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ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO PREÇOS: No Rio $500 Nos Estados. . . . $600 I^SL-t- ANNO XXVI RIO OE JANEIRO 22 OE JANEIRO OE 1930 NUM 1.268 Os Tres Aeroplanos Uma vc7 Ju|ub> convenceu Lamparina a vflar comA negrinha. a principio estranhou o convite, mas.Depois, foram os tres para a beira de um barmn. o auxilio de du» folha» de bananeiras amarradas aos depois, concordou e Juíuba. ajudado por Chiqu-.nho, Co e juiuba deu as ultimas instrucçóes. br,»<Btransformou Lamparina em pássaro pretoLamparina, entretanto, queria' que lhe dessem... «Uí a a. ,mn.Bdiat>.Auxiliada cr.tio .pelo» dou pequenos, a ncgrinba foi atteodid» immodiat* ^ *",,„..,„ m&uis l itfrowe num vôo . «ksattrado. arrastando também o-'•'' ¦""• dessa rei, perder:m a partida

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Page 1: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

ÊLrtm N JANEIRO Ta)

O TICO rT0CO PREÇOS:No Rio $500Nos Estados. . . . $600

I^SL-t-ANNO XXVI RIO OE JANEIRO 22 OE JANEIRO OE 1930 NUM 1.268

Os Tres Aeroplanos

Uma vc7 Ju|ub> convenceu Lamparina a vflar com A negrinha. a principio estranhou o convite, mas. Depois, foram os tres para a beira de um barmn.o auxilio de du» folha» de bananeiras amarradas aos depois, concordou e Juíuba. ajudado por Chiqu-.nho, Co e juiuba deu as ultimas instrucçóes.br,»<B transformou Lamparina em pássaro preto Lamparina, entretanto, queria' que lhe dessem...

«Uía a. ,mn.Bdiat>. Auxiliada cr.tio .pelo» dou pequenos, a ncgrinba

foi atteodid» immodiat* ^

*",,„..,„ m&uis l itfrowe num vôo .

«ksattrado. arrastando também o- '•'' ¦""•dessa rei, perder:m a partida

Page 2: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

O mais bello livro das creançasO Livro de Contos dos Ricos;O Livro de Contos dos _Pobres.

Almanach do0 TICO-TICO

Para 1930-~-<nw_i<_pc__<_r^-—•

Contos, novellas, historias illustrattas,sciencia elementar, historia e brinque-dos de armar, e Chiquinho, Carrapicho,Jagrunço, Benjamim, Jujuba, Goiabada,Lamparina, Pipoca, Kaximbown, Zé Ma-caco e Faustina, tornam essa publicaçãoo maior e mais encantador livro infantil.

'

Se nao existe jornale.ro em sua terra, envie 5$5UO em carra registrada, cheque, vale postalou em sellos do corre.o á Soe An. O MALHO - Travessa do Ouvidor, 21, Rio, que será reimettído ao seu filhinho um exemplar desta primorosa publicação infantil.

A' venda em todos os jornaleiros do Brasil

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22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO

O SONHO DO JANJÃOJanjão era uma esperta criança de nove annos de

idade. Intelligente e applicado, Janjão distinguia-se naescola por suas maneiras, trato af favel, pelo irreprehen-sivel asseio das suas roupas e, sobretudo, pelas suaslicções que elle sabia sempre na ponta da lingua.

Os pães de Janjão não eram ricos, mas possuiainc suííiciente para mantel-o com decência. De vez emquando, aos domingos, Papae levava-o ao cinema, ondeelle se extasiava assistindo ao desenrolar das aventuraslieroicas de Tom Mix, o audaz cavalleiro, ou as dia-bruras de Clara Bow nas praias dc banho e nas salasde dança. Inútil dizer tpie Janjão adorava tambemas proezas de Rintintin, o cachorro sábio, e as trope-lias de Jackie, o grande pequeno artista.

Ultimamente, com a aproximação do Natal, Janjão-lidava muito preoccupdo. E' que elle havia visto numavitrine da rua da Carioca, quando a passeio na cidadecom Papae, um lindo aeroplano de íolha de Flandres,todo azul, que era positivamente um encanto.

Aquillo sim, que maravilha! Via-O a todas as ho-ras, em todos os lugares. Xa aula, quando o velho pro-fessor Faria, mexendo nos óculos azues, perguntava:'Qual é a capital da China?"-ou "9 vezes 8, quant;6ão?" — o nosso heroe sentia-se abalado por umaespécie de choque electrico, pois todo o seu pensameu-to andava longe, voando para o aeroplano azul, finr.elá na vitrine da cidade!

Uma noite Janjão teve um sonho. Sonhou quehavia morrido. Chegando ao céu, uma commissão deanjinhos veiu recebel-o. Todes elles trajavam roupasde marinheiro e atiravam flores ao Janjão. Finalmentelevaram-no a um salão enorme onde havia livros comestampas maravilhosas, bonbons exquisitos, bicycletas,e, — 6 surpresa deliciosa! — bem no meio do salão,collocado em cima de uma mesa, o aeroplano azul queelle vira na terra! E maior do que o outro, muito maior,.em comparação — e de um azul mais puro! ,

Valia a pena morrer! Janjão sentia-se compensadopor ter sido na terra um menino bom c obediente, quan-do de repente tropeçou num cavallo de pau e... ac-cordou no chão do seu quarto, junto do quarto dePapae.

Mas, 6 graça da sorte! ó coincidência maravilho.aIdebaixo da cama estava o aeroplano dos seus desejo.,não tão grande como o que vira em sonho, mas. pelomenos, palpável, de verdade, ao alcance de sua mão.

Meus amiguinhos esforcemo-nos por tornar a rea-lidade tão bella como os mais bellos sonhos.

'não do Mundo.¦ ¦ .1 __________—__— _¦_

[sabonete PURO E CHEIROSO B__! W-3-i __l--i _____________-i-_---5^^

Espaguefi-AYMO R É

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O TICO-TICO 22 — Janeiro — 1930

Cinearte-Albuitt para 4930OS MAIS

QUERIDOSARTISTAS

DCCINEMA

TR1CHRO-MIAS OUE

SÃO

QUADROSDESLUM-BRANTES

40Retratos

Maravilho-samente

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Se na sua terra nio ha vendedor de jornaes, envie-nos hoje mesmo OSOOO em dinheiro, por cart» registrada, cheque,vale postal ou sellos do Correio, para que lhe enviemos um exemplar deste rico annuaro.

» SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO"TRAVESSA DO OUVIDOR, 21 — Caixa Postal» 880

RIO DE JANEIRO

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, ^flSS^Ss+Sr^ytrVTitrir^rts+lryfyr^s^

O TICO -TICO

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe: Cario- Manhies — I)ireclor-Oe rente: Antônio A. de Souza e SiUn

Assignatura — Itrasil: 1 anno, 25$00fl; 6 mezes. 13S000 — Rstrangeiro: 1 anno. 60SOOO; 6 mezes. 35$000As assignaturas comeram sempre no da 1 do tue. em que ror«n, ifmadas e serão arceia* annual ou semestralmente. TODA ACOKKliSFONDENCIA. como toda a remessa de dinheiro, (que pode per feira por vale oosti.; ou carta reg.stra 1a com valor de-Clarado). deve aer d.ilgida & Sociedade Anonvma O MALHO — Travessa do Ouvia, «l. Endereça lelegraptiico: O MAI,HO —

Rio. Telephones: Gerencia: Central. 0518. Escriptorio: Centrai. 1037. Kwlart-áo* Central. 1017 Orficinas- VUla, 6247.Succursal em São Paulo, dirigida pelo Dr. Ph mo Cavalcanti — Rua Senador Feijó, _7, 8" andar, salas 86 e 87.

--i%^*^/**fcí-**^*^\y*w**i_*-w--**>->***-'***J**^^

Gçoq/^3Ê^^JôuôRECREIOS ÚTEIS

Meus netinhos:

São sem conta os meninos quegastam horas, dia**, annos até, de-dicando-se a diversões que nemsempre lhes são úteis. Assim é quemuitos dos meus netinhos têm ohabito de coíleccionar uma serie deobjectos sem significação educativa

e mesmo sem nenhuma razão de ser.Ha, no emtanto, meus meninos,uma serie de divertimentos, de pas-satempos que, dando recreio ao es-

piritp, têm também a vantagem deser uteis ás creanças. Vovô vae ei-tal-os. As construcções, em madei-ra, papelão, papel, ferro, etc, a ini-ciação na arte photographica, na

pintura, na esculptura e em variasoutras actividades.

1 O menino que escolhe para assuas horas de recreio motivos comoos que Yovò acima citou, além derecrear o espirito, accumula reser-vas de conhecimentos, prepara, sem

maior fadiga, noções de varias pro-fissões que, mais tarde, lhe poderãoser uteis.

A vida vae, dia a dia, tornando-se mais difficií para o homem. O

progresso, a agitação, a conquistade elementos necessários á existen-cia exigem do homem predicadosde intelligencia e de habilidade. Ohomem vencedor, em futuro nãodi>tante, será aquelle que possuir

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UÂFigurinos para o

CarnavalOs mais encantadores figurt-

nos para as fantazias de Car-naval vão apparecer, do próximodia 25 deste mez era dcante, naspaginas do luxuoso semanárioPara todos..., a revista que todoo Rio já se acostumou a ler.Todos os figurinos serão impres-sos cm quatro cores.

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habilidade e intelligencia. E essahabilidade, como a intelligencia, el!ea terá de mostrar em múltiplas ma-nifestações da vida. O homem dofuturo — dizem os sábios— será oque reunir em torno de si uma se-rie de conhecimentos, de predica-dos de toda ordem que o collo-

quem, com vantagem, ao lado dos

que conseguiram, pelo trabalho, pe-lo estudo e pelo engenho, "viver

a vida".

Se assim é, meus netinhos, pre-param-sc vocês para a conquista dofuturo. Estudem, trabalhem e nashoras que tiverem para seu recreio

pratiquem os sports, os íogos, ma*•rvem tempo para diversões que,

pela sua utilidade, possam trazeraos meninos vantagens melhoers setiverem de ser utilizadas mais tar-de, quando vocês crescerem.

Vniõ.

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O TICO-TICO — 6 — 22 — Janeiro — 1930

?OTICOTICO

NASCIMENTOS tcncia; A«J;i Barccllos, um crysanthemo; Luiza Degrazia, ummyosotis; Maria Thereza Mcrcíti, uma papoula; Odilla Ara-<s> v Nasceu no dia 8 deste mez o menino Sady, Gibi- nha, uma violeta; Maria Oliveira, uma rosa; Mana de Lour-nho do Sr. Américo Guimarães e de sua esposa D. Car* des Morey, um cravo; Yvone Cardoso, um amor-perfeito*

™enASi G-*,.'n,arIcs', Irn,a SüWri, -jm beijo; Aracv Tabajara, uma camelia;*v Chama-se -Mana Lúcia a lintla menina que desde Mana Vargas, um lyrio; Marina Aranha, uma açucena;• dia 9 deste mez é alegria maior do lar do Sr. Luiz Al- Cate Sehinini, um jasmn; Martha Accioly', uma rosa ver-meida Santos e de sua esposa D. Olga Menezes Santos. melha; Margaridinha Sarmento, uma margarida; Helena De-ANNIVERSARIO'» f-razia, uma rosa chá; Delta Dellamora, um bogary; Ena

a* niM *. . , , Degrazia, uma cravina; Dila Pahim, uma begonia; Zila**> ** UiJetle Macedo, uma gracosa amiguinha, festeja Escobar, uma aljava.hoje a passagem de seu anniversario natalicio.

? ? Completou seis annos sabbado ultimo o int-.ll gente N OÁlvaro, filhinho do Dr. Oscar Viai.....

Festejou ante-hontem a passagem de seu anniver

CINEMA

? ? Para fazer um film, contractei os seguintes mo-sario o menino Luiz Veiga, nosso amiguinho e assignante. radores da Rua Barão de Cotegipe, que irão representar? ? Marina de Mattos, nossa graciosa amiguinha, viu meus artistas prcdiloctos: Moema, â fascinante Dolorespassar ante-hontem a data de seu anniversario natalicio.

NA BERLINDA

09Del

Rio; Zenaida, a bella Kíllie Dove; Lúcia, a irrequieta ClaraBow; Leda, a encantadora Corinnc

•>????? *§>?'!>???

Trova? ** Estão na berlinda os meni- .$>cos e meninas da Tijuca: Devanaghi, vpor ser carinhosa; Diony, por ser sym- A Qhde anda o corpo da gente,pathico; Lucy Hiltner, por ser loura; <a A sombra vae p.[0 clião...Darly, por ser intelligente; Jacy, por -*>-_£¦ ass;m tambem a saudade,ser dansarina; Dirceu, por ser estu- <?> 4 Sc-mbra do coração...dioso; Lenyra, por ser graciosa; Ge- •raldo, por ser engraçado; Glorinha, i>por ser bonitinha; Joel por ser triste;

???>•>...

Griffith; Celio, o ündo Gary Cooper;Léa, a graciosa Bebe Daniels; Dulci-néa, a linda An ta Tage; Marilhinha, aloirinha Jean Darling; Lygia, a pe-qucnna Jane Ia Verne; Nilsa. a levadaColleen Moore; Odaléa, a sympathicaRenée Adorée; Gencslo, o eleganteJonh Gifbert* Fernando, o intelligente

*-*• Jackie Ccogan; Adair, a nossa patrícia\delmar Tavares '*> Lia Tora; ítala, a interessante Marv

? Jackson; Kvald, o valente Jack Holt;Ruth, por ser amável; Carlos, por

**????????????«'?? Nilson, o querido Kcn Maynard; Ger-usar óculos; Alceu, por ser querido; son, o conhecido Hoot Gibson; Esther,Lourdes, por ser boazinha; Luiz Hiltner, por ser pianista; a querida Vilma Banky; Eunice, a engraçadinha Madge'Aldina, por ser loura, e José Coutinho, por ser delicado. Bcllamy; Olympia, a deslumbrante Raquel Torres Dama

Mystcriosj. — S. P.EM LEILÃO... ? "-> Querendo organizar um film, c*colhi os seguinte»

interpretes da Rua Monsenhor Amorim: Olhou, o aventu-Estão cm leilão os seguintes alumnos do 1* - 2* reiro Tom Mix; Nêuè, a graciosa Mac Murray; Ricardo oado e commercial do Gymnasio Fiedade: Quanto Carlito; Henriqucta, a gentil Mary Pickford; A.vim, 0 íán-

áão pelos cabellos de Laura? pelos olhos de Ilka? pelo rosto tastico Lon Chaney; Eracy, a attrahcnte Greta Garbo- Chu-de Dalva? pelas sobrancelhas de Lea? pela graça de Alda? chudo, o Chico Boia; Joaquim o esbclto Ronald Colman; Lili,pela bondade de Julieta? pela simplicidade de Sylvia? pelas a fascinante Pola Negri; Engacha. o Bustcr Keaton; Ze'lin<lo!risa.las de Juracy? pelos desenhos de Jairo? pelo perfil de o sympathico Rod La Rocquc; Betinho, o destemido DouglasAlcides? pelos modos dc Newton? pelos sorrisos de Sylvio? Fairbanks; Manoel, o elegante John Barrymore; Olympio opela elegância de Oswaldo? pelo andar de Morgado? pelo vingador William Farnum; Alzira, a applaudida Dolores'Delrosto de Horcmc? pela gordura de Rubens N? pela altura Rio; Antonieta, a galante Norma Talmadge; Odette a tra-•V Ozio? pelo colleguismo de Arnulpho? pelas gracinhas de vessa Colleen Moore; Oromar, o lindo Ramon Novarro*Carlyle? pela vivacidade de Hilkias? pelas mãos de Sylla? Risolcta, a levada Ksther Ralston; Magdalena a trágica'pela letra de Milton? pela camaradagem de Moacyr? pelo Francisca Bertine; José, o conqu stador Don Alvarado- Genarizmho arrebitado de Josepha? pela modéstia de Nelson? raldo, o amoroso Milton Sills* Marietta, a ingênua Normae, finalmente, quanto dão pela minha lingua ferina ? — Rvam. Shcarer; Egberto. o fascinador Ricardo Cortez, e eu, porser a querida Vilma Banky.NO JARDIM. .« A A Foram contracta«los para um film os meninos se-

s. a. K -r? guintes: Álvaro, o Ben Lyon; Zelia. a Constance Talmadee-t- Z r n.n,-COrrt",f' anniversario da menina Cho* Milton, o Conrad Nagel; Lma, ¦ Olive Borden; Mario ochnha Guglielmi Oliveira, uma amigumha vae lhe offerecer Harold Lloyd; Rosita. a Be^-ic Lore; Ernesto 0 Colher Ir*um cesto com as seguintes flores: Gelsa Degrazia. uma hor- Maria Lúcia, a Joan Crawford; José o Charles ParrelI

? <*>annos senatío

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22 — Janeiro — 1!J_0 0 TICO-TICO

Beijo de Mãe

Num livro de contos lindos, livro de contos de fadas,

jí a historia bonita de uma rainha bondosa e de um prin-cipe encantado. O louro joven, coitado, foi certa vez tran-

sformado num tronco secco e cahido á beira de longa es-

trada, E a feiceira maldita, que havia encantado o prin-cipe, dissera que o desencanto só se daria, afinal, quandoo mais rico thesouro tocasse, de leve apenas, o tronco

mirrado, secco, cahido á beira da estrada. Muitos annos

se passaram sem que um thesouro tocasse aquelle triste

madeiro que era o principe ferido pelo ódio da feiticeira.

Até que um dia a rainha, mãe tão querida do principe,

passando, só, pela estrada, ouviu de dentro das mattas

a voz do principe amado. — Deixa as riquezas do reino

sobre o tronco abandonado. Tuas jóias, teus brilhantes

desencantarão teu filho! Mas-a rainha, coitada, por ser

bondosa, era pobre e seu único thesouro era ter no cora-

ção uma bondade infinita. Mas nem por isso a rainha

deixou que o tronco cahido ao meio da longa estrada re-

cebesse uma fortuna, um bem tão grande e precioso. Pa-

ra tal a nobre dama, de joelhos, cheia de fé, depositou so-

bre o tronco, encantamento do filho, um beijo longo e s n-

cero, tão puro como a alvorada, tão meigo como o perdão,

beijo que fez resurgir á vida e ao seu coração o principetão querido. Beijo que vare um thesouro, beijo que é vida

e é meiguice, beijo adorado de r-*3e.

CARLOS N II Ã E S\

¦

V.-___^-—

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O TICO-TICO — 8

1 PASTORINHA22 — Janeiro — 1930

ra

JOnNNH jyD HRC -

_

CONTINUAÇÃO DO CAPITULO IV

A recepção foi feita á noite, em um salão illumina-do por cincoenta tochas, a cujo esplendor ostentavamsuas galas cerca de trezentos senhores e cavalheiros, queentão compunham o séquito de Carlos VII Este, cedendo seu posto a um cortezáj_ que oecupava o throno,estava confundido com o resto da concorrência, partiei-pando, como todos, da ansiedade com que se esperavaaquella que já alguns chamavam a Feiticeira, emquantoque outros denominavam-na a Inspirada. A nossa he-romã entrou serena, porém, modesta, como convinha auma pobre pastora e. deixando a um lado o throno comum significativo signal de cabeça, ao passar pela frenteproncurou e achou em meio dos cortezâos o verdadeirorei. a quem se dirigiu assim:

Deus vos outorgue longa e gloriosa vida, gentilDelphim

Enganac-vos. Joanna. respondeu Carlos; não soueu o rei e sim aquelle que se acha sentado no throno.

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1 Ouvidas estas palavras. Quedou. J__1

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Ouvidas estas palavras, quedou-se o rei, meditando largo tempo,baixando a cabeça ...

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Santo Deus, não queiraes enganar-me, respondeua donzella. sois vós o Delphim, vós c não outro qualquer.

Um murmúrio geral de admiração fez-se ouvir en:tre os concorrentes e Joanna proseguiu:

Por que não me acreditaes, gentil Delphim0Digo a Vossa Alteza, c teiídes fé em minhas palavras, queo Senhor se apiedou de vós e de vosso reino, porque SLuiz e Carlos Magno estão de joelhos ante o seu throno.orando por vós. E demais, senhor, eu dir-vos-ei, se vosapprouver. taes cousas. que reconhecereis o-dever de meacreditardes.

Carlos, então, conduzindo-a a uni gabinete contíguai sala do Conselho cm que a tinha recebido, disse-lhe:

Agora, que estamos sós, Joanna, fa'Nada pedirei, senhor, porém, se vos disser cou-

sas tão secretas, que só Deus e vós podem saber, tereisconfiança em mim e acreditareis que é Deus que meenvia ?

Sim. Joanna, respondeu o rei.Pois bem, senhor; no ultimo dia de Todos os

Santos, estando só tm vossa capella do castello de Lod-ges, não pedisteis a Deus tres graças'

Assim é verdade; recordo-mc disso perfeitamen-te, respondeu Carlos.

Haveis revelado a alguém, a vosso contessor se-quer, o que então foi por vós pedido-

Nunca.Bem, senhor, eu vou dizer-vos quaes as tres gra-

ças que solicitastcis A primeira foi pedir a Deus que senão fosseis o legitimo herdeiro da corfia de França vosprivasse do necessário valor para continuar a guerra quetanto ouro c tanto sangue está custando ao nosso indito-so reino. Pedisteis por segunda graça que. se as calami-dades que estão assolando a França, procediam de vos-sas culpas c peccados. dignasse-se o Senhor indultar aomesmo povo que está innoccntc, fazendo recahir cm vóssomente todo o castigo, ainda que fosse uma penitencia-na perpetua ou mesmo a morte. Sohcitasteis, emfim,que se era o povo. ante Deus, peccador. se dignasse o Om-nipotente conceder-lhe misericórdia, apiedando-se deseus padccimentos c pondo termo ás amarguras e attri-bulaçôes que ha dez annos soffre.

Ouvidas estas palavras, quedou-sc o rei. meditandolargo tempo, baixando a.cabeça, fixando de quando cmvez a donzella. exclamando por fim:

Na verdade, Joanna. estaes inspirada por ueus;pois quanto haveis dito é exacto

Ficou o rei convencido; mas como isso nio bastara,fez Deus um milagre para que todos se conven-cessem.

(Continua)

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JULIUS *H1TE E LION MYERS ENSINANDO CÃES A COMEREM EM MESAS

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J U V E N I 1Âaibum _

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¦^flj "Bozo". o cão sábio do^^^E Cinema.

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_________? «^flH t yjf\ V

^màjÁwm\ je Jarbas Georg. Marinho

¦_ Yolanda Cardosode Oliveira

Lourdes Azevedo de Oliveira

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22 — Janeiro liiríü - 11 — O TICO-TICO

FII '

... T f H B 11 CAMPEÃO DE Por A . R. DE ROXOELE

1 l) I || II L U "** TURISMO Desenho de Cicero Valladares-

¦

CAPITULO II

A travessia do deserto era peno-sa, mesmo para grandes carava-nas, que tinham centenas de ani-mães, transportando água e ali-mentos

E só homens bem armados po-diam se defender contra animaesferozes, e contra os- salteadores,não menos ferozes

Duras privações, fome e sede,passou o pobre pequeno! Ia, porém,sempre corajoso e perseverante nasua idéa.

Afinal, transposto o deserto, omenino chegou a uma pequena ai-deia, onde se empregou em casa deum oleiro, que fabricava a maisfina porcellana.

Pretendia Fu-Tebeú trabalharo tempo necessário, afim de ganharo suffieiente para conti-nuar a sua viagem, maso oleiro, vendo-o sozinhot sem protecção, recusou-se a deixal-o partir, ne-gando-se a pagar-lhe oparco salário que lhe de-via

Embora vigiado pelopatrão, Fu Tcheú tudotentava para escapar-se

Certo dia, uma cara-vana dc negociantes, quese dirigia para a Índia,-a iu comprar ao oleiro assuas mais lindas porcel-lanas.

Fu-Tcheú nâo hesl-t< u; aproveitando a isião em que os mercadoresdisputavam o preço como seu patrão, esvasiou umdos grandes cestos quec o n i n h a a porcellanaprompta para o Uporte, e, metlendo-se den-tro, eebriu-se cuidadosa-mente com a palha

Os negociante:-desconfiarem de r

—————

carregaram os camellos com os ces-tes, entre cs quaes ia aquelle ondese abrigava Fu-Tcheú.

Formada a caravana, puze-ram-se a caminho.

Após dois dias de viagem, o pe-queno, mettido em seu cesto, ouvioum grande alarido.

Eram gritos, imprecações, ge-midos, accompanhades do tropel deinnumeros cavallos.

A caravana fora atacada e «li-zimada por uma horda de Tarta-its, nue ninaram todos os viajan-tes. apoderando-se das ricas mer-cadorias que conduziam.

Grande foi a surpreza dos bar-baros. quando, ao abrir os fardos e -os cestos, para repartirem o prodti-cto da pilhagem, deram com o pe-queno, todo encolhido dentro de umcesto!...

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c..ta.o~ ... derem com o paqueno todo en- RüUÍTTicolhido dentro dc um cesto!... y^^mmawm^ÊtmUM^mM

Adcptado pelahorda, o nossoheróe cresceu entre os Tartaros,tornando-se um valente guerreiro,e percorrendo em suas excursõestoda a China, até ás margens doMar Cáspio.

Porém, a sua idéa fixa era se-guir sempre para a frente, em dire-cção ao poente, conforme lhe acon-selhara o bonzo.

Durante dez annos, viveu ellea vida errante do bando de guer-rei ros salteadores.

Em um dos seus encontroscom as caravanas, a horda foi afi-nai derrotada, e Fu-Tcheú, feitoprisioneiro, foi vendido como escra-vo a uma caravana de mercadores,que. dos confins da China, se diri-gia paia Roma, conduzindo ricassedas, que os romanos, empolgados

pelo luxo, usavam, depreferencia a qualqueroutro tecido.

Fu-Tcheú, no emtan-não desanimava. A pro-pria escravidão serviaaos seus desígnios, por-que o caminho que: se-guiam os mercadores, erao caminho que elle tinhajurado seguir até ao fim.

Sempre para o poente!Afinal, depois de mui-

tos contratempos e demuitas aventuras perigo-sas, pois a caravana tinhade estar sempre de armasnu mão, para se defendercontra os salteadores, queappareciam por todos oslados, os mercadores che-garam á Roma, que eranaquelle tempo a capitaldo mundo.

Depois de venderempor bom preço as suasmercadorias, os trafican-tes se desfizeram tambémde seus escravos.

(Contínua)

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O TICO-TICO — 12 — 22 — Janeiro — 1930

^m^^^^f fMHOA CONS.OO LER. C. JO*

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22 — Janeiro — 1.30 — 13 — O TICO-TICO

Uma grande riqueza da nossa terra

M A T T EO matte ou -tenra matte, (Slex

Paraguayensis) é um vegetal nativoem toda a zona temperada do Bra-sil, principalmente nos estados doParaná, Santa Catharina, Rio Gran-de e Matto Grosso.

De suas folhas se faz urna bebi-da semelhante á do chá da índia,muito usada em todo o Brasil, es-pecialmcnte naquelles estados, ondeé conhecida pelo nome de chimar-rão, sendo usado em cuias, e to-mado por meio de uma bomba, quese compõe de um cannudo termi-nado por tuna pequena bola crivadade furos, afim de deixar passar oliquido e reter as folhas.

A exploração do matte constitueImportante industria extractiva, ejá representa para o nosso paiz umafonte dc riqueza considerável.

O matte é uma arvore que tempecto de uma frondosa laranjei-

ra, attingindo de quatro a oito me-tros de altura, com folhas verde-claro lustrosas, e flores pequenas ebrancas. Os frutos são pequeninasbagas vermelhas.

O matte é explorado geralmenteem hervaes naturaes, havendo poremquanto poucas plantações regu-lares.

A colheita do matte se chamafazer herva. Os hervateiros, ou co-(heteiros do matte, costumam cortartoda a ramagem da arvore, que sódará nova colheita trez ou quatroannos depois.

Xas plantações regulares e ra-cionaes corta-se apenas a terça par-te das ramas, o que dá uma colhei-ta animal, poupando as arvores.

Depois da colheita faz-se o pri-meiro disecamento ou sapeca; ernseguida, quebra-sc a herva, isto c,

tram-se dos ramos as folhas e

os galhos pequenos. Começa entãoo segundo dissecamento.

Depois de secca, a herva é passa-da no molhador que desagrega asfolhas das hastes e as fragmenta,estando prompto o matte para serenviado aos engenhos, onde é bene-ficiado.

Nos engenhos de beneficiamentoa herva é elaborada, ou moida empilões, e depois separada pelas qua-lidades. A herva grossa é compostasomente de folhas partidas. O póé a mesma folha pulverizada, demistura com gravetos ou fragmen-tos das hastes mais finas.

O uso do matte era conhecidoentre os selvagens desde a mais re-mota antigüidade, sendo-lhe attri-buidas as mesmas virtudes hygieni-ei-;, hoje reconhecidas pelos civili-zados.

Foram os jesuitas que gozaramaté 1774 do privilegio de explorara herva matte, os vulgarizadores doseu uso como bebida, diífundindo-a rapidamente entre os povos daAmerica do Sul.

Os nossos selvicolas que, a pro-posito de tudo, gostam de contarlindas historias, crearam sobre ouso do matte uma lenda interes-sante.

Na grande taba, ás margens domar, festejava-se uma grande vio-toria. O enthusiasmo chegara aoauge, os guerreiros reunidos emcirculo, ao redor das fogueiras, emque moqueavam deliciosas peças decaça, cantavam suas proezas na ul-tima batalha, onde os ferozes inimi-gos tinham sido completamente des-troçados.

O generoso e espumante cauim eo delicioso vinho de caju, circula-vam de mão em mão, em largas ca-baças.

De repente, entre dois guerreirosfamosos, o joven Pirauna, o maiornadador dos mares, igual aos ve-tozes peixes, e o valente Jaguar, te-mi vel como a fera da qual tinhao nome, surge acalorada disputa.As suas proezas na memorável ba-talha haviam sido innumeraveis, eo próprio valor trazia accesa entreambos feroz rivalidade.

No ardor da disputa, Jaguar, ce-go de ódio e desvairado pelas liba-ções, trava do tacape, e com certei-ro golpe esmigalha o craneo do

rival desprevenido...O feroz guerreiro é logo domt-

nado e atado ao poste de torturas.-O seu gesto homicida tinha que

ser redimido pelo preço do sangue,que dava aos parentes do assasst-nado o direito de tirar a vida doassassina

No meio da algazarra infernaltroam as inubias e ouve-se a vozdo velho Jatobá, pae da victima,

pedindo silencio.

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O TICO-TICO 14 — 22 — Janeiro — 1930

B APTIZADO DE BONECANa elegante e confortável resi*

atenda dc cav. S..., situada Ka cs-trada <!a Conceição, a petisada reu-nida aguardava a chegada dos con-vidados, da comadre e Josephlna, aafilhadinha, linda boneca, presentede Natal, feito pela Casa São Xi-colau.

As criadas e os garçons numaaza fama damnada punham em or-dem ludo para o grande aconteci-mento.

Aqui, jarras com flores rarissi-mas, flores de incomparaveis cores,ali dispostas em mesmhas com loa-lhas alvidentes, abundância de pro-visões, eram biscoutos, doces, lioirbons e frutos com que seriam ob-sequiados os convivas se:n talar dojcangiróes de çapítoto moscai d, pro-dueto «la. . . Chácara,

O hall, as salas, varanda de gen-te estavam repletos, mas a comadreque ainda não tinha chegado? One•cria suecedido?

Kaquella farde deliciosa as lio-ras corriam velozes e já se faziatarde e da. . . con.adre não se sabia,

Nas torres da velha matriz osino em notas plangcntes cliamava

Maria IVoit.

os fieis, as 'virgens e os anjos paraa procissão, cortejo SOlenne, partedo pfogramma da tradicional Festade Nossa Senhora da Conceição,emquanto o sol descambava nadobrada do morro chamalotcandode listrões vermelhos os campos deVilla A....

Nessa hora, na chácara os cir-cumstantes desconfiados cntreoUia-vam-se... desaponta

Entretanto Lydia, a madrinha epromotora da festa, comquanto soli-cita e obscquiii-ri com todos, nãosabia como esconder a contrarieda-de pela demora da comadre — in-

.^•wl" j i' n & -1 v %

justificável c incomprehensivel, aingrata causa de tamanho fiasco.

Flavinha, annuncia Felisbert, oimprovisado reverendo que chega jáparameutado e o sachristão já dis-punha as cousas para a cerimonia.

E da comadre, nem noticias.Que fazer? Como havia de

ser?Mas a esperta Lydiazinlia cem

admirável presença de espirito, nãose perturba e proclama!

Vamos, meus senhores, estána hora Vamos baptisar o Gatinhoque se chamará Setim. A lesta quetenho n honra de offerecer aosmeus amiguinhos, que a principiofiz siip|). .r o baptismo de uma bo-nieca, não passou de ura bleuf, obaptísado na realidade é o do meugatinho Setim.

Com tal sabida dc engenhosa ha-bilidade a galante Lydia, a nossaheroina, mimosa flor, encanto dearte e graça, proporcionou aos seusconvidados uma agradável festa decreança para creanças, da qual to-maram parte até os velhos, deixan-do nalma de todos gratas e docesreminiscenaas.

E as.-im falou Jabotá, que outro-ra fôra famoso guerreiro c queentão era não menos famoso nosconselhos, pela sua sabedoria.

— Jatobá nâo quer o sangue deJaguar, porque não foi Jaguar quemderramou o sangue de seu filho;foi Anhangá, o diabo, que escureceuo seu espirito com o vinho enibria-

indo-ae de seu braço pa-ra Iirar a vida de Lirauna. QueJaguar viva, mas que deixe a tri-bu c vá viver só no deserto.

Desatado do poste de torturas,o banido recelieu suas armas, cin-giu os seus hombros com o uru' depalha, contendo sua rede e algunsutensílios, c foi levado por doisgue '¦ da fio-

r> s

reta. Elle dcsappareceu para sem-pre!

Passaram-se muito3 anno-proscripto ninguém mais teve noti-cias.

A tribu. OUtróra invencível, lia-via sido desbaratada cm oracombatei c fôra impcllida pouco apouco para o sertão.

Um dia. os caçadores, correndo afloresta, descobriram surpresos umacabana, que se erguia no centro deuma clareira, circunidada de Iharvores.

Approximarain-.sc e a sua surpresa não foi menor, quando viram,suspenso á p< rta da cabana, o aiornado de penhas de tucano, em-blema di i tribu!

A' porta da óca assomou um ve-lho, de cabeça completamente bran-ca, que reconheceu com emoção asinsignias de sua tribu, nas armasdos est rangei?

O ancião contou-lhes a sua bis-toria. Era Jaguar, o banido, dequem elles tinham ouvido fíilar porseus pai .

Jaguar servia-lhes uma bebida deque usava, tirada das arvores queo dreurodavam; bebida que não

embriagava, e que, por suas pro-priedades maravilhosas, conservavasua saúde c robustez, durante

«em conta, em que vive: , d -ferrado de «eus semelhantes.

Era o matte.Cemma d'Alba.

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22 — Janeiro — 1930 15 — O TICO-TICO

Um milagre do PadreÀtichieta

O seguinte milagre acha-se referido na"Historia do Collegio do Rio de Janeiro esuas Residências", pelo próprio Anchleta,que o attribue & proteeçuo de Nossa se-nhora:

"Havia em S. Vicente uns mestiços, ho-ínci,s esforçados; um destes se foi com mu-llier e filhos pada o deserto, entre os gen-tios.

Levou comslgo um homem branco e ca-sado, com toda a sua família, para viver &sua vontade, mais como gcntlos que como

tão*.Muitas vezes foram chamados assim pelo

capitão como por outras pessoas honradas,mas não qr.izcram vir; davam esperançaque so fosse o padre Jose em sua busca setornariam. O padre, com desejo de remediarnnu.llas almas, foi com o padre Vicente Ro-dr.gues em companhia de um homem bran-co e alguns indios.

No caminho livrou-os Nosso Senhor deum grande perigo. Iam cm uma canoa porum rio abaixo e & tarde viram uma ca-choeira e. com o Ímpeto da agua que d.»-cia, sumlu-se a canoa, e nunca mais appa-receu. Foram-sc todos ao fundo e saiu na-dando o homem branco com alguns indios,depois o padre Vicente Rodrigues, que sa-Lia pado* alguma coisa. O padre Jose nâo_abia nadar e assim esteve grande tempo

i. encommcndando-so a Deuse & Virgem Nossa Senhora, de quem eradevoto.

Ia naquelie tempo rezando as Horas daConceição.

tm indio por duaa vezes foi ao fundo em.tia busca e trazendo-o uma deilas âs cos-tas, com o peso o soltou, ficando ia o pa-dre. Tornou o Índio com grande esforço,dizendo: "Nâo se soffre qua este padre senos fique aqui" e assim o tirou a salvo, semUft liwi-lo nenhuma agua.

Foram, então, todos pelo matto "a dentro.por grandes montes e arvoredos sem acharcaminho, mortos de frio e bem melhados eas. im, dc noite, tacteando, foram dar com ocaminho que Ia para a aldeia onde aquelleshomens estavam.

lo virem os padres daquella maneira,i-lhes Deus multo o coração & com-

palxfto, assim dos padres como se si mes-mos, pois para remediar suas almas, tinhamos padres tomado tanto trabalho e depoisde terem descansado alguns dias, tornaram

'¦lies a 8. Vicente. Causou isto grandealegria e edificação a todo o povo. princl-palmente por haver muitos Indícios que elles

r os gentlos e vir dar guerra -«os brancos".

¦ '•rguntado Anchleta dahi a tempo peloPadre Pedro Leitão a respeito deste facto,•

*!'. nSo adverti quando a canOa se Tt-•ou, porque estava rezando as horas d* M.

M. «l.i Conceição, e, assim, assentado como**tava, me f.ii ao fundo • continuei. ÒOM ar*-» sem que a acua me flzetv ¦

Gato por lebreOh! qua belleza! Uma caixa com co-

mid.i e sem dono e eu que estou com fo-me ha tres dias. vou aproveitar e rou-bal-a. .

fc .2$^-' - -¦ - |_j§J. fe- h^

Oaranto que aqui estão uns gostosospetiscos e eu vou amenizar a fom. queme aperta. Vou arranjar um lugarzlnhobom para saborear este banquete!

O dono da caixa era encantador deserpentes, que entrara na venda para fa-zer umas compras e por esse motivo oManoel pensara que o caixote era dealUni nto e furtou.

C mágico não queria perder as suasqueridas serpentes e lembrou-se da suamaravilhosa e attrahente flauta, e co-meçou a tocai-a.

___£ c*iil'f'i~r'' '¦ ' • sZ7\Kpdp., ».*-3_ £& ^vc.

As cobras, ao ouvirem a musica, come-çaram a sahir do cesto e comiam parajunto do mágico, e Manoel viu que iatomando Vato por lebrel

m*mW r^^:T^MMm____r T/ m V?__L ('1 ,'_-' ¦_____¦

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À floresta negra(_t' minha collega Stella Chrlsl Torre*'»

Distante da aldeia de Corcona. lia umafloresta a cl_.o-.he o nome de "Floresta .\'r-gra". Velhos laponlos contaram-me uma-len-da daquella floresta, dizendo que: antiga-mente havia ali uma caverna onde habita-vam demônios e a morte; onde «ahiamraios, coriscos e sabiam cl.ammas cie togo.como se fosse a bocca do inferno; 03 cavai-l«-ros Que passassem por aquelles s:tios.eram logo rodeados por demônios, que oslevavam para dentro da caverna, onde. de-pois de terem apresentados -1 M >rte, fa-riam-nos morrer sot- mil padeclmentos.

Muitos homens valentes c audazes, visl-tavam a -floresta negra", penetravam nacaverna rendar o mysterio que ellaencerrava, mas a terueriij_.de cansava-lhesa perda «Ia vida, porque jamais sahiram da-quelle antro.

Uma vez, um homem conseguiu entrarcom felicidade dentro da caverna : mas de-pois foram precisos inauditos esforços ecombater com cs demônios por muitq tem-po, para sahir dalii e contar aos laponioso seguinte:

A caverna, segnifica a miséria; os de-monios, a fome. e a morte, é o que nos faimorrer e nos obriga a descer ao abysmo.que é a sepultura, onde *_ encontra esque-letos de muitos outros homens.

O homem, trabalhando, luta pela vida. quee ura frágil batei á ir.ercô das vagas domar, mas por fim falta-lhe o trabalho, por-que nâo ha. ou porque não lh'o dão, e ellefica na miséria; para combater a fome queo atuca é obrigado a soecorrer-se da cari-dade publica, mas muitas vezes a caridadenâo o soecorre e elle, por fim, jã exhaustode forças e vencido pela fome. no melo decruciantes dores, de horriveia soffrimentos ede cruéis martyrios, di um ultimo adeus aomundo e expira.

Jefferson dos Santos rintm

A origem do mata-b._rrão

Foi no Berkshire que se con-feccionou o primeiro papel de sec-car tinta, o qual havia de supplan-tar a areia fina em uso ha algunsséculos. E essa descoberta obedeceu,como tantas outras, a um puroacaso.

Um operário papeleiro esqueceu-se de por na massa de que se iafazer papel commum a quantidadede colla necessária para tal fim, epor esse motivo foi despedido. Ora.logo depoi.s, verificou o patrão, ca-sualmente e com grande surpresa,que o papel confeccionado sem collatinha a propriedade de absorver atinta sem a alastrar e sem fazerdcsapparccer os caracteres traçados.

Estava descoberto o mata-borrão.

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O TICO-TICO a- 16 — 22 — Janeiro — 1930

MODA INFANTIL

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Ull / {r^*K xAlWL' ti ti Ja í /^r-x ifTrVI» a -^ >5 / \\ V / %

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r — Lindo avental de linho em machos para collegial.2* — Saia e blusa de tricoline. 3* — Guarda-pó em li-nho branco, para collegial. 4° — Saia em xadrez epaletot de uma só cOr, debruado de fita cirê.

Bordados. - - Lindo ramo de campanulas para ai mofada. — Cestinha e iniciaes para roupa branca.

ANE CDO TAS O Delegado: — O Sr. declara que o ac-cusado lhe bateu com uma caçarola de ferro

O professor de zoologia ao abrir o comper.- na cabeça...dio encontra, esmagado, sobre uma pagina il- — E' verdade. Dr* E com verdadeira sei-lustrada, um percevejo. vagena...

- Uêü - exclama o professor distrahido . _ Entretanto o seu craneo não apresentasignaes de violência...- como é que este insecto está aqui entre os _ póde SCfi Dr Mas mande buscar t

caçarola. mande buscar, p'ra vêr como ficou Imammiferos?

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22 — Janeiro 1930

DO °4-^

— 17 — O TICO-TICO

A ALEEste titulo parece um hymno. E

o é! Hymno glorioso á vida, ásarvores, aos frutos e ás flores.Quando principia a primavera, aestação mais linda e mais florida,sentimos na imaginação exaltaçõesque nos fazem entoar cânticos ávida e a todas as cousas que noscercam". O calor é a vida! Eu oamo mesmo nos dias mais abraza-dores em que o sol torrifica. crestaa vegetação, extenua e enlanguece.E' no calor que a natureza inteiravibra numa orchestração maravi-lhosa degorgeios e murmúrios. Osangue em nossas veias estua, pai-pita, avoluma-se numa impetuosi-dade de torrente, como querendot -j.adanar em jorros.

E o Rio é tão lindo no calor!Sente-se nas pulverisações de ouroe de luz, a seiva que se infiltra nosfrutos e nas flores, e á tardinha,quando dc um.labor incessante sevolta á casa, que é num bairro mo-desto, o ar está aromatisado de umperfume dulcissimo que inebria e

CRIA DPara a minha filha Dolores

acalenta, repousando o espirito...E as manhãs? São plenas de umrutilo sol! Ha na limpidez claro-azul do nosso céo um cortejo decousas brancas e alegres, fle espu-mas e gazes que se diluem, de crys-tallinos aljofares e visões quefazem evocar, evocar... As fio-res e os frutos são as creações maisdivinas, que extasiam pela bellezada forma, do sabor, das nuancese do perfume inebriante que se vo-latiliza, embalsamando o espaço...Nestas manhãs de sol e de calor,

quando abro as janellas do meuquarto e vejo a linha sinuosa dasmontanhas da Tijuco, que se sa-lientam no fundo do horizonte cia-ro, fico a imaginar cousas fantas-ticas, extravagantes, e, cerrando osolhos, vejo painéis originalíssimos,como se o meu pensamento fosseum pintor futurista. E' a exaltaçãopor esse culto qu tenho ávida fe-cunda -e bemdita que nos dá a na-

VIDAtureza. E fico a pensar: G>mo avida é linda, como a vida é bôa!O pensamento vaga, evocando cou-sas, scenas, e fixa-se numa remi-niscencia. .. Era uma manhã desol; a primavera festiva, alacre, sor-ria esplendente pelos caminhos, osfrutos nas arvores estavam amadu-recídos como pomos de ouro, asflores perfumavam o ambiefte, ospássaros entoavam hymnos de gio-ria á vida estuante e formosa, quese revelava numa apotheose. de luze muita !uz.

Foi num dia assim que viesteá vida, minha filha querida; foi namanhã de rutilo sol que abriste osteus olhos avelludados e lindos paracontemplar as bellezas da vida...

E eu te vendo flcr humana quedespontava a sorrir, tive aindamaior culto interior pela vida. ad-miração pela manifestação intelli-gente de todas as cousas!

Como te bemdigo. oh! vida. queme deste o teu amor de filha!

Rachel Prado.

MENINO QUE DESEJAVA(CONTINUAÇÃO DO NUMERO PASSADO)

SER O A T O

Náo tardou que surgisse um rato deum buraco que havia no assoalho, Car-lito-gato. apezar da repugnância <uic sen-tia por esses roedores quando era ape-na» menino, atirou-se i ratazana insti-gado pela fome.

O mesmo tambem fizeram quatro CMcinco gatos grandes que lhe disputarama preza a unhas e dentes. Arranhado.mordido, fugiu elle da luta, Mirandoapenas um pedacinho da perna dorato!.. .

Ficou longo tempo a espreita de queapparccesse outro, e quando surgiu ummisero camondonguinho repetiu-se amesma scena.

Passou-se a noite inteira assim, equando o dia vinha clareando os gat<foram embora porque, certamenteanpareceria mai* nenhum rato

Morto de somno, de fome e de«ede. desceu elle do sotSo e, lembrando-»e da almofada em que o "Negri*-pousava en casa. procurou na sala davelha feit nlnner rou<a parecMa.* achou um travesse-ro sobre um eon-

Perto havia um pedaço de pão jun-to de uma caneca cheia dágua.

Soffregamente comeu o pão secco eduro, bebendo unv pouco da água. Fn-rodilhou-se sobre o travesseiro e pirou-se para dormir, tendo o corpo for !•e dolorido pelas lutas da terrivol noitepagada. Mal começava a conciiar osoiniio quando ouviu passos e viu entrara megera feiticeira empunhando suaenorme vassoura. Ao vel-o deitado so-bre sen travesseiro foi gritando logo:

Que desaforo, o desse patife! E»pera abi que eu já te arranio!

E crRiieu a vassoura Carlito estavatão cansado que mal ponde <e ereru-.rparadeu um salto e um grito que não d>epareceu mais um miado. . .

Estava sentado na cama. ten o ao ladole, afflicta. qu elhe djzia:

Que i isto. meu filho?. . -mhando?¦ • •

_ o-<\r lba| pcrrçtyitoulito, ainda fido atordoaBb pelo hori

____ 0„r yelha?! pergúntoh íua iradmirada .

A velha feiticeira dos gatos, que

estava com aquella vassoura grande nasmãos? 1.. .

Socega, meu filho. Não ha nenhumavelha feiticeira aqui.

Tudo isto deve ter sido um sonho máo.um pesadello devido á febre que tens.

E o Carlito, então, contou seu extra-nho sonho á mamãe, confessando queestava arrependido de invejar a so'tedo "Negrito" e de ter querido sefgato. • • Fora. assim, castigado.

O "Negrito" dorme durante o diaporque passa as noites vigilante, dandoca<a aos ratos e muitas vezes lutandorom os gatarrões famintos da visinhan-ca que entram aqui em casa á noite para.oubar e lhe tomar, á força, os ratinhosque elle, pacientemente, espera e apanha.

Quando Carlito ficou curado da gr-p-Dt estava tambem curado da prereguiça.. da « diaçlo Passou tanto' dias obn-

•e n* cama que. ficandova-sc cedo e ja estudar an-

ira o collegio\ ,,, espiou <er pato e foi

o pr «e:ro da sua classe no dia do»

E. Wanderley

Page 18: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

Brinquedos cie omiiiir»

O châuf Icur deias-iado

Explicação: Collem as duas peças cm cartolina recortada dcfórma circular Abram, a canivete, a parle poniilhada do cartãoC e pela .abertura façam passar a peça circular, unindo-a peloponto A ao ponto B da peça C com o auxilio dc um barbante comdois nós. Rodando o circulo veráo o lindo effeito deste brinquedo.

Jk Jangada

fle—^_fi^Wpv__ví' /jLrl

Modelo visto do COtUa.

Kxpücação: — Collem as pe-***5 cm cartolina e recortem, ar-mando a | a n g a d a do modo p***"•lue se v» no modelo vistode costas

A a&&ai__a

/^Él__ir/___1 ^

1

EU.MiHit-lo daguarita

Explicação: — Collem as peças cm cartolina e recortem cui-djJosamcnte.

A facilidade da construcção dispensa qualquer explicação,alem do modelo.

Page 19: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

O TICO-TICO — 20 — 22 — Janeiro - 1930

OS SETE FILHOS DO CARV0E1R0Tinha um pobre carvoeiro sete

filhos e vivia muito prcoccupadoporque lhe faltava dinheiro para osalimentar, vestir, calçar e educar.

U mais velho tinha 14 annose o mais novo ti nlia oito.

Ajudavam o pae no que podiam,porém, mesmo assim, a miséria eragrande na cabana do pobre chefede tão numerosa prole no meio dafloresta.

Nas horas vagas, o filho maisvelho fazia exercícios gymnasticos

I, nas arvores, imitando o que via osmacacos fazerem, tendo muita agi-.idade.

Seus irmãos o acompanhavamnos arriscados saltos, trabalhos embarra fixa, parallelas, trapezios, etc.

Passou, certa vez, pela villa pro-xima um grupo de acrobatas, quearmou seu circo e começou a darespectaculos de gymnastica.

Os artista;-, porém, já estavamvelhos, cançados, c seus trabalhoseram fracos, medíocres. Os espec-tadores deixavam de ir aos especta-culos.

O filho mais velho do carvoeiro,que os tinha auxiliado a armar ocirco, perguntou si não queriam queapresentassem alguns trabalhos no-ros de gymnastica. O director docirco respondeu:

Só vendo o que vocês sabemfazer.

Pois hoje mesmo faremos 'aqui uai ensaio.

A' tarde os sete irmãos mostra-ram ao director do circo e aos acro-batas os exercícios que cabiam fa-tct e todos ficaram admirados dassuas habilidades.

Até o pequeno de 8 annos eranm esplendido Tonny, fingindo queia fazer os arriscados exercidos queos outros executavam e deixando-se cahir comicamente. No mesmoinstante o director do circo anmm-ciou a estréa da troupe infantil dossete irmãos, e á noite o circo se en-cheu de povo que applaudiu muitoos trabalhos apresentados pelos jo-vens artistas. Foi um suecesso!

O velho carvoeiro de nada sabia,pois tendo ido á noite vigiar o fogodas suas "coivaras", quando voltou,pela madrugada, já encontrou os fi-lhos em casa, dormindo calma-mente.

Passou-se, assim, uma semana,o circo se enchendo todas as noitese o empresário ganhando dinheiro.Quando na semana seguinte teveelle de proseguir na sua tournec pe-Ias villas c cidades visinhas, pediuaos sete irmãos que o acompanhas-sem, promettendo-lhes bons contra-ctos com optimos ordenados. De-pois de consultaram uns aos outros,resolveram elles acceitar o convite,tendo o mais velho dos irmãos dei-xado um bilhete ao pae, no qualescrevera: "Querido pae. Nós lhetemos sido muito pesados. Vamosagora trabalhar e ganhar dinheiropara o ajudar. Quando estivermosricos voltaremos. Seus sete filhos.'*

O pae tinha ido, como de cos-tume, cuidar da lenha que estavaempilhada e queimando lentamentepara se transformar em carvão.

Ao regressar, por um caminhopor onde nunca andara, viu, nomeio da matta, uma grande pedracom umas estranhas letras gravadasque elle não conhecia. Como eramuito curioso, poz-se a andar emvolta da pedra até que conseguiuarrasta-a para um lado, descobrin-do a entrada de uma profunda ca-verna subterrânea.

Penetrou ali com difficuld^de eteve grande surpresa ao encontrarno interior da gruta pesados caixo-tes e barricas cheias de moedas deouro, assim como reforçados co-fres de ferro com joias faiscantesde pedras preciosas.— Esou rico! Exclamou elle.

Tornou a collocar a pedra nolugar de onde a afastara, disfar-çando-a o mais que poude.

Chegando em casa, ia, muitocontente, transmittir aos filhos anoticia de que havia descoberto umgrande thesouro quando não en-controu nenhum delles e apenas obilhete do mais velho»

Sahiu lo»), voltou á caverna, poznum alforge algumas moedas de«niro e foi á villa próxima sabersi seus sete filhos tinham passadopor alL

Disseram-lhe que os meninoscann uns grandes artistas gymnas-ticos c que haviam seguido com umcirco eqüestre para a cidade vizinha.O carvoeiro. alugou um cavallo €seguiu para a tal cidade; porém co-mo era :náo cavalleiro, somente che-gou ali, estropiado, oito dias dc-pois, sabendo que o circo, com ossete irmãos, tinha trabalhado ali,porém já seguira para a villa maispróxima. O carvoeiro seguiu tam-bem; mas, chegando lá, o circo jáhavia partido para outra parte.

Passou-se todo um mez sempreassim, até que, por um atalho, con-seguiu o carvoeiro chegar a umacidade, já muito distante, onde ocirco ainda estava dando os últimosespectaculos.

Foi grande sua alegria, encon-trando os filhos, e estes também íi-caram muito contentes vendo o pae,que lhes contou, em segredo, haverdescoberto um grande thesouro.

Nós também estamos ricos,disseram os filhos. Somos artistasmuito applaudidos e ganhamos bas-tante dinheiro.

Vamos voltar para nossa ter-ra, lembrou o pae.Para apanhar carvão, outravez ? — perguntou, sorrindo, o me-nor dos irmãos, dando um "saltomortal" e fazendo uma pirueta co-

Não; para vivermos socegadose protegendo os doentes que nãopodem trabalhar.

E como fica essa pobre gen-tete do circo? perguntaram os me-ninos. Estão todos os artistas jávelhos e não podem trabalhar mais.

Pois elles irão também com-nosco, respondeu o carvoeiro.

Assim se fez. Os velhos acrob.i-tas agradeceram muito a generosi-dade dos meninos e a bondade docarvoeiro.

Aos domingos e dias festivos or-ganizavam espectaculos para diver-tir as crianças da villa, não ficandouma em casa, enchendo-se o gran-de circo dc espectadores, pois nãose pagava entrada e ainda haviafarta distribuição de balas, biscoi-tos e refrescos, gartuitamente, entreos espectadores que não se cama-ram de appl.tudir os artistas novos eos velhos.

M. Maia.

Page 20: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

22 — Janeiro — 1930 — 21 — O TICO-TICO

S7wkVDT5ry^

CORIÍm I^NDENClA

£^^rYARA MIRIM (Pelotas) — Os per-

sonagens a que se refere estão descan-sando; brevemente reappareccrão. Oestudo da sua letra não pode ser mi-nncioso, devido á falta de espaço cor.ique lutamos aqui. Sua letra ainda estáem formação, como seu caracter; de-nota, porém, economia, reserva, nervo-sismo, indecisão, medo, receio. O horos-:opo das pessoas nascidas a 11 de marçoè este: "São de nenhum tino commcr-ciai, não sabendo dirigir seus negociesnem os alheios.

Têm multa aptidüo para as artes,principalmente a pintura e a poesia.Receiosas, tímidas ficam muitas vezesprejudicadas por isso, porque não sabemfazer valer seu talento".

L. SCATOLINI (S. Paulo) — Nãopodem ser publicadas traducções sem aautorisação do autor dos originaes. Porque não escreve originaes? Talento nãolhe falta. Têm mais mérito do que tra-ducções.

GÂUCHINHA (Porto Alegre) — Ohoróscopo das pessoas nascidas em Se-tembro é este: "São reservadas, nãogostando de transmittir a outrem seusprojectos e guardando bem os segredouque lhes confiam. Affcctuosos, amáveis,serão bons artistas musicacs. Custarãomuito a ficar velhas, conservando-scsempre jovens e alegres, morrendo, porfim, muito edosas.

Os nascidos em Junho são: "dotadosde poder oratório, bons médicos e op-timos advogados.

Estão, porém, sempre descontentescomsigo mesmo e com o que lhe fazem.Tem exagerado orgulho dos brazões dasua família, e são exagerados em tudo,principalmente á mesa, comendo e be-bendo de mais".

Os nascidos em Maio são. Têm gênioviolento, embora sejam leaes e gênero-sos.

Têm muita intelligencia e gosam deser notados pela sua elegância e luxoque ostentam. Têm ainda memória ex-cellente, não esquecendo os menoresjJc-talhes de factos passados ha annos".

EC1NUE (Minas) — Para dizer oque indica sua letra devia ter escnpto

em papel sem pauta. Quanto ao horos-copo dos nascitlos em Maio, leia o quedigo antes a Gauchinha. Sua pedra ta-lisman é a esmeralda, seu melhor dia eseu melhor mez são as sexta-feiras deMaio e Julho.

CLARISSE — (Rio) — Escreva empapel sem pauta para se fazer o estudoque pede. Quanto ao retratinho quemandou será publicado e remédio paraa pelle use o Cutisol-Reis. Nessa épocade calor é o melhor. Escreva-me depoisdizendo si não ficou boa das espinhase cravos e das queimaduras do sol dapraia.

SATURNO (E. de Minas) P "Aspessoas nascidas em 31 de Dezembrosão trabalhadoras, enérgicas e tão acti-vas que lhes faz mal aos nervos ver apreguiça dos outros. Pela sua excessiva

actividade andam sempro doentes deexgotamento nervoso.

Gostam de fazer longas viagens e gc-ralmente, poi isso, morrem longe dapátria".

CURIOSA (S. Paulo) — O reu ho/oscopo i o mesmo dado acima a Sa'a:noTenha, portanto, a bondad* de \tx t"tomar a carapuça" para si também.

FLOR SYLVESTRE (Rio) — Sualetra redondinha indica bondade, dc.v>ra, indulgência, meiguiee. e, como é ver-tical, mostra força de vontade, energii,e uma ceifa leserva,

Ha também amor ao conforre, noluxo, ás grandes viagens. Um pouqti-nho de capricho e vaidade.

O horóscopo das pessoas nascidas a14 de Setembro é «te: "São reserva-

das, sabem guardar segredo, embora st*jam amáveis, afíectuosas e téra muitavocação para a musica.

Viverão longos annos, conservando-se sempre jovens e bem dispostas.

M1NEIRINHA (Friburgo) - Su*letra é muito semelhante a de Flor Syl-vestre. E' um pouco menos enérgica emais dissimulada e desconfiada. Estavacom uma preoecupação qualquer no mo-mento de escrever, o que fez emendaia data, seu pseudcnymo e o local deonde escreveu.

As mulheres nascidas a 8 de Janeirosão: "ambiciosas e de grande habilida-de, conseguindo obter suecesso na vida.Têm alma nobre e sabem cultivar asamizades que inspiram. Com facilidadeficarão ricas".

DALVA F. CARVALHO (Rlo)-Sn»lelrinha denota actividade, trabalho,muita delicadeza, economia, ordem, íran-queza. E' pena que algumas letras comoo F o T, o I maiúsculo e outras tenhamtraços para a esquerda, indicadores deegoismo, pois sua letra redondinha mos-tra que é bondosa. Por certo é ciumen-ta, querendo suas amizades para si so-mente.

O horóscopo das pessoas nascidas a23 de Julho é este: "Têm grande e mi-gnanimo coração, demonstrando intclfo-gencia e talento para dirigir grande»emprezas. São amigas da íama, doselogios e do dinheiro e gostam de cri-ticar os outros, embora se zanguei»quando "os outrei" lhe apontam tam-t-ern seus defeitos.

São oprimos chefes de íamiha.', ad>rmdo os íilhinhos.

IDALICE SCHERER (Rio de Janekto) — Sua letra ainda está indecisa,em formação. Nota-se, poiém, muitaemotividade, sensibilidade extrema» gen-t>'eza, um pouco de nervosismo, indeci-são. credulidade. medo, receio. E' pre-<iso ter n>ai« força de voniade, maisentrgia, "siber querer" vencer na vids,ter menos boa-fé para não ser enganadapelos mais sabidos t peh s mais espertastambém. Seja activa, emprehendedora,ágil

Dr, Sabe-tudo

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Page 21: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

O TICO-TICO — 22 — 22 — Jaiii.ro — 1930

O CASTIGO DA COBRAO mico e o sapo eram grandes

amigos-. A cobra, que nao podia verninguém de bem, engenhou uni pia-no para perturbar a paz e a amizadedos dois.

L m dia, na casa do mico, houvefesta. A coba soube disso pela ma-nhá e foi dizer ao sapo que não

c á icbta, porque "o mico não

tinha boas intenções a respeito dei-le. E terminou a cobra dizendo umaporção dc mentiras ao «ipo

O sapo acreditou e agradeceu ácobra o aviso ao mesmo tempo quepreparava o castigo para o mico.

Cliamuu alguns companheiros quecomo tlle acreditaram na historiada cobra e, trazendo agua com abocea, molharam u:n pedaço de ter-ra molle cobrindo depois com fo-lhas.

Emquanto isso o mico em suacasa aguardava a vinda do amigo.

Vendo que este não chegavapensou que estivesse doente e foiprocural-o.

Embrenhou-se na floresta. Emdado momento ouviu a voz do ami-go que o chamava dc cima de umal><j-'ra onde estava sentado.

Vem amigo, mico — que que-ro mostrar-te uma cousa.

ico, ao ver o amigo, desceu daarvore, onde estava e foi falar-lhe.

Mal tinha dado vinte passos sen-tiu qne afundava.

Amigo sapo tira-me daqui,gritou elle horrorizado.

O sapo deixou-0 passar um bo-cado, mas por fim tirou-o do lodocom uma vara.

Que te fiz eu para me fazeres? — disse elle zangado.

— Tara qr.c não me fizessesir! — disse o sapo também zau-

gado.

Eu fazer-te peor? — excla-mou o mico estupefacto.

Pois foi o que me disse a co-bra.

E você acreditou nas menti-ras delia*

Pois se ella jurou...Temos que falar; vamos até

em casa.O sapo, um pouco contrafeito e

com medo, acompanhou o mico.Chegando á casa deste, foi bem

recebido pela familia e demais con-vidados da festa que se realizava.

Bem depressa seu medo se dis-sipou.

Então combinaram com o rato,dar cabo da cobra.

Terminada a festa, o tres ami-gos foram rondar perto da casa dacobra

O sapo pediu licença e entrou.Olá, amigo sapo! disse co-

bra, pelo que vejo, você acreditoue:n mim, do contrario seria mortoa pauladas.

E que provas tem você disso?excalmou o sapo á queima roupa.

Ora, tornou a cobra. Hu vi-nha de passear e vi a familia domico cortando paus: Para que é is-so? perguntei.

"E' para moer osapo", exclamaram todos em coro.Corno sou tua amiga, fui avisar-te.

Muito bem, amiga cobra, es-queçamo^- o caso, amanhã vou pas-.car na Pedr.-ria negra e vim con-

r-te.Com muito prazer, disse a co-

lira Iwonjeada.P.oa noite, amiga cobraBoa noite, amigo sapo.

O sapo retirou-se e foi ter comos amigos que o esperavam e tinhamouvido tudo.

Você, amigo rato, vae á mi-

nha casa c traz um rolo dc cipós,emquanto eu c o mico vamos á Pe-<1 reira Negra arranjar lenha e com-binar o resto.

O rato foi correndo e trouxe oque o sapo tinha pedido.

Foram até a Pedreira Negra on-de o rato já esperava. Juntaram le-nha e espetaram dois paus no chão.Feito isso, foram dormir.

No dia seguinte, antes do solnascei', o sapo foi pedir ao gatouma certa droga.

O gato, quando soul>e para queera, deu-a logo.

O sapo muito contente foi pre-paral-a.

Dahi a meia hora o sapo e a co-bra se encontraram na Pedreira Ne-gra: cumprimentaram-sc e o sapodepois de algumas palavras, ofíe-receu um copo de leite á cobra mis-turado com a droga que o gato lhehavia dado.

Dahi a momentos, a cobra ficoucompletamente bebeda e começou acontar tudo o que havia feito aosapo e ao mico, como tinha comidoos ovos do tico-tico, que tinha ma-tado o pae do rato e muitos maiscrimes.

O sapo, que havia levado o ca-brito, o porco e o gallo como tes-temunhas, o qual também tinhaperdido dois filhos que a cobra ma-tara dias antes, afirmaram que acobra devia ser morta.

O rato amarrou a cabeça e raboda cobra com o cipó e ataram aapontas nos paus que haviam espe-tado. Feito isto, ascenderam umafogueira e em menos de 5 minutosa cobra era uma tira de cinza.

Moral: Quem faz o mal, cedoou tarde paga-o.

Ernesto Garcia

Page 22: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

Sa _ Janeiro — 1930 — 23 — O TICO-TICO——i. _—

._

A A O U I A AZULA's minhas amiguinhos

Yvonne, Enid Pacheco deOliveira e Maria MarquesLima.

Lá, bem longe, ha muitos annos,quando os primeiros cabellos bran-COS nem sonhavam brotar na cabe-ça do tempo, na época em que íal-lavam as arvores, cantavam as fio-res, sorriam os pássaros, nas im-mensas planícies do mystrioso paizdo Sol Nascente, morava um le-nhador, que tinha um filho pastur,chamado Song.

O velho era feliz, seu deus oprotegia. Nos seus campos nasciamflores; nos seus rebanhos tudo eracalmo e o seu filho tinha um domdivinal: — a musica.

Song tocava flauta. Quando, as-sentado sobre o monte, via pastaro seu rebanho, tomava a flauta ecomeçava a tocar. Tudo se extasia-va ante sua musica, Quando as f!o-res ouviam-no, abriam os cálices erecebiam contentes cs sons mavio-

do !-eu instrumento.crescendo; dia a «lia se apri-

nmrava mais; sempre tirando sonsangélicos; parecia que a deusa damusica se tinha encarnado naquelle

-Chegou, porém, o dia da desgra-

ça oaquella cabana feliz. O pobrelenhador morrera. Song ficouzinho. Tamanha foi sua dor ,perder o seu velhinho querido, quenunca mais collou os lábios nacompanheira de desditas. Emideceu Song <. emmudeceu a flauta.

E passaram tempos. Am-tristonbos. mudo»; e sqlitari

á flauta atirada a um caique se tinha tornado rude,

-.M dias partia de machado

ao hombro, cabeça baixa, em di-,á ia martyr

arvoredos, tudo

Quando o rouxinol o via passar,perguntava-lhe:

Song! onde está tua flauta?Por que não a trazes, para cantarcommigo, alegrar estas paragens?Não vês que a natureza está triste?— E elle sorria amargurado e con-tinuava o seu caminho.

A' noite, quando voltava, comum feixe de lenha, as estrellas bra-davam-lhe em coro, com voz in-fantil e melíflua:

Song, onde está tua flauta?Traze-a para alegrar nossa mãelua. E elle tornava a sorrir, sem-pre cabisbaixo.

Um dia o sói appareceu bellis-simo. Tudo era luz, em tudo haviafogo. Song sahira cedinho, apósfraga! refeição, com o machado,pelos ásperos caminhos. Nesse dia,alguma coisa tornava a sua almamenos triste, o seu espirito estavaalegre. Apreciou a belleza das fio-res, olhou o finnamento e pela pri-meira vez, após aquelle dia fatal,suspirou.

Ao chegar á floresta, resolveuabandonar a vida de lenhador; irianovamente apacentar as ovelhasqueridas; amar de novo a nature-za; mas, antes, abateria uni velhoarvoredo, que havia no seio da fio-resta. Quando dava a primeira ma-çhadada, escutou una grito, um ge-mido lancinante e uma voz que sa-hia dos galhos do arvoredo:

Song, não me abatas! Tenhaspena de mim! Atemorizado, Song,como todo japonez, supersticioso,largou a correr pela estrada a foracomo louco, ein dirécção á casa.Era mek) do caminho pensou, viuque era uma covardia correr de um

iii algumas macha-Ias facilmente abateria. !

vcu voltar. Ao chegar junto á ar-vore. quando desfechava o primeiro

lesma v

Song, não me abatas! Tenhaspena de mim! Tambem vivo.

Quem és? Falia. E escutoua triste historia da arvore encan-tada.

Song! Antigamente, no tem-po em que tocavas a flauta encan-¦>ada, eu era menina ainda e gos-iava de escutal-a. Estando, porém,um dia a banhar-me embevecida nafonte, vi chegar um monstro hor-.ivel, de nome Tagiira. Quiz fugir;elle segurou-me. Era medonho,Song! Seus braços cercavam todafloresta e eu não pude fugir. Per-guntou-me se queria ser sua mu-iher. Tive tanto nojo e medo quedesmaiei. Quando accordei, estavatransformada nesta arvore. Tagúra,sentado junto a mim, sorrindo, dis-se-me: Miska! tirei teu coração esó t'o dai ei se quizeres casar com-migo ou se alguém tentar buscal-oem meu palácio. Ninguém o conhe-ce a não ser a Águia Azul, qu_ mo-ra muito longe daqui. Se alguém

fi r, morrerá nas minhas garras! Emorrerá nas minhas garras! Egargalhando desappareceu o mons-tro.

Song, tenho soffrido muito! Osventos sopram aos meus ouvidos,as chuvas molham o meu corpo, anoite humedece-me com o seu or-valho! Salva-me, .Song! Vae embusca da Águia Azul.

Naquella tarde, Song ainda vol-tou mais triste para casa; não jau-tou e, quando estudava com a cabe-ça entre as mãos, um meio dc sal-var a pobre Miska, ouviu uma vo-zinha .eve:

¦— Song; lembra-te de mim!Suspendeu a cal_ça; era a flau-

ta que falava.Levantou-se, apanhou-a, limpou-

a e foi para a cascata do rio. Che-gando lá. começou a tocal-a.

O' milagre! Nunca dos seus la-sahiram sons tão harmoniosos.

Page 23: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

O TICO-TICO — 24 — 2_ — Janeiro — 1930

De novo embeveceu a natureza ea cachoeira, chorando nas quedasde espuma, disse-lhe:

— Suig! lança-te nas minha-;águas, que eu te levarei á moradada Águia Azul.

Dizendo assim, a cascata formouum batei com o floco de suas es-pumas.

Song assentou-se sobre elle e foilevado pela corrente, tocando sem-pre a^ flauta encantada

Depois de muito navegar, depassar por cidades e villas, naquel-Ias espumas bemfazejas, chegou fi-tialninte ao pé de uma montanha.Neste logar parou a corrente; sal-tendo, ouviu a voz do rio:

— Song, segue em frente e sêfeliz!

O lenhador pensou e resolveusubir em busca do ninho da ÁguiaAzul e, após longa caminhada, che-gou á frente de uma caverna. —Entrou. A águia estava a um cantode gruta com os olhos abertos, bicoadtmco e garras possantes. Quan-do avistou aquelle homem, armouo bote para feril-o. Song, vendo-se perdido, tomou a flauta paratocar pela ultima vez.

Quando começaram a sahir asprimeiras notas do intsrumen.o, aáguia cerrou os olhos e perguntou-lhe. commovida: — Que queres nomeu ninho? — Song contou o quepretendia. A águia ouviu-o com at-tençã.) c disse:

— Song, o que queres é tmtítoperigoso, mas, se tens tanto inte-

e, monta em minhas costas epartiremos para lá. — Song mon-tou ans asas da Águia Azul, quepartiu para a casa do mon tro capós longas hora? de jornada, che-garam ao antro do dragão Tagúra, Caminharam por muitos corredo-res. Cansados, já se iam retirar,quando ouviram um urro tremeu-do, vindo 'erráticos. Cela-

de terror, seguiram para lá.Era Tagúra que resonava.

Um monstro horrivel!Quarenta braços, cinco línguas

bifidas, tres dentes enormes e, nacal-eça, onde ostentava quinze chi-fres diabólicos. Vta-ft u:n olho

enorme, redondo, desprovido depalpebras, a brilhar lugubremente.

Entraram na sala e o monstroestava immovel.

De quando em quando, sabiamdaquella bocca urros horríveis. AÁguia Azul falou baixinho:

Song, a fera dorme. Vouíurar-lhc o olho com meu bico, paraque possas matal-a com teu alíange.Um uivo dc dor sacudiu todo cor-

po de Tagúra, quando sentiu o olhovasado pelo bico adunco da ÁguiaAzul. Parecia que tudo ruia. Osseus braços começaram a mover-se,como impulsionados por milharesdc correntes electricas. A fera con-tinuou estribuchaiulo, dilacerandoas próprias carnes com as garras,vomitando espuma, até que, não sup-

portando mais a perda de sangue,

que se escoava aos borbotões peloolho vasado e pelas feridas, cahiuexhausta, morrendo. Sabe entãoSong de detraz da porta e começaa procurar o coração de Miska

Quando, desilludido, assentava-se,tristonho, ouviu a voz da águia:

— Song! O coração de Miskáestá preso no peito do dragão, jun-to ao seu coração. Song marcha,abre-lhe o peito com o aifauge e re-tira victorioso o pequeno coração-zinho de Miska. que muito verme-lho, ainda tremia de horror.

Quando voltava contente, parav mostrar á Águia Azul o thesouro

encontrado, reparou que esta estavamoribunda, com o peito aberto,pois tinha sido alcançado por umadas parras dc Tagúra, na hora dafuria. Os olhos da Águia Azul es-tavam cheios de lagrimas. IVdiuentre contracções de dor: — Song!

a tua flauta! Quero ouvil-apela ultima vez! Song tomou Iflauta c começou a tocar a "Can-

ção do Espaço". A Águia Azulriu, debateu-se pela ultima vez

e morreu entre os braços do amigo.Son- chorou muito a morte da

sua companheira. Enterrou-a e dc-íl veiu sentar-se á porta do antro

da fera, procurando uma maneirade descer daquellas alturas. Rcsol-vcu tocar a flauta, para ver se ob-tinha alguma inspiração. De i¦ flauta mágica produziu effeito.

Naquelle momento passava OVento por aquellas regiões e, com-movido, perguntou:

Joven japonez, que te af flige?Eu queria voltar para terra!

Mas estas nuvens são tão altas,que, se eu me atirasse ncllas, mor-rcria-

Espera então, mancebo: — efez com que as suas correntes dear trouxessem bocados de areia eestes foram se amontoando, até queformaram uma immcnsa montanha,que chegou ás nuvens, por onde des-ceu o feliz Song.

Quando collocou o pé cm terra,começou a correr em procura daarvore encantada e, ao avistal-a, ex-clamou radainte de alegria:

Miska, eis o teu coração!Dos galhos da arvore brotaram

gottas dágua; era Miska, a chorar,dizendo:

Song! abre o meu tronco como machado e deposita lá o meu co-ração.

Assim fez elle. Quando termi-nava a operação, cegou-o um clarão.O chão foi abalado, Song desmai-ara. Quando voltou a si, estava coma cabeça no collo de uma linda jo-ven, que lhe faliou:

Song, salvaste-me! A minhavida te pertence! Queres ser meuesposo r

* ? *

E, depois daquellc dia, como enbello para quem passasse lá, liemlonge, jHir aquellas immcnsas pia-nicies verdejantes, vêr as ovelhasbranquinha-. a pastar e a ouvir osom tnavioso de uma flauta, tocadapor um pastor, que, assentado noalto dc um monte, abraçava umajoven bellissima, chamada Miska.

Audi face Freire.

i_.'

-

Page 24: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

22 »- Janeiro — 1930 — 25 - O TICO-TICO

O s LANETAS EXQUISITOS

}

Os meninos estavam olhando G viam uns astros extranhosa lua atravcz de uma luneta que saltando, irrequietos, pelo espa-o mestre collocara em frente da ço. Oue seria essa dansa dos pia-janella. netas?

Uma cousa muito simples: —o velho hippopotamo a jogar,em baixo da janella, as suas bo-Ias de borracha.

O N R A X AAcabara de engraxar as botinas

de um freguez rabtigento e ficarasentado, pensando: De tarde da-quelle dia maldito, sentara-se namesma cadeira, para dar mais lus-tro aos seus sapatinhos, deixara ca-hir nas mãos do pequenino, umagrossa gorgeta, que lho agradeceucom um olhar indiffcrcnte, comose nada mais lhe prendesse a atten-ção neste mundo de lagrimas; foraao sorvete com sua irmãzinha Le-ny. Lembrava-se de como as moe-dinhas naquelle dia tilintavam den-

tro de seu bolso (e hoje sem ne-nhuma) . Depois de receber o beijode sua mãe, para dormir, fugira.

Emquanto o dinheiro que trou-xcra de casa não acabou-se, correutudo bem, mas depois foi um hor-ror, de um emprego ao outro, che-

gou ao de engraxate, que um me-nino louro havia deixado, para darentrada á Casa de Saúde. Comoarrependia-se de ter deixado a ca-sa paterna, onde tinha de tudo:beijos de sua mãe, carinhos de seupae, comida, cama quente, e além

de disso, a companhia de sua irmãLenysinha.

— Cuidinho, estou com tantafome!

F.lle é despertado por Nívea, suaamiguinha, procura nos bolsos esentindo seus dedos baterem em umcorpo duro, o sorriso volta de novoao seu rosto, emquanto mostra amenina, um pãosinho, que compra-ra com os últimos tostões que tinha.Ao ver a alegria de Nivea, comen-do o pão, Cuido sente-se compen-sado do sacrifício que fizera, pri-vando-se do seu almoço, emborasinta uma dor aguda no estômago,

pois já era de tarde e elle aindanão comera nada. Tendo Nivea idoembora e não vendo nenhum fre-

guez, Cuido resolve dar um pas-seio, para ver se engana o estômago.

Sente um calor insuportável nac;i!>eça, apesar de não estar quente,

está a tremer de frio. Caminhae vae chegando-se para o rio, o que

vê, quando sente os pés molha-

dos; recua assustado, mas ouve um

grito, olhando em direcção donde

parece vir o brado de soecorro, Gui-

do fica horrorisado, ao ver ali pres-tes a serem tiagadas pelas ondas, asua irmã I/eny, agarrada com aNi vinha. Como louco atira-se norio, mas o susto ao cahir nagua fria,faz voltar a razão ao seu cérebroatormentado e elle não vê ninguém,naquelle rio ímmenso e quieto.Comprehende que foi allucinaçãosua, pois com febre e fome comoc-lá, julgara vel-as afogando-se.Oucr voltar, mas sente-se tão fra-co. depois a água - tão azul, tãoquente, pensa elle. Fascinado pelaágua, que elle acha tão bôa e sem(orça Guido vae afundando deva-garsiuho, e o seu ultimo olhar épara o ceu, azul e limpido comosua alma, este ceu onde não demoracatará e não terá de engraxar aslx >tinas de freguez rabugento. Gui-do procurara midigar a desventuracm que a sua imprudência de fugir

casa o atirara com o trabalhoengraxate, trabalho honesto, é

verdade, mas rude demais para ospequeninos.

Ànalia Graeff.

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V I ICO- T 1 C O — 26 — 22 — Janeiro — 19o<}

AS DIABRURAS DO ZÊZÉ

l*:ii soldado corria atraz do Zc- Zczc parou em frente^ de uma

porque este estava jogando chapclaria e teve uma idéa: Subiufootball na ma. a uma escada e se escondeu debaixo

de uma cartola de folha

E assim se livrou de cahir nasmãos do soldado que o queria pren-der.

O CAVALLO D E PÁO

E' a véspera do natal.

Para admirar as vitrine . dos es-

tabe'ecimciitos os transeuntes aper-

tam-sc. Na porta é um vae-vem con-

tinuo de pessoas carregadas com

grandes pacotes.Luiza, a filha do relojoeiro, an-

da toda contente! Com a modesta

somma que sua mãe lhe deu para

preparar a festa do Natal, achou

ateio, dc comprar um pinheiro pe-

qt.eui. umas velas e _____ presente/para cada um dos seus irmãosinhos.

Os presentes eram bem pequenos:lenços com figuras para os mais

velhos e bonecos para os menores.

Faltava comprar só uma cotiza.ua mãe deu lhe cinco mil reis

com a licença de comprar o objecto

que lhe desse prazer.

Luiza já tinha visto ba aitempo, na vitrine du:n bazar, umalfinete muito bom, vi-to que ser-via muito bem para prender o cluiieao domingo.

Antes de entrar, ella foi ver maisuma vez se o tal alfinete estavaainda lá. Na sua pium rapazinho que olhou lo.qo paraella.

_ Oh! perdão, — disse, enver-

gonhada — magoei-te?— Não, minha senhora!

Estás a admirar todas c-.tas

cousas bonitas. Qual é a mais lin-

da?

O rapazinho, todo admirado, com

uma voz de desejo immeuso: E' este

cavallo de pau!Luiza considera os farrapos do

pobre rapaz, a sua cara magra e pai-lida e o coração aperta-se-lhe.

A tua mãe t'o comprará, tal-

vez.Oh! não; ella nunca me pode

dar nada; ella não tem dinheiro,

meu pae morreu ha poucos mezes!

Como te chamas?André.Conheces-me?Sim, és a irmã de um dos

meus collegas dc e cola.Luiza pensa ah instante c dc-

cide não comprar o seu alfinete.

Muito bem! Vou comprar este

cavallo de pau para o teu natal c

amanliã lias de vir a no_Minha n.ãe fez uni bolo c eu dar-teci um jiedaço, queres?

Onero.T.úi/.a entrou no bazar, comprou

o cavallo e, ao sahir', deu-o sto rapa-zinho que o apertou nos braços co-mo se fosse um mel

No dia seguinte, o dia da festa

do Natal, a alegria reinava em casadelia. Mas as horas passavam e oAndré não apparecia. Joanna esta-va anci<

Acabada a festa, Luiza, acompa-nfiada do seu irmãosinho, foi á ca-sa do rapaz levar-lhe o bolo. Subiuuma escada íngreme e bateu á por-ta.

l'ma mulher, a mãe dc André,abre lhes á porta, e Joanna, a irmãdo rapaz, convida-a a sentar-se.

Então não vieste, André? per-guntou Luiza.

Não — respondeu, olhando

para o chão.Vamos André i mãe

— conta o quc se passou.Tinha medo quc se zang

minha senhora, porque já não tenhoo meu cavallo. Dei-o ao Pedrinho.E um amiguinho meu que <

muito doente c não tem nada parase distrahir. E como elle o meu ca-

Io desejou, dci-lh ¦. Peço des-culpa.

indo acaliou dc contar, estavachorando* Luiza tomou o rapazi-nho nos braços e, beijando-o, dilhe.

Deus te abençoe, meu ir6Ínho.

Alfredo J. Fcrr

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Gente Querida do Cinema

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yo_é__m Bki^. Alumnos da Escola dc Applicaçio noAlumno» da Eacola d* Applicação no //_& fc^V numero — Ot catavento».

numero — As bonequinha» /y^ifl B^x\

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YOLANDA BRANDI

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Aurélio Ribeiro e o preaept que elle armou

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22 — Janeiro — 1930 — 29 — O TICO-TICO

AS APPARENCIAS ENGANAMr ha, nós r>s nves. nio somos mis! —

E ns aves de rapina? — Nem mesmo estas,Pois. eu j& falei a uma npi i o ia_¦otf-I! Vou contar a minha historia- NV>3enuiios tres irmãs eu, esla, que está a r_ j

• ..vam alegres e «ii- Wj/// tf ., \V»KV t-do e outra que Ji mor-titames duas aveznhas </?// WA'-'*. ^T \\W reu- A «"«¦¦ sahiu umcanoraa. quando uma d.!- {// Cêzjff > VOÍ d:a a Procura de empregales viu uma pequena la- // ^-^--C—L^ YV ou fe aUmento. f0, 4 ca.earta- /,-•¦''"' . ____ sa da águia. Implorou-lhe

Ia devoral-a. A lagar- .^' "~ •i,N,^!>_k umi» esmola o a águiata. portm. p-diu-lhe que V-_s=*T ^^^?^^^)_>1_5_ nada deu P0"»11* era ««-nao ¦ »'¦" '—/ :-C^' ~ ... ^''l/íílflíM /_õ5h. nivora e so podia dar-lhe

— Nâo tcraas, disse -/ 3ÍW_?I§^-^^ carne. A minha Irmi 31-

hla desconsolada e foi ^ _> ,¦«.-''___ ^ / 1 \ \ * ^^-__ >• - -.u!a: Nâo tenho alimen-bater a outra porta. -S/ "'i>^^^i-__^' ^\*> \" to q.ue Ihe --.«ri—. Par-

Foi ft casa do leão. - ,__T". I \ f~ '. j / £S\ tiu para a casa •** rapo-fera estava assanhada na S. .- — ~"" -____fâ__iO' 'V__-_^e_£^-_V«^'

ÍT^Ú./ Ba que' deP°l» de oltlarcarniça, momento |*rlgo- \\ c__x \ »-

'W^^^^v>^^^'-----s* ' // multo minha irmi, disse-

¦o para se aproximar. A\ fjr //, lhe: Eu sS como carn.Entretanto, nenhum mal *«<A\\ _/ /V_(y de K-U-nhal Dali minhafes â minha pobre irm... \W\\ •/"' ___^* "fe*__ /V_y/ Irrai íoi * casa do tj'ir°.respondeu-lhe como k\VXV\ ^v - ""^^ih v^*-*t j/y/s/J - nada arranjou, porque o

ro A potrozmlia nao sabia,- cràos para coro... Nesse mo-

rte iv.x termo-ao seu de-rta. l.m caçador appa-

, seu assa.-amo. e agora de Vi-lo receiam o»

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O TICO-TICO — 30 — 22 — Janeiro 1930

OS RATOS DE HAMMELA pequenina cidade dc Ilammel estava infestada por

uma verdadeira praga de ratos.Os ratos; os estragos que elles causavam; os meios de

destruil-os... eram o assumpto obrigatório de todas aspalestras.Os meus queijos, dizia um, não sei mais onde heide guurdal-os; não lia dia cm que não tenha um ou doisloidos por esses malditos bichos.

E o meu linho! — exclamava um outro — um linhotão fino, que foi tecido pe!a m nha bisavó, está completa-«lente perdido!...

Ora, ora! — gritava um gordo fabricante de cerveja—se nem a minha cerveja escapa!

E assim eram, todos os dias, maldições e imprecaçõescontra os damninhos animaes. Toda sorte de meios para com-batel-os foram empregados, mas sem resultado. Cada casatinha dois ou tres gatos, além dc uma collecção dc ratoeirase armadilhas de todos os feitios.

Um dia, na feira, onde o clamor contra os roe-dores era maior, surgiu tua homemzinho extranho, pe-.menino e gordo, todo vestido de verde, calçava altas botasbrancas, tendo na cabeça um barrete vermelho.

O exquisito personagem tirando do bolso uma gaita,soltou duas notas estridentes, o que fez todos os presentescorrer para o logar em que elle estava, formando um grandecirculo á sua volta.

Que recompensa me darão, se eu acabar com todosos ratos da cidade? — grito-a o homemzinho com uma vozque muito se assemelhava aos sons da sua flauta.

Já promettemos mil moedas dc ouro, como premio,a quem acabar com os ratos — falou o burgo-mestre dacidade. ,

O homem levou a gaita á bocea e soltou duas notasnas. Sahiu depois pelas ruas da cidade, tocando uma

marcha guerreira. Com espanto geral, de todos os ladoscomeçaram a surgir uma innumcravel quantidade de ratos.Eram gordas ratazanas, grandes ratos bigodudos, camondon-gos, até os ratinhos pequeninos que ainda não tinham abertoos olhos. Todos corriam, pulavam, se arrastavam, acompa-nhando o homem da gaita que tocava a sua marcha ex-b—lha, sem parar.

Depois de dar duas voltas pelas ruas da cidade, sempreseguido pela multidão de ratos, o homem dirigiu-se para amargem do rio e tomando um pequeno barco, afastou-seia praia.

Os ratos quizeram seguil-o e entraram no rio, morrendotodos afogados.

O homem da gaita voltou para a cidade e ficou â esperada recompensa promettida; porém os habitantes estavam en-tregues á alegria de se verem livres dos ratos e ninguémquiz lhe dar attenção. Ao bater a primeira badalada da meia»noite, o homemzinho desappareceu e nunca mais tiveram no-ticias delle.

Mas, em conseqüência do desapparecimento dos ratos, ogrande numero de gatos que haviam posto na cidade paraexterminal-os, tornou-se uma praga peor do que dos ratos.

Os bichanos devoravam tudo: os peixes, as carnes, asaves; ninguém mais possuia um passarinho.

Quando fez um anno do dia do desapparecimento 'dosratos, o mysterioso homem da gaita tornou a apparecer nafeira. Desta vez, vinha vestido de amarello, com as botase o barrete pretos.

Como fizera um anno antes antes, o homemzinho, ao somda sua flauta reuniu toda a população, e perguntou o quelhe dariam se acabasse com os gatos.

O burgo-mestre deu-lhe a mesma resposta, sem falar narecompensa que lhe ficara devendo pela destruição dos ratos...

O "feiticeiro" começou a passear pela cidade, tocandouma ária baixa e melodiosa. Os gatos começaram a seguil-o;e elle deu duas voltas pela cidade, sempre acompanhado pelosgatos, indo depois afogal-os no rio, como fizera com os l

Como da primeira vez, os habitantes de Hammel se es-queceram de recompensar o seu bemfeitor. Este, sem dizerpalavra, esperou até meia noite; e, ao ouvir a primei iabadalada, desappareceu.

Um anno depois, ninguém mais se lembrava nemratos, nem dos gatos, nem daquelle que os livrara delles!

Na mesma data que nos annos anteriores, com curprezageral, o homem da flauta appareceu na cidade, todo vestidode preto, com as botas pretas e o barrete preto ornado delongas plumas negras.

O homem começou a passear pela cidade, tocando a f Ie todos os habitantes começaram a seguil-o.

Ninguém ficou em ca?a. ao som da flauta, velhos, mo-ços, homens, mulheres, creança. e até os enfermos, todosemfim. corriam para seguir o extranho cortejo.

Chegando & gTande praça da cidade, sempre acompa-nhado de todos os habitantes, o homem da gaita começoua tocar uma musica de dansa.

Foi uma cousa verdadeiramente infernal! Durante o diainteiro o homem tocou sem parar a sua musica diabólica eos miseros habitantes sujos, rasgados, offegantes, dar.sem parar uma dansa frenética!...

Afinal, deu a primeira badalada da meia-noite. O ho-mem da gaita parou de tocar e desappareceu.

A dansa cessou e os dansarinos cahiram todos por terra,só despertando muitas horas depois. Muitos morreram de fa-diga. Outros enlouqueceram. Os demais, com os nervos des-locados, cheios de dores, mal podiam se arrastar.

Do mysterioso personagem ninguém mais ouvui falar.Forem, áquelles que sobreviveram, depuzeram o burgo»

mestre, depois de dar-lhe uma tremenda surra.

A. R, DE RONOELES

Page 30: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

22 — Janeiro — 1930 — 31 O TICO-TICO

41OlfOf £èm€ur§o§SOLUCION1STA3Ary Vieira l'orto, Moacyr Pur'.o, Ly-dia de iluLundu, l.rmogen.. Chagafl, j-a .1«le lloüa/ida, Lconidas Montaury, Wildeai-na do J. F-rnaiKl-H. Antônio Cauiil.. Me*-relles, Zuieika Hugo de Jesus. OrlandoMcllim, Adai! Zobrczer, Leda 1'agani '.•'£-

Ikuo dos Santos, Carlos Franco da Sü-Teira. Isaura Alves ltosa, Ayua Moniz,Joio Maurício Cardoso, Jorge AugistoCoelho. Gu.Ilierme Alberto More. U. .Solululí Snvu, Sylvano do Camino. Muni-Io l..n_ .Manei S<-arc., Heloisa Sim.uar,Wiin coiien,, Bantea Novaes c. Chaves,Natlian K-i.maiu, ltu_.ni L>:a_ Leal, An-nita Uain.i, Uello da Fonseca RodriguesLopes, Nnza Lucas Gonçalves, Maria Ite-C'na Menclunça Maia, Alberto do Vali».Daniel Kildman, Abrahüo Coben, Dalmuí*. Barreto, Lupa Siqueira, Josò Líuaiz ...¦íi.o Barbosa, Hpitacio Alexandi. du_ Me-ves. Edmêa Ferreira l.age, José Sch.r. .alrVianna. Tcbias Frcger. Esilo CapebcrlbeJos. l:i_eiro da Costa, Maria S.uupaio'Wilson de Aluuquerquo Guilarducia LueiaCerne Guimarães, llclio Morei. a_J MarioJPilardt, Oswaldo Couto Carnelroi*Hulma-ria Co* Kruse, Sylvio Ney de-Asfcis Ribeiro. Cláudio Castello Liranco.Eliodoro Dulcettí, otrecu de Miranda Car-dulia, Liai\.i Kesende, .Mana Aiualia Paiva

Waldemar LuJwiK.Rcxju.to Reis, Joaguim Isnado BaptistaCatdoso Netto, Cecilia Dohn Vieira, iàyl-Tio Augusto Bohn Vieira, l.mir.anu.J deMendonça Magalhães, Luia Frederico Has-silmann. Joào Jor^e do Uarros, Au:Wilciiea, JosC Alberto Werneck, ThocritoJohnson. Theopompo Johnson, Krnesto deMello, Maria do Carmo Reis, Geiiy Arau-Jo. Casulo de Almeida, I.ui. de AndradeJ"1*, Fernando Coelho, Roberto de OH-**elra. Marta Pires Teixeira, José LuizFUques Netto. Jorge «II, Roberto Jani-que-, llenjamin Augusto Alves, Marcy As-sis Ji.asíl, llelath Corrêa.

Foi o seguinte o resultado final do con-Curso:*• Pr.mioi

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Page 31: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

O TICO-TICO — ii — 22 — Janeiro — 103..

Diaa Maria das Neve». Welwiler Frilsch.or, Daniel Kcldman, Abrahão Co-

hen, Nadyr Hugo do Josuh, l.uiz Cama<; iitl>riiV5. Ernani Silva, Cláudio OodinhoNayTor, 1'crdlnando de Carvalho, AltivoL—ra, Walr.ma Werneck, Mario Joaquim

-, ¥edda Ilegal Possolo. João li il;»-rio de Macedo. -Vallian Koizman, KdméaJ¦'• rrelra Bage, Dirceu de Miranda Cordl-lho. Mario Augusto Teixeira, Sylvio 1'intode Oliveira. Paulo dos Santos lllandy. Ma-

l'inlieiro, Alberto Soa-res, -Muro Antônio Torjoz, TherezinhaAranlis Dix, Arlette da Silveira Duarte,

8. Baritoaa, Antônio Leite Magalhies,l i Praneo M nrllos, Heloísa da Fonse-

ca Kpdrigues Lopes, Sybcic Rala, Suranais Qulmaries, —«ynaldo Villas-Bôas,

Zarins metro, Aluizlo Martins,Jaoyia Fontes, .Maria de Lourdes Mattos.

. in de Magalhães, ltoquito Heis, Wal-i Gonçalves unas, Lyilio Homero. Jo-

Sê da Silva Mangualde, Sarah Hiazlonl,tardo liorstmann. I'aulo Francisco S.

... NHza Ruas Martins, Antônio João:ro Ferreira Mendes, 1'aulo Roberto de

Lima e Aranha, Fernando Octavio <ion-calves, Rnbem Dias Leal. Anysio Corrêadc Sa, Huth Augusto Coelho. Joaquim

io Baptista Cardoso Netto, ManaAmalia Paira, «feUdo <lo.s Santos, OswaldoTeixeira, Aknlr Dantas. Therezinha l'ico-Ms, Luiza Costa, Cybille dc Barros Coe-lho, lrema Torto Draga. Margarida Lopes

.z, Domingos Postacchlni, Luiz Aranha,Mario Camargo, Fernando Paz Pacheco,

. Jorge de Barros, Luiz Guimarães,cilio de Souza Lima, Helena Moreira

Fialho, Maria Helena Derger Iiravo, Co-jahy Gusnrem, CiBlra C. de Souza, Aure-lio Qerosia, Nivaldo Parnifriani, Maria Va-knlin Miranda, iíulfika Gonçalves de Si,Luiz Albino Barbosa de Oliveira Junior,

/ Serra, Eurides do Carmo Wermelin-Antônio Pinto H. Campos, Thoopora-

po Johnson, Theocrito Johnson, Páblo Gui-marães Nery, Anulia Americano Franco,Si Ima Ferreira ressoa, Alberto do Valle,Dalmo Freire Barreto, Nisslm Costiel, Ma-ria Cecilia de Nicmeyer, Juarez Galvão Fer-

Heitor Friderick. Syllas Ferrai deArruda, Sylvio Ney de Assis Ribeiro. Dal-vo Azevedo Machado, João Augusto lire-v.m Pilho, Julieta Sanzone, João da HoraFiatbo, Valard da Cunha Borba, Nilza de

ida Figueiredo, Horacio Pcraxso Ju-nior, Hoger Araújo, Lucy Santos. AurellaWlaches, M_ Cordeiro Couto, Zilah Braa-dio da Paiva, Grace de SA Pereira. AldinoHeis. Ayrton SH, dos Santos, Harold Fnn-tis Cepp, Hélio de Souza Leite, GilbertoA. !'¦ nua, Iteine Mane*.

Foi premiado o soluciontitaJUAltEZ GALVÃO FLHUFIRA

de 10 annos de idade e morador A ruanesta Capital.Paula e Silva na 15

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CONCURSO N. 4 1 C

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quexa GeixL

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fVWWWW^MA^^MAHM

Concurso extraordina-rio de Natal

20 VALIOSOS PRÊMIOS

Conforme noticiamos, despertou o mais vi-vo interesse entre os nossos leitores o con-curso extraordinário de Natal, publicado nonumero de zí de Dezembro ultimo e eneer-rado ante-hontem. Sobem a multas cente-nas as soluções que recebemos, as quaeaestão sendo devidamente apuradas paia fl-Curarem no sorteio dos prêmios valiosos, que•Io os seguintes: i

1» PB—DOO — Uma blcycleta "Luclfer".

para rapaz, no valor de 4001000. offerta daCasa Mestre et Blatgé, rua do Passeio ns.48 a H, representantes da afamada marcade bkrjrcletaa Lucijer e especialistas em se-cedes de automóveis, radio, vlctrolas, árticosde sports, etc.

-• Prêmio — Uma linda, boneca, rica-ro vestida.

I* Prrm.o — Uma espingarda para me-nino.

4* Prêmio — l'u> plano.*• PrruHo — Uma caixa ds soldadosc* Prnnio — Pina linda boneca.f. Prêmio — Um tractor.í* Pre mio — Um tobogaa.*• Prêmio — Um rico estojo de boneca.

30* fnmio — Uma caixa de soldados.11* Prêmio — Uma bomba da seus.I* Prêmio — Um* rica boneca.

II* Prêmio — Uma caixa de soldados.1** Prêmio — Uma caixa de soldados.15* 1'rtmio — Um Almanach d"0 Tico-

Tico psra 1130.II* P.-cmIo — Uma assignatura annual

d'O Tico-Tico.17* Prcmfo — Um Almanach dO Tico-

Tico para ltlt.II* a fo* Prt-mlos — Tres assignaturas

semestrais i 'O Tioo-Tic».

Paiia os í.t.iToirfrs desta Capitai. > dosEstados raoxiMos

Perco atas:1* -r- Qual a parle da locomotiva que.

¦era uma letra, o movei.'(3 syllábas).

Fcrnan.lo Suckovr

l* — Com (' sou alimento.Com M «ou parte do corpo.Com N sou negação.Cora C sou animal.

(I syllaba).Margarida Maria Picoroiit

3* —O que *. o que é que tem dentes s¦

12 syllábas).Ary Mendes

4* — Qual o tempo de verbo formado dtD l:m HipritMBT

tr: syllábas).Abel Simões

6" — Qual f o pronome que lido ás aves-o mesmo pronome?

12 syllábas).Victor Cunha

As soluções devem ser enviadas a reda-do Tlro-Tico. devidamente asslgnadas.o.-inhadas do vale 3.416.

Para este concurso, que será encerradono dia 11 de Fevereiro próximo, daremos r«»-mo prêmio, por sorte, entre a. soluções cer-tas, um rico livro de historias.

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^yj/W.v iy%MMm ^^^^^^trflX

-^O/ERDESCi/ffA MS1AMTAMEA D* DOR

DE OiMTtB £ OUVIDOS

Page 32: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

22 — Janeiro — 1.930 - 33 — O TICO-TICO

C O N C V R S O tt. 3.415r_JM os _e:i „e- dbsta Capital e dos Iístados

_íá2M>.' t., ni caeu e y>neai«o dc i. »j. .. ,,av-.r*uolv_l-o vocês torSo apenaa o trabalho derecortar ob pedm no aclniu

tUcs formar a silhueta rio ChSqtUnjAa soluções devem ser envfaufau Irtdacçlo. ..paradas das do outros

í»cr con _rsos. acompanhadas das de_«4 de Idade, residência o assignatura dopróprio ponho do concunvnte o, ainda, doTale q'iv vae publicado a seguir e t<m <>a. 3..10.

Para est-; concurso, quo ser.1, encerradono dia ls de Fevereiro próximo, serio dis-tnbuKJos, por sorte, os seyulnti

1* Premio: — L'm lindo e valioso t.in-«iiedo.

TROVAS

O povo teta um dictado,que a sentença diz assim:— Não ha Um gue sempre durenem lu mal que não tem fim

Todo bem passa ligeiro...num . . momento dc sonho!depois fíca-Se vivendocom um sorriso mais tristonho!

* * *— Não ha mal que não tem fim ¦i niuitira de espantar!pois as vezes toda a vidanós andamos a penar!

Esther Ferreira l'>

*? 1

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'^'CONCURSO1

>+ 3.-1!

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«>

t

Figurinos para oCarnaval

A partir do dia 25 deste mer,Para todos o semanário daél te. começará a publicar inferes-santíssimos figurinos para o Car-naval As mais lindas fantazias,concepção de artista notável, fi.jrnr-rão nas oafinas -fe farotodos... em quatro cores.

? *»??????*?>?$?

SeparaçãoXunia gaiola doiradaUm canário enclaurade,üolia trniados de amor!Cem saudades do sen v.tnho'Cheio de luz e ca'or...Por que cantas passarinho TPorque soffres, pobrezinho.'...E ninçiicin sabe, a tua dôrl

ltõã__i:..Confere

aos seus

leitores

um cunho

d

verdadeira

distincção*.

A primavera que surge,Xão ülitinina teu ninho:— Vazio dos teus carinhos.Repleto só de tristorlOs filhos sem a mãezinhaForam fechando os biqutnhosE, tristes, rcgeladinhosMorrendo... todos se foram.

Jnz um ninho esbandalhado...Vasto dos passarinhos,Vazio do teu amôrl

Como a mãe destes bichinhos.Quanta mãe que, abnegada:— Sorrindo!... morre de dôrl

MAGDA ROCHA

SS MATEPK _BQECONSELHOS E SUGGESTOES

PARA FUTURAS MÃES(Premio Mme. Durocher, d*

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Page 33: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

— 34 —O TICO-TICO

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...todos os lares espalhados pelo imnienso territorodo Brasil receberão livremente o conforto moral dasciencia «- Ja arte...

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Vivia cm uma floresta solitária um pobre lenhadormuito velho, que morava com um filho pequeno, o qualainda não r.odia aux.lial-o no serviço da casa.

O pobre velho trabalhava com afinco, para nao lhesfaltar o pão. Assim decorreram dois annos, até que a mortetraiçoeira Lhe roubou a vida, deixando ainda pequena a po-bre creança. „____ i

Não sabendo o que lazer, sahm o pequeno Zeztnno pelafloresta, sem ks e sem destino.

Depois de andar muito tempo, faminto c com unusede que o devorava, avistou ao longe uma choupana e di-

o pobre casebre.limas. Chegou á porta uma velha leia.

Era a feiticeira como todos diziam.Ao ver a pobre creança, pegou-a pelo braço e arrastou-a

para dentro, como se fosse um animal. Depois de matar-lhea fome ridiculamcnte, ^fez-lhe perguntas.

Cada palavra que o pequenito pronunciava calua-lhe d Iuma lagrima.

m recursos, vivera Zézinho longo tempo com essavíbora, e. apesar de ser maltratado e de soífrer injurias, tra-balhava para não paSsar fome.

Foi um Ha tempestuoso de Dezembro que a velha fe-tJceira mandara-o, como de costume, buscar lenha na matta.O vento zunia no telhado. Os trovões rebombavam pela Ho-resta acompanhados de raios que punham abaixo enorme.

pinheiros. ... , ,Mandado rudemente pela velha malfazeja, sahiu a pobre

¦ nça com um cipó ao hombro para amarrar o feixe.mulo de frio c inedo, caminhava a pobre creança,

quando. Stibito, rehombara novamente um trovão que puzeratudo em silenicio. E a pobre creança cahira sem sentidos nusolidão deserta. Acordara! Sm, acordara nos braços de sua

querida mãe, que a viera buscar na terra para viver nova-te com seu papae querido. _.__„

OSWALDO A. LOPES

^fl Wft_V 1_^A-mm^^^-Y'TRAZERAS CREANÇA-DISPERSADA. SEGURO AORREU d. VELHO

Page 34: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

X22 — Janeiro — 1930 — 35 — O TICO-TICO

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Page 35: ÊLrtm N JANEIRO Ta) O TICO rT0CO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1930_01268.pdf22 — Janeiro — 19_U *- 3 — 0 TICO-TICO O SONHO DO JANJÃO Janjão era uma esperta

I le, rnlurccido. avc-tcta ih' »roubua-lhc * hcna, d.i<»io „u"i-.!>..• furiosos O carolo, para »o-mar a ;ua carapuça, atirou-lhi a¦Ifcreáu

O SonhoAS AVLNT1JRAS 00 CHIQUINHO^—T ~T~~"àr^ roubua-lhc J Nina, dando guin. tf». « ¦¦—.

^a ^"lfv^ ''"" ,ur'osos O carolo, para »o--4J ^w mar a BM C-ílfWK-, alirou-lhi ,S~^

at. as proeras de -^XÜ^^h / -_' ' 5 ^-3 \J ¦|i'ii X fl^r^ !rl_»KÍo dot «w!

,m macaco «, _<^T \ W* \V-' . . ' \^ Njj S ¦«* £ I 1,0 macacos qu.

I_c.lt revi". &?= 5^ ^\_S\ ^r^-~~~~~^<':^~ %\\ Si anharam .

raiolj e sahiram. Chiquinho, \ J4^^y^^í^'^^—" " " ' ———wf^T r-T^jV r,tuandt os »!¦ rollo-, por-se a ror- \ 'S^f^____C^^=- <&*' "

/ !•/ •*««» dessa «liludf. o* _-ioto»rn Oi macacos síhíram-lhe ao en- \\

~>~*,,«~-.ir-~ >'"^^»l_r

"*- "* ) t-J/ ""'"«» r*"que os macacos fâiumcalco Ch.qu.nbo .Ma romertbend:r \^ .

"^'~*?J~~-, -*' */ \_~7 »•"*» daaam saltos, (ulncbos c ba-intenção \. —. '^--.~ v~*"

••»-» ts dentes n'uma (una termel.

<

Ot macacos foram-lbe tm uai paramordel-o , E, naquella lula t nosst b*-rt» accoidou do tcrtÍTel sonba que n»er»t »io-se. .

...lula da cama, no cbit a'uma attito.«te (aiata com Jarunco to lado que Ibelira socctnrr