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TICO -TICO COMPANHEI- RO DA ARVORE. ANNO XIX 5E MAMAR |Q °A5 CREANCA5 RIO DE JANEIRO, 2 DE JULHO DE 1924 DR. CARTOLA NUM. 978 PUBLICA-SE A5 QUARTA5 FEIRAS Isso passa Carrapicho. Você tem iebre. e verdade. Toda gente, todo bicho. Sofre muito nessa idade. ÓTICO TICO PUBUCAcsRETRATOS DE TODOSos 5EUS LEITORES Tens o pulso muito fraco; Tu és capaz de morrer. F.svi vida é um buraco (jue a gente precisa encher I mmW __kjr^^Í^^B^^v*/^m \ mWBk. D?\ Tu vais tomar gazolina E teu pulso, espinafrado. Antes que eu dobre a esquina Vai bater como um damnado. NUMERO AVULSO300 RElS NUMEROATRAZADO .500 RElS

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TICO -TICOSÊ COMPANHEI-RO DA ARVORE.

ANNO XIX

5E MAMAR |Q°A5 CREANCA5

RIO DE JANEIRO, 2 DE JULHO DE 1924

DR. CARTOLA

NUM. 978

PUBLICA-SE A5QUARTA5 FEIRAS

Isso passa Carrapicho.Você tem iebre. e verdade.Toda gente, todo bicho.Sofre muito nessa idade.

ÓTICO TICO PUBUCAcsRETRATOSDE TODOSos 5EUS LEITORES

Tens o pulso muito fraco;Tu és capaz de morrer.F.svi vida é um buraco(jue a gente precisa encher

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Tu vais tomar gazolinaE teu pulso, espinafrado.Antes que eu dobre a esquinaVai bater como um damnado.

NUMERO AVULSO 300 RElSNUMEROATRAZADO .500 RElS

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O TICO-TICO

AS MAÇÃS D O O L I N H A

^.^^^^ÃC

M-H.

m(mr\Bolinha é um cúelliinlin dado a aveti-

tnras, que muitas vezes deixa a casapaterna em busca de peralticcs. Um

¦ dia. un curso...

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...de suas longínquas excursões,viu uma macieira carregada de fru-Ctos maduros e appetitosos. Dese-

jal-os foi...

.. .obra de um momento, mas emadquiril-os havia dif ficuldadc porque,como se sahe, coelho não sólie em ar-vore.

jJ ^S/ScW^/A.

/^1^'... X^Í^WÊ3^^Ê9J 1':';ih«,aVÍe.hohÍ-

Eis Cahqàui "ha. W

f — Vou pedir um conselho ;io sábio --^ ^^ um meio de col h ires as \ffl^Coelhão! — disse o Bolinha. Elle^s () sai,i0 Coelhào. que é muito \ imçii! Vi

i ha de ensinar-me um meio de al-^/^ complacente, promptificou-se a ir U\ ca .-çar as maçãs! s'' até junto da macieira estudar o pro-- Nv II

E fincando ao chão os dentes doaiicinho, Coelhão deu uma pancada<• cahiu um frueto.

— Kste te '

pertence — disse Coe-/hão, o outro será meu. E deu novapancada. Cahiu outro frueto mas...

. . .Bolinha, que é ambicioso, não quizentregar a maçã ao Coelhão. Este nãose mostrou aborrecido. Retirou-se e...

hg: f^>3^ * DO _w _Z^NN_ -___l Mhrfmm ~._____fi _-T_____ _íS_5'' fâitn X-jS??% í^^^SÊÊ^mtw%mm^m\

.. . foi chamar Sultão, uni cão d(\ igia muito valente. Vem até cá,Sultão, ver como se castiga um coe-Um ambicioso!

/-¦.

A%'*í'f ^MÁi&Hi

0 Sultão foi e Coelhão continuou a colheita. Todos os fruetos que cabiameram comidos pelo Bolinha. Coelhão resolveu então vingar-se. Fingindo fazer alvonuma maçã, desferiu forte pancada no fo cinho do esganado Bolinha. Sultão riu-semuito de tão merecido castigo.

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•OOOOO 2 àü= JULHO — 1924 0<><0<><><><><><5<><><><^ 0 TICO-TICO OOOOOi

£ PEDRA OU FERRO?¦— Que é isto Zeca! E' pedra ou ferro?!Não, filho. Isto é muque e do bom! Ao

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?ooooo o TlCÓ-tíCÍ)^^ooooooooòooooooooooooooo 2 — JULHO — 1924 oooo<i

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^Durante afwd eõtaçaò t

uma colher de

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dada adeus fiiboõ,

q/udal-õs-d aconciliar o õownoe editar-Lhes-dumresfHado.

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O TICO -TICO

ANNO XIX RIO DE JANEIRO. QUARTA-FSIRA, a DE JULHO DE 1924 NUM. 9 7 3

P-Edactor-cheee : Carlos ManeXêSGerisntê: Léo Osório

Sede: Ouvidor, 164Officinas: Visconde ds Itauwa, 419

ÍO<X<><X>000<X><X>0<X><XX><><ô<y^ôO<K>0<><>OCK>0^

K INVENÇÃO DO TEAR

Meus netinhos:

Muitos meninos têm mandado perguntar aoVovô como é que se consegue fazer panno, tecidocom o qual a mamãe confecciona as lindas rottpi-nhas de vocês.:

Nada mais fácil de responder. O panno, o te-cido de todas as roupas que agasalham vocês é feitocom fios bem finos que, postos no tear, são, depois

0 de esticados e cruzados uns nos outros,

Sbem apertados, constituindo, assim, a fa-

zenda.O tear é uma machina complicada,

9 cheia de carreteis de fios, que vãoQ se, desenrolando á medida que o pannoX vae sendo tecido.

Como muitas outras invenções, a daa machina de tecer panno, do tear, deve-se a0 uma creança, chamada José Jacquard, que$ nasceu no anno de 1752, na cidade de$ Lyon, na França.

Jacquard, desde muito menino, revelou extraor-dinaria vocação para a mecânica.

Seus divertimentos favoritos eram construcções

^ de machinas, carrinhos, botes e guindastes maravi-0 lhosos.

Como seus pães eram muito pobres, Jacquardfoi obrigado a procurar emprego numa typographia,onde o menino passava as horas vagas pro-curando um meio de fabricar typos sósinho.

Seu patrão, um velho nervoso e zau-gado, possuia uma machina de imprimir,que, um dia, se desarranjou.

O velho operário procurou concer-v tal-a e, como não conseguisse, armou-se<y de um martello e quebrou a machina.

Jacquard pediu então permissão ao.A patrão para concertar a machina de im-

pritnir e com tal habilidade se houve que amachina foi posta a funecionar com toda regula-r idade.

Mas o pae de Jacquard nesse tempo falleceu eo menino abandonou a officina de typographiaonde trabalhava, para se empregar numa fabricade fiação.

Nesse tempo o panno era tecido a mão.Isso dava um trabalho enorme aos operários,

na sua maioria meninos como Jacquard. O jovenoperário começou então a imaginar uma machina

que poupasse o seu esforço e descançasseos companheiros.

E idealizou o tear, machina de fiaraperfeiçoada que ainda hoje é a usada nasfabricas de tecidos.

A' falta de recursos, que lhe eram es-V$rÀ cassos, Jacquard construiu a sua primeira

machina de madeira.No dia da experiência foi um assom-

Jacquard bro: a machina funecionava maravilhosa-mente e o panno era tecido em tempo du-

zentas vezes menor do que era até então.A invenção do pequeno Jacquard correu mun-

do e a fabrica de pannos onde elle trabalhava pro-sperou assombrosamente.

O próprio cônsul da França, quando assistiu áinstallação da primeira machina de fiar de invençãodo pequeno Lyonez, se enthusiasmou e elogiou-o

muito, mandando que todas as fabricasdo paiz se utilizassem de tão magnifi-co invento.

Ficam assim vocês sabendo, meus ne-tinhos, como é feito o tecido e como adedicação e estudos de um menino podemser coroados por uma gloria extraordina-ria como é á que chegou o pequeno JoséJacquard. "

VOVÓTear Jacquardo<>o<>ooo<><^o<>c><>oo<><>oo<><>o^

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TDCOTTD'i /} n \ /-° ° o o.\ v. BB/

PÜQJQ._mmNASCIMENTOS

Nasceu a 24 do mez findo o robusto Adahyl,filhinho do Sr. Adahyl Gusmão e de D. Eugenia de Me-nezes Gusmão.

Recebeu o nome de Pedro Carlos o interessante me-nino qeu veiu augmentar o lar do Sr. Carlos Guimarãesde Andrade e de sua esposa, D. Ada Barreto de MelloAndrade.

.— Carmen é o nome da mimosa filhinha do Sr. Arnal-do Mendes Salles e de D. Sebastiana Guedes Salles. Car-men nasceu a 22 do mez ultimo.

ANNIVERSARIOS

Fez annos sabbado ultimo o nosso intelligente leitor eamiguinho Ramiro da Costa Brandão.

Festeja hoje a passagem de sua data natalicia a gra-ciosa Neusa, filhinha do Dr. Deolindo Machado.

Ruth, encantadora filhinha do Dr. Álvaro Lima fezannos hontem.

Passou domingo ultimo o anniversario natalicio doestudioso Ary, filho do Sr.Carolino Mendes.

Armandinbo de Avelar,nosso assignante e amiguinho,viu passar a 25 do mez findoo seu anniversario natalicio.

BOTÂNICA}¦

A kaiz — Vocês sabem que todas as plantas têm

NO JARDIM.

Colhi hontem um lindoramo de flores na Escola Af-fonso Penna, 5* anno.

Era formado das seguintesalumnas: Yêdda, uma lindadahlia; Alzira, um vivo myo-sotis; Jacyra, uma bella rosa;Esmeralda, um alvo jasmin;Dulce O., um gracioso amor-perfeito; Maria F., uma en-thusiasmada madresilva; Nair, uma linuosa hortencia; Al-cina, um vermelhissimo crysanthemo; Carmen, uma attenciosaangélica; Deolinda, uma sempre-viva; Manolita, uma esper-ta camelia; Aríete, uma vaidosa açucena; Áurea, um gor-ducho bogary; Corina, principe-negro; Virgínia, uma lamen-tosa saudade; Venna, uma papoula; Dulce A., uma violeta;A-merinda, uma margarida; Adelia, uma orchidéa; Eulina,um claro copo de leite; Sydner, um mal-me-quer; Edith, ummonsenhor; Nadyr, uma bondosa onze horas; Dallila, umintelligente beijo de frade; Altair, uni bello bouquet de noi-va; Conceição, um gyra-sol; Julieta, uma accacia; Zilda,uma crista de gallo; Maria M., uma amável cravina.

— Foi encontrado no Sylvestre um lindo e artístico bou-quet composto pelas seguintes flores:

Maria, uma rosa mariquinhas; Elza, uma cravina; Bea-triz, uma sempre-viva; Nicola, uma rosa principe-negro;Sylvia, um alvo copo de leite; Gilda, uma altiva orchidéa;Heloisa, uma margarida; Bebézinha, um jasmin; Isaira, ummanacá; Olga M., uma coroa imperial; Guiomar, um de-licado brinco de noiva; Dinorah, uma camelia; Maria Ame-

lia, por ser uma singela vio-leta; Maria, Rosa, uma linlaaçucena j Stella, uma seduetorapapoula; Maria Thereza, umadelicada flor de cera.

A kaiz — Vocês sabem que todas as plantas têmraizes porque ê por meio dessa parte que o vegetalse fixa ao solo. Mas a raiz tem outra funeção impor-tantissima: a dc tirar da terra a agita e partículas mi-neraes que nutrem o vegetal.

Como o homem, os animaes, a planta tem necessi-dade de alimentação e respiração.

A respiração, no vegetal, faz-se pela raiz e pelasfolhas, daqiiclla para estas.

NA BERLINDA,,.

Estão na berlinda as seguintes creanças deCopacabana e Leme: Maria Alice Bosisio, por ter uma ca-bclleira linda; José Celso La Rocque Guimarães, por sermimoso; Maria Regina Azevedo, por ser graciosa; Normi-nha Castro Barreto, por ser bonitinha; Carlinhos Britto, porser. interessante; Vicente Azevedo, por ser engraçadinho;Anna Maria Espinola de Mascarenhas, por ser a mais en-cantadora e engraçadinha; Carmita Rodrigues, por ser alva;Bitinha Guedes, por ser intelligente e viva, e eu por gostarmuito delles todos.

EM LEILÃO...

Leilão do 6o anno da Escola José Pedro Varella:Quanto dão pelo comportamento de Hebel? pelo ner-

voso dc Laura? pelos meigos olhos de Josephina? pelastrancas de Leontina? pelos modos de lEdith? pelos olhos deHilza? pelo espirito de Evaristo? pela sympathia de Etel-vina? pelo riso de Maria da Conceição? pela simplicidade deAltair? pelos louros cabellos de Dolores? pela grande letra

de Murillo? pelo andar deMoema? pela voz de Elza?pela gordura de Mell? pelaslindas unhas de Graziella? pelascores de Maria José? pelosdentes ele Marina? pelos den-gos de Geraldina? pela magre-za de Nadir? pela altura deThereza? e pela minha linguaferina?

— Leilão dos rapazes doCattete: Quanto dão pelo ta-lento do E. S. Mendonça?pela elegância do Álvaro Fra-goso? pelos passeios do Ro-cha Cruz? pelos " flirts" do

Rubens Pinto? pela graça do A. Pereira? pela lábia doArmando Fragoso? pelo comportamento do Nunes Pinto? pelasympathia do Oliveira? pela delicadeza do Fernandes? equanto dão pela minha sapiência? — Telescópio.

NA GAIOLA...

Estão na gaiola as seguintes meninas: Cecilia, por serum periquito; Irene, por ser um sabiá; Stella, por ser umbem-te-vi; Judith, por ser um canário da terra; Icléa, porser um pintasilgo; Helcia, por ser uma saracura, Maria dosAnjos, por ser um canário belga; Rosalina, por ser umcardeal; Rizza, por ser um pardal; Sylvia, por ser, umapatativa; Mercedes, por ser uma jurity; Palmyra, por seruma ralinha; Wanda, por ser um papagaio, e eu, por seruma coruja. Quem sou?

Encontrei num bello viveiro á rua Barão de Mes-quita as seguintes senhoritas: Conceição, uma linda ave doparaiso; Maria José, um vivo canário belga; Mimi, umbuliçoso pardal; Dusta, tira galante tico-tico; Lucy, umaalva gaivota; Hilda, um beija-Llor; Juracy, uma esperta an-dorinha; Celeste, um travesso colibri; ítala, um canário daterra; Lourdes, uma delicadapatativa; Cremilda, um fallantepapagaio; Orciria, uma toutine-gra; Amazilia, uma patativa;China, uma vistosa garça.

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I OOOOO 2 JULHO 192i OKXOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO o TICO-TICO ooooo:

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MAIORprazer doArnaldo era

ficar longosminutos a ouvir o canto do canáriodourado que a avózinha possuía,numa gaiola rústica, penduradabem próximo do fogão.

— Aquelle canário — diziaa avózinha apontando para a avezita — é uma riqueza

que possuímos.Quantas vezes seu canto vem afastar

da m inha imaginação saudades do tempo em

que vivia feliz, com as arcas cheiasde cereaes e os panellões da cozinhasempre a ferver, a cozinhar bonspetiscos! Se não fosse o canarinhoalegrar-me com seu canto, tua avó-zinha, meu Arnaldo, passava odia a chorar!

E o menino, porque ouvissesempre taes palavras da avózinha,tinha pela linda ave dourada amaior das af feições.

Dava-lhe, logo pela manhã, a águamais fresca que ia buscar á fontee o alpiste mais novo que colhia nocampo. E o canarinho sabia recompensar tanta dedica-ção do Arnaldo porque, logo que o via, abria obiquinho e cantava táo alto, com tanta harmonia, quesua voz parecia a dos anjinhos do céo quando brincamno Paraíso.

Um dia, porém, o canário dourado não festeja presença do Arnaldo com o canto costumeiro.Estava mudo e triste. E' que o pássaro foraatacado da mesma mania que assalta ás vezesos meninos insensatos.

A LIBERDADE o gato, o cão, asaves do terreiro

C -A N A R I O andavam ásolta, por

que, elle, um bichinho de tãolinda plumagem, vivia cncar-cerado naquella gaiola? Não,não podia ser, elle havia deconseguir a liberdade. E tantas -^¦.•»_s;-.£5**_»» Xw2^___2__Pf 0

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tentativas fez que conseguiu fu-gir da gaiola. Foi, num vôo rápido,para o gallinheiro onde, pensava elle, as outrasaves o receberiam em festas. Mas se enganou.

Mal pousou no chão recebeu bica-das e desaforos.

O gallo chamou-o de indese-javel, o ganso de pigmeu, os pom-bos de creatura inútil.

O canário sentiu, então, a pri-meira desillusão do seu sonho de li-berdade.

E um arrependimento atroz oassaltou de ter fugido da gaiola. —Mas ainda é tempo de voltar paralá! disse elle.

E voou para a casa. A gaiola,fechada, não permittiu entrada fa-

cil ao canarinho, que andou a pular daqui para ali,piando como se estivesse a chorar.

A avózinha e o Arnaldo não estavam em casa.Estava, porém, o Mimi, um gato muito máoe passarinhei™, que, vendo o canarinho voandoindeciso e medroso, não soube reprimir o de-sejo de abocanhal-o. E de um salto, atirou-sesobre a avezinha, matando-a e comendo-a.

A liberdade nem sempre é a felicidadeque se sonha..

M.Queria a liberdade, a pobre avezita. ScC>0000000000000000<r>_^_>00000000000000000>0000000000000000000<

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^ooooo o TICO-TICO <><><>o<>o<>oo<>oo<><>c>o<x><x><><x><><> JULIIO lí)24 oooo<

O GLORIOSO FEITO DE UM MENINO DE TREZE ANNOSa, mO escoteiro Álvaro Silva realnsoy, a pé,

Jaoelro=SainitSagoTodas as creanças brasileiras de- a pé, no dia 13 de Março, com des- de vencel-as — porque elle era

vem estar cheias de júbilo pelo tino ao Chile, levando comsigo educado nessa magnífica escolafeito heróico desse pequeno esco- uma mensagem de agradecimento que é o escotismo. A grandeza daleiro, Álvaro Silva, que atravessou das creanças brasileiras ás chilenas missão que levava — missão deem tres mezes quatro nações sul- pela primorosa offerta que estas concórdia e gratidão — mais oamericanas, sósinho, levando com- lhes fizeram da estatua do escotei- encorajava para a finalidade glo-sigo apenas o sacco de alimentos ro, que se ergue na praia do Fia- riosa da empreza tentada,e a ardente fé de cumprir á risca mengo. E Álvaro Silva, o escoteiro dea missão de fraternidade entre po- Partiu cheio de coragem e de treze annos de idade, chegou á ca-vos de um mesmo continente. resolução para vencer todas as dif- pitai chilena, termo da jornada he-

O menino Álvaro Silva, como ficuldades que encontrasse na lon- roica.vocês sabem, partiu desta capital, ga e accidentada viagem. E havia As creanças, o povo e as autori-

dades do Chile receberam-n'o comgrandes festas. Elle era o mensa-geiro da juventude brasileira, oexemplo do quanto podem a tena-cidade, o amor á Pátria, a forta-

que nos foram en- 'cza de animo, irmanados num sóviados. pensamento de fraternidade conti-

Na semana fiu- nental.da destacámos do Honra, meninos brasileiros, aogrande numero de joven Álvaro Silva, modelo de in-desenhos enviados comparável energia, digna de imi-á redacção d'0 tação.Tico-Tico, os dos

JD E S E N H OA LEBRE

PARA COLORARE A T A R T A RUGA

E' muito co-nhecida a fábulada lebre e da tar-taruga. Esta, comoé sabido, caminhavagarosa-mente, bem aocontrario da lebre,que é ligeira e cor-re muito. Pois,um dia, a tarta-tarumã teve a lem-

üffl^^_. , /*^*\ Yonne de Paiva

^n^ J \"'jLw-, rÀ Torras, Uhirajara

seguintes meninos: Clinica medicaPaulma Urown, d' O TICO-TICOCOSULTAS DA SEMANA

TENENTE (Sete Lagoas) — A pes-soa iiKÍicada fará o seguinte tratamento:durante os dias próximos á época espe-rada tomará pela manhã e á noite umacápsula de Apioseline Oudin, até obter oeffeito desejado; antes de caída refeição,tomará uma colher de Panhemol, dissol-vendo o liquido em meio copo d'agua fria,tres vezes por semana, fará uma injecçãode Sulphydrargyrio Dausse; si persistir ainacmnia, tomará, á noite, 2 comprimidosde Nyctal, ingerindo em seguida meiocopo de leite quente; e externamente ap-plicará: extracto de opào 1 gr., extractodc meimendro 1 gr., aristol 2 grs., ex-

branca de desafiar a lebre para Borges Pinheiro, LaVhlia de Oua- tracto hydro-akoolko dc cicuta 2 grs.,uma corrida. A lebre acceitou e dros, Hans Wilfried Drawin, Izo- P°™da, de 'beltodbna 20 ps.'. 1* Al«. TV *iW

U- *" b* (íil0J ~ ->>0 mel° de Catladeixou-se ficar pelo caminho em lina de ioledo 1 íza, VV aimoré refeição, tome uma colher de Amricura.troça com as companheiras, em- Moreira da Silva Lima, José Sa- Duas ou tres Trezes por dia, friocione osquanto a tartaruga corria. bino Maciel Monteiro Nilcéa Sil- ffi^N^lõ iKdafíS/×1 Corro muito e posso ficar \a, Manoel Antônio Souza da Sil- manhã, e á noite, a pomada de Hclmc-aqui com vocês muito tempo. Fa- va, Gustavo Montenegro, Paulo rich.cilmente alcançarei a tartaruga an- César Ribeiro, Itamar Ribeiro, José € f^J£ ^'dois^rta^de"^tes do vencedor! — dizia a lebre. Caldas, Edy Pinto Maciel Montei- melme. Depois de cada refeição principal,Mas — coitada! — enganou-se. ro, Mario Moraes e Castro, Elpha tome como reconstituinte o Dynamogewl.

¦ j evi t\ • t„„ ' a„ v-m lavagens, empregue, duas oq tres ve-tartaruga ganhou mesmo a corri- Souza da Silva, Dano José da zcs por dia| 0 ZoitaI_da. E' a illustração dessa fábula Silva Júnior, Maria Yolanda Bar- I. G. R. (Anohicta) — Use: elixir deque vocês vêem no desenho e que ieto, Manoel Carvalho Campos, ^p?'"-- MiaIhe 1 vidro, agua chloroíçr-'. , , . * ^. -r, . ,. , c- mada 50 grs., taka-diastase 3 grs., tin-vao colorir a lápis de cor ou Diva Pontes, Adir de Souza tura de badiana 2 grs., tintura d» gencia-aquarella. Silva, Tayme Daquer. Julieia Da- na 2 grs., — uma colher depois de cada

Publicaremos os nomes dos au- quer, Flora Pecego, Cleoníce Gif- £ícg°;a^0 dcitar-se- ÜM uma ca--sulatores do melhores trabalhos foni e Olga Barreto. ' dr, DURVAL DE BRITO

!s<><yOOOOOOOO<2><>000<><>OOOOOOOOOOOOOOOOÕOOOOOO<>0000000^

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[ooooo JULHO 1924 ooooooooooo-ooooooooooooo n TiCO-TICO ooooo

'E' commum ter-se o burro cm contade creatura pouco intelligente, porémnão ha regra sem excepção, vamos con-tar a historia de um destes quadrúpedesque se revelou bastante sagaz e astucioso.E' verdade que o caso passou-se no tempocm que os animaes falavam, e esta cir-çumstancia poderá gerar alguma descon-fiança sobre a veracidade desta narração,porém, não ha motivo suífiidente paraduvidar que haja burros ardilosos e ca-

pazes de engazopar um leão, pois este, apesar da potênciados seus queixaes e da agudeza de suas garras, nem sempreserá um portento de intelligencia.

Um dia, pois, isso passou-se ha muito tempo, um burro,aborrecido com os pesados trabalhos a que o sujeitavam,magoado com as asperezas da grosseira cangalha, enjoado em-fim com o regimen do chicote, resolveu abandonar a jmmundaestrebaria, correr mundo, gosar liberdade e quiçá alcançargrandezas, para ãsto não lhe faltando manha e ardileza.

Ora, se assim pensou, melhor o executou. Rebentou ocabresto, e lá foi em louca carreira pelos campos afora, es-couceando jubilosamente, distanciando-se o mais possível dosmalfadados logares, testemunhos do seu ingrato captiveiro.Finalmente, alcançou um viçoso prado, cuja herva alta esaborosa encantou a vista e deliciou o paladar do fugitivo, oqual, que, já trazia o appetite bastante aguçado, aproveitoua feliz opportunidade para fartar-se.

Tão encantado ficou por este auspi-cioso suecesso, que se lembrou de ma-niiestar sua alegria, zurrando ruidosa-mente. O insólito barulho despertou a«ttenção de um leão que, fazendo a séstanum bosque visinho, accorreu para con-templar o autor de tão discordante ai-"voroço.

Este leão vinha certamente de terrasdistantes, pois, nunca tinha visto seme-lhante, creatura, ficou portanto embasbacado preseneeantloeste novo animal, cujo clamor disparatado, tanto o tinhaemocionado, e pasmou verificando o tamanho descommunaldas orelhas deste exquisito -personagem.

Porém, depois de espiar tão extravagante figura, o leão,vencendo algum receio, approximou-se e perguntou ao burrocomo se chamava: Espanta-leão, foi a resposta. Como, re-darguio o leão, tu tens força suffkiente para amedrontar oleão, o rei dos animaes, accresccntou com alguma empáfia.Ousadamente o burro respondeu:

-— Pois não ha no mundo um único ser que me possaigualar.

Sendo assim, poderíamos associarmo-nos contra todosos animaes, replicou o leão.

De accôrdo, acquiesceu o burro, e lá foram juntospor este mundo afora.

Depois de muito andar chegaram á margem de um rio: deum salto o leão alcançou o lado opposto, o burro, por suavez, poz-se a nadar, porém, tão desastradamente que quasise afoga, e com difficuldade conseguiu p ô r - s e asalvo.

O leão surprezo com semelhante inépcia não deixou deargmr ao burro, sua incapacidade natatoria; este, porém, não

^ O ESPANTA-LEÃO ** Ise perturbou com o caso, e conhecendo queo leão não era dos mais espertos, conven-ceu-o facilmente de que a difficuklade apon-tada não provinha de sua ignorância naarte de natação, pois, disse-lhe, era conse-quencia dc ter-se-lhe agarrado á cauda umenorme tubarão que só o deixou ao chegarem terra.

O burro tendo assim desvanecido as du-vidas do incauto companheiro e de novoescorado seu abalado prestigio, ambos conti-nuaram sua rota indeterminada até apparecernovo obstáculo, sendo que este para sua solução exigiu dopresumido quadrúpede, laboriosas cogitações.

De facto esbarravam numa parede que interceptava adirecção pela qual pretendiam seguir: o leão com um ligeiropulo transpoz o obstáculo: o nosso burro, porém, viu-se empalpos de aranha. Conseguiu chocar os dois pés da frenteem cima do muro, e fazendo insanos esforços, alcançou equi-librar-se em cima da parede numa posição ao mesmo tempogrotesca e perigosa, pois, não podia avançar nem recuar.

Então! como é, não vae avante? exclamou o leãoimpaciente, e nesta desagradável oceurencia o burrinho fazendodas tripas coração, numa arremettida desesperada conseguiualcançar o chão, felizmente sem maior conseqüência. O leãointerpellou-o desconfiado:

Parece-me, disse elle, que você está me enganando,pois, bem vejo que não possue nem força, nem geito.— Pois bem, retrucou o burro, apostamos quem der-rubará mais de prompto esta muralha.O leão cahiu na esparrela, acceitando o desafio e prin-

cipiou a esforçar-se de pés e mãos para desabaro muro, chegou a atirar valentes cabeçadas semresultado, salvo esfolar a cabeça apesar da bastajulia que a guarnecia.

Finalmente, desistiu e entregou a empre-za ao finório companheiro. Este que játinha descoberto um ponto fraco na pa-

rede não precisou mais de que meia dúzia de alentados coicesdos seus avantajados cascos ferrados, os quaes puzerain a paredeem petição de miséria, completamente estatelada. O leão pe-nitenciou-se, confessando-se vencido, e reconhecendo a inequi-voca superioridade do companheiro, para cimentar a amisadecom tão prestimoso sócio, ofíereceu-lhe a coroa de rei dosleões, cujo throno estava vago na oceasião. Esta offerta foiacceita sem cerimonia pelo nosso atrevido burrinho.

Effcctivamente uma assembléa de todos os leões da regiãoreuniu-se no dia seguinte e devido ás enthusiasticas referen-cias do ingênuo sócio e companheiro, foi eleito rei por una-aimida.de o desabusado burrico. Foi muito feliz e reinou empaz e harmonia com os seus subditos. E' verdade que nãoexigia delles nenhuma parte nas caças que traziam, pois,contentava-se em tosar o verde capim e nas horas vagas paravariar, saboreava os espinhosos cardos, delicioso pratinhopara taes orelhados quadrúpedes.

O tempo, porém, que nada respeita acabou com os diasde tão estimado soberano, morreu pois, em avançada idadeo nosso rico burrinho, foi enterrado cm grande pompa e assaudades dos inconsolaveis subditos foram tantas que resol-veram não substituil-o no throno, ficando vago, até hoje oprimeiro cargo do reino dos leões.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO-C-OOOOOOOOOOOOOOOOOCOOOOOOOOOOOOOOOOOO

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LEINETHY (Rio) —Des-/ ) de que estejam bem arrolha-

\ y. 'í dos, não ha perigo nenhumem se guardar vidros de re-

médios no guarda-^f louça. Mas convém

observar que a maiorparte dos medicamen-

tos deve ser guardada em

alogares mais arejados. E,

posso accrescentar : ondenão penetre o sol, nemhaja muita luz.

CORAÇÃO NOSTAL-GICO (Nicthcroy) — Re-

vela a sua letra um temperamento es-conso, rebarbativo, opposicionista e pre-stunpçoso. Vem-lhe essa demasiada alti-vez de um excessivo amor próprio, nãoobstante as muitas qualidades amáveis quepossue o seu espirito e entre as quaes sepôde contar a expansibilidade. Mas étudo subordinado a uma espécie de egola-tria. Julga-se um deus concedendo gra-ças... Tem, sim, um coração excellente,

9 : isso torna tolerável e até cstimavel asua pessoa. A vontade é desordenada, mastem constância no querer sempre algumacousa... O espirito é vibrante, mas mui-to caprichoso.

MAGDALENA CARIJO* (Rio) — Asua letra denota um espirito muito recto,mas altivo e ambicioso, não propriamentede dinheiro, porém, dc renome. Nesseponto julga-se com direito a homenagens,pela presumpção que nutre de ser umapredestinada pela natureza ou pelas tra-dições. E' egoista, ou, por outra, senteciúmes das pessoas que facilmente con-quistam os bens que deseja para si e lhetardam... Mas sabe apparentar sentimen-tos oppostos aos que lhe turbam a mente.Seu coração é frio.

PATRIOTA (Minas) — Sim, VictorHugo disse um dia de D. Pedro II, queelle era "neto de Marco Aurélio". Nãofoi uma nota genealogica: foi um elogiofigurado e synthetico, pois Marco Aure-lio, conforme diz a historia, foi o maisvirtuoso dos imperadores romanos, ceie-bre pela sua sabedoria, pela sua modera-ção e pelo seu profundo amor pela phi-losophia e ás letras.

Pedro II tinha todas essas virtudes eVictor Hugo achou facilmente um meioprofundamente synthetico e gentil de asreconhecer e proclamar da altura do seugênio.

VERA (Pernambuco) — Revela a suagraphia um temperamento activo, cheio deidealismo», e disposto ás luetas de todosos sonhadores contra o raincrrão das rea-lidades. Não tem, entretanto, o que se

chama intolerância e facilmente se amol-da ao que é possUel conseguir. Tiradessa qualidade o máximo proveito. Sabedissimular suas contrariedades e até con-verte!-as em satisfação — o que revelanotável perspicácia. Sua vontade é forte,mas tem falta de iniciativa. O coração éorgulhoso, cm amor, mas cheio dc virtu-des philantropicas.

GENARINO (Santos) — i* — E'na Bretanha, no paiz de Galles e na Ir-landa que o typo e a língua célticos setêm conservado melhor. Como deve sa-ber, os celtas eram um povo da raçaindo-germanicas, cujas grandes migraçõesse perdem nos tempos pré-historicos. Es-palhou-se primeiro por toda a Europacentral. Rechassado para a Gallia, aHespanha, as ilha» Britannicas, foi fi-nalmente absorvido pelos Romanos.

A. A. T. (?) — Indica a sua letTiuma natureza de instinetos materiaes ematerialistas. Espirito curto ou aindamuito indeciso, pouco enxerga além dó';seus interesses e timbra em vulgarisar

esse seu feitio pratico. Ha nisso muitiingenuidade, pois ainda não conhece adissimulação que é necessário ter para síagradar a todos. Mas, dc facto, o cs-pirito será sempre frio c calculista, mes-mo com o decorrer da idade. A vonta-de, porém, nâo possue surtos ambiciosos,de sorte que, muitas vezes, não levarápor deante aquillo que mais deseja: pre-ferirá o que maÍ3 facilmente lhe vierter ás mãos sem trabalho.

NICARÁGUA (São Paulo) — Aphrase:

"O sangue conglutinou e a vi-ctima morreu cm poucas horas" — re-vela que se tratava de alguma pessoamordida por cobra ou cousa que o va-lha. Porque, dados a situação do per-sonagem, a viagem que elle acabava defazer através da matta c o exame me-dico pericial; e sabido que certos ve-nenos conglutinam o sangue, isto é —o tornam viscoso, não é difficil atinarcom a causa da morte.

Que lhe parece a minha conclusão?Responda.

SERRINHA (Campinas) — Estoudeante de uma amiguinha, senão imper-tinente, ao menos muito altiva e comtendências a contrariar as opiniõesalheias... E encontrando traços de ex-pansibilidadc, é claro que posso deduzirmanifestações inconvenientes, que, afinal,constituem a impertinencia... Mas essaqualidade negativa está compensada porgrande bondade cordial, que a distingue ea torna sympathica, apezar daquellc defei-to. E também possue uma vontade tenaz ecradora — outro bello indicio do seu ca-raoter. Cnclusão: uma menina estinjavel.

CARIOCA (Rio) — O homem nasci-do a 30 de Setembro amará os prazerese será feliz no commcrcio, principalmcn-te de exportação. Será barulhento e ami-go de demandas. Terá belleza physica,modos distinetos e facilidade verbal. Suareputação não será má, apezar de pugnarexcessivamente por seus interesses, o queo levará muitas vezes a ferir os dosoutros. Casar-se-á mais de uma vez e terápoucos filhos ou pouco prazer com elles.

BONETIEDE (São Paulo) — Sim,Nero foi um dos maiores monstros queo mundo tem produzido. Mas, apezar -disso, constitue a sua personalidade um '

documento humano muito interessante, porencarnar a essência de muitos homens quenos rodeiam, nos goverram e nos enver-gonham. Boito, musicando agora Nero,foi naturalmente empolgado pelo desejode interpretar no som a extraordinária fi-gura desse extraordinário bandido 1

ESTRAMBECK (São Paulo)— A Es-cola Superior de Agricultura e MedicinaVeterinária mantém tres cursos: Mediei-na Veterinária, Agronomia e Chimica In-dustrial. Para a matricula no primeiroexigem-se os seguintes certificados deexames do Collegio Pedro II ou LyceusEstaduaes: Portuguez, Erancez, Inglez,Gcographia (inclusive Chorographia doBrasil e Cosmographia), Historia Univer-sal, Historia do Brasil, ArithnDtica, Al-gebra, Physica e Chimica e Historia Na-tural. Não ha exame vestibular.

RELIGIOSA (Minas) -- O marquezde Santa Cruz foi arce-bispo da Bahia. Seu no-me era Romualdo Anto-nio de Seixas. (D. Ro-mualdo). Representou aBahia na Câmara dosDeputados. Morreuem 1860. E' tunadas mais legitimasglorias da Igrejado Brasil.

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¦ "H 1 Xi) Germano P. Falcão, filho de D. Maria Luiza P. Falcão; 2) Dileta, fillia do Sr. José P. Pereira; 3) Lakmé Fer-

reira Netto e Olga Martins Lima; 4) Hélio, filho do Sr. Avelino Bittencourt; 5) Eurico, filho do Sr. Dr. Mario Arau-jo, uzinciro em Pernambuco; 6) Elodia Victoria Facetti Villasante; 7 e 8) Ce lio e Ruy, filhos do Sr. Avelino Bitlen-

court; 9) Aurora e Maria, filhos do Dr. Mario Araujo, uzineiro em Pernambuco.•ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo 00000000000000000000000 <

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EXPLICAÇÃO — Preguem tudo em cartolina, recortem a ca-nivete e depois preguem as figuras lei bis, uma na outra, porémsó da cabeça aos quadris. As pernas ficarão soltas para poder entreellas, installar-se a roda fig. IV. Com as figuras II e V façamuma caixa, como as de pílulas, conforme indicação do schema. Poruma caixa, como as de pílulas, conforme indicação do chema. Porfora dessa caixa appliquem as rodas fig. IV e com um alfinetepara fazer o eixo, atravessem os pontos (centros) TT da roda eTT dos pés <do cyclista. Fechem a fig. VI, façam uma caixa eencham de areia fina para fazer peso, depois preguem essa caixaentre as pontas A. A. no prolongamento das pernas do evelista.Amarrem um barbante numa chave ou prego, enfiem entre os bor-

dos da roda e sirvam-se como manda o modelo¦ - ¦.,.—¦, -, '.i mm ¦'¦¦ ¦¦ i. ¦¦¦_>¦ ..__..___ t, ,i.iil—_.u m» ii ¦.-¦—¦¦—¦__—¦ ¦¦

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EXPLICAÇÃO — Preguem tudo em cartolina e re-cortem a canivete. Pelas linhas tfontuadas Q, Q, dobrem to-das as figuras. Depois ooilem a cabeça e o c-torpo do ca-vailk). deixando as peruais livres; collem também as duasmetades de cavalleiro, tia cabeça até a linha transversal X X.Col loquem o cavallo em pé, abrirido-lbe um pouquinho aspernas; ponham-lhe a manta e o sellim e depois o cavalleiro.

O chapéo (fig. IV) depois de collado nas duas poutasda aba entrará bem na cabeça do cavalleiro.ã-7~ ef*}

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%o A EDUCAÇÃO DA ENERGIA —

EXEMPLOS DOS INDIOS

Os nossos indios tinham hábitos muilo. curiosos para despertar a coragem e aenergia dos seus filhos. Assim é quequando a creança attingia aos oito annospassava a dormir numa cabana, (oca)sozinha, próximo á barraca dos paes; pas-sava a acompanhal-os nas viagens, nascaçadas, tudo com o fito de despertar assuas qualidades de virilidade.

Estas tribus adoptavam uma prova vio-lenta para saber se o menino era forte,si se podia confiar de futuro nas suasqualidades de energia.

Furavam-lhe, com aguçado osso, os la-bios e as orelhas. Se gritava, era umsignal de fraqueza e razão de vergonhae tristeza para os paes que viam no filhoum futuro "almofadinha" da tribu. Sesupportava sem um grito de dor, era cau-sa de alegria e festa; anteviam no pe-queno rebento o embryão de um grande evalente guerreiro que havia de cobrir deglorias a familia.

Mais interessante do que esses hábitosé o que nos conta Banden Powell, ob-servado numa tribu africana, dos Zoulús.

Os rapazes, ao attingirem a idade de iâannos, eram completamente despojados detodas as roupas e adornos e pintados debranco por todo o corpo. Entregavam-lhes um escudo e uma lança e nessas con-dições deviam internar-se pela malta, sóregressando á tribu quando toda a tintativesse desapparecido.

Pintado não poderia ser visto por pes-soa alguma. Quem o visse tinha o di-reito de matal-o, e se regressasse ainda

com tinta pelo corpo soffreria o mesmocastigo.

O joven indio não tinha remédio senãointernar-se o mais possível, temendo maisa proximidade dos seus semelhantes daque a das feras. Para caçar e defender-se, valia-se de &ua lança e de seu escudo.Para alimentar-se devia procurar fruetose raízes. Accendia fogo para aquecer-seattrictandb dois páoo.

Se não fosse capaz de todas essas ecu-sas, morreria de fome ou devorado pelosanimaes.

No fim de uns trinta dias, exposto aotempo, a tinta desapparecia de seu corpo

•e então regressava á aldeia. Era ahi re-cebido como um vencedor, com mostrasda mais viva alegria pelos seus parentese desde então era considerado um homem

São provas um tanto cruéis, mas quemostram como os selvagens comprehen-diam a necessidade de educar os sus fi-lhos com energia e virilidade.

Dos spartanos (naturaes de Sparta),que tambem tinham o culio da energia,conta a lenda uma historia que é typicapara os escoteiros.

Andava um rapazinho caçando em ter-ras que não lhe pertenciam quando aoapanhar uma raposa viva, approximou-seum guarda. O rapaz, pela vergonha deser apanhado em tão grande falta, oc-cultou a raposa sob as vestes e apertou-a.

Emquanto respondia as perguntas doguarda, a raposa, que achou ineommodoo esconderijo, começou a espernear; o ra-pazinho apertava-a mais e mais para con-tel-a e ella começou furiosamente a mor-del-o, dilacerando-lhe as carnes.

Sem dar o menor signal de dôr, obravo spartano continuou a conversar enão foi senão quando exhausto, estavadesfallecendo, que o guarda percebeu oque se passava.

Como tudo é differcnte entre nós!...Mas é preciso reagir, e embora sem seesperar attingir essa energia dos indiose dos spartanos, os rapazes devem-se edu-car para não sar maricás.

O escoteiro consegue isso em grandeparte. Os escoteiros na vida rude, cheiade surprezas, que levam nos seus raids,acampamentos e explorações, aprendem asupportar as privações, o cansaço e mui-tas vezes as dores.

No fim de pouco tempo o escoteiro éum Homem, forte, viril, c enérgico.

Na vida calma e de excessivo con for-to da cidade, sem nunca delia sahir, éque não se podem educar com nergia.

O escotismo é uma necessidade. Todosos meninos devem ser escoteiros pari

serem capazes de fazer o que fez o nossaheróico patriciozinho Álvaro Silva.

NOTICIÁRIO

ÁLVARO SILVA, O HERÓICO ESCOTEIRO

FLUMINENSE TERMINOU O SEU "RAID"

RIO - SANTIAGO

Quando a 13 de Março abandonou asplagas nataes, atravessando, numa peque-na jangada, as águas da Guanabara, emdemanda do longínquo paiz de além An-des, uma interrogativa pairou sobre o es-pirito de muitos.

Teria aquella creança de 13 annos, aenergia precisa para levar a cabo tão dif-ficil emprchendimento?

— Oh! elle é um escoteiro! — respon-diam os crentes, cheios de fé nas quali-dades extraordinárias que essa incompara-vel escola desenvolve nos que se !!• **>-tregam com o enthusiasmo e a dedicadodo pequeno heróe Álvaro Silva.

E Álvaro não os desmentiu. Numa te^nacidade, num heroísmo de todos os mo-mentos, foi vencendo todas as etapas.Atravessou São Paulo, Paraná, Santr»Catharina, Rio Grande do Sul, transpoza fronteira uruguaya, entregou aos seusirmãos do Prata uma mensagem de con-fraternisação dos escoteiros brasileiras;foi á Argentina, cumpriu a mesma com-missão e proseguindo decidido, atravessouos Andes para completar a missão final,levar ao Chile os agradecimentos das cre-ancas brasileiras pelo delicado e expres-sivo mimo que os seus irmãos chilenosoffereceram — a estatua do escoteiro —que tão linda se ostenta no Flamengo.

Um pouco de concentração para pensarno que foi essa prova formidável feitapor Álvaro Silva e o nosso espirito s«enche de uma admiração sem limites.

_ Que energia dessa creança de aspectotão cândido, nos seus treze annos!...Atravessar mattas desertas, nas regiõesfrias, nesse periodo invernoso, quasi semabrigo, dispondo apenas dos seus primi-tivos utensilios de escoteiro?! Nada pôdeexceder em virilidade. Que másculo ca-racter para enfrentar sozinho, sem umcompanheiro que o animasse, nessas infin-daveis etapas?!

E o resultado dessa prova?! A impres-são deixada no povo do Chile e quiçá domundo, do que pôde a nossa geração,que riquezas de energias nós possuímos!

O conceito pelo Brasil cresceu no povochileno e nós o devemos a esse peque-nino e inconfundível heróe.

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mí___r?*j8"

Coesas que. si gente precisa «sai&er*** O papel -foi descoberto, suppõe-se. pelos

árabes e o seu uso, na Europa, data do século XIII.*** A lã e a seda não servem para o fabrico

do papel.*** Chamavam-se herulos os bárbaros que

faziam parte do exercito-romano.*** Protozoarios são animaes pequeninos, in-

viziveis a olhos nús. Não possuem órgão algume são formados de uma só cellula.

*** Ghamam-se cetáceos os mammi feros quevivem na água, têm pulmões e parecem peixes.As baleias são cetáceos.

*** Como paiz creador de bovinos, o Bra-sil occupa o terceiro logar no mundo.

Exercidos de tiro em casaVimes uma vez os exercícios de tiro doméstico que vamos

já passar a descrever para qvc os mossos leitores tirem dessej.assa-tempo tão grande proveito e tanta recreação como nóstinimos.

No extremo de uma banca colloca-se vtm livro, de lom-liada para cima, como a figura indica, e destinado a servirde espaldão. Em frente deste e^peta-se um phosphoro num pe-daço de miolo de pão ou de queijo. Este é o alvo. No outroextremo estende-se um novo phosphoro parallelamente a bor-<!a da mesa, fixando a meio delle e em angulo recto tercei-ro phosphoro cuja cabeça inflammavel sahe um poucochi-nho para íóra d'a mesma borda.

Este é o projectil. Em seguida pega-se numa faca de fo-lha bastante flexível e curvando-a para o lado onde estamose libertando-a de repente de encontro ao projectil, este é ar-remessaeTo ao longo' da mesa na direcção do alvo. Querendofazer disto um jogo, marcar-se-á um ponto cada vez qvrese tocar no alvo e dois cada vez que elle fôr derrubado.

Todos os escoteiros devem estar atten-tos ao seu regresso para cobril-o de ílo-res e de gratos beijos.

ü_t .ÊLECRAMMA RECEBIDO PELO NOSSO

ÍÍINISTERIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

SOBRE O "RAID"

O Sr. Gurgel do Amaral, nosso em-baixador junto ao govçrno do Chile, com-municou no seguinte telegramma a. che-gada ao Chile do pequeno heróe:

Santiago, 22 — 0 escoteiro brasileiroÁlvaro Francisco da Silva teve entradaverdadeiramente tríumphal na manhã dehoje em Santiago, sendo recebido no ca-ininho de Cçnchali, nos. arredores destacapital, por todas ás brigadas de "boys-couts" e enorme massa de povo, semprecora crescente aügniento, até ao palácio de_,_ Moneda, sendo delirantemente accla-mado durante todo o trajecto.

Álvaro da Silva marchava garboso, os-tentando vigor, como se não tivesse feitotão larga jornada. O Instituto de Edu-cação Physica manifestou a sua admira-ção pela sua maravilhosa energia e ro-bustez.

As brigadas de "scouts" e a grandemassa popular em acclamações a elle eao Brasil, ficaram estacionadas na Praçade La Moneda, emquanto ó levei á pie-sença de S. Ex. o presidente ArturcAlcssandri.

Apre.entei-0 nos seguintes termos, ante_ numerosa concurrencia:" Tenho a honra de apresentar a vossacxcellencia o escoteiro brasileiro ÁlvaroFrancisco da Silva. Tem 13 annos. Veiua pé desde o Rio de Janeiro até San-iiago e irá depois a Valparaizo para exe-cutar completamente a sua missão de gra-tiuão. Atravessou cinco Estados brasilei-jos e tambem o Uruguay e a Argentina,e cruzou os Andes para vir até á pre-tença de V. Ex. Isto tudo fez por amorao Chile. C'jnfiando-0 nas mãos pater-naes de V. Ex., entrego-o ao carinhode todos os chilenos."

O presidente Alessandri pronunciou en-tão um eloqüente e tocante discurso deelogios ao Brasil, forte raça representadapelo escoteiro Álvaro da Silva. Abra-

çou-o depois, dizendo que o incorporavaá sua familia. A seguir, escreveu no li-vro de viagem de Álvaro da Silva com-inovedoras phrases ao registrar a sua en-trada em Santiago.

Foram apanhadas varias photographlasao lado do presidente e, o qual deu umlaço nas bandeiras brasileira e chilena,que o Álvaro da Silva trazia, pedindopara não desatal-o mais.

Escoltado por brigadas de "scouts",Álvaro da Silva dirigiu-Se, pela Alamedadas Delicias, sempre calorosamente accla-mado, até esta Embaixada, deante da qualdesfilaram Ós escoteiros chilenos em con-tinencia ao pavilhão brasilero.

Preparam-se grandes festivaes. Álvaroda Silva permanecerá çsta semana emSantiago, partindo no dia 30 para Vai-paraizo.

COMO A IMPRENSA CHILENA COM-

ME-JTOU O FEITO DO HERÓICO ESCOTEIROBRASILEIRO

"O El Mercúrio, em um editorial soba epigraphe "Todo o "scotit" qtier dizerum verdadeiro " scout", diz: " Eis maisma laço da viva sympathia que o gênero-so povo brasileiro estende ao nosso, numadestas homenagens destinadas a perpetuaros profundos sentimentos de cordialidade.O joven e esforçado escoteiro, que já(St- no Chile, fez um percurso que signi-fica um acto de heroismo e de energia,capaz dc constituir a melhor lição de es-forço para os escoteiros de ambos ospaizes.

¦Significa um caso de arrojo, de nobreenergia, digno de sua raça, forjada paraa expansão dos âmbitos do mundo, segun-do os dizeres de uni dos seus melhorespoetas.

Não somente _ infância desditosa dasprovíncias mutilaelas do norte do paiz, mastodas as iflissas creançar, sem distineção

dc espécie alguma, devem correr para re-ceber o pequeno heróe brasileiro, que che-ga em silencio ás nossas terras, impelli-do por um enthusiasmo exemplar.

Já está entre nós e já transpoz as ai-tissimas montanhas que fecham os nossoshorizontes; já está Álvaro Francisco daSilva com os nossos "scouts", depois depraticar com toda a felicidade e vigoro "raid" das costas do Atlântico brasi-leiro até o Pacifico chileno, para dizerde viva voz, uma mensagem de gratidãoque lhe confiou a sua pátria, o nobrepovo irmão do Brasil". ¦— Gurgel doAmaral.

— " Editorial do Diário Illustrado: —" No cumprimento de um formoso anhe-lo de confraternidade internacional e ser-vindo a uma bellissima idealidade, chegouao Chile o esforçado escoteiro brasileiroÁlvaro Francisco da Silva, depois da im-mensa jornada do Rio de Janeiro a San-tiago, o que põe em evidencia as quaii-dades de sua altiva e pujante raça.

Álvaro Francisco da Silva terminará empoucos dias o "raid" pedestre entre ascapitães das duas nações irmãs, revelandoum alto espirito desportivo e os sentimen-tos de entranhado aífecto pelo nosso paiz,que vê, jubiloso, correspondidas com sin-guiar amplidão, as suas sympathias pelagrande nação do Atlântico." — Gurgeldo Amaral.

" O escoteiro brasileiro Álvaro Francis-co da Silva, «té o momento de transporo grande tunnel da fronteira argentino-chilena, a 4.000 metros dc altura, foiacompanhado por uma escolta dá policiamilitar argentina, que o entregou, depois,em território chileno, aos cuidados de umaescolta dc carabineiros chilenos, sendosempre galantemente attendido pelas au-toridaôe:. argentinas e chilenas, nas ei-dades e villas por onde passou. "

O feito eie Álvaro Silva assumiu umcaracter internacional que dá-lhe propor-ções moraes c civicas de inestimável ai-cance.

Escoteiros! A postos para manifestar-lhe no seu regresso, toda a nossa gra-tidão e admiração.

Velho I,ouo

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'éíD lio1(27» S E R A O —CONT I NUAÇÃO DE OLYMPIA E THEOPHILOX

A anci .dade do barão chegou ao auge... Umhomem approximou-se: o barão lançou-lhe umolhar ávido, prescrutador... Nove annos de sof-frimentos, de maguas, de remorsos, tudo foi es-quecido. Reconheceu o filho, Theophilo, que aliestava.

Theophilo, respirando com sofreguidão, via-senos braços do pae: um sentimento tão natural sus-pendeu por um momento a tristeza que o acabru-nhava. Viu o pae chorar e repetir emocionado osnomes de Theophilo e Polydoro; pareceu-lhe querecebia uma nova existência mas, entretanto, re-cordações bem dolorosas vieram-lhe toldar a ale-gria e misturar cruel amargor a momentos tãodoces.

Quando o barão e Theophilo recobra-ram a faculdade de exprimir o que sentiam dis-seram, um e outro, a mesma cousa. Ambos ha-viam experimentado remorsos cruéis e sótinham motivos de arrependimento peloque haviam feito.

Theophilo, de joelhos, implorava per-dão, emquanto o pae, banhado em lagrimas,supplicava-lhe esquecer o modo tyranno eviolento por que agira.

Emfim, o barão, depois de abraçarmil vezes o filho, tomou Polydoro nosbraços, acariciando-o, com transportesde alegria.

Theophilo contemplava com emo-Ção Polydoro no seio de seu pae mas,

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no mesmo instante, por mais de uma vez, o nomede Olympia escapou-se-lhe dos lábios.

Via-se-lhe, então, na physionomia, a expressãoda dor succeder a da alegria. E foi assim quefTheophilo encontrou na própria felicidade novosmotivos de saudade e de maguas.-

Quando o barão estava mais calmo, observou,com surpresa dolorosa, a mudança physionomicade Theophilo. Apenas com o coração pudera reco-nhecel-o e com os olhos mal distinguil-o. Theo-philo estava com trinta annos, mas uma magrezaexcessiva, uma horrível pallidez afrontavam-lhe aosemblante o ar de juventude que ainda o podiatornar bello. O tempo destróe a jovialidade e a

belleza; a desgraça, muda a expressão daphysionomia. Theophilo não possuia mais

o mesmo olhar. Procurava-se-lhe em vãonos olhos o brilho que os animava ou-tr'ora. Seu todo, langido, exprimia

abatimento e tristeza. O barão nãoconsiderou com menos ternura osobjectos que o cercavam. O quartoem que Theophilo passara vários

annos, as paredes despidas de qua-dros, o leito de Theophilo e o de Po-

lydoro, tudo que via trazia-lhe á alma amar-gas recordações.

Por fim o barão, tomando a mão deTheophilo falou:

{Continua)

VIAG-EM AÉREA.

A moda agora é toda genteFazer um raid de aviação,Por isso eu vou seguindo a moda,Fazer o meu de sensação.

Será um raid original,Vou previnindo de antemão,Não mais em torno deste mundo,Mas do Universo na amplidão.

. Darei a volta pelo espaçoJunto a qualquer constellação,E contornando o Sol ardenteTerei da febre uma impressão.

Depois irei também á Lua,Que sempre foi minha paixão;Faço uma volta em torno deliaE dou-lhe adeus assim... com a mão.

irá também ainda a Urano,• A Venus, Júpiter, então,Tiro um annel dos de Saturno,Ponho-o no dedo... Oh! que alegrão!

(MONÓLOGO)Quando chegar, por fim, a MarteDarei a communicação,Porque pretendo ali do RadioFazer, sem fio, uma estação.

Além do qtx tenho em projectoAinda um'outra instailação:A de serviço... aeroplanicoDe Marte á Terra em avião..

ílmá_¦ rS^I l\\7f//i \

bsbf^L^. \ .*_ /

De volta irei ao Polo NorteVer as? jazidas -de carvão,Que dizem lá existir grandes,E eu lhes farei a exploração.

Por isso vê-se que o meu raidHa de chamar toda a attençãoDo mundo inteiro p'r'o Brasil,Que é sempre a pátria do balão.

E faço tudo ás minhas custas,Sem a menor subvenção,P'ra isso tenho já guardadoDe marcos quasi que um milhão.

Já estou de todo preparado:Tenho casqtiette, oclos, gibão,Resta, portanto, pouca cousa...:Falta-me. apenas... o avião...

(Recife, 4-1924)E. Wajcdj-rley

. Nota — O pequeno deve exaggerar asyllaba — ão — do final dos versos

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RESULTADO DO CONCURSO N. 1919lt. .><>.<:« certa: — BIJ-FIRA*.

Soluclonistn»: — Nllda Martins daSilva, Eduardo Chave. GordiHio, ManoelGordilho, Elzinha Ferreira Castilho, 1 _-dro Róis, Francellino Peixoto, FlavioUira_.u de Macedo Silva, Horacio IbcrSde Macedo Silva, Maria Lúcia Sarmento_e Carvalho, Alice Maia, Leonor de Cas-tro Santos Assis, Rodrigo Ulysses Car-valho, Dalva Cardoso Queiroga, J-aquim¦Lello, Plinio Ortiz da Silva, ArmandoFernandes, Germana .-íego Macedo, An-nalice da Ju_ta IVIendes, Célia UoaauraPel.pino, Celso Dias Gomes, FrodericoAugusto Gomes da Silva, Armando Sa-vastano, Dio&h I_as Casas, Aurinio Ba-queiro, Osmar Gomes Filho, Maria Sarli,Guilhermina Jlambino, José Mattos daGraça, llza Maria Mutel, Nelly d. Mat-tos Teixeira Ui-aga, Francisca Fausta dal.ezende Júnior, Zofla Zulmira Ke.s. K«-bella Oitaven Garrido, Antonietta Clé-ment, Tasso Selistre, Llzette rinlo, Pe-dro de Moura Drummond, Dulce AlvesFerreira, Maria de Lourdes Carvalho,Gilda GrLsolli, Bidiga Evaristò de Sou-za, Vadico I*ereira de Souza, José Car-doso de Mello, Ilka Pereira de Souf_:a,Maria Kugeuia Pereira de Souza, MariaAngelina Pereira Cabral da Hora, Ro-beri.o Pereira Cabral da Hora, OdetteMenezes, Georgina Schi-h, "Heitor Ran-igel Filho, Herminio L. A. C, Arnaldokranzusky, Walter Cardim, Luiza Rus-xlano, Amprica Valles, Jo*. Lulzzi Net-to, Júlio Chaves de Albuquerque, Gual-ter de Castro, Lycia C. Costa, AmaliaR. Branco, Romeu Saechi, Teimo doCouto Teixeira, Paulo Belisario de Sou-za Corinibab.-t, Hélio de Mattos Grava-tâ, Eberaldo Adelino Dias, José Maria-no da Fonseca, João Augusü:o Silvado,Nelson Nascimento Guedes, Riltinha Ran-gel Pestana, Este.phano Aliberti, NeyFelix Sanu.aio, Hilda Vieira da Costa,Célia Ponce de Mavignier, Dela Pereirade Souza, Victor Rocha Leite, Lu'_ In-neeeo, Mercedes Francisco Marcolino,ArletUo Aida Araújo Kammsetzer, Mariada Gloria B. Guimarães, Esther de Sou-_a Lobo, Astori>ho Berth, Marino Lore-

.-.-.w.w-__-_v-___-._-._"u_-___-• a

na Martins, Álvaro Jurandyr de Amo-rim, Gilda Macedo, Lu.fr Cherer, Clemen-tina de Carvalho Borges, João José deSiqueira Cavalcante, Maria do CarmoDias Leal, Homero Dias Leal, MariliaDias Leal, Rubem Dias Leal, Flavio La-„ari RJbeiro, Lestinalia da Silva Prata,Karbal Assumpção, L*élé M. Junqueira,Helena Fialho, Yara de Lacerda, LuizPereira, Jocilda Machado Peçanha, An-tonio Pinto de Vasconcellos e A. Ramos.Ilza dos Santos Gonçalves, Carlos de AI-meida, Horacio Miguel da Costa, AntônioCândido de Menezes, Gabriel da Silva eAmadeu Noronha Salles. .

FOI O SEGUINTE O RESULTADOFINAL DO CONCURSO

i" premio:

LUIZ PEREIRA

de 6 annos de idade e morador á rua daEstrella n. 67, nesta capital.

2" premio:

GEORGINA SCHICH

de 12 annos de idade e residente á rua

^ll_lllll!llllinilllllllllllllll!!!ll!!lilllllllllllllllllC:iIl!ll!lliniIllllllllllll!lllI!l_ _

*? i ' K-&_¦¦-. >«'».»V ÍÁ%\

CS EE

Jo** Mini/iMii, com 14incita, li!!,,, de Fran-cbtco i.::¦ 11 ¦/.<»( . — Ibirá,

-Oo Fnalo.

Attento que meu filho menor d-14 mezes de edade, soffrendo hor-ilvelmcnte de umas feridas pelocorpo, e, Já cangado de recorrera tudo que lh_ era .prescrlpto, co-mecou a fazer uso do se_ prepa-rado "ELIXIR DE NOGUIilItA",do Pharm. Chlm. João da SilvaSilveira que, em pouco tempo fl-cou radicalmente curado. O itiijufilho chama-se JOSil MANZONI.Autorlso a publicação deste, parabem da humanidade soffredora.

S. Paulo -r Ibirã, 12 do Marçode 1922. — FraucUeo .lanzoni —Testemunha: — Luiz Cicero (Flr-mas reconhecidas).

(EDISON)^!illlllllllll_llllllllllilllllllllU<UllllllUUIIIIIIII!lltlinUIIIUI_IIIIUi'_IUII!l_lll_l

Coronel Oliveira Lima n. 8, na Estaçãode São Bernardo, Estado de São Paulo.

RESULTADO DO CONCURSO N. 1926Resposta, certam

V1« — Limão.2» — R.quadro — Quadro.3* — As horas.4» — Tubarão.5* — Botão.

Solucionlstast — Ilka Pereira de Sou-za, Leoncio Cavalheiro, Maria do CarmoDias Leal, Homero Dias Leal, MariliaDias Leal, Rubem Dias Leal, EvandroBarreto Fragoso, Cláudio de Barros Bar-reto, Geraldo Leal Ribeiro, VictoriaGermania Sampaio, M. Waldemar Silva,Teimo do Couto Teixeira, Elisa Pontes,Fernando Greco, Cícero Campos, JoãoAlfredo Moreira de Castllhos, AdherbalPinlto da Silva, Cândido de Oliveira Ri-beiro, Yara de Lacerda, João Bastos,Lycia C. Costa, Wanda Werneck, An-tonio Casado da Costa, Aulicio MelloToledo, Narbal Assumipção, GuilherminaBambino, Ismaelita Dias da Motta, Ce- Acilia Rodrigues No b rega, Antonietta vClénvent, Paulo César Ribeiro, Nelly de 0Mattos Teixeira Braga, José Marcondes, AArlette de Carvalho, Maria de Lourdes XLavôr Reis e Silva, Vadico Pereira de VSouza, Maria Eug-enia Pereira de Sou- Qza. Guilherme Calazans de Moraes, Del- (/za Pereira de Souza, Waldemar A. _W.rner, Paulo Belisario de Souza ¦ Co-rimbaba, Edy Sá Couto, Chrysali.e Re-zende. Helena de Souza e Anna Oliveira.Darcy de Oliveira Sosa. Nininha P. Al-meida, Paulo de Carvalho Ribeiro, ThetisMartins, Celio de Oliveira Caklas, Ivande Freitas Coutinho, Hilza Maria Mutel,Georgina Schick, Constanoinha Pinto 1 _-reira, Dinah Ribeiro Carrilho, A_:rogil-da R. de Almeida e Tasso Selistre.

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FOI PREMIADO O CONCORRENTE

AULICIO MELLO TOLEDOde 9 annos de idade e residente á Alame-da São Boaventura, n. 425, em Nictheroy,Estado do Rio de Janeiro.

CONCURSOS ATRAZADOS1015 — Aurora Medeiros da Silva,José Sabino Maciel Monteiro e Jorge

Chaves.lí)17 — Raymumla Souza de Vilhena,Carlos Masrno Gaíhanone, Alayde S. Go-™es, ladina de Toledo Piza, Maria Lu-cia Sarmento do Carvalho, Leonor de

Castro Santos, F. Federighi Júnior, Can-woo da Silva Cosua, Aurino Baqueiro,Vvalter da Ponte e Selma Maria de La-cerda Werntck.

1C20 — Hil.ton Paranhos, Diva Chaves^¦ora-lho, Plínio Ortiz da Silva e JorgeChaves.

1023 — Plínio Corrêa da Silva, Hiltonlaranhos, Adalgisa Acayala, LigifredoJ" Ferreira. Danilo Piazfca, Tasso Selis-"e, Diva Chaves Gordilho, PI.nio Ortiz*La. Silva, Yvonne Chaves Gordilho e¦kliezer de Carvalho Freire.

1024 — Sara P. Bueno, Geraldo Vicl-Ta- Antunes, Cylon Souza, Lêa Schindlerue Almeida, Ney Cidade ralmeiro, Leo-nor de Castro Santos, Tasso Selistre,Roberto Ratto de Siqueira, Antlonietta

Não pensemçii? vou fazeralgum passe demágica'!. Voudizer apenascom toda impo-nencia que oElixir de Inha-me Depura —

Fort a 1 e c e —Engorda.

Clement, Reinaldo Gordilho Silva, Astro-gilda Ribeiro de Almeida, Lycia C. Cos-ta, Raymundo S. Paula Lima, Ilka Pe-reira de Souza, Vadico Pereira de Sou-za, Maria Eugenia Pereira de Souza,Rmy liamos Caiado, B;cliga Evaristo deSoi.ua, Danilo Piaz-;a, Álvaro BarretoJúnior, Cleoniee Coutinho da Motta, DivaCha-ves Gordilho, Yvonne Chaves Gordi-lho, Flavio Ulrassú de Macedo Silva, lio-racio Iberê de Macedo Silva, Chi-i:» ianoPimentel, Gustavo Luiz Cruls de Mace-do Soares, Chr',salide Rezende, Astrogil-do Mendes, Zelia Rocha, Laura VellosoRocha, Manoel Corrêa de Albuquerque,Maria do Carmo Barros, GuilhcrminaBamblno, Alberto Carlos Hantsehick,Hilton paranhos, Rafaelina Chiaechio,Henedina Nadir Porto, Osório ViannaBininó, Lygia da Rocha, Osmar GomesFilho, José Geraldo da Cunha e Gennyde Souza.

CONCURSO N. 1934

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAI, fi DOSESTADOS PRÓXIMOS

5* — Qual a frueta que tem a primeirasyilaba é vestimenta de Índios?

(3 syllabas)Dinah Maia.

Perguntas:

1* — Qual o jogo que sem a ultima lettraé um astro luminoso?

(2 syllabas)Paulo Corimbaba

2* — São SS soldados; todos cabem-nosina mão. Ciucocnta dellcs pedem ave e cin-co pedem pão.

Que é?(4 syllabas).

Maria C. H. de Mello.

3* — Quem o faz, faz para vender;quem o compra não usa e quem o usanão vê.

Que é?Carlos A. da Graça.

4n — Rei preto eu sou; da índia vimcoroado; quando aqui cheguei encontreitres que tinham o meu nome: — um quelindo e perfumado é, outro que canta naSé e ainda outro que anda a cavallo sem-pre a pé.

Que é?(2 syllabas)

Lavirna Quadros

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x>ooo o TICO-TICO oooooooooooooooooooooc-oo JULHO Ml 1U2Í OOOOOíAs soluções devem ser enviadas a esta AVISO

redacção acompanhadas das declarações da „ „ ...idade e residência, assignatura do próprio Pedmoi aos caros soluconistas, parapunho do concorrente e ainda do vale que f"cdttar o nosso trabalho de selecção devae publicado a seguir e tem o n. 1934. correspondência, escrever sempre por fora

Para este concurso que será encerrado d° ^nveloppe onde enviarem suas soluções,no dia 23 do corrente, daremos como pre- a M»w» CONCURSO. Melhor será termios, por sorte entre as soluces certas, um ° endereço: Redacção d'0 Tico-Tico -

rico livro d« historias infantis. Rua do Ouvidor, 164 — Rio..

CONCURSO N. 1935PARA OS LErTORlSS DESTA CAPITAI, B DOS ESTADOS

DAaA ocone UR~/onunERD

1934

® 19

13íõ

n I?

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O Cartola é um bicho no desenho. Otf-tro dia resolveu elle marcar com o guar-da-chuva um desenho no chão para de-pois fazel-o. Vocês, porém, vão se adean-tar do Cartola e, munidos de um lápis decôr, o dar um risco do numero 1 até aonumero 27, E assim reproduzirão q de-senho que o Cartola ia fazer.

As soluções devem ser enviadas a estaredacção, acompanhadas das declarações deidade e residência, assignatura do própriopunho do concorrente e ainda do vale quevae publicado a seguir e tem o n. 1935.

Para esta concurso, qua será encerradono dia 12 ds Agosto, ciaremos como pre-mios dc 1* e 2° logares, por sorte, doisricos livros de historias infantis.

11 Zí

Vr'•*5

¦i LL

PARA oCOíOR/O

nunm.0 mThomé, convidado pelo professor a

alguns exemplos de advérbios de

logar, não sabá o que responder. Oscompanheiros, para o livrarem do apuro,segredam-lhe em voz baixa:

Perto « longe, diz um.Aqui 8 acolá, accresccnta outro.

Thatné considera-se abastecido e, comum sorriso de triumpho, exclama:

Um advérbio de logar?... Um ad-verbio de logar... « ir de um logar parao outro.

* A reflexão é a balança que mantémo equilíbrio entra o sonho e a realidade.

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2.»

E O IVIELHOR PARA TOSSE E DOENÇAS OOPEITO - COM O SEU USO REGULAR:

A tosse cessa rapidamente.As grippes, constipações ou defluxos. cedem

e com ellas as dores do peito e das costas.Alliviam-se promptamente as crises (affüções)dos asthmaticos e os accessos da coqueluche,tornando-se mais ampla e suave a respiração.

As bronchites cedem suavemente, assim comoas inflammações da garganta.

A insomnia, a febre e os suores nocturnos des-apparecem.

Acoentuam-se as forças e normalisam-se asfuncções dos órgãos respiratórios.O XaPOpe 5 -íodb _»*icc>'-ir-r*_a_-si-* n&s Píitii-mc-CiíIS

SiH----a«a--3g3-WaB_OT__BH^IM & FREITAS— llua do Carmo n. 11 -Sob. —S. Paulo.

Licença n* 511 do 26-3-901sV UMA PESSOA. CONHECIDA E CONSIDERADA.

NA SOCIEDADE PELOTENSEE TJLTRA-ADMIRADOR DO PODEROSO

PEITORAL, QUE VAE FALARO abaixo firmado vem publicamente attestar

a efficacia completa que retirou do uso do tãoconhecido Peitoral de Angico Pelotense. Ãoha-va-3e ha muito soffrendo de forte bronchite as-thmatica que p i.ncommodava enormemente. Re-correu a differe.ntes preiparados, tanto nacio-naes como estrangeiros e isto fez em vâo. Amoléstia seguia sua derrota de soffrimento-s a.despeito de tudo, quando elle recorreu ao Pei-tornl de Ansieo Pelotense. Em boa hora o fez,porque, logo duo começou o uso de tao efflciusremédio, manifestaram-se accentuadas melhora»,achando-se dentro de pouco tempo livre, total-mente curado da impertinente moléstia que tan-to o affli.sria.

Faz esta declaração com o fim altruisticode chamar a atitençao dos que soffrem, para amaravilhosa e comprovada acçâo do Peitoral deAnjrieo Pelotenae nas moléstias dos pulmões,como tosses, bronchites, influenzas, etc. — Pe-lotas. 14 de Setembro do 1316. — Dento S. Dia».Pedir sea_i;>re o verdadeiro Peitoral

de ANGICO PELOTENSEConfirmo este attestado. Dr. B. L. Ferreira

de Araujo — (Firma reconhecida).

O PEITORAL DE ANGICO PELOTENSEvende-se em todas as pharmacias e drogarias detodos os Estados do Brasil. Deposito Geral DRO-GARIA Eduardo C. SEQUEIRA — PELOTAS.

ASSADURAS SOB OS SEIOS, nas dobraide gordura da pelle do ventre, rachas entre os dí-dos dos pés, eezemas infantis, etc., saram em trejtempos cora o uso do PO' PELOTENSE (Lie54 de 16-2-018). Caixa 2.000 rs. na DROGARIAPACHECO, 43-47, Rua dos Andradas — RIO —E' bom e barato. Leia a bulla.Tuncçoes aos orgaos respiratórios. is11 Li JH

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EVEMENTE

HPIAUlAgNORTIVA

Revista de todos os sportsno Brasil e no estrangeiro

EDIÇÃO DA S. A. "O MALHO"

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PARA OPÁRA AFÜBK0SEÂR Â P.PÁBABAnHOPÂsCRSAfl

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D=O TICO-TIGO

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O SONHO DE MARIETTAO maior desejo da loura Ma-

rietta era possuir um polichinello,vistoso e gaiato como um que seusolhinhos buliçosos viram um diana vitrine de uma loja de brinque-dos. Seu pae dera-lhe no dia deNatal um urso de felpo, de pernasarticuladas e grandes olhos mar-rons. Marietta estimava muito oursinho, mas não deixava um diasiquer de falar no polichinello deroupas vermelhas que vira na lojade brinquedos.

Vovó dissera uma vez a Ma-rietta que as fadas eram creatu-ras muito boas que attendiamaos pedidos das creanças bemcomportadas. A menina nãoesqueceu as palavras da avô-zinha. A' noite, quando iapara o quarto de dormir, cor-ria a cortina da janella e dizia, olhandopara o céo onde as estrellinhas luziamcomo anjinhos que estivessem a piscar

os olhos : "Fada

que andas no céo!

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Traze-me um polichinello bem bo-nito paia fazer companhia ao meuursinho! " Uma noite, Marietta,abraçada ao urso de felpo, cerrouos olhinhos e adormeceu • E aospés de sua caminha, uma fada doroupas e azas prateadas surgiu,dizendo:

—¦ Boa menina, olha para agrade de tua caminha!

Marietta obedeceu á ordem dafada maravilhosa. Trepado nagrade, risonho, alegre, de roupasvermelhas, um polichinello, esten-dia-lhe os bracinhos.

Marietta, no auge da alegria,deu um grito e acordou. Foi unisonho que tivera, l.sfre-gando os olhinhos, olhoupara os pés da cama. A boafada tinha desapparecido,

mas deixara um embrulho no logar ondeestivera. Marietta abriu-o sôfrega-mente: era um polichinello tão lindocomo o seu ursinho defelpo amarello.

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Chiquinho batia bola em plena rua sem se incommodar com os transeuntes.Desobedecia, aisim, ás reconimendações de mama que o prohibira de jogar foot-ha li na rua.

— E' um perigo jogar bola na rua — diria-lhe mamãe. Di.strah.ido com ...jogo, você pódc machucar-se, machucar alguém e quebrar os1 vidros das vidraça*dos vuinhos.

Mamãe, porém, naquelle dia sahiu e Chiquinho, Benjamin e Jagunço não he-sitaram: fizeram da rua campo de football. Shoot daqui, shoot dalli, de...

...repente Chiquinho mandou um bolaço que, infelizmente, foi bater no rostodo professor do collegio visinho á casa do peralta. O professor queixou-se aopae de Chiquinho e este pediu-nos para não contar a vocês o que houve depoisdisso.