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AIVSO II niO DE JANEIRO, OLARTA FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 1010M i*7 J?^H_ME«P^F^ ESTE JORNAL PUBLICA 08 RETRAT08 DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES CARNAVAL!!!

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AIVSO II niO DE JANEIRO, OLARTA FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 1010 M i*7

J?^H_ME«P^F^

ESTE JORNAL PUBLICA 08 RETRAT08 DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES

CARNAVAL!!!

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»••GRANDES CORRIDAS EM RATAPOLIS O TICO-TICO¦¦ .V • 7"-"

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D 0 prado de Ratapolis está cheio de povo de sapos,que viviam juntos nesse tempo.

2) Deram o signal de partida para ogrande prêmio.

3) Os jockeys, ratos e sapos, partirammontados em gafanhotos.

5) Saltando esse riacho o jockey Ratão cahiu4) Mas na pista havia um do gafanhoto que montava...

riacho a saltar.

•/.*.- ¦¦t'K^j^^^r^^k-\..\'^x^^^'^^.tí ""•¦'' '4£BfiWJHr^ I

6) ...e foi seu rival o jockey Sapo-mcdo pela multidão.

acclama- ~) O jockey Ratão ficou tão desgostoso com essaderrota que se suicidou,atirando-se em uma ratoeira.

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EXPEDIENTEEDIÇÃO DE 24 PAGINAS

A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal illustrado paracreancas.no qual collabo-ram escriptores e desenhistas de nomeada.

Redacção, escriptorio e officinas, rua do Ouvidor,n. 161 e Rosário, n. 173.

Condições da assignatura:

interior: I anno, 11 $000, 6 mezes 6$000exterior: 1 » 20$000, 6 » 12S000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.

Conci

O TICO-TICO

Rogamos aos nossos assignantes que nos enviem o nu-mero de seus recibos — sempre que tiverem de fazer qual-quer reclamação relativa à entrega deste semanário ouparticipação de mudança de residência. Assim como o nomeda localidade em que estavam residindo.

E' esse o melhor meio para providenciarmos prompta-mente, como nos cumpre e desejamos.

Toda a correspondência—pedidos de assignaturas, etc.deve ser dirigida ao escriptorio e redacção d'0 Malho,rua do Ouvidor, n. 181, antigo 132, Rio de janeiro.

As lições de voyôMeus netinhos :

Acabou-se o Carnaval I...Trez dias de folguedos, trez dias de loucura, que se fo-

ram, envoltos em confetti, serpentinas e lança-pcrfume...Quantas recordações !... Todo o Rio apinhára-se nas

ruas para assistir o desfilar dos prestitos; e como estavamlindos I... Hein ?

Que bellos carros I Quanta luz differente. espargindoem torno seus variados matizes I .. Km todos os cantosbatalhas cerradas, o tradicional «Você me conhece ? » e onão menos clássico Zé Pereira.

Como esteve bonito o Carnaval !...Agora pergunto : Quem foi o seu inventor ? Como foi

elle introduzido entre os povos ?A historiado Carnaval, meus netinhos, é muito curiosa

e vem de muito longe. Vamos buscar a sua origem nasfestas intituladas bacchanaes, saturnaes e lupercaes dacivilisação antiga.

Assim, para festejarem os mysterios de Baccho, deusdo vinho, as sacerdotizascorriam deante e sua estatua,semi-nuas, tendo sobre o corpo apenas uma pelle de tigree na cintura folhas de parreira. Dansavam desatinada-mente, tendo nas mãos thyrsos ornados com trepadeiras etochas accesas, deixando escapar de vez em quando umViva üaecho I

A esses gritos confusos misturavam-se os ruídos dostambores, sinos e clarins. Essas baechantes eram segui-dasrpor um numeroso cortejo de homens e mulheres fan-taziados, uns a pé, outros sobre asnos, completamente em-briagados. Traziam cabritos para offerecerem a Baccho.

lira com esses festejos, que Celebravam os Gregos eRomanos o dia do deus Baccho. Os Gaullezee, serviam-setambem d'elles para glorificar o Sol.

A analogia entre essee disfarces e os nossos mascarasdo Carnaval entra pelos olhos, como se costuma dizer.Mas, como conceber, meus netinhos, que essas festas pa-gãs fossem adoptados pelos christãos ? Corno, depois deterem abjurado Pai Baccho e Saturno, conservaram as bac-chanaes, saturnaes e lupercaes?

E' porque é mais fácil abjurarem-se os ídolos do que oscostunes idolatras.

No fim do século IV, S. Taciano, bispo de Barcelona,no intuito de fazer cessar essas ceremonias, escreveu umlivro. lisse livro perdeu-se, mas S. Taciano, em uma ou-tra obra diz que as suas exhortações de nada tinham ser-vido, de tal modo se tinha arraigado esse costume. Con-tinuaram a fantaziar-se de animac-s e atravessar as ruasdas cidades.

O Carnaval é pois, um legado da civilisação anliga.Não se sabe ao certo a sua origem; parece, no emtanto,

provir do Edcn e ser tão antigo quanto Deus, pois tendoelle creado um homem «á sua imagem» e dado a elleuma companheira, fora esta tentada por uma serpente dis-farçada.

T^f^'íbncorrerri"sòbremaneira para estaasserção asbaecha-

naes, nas quaes se ouviam gritos de Eva I Eva IEsses festejos existiam tambem entre outros povos:

os Egypcios tinham a festa ao boi apis, os Judeus os fes-tejos a phurim, para celebrar a queda de Aman; a cybele;a festa dos doidos e innoccntes da Edade Media e o Car-naval de Veneza, Roma, Nápoles e Paris.

O Christianismo conseguiu tréguas por um lapso detempo muito curto, voltando novamente as mascaras. Ter-tuliano.Cypriano, Clemente de Alexandria, João Chrysosto-mo, santos da egreja, condemnaram em vão as dansas car-navalescas.

Na Edade Media, pelo Natal, as egrejas eram theatrosonde se exhibiam verdadeiros carnavaes em honra ao nas-cimento do Salvador.

Carlos VI inventou os bailes a fantazia,o que lhe custeua vida num d'elles em que se achava fantaziado de urso.

Henrique III corria pelas ruas fantaziado e seguidopelos seus subditos, tambem mascarados, misturando seao povo.

Os carnavaes mais bonitos são os de Veneza, Nice e Riode Janeiro.

Terminado o Carnaval, meus netinhos, vêm a Quarta-feira de Cinzas e a Quaresma. Cinzas é o primeiro diada Quaresma, é a ceremonia com que é aberto esse tempode penitencias e mortificações. O sacerdote,depois de haverbenzido as cinzas colloca-as, fazendo uma cruz natjsta dos fiais. Chama-se esta ceremonia,' ir tomar cin-zas. Na occasião em que põe as cinzas pronuncia o sacer-dote as seguintes palavras em latim: Memento homo quiapulvis es et in pulverem reverteris,cuja. traducção é aseguin-te : «Lembra-te que és pó e que empo te tornarás». Essaceremonia tem por fim lembrar ao homem que não se devedeixar dominar paio orgulho, que deve ser humilde e sub-misso deante de Deus, que deve ter sempre em vista asseguintes palavras «Sê perfeito».

A Quaresma são os quarenta dias em que jejuou JesusChristo e foi instituída pela Egreia Catholica comofesta religiosa.

Vovô

Inaugurou-se a 1* do corrente, á rua S. Luiz Gonzaga,um novo estabelecimento sob a denominação de CinemaBijou.

O Cinema Bijou foi installado a capricho, muito re-commendando os seus propiietarios, que envidaram osmaiores esforços para proporcionar todo o conforto aopublico.

O Tico-Tico agradece as distineções dispensadas aoseu representante.

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A Interessante menina AIDA SOARES SAMPAIO, dilema lllhlnha do Sr.José Soares da Silva, cie 3 annu*- de edade e residente

á rua Kngfnho Novo. Apezar de pequeniKt, Aida* já distingue oChiquinho, com quem muito avalisa... n..a traquinagena.

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O TICO-TICO

__l__i 1 ^<f—: „_??,^_f^7^T^v!_r ^^nii

0 anniversario do padrinhoMONÓLOGO

C//7I menino, tendo nas mãos um vaso com flores, entraprecipiladanicnle;alira sobre uma cadeira a capa e o chapéu etomando um lenço enxuga 0 roslo.

Uff ! que corri ' Mas não ha tempo a perder. (Vendoum Almanach d'0 Tico-Tico sobre a mesa). .

Se esse almanach me tivesse cahldo sob as vistas,palavra, que teria esquecido por completo o anniversariodo padrinho.

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Hu ____ __iK'í\. r_i__í?

1 I_E__BWP^R ^^'„_^v5í>*.PB Í1Ê4''''-^^^

eÊÊÊÊÈÊÊ

1 Vaev Vejamos .' (Co/-toca ?;a «icra pa-pe/, lápis, tinleiro,mataborrão e sen-

Ia-se). Não se trata de passear,massim de compor, num quarto de ho-ra, uma linda quadrinha. Pois opadrinho adora os versos... (In-slalla-se em frente de uma Jolhade papel, dando pancadas na testa).

Xão sai iuua. .. O' musa, inspira-me 1 (Começa a êscre-ver, exclamando).

Queira acceitar, meu padrinho... Oh ! oh ! (Contandopelos dedos). Um, dous, trez, quatro, cinco, seis, sete pés.um numero auetorisado pela lei. Isto é que se chama sorte,um verso tão bonito I (Aspirando o cheiro). Que cheiro fortetêm esses cravos 1 Faz-me dôr de cabeça e perturba-me asidéias. (Põeo vaso num canto). Vamos... não percamos umtempo precioso.

Queira receitar,meu padrinho,Esta pequena lembrança,

E agora ? onde vou encontrar uma rima para lem-branca ?

São rosas que sem tardança,

Oh I perfeitamente I Terminemos :

Vão perfumai" o seu ninho.

Hum, hum... As rosas são caras e alem d'isso não sãorosas que lhe envio e sim um vaso com cravos.

(Enxugando a /ronte) Como é terrível scr-se caipora ISe esse almanach me tivesse lembrado hontem á noite I...

Vamos vér outro :Borboleta dc mil cores,Disse : «meu filho, levanta...»

Original gracioso.. . (Contando pelos dedos). Sele pés IE" muito para uma borboleta...

Borboleta de mil cores,Disse: «meu filho, levanta...»

Está muito bom. continuemos... (O relógio bate novehoras). Céus I nove horas já e o trem parte ás novequarto! Depressa! Terminemos este bello começo (Sscreve).Ó padrinho gosta de litteratura. Quatro versos é pouco....mas chega, não ha mais tempo.

Borboleta de mil cores,Disse : «meu filho levanta,Oiha a manhã como encanta !Vai ao jardim buscar flores...»

Essa borboleta chamando-lhc seu filho ? Acho muitopara uma borboleia; que dizem ? Mas os grandes poetastêm tido idéias peioves. . .

(Ouve-se-o Irem apilai').-Ja ! Maldito relógio !... Onde está o vaso de flores ?

(Procura em todos os moveis). Um vaso de flores, não vôacomo um pássaro... {Vai buscal-oa um canto). Ah ! eil-olTinha-o collocado alli,por causa do cheiro que me aphyxia-va. . . (Colloca-o sob um dos braços, e, tomando no oulro acapa e chapéu de sol, prepara-se para $ahir), E os versos ?(Segura o papel). Terei dinheiro paia pagar a passagem ?(Procura, nervoso, em lodosos bolsos. Ouve-se f>.' apito doirem).

Não.. .Duzentos réis n"o bastam c nos trens não se fia.(Abre varias gavetas) Xada.. . Nada... Ah! até que emíi nl(Toma quatrocentos réise colloca-os no bolso).

Meu Deus ! como cheiram bem estes cravos. Mas forte tComtanto que não façam dôr de cabeça ao padrinho! (O treitapita para partir).

Ora, podiam muito bem esperar um pobre rapaz que vaicumprimentar seu padrinho.Corramos ! (Precipita-se pelaporta, deixando cahir a capae os versos. Ouve-se grilarnos bastidores). Meus versos!Oh ! deixei-os cahir 1 Que im-portal Sei-as de côr. Parodio ;um poeta não sabe os seusversos dc cór ?...

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^i-V"' .j'^_!^£ití^^^>^j'i-^**3áE^^^___l ¦ r

IPPsitt! Psitt! Conductorl Sim...

Dentro. . . cm baixo. . . na plataformague a tempo em casa do padrinho !

não importa onde...Comtanto que che-

(Traduzido por O. Pacheco')

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OPINIÃO DO EMBAIXA-DOR CHINEZ

Ora ainda bem 1 Não foi per-dida a minha viagem. Ainda quenão consiga realisar um tratado deimmigração com o Brazil, tereimuito que contar na China. Podereidizer que encontrei na RepublicaBrazileira duas verdadeiras maia-vilhas—o BROMIL, xarope extraor-dinario que cura qualquer tosse ein21 horas, e a SAÚDE DA MULHER,o melhor medicamento para todasas moléstias de senhoras c senho-,ritas.c^o o^vo <£Sp o^a o

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O TICO-TICO

iiimiMB mm m mis 11A CASA DE CAMPO

Para construir essa habitação não é preciso mais queuma folha dc papelão ou papel forte. Não o devem esco-lher resistente de mais pois partirá facilmente ao dobrarnem muito fino pois não se sustentará de pé uma vez a casaedificada.

Para a nossa construcção não carecemos de colla,o quepoupará as vestimentas dos nossos architectos ; uma vezpremptas. casa e dependências, o todo terá o aspecto dafig. 0.

A construcção carece de cinco partes : casa, chaminé,ligamento, cerca e arvores.

A casa (fig. 2;, é feita num só pedaço. Decalquem agravura 2, e levem esse decalque para o papelão escolhido.

Com o auxilio de um lápis, desenhem as portas e ja-nellas. Se tiverem uma caixa de tintas, poderão pintar otecto de vermelho, bem como os frisos das portas e ja-nellas.

Cortem o papelão, acompanhando sempre o traço ex-terior ; em seguida, com um canivete,façam as duas aberturas no tecto,que se devem achar no alto c á es-querda e que são indicadas pelas let-trás F F. Façam o mesmo com comas que se encontram á esquerda, dolado, marcadas com as lettras G G.

Essas quatro fendas são destina-das a receber as quatro pontas F F,que devem entrar nas fendas F F eG G (que entram em G G).

Fendam agora as linhas C, DD, E E, que terão um emprego d'aquia pouco.

Vocês devem ter visto que halinhas pretas feitas com um só traço e

As linhas pretas são para cortar ; as

mmt

iA chaminé

nesse desenholinhas pontuadaspontuadas para dobrar.

Dobrem afigura pelas quatrolinhas verticaes (isto é, que são decima para baixo da casa) e as ho-rizontaes.

0 edifício completa-se introdu-zindo-se as pequenas alças nasfendas correspondentes.

ç-J {*~\n ,~/V)

^fóA chaminé (fig. 4) deve ser

decalcada e dobrada segundo asindicações dadas para a casa.Introduzam a pequena alça''Ombreada na fenda do tecto in--'"'-"ada pela lettra B. (Vejam a fig.' • a esquerda e no alto).A parte da chaminé designada

e^trar na fenda A, fechando o tubo.

^í5A arvore

pela letra A deve

O ligamento (fig. 3) é destinado a unir o edifício ePrende-se a esse pelas alças C D E,que devem ser introdu-

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Fig. 2—Corpo da casa

zidas nas fendas abertas atraz da casa e que na fig. 1—cor-po da c.s.a—trazem as mesmas lettras.

A porta pode ser pintada de verde, como a cerca.Esta ultima (fig. 2) corta-se e dobra-se pela linha pon-tuada. Feito isto, colloca-a em frente a casa, como vêem no

desenho que representa a habitação terminada.

preciso escolher papel fino, como

Fig. I— O ligamento

Para as arvores épara flores,e verde.

Dobrem-n'o em oito e cortem o pequeno ramo quevêem na fig. 5. Desdobrem-n'o em seguida, para reparar

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O TICO-TICO

5F7L_JU num Í1IMM1 n

Fig. 3—A cerca

/ Mmmm iifiniffíiíinnife/Fig. —A casa edificada

os galhos, reunam-os por baixo com auxilio de um cordãoe.por meio de um alfinete, prendam a arvore ao solo.

Isto para as arvores pequenas; para as grandes po-nham mais galhos e prendam com um alfinete maior, quepode ser enrolado em papel verde para imitar o tronco.

Os vidros das janellas podem ser. feitos com papelchumbo ou com maíacheta.

Rosa, Amor e botão —& o titulo de uma harmoniosavalsa, composição da intelligente menina Joanidia Sodré,de 5 annos de edade, que acaba de nos enviar um exem-plar, o que muito agradecemos.

GALERIA DE HOMENS CELEBRESLAMENNAIS

Roberto dc Lamennais nasceu emSaint-Maloem Junho de 1872, na mesmarua onde nascera Chateaubriand. Per-lenciaauma família de armadores, en-nobrecida pelas cartas regias deLuiz XIV.

Sua educação foi muito descurada,devida ás innumeras desgraças que so-brevieram á sua família ; no emtanto, ojoven Lamennais deixava transparecerum ardor instinetivo de saber, um cara-cter arrogante c humor incorrigivel.Com a edade dc. doze annos lia mauslivros, devorava avidamente J. J. Rous-

seau; e é sem duvida ás suas primeiras impressões que épreciso attribuir a extravagância do seu espirito. No em-tanto, na edade das paixões, a crença religiosa despertoumais forte em seu coração e o joven Lamennais abando-nou o mundo e entregott^se ao estudo com um novo ar.',npara ahi buscar os alimentos da crença ; com vinte e r.jusannos fez a sua primeira communhão, mas já a sua vocd-ãopara o clero era grande. '

Em 1811 recebeu a coroa de ccclesiastico e entroupara o pequeno seminário Saint-Malo; cm 1814 voltou aParis e entrou para o seminário de Saint-Sulpicc; porémnão foi ahi grande a sua estadia. Finalmente, cm 1810, comtrinta e quatro annos, ordenou-se cm Rennes e foi a Paris

Lamennais

terminaro seu primeiro volume Ensaio sobre a indifje-ren$a em matéria de religião,que appareceu em 1817.

Foi a obra mais bella que sua penna produziu.O papa Léon XII admirava-o a ponto de ter em

seu oratório o retratro d'aquelle a quem chamavao «ultimo pai da egreja». Esse mesmo papa offere-ceu-lhe o cardinalato, que Lamennais não acceitou.Depois de haver publicado bellissima traducção daImitação de Jesus-Chrislo.dcclaiou-se contra as liber-dades gallicanas.

Depois da revolução de 1830 procurou elle asso-ciar os interesses catholicos aos interesses liberaes ereconstruir a sociedade ; com esse intuito foi funda-do o jornal U futuro e é d'ahi -que data o lamen-tavel desmoronamento d'esse grande espirito, cujaintelligencia fora comparada á de Bossuet.

Em 1834 appareceram as Palavras de um crente,que não eram mais do que um manifesto lançadobruscamente, em nome de Deus, contra os poderesda terra. O papa Gregorio XVI condemnou esselivro, pequeno em volume, mas giande em perver-sidade.

Lamennais foi membro da Assembléa con-stituinte de 1848. Falleceu a 27 de Fevereiro de1851

Os premios d'0 TIOO-TICOPagámos durante a ultima semana os seguintes :Oswaldo Noronha Carvalho, residente á rua Copenha

n. 2, Jacarépagua, 103, do concurso n. 421 ; Eduardo deMagalhães Gama, morador na estação de Benjamin Con-stant, 10$, do concurso n. 408, por intermédio de seu tioSr. Abel de Almeida Magalhães.

Da firma Rodrigues & Monteiro recebemos amávelconvite para assistirmos á inauguração de seu novo esta-belecimento photographico, á rua 7 de Setembro, no dia30 do mez findo.

%fo^É^ÜÍ)(o..... —do—-; ¦

RIO GRANDEdoSULde LNORONHA

E UM -,MARAVILHOSO PREPARADO

CONTRA AS MOLÉSTIASpo PEITO.É0 REMÉDIO ítoCRlANCAS,

I NAO CONTEM OPlO-0 "iEU

7$AB0R é DELICIOSOAPPROUADO PELA D. G&A L

DE SAÚDE PUBLICA'AVENDANAS BÔASPHARMACIAS

E DROGARIAS^¦BBMD

Diz o illustre e con-ceituado clinicoDr. Torres Vian-na :

Attesto que te-nho empregado oPeitoral de Guaco,do Rio Grande doSul, do pharma-ceutico L. Noro-nha, em casos debronchites grip-pães e nas maisaffecções broncho-pulmonares, ob-tendo sempre no-tavel resultado.Dr. Torres Vianna

Rio de Janeiro, 15de Janeiro de 1010.

Rua Dr. Sá Frei-re, 27.

deposito geral: Drogaria Matos, Saldanha <S C.RUA SETE Oli SETEMBRO 81 — Rio de Janeiro

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O TICO-TICO

O SR. "X" E SUA PAGINACONVIDADOS EM APUROS

Uma noite, antes de se collocarem á mesa, como ocopeiro pronunciasse a - tradicional phrase «O jantar estáservido», um dos convivas, o Sr. X, para passar o tempo,disse descuidadamente : «Somos oito a jantar ; sc pro-curássemos saber de quantas maneiras nos podemos sentará mesa?...»

Essa proposta foi acceita com enthusiasmo e cada umprocurou fazer uma combinação.

Ora, é preciso confessar que o único calculista dentre

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os convidados era o Sr. X; ninguém mais resolveriaaquelle problema. E que, a principio, não parece difficil;na realidade é preciso um grande numero de operaçõesfastidiosas para resolver esse problema.

Assim, duas pessoas podem entre si fazer duas permu-tações. Exemplo: João c Paulo.2

João PauloPaulo João

Trez pessoas podem fazer 6, ou 3_2. Exemplo :e Luiz.

3

João,Paulo

1JoãoPauloLuiz

JoãoLuizPaulo

PauloJoãoLuiz

4PauloLuizJoão

LuizJoãoPaulo

6LuizPauloJoão

Quatro pesssôas são susceptíveis de collocar-sc de 24 ma-neiras differentes.

Com effeito, se tomarmos as permutações precedentes ejuntarmos um nome, poder-se-ha formar, para cadagrupo de trez nomes, 4 permutações de 4 nomes. Exemplode trez permutações se juntássemos Carlos.

12 4João João João JoãoPaulo Paulo Carlos CarlosLuiz Carlos Paulo LuizCarlos Luiz Luiz Paulo

Pode-se repetir a mesma operação com o segundo gru-po, com o terceiro etc, seja 0 X 4 = 24. Damos o quadroseguinte, completo, para mostrar claramente o resultadod'essas combinações:

1JoãoPauloLuizCarlos

JoãoPauloCarlosLuiz

13JoãoCarlosPauloLuiz

19CarlosJoãoPauloLuiz

2JoãoLuizPauloCarlos

8JoãoLuizCarlosPaulo

14JoãoCarlosLuizPaulo20

CarlosJoãoLuizPaulo

3LuizJoãoPauloCarlos

9LuizJoãoCarlosPaulo15

LuizCarlosJoãoPaulo

21CarlosLuizJoãoPaulo

4PauloJoãoLuizCarlos

10PauloJoãoCarlosLuiz

16PauloCarlosJoãoLuiz22CarlosPauloJoãoLuiz

5PauloLuizJoão .Carlos

11PauloLuizCarlosJoão

17PauloCarlosLuizJoão

23CarlosPauloLuizJoão

6LuizPauloJoãoCarlos

12LuizPauloCarlosJoão18

LuizCarlosPauloJoão

24Ca ri osLuizPauloJoão

O numero de permutações obtem-se multiplicandosuecessivamente entre si, os algarismos que representam onumero de objectos ou indivíduos.¦ Assim para 4 pessoas, temos 1_2_3_ 4 ~24; 5 pes-soas,'seja 1_2_3_4_5— 120. Si vocês quizerem saber dequantas maneiras sc podem reunir 8 pessoas em torno deuma mesa façam as operações de 1_2_3_ 4_5_6_7X8 S40320. Suppondo que para cada combinação seja preciso1 minuto, serão precisos 40320 minutos, ou 672 horas, ou25 diasl A sopa nessa oceasião terá esfriado um pouco...

Finalmente, acerescentemos que, para 12 convivas, _9,^numero de permutações será de 479.001.600. /'^\.\

:í:yy&OS TliES IRMÃOS

(CONTO)

Offerecido ao meu predileclo amigo Brenno

%.Y***%;

Morava cm um casebre muito distante da cidade umapobre viuva que tinh.' trez filhos chamados João, Henri-que e Nelson. • -

João, o mais velho, certo dia lembrou-se que faltavapouco para o dia do anniversario de sua progenitora, ecommunicou immcdiatamente a seus irmãos que estavacom idéia de comprar um presente com o dinheiro quehavia ganho de seu padrinho.

Henrique, que também possuía algum dinheiro, appro-vou logo a idéia do irmão, concordando em fazer o mesmo.

Nelson, porém, ouvindo a proposta de seus irmãos,ficou cabisbaixo c triste, pois não tinha dinheiro. Um raiode alegria penetrou no seu ingênuo cérebro : iria estudarpara alcançar a medalha de primeiro logat no collegio,para offerecel-a á sua mãi. Depois de alguns dias deincessante estudo, conseguiu tornar-se possuidor do quedesejava.

Chegando o dia do anniversario de sua mãi, seusirmãos deram cada um o mimo que haviam comprado, eelle, soluçando, entregou á sua mãi a medalha.

Vendo aquelle exemplo de amor filial e não podendoconter as lagrymas, a mãi chorou, abraçada como filhomais moço, cobrindo-o de beijos.

Alberto Dias de Pinhj (12 annos)Estacio de Sá

ADÃO NETOA perfeição em calçados para

creançasEncontram-se e n todos os depósitos

POR ATACADORUA DA ALFÂNDEGA, f 9 I -Riode Janeiro

/vá_MK*.

O portador de 25 coupons, eguaes ao presente, ter., dlreito a 50 scllos, no escriptorio aa Companhia Ingleza deBrindes Etiquetas, á rua Uruguayana, n. 113

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O TICO-TICO 8

GAIOLA D'0 TICO-TICORosa Felisberta Pereira (Rio) — Só serve a pergunta

'

que publicamos hoje.José Gonzaga (Santos)—Só aproveitámos uma, que está

na secção respectiva.Zizinho Cardoso (BotucatúJ —Aqui no Rio custa 3$. As

perguntas estão prejudicadas.Diva Lacerda—Pode enviar, que será publicado, se

estiver em condições.Aracy e Rosalina Martins (Jacarépaguá) — E' preciso

respondera todas as perguntas, para entrar nos sorteios.Guanahyra dc Almeida (?. . .)— -E' cravo e não prado.

Não havia necessidade dc ir muito longe, para vera solu-ção. A menina (?.-..) teria descoberto a pólvora?

Leonel Spinelli, Maria Drumond, Fernando de ToledoPiza, Oswaldo Câmara, Odettc Bastos da Motta, Antônio daCosta Braga, Oscar Baptista Dias, José B, dc Assis e S lva,Jandyra de Carvalho, Ary Pinho, Alice Lara, Corsio E.Queiroz Aranha, Marietta Luzia de Mello, Diva Casali,Alberto Dias de Pinho, Vicente de Novaes.—Recebemos ostrabalhos.

Innocencia Cruz Almeida—Já providenciámos. Agra-decidos ás amáveis saudações.

SOBERANOS

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TÃO FORTES €©31© A LEISão os mais perfeitos calçados para

homem—•—.;¦ VENDAS POR ATACADO •(-

191, RUA DA ALFÂNDEGA,RIO DE JANEIRO

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do BAZAR PARI3IENSE-Ria da Carioca, n. 51- prêmio, n. 435—Maria das Dores de Brito,

moradora á rua Ilermengarda n. 92, Meyer. 2-pre-mio, ti. 230—João Moraes Machado, morador á ruadc San:o Amaro, n. 43. 3o prêmio, n. 968—AdaliaLeite Jardim, moradora á rua Angélica n. 75. Meyer.L 4- prêmio n. 803 —Marcos da Cunha, morador árua Tavares Bastos, n. Uí. 2' 4- prêmio n. 893—Na-ninha Colin Meé, moradora á rua Nossa Senhora deCopacabana, n. A 2.

*

*

**

191

«

jpiJÉR ÕÒÍW ATTENQAO-Os clientes que não puderem virão consultório, serão

attendidos em domicilio sem augmento de preçoAOS QUE PRF.CISAM DE DENTADURAS

Multas pessoas que precisam dc dentaduras, devido ú exigui-dade dos seus recursos, são, muilas vezes, forçadas a procurarprofissionaes menos hábeis, que as illudem em Iodos os sen-lidos, pois esses trabalhos exigem muita pratica e conheci-mentos especiaes.

Para evitar laes prejuízos e facilitar a todos (Jfeíer dentaduras,dentes a pivot, corcas de curo, bridçje-work, etc, o que liadc mais perfeito nesse genem, resolveu o abaixo assiynudo reduzir

.o mais possivel a sua antiga tabeliã de preços, que ficam d"essemodo ao alcance dos menes favorecidos da fortuna. No seuantigo consultório, á rua Sete de Setembro n. 60. dá informa-ções completas ;t todos que as desejarem. Acerta e faz f unecionarperfeitamente qualquer dentadura que não esteja bem nabocea e concerta as que se quebrarem, por preços insignífi-cantes.

DR. SÁ REGO (Especialista)Rua7 de Setembron. 84moderno

Em FRENTE AO EDIFÍCIO D'0 PAIZ

AMIGOS D'«0 TICO-TICO»

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^*mmm^mmmmm*^&JÊl&S**^Êmmf?^Sm9Ò*' ^^i' \Jr^^, ^ *ummmmm0ml

Grupo onde se vem os nossos leitores: Carlos Garcia, Nuno Lossio, Fioriano de Amorim. José Coutinho, Arthurae Souza, Altnira dc Amorim, Dejanira Rocha, Isabel de Oliveira, Derdelina Garcia, Maria de Oliveira, Isolina Lossio,José Lavras, Samuel Rocha, Dcocleciano Cordeiro, Vitalina de Souza, Polucena de Souza e a Exma. Sra. D. Mariettaf" ntas da Rocha.

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BiToliotlieoa <d.'0 Tioo-Tioo OS SEMEADORE8 DE GELOdrões e salteadores quasi sem dar porisso.

O senso moral que retém os indivíduoseducados nao existia nelles.

Nada possuíam e viam outros hocenscheios de riquezas ; tinham acabado porachar natural que procurrassem recursosroubando.

Sem uma idéia nitida das leis sociaesque regem o mundo e protegem os benshonestamente adquiridos, ellesiam viven-do assim, dia a dia, sem refiectir um sóinstante na hediondezde sua situação.

Depoi,soerseguidospela justiça,tinham-se enchido de ódio. Haviam declaradoguerra á humanidade, mas sempre serricomprehender a enormidade do crime.

Eram anarchistas inconscientes, quenão sabiam vêr a própria situação.Entretanto, na escuridão de sua alma

tinha surgido um raio de luze, comosempre acontece cm casos semelhantes,todas as ternuras, todas as delicadezasadormecidas em seus corações tinham-seconcentrado freneticamente sobre Júlio.

Como o tinham conhecido ?De um modo muito simples.Uma tarde, quasi ao cahir da noite,

em uma estrada empoeirada que Crabbe Candi iam atravessando para chegar aAuxerre encontraram um menino de-dezannos, abandonadê,chorando de fome.

Essa creança era um d'esses infelizescondemnado á solidão pela morte oupelo abandono de uma mãi. Andava poralli, explicava que alli fora deixado.poruma mulher,que o maltratava,e não sabiapara onde ia, não sabia sequer seu nomede família. Sabia apenas dizer que sechamava Júlio.

Immediatamente,commovidos, os dousnomens tinham resolvido tomar contad'aquella creança, adoptal-a.

Então surgiram nelles os escrúpulos,que nunca tinham tido.

Disseram um ao outro:—Não podemos condemnar este me-

nino á vida miserável,que temos passado.E em perfeito accordo, tinham resol-vido.

—Faremos d'elle um homem digno,bem differente de nós:

Como se \t,Crabb e Candi tinham co-ração e instinetos paternaes.

Júlio foi posto por elles em um bomcollegio. Intelligente. curioso por to-

das as sciencias, causou admiração a seusprofessores, que aconselharam a seuspais que o encaminhassem para estudossuperiores.

Júlio esteve em uma das melhoresescolas de Paris.

Seus pais adoptivos foram obrigad )sa roubar mais do que antigamente parapoder pagar as despezas de sua edu-cação.

Mas Júlio continuou a estudar. Obte-ve o diplon-a de bacharel em lettras. De-pois.attrahido palas maravilhas da scien-cia moderna, sentiu desejo de se dedi-caras mathematicas e entrou para a Es-cola Polytechnica,

Nesse dia Crabb e Candi choraram dealegria.

Mas lembrando-se de que sua existênciaaventurosa os,expunha a taes incidentes,com a justiça e que a fama de ladrõesperigosos de que já gozavam podia pre-judicar a carreira do íilho adorado, sahi-ram de França, emigraram para a Ame-rica, de onde continuaram a enviar o di-nheiro necessário para a educação c maisdespezas do rapaz.

Jntio julgava-os oecupados na expio-ração de minas de ouro na GuyanaFran-ceza, nas margens do Oyapock.

Mas tinham encontrado o Sr. Olivio deAvarca, um aventureiro venezuelano quereunira um grupo de salteadores de todasas nacionalidades, cada um dos quaestinha na consciência crimes, que seriamsufficientes para que elles fossem enfor-cados dez vezes.

O Sr. Olivio pagava largamente... Júliopoude terminar brilhantemente seus cs-tudos... Crabb c Candi estavam satisfei-tissimos;

Um bello dia seu chefe embarcou paraa Martinica, levando'todo o seu bando.Ha\espera Crabbe Candi tinham-se apre-sentado com Roland, José c ChHslíno nacasa do morro Vermelho. Recebidos se-gundo as tradições de : hospitalidade dailha, tinham abusado da confiança comque os distinguiam para misturar umnarcótico poderoso na água das bilhas,que havia em casa.

Feita essa operação,tinham ido ter como Sr. Olivio no logar em que este os es-perava, que era esse mesmo em que seachavam ainda. Tinham passado toda anoite oecupados em abrir no flanco da

ou

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—Nós vivíamos então como saltimban-cos.

—E elle estava chorando, porque nãotinha pai nem mãi nem amigos c estavacom fome.

—Eu comecei logo a adoral-c.—Eu cá comecei Jogo a adoral-o—ex-

clamou Candi,—Eu scntl-me commovido immediata-

m ente.

—O querido rapaz-^-observ.—A passar a vida precária, 3 ! >s

passamos—concluiu o italiano.Crabb apertou energicamente a mão

de seu companheiro.O que você di^er estar direito, muito

direito, amigo Candi.—Você o comprehendeu immediata-

mente.Yes! Então puzemos o rapaz no

collegio, um bom collegio...

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. T^sJtpeP^L^. J~* .«^ * *Í5»i'»-;-. '*i v*L^r:i.'tW-k .-»*• j&ÊF' <P*^ '

Crabb e Candi, occullos juntos, observavam o cavalleiro, que se appraximavu,—Levámol-o comnosco, animando-o,

consolando-o. ..—Oh ! y es !— repetiu o inglez—Nós

VaeJazer muitas consolações.0 italiano abaixou a voz.—Eu, então, disse commigo mesmo :—

Candi, agora és pai.0 inglez juntou as mãos.—E fiz a mim, cidadão britannico, o

mesmo pensamento.—Ora, mas não podemos obrigar opobre rapaz...

—E depois na Escola Polytechnica.—E como isso custava muito caro, cada

vez mais caro, nós emigrámos para oBrazil, onde o Sr. Avarca paga princi-pescamente seus dedicados auxiliares...

Mas Candi interrompeu-se brucamente.—Silencio. Lá vem o patrão descendo

da cratera...III

O SR. OLIVIO DE AVARCA

Quatro personagens se dirigiam para

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e BitoliotUeoa. cio TICO-TICOo logar onde o italiano e o inglez esta-vam conversando ; vinham por um ata-lho muito estreito que descia em zig-zag pelo Monte Pellado e começavamesmo ao lado da cratera e vinha termi-nar na ponte de madeira lançada sobre oRio Branco.

A' frente vinha um homem de côrca detrinta e trez annos, alto e elegante, ves-tido com o luxo um pouco theatral dossul-americanos.

De facto, o Sr. 0/íi'io de Avarca tinhatodo o typo de um americano do sul.deraça pura, embora fosse muito moreno ctivesse a pelle quasi dourada pelo sol.

O que nâo se pode negar é que era umhomem de notável belleza, com os den-tes muito brancos, bocea pequena e ver-melha e barba admiravelmente tratada.Seus olhos negros, avelludados, muitomeigos, mas por vezes de expressãocruel, segundo a sua disposição de espi-rito, brilhavam sob o avebosi, lenço ver-melho, amarrado na cabeça. Seu torsoesbelto e vigoroso desenhava-se nitida-mente por baixo da bojeta, camisa deflanella, e o manto de algodão atiradosobre o hombro. Trazia calça larga presapor polainas de lona, que lhe apertavamas pernas musculosas e bem torneadas.

Este homem tinha um estranho aspectode majestade e causava espanto vêl-oacompanhado por trez sujeitos de figuraspatibulares, verdadeiros typos de saltea-dores que seguiam o patrão á distanciarespeitosa.

Então, Crabb? Então, Candi? Estãodescansando, heim, camaradas? — excla-mou Olivio, chegando perto dos douspersonagens que já conhecemos.

—Terminado o trabalho, o repouso épermittido— disse o italiano.

Ah, já acabaram ITotalmente.

O patrão curvou-se para a mina, exa-minou-a attentamente, depois disse comar satisfeito.

Está o melhor que é possível.O italiano e o inglez olharam-se com

orgulho.Mas a fortuna ha de recompensar

esse zelo, meus bravos. Todos vocês,Crabb, Candi e vocôs — José, Kasper eCliristino (eram os tiez outros,que haviamdescido com elle da montanha) todosvocês hão de ficar ricos como imperado-

res... Ah, basta que a nossa mina destrua-aquella casa e os que nella moram, aquel-les desgraçados, que o nosso narcóticofez adormecer pesadamente e um rio,não de ouro, mas de diamantes magnifi-cos cc-.ierá para nós.

Sua mão estendia-se com gesto ameaça-dor para a casa situada deante da ponte,na encosta do Morro Vermelho, casadeante da qual Júlio Vai-bem parára uminstante o seu cavallo.

Então, senhor — perguntou obse-quiosamente Candi — o senhor acreditaque a explosão,que vamos provocar serábastante ?...

Estou perfeitamente certo d'isso,meu caro — tão certo quanto se podeestar depois de cálculos muito seguros.

Mas a casa fica tão longe d'aqui ?.. .— Murmurou o italiano.

Olivio ergueu os hombros.Oh, ignorância I Tu não compre-

hendes...O Morro Pellado está em erupção.Na chaminé central do vulcão, as lavasestão a duzentos metros de altura. Ima-ginem vocês que formidável pressão estamassa de lavas, collocada tão alto, estáfazendo nas paredes da montanha. Se nósconseguirmos abrir uma nova crateraaqui, as lavas hão de se precipitar por ellacom violência maior do que de toda a ar-tildaria do mundo junta; um rio de lavaha ae se atirar sobre o monte Vermelho,destruindo tudo.

O que o Olivio dizia era verdade. Mesmoesse processo de abrir uma cratera novanão é novidade, já foi executado emNium-Sivo, na ilha de Java, para evitarque a erupção cahisse para o norte, des-truindo uma aldeia muito populosa.

Mas Candi não se deixou convencer fa-cilmente, pois observou ainda:

—E o senhor pensa que a carga de dy-namite que puzemos na mina será suffi-ciente ? Quatro centos kilos de explosi-vo parecem muita cousa mas não sei seterão força par abrir uma montanhad'estc tamanho.

O Sr. Avarca ergueu os hombros edisse :

—Nos flancos d'esta montanha as era-teras novas estão-se, abrindo por si naspartes mais fracas,onde as rochas produ-zem menos resistência. A mina quemandou preparar tem apenas por fim

OS SEMEADORES IDE GELOabalar a montanha isso, será sufficientepara que se abra uma cratera aqui.

Isso será bastante para destruir aquel-Ia casae todos que nella habitam. As-sim pertencerá só a um o segredo, quenos deve dar riqueza incalculável.

Os olhos dos bandidos, que o ou-viam tornaram-se faiscantes. Olivio sor-riu. Evidentemente as palavras pro-nunciadas por elle tinham um duplofim—provarsua superioridade intellectuala seus companheiros e excitar-lhes acubiça.

Depois, mudando de tom, pergun-tou :

—Nossos cavallos estão preparados ?Foi Christina que respondeu :—Sim, senhor. Eu os deixei amarra-

dor... alli por traz daquellas arvores.Então, rapazes, acendam a mecha e

montem a cavallo. A mecha levará quei-mando cerca de meia hora, teremos tem-po de nos por fora do alcance da expio-são. De mais,caminhando para o lado dooriente, ficaremos em breve fora da zonaperigosa, porque a explosão se produzirápara o lado do sul.

José e Kasper já approximavam phos-phoros da corda alcatroada, cuja extremi-dade sahia da rocha. Mas o chefe inter-rompeu-os.

Ora esta! vem alguém por aqui!Todos olharam na direcção indicada.Nesse momento, um cavalleiro attra-

vessavaa ponte de madeira do rio Bran-co e entrava pelo atalho que subia pelomorro Pellado.

Vai passar aqui — murmurou Olivio.Yes I Ya\ Si—disseram em inglez,

em allemão e em italiano os bandidos.Isso é que é um transtorno. E' pre-

ciso que ninguém veja a mina, que fize-mos; que ninguém nos possa aceusarmais tarde.

Ninguém—disseram os bandidos.Portanto peior para o imprudenteque se dirige para aqui.

Ninguém fallou mais. Tinham todosresolvido matar o cavalleiro,que se apro-ximava. Assim, era preciso para oceultaro crime já começado. E,em menos de umminuto, todos se oceultaram por entre asf_rvores eficaram a observar o cavalleiro,que vinha-se adeantando,despreoccupadosem imaginar o perigo que o ameaçava.

Ora, esse desconhecido, era Júlio, que

continuava tranquillamente o seu passeioaié a cratera do morre Pellado.

IV

A EMBOSCADA

Occultos, juntos, um ao lado do outro,Crabb e Candi olhavam também!

De súbito,o italiano fez um movimento.Per Ia madona ! —murmurou elle —

Estarei eu doido?, — DoidoI Porque?—perguntou Crabb

Mas... quer me parecer... sim, nãcha duvida ! E' elle !

Candi tinha vista excellente que Crablnão possuía.Elle quem?O nosso rapaz.

Júlio ? mister Júlio ? ISim é elle; não ha engano possível.Elle 1 By God. E lurd Avarca que o

quer matarlAh, não I Isso éque não.No—repetiu o inglez com ar sério.Santo Christo : Que havemos de fa

zer.Não sei. Lord Avarca é implacável

se resolveu matal-o não voltará atraz.Ah, nunca I Aquelle homem nãc

sabe o que é pidade.Mas nós havemo~ de dcfendel-o.Gomo ? E' impossível lutar com o

Sr. Olivio.Aquelle homem nunca erra um tiro

e traz sempre o revolver ao alcance damão.

Que fazer, by God (*, murmurou oinglez, com desespero.

O viajante continuava a se approximare quem obscr.-asse naquelie momento osdous bandidos :cl-o-_ visto tremer dehorror.

E' que elles nunca tinham sentido se-melhante angustia.

Tinham vividos sempre como desgra-çados e a triste vida tinha-o feito perdertoda a consciência.

Nascidos na mais horrível miséria, semeducação moral, creando-se ao acaso deseus instinetos e da circumstancia, man-tidos fora da sociedade normal por suaprópria pobreza tinham se tornado la-

(¦) Pronuncia ss abaieGodu quer dizer apor Deus!»

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O TICO-TICO

VTAO E_STS DE G-UI_1L-IV__K.POR J. SW1FT

PRIMEIRA VIAGEMHa outra diversão privativa do imperador e con-

siste em o soberano collocar em cima de uma mesatrez fios de seda — um carmezim, outro amarelloe oterceiro branco — como prêmios ao mérito d'aquelleque se disting-uir mais. Esta ceremonia realisa-se nasala de audiência. Empunha o imperador o bastãocom as duas extremidades parallelas ao horizonte,e por cima d'elle saltam todos os concurrentes. O quealcança maior êxito ganha a seda carmezim, a ama-rella ao seg-undo e ao terceiro a branca. Tendo umdia o imperador aquartelado uma parte de seu exer-cito, na capital e arrabaldes, para que promptoestivesse á primeira voz, quiz gozar um espectaculomagnifico.

Mandou-me estar immovel como um collosso depedra, com os pés afastados um do outro, quantopudesse distancial-os sem incommodo ; depois or-denou ao commandante-chefe que dispuzesse as tro-pas em linha de batalha, fazendo-as passar em revistapor entre as minhas pernas, a infantaria a vinte equatro de fundo e a cavallaria a dezeseis, os tam-bores rufando, bandeiras desfral-dadas e as lanças em continência.

E d'esta maneira movimentaram trez mil homens.Fez saber sua magestade que observassem para com-migo o maior respeito, sob pena de morte; o quetodavia não impediu que alguns officiaes mais no-vos levantassem a vista ao passar por baixo de mime não contivessem o riso deante do máu estado dosmeus calções.

Apresentei e dirigi tantos memoriaes e requeri-mentos pedindo a minha liberdade que o soberanopor fim expoz o assumpto,primeiro á mesa do desem-bargo e depois ao Conselho do Estado. Foram todosfavoráveis, á excepção do ministro Skyresh Bolgo-Iam, que, sem pretexto algum, se manifestou contramim. Conseguia, porém, elle que os artigos concer-ncntes ás condições de minha liberdade fossem re-digidos pelo seu punho. E elle próprio m'os apresen-tou acompanhados de dous sub-secretarios.

Fizeram-me jurar, conforme o uso de meu paize depois pela fórma da lei d'elles, que consiste cmconservar o artelho do pé direito na mão esquerdae collocar o dedo grande da mão direita no alto dacabeça e o pollegar na ponta da orelha direita.

(Continua)

VALEPARA O CONCURSO V 431

VALEPARA O CONCURSO W. 43*

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A VINGANÇA DO JUSTINO O T!CO-TlC<

1) O Sr. Balthazar, importante negociante, encontrou um dia o em-pregado Justino dormindo no escriptorio, dormindo a somno solto. O Sr.Balthazar tentou despertal-o...

Y^S JftfK iKEGaurf ÍpS? J^Á ff ""

2) Então viu com grande espanto que o Justinoestava completamente embriagado. O Sr. Balthazar sa-cudiu-o... e nada. Justino continuou a dormir..

3) O Sr. Balthazar ficou admiradissimo como é que oJustino alli fechado no escriptorio podia se embriagar d'a-quellc modo. Elle não trazia bebidas,não tinha alli garrafas...

I] t7

4) Mas no dia seguinte,vigiando o empregado,o Sr. Balthazar con- 5) O tubo acústico dava para o 2- andar da casa, onde estava a co- 6) O Sr. Balthazar despachou o Justino e.agar ¦seguiu vêr como é que elle se embriagava. Era com o tubo acústico. zinha. Era o cozinheiro que lhe dava vinho pelo tubo. rando furiosamente no tubo acústico,despediu tam-

bem o cozinheiro. ,_ ...(Conclue na pagina seguinte)

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\JLXJ7lClUSuO) A VI Na ANCA DO EUSTÊNO O T/CO-TICO

1) ÍS*o dia seguinte o Sr. Ballhazar foi, como de costume, tomar banho numrio alli próximo. 0 Justino, que o viu entrar na água, teve logo uma idéia...

¦ .

/___bt 5_í_» _fi_____i_- -* ff^^K^v ¦___¦__. *_ ^_[*^_L^ '^°

2) .. .para .e vingar de ter sido dcpe- 3) ...e trouxe de lá um cãosinho.duas gallinhas e dous balõesdido. Correu a uma loja onde era co- de gaz. Elle tinha um plano muito engenhoso,nhecido...

4) Chegando ao logar em que o Sr. Ballhazar deixara suaroupa na beira do rio, Justino enfiou uma gallinha em cada botina,vestiu o paletot do negociante no cachorro...

5)... e enfiou dentro das calça", osdous balões de gaz. Deixando tudo issoassim preparado, fugiu.

6) O resultado foi que quando o Sr. Ballhazar sahiu do rio, viu suasbotinas com pernas, seu paletot com cabeça de cachorro, suas calças trans-farmadas em aeroplano e tudo a fugir d'elle.

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O TICO-TICO

gák «r^SÉ»

Os nossos leitores até hoie selembram de umasériede figurasdeGuerreiros e Amazonas de todosos tempos, que publicámos n'0Tico-Tico ha cerca de dous annos.

A' vista do agrado que tiveramaquellas interessantes séries vamosencetar no próximo numero umanova collecção, mostrando comose vestiam as senhoras em todasas épocas da historia.

Assim vão desfilar aos olhos denossos gentis leitores as elegan-cias femininas de todos os se-culos.

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56 10 II iZ 13 1+ 15 16 17 18 19 20 XI 22 23 24- 25iiiiluiiliiiiliinLiilmiliiiiliiiiliiiilmiliiiiliiiiItmliiiiliiiih^

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15 O TICO-TICO

SECÇÃO PARA MENINASTRABALHOS DE PAPEL

Com simples tiras de papel podem nossas leitorasinhas fazer objectos interessantíssimos.

A crlz— Aqui tém uma linda cruz.Para construil-a

<¦¦ preciso papel deduas cores: branco

Tp e vermelho,_v exemplo.

Cortem primei

Ife

74wwn

de bristol, branco.0 trabalho é exa-

ctamente o mesmoda cruz. Quanto aofundo, é feito damaneira indicadapelo desenho. Col-loquem quatro tiras

A cruz de duas cores

ramcnte duas tirasdo tamanho dacruz, vermelhas.

Em seguida,maisduas m e no re s ,para os braços (es-tasdevemser bran-cas); duas outraspara o primeiro de-gráu.e duas comoas dos braços paraosegundo degrau.Cortem dez tiras,que serão colloca-das atravessadas,(estas devem ser

em papel branco). Doze outras do mesmo tamanho, vermelhas. Essastiras devem ser postas sobre o pé branco e extremidades dos degrausda cruz.

Quatro tiras um poucomaiores que as preceden-tes servirão para os de-graus.

Todas as tiras, grandes,médias e pequenas, de-vem ser dobradas em duas.

Tomem as duas maiorese colloquem a primeiraac lado das extremidadeslivres (vejam a fig. aolado), a segunda do ladodobrado. Com uma tira

vermelha pequena prendam a primeira ver-melha e façam entrar as> extremidades dabranca na segunda vermelha. A segunda

por •*< J

^g I j [7-

I I ______£_#I/ ¦ :'y' :-¦ ¦ 7

- ; i-j _

§^l ÉSI

O fundo da caixa para con-feitos

e passem atravezd'ellas outras tan-tas como vêem nafig. 5. Do lado da"caixa

podem coi-locar um lindo laçode fitas.

Esta espécie detrabalho pode serapplicada a outrosenfeites.

Por exemplo,substituindo opa-

pel por fitas, podem-se obter lindos porta-lam-padas, muito originaes. Com tiras d 3 panno.podem-se. fazer pequenos tapetes ou coberturaspara os berços dos bebês.

E'preciso, porém, quando o trancado ter-

¦ xB

E ijli' ' "4

í li1 A caixa para conjeitos

tira branca em sentido inverso e assim pordeante.

As indicações serão immediatamentecomprehendidas, desde que olhem para alig. 2, em que se acha a marcha do tra-balho.

A caixa para coxfeitos — Pode ser feitado tamanho que desejarem, e mesmo, para

Execução do trabalho da tornal-a mais forte, podem escolher papel decruz cor, lustroso.que é muito mais resistente ou

Execução do trabalhominar,bordal-o com um galão, sem o que otrabalho não ficará bastante solido.

Os trabalhos com papel e com fitas sãode grande importância, pois com pouco dinheiro pode-se ornamentar uma sala iuxuo-samente; depende de gosto e nada mais.

FFL1C1TACÕESCompletou mais um anniversario, a 29 de

dezembro,a senhorita Glancia Freitas, uma dasnossas distinetas collaboradoras.

Fez annos no dia lide janeiro o intelli-gente menino Orlando Moura, um dos distin-ctos collaboradores d'0 Tico-Tico, residente,em S. Paulo.

A 16 do mez findo fez annos o nosso dis-tineto camaradinha Oscar Bueno, filho daExma. Sra. D. Maria Magdalena Bueno e re-sidenie em Icarahy.

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O TICO-TICO 16

Casa Colombo"^-___.—__:—- ¦___L._I__ __B-B_H_H_____^___H_--B-B-H--B-SSB^__E__B___I _c__—_ __;—_. -_¦-_-

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IT O TICO-TICO

*|0 BISPO DA RAINHA d>t-r-fo>-

, O cavalleiro Barbenlocas estava prestes a ganhar umapartida de xadrez; havia trez dias jogava com a marquesade Beldroegas, que lhe havia dado água pela barba.

Ah I—exclamou elle de repente—ganhei-lhe a torre;tome sentido, cara marqueza, senão está perdida I

A senhora estava muito ameaçada ; como se inclinassepara. vêr o jogo de mais perto, Barbentocas, que não cabiaem si de contentamento,sacudiu a gravata levemente pulve-risada com rape; um dos grãos foi ter ao nariz da mar-queza e...

Atch 1 atch I atch I... começou cila a espirrar for-temente.

âx^ft li li Á*%¦' '~-l^ ¦¦-5JJM * 1 f / 4f^ ^>

Nunca mais jogarei com o senhor 1

, Ora, espirrando, balançou o taboleiro e as pedras des-locaram-se ; o cavalleiro apressou em collocal-as nova-mente em seus logares, mas a marqueza disse seccamènte:

—Desculpe-me, mas o meu bispo estava aqui I—Queira desculpar-me,exclamou o cavalleiro,estava là l—Aqui I—Não, lá!—E' de mais 1—O senhor rouba me !

\''¦'¦—Nâo; a senhora é que, ¦ vendo-se perdida, espirroupara deslocar as pedras ,

— 0 cavalleiro falta-me com o devido respeito 1—Conserval-o-hei,se convier commigo;ganhei a partida I

Não iSim INão ISim |Bem,bem,como quizer—exclamou o cavalleiro.—As

mulheres são insupportaveis ! Meu bispo... -.O senhor é .um tolo I—disse a marqueza...—O seu

bispo é mais intelligente que o senhor !Meu rei...O seu, veja o caso que faço d'elle I

A Sra. Beldroegas, raivosa sacudiu o taboleiro ; dousreis, dous piões e um cavallo saltaram, indo ter a um cantedo salão.

Os dous adversários exclamaram ao mesmo tempo:Nunca mais jogarei com o senhor I

—Com a senhora nunca mais jogarei IOra,elles tinham pronunciado estas phrases mais de cem

vezes,nos doze annos em que jogavam todas as noites.Corimban, servidor da mai queza acompanhou o cavai-

leiro, chamou a camarista e começou a. arruinar o taboleirode xadrez, apagou a vela e foi-se embora.

Porém o taboleiro da marqueza não era como os outros,os peões agitavam-se, os reis resmungavam, os cavallosdavam pinotes.

A rainha preta pedia que fizessem menos barulho, aoque respondia a branca :

Podem faltar á vontade ; não sei onde encontrarmeu bispo, façam o favor de procurar I

—Ahi ah 1—cxclamouo rei preto.—Magestade,sabeperfei-taménte que não temos força para empurrara tampa, esta-mos comprimidos uns centra os outros I o vosso bispo fe2das suas não entrando I mas não vos zangueis que elle vol-tara I

O barulho continuava; pouco a pouco foi diminuindo,até desapparecer por completo, pois toda a corte dormia.

O bispo branca sahiu então d'ondc se achava e muito.-'alegre, por se encontrar livre, deu alguns pulos, poz em.torno do pescoço, para não se constipai, a liga de seda quer..'a marqueza havia deixado cahir sobre o tapete e começoô'"'*a passear pelo castello.

Entrou por acaso no quarto da camarista, que nessaoceasião penteava-se deante de um espelho, sorrindo.

Sou ainda muito bonita—dizia ella—meu espelho não "mente.

Ora ! Ora 1—resdondeu o bispo—aos cincoenta annosnão se pode ser bonita I

A camarista soltou um grito deixando cahir ao chão íLvela que vinha de accender, exclamando :

—Soccorro! acudam-me! Entrou alguemno meu quarto!Eez um tal alarme que começaram a correr de todos

A policia entrou no castello e a marqueza vediuem nome do rei que lhe dissesse o que havia.

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O TICO-TICO 18os lados* as pessoas, que dormiam nr> castello, emquanto amarqueza,.assustada, tendo feito urhà barricada em seuquarto, precipitava-se para a janella gritando :

Corram 1 O castello está cheio de malfeitores. Ma-tam-me os creados v

Entretanto Corimban dizia á camarista :—A senhora sonhou com toda a certeza. Não ha pessoa

alguma em seu quarto. Vamos socegar a marqueza IJá te disse que ouvi fallar aqui!—exclamou aborre-

cida Pimpolha (assim se chamava a camarista,!—injuriaram-me fallandoda minha pessoa iDisseram cousas quenão ousorepetir! Juro e não sou mulher que minta I

Vamos dar uma busca 1—gritou o cozinheiro—aSra. Pimpolha nâo mente.- — E' alli! — disse Corimban — armemo-nos 1

Corimban tomou uma espada ; as outras pessoas jáestavam munidas de diversos utensílios.

Como ouvissem gritos da marqueza acreditaram-n'apresa pelos tralfeitores e arrombaram aporta. A marquezateve uma syncope. A policia chegara nessa occasião e pe-dirá e;n nome do rei que abrisse a porta, no que foi atten-dida immcdiatarote por Corimban.

. " «' . s_•>;-.»,:

.. ¦.:..!<'- i í

O lispo passara por entre as pernas dos lacaios...;' r

—Que ha ? —perguntou o capitão.Pimpolha deixou a patroa e foi unir se á policia.—Aqui se acham malfeitores escondidos I— Escondidos ? onde ?

Se eu soubesse—respondeu a camarista—tel-os-hiicado. A senhora marqueza perdeu os sentidos,

—Nada temos com isso ! — disse o capitão. — Vaguardas I procurem por todos os cantos 1

A marqueza voltara á si e pergun-tara: '__'.'_"¦-_

—Onde estão elles ? Prenderam-os ?E' preciso enforcal-os.

E os guardas, com suas pesadas ala-bardas, batiam nos muros, sondavam osbahus, iam e vinham, sem conseguiremdescobrir cousa alguma.

O bispo branco, admirado, dizia:—Se eu não fosse tão branco tentaria

voltar para o salão, pois, além de tudo,estava melhorem minha caixa; fazem umbarulho insupportavel ; massou de marfim e não possoandar sem que me vejam I |,_|

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Encostou-se a uma parede,alcançou o corredor e achou-se pouco depois junto aos pés da cozinheira, que, assustan-do-se, cahiu ao chão, arrastando em sua queda uma cestaque, vindo de encontro á uma vidraça, partiu-a.

A cozinheira levantou-se mesmo ha occasião em quechegavam os soldados, seguidos por todas as pessoas docastello. - .

—Que aconteceu ?—perguntou ocapiião—e, senão meengano, os salteadores, passaram por aqui : responda-me,senhora, viu-os ?

—Não vi cousa alguma—respondeu a criada :—sei sô-mente que me jogaram ao chão ; mais nada.

—E' isto I Elles saltaram pela janella. Sigam-me 1 Va-mos apanhal-os com certeza.

O capitão conduziu seus homens e os creados docastello, convenientemente armados, resolveram acompa-nhal-os. Corimban foi até o salão.

Nesse^momento, na caixa de xadrez, todos fallavampelos cotovellos.

—Sou capaz de apostar, vociferava o rei preto, comofoi esse maldito bispo o causador de todo esse transtor-no ! Elle deve ter dado á taramella; o que não desço-nhece no entretanto é que ninguém aqui no castello sabeque nós vivemos como as demais pessoas de carne e osso.—E' verdade,—respondeu,o rei branco—e posso até di-zer que nós brancos vivemos como vocês I

—Porque ? perguntou seccamente a rainha preta.—Por que,—magestade, descendemos em linha directado elephante, que é .um animal nobre ; trabalharam-nos emseus magníficos dentes, emquanto Vossa Mageslade é feitade ebano, que não passa de um vegetal conhecido detodos.

—Ora, ora—balbuciou o rei preto—que importa dondeviemos ? Vivemos juntos, não é assim ? Então, tratemos de

Assustou-se de tal modo que cahiu ao chão.

Ninguém vi, respondeu a cozinheira; sei somente queme atirara-n ao chão !

manter a paz e de fazer com que nossos subditos se esti-mem, se bem que sejamos obrigados a combater todos osdias I A origem de nada vale, o valor sim. Nisto so-mos eguaes 1 A marqueza ganhou este anno dezeseteve-zes com os brancos e o cavalleiro dezesete vezes com ospretos.—A marqueza rouba 1—gritou um peão preto, muito ai-tivamente.com seu pequeno dedo- ella só ganha uma casaquando o cavalleiro totr.a rape.

—E'mentira 1—berrou um peão branco,—e se a mar-queza não fosse tão distrahida os pretos não ganhariamuma só vez.

—Calma I—disse o tei—somente os tolos se vangloriamde ter ganho batalhas quando elles só fazem deslocar-seá vontade de um dedo que os prende.—Mas onde pode estar esse miserável bispo ?...Chut IApproximam-se. Carimban entrou acompanhado pelo bispobranco que se escondia.

O creado deixou a vela sobre a mesa; nessa occasião obispo preto gritou:—Eis o nosso companheiro I—pois por uma fenda ellevia o bispo branco. Corimban deu um salto tão grande paraa porta, que virou a mcsa;a caixa de xadrez cahiu,quebrou-se e as pedras rolaram sobre o tapete.

Os reis e as rainhas procuraram conservar-se sérios;as torres não se moveram; os peões fallavam e os bisposriam-se a mais não poder.

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19 O TICO-TICOSó os cavallos nada comprehendiam do que se pas-

sava.A não ser isso, possuíam o mesmo humor que os

outros.Mas os bispos riam sempre.Finalmente amanheceu.O cavalleiro entrou lego pela manhã, por que tinha

sabido dos factos que se desenrolaram durante a noite evinha para confortar sua velha amiga.

Fizeram as pazes.A policia prendeu quatro ladrões e tentou em vão fa-

zel-os confessarque tinham entrado no castello da marque-.a D:ldroegas.

A policia prendeu quitro ladrões e tentou em vão fazel-osconjessar que tinham entrado no castello...

Quanto á senhora Pimpolha todas as vezes que repetiao que ouvira dos salteadores, faziam-na calar, dizendo terella sonhado.

Corimban vendo isto deu volta á língua, guardandorigoroso silencio. Ficou muito alegre quando á noite ou-viu a marqueza dizer ao cavalleiro:

—Pobre iimpolha, como envelhece! temo que perca ojuizo.

Ao que respondia o cavalleiro, tendo acabado de arru-mar seus peões:

—Tem razão! Parece-me que Pimpolha diz cousa»incoherentes. Quem joga é a senhora, muito bem I ahi 1Vamos... cheque ao rei.

Desde então nunca mais a marqueza de Beldroégasousou indispôr-se com Barbenlocas.e todas as noites jogama partida muito calmamente, ora ganhando um, oraoutro. .

Olhai para o futuro de vossos filhosii —in

Dal-lhes Morrliuina (principio aotivo do oleo dofígado de bacalhau, de

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assim os tomareis fortes e livres de muitasmoléstias na juventude

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O TICO-TICC 20OS NOSSOS CONCURSOS

RESULTADO DO CONCURSO N. 411'•".- SOLUÇÃO EXACTA

NATALAhi vai o resultado do sorteio:1- premio-10*000 :

-Plinio Vieira de Magalhãesde 11 annos dc edade, residente á rua de S. Bento n. 47,Campos—Estado do Rio.

2' premio—10SS000 :

•Guiomar Macielde 13 annos de edade, moradora árua do Commercio, emBaturité—Ceará.

O intelligente menino Hamilton Peçanha enviou-nosum bem feito desenho allegorico, representando o nasci-mento de Christo e como solução d'este animado concurso.

Enviaram-nos ainda soluções os seguintes leitores :

Carlinda da Rocha Arêas, Celestino Cavalheiro, Ida C.Porto, Venina G. Menezes, Antenor da Cru*. Almeida, Do-lores Rezende Costa, Waldemar Brito de Aquino, CarlosAzha, José da Rocha, Glaura Barroso, Almir de SouzaGóes, "Vicente de Paula Novaes, Amazile Corimbaba, Ju-lia Araujo, Carolina Prates, Georgina Lopes da Silva, Moa-cyr Camargo, Agostinho Caetano Alves, Mario Salles,Nicanor Amorim, Fanny M. Amandier, Annibal Barbosados Reis, Jandyra Amaral Coelho, Aurelina Alves da Silva,Arlindo Lopes Bastos, Abel Hugo, Clovis Lemgruber ,Ma-ria José Lemgruber, Francisco Xavier Filho, BenedictoPinheiro, Paulo Vasconcellos R. Mac-Cord, Noemia Clé-mentjosé Gurgel Dantas, Iruena Serzedello, Cassilda LimaAlvares", Haydéa de Moraes Jones, João Vasques Filho,Pedro Alves do Sacramento, João B. P. da Gama Cer-queira, Edmundo F. Silva, Scevola de Senna Filho, Jacy deAssis, Alina de Mattos, Luzia de Sá Franco, Jovita do Ama-ralQueiroz, Manuel Antônio Dutra Rodrigues Perdigão,Annita E. de Almeida, Amaro Augusto Ribeiro, Maria daConceição da Rocha Werneck, Eponina Ruas, AntônioGuerra Pinto Coelho, Ilka Luz, Balthazar Soares Caneco,Zoraido Lima, Nair Lima, Clotilde Silva, Ibrahim de Mello.João Rodrigues da Silva, José Pereira, Octavia Maia,Olga Gabriel Mocauchar (Primavera), Mario de OliveiraBrandão, Augusto Imbassahy, José Júlio Andrade Olivier,Eduardo Magalhães Gama, Mauro Cruz de Azevedo Mar-quês, Manoel Caetano de Lemos, Melita Schweitzer, Valen-tim Alves Ferreira, Alfredino de Aquino Torres, João Joséda Silva, Rotuulo d'Alessandro, Jandyra Gonçalves daSilva, Maria Freitas, Helena S. Alfaya, Augusto Lozada,José Vital, Gil de Moraes Lemos, Maria Eugenia de MoraesMiranda, Seraphim Vieira da Cunha, Antônio de MelloAlvarenga, Jorge Duarte, Olyntho Guimarães, Aurora Fer-reira de Figueiredo, Amélia Alexandrina da Cunha, MaratGameiro, Gilberto de Macedo Soares, Jair Marfins, ManuelFernandes de Lima Filho, Plinio de Camargo, PedrinhoClément. Daniel Tarrecilla, Victorina P. Souza Castro,Simão Beltrão, Esmeraldina Fortunata de Jesus, P/iuIoQuartin de Lima, Luiz Fernandes do Amaral, João Flaes-chen Júnior, Antônio Coelho Antunes, Maria de Lourdesda Silva Freire, Paulo Marques de Andrade, Stanley Go-mes, Maria Ismenia Campos, Cecy Galvão, Iracema Fa-ber, Rita Assis Moura, Affonso Silviano Brandão, José Dias,Estevão Gonçalves da Silva, José Antônio da Costa Silva,Marcello Leite, Almiro Sodré da Costa, Arnaldo Mendes,Adhemar de Siqueira, Helena Ramos, Frederico ZumbyAndrews, Manuel Martins, João Luiz Detsi, Gastão FariaSantos, Diogenes dc Oliveira, Annibal Meyer dc Freitas,Martha Duarte Vasconcellos, Alvares d'Avila BittencourtMello, Carlos Antônio Nogueira, Romeu do Amaral, NairDuarte Nunes, Georgctta Durães Lopes, Gildcta Coutinho,Joaquim Fonseca, Cario Fischer Filho, Rachel Vieira, Be-nedicto Zoccaro, Anna V. Cardoso, João Augusto Padua,Fanny, João Ferreira de Macedo, Manuel Martins, NoelFalcão, Napoleâo lvo da Silva, Américo Simonetti, ZeliaSócrates, Maria Apparecida Samico Braga, Iramaya da Cos-ta e Silva, Ormindo da Rocha Santos, Carlos Caetano dosSantos Miragaya, Heleno Schimmclpfeng, Julieta Moraes,Layré Fernandes dos Santos, Margarida Prestes, Jorge Ce-lestino de Oliveira, Lacy Monteiro de Souza, Alberto deCarvalho, Maria O.'Guimarães dos Santos, A. Reis. Ap-cnor

Teixeira, Julieta de Souza Dias, Alfredina da Costa Mattos,José B. de Souza, Antônio Bueno Júnior, Herminia dc BritoFerraz da Luz,Frederico Fischer Júnior, Américo Brazilien-se, Hugo de Avellar Pires, Maria do Carmo Dias Leal, Don-guinha Dias Leal, Carmita Dias Leal, Nenê Dias Leal,Dudú Dias Leal, Santinha Dias Leal, Joaquim Vianna Car-doso, Simeão Felizardo Pinheiro, Luiz Gonzaga de Castro,Arthur Pinto de Araujo Corrêa, Maria Rabello, Jayme Vi-anna, Manuel Miguelote Vianna, Hamilton Peçanha, Wal7ter Martins, Raul Goia, Joãosinho Osório, José Campos Ju-nior, Maria da Conceição, Celina de Oliveira Monteiro. He-iena Bailly, Alzira Cardoso da Silva, Carolina Lopes deMenezes, Palmyra Pereira de Araujo Machado, MenelickVermelho, Milton de Castro Menezes, Antônio V. Ribeiro,Luiz B. Azevedo, Carolina C. Lopes, Maria Faria, MarioR. Anjos Henrique Minieri, Hermann de Faria, Maria Mar-quês de Andrade, Hernani da Costa Ferreira, JoaquimMattos, Oscar Ferreira da Silva, Lenita de Almeida Rocha,João Francisco de Mello, Alexandre Braga, Edelvira Moraes,Luiz Nogueira Baptista, José R. do Prado, José Marcos doNascimento, Waldemar Mera Barrozo; Victor Osson, JoséAndrade Motta, Carlos Guimarães, José Leandro de Souza,Beatriz Lane, Maria Luiza de Oliveira, Maria José da Pe-nha de França, Francisco de Paula Diniz, Lydia A. AraujoJorge, Else Mozza do Nascimento, Dolorita Cunha Campos,Gelson Santos Cruz, Jandyra Rocha Pinto, José C. Villela,Cuiomar Câmara, Costinha, Maria Lydia de Mello, Walde-mar Pedro dss Santos,Arthur Barreiros,Waldemar Restier,Raphael Matheus, Jorge Marinho da Silva, Lauro de Al-meida Moutinho, Edgar R. Soares, Julietta Granado Júnior,Augusto Crovvell Xavier, Luiz Macedo, Ary Borges Car-neiro, Henriqueta Worms, Maria Brand, Yayá Coelho Dias,José Perez, Victor de Mello de Alvim, Gentil Eloy de Fi-gueiredo, Rytha de Vasconcellos, Didimo Nunes Muniz,Tete Xavier, Maria Jacy de Carvalho, Adhemar Toussaint, ;Eduardo Souza Freire, Annita Perillo, Mario Reis, JoséVirgolino Gomide Júnior, Ubirajara Accioly Corrêa, Aryde Souza, Wanda das Chagas Leite, Paulo Lima, Jayme dáSilva, Alberto Ferreira Guimarães, Humberto Porto, SérgioBrito Bastos, Lucy Stevens, Hilda Ziul de Castro, QuinitaSouza Leite, Rosalia Paula Aguiar, Ruy de Castro Rolim,Rosa Izabel de Oliveira PYesco, Cláudio Júlio ToussaintFilho, Martha dos Santos Abreu, Elza Elizabeth Isensèe,Nelson Flores, Waldemar Alves Ferraz, Raymundo ChavesRibeiro, Pedro d'Andréa, Achilles Menezes, Tasso O. Ti-noco, Renato Gomes, Carmen Vieira Augusto, HenriquetaCurado Fleury, Armando L. da Silva. Paulo B. Monteiro,Aniceto Brigido, Aristhcu Accioly Lins, Brivaldo Ribeirode Queiroga, Umberto Brandão, Edgard Rezende do RegoMonteiro, Odette Bastos da Motta, Plinio Vieira de Maga-lhães, Agostinho Pereira Machado, Maria de Paula FleuryCurado, Kita Peçanha, Milton de Carvalho, Zelia Silva,Maria de Souza Lages, Raymundo Theodoro Alves de Oli-veira, Guiomar Maciel, Júlio Coelho, Carlota Ruth da Mot-ta Machado, Edson Octaviano Flores, Jacyra da RochaAzevedo, Christovão dos Santos, Maria do Carmo Peixoto,Zilda Coelho, Leopoldo Brascher, Thermutis de Figueire-do, João Augusto Cândido Waack, Jadyr da SilveiivSayão, Estevam Cantuaria Nogueira, Laura da Conceição,Tharcilio de Queiroz Ferreira, Marina Nunes Pereira, ZeliaFigueiredo, José Corrêa de Castro Júnior, Carmen Boni-lha, Zenayde de Souza e Silva, Paulo de Lima, Tasso Pe-res e Oneida de Almeida.

RESULTADO DO CONCURSO N. 426RESPOSTAS CERTAS \

—Bote-doíc-lotc-potc.—Venta, vento—Peroba-pcrola—Rico-bico-fico—Não-mão-cão-pão.—Pcra-amorim

A ultima pergunta foi justificada, entrando todos ossolucionistas no sorteio, cujo resultado ahi vai :

1- premio 1OS000 :•Evangelina de Barros

de 11 annos de edade, moradora na estação de Ottoni, Es-tado do Rio.

2-premio— ÍOSJOOO :Aladym O. de Azevedo

de 12 annos de edade, residente á rua do Livramenton. 105, Rio.

Enviaram-nos soluções:Jandyra R. Pinto. Angélica Caboléa, Didimo Muniz^

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21 O TICO-TICOMarina Palhares de Pinho, Julieta Moraes, Marietta Angelinada Costa, Didimo Machado Lopes, Aura J. da Silva,HaroldoAlencar, Moacyr S. Camargo, Iguatemy Camargo, Marthados Santos Abreu, Maria de Lourdes Nogueira, Lucinda Pe-reira Passos, Ary Koerner Prado da Conceição, Yara Mi-randa, Isabel Nascimento Freitas, Antônio Santos Dumont,Henriqueta Closiu, Paulo Morety-sohn, Jorge Fischer.Renéde Assis Moura, Auto de Barros Pereira, Máximo Cruzde Azevedo Marques, Nathanael de Assis Velloso, AroldoBrevilhere, Luiz Padilra, Luiz Paulo de L. e Moura, Britesde Azevedo Marques, Victorino Pereira Bastos, Aladym C.de Azevedo, Maria Apparecida Samico Braga, Mario deOliveira Brandão, Oswaldo O. e Silva, Edgard Macedo,Miguel Archanjo da Cruz, J. Silva Vaz, João Pedro de Jesus,Gilberto de Macedo Soares, Esther Barbosa de Oliveira,Nair da Apparecida Junqueira, Bcniamin Toledo, BelkissBarroso, Elmina Ferreira Lima, NenéPeixoto, IracemaRosa,Maria Drumond, Zilda Watson, Paulo Azevedo, RostandSiqueira, Edith Prudente, Orlando Amoroso, Rosa de Lima,Maria da Glcria P., Mathilde Campos, Aurora Duque Es-trada Bastos, Armando Bittencourt, Giselia Salgueiro Leal,Victor Olsson, Esmeraldina Leitão, Laura Bracct, EzequielCastro da Rocha Freire, Antônio de Salles Ferreira, David.Rosa, Odette Rodrigues, Thereza Gomes Pereira, An ericoAndrade M. Gomes, Margarida Prestes^ Heitor Fonseca daCunha,Almiro Sodré da Costa, Maria Dolores, HortencinhaBarreto, Salvador Junior, Carlotinha Gomes, HenriquetaWaadek, Léa de Alencar, Gil de Affonseca, Sylvio Braga eCosta, Olegario Passos, Caetano Pezzotti, José Azevedo,J. Lima, Nair Rocha Azevedo, Oswaldo Gamara. Humbertodos Santos Barbosa, Christovão das Santos, Hilda PassosCardoso; Adherbal Corroa da Silva, Getulio Monteiro dosSantos, Dora Ewerton Martins, Jorge Marinho da Silva, Jan-dyra da Silva Chaves, Ary Pinho, Heloisa d'Ávila -Bittencourt Mello, José Muzzi, Lalia T. Barros, Consuelo Car-bonnell, Hilda Oliveira Ferreira, Jurema de Macedo, OscarReis, Georgina da Conceição Chaves, Sylvestre B. Veiga,Melita Schweitzer, Amalia Cavalcanti do Rego, AlbertinadaSilva Nazareth, Emilio Cradidio, Carolina Cavalcanti doRego, Álvaro Leite Gomes, Stella da Silva Nazareth, VioletaDias da Costa. Evangelina da Fonseca, Lacy Monteiro deSouza, Edith Leal do Couto, Nair de Carvalho Lemgruber,

Cecília Tinoco, Fernando Toledo, Maria Mello, SuzanaDantas Santos, Edgard Duque Estrada de Barros. CresoDantas Santos, Maria Ondina Guimarães dos Santos, Wandadas Chagas Leite, Antônio Corroa Jorge, Honorina dosAfrlictos, Djanira Nunes, Guarany Rodrigues de Carvalho,Manuel Rodrigues, Francisco Barbosa, Laura da Conceição,Beatriz Cirne Maia, Thermutis de Figueiredo, Luiza Nogueira,Jayme Teixeira Guimarães, Rosalina da Conceição Gon-çalves, Maria da Conceição Pessoa de Mello, Julia TeixeiraPassos, João J. de Fraga, Rodrigo José Maurício, SaudadeRoxa, Zenaide de Souza e Silva, Antônio Guerra PintoCoelho, Octavio S. Lima, Armando S.Lima, Olga GabrielMocauchar, Thercilio de Queiroz Ferreira, Luiz Silva Junior,Fernanda Faulhaber, Heraclito Teixeira, Luiz Gomes daSilva Barros, Heraclio Cerlino dos Santos, Maria José deQueiroz, Augusto José de Sá, Luiz Gonzaga de A. Faria,Nair da Rocha Azevedo, João Quintino Vieira de Carvalho,Tete Xavier, Haydo Mury Netto, Jair SanfAnna, VraldirSanfAnna, José Silvestre Leitão, Amando Stockler, NairTorres de Araújo, Margarida B. Menezes, Adhemar de Se-queira, Elisa Cavalcanti, Zelia Cavalcanti, Agostinho PiquetCarvalhosa, Luiza Rocha Gomes, Arthur Peres de NoronhaGalvão, Augusto Portugal, Elze Mazza do Nascimento, MariaLuiza de Oliveira, Luzo Fontes, Olga Oliva da Fonseca, Lu-cilia Oliva da Rocha, Rachel Lopes, Samuel Babo, ZelindaNicoletti, Odette da Costa Brito, Marina Figueiredo, OndiloCruz, Orestes Cruz, Zuleika do Rosário, Ruth Villaboim,Antônio Augusto de Moraes, José Baptista dos Santos Filho,Jandyra de Carvalho, Eponina Guimarães, ClaudinaChavesPinheiro Moreira, Maria Drumond, Maria Luiza T. Livra-mento, Aldo Peixoto de Mello, Nair Silva de Moraes,Guanahyra de Almeida, Paulo Vasconcellos R. Mac Cord,Lúcia Pereira Nunes, Celeste de Miranda Costa, MariaSalles, Eduardo Vaz, Hercy Andrade de Azeve-do, Gilberto T. Sarmento, Laura de Almeida Moutinho,Ceciüa de Araújo, Antônio de Mello Alvarenga, Pedro A.Sacramento, Alberto Ribeiro Gomes, Tasso Tinoco, NoelFalcão, Marina O. Tinoco, Sylla Sobral de Mattos, João Bar-bosa da Silva Junior, Joaquim Pimentel de Oliveira, Pe-drinho Clément, Zaira Silva Araújo, Cenyra Fernandes Car-doso, Mario. Lúcio da Fonseca, Albertina Silva Fonseca,Oscar de S. da Gama, Dante de Cardoso, Abrahão Bouças.

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O TICO-TICO 22CONCURSO N

PARA OS LEITOBCS'DA CAPITAL E DOS ESTADOS

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Recortem estes nove quadrinhos e arrumem-n'osde modo a formarem um só quadrado grande, quedeve ficar dividido em 36 compartimentos,todos com-municando-se entre si e formando um caminho, queatravesse todos os compartimentos.

Recebemos soluções até o dia 7 de Abril e dis-tribuiremos por sotreio entre as decifraçôes exactasdous premios de 10S000 cada um.

CONCURSO N. 432

PARA OS LEITORES DA CAPITAL E DOS ESTADOS

Perguntas:r—Elle está nos ares ; ella em Roma.Que é?(Enviada pelo menino José Gonzaga)2- — Qual é o rio do Brazil que ás avessas é o

mesmo rio?(Enviada pela menina Rosa Felisberta Pereira)3-—Elle está na mesa ; ella é um comparti-

mento.Que é f4—Qual é a palavra composta de um advérbio

e de um adjectivo,que os moços tanto apreciam enão a querem brarjca?

(Enviadas por Maria da Conceição Geddes)5'—Eu tenho; o vento costuma ter e o mar não

tem.Que é?(Enviada pela menina Alda Peixoto Mello)Q- — Com h, aconteceu; com c, é um vegetal;

com o, escuta.Que é? .:.(Enviada por Lucilia de Paula e Silva — Fon-

seca, Nictheroy).Receberemos respostas até o dia 19 do corrente.Haverá dous premios de 1055, que serão distri-

buidos por sorteio entre leitores que nos enviaremsoluções exactas, assignadas e acompanhadas dos re-spectivos vales, residências e edades.

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O TICO-TICOSP

INFINITOVIAGEM PELO Historia maravilhosa(CAPITULO W III .

1) Com aquella chuva de aerolithos osviajantes se desviaram do caminho, que se-guiam e foram parar em outro planeta.

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1 í i' ' *. ft*'2) Alli tudo era differente do planeta mal-

dito,que haviam deixado. A natureza era opu-lema e magnífica.'Por toda a parle erguiam-sepalácios. . .

3i... arcos de triumpho e constru-cções de grande apparato e proporçõesgigantescas.

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4) Depois de atravesser varias avenidas,o Dr. Theodoro e seus companheiros chega-ram a uma grande praça onde havia ummonumento ao talento.

5) Ainda-mais se admiraram os viajantesnotando que os habitantes desse planetavestiam do modo mais variado, lembrandotodas as raças e épocas da Terra

ii) K. como esse planeta era illuminadopor vários soes,o Dr. Theodoro convenceu-sede que nunca havia observado semelhanteastro

7) Resolveram então interrogar um habi-tante. Era um velho, que lhes declarou tervivido dous mil annos antes,em Roma.e cha-mar-se Catão.

_ Catão explicou que aquelle planetaera a habitação de todos os grandes homensda Terra depois da morte.

y> E, prestando-se a lhes. servir de guia.levou-os a visitar os colossaes monumentosda cidade. . .

12) César e I10) ...os grandes parques e ll.nestas,quea cercavam, tudo com muila amabilidade eKalanteria.. .

lli Mostrou-lhes também os principaesgrandes homens que alli viviam. Mostrou-lhesA'o_ sentado debaixo de uma parreira.

rcingetorix, que,tendo-se tornado excellentes amigos, jogavamintermináveis partidas de batalha.

(Continua)

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AVENTURA» OQ \>rt¥í*uMtnO—im* HisTOTOK ~l\í\V~< E.L

Chiquinho. recebendo a visita da prima Lili, convidou-a amavelmente para ler as histo-ria* *'<> Tico-Tico. Mas, notando que o Jagunço çstá prestando muita attenção á leitura...

... começou a inventar umas historias medonhas de ladrões e bichos ferozes, paraassustar o Jagunço. E este ficou muito impressionado e até o gato levantou a cabeça, aoouvir cousas tão terríveis. . .

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Chiquinho, muito satisfeito com o resultado de sua brincadeira, ia inventando historiascada vez mais temerosas, de modo que, além de Jagunço edo gato, Lili começou tambema ficar com medo...

Chiquinho, fingindo que lia muito attentamente, ia cada vez complicando mais a histo-ria, faltando em fantasmas e lobishomens. Lili tremia, o gato estava todo arripiado, Jagun-qò queria tapar os ouvidos...

(Continua)