este jornal publica os retratos de todos os seus...

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  • ANNO VI rio »s: janeiko, oi u;rt iiicí. t »k oi tessiso i>e i»ii n. «iaBB

    ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES

    €&.—\.^^^f=' ' ÜMA FESTA N0 MATTO clt^^^^))

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    Para festejar o anniversario^ \&^^^^' ^^>-^ ! entrar"6"? "T'3 SP****, / Im da rá a família dos sapos convi- J^y>^ ^^^L lu do i„,

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  • O TICO-TIC*

    UMA FESTA NO MATTO (conclusão) Jf

    4] A um opiparo jantar, servido em pequenas mesas redondas, succederam os licores, emquanto as cigarras ri:í,Hrechinavam nas frondes próximas, formando uma harmonia suave. ,V:.".^. .... .

    ¦¦'¦¦ ''"' a>3 ..-..,.—--_ -r...-. ,..

  • O TICO-TICOEXPEDIENTE

    Condições da assignatura:interior: 1 anno, llSOOO, 6 mezes 6$000exterior: l • 20$000, 6 . 12$000

    Numero avulso, 200 réis. Nunier_ airazado, 500 réis.

    A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feiras,O Tico-Tico, jornal illustrado paracreanças,no qual collabo-ram escriptores e desenhistas de nomeada.

    /^__rirt/7 ,-. .—. Vocês ouvem sempre dizer que

    os ventos trazem chuva e geralmentese diz que é o vento sul. Sabem por-que?

    Porque ao sul d'esta cidade estáo mar, aimm.nsa extensão d'agua doOceano Atl-,itico. Sobre o Oceano aágua, sugciiaá acção do Sol,evapora-se, formando nuvens espessas que va-

    gam pelo ar até que se transformam novamente em água ecahem como chuva.Assim a água que escorre de nossos telhados vemmuitas vezes do alto mar, de centenas e centenas de léguas.Vejam vocês como a água viaja. Mais até do que pen-Sam. A água está sempre em movimento; vai, vem, sobe,

    -esce...Quando o sol esqnenta sufficientemente a superfície domar, a água evapora-se, ergue-se nos ares e começa a viajar;

    toma a forma dc uma nuvem e espera o auxilio do vento.Vem o vento e leva a nuvem pelo vasto espaço. Chegaa um continntc; chega por exemplo ao Brazil.Encontrando ar mais quente volta a ser água e cahesobre a cidade, escorre pelas ruas,pelos exgottos e volta aomar.Mas âs vezes passa além da cidade e vae até ás mon-

    tanhas distantes e domina os cumes, que,pela altitude,estãosempre cobertos de gelo. A água sobre esses logares caheem forma de neve e depois, ou escorre pela montanha, for-mando riachos e cascatas, ou penetra no solo.

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    Debaixo da terra ella encontra largos subterrâneos que,pouco a pouco, escorrem até o mar-

    Assim a água viaia muito, mas volta sempre ao pontode partida.Vovô

    DESENHO DE CREANÇA.

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    BARCO—Por José Carneiro Duarte

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    Otton dc Barros e Azevedo,c_om 7 annos, filho do Sr.^ornclio de Barros Azc-vedo.

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    Diamantina, graciosa filhinhado Sr. Antonia Ferreira —Capital I

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    A intelligente menina Mar-garida Fernandes do Vai-le, residente nesta Capi-tal.

  • O TICO-TICO

    CREANÇAS_Pi.--.UaK, I->iii|>li:iti•*«?

  • ^TICO-TICO

    HISTORIA DE PIERROTE DE SEU PEQUENO DONO

    Henrique Bertin era filho de um agricultor dos arre-doies de Paris; não era um camponez; seu pai, quandosahiu do collegio, foi para Grignon, onde ha uma escola*e agricultura.de onde sahiu para cultivar sua piopriedade.. Henrique, seu filho, com a edade de doze annos, tinha*'do desde pequeno tão teimoso, travesso e indisciplinado,

    Que fora preciso aos dez annos retiral-c do collegio, ondetinha reunido más notas para toda a sua vida.O pai, que tinha sido forçado a tomar essa resolução,*ncarregou-se, elle próprio, de sua educação e era tão severo

    que o menino não teve remédio senão aprender pouco apouco tudo que um homem bem educado deve saber.—Tendo as tuas licções sabidas e teus trabalhos feitos— dizia-lhe seu pai—terás licença para saltar e correr todoo resto do dia; mas fica certo de.que, no dia em que tedescuidares do trabalho, não sahirás do quarto. AconteçaO que acontecer, não mudarei de resolução.

    Ora, Henrique, que tinha horror profundo á prisão,estudou tão bem que não se passou um só dia depois d'essadecisão, sem que corresse tudo. Andava todos os dias duasou trez léguas sem receio do calor, do frio, do vento ou dacnuva. O matto, os campos, a estrada e o rio eram-lhe tãoconhecidos como a herdade de seu pai.

    Tornou-se tão conhecido na aldeia e nos arredores comoo carteiro.

    Esta existência, meio parisiense, meiocamponeza, tinhafeito d'elle um menino robusto, alegre, a quem nadaassustava.

    Henrique tinha um amigo intimo, que o acompanhavaem todos os passeios: era Pierrot, um enorme cão.Pierrol tinha a sua casa por baixo das janellas do quartode Henrique e, quando chegava a hora de sua sahida

    habitual,olhava para cima e latiabaixinho com impaciência.Se este primeiro aviso ficava sem resultado, Pierrot espe-rava alguns minutos e latia com mais força, até que seupequeno dono batia no vidro, para lhe impor silencio.

    ' 'Um quarto de hora depois, o cão recomeçava a latir,,

    augmentardo gradualmente de tom e acabando por umsupremo uivo, que parecia uma ordem.Henrique apparecia quasi sempre neste momento e

    tirava a corrente de Pierrot, que logo corria e saltava deprazer em torno d'elle.

    Depois sahiam aos saltos*.

    Henrique e Pierrot seguiram rio abaixo sobre a jangada de gelo

  • O TICO-TICOGelava muito havia mais de um mez, e o Sena

    estava em alguns logares cheio de enormes pedaços degelo.

    Henrique, que gostava muito de apreciar esse espe-ctaculo, dirigia-se para esse lado com Pierrot. Henrique,tinha gosto um pouco prematuro pelas caçadas, e havia ummez que pedia a seu pai para lhe comprar uma espingarda,graças a qual elle traria todos os dias coelhos e pássarospara casa. Ao ouvil-o, parecia que elle sosinho seria capazde encher o guarda-comida durante a estação da caça.

    Seu pai respondeu que elle não tinha idade paia pos-suir uma espingarda;que não tendonemojuizonemapon-taria necessaiia de um caçador, poderia não só matar ouferir qualquer pessoa, mas também avariar-se ou ferir-se asi próprio ; prohibiu-o também expresssamente de se aven-turar sobre gelo, onde Henrique tinha dito que se escorre-gava muito bem.— O gelo, mais solido pa apparencia, —respondeu seupai, pode nos faltar debaixo dos pés.

    Um menino razoável ter-se-hia conformado com essasjustas observações. Henrique não o fez. Elle tinha algumaseconomias, e oceultamente comprou uma espingarda decaça, pólvora, chumbo e até balas, que foi esconder emumacabana de pastor construída no meio de um immensoprado pertencente a seu pai.

    Armado de ponto em branco dirigiu-se um dia paraas margens do Sena, tanto para se divertir sobre o gelocemo com a intenção dc caçar.

    Pierrot, apressou-se em acompanhal-o para o rio queestavacom as margens solidamente geladas, até ao meio, eahi rolavam enormes pedaços de gelo.

    Henrique carregou a espingarda e saltou para o gelopara caçar um bando de patos selvagens que pareciamzombar delle na outra margem, na extremidade do gelo.

    Henrique armou a aspingarda, apontou e...disparou.

    Nem um pato foi alcançado.Somente o barulho da explosão fez saltar Pierrot, que

    nunca tinha visto o fogo de tão perto; isso junto com omovimento de impaciência de Henrique determinaram umestalo súbito.

    O pedaço de gelo sobre o qual estavam os dois ami-gos desprendeu-se da margem e fugiu pela correnteza, le-vandoos dous imprudentes.

    Henrique, que se viu perdido, soltou um grito de dc-sespero ao qual se juntaram os latidos de Pierrot.

    Mas esse chamado foi inútil. As margens estavamcompletamente desertas.

    A posição de Henrique era atroz.A jangada de gelo que os levava podia de um instante

    para outro quebrar-se de encontro a uma ponte, ou ir cho-car-se contra outro pedaço forte,porque era impossível,mes-mo com uma vara, dirigil-a por entre a multidão de peda-ços de gelo de todos os tamanhos que desciam pelo rio.

    Se o tempo estivesse menos frio, Henrique que nada-va perfeitamente, teria podido atirar-se á água e dirigir-separa terra, em risco de se ferit um pouco, mas atirar-se áágua com uma temperatura de dous gráos abaixo de zero,seria, uma loucura.

    Henrique ia e vinha sobre a jangada, seguido por Pier-rol, que imitava todos os seus movimentos. O infeliz meni-no, não podendo perder a esperança, procurava um meio desalvação, mas em vão.

    Meu pobre Pierrot, — dizia Henrique, está tudo aca-bado

    Ocãoulvou tristemente.Tu, ao menos, poderás nadar para a margem e vol-

    lar para casa, graças a tua pelle que é mais grossa do quea minha.Eli, morrerei no rio por não ter ouvido meu pai...Durante esse tempo, o pedaço de gelo que os levavaia descendo lentamente o Sena, abalroado na passagem

    por outros.Reduzido a inacção, Henrique olhava para diante comar inquieto. Uma reflexão que não lhe tinha vindo aindaatravessou-lhe de repente o espirito; pensou que a noiteia sem duvida sorprehendel-o no meio do rio, e que só lherestaria morrer de frio sobre sua jangada, aonde o encon-

    trariam no dia seguinte, ou a ser precipitado no Sena, queo podia levar t»té ao mar, aonde seu corpo desappareceriapara sempre; seus pais não saberiam nunca o fim que elleteria levado.

    Esta sombria perspectiva arrancava-lhe lagrymas,quan-doa sua attenção foi repentinamente attrahida para umvulto negro que boiava a uns dez metros atraz de si...

    Henrique olhou fixamente, distinguindo somente queera uma sombra quadrada e solida, porque quebrava tudo

    em sua passagem. Os pedaços de gelo que encontravaeram logo despedaçados.A enorme jangada, que levava Henrique e seu com-

    panheiro, achava-se em seu caminho, e o menino reflectiuque es-aria perdido se esse objecto fluetuante o vencessecom rapicjez.

    Henrique que era muito enérgico, resolveu de repen-te disputar a vida até ao fim, em vez de se abandonar aodesespero.

    Tomou a sua bella espingarda pelo cano e serviu-sed'ella para arredar tudo o que lhe tomasse o caminho.Estava oecupado nesse rude trabalho quando reflectiu quelaria muito melhor empregando seus esforços para retar-dar a marcha o esquecer o vulto preto para ver se elle nãolhe poderia offerecer um refugio certo.

    Infelizmente, era tão difficil para si diminuir a corri-da como precipiíala, e mesmo que o conseguisse seriadifficil diminuir o choque d'esse encontro.

    Henrique quebrava a cabeça para achar o meio desahir desse apuro, quando a jangada de gelo rodou rapi-mente sobre si mesma e mudou de direcção. Acabava depassar por um forte turbilhão que a tinha impeliido parafora da correnteza.

    Pierrot, que não esperava por essa pirueta, cambaleoue uivou lamentosamente. Quanto a Henrique, baixou-seinstinetivamente, receiando perder o equilíbrio.

    Esse incidente ameaçava-o de uma catastrophe eminen-te, porque o vulto negro, que devia em alguns segundospassar por sua vez pelo turbilhão, viria sobre elle e certa-mente havia de o submergir.

    O pobre menino estremeceu da cabeça aos pés, levan-tou-se, olhou em torno de si para ver uma ultima vez sealguém vinha em seu soecorro.

    Estava só, com Pierrot, que, farejando sem duvida operigo, tinha vindo refugiar-se perto d'elle, com as ore-ll.as cahidas, a cauda entre as pernas e tremendo.

    Uma espécie de mugido fez-se ouvir; era produzidopelo vulto negro em luta com o turbilhão. A água fel-ovoltear e atirou-o com violência na direcção em que seachava Henrique.

    Esse vulto negro, que era a parte superior de umbarco de transportar madeiras, vinha sobre Henrique comtoda a força; estava já a um metro quando o menino, in-spirado pela eminência do perigo, estendeu os braços paradiante de si, agarrou um páo preso por cordas a um dosângulos do barcO e segurou-se com todas as suas forças.

    Era tempo; o enorme bloco, que o levava um instanteantes, quebrado em vinte pedaços, espalhava-se pela água.Henrique tinha-se içado sobre o barco onde estavasão e salvo, com a espingarda a tiracollo.

    O cão tinha desapparecido na água.Henrique, logo que se sentiu em segurança,oecupou-se

    de seu companheiro. Ouviu-o ladrar. Pela voz parecia es-tar próximo e no emtanto o menino nada via.Novos latidos fizeram-n'o presumir que o pobre animalnadava na outra extremidade do barco,onde se tinha refu-

    giado, e com baslante difficuldade dirigiu-se para esse lado-,loi até obrigado, por causa da desigualdade dr s taboas, ase arrastar de joelhos. . Viu com effeito o desgraçadoIHerrot,qne nadava com força atrás do barco.

    E, segurando-se com força com a mão esquerda, Hen-rique estendeu a direita para Pierrot, agarrou-o pela pelledo pescoço e passou o para si. '

    Uma vez no barco, Pierrot arredou-se o mais possivelde seu joven dono, e sacudiu-se com força para se desem-baraçar da água, que escorria dos seus pellos. Depois des-cobriu uma pequena caixa de madeira amarrada em umlado da jangada, e tentou abril-a com as patas. Henrique,que o viu, apressou se a auxilial-o e descobriu na caixa umgrosso par de sapatos, uma garrafa de vinho e algumasptovisões embrulhadas em palha.

    Tudo isto devia ter pertencido a marinheiros.Henrique e Pierrot sentiram egual alegria, se bem quefossem inspirados por motivos differenles.Pierrot cubiçava um pedaço de toucinho dentro de

    um pão, emquanto seu dono admirava um par de sapatose a palha secca que iam lhe permittir aquecer os pés.— Para nós dous, meu velho amigo—disse elle acari-ciando o seu cão..

    Deu lhe logo alimento, depois tirou os sapatos e douspunhados de palha do cofre, fechou-o, sentou-se em cima ecalçou os sapatos que eram enormes. Mas isso permittiu-lhes enchel-os de palha.

    Já sentia menos frio.Depois Henrique abriu a garrafa de vinho e bebeu ai-

    guns golesO barco embora reduzido a um pranchão continuava a

  • O TICO-TICOdescer o Sena. A todo o momento podia encontrar outroobjecto mais forte, que o quebraria.

    O dia ia morrendo e Henrique calculou que lhe restavaapenas uma hora de de luz; mas suas inquietações, um mo-mento acalmadas, reappareceram.

    Conduzida só pela correnteza ia tão lentamente que sódevia passar embaixo da ponte de Passy noite fechada e operigo de semelhante passagem seria tanto maior que mui-tos arcos d'essa ponte estavam obstruídos por um grandenumero de taboas que serviam de esteio a dous moinhos defarinha.

    Quanto mais Henrique pensava no que devia fazer,mais elle ficava convencido de sua fraqueza.

    A única esperança que lhe restava era de chegar antesda noite e ser visto pelas pessoas do moinho ou algue .que passasse na ponte, mas essa esperança era bem in-certa.

    Uma idéa luminosa veiu-lhe ao espirito,Podia disparar alguns tiros de espingarda ao approxi-

    mar-se da ponte, para attrahir a attenção; sem duvida seriapara elle a causa mais simples do mundo, se as suas mu-nições estivessem seccas.

    Já se ouvia o rugido da água que batia sobre os arcosda ponte, e chegava até elle o barulho dos blocos de geloque se entrechocavam disputando a passagem.

    Além d'isso, a jangada fatalmente impellida pela massade água, que se engolphava por baixo dos arcos, precipi-tava sensivelmente a sua marcha, e corria direita para omoinho.

    O surdo ruido da água, cada vez mais forte, annuncí-ava o perigo. >

    Henrique segurou com uma das mãos a colleira dePierrot e com a outra agarrou-se fortemente á jangadacom a esperança de resistir ao choque inevitável; depoisfechou os olhos pensando pela ultima vez em seus pais.

    Um formidável estalido seguiu se logo.O barco, bruscamente levantado, ergueu-se no angulo

    formado por um pilar da ponte.O amontoaroer.to da neve, formando um promontorio,

    diante do moinho, tinha determinado essa evolução.O barco conservou-se nessa posição pela força da cor-

    renteza. Henrique e seu companheiro foram precipitadosno rio.

    Somente como Henrique era enérgico e sabia nadat

    •szz. ._^L_._l«_-^.YrYSrY'''''*'" " --Yr^y^ií*^:^^^'

    O barco bateu contra um angulo da ponte e I/enrique cahiu no rio

    Como era bom de certificar-se logo, elle disparou parao ar; o tiro partiu regularmente.— Bem—exclamou elle carregando com dous novos car-tuchos a espingarda, não está tudo perdido, meu velhoPierrot.

    Uma sombra cinzenta ia-se apoderando do horizonte,e os bandos innumeraveis de corvos passavam ao alto.

    De repente Henrique levantou a cabeça e viu a pontede Poissy a cem metros de distancia.

    Seu coração bateu com força. Porém não era mais pos-sivel recuar. Antes de um quarto de hora,—pensou elle,estarei morto ou salvo,

    Armou a espingarda e partiram dois tiros.Essa dupla detonação fez apparecer trez homens no

    parapeito da ponte...1-ssos indivíduos olhavam para o rio, mas era evidente

    que ainda não tinham visto o desgraçado menino.Anoitecia rapidamente. Henrique apressou-se a dispa-

    rar dous novos tiros.D'esta vez os trez homens ouviram :—Soecorro !.. .—gritou Henrique. Os homens respon-

    deram com grandes gestos de susto,' e desappareceramlogo, sem duvida para prevenir o molciro.

    perfeitamente, apenas elle se sentiu na água, abriu os bra-ços para se conservar na superfície e conseguiu apoiar-seno barco virado, onde Pierrot, que elle não tinha largado,subiu por sua vez.

    Molhados, gelados, a posição de ambos era horrível,porque era certo que as mãos de Henrique, paralysadaspelo frio,depressa largariam o apoio e tudo estaria acabado.

    Por felicidade o moleiro e os creados, prevenidos pelosoutros, correram im soecorro, e com cordas içaram o donoe o cão até o interior do moinho.

    Henrique foi despido e enrolado em um cobertor delã.

    Enxugaram também Pierrot, que se deitou sem cere-monia.

    O moleiro, que conhecia o pai de Henrique, arranjouum vestuário completo para o pobre naufrago e recondu-ziu-o á herdade, depois de jantar e de fazer tomar um copode vinho quente, bem assucarado, para o preservar de umresfriamento.

    Vendo a demora de Henrique, o pai tinha mandaaotodos os creados á sua procura. Mas todos voltavam des-animados.

  • O TICO-TICOSua mãi cada vez chorava mais, emquamo que seu

    pai empallidecia e mordia os lábios.Meu pobre filho I está perdido 1 — exclamou a boasenhora soluçajjRÍo.

    De repente, no meio d'esse desespero, ouviram-se re-soar os latidos alegres de Pierrot que não podia conter aalegria, vendo a casa.

    Todos coireram para o pateo. Levavam lanternas.Um só grito:Eil-os 1 eil-os ! — fez-se ouvir logo.Henrique já estava nos braços de sua mãi.Mau menino 1 porque nos assustar assim? — dizia a

    pobre senhora abraçando-o.Sim! que fizeste . e que significa esta espingardar— perguntou severamente o pai.Entraram em casa e Henrique contou tudo.Por varias vezes foi interrompido por gritos angustio-

    sos de sua mai.Louca, grande louca I murmurava o pai.

    Quando Henrique acabou seu pai disse:A lição foi severa, meu querido Henrique, mas es-tou contente porque era preciso uma cousa assim para teconvencer de que ha distracções que podem custar ávida,e que quando os pais as prohibem è para cumprirem umdever.

    Nunca o esquecerei — respondeu Henrique.Jorge Fartle

    O BOM CÃOZINHOCarlos era um bonito rapazinho de dez annos, muito

    vivo e intelligente, sempre alegre e prazenteiro era a deli-cia de seus pais, que lhe deram como recompensa de seubom comportamento, um gracioso cachorro branco, cha-mado Fifl, companheiro infatigavel dos folguedos do me-nino.

    Elle o estimava muito, porém, era um pouco mau pa-ra com seu fiel amiguinho; por qualquer razão batia nopobre cãozinho, que chorava de dór, vindo depois acariciarcs mãosinhas de seu dono, quando este, arrependido, o cha-tnava.

    Mas, amiguinhos, (aqui para nós) Carlos era glutão lCerto dia approveitando uma oceasião em que suamãi estava no jardim, dirigiu-se, para o armário, tentadopelo cheiro dc baunilha, que exhalava um appetitoso crême. Porem não se contentou em tirar uma fatia: comeuduas, trez, quatro, comeu-o quasi todo.

    Ao jantar, á hora da sobremesa, a creada annunciouque o creme não estava mais no armário; D. Clara ficouadmirada com essa noticia, pois quem poderia tel-o tirado,se ella própria o fechara no guarda-comida? mas olhandopara seu filho e notando que suas faces se ruborisavam,perguntou-lhe: —Foste tu, Carlos, que buliste no creme?

    I

    i

    Maria e Bovone Barbosa deSouza, filhos do Sr. PedroBarbosa de Souza, residen-les em Villa Nathan.

    — F'oi Fifl — respondeu elle gaguejando. D. Clara, indi-gnada, levantou-se e deu duas fortes pancadasno cãoainho;porém, reflectindo na mentira do filho, pegou-lhe pelobraços levou-o para o quarto e fel-o sentar no banquinhodo castigo, promettendo não lhe dar os doces que . a titiamandara, naquelle dia, para elle.

    Entretanto Fi

  • -8 Bibllotheea d'0 Tfco-Tfco YAYA' 43

    vida, mas iá era notável que ella tivesseaprendido tão depressa a formar legi-velmente a. lettras :

    «Minha querida mamai, se eu lhe ti-vesse podido mandar-lhe minha primeiracarta quando quiz, ter-lhe-hiadito cousasque a teriam entristecido; primeiro queeu era a mais infeliz de todas as meninase depois que pedia para me mandar bus-car, mas é preciso muito tempo paraaprender a escrever e durante essetempo, reflecti, tornei-me mais razoável.Depois que sei alguma cousa, compre-hendo que sou ainda muito ignorante eque é preciso que não seja mais, antesde sahir d"aqui. Não me aborreço comaprender, somente quero acabar de-pressa para voltar para perto de si.Peço a minha querida mamai que medeixe passar as ferias no collegio paraestudar, em vez de sahir com a Sra.Cardoso,que quer me levar para Petropo-lis ; é um logar que não conheço. Nãogosto muito da Sra. Cardoso, apezard'ella me trazer doces e chocolate todasas semanas e me aborreço em casa d'ella,porque não se pôde brincar. Paulina émuito grande e tem vestidos muito boni-tos; e depois, eu choro sempre que a vejobeijar sua mamai. Penso sempre na se-nhora, apezar da Sra. Cardoso ser menosbonita e menos bôa, mas emfim é sem-pre uma mamai; e eu contei que haviaduzentos e sessenta e trez dias que eu nãopodia mais beijar a minha 1 Mas a granderazão que me faz querer passar minhasferias no collegio é que eu poderia ade-antar uma aula durante esse tempo, demodo que isto será tempo ganho paravoltar para a Bahia.

    Se tenho que ficar aqui cinco annos,como me disse Mlle Aubry.posso ganharum anno supprimindo as ferias. Já seibem contar para calcular isto.

    Não receie que eu me canse muito,trabalhando; passo muito bem, como

    até muito melhor do que em casa, e nâosei se é porque tenho fome ou por-que me habituei com a cozinha, mas ascomidas não me parecem tão más. Ima-gine que não bolam as«ucar na sopade leite e que só temos sobremesa umavez por dia 1 Que sobremesa essal amen-doas duras como pão, figos seccos, bemseccos e queijo secco também;... mas jáme acostumei. Tenho muitas amigas,muito boas, que detestei nos primeirosdias, nem sei porquô. Quando fecho osolhos, vejo a fazenda com o seu lindo sole Luizinha e papai, e a minha bôa Babáe Thomaz e Lúcia c Januaria, e minhagata e todos os meus bichos, todas asminhas flores, mas primeiro a senhoraminha mamai querida,sempre a senhora.»

    Depois Yayá tinha rabiscado: «mando-lhe beijos» mais de vinte vezes, e a tintamanchava o papel no fim como se tivessechovido muito em toda aqueila pagina.

    Mlle. Aubry escreveu na mesma cartacom sua bonita lettra firme :

    «Sinto-me feliz, vou poder dizer á Sra.Oliveira que Edith faz em tudo rápidosprogressos, e até aqui eu não tinha tido oexemplo de uma creança d'esta edade,que procurasse com tanta energia cor-ngir-se de seus defeitos e ganhar o tem-po perdido.»

    Mais tarde Yayá teve grande orgulhode ter merecido esta bôa nota, que levouuma alegria muito viva e bem profunda asua mãi, já atacada por uma cruel doença,da qual não se devia mais levantar I OSr. Oliveira escreveu sobre isso cartasque inquietaram ao Cardoso, mas nasquaes Yayá só viu uma cousa: que asaúde de sua mãi necessitava consultaroutros médicos, e que logo que ella sup-portasse a viagem viria para o Rio.— Mamai, minha querida mamai noRio I — gritava Yará batendo as mãos.— Oh ! eu sou muito feliz.

    Prometteu a si mesma decorar umapoesia para esse momento.

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  • 46 Bibliotheca d*0 Tico-Tico

    largou a escada, que cáhiu ruidosamenteao longo da alameda do jardim, e a suafiel Nana, que ella não tinha queridodeixar, foi cahir na rua.

    No mesmo momento, uma voz grossadizia na rua:

    —Alto lá!Yayá voltando-se viu um homem fal-

    lando e olhando para ella.—Escapou de bôa, pequena fujona—continuou o policial ; pensei apanhal-ano chão, como a sua boneca — e mostra-va a boneca.

    E assim dizendo elle voltava a esquinada rua,sem duvida para bater á porta docollegio,

    —Estou perdida—pensou Yaja; se eusaltasse?..

    Mas, considerando a altura, sentiu acabeça andar á roda e fechou os olhos.Também Mlle. Ignez tinha chegado per-to do muro.

    —Será possível? — gritava ella — des-praçada creança I Desça depressa. Vocôvai cahir. Soccorro 1 Soccorrol

    A escada foi de novo levantada contrao muro, e apezar de Yayá ter tentadoprimeiro correr sobre o muro estreito comagilidade que fez a nervosa Mlle. Ignezsoltar grandes gritos; depois de ter arra-nhado e mordido como um gato do matoperseguido, os que a perseguiam conse-guiram apoderar-se d'ella. No meio deum grupo imponente, que a guardava ávista foi conduzida ao gabinete de Mlle.Aubry. Esta, prevenida do delicto,estavasentava em sua poltrona, com a mages-tadede um juiz.

    Com um signal despediu a todos, de-pois olhou para a culpada de um modoque esta não comprehendeu bem, aper-tando os lábios e franzindo a testa. Pare-cia que reprimia uma violenta vontadede rir.

    Assim,—disse ella,—vocô ficou pre-sa no alto de um muro, entre o regula-mento e a lei ? Já vê que estas duas ex-cellentes cousas têm sempre a ultima pa-lavra. Creio que está curada do gostodas escadas.

    Yayá fixou nella um olhar brilhante edesesperado.

    Tentarei um outro meio, porque nãoquero ficar aqui.Então você se acha aqui muito mal ?

    Ohl...— disse Yayá com furor eangustia.

    Pois bem t minha filha. Então vá seembora.

    Yayá estremeceu. As lagrymas,promp-tas a correr, seccaram. Aquelle monstiozombava d'clla.

    Mas ir embora em dia claro, pelaporta, não por cima dos muros, á noite,como um malfeitor.

    Pense bem que, se você tivesse conse-guido fugir, o policial a teria apanhadoum pouco mais longe c levado para aguarda, presa, até que você fosse reela-mada I Que humilhação para você c paraseus pais 1

    Yayá,apezar de não comprehender bemtoda a extensão d'essa desgraça, córou eabaixou a cabeça.

    E porque se expor a isso ?—prose-guiu Mlle. Aubry.E' só escrever francamente a suamãi, dizendo que quer voltar para juntod'ella.

    A senhora rasga as minhas cartas l—interrompeu Yará com máo modo.

    A carta de Heloísa, é o que vocêquer dizer ? E' differente.Eu lhe affirmo,Edith, que não só deixarei passar a pri-meira carta que você escrever a seus pais—escute bem — que você mesmo escre-ver, mas ainda que eu própria acerescen-tarei uma palavra de minha mão paraapoiar o seu pedido e os decidir a man-dal-a buscar, se você me pedir... — repe-tiu ella com um meio sorriso,—mas.creioque você não o pedirá.Ahi—exclamou Yayá—eu o pedireinão uma, mas cem vezes. A senhora jurafazer-me isto ?

    Eu não juro, prometto. Pode crer naminha palavra. Enganei-a alguma vez?

    E' verdade—disse Yayá reflectindo,—a senhora me preveniu de tudo o queeu encontraria aqui de aborrecido e dedesagradável. Acredito. Mas—tornou ellachorando—para que ? Eu não sei escreverAprenda.

    Leva muito tempo?...—Trez ou quatro mezes, côm boa von-

    tade.Yayá parecia calcular esse tempo in-

    terminavel.Vou tentar—disse cila com um sus-

    piro. Bem I E eu lhe prometto uma cousa

    YAYA 47

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    Uma vez em cima, ella olhou para deante de si e viu uma grande rua deserta

    em troca; seus pais nada saberão desua tentativa dc fuga, nem o Sr. Cardoso.

    Que me importa o Sr. Cardoso?Será você ingrata, Edith ? — disse

    Mlle. Aubry pegando-lhe no queixo elevantando-lhe a cabeça, para olhar bempara seus olhos.Ingrata?... Elle niinca me fez beml

    —Elle vem todos os dias desde que vo-cê está no collegio, pedir noticias suas,como elle faria por sua própria filha; eé um homem que tem grandes oecupa-ções. Isso deve tomar-lhe muito tempo...

    Elíe me pede para lhe dar tudo o que lhecausar prazer. Se não tenho cumpridosuas recommendações, é porque vocêtem merecido até aqui ser castigada enão recompensada. No emtanto,eu não acastigarei ainda hoje—disse Mlle. Aubryterminando.—Mas não importa, se quizerpoderá ser ingrata commigo, como écom o melhor amigo de seu pai.

    Yayá não comprehendeu bem porquese sentia nesse momento envergonhada.

    Eis o que Yayá escreveu a sua mãe trezmezes depois, com muitos erros sem du-

  • KAXIMBOWN EM rANTÁ8ÍOF%9K.MO^ ^m '^

    A curiosidade é a mãe da vagabundagem e Kaximbown quiz experimentar a machina para injectar espirito e boas idéias Mas Tônico quiz pregar-lhe uma pela.

    . substituindo o espirito pela gazolina Kaximbown e Pipoca, cheios de gazo-lina, transformaram-se cm automóveis.

    Andaram a 4 velocidades per Fan.asiopolis, atropelando tudo o que encontravam ... mas não teve tempo—Houve um desastre e o inspector de vehiculos enguliu o respin-inspector de vthiculos, membro da Sociedade Abolidora dos Automóveis, quiz multal-os gente e viu bem de perto o casse-tele. Pistolão ficou a ver como caminham as formigaspor excesso. de pândega.. ^Continua)

  • 12 O CINTO (Conto .Persa) O TICO-TICOJ

    1) 0 rei da Pérsia Eddin foi desthronadopor um usurpador. Eddin mal teve tempopara fugir, levando comsigo seu fiIho_-g7íte o fiel servidor Gafcr.

    2) Chegaram os trez a um paiz vizinho, de on-de esperavam voltar á Pérsia. O usurpador era jáodiado; mas em breve morreu Eddin] e bemassjm Gafer, ficando Agni só nò mundo.

    3) Tinha já perdido todas as esperanças,quando encontrou uin rapaz de sua idade,Asmon. Agni era leal e de caracter, Asmonfalso, ambicioso. Pouco tempo depois...

    |Of._U cinto p

  • O TICO-TICO—.

    O OI2STTO ( Conclusão) 13

    13] 0 navio naufragou, mas Agni apertou 14| D'esta vez o pérfido soberano mandou col- 15] Mas quando o animal quiz devoral-o,o cinto, ficou muito fino e leve, e poude assim locar Agni na jaula de um leão, esperando que Agniapertou o cinto, ficou fino e passouboiar até encontrar o mastro do navio, no a uma ordem sua, a fera o devorasse. por entre os barrotes da jaula.com grandequal montou. surpreza de todos, até do leão.

    16] Agora_4i.H0.t conhecia o poder do 17].. .Este era guardado por um gigantesco es- 18].. matou-o. Quiz abrir o cofre, mascinto. Mas __g7jíresolveu seguir o que dizia cravo negro. Agni fez um laço do cinto, laçou-o este era resistente. Laçou-o com o cinto,a inscripção e começou por salvar o cofre afinou-o; uma vez em seu poder... afinou-o e conseguiu carregal-o.de seu pai...

    19] E lá se foi com o cofre, como se forauma caixa de charutos, até seu quarto.

    20 Sabedor d'isso, Asmon foi esperal-o edisse-lhe que se não entregasse o cinto e cofremandal-o-hia passar pelas armas.

    21 ] Agni,que já se achava de posse dos seuspapeis, obedeceu. Como a porta de seuquarto estivesse fechada, Asmom apertou ocinto, afinou-se e passou por baixo d'ella.

    22] Uma vez lá dentro quiz voltará fórma 23] Agni, que então se fizera proclamar rei 24] D'esse dia em deante foi o maiorprimitiva, mas não pôde,porque desconhecia por seu povo, mandou-o virá sua presença emos- amigo de Agni. Devido á sua magreza, es-a palavra mágica. Póde-se avaliar a sua trou-o a todos como um animal raro. Asmon pe- condia-se poi detraz das arvores e sur-raiva. diu-lhe perdão e jurou fidelidade. prehendia a conversa dos conspiradores,

    FI avisando ao rei.

  • ZE' MACACO O TICO-TICO

    .

  • 15 O TICO-TICO

    ||||E Brinquedos para os dias Je chuva 11|]

    _V y rr-i

  • O TIOO-TICO 16

    /fí^Ay \m^rW^kmWl\ JfcRAnutraOS THESOUROS QUE TODOS PODEM POSSUIR

    Marianninhaacordou altanoite.

    Não compre-hende bem oque se está pas-sando e senta-se no leito,cheia de in-quietação ; dis-tingue a princi-pio um rumorvago que, pou-co a pouco, setorna mais vio-lento e logodepois umestri-dor furioso decampainhas, detympanos ro-bustos. Não émuito commum

    esse rumor aos seus ouvidos ; entretanto, Marianninha re-conhece-o logo. E' o barulho que fazem os carros de bom-beiros passando.

    Os carros passam rapidamente, em correria furiososa.O coração de Marianninha parece bater ainda mais forte-mente do que os tympanos dos bombeiros.

    Marianninha levanta-se, na escuridão. Por cousa ai-guma d'este mundo ella seria capaz, nesse momento, deacendera vela, Tocarem um phosphoro, no momento emque ouve o rumor de um incêndio, parece-lhe uma teme-ridade formidável; procura um vestido, palpando o cabidee veste-se de qualquer modo... O rumor augmenta.-. Ma-rianninha está a tremer de medo... Será alli mesmo, emsua casa, o fogo ?

    Não é possível. Se assim fosse já seus pais a teiiamvindo buscar. Em sua emoção, a menina tinha até se esque-cido que ha quem vele por ella a todo o instante; reco-brando a consciência d'essa protecção incansável ella senteum pouco de coragem; precipita-se para a porta doquarto, abre-a rapidamente e grita:— Papai! Mamai 1 Estou com medo I

    Esse appello nunca fica sem resposta.

    O Sr. Nogueira e sua senhora açodem immediatamente.Fogo 1 Incêndio I — diz a menina, ainda tremula de

    susto.Sim, sim—diz sua mãi.

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    Com que prazer Marianninha auxiliaria os pequenos orvhãos

    Não è essa a verdadeira caridade—disse-lhe sua mãiOnde seráI onde será! Que medo !—exclama Ma-

    rianninha nervosamente—Vão apagal-o !Os bombeiros lá vão—diz seu pai.Chegarão a tempo? Ohl mamaiI ea gente, queestava nessa casa terá tido tempo de fugir?Acalma-te, minha filha — diz o senhor Nogueira —

    d'aqui a pouco havemos de saber onde é o incêndio e quemales causou.Eu vou sahir para indagar.Oh ! papai! Leve-me tambem. Eu não posso mais

    dormir; estou com tanto medo ! Queria saber se ai-guem ficou na casa dormindo...

    Marianninha estava tão inquieta, que seu pairesolveu fazer-lhe a vontade. Suasenhora tambemtinha cuiiosidade de ver onde era o sinistro. Deci-diram sahir todos.

    A rua está cheia; de todas as casas sahempessoas anciosas.e assustadas, que se dirigem parao local do incêndio. Na escuridão Marianninha nemreconhece os vizinhos; somente as vozes conhecidasa tranquillisam um pouco.

    A multidão torna-se mais espessa, á proporçãoque seapproximam do prédio incendiado ; já se vêacima dos telhados um fulgor vermelho, que fôrmaum contraste impressionador com o azul sereno e aluz serena das estrellas lá no alto. Chegando maisperto, entrando em uma rua transversal, Marianni-nha ve, de súbito, grandes chammas que se estor-cem, devorando todo um prédio. De tempos atem-pos desaba um pedaço de parede, ou uma viga, le-vantando centenas de faíscas.

    Os bombeiros trabalham activamente, mas Ma-rianninha fica desanimada,julgando os jactos d'aguamuito fracos em comparação com o furor gigan-tesco das chammas.

    .— Papai, não é possível que um esguicho tãopequeno possa apagar um fogaréu d'aquelles! Nãoé possível I— Verás, minha filha, a água cahindo constarx

  • 17 O TICO-TICOtemente, enxarcando todo o prédio, acabará por dominar ofogo. O peior é o perigo para as casas visinhas.

    Basta uma d'essas faiscas para atear outro incêndio.Marianninha ainda não havia pensado nessa outra pos-

    sibilidade. Ao ouvil-a explicar, fica ainda mais afflicta.Felizmente dizem todas as pessoas conhecidas, que só

    havia na casa uma velha e cinco creanças, que poderamfugir, só com a roupa que tinham sobre o corpo, mas semferimentos.* — Onde estão elles ?—pergunta Marianninha anciosa-mente.

    — Foram recolhidos por visinhos caridosos — explicauma senhora.

    —Eu quero ir vel-os.D'esta vez o Sr. Nogueira resiste ao desejo de sua filha.

    A multidão é tão compacta,que não lhe permittia ir procurara casa em que estão abrigadas as victimas do incêndio.

    Resolveu voltar para sua própria casa. E' tarde e o in-

    cendio já vai cedendo diante diante da tenacidade dosbombeiros. Marianninha volta pensando tristemente nascreanças que devem estar chorando, que perderam no fogotudo quanto possuíam. Ah, com que prazer ella iria levar ai-gum auxilio a esses infelizes orphãos.

    No dia seguinte, ao accordar, pede a sua mãi, que lhedê dinheiro, muito dinheiro para soecorrer aquelles des-graçados. Está certa de que sua mãe não se recusará a sa-tisfazer seu pedido.

    Mas, com grande surpreza sua, a bôa senhora lhe diz :— Não minha filha, a verdadeira caridade para umamenina como você não consiste em levar aos pobres o di-nheiro ganho por teu pai ou economisado por mim. Euteria mais prazer se te visse exercer á verdadeira caridade,que seria fazeres, tu mesma qualquer cousa em beneficiodos infelizes.

    A esmola só tem valor quando representa esforço, tra-balho ou sacrifício da pessoa que a faz.

    c- «"»_¦ «.__«¦_ ¦_.¦: «_;»«2» .:•_:¦. *Te»c.»--c;. ."sy ¦-:¦ «_»AA y dc- .£» «7» ò>oo Bt»íoo Oc^K_l!_t*^0^»;,l^^#^4_>0000aa-i^°i^Y

  • O TICO-TICO IS

    _ ^ _Í-_^-- C. -Ti

    SCIENCIA

    Serão examinados os seguin-tes trabalhos, recebidos duranteas ultimas semanas :

    Contos, versos e descripções :Quadros, Adaucto de Assis; Ao

    Tico Tico, Nair Pereira Sandim ;A boa acção não deixa de ser re-compensada, Argentina Vianna;Banho improvisado, (traducção ;JorgeJ. Ristom; Versos, José Car-neiro Duarte. O Castello Encan-_ac.o;Luiz dos Reis, Scismas, Mariada Candelária S. Diniz, O Jura-

    mento, deJ.R. Saraiva.Dezenhos de: Mario Ferreira da S:iva, J. Duarte,

    Kalisto, Lesbac, E. Dupré, José Rocha Lisboa, ArlindoVeiga, Renato, Maria A. Cavalcanti, C.N. Caldeira e MiltonFontenelle.

    Perguntas e concurso de : José Carneiro Duarte,Orlando de Almeida Cardoso, Mahillon Lopes, Linneu R.da Silveira, Adaucto de Assis, Aroldo Schiller, FranciscoGarcia de Lacerda Júnior, Clotilde R. Maia, Lúcia Perezde Araujo, Arlindo Mariz Garcia, Celestina da ConceiçãoCosta, Maria de Lourdes Guimaiães, Cândido Dutra dcMoraes, Álvaro Tolèntino Júnior, Victorino Luiz Pereira,Augusto A. da Silva, R. Corrêa, Gastão Wormes, JoséMarques Lins, José Alvares Nogueira,Nair Pereira Sandime João B. Gomes.

    AVISONo intuito de evitar que sejamos ludibriados, publi-

    eando, como jatem acontecido, trabalhos de outrem, assi-gnados por creanças, pedimos aos nossos innumeros e gen-tis leitores, que nos avisem quando tal acontecer, afim deque não publiquemos mais trabalhos assignados pelos in-fractores d'este regulamento.

    Assim, pois, todos os nossos collaboradores ficam, des-de agora, scientes de que os trabalhos enviados só verão aluz da publicidade quando forem de sua inteira autoria.

    Não estão incluídas no presente regulamento as tradu-eções, que devem, comtudo, ser feitas pelas creanças, queas assignarem, e vir acompanhadas da nota—Traducção.

    $*4dimos aos nossos collaboradorcs que, quandonos -feriarem trabalhos (perguntas, desenhos, ver-_os, contos, ct.) o façam cm papel separado dos con-«ursos c que escrevam cm um só lado do papel. Asperguntas devem vir acompanhadas das respectivassoluções.

    PABA RIR

    Professor—Qual é o fim da grammatica?AlUmno—E' o Índice.Professor- E para que serve a geographia ?Alumno— Para fatigar a memória.Professor—Muito bem. Agora diga me :Qual é o melhor methodo para ensinar a lér.Alumno—E' o Tico-Tico.1'rofessor—Está approvado com distineção.

    M'noel Miguelotc Vianna

    I IÜV_r_ _J Hs ~',nu \\. (%___! WW_f_H __r

    AotmÍ-^!_5ÍS__ A^\\ r\S^t^vt*-V-***-***4U7

    FÁCIL

    _jf.R_5PoriD_.KiA>r5ABE-TUD°

    Jacy M. Fonseca (Nictheroy)—Sherloch Holmes é um perso-gem inventado pelo romancisUinglez Conan Doyli. Pode man-dar concursos.

    João Lúcio Bittencourt Filho—Qual a melhor carreira a seguir?Julgro eu que num paiz como onosso,dispondo de grandes recur-sos naluraes ainda por explorar.o mais pratico é abraçar umacarreiraque lhe permitta explorarsuas riquezas, em vez de entre-gal-as a estrangeiros — engenha-ria e agricultura

    O futuro do Brazil está e estara ainda por muito temponestasv duas carreiras.

    David Palhares—O marquezde Pombal falleceu em 1782.—2- Tytico ? Com esse nome so

    conheço um personagem de uma peça fantástica do escriptor belga Maeterlinch.

    3-—Sapho foi uma famosa poetisa grega, que nummomenlo de desespero se suicidou atirando-se do alto dorochedo Lurcade ao mar.

    Caruncho é o nome de um insecto que róe madeira;dá-se também esse nome ao pó de madeira roido porqualquer insecto.

    Maria Mateocci — Alexandre Dumas pai era filho deum general francez, que serviu na campanha da Egyptocom Napoleão Bonaparte. E' elle o autor do romance OsTrez Mosqueteiros. Alexandre Dumas Filho, o autor doromance O Processo Clémenceau é neto do general'.

    Hernani Martins — O melhor meio de decorar e escre-ver. Isso varia muito. Ha pessoas que decoram com gran-de facilidade, mas com a mesma facilidade esquecem. Ou-trás decoram com grande esforço e conservam na memo-ria. Docorar para toda a vida é uma cousa quasi impossi-vei. Só por um phenomeno se poderá obter esse prodígio.

    Maria Soares Barreto — Frivolité é uma espécie derenda que se faz com um instrumento em torma de elypse.com pontas aguçadas.

    Júlio M. Moreira Garcia [Minas}— A expedição da Itáliacontra Tripoli é uma verdadeira guerra de conquista. ATripolitania é uma província da Turquia. A Itália precisade colônias, porque tem excesso de população; julga-semais forte do que a Turquia e está disposta a annexaraquella província.

    João Baptista Aguiar [Campos] — Basta mergulhar ahaste de qualquer rosa amarella em tinta vermelha de es-crever. Obtém-se assim a rosa raiada de vermelho como setivesse veias.

    Dr. Sabetudo

    Fauslina e Zé Macaco em caminho da cidade, ondeforam comprar o BROMIL. super milagroso xarope, quecura qualquer tosse em 21 horas.

  • 19 O TICO-TICO

    Miguel vai pescar e sahe pescadoMiguel é um menino que tem grande amor á sua pe-

    quena pessoa; antes de sahir de casa cuida minuciosamentede seu vesturio e, apezar de fazer tudo sem grande geito,julga-se absolutamente bello.

    Lá vai O Miguel..... muito satisfeito com sua

    própria figuraSeus cabellos iriçados varias vezes com o pente formam

    no alto de sua cabeça um topete formidável; seu collarinho

  • O TICO-TICO 20

    mW^^^^^^^Ê RESULTADO DO CONCURSO

    wmÊÈÈÊW/ÍÈ Todos vocês devem lembrar-se de que esse concurso consistiaem aproveitar um papel mancha-do, fazendo nelle um desenhoqualquer, de modo a disfarçar, da

    melhor maneira, as nodoas que o inutilisaram.Varias foram as boas soluções. O sorteio deu como

    resultado o seguinte:_• premio 10$,Ouilmar de Macedo Soares

    9 annos de edade, morador á rua Minas, 18—Meyer.2- premio 10$

    ^aul Mattosrua 24 de Maio n. 285—Estação doRiachuelo. Capital.

    Remetteram soluções os leitores seguintes:Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha D. Leal, Home-

    ro Dias Leal, Filhote Dias Leal, Annita Ferraz de Almeida,Stellita Freitas Barbosa, Junqueira Souza, Jorge J. Ristou,Pedro Vaz da Cunha Pedra, Antônio LuizGonçalves,MarioCollaço, Raul Mattos, Armando Diniz, Walter Ramos Maia,Iracema Roza, Heraclyto Muniz, Guilmar de Macedo So-ares, Amalia Teixeira, Armando Lopes de Araujo, MariaLourdes Costa, Eduardo Andrés, Alba Fonseca, ArthurNapoleâo Goulart, Manuel Vaz, Edeldrudes Mulller.CelinaGracie, Yolanda da Fonsccajosé Gusmão, W. de Yamako,Bebê Junqueiro de Alvarenga Souto, Marcilio- Demosthe-nes da Silveira, Victor Durão da Cunha, Yomar y Ber-geíío, Sebastião Demo de Assumpção, Brazil Pátrio Gua-rany, Gerezil de Segadas Freire,Freire Junquilho de Souza,Walthon de Sydou, Cid Valdo da Motta Souza Cruz, Cie-mente Santos, J. F. da Costa Monteiro, Jofo Maria Elias,Bias de Loureiro, Jacy Abranches, Scevola de Senna Filho.Gontran Mury, Naker Rodrigues, Cândido Dutra de Mo-raes, Dalila Dhalia Douvre, Sebastião Douvre, Miguel doCouto Junior, Annila Chagas Demo Conceição de Almei-da, Walter Prince, O. W. M.

    RESULTADO DO CONCURSO N. 503

    RESPOSTAS

    _•—Quarto ou quintal2-—Talagarça

    3*—Guiomar4 —Gastão5-—A lettra A

    Feito o sorteio foi apurado esse resultado:_¦ premio— ÍOSOOO-Benedieto Mendes de Castro

    10 annos de edade, morador á rua Washington Luiz n, 40»-S. Paulo.

    2- premio—10$000

    Zeferino de Castro Andrade12 annos de edade, morador á rua Halfeld n. 150—Juiz deFora—E. de Minas.

    Eis a lista dos concurrentes:Teimo S. Pereira, Arthur Mendes, Ary Mallet, Bene-

    dicto Mendes de Castro. Orlando Eduardo Silva, EuclydesReis, José Maria da Costa Junior, Hylda Magalhães Figuei-redo, Maria Lúcia de Andrade Magalhães, Luiz Lopes deMiranda, Maria Hortencia de Proença, Jorge de Mello Al-varenga, Yolanda C. Ferraz, Stella Garcia da Silva, Octa-vio Séllos, Arlindo Araujo Vianna, Scevola de Senna Filho,Edesio Neves de Alencar Araripe, Jandyra Rocha Pinto,Sofia Gomes Aranha, Delfino F. de Rezende Junior, W.M. J., Armando de Affonseca, Leopoldo Affonseca, JoséMarques de Oliveira, Ezaú Mascarenhas, José Rocha Lis-bôa, Waldemar Ramos Pacheco, Raul Rocha Lisboa, Deo-dato Muniz, Marietta da Silva, Zalina Garcia Veiga, Rauli-no Dias, Mario de Oliveira Brandão,Zoraide Lima, Filandi-sia Sócrates, Maria Luiza de Oliveira, Zeferino de CastroAndrade, Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal,Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal, A. Amaro de M.Drumond, Octavio Magarine, Antenor Camuirano Loures.Guilherme dos Santos, Antoniettà Souza Lima, Inah Gon-çalves, Antônio Gonçalves, José Assumpção, Stella RibeiroArouca, Nelson Tinoco, Iracema Coimbra, Thereza de Gou-vêa, Walter Ramos Maia, Hercyna Proserpina de Assump-ção, Alice Dias Cardoso, Heloísa R. Guimarães, Helenodos Santos Jordão, Linneu B. da Silveira, Ricardo José An-tunes Junior, Thomaz Aurora Martins, Leopoldo Trotta,Rogério Coelho Matheus, Ernestina Chaves Penna, Mariado Carmo Peixoto, Martha dos Sontos Abreu, Olga da Ro-cha Santos, Helena Teixeira, Juracy Rosa, Antônio CorroaS. de Mello, Liiina B. Ferreira, Clotilde R. Maia, Jcí.oBaptista Gomes, Nicomedes M. dos Santos, Walter LimaTorres, Maria de Lourdes Brazil, Sylvia Corrêa Netto, Fer-

    -tNO O TOMBO DO RIO"mmsmm\mm\Wmmsm\m\m\mmm\\mmm^

    Os Srs. chefes de família encontram o mais bello, mais varia-do e mais barato «stock» de roupas para meninos de 3 a 12 an-nos, desde o preço de 3$ a 40$, assim como gorros, bonets e cha-peus de palha para os mesmos. O'0' 'cn-^c-

    1 - RiUJL XJ__5_XJ(_>XJJLY_A._-IA. -1PONTO DOS BONDS

  • 2. O TICO-TICOnando Machado Villela, Ângelo Maria da Cruz Fromat,Adauclo de Assis, Thereza Gomes Pereira, Annita ChagasDemo, Arthurzinho d'Albuquerque, João Dolbeth Lucas,Fdgard Ramos Lameira; José Roberto Vieira de Mello Ju-r.ior, Antonio Luiz Gonçalves, Maria José Perez de Araujo,Jorge N. Raphael, José M. M. Naegele, Joaquim Antonio

    Naegele, Clarimundo do Nascimento Mesquita, Rita Clarade Mariz e Barros, Joquita de Moraes, Jacy Garnier de Ba,cellar, Rubens de Oliveira, Gontran Mury. Nair de QueirozPaim, Fausto Barros de Souza Queiroz, Dagmar Lepage-Lydia dos Santos, Alice Brandão da Silva, Gilvrando Pes-sôa, \V. O. M.

    CONCURSO N. C03PARA CS LEITORES D.\ CAPITAL E DOS ESTADOS

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    Recortem os nove círculos acima, em primeiro logar.Consiste a solução do concurso em collocar esses círculosdentro do quadro, mas de modo que todos os pintos ahiexistentes fiquem ligados entre si pelas partes negras dascircumfcrencias. Isso não é difficil, por quanto vocês sa-bem perfeitamente que por uma regra elementar de geo-metria consegue-se fazer passar uma circumferencia sobrequaesquer trez pontos dados, sejam como forem as '«iascollocações. Ora, se os círculos são 9 e os pontos 27, ao to-do, claro é que cada circumferencia deverá passar portrez d'esses pontos, razão por que esse concurso se tornafácil.

    Haverá, por sorteio, dous prêmios de lOScada um. Sóentrarão no sorteio as soluções que vierem assignadaspelo próprio concurrente e acompanhadas de sua residen-cia e edade.

    Esse concurso encerra-se no dia 28 de Novembro.

    CONCURSO N. 604

    TARA OS LEITORAS DOS ESTADOS PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITAL

    Perguntas:

    1* — Qual é o animal que, se lhe trocarmos a primeiralettra é uma ave?

    (De Arlindo Mariz Garcia)

    2- — Não são boas e não são baratas. São communs noCarnaval. Que é?

    (Por Heloísa R. Guimarães)3- — Qual é a capital de uma província africana, que e

    incapaz de ficar calada?(Enviada por Carmelita Quaglietta)4- — Qual é o enfeite que, tendo a primeira lettra tro-

    cada, é um vegetal?(Antonio Ramos)5- — Qual é o lago da Europa, que diz que a vogai

    contesta?(Por Jacyra da Rocha Azevedo)Recebemos respostas até o dia 17 do corrente. Os

    concurrentes deverão collar á margem da solução o valen. 604 e fazer acompanhal-a das suas residência, edade eassignatura.

    Olhai para o futuro de vossos filhosfc ¦¦¦ ¦¦¦¦" ¦! II-HIII-- >^^. --

    Dai-lhes Morrhuina (principio activo do óleo dafígado de bacalhau) do

    COELHO BARBOSA & C. --rdaT?uTti_ÍSSa3?o4assim os tomareis fortes o livres demuitas moléstias na juventude

  • O TICO-TICO 22

    WmÊz

    1

    -

    i

    i«3—* NA *Casa Colombo

    GRANDE VENDA RECLAME ELIQUIDAÇÃO DE SALDOS PARA HáENINOS E MENINAS

    PREÇOS RECLAME EM TODOS OS ARTIGOS

    PREÇOS DE ALGUNS SALDOS PARA LIQUIDARMENINOS

    150 Ternos dc brim pardo de linlio delo$e

    200 de diversas cores300 „ branco „100 „ dc flanella „ a100 para rapazes, de300 «gorros c casqiieícs diversos a come-

    çar de280 Camisas dc Zepliir diversas de

    12$ooopor 3$000lo$ooo ,, 31000lo$ooo „ 4$fl00

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    Calçados a começar dc 5

    MENINASUm grande lote dc camisas dc dia . . dcUm „ enfeitadas ,,Corpinlios com calças „Um grande lole de vestidos dc zcpliir de

    em íustão „cm mol-mol „

    .) ..

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    OCCASIÃO ÚNICA!!!Distribuição ás quintas-feiras e aos sabbados de brinquedos ás creanças

    Vantagens que offerece a CASA COLOMBOUma assignatura de 6 mezesdcÈ.jornal A ILLUSTRAÇÃO, a todo o freguez ou fregueza que

    comprar 250S. Uma assignatura de _4lnno, a quem comprar 5008000. Uma assignatura de 6 mezes dojornal O MALHO,ao freguez cujas compras forem de 100:5000. Uma assignatura de 1 anno, ao freguezcujas compras forem de 200SO00. Uma assignatura annual d'A LEITURA PARA TODOS, ao freguezcujas compras forem de 1003000. Uma assignatura de 6 mezes do jornal O TICO-TICO, a todo ofreguez que comprar acima da quantia delOOSOOO. Uma assignatura de 1 anno, quando as conprasferem de 2003000.

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  • 24 BltoliotJaeoa. d'O TICO-TICO 48 O TICO-TICOn7y 7v^-;" "¦ ;"-7 .7 ": y-,.v-'

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    /íicA pôz-se em pe nas costas do bujalo como os homens de circo

    vamos fazez um concurso.

    Provei-1 h esque não me ti-nha enganadomas observan-doqueemmeucalendário ha-via falta de ai-gumas sema-nas, concluidecidindo queera preciso ar-ranjarmos ou-tro.

    Podemosfazer — disseErnesto; — umcalendário co-mo o de Ro^binson Crusoe,querdizerumataboa na qualse faz todos osdias um corte

    Minha mu-lher me per-guntou comoeraqueeucon-tava celebrar odia segainte.

    Nada lherespondi parafazer surprezae adormece-mos.

    O dia come-cava apenas anascer, quan-do se ouviuum tiro depeça. Salta-mos da cama,.admirados, eperguntandojq u e poderia(ser aquillo.jReparei então[que nem Fritznem Jack fallavam. Penseique,profunda-mente ador-mecidos, nadatinham ouvi-do.

    Fritz levan-tou-se e disse:

    Não erapossível ceie-brar tão gran-de festa sema annnunciar,com nm tirode peça. As-sim o fizemos.

    Vestimos-nos rápida-mente e fomosalmoçar. Todaa manhã pas-sou-seemdes-canso, e so-mente á horado jantar, an-n u n c i e i ameus filhosque o resto dodia seria con-sagrado a di-vertimentos

    —Devem terfeito progres-sos em todosos exercíciosphysicos; chegou o momen-to em que es--

    ses-progressos vao ser recompensados— Para a arena ! para a arena !Começou o concurso pelos tiros de espingarda. Foi logo levantado um alvo; era uma taboa grosseiramente trabalhada, com urr>acabeça e duas pequenas orelhas, uma cauda de crina. Cada um de meus filhos se approximou, com uma bala, em cada cano da espin-

    garda,excepto Franz, muito pequeno para tomar parte nesse exercício. Frtt% acertou duas vezes na cabeça do alvo. Ernesto só acertou noseu corpo, e Jack, que só acertou uma vez, tirou-lhe uma orelha.Passámos a outro exercício ; Atirei para o ar, o mais alto qre me foi possível, um pedaço de pau, e meus filhos tentaram acertarantes que elle cahisse. Fiquei admirado de ver Ernesto tão ágil come seu irmão F.rilz , mas Jack nao acertou

    Oflicinas lit.hoar.il.hicuw d*0 MALHO