este jornal publica os retratos de todos seus...

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A.WOTIRIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 13 HE JULHO DE 1910X. »JO j^—————c ¦ ... l»8T*i8g''^*M^^IM _ =7i^"M^^'^—*lESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES A HISTORIA DE JUDITH l/Lu UMi I V^CíJÍX Ç^_k2> Judith tinha pena de Maria, ao J^^yJ^^Sâ^^Z^mm^-^2i\ ^^^A " "* jMiiillPtinj LI Mpa£s _^<cB_k___|_, vel_a trabalhar tant0- Um dia Maria ^ÊamÊ^L^JW^iajBg___jgr// J « q L_^jP^^_____^-^r^~~-~: —_^^^_____=Z-1--^i"___-d__|gg p^xjlííí «s. Ü

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A.WOTI RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 13 HE JULHO DE 1910 X. »JOj^—————c ¦ ... l»8T*i8g''^*M^^IM _

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ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTES

A HISTORIA DE JUDITH

l/Lu UMi I V^CíJÍX Ç^_k 2> Judith tinha pena de Maria, ao J^^yJ^^Sâ^^Z^mm^-^2i\ ^^^A " "°

"*jMiiillPtinj LI Mpa£s _^<cB_k___|_, vel_a trabalhar tant0- Um dia Maria ^ÊamÊ^L ^JW^iajBg___jgr// J « q

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£ ml PAYIH, O DISTRAHIDO O TICO-TICO

(1) Mister Paym è um notável explorador, _)',.. pensou que era um cabide e pen- (3) Sahiu a correr pelo deserto, levando na ca-muito distraindo. Lm dia na África, vendo durou nelle seu chapéu e sua mala. O beca toda a bagagem de Mister Paymuma cabeça de veado... veado, sentindo aquelle peso...

(4) Mas o inglez não se perturbou. Calçou um parde patins e, amarrando o cinto a colleira...(5i ... de seu valente cão Veloz, perseguiu e alcançou o veado conseguindo

rehavcr a mala e o chapéu.

dl) De outra vez, Mistev Paym confundiu um orangotango, (h Livrou-se porém, graças á sua presença de espirito, improvisando ummuito feroz, com um de seus collegas da Academia de Scien- arco e fleeha com uma palmeira e o guarda-chuva,cias e quasi foi atacado por elle...

(8; Mas, no outro dia, o caso foi mais serio. Mister Paym <í>) Mtas o elephante desconfiou com esses grito* e deu tamanho sopro, queronfundiu a tromba de um elephante com um tubo tele- atirou o notável esplorador de pernas para o ar.shonico, e poz-se a gritar:— Alio l Alio I..

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O TICO-TICOEXPEDIENTE

EDIÇÃO DE 24 PAGINAS

Condições da assignatura:interior: 1 anno, 11S000, 6 mezes 6$000exterior: 1 » 20SOOO, 6 » 12S000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.

dc trez a quatro metros de comprimento,que vão constituiia chaminé central da carvoeira. Em torno, para comple-tál-a, collocam alguns roncos de arvores pequenas.

Junto o chaminé ca am um fosso destinado a recolhera agua que a madeira desprende ao ser queimada.

>' %Jt ®.Pedimos aos nossos assignantes, cujas assignaturasterminaram em 30 de Junho, mandarem reformal-as, paraque não fiquem desfalcadas suas collecções.As assignaturas começam em qualquer mez, terminan-

do em Junho e Dezembro de cada anno, mas nâo serãoacceitas por menos de seis mezjs.„. ^' pessoas que tomarem uma assignatura annual d'0«rror. ' d'A LEITURA PARA TODOS ou dO TICO-í_"ri. •. recebfcrão como premio um exemplar do ALMA-NACH n'0 TICO-TICO para 191 O.H_ TE.lta oferta vigorará d'esta data (Abril), até o dia 31de Julho do corrente.

A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feiras,O Tico-Tico, jornal illustrado paracreancas.no qual collabo-ram escriptores e desenhistas de nomeada.

-' klImlllllMllImmÍMmmW lTOu\\Mi__ll__l_S__iMil I 1 II í l/ffl III ll/IHlMlU lillIiHnHliH-WuiV.W v -°_-_</ 1 jl/ll 3 llr 'íl«liW'_HllwM .lllllllMllHV\illlll\lV--l

SJI i l)|j>illlílllli/»ll li™\.fMil-.j\V-KÍljHli^iii-iifl-fpd

_c/

As lições de vôyôMeus netinhos:Vamos nos oecupar hoje da fabricação do carvão demadeira, que em certos paizes, constitue uma das indus-

trias mais importantes.Effectivamente.o carvão de madeira é muito procurado

como combustível,por isso que arde sem produzir fumaça,fornecendo muito calor.

Se esse carvão não produz fumaça quando o aprovei-tamos nos fogões e ferros de engi.mmar, é por que nãopassa de um residuo da combustão imperfeita da madeira.

No decorrer da fabricação elle perde, no esiado dc va-pores e fumaças, produetos que continha a madeira e quesão as resinas, oxydo de carbono, etc.

Os carvoeiros estabelecem-se no seio das florestas.Depoisde terem derrubado algumas arvores de-iinadas

a serem convenidas emcarvão.escolhem numa clareira umlargo espaço de terreno liso, sobre o qual vão construir acarvoeira.Seu primeiro cuidado é plantar no solo quatro estacas

":?«J?y

Feito isso, collocam regularmente em volta da chaminé,p-alhos de arvore, de maneira a formar uma pyramide quedeve terá aliura da chaminé.

Abrem nessa pyramide alguns canaes horizontacs, quevão terminar na chaminé central, tendo como fim activar atiragem.

O ar penetra nesses canaes por pequenas aberturaslaleraes, dispostas em volta da pilha de galhos.Hesta somente cobrir esta ultima, o que fazem comalgumas folhas e uma camada de terra basiante espessa.

Mas, nem a chaminé nem'os orifícios laleraes, são co-bertos. Então deitam fogo á pyramide pela chaminé, tendomuito cuidado para que todos os pontos onde se encontraa lenha, se;am aitingidos.

No fim de algumas horas d'esra combustão lenta, a fu-maça torna-s_ menos densa e transparente. Os carvoeirostapam então todas as emradas de ar lateraes e o for_o,menos vivo, continua a queimar a madeira imperfeita-mente.

Depois de dez ou q jinze dia«, a pilha está cosida. Ta-pam entao a chaminé central de maneira a abafar comple-'tamente o fó!_o.

Retiram a terra e as folhas, desmancham a pyramidee só resta o carvão.Como algumas madeiras ardem mais rapidamente queoutras, elles tôm o cuidado de fermar a pilha com arvores

da mesma espécie._ A madeira meus netinhos. pesa quatro ou cinco vezes

mais que o carvão que d'ella se retira.Vovô.

ti -^_Z_4P: -r-B^K-fc^-A-., - ¦ V. »^_r- - '*________. CT ^1 -Jt 'TjrmmmmJm jf i jm iftwWkW^mmMt. - MaJ^Mnmmmmasl _^^HJABB_BjF ¦•*™I

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Grupo de alumnas e professoras do tGrupo Escolar Wenceslau Braz.» em Minas, na cidade dc Passo., tirada porUas lestas naciunaes, nc dia i\ de Abril

oceasião

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O TICO-TICOMARCHA INTERNACIONAL

Coro e marcha injanlil

Musica de E. WanderleyI

Coro:—Somos nós as línguas vivasReunidas por encanto,Dando palmas, dando vivasAos progressos dó üsperanto.

Lingua portugueza-.—A lingua eu sou portugueza,Do grande vate Camões,Qne encerra tanta bellezaH tão gentis expressões.

IICoro:—Somos nós as linguas vivas, etc.

Lingua franceza-—Da pátria alegre do chie,A lingua franceza eu sou,Não ha quem tristonhe. fiqueSi alguma vez me fallou.

IIICoro:—Somos nós as linguas vivas, etc,

Lingua ingleza:—Das litipuas aqui presentesA lingua ingleza sou eu :Faltada nos continentesQue a surte me concedeu.

IVCoro:—Somos nós as linguas vivas, etc.

Lingua allemã:—Diz qualquer um que me veja,Da ingleza ser quasi irmã ;Nadando vivo em cerveja:Lu suu a lingua allemã»

Coro:—Somos nós as linguas vivas, etc.

Lingua italiana:—Da Itália forte e sadiaA doce lingua aqui está ;Para exprimir a harmoniaMais terna lingua não ha.

VICoro:—Somos nós as linguas vivas, etc.

Lingua hespanhola:—Eu sou da terra valenteDos touros, da luz, dosot;Eu sou a lingua eloqüenteDo bravo povo hespanhoL

VIICoro:—Somos nós as linguas vivas, ett

Lingua russa:—Da Rússia fria e nevada,A lingua altiva está aqui;Kasteppe sempre falladaAs inllexões não perdi.

VIII

Coro:—Somos nós as linguas vivas, etc.

Lingua esperanlo:- -Unira todas num laçoDe amor, é >egtedo meu,No mais fraiernal abraço,Que o Esperanto sou eu.

Eustorgio Wanderley

Nota:—As creanças que tomarem parte na marcha de-vem trazer bandeirinhas dos paizes cujas linguas repre-sentam; bandeirinhas que :-er;>o desfraldadas assim quedeclararem a nacionalidade respectiva. iA bandeira do Es-perjiito é branca lendo uma ebtrella verde no angulo su-perior junto ao mastro..

E. W.

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*"íitlãO Diito Silva, MarioBrito, in

Brito í-ilva, Olga Brito Pacheco, Dulce Brito Pacheco, Hilda Brito Silva,íelligentes leitores dO Tico Tico, e artistas do Pclil Théatre, oiganisado

por estas crea.iças em Porto Alegre»

Ida Brito e Luiz

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O TICO-TICO

MARCHA INTERNACIONALCORO E ls/LJL.TÍ<3ttJi. IttnFVA.aTTIL

MUSICA DE E. WANDERLEYtv *- V* ^«feL,Ü ** É

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O TICO-TICO

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noite, por entre os troncos nodososdos carvalhos, ouviam-segemidos, ou irrompia o cascatear de uma gargalhadalouca.

Exércitos poderosos eram enviados a explorar essecastello; nunca, porém, conseguindo transpol O sequer. Etoda a gente rende preito ao sobrenatural. Porém um diao povo é obrigado a armar-se e ir acampar nas cercanias doburgo.

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EDRARDO, filho dj Sr. Aniceto Xavier Alves, moradornesta ;'apuai

FANTAZIAAo norte da Escossia, o paiz das sylphides e dos ge-

nios, num magnífico valle dos montes Giampi.T?,erguia-sesevero, circumdado de torres, palissada^e pontes levadiças,um mágcstoso castello.

Rezava a historia ser elle habitado porgenios de olhosde foyo elingua chammejante, e sylphides vaporosas queá noite vinham voejar nos quartos das donzellas.

. Acerca habitação forjavam-se lendas tenebrosas,e 0 terror das povoa^ões visinhas augmentava quando, á

A noite chega, e oluar filttando se atra-vez das arvores, em-presta á my.-ieriosahabitação um a-pectoainda mais horrendo,ainda mais aterrador...Súbito, uma visão tre-mula no portal de en-trada, e uma voz sua-ve, encantadora,satura o espaço deuma melodia divi-nal...

E, emquanto o po-pulacho foge espavo-rido, só um mocinhopermanece immo.el,extasiado peranteaquella voz.

A visão caminha e ojoven espera-a; erauma louca que viviaalli solitária e triste.Ao ver que o jovennão fugia, voltou-lhea razão.

Casaram-se e vive-ram felizes no ricocastello.

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Rio.

TheoduloSilva.

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HERALDOe SYNESIO, filhos doSr. P. de Carvalho,

director da typographia do Lyceude Artes e

Ofíicios da Bahia

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A' _!!.'«.» a professora ü. Cannni M. de Azevedo, i esjucria ü. Isolma Maroigc o_ alumnos da d' escola Ju _. u . .1 t(.ro

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O TICO-TICO

De í«a fcarracíi Bou-/1waro, ouvia omurmúrio de descontentamento

De ha muito, Bou-Amara, pretendente ao throno mar-roquino, lutava contra o sultão que protegia as tropas fran-cezes.

Ao iniciar a campanha de Marrocos, Bou-Amara foramuito feliz, e os Árabes tinham quasi como certo queílle entraria em Fez, vencedor, fazendo-se proclamar sultão.Vias pouco depois começou a ser perseguido pela má sorte;

os revezes foram in-números e elle viu-seobrig-adoa fugir,acom-panhado pelos seuspartidários.

Estes começaram acrer que AUah (nomedado pelos mahometa-nos a Deus) abando-nara a causa de Bou-Amara. Não tinhammais confiança nelle,fazendo-lhe todas asdesfeitas.

De sua tenda Bou-Amara, ouvia o mur-muriode descontenta-mento o mais signifl-cativo e via approxi-mar-se o momentoem que seria abando-nado por elles.

Comprehendeu quea situação se agjrra'

vavade dia para dia, tornando-se cada vez mais perigo^apara elle e Bou-Amara resolveu fazer alguma cousa quedissipasse aquelle ressentimento e fizesse voltar sua antigapopularidade...

Uma manhã levantou-se, tranquillo de espirito, comono tempr. em que seus subditos vinham quasi veneral-o.

Bou-Amara tinhaconcebido um plano,que devia forçar os in-crédulos a acreditarque elle era escolhidopara commandal-os I

Chamou um de seushomens mais certos,com cuja amizade con-tava, e no qual podiadepositar a máximaconfiança.

Era com elle quecontava para o bomêxito de seu plano.

'Explicou-lhe o que

pretendia fazer paraganhar a amizade dosárabes, e assim con-binados dirigiiam-seambos para um cemite-rio próximo.

Ahi chegados, Bou-Amara mandou o árabe abrir umfosso e, emquanto o homem se oecupava nesse mister, des-envolveu seu plano, indicando-lhe o papel que tinha de re-presentar.

O fosso foi finalmente aberto e teve legar uma scena

Bou-Amaia mandou o árabe abrirum josso

bizarra cuiosespectadores 'foram somen-te os dous ho-mens.

O amigo deBo u-A maradeitou-se nofosso,mandan-do o chefe col-locar a seulado uma bilhacom água e ai-gumas provi-soes.

Em seguidacollocou sobreo fosso algu-mas t ab o a s,que o cobri-ram quasi queinteiramente,deixando ape-

nas um espaço para respirar. Cobriu as taboas com terra,de maneira a formar um pequeno monte. ."

Terminada esta tarefa, Bou-Amara, depois de haverdado um adeus ao enterrado vivo, voltou rapidamente aoacampamento.

O dia passou tranquillamente, mas á noite um mouro,semi-louco de terror,foi lançar-se aos pés dochefe, soltando gran-des gritos.

Indagando a causa,de tal temor, que o per-turbava a*sim,o mourocontou que, passandopróximo ao cemitério,tinha ouvir1 uma vozque pa/.via"' sair deuma das covas.

Rou-Amara, fingindosurpreza, levantou-se eordenou a seus homensque o seguissem.

Próximo ao cemitérioavistaram grande mui-tidão em torno de umatumba. Ueinava um si-lencio religioso entreesses homens e apenas>e ouviam algumaspalavras em voz baixa.

Com a chegada dochefe, todas as vistasconvergiram para elle ;fizeram-lhe sig íal para

acontecimento extraordinário petri-

..um mouro semi-louco,grandes grilos

soltava

umque escutasse;ficava-os....

Que ha ?—perguntou Bou-Amara.Escuta, escuta, chefe — exclamram todos os assis-

tentes.De repente uma voz pareceu sahir das entranhas da

terra. Uma voz my-teriosa, quasi sobrenatural, que pareciaelevar-se aos poucos, tornando-se cada vez mais dis-tineta.

Que Bou-Amara seja louvado I Bou-Amara, o eleitode Allah, é o nosso verdadeiro sultão 1

O fiel amigo desempenhava o papel perfeitamente...A multidão cahiu respeitosamente de joelhos, como se

se houvesse operado algum milagre.Pela segunda vez pronunciou a voz mysteriosa as

mesmas palavras.E' um espirito 1—gritaram todos—um santo espirito!Em seguida, levantando-se, gritaram :

Bou-Amara, o eleito de Allah ! O verdadeiro sultão*Este conservava-se dc cabeça baixa, olhos fechados ac-

ceitando, com respeito e humildade essas honras de suatribu guerreira.

O coração batia-lhe cada vez mais forte, pois havia re-conquistado aqueila popularidade, que vira quasi escapar-se

Seu pi mo havia surdido effeito 1 Fra feliz.De repente teve uma idéa que o transtornou.... Podia

contar cóm aquelle amigo que *e pres'ara a tal papel; mas,para alcançar o respeiio de seus subditos, tinha po-to emjogo de um lado a religião e cTOtnro.a creduliJadc aosovo

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O TICO-TICOTomado de remorso, esse homem ia destruir, tudo o

que havia feito, denunciando-se, afim de cahir nas graçasde AHah, pois havia commettido um sacrilégio.

Mac, seria para BonAmara c seu cúmplice a mortecerla, depois, talvez, de horríveis tonuras.

Os olhos do chefe brilhavam; era preciso que a voz ces-«asse.

— Um santo lembrou-se dc nós. exclamou por fim. Col-loquemos todos uma pedra sobre a cova sagrada.

Este alvitre foi acclamado por iodos os presentes.E Üon-Amara foi conduzido em triumpho ao acampa-

mento pela multidão...O chefe entrou na barraca, e soltou um suspiro de ai-

livio.

*

HELENA RODRIGUES

DE ABREU

gaiante menina, filha do

Sr. Cândido

Abreu, residente no

Engenho de

Dentro — Capital

mfmmmm*O RAIrvR DO DIA

A' boa e meiga amiguinha Cândida Martin? Ferreira

E' um espectaculo deslumbrante que nos offerece, aodespontar da aurora, a Naiuraza.

O romper do dia é um dos mais deslumbrantes espe-ctaculos do Universo.

Fui numa linda manhã de Dezembro, de 12 para 13,que ti- e oceasião de contemplar e sublime rirmamento aodespontar da aurora.

A alvorada celeste, parecendo um immenso mantoazul, ia-se transformando enião. Myriades de estrellas scin-tiliantes, que lhe toldavam o azul turquezino.iam desappa-recendo pouco a pouco. O immenso Armamento ia-se en-chendo de uma claridade que álfgmentava progressiva-mente, dissipando as trevas da noite. Do lado do nascentefaixas rubras como linguas de fogo annunciavani o nascerdo sol.

Já não havia no céu uma só estreila. Os gallos canta-vam e os passarinhos dispersavam-se pelo espa,o, fazendoouvir seus maviosos goigeios. O astro rei apparecia no ho-rizonte.

Já havia barulho nas casas e nas ruas...Tijuea.

Maria da Conceição de Paiva

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1 _ *i < "/*

JUQUINHA.filho de D.Ma-rietla Rodrigues, resi-

dente em Belém. Apezar deter apenas seis annos

de edade, JUQUINHA é jáum dos milhares

dc leitores d'0 Tico-Tico

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WKa ¦••'

NEXEZINHAgalante filhíih i do Sr. J.

J. de MagalhãesBastos, commerciante

em S. Paulo

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I.i;.\YRA, filha do Sr. Anto-nio Cândido de Figuci-

redo e moradora em Mos-soro. Lsiado

do Rio Grande do Norte

O intelligente leitor d'0Tico-Tico e alumno

do Collegio Salesiano de .Cuyabá, menino

GENEROSO PONCEFIL.10

A galante menina AURORAPEZZANI,

Ce 11 annos dc edade c assi-dua leitora

do nosso 'ornai

O EDGAR BRAZIL, aos 5annos de edade.

Hoje EDGAR tem 8annos de edade e é nosso

collaborador

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O TICO-TICO

wwr ¦ _ ______ mi ? ^___________-____i • -T__. _^__^____^_____-_^^B______ ___^w*_fci___~*~__i —*~_^%j*_í_——<__^___ pi~_t-«fl______r„¦£__*_]¦['• ~ '3__B____*s_tt^___^__B- ¦__--**- -''/____n9Pra^____M_. j_i1__7_l __li_-f__a-i^fsyfe_:fe_P--> _y' ¦ ¦:- <g___v>- -ar\-'¦'=,-'¦

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Alumnas da Escola Estacio de Sá, que representaram as meninas das escolas brazileiras na festa da collocação daplaca na pra,a Christiano Uttoni, no dia 17 de maio deste anno

6M.ERI* DE HOMENS CELEBRESCARNEGIE

O cabelleireiro do imperador da Allemanha acaba derprai> ba '¦_'..... £¦* •oilerecer ao mu_e_ Carnegie uma rica collecção de mechas

de cabello, cortadas de todasas cabeças da familia imperial.

Na opinião de um jornalde Berlim.a collecç io, avaliadaem :<75.0UU francos iduzentoscontos appro\imadainente>,podia perfeitamente ser pagapelo museu.

O cabelleireiro mostrou-se pouco conhecedor de Car-neyie, não vendo nelle o archi-millionario que tanto tem as-sonibrado 0 velho mundo comsuas doaiõcs.

.O rei do aço, além demuito inteligente, é excessi-

^o_r.^;_^rPvê^._?cs„

¦s

ANDHL CAKNFOIF.

J__r¦¦¦¦--—_¦_¦annos era director de um dos trabalhos mais importantes_oTu„Lio3erüba companhia de cslradas "SSTS15

Foi elle o fundador das celebres fabricas metalúrgicasde Pittsbjrg, que o tornaram um do-; h > i).m naU rico Uomundo Lembrando^e das difiiculdades que encontrou parainstruir-se, Carnegie mandou edilicar trez mil bibliothecas,que mohiliou, tendo fornecido os livros.

Depois dessas mandou ainda construir mais duas mil.Para divertir os empreyados Jas fabricas, '"-.'.ou

vintesalas para concertos, os «Carnegie llall-», onde podeu.tomar assento de quatro a dez mil espectadores.

Para alegrar a vista nv ,j collocar lindos quadrosnas galerias do Ins : o Carnegie. de Pitts'_rg, paraonde têm ido verdadeiras obras primas de autores ceie-bres que tem interessado o mundo inteira* !

Admirador da natuie/.a. fez construir alguns museu9.E depois, como todos os grandes philantrop >s, adoradoresdo socego e felicidade d i hu nanidade, (ei uma doação atliava para eJilicaro Palácio da Paz.

L' um «rande homem e, se todos os rnillionartos fos-sem como elle.a pobreza teria diminuído grandemente.

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Uma das nossas aralfras «nc-nn.a mer. na OIOI ÍARA Itdc r__ue ç mora ' ra cm _.

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O TICO-TICO IO

TARDE

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Rr'*'IÍ 4L^rfet*****& fl l^lfll ¦ L.^jflk. MrH ' x^ai '"fl

Descamba Phcebono occidente, seusultírnos raios prestesa se findarem batemem cheio nas densasnuvens do além, for-mando resplandes-centes matizes...

As meigas andori-nhas esvoavam paratodos os lados, asdóceis pombas fen-

J dem os ares num li-geiro arfar das azas.

Tudo encantador...no meio da iloresta'0 alegre silvar dalocomotiva, que vera«cortando^ as den-t-as maltas, c atra-Vessando caudalososrios, e o ledo cantarCo urú, com o caniarda araponga, for-rr.am a inimitável or-chestra sejyáfixin. • •

Ao atravessara es-irada um fatigadocamponez detem-sesobre um negro ctosco cepo, para ou-vir o dócil borbori-nho do regato perto,quando, volvendo oolhar para a praia,observa a singrar ogrande mar um bar-co aventureiro, quevai em busca da felicidade... sente-se elle neste momentoalegre e satisfeito; tudo lhe é affavel, as leves brisas oembalam numa rede de prazeres, — o murmúrio do re-gato, O sibilar da locomotiva, o cantar da araponga e dourú incutem-lhe n<> coração um quer que seja de apra-zi%el.

' Phoebo transpoz o monte, seus dourados raios nãomais apparecem. A magestosa Diana está prestes a

Alumnos da Escola Amor d Instrucção, dirigida pela dislincta professora D. CrmesindaSantos Goulart. — Araguary —Minas

surgir, paia deitar sobre a Terra sua luz pallida e melan-eólica.

O camponez ajoelha-se sobre uma casca de madeira,para fazer sua oração, quando lá ao longe os sino» dão asultimas badaladas da Ave-Maria.

(Taquaritinga—S. Paulo)Remo Paschoalino

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rJtlunuK» das escola» do» Sr». Fratclaco o Ilygino Rolim, em çic-nte nos «rredore» da cldad» Ue S. Jo»é do Rio Pardo. Viera se 4 direita o» dou» duuavtM

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O TICO-TICO GREVE NO GALLINHEIRO IIA

(1) Havia um vez um gallinheiro magni-fico, espaçoso e claro. Ahi, gallinhas, perus epatos viviam muito bem...

(2) ... comiam a fartar do melhormilho, que era distribuido em grandequantidade logo pela manhã.

(3) Mas havia no gallinheiro um peruvelho que, vendo approximar-se o Natal—lembrando-se de que nessa epocha eracostume matar varias gallinhas e perus... n

(4) ... promoveu um meeting no gallinheiro, aconselhando a todos os seuscompanheiros que se revoltassem contra a dona do gallinheiro. — Fiquem sabendo di-zia o peru, pi-e a dona do gallinheiro nos trata muito bem e nos dá muito milho paranos matar q .ando ficarmos gordos. O que devemos fazer...

(5)... é fugir. Os outros, impressio-nados por essas palavras, ouviram os con-selhos e saltando a grade do gallinhei-ro...

(6) ... fugiram todos pelos campos,imaginando que iam viver muito bem, li-vres, espalhados no matto.(7) Só ficaram no gallinheiro trez ou

quatro gallinhas, um gallo e um pato que,por muito gordos, não podiam coirer.

(8) Mas, no matto, as gallinhas fugi-das cahiram logo nos dentes das ra-posas e lobos, que as devoraram sempiedade...

218? 8

(9) ... outras foram agarradas porladrões, que sem demora as mataram.Em dous dias as gallinhas fugitivas foramliquidadas...

(10) ... apenas trez magras e famin-tas conseguiram com grande trabalhovoltar á casa de sua dona...(11) Então o cão de guarda lhes disse : —

Minhas amigas. Náo ouçam os maus conse-lhos. A revolta nunca faz bem. O melhor ecada um resignar-se com a sua sorte,

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12 AS FÉRIAS O TICO-TICOPE LULU

1) Todos os annos Lúlú vai passar asférias na fazenda do tio Antão, que é cam-ponez. Elle gosta muito de passar as fériasalli...

2_ ...porque diverte-se na fazenda muitoá vontade, fazendo toda a sorte de traves-suras. Um dia na adega, amarrou umacorda nas bicas de duas pipas de vinho.

3) Fez isto para pular na corda. Mas depoisesqueceu-se e deixou as bicas amarradas. 0cachorro passou, perseguindo um ratç...

i—i-tt-v*' -V.TI í.¦¦-¦•¦-.• ._fci>_t-w_t-

4. ... puxou a corda, arrancou as bicasdas pipas e o vinho todo escorreu na adega,formando um vasto lago

5) De outra vez, Lúlú amarrou o gato poruma perna e collocou-o no chão perto dajanella.

^^L^sÁ í Êè

6) Vem o cachorro, quer avançar parao gato. O gato pula, mas,amarrado comoestava,esbarrou no cachorro, que cahiu...

7) ...dentro de uma barrica de tintaencarnada, de onde Lúlú o tirou todo pin-tado.

8) Mas Lúlú teve outra idéia. Cortou todosos pellos de um cachorro deixando só umpouco na cauda.

9) Feito isso arranjou dous chifres demadeira e amarrou-os na cabeça do ca-chorro, que ficou paiecendo um boi pe-queno.

10) Pois Lúlú soltou o cachorro, assim pre-gando grande susto a um rapaz chamado Pe-dro, que no dia seguinte veiu dar queixa domenino.

11) Lúlú tomou raiva a Pedro por isso eresolveu vingar-se. Mas fingiu-se rnuito amigodo rapaz e um dia disse-lhe que tinha vistoum ninho no forro do paiol.

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?_____F7w*felawfes—~&r l w_y i^^\ __ ^ff£~v. ¦"¦"¦¦¦___

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™ T —'t/L.—_lr._ -A12) Pedro acreditou e arranjando

uma escada tratou de penejrar noforro do paiol por uma abertura, quehavia entre as taboas..

(Conclue ua pagina i3)

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O TICO-TICO -áLS FÉRIAS I>0 LXJX.XJ 13

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BES. i

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1) Mas apenas Pedro iutroduziu o cor-po até a cintura, Lülü, mais que depressa,pregou as abas da blusa do rapaz nastaboas...

Fl ' '"* i " l f " '' ' ¦ •• m i . ".™

2) ...e tendo-o assim preso, deu-lhe umasova medonha. D'ahi a dias Lúlú foi tomarbanho no rio...

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tu,èíKM

.,——-Ti-i- ¦ ¦ '¦

3) Pedro que o viu, tirou-lhe toda aroupa e.fugindo com ella,foi dizer a um..-

;

4) ...guarda da estrada, que vira um meni-no tomando banho nu no campo.

5) O guarda correu logo para o lugar in-dicado por Pedro. Lúlú sahiu da água e,encontrando apenas uma camisa...

6) ...fugiu assim mesmo pela estrada.O guarda perseguiu-o. Lúlú trepou a umaarvore...

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y=^L^y iiiii^iiiitf/iii^i/iü.ji,. /niMn.,;, .) Li i.il,.i'/t^A"x^ip>v/ii--l'- ¦_

/

7) O guarda subiu atraz d'elle.Z.«/« seguiupor um galho. O guarda quiz fazer omesmo, mas Lúlú saltou

8) ... e aproveitando a posição do guarda, queficara dependurado, tirou-lhe a calça.9) ... com o qual se vestiu e foi-se

embora.

pegir^ThãoTs^^ talJl ?yelhf° Anto"io cal?°" °* tamancos 12) ..'.porque, debaixo da taboa havia um

hLr*0""-' <£H2*&™ ?rJsirsarassas.*m™° ssskr0e dessemod°°"°ae

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14 DID, DAD, DOD E O ELEPHANTE O TICO-TICO

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1) Did, Dad e Dod eram trez irmãosmuito alegres e passavam o tempo brin-cando.

4) ...procurou proporcionar a Did, Dade Dod umas horas divertidas.

7) Did quiz abandonar-se ao seu sportfavorito, pescando com tanta felicidadeque...

2) Um dia elles avistaram um elephante,que se approximava..

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5) Fel-os subir ás alturas da tromba ecolher as melhores fructas.

8) .. .conseguiu pescar um barril cheiode álcool, que alli tinha cahido.

10) De repente,no melhor da festa.appa-rece um terrível leão, que não tinhacomido havia mais de 20 dias.

11) Espanto geral, mas o elephante sal-vou a situação dando no leão um banhode álcool.

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:i) .. e fizeram tantas festas è tanto com-primentaram, que o elephante, reconhe-cido...

6) Depois os irmãos passaram um riofundo e caudaloso.

9) Did, Ztaci e Dod fizeram do barril umpresente ao amigo elephante... que,estandocom muita sede, bebeu todo o álcool

12) O leão fugiu espantado e Did, Dad eDod levaram em triumpho o bom amigoelephante.

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a 6 Biloliotlaeca, cio TICO-TICO OS SEMEADORES IDE GELO ©SViram-se faiscas luminosas. Mas ao mes-mo tempo ergueu-se do rio uma espéciede nevoeiro, a água tornou-se mais cs-cura, cobriu-se de crystalisação, estala-ram, juntaram-se. .

Ao ílm de meio minuto uma crostaunida e solida, que devia ter dez cenü-metros de espessura, estendia-se de umaa outra margem.

Vamos ! Agora é preciso não perdertempo —exclamou o engenheiro—O gelonão pode durar muito.

E dando exemplo metteu o cavallo pelorio. A parte do gelo re. »_iu perfeita-mente e todos passaram. Apenas tiverama precaução de passar cada um por suavez.

O governador estupefacto murmurava:Mas essa invenção do ar liquido vai

revolucionar o mundo.--Assim o creio — disse Júlio — Em

outra oceasião lhe explicarei o que pensoa esse respeito.

Por que não o faz agora ?Por que agora temos que nos esfor-

çar para que essa maravilha não se torneuma arma terrivel na mão de um crimi-noso.

O governador curvou tristemente a ca-beca e seguiram todos a galope pelo bar-ranço por onde Olivio entrara.

IIO ULTIMO PLANO CRIMINOSO

Mais adeante o caminho alargava umpouco e havia de um lado uma pequenacabana abrigada por grandes arvoresvelhas. A estrada era ahi muito má,cheiade pedreirulhos e raízes, que obrigavamos cavalleiros a incesssante cuidado.

De um lado e outro a floresta era cerra-da, impenetrável.

Nessa cabana estava Olivio sentadodeante de um homem magro e pallido,que tinha nas faces os estigmas da longafebre paludosa, que o minava.

Então, meu velho Barloldo o contra-bando já não dá resultado? —perguntavaOlivio.

Qual! meu senhor.Entretanto eu tenho auxiliado quanto

posso.Bem sabes que minha fazenda estásempre ás ordens para mand. as merca-dorias.

Ah. se todos os fazendeiros nos au-

xiliassem como o senhor... Mas de todosque o senhor auxiliou só um continua alhe ser agradecido. t

Tu !...—Sim, eu. que não esqueço quantasvezes nos ajudou a passar contrabando.—Pois bem, esqueçamos os ingratos

que já não se lembram.Mas ha ingratos —. disse o homem

pallido—Só eu resto para lhe agradecer,porque todos os ouiros morreram.

—Morreram ?... Todos ....—Sim. meu senhor. A febre levou-os

todos. E eu também i.ão posso durarmuito tempo.

Olivio guardou silencio. Não quiz pre-oecupar-se com a sorte d'aquelle infe-liz. Mas pensava no parüdo que podiatirar da miséria d'aquelle desgraçado.

—Barloldo — perguntou elle de repenle — tens ahi alguma bebida que mepossas offcrecer?

—Tenho ahi vinho de palma.que guardo para os amigos mais caros.

—Tem muito ?—Tenho trez odres.Olivio esfregou alegremente as mãos.—Muito bem, Bartoldo. Compro os

trez odres de vinho.—Eu não os vendo —disse o contraban-

dista — Tenho muito gosto em offerecer-lh'os.

Olivio poz-se a rir.—Escuta — disse elle — agradeço teu

offcrecimento; mas tu és pobre, eu sourico, faço questão de pagar.

E'collocou sobre a mesa varias moedasde ouro.

O homem estendeu a mão hesitante, .apanhou as moedas e com rapidez incri-vel sahiu da cabana.

Pouco depois entrava de novo, trazen-do tres pequenos odres com tampa demetal.

Calmamente Olivio tirou» do bolso umvidro com fecho de prata e abriu.

Ü vidro continha um pó branco, seme-lhai.le a assucar crys-talisado. Oliviocollocou uma pitada desse pó em cadaum dos odres e sacudiu-os bem,para queo pó se dissolvesse no vinho.

Sabes o que estou fazendo? — per-guntou elle a Barloldo"?

O intcrpellado ergueu os hombros edisse ¦

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lhor cavallo e sahiu da cidade a galope,tomando pelo caminho da montanha.Q governador olhou para Júlio e per-

guntou :E' o caminho que vai dar ao templo

de Incatl ?Sim senhor — respondeu o enge-

nheiro.Então partamos immediatamente.

O senhor disse que era absolutamentenecessário chegar lá antes d'elle. Temosque alcançal-o, custe o que custar.

Vinte minutos depois quatro cavallei-ros, escoltando duas senhoras, seguiamtambém a'galope pelo caminho da mon-tanha.

Eram Júlio e seus amigos, que corriamem perseguição de Olivio de Avarca.

Durante quatro dias correram pelas es-tradas cheias de pó sem conseguir alcan-çal-o. Nas raras fazendas que haviampelo caminho, informaram-se. Todos di-

ziam ter visto passar um cavalleiro comos signaesde chefe de bandidos.

Era. evidente que elle seguia a mesmadirecção mas tinha muitas horas deavanço.

Esse numeio de horas não diminuirádurante os quatro dias de perseguição.

Somente na véspera, depois de tertransposto a fronteira boliviana Júlio in-terrogando um pião tivera a noticia deque o cavallo de Olivio fora mordido poruma serpente. Redobraram de esforços

A' noitinha chegaram a uma pobre estancia onde encontraram em um campofechado o cavallo ferido.

Mas Olivio comprara outro animal e se-guira viagem. Conitudo desta vez suapartida mpntava apenas a duas horas.Portanto estava perdendo terreno e podiasc ter segurança de alcançal-o.

Todos e sobretudo Slella.estavam mui-to fatigados. Passaram a noite alli e reco-meçaram a diligencia no dia seguinte.

QTJIIIXrT.A_. FA.rLTEA CONQUISTA 00 INCATL

A PONTE NOVA

Partiram ao romper do dia.A região, que até ahi era verdejante,

mudou de aspecto, tornando-se rochosae árida.

Ao longe.no horizonte,via-se uma seriede collinas azuladas que Ydna indicou aseu companheiro, dizendo:

—Além daquellas collinas começa afloresta, no fim da qual se encontra otemplo de Incatl.

Entretanto os viajantes seguiram poruma Hanicie arenosa, sem encontrarem omenor espaço de sombra.

Uma única cousa servia de compensa-/ãoa esse. inconveniente. Alli podia-sever ao longe.

Apezar porém do enorme campo ex-posto á visão não se descobria o menorvestígio de Olivio. Naturalmente o ban-dido já atravessara essa região desoladae estava,repousando á sombra, além dascolunas azues

De facto era assim.O sinistro salteador ia já ao longo das

collinas e caminhava sem se apressar.Um riso mau illuminava-lhe de instan-

te a instante a physionomia.—Elles devem estar admirados —disseem voz alta— Ha provavelmente qua-tro dias que me perseguem e não conseguira m me alcançar.

Elles de certo imaginam que eu nãosei que estou sendo perseguido. Mas ocaso é que não me alcançam.

E desdenhosamente acerescentou :—Parece impossível que Júlio, sendo

engenheiro, não se tivesse lembrado do.telephomelro.

E tirou do bolso um apparelho que áprimeira vista parecia um relógio, umpouco maior do que os que são habitu-almente usados. Mas esse relógio tinhadous quadrantes e de um lado havia umaespécie de phone. Era um apparelho ¦.muito usado nos navios e que serve paraouvir e determinar a distancia de onderarte um som

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_> _ Bitoliotneca cLO TICO-TICOOlivio deteve o, cavallo e collocou o

telephomelro sobre a palma da mão, como phone virado para o lado da planíciearenosa.

O funccionamcnto do apcarelho é muitosimples. Os sons recolhidos pelo phonefazem vibrar uma membrana esticada so-bre um quadro que se move cm torno deum eixo. A vibração do tympano faz mo-ver-se o ponteiro, que marca a distanciade que vem o som.

Olivio observou o apparelho duranteum minuto c guardou-o, murmurando :

Estão apenas a doze kilometros. Por-tanto, ganharam terreno hontem .... Masnão faz mal. Na Ponte Nova hão de seatrazar outra vez.

E acerescentou com ímpeto:Eu preciso conservar o avaílço até o

templo de Incatl... Basta que chegueahi uma hora antes d'elles... Com o arlíquido transformarei em pedra a águada fonte do templo, entrarei no subterra-neo em que estão os thesouros e sereiobedecido cegamente pelos estúpidos sa-cerdotes dos Incas.

Com os olhos brilhantes, ergueu-se nasella e dirigiu a mão num gesto de amea-ço para a planície.Hei de vencer! Aquelles imbecis nãoconseguirão impedir que se realise mi-nha vontade !

Seu cavallo entrara por um campo emque havia hervas altas e onde passavaum rio bastante largo e profundo, vindodas colunas mais distantes.

E' o Chiribera—disse comsigo mes-mo o bandido.—E' bastante fundo e temcorrenteza sufriciente para assustar o maisaudacioso. Com mulheres elles nunca seatreverão a atravessal-o a nado... Eudestruo a ponte e dei.\o-os no lado de cá.Demais, não ha de ser este o único obsta-culo que elles hão de encontrar.

Um fulgor vermelho passou nos olhosdo terrível salteador. Travava um duellode morte com seus adversários. E nãoera homem para recuar diante de maisum crime. Continuou a adiantar-se, semfatigar o cavallo. De súbito soltou umaexclamação de alegria. Adiante, a cercade cem metros, via-se uma pequena pon-te rústica, lançada sobre o rio.

A Ponte Nova I—disse elle.Apertou as esporas nos flancos do ani-

mal, que em poucos saltos alcançou oponto desejado.

Havia dous sólidos postes cravados cmcada uma das margens; pendurados aesses postes, com o auxilio de cipós, treztoros de madeira, ligados entre si, foma-vam a ponte.

Sem hesitar, Olivio passou para o ladoopposto. Uma vez ahi, saltou do cavallo

''

e, tirando dos coldrcs um machete (espe-cie de cutello muito usado para abrir ca-minho no matto), começou a cortar me-lhodicamente os cipós que prendiam otaboleiro da ponte.

Era trabalho fácil. Em poucos minutostodos os cipós estavam cortados. EntãoOlivio ergueu um após outro os toros demadeira c atirou-os ao rio, onde foramarrastados pela correnteza das águas. L's-tava tudo terminado. A Ponte Nova jánão existia.

Um rio rápido e profundo separavaagora o perseguido de seus adversários.

Exactamehte diante do ponto cm queexistira aponte, abria-se um atalho mui-to estreito, que mergulhava nos flancosde uma coluna rochosa.

Era um barranco aberto pelas águas dachuva. Por ahi c que Olivio conduziu ocavallo c, depois de lançar um olhar iro-nico para a planicie, desappareceu.

De novo as margens ficaram desertas.Apenas de instante a instante passava noar um abntre ou um eondor. Às aves derapina, de olhar penetrante,notavam quealguma cousa mudara no aspecto geralda pa.rsagem. E isso inquietava-os. Todaa modificação pode oceultar um perigo.Os grandes pássaros volteavam sobre orio e desappareciam ao longe.

Entretanto o governador e seus com-panheiros já vinham por entre as arvores,ao longo do rio.

Oscavalios trotavam com ardor.— D'aqui a um instante encontraremos

a ponte—dizia Ydna— Do outro lado haum barranco de cinco a seis kilometros;depois entraremos na floresta. Não se-guiremos pela estrada real que vai até oOceano Pacifico, passando pelos Andes,em um percurso de seiscentos kilome-tros. Iremos pela floresta por um caminhoque vai directamente ao templo de In-catl. D'esse modo chegaremos alli antesdo homem, que foge diante de nós.' '

OS SEMEADORES DE GELO ©£5—Deus queira que assim seja—murmu-

rou Julio.E encontraremos intactos os thesou-

ros do templo.—Ah, pouco nos importam os thesou-

ros 1—exclamou Stella.—Então para que essa pressa de che-

irar lá ?—Em primeiro logar para demonstrar

ao Sr. /). Pedro com quem está a ver-dade—disse Julio gravemente. Em se-gundo logar para me fazer obedecidopelos sacerdotes^ do templo c restituiraStella, sua irmã, que ella tanto desejaencontrar.

O governador olhou tristemente parao engcnheiro. Elle agora já não tinhaduvidas, Ydna contou lhe os aconteci-mentos do botearia e ellc foi forçado aacreditar. Está convencido da infâmia de(Hino.

Crabb e Candi também confirmaramque faziam parte do bando de salteado-res e como Stella perdoou aos pais ad-optivos de Julio. o governador não quizser mais severo do que ella e os dous an-tigos bandidos, agora tranquilllos.consi-deravam-se dos mais felizes.

Ouviste o que disse nosso filho1?—murmurou Candi ao ouvido de Crabb.

Yess.Elle não se importa com os the-

sou ros.E' espantoso!Muito bem. LTm homem diz isto

quando não sabe quanto custa viver. De-pois é que aprende a dar valor ao di-nheiro.

E' isso mesmo, Candi.Portanto nós, que temos experien-cias,quando entrarmos no tal thesouro...

Yess. Entrando no thesouro...Trataremos de arranjar uma peque-

na posição para a velhice.AU right, Itandi— approvou o in-

glez — Vocô es&r um homem de juizo.E você também, digno Crabb —disse o italiano.

Uma exclamação de Ydna veiu inter-romper essa amável palestra.Oh! exclamou «Ha. A ponte foi des-truida !

—Destruída?! exclamaram todos appro-ximando-se.

Sim... vejam 1 Ella era aqui. Ainda

ahi estão as postes na margem, de umlado c d'outro. Cortaram-a.

Julio ergueu os hombros.Um rio tão insignificante não nos

pode deter—disse julio — Querem ver?E adiantou o cavallo em direção a mar-

gem. Mas a sacerdotiza de Incatl dete-ve-o.

Não faça isso. Essa água tem forçaespantosa; é impossível atravessal-a anado. E, admittindo que o senhor com-siga passar, não quer de certo arriscar avida dc Stella. '_

O engenheiro deteve-se indeciso.Entretanto os outros discutiam.Candi propoz que construíssem uma

nova ponte. Mas Crabb observou quenão havia arvores pelos arredores.

O governador queria perseguir Oliviosósinho.

—Não,—declarou Julio—Não consinto.Elle matal-o-ia, Sr. governador

Ou seria morto por mim — respondeuviolentamente /). Pedro—Sei ia eu a ma-tal-o, para impedir que um homem deminha familia vá ao cadafalso.

Foi Stella quem poz fimá discussão,di-zendo :

—Sr. governador. Meu pai fez uma vezem Martinica uma experiência que nóspoderíamos tentar agora.

Que experiência, senhorita?Elle atirou, á distancia, uma ampola

de ar liquido sobre a água de um rio. Aampola partiu-se, produzindo -violentofrio...

Então...A superfície do rio gelou-se imme-

diatamente,formando uma crosta de gelotão forte que eu e meu pai passámos so-bre ella a cavallo.

Julio soltou um grito de triumpho...Bravo ! Eu é que sou engenheiro e

minha querida Stella é que organisou oprojecto de uma ponte rápida.Afastem-se.meus amigos, afastem-se,que eu vou ge-lar a água do rio.

Embora não acreditassem muito no re-sultado daquella experiência,que lhes pa-recia por demais miraculosa, os circum-stantes afastaram-se.

Julio tirou da caixinha, que trazia a ti-racollo.uma bola azul,do tamanho de umalaranja, balançou-a no ár e atirou-a comforça sobre a margem opposta. Ouviu-seum' ligeiro estalar de vidro quebrado.

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17 O TICO-TICOFELICITAÇÕES

Completou 12 annos de edade no dia 18 de Junho o nossoleitor Cyro de F. Valladão, fiiho do Sr. José da Silva Vai-k.dão, escrivão na cidade de Capivary, no Estado do Rio.—José Baptista Osório, intelligente menino amigo dO'lico-Tico,

completou seis annos de edade no dia 21 dcJunho.

—No dia 23 do mez passado completou trez annos deedade a nossa futura leitora, a menina Elvira, filha do Sr.Belchior José da Gama e residente nesta capital.—Fez annos no dia 21 de Junho o leitor e collaboradordO Tco-Tico. o menino Layre Fernandes dos Santos.—No dia 24 do mez findo a nossa intelligente leitoraArecy Carneiro completou 12 annos de feliz existência.Aracy reside em S. Domingos do Prata, em Minas.—A menina Iracema da S. Leal, intelligente alumnada Escola Modelo Affonso Penna, completou no dia 23 domez passado, 12 annos de edade.—Mais uma futura collaboradora das nossas columnasacaba de enriquecer o lar do Sr. Armando Pinto Ferreira,ioianda se chamará essa futura leitora do Tico-Tico.

BOA SENTENÇAA noz, o burro, o sino e o preguiçosoSem pancada nenhum faz seu officio.Se uma é fechada, o outro é vagaroso,Aquelle cala, este faz exercício :Mas tanto que do ferro ou páu nodoso,Os duros golpes lhes sacodem o vicio,O frueto abre, o animal pés amiúda,O metal clama, o preguiçoso estuda.

DER MOLIN. ALLIVEL NOS DARTHROS, ECZEMAS, EMPIGENS

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HISTORIA PARA CREANÇAJOÃOSINHO, O VADIO

Joãosinho era muito vadio.Quando chegava a hora de irpara a escola, Joãosinho oradizia ter muita dor de cabeça,ora fingindo uma grande dôr dedentes.

Seus pais, que o estimavammuito, ficavam tristes, porémnão o castigavam,por que João-

sinho, era muito boine muito amigo de scus papais.Se não fosse aquelle grande e feio defeito, que j._ão-

sinho tinha de não querer estudar, certamente elle seriaum menino exemplar. Não havia, porém, meios de con-seguir que Joãosinho cuidasse de suas licções e fosse con-tente para a escola.

Um dia o avô do menino foi visital-o e levou-lhe umcartucho de oonbons muito gostosos que só elle sabia ondese vendiam; porém, sabendo que Joãosinho não estudava,deu-lhe um só para provar, promettendo que lhe daria,mais si elle fosse contente para a escola e soubesse suaslicções.

Hoje Joãosinho é o melhor alumno do collegio e seupai o melhor freguez da casa carioca, á rua Gonçalvesdias n. 2, onde se vendem os afamados e milagrososBONBONS PETUOPOUTANOS, da Casa LOEFFLER.

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19 O TICO-TICO

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x nlRstS^*^'H1/f II

João Plinio Cruz —Suas per-guntas serão respondidas, nasec-ção Sciencia fácil, pelo nosso il-lustre companheiro e mestre oDr. Sabetudo.

Aurélio Uchôa dos Reis Lins—Ternos muito prazer em enga-jal o no batalhão de Chiquinho.

Benedicta Coutinho de Moura— Será atlcndida.Antônio M. Cardoso — Ainda

não tivemos espaço para publicarc seu trabalho, mas não se zan-

gue ; se elle estiver bom, fal-o-hcmos sahir o mais brevepossivel.

Armando Cabral Ferreira Lima —Nós não nos rala-mos por! isso; ao contrario, lhe ficamos muito gratos,por nos ter enviado o seu retrato.

llaydo Mury Netto — Você nada tem que agradecer.Providenciámos lego sobre o que nos pediu e esperamosque o amigo já esteja attendido.

Zacharias Eugênio de Oliveira—Zé Macaco passaaetualmcnte vida regalada em Londres, onde está fruindoa furtuna que a loteria lhe deu; agradece as lembranças.Chiquinho está bom e já levou varias sovas depois d'aquella.Elle c Jagunço agradecem.

Arlindo M. Garcia—Sim, recebemol-a e já declarámosisso na Gaiola do numero anterior. Se está em condiçõesde ser publicada ainda não sabemos.

Francisco Coelho e Mello—Você interpretou mal anossa resposta. Não dissemos nada de mal e sim que vocêpoderia mandar quantas perguntas quizesse e no dia quelhe parecesse melhor; quanto ao prêmio, a culpa não énossa.

Faça as caricaturas cm papel bem branco, sempauta e com tinta bem preta e bem sombreadas, pois é ounic.o meio para poderem ser publicadas. No mais consi-déramos você um dos milhares de nossos amigos ,c nãofazemos injustiças.

Quando nos enviar concursos, não os mande todoscoitados cm um só papel. Faça-os em papeis separados eassigne os cada um de per si,podendo vir todas.porém, cmum só envelloppe. Os concursos, que nos enviou ultima-mente estão certas, á excepção do que tem o n. 400.

—Guiomar Maciel—Pensamos que já esteja satisfeitacom a publicação da sua Rosa Branca, que achamosmuito bonita. Continue.

—Jehovah Maciel— Pode mandar o seu retrato que opublicaremos. Você precisa caprichar mais nos desenhos.Mande outros. O Chiquinho agradece as suas lembrançasc Jagunço envia um abrace ao Danúbio.—Prolo JGuerra — Lamentamos que se tenha ma-goadoe desejamo lhe melhoras.

Recebemos e vão ser examinados e publicados os queestiverem em condições os trabalhos assignados pelos se-gutntes collaboradores :

José Britto cta Rocha, Cândido de Oliveira Bastos,Jeuersond'Avila Junior, Zacharias Eugênio de Oliveira,«orminda de Andrade, Urbano Pereira, Alice de Barrosiimentel, Maria da Penha Apparecida, Geraldina Moura«•TV Ar'mda Mariz Garcia, João T. Silva Braga,uidinha figueira, Edgar Ficheira, Francisco Eendra,Moacyr Campos, José de Góes Duarte, Eduardo Moraes,Adelino Campos, Guiomar Maciel, Laura. Campello. MariaLuiza Campello, Jehovah Maciel. Jandyra Drago, Aldo daiHlva, Mano de Moraes, Gelio Brinckmann, Jayme Amorim,by vio Muzzi de A. Alice G., Canegesa, Hugo de A Pires.ArI.nJo Mariz Garcia, Geraldina Maura Cruz, Nelson Gamaao Nascimento, Diogcnes de Castro Barcellos, ZelindaN:-coietti Luiz Gonzaga Coelho, Coticcti, Tibyriçá de Sousacarvalho, Ldgard F. de Godoy, Potvguar Medeiros, Al-mcrindo Maia, Alayde Lamego Machado, Amilcar ViannaMartins, Francisco M. Gusmão, Ernesto Humphruys. íieve-nno Marques Silva, e João Gomes Moreira.

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— Pois é como lhedigo, Cláudio, ainda nãoencontrei medicamentoscapazes de curar a tossetebelde que persegue Al-berlinho ha quasi 4 me-zes. O pequeno definhadia a dia c eu já estoudesespere do I O medicodisse já que eu devo mu-dar-me para uma casa

menos humida, se eu quizer cural-o e ao mesmo tempon:e manda dar-lhe uma porção de xaropesl Um horror!...

Se lhe desses o BROMIL já o terias curado, porqueesse milagr.osoxarope cura qualquer to;.se em 21 horas. Etua mulher ainda soffie ?

— Sim.Dá-lhe então a SAUDE DA MULHER e terás assim

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O TICO-TICO 20

QhDE l5TA o CSATb?jf!Sf*f^^RESULTADO

DO

CONCURSO N. 457

Nós, no concurson. 457, promettemosdar premios aos dousleitores, que collocas-sem as 30 cabeças deindivíduos, que de-mos.no menor circulopossível, sem que setocassem e sem faltarnem uma, sequer.Promettemos e, écla-ro, cumprimos hoje anossa promessa. Os

dous leitores premiados não são, porém, os únicos queconseguiram collocar as cabeças no menor circulo possível

A W ú \y^W^ % FjlFl mm wL

%\ ^S T T MwmmmnmM^SlÊfmm Ej5 lb

não; muitos outros o fizeram cgualmentc, razão porquefomos obrigados a recorrer á sorte que deu oIo premio— I0S000 á menina

Dalila -Pimentelde 9 annos de edade, moradora no Estado de Sergipe, emPacatuba, e, o

2o premio— lOíOOO aGorazil de Faria Alvim

com 13 annos dc edade, morador em Ubá, na rua Munici-pai, 11 .• 70.

Enviaram-nos soluções para este concurso os seguintesleitores :

Gorazh dc Faria Alvim, Pedro Aurélio de Oliveira, Eu-gênio Donadio Blois, Julieta Granado, Yolanda da Fonseca,José Eddc, Manuel Soares, Dalka Braga, Dagmar Braga,Amélia Braga, Luiz de Albuquerque G. da Silva, Nair Fui-tadodaCunha.Zaadvnair Gama, Alberoni Ferreira da Cunha,

Maria da Candelária S.Diniz, Antônio ViltaresTeixeira, Homildo Ribeirode Queiroga, Brivaldo Ri-beiro de Queiroga, Stcl-lita dc Freitas Barbosa,Adovaldo Figueiredo dcSousa, Maria Luiza de Oli-veira, Maria Conceição dcBar os França, Dalila Pi-mcntcl, Manuel JoaquimFerreira, Gustavo Stic-bler, Ydra Moreira daSilva, Yary Moreira daSilva, Alba Fonseca, LéaPrado, Alvim dc Góes,Lelia Sócrates, ArcyriaSócrates, Ephrem VieiraLima, Zoraido Lima, An-tonio Souza, Agenor daSilva Manno, ElcliaMot-ta, Zoé Motta, José Maci-ei, Guiomar Maciel, ZeliaSilva, Maria do CarmoDias Leal, DonguinhaDias Leal, Homero DiasLeal, Filhote Dias Leal.Maria Salles, Cyro F. Vai-ladão, Orlinda de Carva-lho, Henrique Paulo Fron-tin, Nilda Mascarenhas,Aurelina Alves da Silva,Mario de Oliveira Bran-dão.Carlos Rodeck.Aveli-

^J fik^bflV no Nunes Júnior, Carmen^fl MfmV^ Annita

M^mwvxr ||B mão, Alba Aurora da Luz,Ift^ÉÉP m~MMm^mw ÍAUZ da '•uz' Gumercindo

¦ Albino da Luz, AlbinoP^3 ^r ^os Santos c muitos ou-W '

RESULTADO DOCONCURSO N. 470

Uma das soluções

nnsrosTAS cfrtas

1 1" — Bilha-bilhoi-*•— Celeste

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21 O TICO-TICO3*— Roma-rosa4» — Chili-chale5* — A lettra EO sorteio nesse concurso foi feito entre 7349 soluções,

que vieram como manda o nosso regulamento, isto é, acom-panhadas do vale respectivo, das residências e edades dosconcurrentes e que chegaram até ao dia 3 de Julho. O re-sultado do sorteio foi o seguinte: i

i" premio ÍOSOOO

'Gamaliel "Pereira da *Cruzdc 13 annos dc edade e residente em Ribeirão Preto, á ruaFlorencio de Abreu, n. 14.

2" cremio— I0S000

dei>_

Lelia Sócratesedade, moradora na rua Victor Meirelles,9 anno? dc

¦Capital.Enviaram-nos soluções:Jacyra da Rocha Azevedo, Aroldo José Reis, Giobert

d.e Gouvfia, Iracema Martins, Carmen Pereira. Eulina dcGoesTelles, Haydéa Moraes Joves, Flavio Coutinho, Irace-ma Rosa, Antonietta Mamcde, Rosalia de Paula Aguiar,Ignez do Carmo, Helena Ramos, Jaú SanfAnna, Guilher-me de Oliveira, Corynlha dc Souza Neves, Renata Cambu-quira dc Sousa, Marietta Angelina da Costa, Zcnaide dcSousa c Silva. Kocivalda Ribeiro, Durual Mallio Carvalho,Violeia .Marlins dos Santos, Jayme Amorim, Lauro de Al-meida Moutinho, Alzira Valdejtáro, Orlando Barbosa, Gil-berto Gonzaga Romeiro, Saint Clair SanfAnna, Jandyra

. Rocha Pinto, Branca Erminio, Alice de Barros Pimentel,-Marianna Francisca de Gusmão, Rachel dc Mello, GustavoPereira Nunes. Sérgio Muzzi de Arnide, Eugênio DonadioBlois, Cecilia Xavier. Henriqueta Waack, Gamaliel Pereirada Cruz, Alteria M. Pereira Franco, Minervina Macedo dcCarvalho, Zelinda Nciolctti, Julinha de Carvalho, José dcAguiar, Aurelia Martins, Cecy Martins, Jayme José daRocha, Luiz da Costa Guimarães, Noél Falcão, CarlotaSoares Leite, Pedro Luiz Monteiro dc Barros, AslrogildoMotta, Arinda dcGocs Pedrinha, Carlos Edmundo Bling,Hugo dc A. Pires, José Gonzaga, Dora Ewerton Martins.Adelia Obcrlaender dc Carvalho, Nair Valdeiaro, MariaGomidc Rodeck, Rosina de Magalhães, Rosa dc Vitq. Pas-chpal Eboli, Pedro 7.., Alda da Silva, Umbelina Cavalcanti

. de Albuquerque, Arapoty Xavier dc Brito, Erotides Car-neiro Pinto, Odette Garcia, José Punaro Bley, Nise CostaLima, Alice Soares Caneco, José Soares do Boir.lim, Leo-nor do Carmo, Maria Luiza de Oliveira, Maria Adelaidelavarcp, Epiiacio França Gonçalves, Euclides dos Santos,wanda das Chagas Leite, Olga Gonçalves, Tete Xavier,Amazila Canmbaba, Maria U. Couto de O. Barros, Custo-dio da Fonseca, Victor dc Mello e Alvim, Eurico Fernandesoa niotta josc I' Landim, João Augusto M. Cambat, JúlioUsigho, 1,-acema \ eiga, Maria Isabel da Silva Pinto. Britesdc Azevedo Marques. Duvalina Gonçalves dos Santos, Ge-raldo Rodrigo dc A e Silva, Luciano R. Martins Júnior,José Syles Cinira, Raul de Azevedo Marques, Nel=on Ti-noco Guana Lyra dc Almeida, José Jorge Gonçalves,josc ferreira dc Barros, Francisca Guiomar, Cândido JucáJúnior Isaura Diniz Drummond, Lúcia Lopes dc Almeida.-Mana Antonietta Pinto, Renato Nunes Machado, MenelickVermelho, Gastão Luiz Detsi, Carmen C. Bitiencourt, Al-vaM^?-r01^;r'° da Gunha Rodrigues. Zoraidc Lima, Adc-yaiao

l-igueiredo dc Souza, Mario Salles, Mayrim dc Oli-veira Oomcs, ücorgina Salgado dc Souza, Mairv Espinola,/.aira da Silva Perdigão. Renato Moreira, Alice de Mattos,uastao Caba. Victor Obsson, Waldemar Mera Barroso,™^,JJi- r?ch' Constantino Vellozo, Maria Salles, Ar-1'crreira Martins, Mecia Caslro Lopes, José Luiz

Au<í_sia]>o i,,!> LJ(?ue,,iva,'8'elina Laudim Alice Bradão,^Azevedo vf\^lexandrina de Gouv^. M&ria FerreiraUmberTo d?'il

Mar'a.de Rezende, Angelina Vivacqua,lotííhí A r

°8 eTre'-a' LÍSCttc de -Ma?silac Fontes/Car^Amaral Al«™?57' i

LulZ Robe"0. Milton Estanisláu doda Silv-; vorh f^ííW0 de PauIa Kavier. Stellita Joffertda Silva, Norbcrto Ribeiro, Maria Ozorio Ferreira, Iramay

da Costa e Silva, Inah Costa, Irmã Leitão, Irene MoreiraValle, Jurema dc Macedo, Sylvia M. Costa, Martha dosSantos Abreu,Elza Nogueira da Gama, Argentina Vianna,Pedro M. da C. Santos. Nilda Mascarenhas, Thereza deGouvêa, Miguel Carvalho, Garezel de Faria Alvim, Alexan-dre José Gomes da Silva Chaves, Henriqucta fisch de Mi-randa, Augusto Coimbra Luz, Stella da Cunha Lima, OscarReis, Elisa Antunes Garcia,Marina Duicc Monteiro, MoacyrCampos, Maria Figueira dc Mattos, Heloísa d'Avila Mello,Arthur Fomn,Anolnio Falello Guedes, Alba Fonseca, Yolan-da da Fonseca, Jader da Conceição. Yara Moreira da Silva,Jary M. dá Silva, Aracy Alcovér, Adalgisa Lacerda, Ernesto-Iumphrcis, Antônio Guerra Pinto Coelho, José Carlos Ri-beirode Paula,Olisiadc PaulaCastro.Ed^ardGodoy,Manuelde Sousa, Laura Cattini, Djalma Fontes Petit,Tibiriça Gua-racy Corrêa, Semiramis Rosade Oliveira, Ab:gail Menezes,Maria da Conceição, Cacilda do Couto e Silva. Alayde La-mego Machado, Vicenlinho Fernandes Júnior, José Fon-seca, Jacy Duarte, Margaridina Nunes Pereira, DemetrioPacheco, Vasco dc Góes, Antonietta de Menezes Marinho,Rosalina dos Afflictos, Mario dc Oliveira Brandão, JandyraLourreiro Valle, Oscar dc Souza Vieira, Altamiro José daFonseca, Eduardo Borgerth, Anna Ruth Moreira, Alber-tina Silva Nazareth, Cardinale Carolina, Odain M. Lisboa,Eliza Salsc Filha, Armando Christovão da Silva, HercyAzevedo, Jacy Fausto, Alexandre César da Silva, Maria deLourdes Lima Alvares, Maria Clément, Zeahra CoulombCosta, NelsinaC. Mattos, Elza Lúcia Castilho, WaldemiroCoelho Dias Nestor Duarte Silva, José Soares Roxo, Es-ther Salgado, Georgina da Conceição Chaves, SilvestreBarbosa Veiga, Cândida Maria da Silva Freire, Adhemarda Siqueira, Eduardo Costa Braga, Esther da Silva Braga,Camillo Pimentel, Oscar Mattos de Mello, Oscar de SáRego, Arlindo Mariz Garcia, Carolina Marturelii, José Sou-sa. Pedro M. C. Santos, Carlos M. Gomes, Aladym Con-deixa de Azevedo, Maria Ottilia Soares Boavista, Gil daSilva, Orlando César da Silveira, Deifilia da Silva Quares-ma, Cacilda Loureiro, Lacy Monteiro dc Sousa, Cccy Lydiad'Almeida, Costinha, Álvaro Mendes Pimentel, Maria Ale-xandrida Ribeiro, Renato Coelho Machado, Lúcia PaivaMoraes, Rachel M. Vieira, Ormindo da Rocha Santos,Cyro Athayde de Carneiro, Dalva Levez, José Arruda,Oswaldo L. Nogueira, Adelina Costa, Gceduwlt de C.Adelia Corte Leal, Carlinda Augusta Rodrigues dc

.Moraes, Zuleika Lobo. Moreira da Silva, Maria da Con-cciçao Azevedo, Tchomyris Nege Segurado, Altino A. A.Antunes, O. de Souza, Maria do Carmo Dias Leal, Don-guinha Dias Leal, Carmita Dias Leal, Dudú Dias Leal,Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal, Daysi Osborne, Octa-vio de Paula Santos, Mari Maria Lapa, Gil Rodrigues Ju-nior, Hermengarda Mamede, Zulmira Leite de Moraes,Maria de Lourdes Ferraz Vieira, Frederico Cascardo, Hele-na Alves dos Santos, Carlos Lemos, Nair da Costa Soares,Cecilia Andrés, Maria M. Ferreira Guimarães, VicentinaCampos, Olavo Leal Arnaut, Aristóteles da Silva, Alzira

¦Macedo dc Oliveira, Lelèa Sócrates, Haydé Mury Netto,Aida Lobo, Alice Vieira Ferreira, Nair Andrade MagalhãesGomes e muitos outros mais, cujos nomes, por falta deespaço, não pudemos publicar.

CONCURSO N. 475¦

para os leitores d'esta capital e í>os estados

V**Receberemos soluções até o dia

Esse concurso con-siste em recortar asfiguras pretas que seacham nesse quadroc collal-as sobre umafolha de papel branco,formando com ellesa cabeça de animalconhecido.

Daremos dous pre-mios de 10$,cadaum,por sorteio, entre to-dasassoluçõescertas,que vierem assigna-das e trouxerem col-lado á margem cvalle n. 475.

5 de setembro.

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O TICO-TICO 22CONCURSO N. 476

Perguntas :l*—Qual é o nome de homem, com trez lettras, que se

lhe trocarmos a primeira é nome de mulher?(Enviada pela menina Haydée Nobre Ventuia..2-—Qual é a serra do Brazil que começa na roseira e

acaba no mineral ?(Enviada pela menina Rosalia L. Spanier).3*—Elle é pesado, ella usam os militares. Que é ?(Enviada pelo menino Durval Mallio Carneiro)4-—Qual o almirante jcponez que no feminino os ma-

gistrados vestem.(Enviada pelo menina Elza Elizabeth Isensée).Receberemos soluções até 26 de julho. Daremos per

sorteio dous prêmios de 10$ cada um.

Não acham exquisito o Cazuza, assim com o gorro Ion-ge de sua cabeça? Pois, se quizerem vôr o gorro em suacabeça basta olhar a figura com o nariz próximo da linhavertical que se acha no desenho.

(Desenho do menino Pedro de Almeida Serafim)

Olhai para o futuro de vossos filhosDai-lhes Morrhuina (principio activo do oleo da

fígado de bacalhau, deRUA DOS OURIVES 38

e QUITANDA 104COELHO BARBOSA & G.assim os tomareis fortes e livres de muitas

moléstias na juventude

fy \¦ •

)y

Eeito a um só traço por José Campos Junior — SãoPaulo.

5««MI»^»UMA BOA ACÇÃO

Pedro e João eram dois meninos, filhos dc um pobrelenhador que, apezar da falta de recursos, não encarava sa-crificios para educal-os.

Um dia em que elles iam para a escola encontraramna estrada uma velhinha que gemia sob o peso de um cnor-me feixe de lenha.

Ao vel-os, ella, com voz tremula, disse:Soccorram-mc, queridos netinhos I Acho-me sem

forças para conduzir este feixe ale minha casa, onde tenhouma netinha doente. Um graveto não ha em casa para co-zer um mingáu para a doentinha, e isto levou-me á floresiaá procura d'esta lenha !

Confrangia de dó o mais empedernido coração a pobreda velhinha.

Entreolharam-se os dous meninos, hesilando. João, queera dotado dc excellente coração, convidou o irmão, queparecia disposto a continuar o caminho, a ajudal-a a levaro ferido que parecia tão caro á velha.

Ora, respondeu de um medo brusco Pedro — chega-remos tarde á escola por causa das choramigas dc umavelha. Não faças tal, olha que o professor está à nossa e_-pera com a indispensável palmatória. Não sejas tolo.

Ao terminar estas duas palavras, virando-lhe as costas.Pedro recomeçou a andar para a escola, onde o aguardavao professor.

Commovido até ás lagrimas, João, pondo de lado a sa-cola, pegou no feixe c o conduziu até o albergue da infelizvelhinha, onde, lá chegado, ella o abençoou.

Alegre, João se dirigiu á escola, esperando, sem du-vida, do professor castigo immerecido Mas se julgava felizpela bôa acção, que praticara. O castigo lhe parecia sup-poriavel, porque de nada lhe aceusava a consciência.

Fortaleza, CearáRay.mundo Queiroz Lima (13 annos)

SOBERANOS

Desenho a um só traço, por Hamilton Peçanha — Ma-cuco— Estado do Rio.

TIO I < OKI B.S .'OMU A M-lSão os mais perfeitos calçados para

homem-_*-.;. VENDAS POR ATACADO •(•-•-

191, RUA DA ALFÂNDEGA, 191RIO DE JANEIRO

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O TICO-TICO CUMPRINDO ORDENS 23

1) O tenente chamou o recruta e disse-lhe 2) Pôde passear de um lado para outro, na porta do—A disciplina deve ser a única preoccupação do soldado. O cum- quartel, guardando compostura e, quando se approximar o

primento das ordens é a sua melhor recommendaçâo. O senhor vae coronel, perfile-se, e á sua entrada apresente-lhe a arma.ficar como sentinella.rrF-- =—<-—¦ .. ¦, ¦ -- .,—,: •, -.-.:.. ; ' (^ ~

flt-.-.^ ~0ra muit0 ~bem Pensou o soldado—lá ver >er-nlemo-nos para apresentar a arma... 4)—Sr. coronel, cumprindo as ordens disciplinares do

meu tenente, tomo a liberdade de lhe apresentar...a minhacarabina».

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UM BANHO MOVIMENTADO

No outro dia o Chiquinho, tendo lido no Tico-Tico umartigo sobre hygiene infantil, ficou tão impressionado comaquelles conselhos de asseio...

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... que resolveu ir tomar um banho, immediata-mente. E, já se sabe, convidou o Jagunço a acompa-nhal-o. Apanhou uma esponja.. .

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uma toalha e dirigiu-se ao banheiro onde f ^cuidadosamente tratou de temperar a água, para[ f

(Continua) >—_.que ficasse morna. =L I

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