um dos atrativos da festa.

Ricardo Alves

Uma celebração que resiste à erosão do tempo

Constância aposta na educação como pilar para o futuro

• Anabela Grácio, diretora do Agrupamento de Escolas de Constância (AEC) satisfeita com todo a comunidade escolar

• Já há seis tasquinhas inscritas para este ano, mas o número pode aumentar

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20 MARÇO 2013ESPECIAL CONSTÂNCIA

Os utentes do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Cons-tância (SMC) são fiéis guardadores de memórias de festas passadas, quando as cerimónias religiosas e os marítimos eram a parte principal e muitas vezes única das festividades. Hoje, instalados na baixa da vila, com vista para o Rio Zêzere, os homens e mulheres que habitam o Lar de Ido-sos da SMC falam com nostalgia das festas passadas. Para eles, as de hoje são muito diferentes.

Apesar da diferença notada, a edi-ção de 2013 vai contar com algo iné-dito. Numa junção de vontades e de ideias, explicada por António Tei-xeira, provedor da SMC: “Participa-mos sempre nas festas, mas este ano temos uma situação diferente, uma exposição à base do croché, em vez do papel” das fl ores. A ideia transp-orta-nos para trabalhos da artista Joana Vasconcelos. “Não é inovador, mas é uma ideia fantástica de um ar-quiteto oriundo do concelho (Mon-talvo). Estamos todos com uma ex-petativa muito alta sobre o que po-derá sair daqui.”

No lar são centenas as peças, cui-dadosa e alegremente produzi-das pelas senhoras que dia após dia tecem vestidos para… árvores. Na confluência do Tejo com o Zê-zere, no beijo entre dois rios, vai ser criada uma homenagem a um dos

exlíbris da vila. As árvores vão vest-ir-se de cor para testemunhar o en-contro dos rios. “Com a participação dos utentes, o apoio da Câmara e a equipa de arquitetos, estamos dese-josos para que chegue o dia para ver como é que se vai concretizar”, ex-plica o provedor.

Um modo de terapia Não é demais repetir que será cer-

tamente uma boa surpresa desta edição das festas, mas é também uma terapia. “Pensámos que seria importante envolver utentes, fa-

miliares e funcionários, como um modo de terapia. Há aqui um traba-lho de bastidores em que as pessoas envolvidas têm gosto por aquilo que fazem, uma comunidade muito es-pecial, a dos idosos. Achámos que a partilha era importante”, conta Antó-nio Teixeira.

As palavras do provedor da SMC re-forçam a ideia: “Sinto todos os anos que nós, com 452 anos de existência, temos a mentalidade de perspetivar o futuro, olhando o presente mas recordando o passado. Recordar as técnicas e os fazeres do antigamente

com que as pessoas viviam e convi-viam, reportá-los ao presente, des-pertar memórias, uma terapia de de-senvolvimento da memória.”

Para a SMC, é também uma opor-tunidade de, “enquanto instituição de solidariedade social, apelar à ajuda dos nossos amigos, alguns pa-trocínios para atividades e desenvol-ver também o concelho”, até porque, conta António Teixeira, “estamos a construir um lar em Sta. Margarida”.

85+85+94=2013Elvira Conceição Pereira, 85 anos

de idade, os mesmos anos de vida de Piedade da Assunção Caçador, e Maria Bárbara Gonçalves, 94 anos, “a mais velha da sala”, como fez questão de notar ao JA, são três elementos da equipa que prepara os «vestidos de gala» das árvores à beira-rios plan-tadas. “Vai ser engraçado ver estas peças todas juntas, algo diferente”, prevê Elvira, que não tira os olhos do que faz, mais uma pega de croché para juntar a tantas outras. Quantas já fizeram Sra. Maria Bárbara? “Oh, não sei, tem de perguntar a outra, mas muitas” - atira com uma garga-lhada que se torna contagiante por toda a sala.

Piedade nasceu e cresceu em Cas-telo Branco, mas há 40 anos que faz de Constância a sua casa. “As festas são sempre uma alegria, vamos sem-pre ver a procissão, se pudermos” – a celebração passa a escassos 20 me-tros da SMC. “As festas estão muito diferentes hoje em dia”, completa. Mas o seu entusiasmo este ano está diferente. “Olhe ali (apontando para caixas cheias de peças), olhe para aquela cor toda, bonitas, ao menos sempre nos entretemos e deixamos algo mais para os outros”. Uma tera-pia, portanto. “Sim”, afi rma Piedade. “Gostamos muito de participar nas festas bonitas de Constância”.

Ricardo Alves

É o ponto alto das celebrações reli-giosas da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem e que leva à vila poema milhares de visitantes. A chegada dos cerca de 50 barcos, estimativa da organização, enche de cor os rios Tejo e Zêzere com as embarcações engalanadas com flores e muitos dos seus tripulantes vestidos como manda a tradição, criando um ce-nário idêntico ao tempo em que o rio era a estrada da população e em muitos casos o ganha-pão familiar.

No dia 1 de abril, pelas 13 horas, depois do içar da bandeira em co-memoração do dia do concelho, e da arruada da Associação Filarmó-nica Montalvense, será um dos mo-mentos mais altos no cumprimento da tradição que marca a celebração anual.

Os barcos chegam em cortejo fl uvial, de outros municípios ribei-rinhos para receber a bênção de

Nossa Senhora da Boa Viagem que chegará com a procissão, após a missa solene celebrada na Igreja Matriz no alto da vila em sua honra até à baixa da vila com a sua ima-gem a percorrer as ruas de Constân-cia. A procissão é também um mo-mento que atrai muitas centenas de pessoas à festa.

Um dia de ConvívioNa segunda-feira, último dia de

celebrações, há um cruzamento en-tre as duas festas, a concelhia e a re-ligiosa. De manhã os responsáveis do município e demais convidados percorrem as ruas da vila, visitam e admiram as criações fl orais. Tam-bém os tripulantes dos barcos en-tram na festa e dão outro tom, mais tradicional às ruas.

Para o fim de tarde tempo para outro dos momentos mais aguarda-dos: a bênção dos barcos, nos rios,

e das viaturas, na Praça Alexandre Herculano. Se no passado os popu-lares levavam os seus veículos para serem igualmente benzidos, hoje, por uma questão logística e de es-paço, da evolução lógica das cele-brações, são apenas as viaturas ofi -ciais a serem benzidas, momento para o alto tom das buzinas a as-sinalar o momento, seguidas dos aplausos dos presentes.

O fim deste dia será assinalado com um fogo de artifício, este ano com metade do orçamento de ou-tros anos, mas ainda assim uma tra-dição que os populares guardam com maiores recordações e que mais uma vez chama uma multidão até ao rio Zêzere, logo após o con-certo dos Amor Electro que prome-tem fechar com chave de ouro três dias de colorida e intensa festa.

Ricardo Alves

Árvores vestem-se de fl ores de croché

Cumprir uma tradição que atrai milhares às margens do Zêzere

UTENTES DO LAR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA PARTICIPAM NUMA “IDEIA FANTÁSTICA”

• “Vai ser engraçado ver estas peças todas juntas”

• Os barcos engalanados em cortejo fl uvial

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21MARÇO 2013 REGIÃO

O interesse manifestado por munícipes abrantinos pelas parcelas de hortas disponiblizadas pela au-tarquia local superou as expectativas. Assim que o concurso foi aberto, ra-pidamente o número de interessados atingiu o nú-mero de parcelas disponí-veis: 36. Assim, a Câmara de Abrantes decidiu reor-ganizar o processo por forma a que, já numa pri-meira fase, possam ser disponibilizadas 50 par-celas de terreno, servidas de rede de água e equipa-mentos de utilização co-mum.

O processo de candida-turas terminou no fi nal do mês de fevereiro. A fase seguinte será a de concluir as obras para preparar o terreno, que fi ca na quinta

da Arca d’Água, em zona de expansão natural da ci-dade. As primeiras 50 par-celas de terreno deverão ser entregues aos muní-cipes durante o corrente mês de março, para que lá possam fazer as suas hor-tas.

Posteriormente, con-forme a necessidade de expansão, irão sendo efe-tuadas as extensões das redes de rega e prepara-dos os terrenos, para a disponibilização de mais hortas. Apesar de já ter uma lista de espera de 26 munícipes, a autarquia continua a aceitar inscri-ções uma vez que o nú-mero de parcelas vai au-mentar. No total, o plano das hortas prevê 104 par-celas para atribuir a mu-nícipes.

O Centro Hospitalar do Mé-dio Tejo (CHMT) dotou o seu Hospital de Dia de Diabetes de um espaço físico maior e mais adequado, que está em funcionamento desde o mês passado. O objetivo é proporcionar cuidados es-pecializados dirigidos aos

docentes de diabetes, dest-acando-se ações de educa-ção. Esta valência funciona no 5º piso do Hospital de To-mar. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 16h00. Durante este período, para além do apoio à consulta de diabe-

tes, a equipa multidisciplinar desenvolve outras atividades no âmbito da avaliação pré-via do doente e a identifi ca-ção das necessidades educa-tivas para o tornar mais autó-nomo na gestão da doença, através da programação de um conjunto de sessões.

No momento de preenchi-mento do IRS, qualquer con-tribuinte pode destinar 0,5% do seu imposto liquidado a uma associação ou insti-tuição à sua escolha. Esta é uma oportunidade de aju-dar a desenvolver projetos com reconhecido valor so-cial sem disponibilizar qual-quer verba de forma direta. O que acontece é que 0,5% do imposto pago pelo con-tribuinte vai para a insti-tuição em vez de ir para os cofres do Estado. Para tal, basta colocar no quadro 9 do anexo H da declaração do IRS o número da institui-ção que se pretende ajudar.

A nível regional há pelo me-nos duas instituições que podem receber este con-tributo: a Associação Vidas Cruzadas (número 507 921

534) e o CRIA, Centro de Re-cuperação e Integração de Abrantes (número 510 064 869). Não custa nada.

Hortas para munícipes de Abrantes com muita procura

Hospital de Dia de Diabetes com novo espaço e equipa multidisciplinar

O IRS que ajuda instituições

• O CRIA é uma das instituições que podem ser ajudadas

Vila de Rei com mais dormidas no ano passado

Escola de desporto aventura nasce em Abrantes

Vila de Rei voltou a rece-ber, durante o ano de 2012, milhares de turistas, conse-guindo aumentar o número de dormidas nos estabeleci-mentos de hospedagem do concelho.

Contrariando o panorama nacional de crise económica que se tem feito sentir, o con-junto dos alojamentos lo-cais vilarregenses registaram 3.885 dormidas, num resul-tado ligeiramente superior ao apresentado no ano de 2011.

Os dados apresentados fo-ram fornecidos pelos estabe-lecimentos de hospedagem local, apresentando uma mé-dia de aproximadamente 11 dormidas por noite no con-celho.

Paulo César, vereador do pelouro do Turismo, adianta que “os números apresenta-

dos pelos agentes de hospe-dagem do nosso Concelho refl etem a forte aposta feita pelo município na divulgação das enormes potencialidades turísticas de Vila de Rei que, juntando às ótimas condi-ções dos nossos alojamen-tos locais, fi zeram aumentar o número de dormidas no nosso Município”.

O autarca refere ainda que os “novos projetos turísticos do concelho, como o mais recente Roteiro Turístico, a aposta em novos mercados através da participação na FI-TUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid, e a par-ticipação na Grande Rota do Zêzere, irão, certamente, con-tribuir para fortalecer ainda mais o nome de Vila de Rei como destino turístico de ex-celência.”

A Câmara de Abrantes, a Junta de Freguesia de Ros-sio ao Sul do Tejo e a em-presa Aventurirequinte vão estabelecer um contrato de parceria com vista à realiza-ção do projeto “Margem Sul, Animação em Movimento”, cuja minuta já foi aprovada em sede de reunião do exe-cutivo municipal.

Esta parceria, que vai con-tar ainda com o apoio do Clube Desportivo “Os Pa-tos” e da Associação de Cicloturismo e BTT do Fôjo, tem o objetivo de dinami-zar uma escola de desporto aventura, através de moda-lidades como BTT, percur-sos de natureza pedonais e bicicletas, canoagem, tria-tlo, entre outras.

Esta oportunidade acon-tece no âmbito da apresen-tação de uma candidatura

ao PRODER que visa a re-cuperação de um edifício polivalente na freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, den-tro do perímetro do Centro de Acolhimento Do Tejo (an-tigo parque de campismo localizado na margem sul do Aquapolis). O edifício, construído nos anos 50 do séc. XX, que se encontrava degradado, vai ser agora recuperado. Quando a Câ-mara iniciou as obras de re-qualificação daquela área adquiriu-o, tendo a Junta de Freguesia mostrado in-teresse na sua recupera-ção. A intervenção a realizar tem por objetivo criar uma estrutura polivalente ser-vindo de apoio a atividades desportivas e de lazer que se desenvolvam em torno do rio Tejo.

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22 MARÇO 2013SOCIEDADE

Bolsas de Estudo no Sardoal

Portagens inibem circulação na A23

Câmara de Abrantes apoia coletividades do concelho

O Projeto de Regulamento Mu-nicipal para Atribuição de Bol-sas de Estudo, aprovado pela Câ-mara Municipal de Sardoal, foi publicado no “Diário da Repú-blica”, em 12 de fevereiro último, estando agora em discussão pú-blica durante 30 dias, a contar desta data. Recorde-se que a fi -nalidade desta atribuição de Bol-sas de Estudo a alunos residen-tes na área geográfica do con-celho de Sardoal se prende com o apoio à continuação de estu-dos no ensino superior a jovens, cujas possibilidades económicas não lhes permita fazê-lo pelos seus próprios meios.

A Câmara de Abrantes conti-nua preocupada com a situação das portagens na A23. Entende que a implementação de porta-gens associada aos preços taxa-dos veio criar mais um agrava-mento nas despesas das famílias e das empresas, para além do na-tural aumento de trânsito dentro das localidades, que se passou a verifi car. De acordo com a infor-mação publicada na última edi-ção do boletim informativo da SCUTVIAS, a circulação de viatu-ras na A23 apresentou, em 2012, uma descida substancial. Em co-municado, a autarquia defende que “para voltar a criar condições de competitividade para a re-gião é urgente rever os valores das taxas de portagem de Tor-res Novas a Espanha, porque as atualmente praticadas são proi-bitivas e inibidoras da circulação na A23”.

A Câmara de Abrantes atribuiu a coletividades do concelho o mon-tante global de 267.258,17€, refe-rente aos apoios a conceder no âmbito do FINABRANTES 2013. A quantia total foi distribuída pelas diferentes áreas previstas no pro-grama: Cultura, Juventude, Social e Eventos. O sector do Desporto já tinha sido abrangido com cerca de 160 mil euros. O FINABRANTES é um programa de apoio a coleti-vidades do concelho de Abrantes nas áreas da cultura, desporto e recreio, juventude e intervenção social e tem como princípio base a articulação entre as entidades que representam o movimento associativo e a Câmara Municipal.

Entre as decisões saídas da reu-nião de 4 fevereiro, do executivo camarário de Abrantes, ressalta a decisão de construir um novo cen-tro escolar no antigo campo de fu-tebol do Barro Vermelho. Para o efeito vão ser utilizadas verbas co-munitárias do próximo quadro co-munitário.

Este equipamento vai servir para as crianças que se encontram na Escola Básica dos Quinchosos e na Escola nº 2, ambas na cidade de Abrantes. Segundo a presidente da autarquia, Maria do Céu Albu-querque, os atuais equipamentos “apresentam problemas estrutu-rais graves, pelo que terá que ser equacionado o seu encerramento ”, conforme proposta apresentada ao Conselho Municipal de Educa-ção.

Inicialmente, a instalação deste projeto estava prevista para o lo-cal onde se encontra atualmente a Escola Básica, do 1º Ciclo, Raul Figueiredo, nas Barreiras do Tejo. Mas devido a debilidades estru-turais, geológicas e geotécnicas, a presidente disse à Antena Livre que “não é aconselhável a constru-ção neste local, que só iria enca-recer o investimento, pelo que foi

abandonada defi nitivamente esta hipótese”.

Por indicação dos serviços técni-cos, e tentando potenciar o Centro Histórico, surgiu assim, a hipótese do Barro Vermelho. Maria do Céu Albuquerque afirma que a locali-zação é favorável: “Está próximo da Cidade Desportiva, próximo de outras escolas, fica situada à en-trada da cidade. Admito, contudo, que possam existir algumas limita-ções que têm que ser trabalhadas,

nomeadamente do ponto de vista técnico, como as acessibilidades. O projeto será uma réplica do centro escolar de Alferrarede, com as ne-cessárias adaptações.”

Para o elemento da oposição, Carlos Arês, do ICA, a construção de uma escola neste local irá cer-tamente trazer mais congestiona-mentos de trânsito dos que aque-les a que se assiste diariamente no acesso à Escola Secundária Dr. So-lano de Abreu.

Já para Celeste Simão, vereadora com o pelouro da Educação, este centro escolar “é essencial para que haja igualdade entre os alunos da cidade e das freguesias”, já que desta forma se possibilita um me-lhor acesso dos alunos da cidade aos novos centros escolar e se po-tencia as sinergias para a formação das crianças.

Joana Margarida Carvalho e Francisco Rocha

O Agrupamento 172 de Escuteiros de Abrantes está a comemorar os seus 50 anos de existência. Em con-ferência de imprensa deram a co-nhecer um pouco da história do Agrupamento e as ações come-morativas que vão ocorrer durante todo o ano, com especial incidên-cia pela altura das Festas aa Cidade de Abrantes, como referiu o Chefe José Pereira.

No dia 16 de março vai realizar-se uma caminhada pela fl oresta como forma de sensibilização para os pro-blemas ambientais. No decorrer da iniciativa vão ser plantadas 50 ár-vores evocativas do aniversário da criação do Agrupamento.

Uma Mostra de Acampamento Es-cuta que vai ter lugar na Praça da República no dia 4 de maio. O obje-tivo é cativar jovens e adultos para a causa escutista. Durante a noite, vai ser feito um “fogo do Conselho” com atividades mais lúdicas que vão en-

volver toda a família. Vai igualmente ser erigido um placar alusivo ao ato junto da rotunda do quartel de Ca-valaria de Abrantes.

A 8 de junho, é esperado um Fórum Escuta e um Festival Escuta, numa tentativa de partilha de ex-periências entre mais novos e me-nos jovens.

Integrada no roteiro das Festas da Cidade de Abrantes, entre 8 e 15 de junho, estará patente uma expo-sição sobre os 50 anos de vida do Agrupamento 172.

No dia 9 de junho vai acontecer uma Eucaristia e um almoço conví-vio onde se espera ver representa-das todas as individualidades e for-ças vivas da cidade.

A Câmara Municipal de Abrantes, a Junta de Freguesia de São Vicente, a PEGOP e a RSA associam-se aos eventos colaborando com os mais diversos apoios para as atividades.

Criado a 9 de junho de 1963, o

Agrupamento 172 tem-se distin-guido na edução de jovens e crian-ças “de uma forma diferente” como não se encontra em qualquer ou-tro organismo, conforme afi rma o Chefe Pereira. A formação segundo os padrões da moral católica, no se-guimento dos princípios desenvol-

vidos por Baden Powell, são balizas para a formação cívica e moral dos jovens escuteiros e para o sucesso destes 50 anos de vida do Agrupa-mento.

Joana Margarida Carvalho e Francisco Rocha

Centro de Abrantes vai receber novo centro escolar

Meio século ao serviço do escutismo e da comunidade

• Autarquia pretende garantir “igualdade entre os alunos da cidade e das freguesias”

• Chefe José Pereira, ao centro, na apresentação das comemorações

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23MARÇO 2013 DESPORTO

ATLETAS ABRANTINOS DE CANOAGEM NOVAMENTE DISTINGUIDOS EM COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

A secção de canoagem do Clube “Os Patos” do Rossio ao Sul do Tejo, em Abrantes, teve uma semana de glória, ao ver coroado de êxito todo seu esforço, trabalho e dedicação com a conquista de diversos pré-mios nacionais e internacionais. As distinções aconteceram em provas onde estiveram envolvidas mais de duas dezenas de atletas abrantinos em diferentes categorias, como foi ultimamente o caso da edição 2013 do Portugal Winter Trial - Nelo Win-ter Trial.

O centro de Alto rendimento de Montemor-o-Velho recebeu, em fe-vereiro, mais uma edição do Portu-gal Winter trial - NELO Winter Chal-lenge, o maior até ao momento, com a participação de 17 Países e perto de 600 atletas. Este evento, promovido pela Federação Portu-guesa de Canoagem e pela empresa Mar kayaks, foi simultaneamente uma competição Internacional de elevado prestígio, mas também um

dos controlos nacionais para inte-gração nas Seleções Nacionais Por-tuguesas de Velocidade.

A competição contou com a pre-sença de diversos campeões Olím-picos, Mundiais e Europeus, mas também de atletas Portugueses que participaram pelos seus clubes e que lutaram por um lugar entre os selecionados para as Seleções Nacionais 2013. Os atletas realizam duas provas distintas: uma de con-tra relógio de 2000 metros, com largadas individuais, ao longo de toda a tarde de sábado, e outra de 200 metros de velocidade, onde existiram eliminatórias, semifi nais e Finais A e B. Em ambas competi-ram atletas em Kayak e Canoa indi-vidual, nos escalões de Cadetes, Ju-niores, Seniores e Veteranos.

Em destaque do CD “Os Patos” es-tiveram os atletas que consegui-ram subir ao pódio nesta fantástica jornada dos canoístas abrantinos. Miguel Trigo, em cadetes, conquis-tou a medalha de Bronze nos 200

metros. Francisca Laia, na sua pri-meira prova enquanto sénior, ga-rantiu a medalha de bronze e pri-meira entre as portuguesas, numa prova vencida pela campeã euro-peia e olímpica Natasa Janics. An-tónio Trigo, júnior, venceu os 200 metros e também o PWT 2013, que consistia na classifi cação conjunta das duas provas.

Os veteranos João Laia e Armindo Mateus também se destacaram nas provas, tendo conseguido disputar a final A. Margarida Neves, Antó-nio Martins e Gonçalo Milho estive-ram nas fi nais B. Netsa prova parti-ciparam ainda José Carlos Damas, Tiago Reis, Tiago Soares, João Ba-rata, Duarte Igreja, Diogo Ferreira e Bernardo Leitão.

O CD “Os Patos” fazem assim his-tória nesta importante prova pois nas suas três edições foram o único clube que sempre teve um vence-dor no conjunto das duas distân-cias: António Trigo em 2011 e 2013 e Francisca Laia em 2012.

QUADRO DE HONRA

André Bernardino, Francisca Laia, António Trigo, Miguel Trigo, Gon-çalo Milho, Luís Costa, António Mar-tins, Duarte Igreja, João Barata, Ber-nardo Leitão, Diogo Ferreira, Pieter Aparício, Margarida Neves, Miguel Neves, João Santos, João Bento, Beatriz Igreja, Inês Aperta, Tiago Coelho, Joana Pires, Francisca Mar-tins, Diogo Bernardino e Maria Ber-nardino são alguns dos nomes de jovens atletas que envergam as co-

res do clube e que com aturado es-forço e dedicação têm honrado a ci-dade que representam.

Desde cedo se percebeu que a estrutura de um clube de sucesso teria que assentar em pessoas de-dicadas, qualifi cadas e com forma-ção adequada para desempenhar o papel de treinador, mas princi-palmente com competência peda-gógica para formador de crianças e jovens. É assim que surgem os nomes dos técnicos - José Miguel Trigo, João Laia e Pedro Coelho.

Como Patos na água…

• Atletas do Clube “Os Patos”, na margem Sul do Tejo

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24 MARÇO 2013DIVULGAÇÃO

Até finais do século XIV, se-gundo o historiador José Mat-toso, as assembleias munici-pais efetuavam-se ao ar livre e só a partir daí, com a diminui-ção do número de participan-tes, passaram a ter um edifício próprio.

No que diz respeito a Abran-tes, só a partir de 1392 come-çam a aparecer referências à existência de uma Casa da Câmara, que tinha o seu as-sento, ao que parece, na Rua Nova, nas proximidades da ju-diaria. Não se sabe quando foi transferida para o local onde hoje se encontra, mas certo é que já ali se encontrava no reinado de D. Manuel I. Tam-bém se sabe que em 1593, o edifício existente nesta praça, encontrava-se bastante arrui-nado, não oferecendo quais-quer condições de conforto a quem nele trabalhava. Rei-nava então em Portugal Filipe II de Espanha, que, tendo co-nhecimento do caso, emitiu um alvará onde ordenava que a sua reconstrução se desse por arrematação aos mestres de cantaria Baltazar Marinho e Pedro Antunes, que se pro-punham executar a obra por 2000 réis. Não se sabe bem porquê mas as obras não avançaram, de modo que em 1596 acertou a Câmara com o mestre das obras reais de Tomar, Martins Fernandes, a

construção do novo edifício que deveria estar pronto den-tro de três anos. Como é habi-tual nestas coisas, as obras não estavam prontas no prazo in-dicado, por falta de verbas ou por estas terem sido desviadas para outro fi m e sabe-se que no início do século XVII ainda não estavam concluídas. Só em 1627 foi construída a Torre do Relógio, tendo sido entre-gue a sua construção ao pe-dreiro João Rol.

Foi o novo edifício dotado de três pisos: no rés-do-chão tinha um alpendre e uma log-gia, a que chamavam a Casa da Pissarra, onde se guarda-vam mercadorias para venda, como castanhas, vinho, etc., no primeiro andar encont-rava-se a Casa da Audiência, com uma varanda gradeada sobre a praça, no último andar estava a Casa da Câmara, pro-priamente dita, onde se reunia o Senado e se faziam as verea-ções. Este último andar já ti-nha, como tem hoje, uma va-randa virada para a praça.

Estas obras não foram feitas com muita solidez pelo que o edifício andava sempre a pre-cisar de novos arranjos. Logo em 1621, numa ata da Câmara pode ler-se que “ordenaram que se pusesse em pregão o conserto da mesma, em ra-zão da muita água que pelas paredes corre, o que pode ori-

ginar grande perigo caindo a dita casa.”

Reparações maiores ou me-nores foram continuando por todo o século XVII, até que em 1715, D. João V, com os cofres cheios com o ouro do Brasil, por provisão de 15 de maio, ordenou que fossem executa-das obras de fundo no referido edifício. Foram também com-prados uns pardieiros anexos, para nesse espaço se fazerem “casas de aposentadoria” para os visitantes e também para ali fi car instalada a cadeia, que por falta de condições tinha sido transferida para o Castelo. Desta vez, tudo foi mais rápido e as obras já estavam concluí-das em 1717. Depois desta data só são conhecidas obras de relevo em 1910/1911, logo após a implantação da Repú-blica, tendo a configuração geral do edifício ficado com o aspeto que hoje tem, salvo pequenas alterações como é o caso do atual varandim do segundo andar, que foi colo-cado em 1939, substituindo as janelas de sacada que ante-riormente ali existiam.

No largo em frente deste edi-fício, hoje denominada Praça Raimundo Soares, esteve, du-rante muitos anos, um ou-tro símbolo do poder local – o pelourinho. A sua situação mais habitual nos concelhos era, como acontecia aqui, em

frente da Casa da Câmara. Sabe-se pouco da sua histó-ria e desapareceu sem deixar rasto, pelo que nem sequer se sabe como era a sua confi -guração.

Martins de Carvalho, numa monografia de Abrantes da-tada de 1937, refere que a mais antiga informação que ele conhecia sobre o pelouri-nho data de 1623, ano em que a Câmara resolveu dar uma contribuição não se sabe se para conserto de algum mais antigo, ou se para a constru-ção de um novo.

Sabe-se também que em 1715, este antigo pelourinho foi substituído e que a sua construção foi da responsabili-dade do “pedreiro de cantaria”, Manuel Luis da Silva, o mesmo a que tinha arrematado as obras do edifício camarário executadas no tempo de D. João V. Manteve-se nesse local até ao ano de 1840, altura em que a vereação da Câmara re-solveu dali retirá-lo defi nitiva-mente, alegando que a praça precisava se ser arranjada e alindada.

Bibliografi a:CAMPOS, Eduardo, “O Pelourinho de

Abrantes”, Jornal Nova Aliança” de 31/10/1982. CANDEIAS DA SILVA, Joaquim,

“Abrantes - a vila e o seu termo no tempo dos Filipes”, edições Colibri, 2000. MORATO, Manuel António e MOTA, João da Fonseca,

“Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, edição da C. M. de Abrantes, 2002

Teresa Aparício

A Casa da Câmara O Centro de Pré-História do IPT intervém na Igreja Matriz de Tancos

O Centro de Pré-História é uma unidade funcional li-gada diretamente à Presi-dência do Instituto Politéc-nico de Tomar (IPT) e tem como missão primordial, não só internamente, apoiar trabalhos de emergência no âmbito da Arqueologia Terrestre na área geográfi ca onde o Instituto está im-plantado.

Desta feita fomos solici-tados para minimizar o im-pacto de obras de melhora-mento no interior da Igreja Matriz de Tancos. Este mo-numento do século XVI, classificado como Imóvel de Interesse Público, encon-tra-se em razoável estado de conservação, muito embora, como todos sabemos, ne-cessite periodicamente de obras de melhoramento.

Neste âmbito, quer a Dio-cese de Santarém quer a Câ-mara Municipal de Vila Nova da Barquinha, em conjunto

com o Instituto Politécnico de Tomar, conjugaram es-forços no sentido de ser rea-lizada uma intervenção ar-queológica, o menos intru-siva possível, com o objetivo de salvaguardar os vestígios osteológicos humanos pre-sentes no interior da nave.

Para além da intervenção de decapagem o menos in-trusiva possível será ainda feito o decalque das epígra-fes tumulares que existem em grande quantidade quer na nave, quer no altar.

Este exemplo de conjuga-ção de esforços por parte de instituições tão diversas como a Diocese, a Câmara e o Instituto são um exemplo do muito que se pode fazer no âmbito da preservação em prol do Património do Médio Tejo.

Ana CruzCentro de Pré-História do IPT

CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS CIVIL, PREDIAL E COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL

- Certifi co narrativamente para efeitos de publicação, que no dia vinte e sete de Fevereiro de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, exarada de folhas setenta e oito a folhas oitenta e um do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cem – D, na qual MANUEL DA CONCEIÇÃO DIAS, NIF 123853508, e mulher UMBELINA DA CONCEIÇÃO SILVA DIAS, NIF 119411377, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, e ela da freguesia da Fundada, concelho de Vila de Rei, residentes na Salgueira, dita freguesia de Santiago de Montalegre; titulares dos bilhetes de identidade números 0598589 e 6556660 2, emitidos em 26-08-1985 e 12-12-2002 pelo CICC de Lisboa e SIC de Santarém respectivamente, vêm justifi car que são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, sito em Lameira, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, composto por eucaliptal, com a área de mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Francisco Pereira; do Sul com Manuel Lourenço, do Nascente com herdeiros de Manuel Dias e do Poente com herdeiros de João Gaspar, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal e inscrito na matriz em nome do justifi cante marido, sob o artigo 221 da secção C, com o valor patrimonial de 18,64 euros, a que atribuem o valor de duzentos euros, que é também o valor atribuído a esta justifi cação.

-Que, adquiriram o mencionado prédio por doação verbal feita no ano de mil novecentos e setenta e oito por seus pais e sogros, Joaquim Dias e Maria da Conceição, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Salgueira, Sardoal, sem que fi cassem a dispor de título formal que lhes permita efectuar o respectivo registo na competente Conservatória do Registo Predial;

- Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, o imóvel, conservando-o e mantendo o mesmo, procedendo ao seu amanho, pagando os respectivos impostos e suportando os demais encargos.

- Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacífi ca, contínua e do consenso que o prédio lhes pertence, desde o dito ano de mil novecentos e setenta e oito, conduziu à aquisição do direito de propriedade do identifi cado imóvel, por USUCAPIÃO, o que invocam, justifi cando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição do registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

- Está conforme o seu original, na parte respectiva.

Sardoal, 27 de Fevereiro de 2013A conservadora, a exercer as funções de Notária, Nélia Carla Henriques Ferreira(em Jornal de Abrantes, edição 5505 de Março de 2013)

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia onze de Fevereiro de dois mil e treze exarada de folhas cento e trinta e seis a folhas centro e trinta e nove, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E QUATRO-A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores, a) NARCISA GONÇALVES FERREIRA, viúva, natural da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, residente na Rua do Pico, número 100, em Pego, Abrantes; b) FRANCISCO MANUEL FERREIRA LOPES, e mulher MARIA DE FÁTIMA DELGADO MARQUES MORGADO, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Pego e ela da freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, ambos do concelho de Abrantes, residentes na Rua da Cabeça Alta, número 157, em Pego, Abrantes, Outorgando ele por si e como procurador de c) MÁRIO MIGUEL FERREIRA LOPES e mulher RITA SÍLVIA DA CUNHA RAMOS LOPES, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes e ela da freguesia e concelho de Velas, residentes na Avenida 19 de Outubro, em Velas, São Jorge, Açores, DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, do seguinte prédio:

-Prédio rústico, sito em Tejo, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de cultura arvense, fi gueiras, oliveiras e vinha, com a área de mil e seiscentos metros quadrados a confrontar de Norte com Tejo, de Sul com caminho publico, de Nascente com Miguel Gil Mata e de Ponte com herdeiros de João Lopes Diogo, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 9 da sessão I.

- Que o prédio ora justifi cado, está inscrito na matriz em nome da Herança de João Lopes Diogo, seu marido e pai.

- Que a primeira outorgante identifi cada na alínea a) é possuidora do imóvel acima identifi cado, por compra meramente verbal a Manuel Dias Lúcio e mulher Teresa Marques, casados no regime da comunhão geral de bens, residente que foram em Pego, Abrantes, atualmente falecidos, ainda no estado de casada, sob o regime da comunhão geral de bens, com JOÃO LOPES DIOGO, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, em data que não consegue, precisar, sem que chegassem a outorgar a correspondente escritura de compra e venda.

- Desde aquela data, que a primeira outorgante da alínea a) e o seu referido marido, passaram a ser detentores do prédio, agindo como seus

legítimos proprietários, usufruindo de todas as utilidades do prédio e pagando as respectivas contribuições e impostos, posse que sempre exerceram sem interrupção, com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse.

- Que, posteriormente, no dia treze de Agosto de dois mil e doze, na freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, faleceu JOÃO LOPES DIOGO, natural da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, no estado de casado, com ela outorgante Narcisa Gonçalves Ferreira, em primeiras núpcias de ambos, sob o regime da comunhão geral de bens, natural que foi da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, com ultima residência habitual na Rua do Pico, número 100, em Pego, Abrantes, sem deixar testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, tendo deixado como seus únicos e universais herdeiros os ora primeiros outorgan-tes, sua mulher e dois fi lhos, o que verifi quei pela escritura de habilitação de herdeiros outorgada hoje, exarada a folhas cento e trinta e cinco e seguinte, deste Livro de Notas,

- Que após o falecimento do mencionado João Lopes Diogo, a sua mulher, a ora primeira outorgante identifi cada na alínea a) e os seus fi lhos, o ora primeiro outorgante identifi cado na alínea b) e seu representado), mantiveram-se na posse do referido imóvel, posse essa que se manteve ininterrupta, à vista e com o conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades do prédio, amanhando-o, cultivando-o apanhando a fruta, limpando o mato, cortando a madeira, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respetivos impostos, o que lhes permite invocar a seu favor a usucapião do prédio, já que lhes é impossível por meios normais obter o registo do seu direito de propriedade.

- Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida não há nada em contrario ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 11 de fevereiro de 2013A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre

(Jornal de Abrantes, edição 5505 de Março de 2013

LUGARES COM HISTÓRIA ARQUEOLOGIA NA REGIÃO

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25MARÇO 2013 DIVULGAÇÃO

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

CARAS DA RÁDIO

Uma alimentação saudá-vel contribui para uma boa saúde e para a prevenção de doenças como o cancro, as doenças cardiovasculares, etc, e é também uma oportu-nidade para expandir as suas escolhas e experimentar no-vos pratos.

Faça da ÁGUA a principal bebida do dia, não tem ca-lorias, permite a hidratação correta do organismo, ajuda a regular a temperatura cor-poral, permite ótimo desem-penho físico e intelectual, contribui para a adequada regulação da pressão arterial e ainda contribui para uma pele sadia.

Comece as refeições princi-pais com uma SOPA de HOR-TÍCOLAS, produtos ricos em substâncias protetoras e em fi bra, essencial ao bom fun-cionamento intestinal, sacie-dade e regulação da gordura ingerida.

Inclua LEITE E LACTICÍNIOS

nas pequenas refeições ao longo do dia. Um copo de leite possui cerca de 28 % do cálcio necessário por dia para um adulto, 24 % da Vitamina D, 22% do fósforo...ou seja, o leite é um super alimento e de baixo custo.

Escolha PÃO de qualidade de preferência de mistura. É fonte de energia, vitaminas e fi bra. Deverá ser o alimento central das pequenas refei-ções ao longo do dia em vez de bolachas e biscoitos.

Invista nas suas CAPACIDA-DES CULINÁRIAS. Prepare re-feições saborosas e nutricio-nalmente equilibradas. Ex-perimente novas receitas e invista em produtos vegetais, equilíbrio nutricional, sabor e rapidez.

Tente fazer COMPRAS DE PROXIMIDADE. Conheça os vendedores e os produtos frescos. Leve sacos de casa, ajude o meio ambiente.

L E V E F R U TA c o n s i g o quando sai de casa. Prática e

económica é uma ótima op-ção para fazer uma pausa e repor as energias a meio da manhã e meio da tarde.

Experimente NOVOS SABO-RES e atividades, como o USO e CULTIVO de ervas aromá-ticas.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, PESO ADEQUADO e ATIVI-DADE FÍSICA estão interliga-dos. Trinta minutos por dia de caminhada vigorosa po-dem significar, com treino - 3000 passos, contribuindo para a redução da pressão ar-terial, do colesterol e bem-estar mental.

DESCONFIE DE SOLUÇÕES MILAGROSAS. Veja a alimen-tação saudável e a atividade física como um investimento a médio prazo em si e na sua família. Exigirá tempo, paciência e aprendizagem como tudo o que realmente vale a pena na vida.

Paula GilEnfermeira, USP Médio Tejo

Adaptado da Direção Geral da Saúde

Dez decisões alimentares para 2013 Caminhar em Tempos Difíceis

Assim se chama o novo espaço da “Edição da Ma-nhã”, que se propõe a dar uma ajuda aos ouvintes da Antena Livre, no sentido de caminhar mais serena-mente nos tempos difíceis que o país atravessa. Como poupar, o que fazer na hora de comprar casa, como agir em caso de endividamento excessivo, como renego-ciar com o banco os crédi-tos existentes, entre outros temas de interesse público fazem este espaço matinal que está no ar semanal-mente às segundas-feiras,

às 8h15, com reposição às quartas às 10h00 e sextas às 9h00. Em estúdio, Paulo Niza, administrador do Centro de Negócios e Em-presas de Almeirim (CNE), e Célia Cristóvão, Consultora Financeira do CNE, respon-dem às perguntas do Paulo Delgado, que são nada mais nada menos do que as perguntas com que mui-tas vezes nos debatemos diariamente e para as quais muitas vezes não temos respostas imediatas. Este é um espaço que pretende ter participação ativa dos

ouvintes da estação emis-sora, que poderão colocar as suas dúvidas via email usando o endereço cami-nharemtemposdifi [email protected] As perguntas serão respondidas e as dú-vidas esclarecidas durante estas conversas matinais. “Caminhar em Tempos Difí-ceis” dá ainda oportunidade de através da ajuda espe-cializada do CNE dar reso-lução a muitos problemas, que em muitos casos têm uma solução mais perto do que se possa pensar.

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26 MARÇO 2013CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

A Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, tem patente, até ao dia 2 de Junho, a exposição de Pedro Valdez Car-doso intitulada “Pedra que rola não cria limo”. Esta exposição integra-se no apro-fundamento do projeto Parque de Es-cultura Contemporânea Almourol, que reúne os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa, cobrindo autores e obras cujo trabalho se desenvolveu da década de 60 até à atualidade. No catálogo da exposição pode ler-se que “Pedro Valdez Cardoso confronta-nos com a nossa fragilidade individual, com a instabilidade dos nos-sos valores e códigos comportamentais, com a inevitabilidade de um fim que

nunca poderemos controlar, com a inú-til exibição da vaidade. Nesta exposição, as “espadas são de brincar, os troféus de guerra e caça são forrados de tecidos decorativos, os tesouros são de plástico, os brasões desenham-se em superfícies picadas e rasgadas, a fragilidade toma conta do conjunto das peças.” A Galeria do Parque funciona no Edifício dos Pa-ços do Concelho, de quarta a sexta-feira, das 11h às 13h e das 14h às 18h. Aos sá-bados e domingos, a galeria está aberta das 14h às 19h.

Exposição de Pedro Valdez Cardoso em Vila Nova da Barquinha

O teatro está em destaque em Abrantes no mês de março, com um programa que contempla cinco pe-ças de diferentes estilos. Os espetáculos terão lugar no cine-teatro S. Pedro, às 21h30, tendo sido a pri-meira peça apresentada no dia 1 de março, pelo GETAS, Centro Cultural de Sardoal, que exibiu “O Morgado de Fafe em Lis-boa”. O Grupo de Teatro Palha de Abran-tes sobe ao palco no dia 9 de março com a peça “Fulaninha e Dona Coisa”, uma história feita de peripécias causadas pela ingenuidade e intolerância de duas personagens. A comédia é também o mote da peça “Bom Apetite”, repre-sentada pela Associação “Créme de la Créme”, no dia 15 de março. “Bom Ape-tite” é um espetáculo onde a comédia é levada ao extremo do absurdo, apoiada na tragédia, como forma de contar uma história. A relação com o público é feita

através da intimidade, sendo este transpor-tado pela proximidade do ator com o público. Dentro de uma tenda-útero, a peça “Na Barriga”, da Companhia Caótica – Associação, tem por obje-tivo dar a explorar, reviver e questionar o espetador sobre o seu próprio nasci-mento, através de imagens, sons e objetos. “A Viagem”

teatral chega ao fi m com a criação de Filipa Francisco, um projeto com o Ran-cho Folclórico da Casa do Povo do Pego. “A Viagem” reinterpreta memórias e ex-plora as ligações entre o tradicional e o moderno, aborda o modo como as ma-nifestações populares aderem e procu-ram a modernidade, originando novos signifi cados, permitindo nova apropria-ção e novo entendimento do seu papel nos dias hoje. O preço dos bilhetes para as peças de teatro varia entre os três e os quatro euros.

Março é o mês do teatro em Abrantes

A banda Orelha Negra vai es-tar no cine-teatro S. Pedro, em Abrantes, para apresentar as canções do disco de estreia. Pro-movido pela Stereo Airlines, o concerto acontece no dia 30 de março, pelas 22 horas e os bi-lhetes podem ser comprados no Posto de Turismo ou no próprio cine-teatro. Num espetáculo dos Orelha Negra os estilos musi-cais são variados, havendo uma mistura melódica que passa pelo groove, funk, soul, disco, hip hop e rock, som imbuído de muita cultura portuguesa. A banda, que se deu a conhe-cer em 2009, tem êxitos como “Blessed”, “M.I.R.I.A.M.” e “Since you’ve been gone”, que não dei-xarão de ser tocados em Abran-tes. Os Orelha Negra são forma-dos por um conjunto de músi-cos, Sam The Kid, DJ Cruzfader, Fred Ferreira, Francisco Rebelo e João Gomes, que depois de terem tocado juntos na digres-são de Sam The Kid em 2008, re-solveram juntar-se e gravar um dos discos mais surpreendentes de 2009.

Música dos Orelha Negra para ouvir em Abrantes

AbrantesAté 22 de março – Exposição “Lost in the city”, fotografi a de José Mendes de Almeida – Galeria de ArteAté 30 de março – Exposição “Cinema em Abrantes entre 1931 e 1974” – Ar-quivo Municipal Eduardo Campos, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 26 de abril de 2013 – Exposição “Os chapéus dos meus heróis”, 33 répli-cas de chapéus de personagens da banda desenhada – Biblioteca António Botto, das 9h às 19h30Até 15 de maio de 2013 – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Con-celho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a do-mingo, das 10h às 18h Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Ar-quivo Municipal Eduardo Campos, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30Até 10 de março – Feira de S. Matias – Tecnopolo de Vale do Tejo8 de março – Comemoração do Dia da Mulher – Apresentação do livro “Ma-ria de Lourdes Pintassilgo – Retratos sem Moldura”, de Helena Silva Costa - Pequeno Auditório de Cine-teatro S. Pedro, 18h10 de março – Concerto Solidário com a Rádio Tágide, concertos de Quim Barreiros e Graciano Ricardo – Pavilhão I da Metalúrgica Duarte Ferreira, Tra-magal, 22h12 de março – “Encontro com…” Lurdes Breda – Biblioteca António Botto, 14h19 de março – “A Menina Dança?”, com o grupo Toc´Abrir – Pequeno Auditó-rio do Cine-teatro S. Pedro, 15h21 de março – “Encontro com…” António Vilhena, apresentação da obra “A Formiga Barriguda” – Biblioteca António Botto, 19h21 de março – “Entre nós e as palavras…” com António Vilhena, apresen-tação da obra de poesia “Canto Imperecível das Aves” – Biblioteca António Botto, 21h3030 de março – Feira Franca, venda de livros, velharias, artesanato urbano, produtos hortofrutícolas, mel, doçaria – Centro Histórico de Abrantes, das 9h às 19h30 de março – Concerto com Orelha Negra- Cine-teatro S. Pedro, 22hMês do Teatro – Cine-teatro S. Pedro, 21h309 de março – “Fulaninha e Dona Coisa” – Grupo de Teatro Palha de Abrantes15 de março – “Bom Apetite” – Associação “Créme de la Créme”16 de março – “Na Barriga” – Companhia Caótica – Associação23 de março – “A Viagem”, de Filipa FranciscoCinema – Org. Espalhafi tas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30:6 de março – “Luz de Inverno”, de Ingmar Bergman13 de março – “O Deus da Carnifi cina”, de Roman Polanski20 de março – “Um Ano Mais”, de Mike Leigh27 de março – “O Amor”, de Michael Haneke

BarquinhaAté 3 de junho – Exposição “Pedra que rola não cria limo”, de Pedro Valdez Car-doso – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho16 de março – “Vozes do Fado” com Teresa Tapadas, Silvina Pereira, Tó Pereira, Guilherme Frazão e Carlos Almeida –Clube União de Recreios, Moita do Norte, 21h30

ConstânciaAté 29 de março – Mostra Bio-bibliográfi co de Eugénio de Andrade – Biblio-teca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h309 de março a 7 de abril – Exposição “Cantos e Recantos da Vila de Constância”, fotografi a de fotógrafos amadores do Ribatejo – Posto de Turismo21 de março – Dia Mundial da Poesia – Atividades de promoção da leitura – Biblioteca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h3030 e 31 de março – Festas do Concelho, ruas fl oridas, tasquinhas, exposições, concurso de fotografi a, músicaDVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 8 de março – “Mulher Perfeitas”15 de março – DVD surpresa22 de março – “Era uma vez…um pai”29 de março – “Os Pilares da Terra”

MaçãoAté 23 de março – Exposição “Do quilombo de Itamatatiua para a vila de Ma-ção” – Biblioteca Municipal

Sardoal9 de março – Concerto da Filarmónica União Sardoalense – Largo das Festas de Santiago de MontalegreCinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h3016 de março – “O Hobbit: Uma Viagem Inesperada”23 de março – “Os Miseráveis”6 de Abril – “Django Libertado”

Vila de Rei Até 30 de março – Exposição “Miniaturas Aéreas”, de José Maria Leitão – Museu Municipal, quarta a domingo, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17hAté 6 de abril – Exposição “O Rosto de um Povo”, pintura de António Carvalho – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires10 de março – Festim Medieval com recriação histórica – Vale da Urra, 9h às 19h

AGENDA DO MÊS

e e

dDúdAstive qsobmeson

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM

ABRANTESA CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA

ALCARAVELA ONOFRECertifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada

no dia sete de Fevereiro de dois mil e treze, exarada de folhas cento e dezassete a folhas cento e dezanove, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E QUATRO- A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de CONSTITUIÇÃO DE ASSO-CIAÇÃO, que se irá designar “ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ABRANTES”, pessoa coletiva 510 563 309, com sede na freguesia de Abrantes (São Vicente), do concelho de Abrantes, sem fi ns lucrativos e durará por tempo indeterminado. A Associação tem como escopo principal a proteção de pessoas e bens, designadamente o socorro aferidos, doentes ou náufragos e a extinção de incêndios, detendo e mantendo em atividade, para o efeito, um corpo de bombeiros voluntários ou misto, com observância do defi nido no regime jurídico dos corpos de bombeiros e demais legislação aplicável. A associação pode desenvolver outras atividades, a título gratuito ou remunerado, individualmente ou em associação, parceria ou por qualquer outra forma societária legalmente prevista, com outras pessoas singu-lares ou coletivas, desde que permitidas pela Assembleia Geral. Os Associados classifi cam-se em: a) Efetivos; b) Beneméritos; c) De Mérito; d) Honorários; e) Auxiliares.

Os Associados efetivos serão admitidos pela Direção, a pedido dos próprios; Tratando-se de menor ou incapaz, o pedido de admis-são deverá ser feito pelos pais ou tutores, fi cando o pagamento da quota e o cumprimento dos estatutos a cargo daqueles; Da rejeição

de admissão poderá ser interposto recurso para a Assembleia-geral no prazo de quinze dias a contar da notifi cação que se fará em carta registada com aviso de receção.

Constituem direitos dos Associados efetivos: a) Participar nas reuniões da Assembleia-geral e aí propor, discutir e votar os assuntos de interesse para a Associação; b) Votar em atos elei-torais desde que no pleno gozo dos seus direitos; c) Ser eleitos para cargos sociais nos termos dos artigos 67.° e 68.°; d) Recorrer para a Assembleia-geral de todas as irregularidades e infrações aos estatutos e regulamentos internos, com salvaguarda do disposto no n.? 4 deste artigo; e) Requerera convocação de Assembleias-gerais extraordinárias nos termos da alínea b) do n.? 3 do artigo 42.°; f) Entrar livremente na Sede ou em quaisquer outras instalações da Associação, salvo tratando-se de zonas de acesso restrito defi ni-das pela Direção; g) Utilizar os serviços que a Associação venha a prestar ou disponibilizar direta ou indiretamente nas condições defi nidas pelos regulamentos internos; h) Examinar livros, contas e demais documentos desde que o requeiram por escrito à Direção, com a antecedência mínima de oito dias e esta verifi que existir um interesse pessoal direto e legítimo do Associado; i) Apresentar sugestões de interesse coletivo para uma melhor realização dos fi ns prosseguidos pela Associação; j) Reclamar perante a Direção de atos que considere lesivos dos interesses da Associação e dos seus interesses de Associado; k) Requerer, por escrito, certidão de qualquer ata mediante pagamento dos respetivos custos; I) Desistir da qualidade de Associado. Para exercer os direitos referidos no número anterior, os Associados Efetivos não podem ter o pagamento das quotas em atraso por um período superior a um ano, exceto para o ano da admissão, em que terá que estar regularizado. São excecionados da exigência os Associados funda-dores participantes na primeira assembleia e os em exercício dos

cargos no primeiro mandato. Os Associados Efetivos admitidos há menos de seis meses e os demais associados apenas gozam dos direitos consignados nas alíneas f), g), i), D, k) e I) do nº 1 e bem como do referido na alínea a) do mesmo número, mas sem direito a voto. Os Associados fundadores e os designados para o primeiro mandato dos órgãos sociais gozam imediatamente de todos os direitos previstos neste artigo. São considerados Associados fun-dadores, para efeito deste artigo, as pessoas que tomaram parte ativa na fundação da associação, constantes da listagem ratifi cada na primeira ata da Assembleia Geral, sendo por inerência também Associados efetivos. Os Associados que façam parte do Corpo de Bombeiros não poderão discutir em Assembleia-geral assuntos respeitantes à organização e disciplina do Corpo.

São deveres dos Associados Efetivos, detentores de plena capacidade de exercício, além de outros previstos na lei geral: a) Honrar a Associação em todas as circunstâncias e contribuir quanto possível para o seu prestígio; b) Observar, cumprir e fazer cumprir as disposições legais, estatutárias e regulamentares; c) Acatar as deliberações dos Órgãos Sociais legitimamente toma-das; d) Exercer com dedicação, zelo e efi ciência os cargos sociais para que foram eleitos ou nomeados, salvo pedido de escusa por doença ou outro motivo atendível, apresentado ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral e por este considerado justifi cado; e) Participar previamente, fundamentadamente e por escrito a cessação da atividade nos cargos sociais ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral; f) Zelar pelos interesses da Associação, comunicando por escrito à Direção quaisquer irregularidades de que tenham conhecimento; g) Pagar pontualmente a quota fi xada; h) Comparecer às Assembleias-gerais cuja convocação tenham requerido; i) Comunicar por escrito à Direção o local de pagamento das quotas e qualquer situação que altere os seus elementos de

identifi cação, designadamente a mudança de residência; j) Tratar com respeito e urbanidade a Associação, as suas Insígnias, órgãos sociais, respetivos titulares, comando, bombeiros, colaboradores da Associação e todos com quem, na qualidade de associado, se relacione. I) Os demais associados estão dispensados dos deveres das alíneas d), e), g) e i). Constitui infração disciplinar, punível com as sanções estabelecidas nos artigos seguintes, a violação, pelo associado, dos deveres consignados no artigo 10°.

A perda da qualidade de associados: a) Os que tiverem sido punidos coma pena de expulsão, nos termos do artigo 16°, ou demitidos nos termos do Regulamento do Corpo de Bombeiros; b) Os que pedirem a exoneração; c) Os que não pagarem as quotas correspondentes a vinte e quatro meses, seguidos ou interpolados, se não satisfazerem o débito no prazo de trinta dias a contar da notifi cação para regularização da situação contributiva. 2. A perda da qualidade de Associado pelos motivos referidos na alínea a) é da competência da Assembleia-geral. 3. A perda da qualidade de associado pelos motivos referidos nas alíneas b) e c) do número interior é da competência da Direção. 4. O Sócio que por qualquer forma perder essa qualidade deverá obrigatoriamente devolver o documento de identifi cação e não terá direito a reaver as quotas que haja pago, sem prejuízo da sua responsabilidade por toda a atuação em que foi membro da Associação.

Está conforme ao original e certifico que na parte omitida não há nada em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 21 de fevereiro de 2013A Notária, Sónia Maria Alcaravela Onofre(Jornal de Abrantes, edição 5505 de Março de 2013

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27MARÇO 2013 PUBLICIDADE

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

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João Alberto Ribeiro Rodrigues

29.12.1940 - 27.01.2013

AGRADECIMENTOQueremos agradecer a todos os companheiros Combatentes do Ultramar, companheiros de trabalho, camaradas de luta, amigos e amigas que neste dia e neste percurso de dor e sofri-mento nunca nos abandonaram e estiveram sempre presentes fisicamente ou não, mas que se lembraram sempre dele com muito orgulho e com saudade!Por fim a toda a equipa do Dr. António Silva do Hospital de Abrantes e principalmente ao IPO de Lisboa que foram a nossa família e o nosso pilar nestes últimos meses tão duros! Sem esse apoio não teríamos a mesma força para encarar esta perda tão grande! Um bem haja a todos!«A sua afeição por nós não se apagará nunca, a sua memória ficará eternamente gravada nos nossos corações.»

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