jornal brasil atual - peruibe 13

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Jornal Regional de Peruíbe www.redebrasilatual.com.br PERUÍBE nº 13 Julho de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Mariana Silva luta por nós nos Jogos Olímpicos de Londres Pág. 7 OLIMPíADA VAMOS LÁ Cidade perde bioma da área nativa e vegetação de restinga Pág. 7 ECOLOGIA DESMATAMENTO Dilma tem índice de aprovação que chega a 59% de bom ou ótimo Pág. 2 PESQUISA APROVADÍSSIMA SAúDE A gestão foi privatizada em Peruíbe. Mas há muita coisa mal explicada para a população Pág. 3 O QUE ANDA MAL NO TRATAMENTO 300 famílias – caiçaras, índios e quilombolas – lutam para viver na terra de seus ancestrais MEIO AMBIENTE A JUREIA DOS POVOS

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Page 1: Jornal Brasil Atual - Peruibe 13

Jornal Regional de Peruíbe

www.redebrasilatual.com.br peruíbe

nº 13 Julho de 2012

DistribuiçãoGratuita

Mariana Silva luta por nós nos Jogos Olímpicos de Londres

Pág. 7

olimPíada

vamos lá

Cidade perde bioma da área nativa e vegetação de restinga

Pág. 7

ecologia

desmatamento

Dilma tem índice de aprovação que chega a 59% de bom ou ótimo

Pág. 2

Pesquisa

aprovadíssima

saúde

A gestão foi privatizada em Peruíbe. Mas há muita coisa mal explicada para a população

Pág. 3

o que anda mal no tratamento

300 famílias – caiçaras, índios e quilombolas – lutam para viver na terra de seus ancestrais

meio ambiente

a jureia dos Povos

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2 Peruíbe

expediente rede Brasil atual – peruíbeeditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800 Contato publicitário Guiomar Batista telefone (13) 3458-5503 e-mail [email protected] tiragem 6 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

editorialHá duas belas reportagens neste jornal Brasil Atual-Peruíbe.

A primeira trata da gente que mora na Jureia. Lá, caiçaras, índios e quilombolas de 300 famílias estão em luta para ficar no lugar que pertenceu aos seus ancestrais. Para isso, eles de-pendem que os deputados da Assembleia Legislativa se posi-cionem de vez sobre o projeto que transforma partes da região em Reservas de Desenvolvimento Sustentável, RDS. O pes-soal promete resistir à Polícia Militar, caso ela entre na Jureia para cumprir uma ordem da Justiça de retirada dos morado-res. Esperamos que não se consume o absurdo que ocorreu em São José dos Campos, com o desalojamento da comunida-de do Pinheirinho, que até hoje continua ao deus-dará.

Outra coisa mal explicada é o tal contrato de R$ 24,6 milhões anuais que a Prefeitura assinou com a Organização Social Edu-cacional Paulistana para gerir a saúde na cidade. Há suspeita de que a gestão começa com quadro insuficiente de funcionários, de irregularidades formais no contrato e de que o funcionalismo re-ceberia parte dos vencimentos de um caixa dois, para não constar de seus holerites. É bom ficar de olho. É isso. Boa leitura!

Presidenta é queridíssimaAprovação lá em cima: 59% acham governo bom ou ótimo

Pesquisa

A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff manteve-se estável, em 77%, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confede-ração Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 29 de junho. Já a aprovação do governo subiu, de 55% para 59% dos entrevistados, que consideram o governo bom ou ótimo. Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores de-saprovam a maneira de Dilma de governar; 5% não soube-ram responder a esse quesi-to. Na pesquisa anterior, o

percentual de desaprovação era de 19% e variou dentro da margem de erro. O índice dos que consideram o gover-no “regular” oscilou negati-vamente de 34% para 32%. Manteve-se estável em 8% o percentual dos que classifi-cam o governo como “ruim ou péssimo”. Dos entrevista-dos, 1% não soube responder sobre a gestão. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios.d

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violência

estupros crescem na baixadaMas Peruíbe reduziu casos de nove para um este ano

As ocorrências de estu-pro na Baixada Santista au-mentaram 8,63% no primei-ro quadrimestre deste ano. Foram registrados 239 es-tupros de janeiro a abril. No mesmo período de 2011, fo-ram 220 casos, conforme es-tatísticas do governo do Es-tado. Itanhaém foi a cidade que teve maior crescimento de ocorrências: 107,6% (27 casos) e o Guarujá foi a ci-dade com a maior incidência de estupros, 61, um acrésci-mo de 12,96%. Praia Gran-de aparece logo na sequên-cia, com 53 casos, aumento

de 29,2% em comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Três municípios re-duziram os estupros nos seus territórios: São Vicente, de 45 para 34 casos; Bertioga de oito

para dois; e Peruíbe de nove para uma ocorrência. Já Ita-riri não registrou ocorrência alguma – seu único caso, em 2011, foi no primeiro qua-drimestre.

estupros na baixada santistacasos

ano

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2202011 2012

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3Peruíbe

gestão começa com quadro insuficiente de funcionários

irregularidades no contrato

caixa dois paga o pessoal?

outras suspeitas

OSEP assume a saúde da cidade; experiência em Osvaldo Cruz traz desconfiança a Peruíbe

saúde

Desde maio, a saúde de Peruíbe é gerida pelo modelo de gestão compartilhada: uma Organização Social de Saúde (OSS) divide, agora, a respon-sabilidade com a Prefeitura Municipal pelos serviços da pasta. Com um contrato firma-do de R$ 24,6 milhões, a Or-ganização Social Educacional Paulistana (OSEP) assumiu “o gerenciamento – e consequen-te reestruturação da gestão – e a execução dos serviços de saúde no Pronto Socorro, Hos-pital, Maternidade Municipal

e Ambulatório de Especiali-dades”. A Secretaria de Saúde fiscalizará as ações no cumpri-

mento contratual no convênio com a OSEP e as metas que têm de ser atingidas.

A vereadora Onira Betio-li (PT) protocolou requeri-mentos na Câmara Munici-pal questionando o contrato firmado entre Prefeitura Mu-nicipal e OSEP. A vereadora quer saber por que a licita-ção adotada não foi a de concorrência pública. Outro ponto é sobre o conhecimen-

to do contrato por parte do Conselho Municipal de Saú-de e o posicionamento sobre a sua legalidade. “A série de informações que solicitamos visa analisar a legalidade e o efetivo trabalho desta Orga-nização Social, que receberá mais de R$ 24 milhões por ano” – disse a parlamentar.

O ex-conselheiro de saú-de, José Carlos de Castro, também levanta suspeitas sobre o dinheiro investido no contrato com a OSEP. Segun-do ele, houve um decréscimo de quase R$ 8 milhões de in-vestimentos na saúde de 2011 para 2012. “Eu não sei qual é a mágica. A Prefeitura as-sinou um contrato de R$ 24 milhões mas, no ano passa-do, um orçamento de R$ 32 milhões na saúde mostrou-se insuficiente e estourou o pre-visto. Não sei o que vai acon-tecer. Talvez eles comecem a economizar em exames, cha-pas de raios-X, etc.”. No fim de 2011, a Câmara Municipal

Sob o argumento da moder-nização e eficiência do sistema privado de saúde, a prefeita Milena Barghieri (PSB) afir-mou em seu blog que “aderir a esse modelo é uma tendência que vem dando resultado em outros municípios brasilei-ros”. No entanto, não é o que se viu em Osvaldo Cruz, a 85 km de Presidente Prudente. Em 2010, a mesma OSEP teve o contrato rescindido com a Santa Casa de Misericórdia da cidade, após três meses de tra-balho, por não apresentar re-

sultados eficientes à frente do hospital. Segundo o provedor da instituição na época, Ciro Durighetto, a OSS havia dito que a instituição, que tinha dí-vida de mais de R$ 2 milhões, daria lucro após três meses. Não foi o que aconteceu. Não houve mudanças significati-vas de gestão e os funcioná-rios da Santa Casa ficaram in-satisfeitos com a forma como eram tratados pela OSEP: “Se é para ficar na situação que es-tava, ficamos nós” – afirmou Durighetto.

Uma médica de Peruíbe, que preferiu não se identificar, afirmou à reportagem do Bra-sil Atual que nesses primeiros meses de gestão compartilha-da a OSEP está fazendo pro-postas aos profissionais da saúde para dar plantão após o expediente regular, já que a or-ganização não possui quadro suficiente de funcionários. Até aí, aparentemente, nenhum problema. Porém, “a forma de pagamento seria através de ‘caixa dois’, pois os médicos

não teriam esses vencimentos declarados em holerites” – disse a médica.

O contrato de trabalho dos profissionais de saúde não é mais de responsabilidade da Prefeitura de Peruíbe. A OSEP, agora, conduz as contratações e exonerações do setor. A forma de contratação, outrora pelo re-gime estatutário – que garante estabilidade na carreira após três anos de serviços –, passa a ser CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) – com me-

nos garantias e celebrado por um contrato de trabalho. A mé-dica conta que o procedimento padrão das OSS “é precarizar todo vínculo trabalhista”, a ponto de expor os funcionários a todos os tipos de assédio.

de Peruíbe aprovou o pla-nejamento orçamentário de 2012 (LDO – Lei de Diretri-zes Orçamentárias) e chamou a atenção para a subvalori-zação ou supervalorização de alguns pontos relativos à saúde e à vigilância sanitá-ria. No ano passado, a des-tinação orçamentária para a “Assistência Farmacêutica – Atenção Básica” – remédios simples como dipirona – era de R$ 600.000,00 e este ano caiu para R$ 156.000,00. Já a Gestão e Administração de Programas – relativa a com-petências burocráticas – sal-tou de R$ 800.000,00 para R$ 2.700.000,00.

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4 Peruíbe

a ameaça que ronda 300 famílias da jureia, um paraíso encravado na mata atlântica

caiçaras, índios, quilombolas

meio ambiente

Uma rara reserva de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, que possui biomas riquíssimos e uma população tradicional de mais de 300 famílias de cul-tura secular, corre o risco de ser descaracterizada por um Projeto de Lei (PL) do go-vernador Geraldo Alckmin, encaminhado em fevereiro à Assembleia Legislati-va (Alesp). A convivência harmoniosa entre homem e meio ambiente na região da Jureia pode ter fim com a alteração dos limites da Es-tação Ecológica Jureia-Ita-tins, (criada em 1986, com

cerca de 80.000 ha) e a criação de um Mosaico de Unidades de Conservação: algumas áre-as de maior densidade demo-gráfica, como a Barra do Una e o Despraiado – que abrange cerca de 60% do povo local – seriam transformadas em Reserva de Desenvolvimen-to Sustentável (RDS), onde haveria presença humana e o desenvolvimento de algumas atividades agropecuárias. Já os outros 40% de moradores da região – formados também de caiçaras, quilombolas e in-dígenas – que estão isolados em comunidades menores não encampadas por essas duas

uma história de resistência. aos militares e aos civis No fim dos anos 1970, a

Jureia foi alvo da política nu-clear da ditadura militar e do setor imobiliário especulati-vo, que pretendia empreen-der condomínios luxuosos. A audácia desses projetos era tamanha que até uma estrada adentraria a serra e cortaria a planície do rio do Una do Pre-lado. Em 1980, o general João Figueiredo firmou um acordo com a Alemanha para a insta-lação das usinas nucleares 4 e 5, numa área de 24.000 ha da região. O projeto sofreu críticas de organizações eco-lógicas nacionais e internacio-nais, o que levou o general a promulgar novo decreto ‘pro-tegendo o meio-ambiente’. O programa nuclear não foi concretizado. Até 1985, as desapropriações dos morado-res não foram realizadas pela Nuclebras. O prazo de caduci-dade das desapropriações – de cinco anos – expirou, dando aos antigos proprietários a chance de reaverem a posse das terras que ocupavam.

Há tensão e medo entre os moradores da Jureia. A falta de decisão dos deputados estaduais de transformar o projeto de lei que cria na região Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), assegurando o direito de permanência das comu-nidades na área, fez a população local preparar--se para o pior. Em julho, algumas pessoas co-meçaram a receber uma notificação exigindo que saíssem de suas casas. A comunidade promete resistir. Por Enio Lourenço

reservas, teriam sua perma-nência histórica ameaçada pela nova recategorização e poderiam ser expulsos da floresta. Os povos da Ju-reia estão insatisfeitos. Há intensas manifestações de associações de moradores, que repudiam o projeto. Por isso, a Alesp promoveu três audiências públicas em maio – uma em Peruíbe, ou-tra em Iguape e a terceira na Alesp, que reuniu mais de 200 pessoas, boa parte de-las vindas em caravanas do litoral sul – visando mudar o projeto inicial do governo e chegar a um consenso.

Em sua dissertação de mes-trado, a geógrafa Carolina Peixoto aponta que “o empre-endimento nuclear representa-va uma ameaça ao ambiente natural e social, mas acabou por proteger as terras da espe-culação imobiliária, o que não quer dizer quer as relações en-tre a Nuclebras e os moradores não tenham sido coercitivas”.

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5Peruíbe

a ameaça que ronda 300 famílias da jureia, um paraíso encravado na mata atlântica

uma história de resistência. aos militares e aos civis

Em 1986, o governador Fran-co Montoro criou a Estação Ecológica Jureia-Itatins, com a extensão atual, que abrange os municípios de Peruíbe, Iguape, Miracatu e Itariri, para garantir a integridade dos ecossistemas e da fauna e flora ali existen-tes. As atividades primárias – caça, pesca, extrativismo – foram limitadas para atender a

nova legislação. Foi assim que a população tradicional do lu-gar mudou seus hábitos e cul-tura para sobreviver.

Por outro lado, foi uma lei de 2006 que criou o pri-meiro Mosaico da Jureia e possibilitou aos moradores se reorganizarem, lutarem e apresentarem a contrapropos-ta ao governo de unidade de conservação que eles queriam. Segundo a vice-presidente da União dos Moradores da Ju-reia (UMJ), Adriana Souza Lima, “o pessoal aceitou o modelo do mosaico para não perder a oportunidade de asse-gurar a permanência de parte da população, mas o objetivo era incluir todas as comuni-dades”. Mas a esperança dos moradores de viver com es-tabilidade e possibilidade de manejo sustentável dos recur-sos naturais ruiu rapidamente.

Em 2009, o Ministério Público Estadual (MP-SP) elevou a reserva novamente à condição de Estação Ecoló-gica porque, segundo a Lei,

apenas o governador poderia legislar sobre o meio ambien-te. Para a defensora pública Maíra Coraci Diniz o gover-nador da época, José Serra, “deveria ter encaminhado o projeto para resolver a situa-ção dos moradores da Jureia”. Em abril de 2010, novo pro-blema. O Grupo de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do MP-SP pediu, e a Justiça es-tadual concedeu, liminar para a retirada de todos os morado-res, tradicionais ou não, sob a justificativa de realização de estudos no local, mas a defen-soria pública conseguiu sus-pendê-la até o dia 7 de julho passado. A defensora Coraci também encaminhou recurso ao Supremo Tribunal de Justi-ça (STJ), mas que está parado há oito meses sem julgamento. “Se for necessário, eu vou re-correr ao STF ou à OEA, pois existem convenções e tratados internacionais que garantem o direito dos povos tradicionais aos seus territórios” – finaliza a defensora.

“o lugar é nosso”

A vice-presidente da União dos Moradores da Ju-reia (UMJ), Adriana Souza Lima, afirma que a região sempre se orientou por proje-tos preservacionistas, que não concebem homem e floresta dividindo o mesmo espaço e propõem que, para o territó-rio ser preservado, não exista a presença humana. O projeto de Lei que está para ser vota-do na Assembleia Legislativa não é diferente. A consequên-cia, segundo ela, é “uma polí-tica que tira o homem do seu território, jogando-o nas pe-riferias das cidades, criando favelas e levando-os, muitas vezes, à criminalidade. Isso vai na contramão do que o mundo pensa hoje”.

Sobre a hipótese de a for-ça policial entrar para cum-prir a determinação judicial, o presidente da UMJ, Dauro Marcos do Prado, é enfático: “Resistimos há 26 anos a uma política ambiental criminosa, que não defende o meio am-biente nem se preocupa com a questão social. Queremos um acordo entre os Poderes Executivo, Legislativo e a comunidade para resolver esse conflito de uma vez por todas. Se as comunidades ficarem fora da RDS, o con-flito persistirá. E, se a polícia

entrar na Jureia, nós vamos enfrentá-la, sim”.

O pessoal também quer que seja criado um amplo es-paço para o manejo sustentá-vel dos recursos. O morador Arnaldo Júnior, de Iguape, enxerga o projeto de lei do governo mais como um assen-tamento fundiário do que uma RDS. “Como uma RDS, você tem que ter grandes áreas para explorar um recurso e dar um tempo para que ele se regene-re. Assim, você vai para outra área, para gerar renda e traba-lho para as pessoas.” Arnaldo lembra que Iguape entrou em declínio quando a Jureia passou à condição de Estação Ecológica. “Até a década de 80, a cidade vivia da explo-ração da caixeta, mas desde que a atividade passou a ser criminalizada, o resultado foi a exploração clandestina da madeira, que levou a espécie quase à extinção” – afirma. Agora, a proposta é o mane-jo sustentável da caixeta, que sairia de barco da floresta e abasteceria uma indústria de lápis específica. O intuito é que os lápis sejam fornecidos aos alunos de escola pública. “Esse é um grande passo e um exemplo que a gente pode dar para o Brasil. E essa é a hora” – conclui ele.

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6 Peruíbe

Política

trocando em miúdos Por Guiomar Batista Carnaval div

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PositivoCom as altera-ções na legisla-ção eleitoral de 2009, esta será

a primeira eleição municipal onde os candidatos a prefei-to devem registrar suas pro-postas no Tribunal Superior Eleitoral. E o cidadão pode conferir no site <www.tse.jus.gov>. Nada mais oportuno e transparente.

Mudou de ladoQuem virou a casaca foi o vice-prefeito Nélson do Posto (PR). Amigo do peito de Gílson Bargieri (PSB), ele rompeu com seu antigo grupo, ensaiou candidatura própria e

foi parar nos braços de Ana Preto. Não pegou bem.

Pode?Um dos motivos da não candidatura de Julieta foi a condição de inelegibilidade – as contas dela foram rejeitadas no Tribunal de Contas. Se é isso, como assumir um cargo na Prefeitu-

ra se ela se enquadra na Lei da Ficha Limpa Municipal?

Poder econômicoNessa eleição, as leis – tanto a municipal quanto a do Tribunal Superior Eleitoral – tornaram as propagandas e os gastos de campanha mais rígidos. Por isso, será

mais difícil prevalecer o poder econômico nas campanhas.

NegativoA reviravolta na trajetória de muitos po-líticos locais

que, de uma hora para outra, tratam aliados como adver-sários e adversários históri-cos como aliados. O pessoal acha que o povo não sabe ver o oportunismo de oca-sião. Lamentável.

MulheresPassadas as convenções, a campanha, ainda morna, está nas ruas. O povo de Peruíbe de-cidirá por uma mulher como administradora: Onira Betioli (PT), Milena Bargieri (PSB) e

Ana Preto (PTB). Nunca Peruíbe viu uma eleição assim, só de mu-lheres. É inédito, e ocorrerá em poucas cidades brasileiras.

Coragem para mudarO PT demonstrou força ao construir a coli-gação Coragem Para Mudar, com o PSC e o PSD. Quem apostava no isolamento da lide-rança maior, Onira Betioli, quebrou a cara.

Ela tambémQuem aderiu à candidatura de Milena Bar-gieri (PSB) foi o ex-prefeito Mário Omuro (PPS). Eles eram adversários ferrenhos. Ato seguinte, Julieta Omuro (PPS) foi contratada

para ser secretária municipal da prefeita! Vixe Maria!

VoltouQuem voltou ao cargo de presidente do PMDB local foi Armênio Pereira. Ele fora substituído pelo médico Dr. Valdez Lopes. Vai entender!

Falando nisso...Falando em ficha limpa (ou suja) quem tam-bém está inelegível no site do TSE é o ex-pre-feito Gílson Bargieri, por causa do escândalo da “merenda”. Veja em <www.tse.gov.br>.

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7Peruíbe

e aumenta o desmatamento Cidade é a única a perder vegetação de restinga

ecologia

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacio-nal de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram estudo que registra que Peruíbe per-deu 12 mil hectares do bioma, em 2010-2011. O dado foi publicado no Atlas dos Rema-

nescentes Florestais da Mata Atlântica. Peruíbe e mais 21 municípios do Estado regis-traram perda de áreas nativas. A Mata Atlântica é o bioma mais ameaçado do País, onde restam apenas 7,8% dos rema-nescentes florestais.

somos mariana silvaEstamos na Olimpíada de Londres

jogos olímPicos

A judoca peruibense Mariana Silva, 22 anos, faz parte da Seleção Brasileira e vai lutar na categoria meio- -médio. Eleita a musa do judô por sua beleza nos tatames, ela começou a praticar o es-porte na escolinha de Peruíbe e na Associação Budokan. Com garra, ganhou uma bol-sa de estudos e treinou cin-co anos no Japão. Ao voltar, fez parte da Associação de Judô Rogério Sampaio, do campeão olímpico em Bar-

Festa até nas dunasO segundo Peruíbe Jeep Fest

evento

A farra reuniu 500 jipeiros na Praia do Centro, de 6 a 8 de julho. Marcaram presença 150 jipes, diversos quadrici-clos, motos e clubes tradicio-nais como Lama Negra, Mar-cha da Lama e Off Road da Baixada Santista. As equipes se equilibraram na gangorra para carros e se aventuraram

por trilhas na zona rural, mon-tanhas da Mata Atlântica e pe-las dunas da cidade.

subiuDesde 1º de julho

Pedágio

Total da conta de ida e volta São Paulo a Peruíbe: R$ 27,00 – a tarifa na Anchieta-Imi-grantes saltou para R$ 21,20 e, para voltar, pagam-se R$ 5,80 na rodovia Padre Manoel da Nóbrega. O aumento encarece o custo de vida, pois acaba re-passado ao preço da passagem de ônibus e de fretes.

celona-1992 e, hoje, compete pela Universidade Gama Fi-lho, do Rio de Janeiro.

Mariana ganhou a meda-lha de prata no Campeana-do Pan-Americano de 2011, em Guadalajara, e a de bronze na edição de 2010, em San Salvador. Ela tam-bém conquistou medalha de bronze no Campeonato Mundial Junior de 2009, em Paris, e este ano vai tentar um ouro com a Seleção Bra-sileira nos Jogos Olímpicos.

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8 Peruíbe

Foto síntese – área monitorada

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Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

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Palavras cruzadas

APARtAMEntOtORAPSERRPARAbARAtRibuLARiPAnuMERiCOAORAAMEnOLAgORACRHOMEMnAtEAtOnAHAREMROSCAiSE

Horizontal – 1. Cada uma das unidades residenciais, em prédio de habitação coletiva 2. grande tronco de madeira 3. Sigla de Roraima; Estado brasileiro onde fica uma parte da Floresta Amazônica; botequim 4. Causar tribulação, afligir 5. instrumento manual, usado para cavar ou remover terra e outros materiais sólidos; Relativo a número 6. Adv. (ant.) Agora; Suave 7. imediatamente, já; Clube do Remo 8. O ser humano, a humanidade; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar 9. Sílaba que não tem acento tônico; Parte do palácio de um sultão muçulmano onde ficam as mulheres 10. Sigla do Estado de Rondônia; Despenca; igreja episcopal

vertical – 1. Causar algum tipo de impedimento ou perturbação 2. Porta, de madeira ou de ferro que, a partir da rua, dá acesso a um jardim público ou a uma casa, edifício etc.; nome de famoso treinador brasileiro de futebol, de sobrenome glória 3. Atmosfera; galho 4. Série ou conjunto de roubos (plural) 5. ghraib, famosa prisão iraquiana; País situado na extremidade oriental da Península Arábica; 6. Colocar em posição reta e vertical 7. República parlamentar federal de dezesseis estados cuja capital é berlim 8. Sigla do Estado do Espírito Santo; Medida agrária; gemido 9. Entreter-se, distrair-se 10. Chá, em inglês; Pessoa que mostra cortesia, amabilidade, gentileza 11. Curso de água doce, Letra anterior ao ene

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