iob - icms/ipi - rio grande do sul - nº26/2016 - 5ª sem junho

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial a ICMS - Produtos de informática ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 26/2016 Rio Grande do Sul / a Federal IPI Ressarcimento do imposto 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária em operações com veículos novos 05 / a IOB Setorial Estadual/Municipal (Porto Alegre) Pneumático - ICMS/ISS - Incidência tributária em operações com pneus usados 19 / a IOB Comenta Federal ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina 20 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Certidão negativa - Prazo de validade 21 Simples Nacional Classificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória 21 ICMS/RS Consignação mercantil - Produto sujeito ao regime de substituição tributária - Inaplicabilidade 21 Denúncia espontânea - Possibilidade de apresentação ao Fisco 22

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IOB ICMS-IPI, Rio Grande do Sul,26-2016,5a Sem Junho

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial

a ICMS - Produtos de informática

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 26/2016

Rio Grande do Sul

/a FederalIPIRessarcimento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária em operações com veículos novos . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadual/Municipal (Porto Alegre)Pneumático - ICMS/ISS - Incidência tributária em operações com pneus usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

/a IOB ComentaFederalICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

/a IOB Perguntas e RespostasIPICertidão negativa - Prazo de validade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Simples NacionalClassificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória . . . . . . . . . . . . . . 21

ICMS/RSConsignação mercantil - Produto sujeito ao regime de substituição tributária - Inaplicabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Denúncia espontânea - Possibilidade de apresentação ao Fisco . . . . 22

© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : ressarcimento do imposto.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2742-7

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04153 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

26-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

a Federal

IPI

Ressarcimento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao ressarcimento 3. Pedido 4. Transferência 5. Competência 6. Pagamento 7. Procedimento especial

1. INTRODUÇÃO

O procedimento para o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) está disciplinado pela Instru-ção Normativa RFB nº 1.300/2012.

Neste texto, examinaremos os detalhes para o ressarcimento de créditos do IPI, com fundamento na referida Instrução Normativa.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012)

2. DIREITO AO RESSARCIMENTO

Os créditos do IPI, em conformidade com o princípio da não cumulatividade, pode-rão ser utilizados pelos estabelecimentos mediante o lançamento dos respectivos valores na escrita fiscal, para efeito de dedução dos débitos decorrentes das saídas de produtos tributados.

Os créditos que ao final do período de apuração remanescerem da dedução poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento para posterior dedução de débitos do IPI, relativos a períodos subsequentes de apuração, ou ser transferidos para outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do IPI, caso se refiram a:

a) créditos presumidos do IPI, como ressarci-mento das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins previstas nas Leis nºs 9.363/1996 e 10.276/2001;

b) créditos decorrentes de estímulos fiscais na área do IPI a que se refere o art. 1º da Portaria MF nº 134/1992;

c) créditos do IPI passíveis de transferência a fi-lial atacadista nos termos do item 6 da Instru-ção Normativa SRF nº 87/1989;

d) créditos presumidos do IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do Decreto nº 7.819/2012, apurados pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica habilitada ao Progra-

ma de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva

de Veículos Automotores (Inovar--Auto), nos termos do art. 15 do

mesmo Decreto.

Se ao final de cada trimestre-calendário rema-nescerem créditos do IPI

passíveis de ressarcimento, depois de efetuadas as dedu-

ções, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica poderá requerer

o ressarcimento dos referidos créditos em nome do estabelecimento que os apurou

ou utilizá-los na compensação de débitos próprios relativos a tributos administrados pela RFB.

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 10.276/2001; Decreto nº 7.819/2012, art. 12, III a VIII, e art. 15; Instrução Normativa SRF nº 87/1989, item 6; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, caput, §§ 1º e 2º; Portaria MF nº 134/1992, art. 1º)

2.1 Créditos passíveis de ressarcimento

Não obstante o contribuinte poder utilizar os créditos para dedução do imposto nos períodos sub-sequentes ou transferi-los para outro estabelecimento

A retificação do

pedido de ressarcimento gerado a partir do programa PER/DCOMP, nas hipóteses

em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo

mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado

a partir do referido programa

26-02 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

(matriz ou filial) nas hipóteses referidas nas letras “a” a “d” do item 2, para fins de ressarcimento somente serão passíveis:

a) os créditos relativos a entrada de matérias-pri-mas (MP), produtos intermediários (PI) e mate-rial de embalagem (ME) para industrialização, escriturados no trimestre-calendário;

b) os créditos presumidos mencionados na letra “a” do item 2, escriturados no trimestre-ca-lendário, excluídos os valores recebidos por transferência da matriz;

c) o crédito presumido do IPI como ressarcimen-to das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, previsto no inciso IX do art. 1º da Lei nº 9.440/1997; e

d) os créditos presumidos do IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do De-creto nº 7.819/2012, nos termos do art. 15 do mesmo Decreto (Inovar-Auto).

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 9.440/1997, art. 1º, IX; Lei nº 10.276/2001; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 3º)

2.2 Vedação

É vedado o ressarcimento de crédito do trimestre--calendário cujo valor possa ser alterado, total ou par-cialmente, por decisão definitiva em processo judicial ou administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito do IPI.

Ao requerer o ressarcimento, o representante legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da lei, de que a pessoa jurídica não se encontra nessa situação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 25)

3. PEDIDO

Cada pedido de ressarcimento deverá:

a) corresponder a um único trimestre-calendá-rio; e

b) ser efetuado pelo saldo credor passível de ressarcimento remanescente no trimestre-ca-lendário, depois de efetuadas as deduções na escrituração fiscal.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 7º)

3.1 PER/DCOMP

O pedido de ressarcimento será efetuado pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica mediante

utilização do Programa Gerador do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP).

Nota

Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016 aprovou o Programa PER/DCOMP, versão 6.6.

Esse programa, de livre reprodução, está dispo-nível na página da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

A pessoa jurídica deverá apresentar o PER/DCOMP com assinatura digital, inclusive, em relação ao pedido de cancelamento e à retificação desse programa, nas seguintes hipóteses:

a) declarações de compensação;b) pedidos de restituição, exceto para créditos

decorrentes de pagamentos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e

c) pedidos de ressarcimento.(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 6º, e

art. 110; Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016)

3.2 Retificação

A retificação do pedido de ressarcimento gerado a partir do Programa PER/DCOMP, nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado a partir do referido programa.

A retificação do pedido de ressarcimento apre-sentado em formulário (papel), nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à RFB de formulário retifica-dor, o qual será juntado ao processo administrativo de ressarcimento para posterior exame pela autoridade competente.

O pedido de ressarcimento somente poderá ser retificado pelo sujeito passivo caso se encontre pen-dente de decisão administrativa à data do envio do documento retificador.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 87 e 88)

4. TRANSFERÊNCIA

A transferência de créditos do IPI a que se refere o item 2 deverá ser efetuada mediante nota fiscal, emitida pelo estabelecimento que os apurou, exclusi-vamente para essa finalidade, em que deverá constar:

a) o valor dos créditos transferidos;b) o período de apuração a que se referem os

créditos;

26-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) a fundamentação legal da transferência dos créditos.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, caput)

4.1 Escrituração

4.1.1 Transferência

O estabelecimento que estiver transferindo os créditos deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de estorno de créditos, com a observação: “Créditos transferidos para o estabele-cimento inscrito no CNPJ sob o nº........”.

Nota

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), na forma do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que define as especificações técnicas do leiaute dos arquivos da EFD, e no Guia Prático EFD ICMS/IPI. Os lançamentos de estorno de créditos deverão ser efetuados, entre outros, nos registros E520 e E530 do bloco E da EFD.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ins-trução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 1º; Guia Prático EFD ICMS/IPI)

4.1.2 Recebimento

O estabelecimento que estiver recebendo os créditos por transferência deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de outros créditos, com a observação: “Créditos transferidos do estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº........”, indicando o número da nota fiscal que documenta a transferência.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 2º)

4.2 Transferência por não contribuinte

A transferência de créditos presumidos do IPI, como ressarcimento das contribuições ao PIS-Pasep e da Cofins, por estabelecimento matriz não contri-buinte do imposto será realizada mediante emissão de nota fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial que estiver recebendo o crédito, devendo o estabelecimento matriz efetuar a escrituração em seu livro Diário.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 3º)

4.3 Estorno de crédito

No período de apuração em que for apresentado à RFB o pedido de ressarcimento, o estabelecimento

que escriturou referidos créditos deverá estornar, em sua escrituração fiscal, o valor do crédito solicitado.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 23)

5. COMPETÊNCIA

A decisão sobre o pedido de restituição de cré-dito relativo a tributo administrado pela RFB, o pedido de ressarcimento de créditos da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, do Reintegra e o pedido de reembolso, caberá ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes no Rio de Janeiro (Demac/RJ) ou da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras (Deinf) que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

A restituição, o reembolso ou o ressarcimento dos créditos, bem como a sua compensação de ofício com os débitos do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional, caberão à DRF, à Derat, à Demac/RJ ou à Deinf que, à data da restituição, do reembolso, do ressarcimento ou da compensação, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 69)

5.1 Reconhecimento do crédito

A autoridade da RFB competente para decidir sobre o pedido de ressarcimento de créditos do IPI poderá condicionar o reconhecimento do direito cre-ditório à apresentação de documentos comprobató-rios desse direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de verificar, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 76, caput)

5.2 Indeferimento

É facultado ao sujeito passivo no prazo de 30 dias contados da data da ciência da decisão que indeferiu seu pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso ou, ainda, da data da ciência do despacho

26-04 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

que não homologou a compensação por ele efetuada, apresentar manifestação de inconformidade contra o indeferimento do pedido ou a não homologação da compensação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 77, caput)

6. PAGAMENTO

O ressarcimento de créditos do IPI será realizado pela RFB exclusivamente mediante crédito em conta--corrente bancária ou de poupança de titularidade do beneficiário.

Ao pleitear o ressarcimento, o requerente deverá indicar o banco, a agência e o número da conta--corrente bancária ou de poupança de titularidade do sujeito passivo em que se pretende que seja efetuado o crédito.

Compete à instituição financeira que efetivar o ressarcimento verificar a correspondência do número de inscrição do respectivo beneficiário no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), constante dos docu-mentos de abertura da conta-corrente bancária ou de poupança, com o assinalado na correspondente autorização de crédito.

O descumprimento dessa norma caracteriza desvio de recursos públicos e obriga a instituição financeira responsável à entrega dos valores ao legítimo credor ou sua devolução ao Tesouro Nacional, acrescidos dos juros e das demais san-ções cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 85 e 86)

6.1 Juros compensatórios

O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de reembolso, será restituído, reembolsado ou compensado com o acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% no mês em que a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo.

No entanto, não incidirão juros compensatórios no ressarcimento de créditos do IPI, bem como na compensação desses créditos, conforme o disposto no § 5º, I, do art. 83 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 83, caput, I, § 5º, I)

7. PROCEDIMENTO ESPECIAL

A Portaria MF nº 348/2010 instituiu procedimento especial para ressarcimento de créditos de contribui-ções para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI.

O procedimento de ressarcimento do IPI somente se aplica a créditos acumulados em cada trimestre--calendário, decorrente de aquisição de MP, PI e ME, aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos.

Não serão objetos de ressarcimento do IPI, devendo ser estornados os créditos originários de aquisição de MP, PI e ME, destinados à fabricação de produtos:

a) com notação “NT” na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) amparados por imunidade, exceto nos casos de exportação para o exterior; e

c) excluídos do conceito de industrialização na forma do art. 5º do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

O procedimento especial não alcança pedidos de ressarcimento efetuados por pessoa jurídica com pro-cesso judicial ou com processo administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito cuja decisão definitiva, judicial ou administrativa, possa alterar o valor a ser ressarcido.

A RFB deverá, no prazo máximo de 30 dias conta-dos da data do pedido de ressarcimento dos créditos, efetuar o pagamento de 50% do valor pleiteado por pessoa jurídica que atenda, cumulativamente, às seguintes condições:

a) cumpra os requisitos de regularidade fiscal para o fornecimento de certidão negativa ou de certidão positiva, com efeitos de negativa, de débitos relativos a tributos administrados pela RFB e à Dívida Ativa da União (DAU) ad-ministrada pela Procuradoria-Geral da Fazen-da Nacional (PGFN);

b) não tenha sido submetida a regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430/1996 nos 36 meses anteriores à apre-sentação do pedido;

c) esteja obrigada a manter EFD;

26-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nota

A obrigatoriedade da EFD será verificada para cada estabelecimento detentor de crédito do IPI, nos ressarcimentos de créditos desse tributo.

d) tenha efetuado exportações em todos os 4 anos--calendário anteriores ao pedido;

e) tenha auferido receita bruta decorrente de ex-portações para o exterior nos 2º e 3º anos-ca-lendário anteriores ao do pedido, em valor igual ou superior a 30% de sua receita bruta total da venda de bens e serviços no mesmo período; e

f) não tenha havido indeferimentos de pedidos de ressarcimento ou não homologações de compensações relativos a créditos de contri-buição para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI, totalizando valor superior a 15% do montante solicitado ou declarado, com análise concluí-da pela autoridade competente da RFB, ainda que o pedido se encontre pendente de deci-são definitiva na esfera administrativa nos 24 meses anteriores à apresentação do pedido.

Nota

O disposto no art. 2º da Portaria MF nº 348/2010 aplica-se aos pedidos de ressarcimento efetuados a contar de 22.05.2011, bem como àqueles com período de apuração compreendidos entre 1º.01.2009 e 31.03.2010 (Portaria MF nº 260/2011, art. 3º).

A apuração do requisito descrito na letra “e” será efetuada anualmente.

Entende-se por receita bruta de exportações a soma dos valores das mercadorias efetivamente exportadas, em reais, conforme informado nas res-pectivas declarações de exportação (DE) e declara-ções simplificadas de exportação (DSE) registradas no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), no período de 1º.01 a 31.12 de cada ano--calendário utilizado para o cálculo.

A apuração do requisito indicado na letra “f” independe da data de apresentação dos pedidos de ressarcimentos ou das declarações de compensação analisados nos últimos 24 meses e será calculada de forma unificada para o contribuinte.

A retificação do pedido de ressarcimento apre-sentada depois do efetivo ressarcimento de 50% do valor pleiteado somente produzirá efeitos depois de sua análise pela autoridade competente.

Para fins de pagamento a ser efetuado pela RFB, deve ser descontado do valor a ser ressarcido o montante utilizado em declarações de compensação apresentadas até a data da restituição, no que superar em 50% do valor pleiteado pela pessoa jurídica.

O procedimento especial de que trata este item foi disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010.

Para efeito de sua aplicação, o contribuinte deverá atender aos requisitos exigidos na data do pedido, mantendo esta condição inalterada até a data do pagamento da antecipação.

A operacionalização da antecipação do ressarci-mento será efetuada pela unidade da RFB a que compete o reconhecimento do direito ao ressarcimento do crédito.

Aplica-se, subsidiariamente, aos pedidos de ressarcimento especial o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 e nos demais dispositi-vos da legislação tributária que disciplinam a matéria.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012; Instrução Norma-tiva RFB nº 1.060/2010; Portaria MF nº 348/2010; Portaria MF nº 594/2010; Portaria MF nº 260/2011)

N

a Estadual

ICMS

Substituição tributária em operações com veículos novos SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aplicação

3. Substituto tributário 4. Exclusão da responsabilidade 5. Alíquotas 6. Operações interestaduais 7. Inaplicabilidade da substituição tributária 8. Pagamento do imposto retido 9. Base de cálculo da substituição tributária 10. Alteração de alíquota ou de preço 11. Substituto tributário enquadrado no Simples Nacional

26-06 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

12. Relação de mercadorias e MVA 13. Faturamento direto ao consumidor 14. Veículo automotor para transporte de 10 pessoas ou

mais e insumos para a fabricação destes 15. Penalidades

1. INTRODUÇÃO

As operações realizadas com veículos novos motorizados e com veículos automotores novos rela-cionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, itens IX e X, estão sujeitos ao regime de substituição tributária.

Em vista disso, compete ao substituto tributário reter e recolher o imposto devido nas subsequentes saídas dessas mercadorias, observando, para tanto, as disposições regulamentares.

Há, ainda, a exigência de aplicação do men-cionado regime tributário nas operações com os veículos novos relacionadas nesses itens faturados diretamente da montadora ou do importador ao consumidor e será tratado em tópico próprio deste procedimento.

(RICMS-RS/1997, Livro III, arts. 118 a 125 e 163 a 168)

2. APLICAÇÃO

O regime de substituição tributária aplica-se nas operações internas e interestaduais realizadas com os veículos novos relacionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item IX e X, reproduzido no tópico 12 deste texto.

Esse regime de tributação também se aplica aos acessórios colocados no veículo pelo substituto tributário.

Nas operações com veículos automotores novos relacionados no Apêndice II, Seção III, item IX, a responsabilidade por substituição tributária alcança apenas a subsequente saída.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 9º, caput, nota 01, “a”, arts. 118, 119 e 120, e Apêndice II, Seção III, item IX e X)

2.1 Veículos destinados à utilização como táxi

Nas saídas de automóveis de passageiros destina-dos a motoristas profissionais, com motor até 127 HP de potência bruta (SAE), não haverá retenção do imposto se a operação interna subsequente com esses veículos for beneficiada com a isenção prevista no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 9º, LXXIX.

Neste caso, o substituto tributário deverá mencio-nar na nota fiscal que documentar a operação, além das exigências previstas na legislação tributária, a expressão “Não há substituição tributária - táxi (Con-vênio ICMS nº 83/1997)”.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 125)

3. SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO

O substituto tributário é a pessoa a quem a legislação determina a obrigatoriedade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido pelas subse-quentes saídas tributadas até o consumidor final. São responsáveis tributários:

a) o estabelecimento industrializador das merca-dorias; neste caso, não haverá substituição tri-butária quando um estabelecimento industrial remeter mercadoria a outro da mesma empre-sa neste Estado, situação em que o substituto tributário será o estabelecimento industrial re-cebedor. Ressalta-se que, se o estabelecimen-to receber essas mercadorias de outro Estado, sem substituição tributária, o imposto relativo às operações subsequentes e à diferença en-tre a alíquota interna e a interestadual, quando a mercadoria destinar-se ao Ativo Permanen-te ou ao uso ou consumo do destinatário, será devido no momento da entrada da mercado-ria no território deste Estado. Nessa ocasião, o recebedor deverá comprovar seu pagamen-to mediante apresentação de guia de recolhi-mento ou comprovante de pagamento emitido por terminal de autoatendimento;

b) o estabelecimento que recebeu as mercado-rias de outro Estado, salvo se estas tiverem sido recebidas com substituição tributária;

c) o estabelecimento que importou as mercado-rias do exterior;

d) o estabelecimento que adquiriu as mercado-rias importadas do exterior, apreendidas ou abandonadas;

e) o estabelecimento atacadista que recebeu as mercadorias de estabelecimento de empresa interdependente ou por transferência, obser-vado o conceito de interdependência previsto no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 1º, III, ou por transferência.

Nota

A responsabilidade mencionada na letra “e” se aplica em relação à totalidade das mercadorias recebidas pelo estabelecimento atacadista, te-nham sido recebidas ou não de estabelecimento de empresa interdependen-te ou por transferência.

26-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Ocorrerá nova substituição tributária nas saídas, promovidas por es-tabelecimento atacadista deste Estado, de mercadorias já tributadas pelo regime de substituição tributária, hipótese em que o estabelecimento ataca-dista será o responsável pelo pagamento do imposto devido nas operações internas subsequentes.

A responsabilidade pelo pagamento do imposto devido nas operações subsequentes permanecerá durante todo o ano-calendário, mesmo que não tenham sido recebidas mercadorias de estabelecimento de empresa interde-pendente ou por transferência em algum dos meses do ano.

Ressalte-se que a responsabilidade atribuída ao atacadista e mencio-nada na letra “e”, desde 1º.01.2015, não se aplica:

a) ao estabelecimento de empresa que, cumulativamente:

a.1) não receba mercadorias de estabelecimento de empresa inter-dependente;

a.2) não receba mercadorias por transferência interestadual;

a.3) não possua estabelecimento industrial;

a.4) não possua estabelecimento atacadista que opere exclusiva-mente com mercadorias por ele importadas;

b) ao estabelecimento de empresa que tenha firmado termo de acordo com a Receita Estadual prevendo a não aplicação da responsabili-dade na forma mencionada no RICMS-RS/1997, Livro III, art. 9º, VI, observado o disposto em instruções baixadas pela Receita Estadual.

Quando, considerando os 3 meses anteriores ao período de apuração, o somatório do valor de mercadorias recebidas de estabelecimentos de em-presa interdependente ou por transferência for inferior a 10% do somatório do valor das entradas para comercialização, o débito do imposto devido por substituição tributária poderá ser apurado no momento da entrada no esta-belecimento, hipótese em que a responsabilidade ficará restrita às mercado-rias recebidas de empresa interdependente ou por transferência. A apuração desse imposto deve ser feita na forma estabelecida na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo IX, Seção 14.0.

Ultrapassado esse limite, o imposto relativo às operações subsequen-tes será devido nos termos das notas 01 e 02 do inciso VI do art. 9º do Livro III do RICMS-RS/1997 e permanecerá desta forma até o final do ano--calendário.

Também é responsável pelo pagamento do imposto devido nas operações subsequentes, apurado de acordo com instruções da Receita Estadual, na condição de substitutos tributários, o estabelecimento atacadista que deixar a condição de responsável pelo pagamento do imposto devido nas operações subsequentes, prevista na letra “e”. Neste caso, deve ser observado o procedimento relativo ao estoque de mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seções II e III, existentes no estabelecimento no momento da alteração de responsabilidade, previsto na nota 3 do inciso VI do art. 9º do Livro III do RICMS--RS/1997.

Ressalte-se que, na hipótese de o estabeleci-mento receber essa mercadoria de outro Estado sem substituição tributária, o imposto relativo às operações subsequentes será devido no momento da entrada da mercadoria no território deste Estado, ocasião em que o recebedor deverá comprovar seu pagamento mediante apresentação de guia de recolhimento ou comprovante de pagamento emitido por terminal de autoatendimento.

(RICMS-RS/1997, Livro III, arts. 9º, 53-A e 118)

4. EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE

A aplicação do regime de substituição tributária exclui a responsabilidade do contribuinte substituído em relação ao pagamento do imposto devido nas subsequentes saídas, por ele promovidas, de merca-dorias sujeitas ao citado regime, exceto:

a) aos casos previstos no RICMS-RS/1997, Livro III, art. 12, que dispõe sobre a exclusão de responsabilidade do substituto em relação ao imposto decorrente de alteração de preço ou alíquota ocorrida após a saída, de seu estabe-lecimento, das mercadorias cujas operações tenham sido objeto de substituição tributária, exceto:a.1) quando o substituto auferir, ainda que

sob outro título, valores decorrentes de alteração de preços;

a.2) quando existirem estoques de mercado-rias em estabelecimentos de empresas in-terdependentes, controladas ou controla-doras, consideradas contribuintes substi-tuídos, salvo quando se tratar de mercado-ria com preço máximo ou único marcado pelo fabricante e não sujeito à alteração;

b) aos casos em que, nas operações de aquisi-ção de mercadorias, tiver ocorrido qualquer infração à legislação tributária, observada a hipótese de responsabilidade solidária do contribuinte substituído prevista no RICMS--RS/1997, Livro I, art. 14, VI;

c) à saída de mercadoria já tributada pelo regime de substituição tributária em que ocorrer nova hipótese de substituição tributária;

d) aos casos em que a operação promovida pelo substituído extrapole o alcance da responsabi-lidade atribuída ao substituto, quando esta se restringir a uma determinada etapa ou modali-dade de venda;

e) nas operações de aquisição de mercadorias de contribuinte submetido ao Regime Especial de Fiscalização (REF), quando não houver a com-provação do pagamento do imposto de res-ponsabilidade por substituição tributária.

Ressalta-se que a responsabilidade do substituto tributário pelo pagamento do imposto não será elidida pelo fato de ele não ter retido o tributo do contribuinte substituído.

Para efeito de exigência do imposto por substi-tuição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do imposto, a entrada de mercadoria ou bem no

26-08 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

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estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.

Ressalte-se que a exclusão de responsabilidade do contribuinte substituído prevista no RICMS--RS/1997, Livro III, art. 11 e art. 36, I, não se aplica aos acessórios por este colocados no veículo.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 11, I a V e VII, arts. 12 a 14 e 122)

4.1 MEI

A responsabilidade pela substituição tributária não se aplica nas saídas de mercadorias do micro-empreendedor individual (MEI), ficando ela atribuída ao estabelecimento destinatário e o ICMS devido no momento da entrada das mercadorias no estabeleci-mento.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 9º, caput, nota 6)

5. ALÍQUOTAS

Em geral, as operações internas são tributadas com a alíquota de 18%, no período de 1º.01.2016 a 31.12.2018, e 17%, a partir de 1º.01.2019.

Aplica-se a alíquota de 12% nas operações inter-nas realizadas com veículos para transporte de mer-cadorias, classificados na NMB/SH-NCM 8704 (Lei nº 8.820/1989, art. 12, II, “d”, item 35, acrescentado pela Lei nº 14.388/2013).

Nas saídas interestaduais para destinatários localizados nos Estados das Regiões Sul e Sudeste, a alíquota é de 12%. Quando o destinatário do veículo estiver localizado no Estado do Espírito Santo e nos Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a alíquota é de 7%.

Há, ainda, a alíquota de 4%, aplicada nas saídas interestaduais de produtos importados ou com con-teúdo de importação que se enquadrem nas condi-ções mencionadas no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 26, III.

(RICMS-RS/1997, Livro I, art. 26, I, II e III, art. 27, V, X, “e”, Apêndice I, Seção II, item XXXVII)

6. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS

O estabelecimento importador ou industrial fabri-cante que enviar os referidos veículos para contribuin-tes do Estado do Rio Grande do Sul é o responsável

tributário, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente.

Esse remetente é o responsável pela retenção e pelo recolhimento do ICMS devido:

a) nas subsequentes saídas promovidas por con-tribuintes deste Estado, quando se tratar dos veículos relacionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item X;

b) na subsequente saída promovida por contri-buinte deste Estado, quando se tratar dos veí-culos relacionados no RICMS-RS/1997, Apên-dice II, Seção III, item IX;

c) na entrada das referidas mercadorias, quan-do destinadas ao Ativo Permanente do contri-buinte deste Estado.

O procedimento mencionado neste tópico não se aplica quando os veículos forem faturados diretamente ao consumidor pela montadora ou pelo importador. Neste caso, aplicam os procedimentos previstos na Seção XXIV do Livro III do RICMS-RS/1997.

(RICMS-RS/1997, Livro III, arts. 34 e 119)

7. INAPLICABILIDADE DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

A substituição tributária não será aplicada:

a) nas saídas com destino à industrialização;

b) nas remessas em que as mercadorias devam retornar ao estabelecimento remetente;

c) aos acessórios colocados pelo revendedor do veículo;

d) nas operações interestaduais, nas hipóteses de inaplicabilidade do regime de substituição tributária previstas no RICMS-RS/1997, Livro III, art. 35. São elas:

d.1) transferência entre estabelecimentos da empresa fabricante ou importadora, ex-ceto se o estabelecimento recebedor for varejista;

d.2) operações que destinem mercadorias a estabelecimento importador ou indus-trial, definido pela legislação tributária deste Estado como substituto tributário nas operações internas com as merca-dorias remetidas.

Nessas hipóteses de inaplicabilidade da substi-tuição tributária, a responsabilidade pelo pagamento

26-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

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do imposto fica atribuída ao estabelecimento destina-tário que promover a subsequente saída para:

a) contribuinte deste Estado, quando se tratar de saída interna;

b) estabelecimento de terceiros ou varejistas da mesma empresa, quando se tratar de saída in-terestadual.

(RICMS-RS/1997, Livro III, arts. 35 e 121)

8. PAGAMENTO DO IMPOSTO RETIDO

O ICMS devido por substituição tributária deve ser pago nos prazos fixados no RICMS-RS/1997, Apên-dice III, Seção II, exceto nas hipóteses previstas nas notas do art. 45 em fundamento:

a) em qualquer estabelecimento bancário cre-denciado, mediante apresentação da Guia de Arrecadação (GA);

b) em estabelecimento bancário credenciado, mediante apresentação da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE);

c) utilizado a modalidade de autoatendimento, por meio de débito em conta em estabeleci-mento credenciado.

O contribuinte substituto tributário deverá utilizar GNRE específica para cada convênio ou protocolo, sempre que operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária regido por normas diversas.

Destaque-se que o imposto retido deverá ser reco-lhido pelo substituto tributário, independentemente do resultado da apuração relativa às suas próprias operações. O mesmo se aplica ao recolhimento do débito de responsabilidade por substituição tributária, relativo ao adicional de alíquota do Ampara/RS.

O recolhimento por GNRE pode ser realizado no:

a) Banco Bradesco S.A.;b) Banco do Brasil S.A.;c) Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.

(Banrisul);d) Banco Santander S.A.;e) Banco Sincredi S/A;f) HSBC Bank Brasil S.A.;g) Itaú Unibanco S.A.

O pagamento pode ser feito nos caixas das agên-cias, dos postos bancários ou em correspondentes

bancários conveniados com o agente arrecadador contratado pela Sefa.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 45, Apêndice III, Seção II, item I; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título III, Capítulo III)

9. BASE DE CÁLCULO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

A base de cálculo do ICMS a ser retido pelo subs-tituto tributário é:

a) quando se tratar dos veículos relacionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item X:a.1) em relação às saídas, real ou simbólica,

promovidas por montadora ou suas con-cessionárias, o valor correspondente ao preço de venda a consumidor constante de tabela estabelecida por órgão com-petente (ou sugerido ao público) ou, na falta desta, de tabela sugerida pelo fa-bricante, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete e do IPI;

a.2) em relação às demais saídas, o preço máximo ou único de venda utilizado pelo contribuinte substituído, fixado pela au-toridade competente, ou, na falta desse preço, o valor da operação praticado pelo substituto, incluídos os valores corres-pondentes a frete, seguro, impostos, con-tribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros, acrescido do valor resul-tante da aplicação, sobre este total, dos percentuais de margem de valor agrega-do (MVA), previstos no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item X. Observa-se, ainda, que:a.2.1) se o veículo for importado, o men-

cionado valor da operação prati-cado pelo substituto tributário não poderá ser inferior ao que serviu de base para cálculo do Imposto de Importação e do IPI;

a.2.2) aplicam-se às saídas, promovi-das pelas importadoras, de veí-culos constantes na tabela suge-rida pelo fabricante citada na letra “a.1” as disposições nela mencio-nadas, inclusive com a utilização dos valores da tabela;

b) quando se tratar de veículos relacionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item IX:b.1) de fabricação nacional:

26-10 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

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b.1.1) o valor correspondente ao preço de venda a consumidor constante de tabela estabelecida por órgão competente (ou sugerido ao pú-blico) ou, na falta desta, de tabela sugerida pelo fabricante, acresci-do, em ambos os casos, do valor do frete;

b.1.2) inexistindo o valor mencionado na letra “b.1.1”, o valor da operação praticado pelo substituto, incluí-dos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribui-ções e outros encargos transferí-veis ou cobrados do destinatário, bem como do valor resultante da aplicação, sobre este total, dos percentuais de MVA previstos no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Se-ção III, item IX;

b.2) importados:

b.2.1) o preço máximo ou único de ven-da utilizado pelo contribuinte substituído, fixado pela autorida-de competente, acrescido do va-lor do frete;

b.2.2) inexistindo o valor mencionado na letra “b.2.1”, o valor da operação praticado pelo substituto, incluí-dos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribui-ções e outros encargos transferí-veis ou cobrados do destinatário, bem como do valor resultante da aplicação, sobre este total, dos percentuais de MVA previstos no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Se-ção III, item IX.

Observe-se que:

a) o valor dos acessórios colocados no veículo pelo substituto tributário devem ser incluídos na base de cálculo mencionada neste tópico;

b) nas saídas interestaduais com a redução de base de cálculo prevista no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, XXXII, nas hipóteses em que a base de cálculo da substituição tributária não corresponder ao preço de venda ao con-sumidor constante de tabela estabelecida ou sugerida ao público por órgão competente ou sugerida pelo fabricante, a MVA deverá incidir

sobre o valor resultante da aplicação da redu-ção prevista naquele inciso;

c) a redução de base de cálculo prevista no RICMS--RS/1997, Livro I, art. 23, XXXII, não deverá resultar em diminuição da base de cálculo da operação subsequente, quando esta cor-responder ao preço de venda a consumidor constante de tabela estabelecida ou sugerida ao público por órgão competente ou sugerida pelo fabricante.

O contribuinte pode optar pela base de cálculo reduzida nos termos do RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, XXI, XXII, XXV e XXVI. A utilização da base de cálculo reduzida prevista nos mencionados incisos XXI e XXV fica condicionada:

a) a que o contribuinte substituído manifeste-se, expressamente, pela adoção dessa redução de base de cálculo mediante celebração de termo de acordo com a Fiscalização de Tribu-tos Estaduais, que estabelecerá as condições para a operacionalização dessa sistemática de tributação, especialmente quanto à fixação da base de cálculo do ICMS;

b) a não utilização, pelo contribuinte substituído, de qualquer crédito fiscal a título de imposto sobre a diferença entre a base de cálculo para o débito de responsabilidade por substituição tributária e o preço praticado na saída subse-quente, ou qualquer outro crédito fiscal que caracterize discordância com a sistemática de substituição tributária ou com a forma de defi-nição da base de cálculo;

c) na hipótese de o contribuinte substituído ter sido autuado pela utilização dos créditos fis-cais referidos na letra “b”, a que o crédito tri-butário esteja extinto, parcelado ou garantido mediante hipoteca ou depósito em dinheiro, no valor total do débito;

d) a que o contribuinte substituído não tenha cré-dito tributário constituído inscrito como Dívida Ativa, exceto se o crédito tributário estiver ex-tinto, parcelado ou garantido na forma da lei;

e) a que o contribuinte substituído esteja em dia com o pagamento do imposto.

Após a celebração do mencionado termo de acordo, a Fiscalização de Tributos Estaduais enca-minhará ao substituto tributário relação contendo os contribuintes substituídos optantes e a data de início da fruição do benefício.

26-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

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Caso não seja possível incluir o valor do frete, seguro ou outro encargo na base de cálculo, o estabelecimento destinatário deverá recolher o ICMS sobre essa diferença, acrescido dos percentuais de MVA previstos no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, itens IX e X. Para tanto, deverá ser emitida a nota fiscal prevista no RICMS-RS/1997, Livro II, art. 25, IX. E, ainda, se o débito de responsabilidade por substi-tuição tributária constante na nota fiscal de aquisição não tiver como base o preço constante de tabela estabelecida, fixada ou sugerida pela autoridade competente ou sugerida pelo fabricante, o imposto relativo ao frete será calculado utilizando como base de cálculo o valor deste acrescido do percentual correspondente mencionado neste tópico.

Ressaltamos que, quando essas mercadorias forem adquiridas para uso ou consumo ou para o Ativo Permanente do contribuinte, o ICMS devido na entrada em território gaúcho será calculado pela aplicação do percentual resultante da diferença entre a alíquota interna deste Estado e a interestadual sobre o valor que serviu para cálculo do débito próprio do remetente.

As mencionadas MVA estão reproduzidas no tópico 12.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 37, parágrafo único, “a”, e arts. 123 e 124)

9.1 Listas de preçosQuando se tratar de veículos relacionados no

RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item X, o esta-belecimento substituto deverá remeter para o ende-reço eletrônico da Agência Substituição Tributária Interestadual da Delegacia Especializada da Receita Estadual [email protected], em arquivo eletrônico, a tabela dos preços sugeridos ao público, em até 10 dias após qualquer alteração de preços. Esse arquivo deve ser gerado no formato previsto no Convênio ICMS nº 132/1992, Anexo III.

A partir de 1º.12.2013, quando se tratar de veí-culos relacionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item IX, o estabelecimento substituto deverá remeter para o site da Agência Substituição Tributária Interestadual da Delegacia Especializada da Receita Estadual [email protected], em arquivo eletrônico, a tabela dos preços sugeridos ao público, em até 5 dias após qualquer alteração de preços, no formato previsto pelo Anexo único do Convênio ICMS nº 52/1993.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 123, I, nota, II, nota)

10. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA OU DE PREÇO

O substituto tributário fica dispensado de recolher o imposto complementar em caso de alteração da alíquota ou do preço ocorrida após a saída da mer-cadoria de seu estabelecimento. Essa dispensa não se aplica:

a) quando o substituto auferir, ainda que sob ou-tro título, valores decorrentes de alteração de preços;

b) quando existirem estoques de mercadorias em estabelecimentos de empresas interde-pendentes, controladas ou controladoras, con-siderados substituídos, salvo quando se tratar de mercadoria com preço máximo ou único marcado pelo fabricante e que não esteja su-jeito à alteração.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 12)

11. SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL

O valor do ICMS retido corresponde à diferença entre o débito calculado mediante aplicação da alí-quota interna sobre a base de cálculo da substituição tributária e o valor do débito fiscal próprio do substi-tuto tributário.

Nas saídas de mercadorias de contribuinte substituto tributário que for optante pelo Simples Nacional, o ICMS a ser deduzido, referente ao débito fiscal próprio, será calculado na forma como ocorre-ria a tributação normal caso o contribuinte não fosse optante, sendo que esse valor deverá ser indicado no campo “Informações Complementares” da nota fiscal.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 15, caput, e nota 2)

12. RELAÇÃO DE MERCADORIAS E MVA

A seguir, reproduzimos os itens IX e X da Seção III do Apêndice II do RICMS-RS/1997, contendo a relação dos veículos automotores novos sujeitos ao regime de substituição tributária, suas respectivas classificações fiscais e as correspondentes MVA a serem utilizadas nas operações realizadas desde 1º.01.2016.

Ressalte-se que o prazo para indicação do Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) nos documentos fiscais foi prorrogado para 1º.10.2016, por meio do Convênio ICMS nº 16/2016.

26-12 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

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RELAÇÃO DE VEÍCULOS E MVA

ITEM IX - VEÍCULOS NOVOS MOTORIZADOS

NÚMERO MERCADORIAS CLASSIFICAÇÃO NA NBM/SH-NCM

CÓDIGO ESPECIFICADOR

DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA -

CEST

MARGEM DE VALOR AGREGADO (%)

OPERAÇÃO INTERNA

OPERAÇÃO INTERESTADUAL

SUJEITA À ALÍQUOTA DE

12%

SUJEITA À ALÍQUOTA DE

4%

1 Veículos novos motorizados 8711 26.001.00 34,00 34,00 se a carga tributária interna for 12%;

43,80 se a carga tributária interna for 18%

46,18 se a carga tributária interna for 12%;

56,88 se a carga tributária interna for 18%;

ITEM X - VEÍCULOS AUTOMOTORES NOVOS

1 Veículos automóveis para trans-porte de 10 pessoas ou mais, in-cluindo o motorista, com motor de pistão, de ignição por compressão (diesel ou semidiesel), com volume interno de habitáculo, destinado a passageiros e motorista, superior a 6 m3, mas inferior a 9 m3

8702.10.00 25.001.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

2 Outros veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista, com volume interno de habitáculo, destinado a passageiros e motorista, superior a 6 m3, mas inferior a 9 m3

8702.90.90 25.002.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

3 Automóveis com motor explosão, de cilindrada não superior a 1.000 cm3

8703.21.00 25.003.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

4 Automóveis com motor explosão, de cilindrada superior a 1.000 cm3, mas não superior a 1.500 cm3, com capacidade de transporte de pes-soas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o condutor, exceto carro celular

8703.22.10 25.004.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

5 Outros automóveis com motor explosão, de cilindrada superior a 1.000 cm3, mas não superior a 1.500 cm3, exceto carro celular

8703.22.90 25.005.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

6 Automóveis com motor explosão, de cilindrada superior a 1.500 cm3, mas não superior a 3.000 cm3, com capacidade de transporte de pes-soas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o condutor, exceto carro celular, carro funerário e automó-veis de corrida

8703.23.10 25.006.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;52,20 se a carga tributária interna for 18%;

7 Outros automóveis com motor explosão, de cilindrada superior a 1.500 cm3, mas não superior a 3.000 cm3, exceto carro celular, carro funerário e automóveis de corrida

8703.23.90 25.007.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

26-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

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ITEM IX - VEÍCULOS NOVOS MOTORIZADOS

8 Automóveis com motor explosão, de cilindrada superior a 3.000 cm3, com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o condutor, exceto carro celular, carro funerário e au-tomóveis de corrida

8703.24.10 25.008.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

9 Outros automóveis com motor ex-plosão, de cilindrada superior a 3.000 cm3, exceto carro celular, carro funerário e automóveis de corrida.

8703.24.90 25.009.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

10 Automóveis com motor diesel ou semidiesel, de cilindrada superior a 1.500 cm3, mas não superior a 2.500 cm3, com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o con-dutor, exceto ambulância, carro celular e carro funerário

8703.32.10 25.010.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

11 Outros automóveis com motor diesel ou semidiesel, de cilindra-da superior a 1.500 cm3, mas não superior a 2.500 cm3, exceto am-bulância, carro celular e carro fu-nerário

8703.32.90 25.011.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

12 Automóveis com motor diesel ou semidiesel, de cilindrada superior a 2.500 cm3, com capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o con-dutor, exceto carro celular e carro funerário

8703.33.10 25.012.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

13 Outros automóveis com motor diesel ou semidiesel, de cilindrada superior a 2.500 cm3, exceto carro celular e carro funerário

8703.33.90 25.013.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

14 Veículos automóveis para trans-porte de mercadorias, de peso em carga máxima não superior a 5 to-neladas, chassis com motor diesel ou semidiesel e cabina, exceto ca-minhão de peso em carga máxima superior a 3,9 toneladas

8704.21.10 25.014.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

15 Veículos automóveis para trans-porte de mercadorias, de peso em carga máxima não superior a 5 toneladas, com motor diesel ou semidiesel, com caixa basculan-te, exceto caminhão de peso em carga máxima superior a 3,9 tone-ladas

8704.21.20 25.015.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

16 Veículos automóveis para trans-porte de mercadorias, de peso em carga máxima não superior a 5 toneladas, frigoríficos ou isotér-micos, com motor diesel ou semi-diesel, exceto caminhão de peso em carga máxima superior a 3,9 toneladas

8704.21.30 25.016.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;52,20 se a carga tributária interna for 18%;

26-14 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ITEM IX - VEÍCULOS NOVOS MOTORIZADOS

17 Outros veículos automóveis para transporte de mercadorias, de peso em carga máxima não su-perior a 5 toneladas, com motor diesel ou semidiesel, exceto carro--forte para transporte de valores e caminhão de peso em carga máxi-ma superior a 3,9 toneladas

8704.21.90 25.017.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

18 Veículos automóveis para trans-porte de mercadorias, de peso em carga máxima não superior a 5 toneladas, com motor a explosão, chassis e cabina, exceto caminhão de peso em carga máxima supe-rior a 3,9 toneladas

8704.31.10 25.018.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

19 Veículos automóveis para trans-porte de mercadorias, de peso em carga máxima não superior a 5 toneladas, com motor explosão com caixa basculante, exceto ca-minhão de peso em carga máxima superior a 3,9 toneladas

8704.31.20 25.019.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

20 Veículos automóveis para trans-porte de mercadorias, de peso em carga máxima não superior a 5 to-neladas, frigoríficos ou isotérmicos com motor explosão, exceto cami-nhão de peso em carga máxima superior a 3,9 toneladas

8704.31.30 25.020.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%;

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%;

21 Outros veículos automóveis para transporte de mercadorias, de peso em carga máxima não su-perior a 5 toneladas, com motor a explosão, exceto carro-forte para transporte de valores e caminhão de peso em carga máxima supe-rior a 3,9 toneladas

8704.31.90 25.021.00 30,00 30,00 se a carga tributária interna for 12%;

39,51 se a carga tributária interna for 18%.

41,82 se a carga tributária interna for 12%;

52,20 se a carga tributária interna for 18%.

(RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, itens IX e X)

13. FATURAMENTO DIRETO AO CONSUMIDOR

Nas operações interestaduais efetuadas por meio de faturamento direto ao consumidor que destinem ao Rio Grande do Sul veículos automotores novos relacionados no tópico 12, promovidas por montadora ou importador, fica atribuída ao remetente, na condi-ção de substituto tributário, a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido a este Estado.

Esse procedimento se aplica nos casos em que a entrega do veículo ao consumidor é feita por concessionária localizada neste Estado, inclusive nas operações de arrendamento mercantil (leasing).

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 163)

13.1 Base de cálculo do imposto retido

Nas saídas dos mencionados veículos novos, a base de cálculo do débito de responsabilidade por substituição tributária é o valor do faturamento direto ao consumidor, acrescido do valor do frete.

O contribuinte pode optar pela base de cálculo reduzida, prevista no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, XXI e XXV, desde que o contribuinte substituído se manifeste, expressamente, pela sua adoção por meio de termo de acordo celebrado com a Fiscalização de Tributos Estaduais, no qual são estabelecidas as con-dições para a operacionalização dessa sistemática de tributação, especialmente quanto à fixação da base de cálculo do ICMS. Após a celebração desse termo de acordo, a mencionada Fiscalização encaminhará ao substituto tributário relação contendo os contribuintes substituídos optantes e a data de início da fruição do benefício. Essa base de cálculo é reduzida:

a) para o valor que resulte em carga tributária equivalente a 12%, desde 1º.01.2016 nas saí-das internas e nas importações de veículos automotores relacionados no RICMS-RS/1997, Apêndice II, Seção III, item X, e Apêndice XXII, exceto nas saídas internas de veículos para transporte de mercadorias classificados na posição 8704 da NBM/SH-NCM;

26-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b) para o valor que resulte em carga tributá-ria equivalente a 12%, nas saídas internas e nas importações dos veículos relacionados no Apêndice II, Seção III, item IX. Essa redu-ção de base de cálculo fica condicionada, em relação às operações sujeitas ao regime de substituição tributária, ao previsto no RICMS--RS/1997, Livro III, art. 123, parágrafo único, nota 01; esse benefício não se aplica na hipó-tese de redução de base de cálculo mencio-nada no subtópico 13.2.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 164)

13.2 Base de cálculo do débito próprio

Nas operações de venda dos veículos relacio-nados no tópico 12 diretamente ao consumidor, o valor da base de cálculo poderá ser o valor resultante da aplicação de um dos percentuais indicados no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 16, IX, desde que sejam atendidas as condições nele mencionadas. Esses percentuais são:

a) nas operações destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espí-rito Santo:

a.1) 45,08%, quando a alíquota do IPI for de 0%;

a.2) 42,75%, quando a alíquota do IPI for de 5%;

a.3) 41,56%, quando a alíquota do IPI for de 10%;

a.4) 38,75%, quando a alíquota do IPI for de 15%;

a.5) 36,83%, quando a alíquota do IPI for de 20%;

a.6) 35,47%, quando a alíquota do IPI for de 25%;

a.7) 32,70%, quando a alíquota do IPI for de 35%;

a.8) 41,94%, quando a alíquota do IPI for de 9%;

a.9) 39,12%, quando a alíquota do IPI for de 14%;

a.10) 38,40%, quando a alíquota do IPI for de 16%;

a.11) 39,49%, quando a alíquota do IPI for de 13%;

a.12) 43,21%, quando a alíquota do IPI for de 6%;

a.13) 42,78%, quando a alíquota do IPI for de 7%;

a.14) 40,24%, quando a alíquota do IPI for de 11%;

a.15) 39,86%, quando a alíquota do IPI for de 12%;

a.16) 42,35%, quando a alíquota do IPI for de 8%;

a.17) 37,71%, quando a alíquota do IPI for 18%;

a.18) 44,59%, quando a alíquota do IPI for 1%;a.19) 43,66%, quando a alíquota do IPI for 3%;a.20) 43,21%, quando a alíquota do IPI for 4%;a.21) 42,55%, quando a alíquota do IPI for

5,5%;a.22) 42,12%, quando a alíquota do IPI for

6,5%;a.23) 41,70%, quando a alíquota do IPI for

7,5%;a.24) 44,35%, quando a alíquota do IPI for

1,5%;a.25) 40,89%, quando a alíquota do IPI for

9,5%;a.26) 34,08%, quando a alíquota do IPI for

30%;a.27) 33,00%, quando a alíquota do IPI for

34%;a.28) 32,90%, quando a alíquota do IPI for

37%;a.29) 31,23%, quando a alíquota do IPI for

41%;a.30) 30,78%, quando a alíquota do IPI for

43%;a.31) 29,68%, quando a alíquota do IPI for

48%;a.32) 28,28%, quando a alíquota do IPI for

55%;a.33) 33,80%, quando a alíquota do IPI for

31%;a.34) 32,57%, quando a alíquota do IPI for

35,5%;a.35) 32,32%, quando a alíquota do IPI for

36,5%;a.36) 44,12%, quando a alíquota do IPI for 2%;a.37) 43,43%, quando a alíquota do IPI for

3,5%;

a.38) 33,53%, quando a alíquota do IPI for 32%;

26-16 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a.39) 33,26%, quando a alíquota do IPI for 33%;

a.40) 31,99%, quando a alíquota do IPI for 38%;

a.41) 31,51%, quando a alíquota do IPI for 40%;

a.42) 31,75%, quando a alíquota do IPI for 39%;

b) destinadas às Regiões Sul e Sudeste, exceto ao Estado do Espírito Santo:b.1) 81,67%, quando a alíquota do IPI for de

0% e isento;b.2) 77,25%, quando a alíquota do IPI for 5%;b.3) 74,83%, quando a alíquota do IPI for

10%;b.4) 69,66%, quando a alíquota do IPI for

15%;b.5) 66,42%, quando a alíquota do IPI for

20%;b.6) 63,49%, quando a alíquota do IPI for

25%;b.7) 58,33%, quando a alíquota do IPI for

35%;b.8) 75,60%, quando a alíquota do IPI for 9%;b.9) 70,34%, quando a alíquota do IPI for

14%;b.10) 68,99%, quando a alíquota do IPI for

16%;b.11) 71,04%, quando a alíquota do IPI for

13%;b.12) 78,01%, quando a alíquota do IPI for 6%;b.13) 77,19%, quando a alíquota do IPI for 7%;b.14) 72,47%, quando a alíquota do IPI for

11%;b.15) 71,75%, quando a alíquota do IPI for

12%;b.16) 76,39%, quando a alíquota do IPI for 8%;b.17) 67,69%, quando a alíquota do IPI for

18%;b.18) 80,73%, quando a alíquota do IPI for 1%;b.19) 78,96%, quando a alíquota do IPI for 3%;b.20) 78,10%, quando a alíquota do IPI for 4%;b.21) 76,84%, quando a alíquota do IPI for

5,5%;b.22) 76,03%, quando a alíquota do IPI for

6,5%;

b.23) 75,24%, quando a alíquota do IPI for 7,5%;

b.24) 80,28%, quando a alíquota do IPI for 1,5%;

b.25) 73,69%, quando a alíquota do IPI for 9,5%;

b.26) 60,89%, quando a alíquota do IPI for 30%;

b.27) 58,89%, quando a alíquota do IPI for 34%;

b.28) 58,66%, quando a alíquota do IPI for 37%;

b.29) 55,62%, quando a alíquota do IPI for 41%;

b.30) 54,77%, quando a alíquota do IPI for 43%;

b.31) 52,76%, quando a alíquota do IPI for 48%;

b.32) 50,17%, quando a alíquota do IPI for 55%;

b.33) 60,38%, quando a alíquota do IPI for 31%;

b.34) 58,10%, quando a alíquota do IPI for 35,5%;

b.35) 57,63%, quando a alíquota do IPI for 36,5%;

b.36) 79,83%, quando a alíquota do IPI for 2%;b.37) 78,52%, quando a alíquota do IPI for

3,5%;b.38) 59,88%, quando a alíquota do IPI for

32%;b.39) 59,38%, quando a alíquota do IPI for

33%;b.40) 57,02%, quando a alíquota do IPI for

38%;b.41) 56,13%, quando a alíquota do IPI for

40%;b.42) 56,57%, quando a alíquota do IPI for

39%;c) para as operações sujeitas à alíquota interes-

tadual de 4%:c.1) 24,95%, quando a alíquota do IPI for de

0%;c.2) 24,69%, quando a alíquota do IPI for de

1%;c.3) 24,56%, quando a alíquota do IPI for de

1,5%;c.4) 24,44%, quando a alíquota do IPI for de

2%;c.5) 24,19%, quando a alíquota do IPI for de

3%;c.6) 24,07%, quando a alíquota do IPI for de

3,5%;

26-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c.7) 23,95%, quando a alíquota do IPI for de 4%;

c.8) 23,71%, quando a alíquota do IPI for de 5%;

c.9) 23,6%, quando a alíquota do IPI for de 5,5%;

c.10) 23,48%, quando a alíquota do IPI for de 6%;

c.11) 23,37%, quando a alíquota do IPI for de 6,5%;

c.12) 23,25%, quando a alíquota do IPI for de 7%;

c.13) 23,14%, quando a alíquota do IPI for de 7,5%;

c.14) 23,03%, quando a alíquota do IPI for de 8%;

c.15) 22,81%, quando a alíquota do IPI for de 9%;

c.16) 22,7%, quando a alíquota do IPI for de 9,5%;

c.17) 22,59%, quando a alíquota do IPI for de 10%;

c.18) 22,38%, quando a alíquota do IPI for de 11%;

c.19) 22,18%, quando a alíquota do IPI for de 12%;

c.20) 21,97%, quando a alíquota do IPI for de 13%;

c.21) 21,77%, quando a alíquota do IPI for de 14%;

c.22) 21,58%, quando a alíquota do IPI for de 15%;

c.23) 21,38%, quando a alíquota do IPI for de 16%;

c.24) 21,01%, quando alíquota do IPI for de 18%;

c.25) 20,65%, quando a alíquota do IPI for de 20%;

c.26) 19,79%, quando a alíquota do IPI for de 25%;

c.27) 19,01%, quando a alíquota do IPI for de 30%;

c.28) 18,86%, quando a alíquota do IPI for de 31%;

c.29) 18,71%, quando a alíquota do IPI for de 32%;

c.30) 18,57%, quando a alíquota do IPI for de 33%;

c.31) 18,42%, quando a alíquota do IPI for de 34%;

c.32) 18,28%, quando a alíquota do IPI for de 35%;

c.33) 18,21%, quando a alíquota do IPI for de 35,5%;

c.34) 18,08%, quando a alíquota do IPI for de 36,5%;

c.35) 18,01%, quando a alíquota do IPI for de 37%;

c.36) 17,87%, quando a alíquota do IPI for de 38%;

c.37) 17,61%, quando a alíquota do IPI for de 40%;

c.38) 17,48%, quando a alíquota do IPI for de 41%;

c.39) 17,23%, quando a alíquota do IPI for de 43%;

c.40) 16,63%, quando a alíquota do IPI for de 48%;

c.41) 15,86%, quando a alíquota do IPI for de 55%; e

c.42) 17,74%, quando a alíquota do IPI for de 39%.

Essa redução de base de cálculo somente se aplica se:

a) a entrega do veículo ao consumidor for feita pela concessionária envolvida na operação;

b) a operação estiver sujeita ao regime de substi-tuição tributária.

Sobre a base de cálculo obtida por meio dos men-cionados percentuais, aplicar-se-á a alíquota vigente neste Estado para as operações internas.

Observe-se que, desde 1º.06.2015, para fins de aplicação dos percentuais mencionados anterior-mente, deverá ser considerada a carga tributária efe-tiva do IPI utilizada na operação, ainda que a alíquota nominal demonstre outro percentual no documento fiscal. Contudo, isso não se aplica quando o benefício fiscal concedido para a operação, em relação ao IPI, for utilizado diretamente na escrituração fiscal do emitente do documento fiscal, sob a forma de crédito presumido.

(RICMS-RS/1997, Livro I, art. 16, IX)

13.3 Nota fiscal - Emissão e escrituração fiscal pela montadora ou importador

A montadora ou o importador que aplicar essa sistemática deverá emitir a nota fiscal de faturamento direto ao consumidor adquirente contendo, além dos

26-18 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

demais requisitos, no campo “Informações Comple-mentares”:

a) a expressão “Faturamento direto ao consumidor - Convênio ICMS nº 51/2000, de 15.09.2000”;

b) detalhadamente, as bases de cálculo relativas à operação do estabelecimento emitente e à operação sujeita ao regime de substituição tri-butária, seguidas das parcelas do imposto de-correntes de cada uma delas;

c) os dados identificativos da concessionária que efetuará a entrega do veículo ao consumidor adquirente.

Essa nota fiscal será emitida com 2 vias adicio-nais, uma das quais será entregue à concessionária envolvida na operação e a outra, ao consumidor.

Essa nota fiscal será escriturada no livro Registro de Saídas com a utilização de todas as colunas rela-tivas à operação com débito do imposto e com subs-tituição tributária, apondo, na coluna “Observações”, a indicação “faturamento direto ao consumidor”. O lançamento do documento fiscal por meio da Escri-turação Fiscal Digital (EFD) deve ser feito na forma prevista na legislação própria.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 165, caput, I e II)

13.4 Escrituração fiscalA concessionária deverá escriturar a nota fiscal

de faturamento direto ao consumidor no livro Registro de Entradas, utilizando a via adicional mencionada no subtópico 13.3.

A concessionária pode optar pela escrituração apenas das colunas “Documento fiscal” e “Obser-vações”, na qual deverá ser sempre indicada a expressão “entrega de veículo por faturamento direto ao consumidor”.

O lançamento do documento fiscal por meio da EFD deve ser feito na forma prevista na legislação própria.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 166)

13.5 Entrega do veículo ao consumidor

A concessionária envolvida na operação poderá emitir uma nota fiscal para a entrega do veículo ao consumidor adquirente.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 167)

13.6 Transporte do veículo

O transporte do veículo do estabelecimento da montadora ou do importador para o da concessio-

nária far-se-á acompanhado da própria nota fiscal de faturamento direto ao consumidor, dispensada a emissão de outra nota fiscal para acompanhar o veículo.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 168)

14. VEÍCULO AUTOMOTOR PARA TRANSPORTE DE 10 PESSOAS OU MAIS E INSUMOS PARA A FABRICAÇÃO DESTES

Nas saídas de veículos automóveis para trans-porte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista, classificados no código 8702.10.00 da NBM/SH-NCM, a base de cálculo tem seu valor reduzido de forma que resulte em carga tributária equivalente a 8%. Esse benefício fiscal se aplica no período de 20.06.2013 a 31.12.2016. Essa redução de base de cálculo não pode ser aplicada cumulativamente com a prevista no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, XXI.

Há, ainda, o diferimento parcial que se aplica nesse mesmo período. Em vista disso, o paga-mento da parte do imposto devido que exceda 8% do valor da operação, nas operações com matérias-primas, material secundário, material de embalagem, peças, partes e componentes, desde que sejam destinados a estabelecimento indus-trial localizado no Estado, para a fabricação dos mencionados veículos, será pago pelo destinatário dessas mercadorias.

Ressalte-se que a aplicação desse diferimento parcial exclui a utilização do diferimento previsto RICMS-RS/1997, Livro III, art. 1-A, V.

(RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, LXXV, Livro III, art. 1º-G)

15. PENALIDADES

Os contribuintes devem cumprir as obrigações que lhes forem impostas na forma e nos prazos esta-belecidos na legislação. As irregularidades apuradas por meio de ação fiscal implicam ao contribuinte infrator as penalidades capituladas de acordo com o caso concreto.

O recebimento pelo responsável de valor referente à substituição tributária, sem que tenha sido emitido o documento fiscal correspondente, é considerado infração tributária qualificada, passível de multa de 120% sobre o valor do tributo devido.

(Lei nº 6.537/1973, art. 8º, I, “e”, art. 9º, III)

N

26-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ESTADUAL/MUNICIPAL (PORTO ALEGRE)

Pneumático - ICMS/ISS - Incidência tributária em operações com pneus usados

A recauchutagem ou a regeneração de pneus está sujeita à incidência do ISS, cuja competência para sua instituição e cobrança foi delegada aos municípios pela Magna Carta. É o que dispõe a Lei Complementar nº 116/2003.

Em Porto Alegre, a referida prestação de serviço está prevista na Lei complementar nº 7/1973 e no Decreto nº 14.516/2006, Anexo I, item 14.04. Segundo disposto no art. 10 deste decreto, a recauchutagem ou a regeneração dos pneus está sujeita à incidência do ISS, independentemente da destinação final dada ao bem. Sobre o preço desse serviço, será aplicada a alíquota de 3%.

Ocorre o fato gerador do ICMS no fornecimento:

a) de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios;

b) de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS e que estão expressamente su-jeitas ao ICMS, nas hipóteses previstas nos su-bitens 7.02, 7.05, 14.01, 14.03 e 17.11 da lista de serviços da Lei Complementar nº 116/2003.

Ressaltamos que, por meio de convênios cele-brados e ratificados, o Distrito Federal e os Estados podem conceder ou revogar benefícios fiscais, tais como a isenção e a redução de base de cálculo, que devem ser formalizados nos termos da Lei Comple-mentar nº 24/1975.

Por meio da isenção, o legislador dispensa o con-tribuinte do pagamento do imposto exigido na ope-ração ou na prestação, conforme o caso. Ou seja, ela tem como natureza jurídica a exclusão do pagamento do imposto, contudo, não dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigações tributárias acessórias.

Frise-se que a isenção, quando concedida sob condição a ser atendida pelo beneficiário, não preva-lecerá quando esta não for satisfeita. Em caso de ino-bservância, será considerado como devido o imposto no momento em que tiver ocorrido a operação ou

prestação, sujeitando-se o pagamento, ainda que es-pontâneo, à atualização monetária e aos acréscimos moratórios.

Com fundamento no Convênio ICMS nº 33/2010, incorporado à legislação gaúcha, estão beneficiadas pela isenção do ICMS as saídas de pneus usados, mesmo que recuperados de abandono, que tenham como objetivo sua reciclagem, o tratamento ou a dis-posição final ambientalmente adequada.

Essa isenção não se aplica quando a saída for destinada à remoldagem, recapeamento, recauchuta-gem ou processo similar.

Na hipótese de aplicação da mencionada isen-ção, os contribuintes do ICMS deverão:

a) emitir, diariamente, documento fiscal para do-cumentar o recebimento de pneus usados, quando o remetente não for contribuinte obri-gado à emissão de documento fiscal, indican-do, em “Informações Complementares”, a ex-pressão: “Produtos usados isentos do ICMS, coletados de consumidores finais - Convênio ICMS nº 33/2010”;

b) emitir documento fiscal para acobertar a saída dos produtos coletados, indicando, em “Infor-mações Complementares”, a expressão: “Pro-dutos usados isentos do ICMS nos termos do Convênio ICMS nº 33/2010”.

Recomendamos que os contribuintes estabele-cidos em Porto Alegre que exerçam a atividade de recauchutagem ou regeneração de pneus destinados à comercialização formalizem consulta aos entes tribu-tantes a fim de dirimir a questão e evitar divergências com o Fisco, principalmente no que concerne ao paga-mento do imposto que pode ser exigido por ambos.

Há, ainda, a isenção do ICMS na saída de cimento asfáltico de petróleo constituído de, no mínimo, 15% e, no máximo, 25% de borracha moída de pneus usados, classificado no código 2713.20.00 da NBM/SH-NCM.

(CF/1988, art. 156, III; Lei Complementar nº 116/2003, art. 1º, lista de serviços item 14.04; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 2º, I a III, art. 9º, CLVIII e CXXXVII; Lei Complementar nº 7/1973, art. 21, XVII; RISS-Porto Alegre/2006, arts. 10, 53, caput, art. 96, § 1º, III, “f”)

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a IOB Setorial

26-20 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

FEDERAL

ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina

Os Estados da Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe são os signatários do Protocolo ICMS nº 51/2015, que dispõe sobre a simplificação dos procedimentos de fiscali-zação nos postos fiscais de controle de mercadorias em trânsito, relacionados às empresas de transporte e veículos de cargas, participantes do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Considerando, entre outros fatores, o disposto no Convênio ICMS nº 77/1997, que trata do compar-tilhamento de postos fiscais de divisa interestadual e da necessidade de assegurar maior eficiência e celeridade às atividades de verificação de docu-mentos fiscais e de conferência de mercadorias transportadas por via rodoviária, os mencionados Estados ajustaram regras de cooperação mútua para atuar de forma harmônica e integrada na fiscalização de mercadorias em trânsito de seus res-pectivos territórios, bem como no que se refere aos procedimentos de fiscalização nos postos fiscais de percurso onde transitam os veículos de carga de empresas de transporte com termo de acordo (TA) ou regime especial (RE) participantes do Projeto Canal Verde - Brasil-ID.

As empresas de transporte interessadas em participar desse projeto devem firmar TA ou RE com a Unidade da Federação (UF) de destino e termo de anuência com as UF que possuam postos de fiscali-zação de mercadorias em trânsito nas localidades de carregamento e percurso da carga.

O objetivo do projeto é possibilitar o desenvolvi-mento conjunto de novos modelos de fiscalização de trânsito de mercadorias adequados à nova realidade dos documentos fiscais eletrônicos (DF-e) e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de deslocamento dos veículos de carga, com a adoção de um novo con-ceito de inspeção de veículo em movimento, a partir do monitoramento dos DF-e transportados e rastrea-

mento dos veículos de carga, na saída da unidade de carregamento, no percurso e descarregamento.

Os veículos das empresas transportadoras integrantes do projeto terão atendimento mais célere nos postos fiscais dos Estados signatários, quando estes estiverem em trânsito em seus respec-tivos territórios, devendo os mesmos adentrar nas unidades fiscais para o procedimento de leitura da etiqueta de rádio frequência, que identifica a placa do veículo, da apresentação do Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (DAMDFE), de cópia do TA ou do RE e dos termos de anuência assinados com as Secretarias da Fazenda envolvidas, assim como para outras ações julgadas necessárias.

Não poderão participar do projeto cargas trans-portadas com previsão de carregamento/descarre-gamento durante o percurso entre a UF de origem e destino final das mercadorias.

Os veículos participantes do Canal Verde devem possuir adesivos fornecidos pela Secretaria da Fazenda de destino, apostos nos para-brisas e na porta lateral direita, sendo também obrigatório o regis-tro no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) de que se trata de mercadoria transportada através do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Na hipótese de existência de alguma não confor-midade ou em caso de suspeita de irregularidade, a carga passa a ter o tratamento usual de controle fiscal adotado para todas as demais cargas.

A UF de destino poderá cancelar a qualquer tempo o TA ou o RE, excluindo o transportador do pro-jeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal de fiscalização de mercadorias em trânsito.

As UF de carregamento e/ou percurso poderão cancelar o TA a qualquer tempo, excluindo o trans-portador do projeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal em seu território, independente da permanência do benefício nas demais UF envol-vidas.

(Convênio ICMS nº 77/1997; Protocolo ICMS nº 51/2015)

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a IOB Comenta

26-21Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IPI

Certidão negativa - Prazo de validade

1) Qual é o prazo de validade da certidão negativa de débitos de tributos e contribuições federais?

O prazo de validade da certidão é de 180 dias, contados da data de sua emissão.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751/2014, art. 10)

SIMPLES NACIONAL

Classificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória

2) Há obrigatoriedade de indicação da classifica-ção fiscal de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), nas notas fiscais emitidas por empre-sas enquadradas no Simples Nacional?

As obrigações acessórias das empresas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, estão disciplinadas pela Resolução CGSN nº 94/2011.

O art. 63 dessa Resolução dispõe que os livros e os documentos fiscais nela previstos serão emitidos e escriturados nos termos da legislação do ente tribu-tante da circunscrição do contribuinte, observando-se o disposto nos Convênios e Ajustes Sinief de que tratam a matéria, especialmente no Convênio Sinief s/nº, de 1970, no Convênio Sinief nº 6/1989 e no Ajuste Sinief nº 7/2005 - Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Nesse sentido, o Ajuste Sinief nº 11/2009 alterou a alínea “c” do inciso IV do art. 19 do Convênio s/nº, de 15.09.1970, estabelecendo, entre os requisitos obrigatórios na emissão da nota fiscal, a indicação do código da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH), nas operações realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal, e nas operações de comércio exterior.

O inciso V da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 7/2005 dispõe que a identificação das mercadorias comercializadas com a utilização da NF-e deverá conter o seu correspondente código, estabelecido na NCM:

a) nas operações:

a.1) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legis-lação federal;

a.2) de comércio exterior;b) nos demais casos:

b.1) desde 1º.07.2014, para NF-e, modelo 55;b.2) desde 1º.01.2015, para NF-e, modelo 65.

O item 3 da Nota Técnica (NT) nº 4/2014, versão 1.10, citando o Ajuste Sinief nº 22/2013, esclarece que a identificação das mercadorias na NF-e deverá conter o seu correspondente código estabelecido na NCM completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (2 dígitos).

Esclarece, ainda, que:

a) caso o item da NF-e se refira a serviço tribu-tado pelo Imposto sobre Serviços (ISS) ou a NF-e seja de ajuste, neste campo deverá ser informado o código “00” (2 zeros);

b) em caso de NF-e complementar que se refi-ra a um dos casos referidos na letra “a”, tam-bém poderá ser informado o código “00” neste campo; e

c) se o item da NF-e se referir a mercadoria ou outra operação que não possa ser classifi-cada segundo a tabela da NCM, seguidas as normas do Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), este campo deverá ser preenchido com o código “00000000” (8 zeros).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A; Convênio Sinief s/nº, de 1970, art. 19, IV, “c”, § 27; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 11/2009; Ajuste Sinief nº 22/2013; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 63; Nota Técnica nº 4/2014, versão 1.10; Manual de Orientação do Contribuinte - NF-e, versão 6.0, Anexo I, item 104)

ICMS/RS

Consignação mercantil - Produto sujeito ao regime de substituição tributária - Inaplicabilidade

3) Os procedimentos previstos para as saídas de mercadorias a título de consignação mercantil podem ser aplicados nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária?

Não. As disposições contidas na legislação relati-vas às saídas de mercadorias a título de consignação

a IOB Perguntas e Respostas

26-22 RS Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

mercantil não se aplicam às mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, nota do caput)

Denúncia espontânea - Possibilidade de apresentação ao Fisco

4) O contribuinte pode comunicar espontanea-mente a irregularidade verificada nos procedimentos adotados?

Sim. O contribuinte pode apresentar a denúncia espontânea com a finalidade de eximir-se das pena-lidades previstas na Lei nº 6.537/1973, relacionadas ao cumprimento das obrigações impostas pela legis-lação de forma irregular, ou, ainda, pelo descumpri-

mento dessas obrigações (principal ou acessória), fatos esses ainda desconhecidos pelo Fisco, desde que não esteja sob ação fiscal.

Ressaltamos que a apresentação da denúncia espontânea exclui a responsabilidade do sujeito pas-sivo da obrigação, mas não dispensa o contribuinte de pagar o imposto, se devido, e os demais acréscimos legais incidentes (correção monetária, juros e multa moratória) ou de depositar a importância arbitrada pela autoridade administrativa quando a apuração do montante do tributo for realizada posteriormente.

(Lei nº 5.172/1966, art. 138, caput; Lei nº 6.537/1973, art. 2º)