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PB ECOS: No Rio S50O Nos Estados S600 o (Tico —"irnco ANO XXVII» O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores RIO DE JANEIRO, 21 DE OUTUBRO DE 1931 O Pi: MACHUCADO _o •J. 1.359 -jt^í_f£ v_ ; ;aa: :, aaã Lamparina t i-.ma negrir.ha que precisacaco de vidro. Um homem bom :ar uns cascudos. Outro dia eia choravapassava, condoído da softe da negrinha, QUcixando-fe de ter ferido um com um chamou um automóvel e piedosamente fel-a entrar c Icvou-n -té á casa de Carrapicho. Ai, quando ela desceu do vchiculo deu uma \ ' grande gargalhada e sahiu a correr em per- -v '¦'"—- . >_____. _6^f^___L_fll^ ~__fil^_ j v lado. O homen. íicou furioso quando guiu Lamparina que, na íuga. cahiu e deu \a que tinha bido enganado c ii.rs.c- com a çabeca numa arvore. Depois, então, com um torcido de verdade e um _allo na cabeça, foi chorar cm cata.

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PB ECOS:

No Rio S50ONos Estados S600o (Tico —"irnco

ANO XXVII»

O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitoresRIO DE JANEIRO, 21 DE OUTUBRO DE 1931

O Pi: MACHUCADO_o

•J. 1.359-jt ^í_f£

v_ ; ;aa: :, aaã

Lamparina t i-.ma negrir.ha que precisa caco de vidro. Um homem bom:ar uns cascudos. Outro dia eia chorava passava, condoído da softe da negrinha,

QUcixando-fe de ter ferido um pé com um chamou um automóvel e piedosamente fel-a

entrar c Icvou-n -té á casa de Carrapicho.Ai, quando ela desceu do vchiculo deu uma \' grande gargalhada e sahiu a correr em per- -v

'¦'"—- .

>_____.

_6 ^f ^___L_fll^~__fil ^_ j v

lado. O homen. íicou furioso quando guiu Lamparina que, na íuga. cahiu e deu\a que tinha bido enganado c ii.rs.c- com a çabeca numa arvore. Depois, então,

com um pé torcido de verdade e um _allo nacabeça, foi chorar cm cata.

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O TICO-TICO 2 — 21 — Oultil»™ — 1931

Casa GuiomarCALÇADO "DADO" — A MAIS BARATEIRA DO BRASIL —

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GRÁTIS. — PEDIDOS a JÚLIO N. DE SOUZA & CIA.AVENIDA PASSOS, 120 — Rio — Telephone: 4-4424.

COMPOSIÇÃOEm uniu área situada DOS fundos

de uma modesta casinha, toda ro-deada de vasos com l>elas palmei-linhas, entram dois meninos. CÒmuma fará velha já enferrujada,fazem no chão três huraquinhoscirculares. Via jogar o "good".

Depois de tirar a sorte para verquem será o ultimo a atirar a l>o!i-nha de vidro de um dos buracos ex-tremos ao outro, o segundo proce-de igualmente e £oi quem conseguiupôr a bob mais próxima ao buraco;é portanto o primeiro a jogar.

Estavam os pequenos seguramen-te no meio do jogo, quando apare-Ce inesperadamente uni grande cãoque rosna ameaçadoramente, mos-trando duas filas de enormes den-tes liram

Os pcqnenos, tonados de pânico,fogem aos grito, e sobem ligeirosuma pequena escada de granito qu_os leva á cozinha,

O cio persegue-og, porém apare-ce um rapaz que, armado com uma

ora, o põe em fuga e os me-ninos voltam ao seu brinquedo.

Jayme 4ugttslo (8 anos)

i ,**\*,*S*****mm***>^***ts^t^***s*****1**m> ,

|| Cantigas de ||li quando eulerapepininii

Já e>tá se tor-nando um habi-to, mais ou me-nos irritante, di-zer-se que nin-guem escreve pa-ra crianças. Hatanto livro boni-to, tanta coisamaravilhosa es-

crita para os pequeninos que a geti-te fica pensando que os que aíir-mam que não. se escreve para cri-ancas não sabem ler... São mui-tos, felizmente, hoje em dia, ...escritores que compõem para a ale-gría e a educação da infância. E_aaté escritores que sabem de cór aalma da criança e a ela falam comfamiliaridade. Nas montras das li-vrarias ha sempre uma dezena deliVros novos para os pequeninos. Eainda lia dias um novo apareceu, deCeição de Barros Barreto, com osugestivo titulo de "Cantigas dequando eu era pequenina". Oue li-vro encantador! Versos e musicas,que são toadas que o coração cantano tempo feliz da meninice! Livrode saudade para os grandes, rie en-canto para os pequeninos. "Canti-ga=- de quando eu era pequenina",uma primorosa edição de Pimentade Mello & C, rua Sachet 34. trazem cada pagina uma ilustração deCorreia Dias e é um livro que me-rece ser dado de presente a umacriança. C.

O leão e o ratinhoNuma floresta havia um leão mui-

to forte e um ratinho.O ratinho, um dia caiu nas gar-ras do leão, mas este teve empai-

xão dele e não o matou.Certo dia, o leão, andando des-

cuidado, caiu numa armadilha e,apesar de sua força c de seus tir-ros, nada conseguiu fazer para selivrar. O ratinho, que andava alipor perto, ouvindo aquele barulho,foi ver o que era. Vendo o leãopreso salvou-o, roendo as cordasque o prendiam.

O leão, vendo-se solto, ficou mui-lo agradecido ao ratinho e começoua abrir ,1 boca...

Moral — Os fortes não devemdespresar os fracos, jiorque para seviver Item é preciso união.Maria Rahello da Motta (8 anos)

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21 — Outubro — 19.J1 O T I C O - T I C O

NEM TUDO QUE LUZE' OURO

Existiu outrora uni pequeno pas-tor muito pobre que vivia sozinhomuna cabana no meio dum Ix-sqt.e.Morrera-lhe ha pouco a mãe, c <jpai mal o chegara a conhecer. Asua vida transformara-se de todo,agora era ele que tinha de arranjara sua humilde casinha c guardar ogado durante o dia; mal repenica-vam as Ave-Marias principiava lu-go a ajuntar as ovelhinhas, levan-do-as para o curral onde pernoita-vam. Em seguida ia para a sua ca-bana arranjar a sua sopita. Certodia, levando como de costume ogado a pastar, ia muito pesaroso,pensando na sua triste vida, quandode repente vê caída no chão umamoeda que brilhava como ouro.Muito contente apanhou-a logo eexaminando-a com atenção.

— "Não ha duvida, é uma libra,disse com os seus Ixitões, vou guar-dá-la e na feira de domingo ven-.dê-Ia-ei*'.

Sc bem o pensou melhor o fez.No domingo seguinte realizava-se omercado habitual e o nosso rapazi-nho com a moeda na algil>eira paralá se dirigiu fazendo castelos no ar.

Mas na feira uma grande desilu-fião o esperava. A moeda que ele tãouiocentemente julgara ser uma li-•'"a nã«i passava duma simples imi-ração. O homem a quem se dirigiupara vender o que ele julgara serum pequeno tesouro, vendo a ca-r"a desolada tio rapazinho conso-'"u •>. dando-lhe algum dinheiro.Quando voltava para a sua choupa-"a viu caída na estrada uma peque-mta que, pelo seu aspecto antlra-sojo, se via que a miséria e a fome'¦"in cedo tinham surpreendidoa:l':ela inocente criança.

Condoído, <> nosso rapazinho teu-*°u reanimá-la, o que só conseguiuCepois de muitos esforços. Repartiur,'n ela o seu humilde íarnel que apohre. devorou com sofresfuidào.

'go que ponde caminhar, puze-»*m-se os dois a caminho.Escusado será dizer que. o nosso

herói levou a criança que, como elemio tinha família para a sua ca<-i-"ha, repartindo com ela tudo o que'•nha. Foram muito felizes, casarame tiveram muitos filhos. Muitas ve-¦Ws o nosso cx-past,.r contou aossc,us pequeninos a sua historia que

.IVJ*. ...

4mmmmmW-*£l

à\ il^=mWÉÊmm^ A

Pó de/JMòsORYGArísSALLY

O ÚNICO PO DE ARRÔS DE LUXOQUE AINDA SE VENDE A 6$00O

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o fez ver por experiência própria(|iie nem tudo que luz é ouro e tam-hem que ha males que vêem parabem.

Irene da Silva Soeiro (12 anos)

A ESMO L, AManoelina c Kliza eram boas c,-

leguinhas. Manoelina era rica emal educada, ao contrario de Klizaque era pobre e bem educada.

Numa bela tarde pnmavenl pas-searam muito e depois sentaram-se.Neste ínterim chega uma velha cpede-lhes uma esmola.

Manoelina, tirando uma moedada bolsa, atirau-a á velha. Elizachegou junto á pedinte, disse-llie:

— "Não tenho dinheiro para lhedar: dou-lhe um beijo e um abraço.

Assim falando, Eliza beijou eabraçou a anciã.

Moralidade: Não é s5 dinheiroque é esmola,

Sebastião Carneiro

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O TICO-TICO 21 — Otil libro — 1931

OE 30EXOE SODOI IOE301BV' '

o

LOTOINSTRUCTIVO

— DE —

MARIA RIBEIRO DEAUIEIDA

2* EDIÇÃO1 0 $ 0 0 0

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LIVRARIA PIMENTADE MELLO & Cia.

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papaipia

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pupa

pua

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Pãopiau

1 1l 0 1 Jl\

O INVEJOSOUm triste verme brancoque numa flora escura,

isolado do mundo, vegetava,despencou do barranco

onde o acaso cavara a sepulturacjue o misero habitava.exposto á luz ardente

E deixou-se ficar, indiferenteda manhã estivai.Nasceu-lhe disso o mal:

pois, em seguida, á sua revelia.todo ele reluzia.

Um sapato lutulento se aproxima;e, ruminando a inveja que o acaba,aborda o verme, e despeja-lhe em cimr

uma carga de bala."Que te fiz eu, nm pobre ser inerme?"geme o gusano, sem conter o espanto.Coaxa-lhe o bufo: "Oh!

petulante verme,tu vais dizer-me porque brilhas tanto!"

Theophilo Barbosa

Mocla e J^orcMoO EXEMPLAR

$000NUMERO DE OUTUBRO

— A' VENDA —I

sã maternidade:-Conselhos e suggestões ás ft

futuras mãesJ| Livro premiado pela Academia Nacional de Medicina

(medalha de ouro), prêmio Mme DLROCHER.

do Prof. Arnaldo de MoraesLivraria Pimenta dc Alello

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oQSa V

TICO -TICOsr*\ *?»

jEsáoátEeKL

iL

0 SReJator-Chefe: Oàrlos Manhães — Diretor - Gerente A. de Souza e Silva

Assinatura — Brasil: 1 ano, 25$000; 6 meses. 13$000; — Estrangeiro: 1 ano, 60$00(J; 6 meses, 35$O0O.As assinaturas começam sempre no dia 1 do mês em que forem tomadas e serão aceitas anual ou semestralmea»te. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por (vale postal ou car-ta registrada com valor declarado), deve ser dirigida á Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telefones: Gerencia: 2-4544

Escritório: 2-52(50 Diretoria: 2-5264.Sucursal, em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavalcanti — Rua Senador Feijó, 27 8o andar, salas 86 e 87.

CiCOQ/i^raJ|jK!7 Vvn. I^s

PARA SER BOM CIDADÃOMeus netinhos:

Homero, um dos inteligentes riC-

tinhos desta Capital, escreveu a Vò-

vò uma carta perguntando se, pa-ra ser bom cidadão, era necessário

apenas estudar. A resposta á carta

do Homero vai, na palestra de ho-

je, para que todos os meus netinhos

a conheçam. Não c só estudando

que se chega a ser bom cidadão. Ao

lado do estudo, tão necessário parameninos, do trabalho, da conti-

nencia, devem os pequenos de hoje

formar uma moral sã, que se ad-

quire no lar c na escola. No lar,

acatando os conselhos paternos, fa-

zendo do respeito e da obediência

um culto sagrado; na escola, for-

mando a cultura cientifica e reli-

giosa, criando uma personalidade

que irradie de si respeito e utilkla-

de. Vovô já disse uma vez a vocês

que nenhum homem tem o direito

de almejar, tão somente para si, a

menor parcela de qualquer benefi-

cio. Quando, pelo trabalho honesto,

pelo desenvolvimento de sua ação

moral, consegue o individuo dons

que o colocam em posição de desta-

que e de superioridade entre os seus

semelhantes, um dever logo se lhe

impõe — o de beneficiar — numa

bela demonstração de desprendimen-

to, os que o cercam. E esse benefi-

cio é tão variado, pôde ser distri-

buido de tão diversas maneiras,

que, quando não praticado, deixa ohomem em lamentável situação d*'criticado e, quiçá, odiado.

Dotado de predicados morais queo elevam no conceito dos seus con-cidadãos, psosuidor de cultura soli-da, o homem necessariamente se in-clina ao trabalho em prol da coleti-vidade. E nesse trabalho, meus ne-tinhos, é que qualquer indivíduotem ou não ensejo de ser bom ei-dadão.

V õ V 0

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O T I C O - T I C O — G — 21 — Outubro J_:jl

NASCIMENTOS

<- ? Pau'o Lu:z éo nome do lindo me-nino que nasceu a iOdo corrente mês, en-cbendo de justi ale-gria o lar de seus papásSilva Vianna.

"O TICO-TICO'' MUNDANO

Dr. Mario V;;_ma-D. Odette

. r.• * Nasceu a 6 deste mês o Indo Moacyr, filhinho do

Arnaldo Carvalho e de D. Noemia Vieira de Carvalho.

B A T 1 Z A D O S

• Batizou-se a 12 deste mês o inocente Celio, flh.do Dr. Durval dc Mendonça e de D. Laura B. de Mend

A N IVERSARIOS

• Faz anos hoje o. menino Álvaro, í Ihinho do Sr.Antenor Nunes.

• Maria da penha, graciosa filhinha do Dr, AndréPacheco, completa hoje oito. anos de idade.

- I Festejou a 15 'leste mês a passagem do sen am-versarto natalicio a gentil Neas-, folhinha do Sr. Otto M>gaihães V e'ra.

abado ultimo o aniversário natalicio doi prezado leitor e

amigirnlio Jarbas deOliveira.

" Viu p a s s i thontem a sua data na-taÜcia o estudioso X ¦ Ide Menezes, nos-o a.sinante em Juiz deFora.

NA BERLINDA...

" Estão na ber-linda as seguintes a'u-nas da Escola Orsinada Fonseca do 2' a._

com.; pr oft_s'on__: Célia, pelo modo de dese-nliar: Dulcelina, por gostar de mus ca; Magdalena. pelo modode fazer prova; Anina, por gostar de fazer flores; Roberti,j or ser a 1* aluna de matemática; Marief.n, por ganharsempre 10 em aula de escrituração; Nnl;a. pe'o geito derepresentar; Pedrina, por ser a 1» da au'a de inglês; A d ..1-tiva. por gostar de leitura; Cosstança, por falar alemão;Ligia, pelas histórias; Maria dc Lourdes, por escrever nolivro de francês; Vera, por ser alta; Mart .dia, por gostarde fazer trabalhos m___B___>; Miracy, por falta, ás aulas de

ituraçáo; Aurecila. por gostar de íazer chapéus; Nati-vidade, por ser vidia; Etelvina, por ser aplicada; Marilda,por ser estudiosa; Inah, por ser simples; Hilda, por gostardc fazer cravJia; Léa, por ser estudiosa n;> aula degrafia; Rosa, pela boa leitura em fran-cês, e. finalmente, uma

íureira para alargar seus vestidos. —C. ...

• • Estão na berlinda os scgtrntesos do 5* ano, Io !__rno, dq Grup

Veriss.no: .__ias, por serquieto; Oswaldo, por ser g< hoal,]¦¦ i ter < )reste, por ser pe-quenino; Dominga . por

Corte; Emdo; Joaquim, por jogar bem; Cario-.

ioso; Esmeralda, por ter cal)e!os pre-tos: nda, poi 'ia.

berlinda os se;:alunos do 5" ano fio ('<

ei da Nobrega: Augusto, por ser bo-nito; Amando |uim,

por falar carregado; Devam

da letra R; Manoel,por ser bonzinho; Joi-ire, por ser gentil;Luiz Schm •','. porser carinhoso; Anto-

nio Galvão, por serinteressante; Izolina,

por ser mimosa; ldalina, por ser linda; Ruth, por ter oscabelos pretos; Barbara, por ser branquinha; Ovelina, porter bons dentes; Ilka, por ser a mais boni.a de Braz dePina; Alberto, por ser boirkinho; Hilda Yolg, por stt amais alta da classe, e eu. ]>or meter-me com a vida alheia.• - J-.-tão na berlinda algumas jovens de minha in-timidade: Onelia Ferreira, por ser muito bel.; Octac ¦ t,por ter as unhas muito compridas; Irene B., por ser mo-rena; Isabel B., por ter belíssimos dentes; -Alzira M., porser muito brincalhona; Cecy A., por gos;ar de dansa;-;

T., por ser alegre; Nair C, por ter cabelos onde.-Altair J., por ser mimosa; Glora, por ser a Mais

dada desse bando. — Cavaleiro Negro." " Kstão em leilão as seguintes alunas da K ei 'a

Orsina da Fonseca do 2" ano do curso comercal e pro-íissional: Quanto dão pela beleza de Célia? pelas corrid -nhas de Aurecila em plena Avenida Central ? pelo portede Magdalena? pelos olhos de Anina? pela côr rosam deMarietta? pelas graças de Lygia? pelos cabelos de Etel-.ma? pelo sorriso de Hilda? pela "pose" de X;tlia.? nelas

de Marilda? pelasd:abruras de Constan- . ¦ ... ... /rç*ça ? pela cê«r dos cabe-los de Roberla? peloandar de Kloisi? pe'aelegância de Miracy?pelos gestos de Marti-nha? pelo denlinho deouro de Adaltiva? pe-Ias graças de Dulce-lina? pelos cachos deRebeca ? pelo porte ai-tivo de Pedrina? pelarísadinha de \'éra? pe-los modos de Léa?pela simplicidade deRosa? e quanto dão pelo. ato indiscreto da kiloeira?C. ... — C. P. L. — .1. S.

_-_——--— ~-________^__-

M.

rti-StiW''-;.' 2*.''"

^0^y*^% Ir

NO J A R D I M . . .

* '• Tmlo ontem, pel i manhã, ao meu jardim, encon-trei .. ites flores: Baptista, um cravo; EdmiVla. umarosa; (leia, um betão de curo: Felicia. um lirio; Diva.uma saudade; Neca, um monsenhor; Lydia. uma camelia;Célia, um margarida; Conceição, um cravo-rosa; Rozmha,uma dália; Rubens, um bog-.í; Álvaro, um amor-períeito;Armando, um b-in-mc-quer; Juvenal, um beijo; Nelson, um

; Martinha, uma violeta; Felici na, uma or-quidea; Paulo, um monsenhor; Marina, uma magnolia;

r, i;n jasmhn, c eu a — 7_._-_.ir_Misteriosa.

NO Cl N E M A . . .

* ' Pira um grande film todo fa-lado em português, a e_ revi-mente, contratei bs seguintes ]gens: Fri o Olympio Guilherme;Stella, a Lia Tora; ..'nii.inda. a Carmen

Áurea, a D-di Vianna;* Fia vio, oMar o Marinho; ha. a Áurea de Aremar;

o Decio Murillo; Fernando, oi Montenegro: Olga, a Gina Ca-

\_lliere; Dulce, a Vara D'A__1; Lourdesrmen Violeta; Vtctorio, o Pau'ono; Ivn, o Ernani Augusto; Ivan,

Galvão, eMai ia, a doria Santos. — R.*L.

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21 — Outubro — 1931 — 7 — O TICO-TICO

A ARVORENinguém sabia explicar como, em tão árido de-

serto, conseguira medrar a arvore propicia.Fora da sombra amenissima da sua copa tudo era

esterilidade adusta — arêas amarelas, sem erva, semsulco de riacho, esbraseando ao sol.

Os viajantes respiravam aliviados quando, de !on-ge, avistavam o vulto frondoso da arvore; os animai*,amindavam os passos e, sob a densa e derramada fo-lhagem, impenetrável aos raios caniculares, juntavam-se as caravanas e, como havia uma cisterna no diver-s..rio virente, todos bebiam á farta e denovavam a pro-visão dos odres.-

A providencia daquela arvore não era apreciada, mallbe prestavam atenção os viajantes e muitos, por pas--atempo, escorchavam-llie o tronco com as facas, de-toravam-llie os ramos ou acendiam fogueiras sobre asáuas robustas raizes.

Certo ancião, abrigandoi-se á sombra da arvore,descobriu que um mal roaz a consumia e logo, piedo-samtnte, pôs-se a tratá-la com o desvelo carinhoso co;n

que se dedicaria a um sêr humano.

Mofaram da sua paciência os homens da caravanac o velho, sem agastar-se, assim lhes falou:

— Rides dc mim porque pratico o bem; talvezvenhais a arrepender-vs da VOfisa descuidosa ingra-tidão quando, de regresso, não achardes sombra guevos acolha. A arvore sucumbe, nada ha mais a fa-zer-lhe,

Foram-se os caminheiros.Certa tarde, a ura rijo golpe de vento, a arvore,

cuja folhagem amarelecera, rolou, com fragor, nosolo.

Vinha de volta a caravana e os homens antegoza-vam a delicia de um lento repouso á sombra, quand'.pasmaram do encontro; minaria — folhas secas, ra-mos quebrados e o tronco descon forme meio cobertopelas arêas.

A cisterna ficara entulhada e a alfombra verdemorrera ressequida «

Foi então que os homens compreenderam o vabrda arvore e a fortuna que haviam perdido.

Pobre arvore! enquanto viveu foi sempre despre-M-.-*1*Mt'**l|«t* *9*> C **>¦«• *

zada, sofrendo toda a sorte de maus tratos; morta.pomn, deixando o vazio, eis todos lamentando a som-bra agasalhadora que ela, sempre generosa, oferecia,as flores de perfume suave que se abriam nos seus ra-mos, os pássaros que neles se juntavam, alegrando aregião com os seus cantos concertados, a água queparecia brotar das suas fundas raizes.

'Ainda hoje, os que trilham o deserto mnospito,mostrando um toro que aparece acima das arêas, pa-ram e, tristemente, murmuram:

•— Era aqui que a grande arvore, coberta de flô-res e de passarinhos, abria ás caravanas ,a sua sombrahospitaleira.

O E H O N E

(Do livro " Fábula rio")

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O TICO-TICO — 8 — 21 — Outubro — 19:51

HENRIQUINHO CASTIGADOI__, _, __ .. ,—.. __—__,

—Tome este doce—disse a mãe doHenriquinho. entregando-lhe uma roscamuito grande

E o Henriquinho imaginou logo fazer umamaldade com os patinhos que nadavamno lago

<——__ ui in ii i—.. ¦

Aiü^^^.^ Y : •-- svt»'_? * _... v _. /v.Y1 _,

E oferecendo a rosca aos patos, con- ..dando-lhe bicadas e mais bicadasseguiu segurar um pelo pescoço. atiraram-no ao chão e...

, .. _.—;—_-l >-___ _, ¦ _ .

E ia i fugir quando os outros patos ...seguraram-no fortemente pelas ore-sairam a persegui-lo e... ^as- Henriquinho gritava de dor!

iCoatlouai

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21 — Outubro — 11*31 — 9 O TICO-TICO

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO(DesenhosdeWaltDisneye-U, B. Ivxrks, exclusividade para O TICO-TICO, em todooBrasü)

*•- - .-,-.„-.'--,--..Ratinho Curioso viu o marinheiro na porta E prometteu-lhe um pouco O marinheiro aceitou Ipgo a

da casa do Gatão de *no1,10 de Peixe sc ° dei" proposta e deixou atinho Curiosoxasse entrar em casa intrar na casa do Gatão.

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E Ratinho Curioso pintou logo de es- O somno do Gatão era profundo Quando Gatão acordou ficoumalte branco a cauda do Gatão que Ratinho Curioso pôde sair sem ser espantado ao ver que tinha a cau-'dormia. visto. da brilhante e pintada.

&â.' • & TzW~^Wla-"*5-T0

L^—**> >¦» r^W1™™ I L^^fÉT^ ——^ cr&CsMasoccor- Iria exhibirnas ruas

reu-lhe uma da cidade a lindaidéa cauda

E foi passear todo prosa, entreo riso de todos os transeuntes

*-<^ u>ocr***Cr?suev --. ¦ QRatinho Curioso imaginou, então,

iazer-lhe outra pilhéria

E, nesse sentido, foi procurar o - - Seu guarda, disse Ratinho Cu- E o guarda foi logo falar ao Ga-CMrda civil que estacionava defronte. r[oso' a<lü.êle Gatào está com vario13 *ão: — Você vai já para o hospital denacauda! isolamento. «cu,.*.,

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O T I c O - T I <: o 10 !l — Ü11.1.I.1.1 — 1931

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' ___B n ' " l!^*??* :=-M

-_"_".-_".".-.*^^'.V.W_-.-.-.-_-_-_-.-.' 1| Roupas infantis*WW__-lrt_-fl_WiiVlfWt_vWMWlW_vwMVWw'í

Não se pode deixar dedizer que o mar é uma dasGrandes atrações nos dias_e sol — felizmente de uma

c o n*t i n u i -dade esplendi-da nesta terracarioca. E osprazeres domar são tãograndes, os foi-guedos de praiatão bons que,até para ir aoslugares ondese possam g o-zar tais diverti-mentos é preci-so viajar, osmestres de cos-t u r a cogitamsempre de cre-ações adequa-das.

A nossa es-tação de mar,porém, é con-stante. Mesmono inverno ha

quem se aproxime das ver-des ondas e nelas se banhecom agrado.

Nesta pagina ha algunsmodelos de roupa de praia.A mocinha de pijama,cujas calças são de flanelavermelha, o casaco mari-nho forrado de branco eestriado de vermelho, dáatenção a uma garota ves-tida de "toile de soie"branca com estrelas escar-late e azul elétrico; desaia de flanela azul de per-vinca, blusa branca e golaá marinheiro tambem doazul da saia com estrelasrecortadas para que o fôr-ro branco lhes dê a fôrmade aplicação, a outra mo-cinha está com um peque-nito todo vestido de fia-nela vermelha e gola bor-dada a "soutache" bran-co.

Em tres vinhetas es-

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_______Z__""r'-*«'_»_i>.^

guias, seis crianças vesti-das de acordo com a pri-mavera gozam os prazeresdo campo.

Depois vêmvestidos paradia de festa: oprimeiro(fig.l) dccréperosa pálido fór-ma cinturamuito alta coma pala onde umbabado compreguinhasborda o decote;o da (fig.2) éde c r é p e daChina verme-lho vivo, saia emangas combabados plis -sados e gola deorgandi bran-co; as (fig.3) e4 são destina-das a acompa-nhar um caso-rio: e 1 a veste

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ül — Outubro — 1981 — 11 o rico-tico

rio: ela veste um vestidode estilo de "faille" azul'lavande"; e êle, veludo

havana claro e blusa decrépe azul "lavande"; a(fig.4) — vestidinho de

de renda óca, bem comoas mangas de meio termo,

(fig.6) — vestido de taffe-taffetas rosa guarnecido tas verde pálido, a beira da.de alças de fita de setim; saia ornada de babadinhos

(Todas as novidades emmatéria de roupas paracrianças no "Paraizo dasCrianças) «

S.'*«VVVVVVVVS/VVVV«aV\V^^'^<\'«^^#^M#«.«kA^^<>V'«',*«^**A mAra*^a^^**s/^^>mfSa*m^a*>mmia*ia^^^^^^^^^^^

IDA DMario era Um menino muito ca-

ri doso. Sua mãe dava-Uie semprebons conselhos e ele, sendo 1x>mfilho, dava ouvidos a sua mãe.

* Mario era órfão dc pai. havia já3 meses completos.

( rto dia disse-lhe sua mãe:Filho, leva estas frutas á vi-

vzinha D. Maricota.-y Mario imediatamente levou a-;frutas ao logar destinado. No ca-minho encontrou um velhinho debarbas brancas, ao pé dc uma enor-me arvore, o qual humildemente lhedisse:

Onde vais. bom netinho, e n

q levas aí ne-tc cest'-»?

.Vou a casa de D.; Maricotalevar estas frutas que minha mãemandou.

Ah! disse o velhinho, quemme dera ser possuidor dc uma de*Ias!

Sou pobre c não tenho com quematar a fume que me atormenta!

São tuas, respondeu Mario.Mamãe não ficará zangada, saben->1«> que acabo de praticar uma boaação.

/-* • ' aN I.SJ&-

O velhinho, estendendo suas rus-ticas mãos, disse:

— Dá-m'as então, querido netinho.Já tenho com que matar a fomeque não me deixa. Que Deus com asua divina proteção te proteja, alon-gando tua vida para que semprepossas praticar a caridade.

Dizendo estas palavras, desapa*rei eu num segundo.

Mario voltou a casa dc sua mãe, enarrou tudo..]

Esta, abraçando-o, disse-lhe;•— Pilho, pratica sempre a ca-

ridade para seres um dia possuidorreino de Jesus e Maria.

/; ffdcs Fraudo (Canhota)

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O TICO-TICO — 12 — 21 - Oulunro — 19.11

-^^mHISTGR

MRS. MERVYN

A musica, criança, este conjuntode sons que nos extasiam levando-nos em miragens longínquas, é umacentelha divina, é uma vibraçãodo próprio Creador que nos deu nosentimento do Belo a idéa da per-feição.

O artista, o musico por cxcelen-cia, é uma alma cm contacto sem-pre com o artista Supremo que co-loriu a Natureza e fez do homemum sêr pensante na riqueza de ima-minação, para admirá-lo e aplau-di-!o.

Artista incgualavel, qUC harmoni-zou em acordes e variações diver-sas, suaves e perfeitas, a naturezapaga na voz dos pássaros, canora,nos regatos e nas fontes, na viraçãoamena baloiçando as flores do*jardins, as folhas das arvores co-padas.

— "Vede a sinfonia prodigiosaque se levanta?" (Renato de AI-meida) . Portanto, a musica sempreexistiu na Natureza em festa, ema-nada do Onipotente, o homem, en-tretanto, sem civilização, inculto,vagarosamente lhe apanhou os mati-zes, assimilando mais facilmente osritmos que existe no seu própriocorpo.

A respiração tem ritmo, o cora-Ção palpita ritmadamente e a vozpossue o som.

O som e o ritmo nasceram como homem. (Mario de Andrade).

Acompanhando a evolução da ar-le do som, vemos quão difícil foio seu progresso!

Sobre a origem da musica ha opi-níõcs incertas, mas sabe-se que aGrccia, o pais das lendas e dos deu-ses, foi a precursora da arte mu-i-cal na Antigüidade. A Grccia tinhaum r-istema musical: (4 cordas").

IA ^IIP^ ' ^%^&^-

DA MUSICAOs instrumentos eram: a harpa, alira, a citara e o aulos, espécie declarinete, e a siringe, espécie i\iflauta. No conjunto dos aulos e ei-taras formando o solo, eles chama-vam Auleticas c Citaristicas. Xa;grandes festas sempre em honraaos deuses, cantavam o Phytico:i(poema em honra a Appollo).

O Ritmo era considerado imen-samente c em frases cheias de poe-sia e encanto o denominavam:

Dactyle: (uma longa e duas bre-ves: - kj ^ ).

Spondée (duas longas: )origem do compasso binario.

Yambe (uma breve e uma longa:<-• - ) origem do compasso tema-Itttrio.

Peon (uma longa c três breves:- <*-• v ^ ) origem do compasso de•rinco tempos.

No século IX, Guido D*ArezzoSubstituiu 03 "tretrachordes"

(4cordas) dos gregos por hexaconles,(6 cordas) c os designou pelas le-iras do alfabeto: A, B, C, D, H.F. Xão satisfeito acrescentou maisuma letra: G, ou gamma. Mais tar-de Guido DArczzo substituiu as

O letras do seu hexacorde pelas si-labas uí, re, mi, fa, sol, Ia, que•irou do hino de S. J0S0 Baptista.

"si", completando o período diato-nico e formando um "heptacorde''

(7 cordas). Afinal, os italianossubstituíram ut por dó, por acha-rem aquela sílaba difícil de solfe-jar- — As primeiras escalas mu-.sícais poram feitas pelos grego.*que, unindo tetracordes de dois emdois, descobriram sete escalas oumodos, tendo como base a es-cala fundamental chamada: "Do-ria".

o: o o.

Ut queant laxisRcsonarc fibrioMira gestorumFainuli tuorumSolvc pollutiLabií rcatum.Saúde Joanne-.

Purifica, ó S.João, os lábios im-puros de teus ser-vos, para que pos-sam cantar, nasniaviosas cordas,prodígios por tifeito--.

Xo século XVI é que os france-acre-centaram a estas sílabas o

-O--

Devemos nojai _ esta escala c;.!ia!oga á c-cala moderna, porém,:m instrutura inversa.

Xa nossa escala o grau mais im-portante é o primeiro da tônica;na escala fundamental grega o graupreponderante era o médio, assimchamado devido a sua posição ceu-trai.

— De*-de os tempos mais remotosda antigüidade a musica era culti-vada na Grécia. As tragédias gre-gas, obras de Eschilo, Sophocles eEurípedes furam cantadas e dan-sadas cm Atenas, onde a popuh-ção tomava parte por serem festaspopulares. O músico grego era opoeta e o dan.-^rinó. A musica eracultivada ao tado das outras artese a dansa figurava ao lado delas,com o mesmo capricho, com a mes-ma vibração de entusiasmo num ec-»ari !eza, de corpos em or-dulações suaves, rítmicas, na fra-gaaçia da musica maleavcl e sigm-ficativa. — A arte musical com-preende três épocas: — "antigui*dade, idade média e renascença".

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21 — Outubro — 1931 — 13— O TICO-TICO

Os queridos amiguinhos &'Q Tico Tico

TÉ' J^m Eli! *''*¦'>

^r-.

" '_¦»¦.:

¦ ¦ *¦¦*¦ - ¦¦¦¦¦ -

Hl1 JB

Gigi Braccini, quandofez a sua primeira

comunhão

Sônia, filha do sr. An-tonio PucinelH —

França

. Armando e Odetl:Vercelli — São

Paulo

iiili

aaaaaaaaaaa^^^aaaH^HT^

¦

i

O nosso amiguinhoLuiz Paulino

Bomfim

Era tuna vez uma pobre velha,repelente por feia c desdcntatla,riue andava arrastando os chinelos

pelas ruas. segura num bastão.

Certo dia, ao passar por uma rua,tropeçou numa pedra c o seu tão

ioso amigo, foi cair numa vala

e a pobre caiu sentada...

Eunice, que via tudo de longe,começou a rir, mas depois de reflc-tir alguns momentos no que faziaresolveu colocar a sua linda boné-

ca na relva e correr ao encontro da-raçada. Quando a menina che-

gou perto da velha e lhe foidar a mão, achou-a horrorosa c ri-

sonha ajudou-a levantar-se.'¦

A velha fitando-a disse-lhe:—Como és linda, que dentes

ros e alvos, que cabelos louros

que parecem até os raios solares'....

£ no te chamas?Eunice!Não, filhinha. diamas-te "Ça-

ridade", disse a velha.A mendiga estava sentada num

Í.V.W.V.V//A\WWA,ÍA".V.W

$&. velha ij'< -- a, í(Conto de Ada Moraes"),-».-v«aV.-.v.-.-.-.----v^"i"-"-"-n-"---v-v-*an

banco do jardim da casa da bôamenina, enquanto ela foi ver a so-

pa. frutas e pão para a desgraçada.

A velha comeu com grande apç-

tite e ainda leveu o resto para a

sua choupanaA mendiga achou-a muito pare-

cida com a sua netinha Elisa que,cbitadinha! não tinha mãi, e gtando do procedimento de Euniceelogiou-a muito e quando olhou

para os seus olhos que estavamcheios de lagrimas, perguntou-lhe:

Tor que choras? Não tens tu-do? Não és feliz? Se tu choras queha de fazer minha netinha que,brinquedos, doces, frutas, nadadisso tem?

?J!|Quattdo sente frio não tem

agasalho, quando tem fome, finge

que não a sente e assim mesmose acha muito feliz

Eunice ouvia aquilo tudo commuita pena porque a sua vontadeera de lhe dar roupas, sapatos, ali-mentos c dinheiro, mas não podiaporque o seu dinheiro já gastarana- compra da boneca. Correu embusca da sua boneca e deu-a á des-graçada para levar para a sua netae disse-lhe:

Se sua netinha sorrir, ficareimuito bem paga e contente para oresto da minha vida.

A velhinha agradeceu a menina,dizendo-lhe: — Tu és um anjo decaridade! Deus que lhe pague.

Amen. disse Eunice.

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O T I C II - I l C O II — Outubro — 19*11

IL^^SCOTISMO 12%

JbLM áíí-s~Ve&!l~ts^ «ca si * I ___

* ^m R- j xW*M J-s. . ^~_ ^ ¦

rA PATRULHA DO TICO-TICO

!•Resumo dos anteriores — Cheioadmiração pela coragem c decisão tle-niontradas por Paulo, Kau!, 0-waldo 2João qoe, sóriuhoi, actidiram c evitaramum inecudio na sua casa, Octavio, dc10 ânus. rapaz digno, trabalhador, arri-mo dc sua mãe adorada, pensa cm orga-nizar com êtes uma patrulha de escotei-ros. A idéa é aceita com animação c oscinco combinaram reunir-se sob um doslindos "ílaniboyants" da pequena av.ni-da onde morava Octavio c onde os nic-ninos costumavam brincar. •

III

UMA CONVERSA DE RES-PONSABILIDADE

(Paba os 1WI.)

Octavio ao chegar cm casa encon*tr ni um recado cjo Dr. GustavoMenezes, pai de Paulo e Raul, pfr-•'indo que tivesse a bondade de irfalir-lhe em casa, se acaso não lhe

s muito incomodo.Octavio anteviu que se tratava da

organização da patrulha e logo apóso jantar bateu á porta do medico,

preparado para argumentar, Icvan-do comsigo uma boa pessoa de res-ponsabilidade.

Pouco demorou. O próprio Dr.Menezes veio abrir-lhe a porta. Qe-pois de mutuamente se apresenta-run o medico entrou no assunto queos interessava..

"Meus filhos vieram ontem* $XnuÍK> entusiasmadas com a idéa de

se fazerem escoteiros. Eu lhe devodizer que tinha do movimento es-coteiro uma impressão mim. Osdois porém repetiram-me aqui al-gumas palavras suas por onde per-cebi que eu estava bastante engana-do, que o escotismo c alguma coisamais do que uma simulação de sol-dadinhos, como eu supunha, uma

balofa, sem objetivo pratico,a desenvolver no espirito das cri-ancas um condenável espirito demilitarismo".

"Realmente parece qUe o se-nhor tinha uma idéa errônea domovimento escoteiro.

Aliás, como já soubesse, por Pau-lo c Raul, qual a sua opinião, aoreceber o seu recado para vir cá,previ do que se tratava e trouxecomigo alguma coisa que lhe fariater uma idéa mais perfeita do que

. .. Escotismo. Está o senhor du-posto a perder a sua noite e ouvir-me com paciência até ao fim?

*— "Mas certamente, c com mui-to interesse", respondeu o medico.

Sem mais perder tempo, Octavioabriu um "Guia do Escoteiro",cheio de paginas c alguns tópicos

ad< s a lápis azul c, ora .ora conversando, fez ao Dr. Mene-zes. uma expo-ição resumida c com-

pleta do que era O programa esco*teiro:

EDUCAÇÃO FÍSICA

—¦ '.'O Escotismo que não passade um simples j igo, um Cru,ideJogo, como o chama Baden Powell,0 seu fundador, embora tendo umaspeto atraente c simples, de diver-pimento, é o mais precioso auxiliaraté hoje criado para os pais e mes-tres, ]•",' uma completa escola doeducaçção que, atraindo as criançaspor meio de jogos divertidos, de-senvolve-as física, moral e inicie-malmente.,0 desenvolvimento físico é obti-

do pela vida sadia, de ar livre, pelaslongas caminhadas através dos cam-pos e das matas; por exercido? va-riados, corridas, saltos, escaladas,natação, remo, tudo feito com meto-do e prudência, tendo sempre a as-sistencia de Um medico para con-trolar as atividades c observar osresultados.

Os escoteiros em pouco tempose tornam robustos, vigorosos, sa-díos porque tambem aprendem ater cuidado com a -ande. () escott»*mo ministra c exige tios seus adep-tos conhecimentos práticos de hi-gienc pessQal e coletiva, inspirando-lhes unia viva aversão pelos habito;prejudiciais ao seu organistro .mo o beber, o fumar c todos os ex-

, quer nos exercicios, quer naintempcrança.

pertando uma elevada admira¦•ção por nulo quanlo DOS é dado pelaNatureza, por Deus, leva a criança

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_! Outubro — l!):|l — 15 O TICO-TICO

^^0^m*m****»im*^ÊÊ*^*m4mm*m~immmmmiÊmÊmmmÊmmmÊmi^mmm^**'**'»~~~*~*^>**'**!*^*r*i''**3i*~< • mu a, _¦, .. L ...»i»

Palestras da meninadaCarlos e Jo-é conversavam, sen-

tados na calçada. Carlos falou:Eu não tenho medo de nad.i.

nem dc onça! Minha mãe é (pie émedrosa. Neste momento «ma ara-nha lhe passou pelos pés, Carlosdeu uni grande pulo e José disse:

Se você não tem medo de on-ça, tem dc aranha 1

Ah! só de aranha, mas de on-

ça, nãoiEu também não tenho medo

de nada nem de aranha*Um menino que ia passando,

gostou da conversa e foi-se che-

gando. Quando Carlos o viu, as-i

«im falou:—¦ Eu conheço esse menino, ele

é meu vizinho c diz muitas coisasengraçadas. Queres ver, José|

¦— Quero sim,"Então, <lize MarioV pois era

assim que se chamava o vizinho <!c

Carlos.

a um profundo respeito ao seu cs-pirito e ao seu corpo".

Octavio interrompeu a sua exposi*ção e esperou num atencioso silen-cio, porque percebera que o Dr.Menezes, .ao par da expressão defranca admiração que mostrava, ti-nha um ar indeciso que mániíeS"tava o desejo de alguma duvida adesfazer.

— "Mas isso não vem prejudicaros estudos?"

'— "Absolutamente"', respondeu

Assim de encomenda não sei,respondeu Mario.

Logo depois disto passou umamenina com um ovo na mão e Joséperguntou:

Isso que você leva na mão éovo?

E' sim ! afirmou a menina.E quem foi que t'o deu ? per-

guntou Carlos.Que é que você vai fazer des»

se ovo" — inquiria Mario.

dc pronto Octavio. "O Escotismosó aproveita as horas de recreio. Aoem vez dos meninos estarem á tôapela rua, vadiando ou jogando foot-bali, e<tão reunidos, sob a direçãode um chefe ou de uni deles mes-mo, fazendo jogos e exercíciosúteis ".

— "Bem, queira continuar a suaexposição que está me interessandomuitíssimo", redarguiu o medico, aquem a explicação satisfizera.

•(Coulinúa no próximo numero')

'— Vote chccal-o cora a galinhade mamãe, depois obtenho unia ga-linha e com esta farei crescer a pin-talhada c já fico com uma avulta-ida criação...

Carlos, disse ao ouvido de Ma-rio:

-— Mamãe já me contou esta fa-bula e, em certo ponto, o ovo caie parte-se.

A menina continuou:Vendo a criação e compro dez

porcos; vendo os porcos e comprocincoenta vacas...

Carlos, José e Mario, estavam namaior aflição.

A menina estava quasi no fimda fábula e o ovo não caía.

A menina proseguiu: Depoistnando fazer uma casa c comproum automóvel...

Mario não se conteve e falou:Pare menina c deixe o ovo

cair, porque assim a fábula ficasem pé nem cabeça.

A menina deu uma gargalhadae disse:

Adeus meninada, adeus!Foí um desapontamento geral.Mario, então, falou:

Menina levada, que nos iciperder o nosso tempo á tôa.

E cada um foi parasita casa.

MILTON DOYLE.

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o GR AN D E PRESEPE DE NATAL- PAGINA DE ARMAR N.° 11

'AA > —"A ;-v ©A -B/'/

fCnntinúa no próximo nui

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O -Al. niversarioI0AIKET1 EM UM ATO)

{Dedicado d minha distinta colega Cecy Arnaiul)PERSONAGENS:

ÍEDNA

8 amnsCLOVIS 0 "

IZA 11 "

Chico — criadinho — preto 5(Meninos e meninas da visinhança).

CENÁRIO:

Uma sala dc visito» bem 'mobiliada, com janelas para ú rua;c ao centro uma mesa com uma vitrola cm cima.

CLOVIS (entra, senta-se á mesa, e começa a folhearum álbum de retratos).

IZA (Entrando) — Clovis, hoje a nossa irmãzinha fazanos!

CLOVIS — Sim, cu não me esqueci; a prova é quelhe comprei um lindo presentizinho.

IZA — li ea tüiiiuem.CLOVIS — Tens aí o presente?IZA — Tenho, mas é segredo.CLOVIS — Sim, e o meu também é.IZA — Já fizestes todos os convites?CLOVIS (fechando o aibum) — Só me faltou convidar

as crianças da casa de D. Ignacia.IZA — Deixa, que eu mando o Chico convidá-las.EDNA (cheirando » poita) — Dão licença?CLOVIS e IZA (correm a abraçá-la e entregar-lhe os

mi mos).EDNA (recebe os embrulhos a pular de contentamento)

— Oh! quanta gentileza!IZA — Sabes Edna, vamos dar um baile!EDNA (batendo palmas) — Que colosso!CLOVIS — Vou mandar Chico ir logo aí junto, antes

que me esqueça. (Chega á porta e grita) — O' Chico.CHICO (de dentro) — Huê, eu ja vai.EDNA — Vais mandar Chico á rua?CLOVIS — Sim, á casa da visinha.EDNA — Vocês já prtpararam tudo?IZA — Já.CHICO (entrando) — Pronto.CLOVIS — Vá á casa de D. Ignacia e diga-lhe qua

nós mandamos convidar as meninas para uma brincadeirade vitrola hoje á tarde.

CHICO — Chin ehinhó. (Sáe correndo).EDNA — Esperem um pouco vou guardar isto.

(Agarra os presentes e sáe).CHICO (entrando) — A visinha mando dizê pro chi-

nhô discurpá, que as fias delia não sabe toca viola.IZA — Quem falou em viola?CHICO — Foi o kcii Clovi.CLOVIS — Eu falei foi em vitrola.CHICO — Tá bom. (Sáe).

EDNA (entrando) — As meninas estão demorandomuito.

IZA — E' verdade.CLOVIS — Não devem tardar.CHICO (entra correndo) — Ella mando dizê que mi-j

tem viola não!CLOVIS — Este moleque é burro do verdade..CHICO — De mentira é que eu não é.CLOVIS (zangado) — Puxe ja daqui seu peru.CHICO (rindo) — O peru tá no quinta. (Sáe aos pi-

notes).CLOVIS — Iza vae buscar as meninas!IZA — Quando eu voltar trago logo uma porção. (Sá©EDNA — Quanta atrapalhação!CLOVIS — Só por causa do Chico (chegando a janela).Ellas já vêm.EDNA — Ellas quem?CLOVIS — Iza e as crianças.(Meninos e meninas entrando com grande algazarra)Bôa tarde, dão licença?EDNA e CLOVIS (ao mesmo tempo) — Pois não!CHICO (gritando de dentro) — Socorro, acuda tá

rendo.EDNA — O que será?CLOVIS c IZA (saem correndo).EDNA — Vou vêr o que é. (Levanta-.-<) .IZA e CLOVIS (voltam as gargalhadas).TODOS (ao mesmo tempo) — Que houve?IZA — O Chico.EDNA — Morreu?CLOVIS — Não.IZA — Apenas um rato...CLOVIS — Que caiu na ratoeira.EDNA — E para que pediram socorro?IZA — Foi o Chico que ficou com pena do bichinho.CLOVIS — Que susto!EDNA — Voeis querem saber dc uma coisa?IZA — Que é?EDNA — O melhor é começar logo a nossa brincadeira.TODOS — Apoiado!...EDNA — Iza prepara a vitrola.

IZA (tira um dlsõo e coloca ua vitrola) — Tronlo ra-viaziada!

EDNA — Vamos, _ti na hora!...CLOVIS — Vou escolher o meu par, sim?EDNA — Já devias ter escolhido.CLOVIS (levanta-íe c tira o .--eu par, no que é Imitado*

pelos outros).(FIM)

HILZA COSTA FERNANDES(13 anos de Idade)

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¦JI Ouliibio — i:k;i 19 — O TICO-TICO

SETE" C R EFOLEGOSOÜLITO"

D O ir IOE3QE S0E30S 30E30E

Dc Ioda a redondeza êíe era o mais esperto e vive.Todos lhe achavam muita graça pela sua agilidade,

menos o velho Anacleto, que não o tolerava. Isso apenasporque o peralta do Crcotdito tinha o feio costume dofurtar, e o tio Anacleto o bom gosto de ser apreciador desaborosos p«/xcs.

O CreOulito era da mesma opinião do tio Auaclctilouco por peixes, e como não os podia pescar nem com-prar, furtava-os.

A primeira vez que. á noite, furtou tua peixinho dovelhote, — uma simples sardinha, — este, irado com ofaeio, apanhando o gatuno etr. flagrante, o atirou no riamie era profundo, e ficou satisfeito julgando que o afogara.

O Creoulito, porém, que era bom nadador r melhormergulhador, nadou um pouco por baixo dágua após omergulho, e quando veio á superfície já estava perto datuargem oposta, por onde se salvou dc morrer.

Voltou pela ponte, enxugou-se junto ao fogo, c, nodia seguinte, estava pronto... a furtar novo peixe, o miefez, sendo dessa vez uma pescada.

Teve pouca sorte, porque o Anacleto o pilhou furtando.«?, metteodo-o em um saco, o atirou novamente ao rio. Coma pressa, se esquecera de amarrar bem a boca do saco e oCreoulito facilmente se desvencühou do saco, salvando-;--pela segunda vez. O Anacleto viu a manobra e disse comsigo:

Se te apanho doutra vez, amarrarei bem fortementea boca do saco c não escaparás.

Xo dia seguinte repetiu-se a cena do furto, mas desta*cz foi uma enchova o peixe prefrido pelo Creoulito.

O tio Anacleto, que já o esperava com outro saco, oApanhou "com a boca na botija", que nesse caso era ol"-i.\e, meteu-o no saco e, apertando bem a boca da. mo-chila, o atirou ao rio. Tor felicidade do Creoulito o sacoestava com o fundo descosido e fac'l lhe foi escapar-sePO» ai, salvando-se pela terceira vez.

Por precaução o velho Anacleto fechou bem as portasda casa, porém, no dia seguinte, lá estava o gatuno, queentrara pela janela, surrupiando uma garoupa. Como dasoutras vezes foi apanhado e... apanhou tão valente sova,'ine ao fugir, o velho Anacleto disse:

Daquela surra ê'e não escapa mais, ass*m o espero.Qie esperança! No dia seguinte lá entrava o Creoulitonelo telhado, pois as portas e janelas da casa estavamfechadas. Salvara-se pela quarta vez. {) peixe escolhido porcie foi, nessa noite, um belo cação já frito.

To Anacleto o segurou para o atirar dentro do forno.E o atirou, retirando-se satisfeito por julgar que haviadado cabo da vida do Creoulito.

Por felicidade deste o forno não estava aceso c c"Cse livrou, pela quinta vez, ai>cnas ligeiramente chamuscado.

Ja >-c sabe que no dia seguinte voltou a furtar ospeixes do tio Anacleto, carregando com u»i gordo robálo,

grande espanto «Io velhote que, retirando do fo^.panela ,1? agua fervente, a atrou em cima do Creoulito.A panela ao cair fez virar uma lina dágua fria que molhou

'o todo, em vez da agua a ferver.O tio Anacleto, de longe. inpôz que o liquido danela havia queimado o Creoulito, que se saJvou pola sexta

vcz e respirqu satisfeito; porém, por va das duvidas, eu-venenoii tini peixinho, que deixo-.? ao alcance do Çreonlllo,no caso de ter éle escapado ainda com vida daquela chuva"agua fervendo.

Realmente o Creoulito voltou, apanhou o jieixe envr»nenado e fugiu com êle a correr.

Ao passar perto da chácara, o cão de guarda que t»íuia sempre, abocanhou-lhe o pe:xe, que foi comer

muito gostosamente, salvaudo-o da morte pela set ma vt/.Escusado será dizer que o cão inimigo do Creoidito

morreu, e que este, no d:a seguinte, voltou á coz nk.i do''•", '.V1'""'1''"- <P*« se convencei, de que "não podia com ava!. (fo Creoulito e não nrocurou mais nutà-la Ao

* CURIOSIDADES DO MUNDO '*ANIMAL

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^H_£r_*_> T^IINHOa CURIOSOS E

PESADOS

O passaro-tecelão, da índia, tem esse nome porquefnz os ninhos mais interessantes que se podem ima-ginar. São bolsas fortes, compridas a resistentes, quepesam bastante, apresentando revestimento de argilae suspensas dc galhos de arvores. O que é mais in-íeressante é que o pássaro, para entrar no ninho,entra pela extremidade inferior, que apresenta uma

abertura muito cstre'ta.

UM BOM INDICADOR

O touro dágua, uni antílope africano, raramente sedos locaes onde existem superí:cics de a-nia

Assim, os viajantes, que exploram certas regiões des-conhecidas da África, quando vêem esse au nul se

regosijam, porque contam coni a presença dágua.no !

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IOE 30=3trario: dava-lhe peixes á vontade. Era sso que o Creouiii*queria, tanto assim que não furtou mais nenhum

O tio Anacleto, quando se referia ao Creoulito. d.-íi.ique éle t nha sete fologos. Pudera..

Creoulito era tnn gatinho...

EUSTORGTO YVANDEKLEY

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O TICO-TICO — 20 21 — Outubro — 1ÍU!1

Esperanças do Brasil de Amanh㦠*m ' ll»---».»»»»»-»--»»».-»-»»»»----" ¦ ' !¦¦¦¦-¦¦— —--¦¦¦¦— ——-._.. I

BMMM_MM-tt_-_--r- ¦¦ ^M^-_-MS_-_» /':; ¦jk

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Cora. /.//.a (fa ir. _*.(_,»- Antcnio Magalhães Fi-dolfho de Mello l'as- lho, nosso leitor, resi-conceitos. — Passos dente cm Dois Corre-

Minas • gos — São Paulo

Dora. filha do s r.li and o I p li o MelloVasconcellos —•Passos — Minas

Dulcides dc Carvalho Mon-ro, Amélia da Costa Der-reira c Lia Carvalho Meu-

ra — Rio

Por arte de feiticeira, depois docasamento do jovem filho do Sul-tão Milciades, a sua nora, a' lindapastorinha Aurita, transformou-se

ia horrenda bruxa.

Todos ficaram espantados c .Sult-O, porque fosse perverso csupersticioso, expulsou Aurita do

r|o e anulou o enlace, dize

que ela era uma grande feiticeira,apesar ttstos de Luigi.

A palavra foi cumprida e atorinha desceu as escad;ptuoso palácio ás pedrad

Envergonhada e triste, Aurita rc-fugiott-se na antiga choupana dovelho pai, de onde saíra para ccortí Luigi, apesar Itão nãoconcordar com aquella união, mas

amavam c era o bastante pa-ra a completa felicidade.

Naquele togar, longe; e .-.-litario,ela agora vivia cheia dc profundaráaguk. Os seus únicos companhei-ros eram sua.- ovelhinhas,

u ca m •

Aurita, -mpreendia. !va alheia a tudo aquilo que lh<_-

¦ntecera. Como de dia parate, ficara tão feia? Como, de

a hora para outra, ficara tão in-

•..-.-.•.-.-.-.-.-.-.-,-.-. -.-.-.---.-.-.-.---.-.-_-.

| Historieta \(Conto dc Moura Ferro) !•

,----.-.-./-----*¦»-.---.-. -.-_-_-.-.---.--•--- •

feliz? Eram - perguntas quesempre fazia a si própria, sem obterresposta. Nunca tivera inimiggos, todos lhe queriam bem... Au-rita não sabia, porém, ser uma suarival quem tudo aquilo fizera.

O tempo pasott e, um belo dia,debaixo das ir do

[ue, Aurita sonhou!\"itt em sonho o apaixonado Sm-

unho, que, deitado no leito, sedebatia com a morte. Depois viuuma linda fada encantadoramentevestida, que lhe di.-->c:

— "Vai para teu amado!cura chegar ao palácio e acercar-tedele. Seu- pais procurarão impe-dir, hão de dizerem: — Para quequeres meu filho, ó bruxa? Tu o ço-

@

nheces? Se Luizi consentir cm leaproximares do seu leito, beija-ona face que ficarás com tua fôrmaprimitiva. Uma fada malfazeja,perseguc-te. Cautela!' Dizendo i -so, a visão sumiu-se, envolvendo-te íir. gaze da noite.

Amanhecera e Aurita partiu comdestino ao país dc Milciades.

O Sultão não reconheceu na des-figurada pastorinha a sua ex-nora.

Como a fada dissera, o Sultão nãoa deixou aproximar-se do leito dofilho. Entretanto, Luigi, como eramuito bondoso, disse: — "Deixai,

pai; c.ta desconhecida quet mçver? Deixai-a pois entrar!' |

Qual não foi a surpresa do Sul-tão, e mesmo do próprio Luigi, aover na desconhecida visitante alinda pastorinha, depois do beijo!

i i futuro .Ailtanito, louco de fc-li-cidade, beijou com alegria sua que-rida e Milciades pcdiu-lhc perdão[ que lhe havia feito.

Com i é de se prever, as nupeiasrealizaram-se logo após o rc-.tabc-lecimento do Sultanito e a rivalperversa de Aurita, que foi desço-

foi condenada arrer de fome!

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21 — Outubro — 1931 21 O TICO-TICO

S S O S A M:.ÍGU IN H OS ,: LEITO RES

E~if

I ¦ I UM I«¦ vH ->-!. H*¦' JÊaamaam jmm£¦ ^ia '''" **¦''* mWL ~**~ mmmmm *": *^^% :-Ú mWr ¦• -írmM H^VB ¦ .,:; WP*lamml

mBmmmF™ SÜ iP? r E ** * mwi i<" ~á$AÊê ^*fe!>^w"": 9 i|| UÊf 'lêmwBÊ Bri ^^Ü

i KlÉil w j .:nÉ - mWmm J ¦ iWB | iMÜ <¦ mmmWf íLTWZ] mmmmmaí^ i mmmmmmí

I.audelina, filha do sr, Carlos, filho do sr. Hilda, filha do srt Pedrinho, filho do sr. AirAccacio Caria. José de Freitas José de Freitas tonio Guerrrera

Por mais que reflita e estudeNão entendo de finanças;

Mas creio que a libra e o camhí:

São, tal qual, uma balança.

I quebra do padrão(MONÓLOGO)

Vivem sempre em desacordo Ha quem diga que ela é mais,m>

Ou, pelo menos, parece E que não sofre desdouro

Que, quando um desce, a outra sobe, Seu valor, que é "soberano"

E, quando um sobe, a outra desce. Se se pesa a libra ouro.

Olhando para o "fiel"'.

Não posso entender aquilo,

Pois, para mim, uma libra

E' menos que meio quilo.

3 caso e que o nobre inglês,

Ou o plebeu não se equilibra

Se do cofre ou da sacola

Um dia lhe foge a libra.

Sai atrás dela a correr,

Vai a Ceilão, vai á China,Até de novo encontrar

Aquela loira menina.

Quando d Uro.nrrra faz neculio

E leva pra sua terra

Voltando muito contente

Depressa nara a Inglaterra.

'Agora eles dizem lá

Que não se gasta... um tostai,

Pois para agüentar a libra

Têm de quebrar o padrão.

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O TICO- i _ ( (I '. V 2. Otihihro — l!i:;i

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ISTORIA DA MUSICA:PELA SÈnHO^A^cnuriAríríJ^inK

Oi. ji brit_.ii ri(litl r.Wiv.d

i^i LAUDE Achille Debussy Introduziu na*"' musica acordes desatinados e discor-dantes que a principio levantaram muitacontrovérsia. Hoje, porém, cias jã nâocausam espanto e Debussy faz parte dosmais celebres compositores franceses. Apa-niiou o espirito de Mallme e de outros sim-bolistas e nesse espirito escreveu canções derara beleza.

TV NASCIDO em Saint Cermaiu-en-Laye cm••" 1862, Debussy enquanto menino niomostrava o menor interesse pela musica.Serviu no exercito e ficou íasciuado pelostoques de cometa e pelo repicar de um si-no de um convento que havia perto de «euacampamento. A mãe de um de seus ami-gos convenceu-o de que ele estava destina-do a ser um musico e Debussy entrou parao Conservatório de Paris.

Scene frvm y"PEUEA5and

HEUSANDE

A MAIOR obra de Debussy íoj transfor-«¦ mar a grande peça du M.eteiiiucklleas e Melissande" mima opera. A su-

gestiva e misteriosa combinação das pala-Trás da peça enquadraram-se perfeitann n-te com as harmonias pcuumbristas du De-

y. Ele gastou dez anoopera, mas essa irrita "condensação de ao-nhos" . hoje considerada como uma obraprima,

Ç\ OMO compositor de pequenas p^ ra piano. Debussy nunca foi i•Ia dc Ckopin. Nessas pe^nana* obras

oas em miniatura c-1h descreveu lindas-*-nqnaa. Uma das mais famosas é

a -('atii. dr;,! Englontle" qtte emita em sons;i historia da uma catedral que se afundouno mar . que Aa ves cm quando emersarisível da

praia.

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_-'! Outubro — 1931 O TICO-TICO

0 bambu, o coqueiro, a figueira e a paineiraL'm bambu c um coqueiro foram

plantados em um parque, ao lado detuna figueira e de uma paineira;cresceram c atingiram a altura quecada ura deles deve ter no seu de-'sen vol vimento completo.

Viviam cm boa camaradagem;mas a figueira e a paineira eramorgulhosas, c julgavam-se supcrio-res aos seus vizinhos, até que umdia não se puderam conter e disse-ram-lbes:

Ora. nós temos observado quefoces são por demais humildes;ao primeiro sopro de vento, o bam-l.ú curva-se todo; c o coqueiro ape-sar de não se curvar tanto quanto obambu, não deixa, entretanto, de seinclinar e deixar que a sua cabe-leira siga a direção que o vento lhequer dar; enquanto nós, ao con-trario, nos mantemos firmes, eapenas os nossos ramos mais finosc ns nossas folhas i- agitam umpollCO.

Até hoje. também, ninguémousou mutilar-nos e vocês, o bam-bú por exemplo, qualquer che-ga, c vai cortando quantos CÒlmOS

a para fazer o que entende;na vez. é despoja-

do da -na linda cabeleira, par.,vir «le pasto aos cavai mua-

_ Tudo i.to é humilhante.

1',' verdade que o inverno p.ostira a nossa folhagem, e não tocanas vossas; porém a primavera, cmcompensação, nos dá uma folhagemr a e linda, para em seguida tioscobrimos de flores e depois de tnt-tos, que, de uma de nós, serve, dealimento aos passariribo-S. e da ou-tra, não serve dc alimento, mas simpara os mesmos pas>arinhos forra-rem seus ninhos para ton.á-1*>s ma-cio- e quentes c neles criarem seusfilhos.

Damos tudo isso, mas não nosdeixamos mutilar.

Deixem dc ser humildes, potscom isso nada ganharão; não securvem, sejam altivos como nóssrmos,

Xao somos humildes, no senti-d' > em que vocês empregam e_se ter-ui", responderam o bambu e o co-pieiro; si mos apenas prudentes;abemo-nos curvar ante às vteis-itudes da viila; curvar-se nem sem-

-.re é humilhação.1'otico nos dá. também, que

;ircm uma parte dc nós, paraproveitada de qualquer maneira;temos prazer em ser úteis; além

. o que no- tiram, cresce denovo, c somos sempre os mesmos,

Vocês ainda hão de r-conhe-

cer o quanto vale ser prudente, e_u!'cr curvar-se em certas oc2s

Veremos, responderam as or-gulbc.

Passaram-se mais alguns anos, _.tudo continuava como outrora; po"réin um dia, repentinamente, n céucartvgou-se de nuvens pesadas, e

depois desencadeou-se umaterrível tempestade acompanhada decoriscos c raios.

O bambu e o coqueiro, cedendoaos impulso, do vento, conseguiramvencer a sua fúria, e pouco sofre-ram, ao passo que a figueira c .tpaineira opondo resistência foramcm pouco temi>o lançadas por terra.

Quando cessou a tempestade, rifigueira e a paineira que estavamno chão, disseram aos seus vizi-nhos que se conservavam e m pé:

Só agora. 1 vem tarde, é que re-conhecemos que a razão estava ao

i lado; o bobso orgulho foi acausa da nossa infelicidade; se ti-

mos aprendido a curvar-nosquando fosse preciso, não e*iarta-

agora a lamentar a nossa másorte.

Felizes aqueles que sabem cur-var-se ante as vicissitudes da vida,porque acabarão por vence-!;. ientão st:;.

0 PARDO

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O TICO-TICO — 24 2J — Outubro — 1931

AS AVENTURAS DO GATO FELIX(Desenho de Pat Suüivan — Exclusividade do "O TICO-TICO" para o Brasil)

f^»^— ¦" ' { .' ¦ ¦ ¦ —^»—^"~i

l~j_2l ,_'''

it£u__

_. _A._^AA_."~i _ _?> .1

Uma fagulha do fogão caiu em E incendiou o pobre do cachorrinho, oue Mas Gato Felix correu e com um baltuna do pêlo do louloa da Po* era uma das relíquias da casa de bichos de cheio d'agua apagou o "incêndio" domerania. louloa

1 ^myyy- F^M

E o càozinho, sem um unteo püio,uansformou-se em cão do Japão.

Feita essa obra de Mas ura barulho horrível Gato Felix levantou-secaridade. Gato Felix não o deixava conciliar o para ver de onde provi-foi dormir. sono. nha o barulho.

*_áPw <¦_ _ife r _5_íi t> y\\^jjy jí*\ %__ Wm m **r*i;ft —!_____.c=_*_| yi *s\^' /r~r.-

Era um papagaio: "gora Gafo Feitx ...um pio de coruja ícl-o arrepiar-se „. um cão que andava arrastando a bar-que se v u logo com podia, enfim, dormir, todo. E em seguida viu,.. riga peto chãoo bico amatrado mas...

P_ __j_„. )

O cão precisava de um auxilio deGoto Felix, q u<» imaginoso e inte-ligenie...

...prometeu-lhe levaniar a bar-riga. E levantou, por...

£n>^)

<-T -i_,l».a,m-. /^s ;7 ,/'

.meio de um cordel alado á cauda.<C-/*/-'/7ü_)

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21 — Outubro — 1931 O TICO-TICO

GtecEoo.1.G>G

OltfaoOto(JooSb

dÜ.acioir©oO-iColabopoçóo de LuisSa e Gak/io

deQueirOà.nero.exdosivametiVe p»rao troco t=i -naco

I iiIBiIyLntujiasmados com as aulas de boaaica. R4eo-Rico e Bolâo resolveram cult!/ir um pedaço deterra, no fundo do quintal. Foram juntoi...

. . . escolher o terreno para a futura roça e tra-taram de arranjar as ferramentas necessárias'recorrendo ao jardineiro Joaquim, que as for-rieceu. Réco-Réco foi, então, buscar as sêmen-tes

O mato estava alto e precisava ser roçadoMas quando Bolão deu a primeira foiçada ou*viu uma voz cavernosa dizer:—.Eh! esse mato é de meu pai!

E assim se repetia, todas as vezes que Bolâo la-tia a enorme foice. Aquilo foi deixando nossoherói impressionado - mmo cie não é dos maisvalentes...

.. . . foi tratando de dar o fora. Em caminhoencontrou Réco-Réco Contou-lhe a coisa.— Ih! estou todo arrepiado! — concluiu.Mas Réco-Réco nâo é homem que se assustacom vozes cavcrnosas e foi . . ¦

,.-.ver do que se tratava. Em vez de meter afoice, no mato, meteu um enorme "forçado" depontas afiadisslmas...

...que foi fazer Azeitona espirrar do interiorcio matagal, a coçar-se no ponto onde se apa-nham palmadas, depois das travessuras. EraAzeitona o fantasma de voz cavernosa ...,

Kas proximidades do Xatal aparecerá á venda O ALMANAQUE D'0 TIÇO-TICO para 1932

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O TICd-flCO 20 21 — Outubro — !!).'{1

FAUSTINA ESTREA U VESTIDO ORIGINAL

Faustina gosta dos novos mo» Por isso mandou fazer uai vestido de papel crc-delos espalhafatosos. pon, com diversas combinações, como CS6C8 balões.»

...japoneses que, virados peloavesso ou de cima para baixo...

...temam vários íeitios. Ajuim, .. feitio abalt-jour, foi dar um passeio. Na rua, ...de S. João. Ao cair-Uie apcis, a Faustina escolhendo o... ella chamou muJto a attenção. Parecia um balão... carteira, porém, teve que ....

Et/1BRULHA«_4. -__ TASCA? TAScA> /J^2^. a -

. ..agachar, e cem o movimen- ...combinação esquisita, que a (kixcu com as ...tciulo que seretugiar cm c.sa' to o vestido formou outra... de fora. A deu-lhe eni cima... nilição bem original.

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21 — Outubro — l.).']l — 27 - O TICO-TICO

RBStnt.TADO DO CONCURSO X. 3.533

A solução exacta do ooncursocjouisfaa: — Roberto «le Eritto Pe-reira, Esmeraldo «Je Uma Ribeiro, Arnaldo

atendes, Alfredo da Cunha e Silva, DalvaD» Senhorio Xarçay, Maria Therc za

Leite, Valmar lirito do Alvarenga, AracyBundwfajr, Ari. tte Theotima. Jorge Armbu.stLima, Leda (te Mello, Augusto Veiga, Mil-ton Doyle, Yolanda Ileione W. Rosário,.Marilia Ferreira dos Santos. Marilia Cam-pos Tocca, Sentanna Travessa. OctacilioGouveia, Eduardo Matina, Rubem DiasLeal, .Mana Amélia, Zilda Ribeiro Guima-rães, Rosemonde de Castro Pinto, JoàoPagano, Paste Rondon. Reynaldo Mello.Francisco Mozeleski, N«-mesi«, de AlmeidaFilho, Eliete de Carvalho, Jayme Reis F-lho, Sylvio Antunes, Aldo Vieira da Cunha,Oreste Bongtonnt, Paulo Ribeiro do Ama-ra), Pedro Oomes, João Rodrigues. IdalinaB. Aurir, Fernando L. Vieira Ferreira,Elízabeth Menezes, Antonico Pinto, j..i. Pedro Carlos Neves. HelenJ-. ti. Manoel das Candeias, joaí Marinho

tralho, Brnetto P. Miranda. Junho-brino G. de Araujo. Diva Vassallo, Manda.".!' ¦na, Renato Man-ue* cia Cunha, Augus-to Pampkma Filho. Sérgio Pinho MDinorah Reis. Myiian de .Souza Lopes.Epilacio A. das Xeves, Almir Bâ doa San-toa, .lorf.-e Campos, Darcy Moura Pinto,Sydney Fonseca Guimarães, Arnaldo T_an-ria, Maria José c. Martmi, Maria HelenaVarela. José Marprm, -Mar.» Nilda Oi". Maria Thereza Lor* -, Maria Na-aretn

iro. Euricoi Lima, Sylvio William Alexandre,

i, Zilda Ignacio da Bllva,Oswaldo Cândido de Sousa, NIldelmdo M ¦

... Léa Ribeiro» Maria I.Sdva. Luiz Maria Mac rBaptista, -i<¦• >'- Antônio Diniz. Arlstoltna

. Lllllan Porre s Cruz. Jor-¦ s í. an, v. anda I taro!-d< Carvalho, Edmundo .

>Pereira, Venusel!S. de Oliveira. Pinto, Ma-

Rodrigues,I .lia YV . C

.''.o, Jalro Gontjalves Leite, Ar-

lettc de Almeida, Xise Santos, Odette Sura-na, Almerinda Lopes, José Valença Mar!-nho, Xey Foga«**a, João Mauricio Cardoso,Yrecte Dacchitello, Yolanda Barros Freire,Augusto de Tolledo Cruz, Walkyria dosSanti s Mello, Alberto Lopes Filho, Corde-Há llcine. Marcos Milwald, Leonardo Mioii,Ncy «le XT. Comparlnl, Josephina Cerqueira

Francisco Simões, Diniz Araujo Wlii-tehurat, Eeula Santos, Wagner Eonecker,Joào de Rezende Miranda. Natalina Ramos:,Tsaltina Pinto, Luiz Carlos S. Dutra, Ju-i-y Xeuva. Orehlddea Pereira de Oliveira.Alcy Resende. Yedda Mello Teixeira, Raul

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-C ~-~'CC -T;CO ~

Assim como O TICO-TICO ca única revista no gencro queencerra todos os requisitos pararecrear e educar a criança, o seuAlmanaque contém, como não po-dia, deixar de ser, um repositóriotwsto dos mais uleis cnsinameu-tos. E' élc o brinde cobiçado portodas as crianças. Este anoessa útil publicação vai exceder,quer na sua confecção material,quer no copioío c educativo tex-to, a dos anos anteriores. Asmais belas histórias de fadas,os mais lindos brinquedos de ar-mar, comédias, versos, histórias,conterá o primoroso ALMA-NAQÜE D'0 TICO-TICO para

IÇ3&, a sair cm Dezembro.

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Filho. Eduardo de Campos, Rita.1 da Cunha, redro raulo Rodrigues,

Vera de C. Armando, Brosilio V. Macha-do, Paulo li. Camari ra, Guiomar«"hanii! 1 I_uro Cotias, Hei.

tquino, Rubens de .'Bittencourt, Odette Medeiros, Tgn.-z Ira <la Silva, Álvaro Alves Õ» Faria

solo s-.urm. Marcelino Ma-s, Walter Martins. Yva Pereiro do

loro' de Mello. Harr-gan, Herm< vlmi de Carvalho, Cc-

ACABA DE APPARECERCantigas de quando eu era pequenina

de*CEIÇÃO DE BARROS BARRETOem todas as boas livrarias

leste de Brito, Irene Gomes, Maria Car neDomingos da Silva, Sebastião d'Ange»oCastanheiro, Roberto Rocha, Oderico f.rcsPinto, Léa Lacerda, Acir Baurosratz, l':e-derico Hee, Antonio Machado, Arnaldo Go-mes da Silva, José Moreira, 'Renato deSouza Lima Duarte, Gilda de Andr-de.Marina Vaz Lima, Jayme Mancttca, 3--Sr! l1'. de Carvalho, Hel-wis s. Alluinueroae,Carlos Cury Filho, .Maria do C-ír«ro Por-!¦¦;¦ Almeida, José i-eraldo Barrctto, Al-Z'ia Fattcria, João A. Além, IxuC MionBerthlin*j, Moacyr Pereira, Pauto Rezende,Francisco Bessa Coelho, Heüo Bittencourt.Alda B. d»- Paiva, Ariette Brasil ano, fa-mile Janur, Yvonne Chehab, Ruth L* í *.Moraes, José Mauricio C. Botto, .«devaldoCardoso Botto de Barros, Maroe! I_ >r-\-*f'.»>,Anna Maceira, Cláudio C. Lima, MariaJosé Campos, Thaisi Costa, Leonor "rir-marães, Xair Somas, Paulo Cavalc-nti,Antonietta. Lobasciue, Maria Clau.Hi, Rc-berto Menescal, Maria de Lourdes Cunl-a,Arnaldo Xolasco, Emílio M-rcos, Alcyde*Comphorle, Lully Baltar, Jorgç Cr.íloaArê-as, Alzira de Souza. Francisco C. daLuz, Fernando Mendonija, Octavio Gcnr.anoFontana, Antonio Pimentel, Wilson Macedo,Paulo Olivella Fenaz, Guiomar Assumpção,Xatalia Ae C. Simas, José Jarmotti Oso-rio, Jalmir Carlos, Brcnne Veechl, Enlo Ci-dade de Rezende, Militino R. Martinez,Dora Xelly pinto, Maria de Lourdes Sarai-ra, Maria Dutra Lima, e Silva, Oscar Sy-sah, Heüo Pinheiro Vnsconeellos, CéliaMachado e Silva, Etel Fi-anslatti, JcnnyCony, Isa Braga Gama, Vicente Mamnana,Jayme de Oliveira, \*olanda B. de Arantes.Carlos Guilherme Max Sehuhert, AugustoRibeiro Filho, Aurio R. dos Santos, JoãoSenna Costa, João Thcoàoro de Alm id.i.Sylvio Dias Pereira. E. Blaeman. Silviade Araujo, Oswaldo Lemos dos Santos. Ar-

ecohuUti, Hugo Gato, Breri—o SeftnnSantos. Lucimar Ramos. Alzira Mendes riaSilva, Ilce Pereira de Souza. Amc-rico Fio-retuir.o. llka Hortz. Seno Xorma, JuracyFrota, Paulo Ivanski, Alberto Barth, JosftRodrigues. Antonio D. Ângelo, XathaliaMalta, Eduardo Barreiros, Elza MenezesLeão, Ciro Nogueira Baptista. Maria daLourdes Coutinho, Julia Bertossi, Godofredo

S03NVMB SQTOHEl,*3l3IAlM'WStf3sa||aq_o sop tpjnbj-jjuor*

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•M

O TICO-TICO — 28 21 — Oululiro — 1»31

de A. Lima, MIralda. J. Ribeiro, IlansfVon Blaedon, Arcillo Bala, Olympio Josédos Santos. Delcio Vital Darbelly, CariouOuto do Andrade, Maria Nazaretli Bacchg-Ijierl, Adamo Schocair, Maria Luiza de Sá.Geraldo Paraíso, Ary Martins Amaral, An-nita Aguiar, Ida Do Coutto, Américo Go-mes da Silveira, Maria F. Amaral, Flza daOliveira, Anna Maria A. Costa, TalithaFonseca, Sebastião Graças Alvarenga, JosôItuivo, Tupy Correia Porto, Hylza I.ago,Heliton Motta Ilaydt, Daisy Lorecie Mur-tire.

Foi premiado, com um rico livro de lila-torias infantis o concurrente:•*" COXFUCIO AUGUSTO PAMPLOXA

FILHO

do 10 anos de Idade e morador 1 rua Lo»l>es Quintas n. 39, nesta Capital.

P.BSULTADO DO CONCURSO XT. 3-5S8

Respostas certas:

1» — Casa-::• — Amarello.3» — Alicate./i' — Azul — Luza.

ifc* — .M-fru — Veide»

Soíuciojiisfus: — BeHo Duarte, JorgeFere» L,ian, Mario liiueiro Guimarães, Eu-oem Torre» Carrilho, KUen Ferreira Dias.j^iclo Frciger, Ary Martins, Maria HelenaÍVarella, Fundice de Souza, Ida do Couttu,'ilioluo A. de Bailes, Heliton Motta, Os-waluo Cândido, Josephina Cerqueira Leite,JtobertO de Brltto Pereira, L(Ua de Mello,UermenegUdo Adami de Carvalho, Mannade Freitas, João lt. Filho, l'aulo 11. Ca-margo Ferreira, Levino de Souza, PmnloRecende, Carlos Jose Mattos, Arlette Theo-lonia do Mello, Maria Luiza C. Martini,AmelU Americano Franco, Acir iiauingratz,Luny Mary Osório, Antônio Machado, Os-

iwaldO Mora'.'3 e íjilva, Rubem Dias Leal,[Maria .S. Fewoa, Marilia 1'agano, Álvaro'Alves de Faria, Jamile Japur, JeamioXVArc, Decio José de Oliveira, Maria daLourdes, Coutinho, Balblno Camargo, TupyCorreia Portos Fernando Octavio Gonçalves,Jlené da ííilva Fernandes, Maria da Con-

o Coelho, Roberto Mencjscal, Jorge Car-los Arêas, Francisco Carlos da Luz, Igna-cio da Costa Ferreira, Sylvette Freitas,Flávio Alonso Maia, Mary lietty Murly.llka Hortz, Tito Silvado, Hélio Bittencourt,Fduarüo Tavares, Adevaldo Cardoso Botto<le Barros, Jayme Reis Filho, Orlando daCastro, Lulby Baltar, Kunice Espirito San-to, Carlos Veríssimo Borges, Myrlan daSouza Lopes. Arlette de Almeida. YolandaBarro* Freire, W. .Santos Mello, Harry

an. NUsa Braga M. Nogueira. Mauri-cio Paulo Delgado, Fneu Amaral de Souza,Dina Maria das Neves, Ayrton Sá áx>3ísantos. Ida de Almeida, Képler Santos.Ilzo Barlh, José Geraldo B. da AI-Imelda, Musa d'Angelo Castanheiro, MariaThereza Castanheiro, Sebastião d'AngeloCastanheiro, Ney Machado da Silva, LuizDivaldo Carneiro, Miralda J. Ribeiro, Jor-no Armbust Lima, LiUan Eorge Cruz, YV.iir-ner Boneckcr, Sylvio S. M. Raymundo,

pílulas

\^A ' À É * Am \\—mTT?M**lm- mt\TTfr±. \ .Jll

1'edro Carlos Neves. Moysc.i Uderman.Chaise Costa. Maria de Jesus, Dylson liai'-tista, Cláudio Corrêa Lima, Nathalina õaCunha, Yvone de Souza Ribeiro, Oscar Sy-&ah, Maria Apparecida. Aida Vieira tía.Rosa, Adamo Schocair, Antônio José Caeta-no da Silva, Luiz Portella Ottonio, Yolan-da Marques da Cunha, Theophüo de Souza.Francisco de Assis, João Maurício Cardoso,Adelmo Maurício Cardoso, Milton Doyle,Talitha Fonseca.

Foi premiada, com um lindo livro cahistórias infantis, a concurrente;

TALITHA FONSECA

de 9 anos de idade e residente a. rua Ba-rão de Santa Xelena n. !>S. em Juiz doFura, Fstado de Minas Gerais.

CONCURSO N. 3.598

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAI. C DOSlstados rr.oxmos

Pcrgimlast

l1 — Qual o rio da lüiropa que cotnuma letra trocada não c í Ja ?

(2 sílabas).Yolanda Vaz de Lima

A MORTEAMVOSSOSFILHOS//daeihes ^ÈÈk. /A

CamomillinaiO UniCO REMÉDIO QUE EVITA. I« Cura ÍSDOENCASdíDENTIpAO.JeomoiGA$TR0-ENTERITI.FEBR6. I^nsomnia.Diarrhga.Colica.s.<tc. Afl|GmmmL. fTczitXt™ todas)! „ i

A' venda cm todas as pharmacias.

2^ — Não sou animal caseiro. .Sou feroz como um leão..Mas, se um garoto matreiroÍAs sílabas me trocar,Ficarei uma gulodiceGostosa ao paladar.

(2 sílabas).Américo Florcniino

^PÍLULAS DE PAPAINA Ç PODO»| FHYLINA)

^Empregadas com suecesso nas tnoleí*tias do estômago, figado ou intestinos.Essas pílulas, além de tônicas, tão indi-cadas nas dyspepsias, dores de cabeça,jmolestias do figado e prisão de ventre.1São um poderoso digestivo e regulari»zador das funeções gastro-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias.'Depositários: João Baptista da Fonseca, ¦CRua Acre, 38 — Vidro 2J500. oelo cor.[reio 3J000 — Rio de Janeiro.'

31 — Qual c a flor pequenina e p"rfu-mosa, formada pela superiora do conventoe por um sobrenome.

(4 silabas;.Celuta V. Agarez,

4* — Qual a capital de Estado Brasi-leiro que c triumplio?

(4 süabas)',

S" — F.le «í animal.:Fh é peixe,

(3 sílabas).

Jorge Liam

Do mesma;

TENDES FERIDAS. ES Pt-NHAS. MANCHAS, ULCE-RAS, ECZEMAS, emfim qual-quer moléstia de origem SY-

PHILITICA?usae o poderoso

Elixir de Nogueira

do Pharmcu.

João tia

GRANÜlíDEPURAT1VO DO SANGUE

Vinho CreosoladoDo Pliarm. Chim.

Jo3o da Silva SilveiraPODEROSO FORT1-PICANTE PARA OSANÊMICOS E DE-

PAUPERADOS.Empregado com sue-cesso nas Tosses,Bronchites e Fraqueza

Geral.

ÉCh

i m I c o

Silva Sil-

tj-.jii.i-/

As soluções devem ser enviadas á reda-ção á'0 Tico-Tico, devidamente assinadas,:eparadas das de outros quaisquer concur-

ainda acompanhadas do vale que vaipublicado a seguir c tem o n. 3.SOS.

Para este concurso, que será encerrad»«no dia 13 de Novembro futuro, daremoscomo prêmio, por sorte, entre as soluçõesretas, um livro de historias infantis.

CONCURSO

<j z/ rm^ 3593

\ülwjrali

X ° fh\CrfòfLJcKrritjfo

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21 — Outubro — 1!).'}1 ¦ — 29 — O TICO-TICO

CONCURSO N. 3.507

TAKA CS LEITORES CESTA CAPITAI. E D.5 ESTADOS

-_B_H___!Lj<-to Jj »*_*§_

O concurso dc hoje é um enigma bera como premio, por sorte, tntre as soluçõesfácil. Recortem-no e escrevam por baixo certas, um rico livro de historias infantis,vi.- desenho a sua solução.

As soluções devem ser enviadas á reda-ção d'0 Tico-Tico, separadas das de ou-tros quaisquer concursos e acompanhadas,i 5o só do vale que vai publicado a seguire tem o n. 3.597, como também da assina-tura, declaração de idade e residência doconcurrente.

Para este concursos que será encerradono dia 16 dc Novembro vindouro, daremos <f%f<£» 3.597

ISToet-algriSL da tardeGemendo pela estrada, a rola amar- De todo então anoitece, o dia que

gurada, fenece.arrulha solitária, com voz apaixo- E enquanto a noite reza, o deus da

nada despedida.

Soluça então baixinho, a epigraphê As palpcbras do dia, cerram-seda prec?, adormecidas...

á noite que desperta, ao dia que fe-nece. Hélio Serejo

C.orornllia a Natureza, a sós, comouma louca.

¦— Cigana embriagada, de voz su-mida e rouca.

*Ecoa na amplidão, dois gritos tia

aza fama,igual ao valdivino, que cai ébrio na

lama.

E' o irrito do urutão. metálico...-estridente,

que faz lacrimejar, o coração da

gente.

E tudo cai por fim, num letarg-.

profundo,creando no silencio, um novo c

grande mundo.

0 MELHOR PRE-SENTE...

Ao clarão da lua que brilhava so-bro a neve que caía, um grupo decinco crianças conversa amistosa-mente a respeito dos melhores pre-sentes que na noite mística do Xa-tal receberam e a quem atribuíramser do Papai Xoel, o bom velhinhotão lendário...

Acabando quatro de dar sua opi-nião, um pobre garoto componentedo grupo ergueu-se e principiou afalar docemente, tristemente:

âSCL \m?J&-ÍPJ

'— Eu que não tenho pai — co-meçou ele a falar, deixando á vistaos alvos dentes, — nunca tive umpresente... Xunca... Quando o pa-pai pro céu partiu. .. deixou-mesomente um sapatinho que hoje es-tá roto... Ponho todo o ano á bei-ra do fogareiro e nunca Papai Noelveio-me trazer sequer um boneco.Jamais... Porém isso não me en-tristece. Eu tenho recebido todo odia um presente que não trocareipor um brinquedo, uma dádiva da-quele ente a quem chamo de mãe,um beijo adorado, um beijo de tris-teza... um beijo de consolação...

E não foi Papai Xoel que medeu esse anjo... não foi não...

Carlos Leite Maia

0 trem da vidaEu só sabia de um trem;era o trem de Cascadura.Hoje aprendi que ha tambémum outro, que se pendura...

E' trem de ferro e trabalhamal começa a alvorecer.A mdqmnista não falha:água põe logo a ferver..

i

E o trem passa a trabalhar.{ações de grande lida

são as de "Almoço" e "Jantar.)

«Ia grande Estrada da Vida!

Diz mamãe, que nes atura,

(mamão é Chefe do Trem)

que a jornada é longa, é dura,e que não volta ninguém!

I

pra mim, o Trem é de graça;quando ronca a barriguinha

peço um mingau. Que se faça...

Move-se o Trem da Cozinha...

Alarico Cintra

(Dos "Monólogos de Cilberti-nho").

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O TICÜ-TIGO 3U 21 — Oiutitni» — 1931

O

Balança de ouro que pesa a hu-vnanidade inteira..

Estudai!;.. Estudai, como osbravos íiihos dos livros, que gri-tam, que cantam os louvores da ar-te, os hinos da ciência e os podere.sda inteligência«•

Kstudaü... Estudai!...

Uma clutsma de tristeza pesa-mena alma ao deparar com centenasde pessoas quc vivem longe do sa-ber. Os quc ainda estão em tempo,devem pensar e refletir, para nãoseguirem o mesmo trilho dos ou-tros.

Estudai!.,,, estudai, oh, rtiocidjf-Jc rica.

Sede felizes...

Conhecei todas as coisas. Saibais

que não ba dificuldades para estu-dar. Iniciai hoje mesmo a graiuL'tarefa, em prol da sublimidade do

cérebro. Bem sabeis que nãotarda o tempo de nos curvarmos

para o túmulo e, chegando esse

tempo, não nos é possível estudar.Estudai na juventude, para brilharna velhice, com os reflexos ima-culados dos vossos esforços. Sim!...Sem duvida, começai hoje mesmoa romper a parcela dos ilustre- ho-meus da ciência, porque estás na

flor da idade e apto para apren-

der.

Estudai muito a lingua da iPátria, que c o fundo da ' ¦ V

ESTUDO(Por JOSÉ' ROMAO PEREIRA)

bedoriá. Pracurái bibliotecas na» Deus. o nosso bom Pai. reservou

quais podereis estudar por vós pro- para vú>, um futuro cheio dc gl"-prio. E encontrando-as, deveis lê- rias. Pensai nesse futuro; e ide.Ias, embora seja difícil. Mas, para ide em busca da sabedoria, ide!..,

o estudo, não se deve dificultar. c ,l5° desanimeis. Avante, avante

Sendo possível, aprendei os idio- sempre para as glorias do futu-mas estrangeiros, pois, sabeis ro!...quanto vos é fácil progredir na vi- li mais tarde, Quando já forde,da futura, desde que saibais ler um Senhor cercado de luz intele-falar corretamente a lingua de ou- ctuaii não vos esqueçais das pobre-tra nação. zinhas crianças que por uma difi-

Estudai!... estudai o mais quc culdadc qualquer, não (iodem ter

possais, pois, sabeis que por mais estudos. E então, chegou a

que estudarmos, pouco saberemos. hora de cumprirdes o vosso de-

Sabeis que dentro do nosso ma- ver: tóo vos esqueçais nunca,

gestoso Brasil, encontra-se um (lc>>ts infelizes que muitas vezes

grande tesouro escondido. Certa- (il,ercm c lccm for<»a <le WntwU

mente quereis achá-lo. Pois bem; para estudar, mas não estudam de-vido ás dificuldades dos Paia. I.ein-procurai, removei c cavai a terra

que em pouco tempo haveis de en-contraio. E para achardes esse te-souro, é preciso estudar.

Pois estudai!... estudai, oh mo-

cidade gloriosa..-.Sejais dignos da Pátria Brasilei-

ra. Sede brasileiros inteligentes, oorgulho das nações estrangeiras

brai-vos do que disse Jesus ao-seus discípulos: — "Jdc c ensinaio Evangelho a todos os povos" —.Assim, cumprindo com o vosso de-ver de caridoso, haveis de mostrarque sois um verdadeiro filho bra-sileiro. O Brasil, precisa de lio-mCns, possuidores de inteligência,que é para torná-lo cada vez maior,

Estudai!... estudai tudo o que for, grande como 0 próprio céu.necessário, se quizerdes ter um Ixr- *• * '

Io futuro na vo4sa Pátria» — o Bra* Estudai!:., estudai sempre. Quesi!. terei- a honra dc figurar nas pagi-'

Pricurai enquanto jovens, estar nas dc nossa hi>t"ria. Não percaissempre w> lado ú""- Senhores inte- a esperança, que haveis de ter umlectuaü, que pouco a pouco irão i!u- futuro cheio dc glorias e venturas.minando a \ --a idéa. no altar da vossa vida.

Estudaií... estudai muito... Tudo. tudo para a grandeza daPensai no vowo futuro. nossa Pátria querida... BRASIL.

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21 — Outubi-o — iü:;i 31 0 TICO-TICO

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O C A O[Padre Antônio Vieira)

Todos os autores an-tigos fizeram do cão sim-bolo de fidelidade; equando esta nobreza nãofora tão antiga naqueleanimal, o de S. Roquepudera ganhar este titu-lo para toda a espécie.Ustava S. Roque no cam-I"* deitado ao pé de umaarvore, pobre, desconhe-cid". solitário, enfermoe no meio deste desam-paro tinha um cão, quelevando todos os dias um pão nab>ca. sem comer dele bocado; osustentava.

Isto sim. que é ser leal: isto sim,

I W#i#l^>-JGUARÁIN/Vl\[h Mààmxa»\mÈmmmM>mmmV c-^iu^fs*. '"jaos

,'^l A-*U-»»L-Í-£Jür TTErõCãs nnutHiNA» \i

ijpmms^ guaraml.1IfllllMÉiMlV CO«cir*TRW> S ABO*Oi O f/

|WM# TDEPAPGYL1|ffl

.'.'^^¦•«•¦¦'•¦¦¦'¦'^iisW COHMIfiPOl. ABUh.Htac.iOO H

ISroS^ MALEIZINj

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Tr«i»m »« ..Ml m ¦t%>«<1vi» rórmul» BMj^ Ave.)» n»k ...5 ,ha,^»tj,j.a,0,,rJS |^*3

i i.w »aw teiTE f.c.«-y^aio jm^m'lí.-gfcitfarqsaBgg

ixâin.DE cabe?a' de dentesJUIIUJIíll GRIPPE OU QUALQUER DÔR 1

/*mw™^? j&mqKi nmwL^^^SjwimXK

«»0 I

que c ser exemplo da verdadeira fi-delidade: chegar a tirar o pão daItoca para sustentar com ele a seusenhor. Lástima é. epie carecesse tal

generosidade do uso de razão, quan-do vemos tantas almas recionais tâ»mal empregadas em sujeito de me-nos honrados procedimentos".

E>. KBL/ICZDAJDBI.á vai pela caminho tri-tonh.-. <la vida ariuéle anjo tutelar.Nele lial>ita a alegria dos corações judeus, nele reside a cha-

"ia do passado recordada pelos velhos, nele mora as doce* pai-k dos namorados e os eternos amores das mies...Jamais cie andou no luxo. Veste--* limpll MUI llk dum ves-

lido cor de mar, tem os olhos cor de céu onde vne a melodia**J;is noites Mi.juaricscaiO seu coraçio é um álbum Nele se encontram anotados os

choros da- valas, os cantares suaves das mã-s. o ciciar das fo-lhas dos cof|iie:ras resplandecido pela lua, o bramir das águaslímpidas c cristalinas das cataratas e tambem a efígie das c;.-i-Ha* de sapé dos pobres a quem jamais c'e «1...

• muito di-le embora êle não goste d? mim. Porque ê'elem um nome bonito... Porque cw anjo tutelar chama-se D.Fejieiiode...

rUM BOM PRESENTE

i o livro intitulado

A FLORA DAS MARAVILHASpelo Dr. Ribeiro de Alnic'da. filh*J, que ensina di.er-tindo quanto lu de bom cm no**sa lerra, por meio de

contos lindos calcados tu v'da do sertão e no»costumes dos nossos indios.

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO OS POMBOS

Chiquinho fez uma armadilha para apanhar ospombos dos vizinhos. Colocou um caixão no telhado,com um pouco de milho para engodo e or, pobresi- ...

... nhos não tardaram, atraídos pelo milho, a cair naprisão. Vendo-os presos, o nosso rei dos travessos su-biu ao telhado e foi buscar os pombos. Os dois pom-...

... binhos debatiam-se nas mãos de Chiquinho, adivi-nhando. talvez, o mau futuro que iam ter. E o"meninomuito contente carrTinhava pela beira do telhado, . . .

... afim de descer pela escada em que se achava Benja-mim. De repente partiu-se uma telha e Chiquinhovem abaixo. Os pombos fugiram. Bemiamim ...

... também caiu. Em baixo havia um tambor de pixe, efoi aí que o nosso herói mergulhou. Enterrou-se na-quella massa negra lambusando-se todo e ii.titili- .. -

...zando as roupas e os sapatos. Jagunço tapou os olhospara não ver o patrão naquele lastimável estado. Destavez Chiquinho não escapou de Levar uma bôa surra.