o tico-tico. nos estados. . . . $600memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01279.pdftherapeutica...
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No Rio 8500Nos Estados. . . . $600O TICO-TICO. """
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Que barulho é esse?Foi elle que bateu com a cabeça numa pedraQue pedra?lima que'eu atirei.
O TICO-TICO — 2 -i p _ Abril _- lílíifl
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TONTOS ¦ BVOLUÇAO DO DIREITO CIVIL.BRASILEIRO, pelo prof. Dr. Ponte* de W-ranfta (é «ate o Urro en quo o anta1 tratontfon em» e lacuna* do Código Civil), broch,
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TRATADO-COMMBNTARIO DO CODI0O CIVILBRASILEIRO, 8UCCBSSAO TB8TAMENTA«RIA. pelo Dr. Pontes de Miranda, brooh.«tooit eno. __ __ ¦__..... 10)000
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ma da Marinha Brasileira, de Gastao Penalva,broch 5)000
LBVXANA, novella do oscrlptor português AntônioFerro, broch. ...,»- -._ 1)000
ALMA BARBARA, contos gaúcho* de AlcldeaMaya, broch 1)000PROBLEMAS DU GEOMETRIA, de Ferreira deAbreu, broch. _...._ __.., JJ000
CADERNO DB CONSTRUCÇOES GBOMETRICAS,de Maria Lyra da Silva, troch 2)500
CHIMICA GERAL, No-8«a, obra Indicada no Col»Iegto Pedro II, de Padre Leonel da Franoa0. J„ 4- edloío. cart ._ 4)010
UM ANNO DB CIRURGIA NO SBRTAO, de Ro-berto Freire (Dr.), broch. 18)000
LIÇCHS CÍVICAS, de Heitor Pereira. 2» ollçio,oart. __. __ ,. 6)000COMO ESCOLHER UMA BOA ESPOSA, do Re.
^^nato Betai (Dr.), broch. „.,..._ 4)040HTTMORiaiJOS INNOCBNTBS, de Arelmor. brooh 6)000TODA A AMBRICA, vereoe de Ronald de Car-«—JSSS: bTOOh- •••».— «oooQUESTÕES PRATICAS DE ARITHMBTICA. obraaôoptada no Collegio Pedro II, de Cedi Thlr*.brooh. 10)000FORMULÁRIO DB THERAP_UTÍCA INFANTIL,
por A. Ban to» Moreira (Dr.), 4* edição, eno. 10)004CHOROORAPHIA DO BRASIL, para _ ergo prt. *"
n—Ho, pelo prof. Clodomlro Vaeconcelloi *"(Dr.), cart. 10)000
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RIO DE JANEIRO
0/O ORÇAMENTO — por Agenor de Roure, broch.OS FERIADOS BRASILEIROS, de Reis Carvalhotroch. DESDOBRAMENTO — Chron'lc"as'de Maria Eu.genla Celso, brochCIRCO, de Álvaro Moreyra, broch. '.CANTO DA MINHA TERRA, 2« ed^So,'O." Ma-rlannoALMAS QUE SOFFREM, B. Bastos''broch'"'".-A BONECA VESTIDA DB ARLEQUIM, A."mÒ-reyra. broch ¦b».»i_CARTILHA, prof. Clodomlro Vasconcellos ...!...PROBLEMAS DE DIREITO PENAL, Evarlato deMoraes, broch. 10), enoPROBLEMAS E FORMULÁRIO DE GEOMÈtrÜL
prof. OecH Thlré & Mello e Souza ....ADÃO, BVA; de Álvaro Moreyra, brooh..GRAMMATICA LATINA Padre Augusto Magnê
a J_ 2» edição ...PRIMEIRAS NOÇÕES DE LATIM, dè Padre An-gusto Magne S. J., cart. no prelo
HISTORIA DA PHILOSOPHTA, de Padre Leonelda Franca 8. J., »¦ edição, eno.. .. ...CURSO DE LINGUA GREGA. Morphologia, de Pa.dre Augusto Magne 8. J.. cart.GRAMMATICA DA LINGUA HESPANHOLA,
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14) M ¦
<) _ \|,ni _ jy:jo o — O TICO-TICO
Um exfcfãllíente ther-jmetro
Aqui csiú unia explicação fácilpara se fazer um bello thermometro.
Precisa-se de uma garrafa e umrecipiente mais largo que a garrafa,e então còlloca-se a garrafa de ca-beca para baixo com uma rolhinhamenor que o gargallo dentro do re-cipicnU com agua. Depois, absor-ve-se cuidadosamente c quando a ro-lha levantar á lona dágua, fará umtempo agradavej e secco e quandoa rolha abaixar o tempo será chu-i i e desagradável.
IParcitõõlfojf:..
revistade
Elcfianciae
pinto*As
photofjr&phiasmaii aiiixlicas.,
Amelhor.
(•'11 abo ração. Literária
I -jT^^fc /s/^ _j \ £uij «_-^* "N-^ K\^^^ /
WRIGLEYSDEPOIS DAS REFEIÇÕES.
Xulst!:\i_..o Ukasileira — Org5o da«lia cultura literária e artistica do pa:x,publicanJo em cada edição quatro re-producções de pinturas de autores na*c-on.ics, nas cores da própria tela.
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Q_ TICO -TICO
(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe: Carlos Manhães — Dir ector-Gerenfe: Antônio A de Souia e Silv»
A, M±S"e»« RraSÍ,; ' "T 25?000: 6 meZeS' ,3$00° - Es.raníeiror 1 tntí, S;^ «£,. 35$00O
«R^KNDBNOATrjfja: a%ern%4dde7nhefroqrau.0rDeonde°Knf;adraS,e 'M*0 "CCeiUS a""Ual °« semestralmente'! ODA Acla.ado). devo aerR^W^
^c^rsaljn^^ Dr. Pltnto Cavalcanti _ Rua Senador Ftijó. 27, 8- andar, salas 86 e 87.
ãçÕQf^^^ÜÔüÔA HISTORIA DO GUARDA-SOL
Ã/firo* ncliuhos:
O guarda-sol, ou guarda-chuva,que todo o mundo usa. tem a suaorigem nas mais remotas épocas eseu inventor não é conhecido. Acre-dita-se, no emtanto. que o guarda-sol tivesse apparecido nas cerimo-n ias religiosas do Orien le, sob aforma pela qua! nós hoje designa-mos a sombrinha, esse adorno fe-minino tão gracioso."Nos tempos antigos — diz umanota histórica — a souibrmha erareservada aos soberanos, que deliafaziam uso exclusivo. Nos baixosrelevos egypcios, assyrios c persas,vêem-se sob sombrinhas, somente1 essôas reacs ou altos dignatarios-Os séculos não mudaram a fórmi.do pára-sol. Os antigos dif teremSÓ por ter franjas em volta e umaflor OU qualquer ornamento no alto.
So ExtmílO Oriente, o pára-soltinha uma significação religiosa.
Ha uma velha lenda chineza quefala de um santo homem, de barbabranca e pelle bronzeada, o qual se
sentava na beira de uma eAradacampestre, debaixo- de uma somhri-nha remendada. Unia grande sem-ra atormentava a região: a gentem< iria de sede e nos arrozaes o ar-roz não conseguia crescer. O santohomem, á força de orações e pormeio do seu milagroso gunrdâ-chu-va, consoguiu da divindade umaserie de aguacciros providenciacs..
Na Índia, os antigos reis de Avae de Pegu, usavam os estranhos ti-tidos de "Senhor do Alurgo e Re-ílexo", "Rei do Elephante Branco"e "Dono das vinte e quatro sombri-nhas". O soberano d03 Burmeses,possuia um pára sol de vinte e qua-tro andares, composto de vinte equatro sonirinhas abertas e sobre-postas. Cada andar representavauma das vinte e quatro províncias,que constituíam o reino".
Já vêem os meninos que c guar-ida-sol é filho da sombrinha e tema sua historia interessante e bemlonga.
VOVÔ
xxl/lu ÀW~t*J., JBÊÊâm
fi TlfiO-TICO — 6 — g _ Abril _ 1930!
OTICOTICONASCIMENTOS Mar'na. por'•.¦.-ar vestidos curtos, e eu, por ter a ling
comprida. Quem sou?•> Acha-se em festas o lar do Sr. tenente Ascendmo 1 • Estão na berlinda o; seguintes alumnos do 4°
José Pinheiro e de D. Maria Paula Figueiredo Pinheiro, anno da Escola Ceará: Lecticia, por ser loura; Lourdes. porcom o nascimento de sua filhnha Maria Carlota. «-er magrinha; Paulina, por ser meiga; Marina, por ser
<3> ? Desde o dia 22 do mez findo acha-se o lar do querida; Zuleifca, por ser a mais bonita da classe; Ceciba.Sr. Elias Monassa e de sua Exma. esposa D. Geny dos por ser pequenina; Dnlcinéa, por ser morena; Luiza. porReis Monassa. enriquecido com o nascimento de um filhi- ser gorda; Jurandyr, por estar sempre com a bocca aberta;nho, que na pia baptismal receberá o nome de Edison. Jacyra, por ser socegada; Zulmira, por ser boa amiga;
? Está enriquecido o lar do casal Nestor Bueno Irene, por ser sympatlrca; Luiz, por ser engraçado; Acco.Mattoso-Guipmar Soutello Mattoso. pelo nascimento dcuni por ser querido; Washington, por ter cabclto de mulher;interessante menino que receberá na pia baptismal onome de Laeh
^ ^ O lar do Sr. Lúcio Ferreira e de sua esposaD. Adelaide Gonçalves Ferreira, foi enriquecido com onascimento de um menino que na pia baptismal receberáo nome de Edgard.
Elza, por ser gentil com as collegas; Rodolpho, por sermeigo; Mario, por ser elegante c Nathan por ter olhos azues.
ANNIVERSARIOS
•§> ® Faz annos hoje o menino .Nelson Vieira, nossoleitor e amigo
^ ? Festejou quinta-feira ultima a data de seu an.niversario natalicio a menina Elza, filhinha do Dr.Amaro Neves.
NO CINEMA., i
3- ? Foram conlractados para i.m íilm falado e can-tndo os seguintes meirnos: Dirceu, o Tom Mix; Devanaghi.a Lupe Vele/.; Paulo, o Tliomas Meighan; Eneisa. a Doloresdei Rio; Joel, o Conrad Nagel; Conceição, a Gloria Swanson;Geraldo, o Jackie Coogan; Lenyra. a Bilüe Dove; Ha-roldo, o Charles Chaplin; Déa. a Marion Davies; MaclmoSantos, o Jonh Gilbert; Juracy. a Bebe Daniels; Walter. oRod La Rocqr.e; Jacy, a Jacqueline Loogan; Darcilio, o Ha-rold Lloyd; Carmen, a Janet Gaynor; Luiz. o Raymond
<S> ? Maria de Castro, nossa prendada amiguinha, re- Griffith; Darcylio, o Charles Farrell; Esther. a Norma Talsideute em Petropolis, festeja hoje a passagem de sua inadgc; Heroizo, o Buster Keaton; Joanna D'Arc. a Bessiedata natalicia. Love; Mario, o Olymp:o Guilherme; Maria da Gloria, a
? ? Fez annos a V do corrente o intelligente me- Olive Borden; Early, o Nils Asthcr; Regina, a Annita Page;tino Evandro, filho do Sr. Jayme Guimarães e de sua Octavio, o William Haines; Glorinha, a Mary Pickford;
PAPAGAIO DOesposa D. Floria-na Xavier Pi-nheiro.<3> <í> Faz an-nos hoje o meni-no Arthur Ma»galhães.
NA BER-LINDA...
-1 * ? Estão naberlinda os se-çuintes meninos emeninas de Jupa-r a n ã : Augusti-nho, por ser brin-calhão; Horacio, Juquinha queria soltar o papagaio,por ser querido; mas não encontrava um logar para....Orlandina, porser quieta; Olym-pio, por ser mei-go; Adelia, porser modesta; Lu»cy, por ser bom-zinho; Azzi, poí;ser levado; Na-cib, por ser meu-dinho; Züoca, porser elegante; Lu-cidio, por sermanhoso; Assaed,por gostar defootball; Odilla,por ser bella;
JUQUINHA
.-~p!
,... encostal-o. Lembrou-se do tio Ma-noel, que lia o seu jornal no banco...
C^Sn —-f^^\ r^~7|pi
...do jardim. E o papagaio, encos- E Juquir.ha, desce modo, pôde voltartado ao tio Manoel, dava a impressão o papaga:o sem precisar de outro a--de que era mesmo a casaca do velhote. adtfo quc ::"q o bom tio Manoel,
Milton, o Jonh'Barrymore: Aida,a Dorothy Revier.
I
NO JARDIM...:
? ? Foi e n -contrada na Ti-jucá contendo asseguintes flores:Isa, uma rosa;Paulo, um cravo;Ruth, uma mar-garida; Mario,um crysanthemo;AÜcc, uma açu-cena; Luiz, ummyosotis; Dora,uma dhalia; Saul,um bogary; lida,H m a magnolia;Augusto, um sus-piro; Maria daGraça, uma hor-tencia; Octavio,um copo de leite;Maria de Lour-des, uma palmade Santa Rita;Hélio, um amor-perfeito,
Abril — l'J.0 O TICO-TICO
___RSãB__fi_^~ -&%l^ *%£&$&&
__-_ffi____.^L^L-r ^"^V^ V^________3_%F '_____-?* mt * uy^HHB_F^^^L ítífc^ 11/
ÍI______0 \_JL__É-^__-_-----_i_-_kn_-_-_--B
€ Jl jí T J J_ E >vCanta o rio, na corrente, canções que a fonte lhe
deu! Canta o vento entre a folhagem hymnos que vi-eram do céu! Canta o pássaro no ninho, azas abertas*ternuras, aquecendo o encanto amado de uns futuros
passarinhos! Canta o mar sentidas queixas que as on-das levam á praia! Canta a viola a saudade da sertane-
jo poeta! Canta o sino a prece triste da despedida do
dia! Canta a alegria da vida o sorrir dos pequeninos!Canta o futuro sonhado, o enlevo dos namorados! Cantao clarim estridente a victoria conseguida no embate vivo
da guerra! Canta o céguinho a profunda noite
sem luz dos seus olhos! Canta a venturaquerida, a felicidade, só ella, a
mãe ditosa que embala, noberço santo dos bra-
ços, a riqueza deum filhinho!
CARLOS MANHÃES
:: ô Homem da KHaòeaxa fileçra : ?(Romance de Aventuras) — Cap. IV
Foi. déTcerto, o'homem da ma, .ranegra qu; lhe deu algum remédio. Seráfeiticeiro esse homem"'! Quando me lem-bro que aquella pobre moça cahiu em...
"1, I
...seu poder!... De repente surgiu dean-te delles a velha aia, que disse. — Aíi!meu senhor! O bandido abandonou-meno meio da estrada e eu me escondi
Explicou então que conhecia pouco amoça porque estava a seu serviço haviaapenas quinze d'w., sabia apenas queella se chama vr> Lúcia eera estrangei-
ra. Lourcnço continuava desconfiadocom a velha. Mas esta continuou dizendoque Lúcia era pupiüa de um sábio muitorico, que viera a Paris consultar livros..
..raros. A velha contou mais que odesconhecido levara a moça a pé. — Is-so seta mesmo verdade5 — perguntou
nço. — Como pôde duvidar? —...
...perguntou a velha. — Olhe. aquiestão Ri neve Os signaes des passos deLúcia e do desconhecido que levava eia puxando o cava!'o. — Pois vamos. ..
...reguir estes signaes — disse o Ray.mundo. E seguiram pela estrada Inc.-renço deixou-se ficar um .pouco atrazobservando a velha com d?::onli.
. .. Pouco adeante o coMc noteu que ossigr.4es de passos de ouuo homem qut
ao encontro do desconhecido, se-. r>c: um atalho. Ordenou a
Lourcnço que seguisse as pegadasdes<e novo personarem. Lourtnço disse:— Eu >/ou. mas tenha cuidado. Es,a ve-
-me suspeita Seguindo os...
aes de pés. Lourcnço foi dara uma elegante casinha p*rdida no meiodo campo. Bateu nas portas e janellas.-
. dessa cusa. mas ninguém l.Ke respor.l»deu. Entretar.-.u. notando que 03 sigr.a-ide passos conturaavam a...
..'.o lacaiote. viu noraia.-
seguiu-os e. mais adear.-chão uma bella gar-
OSSOS A I G U I N H O S__fl_HBB__
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1 ^^tOÊ _^_^*^^ *_Li ^^^^^^^¦(¦"¦¦¦¦¦¦•^^^^
,_-. H_^_k_^_^F -» ^a_^_^_^_^_^a_^_.* ^^^
Um garrido grupo de leitores d' 0 Tim-Tico residente na Bahia.
As nossas amiguinhas. Miris,Regina, Rosa Marina
e Ismenia.
1 \W\t\MMt * HHC _i_l_flH__ II --—a....-------------------------—ã~
_** Wân ^H HF^"9 _^_> ^^H
lH_-L -i _j-4s~. __^> • ^^^_j _F^ _-f _¦. |^#Fernando, filho do Dr. Álvaro
Macedo Soares Alves e de fVÉ1 | |J n. Zaira Macedo Soares Alves.
w&*^^ *"* ^ S^r *^^* V*_^^E _^h_i1- •-*%*..'skf' m '
__________———————- ÇÃj' - _í -^^ *^*.LT ^-Efl -M- -ri —' ¦ - - .. —^^ tt A^B ^uiz Carlos, Oscar e
ij, _m--?* _H-m Esdras Pedroso.
^v _f^ *-¦
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0 1' team do Juiz de Fora FootballClub.
sil ns/niE isr i usr o.Jt__5 _R __£_!.
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¦ ¦ /_# ^ r ^^ I p ,
mwTm. _ fcl 1 I I¦r ____. r. -**_• j; i* ,f ili , HHkJ____________ __ iirl". "*** * F11
Alumnos do Grupo Escolar de Cuncas, Estado do Ceará.
_______________¦__* C_ «_.!_______ ________¦ ____3^____k i_______**>/d-fcI_.-V _E _______*¦*¦¦¦____¦ »* __f____Vwv _h______T l^» - _____ V ___m _M__________Pt v _M__^8__________________ ______B^___r _____T ^r___F^_-i MH| _____¦ _____V____F '_U ¦ ~ * mármmm.~fmm__^__F*,B___ *_P?_J»__i ^___e_L* ___r*~ —5"*«_.r^Ê
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_U"y ¦ Pm ^ 11"^*#v\I
¦¦ ** ¦¦ "-^—^M——"-^^B n^v •_••-__•_¦<_ « __ i t«
Creanças no banho em uma das mais lindas praias^da Ilha do Governador. , do receberam a visita de Papae Noel.
_____r •/ ', __f -M»P x N^^
K^p^áiMf _£__ )Maria Therezinha. filhado Sr. Carlos da Silva
Lemos.
Aracy, filhinha doSr. César Alvarenga. José Venancio, filho do
Sr. Alfredo Lopesda Silva.
!j _ Abril — 1930 — 11 — O TICO-TICO
As aventuras do gato maluco 'P^trUo^-J^t'^-
M^T^l I **$4srir llB^k^Pl mm
; Js UÉL: *=teRg'^*»- --— ,^
Q. Gato Maluco metteu-se Mas de repente, Cio de • •• disse elle. E ao mes- ^-o seu tripulante. E logo verificoudentro de uma pipa e foi dar fila viu emergir das mo tempo, divizou, lá que o periscopio havia desapparecido.um passeio no mar emquanto ondas um periscopio. longe, a pipa do Gato —Foram os inimigos que aprisionaramo amigo Cão de fila cochilava. — Que será isso?—... Maluco, boiando sem... o Gato Maluco! — pensou Cão de fila-
,, —— JTI Í1 o/^ry~ '
\\- i. ^ ¦ ,jlt *'"* " LI—— *ET&IlS^4k.
13, pouco depois, o Gato Cão de fila tratou do Mas eis que o peris-Maluco dava á praia, can- amigo. Fez uma fogueira copro e m e r ge, desaoo, victima de um nau- para aquecer o pello do novo, bem perto daíragio. Gato Maluco, jraia.
— E' um inimigo! — grita Cão defila, que avança para a praia, emquanto
¦ o periscopio desapparece. O Gato Malucovae buscar uma canoa e convida Cão de...
k^^md-MiiSSif w* 5KZ7 , -—..
T^\oma. f?
¦ V :3« \*—*
^ ^Of lie
¦^ff«y^i*i. -^.^
-fila para verificar que espécie de subma- .. .um ataque ao mi-rino era aquelle que tanto o assus; migo, que, de novo.tava. apparece e começa a
Cão de fila, porém, não quer dar. dar voltas e voltas,-
... arneaçador e desa-f orado.
E, em poucos mi-nutos, em vez de...
.. .um, Cão de fila vê umaporção de periscopios ¦ emer-gindo das ondas.
(Continua)
Leiam "CINEARTE", a melhor revista cinematographica da America do Sul,
O TICO-TICO u 9 _ Abril — 1930
INFANTIL
* / » T~~1 ** --~«»-l "^iJL^ÍÜaJ i "*¦* /
v j*Tv —r^ Iá?l%S \ y
I f ^—-rV>_L—^rT7 inverno/í vWli***«rtdV. '//.W^,/J,^ÍVWW//A-AV1
1" — Casaquinl.o de flánella Ingieza marron. frente de sol!a
fechada e t bolSes, adornado de rr.araba.
z» — Casaqulnho cora pelerlne, adornado de maraba.
I» — Casaco, f^tio lnelex com quatro botSei, Urso macho
na frente, enfeitado de arralnho.4» — Interei-iante casaco de rabardlne ar.il, rei, atorn»,
botSes.f — Cntaco de IS enfeitado de fitas drí. Tolalnas — •
rrande mola para cajaqulnhos é a maraba «K* varias ot
•É CINEARTE"A maior, mais luxuosa e mais completa revista cinematographica do Brasil, man-;
tendo em Hollywood correspondente especial e exclusivo.AV.VJWflAfJ*.WVWAF.VATJWW *
Abril 1ÍIJ0 — 13 — O TICO-TICO
nnenro mágico
Juca Melado e seu amigo Carvãozi-nlio viram no jardim um canteirocheio de lindas rosas.
ã.*-w*> !^^^__j _^^^B
E perguntaram â Lili se dia queriaque elles transformassem « côr dasbellas flores.
--w "gr~** ¦•¦— — ' "^ / ' • *_.*.
Lili respondeu que elles não teriamcapacidade para mudar a côr das fio-res. Mas...
-s3~ _^^B_P^S
. . Jaca Melado e Carvãozinho iir.-.m com t'nta as flores, fazendo-as,assim, mudar de côr.
Conselho* Oiter um c nsdho. menuo,
Cm COHttlho multo iiCompre todas as stmauasO querido O TICO-1 ICO.
••?*????? **»¦???*?
<5>
ponto mais frio da * O siasto do professor
O ponto ma's frio da Terra não é,con:o vocês hão de suppor, o po!onorte. Segundo observações fe*tas,os logares mais frios do mundo,isto é, os cm que se registrarem asmais baixas temperaturas, são oforte dc Cliorchill, próximo da ba-Ira de Hundson, onde a tempera-tura no inverno é de 33.", e Ir-koutsk, na Sibéria, onde a tempera-tura vae a 42.°. E' nesta ultima re-gião, nas cercanias de Vetkhoinasfc,que parece encontrar-se o polo dofrio, po's ahi a temperatura no in-verno é de — 53.° cent'grados!
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_ML/____!_ l^V S____\ _****'•L^
IA^j r^s&WSn JÊmv^^g/y%0ÊL
>A\\mw
/jmk PuMARTI-
.NIAHO
Quando Deus creou as rosasF. fez a luz do luar,Entre as cousas mais formosasFez a luz tio teu o-'har.
Deus fez o sol num só dia;Xo outro, fez o luar;Mas para fazer teu> olhosI.evou um anno a pensar. i
olhos, contas escuras,Sã" duas Avc-Marins.Do rosário de amargurasOt:e eu rezo todos os dias.
Ave-Marias são be:jos.Padre Xossos são abraços,Rosário dos meus desejos,A Cruz é abrires-me os braços.
' !JJáüaL_lli
O bom professor dormia e o pe«ralfa do Lulú, menino máo, foi de-pos'tar...
^WÈr/^l^uM^(&)(~)V^R&n Ti *—s—•'...uma bola de borracha sobre o
copo que estava na mesa. E-epoisLuKi... - >.\4±uw i_r\
r*^:_=^H w^á^m
...poz os óculos do professor nae pintou nesta uns rab;scos.
Ouando...
.. .o bom professor abriu os o^hosou-se e foi dar um castigo me-
a Lulú.
•¦ '%/ !$¦ <$ <$> <$>•$> <§>
Aviso *Ouve, menina, cu queria ?Desde muito aconselhar-te_ *A comprar, nas quartas-feiras, *A revista CINEARTE. *
?a. <¦ ?• $> + #¦ <*» <s> <í <?¦ •§> ^ <§¦ 3> *
ü TICO-TICO
UM B N C O
_ 14 9 — Abril — 1930
IMPROVISADO
D. Porquita quiz dar um passeio com os seus filhos
porquitos e tomou um bonde. Mas, no bonde não haviamais logar e o porquinho tinha que ficar de pé.
Mas o malandro era intelligcnte e resolveu improvisarunj banco com o chalé da sua mãe e eil-o prazenteiro abalançar-se na pequena
' rede...
A MELHOR ALEGRIA
Miguelzinho achou na ruaUma bolsa de dinheiro,E ficou muito contente,Todo alegre, prazenteiro.
Começou a fazer cálculosDo que podia comprar:Uma linda roupa novaE um bom chapéo para usar.
Compraria umas botinas,Para a mamãe um vestido;Para os manos qualquer cousa
Que não lhe houvessem pedido
E' bom ficar bem patenteQue era pobre o Miguelzinho";Porém honesto e bondoso,Um verdadeiro homemzinho.
Abriu a bolsa e contouO dinheiro que encontrara:Eram seiscentos mil réisE mais uma jóia rara.
— Quem a teria perd:do?...A si próprio perguntava;Porém o menor indicio
Na bolsa elle não cchava.
Nem um papel, uma carta,Simples cartão de visitaEncontrou junto ao dinhe roNaquella bolsa bonita.
V
Pensou, então, em lcval-aA' redacção de um jornalPara ver si, annunciando,Surgia o dono, afinal.
Porém olhou para a roupa
Já velhinha, remendada,Para o seu sapato rôtôE para a meia furada...
Quem perdeu deve ser rico;Disse, por fim, o menino;Eu achei, deve ser meu,Ou mostro não ser ladino!...
Mal dissera estas palavrasViu uma pobre criada,Mmto afflicta, a procurarQualquer cousa na calçada..»
Que foi que perdeu? — diz elle,mulher se app: oximando.
,Uma bois» com dinheiro,F.. por isso, estou chorando.
Era sua?— Não; menino;
Era da minha patroaQue mandou para a mãe «delia.
Uma senhora tão boa...
passar a rida inteiraTrabalhando pra pagar
Seiscentos mü réis e maisUma jóia, ou um collar.
Não se afflija tanto assim,Lhe diz, então, Miguelzinho;Eu a achei, tome. está aqui;Siga em paz o seu caminho.
Meu filho! Exclama a criada,Abracaudo-o commovida;Não sei como pagar istoPo's a julgava perdida.
E quiz dar ao MiguelzinhoEm recompensa dinheiro
Não, senhora; eu não acceito;Elle lhe diz prazenteiro.
Fiquei contente, contesso,Encontrando essa quantia;
achando quem perdeuFoi maior minha alce
A mulher contou a todosO gesto do Miguelzinho;E todos logo o abraçaramComo honesto rapazinho.
Não comprou linda roup-nha,Sapato, nem chapei novo;Mas ficou sendo exaltadoNo coração do seu povo.
M. MAIA
í» — Abril — 1930 15 - O TICO-TICO
Um velho mercadorclfnez tinha na suatenda de commerciouma porção de rari-dades para- vender.Entre essas raridadeshavia bm annel quepertencera a um magoe que possuia a estra-nha propriedade dedar um poder de for*ça e riqueza aquelle
que o adquirisse. Ummenino, chamadoFun-Lich, sabendodisso, foi a tenda do
(- ' ~-—*^-^a-L S-WT^-L"^ % % V ^fc, ^, l<ftfJjVUJJygSa>J'*IL>' 'JMÍrTJM.1
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— Mas eu nãopossuo um milhão delibras. Trouxe, po-rém, tres objectospreciosos, os quaespoderão ser troca-dos pelo annel. Sãoelles uma taça, umajarra de ouro e" umcofre cheio de moedasde prata. O senhorquer ficar com essesobjectos e dar-me oannel ? — perguntou omenino ao mercador.
— Quero, sim ! —O PREÇO DE UM ANNEL
— Vjuciu, slrn ; _mercador e perguntou por que preço podia adquirir o annel disse o mercador, que entregou o annel a Fun-Lich. Agora10 ttaS°' os leitores d'0 Tico-Tico vão dizer onde estão os tres- O ,nnel «-4 v^lirlo onr um nvlhão de libras ! - objectos que Fun-Lich deu ao mercadorrespondeu o mercador. Todos el,es ^ ^ ^ ^^
bello dia! Era a sua primeira com-Ali, naquella colina, á margem de
"rn rcgato: que por entre pedras temo seu leito, beijada pelos rubros ra:osda aurora, pela brisa matinal, pelosargenteos clarões da lua, está a velhacapelünlia da alde:a.
Era o Natal... Tudo estava maisalegre; até a natureza parecia entoarglorias ao Creador. Tudo era poético.
Numa no!te de luar, sentados nasoleira da porta de uma cabana. diver-sas creancinhas ouviam da sua vovóhistorias de castellos encantados, fa-
s e. como a oceasião era opportima
—..^ ua_; a*i_ o. sua primeira com-O PRESENTE DÈ
nnni1i5°- -Tesus- no dia de s^ nasci-mento. viera habitar o coração da-
JESUS-MENINO | 3l,e,Ies nieninos pobres-
Não ganharam brinquedos, porém,mais do que isto, Jesus-Menino lhes
não passará, po"s a aldeia está distante, detI- E"e próprio, naquelle dia, morouPapá Xoel já está muito velho e não "aquellas almas innocentes, naqucllespoderá emprehender tão longa cami- coraçõesinhos juvenis. Bello presente'nhada. v ¦ wl
Jesus parecia sorrir para aquellas mei- ,As creanças, meio pesarosas, retira- gas creanças. Feliz Natal! Era este or'"""í;e- presente de Jesus-Menino. Receberam,¦'ou o dia de Natal Mil n ent ^1Mal ° so1 Pela primeira vez. a sagrada Com-111.1 dc preferencia falava em Tapa começava a illuminar a nobrr nlrlpinm—i ' c aiucij, munlião.
ja o sino badalava, antuinciando o d;Noel.
— Elle. diza a velhinha, por aqui
1 ___[[_W ^m^&m€£ir_^£!r__^_r.
fafestivo e a missa que estava prestesa se iniciar. Dentro da capella tudoera simples, mais tudo era bello.Tcsus-Menno, em seu pequeno leito depalha, parec:a sorrir.
Chegou a hora da Comrnunhão. Ovelho cura abriu o Sacrario, a mo-rada de Jesus. Alguns meninos entoa-vam o "Gloria in excelsis Deo", eoutros iam se approximando da sagra»da Mesa. Que festa encantadora! Que
CONSTANTIXO E. ANDRADE
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O T 1 C O - 1 1 C O — 16 y — Abril — 1ÍM0
O SONHO DO TEMPLARIONa Edade Media havia ir.ua
Ordem de cavalheiros chamadosTemplarios e que combatia pelaEgreja, seguindo nas Cruzadas, queiam ao oriente disputar aos mou-ros os lugares santos da Palestina,occupados e profanados por elles.
Um dos mais jovens desses ca-valleiros, apesar de corajoso e for-te, na véspera de partir para umadaquellas formidáveis batalhas, emque se lutava corpo a corpo com amaior fúria e ferocidade, por terespirito fino e delicado, sentiu-semal, pensando na horrivel carnifici-na, que naturalmente iria presen-ciar, tomando, mesmo, parte activana refrega.
Sabia ainda que o numero de in-fieis que teria de combater era mui-to superior aos dos cruzados, e avictoria, naturalmente, se radfa-iria para o que tivesse maior nume-ro de combatentes e de reservas pa-
.ra preencher os claros abertos pelosferidos e mortos, retirados da acção.
Foi, assim, dormir apprehensi-ro pela sorte das armas dor» quécom elle se batiam contra os ma-hometanos incréos, quando teve umsonho original:
Julgou ver uma joven de gran-de belleza, envolta cm alvo man-to, que, sem lhe dizer uma palavra,lhe entregava uma grande espada <!eaço puro e sobre a cruz da qual bri-lhava um perfeito coração.
O ambiente em que estavamera, realmente, de sonho, pois pa-
recia ser o céo, á noite, crivado deestrellas; scintillantes.
Elle também, sem dizer palavra,cruzou as mãos no peito onde es-tava bordada a ouro a cruz deChristo pela qual se batia e accei-tou a preciosa offerta como tinipremio de victoria na batalha quese travaria no dia seguinte.
Ao despertar, pela madrugada,seu primeiro olhar foi para sua es-pada, que deixara aos pés da pran-
v^fc^3__H/l'tVX '/ ! \\(TiP_l I _ S9r
-ha, que lhe servia de Jeito, e, qualnão foi seu espanto, ao ver qiie,em lugar delia, estava a outra comque sonhara.
Sahindo da sua tenda de cam-panha perguntou aos companhe!-
ros se algum havia trocado sua es-pada pela delle, pois a que tinha cmmãos não lhe pertencia, e era fei-ta de aço de uma tempera rigidis-sima, estando também afiada comoo gume dc um alfange sarraceno.
Nenhum dos seus companheiroshavia trocado de arma, e admira-vam todo o fino lavôr daquella
admirável e>pada, digna de um gc-neral ou mesmo de um rei guer-reiro.
O moço templario relatou-lhes,então, o sonho que tivera, e todos.-.uguraram delle o melhor signi fi-cado.
— E' certa, agora, nossa victo-ria sobre os inimigos do nossoDeus e da nossa Fé, — diziam con-fiantes.
O joven templario a frente dei*m grupo de companheiros espa-lhavam o terror entre os mahome-lanos no lugar onde apparecia, fa-zendo-os fugir apavorados á suafrente, apenas com o gesto de er-guer a espada que rebri lhava aosol com fulgurações de um raiofulminante.
Em louca debandada os inimi-gos se dispersaram, cahindo mui-tos delles, prisioneiros em poder doscruzado--.
A victoria foi completa e ceie-brada festivamente, e a linda espa-da que apavorara os infies, colloca-da em lugar de honra ao lado dostropheus conquistados na batalha,como: bandeiras vermelhas com ocrescente da lua dos mouros, cimi-tarra-*, alfanges, punhaes, etc.
O joven templario foi tambémelevado ao posto de commandantedc um dos melhores esquadrões dacavallaria das cruzadas.;
U — Abril — li) .O - 17 — O TICO-TICO
OS. PASTEIS DA FAUSTINA
Zé Macaco nosso dia so-.be ip:e.1 sua esposa ir:;i cozinhar unspasteis.
Dc facto, a Faustina, fles.> o» lo estavano fogSo preparando os pasteis fetoi e.munia receita due so elta» >.cnl
Zé Macaco nüo cabia em si de..¦¦ .ntonte. Também a fome eratanta e, afinal, o prato ambicio-
___v- y
nado appareceu no horizonte dasala de jantar.
E Zé, atlrou-se valentemente
ao primeiro pastel que poude al.anj.r.Faustina, que preparara uma sumi-vadesagradável, esperava os acontecimentos
não Se fizeram espe-
Zé Macaco abriu uma bocca
querar.
«leste tamanho. E, zisl puahl.u como uma gTanada tu-
Uo ouanto tinha no ettotMfOh
o ^ue lhe parte»- Qu« havia enç-.üõo-s terríveis pasteis.
l".iustina trouxe-lhe i.m cha deattenuando o mal que fizera, queera apenas urr.a vingança de umatratantada q_- lhe fizera o marido.
O AUTO TRANSPORTE D'"0 TICO-TICO Pagina ... 3 - (FIM)
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?^f {''õCI fr re<-'<">«V <? fra das /?#•>*;.
ftoOEto DA ce8£RT0HA
Vejam explicações já publicadas
O TICO-TICO - 20 — 9 _ Abril — 1930
pOCu &NUNCA PLANTEIAB0BORA5 VOU "\t-OlR COM O METROPARA VER. 5cCRE5CSM
r^V/V^vv°V I PLANTE BEM ES^-l S^~ —s Lr-^-^X^n, (sS^hT«_ ^ 'SA5 ABOBOT^ôl -^77^01 ^ S \y
TW \ CRE&CER AJL^<"~? 1 -^
,
VSV ÍM'\KMW ABOBORAt,' PENA -^%mT V^RNAvALjV7^M W^ju Que nao 5eoam JL___\\w&
— '" —--. /"VOU ATE GANHAR. _W .- \Dinheiro com es- *J?À \TA NOVA 'NDU5- í^\ )t\J
MISERICÓRDIA'O Phant^\-5ma 00meu ~>vó Gut mor.REU HA 1*20 ANNOS
/"b-3
V/*pt^T^Ar5 A1A(Mcoa nao Te eu€R0|
TATO (N O j- Ny\ ^ r,
Ja\ Í-S - *^p\*=• .%*&
í) — Abril — ÜKiÜ — 21 - O TICO-TICO
O G A TI NHO DE NEVEVhny<yy .. ,r~\-_-_ /_____=--- ts.-v_7 O
4^
--^<aCax«a_OiSs. _._«_olÍt_i_ l_a» _. --_ *L frv.Os tres gatinhos foram brin- .... estar ecollocando-o junto do derreteu o gato de neve e acar na neve e fizeram um lindo fogão, afim de espantar a Mãe Mãe Gatinha em vez de se as-gato, levando-o para a sala de... Gatinha Mas o calor do fogão sustar reprehendeu os filhos..
_&v-.-_-^-.v.%v.---.'-v-^^"-"-^-*----.--_.%^
0 ELEPHANTE E A FORMIGA
Era mesmo de ver-se a força do elephante!A suspender o athletn, um colosso, um gigante'!
E garboso e feliz na tromba o suspendia,E corria e dansava e dansava e corria.
«
Mas naquelle momento o meu olhar desvio,E olho para o chão e vejo um desafio:
Uma mosca nojenta, exhausta de fadiga,Como louca a tremer nas garras da formiga!
César de Magalhães Couto.•.-.-_-_-.-_-." _-_-._»_•_¦_-_ ---.•-"-"•"¦¦•"-%¦—.-.--_"_•._•._.-.-_ _-_¦___.-.-.-. ¦_AV.V__-...VV.V.V.-.V.V
0 alphabeto japonezOs caracteres de escripta, no Japão, or-
Çam pela vultuosa somma de 4.000. Des-sa maneira, aprender, decorar todos oscaracteres de escripta no lindo paiz dascerejeiras é tarefa algum tanto difficil*E essa tarefa é das mais árduas para os
\ compositores que têm de organizar os jor-naes e revistas japonezes. Os caixotes detypos ostentam milhares de escaninhos,que guardam os typos.
A faina dos typographos é das maiorese, porque não dizer, das mais diffi-ceis.
TICO-TICO 9? ç) _ Abril — 1^0
A M O E S T B O
A modéstia é uma das virtudesque mais contribuem para a eleva-do conceito humano.
E' sentimento de todas as idadese de ambos os sexos, abrangendotodo o nosso exterior e até mesmoextendendo-se a sua influencia maisalém. Quem tem a dita de possuil-a,pôde julgar-se bem feliz, pois, comella possuirá um céo de virtudes.A modéstia adquirida pela educa-ção natural, tem um poder extraor-dinario, attrahindo sobre si outrasvirtudes, como o pudor, a o»mpos-tura moral, o commedimento, a de-cencia stm ostentação, a honesti-dade.
A modéstia encaminha as nossasacções no movimento do corpo e daalma, ensinando-nos como devemostrajar para não offendermos asconveniências sociaes e como deve-mos proceder para sermos agrada-veis a Deus.
O homem modesto tem sempreuma espécie de pudor que não odeixa dominar-se por máos senti-mentos ou por paixões menos di-gnas, exercendo um exame cons-tante sobre os seus pensamentos,
•Quem sou eu ?Eu sou a deusa da maldade. An-
do por toda parte procurando de-negrir as consciências limpas, fa-bricando mentiras, simulando bon-dade para conseguir o meu fim per-verso e criminoso.
Não tenho vibrações, porque nãotenho alma para sentir o bem; oque sinto c ódio, desejo de vingan-ça, inveja das pessoas sensatas. Paraisso procuro sal>er o que ha na vidaalheia, semeando a cizânia e a dis-cordia entre os que vivem bem.
• lia oceasiões em que me finjoamável, distribuindo flores e bcí-jos fementidos. tudo com carinhoe affago, para com mais facilidadealcançar momentos opportunos pa-ra trahir.
Nada me satisfaz, emquanto nãoveio decahida a pessoa por mimalvejada.
Remorso, nunca senti. Faço omal como se pratica o bem, e quan-do veio que meu alvo foi bem at-tingido, smto-me feliz.
Miserável como ninguém, procu-
gpbre as suas palavras e, principal-mente, sobre as suas acções. E'sóbrio e vigilante em evitar o malc praticar o bem.
Sendo o pudor um sentimentonatural de repulsa por tudo o que édeshonesto, elle se approxima damodéstia, mas nunca se confundecom ella. O pudor defende e tutelaa nossa vista, a lingua, os membrostodos, inspirando-nos certo mau es-tar cm presença de espectaculos pe-rigosos. E' um habito da alma querege os membros do corpo, resguar-dando-nos de perigos immoraes im-minentes.
P. U . O . O " R"A modéstia, diz Ruy Barbosa,
é um bello ornamento da creatura,e uma como roupagem re fulgente,que inspira respeito".
E' certo que nem todos possuema modéstia; mas todos podem pos-possuil-a com o exercício maravi-lhoso da energia e da vontade, aquestão é sujeitarmo-nos a essa <.--pecie de gymnastica racional quenão impõe esforços exhaustivos, masque, em exercido moderado c con-tinuo, tonifica e dá tenacidade aesse músculo que é a nossa vonta-de.
Jonas Ferreira
-TOTÓ
A bêbfi estava doenteE a boa mamaezlnhaMandou chamar o doutorPara curar a filhinha.
— A doente nao está srave,Socegue o seu coração IDiz, receitando o doutorUm xarope de alcatrãe.
¦ -¦j^-atr-u-i ¦ ri_ri *¦_ l 11 i u i ii ¦" " ¦-¦*¦¦¦ ¦ ¦»¦».¦¦¦ ¦¦•>.»— .!¦¦ -I-.I *i-y ¦..' ».- ¦¦»-. fjf4 WJKOQBÊrt
j-l*Li^^. ' «^í^^-n -T_i.n_nri.r- "¦ ' n ¦ "i ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦..-- — .-_-,-.-__. ...... — ¦¦¦-,¦ ¦
Mas T6tf>. um câo de estima,Nâo gostou da diversão
ro sempre pessoas de bôa reputaçãoc de elevada- posições sociaes pararebaixal-as no conceito dos outros.
Sou oégà por natureza, mas vejomelhor que ninguém. Odeio a vir-tude com ódio de morte e trabalhopara enthronizar o vicio.
tenho religião: o meu cultoc o da aduaçSo.
E levou b<M.c iocueP'ra dcbalxao do fogAo.
Ando de casa etn cisa sondandoas famílias que \:ve:n bem para se-mear o mal. Tenho ódio e sinto v<>-raz incêndio de vingança.
Eu sou perversa, malvada e terri-vel como as setas que negam aDivindade.
Eu sou a cahnnnia.Jonas Ferreira
Abril — 1930 — 23 O TICO-TICO
Gostaria de saber se todos vocêssaheni sozinhos e se sabem se portarbem na rua. Conheci uma menina(hoje já é uma moça) que pod:aagora estar trabalhando talvez no circoSarasani ou qualquer outro, por tersido roubada na rua por uma cigana,mas que felizmente foi logo des-coberta.
Qual de vocês não tem a amb çãode sahir sozinho, comprar um carreteide linha para a mamãe no armarinhoda esquina, mandar parar o bonde,
puxar a campainha sozinho, sem pedirauxil:o ao passageiro ao lado? Poistudo isso é preciso saber como. Esta
tnenina que foi roubada tinha certa in-
clinação para falar com qualquer um,
d:rigia-se á pessoas desconhecidas e o
resultado pôde ser aquelle da historia
do "Chapéozinho Vermelho", que não
ha creança que não conheça. Ella era
uma menina dócil, tinha a estima de
todo*, mesmo dos que a tivessem visto
unia só vez. Mas, na oceasião em que
sua mãe entregou-lhe o ce.tinho com
o bo!o e a garrafa de vinho, todos
sabem que ella recebeu conselhos parair. sempre direitinho durante todo o tra-
jecto, não para olhar para traz. nem
correr parecendo amedrontada com
qualquer cousa. e ainda cumprimentaraos conhecidos sem dar mostras de
interesse a desconhecidos. Vos foi o
_ue aconteceu com "Chapéozinho Ver-melho" na sua travessia até a casada vovó. O lobo comprini.ntoj-a, ellaachou que deva responder-lhe sem
UMA HISTORIAPARA OS
tEMPOS DE HOJE__________
calcular que os lobos sempre gostaramde comer creanças bonitas. O lobo, ávista da gentileza da pequena, quiz logosaber onde a vóvò morava. Oífereceu-
lhe as flores que havia pelo caminhojaconselhou-lhe a descansar um pouco,attrahiu-lhe a attenção para o canto do.passarinhos fazendo-a, com isso, des»viar-se dos conselhos que a mamãe lhehavia dado.
Ficou também o lobo conhecedor daresidência da vovó e do motivo da vi-sita da neta e, assim, imitando a V02da pequena, conseguiu illudir a pobresenhora entrando para coir.el-a.
"Chapéozinho Vermelho", quandoveiu, desconheceu a avó que era o olobo na própria cama da velha e ex-clamou:
Vovó, que orelhas tão grandesvocê tem ?!
E' para escutar melhor!E que olhos enormes você tem?!E* para enxergar melhor!Mas, vovó, as tuas mãos estão
tão grandes?!E' para te pegar bem!
E já muito amedrontada, perguntou:—E os teus dentes... vó... !!! e não
tinha ainda acabado quando enguliu apequena intetrinha
Você. sabem que ella foi salva jumtamente com a avó, por causa do es«irondo rouco do lobo, que fez attrahiros caçadores que já andavam haviamuito, atraz daquelle papa creanças;os caçadores cortaram a barriga dolobo e tiraram "Chapéozinho Verme-
lho" e a avó. que já estavam desfalle-cidas lá dentro.
Ah, pensou a menina, nunca maisme desviarei do meu caminho, quandominha mãe m'o prohibir.
O TI C O - T I C O .4 — í> — Abril !!>:;!>
RIQUEZAS NATURAES DE NOSSA TERRAO G ü A R A X -V '
Os indios Maués, que viviam naregião comprehendida entre o rioAmazonas e os seus afflucntes, oTapajós e o Xingu, faziam grau-de uso de uma substancia, que sesabia ser de origem vegetal, :nascuja preparação elles guardaramcomo segredo durante muitos annos.
A essa substancia por elles cha-mada guaraná ou uaranná, c queconsistia em u:na massa vermelhoescuro, arroxeado, eram attribui-das grandes virtudes medicinaes,por suas extraordinárias proprieda-des tônicas, estemacaes, refrigeran-les e muitas outras, que eram e.xal-tadas e propagadas pelas lendas, quea propósito circulavam.
Os Manes contavam que entre ei-les vivera, vindo não se sabia deonde, um casal de origem divina,cujo filho tivera sobre elles umainfluencia extraordinariamente be-nefica.
Os Maués, que antes viviam napenúria, nômades e errantes, guer-reando-se uns aos outros e minadospelas enfermidades c pela miséria,
-aram, por influencia da bunda-tledo Deus Menino, a viver emsociedade, auxiliando-se uns aos ou-tros e gozai saúde, fel-cida-de c abastança.
Porém, o máo espirito que osodiava e que tinha inveja da feli-cidade que gozavam, fez perecer oseu protector, pensando que umavez elle morto, elles voltassem árida miserável que tinham Mitróra.
Para isso Jurupary, o mAo espi-rito, disfarçou-se em serpente efoi-se occultar entre uns frutos que
cresciam no alto de uma arvore.Querendo colher os frutos o DeusMenino, subiu na arvore e foi mor-dido pela serpente, morrendo...
O desespero dos selvicolas quan-do o encontram morto foi cnor-me: A Divina Creança com os olhosmuito grandes, abertos, parecia dor-niir.
Os Maués, então, procuraram osseus paes, para dar-lhes a tristenova e não os encontraram, mas ou-viram uma voz, vinda do céo, queparecia sahir dc um raio de luz, edizia: "Não desespereis, oh protegi-dos de nosso Filho, pois elle nãovos abandonará. Plantem seusolhos e elle viverá sempre na plan-ta que nascer, cujo' uso fará osMaués sempre fortes c felizes".
Ksta lenda dá idéa dos sagradosmyaterios da transformação do cor-po e do sangue do Salvador ou daEucharistia, a que Nosso Senhorchamou "Memorial de sua Paixão",e a palavra guaraná quer dizer: (ju— alimento, aran — recordação,H_f — semelhante... portanto: —alimento scmcllictntc a um viemo-r'ml ou lembrança!
Ò guaraná (paulilia sorbilis)cujas propriedades medicinaes e re-frigerantes são hoje largamente re-conhecida';, é uma trepadeira en-Kintrada cm estado selvagem, nasmargens do Amazonas e seus afflu-entes; os frutos vermelhos, com osquaes se faz o guaraná do comnicr-cio são reunidos em cachos, como
da uva.
Hoje já se fazem plantações re-gulares, embora a maioria do gua-raná fabricado seja feito com osfrutos da planta encontrada na mat-ta, cm estado selvagem.
K" plantado de muda e frutificano fim do terceiro anno, che-gando a viver quarenta annos emplena producção.
No preparo do guaraná usa-se omesmo processo, que foi durantemuitos annos, segredo dos indiosMaués*.
Apus a colheita, os frutos são des-tacados dos cachos e depositadosem vasilhas cheias dágua, onde sãcesmagados á mão, para tirar a cas-ca e a polpa, separando-sc as se-mentes, mais ou menos do tama-nho de uma avellã, que são depoisseccas ao sol; passam, em seguida,por uma toerre facção a fogo brandoe são socadas em pilão de mão, oumonjolo, até ficarem reduzidas apó fino. Juntai!,'o-se água, faz-seuma massa que na occasião, molle eplástica, torna-se depois de secca aosol ou forno, de extrema dureza.
O guaraná é encontrado geral-mente em fôrma dc pãe.- cvlindri-cos, dc sabor amargo, mas agrada-vel. Kncontra-se também moldadoem fôrma de ce:.tinhas com fruta»,pássaros, macacos, tartarugas, mo-delados com incrível perfeição.Para usar o guaraná raspa-se-o com
uma lima ou uma faca. (Os MauésUsavam a lingua do pirarucu, queé áspera como lixa), reduzindo-o apó.
... R. Ronocle
U — Abril — 1930O TICO-TICO
MÁU.COMPANHEIROKíá?í"lflli
O menino ingênuo que moravaho alto do morro, e tinha um ve-lho automóvel de brinquedo, massem rodas, chamou o menino sa-bido que morava na estalagem dosopé da ladeira para brincar comelle.:
O menino do sopé da ladeira ti-nha tambem um velho velocípedesem sella e sem guidon. Levou-o,assim mesmo, para brincar lá cmcima como o seu vizinho... do aliodo morro.
E^se teu automóvel não pres-ta porque não têm roda;; disse-lhelogo ao ver o brinquedo do outro.Deves botal-o fora.
Eu não. Assim mesmo çemrodas ctr brinco bem com eüe..Sento-me ali dentro, faço a buzi-na com a bocea assim: "A-ú-a,a-ú-a!" e parece que o meu auto-movelzinho vae correndo, ladeiraabaixo.
Si tu me "desses elle", eu ti-rava as rodas do meu velocípede,botava no teu automóvel, e assimê que elle corria de vontade, mes-mo, ladeira abaixo..
Mas teu velocípede só temtres rodas e os automóveis tomquatro.~ Não faz mal. Ficava sen^rlo'"side-car"
que só tem tres rodastambem.
Vamos fazer um negocio:Ea cedo meu automóvel, você ce-
«*e suas rodas e feito o "side-car"a gente brinca junto.
Não pôde ser, porque o auto-movei só tem lugar para um.
'— Isso é o menos: ora vou eu,°ra vae você.
—« Assim tambem não me serve.Beve ser assim: ora vou eu pri-:i-ciro, e ora depois vae você, disse0 menino sabido<
Vem a dar o mesmo; tantofaz ir você primeiro como eu.. *
Não. Só faço o negocio si oprimeiro a ir no automóvel fôr eu.-Po;s está feito. Vae vocêprimeiro, concordou o menino in-gemto; eu vou depois.
Ao cabo de meia hora de tra-balho, as rodas do velocípede esta-
COMO SU FAZ UMA CESTA
Fazer uma bonita cêstinha decartão é a cousa mais simplesdo mundo.
Em primeiro lugar traça-se a! figura hcxagonal que o desenho
da esquerda reproduz. Esta figura obtem-se com a maior fa-cilidade desenhando sobre o car-tão di.as circunferências con-ccnlticac e traçando depois ascordas dc seis arcos egnacs.
As hordas dcntcad.is que sevem na gravura servem parapegar os lados separados, osquaes icunidüs constituemcês; a.
Uns alfinetes dc cabeça gran-de, preta ou de côr, pregados no
cartão pela borda superior e ároda do fundo, em cada umadas divisões, dão maior consis-tencia ao conjnncto e contriint-em para guarnecer.
Completa-se a decoração pe-gando uns cliromos nos lados dacesta ou forrando-a de panno.
A aza pôde fazer-se de cartão,reforçado com um arame e co-I cria de papel ou de panno.;
/ram adaptadas á carròsserie doautomovelzinho.
O menino da estalagem do sopéda ladeira era, além de sabido'muito habilidoso.
Com uns pedaços de arame e res»tos de aros dc ferro de uma barri-ca conseguiu o que elle desejava:fazer o automóvel do vizinho an-dar com as rodas que elle fornece-ra e adaptara.
Agora vou fazer a experien-cia; disse elle quando terminou otrabalho que o outro admirava..Mctieu-se no automovelzinho, inv
pnmiu-lhe velocidade inicial e odeixou correr, ladeira abaixo:Fstá esplendido! exclamousorrindo.
Chegando ao meio do caminhovoltou-se para o companheiro, queficava surpreso no alto do morro,e lhe gritou com ar zombeteiro:
'Adeus, seu tolo!... E desap-
pareceu na curva da ladeira.O menino ingênuo ficou pensan-do que havia sido realmente toloconfiando, com a maior bôa fé,'naquelle companheiro a quem nãoconhecia bem.
£ Arrependia-se agora de ter cedi-do seu automovelzinho, mesmo
sem rodas para o outro adaptar-lhe as rodas que trouxera.
Isso entretanto, lhe serviu de li-Ção, pois, quando ficou homem, ti-nha muita cautclla em cscoíherseus companheiros c amigos, assimcomo os sócios para os negóciosque emprehendia.
Somente depois de os conhecerbem e que se aluava a elles conft-ando-lhe seus capitães, ou a dc-fesa dos seus interesses.
Assim mesmo é que devemos pro-ceder, pois diz o provérbio que "oseguro morreu de velho".,
M. Maia
O TICO-TICO — 26 — 9 _ Abril — 1930
___^^X WvyYnw) *£r*\ £~\ ..-~-A í7\\ ^rv-^A /nTTK—,- » .-¦¦ —~-~A ^rrr*>m*rrm.
CAIXA MYSTERIOSAAS ABELHAS SOLITÁRIAS
Naquelie domingo tão quente c âscéo tão claro, "seu" Joaquim voltouda missa todo satisfeito.
Depois de se exhibir no Largo e ar-redores com seu terno de brim, floridode um lindo cravo vermelho, que nãoconseguia offuscar a corrente do relo-gio. Depois de dar uma prós? com o"seu" Manoel e com o "seu João davenda", o portuguez chegou á cha-cara, assobiando a "Canninha verde".
Mas começou a sentir uma cousa quenão era tristeza e nem era alegria: erasaudade.
Pensou nos domingos de sua Terra,alegres como este, mas que para o seucoração tinham muito mais valor.
Lembrou-se, enternecido, da velhamãezinha que estava lá, a esperal-o,lembrou-se dos irmãos, dos amigos...• lembrou-se tambem da sua flauta.
— Ora, a flauta, tenho-a aqui 1—ex-
clamou, contente, a torcer os longosbigodes pretos. Que ingrato sou eulDesde o S. João não "converso" comella. E a musica faz tanto bem!
Vendo-o sentado, pensativo, á portado seu quarto, os filhos do Sr. AI-me:da approximaram-se:
Que é isso, "seu" Joaquim ?Pensando na vida?
Ora "bibam", meus "sinhoires"!
Estava a lembrar o velho Portugal ea minha flauta,
Ha que tempo você a poz delado! Vá buscal-a para espantar asmagoas.
O jardineiro fo'. tiral-a de uma pra-teleira, onde ha tanto tempo a deixaracom alguns objectos de pouco uso, edepois de limpar-lhe a poeira, tentouarrancar-lhe üguma melodia.
E' de pirraça que se faz muda;você a abandonou tanto tempo!
O portuguiez, offendido, soprou-a comtoda a força e...
Virgem Maria!Cousa do outro mundo!Credo! O que será isso?!
Em logar dos sons esperados, as no-tas começaram a voar do instrumento,transformadas em abelhas.
Depois de passado o susto, puzeram-se a examinar a flauta com cuidado epor fim riram da peça pregada pelosinsectos.
Já tinha ouvido falar nestas abe-lhas, disse Sérgio; ellas, por seremassim mansas, se escondem nas casas,
nas fechaduras, ou em qualquer outroburaquinho poet.o; e apontou a flauta.
Com um pãozinho cutucaram o ins-trumento de todo geito, conseguindopor fim tirar alguns rolinhos, que,abertos se verificou serem fragmentosde folhas de roseira.
O jardineiro ralhou:Agora já sei quem me andava a
cortar em pequenas meias luas as ío-lhas de minhas roseiras!
E para que terão ellas tanto tra-balho? Ainda se fosse para comer...vá lá!
i— Mas é para as larvas, veja. Sãoos quartos dos filhinho?.
Foi bom você ter descoberto essatraição ainda em principio. Seria en-graçado quando ellas fizessem um ni-nho desse tamanho, disse Elza, apon-tando para a porta da cozinha.
Esse gostinho você não teria, Elza,porque as abelhas sociaes, as que cons-tróem tamanhos ninhos, não procuramos buraquinhos para morar. Estas abe-Ihinhas são um casalzinho e seus fdhos,que brevemente iriam por sua vez ex-piorar o mundo. São as abelhas soli-tarias.
Sim... Mas eu só gosto das quefazem mel.
"Já m'o disseram"! — murmurouirônico o "seu" Joaquim. A "m'nina"
tem uma lista bem grande de prefe»rencias... e faz muito bem!
Alto lá! Comtanto que não abusee sobre um pouco para nós!
. VVS/N/V'\/N*,_/N<*"^>^\í',\**N^..*><>%»'N*^*^«»
AVENTURAS DE PÉRÊRÉCA E TARTARUGA
Tartaruga estava pescando e Péré-réca foi se distrahir pintando -mapaysagcm.
Mas Tartaruga lembrou-se de atirar E não só "pescou" o quadro comaa linha de pesca era cima de Pé- tambem o seu inseparável amigo Pi-réréca. réréca.
COISAS DO Cl
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•mmwLX Paulo Cezar, filho do Sr. JoaquimCezar dos Reis.
Olavo José e y^^mmX ÉÉ^_X U&' f'lha d° Sr'José Olavo, filhos /Vmmm fcÈkX^. Domingos dado Sr. Voltaire //-% fcjlfcX^
Silva Leite.Martins. P/mW ^r^^^^ ^^^.^^^^^1 _____^v\
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MMVf*WH' 'V^V Mario Rubens, filho do Sr. Milton SÉLI¦^^^^¦F Cabral. J
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i.^ ¦'/-»__, _~_P ____ _9__P' JtvJ^Sf•- j* »___ wyjÊ íik
1 ___W___WiBl^^^^^==dTherezita Marzorati. Manoel C. V. de Mello. Clara Augusta Carvalho Silveira.
9 _ Abril — 1930 29 — O TICO-TICO
AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO(Desenhos de Walt Disney e U. B. Iwerks. Exclusividade para "O TICO- TICO" em todo o Brasil)
t -_._.- ¦^-Jx v v , ^_. A'___.;-- <L Ã^'3 íp- r^ V.^---^. a
Santo Deus, esses índiosme perseguem Se pudesseesconder-me atraz aesse ro-chedo...
.Vamos ver A setta zune.Por um millimetro eu esta-va morto
Que negocio é esse? Istose mexe?
Venham, meninos, vamosviajar Vence quem tem in-telligencia na vida
i ¦¦. ^^^^^ 1
|^-^—^—^—^—^^^^^^—^ I™-__________________________________________________
Esses dois trou- Você me deu na Você jogou-me E agora uma la-xas querem agarrar- cabeça E você tam- um coco no cocoru- vagem em ambos,me Vou mostrar- bem to da cabeça.lhes quanto vale qtalento
Não disse que Pensam que com-que vale no mundo mlgo e brincadeira?ê a intelligencia:' Enganam-se___,
I , estão os selvagens procu-rando-mc no dorso do hippopo-.tamo Vou mandar-lhes estasetta!
Agora os selvager.atirar as suas *ettas nobichano que vae passando ao longe.
Coitadinho do bicho.Que dor não estará sen-tindo. Eil-o que foge...
levando arrastados e presos *corda os selvagens Desta vez es-tou salvo!
O TICO-TICO — 30 — !) — Vinil 193
DO Br. fABETUDO •
*=**>
¦mm
CONSTANTINO (S. João D'F.l-Rej) _ Seu trabalhoziuho cem ai-guns concertos será publicado tal-vez mesmo neste numero.'
NENUPHAR (P^-nambuco) —Esqueceu de mandar dizer o d'a,jnez e anno em que nasceu, não foi ?
MIUDINHA (Pernambuco) —Sua letra redondinha significa bou-dade, doçura, indulgência, haven-do um pouco de dissimulação e des-confiança nos traços inclinados pa-ra a esquerda. E' econômica, or-deira, trabalhadora e activa. O ho-roscopo das pessoas nascidas a 7de Junho é o seguinte: "São exng-geradas em tudo, vindo a soffrerdo estômago e intestinos pelos seusexcessos á meza. Gostam de via-jar e são muito orgulhosas dos bra-zões de sua familia. Têm vocaçãopara a oratória e para a medicina,sendo as mulheres optimas enfer-meiras. Ficarão ricas antes dos40 annos.
G. L. A. A. (Pernambuco) —Traços verticaes indicam energia,frieza, força de vontade e reservaque se confirma na maneira de gra-phar a letra q minúscula. Vejo ain-da bastante poder de lógica, assimi-lação fácil, concatenação de idéas.Ha bastante curiosidade e teimo-sia.
O horóscopo das pessoas nascidasa 3 de Abril é este: "São muito vo-hn-eis e de temperamento nervoso.Intelligentes, de grande actividademental, têm bastante predisposiçãopara as artes, principalmente a mu-sica, não sendo, entretanto, boascnes.tra3 dessa disciplina pelo seutemperamento nervoso, impacientee irascivel. Muito egoistas nas suasamizades, o que significa serem ciu-mentas em extremo".
HÔ-NING-FO (Pio) — Letragrande denotando imaginação viva,
grandes aspirações, orgulho mescla-do de generosidade. A angulosida-de dos traços mostra firmeza, ener-
gia, tenacidade e certa aggressivi-dade tambem. Ha mais: vaidade,amor ás commodidades, ao luxo, ás
grandes viagens. Autoritarismo,
independência de attitudes. Emboraa graphologia nada tenha de com-ínmii cum os horóscopos, dou aqui,a seu pedido, o das pessoas nasci-das a 22 de Outubro: "Tem mui-ta iniciativa, enthusiasmo, nada asdesanimando quando pretendem con-seguir qualquer cousa. São, entre-tanto, inconstantes nas amizades,apesar de inspirarem logo sympa-thia á primeira vista. 1 Sua pedratalismã deve ser o diamante ou aopala".
ARACY (S. Paulo) — O horos-copo das pessoas nascidas em 27 deNovembro é este: "Gostam de es-tar sempre á frente de todos os em-prehendimentos e quanto mais dif-ficil e perigosa fôr a tarefa, maisçnthusiastas se mostram. Não ad-mittem receber ordens. Queremsempre ordenar e ser obedecidas.São ainda intelligentes, originaes eastuciosas, alcançando suecesso co-mo artistas ou escriptoras..
Amigas da Iisonja e dos elogiosfáceis, gostam de se vestir bem eser cortejadas. Quando ficam ve-lhas se tornam impertinentes, cole-ricas, intoleráveis".
GRALHA AZUL (S- Paulo);— Sua graphia ainda está indeci-sa, o caracter em formação; pôde-se ver, entretanto, bondade, inde-cisão, nervosismo, creduhdade, ti-midez, medo, receio.
Para o horóscopo das pessoas nas-cidas em Abril veja o que digo an-tes a C. L. A. A.
Seus mezes mais favoráveis sãoos de Junho e Julho. Seu melhordia da semana é a 3* feira e suapedra talisman a apwthista ou aigatlia".
GAROTA MODERNA (Botu-:atú) — Os nascidos em 20 de De-zembro têm o seguinte horóscopo:'São muito trabalhadores e activos,ausando-fhes mal aos nervos ver apreguiça dos outros. Pelo excessode energia que gastam trabalhandosempre, acabam com grande exgo-tamento nervoso. Amigos de via-jar, geralmente morrem longe dapátria.
O li iroscopo «1 is nascidos em 3de Janeiro é este: "Têm decididavocação para o c< «mmercio, no qualficam rios. São amigos nobre- eleaes e têm muita habilidade e Idiplomático. Vivem sempre SOlinlo grandezas c humanas.
('..«-am bua saúde, ficarão velfe .embora sujeitos a quedas ycv-sas-'. O roto fica para depois,não é?
ARY (Campos) — Antes de tu-dõ, sua letra parece mais íemiui-ua do que masculina. Revela deli-cadeza, sentimentalidade, fraqueza,mesmo. Ha uma certa indecisão,incredulidade, nervosismo, genero.-i-dade, amor ao confortável, prodi-validade algumas vezes.
Certas letras abertas á esquerdae no alto, como o a, o d, o g deno-tam ânsia de expansão, de confiara alguém o que sente e o que pen-*?a. O til demonstra pouco caso,displicência. Está mais crente wmprra? Escreva.
ALFA (Rio) — Letra movi-mentada revelando- agitação, mobi-lidade, alegria, loquacidade. Nota-se ainda certa inconstância naturaljias pessoas de espirito muito acti-vo e dispersivo. E' amigo das com-modidades e si pudesse vivia via-jando. Têm alguma lógica, assimi-lação fácil e poder de dedução, con-catenando bem suas idéas e pen-simcntos.
NORMAI.TSTA (Rio) — Letraredondinha: -igual de bondade» be-nevoleiicia, doçura, indulgência,neiguice. Bastante nervosa, pre-oecupada, di-trahida, sonhadbKk*Caprichosa, econômica, prudente,delicada, sentimental.
Quanto ao horosonascidas cm Novembro, tenha abondade de ler o que disse antes áAracy.
ROSE BLANCHE (?) — Re-abi sua cartinha azul, á qual, de-pois, responderei com vagar.
DR. S.1BF.-TUDO.
í) — Abril — J9.J0 *-- 31 O TICO-TICO
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fim ' i/cm*2** I
/' ¦
Os pássaros caros da Austrália
Em quasi todos os pontos do mundoha uma espécie de pássaros, muito pare-cidos com os periquitos, que encontramgrande procura. Essa espécie é a doabudgerigares australianos. Os naturaesda Austrália, por meio de uma selecçãocuidadosa, têm conseguido espécies
"de;
budgerigares de um colorido. Os japo-nezes também têm se dedicado á criaçãodesses pássaros e expõem á venda algunsde côr azul, verde, vermelha ou amarello. Os de côr azul são vendi-;los nos mercados do Japão pela quantia de 600 „dollares o casal e 03brancos pela de 1.000 dollares.,
w.-.-.-.-.-.-.v.-.w.-.v-fv-A-jV.A.l rA\SVÍAVWV.WAV. CWWW
C A N C E L li A DA ESTRADAPOESIA DE ALBERTO DE OLIVEIRA"
Bate a; cancella da estrada,.Constantemente.
Cavalleiro, á disparada,Lá vae no cavallo ardente.;Cavalleiro em descuidadaMarcha, lá vem indolente.;
Passo ondêa levantadaA poeira, toldando o ambiente,Bate a cancella da estrada
Constantemente.
Bate, e exaspera-se o bradaOu chora contra o batente:(Ninguém lhe ouve na arrastadaRoufenha voz o que sente).*"~" "Minha vida desgraçadaRepouso não me consente;•Vivo a bater nesta estrada
Constantemente..
Moços, moças, de tornadaDe alguma festa, em ridenteChusma, inquieta e alvoraçadáPassaram ruidosamente.;
Desta inda se ouve a risada,Daquelle o beijo... Plangente
Bate a cancella da estrada]Constantemente.
Agora é noiva coroadaDe capella alvinitente:Segue o noivo a sua amada,Um corre atrás, outro á frente.;
Agora, é uma cruz alçadi..,Vm enterro. Quanta gente!
Bate a cancella da estradaConstantemente.
Bate ao vir a madrugada,Bate, ao ir-se o sol no poente;(Das sombras pela caladaSeu bater é mais dolente) 4
Bate, se é noite enluarada,Se escura é a noite e silenlc;
Bate a cancella da estradaiConstantemente «
Nossa vida - aquella estrado,Com 03 que passam diariamenteE após si, da caminhadaA poeira deixam semente.;
Coração, como a cansadaCancella de som gemente,
Bates a tua pancadaConstantemente.,
1 c^v ^a^tJmr^a^^sc^A^aÍÀ^^^^^ikA ' X-V ^5=£1=5*S""""-^-- ft_r\ G/A^ O /\
r9am\aW\fiá3paV^yffi^ ¦jj^É
O TICO-TICO— z> - 9 — Abril — 193»
/Tjfr j TINTÚRE 'fy fflks
\( * / (Skei l^hf
J[/\ o m *> \ „i .P_I *_»'
SCENARIO:
t/mif ía'i qualquer regularmente vw-btliada. Um apparelho tclcphonico. Um
tyinpano.
Papae 'Entrando com um temousado tias mãos, faz soir o tympauo).
Criada (Entrando) — O senhor cha-mou ?
PAPAE — Chamei. Sabes o numerodo telephone da Tinturana Salingre?
Criada —Sei, sim. senhor. E' 4-7177.Papai — limão pede ligação, e dize
que mande buscar aqui uin terno paratingir.'Jriad\ — De que cor, patrão?
Papai; — Um não tem importância.C-e qualrqucr côr serve. Verde e ama-rello, por exemplo
Criada — Livra, patrão! As«"m osenhor fica, que nem papagaio. Só peloCarnaval...
Papae-— Não faz mal. Eu sou repu-blicano e liberal. Pede a ligação, anda!
Criada (Tirando o phonc do ganchor pedindo) : — Quatro, sete, um. .-ete,sete... justamente.
Papae — Attenderam ,'epressa...Criada —- Quando não ha muito
serviço as pequenas attendem logo...(Falando ao phonc): Alô! E' a Tin-turaria Salingre que fala?... Como?!...Necrotério! Credo! Desligue logo, ÍXtfavor. Houve engano. (Põe o phonc no
gancho).PAPAS (Rindo) — Tinha graça eu
mandar tingir minha roupa no Ne-croterio!
Criada (Chamando novamente) —Teleplionista. Eaz favor de me dar:Qua-tro, sé-te, um, sé-te, sé-te... Sim.
Papae — Eu já estava admirado deIttenderem tão rapidamente.
Criada — Quando attendem logo[igam trrado. (Falando ao phonc)Prompto. O senhor faz favor de man-dar buscar aqui um terno para tingirde verde e amarello... Como?!... Nãolé a Tinttiraria Salingre?... E' o Hos-picio de Alienados?! Papae—Bonito!
Criada — Não, senhor! Ninguéme~tá maluco aqui. nf.o, senhor... Co-mo?!... Ah! Isso de tingir de verdee amarello é uma extravagância do pa-trão que é liberal e republicano...Hein? Não amole, sabe?... (Põe ofjionc no gancho) Engraçadnho!...
O -? ? ?<s>
P E R S O N A CEJÍS: •<S> <»
Papai: — Mamai: *"TiIEREZlHUA — CaRMINHA •A Criada — O Tixt_.-re_.i_o •
rg <5>. ¦ ><>#->??????
Papae — Que disse elle, hein? Quefoi ?
Criado. — Disse que vinha buscar odeno de temo para applicar umasduchas.
pAPAE — Desaforo! Espera ahi queeu vou lhe dar uma resposta! (7'troo phDnc do gancho) Alô! Alô! Alô!Alô! Alô! Alô!... E' o Hospicio deAlienados?!... O numero? Não sei!Quero dar uma resposta ao Hospicio deAlienados... Como?... Informações...Não. ].' uma resposta urgente que euquero dar ao Hos-pi-ci-o <'c A-li-c-na-dos!... Sim. senhora... Alò!... Olhe!Eu não 'o, não; est-. ouvindo?Maluco é você, ."seu" idiota! Sequero tingir meu terno de verde eamarello não é da sua conta; está en-tendendo ?... (Pausa) : Como ? !... E'da Tinturaria Salingre que fahrr?!...Ah! queira desculpar. Eu pensei queera do Hospicio de dpidef... Não, se-nhor... Ao contrario: quero que mandebuscar aqui cm nossa casa um ternopara tingir!.. Ah! Tem razão.... E'na rua de S. Januário, 67... Sir.i; meia
ia sete. Siri... Muito obrigado.(Põe o phonc no gancho). Fel ztnente.Quando vierem buscar o terno paratingir podes entregal-o. (Sae, deixandoo temo sobre uma cadeira).
Criada — Sim. senhor.Mamãe (Entrando) — Onde estão as
creanças. Corina?Criada — Devem estar ahi na cal-
cada brincando.Mamãe — Eu já disse que não quero
as creanças na rua!Criada — Vou chamar as meninas,
patroa. (Sáe).Mamãe (Vendo o terno sobre a ca-
deira) Vejam só onde veiu parar estaroupa velha! O senhor meu marido tiraos ternos do guarda-roupa e os espalhapelo meio da casa! Depois ainda faUlquando vê qualquer cousa fora dologar. (Apanha o lerno c vae sahindycom elle para o interior).
Carmimia (Entrando com Thcrcsi*nha c a criada) — Mamãe chamou?
Mamãe — Chamei, s:m, senhora.Que estavam fazendo na rua, hein?
Therezinha — A gente estava fa-zendo nada e já estava acabando pravoltar pra casa.
Criada — 1-Mavam com as men nasda vizinha. (Sáe).
Mamãe — Já tenho dito que nãoquero vocês na rua. Vocês desobedecem,eu então avisei ao tintureiro para vilbuscal-as aqu;.
Carmimia—Aí! mamãe, não faça isto!Mam.Ãi: — Agora c tarde, porque já
o "mandei
chamar.Therezinha — Já mandou? Então
desmande, porque a gente vae ficarmuito socegadinha aqui. (Senta-se).
Mamãe — Vamos a ver isso! Eu jávolto. (Sáe).
Carmixha (Sentando-se) — XÜ...Eu tenho tanto medo do tintureiro!...
Therezinha — Eu também tenho...Tixt_.-rf.iro (A' porta, com grandes
bigodes c diversas peças de roupa nobraço, fala com voe forte e grossa)Olha o tintureiro!...
Carmint... e Therezinha (Dan.hum grilo c sahindo- a correr pjr.i ointerior) — Uáü... Mamãe! Ma-mãe'...
Tintureiro (Entrando, muito sur-preso) — Que c lá isso?! Pensarãoque eu sou, talvez, algum lobisho-
-'memMamãe. (Entrando) — Que t isto?!
Um ladrão! (Grita) Soccorro!Açudam! Um ladrão aqui!... Pér.a!
Papae (Entrando com um cacete)—.E>tá preso! (Segura-o).
Criada (Entrando com uma vas-soura) — Não resista! Renda-se!
iiMisiiA (Entra c fica de longe)Segura "elle", papae!
Therezinha (Entra e fica de k>n-ge') — Nâo deixa "elle" fugir, mamãe!
Tintureiro — Larguem-me q-e eunão sou ladrão!
Papae. Mamãe e Criada — Quemc. então?
Tintureiro, Carminiia e Tiurczi-mia — O tintureiro!...
(fim)1- WANDERLEY
Nota — Esta ultima "fala": — Otintureiro! c dita calmamente pe'otintureiro e num grito de pavor pela»duas meninas, emquanto papae, mamãec a criada riem do engano. — E. W.
•j _ Abril _ 1930 — 33 — O TICO-TICO
úãim¦a^__L._j*,«S- K mi
omtm&tRESULTADO DO CONCURSO _•. 3.123
A solução exacta do concurso
BolucHonístas: — Ananias Santos Souza.Anna Tainiun, José _¦'_ .\njus Tt-:s.tiraBastos, Manoel Brasil Porto dos S.mtos,N<>du íamos, Oscar P. Vicjra, Ivan Cas-tello Lrunco, Laura Carvalho, Wl_0o
¦ s. l.lr.undo do Carvalho, .Maria The-r< /.a 1'no ia Cavalcanti, João Luiz da
a Reis, Sylvano da Camino, Domin-gos Tamburlni, Orlando Silveira Pereira,
:'ib'.rií, Claudemiro Augusto Coo-lho, José .Maurício Cardoso Botto, Rina'.do
Ira, N«y_3 Villaça líamos Leal,•ilio Lopes Cardoso, R.yi.nldo VillasBOaa, Branca Frota; Jesus do -Mattos Cha-ves Penna, Aiião Vasconcellos Cabral, Ma-i a Theieza de Faria Pacheco, Adayl da
ra Duarte, Tbomyrea dc Moraes Sara-paio da Mario Joaquim Fernan-de*, Joio Rosa da Silva.. Antônio CarlosBelfort,' Armando P. Beatriz Couto, Ayr-te.ii Si ilos Santo», Epitacio AlexandreNeve», Oriaviano Galvâo, Marlta de Car-valho, João Jorge ile Barros, J< sê Carlos
na, Delio Hungria, Ilkfl da Costa Si-:\:d Pinho, Rubens Ainc;rim, Ly-
dln dc Souza, Lydia Galvão Ferreira, Ru-Dias Leal. Alysson Cortines Laxe,
• Io Chiaramelll, Alberto Soler Garcia,nio C. Dias, Lauro Bodrt, Alfredo
Levy, Luclnda dc Mattos Valvcrdo, José•< Loureiro Junior, Oulmar Chammas.
Iva F. Merlln, Sebastião Dias. Affonso\ ra da Fotseca Filho, Luzin.tto Pupo,André Araújo, Everaldo Novaes da S
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ra. Marina Alves, Thoopompo Johnson,IMia da Fonseca Rodriguos l^ipes, Theo-. rito Johnson, José da Cruz Vidal, Walterde Castro. Fernandes Pinheiro, Ruy Bar-I i sa de Souza. Dalva Stella de Oliveira,José da Silva Mangualde, Rubens Paulo do-\Tulrade, Paulo Roberto P. de Moraes.Domingos T_inese, [lermano M. Fonseca,Waktemar Ludwig, Attillo Amadel,. MariaJosé da Fonseca Lessa, Sylvio da Costa
Reis, Antônio Pereira de Souza, AurellaVVil.lus, Heitor" Bastos Tisre.
Foi o seguinte o resultado final do con-.curso:
1» — Prêmio — Um lindo brinquedo:JOSÉ" DA CRUZ VIDAL
de 9 annos de idade e morador _ rua Ca-chamby n. 21, nesta Capital. .
.-.---.".*.*•"--.-.-.-.-.-_ .-.-.-.-_".-.-.-.-.-.-¦-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-_¦_
GRANDE CONCURSO DE CONTOSBRASILEIROS
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"O MALHO" — q«e é uma das maiaentigas revistas nacionaes — consideran-do o enorme successo que vem desper-tanáo entre os novos contistas brasilei-ros e o publico em geral, a literatura II-teira, da ficção ou realidade, cheia deinteresse e emoção, resolveu abrir emtuas paginas um GRANDE CONCURSODE CONTOS BRASILEIROS, sô poden-do a elle concorrer contistas nacionaes arecompensando cora prêmios em dlnhe!-ro os melhores trabalhos classificados.
Os origlnaes para este certamen, juepoderão ser de qualquer dos gêneros •—trágico, humorístico, dramático, ou sen-timental — deverão preencher uma con-d.ção essencial: serem absolutamenteInéditos e origina es do autor.
Assim procedendo, "O MALHO" tem acerteza de poder ainda mais concorrerpara a diffusão dos trabalhos literáriosde todos os escriptores da nova geração,como ainda incentival-os a maiores ex-pans&es para o futuro, offerecendo aosleitores, com a publicação desses contos,em suas paginas, o melhor passatemuonas horas de lazer.
CONDIÇÕES:
O presente concurso so regerá nas se-cuintes condições:1) Poderão concorrer ao grande concur-
so de contos brasileiros de "O Ma-lho" todo e quaesquor trabalhos lite-rar los, de qualquer estylo ou qualquerescola.
r) Nenhum trabalho devera conter maisde 10 tiras de papel almaço dactyio-graphad.is.
S) Serão Julgados unicamente os trata-lhos escriptos num sõ lado de papel eera letra legível ou á machina em doíaespaços.
4) Só poderão concorrer a este certamencontit-'"! brasileiros, e os enredos, de
..oia, versarem sobre factos e-as nacionaes, podendo, no emtanto,de passagem, citar-se factos estrari.-pelros.
£. Serão excluídos e Inutilizados todos equaesquer trabalhos que contenhamem seu texto offonsa â moral ou aqualquer pessoa do nosso meio politl-co ou social.
6) Todos os origlnaes deverão vir assi-irnados com pseudonymo, acompanha-dos de outro enveloppe fechado coma Identidade do autor, tendo este se-gundo, escripto por fora, o titulo dotrabalho.
7) Todos oa origlnaes literários con»currentes a este concurso, premiadosou não, serão de exclusiva própria-dade desta empresa, para publicaçãoem primeira mão, durante o prazo dedois annos.
t) E' ponto essencial desta concurso,que os trabalhos sejam inéditos • ori-cinaes do autor.
PRÊMIOS:
Serão distribuídos os seguintes prêmio*acs trabalhos classificados:
1» logar....,'O "
»• " 4*. 6« e 6« collocados
Rs. tOO.000Rs. 2001009Rs. 100(000Ra. 50S000 cada
Do 7» ao 16* collocados — (MençãoHonrosa) — Uma assignatura semestralde qualquer das publicações: "O Ma-lho", *Para Todos...", "Cinearte" ou-O Tico-Tico".
Serão ainda publicados todos os outro»trabalhos que a redacção julgar mero-cedores.
ENCERRAMENTO:O presente GRANDE CONCURSO DD
CONTOS BRASILEIROS será encerradono dia 28 de Junho de 1930, para todo oBrasil, recebendo-se, no entanto, atê Sdias depois dessa data, todos os orlginaes-vindos do interior do paiz, pelo correio.
JULGAMENTO:Apôs ò encerramento deste certamen,
será nomeada uma imparcial commissãode intellectu.ies, críticos o escriptores parao Julgamento dos trabalhos recebidos,commissão essa que annunciarcmos an-tecipadamente.
IMPORTANTE:
Toda a correspondência e origlnaes re-ferentes a este concurso deverão vir como seguinte endereço:
Para o "Grande Concurso deContos Brasileiros".
Redacção de "O Malho". Trá--essa do Ouvidor. 21 — Rio de Ja-neiro.
5-_-_«_vs*.v- '̂.-_-."W_^"-^-,_*-".".".-_-í,_»_'_,.-.-_-.-_-_^-.^-_-.-.-.-, '.-y-J-"-*-
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INSCREVEI-VOS NA
C R U Z A D A PELA EDUCAÇÃOENSINANDO A LER E ESCREVER A TODOS QUE COMVOSCO VIVEM E TRABALHAM
O TICO-TICO — 34 — 9 _ Abril — 1930
2° Prchiio Vm livro histórico infaltu:
MARIA THEREZA FERREIRA CAVAL-CANTI
de 12 annos de idade e residente & ruaBomfim n. iO, em Olinda, Estado de Per-nambuco.
RESULTADO DO CONCURSO N". 3.42S
Respostas certas:
]« — Pado — Fado — Na Io — Gado.2" — Jacaré.2" — Pasto — Pasta.4' — Sapato.0* — Violão.
Soluciovistas; — Antonio rach"co deMacedo, Rubem Dias Leal, Sylvio Ney de
Ia Ribeiro, Remy Queiroz Guimarães,Machado J
Aurelia Wllches, José Cordeiro Vil:Yodda Ri 'Io, Dina Maria das Ne-ves, Ayrton S* dos Santos, Walter C^rdo-so, Henrique Lomba Perras, Juarez Gal-\ão Ferreira, Joaquim Tosslge, Valdir Du-arte Gomes, Waldemar Ciglioni, Heloisa daFonseca Rodrigues Lopes. Paulo Barbosa,ZuJeika Moura Barbosa. Guinio Santos. Es,-Uier KJchinlewaky, João Jorge de Barros,Hello de Castro Lobo. Euridcs do CarmoVcrmelingir, José da Silva Mangnaldo, Ed-inundo de Carvalho, José Carlos Loureiro,Theopompo Johnson, Marilia Dias Leal.I.nzinette Pupo, Evaldo Tavares. José Go-
, Euclydes do Azevedo. Onofre de Pai-va. Pedro da Silveira Leite, Honorina dosSantos, Zulmira de Castro Maia, José de ,«astro Maia. Eurides de Oliveira Gomes,Maria José de Andrade, José Maria de An-rti-ade, Affonso de Carvalho Lessa, Alfredode Castro Leaaa, Manoel Jardim dos Pra-zeres, José Eduardo Maia, Aprigio de Sei-sas Guimarães, Lydia de Hollanda, Lais deHollanda, José Meirelles de Aguiar. Edithdos Sair ao de Almeida Neves.
Foi premiado, com uma linda surpresa, oconcurrente:
SYLVIO NEY DE ASSIS RIBEIRO—¦ 4de 6 annos de idade e morador na Estádiofie Conrado de Nkmeyer. Linha Auxiliar,
do do Rio de Janeiro.
CONCURSO N». 4 3 S
'/iiífll e dos Estado»próximos
Pergunta* !1" — O que *. o que * que estando em
casa não .,-ifr vento e no mar quer':(2 .-
Amelinl.a Lopes
PÍLULAS
(riLULAS DE PAPAINA E PODO-PHILINA)
Empregadas com suecesso na» molei-tias do estômago, figado ou íntesti-nos. E??as pílulas, além de tônicas, sãoindicadas nas dyspepsias, dores de cabe-ça, moléstias do figado e prisão de ven-tre. São um poderoso digestivo e re*pularizador das fuiicç<3es gastro-intes-tinaes.
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Elixir de Nogueira
As soluções devem ser enviadas a esta re-dacç&o, devidamente :,ssignadas e acompa-nhadas do vale n. S.43S e separadas dasde outros quaesquer concursos.
Para este concurso, que s.-rú encerradono dia 2!» do corrente mc-z, daremos
- !,tr.-> as soluções certas,um Jo ntas para Jardim.
do Pliarmc».
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queza Geral
2» Qual a província da França que él usadas nas Cestas solennes?
(3 syllabas). oaetle ra^3» Qual a dansa formada por dua;
notas de musica?Cl svllabas). ,.. ,Áurea Vieira4i Tllla corta, elle 6 riqueza. Que O?(3 syllabas). _ „Amaro PaliesBi Qual o da da semana que no plu-
ral ê sobrenome?(3 syllabas). ., •,
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O CONTADOR DEHISTORIAS(OSCAR WILDE)
Havia um homem que era mui-lo estimado na sua aldeia, porquecontava hi>torias. Todas as tua-nliãs sahia da aldeia e á tarde, quan-do voltava, os trabalhadores, de-
pois de terem mourejado todo odia, rodeavam-no, dizendo:
Conta-nos, conta-nos o queviste hoje.
Yi no bosque um fauno atocar flauta e um coro de pequeni-nos faunos a bailar em volta.
Continua, continua... Queviste mais? inquiriam os homens.
Ao chegar á borda do marvi tres sereias, no dorso das ondas,a pentear com um pente de ouroos seus cabellos verdes...
E os homens o amavam porqueelle contava historias.
Uma manhã sahiu, como todasas manhãs, da sua aldeia; mas aochegar á beira-mar, eis que vê tressereias no dorso das ondas, pen-
.ido com um pente de ouro 03seus cabellos verdes, c, continuan-do o seu passeii, viu, ao chegarao bosque, um fauno a tocar flau-ta e um coro de pequeninos fatt-nos a bailar em volta. E naquellanoite, quando volto á aldeia e lhepediram, como todas as noites:
'— Conta-nos, conta-nos: que• hoje?
•— Não vi nada! respondeu.
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MARATAN
*Abril 1930 00 0 ZICO-TICQ
c o x e v r. s o jf. a 7 !¦ o* í; ltor»s ícsío Capitai c dos Estados
i í. 1¦
i // v\*r~ Jk^=z==§ £br^--~-—tf
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g-MO-MI-U-INAEVITA OS ACCIDENTES DAda OENTIÇAO* FACILITAa SAHIDADOS DENTES.f/w todas as P/iarmactas
A' ver.da em todas as pharmacia?
Pos 22 plio i no¦
bre uni» modo nmar um nome querido
redac-ç2o d'*0 ou-tros ursos c acompanhadasnao só do valle n. o 4;i7, que vae publicadolíiiir. como das declarações de idade.
nela e asslcnatura do concurrente.Pura este concurso, qu? será encerrado
no dia D de Maio vindouro, daremos, comoprêmios, por sorte, entre
Iji-indes:1 Prcmio: — l ,nn collt-ci-ãu ili- 12 11-
vn v '•t.nlerin dos ll<imt'n\ i i-lel»rt-s" , A«l»rofo«.*.nr \l\jtr«> GtiOTrn, «Mnn|trriu*ndenílo<.s st—uintrK voIiiiih-n; 1 — Smmé Me fl»-«liicla II — Orejrorta d<- Mattos. Ml —Baalllo da l.miiit. IV — Tlimmi/ Gmiiih
— (.om-nlves I>ia» VI — .lwi' di' Meu-• ar. \ll — (nstniiro (Ir \hlcil, VIII —<:i-.tro Vlvps, IV — \|v;ui>h dc \/.**\<mIo,
— 1 nuimilcM Viirrüa M — Uuclilld»ili- \ssi* \11 — Olavo ISilar. ISm> voln-
iwwiiiiiiiMiiaviiuiiiiiiiiiiiiiiiiiPBiiiiiwniiiiBii;;!!:!!!^
me» constituem Primorosos 'Ivros de en-l.iHliosn confcci,fio ,,ia«.-ri„i * roram MU-tado» pela Conip.-»,l,in Melhoramentos defSt* ,',ínl°V.nU« °T "*•«*«*¦ l>ara prcmio*,1--O Tico-Tico", dei,„íllRlr„nd0i <u.SKl. „,„_,1o o «elo e ded,c.1(.f(0 ,|m. „,. ||M ,.„,.,„«lia::, dispensa a todas na manifesta ».-iii beneficio da inslrucn,, ,)„ Iioto
'2» 1're.i.ioi — Vm l>c„m-i.o idm. IM.l.i liuimilo MT* meninos ou meninas;
>^\
VAI*PAPA OCONCURSO
W*
I m*tWir?-.."~/M VocP iã d!sse 65 í\W mamãe qut
J| PARA TODOS... ;: §^ /ífS V\' é a melhor rez-isla |
i; v\ mnu rfana£
3.437
lllustracão Lírasiicira — Órgão daalta cultura literária e artística do paiz,publicando era cada edição quatro re»prociucções de pinturas de autores na-ciotiaes, nas cores da própria tela.
A MOR MI U 1
Mimi — uma, men:na bem magrlnhaQue as faces possuia descoradasKachiíica, meada, coitadinha,Tinha as pernas até bem arqueaáas.
Mettia pena c dó... tão doentinha,Mal brincar a mealoa conseguia...
mama... sabendo-a bem fraquinha.Seu criação de dores, comprimiaI —>
Mas, ura dia, ella leu neste jornalUni tônico ?c:n jar ua homoeopathia,Que faria a Mimi v.m bem jertl.«,
E deu-lhe com a fé rnais^ crystaUna —iE Mimi, que em pé, mal estar podia,
Gloriíica dr.nsando a Morrhu:na I I !
HOMCEOPATIUA COELHO BARBOSARio de Janeiro.
ICNEGUALAVEL SABQNTTE «»«. i> ^^ j]____________ ———. \»m^————e——^—idw.
I LEIAM
ESPELHO DE LOJA DE
A 1 b a de Mello«AS LIVRARIAS
I
> ....,-, —————-— _lílLLUSTRAÇÃO BRASILEIRA", or^ão de alta cultura literária e artística dopaiz, contendo reproduecões de quadros dos melhores pintores brasileiros.
AS AVENTURAS DO CHIQUINHO - - Chiquinho cm Cuecas. . .menino!.. . Os bois, como se-tivessem ouvido t> desafio, invés-tiram contra Chiquinho. Ben-; ¦
'jamim foi o primeiro que.
/ : \. ~/^-\ • tivessem ouvido t>desafio, invés- jj'k "\*
/ _~-~--**»_ *.' ^\.
/~~~\^ ^"'" ^fe "tiram contra Chiquinho. Ben-: I Ife Z' ^**
^^>*+_. I
k'. -^ - ' I 'jamim foi o primeiro que... W ^
~^_J
Chiquinho viu dois bois pastando -^-^^^^Ú_wK''-^*' ^S^ —^ ~.
»_* ''- , . , , ,«•falou a Benjamim :-Vamos tou- ^ ===_§Í^^' ~^'k - -
'"^ * ^ fugiu. Chiquinho. co». habih-rear aquelles bichos?-Está doido... ^W^ ^Ü_7Z' _.t -' ;Iail<,:
«scondeu-se atraz de umaI——____ i - ^^F' -— -^ ~ . ^. =" ,,. ¦ .-¦ __ barrica, despiu-ae e p«>z a roupa. .
ÍIl . "S_ ^—- :\». •«T ¦ ___h>_ ¦ .. mi _é__V
SÉ__'.dentro da p"iP, pS ,níranar „s hoi7^~~ :.r.tô ^T"1 1P Sf ^ 1^^°^í?"achavam os garotos puzeram-se a pular ciando couces Chiquinho com Xl° í f* ' • °, ^ °uT
n "I
7 í ^ -T ° ""^ de ^desceu ao barranco escondeu-se melhor Os bois sentindo oual marradas. Benja- auinho nos chifres. O cãozinho deante daqu.llo perdeu a coragemnuer cousa dentro da barrica deram uma marrada" A ,-ouna m'm TP°Z'Se a gritar chamando e acompanhou os meninos que fugiram para casa onde receberam'""*"»-• por jagunço e quando este..- o justo castigo.