iob - icms/ipi - bahia - nº47/2015 - 3ª sem novembro

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Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a ICMS - Alíquotas - Consumidor final localizado em outra Unidade da Federação a ICMS - Mostruário a ICMS - Alíquotas internas e interestaduais para o exercício de 2016 ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 47/2015 Bahia / a Federal ICMS/IPI Sped - Carta de Correção Eletrônica 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Rações tipo pet para animais domésticos 04 / a IOB Setorial Federal Mineral - IPI - Classificação fiscal dos produtos minerais 11 / a IOB Comenta Estadual Interesse público - Obrigatoriedade de placa informativa de preços de gasolina e de álcool em postos de combustíveis 13 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS/IPI NF-e - Cancelamento - Prazo 14 NF-e - Valor total - Validação - Critério 14 ICMS/BA EFD - Multa pela falta de entrega 14 Empresa que desenvolve atividades mistas - Crédito 14 Recolhimento do imposto - Contribuinte de outra Unidade da Fe- deração inscrito no Estado da Bahia - Consequência pela falta de recolhimento do imposto 14

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IOB ICMS-IPI, Bahia, 47-2015,3a Sem Novembro

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Page 1: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

Boletimj

Manual de Procedimentos

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a ICMS - Alíquotas - Consumidor final localizado em outra Unidade da Federação

a ICMS - Mostruário

a ICMS - Alíquotas internas e interestaduais para o exercício de 2016

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 47/2015

Bahia

/a FederalICMS/IPISped - Carta de Correção Eletrônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Rações tipo pet para animais domésticos . . 04

/a IOB SetorialFederalMineral - IPI - Classificação fiscal dos produtos minerais . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaEstadualInteresse público - Obrigatoriedade de placa informativa de preços de gasolina e de álcool em postos de combustíveis . . . . . . . . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasICMS/IPINF-e - Cancelamento - Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14NF-e - Valor total - Validação - Critério . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

ICMS/BAEFD - Multa pela falta de entrega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Empresa que desenvolve atividades mistas - Crédito . . . . . . . . . . . . . 14Recolhimento do imposto - Contribuinte de outra Unidade da Fe-deração inscrito no Estado da Bahia - Consequência pela falta de recolhimento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Page 2: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

© 2015 by IOB | SAGE

Capa:Marketing IOB | SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB | SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : Sped : carta de correção eletrônica.... -- 11. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2015. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2592-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

15-09735 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

47-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS/IPI

Sped - Carta de Correção Eletrônica SUMÁRIO 1. Introdução 2. Cancelamento da NF-e 3. CC-e 4. Armazenamento e disponibilização da CC-e

1. INTRODUÇÃO

As disposições relativas à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e ao Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) constam do Ajuste Sinief nº 7/2005, do Manual de Orientação do Contribuinte (MOC) e de outros atos que serão citados no decorrer deste texto, em especial, no que se refere à Carta de Correção Eletrônica (CC-e).

É importante destacar, em princípio, que a NF-e autorizada pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) não pode ser posteriormente modificada, mesmo que seja para correção de erros de preenchimento.

Este documento fiscal tem existência exclusivamente eletrônica e a autorização de uso está vinculada ao documento eletrônico original, de modo que qualquer alteração de conteúdo invalidará a assi-natura digital do referido documento e a respectiva autorização de uso.

(Ajuste Sinief nº 7/2005)

2. CANCELAMENTO DA NF-e

No caso de erros detectados pelo emitente antes da circulação da mercadoria, a NF-e poderá ser cance-lada e ser emitida outra com as correções necessárias.

Nesse sentido, após a concessão de autorização de uso da NF-e, poderá ser solicitado o seu cance-

lamento, em prazo não superior a 24 horas, contado do momento em que foi concedida a respectiva auto-rização, desde que não tenha havido a circulação da mercadoria ou a prestação de serviço.

A critério de cada Unidade da Federação, em casos excepcionais, poderá ser recepcionado o pedido de cancelamento de forma extemporânea.

O pedido de cancelamento deverá atender ao leiaute estabelecido no MOC.

O cancelamento será efetuado por meio do regis-tro de evento correspondente.

A transmissão do pedido de cance-lamento será efetivada pela Internet,

por meio de protocolo de segu-rança ou criptografia.

O pedido de cancela-mento deverá ser assinado

pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade

credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil),

contendo o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital.

A transmissão poderá ser realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária.

As instruções sobre o cancelamento da NF-e constam do subitem 4.3 do MOC, versão 5.0, apro-vado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012.

(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusulas sétima, III, décima se-gunda e décima terceira; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, subitem 4.3)

a Federal

No caso de erros

detectados pelo emitente antes da circulação da

mercadoria, a NF-e poderá ser cancelada e ser emitida

outra com as correções necessárias

Page 4: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

47-02 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3. CC-e

O emitente poderá sanar erros em campos específicos da NF-e por meio de CC-e, devidamente autorizada mediante transmissão à Sefaz, desde que o erro não esteja relacionado com:

a) as variáveis que determinam o valor do im-posto, tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da ope-ração (para estes casos deverá ser utilizada NF-e complementar);

b) a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do destinatário;

c) a data de emissão da NF-e ou a data de saída da mercadoria.

A CC-e é um evento para corrigir as informações da NF-e, prevista na cláusula décima quarta-A do Ajuste Sinief nº 7/2005.

O subitem 4.8 do MOC define os eventos relacio-nados à CC-e, dos quais destacamos os principais.

O autor do evento é o emissor da NF-e. A mensa-gem XML (EXtensible Markup Language) do evento será assinada com o certificado digital que tenha o CNPJ base do emissor da NF-e.

O evento será utilizado pelo contribuinte e o alcance das alterações permitidas é definido no § 1º-A do art. 7º do Convênio Sinief s/nº de 1970:

Art. 7º Os documentos fiscais referidos nos incisos I a V do artigo anterior deverão ser extraídos por decalque a car-bono ou em papel carbonado, devendo ser preenchidos a máquina ou manuscritos a tinta ou a lápis-tinta, devendo ainda os seus dizeres e indicações estar bem legíveis, em todas as vias.

[...]

§ 1º-A Fica permitida a utilização de carta de correção, para regularização de erro ocorrido na emissão de documento fiscal, desde que o erro não esteja relacionado com:

I - as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quan-tidade, valor da operação ou da prestação;

II - a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do destinatário;

III - a data de emissão ou de saída.

O registro de uma nova CC-e substitui a anterior, assim a nova carta deverá conter todas as correções a serem consideradas.

(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusulas décima primeira, § 8º, décima quarta-A, décima quinta-A, § 1º, II, e décima quinta--B, I, “a”; Convênio Sinief s/nº de 1970, art. 7º, § 1º-A; Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, subitem 4.8; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012)

3.1 Procedimento

No programa Emissor da NF-e, versão 3.10, deve--se procurar a NF-e objeto de correção no menu “Nota Fiscal”. Em seguida, clicar em “Pesquisar”.

Page 5: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

47-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. ARMAZENAMENTO E DISPONIBILIZAÇÃO DA CC-e

O emissor deverá manter o arquivo digital da CC-e com a informação de “Registro do Evento da Sefaz”, na seguinte forma: Schema XML: procCCeNFe_v99.99.xsd.

# Campo Ele Pai Tipo Ocor. Tam. Dec. Descrição/Observação

ZR01 procEventoNFe Raiz - - - - - TAG raizZR02 versão A ZR01 N 1-1 1-4 2ZR03 evento G ZR01 - 1-1 - -YR04 (dados) - - - - - - Dados da Carta de Correção (item 4.8.1) YR05 retEvento G ZR01 - 1-1 - -

YR06 (dados) - - - - - - Dados da registro da Carta de Correção (item 4.8.2)

Após, selecionar a NF-e e clicar em “Carta de Correção”.

Na tela que aparecerá em seguida, deve ser informada a data do evento em que ocorreu a alteração (erro, inconformidade etc.) e a sua descrição.

Em seguida, clicar em “Salvar” e “Enviar”. Assim, a CC-e será transmitida à Sefaz.

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

47-04 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Substituição tributária - Rações tipo pet para animais domésticos SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aplicação do regime da substituição tributária em

operações internas e interestaduais 3. Inscrição do contribuinte substituto estabelecido em

outra Unidade da Federação 4. Responsáveis pela retenção nas operações internas 5. Hipóteses de não aplicação da substituição tributária 6. Responsáveis pela retenção nas operações

interestaduais 7. Saída interestadual de mercadoria que já tiver sido

objeto de retenção ou antecipação, sem que haja convênio ou protocolo

8. Inexistência de convênio ou protocolo entre o Estado da Bahia e outros Estados

9. Operações subsequentes à antecipação ou substituição tributária

10. Fiscalização do estabelecimento responsável pela retenção do imposto

11. Cálculo do imposto 12. Modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal

Eletrônica (Danfe) 13. Escrituração - Principais reflexos na EFD 14. Restituição do imposto 13. Recolhimento do imposto 14. Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS-

Substituição Tributária (GIA-ST) 15. Infrações e penalidades

a Estadual

Diagrama simplificado do procCCeNFe

O arquivo digital da CC-e com a respectiva informação de “Registro do Evento da Sefaz” faz parte integrante da NF-e e, também, deve ser disponibilizado para o destinatário e o transportador.

(Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, subitem 4.8.10; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012)

N

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

47-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

1. INTRODUÇÃO

A legislação estadual e os acordos específicos entre as Unidades da Federação poderão atribuir a terceiro a responsabilidade pelo pagamento do imposto, hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário.

Neste procedimento, trataremos da substituição tributária com rações tipo pet para animais domésti-cos, com base na Lei Complementar nº 87/1996, na Lei nº 7.014/1996, no RICMS-BA/2012 e no Protocolo ICMS nº 26/2004 celebrado entre todos os Estados, e alterações posteriores.

2. APLICAÇÃO DO REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES INTERNAS E INTERESTADUAIS

A aplicação da substituição tributária do ICMS nas operações internas pode ser instituída por lei es-tadual, a exemplo do que ocorre com rações tipo pet para animais domésticos, classificadas na posição 2309 da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH).

Esse regime de tributação em operações interes-taduais é utilizado somente se houver a celebração de acordo específico, ou seja, convênio ou protocolo, entre os Estados envolvidos, conforme se refiram a todos os Estados ou somente a alguns.

Com efeito, segundo o RICMS-BA/2012, nas operações interestaduais entre Estados signatários de convênio ou protocolo que preveja a retenção do imposto pelo regime de substituição tributária, é atribuída, ao remetente, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto em favor da Unidade da Federação (UF) destinatária, na condição de sujeito passivo por substituição.

O Estado da Bahia incorporou ao RICMS-BA/2012, art. 289, Anexo 1, item 36 e outros dispositivos, as normas relativas ao referido protocolo e alterações posteriores

(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 6º e 9º; RICMS--BA/2012, art. 289, Anexo 1, item 36)

3. INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO ESTABELECIDO EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO

Deverá se inscrever no Cadastro de Contribuin-tes do Estado da Bahia, na condição de substituto, o contribuinte de outra UF que efetuar remessas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tribu-

tária para contribuintes estabelecidos neste Estado, observado o disposto em convênios e protocolos dos quais a Bahia seja signatária.

O contribuinte que solicitar inscrição no cadastro deste Estado como substituto tributário deverá reme-ter os seguintes documentos à Gerência de Substi-tuição Tributária (Gersu), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia:

a) estimativa anual das vendas para o Estado da Bahia;

b) registro ou autorização de funcionamento ex-pedido por órgão competente pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

c) comprovante de capacidade financeira, quan-do solicitado pela Gersu.

Salienta-se que o número da inscrição em questão deverá constar em todos os documentos dirigidos ao Estado da Bahia, inclusive naqueles de arrecadação.

(RICMS-BA/2012, art. 2º, III, e art. 5º)

3.1 Inexistência de inscrição no Estado destinatárioSe não for concedida a inscrição ao sujeito passivo

por substituição ou este não providenciá-la, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria.

Deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando, no campo “Infor-mações Complementares”, o número do documento fiscal a que se refere o respectivo recolhimento.

(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula sétima, §§ 2º e 3º)

4. RESPONSÁVEIS PELA RETENÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERNAS

São responsáveis pelo lançamento e recolhimento do ICMS, na condição de sujeitos passivos por substituição, devendo fazer a retenção do imposto nas operações de saídas internas que efetuarem, para fins de antecipação do tributo relativo à operação ou às operações subse-quentes a serem realizadas pelos adquirentes neste Estado, os contribuintes alienantes de rações tipo pet para animais domésticos, exceto na hipótese de já terem recebido essas mercadorias com o imposto antecipado.

(Lei nº 7.014/1996, art. 8º; RICMS-BA/2012, art. 289, caput, Anexo 1, item 36)

Page 8: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº47/2015 - 3ª Sem Novembro

47-06 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. HIPÓTESES DE NÃO APLICAÇÃO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Salvo disposição em contrário prevista em Regu-lamento, não será feita a retenção ou antecipação do imposto quando a mercadoria se destinar:

a) a estabelecimento filial atacadista situado nes-te Estado, no caso de transferência de esta-belecimento industrial ou de suas outras filiais atacadistas, localizado nesta ou em outra UF, ficando o destinatário responsável pela reten-ção do imposto referente às operações internas subsequentes, hipótese em que aplicará a mar-gem de valor agregado (MVA) prevista para a retenção por estabelecimento industrial;

b) a outro contribuinte ao qual a legislação atribua a condição de responsável pelo pagamento do imposto por sujeição passiva por substituição, em relação à mesma mercadoria, ficando o destinatário responsável pela retenção do im-posto nas operações internas subsequentes;

c) a estabelecimento industrial, inclusive micro-empresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), que se dediquem à atividade industrial, para utilização como matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem;

d) a estabelecimento prestador de serviço de qualquer natureza definido em lei comple-mentar como de competência tributária dos municípios, sendo a mercadoria destinada a emprego na prestação de tal serviço, a menos que haja indicação expressa de lei comple-mentar acerca da incidência do ICMS nos for-necimentos a serem efetuados pelo prestador.

(Lei nº 7.014/1996, art. 8º, § 8º)

6. RESPONSÁVEIS PELA RETENÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS

São responsáveis pelo lançamento e pelo reco-lhimento do ICMS, na qualidade de contribuintes por substituição, o industrial ou importador, localizados em todas as Unidades da Federação, em relação às saídas de rações tipo pet para animais domésticos, exceto na hipótese de já terem recebido essas mer-cadorias com o imposto antecipado.

É também contribuinte substituto o estabeleci-mento industrial, importador ou comercial, localizado neste Estado, em relação às saídas interestaduais das citadas mercadorias, quando destinadas às demais Unidades da Federação.

(RICMS-BA/2012, art. 295; Protocolo ICMS nº 26/2004)

7. SAÍDA INTERESTADUAL DE MERCADORIA QUE JÁ TIVER SIDO OBJETO DE RETENÇÃO OU ANTECIPAÇÃO, SEM QUE HAJA CONVÊNIO OU PROTOCOLO

Na saída interestadual de mercadoria que já tiver sido objeto de retenção ou antecipação do imposto, não havendo convênio ou protocolo entre a Bahia e a UF de destino que disponha sobre a substituição tributária para a mesma espécie de mercadoria, o contribuinte poderá:

a) utilizar como créditos fiscais ambas as parce-las do imposto, o normal e o antecipado, total ou proporcionalmente, conforme o caso, des-de que comprove que a mercadoria foi entre-gue ao destinatário; ou

b) estornar o débito fiscal correspondente, relati-vo à saída, destacado no documento fiscal, no quadro “Crédito do Imposto - Estornos de Dé-bitos” do livro Registro de Apuração do ICMS.

Aos contribuintes sujeitos à Escrituração Fiscal Digital (EFD), os valores devem ser lançados nos Registros E110 e E111.

(RICMS-BA/2012, art. 302; Ato Cotepe ICMS nº 9/2008)

8. INEXISTÊNCIA DE CONVÊNIO OU PROTOCOLO ENTRE O ESTADO DA BAHIA E OUTROS ESTADOS

Nas aquisições interestaduais de mercadorias enquadradas pela legislação do Estado da Bahia no regime de substituição tributária, não havendo convênio ou protocolo entre a Bahia e a UF de origem que pre-veja a retenção do imposto, o pagamento do ICMS será efetuado antes da entrada no território deste Estado, ou até o dia 25 do mês subsequente, se obedecidos os requisitos do art. 332, § 2º, do RICMS-BA/2012.

(RICMS-BA/2012, art. 332, III, “a”, § 2º)

9. OPERAÇÕES SUBSEQUENTES À ANTECIPAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Ocorrido o pagamento do ICMS por antecipação ou substituição tributária, ficam desoneradas de tributação as operações internas subsequentes com as mesmas mercadorias, sendo, por conseguinte, vedada, salvo exceções expressas, a utilização do crédito fiscal pelo adquirente, extensiva essa vedação ao crédito relativo ao imposto incidente sobre os serviços de transporte das mercadorias objeto do mesmo regime de tributação.

Os documentos fiscais relativos às operações subsequentes serão emitidos sem destaque do

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47-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

imposto e conterão, além dos demais requisitos exi-gidos, a seguinte declaração, ainda que por meio de carimbo: “ICMS pago por substituição tributária”.

(RICMS-BA/2012, arts. 290 e 292)

10. FISCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO RESPONSÁVEL PELA RETENÇÃO DO IMPOSTOA fiscalização do estabelecimento responsável

pela retenção do imposto será exercida, conjunta ou isoladamente, pelas UF envolvidas nas operações, condicionando-se a do Fisco do Estado da UF de destino a credenciamento prévio na Secretaria da Fazenda, Economia ou Finanças da Unidade da Federação do estabelecimento a ser fiscalizado.

O credenciamento prévio será dispensado quando a fiscalização for exercida sem a presença física da autoridade fiscal no local do estabelecimento a ser fiscalizado.

(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula nona)

11. CÁLCULO DO IMPOSTO

11.1 Base de cálculo nas operações internas

A legislação determina que a base de cálculo do ICMS a ser retido seja a obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria rea-lizada pelo substituto tributário ou substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, frete, IPI e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

c) a MVA, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes.

A MVA para as operações internas e interestaduais é:

a) nas aquisições com alíquota interestadual de 4%, 68,87%;

b) nas aquisições com alíquota interestadual de 7%, 63,59%;

c) nas aquisições com alíquota interestadual de 12%, 54,80%;

d) nas operações internas, 46%.

Será aplicada a alíquota vigente nas operações internas do Estado destinatário sobre o resultado obtido e, do valor encontrado, será deduzido o imposto devido pela operação do próprio remetente.

(Lei nº 7.014/1996, art. 23, II, Anexo 1, item 36)

11.2 Base de cálculo nas operações interestaduaisNas operações interestaduais, para fins de substi-

tuição tributária com as mercadorias anteriormente cita-das, a base de cálculo é a prevista no Protocolo ICMS nº 26/2004, ou seja, o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autoridade com-petente ou, na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete, quando não incluído no preço.

Inexistindo esse valor, a base de cálculo correspon-derá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, acrescidos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de MVA previsto no subitem 11.1 anterior.

Será aplicada a alíquota vigente nas operações internas do Estado destinatário sobre o resultado obtido e, do valor encontrado, será deduzido o imposto devido pela operação do próprio remetente.

(Protocolo ICMS nº 26/2004, cláusula segunda)

11.2.1 Operações interestaduais destinadas a uso/consumo

Nas operações interestaduais em que as rações sejam destinadas a uso e consumo no estabeleci-mento de contribuinte do ICMS, o valor a ser recolhido a título de ICMS retido corresponderá ao diferencial de alíquotas, uma vez que o percentual de valor adicio-nado (margem de lucro) não deverá ser incorporado na base de cálculo do ICMS retido.

(Protocolo ICMS nº 26/2004, cláusula primeira)

11.3 Alíquota do ICMSA alíquota do ICMS para as operações internas,

no Estado da Bahia, com rações tipo pet para animais domésticos, é 17%.

No cálculo do ICMS retido nas operações interes-taduais deverá ser observada a alíquota interna da mercadoria no Estado destinatário.

(Lei nº 7.014/1996, art. 15, I, “a”)

11.4 Cálculo do ICMS retido

Para o cálculo do ICMS retido, o contribuinte substituto (responsável pela retenção) deverá aplicar a alíquota do imposto (subtópico 11.3) sobre o valor da base de cálculo do ICMS retido (subtópicos 11.1 ou 11.2) e subtrair desse valor o imposto devido sobre a sua própria operação.

Dessa forma, o valor do ICMS retido correspon-derá à diferença entre o imposto calculado, conforme

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47-08 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

o tópico 11 e o devido pela própria operação do contribuinte substituto.

(Lei nº 7.014/1996, art. 23, § 5º)

11.5 Exemplo de cálculoA seguir, apresentamos exemplo de cálculo em

uma operação interna com rações classificadas no código 2230.99.03 da NCM/SH. Não foram conside-rados neste exemplo dados do IPI.

EXEMPLO DE CÁLCULO

Exemplo de cálculo de substituição tributária - Operação Interna

Base de cálculo ICMS da operação própria R$ 1.000,00ICMS operação própria (R$ 1.000,00 x 17%) R$ 170,00Base de cálculo ICMS da substituição tributária [Preço da mercadoria (R$ 1.000,00) + Margem de lucro (46% = R$ 460,00)]

R$ 1.460,00

Exemplo de cálculo de substituição tributária - Operação Interna

Valor do ICMS-ST = ICMS-ST - ICMS operação pró-pria, onde:ICMS-ST (R$ 1.460,00 x 17% = R$ 248,20) - ICMS operação própria (R$ 170,00)

R$ 78,20

Valor total da nota fiscal (valor dos produtos + ICMS-ST)

R$ 1.078.20

12. MODELO DE DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA (DANFE)

Apresentamos, a seguir, modelo do Danfe em uma operação interna com ração, considerando-se a MVA de 46%. Não foi incluído valor do IPI. Esclarecemos que o exemplo é apenas ilustrativo. O contribuinte deve acompanhar as atualizações da legislação.

MODELO DE DANFE

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47-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

13. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apre-sentação da EFD, para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico anterior, a título exemplifica-tivo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos principais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI).

13.1 Registro C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada no tópico 12, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O2 IND_OPER 1 O3 IND_EMIT 0 O

4 COD_PART *Código interno do de-clarante O

5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 1324 O

9 CHV_NFE29150916376973000160550010000013241020

242901O

10 DT_DOC 201020XX O11 DT_E_S 201020XX O12 VL_DOC 1078,20 O13 ND_PGTO 0 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 1.000,00 OC17 IND_FRT 9 O18 L_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC22 VL_ICMS 170,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST 460,00 OC24 VL_ICMS_ST 78,20 OC25 VL_IPI OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OC

Nota

Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do tipo de apuração adotada pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|1|0|*Código interno do declarante|55|00|1|1324|29150916376973000160550010000013241020242901|201020XX| 201020XX|1078,20|0|||1000,00|9||||1000,00|170,00|146,00|78.20||||||

13.2 Registro C110

Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo “Informações Complementares”, na nota fiscal. Para a NF-e exempli-ficada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C110

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

Imposto retido por subs-tituição tributária, con-forme art. 389, Anexo 1, item 36 do RICMS--BA/2012. MVA 46%.

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|*Código interno declarante|Imposto retido por substituição tributária, conforme o art. 389, Anexo 1, item 36, do RICMS-BA/2012. MVA 46%|

13.3 Registro C190

Este registro tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O2 CST_ICMS 010 O3 CFOP 5401 O4 ALIQ_ICMS 17 OC5 VL_OPR 1078,20 O6 VL_BC_ICMS 1000,00 O7 VL_ICMS 170,00 O8 VL_BC_ICMS_ST 1460,00 O9 VL_ICMS_ST 78.20 O10 VL_RED_BC O

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47-10 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

11 VL_IPI O

12 COD_OBS *Código interno decla-rante OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|010|5401|17|1078,20|1000,00|170,00|1460,00|78,20|||*Código interno declarante|

14. RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO

É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, se o fato gerador presumido não chegar a se realizar.

(Lei nº 7.014/1996, art. 12)

15. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO

O imposto devido por antecipação ou substituição tributária deverá ser recolhido:

a) até o dia 9 do mês seguinte ao período de apuração, em relação ao imposto retido e de-vido a outra UF, ou antes de iniciada a saída da mercadoria, se o contribuinte não for inscri-to no Estado destinatário;

b) até o dia 15 do mês seguinte ao período de apuração, em relação ao imposto retido decor-rente de saída da mercadoria do estabeleci-mento sujeita à substituição tributária;

c) antes de iniciada a saída da mercadoria de outro Estado, se o sujeito passivo não for ins-crito na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz);

d) por ocasião da entrada da mercadoria no Esta-do da Bahia, se o contribuinte não preencher os requisitos do RICMS-BA/2012, art. 332, § 2º.

Nota

O § 2º do art. 332 do RICMS-BA/2012 estabelece que poderá ser efe-tuado o recolhimento do imposto por antecipação até o dia 25 do mês subse-quente ao da entrada da mercadoria no estabelecimento, desde que o con-tribuinte esteja regularmente inscrito no Cadastro de Contribuinte do ICMS do Estado da Bahia, e preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) possua estabelecimento em atividade no Estado da Bahia há mais de 6 meses e já tenha adquirido mercadoria de outra Unidade da Federação;

b) não possua débito inscrito em dívida ativa, a menos que a sua exigi-bilidade esteja suspensa;

c) esteja adimplente com o recolhimento do ICMS;

d) esteja em dia com as obrigações acessórias e atenda regularmente às intimações fiscais.

O recolhimento deve ser efetuado por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE).

Nas operações interestaduais, o recolhimento será feito através da GNRE.

Será utilizada GNRE distinta para cada hipótese de substituição tributária disciplinada em convênio ou protocolo específico.

(RICMS-BA/2012, arts. 295, 330, 331 e 332)

16. GUIA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DO ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (GIA-ST)

Os sujeitos passivos por substituição que estive-rem inscritos no cadastro estadual, na condição de contribuinte substituto, remeterão à Sefaz/BA, mensal-mente, até o dia 10, a GIA-ST.

Na GIA-ST, serão informadas as operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, destinadas a contribuintes situados neste Estado, realizadas no mês anterior, devendo ser especificado: o valor dos produtos, o valor do IPI, as despesas acessórias, a base de cálculo do ICMS-ST, o ICMS retido por ST, o ICMS de devoluções de mercadorias, o ICMS de ressarcimentos, o crédito do período anterior, os pagamentos antecipados, o ICMS-ST devido, o repasse de ICMS-ST referente a combustíveis, o crédito para o período seguinte, o total do ICMS-ST a recolher e as transferências efetuadas.

Ainda que no período de apuração não tenha ocorrido operação sujeita à substituição tributária, a GIA-ST será remetida pelo contribuinte substituto, hipótese em que deverá ser assinalado com “x” o campo 1, correspondente à expressão “GIA-ST sem movimento”.

A GIA-ST será apresentada por meio eletrônico de transmissão de dados, através do programa apro-vado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 45/2000, devendo ser emitida em apenas 1 via, do contribuinte, que servirá como recibo de entrega.

(RICMS-BA/2012, art. 258)

17. INFRAÇÕES E PENALIDADES

Apresentamos, a seguir, quadro prático, con-tendo algumas penalidades aplicáveis relacionadas à falta de recolhimento do imposto e de obrigações acessórias.

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47-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Deixar de recolher imposto, nos prazos regulamentares, se o valor apu-rado tiver sido informado em declaração eletrônica estabelecida na legislação tributária;

50% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, I

Deixar de efetuar o recolhimento no prazo em razão de registro de operação ou prestação tributada como não tributada, em caso de erro na aplicação da alíquota, na determinação da base de cálculo ou na apuração dos valores do imposto, desde que os documentos tenham sido emitidos e escriturados regularmente;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “a”

Deixar de recolher o imposto em decorrência de desencontro entre o valor do imposto recolhido pelo contribuinte e o escriturado no livro fiscal de apuração do imposto;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “b”

Destacar, no documento fiscal, imposto em operação ou prestação não tributada, que possibilite ao adquirente a utilização do crédito fiscal;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “c”

Deixar de recolher o imposto por antecipação nas hipóteses regula-mentares;

60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “d”

Deixar de reter o imposto pelo sujeito passivo por substituição; 60% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “e”Mercadoria ou bem encontrados em qualquer estabelecimento sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea;

100% do valor imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV “a“

Realizar operação ou prestação sem documentação fiscal ou com do-cumentação fiscal inidônea;

100% do valor imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “b”

Entregar mercadoria a destinatário ou usuário diverso do indicado no documento fiscal;

100% do valor imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “c”

Acobertar com o mesmo documento fiscal, mais de uma vez, operação ou prestação;

100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “d”

Colocar quantia diversa do valor da operação ou prestação no do-cumento fiscal;

100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “f”

Rasurar, adulterar ou falsificar documentos e livros fiscais ou contábeis; 100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “g”Deixar de emitir documento fiscal ou emitir documento fiscal inidôneo; 100% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, “h”Reter e não recolher o imposto no prazo legal; 150% do valor do imposto Lei nº 7.014/1996, art. 42, V, “a”Deixar de efetuar a escrituração fiscal ou fazê-lo com atraso; R$ 460,00 Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “d” Deixar de apresentar, no prazo regulamentar, a Guia de Informação e Apuração do ICMS, a GIA-ST, a Declaração e Apuração Mensal do ICMS (DMA) ou sua Cédula Suplementar (CS-DMA).

R$ 460,00 Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “g”

Informações em arquivo eletrônico: falta de entrega, no prazo previsto na legislação, de arquivo eletrônico da EFD, ou entrega sem as infor-mações exigidas na legislação;

Multa de R$ 1.380,00, deven-do ser aplicada, cumulativa-mente, multa de 1% do valor das saídas ou das entradas, o que for maior, se as mercado-rias e prestações de serviço, realizadas em cada período de apuração pelo não atendimen-to de intimação para apresen-tação do respectivo arquivo.

Lei nº 7.014/1996, art. 42, XIII-A, “l”

N

FEDERAL

Mineral - IPI - Classificação fiscal dos produtos minerais

Os produtos minerais constam do Capítulo 25 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011.

Para efeito de classificação fiscal desses produ-tos, devem ser observadas determinadas regras, em

especial as que constam das Notas 1 a 4 do mencio-nado Capítulo, quais sejam:

1. Salvo disposições em contrário e sob reserva da Nota 4 (adiante transcrita), apenas se incluem nas posições do presente Capítulo os produtos em estado bruto ou os pro-dutos lavados (mesmo por meio de substâncias químicas que eliminem as impurezas sem modificarem a estrutura do produto), partidos, triturados, pulverizados, submetidos à levigação, crivados, peneirados, enriquecidos por flota-ção, separação magnética ou outros processos mecânicos ou físicos (exceto a cristalização). Não estão, porém, inclu-ídos os produtos ustulados, calcinados, resultantes de uma

a IOB Setorial

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47-12 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

mistura ou que tenham recebido tratamento mais adiantado do que os indicados em cada uma das posições.

Os produtos do presente Capítulo podem estar adiciona-dos de uma substância antipoeira, desde que essa adição não torne o produto particularmente apto para usos espe-cíficos de preferência à sua aplicação geral.

2. O presente Capítulo não compreende:

a) o enxofre sublimado, o precipitado e o coloidal (posição 28.02);

b) as terras corantes contendo, em peso, 70% ou mais de ferro combinado, expresso em Fe2O3 (posição 28.21);

c) os medicamentos e outros produtos do Capítulo 30;

d) os produtos de perfumaria ou de toucador preparados e as preparações cosméticas (Capítulo 33);

e) as pedras para calcetar, meios-fios e placas (lajes) para pavimentação (posição 68.01); os cubos, pastilhas e arti-gos semelhantes, para mosaicos (posição 68.02); as ardó-sias para telhados ou para revestimento de construções (posição 68.03);

f) as pedras preciosas e semipreciosas (posições 71.02 ou 71.03);

g) os cristais cultivados de cloreto de sódio ou de óxido de magnésio (exceto os elementos de óptica) de peso unitário superior ou igual a 2,5g, da posição 38.24; os elementos de óptica de cloreto de sódio ou de óxido de magnésio (posição 90.01);

h) os gizes de bilhar (posição 95.04);

i) os gizes para escrever ou desenhar e os de alfaiate (posi-ção 96.09).

3. Qualquer produto suscetível de se incluir na posição 25.17 e em outra posição deste Capítulo classifica-se na posição 25.17.

4. A posição 25.30 compreende, entre outros, os seguin-tes produtos: a vermiculita, a perlita e as cloritas, não expandidas; as terras corantes, mesmo calcinadas ou misturadas entre si; os óxidos de ferro micáceos naturais; a espuma-do-mar natural (mesmo em pedaços polidos); o âmbar amarelo (sucino) natural; a espuma-do-mar e o âmbar reconstituídos, em plaquetas, varetas, barras e for-mas semelhantes, simplesmente moldados; o azeviche; o carbonato de estrôncio (estroncianita), mesmo calcinado, exceto o óxido de estrôncio; os resíduos e fragmentos de cerâmica, os pedaços de tijolo e os blocos de concreto quebrados (partidos).

Cabe observar que o Capítulo 68 da TIPI abrange, entre outros produtos, as obras de pedra. Não compre-ende, porém, aquelas referidas no Capítulo 25, além das pedras litográficas da posição 8442, os artefatos da posição 9609 (os lápis de ardósia, por exemplo) ou da posição 9610 (as ardósias para escrita e desenho, por exemplo) e os artefatos do Capítulo 97 (objetos de arte, por exemplo). Na acepção da posição 6802, a expres-são pedras de cantaria ou de construção trabalhadas aplica-se não só às pedras incluídas nas posições 2515 ou 2516, mas também a todas as outras pedras natu-

rais (por exemplo: quartzitos, sílex, dolomita, esteatita) trabalhadas do mesmo modo, exceto a ardósia.

Em relação aos produtos ustulados, cabe observar que a ustulação oxidante, por exemplo, é uma operação unitária usada na indústria metalúrgica para conversão dos sulfetos em óxidos ou outros compostos, como sulfatos e oxisulfatos, que serão logo enviados a tra-tamentos posteriores para a recuperação dos metais.

Os minerais sulfetados são normalmente ustulados empregando ar, em uma faixa de temperatura de 600 a 1.000°C, em ustuladores industriais, entre eles o reator de leito fluidizado que apresenta um desenho simples, boa recuperação de calor, fácil controle da temperatura e alta conversão em relação aos outros ustuladores.

A seguir transcrevemos, para efeito de ilustração, ementa de decisão da egrégia 4ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

Processo: AC 200351010285993 RJ 2003.51.01.028599-3

Relator(a): Desembargador Federal...

Julgamento: 13/04/2010

Órgão Julgador: Quarta Turma Especializada

Publicação: E-DJF2R - Data: 04.05.2010 - Páginas 165 e 166

Ementa: Tributário. Apelação. IPI. Classificação tarifária de produto industrializado. Recurso improvido.

1 - O ponto controvertido da demanda consiste na classi-ficação tarifária da “areia em grânulos para uso higiênico de gatos”, tendo a Receita Federal entendido que se trata de produto manufaturado, portanto, sujeito a imposições tributárias diferentes das que foram imputadas em razão da classificação descrita na Declaração de Importação (DI) nº 98/070510-0/0001.

2 - O produto em discussão, conforme laudo pericial à fl. 112, é composto de 90 a 100% e bentonita, 1 a 5% de sílica amorfa e menos de 10% de quartzo, concluindo a perita, ao final, que o correto enquadramento encontra-se na posição TEC 25.08, isto é, inclusa como outras argilas.

3 - Contudo para que um produto enquadre-se na posição TEC 25 é necessário que estejam em estado bruto ou lavados (mesmo por meio de substâncias químicas que eliminem as impurezas sem modificarem a estrutura do produto), partidos, triturados, pulverizados, submetidos à levigação, crivados, peneirados, enriquecidos por flotação, separação magnética ou outros processos mecânicos ou físicos (exceto a cristalização). Todavia, não estão, porém, incluídos os produtos ustulados, calcinados, resultantes de uma mistura ou que tenham recebido tratamento mais adiantado do que os indicados em cada uma das posições.

4 - As informações da perita, às fls. 112/116, que culminou na posição TEC 25.08 (outras argilas), diz respeito somente ao mineral bentonita, sem fazer referência ao restante da composição do produto. Além disso, a perícia não logrou êxito em demonstrar se houve mistura de componentes no produto, apenas concluiu o quesito (fl. 115: “A mercadoria importada perdeu sua condição primária ou teve modifi-cada sua destinação básica ou mesmo se transformou em

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47-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ESTADUAL

Interesse público - Obrigatoriedade de placa informativa de preços de gasolina e de álcool em postos de combustíveis

Os proprietários de postos revendedores de com-bustíveis do Estado da Bahia estarão obrigados a afixar, em seus estabelecimentos, placa informando aos consu-midores da diferença entre preços de gasolina e álcool.

As placas deverão ser afixadas, preferencial-mente, no local onde estão os preços dos combustí-veis ou nas próprias bombas.

Essa informação refere-se à diferença percentual entre o valor do litro da gasolina comum e o do litro do álcool comum, ficando excluídos os combustíveis aditivados.

A placa deverá conter a seguinte informação: Neste estabelecimento, o preço do etanol comum

corresponde a ______% do preço da gasolina comum. Abaixo de 0,7 - Melhor etanol; Acima de 0,7 - Melhor gasolina; Igual 0,7 - indiferente.

Os postos revendedores de combustíveis terão o prazo de 60 dias para se adequarem ao disposto neste diploma legal.

O contribuinte que não cumprir a determinação legal estará sujeito à multa diária de R$ 1.000,00, que serão revertidos em favor do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor.

Esclareça-se que os postos revendedores de combustíveis terão o prazo de 60 dias para cumprirem essa determinação, cuja fiscalização ficará a cargo do órgão estadual competente.

O Poder Executivo regulamentará este diploma legal no que couber.

(Lei nº 13.444/2015)

N

a IOB Comenta

outro produto?”) com base na atividade empresarial, cons-tante do contrato social, do apelante, o que não soluciona nem vincula a característica do produto.

5 - Dessa forma, como o produto em questão é composto por bentonita (mistura de argila) adicionada à outros mine-rais, de forma a se obter uma composição homogênea não encontrada na natureza, não há que se falar na classifica-ção TEC 25. Portanto, o enquadramento correto, de acordo com as características do produto, isto é, constituído por mistura de produtos naturais, não especificados nem com-preendidos em outras posições, encontra-se na posição TEC 38.24, sujeito a tarifa a título de II de 14%.

6 - Apelação improvida.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.

Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Custas, como de lei.

Rio de Janeiro,...

(TIPI - Decreto nº 7.660/2011, Capítulo 25)

N

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47-14 BA Manual de Procedimentos - Nov/2015 - Fascículo 47 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS/IPI

NF-e - Cancelamento - Prazo

1) Qual é o prazo para o cancelamento da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)?

O prazo para o cancelamento da NF-e é de 24 horas, contado do momento em que foi concedida a autorização de uso desse documento fiscal.

O emitente poderá solicitar o cancelamento, desde que não tenha havido a circulação da merca-doria ou a prestação de serviço.

No entanto, a critério de cada Unidade da Federação, em casos excepcionais, poderá ser recepcionado o pedido de cancelamento de forma extemporânea.

(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusula décima segunda)

NF-e - Valor total - Validação - Critério

2) Existe algum critério de validação para o campo “Valor Total” da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)?

Sim. A informação constante no campo “Valor Total” da NF-e deverá corresponder ao resultado da seguinte fórmula:

Valor Produto (-) valor Desconto (+) valor ST (+) valor Frete (+) valor Seguro (+) vOutro (despesas acessórias) (+) valor Imposto de Importação (+) valor IPI (+) valor Serviço

Excetua-se dessa regra de validação apenas a hipótese de faturamento direto de veículos novos.

(Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, Anexo I, “W”; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012)

ICMS/BA

EFD - Multa pela falta de entrega

3) Qual é a multa pela falta de entrega do arquivo eletrônico da Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

É de R$ 1.380,00 a multa pela falta de entrega, no prazo previsto na legislação, da EFD, ou entrega sem as informações exigidas na legislação, devendo ser aplicada, cumulativamente, multa de 1% do valor das saídas ou das entradas, o que for maior, de mercadorias e prestações de serviços realizadas em cada período de apuração pelo não atendimento de intimação para apresentação do respectivo arquivo.

(Lei nº 7.014/1996, art. 42, XIII-A, “l”)

Empresa que desenvolve atividades mistas - Crédito

4) É permitido o crédito do imposto na aquisição de mercadorias por empresa que desenvolve ativida-des mistas?

Não. É vedado o crédito do imposto referente à aquisição de materiais, mercadorias, bens ou serviços por empresa com atividade mista, isto é, empresa que efetue venda ou que forneça merca-dorias juntamente com a prestação de serviços, assegurando-se, no entanto, a recuperação do crédito quando as saídas ou os fornecimentos forem tributados pelo ICMS, atendida a devida proporcionalidade.

(RICMS-BA/2012, art. 310, IV)

Recolhimento do imposto - Contribuinte de outra Unidade da Federação inscrito no Estado da Bahia - Consequência pela falta de recolhimento do imposto

5) Qual é a consequência para o contribuinte subs-tituto de outro Estado que retiver o ICMS e não efetuar o recolhimento?

Quando o contribuinte substituto estabelecido em outra Unidade da Federação deixar de recolher o ICMS retido por substituição tributária, terá a sua inscrição considerada inapta.

(RICMS-BA/2012, art. 27, IX, “a”)

a IOB Perguntas e Respostas