iob - icms/ipi - piauí - nº26/2016 - 5ª sem junho

15
Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial a ICMS - Tributação nas operações com produtos de informática a ICMS - Venda de veículos novos realizada por meio de faturamento direto ao consumidor ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 26/2016 Piauí / a Federal IPI Ressarcimento do imposto 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária nas operações com aparelhos e lâminas de barbear 05 / a IOB Setorial Estadual Agrícola - Benefício fiscal do ICMS nas aquisições de tratores de até 75 CV efetuadas por pequenos agricultores no âmbito do Programa Nacio- nal Trator Popular 10 / a IOB Comenta Federal ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Dis- ciplina 11 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Certidão negativa - Prazo de validade 12 Simples Nacional Classificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória 12 ICMS/PI Antecipação parcial - Inexigibilidade - Hipóteses 12 Base de cálculo reduzida - Veículos automotores novos - Operações in- ternas 13 Cagep - Categorias cadastrais 13

Upload: sintese

Post on 03-Aug-2016

234 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

IOB ICMS-IPI, Piaui,26-2016,5a Sem Junho

TRANSCRIPT

Page 1: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial

a ICMS - Tributação nas operações com produtos de informática

a ICMS - Venda de veículos novos realizada por meio de faturamento direto ao consumidor

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 26/2016

Piauí

/a FederalIPIRessarcimento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária nas operações com aparelhos e lâminas de barbear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadualAgrícola - Benefício fiscal do ICMS nas aquisições de tratores de até 75 CV efetuadas por pequenos agricultores no âmbito do Programa Nacio-nal Trator Popular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB ComentaFederalICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Dis-ciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e RespostasIPICertidão negativa - Prazo de validade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Simples NacionalClassificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/PIAntecipação parcial - Inexigibilidade - Hipóteses . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Base de cálculo reduzida - Veículos automotores novos - Operações in-ternas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Cagep - Categorias cadastrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Page 2: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : ressarcimento do imposto.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2742-7

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04153 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Page 3: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

26-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

a Federal

IPI

Ressarcimento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao ressarcimento 3. Pedido 4. Transferência 5. Competência 6. Pagamento 7. Procedimento especial

1. INTRODUÇÃO

O procedimento para o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) está disciplinado pela Instru-ção Normativa RFB nº 1.300/2012.

Neste texto, examinaremos os detalhes para o ressarcimento de créditos do IPI, com fundamento na referida Instrução Normativa.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012)

2. DIREITO AO RESSARCIMENTO

Os créditos do IPI, em conformidade com o princípio da não cumulatividade, pode-rão ser utilizados pelos estabelecimentos mediante o lançamento dos respectivos valores na escrita fiscal, para efeito de dedução dos débitos decorrentes das saídas de produtos tributados.

Os créditos que ao final do período de apuração remanescerem da dedução poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento para posterior dedução de débitos do IPI, relativos a períodos subsequentes de apuração, ou ser transferidos para outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do IPI, caso se refiram a:

a) créditos presumidos do IPI, como ressarci-mento das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins previstas nas Leis nºs 9.363/1996 e 10.276/2001;

b) créditos decorrentes de estímulos fiscais na área do IPI a que se refere o art. 1º da Portaria MF nº 134/1992;

c) créditos do IPI passíveis de transferência a fi-lial atacadista nos termos do item 6 da Instru-ção Normativa SRF nº 87/1989;

d) créditos presumidos do IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do Decreto nº 7.819/2012, apurados pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica habilitada ao Progra-

ma de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva

de Veículos Automotores (Inovar--Auto), nos termos do art. 15 do

mesmo Decreto.

Se ao final de cada trimestre-calendário rema-nescerem créditos do IPI

passíveis de ressarcimento, depois de efetuadas as dedu-

ções, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica poderá requerer

o ressarcimento dos referidos créditos em nome do estabelecimento que os apurou

ou utilizá-los na compensação de débitos próprios relativos a tributos administrados pela RFB.

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 10.276/2001; Decreto nº 7.819/2012, art. 12, III a VIII, e art. 15; Instrução Normativa SRF nº 87/1989, item 6; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, caput, §§ 1º e 2º; Portaria MF nº 134/1992, art. 1º)

2.1 Créditos passíveis de ressarcimento

Não obstante o contribuinte poder utilizar os créditos para dedução do imposto nos períodos sub-sequentes ou transferi-los para outro estabelecimento

A retificação do

pedido de ressarcimento gerado a partir do programa PER/DCOMP, nas hipóteses

em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo

mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado

a partir do referido programa

Page 4: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-02 PI Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

(matriz ou filial) nas hipóteses referidas nas letras “a” a “d” do item 2, para fins de ressarcimento somente serão passíveis:

a) os créditos relativos a entrada de matérias-pri-mas (MP), produtos intermediários (PI) e mate-rial de embalagem (ME) para industrialização, escriturados no trimestre-calendário;

b) os créditos presumidos mencionados na letra “a” do item 2, escriturados no trimestre-ca-lendário, excluídos os valores recebidos por transferência da matriz;

c) o crédito presumido do IPI como ressarcimen-to das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, previsto no inciso IX do art. 1º da Lei nº 9.440/1997; e

d) os créditos presumidos do IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do De-creto nº 7.819/2012, nos termos do art. 15 do mesmo Decreto (Inovar-Auto).

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 9.440/1997, art. 1º, IX; Lei nº 10.276/2001; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 3º)

2.2 Vedação

É vedado o ressarcimento de crédito do trimestre--calendário cujo valor possa ser alterado, total ou par-cialmente, por decisão definitiva em processo judicial ou administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito do IPI.

Ao requerer o ressarcimento, o representante legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da lei, de que a pessoa jurídica não se encontra nessa situação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 25)

3. PEDIDO

Cada pedido de ressarcimento deverá:

a) corresponder a um único trimestre-calendá-rio; e

b) ser efetuado pelo saldo credor passível de ressarcimento remanescente no trimestre-ca-lendário, depois de efetuadas as deduções na escrituração fiscal.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 7º)

3.1 PER/DCOMP

O pedido de ressarcimento será efetuado pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica mediante

utilização do Programa Gerador do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP).

Nota

Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016 aprovou o Programa PER/DCOMP, versão 6.6.

Esse programa, de livre reprodução, está dispo-nível na página da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

A pessoa jurídica deverá apresentar o PER/DCOMP com assinatura digital, inclusive, em relação ao pedido de cancelamento e à retificação desse programa, nas seguintes hipóteses:

a) declarações de compensação;b) pedidos de restituição, exceto para créditos

decorrentes de pagamentos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e

c) pedidos de ressarcimento.(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 6º, e

art. 110; Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016)

3.2 Retificação

A retificação do pedido de ressarcimento gerado a partir do Programa PER/DCOMP, nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado a partir do referido programa.

A retificação do pedido de ressarcimento apre-sentado em formulário (papel), nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à RFB de formulário retifica-dor, o qual será juntado ao processo administrativo de ressarcimento para posterior exame pela autoridade competente.

O pedido de ressarcimento somente poderá ser retificado pelo sujeito passivo caso se encontre pen-dente de decisão administrativa à data do envio do documento retificador.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 87 e 88)

4. TRANSFERÊNCIA

A transferência de créditos do IPI a que se refere o item 2 deverá ser efetuada mediante nota fiscal, emitida pelo estabelecimento que os apurou, exclusi-vamente para essa finalidade, em que deverá constar:

a) o valor dos créditos transferidos;b) o período de apuração a que se referem os

créditos;

Page 5: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) a fundamentação legal da transferência dos créditos.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, caput)

4.1 Escrituração

4.1.1 Transferência

O estabelecimento que estiver transferindo os créditos deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de estorno de créditos, com a observação: “Créditos transferidos para o estabele-cimento inscrito no CNPJ sob o nº........”.

Nota

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), na forma do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que define as especificações técnicas do leiaute dos arquivos da EFD, e no Guia Prático EFD ICMS/IPI. Os lançamentos de estorno de créditos deverão ser efetuados, entre outros, nos registros E520 e E530 do bloco E da EFD.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ins-trução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 1º; Guia Prático EFD ICMS/IPI)

4.1.2 Recebimento

O estabelecimento que estiver recebendo os créditos por transferência deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de outros créditos, com a observação: “Créditos transferidos do estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº........”, indicando o número da nota fiscal que documenta a transferência.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 2º)

4.2 Transferência por não contribuinte

A transferência de créditos presumidos do IPI, como ressarcimento das contribuições ao PIS-Pasep e da Cofins, por estabelecimento matriz não contri-buinte do imposto será realizada mediante emissão de nota fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial que estiver recebendo o crédito, devendo o estabelecimento matriz efetuar a escrituração em seu livro Diário.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 3º)

4.3 Estorno de crédito

No período de apuração em que for apresentado à RFB o pedido de ressarcimento, o estabelecimento

que escriturou referidos créditos deverá estornar, em sua escrituração fiscal, o valor do crédito solicitado.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 23)

5. COMPETÊNCIA

A decisão sobre o pedido de restituição de cré-dito relativo a tributo administrado pela RFB, o pedido de ressarcimento de créditos da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, do Reintegra e o pedido de reembolso, caberá ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes no Rio de Janeiro (Demac/RJ) ou da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras (Deinf) que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

A restituição, o reembolso ou o ressarcimento dos créditos, bem como a sua compensação de ofício com os débitos do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional, caberão à DRF, à Derat, à Demac/RJ ou à Deinf que, à data da restituição, do reembolso, do ressarcimento ou da compensação, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 69)

5.1 Reconhecimento do crédito

A autoridade da RFB competente para decidir sobre o pedido de ressarcimento de créditos do IPI poderá condicionar o reconhecimento do direito cre-ditório à apresentação de documentos comprobató-rios desse direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de verificar, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 76, caput)

5.2 Indeferimento

É facultado ao sujeito passivo no prazo de 30 dias contados da data da ciência da decisão que indeferiu seu pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso ou, ainda, da data da ciência do despacho

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-04 PI Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

que não homologou a compensação por ele efetuada, apresentar manifestação de inconformidade contra o indeferimento do pedido ou a não homologação da compensação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 77, caput)

6. PAGAMENTO

O ressarcimento de créditos do IPI será realizado pela RFB exclusivamente mediante crédito em conta--corrente bancária ou de poupança de titularidade do beneficiário.

Ao pleitear o ressarcimento, o requerente deverá indicar o banco, a agência e o número da conta--corrente bancária ou de poupança de titularidade do sujeito passivo em que se pretende que seja efetuado o crédito.

Compete à instituição financeira que efetivar o ressarcimento verificar a correspondência do número de inscrição do respectivo beneficiário no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), constante dos docu-mentos de abertura da conta-corrente bancária ou de poupança, com o assinalado na correspondente autorização de crédito.

O descumprimento dessa norma caracteriza desvio de recursos públicos e obriga a instituição financeira responsável à entrega dos valores ao legítimo credor ou sua devolução ao Tesouro Nacional, acrescidos dos juros e das demais san-ções cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 85 e 86)

6.1 Juros compensatórios

O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de reembolso, será restituído, reembolsado ou compensado com o acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% no mês em que a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo.

No entanto, não incidirão juros compensatórios no ressarcimento de créditos do IPI, bem como na compensação desses créditos, conforme o disposto no § 5º, I, do art. 83 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 83, caput, I, § 5º, I)

7. PROCEDIMENTO ESPECIAL

A Portaria MF nº 348/2010 instituiu procedimento especial para ressarcimento de créditos de contribui-ções para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI.

O procedimento de ressarcimento do IPI somente se aplica a créditos acumulados em cada trimestre--calendário, decorrente de aquisição de MP, PI e ME, aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos.

Não serão objetos de ressarcimento do IPI, devendo ser estornados os créditos originários de aquisição de MP, PI e ME, destinados à fabricação de produtos:

a) com notação “NT” na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) amparados por imunidade, exceto nos casos de exportação para o exterior; e

c) excluídos do conceito de industrialização na forma do art. 5º do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

O procedimento especial não alcança pedidos de ressarcimento efetuados por pessoa jurídica com pro-cesso judicial ou com processo administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito cuja decisão definitiva, judicial ou administrativa, possa alterar o valor a ser ressarcido.

A RFB deverá, no prazo máximo de 30 dias conta-dos da data do pedido de ressarcimento dos créditos, efetuar o pagamento de 50% do valor pleiteado por pessoa jurídica que atenda, cumulativamente, às seguintes condições:

a) cumpra os requisitos de regularidade fiscal para o fornecimento de certidão negativa ou de certi-dão positiva, com efeitos de negativa, de débitos relativos a tributos administrados pela RFB e à Dí-vida Ativa da União (DAU) administrada pela Pro-curadoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN);

b) não tenha sido submetida a regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430/1996 nos 36 meses anteriores à apre-sentação do pedido;

c) esteja obrigada a manter EFD;

Nota

A obrigatoriedade da EFD será verificada para cada estabelecimento detentor de crédito do IPI, nos ressarcimentos de créditos desse tributo.

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

d) tenha efetuado exportações em todos os 4 anos--calendário anteriores ao pedido;

e) tenha auferido receita bruta decorrente de ex-portações para o exterior nos 2º e 3º anos-ca-lendário anteriores ao do pedido, em valor igual ou superior a 30% de sua receita bruta total da venda de bens e serviços no mesmo período; e

f) não tenha havido indeferimentos de pedidos de ressarcimento ou não homologações de compensações relativos a créditos de contri-buição para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI, totalizando valor superior a 15% do montante solicitado ou declarado, com análise concluí-da pela autoridade competente da RFB, ainda que o pedido se encontre pendente de deci-são definitiva na esfera administrativa nos 24 meses anteriores à apresentação do pedido.

Nota

O disposto no art. 2º da Portaria MF nº 348/2010 aplica-se aos pedidos de ressarcimento efetuados a contar de 22.05.2011, bem como àqueles com período de apuração compreendidos entre 1º.01.2009 e 31.03.2010 (Portaria MF nº 260/2011, art. 3º).

A apuração do requisito descrito na letra “e” será efetuada anualmente.

Entende-se por receita bruta de exportações a soma dos valores das mercadorias efetivamente exportadas, em reais, conforme informado nas respectivas declarações de exportação (DE) e declarações simplificadas de expor-tação (DSE) registradas no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), no período de 1º.01 a 31.12 de cada ano-calendário utilizado para o cálculo.

A apuração do requisito indicado na letra “f” independe da data de apresentação dos pedidos de

ressarcimentos ou das declarações de compensação analisados nos últimos 24 meses e será calculada de forma unificada para o contribuinte.

A retificação do pedido de ressarcimento apre-sentada depois do efetivo ressarcimento de 50% do valor pleiteado somente produzirá efeitos depois de sua análise pela autoridade competente.

Para fins de pagamento a ser efetuado pela RFB, deve ser descontado do valor a ser ressarcido o montante utilizado em declarações de compensação apresentadas até a data da restituição, no que superar em 50% do valor pleiteado pela pessoa jurídica.

O procedimento especial de que trata este item foi disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010.

Para efeito de sua aplicação, o contribuinte deverá atender aos requisitos exigidos na data do pedido, mantendo esta condição inalterada até a data do pagamento da antecipação.

A operacionalização da antecipação do ressarci-mento será efetuada pela unidade da RFB a que compete o reconhecimento do direito ao ressarcimento do crédito.

Aplica-se, subsidiariamente, aos pedidos de ressarcimento especial o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 e nos demais dispositi-vos da legislação tributária que disciplinam a matéria.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012; Instrução Norma-tiva RFB nº 1.060/2010; Portaria MF nº 348/2010; Portaria MF nº 594/2010; Portaria MF nº 260/2011)

N

a Estadual

ICMS

Substituição tributária nas operações com aparelhos e lâminas de barbear SUMÁRIO 1. Introdução 2. Responsabilidade pela retenção do ICMS nas

operações interestaduais 3. Relação de produtos sujeitos à substituição tributária 4. Base de cálculo do imposto retido 5. Inaplicabilidade do regime 6. Cálculo do imposto retido

7. Prazo e local para recolhimento do imposto retido 8. Exemplificação

1. INTRODUÇÃO

A substituição tributária é uma técnica de arre-cadação mediante a qual se atribui a uma terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da obrigação, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo.

A sistemática compreende a exigência do ICMS de determinados contribuintes, enquadrados como substitutos, em relação a operações ainda não ocor-

Page 8: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-06 PI Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ridas, de forma presumida, instituindo, dessa forma, a chamada “substituição tributária por fato gerador subsequente”.

O regime conhecido como substituição tributária para frente foi alçado a nível constitucional, mediante inserção, pela Emenda Constitucional nº 3/1993, do § 7º ao art. 150 da CF/1988, cujo texto estabeleceu que a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

No sentido de atingir os mencionados objetivos, o legislador cearense estabeleceu que as operações internas e interestaduais com navalha, aparelho e lâmina de barbear e isqueiro de bolso, a gás, não recarregável ficam sujeitas ao regime da substituição tributária do ICMS, nos termos do RICMS-PI/2008, arts. 1.277 a 1.279, na redação dada pelo Decreto nº 16.543/2016.

Destaca-se que, a partir de 1º.01.2016, foram excluídas do referido regime as operações com isqueiros de bolso, a gás, não recarregáveis, classi-ficados na posição NCM/SH 9613.10.00, em face da edição do Convênio ICMS nº 92/2015, que estabe-leceu a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes da substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativo às operações subsequentes.

2. RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO DO ICMS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS

Nas operações interestaduais com os produtos classificados conforme códigos NCM/SH relaciona-das no item 3, entre contribuintes situados neste e nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal, fica atribuída ao estabelecimento industrial, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do ICMS, relativo às subsequentes saídas, bem como à entrada destinada a uso ou consumo do estabelecimento destinatário.

(RICMS-PI/2008, art. 1.277, caput)

3. RELAÇÃO DE PRODUTOS SUJEITOS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

O sujeito passivo por substituição tributária deverá reter na fonte e recolher o ICMS devido nas operações posteriores realizadas com os produtos a seguir rela-cionados com a respectiva classificação na NBM/SH:

Especificação Código NBM/SH

Aparelhos de barbear 8212.10.20Lâminas de barbear 8212.20.10

(RICMS-PI/2008, art. 1.277)

4. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO

A base de cálculo do imposto, para os fins de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autori-dade competente ou, na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete quando não incluído no preço.

(RICMS-PI/2008, art. 1.278)

4.1 Aplicação da MVA ajustada

Inexistindo os valores de que trata o item 4, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, acrescido dos valo-res correspondentes a frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado (MVA) ajustada, calculada segundo a fórmula “MVA ajustada = [(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter)/(1 - ALQ intra)] - 1”, em que:

a) “MVA-ST original” corresponde à MVA para operação interna, que é de 30%;

b) “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;

c) “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga tribu-tária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte substitu-to da Unidade da Federação de destino, nas operações com as mesmas mercadorias.

Na hipótese de a “ALQ intra” ser inferior à “ALQ inter”, deverá ser aplicada a “MVA-ST original”.

Tomando-se por base uma operação interestadual com a alíquota de 7%, tributada com 18% no Estado

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

do destinatário, demonstramos, a seguir, a forma de cálculo de um dos percentuais mencionados na tabela:

100 x 30 = 130

130 x 0,93 = 120,90

120,90/0,82 = 147,44

147,44 - 100 = 47,44

(RICMS-PI/2008, art. 1.278, §§ 1º, 2º e 6º)

4.2 Impossibilidade da inclusão do frete

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabele-cimento destinatário, acrescido do percentual de MVA calculado na forma do subitem 4.1.

(RICMS-PI/2008, art. 1.278, § 4º)

5. INAPLICABILIDADE DO REGIME

O regime da substituição tributária nas operações interestaduais não se aplica:

a) às transferências de mercadoria entre estabe-lecimentos da mesma empresa industrial;

Nota

Observa-se que, neste caso, a substituição tributária caberá ao estabe-lecimento da empresa industrial ou do contribuinte substituto destinatário que promover a saída de mercadoria para estabelecimento de pessoa diversa.

b) às operações que destinem a mercadoria ao Estado de São Paulo;

c) às operações promovidas por estabelecimen-tos localizados no Estado de São Paulo que tenham como destinatário estabelecimentos localizados no Estado do Rio de Janeiro.

(RICMS-PI/2008, art. 1.277, §§ 1º e 2º)

6. CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO

O valor do imposto retido corresponderá à dife-rença entre o calculado de acordo com o estabele-cido no item 4 ou nos subitens 4.1 e 4.2 e o devido pela operação própria realizada pelo contribuinte que efetuar a substituição tributária.

Tomando-se por base uma operação interesta-dual e considerando a hipótese em que contribuinte deverá aplicar a MVA ajustada, elaboramos o exemplo a seguir:

Valor da operação própria R$ 1.000,00ICMS relativo à operação própria = R$ 1.000,00 x 12% R$ 120,00

IPI = 15% R$ 150,00Margem de lucro de 37,83% x R$ 1.150,00 (base de cálculo substituição tributária) R$ 1.585,05

ICMS retido (R$ 1.585,05 x 17%) - (R$ 1.000,00 x 12%) = R$ 269,46 - R$ 120,00 R$ 149,46

Salienta-se que, nas operações internas, o per-centual de margem de lucro é de 30%.

(RICMS-PI/2008, art. 1.278, § 5º)

7. PRAZO E LOCAL PARA RECOLHIMENTO DO IMPOSTO RETIDO

O imposto retido será recolhido em banco oficial estadual signatário do convênio patrocinado pela Associação Brasileira de Bancos Comerciais Estaduais, até o dia 9 do mês subsequente ao da remessa da mercadoria, mediante a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), pelos estabelecimentos industriais fabricantes ou pelos importadores, exceto varejistas, inscritos como substitutos no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep).

Na hipótese de retenção pelos contribuintes não inscritos no Cagep, ou com inscrição suspensa ou cancelada, e pelos demais substitutos, o imposto retido deverá ser recolhido antes da saída da mer-cadoria, cuja operação deverá ser acobertada pelo documento fiscal e pela GNRE.

Nas operações internas, o recolhimento do imposto retido a favor do Estado do Piauí deverá ser recolhido pelo contribuinte substituto por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE) até o 15º dia do mês subsequente àquele em que ocorrer a retenção pelo substituto deste Estado.

(RICMS-PI/2008, art. 108, XVII, art. 1.153, I e II, e art. 1.279)

8. EXEMPLIFICAÇÃO

Para fins de ilustração do tema exposto, elabo-ramos um modelo de NF-e para documentar uma operação interestadual com lâminas de barbear pro-cedente de outra UF com destino ao Estado do Piauí, bem como demonstramos os lançamentos do referido documento fiscal na Escrituração Fiscal Digital (EFD), sob o enfoque do adquirente, com o preenchimento de alguns de seus principais registros.

(RICMS-PI/2008, art. 1.278, § 5º)

Page 10: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-08 PI Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

8.1 NF-e

NF-E - ST - OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM LÂMINAS DE BARBEAR

Page 11: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

8.2 EFD

8.2.1 Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O2 IND_OPER 0 O3 IND_EMIT 1 O4 COD_PART *Código interno declarante O5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 1 O

9 CHV_NFE2316 0550 6634 1900 0100 5500 1000 0000 0112 4805 0049

O

10 DT_DOC 30052016 O11 DT_E_S 30052016 O12 VL_DOC 1299,46 O13 IND_PGTO 0 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 1000,00 OC17 IND_FRT 0 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC22 VL_ICMS 120,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST 1585,05 OC24 VL_ICMS_ST 149,46 OC25 VL_IPI 150,00 OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OCRepresentação do arquivo TXT - Registro C100|C100|0|1|*Código interno declarante|55|00|1|1|2316 0550 6634 1900 0100 5500 1000 0000 0112 4805 0049|30052016|30052016|1299,46|0|||1000,00|0||| |1000,00|120,00|1585,05|149,46|150,00| | | | |

8.2.2 Registro C110

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

ICMS retido por substi-tuição tributária confor-me dispõem o RICMS--CE/1997, arts. 527 a 529, e Protocolo ICMS nº 16/1985. OC

Representação do arquivo TXT - Registro C110|C110|*Código interno declarante|ICMS retido por substituição tri-butária conforme dispõem o RICMS-CE/1997, arts. 527 a 529, e Protocolo ICMS nº 16/1985.|

8.2.3 Registro C113

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C113 O2 IND_OPER 0 O3 IND_EMIT 1 O4 COD_PART *Código interno declarante O5 COD_MOD 55 O6 SER 1 OC7 SUB 0 OC8 NUM_DOC 1 O9 DT_DOC 30052016 O

Representação do arquivo TXT - Registro C113|C113|1|0|*Código interno declarante|55|1|0|3|30052016|

8.2.4 Registro C170

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C170 O2 NUM_ITEM 1 O3 COD_ITEM APB O4 DESCR_COMPL Aparelho de barbear OC5 QTD 100 O6 UNID pç O7 VL_ITEM 1000,00 O8 VL_DESC OC9 IND_MOV 0 O10 CST_ICMS 010 O11 CFOP 2403 O12 COD_NAT *Código interno declarante OC13 VL_BC_ICMS OC14 ALIQ_ICMS OC15 VL_ICMS OC16 VL_BC_ICMS_ST OC17 ALIQ_ST OC18 VL_ICMS_ST OC19 IND_APUR OC20 CST_IPI OC21 COD_ENQ OC22 VL_BC_IPI OC23 ALIQ_IPI OC24 VL_IPI OC25 CST_PIS OC26 VL_BC_PIS OC27 ALIQ_PIS OC28 QUANT_BC_PIS OC29 ALIQ_PIS OC30 VL_PIS OC31 CST_COFINS OC32 VL_BC_COFINS OC33 ALIQ_COFINS OC

34QUANT_BC_CO-

FINS OC

Page 12: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-10 PI Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ESTADUAL

Agrícola - Benefício fiscal do ICMS nas aquisições de tratores de até 75 CV efetuadas por pequenos agricultores no âmbito do Programa Nacional Trator Popular

Foi celebrado, no Conselho Nacional de Política Fazendária, o Convênio ICMS nº 103/2008, que auto-rizou as Unidades da Federação (UF) signatárias do referido instrumento, dentre elas o Estado do Piauí, a concederem isenção do ICMS relativo ao diferencial de alíquotas nas operações de aquisição de tratores de até 75 CV, quando efetuadas por pequenos agricul-tores no âmbito do Programa Nacional Trator Popular, a ser instituído pelo Governo federal para incentivar a agricultura familiar para aumentar a produção de alimentos.

O Estado do Piauí, participante do citado Convênio, incorporou ao RICMS-PI/2008, aprovado

pelo Decreto nº 13.500/2008, as normas que conce-dem a supramencionada isenção do ICMS.

O benefício fiscal somente se aplica às aquisições realizadas no âmbito do Programa Nacional Trator Popular do Ministério de Desenvolvimento Agrário, e o valor do ICMS dispensado deverá ser descontado do preço da mercadoria, quando for o caso.

O imposto devido a título de diferencial de alíquotas incide na entrada em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outra UF, des-tinada a consumo ou Ativo Permanente. Observa-se que a base de cálculo do ICMS, quando devido, é valor total da operação no Estado de origem, e o valor do imposto a pagar consiste no valor resultante da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual sobre a referida base de cálculo.

(Convênio ICMS nº 103/2008; RICMS-PI/2008, art. 1º, § 1º, IX, art. 2º, XIII, art. 22, XII, § 5º, e art. 1.469)

N

a IOB Setorial

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

35 ALIQ_COFINS OC36 VL_COFINS OC37 COD_CTA *Código interno declarante OCRepresentação do arquivo TXT - Registro C170|C170|1|APB|Aparelho de barbear|100|pç|1000,00||0|010|2403|*Código interno declarante|||||||||||||||||||||||||*Código interno declarante|

8.2.5 Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O2 CST_ICMS 010 O3 CFOP 2403 O

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

4 ALIQ_ICMS OC5 VL_OPR 1299,46 O6 VL_BC_ICMS 1000,00 O7 VL_ICMS 120,00 O8 VL_BC_ICMS_ST 1585,05 O9 VL_ICMS_ST 149,46 O10 VL_RED_BC 0,00 O11 VL_IPI 150,00 O12 COD_OBS *Código interno declarante OCRepresentação do arquivo TXT - Registro C190|C190|010|2403||1299,46|1000,00|120,00|1585,05|149,46|0,00|150,00|*Código interno declarante|

N

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

FEDERAL

ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina

Os Estados da Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe são os signatários do Protocolo ICMS nº 51/2015, que dispõe sobre a simplificação dos procedimentos de fiscali-zação nos postos fiscais de controle de mercadorias em trânsito, relacionados às empresas de transporte e veículos de cargas, participantes do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Considerando, entre outros fatores, o disposto no Convênio ICMS nº 77/1997, que trata do compar-tilhamento de postos fiscais de divisa interestadual e da necessidade de assegurar maior eficiência e celeridade às atividades de verificação de docu-mentos fiscais e de conferência de mercadorias transportadas por via rodoviária, os mencionados Estados ajustaram regras de cooperação mútua para atuar de forma harmônica e integrada na fiscalização de mercadorias em trânsito de seus res-pectivos territórios, bem como no que se refere aos procedimentos de fiscalização nos postos fiscais de percurso onde transitam os veículos de carga de empresas de transporte com termo de acordo (TA) ou regime especial (RE) participantes do Projeto Canal Verde - Brasil-ID.

As empresas de transporte interessadas em participar desse projeto devem firmar TA ou RE com a Unidade da Federação (UF) de destino e termo de anuência com as UF que possuam postos de fiscali-zação de mercadorias em trânsito nas localidades de carregamento e percurso da carga.

O objetivo do projeto é possibilitar o desenvolvi-mento conjunto de novos modelos de fiscalização de trânsito de mercadorias adequados à nova realidade dos documentos fiscais eletrônicos (DF-e) e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de deslocamento dos veículos de carga, com a adoção de um novo con-ceito de inspeção de veículo em movimento, a partir do monitoramento dos DF-e transportados e rastrea-

mento dos veículos de carga, na saída da unidade de carregamento, no percurso e descarregamento.

Os veículos das empresas transportadoras integrantes do projeto terão atendimento mais célere nos postos fiscais dos Estados signatários, quando estes estiverem em trânsito em seus respec-tivos territórios, devendo os mesmos adentrar nas unidades fiscais para o procedimento de leitura da etiqueta de rádio frequência, que identifica a placa do veículo, da apresentação do Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (DAMDFE), de cópia do TA ou do RE e dos termos de anuência assinados com as Secretarias da Fazenda envolvidas, assim como para outras ações julgadas necessárias.

Não poderão participar do projeto cargas trans-portadas com previsão de carregamento/descarre-gamento durante o percurso entre a UF de origem e destino final das mercadorias.

Os veículos participantes do Canal Verde devem possuir adesivos fornecidos pela Secretaria da Fazenda de destino, apostos nos para-brisas e na porta lateral direita, sendo também obrigatório o regis-tro no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) de que se trata de mercadoria transportada através do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Na hipótese de existência de alguma não confor-midade ou em caso de suspeita de irregularidade, a carga passa a ter o tratamento usual de controle fiscal adotado para todas as demais cargas.

A UF de destino poderá cancelar a qualquer tempo o TA ou o RE, excluindo o transportador do pro-jeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal de fiscalização de mercadorias em trânsito.

As UF de carregamento e/ou percurso poderão cancelar o TA a qualquer tempo, excluindo o trans-portador do projeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal em seu território, independente da permanência do benefício nas demais UF envol-vidas.

(Convênio ICMS nº 77/1997; Protocolo ICMS nº 51/2015)

N

a IOB Comenta

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-12 PI Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Certidão negativa - Prazo de validade

1) Qual é o prazo de validade da certidão negativa de débitos de tributos e contribuições federais?

O prazo de validade da certidão é de 180 dias, contados da data de sua emissão.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751/2014, art. 10)

SIMPLES NACIONAL

Classificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória

2) Há obrigatoriedade de indicação da classifica-ção fiscal de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), nas notas fiscais emitidas por empre-sas enquadradas no Simples Nacional?

As obrigações acessórias das empresas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, estão disciplinadas pela Resolução CGSN nº 94/2011.

O art. 63 dessa Resolução dispõe que os livros e os documentos fiscais nela previstos serão emitidos e escriturados nos termos da legislação do ente tribu-tante da circunscrição do contribuinte, observando-se o disposto nos Convênios e Ajustes Sinief de que tratam a matéria, especialmente no Convênio Sinief s/nº, de 1970, no Convênio Sinief nº 6/1989 e no Ajuste Sinief nº 7/2005 - Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Nesse sentido, o Ajuste Sinief nº 11/2009 alterou a alínea “c” do inciso IV do art. 19 do Convênio s/nº, de 15.09.1970, estabelecendo, entre os requisitos obrigatórios na emissão da nota fiscal, a indicação do código da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH), nas operações realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal, e nas operações de comércio exterior.

O inciso V da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 7/2005 dispõe que a identificação das mercadorias comercializadas com a utilização da NF-e deverá conter o seu correspondente código, estabelecido na NCM:

a) nas operações:

a.1) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legis-lação federal;

a.2) de comércio exterior;b) nos demais casos:

b.1) desde 1º.07.2014, para NF-e, modelo 55;b.2) desde 1º.01.2015, para NF-e, modelo 65.

O item 3 da Nota Técnica (NT) nº 4/2014, versão 1.10, citando o Ajuste Sinief nº 22/2013, esclarece que a identificação das mercadorias na NF-e deverá conter o seu correspondente código estabelecido na NCM completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (2 dígitos).

Esclarece, ainda, que:

a) caso o item da NF-e se refira a serviço tribu-tado pelo Imposto sobre Serviços (ISS) ou a NF-e seja de ajuste, neste campo deverá ser informado o código “00” (2 zeros);

b) em caso de NF-e complementar que se refi-ra a um dos casos referidos na letra “a”, tam-bém poderá ser informado o código “00” neste campo; e

c) se o item da NF-e se referir a mercadoria ou outra operação que não possa ser classifi-cada segundo a tabela da NCM, seguidas as normas do Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), este campo deverá ser preenchido com o código “00000000” (8 zeros).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A; Convênio Sinief s/nº, de 1970, art. 19, IV, “c”, § 27; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 11/2009; Ajuste Sinief nº 22/2013; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 63; Nota Técnica nº 4/2014, versão 1.10; Manual de Orientação do Contribuinte - NF-e, versão 6.0, Anexo I, item 104)

ICMS/PI

Antecipação parcial - Inexigibilidade - Hipóteses

3) Em quais situações o contribuinte não deverá recolher o ICMS a título da antecipação parcial?

Não deverá ser recolhido o ICMS a título de ante-cipação parcial nas operações com:

a) mercadorias sujeitas ao regime de substitui-ção tributária;

a IOB Perguntas e Respostas

Page 15: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b) mercadorias a serem utilizadas como insumo, inclusive matéria-prima, no processo industrial e agroindustrial;

c) mercadorias adquiridas para incorporação como bens do Ativo Imobilizado pelos estabe-lecimentos industriais optantes pelo Simples Nacional.

(RICMS-PI/2008, art. 766, § 3º)

Base de cálculo reduzida - Veículos automotores novos - Operações internas

4) Há redução de base de cálculo nas operações internas e importação com veículos automotores no-vos?

Sim. Nas operações internas e nas de importação do exterior realizadas por estabelecimentos localiza-dos neste Estado, com veículos automotores novos classificados nos códigos da NBM-SH relacionados nos Anexos XIV e XV do RICMS e com os veículos novos motorizados classificados na posição 8711 da NBM-SH, a base de cálculo do ICMS fica reduzida a 70,59%, de forma que a carga tributária resulte em um percentual de 12%.

A redução aplica-se somente a veículos oriundos de estabelecimentos industriais e importadores.

Fica dispensado o estorno do crédito proporcional à redução concedida de que trata o RICMS-PI/2008, art. 69, V.

A fruição do referido benefício fiscal fica condicio-nado ao seguinte:

a) no caso de veículos que correspondem aos códigos da NBM-SH 8711 e os relacionados no Anexo XIV do RICMS-PI/2008, à manifes-

tação expressa do contribuinte substituído de que concorda com a aplicação do regime de substituição tributária, mediante celebração de Termo de Acordo (Anexos XVII e XVIII do RICMS-PI/2008), no qual serão estabelecidas as condições para a operacionalização des-sa sistemática de tributação, especialmente quanto à fixação da base de cálculo;

b) que o contribuinte substituído não utilize qual-quer crédito fiscal sob a alegação de existên-cia de diferença de imposto, decorrente de di-ferença entre a base de cálculo tomada para retenção ou recolhimento do imposto e o pre-ço praticado;

c) não ocorrendo a retenção do ICMS pelo reme-tente, o imposto deverá ser pago antecipada-mente na 1ª Unidade Fazendária por onde o veículo transitar neste Estado, mediante a uti-lização de Documento de Arrecadação Esta-dual (DAR) específico.

(RICMS-PI/2008, art. 44, XX, § 23)

Cagep - Categorias cadastrais

5) Os contribuintes do ICMS do Estado do Piauí deverão se inscrever em quais categorias cadastrais?

Os contribuintes do ICMS deverão se inscrever no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado do Piauí (Cagep) nas seguintes categorias cadastrais:

a) normal;b) substituto;c) especial;d) microempresa (ME);e) empresa de pequeno porte (EPP).(RICMS-PI/2008, art. 185)