iob - icms/ipi - ceará - nº07/2016 - 3ª sem fevereiro

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Estabelecimento industrial e equiparado a industrial a ICMS - Isenções a ICMS - Simples Nacional ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 07/2016 Ceará / a Federal IPI Contribuintes e responsáveis 01 / a Estadual ICMS EFD - Apuração do ICMS - Bloco E 04 / a IOB Setorial Federal Bebidas - IPI - Bebidas quentes - Novas regras de tributação 13 / a IOB Comenta Concessão de benefícios fiscais e majoração da alíquota interna do ICMS para diversos produtos no Ceará 14 / a IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Retificação 15 ICMS Substituição tributária - Cest - Vigência 16 ISSQN/Fortaleza Recolhimento do imposto - Prazos 16 Sociedade de profissionais - Cálculo do imposto devido 17

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IOB ICMS-IPI, Ceara,07-2016,3a Sem Fevereiro

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Estabelecimento industrial e equiparado a industrial

a ICMS - Isenções

a ICMS - Simples Nacional

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 07/2016

Ceará

/a FederalIPIContribuintes e responsáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSEFD - Apuração do ICMS - Bloco E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialFederalBebidas - IPI - Bebidas quentes - Novas regras de tributação . . . . . . 13

/a IOB ComentaConcessão de benefícios fiscais e majoração da alíquota interna do ICMS para diversos produtos no Ceará . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB Perguntas e RespostasIPIDCTF - Retificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

ICMSSubstituição tributária - Cest - Vigência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

ISSQN/FortalezaRecolhimento do imposto - Prazos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Sociedade de profissionais - Cálculo do imposto devido . . . . . . . . . . 17

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Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : contribuintes e responsáveis. -- 12. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2650-5

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

16-00231 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

07-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

a Federal

IPI

Contribuintes e responsáveis SUMÁRIO 1. Introdução 2. Contribuintes 3. Autonomia dos estabelecimentos 4. Responsáveis 5. Responsabilidade solidária 6. Responsabilidade por substituição

1. INTRODUÇÃOO princípio da legalidade ou da reserva legal

inserido no art. 150, caput, I, da Constituição Federal de 1988 (CF/1988), estabelece que nenhum tributo poderá ser exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça.

Dessa forma, o poder tributante (sujeito ativo da obrigação princi-pal - União, Estados, Municípios e Distrito Federal) só poderá exigir qualquer espécie de tributo quando este for instituído por lei.

A lei, dentre outras disposições, deve definir quais são os contribuintes do imposto (sujeito passivo da obrigação principal), com estrita observância das normas gerais em matéria tributária estabelecidas em lei complementar à Constituição, a que se refere o art. 146, caput, III, da Carta Magna.

O art. 121 do Código Tributário Nacional (CTN), aprovado pela Lei nº 5.172/1966, incorporado ao art. 21 do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, define como sujeito passivo da obrigação principal a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.

O parágrafo único do citado art. 121 do CTN, incorporado nos incisos I e II do art. 21 do RIPI, clas-sifica o sujeito passivo da obrigação principal como:

a) contribuinte, quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respec-tivo fato gerador;

b) responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dis-posição expressa de lei.

Portanto, a sujeição passiva pode ser direta (relacionada com aquele que efetivamente pratica o fato gerador - o contribuinte) ou indireta (relacionada àquele que, embora não pratique o fato gerador, é qualificado como responsável, em decorrência de disposição expressa de lei).

Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI aos

contribuintes e responsáveis pelas obrigações contidas nessa

legislação.

(CF/1988, art. 146, caput, III, e art. 150, caput, I; CTN - Lei nº 5.172/1966, art. 121; RIPI/2010, art.

21)

2. CONTRIBUINTES

São contribuintes do IPI, portanto, obrigados ao pagamento do imposto, as pessoas relacionadas nos subitens seguintes, nas hipóteses expressamente mencionadas.

2.1 Importador

O importador é obrigado ao pagamento do IPI em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira.

Cabe destacar que a legislação considera como contribuinte do imposto o importador, sem fazer dis-tinção entre pessoa física ou pessoa jurídica.

(RIPI/2010, art. 24, I)

O industrial é obrigado

ao pagamento do imposto em relação ao fato gerador decorrente

da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos

geradores decorrentes de atos que praticar

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07-02 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.2 Industrial

O industrial é obrigado ao pagamento do imposto em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decor-rentes de atos que praticar.

Estabelecimento industrial é aquele que executa quaisquer das operações caracterizadas como de industrialização (transformação, beneficiamento, mon-tagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento), sendo irrelevantes o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e as condições das instalações ou dos equipamentos empregados.

(RIPI/2010, art. 4º e art. 24, II)

2.3 Estabelecimento equiparado a industrial

O estabelecimento equiparado a industrial é obrigado ao pagamento do IPI quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.

As hipóteses de equiparação a estabelecimento industrial de caráter obrigatório estão previstas nos arts. 9º, 10 e 137 do RIPI, enquanto que as de cunho opcional estão relacionadas no seu art. 11.

Entre os casos de equiparação de caráter obri-gatório cita-se, por exemplo, os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída a tais produtos.

Portanto, os importadores estão obrigados ao pagamento do IPI em dois momentos distintos: no desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira (examinar subitem 2.1); e na saída pos-terior do mesmo produto, em razão da equiparação a industrial.

(RIPI/2010, art. 9º, art. 10, art. 11, art. 24, III, e art. 137)

2.4 Livros, jornais e periódicos

Estão obrigados ao pagamento do IPI os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jor-nalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista no art. 18, caput, I do RIPI.

(RIPI/2010, art. 18, caput, I, e art. 24, IV)

3. AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS

Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comer-ciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar.

Também é considerado autônomo, para efeito de cumprimento de obrigação tributária (pagamento do imposto, emissão de documentos, escrituração de livros fiscais etc.), cada estabelecimento mantido por uma mesma pessoa física ou jurídica.

(RIPI/2010, art. 24, parágrafo único, e art. 609, IV)

4. RESPONSÁVEIS

São obrigadas ao pagamento do IPI como responsáveis (sujeição passiva indireta) as pessoas relacionadas nos subitens seguintes, nos casos expressamente mencionados.

(RIPI/2010, art. 25)

4.1 Transportador de produtos desacompanhados de documento fiscal

O transportador é responsável pelo pagamento do IPI quanto aos produtos tributados que transportar desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência.

(RIPI/2010, art. 25, caput, I)

4.2 Produtos desacompanhados de documento fiscal

O possuidor ou o detentor responde pelo paga-mento do imposto em relação aos produtos tributados que possuir ou mantiver para fins de venda ou indus-trialização desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência.

(RIPI/2010, art. 25, caput, II)

4.3 Produtos usados sem comprovação da origem

É responsável pelo pagamento do IPI o estabele-cimento adquirente de produtos usados cuja origem não possa ser provada, pela falta de marcação, se exigível, de documento fiscal próprio ou do recibo de venda, no caso de aquisição de produtos usados de particulares.

(RIPI/2010, art. 25, caput, III, e art. 372)

Page 5: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4.4 Proprietário, possuidor, transportador ou detentor de bebidas ou cigarros destinados à exportação

É obrigado ao pagamento do IPI o proprietário, o possuidor, o transportador ou qualquer outro detentor de produtos nacionais do Capítulo 22 (bebidas) e do código 2402.20.00 (cigarros) da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), saídos do estabelecimento industrial com imunidade ou suspensão do imposto, para exporta-ção, encontrados no País em situação diversa.

Essa responsabilidade não se aplica quando as bebidas e os cigarros forem:

a) destinados a uso ou consumo de bordo em embarcações ou aeronaves de tráfego inter-nacional, com pagamento em moeda conver-sível;

b) destinados a lojas francas, em operação de venda direta, nos termos e nas condições estabelecidos pelo art. 15 do Decreto-lei nº 1.455/1976;

c) adquiridos por empresa comercial exporta-dora, com o fim específico de exportação, e remetidos diretamente do estabelecimento in-dustrial para embarque de exportação ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da adquirente;

d) remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduanei-ro de exportação.

(RIPI/2010, art. 25, caput, IV)

4.5 Produtos sem rótulo, marcação ou selo

São responsáveis pelo pagamento do IPI os estabelecimentos que possuírem produtos tributados ou isentos sujeitos a serem rotulados ou marcados ou, ainda, ao selo de controle, quando não estiverem rotulados, marcados ou selados.

(RIPI/2010, art. 25, caput, V)

4.6 Desatendimento de requisitos que condicionam a imunidade, isenção ou suspensão

Sujeitam-se ao pagamento do IPI como responsá-veis os que desatenderem às normas e aos requisitos a que estiverem condicionadas a imunidade, a isen-ção ou a suspensão do imposto.

(RIPI/2010, art. 25, caput, VI)

4.7 Empresa comercial exportadora

A empresa comercial exportadora está sujeita ao pagamento do IPI como responsável em relação ao imposto que deixou de ser pago na saída do esta-belecimento industrial, referente aos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação, nas seguintes hipóteses:

a) tenha transcorrido 180 dias da data da emis-são da nota fiscal de venda pelo estabeleci-mento industrial e não houver sido efetivada a exportação;

b) os produtos forem revendidos no mercado in-terno;

c) ocorrer a destruição, o furto ou o roubo dos produtos.

(RIPI/2010, art. 25, caput, VII)

4.8 Papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos na posse de pessoa que não seja empresa jornalística ou editora

É responsável pelo pagamento do IPI a pessoa física ou jurídica que não seja empresa jornalística ou editora em cuja posse for encontrado o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, imune à incidência do imposto.

(RIPI/2010, art. 25, caput, VIII)

4.9 Comercial atacadista

O estabelecimento comercial atacadista de produtos sujeitos ao IPI por classe de valores ou por unidade ou quantidade do produto de que trata a Lei nº 7.798/1989, que possuir ou mantiver produtos desacompanhados de documentação comprobatória de sua procedência ou que deles der saída, é respon-sável pelo pagamento do imposto.

(RIPI/2010, art. 25, caput, IX)

5. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

São solidariamente responsáveis:

a) o contribuinte substituído, pelo pagamento do imposto em relação ao qual estiver sendo substituído, no caso de inadimplência do con-tribuinte substituto;

b) o adquirente ou cessionário de mercadoria importada beneficiada com isenção ou redu-ção do imposto pelo pagamento do imposto e acréscimos legais;

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-04 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pes-soa jurídica importadora, pelo pagamento do imposto e acréscimos legais;

d) o encomendante predeterminado que adqui-re mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora, na operação a que se refere o § 3º do art. 9º do RIPI, pelo pa-gamento do imposto e acréscimos legais;

Nota

Nas hipóteses das letras “c” e “d”, o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira responde conjunta ou isoladamente pela infração (RIPI/2010, art. 30).

e) o estabelecimento industrial de produtos clas-sificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigar-ros), com a empresa comercial exportadora, na operação de venda com o fim específico de exportação, pelo pagamento de impostos, contribuições e respectivos acréscimos legais, devidos em decorrência da não efetivação da exportação;

f) o encomendante de produtos sujeitos ao regime de que trata a Lei nº 7.798/1989 (tributação por classe de valores ou por unidade ou quantidade do produto), com o estabelecimento industrial executor da encomenda, pelo cumprimento da obrigação principal e dos acréscimos legais; e

Nota

O art. 1º do Decreto nº 8.656/2016 exclui do regime tributário de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798/1989, os produtos descritos em seus incisos I a III (chocolates, sorvetes e fumo), com efeitos a partir de 1º.05.2016.

g) o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo do imposto, destinado à industrialização para exportação, pelas obrigações tributárias de-correntes da admissão de mercadoria no re-gime por outro beneficiário, mediante sua anu-

ência, com vistas na execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado.

(RIPI/2010, art. 9º, § 3º, art. 27, caput, I a VII, e art. 30; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

5.1 Acionistas, controladores, diretores, gerentes ou representantes

São solidariamente responsáveis com o sujeito passivo, no período de sua administração, gestão ou representação, os acionistas controladores e os direto-res, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, pelos débitos tributários decorrentes do não recolhimento do imposto no prazo legal.

(RIPI/2010, art. 28)

6. RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO

É responsável, por substituição, o industrial ou o equiparado a industrial, mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Nessa hipótese, o contribuinte substituído é soli-dariamente responsável pelo pagamento do imposto em relação ao qual estiver sendo substituído, no caso de inadimplência do contribuinte substituto.

O contribuinte substituto também é responsável pelo pagamento do IPI suspenso relativamente aos pro-dutos roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, objeto de qualquer outro caso fortuito que impossibilite o seu uso no processo produtivo, adquiridos com a aplicação do regime da substituição tributária.

(RIPI/2010, art. 26 e art. 27, caput, I; Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 4º e art. 15)

N

a Estadual

ICMS

EFD - Apuração do ICMS - Bloco E SUMÁRIO 1. Introdução 2. Estrutura do bloco E 3. Composição dos registros na apuração de ICMS nas

operações próprias 4. Composição dos registros de apuração de ICMS nas

operações com substituição tributária

5. Apuração do diferencial de alíquota (Emenda Constitucional nº 87/2015)

1. INTRODUÇÃO

O ICMS é um imposto não cumulativo, ou seja, permite a compensação dos créditos oriundos das aquisições de mercadorias ou prestações de serviços com o imposto devido pelas saídas tributadas reali-zadas pelo contribuinte.

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Ao final do mês, o contribuinte efetuará a apura-ção do ICMS por meio da compensação dos créditos oriundos das aquisições de mercadorias e prestações de serviços (tributados pelo ICMS) com os débitos decorrentes de suas saídas realizadas no mês. Dessa forma, o resultado poderá ser devedor, gerando ICMS a recolher para o Estado, ou saldo credor, o qual o contribuinte manterá em sua escrita fiscal para utili-zação futura.

Para o correto cumprimento da obrigação princi-pal, o sujeito passivo deverá, todos os meses, escritu-rar o Registro de Apuração de ICMS.

Com a implantação da Escrituração Fiscal Digital (EFD) as apurações do ICMS próprio, ICMS devido por substituição tributária e a apuração de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são realizadas por intermédio do preenchimento do bloco E.

Neste procedimento, abordaremos os principais aspectos dos registros E100 e E200 do bloco E, incluindo seus respectivos registros filhos. Também farão parte deste procedimento as novidades para o ano de 2016, qual seja a inclusão do registro principal E300 e de seus registros secundários.

2. ESTRUTURA DO BLOCO E

O bloco E, como salientado, refere-se às apura-ções que o contribuinte/declarante terá que realizar e está dividido da seguinte forma:

Bloco EApuração de ICMS Operações

PrópriasRegistro E100 (Pai) e Registros

FilhosBloco E

Apuração de ICMS-Substitui-ção Tributária

Registro E200 (Pai) e Registros Filhos

Bloco EApuração de ICMS Diferencial de Alíquota - UF Origem/Des-tino Emenda Constitucional nº

87/2015

Registro E300 (Pai) e Registros Filhos

Bloco E

Apuração de IPI Registro E500 (Pai) e Registros Filhos

Nota

Foi publicado o Ato Cotepe/ICMS nº 44/2015, DOU de 23.10.2015, que promoveu a inserção do registro E300 e respectivos registros filhos, os quais serão preenchidos em face das alterações promovidas pela Emenda Consti-tucional nº 87/2015, a partir de 1º.01.2016.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

2.1 Composição dos registros no bloco E

O bloco E, como todos os demais blocos da EFD possuem um registro de abertura, no caso o registro E001. Os contribuintes que utilizam o Programa Validador Assinador (PVA) não necessitam preencher este registro, pois a EFD o fará automaticamente, basta que outros registros do bloco E contenham informações.

O bloco E também apresenta um registro de encerramento - registro E990.

Este registro destina-se a identificar o encerra-mento do bloco E e a informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

Além do registro de abertura e encerramento, será obrigatório identificar o período objeto da EFD (ICMS/IPI), ou seja, os registros E100 e E200 (hipótese retenção por substituição tributária). Os estabeleci-mentos industriais e equiparados à indústria devem preencher o registro E500, em que será informada a data de início e término da apuração bem como a indicação do tipo, se “mensal” ou “decendial” e seus registros filhos.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3. COMPOSIÇÃO DOS REGISTROS NA APURAÇÃO DE ICMS NAS OPERAÇÕES PRÓPRIAS

No tocante à apuração do ICMS próprio, a EFD (ICMS/IPI) apresenta os seguintes registros:

Descrição Registro Nível Hierárquico

Período de apuração de ICMS E100 2Apuração do ICMS - Operações próprias E110 3Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS E111 4

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS E112 5

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS - Identificação de documentos fiscais

E113 5

Informações adicionais da apuração do ICMS - Valores declaratórios E115 4

Obrigações do ICMS recolhido ou a recolher - Obrigações próprias E116 4

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

Page 8: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-06 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3.1 Registro E100

O registro E100 tem por objetivo informar o(s) período(s) de apuração do ICMS. Os períodos infor-mados devem abranger todo o intervalo da escritura-ção fiscal, sem sobreposição ou omissão de datas ou períodos.

Não podem ser informados 2 ou mais registros com a mesma combinação de valores dos campos 02 (DT_INI) e 03 (DT_FIN). Não devem existir lacunas ou sobreposições de datas nos períodos de apuração informados nestes registros, em comparação com as datas informadas no registro 0000. Supondo tratar-se da competência janeiro/2016, teremos o seguinte exemplo:

E100

Nota

A data inicial e a data final da apuração apenas não corresponderão ao 1º e último dia do mês na hipótese de abertura ou encerramento de atividade do estabelecimento em que este evento não coincida com o 1º e o último dia do período objeto da apuração.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.1 Registro E110

Este registro tem por objetivo informar os valores relativos à apuração do ICMS referentes às operações próprias.

O registro deve ser apresentado inclusive nos casos de períodos sem movimento. Neste caso, os valores deverão ser apresentados zerados.

Este registro contempla os seguintes campos, conforme o Ato Cotepe nº 9/2008:

E110

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O registro em questão possui campos correspon-dentes ao somatório dos débitos (VL_TOT_DÉBITOS) e dos créditos (VL_TOT_CRÉDITOS) originados do lançamento dos documentos fiscais de saída e/ou entradas escrituradas no bloco C e no bloco D de acordo com o modelo de documento fiscal.

Contudo, existem determinadas operações que geram débito ou crédito de ICMS, mas que não comporão os campos “Valor Total de Débitos” e “Valor Total de Créditos,” devendo ser informados nos cam-pos 03, 04, 05, 07, 08, 09 ou 12, conforme dispuser a legislação de cada Estado.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.2 Registro E110 - Débitos especiais

A EFD tem um leiaute padrão a ser utilizado por todas as Unidades da Federação participantes deste subprojeto Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). No entanto, a escrituração fiscal poderá pos-suir maior ou menor complexidade à medida que a legislação do ICMS de cada Estado exija lançamentos diferenciados.

Os valores informados nos campos 02 a 14 do registro E110 afetam um ao outro, ou seja, ao lançar um crédito no campo 08 o saldo devedor diminuirá.

O valor informado no campo 15 do registro E110, diferentemente, não se comunica com os demais campos deste registro e, assim, o valor informado será computado como débito, devendo ser pago indepen-dentemente da existência de saldo credor. Com isto, o contribuinte, observando as peculiaridades de cada Estado, deverá informar o correspondente ao somató-rio dos seguintes valores:

a) de ICMS correspondente aos documentos fis-cais extemporâneos (COD_SIT igual a “01”) e dos documentos fiscais complementares ex-temporâneos (COD_SIT igual a “07”);

b) de ajustes do campo VL_ICMS dos registros C197 e D197, se o 3º caractere do código in-formado no campo COD_AJ do registro C197 e D197 for igual a “7” (débitos especiais) e o 4º caractere for igual a “0” (operações próprias) referente aos documentos compreendidos no período a que se refere a escrituração; e

c) de ajustes do campo VL_AJ_APUR do registro E111, se o 3º caractere do código informado no campo COD_AJ_APUR do registro E111 for igual a “0” (apuração ICMS próprio) e o 4º ca-ractere for igual a “5” (débito especial).

Exemplo de registro E110 preenchido:

E110 - DÉBITOS ESPECIAIS

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07-08 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Importante frisar que o valor da soma deste campo com o campo VL_ICMS_RECOLHER deve ser igual à soma dos valores do campo VL_OR do registro E116.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.3 Registro E111

Este registro tem por objetivo discriminar todos os ajustes lançados nos campos VL_TOT_AJ_DEBITOS, VL_ESTORNOS_CRED, VL_TOT_AJ_CREDITOS, VL_ESTORNOS_DEB, VL_TOT_DED e DEB_ESP, todos do registro E110.

A tabela de “Ajuste da Apuração e Dedução” tem seus códigos definidos por cada Unidade da Federação, e segue a regra de formatação estabele-cida no Ato Cotepe/ICMS nº 11/2007, item 5.1.1, para criação dos códigos.

Os códigos referidos na tabela mencionada anteriormente são utilizados no registro E111 da apuração ICMS próprio e no registro E220 da apu-ração do ICMS-ST. Estrutura do código (8 posições - AABCDDDD):

AA = ‘CE’ - Unidade da Federação criadora do código;

B = ‘0’ (Apuração do ICMS) ou ‘1’ (Apuração do ICMS-ST);

C = ‘0’ ou ‘1’ ou ‘2’ ou ‘3’ ou ‘4’;0 - Outros débitos;1 - Estorno de créditos;2 - Outros créditos;3 - Estorno de débitos;4 - Deduções do imposto apurado;5 - Débitos especiais;DDDD = código da ocorrência.

(h t tp : / /www.sped . fazenda .gov.b r / sped tabe las /AppConsulta/publ ico/aspx/ConsultaTabelasExternas.aspx?CodSistema=SpedFiscal; Guia Prático EFD-ICMS/IPI, ver-são 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.4 Registro E112

O registro em questão tem por objetivo detalhar os ajustes do registro E111, quando forem relacionados a processos judiciais ou fiscais ou a documentos de arrecadação, observada a legislação estadual perti-nente. Valores recolhidos com influência na apuração do ICMS - Operações próprias devem ser detalhados neste registro, com identificação do documento de arrecadação específico.

No Estado do Mato Grosso, podemos citar como exemplo de utilização o lançamento de “Débito Extemporâneo”, em que não há emissão de documento fiscal relativo à operação ou prestação de serviço, no mês da apuração, recolhidos espontaneamente ou por autuação.

Neste caso, deverá ser lançado no período do recolhimento, informando no registro E112 o identifi-cador de cada um dos documentos de arrecadação.

Nota

Tratando-se de operações sujeitas ao regime de substituição tributária, esta informação será lançada no registro E230 com o código respectivo.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.5 Registro E113

Este registro tem por objetivo identificar os documentos fiscais relacionados ao ajuste. Devendo ser informado o código de participante previamente cadastrado no registro 0150 da EFD (ICMS/IPI). Nos documentos de entrada, deverão ser informados os dados referentes ao emitente do documento ou ao remetente das mercadorias ou serviços. No caso de saída, deve constar a informação referente ao desti-natário.

Importa informar, ainda, o código do modelo de documento, a série do documento fiscal, a subsérie do documento fiscal, o número do documento, bem como a sua data de emissão, o código do item e o valor do ajuste.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.6 Registro E115

Este registro tem o objetivo de informar os valores declaratórios relativos ao ICMS, conforme definição da legislação estadual pertinente. Esses valores são meramente declaratórios e não são computados na apuração do ICMS.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.7 Registro E116

Este registro tem o objetivo de discriminar os pagamentos realizados (débitos especiais) ou a realizar, referentes à apuração do ICMS - Operações próprias do período. A soma do valor das obrigações

Page 11: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

deste registro deve ser igual à soma dos campos VL_ICMS_RECOLHER e DEB_ESP, do registro E110.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4. COMPOSIÇÃO DOS REGISTROS DE APURAÇÃO DE ICMS NAS OPERAÇÕES COM SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

No tocante à apuração do ICMS retido em face do regime de substituição tributária, o substituto tribu-tário deverá apresentar os seguintes registros da EFD (ICMS/IPI):

Descrição Registro Nível Hierárquico

Período de apuração de ICMS-Substitui-ção Tributária

E200 2

Apuração do ICMS-Substituição Tributária E210 3Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS

E220 4

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS-Substituição Tributária

E230 5

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS-Substituição Tributária - Identificação de documentos fiscais

E240 5

Obrigações do ICMS recolhido ou a reco-lher - Substituição tributária

E250 4

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1 Registro E200

O registro E200 tem por objetivo informar o(s) período(s) de apuração do ICMS-Substituição Tri-butária para cada Unidade da Federação em que o informante seja inscrito como substituto tributário, inclusive para o seu Estado, nas operações internas que envolvam substituição, e também para a Unidade da Federação para a qual o declarante tenha comer-cializado e que não tenha inscrição como substituto.

Os períodos informados devem abranger todo o período previsto no registro 0000, sem haver sobreposição ou omissão de datas, por Unidade da Federação.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.1 Registro E210

O registro E210 tem por objetivo informar valores relativos à apuração do ICMS de substituição tribu-tária, mesmo nos casos de períodos sem movimento.

Desta forma, sempre que o responsável tributário estiver promovendo informações relativamente ao seu Estado ou com outra Unidade da Federação em que tenha obtido inscrição de substituto tributário, deverá ser apresentado este registro ainda que sem movimento, assinalando, para isto, o indicador de movimento “0” - Sem operações com ST.

E210

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

Page 12: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-10 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

4.1.2 Registro E220

O registro E220 tem a mesma função do registro E111 da apuração do ICMS nas operações pró-prias, devendo ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos VL_OUT_CRED_ST, VL_OUT_DEB_ST e VL_DEDUÇOES_ST e os valores informados no campo DEB_ESP_ST, todos do registro E210.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.3 Registro E230

O registro E230 - Informações Adicionais dos Ajustes da Apuração será preenchido quando os ajustes de apuração forem relacionados a processos judiciais ou fiscais ou a documentos de arrecadação, observada a legislação estadual pertinente.

Este registro é, portanto, utilizado nas mesmas hipóteses do registro E112.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.4 Registro E240

Este registro refere-se às Informações Adicionais dos Ajustes da Apuração do ICMS-Substituição Tributária - Identificação dos Documentos Fiscais, o qual deve ser apresentado para identificação dos documentos fiscais relacionados ao ajuste.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.5 Registro E250

Os contribuintes que realizem operações interes-taduais sujeitas ao regime de substituição tributária devem ter um registro E200 e E210 para cada Unidade da Federação com a qual realizou operações que implicaram recolhimento do imposto na condição de responsável tributário.

Desta forma, teremos um registro E250 para cada Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) ou documento equivalente que for pago, devendo os contribuintes ficar atentos à seguinte regra:

a) contribuinte com inscrição de substituto tribu-tário irá gerar uma única GNRE, para paga-mento em data única - preencher 1 registro E250;

b) contribuinte sem inscrição de substituto com a Unidade da Federação destinatária - o recolhi-mento ocorre por ocasião da saída da merca-doria, existindo uma GNRE para cada recolhi-mento - gerar 1 registro E250 para identificar cada recolhimento.

Exemplo: empresa cearense efetua venda de mer-cadoria sujeita à substituição tributária para o Estado de São Paulo e para o Estado do Rio de Janeiro. O sujeito passivo por substituição possui inscrição de substituto tributário apenas com o Estado de São Paulo.

Como no Estado de São Paulo o referido con-tribuinte providenciou a inscrição estadual, haverá apenas um único recolhimento referente a todas as vendas do período e, com isto, uma única GNRE e um único registro E250.

Já em relação ao Estado do Rio de Janeiro, o fornecedor cearense não providenciou a inscrição de substituto e com isto fica obrigado a recolher o valor devido a título de substituição tributária a cada operação realizada. Assim, efetuando 3 operações de venda em um determinado período para o Rio de Janeiro, ele terá um registro E200 e um registro E210 para este Estado; no entanto, terá 3 registros E250.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5. APURAÇÃO DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA (EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 87/2015)

A Emenda Constitucional nº 87/2015 alterou o § 2º do art. 155 da Constituição Federal/1988 e incluiu o art. 99 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), para tratar da sistemática de cobrança do ICMS incidente sobre as operações e prestações que destinem bens e serviços a consumi-dor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outra Unidade da Federação.

Logo, nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outra Unidade da Federação, contribuinte ou não do imposto, será adotada a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interesta-dual.

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte.

Diante do exposto, a contar de 1º.01.2016, os contribuintes na condição de responsáveis pelo recolhimento do diferencial de alíquotas para o Estado destinatário terão que providenciar o preenchimento de novos registros no bloco E, conforme segue:

Descrição Registro Nível Hierárquico

Período de apuração de ICMS - Diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E300 2

Apuração do ICMS - Diferencial de alí-quotas - Unidade da Federação de ori-gem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E310 3

Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS Diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E311 4

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS - Diferencial de alí-quotas - Unidade da Federação de ori-gem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E312 5

Informações adicionais da apuração do ICMS diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E313 5

Obrigações do ICMS recolhido ou a reco-lher - Diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E316 4

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.1 Registro E300

No registro E300, o contribuinte/responsável informará a Unidade da Federação favorecida do diferencial de alíquotas, bem como a data inicial e final do período de apuração.

5.2 Registro E310

Neste registro, se realiza a apuração do diferencial de alíquotas devido ao Estado de destino, devendo ser informados os seguintes campos:

IND_MOV_DIFAL - Indicador de movimento em que “0” indica a ausência de operações no período

para a UF especificada e “1” quando existirem ope-rações, ou seja, informações a serem indicadas no registro em questão;

VL_SLD_CRED_ANT_DIFAL - Valor do “Saldo cre-dor de período anterior - ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”;

VL_TOT_DEBITOS_DIFAL - Valor total dos débi-tos por “Saídas e prestações com débito do ICMS referente ao diferencial de alíquota devido à UF do remetente/destinatário”;

VL_OUT_DEB_DIFAL - Valor total dos ajustes “Outros débitos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino” e “Estorno de créditos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”; VL_TOT_DEB_FCP - Valor total dos débitos a título de Fundo de Combate à Pobreza por “Saídas e presta-ções”;

VL_TOT_CREDITOS_DIFAL - Valor total dos créditos do ICMS referente ao diferencial de alíquota devido à UF do remetente/destinatário;

VL_TOT_CRED_FCP - Valor total dos créditos de Fundo de Combate à Pobreza por entradas;

VL_OUT_CRED_DIFAL - Valor total de ajustes “Outros créditos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino” e “Estorno de débitos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”;

VL_SLD_DEV_ANT_DIFAL - Valor total de saldo devedor ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino antes das deduções;

VL_DEDUÇÕES_DIFAL - Valor total dos ajustes “Deduções ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”;

VL_RECOL - Valor recolhido ou a recolher referente ao Fundo de Combate à Pobreza (FCP) e ao Imposto do Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino;

VL_SLD_CRED_TRANSPORTAR - Saldo credor a transportar para o período seguinte referente ao FCP e ao Imposto do Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino;

DEB_ESP_DIFAL - Valores recolhidos ou a reco-lher, extra-apuração.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-12 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5.3 Registro E311

No Registro E311, serão informados os ajustes/benefícios/incentivo da apuração do ICMS Diferencial de Alíquotas UF de Origem/Destino EC nº 87/2015:

COD_AJ_APUR - Deverá ser informado o código de ajuste, conforme disposto por cada Unidade da Federação, sendo utilizada a formatação proposta no item 5.1.1 do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, alterado pelo Ato Cotepe nº 44/2015;

DESCR_COMPL_AJ - Descrição complementar do ajuste da apuração;

VL_AJ_APUR - Valor do ajuste da apuração.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.4 Registro E312

No registro E312 - Informações Adicionais dos Ajustes da Apuração do ICMS Diferencial de Alíquota UF de Origem/Destino EC nº 87/2015 -, serão informa-dos os seguintes campos:

NUM_DA - Número do documento de arrecada-ção estadual se houver;

NUM_PROC - Número do processo ao qual o ajuste está vinculado se houver;

IND_PROC - Indicador da origem do processo:

0 - Sefaz;

1 - Justiça Federal;

2 - Justiça Estadual;

9 - Outros;

PROC - Descrição resumida do processo que embasou o lançamento;

TXT_COMPL - Descrição complementar.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.5 Registro E313

No registro E313, será identificado o documento fiscal que ensejou o recolhimento do Diferencial de Alíquotas. Devendo ser informados os seguintes campos:

COD_PART - Código do participante (campo 02 do registro 0150);

COD_MOD - Código do modelo do documento fiscal, conforme a Tabela 4.1.1 do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008;

SER - Série do documento fiscal;

SUB - Subsérie do documento fiscal;

NUM_DOC - Número do documento fiscal;

CHV_DOCe - Chave do Documento Eletrônico;

DT_DOC - Data da emissão do documento fiscal;

COD_ITEM - Código do item (campo 02 do regis-tro 0200);

VL_AJ_ITEM - Valor do ajuste para a operação/item.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.6 Registro E316

Neste registro, será identificado o documento de arrecadação utilizado para pagamento do diferencial de alíquotas. Destaca-se que o Fundo de Combate à Pobreza (FCP), originado nas operações de saída para consumidor final em outro Estado, nos termos da Emenda Constitucional nº 87/2015, deverá ser reco-lhido separadamente e, portanto, nos recolhimentos em favor dos Estados que instituíram o FCP, o res-ponsável deverá providenciar pelo menos 2 Guias de Arrecadação e, como consequência, gerar 2 registros E316. Serão preenchidos os seguintes campos:

COD_OR - Código da obrigação recolhida ou a recolher, conforme a Tabela 5.4 do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008;

VL_OR - Valor da obrigação recolhida ou a reco-lher;

DT_VCTO - Data de vencimento da obrigação;

COD_REC - Código de receita referente à obri-gação, próprio da Unidade da Federação da origem/destino, conforme legislação estadual;

NUM_PROC - Número do processo ou auto de infração ao qual a obrigação está vinculada se houver;

Page 15: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IND_PROC - Indicador da origem do processo:

0 - Sefaz;

1 - Justiça Federal;

2 - Justiça Estadual;

9 - Outros;

PROC - Descrição resumida do processo que embasou o lançamento;

TXT_COMPL - Descrição complementar das obri-gações recolhidas ou a recolher;

MES_REF - Informe o mês de referência no for-mato “mmaaaa”.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

N

a IOB Setorial

FEDERAL

Bebidas - IPI - Bebidas quentes - Novas regras de tributação

As bebidas classificadas nas posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08, exceto o código 2208.90.00 Ex 01 (bebidas quentes) da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, estão sujeitas a novo tratamento tributário, desde 1º.01.2016, nos termos da Lei nº 13.241/2015.

Essas bebidas foram excluídas do regime tribu-tário previsto nos arts. 1º a 4º da Lei nº 7.798/1989 (tributação por classes de valores), que vigorou até 31.12.2015.

Em decorrência da mudança da forma de tri-butação, são aplicáveis aos produtos em referência as regras comuns previstas na legislação do IPI, inclusive as relativas a fato gerador, contribuintes e responsáveis, base de cálculo e cálculo do imposto.

Quando a industrialização de bebidas quentes ocorrer por encomenda, o IPI será devido na saída do produto:

a) do estabelecimento que o industrializar; e

b) do estabelecimento encomendante, que po-derá apropriar o crédito do IPI cobrado confor-me o disposto na letra “a”.

Vale destacar que o encomendante e o industrial respondem solidariamente pelo IPI devido nas opera-ções citadas.

Fica equiparado a industrial, nas saídas de bebi-das quentes, o estabelecimento de pessoa jurídica:

a) caracterizada como controladora, controlada ou coligada de pessoa jurídica que industria-liza ou importa os produtos mencionados, na forma definida no art. 243 da Lei nº 6.404/1976;

b) caracterizada como filial de pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos;

c) que, juntamente com pessoa jurídica que in-dustrializa ou importa os produtos, estiver sob controle societário ou administrativo comum;

d) que apresente sócio ou acionista controlador, em participação direta ou indireta, que seja cônjuge, companheiro ou parente consanguí-neo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau, de sócio ou acionista controlador de

Page 16: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-14 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos;

e) que tenha participação no capital social de pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos, exceto nos casos de participação inferior a 1% em pessoa jurídica com registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

f) que possuir, em comum com pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos, dire-tor ou sócio que exerçam funções de gerência, ainda que essas funções sejam exercidas sob outra denominação; ou

g) que tiver adquirido ou recebido em consigna-ção, no ano anterior, mais de 20% do volume de saída da pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos.

Sujeita-se ao pagamento do IPI, na condição de responsável, o estabelecimento comercial atacadista que possuir ou mantiver produtos desacompanhados

da documentação comprobatória de sua procedência ou que a eles der saída.

Sem prejuízo do disposto no art. 48 da Lei nº 4.502/1964, as notas fiscais de comercialização de bebidas quentes emitidas pelo estabelecimento industrial ou equiparado deverão conter a descrição da marca comercial, o tipo de embalagem e o volume dos produtos, para perfeita identificação destes e cálculo do imposto devido.

A inobservância dessa regra implicará considerar as notas fiscais enquadradas no art. 53 da Lei nº 4.502/1964.

O Poder Executivo federal poderá estabelecer para bebidas quentes valores mínimos do IPI em fun-ção da classificação fiscal na TIPI, do tipo de produto e da capacidade do recipiente

(Lei nº 4.502/1964, arts. 48 e 53; Lei nº 6.404/1976, art. 243; Lei nº 7.798/1989, arts. 1º a 4º; Lei nº 13.241/2015)

N

a IOB Comenta

Concessão de benefícios fiscais e majoração da alíquota interna do ICMS para diversos produtos no Ceará

Foi alterada a Lei nº 12.670/1996 para majorar, dentre outras hipóteses, a alíquota interna do ICMS para serviços de comunicação, bebidas alcoólicas e outros produtos, e para conceder redução na base de cálculo do imposto, nas operações com produtos de higiene, de limpeza e com bicicletas e suas peças, dentre outros e isenção do referido tributo na saída de

energia elétrica, veículos novos destinados a pessoas com deficiência física e com protetores, filtros ou bloqueadores solares.

No que concerne à majoração das alíquotas do ICMS, destaca-se que, no exercício de 2016, a pres-tação de serviço de comunicação passará a ser tribu-tada pela alíquota de 28%, assim como as operações internas com rodas esportivas de automóveis, partes e peças de ultraleves e asas-delta e para os seguintes produtos, suas partes e peças: drones, embarcações e jet skis.

Page 17: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Foram acrescidos 2 pontos percentuais sobre a alíquota do ICMS nas operações internas com gaso-lina, passando dos atuais 25% para 27% no exercício de 2016.

À alíquota de 25%, aplicável nas operações internas com bebidas alcoólicas, serão acrescidos 3 pontos percentuais, passando para 28% no exercício de 2016.

A majoração de 3 pontos percentuais nas alíquo-tas internas do ICMS no exercício de 2016 recaiu, também, para as operações internas com armas e munições, fogos de artifício, fumo, cigarros e demais artigos de tabacaria, aviões ultraleves e asas delta, de tal forma que as referidas operações passarão a ser tributadas pela alíquota de 28%.

Observa-se que as majorações das alíquotas anteriormente citadas entrarão em vigor no 1º dia do mês subsequente ao do transcurso do prazo de 90 dias contados da data de publicação da Lei nº 15.892/2015 (DOE CE de 27.11.2015), ou seja, no dia 1º.03.2016.

Importa destacar que, durante o período com-preendido entre o dia 1º.01.2016 a 29.02.2016, em face da legislação do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), as operações e prestações internas serão tributadas com as seguintes alíquotas:

a) bebidas alcoólicas: 27%;

b) armas e munições: 27%;

c) embarcações esportivas: 19%;

d) fumo, cigarros e demais artigos de tabacaria: 27%;

e) aviões ultraleves e asas-delta: 27%;

f) energia elétrica: 27%;

g) gasolina: 27%;

h) serviços de comunicação: 27%, exceto car-tões telefônicos de telefonia fixa;

i) joias: 27%;

j) isotônicos, bebidas gaseificadas não alcoóli-cas e refrigerantes: 19%;

k) perfumes, extratos, águas-de-colônia e produ-tos de beleza ou de maquiagem, desde que o valor unitário da mercadoria seja superior a 50 Unidades Fiscais de Referência do Estado do Ceará (Ufirce): 19%;

l) artigos e alimentos para animais de estima-ção, exceto medicamentos e vacinas: 19%;

m) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nema-ticidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes adesivos, estimuladores e inibi-dores de crescimento: 19%.

(Lei nº 12.670/1996, art. 44, I, “b”, “c”, II, “a”, § 5º, na reda-ção dada pela Lei nº 15.892/2015, art. 1º, III e art. 3º, II; Decreto nº 31.860/2015)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

DCTF - Retificação

1) Como alterar os dados informados na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) já entregue?

Nesse caso, deverá ser apresentada DCTF retificadora.

A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente, e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados.

Page 18: IOB - ICMS/IPI - Ceará - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-16 CE Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Deverão ser observadas, para tal finalidade, as disposições contidas na Instrução Normativa RFB nº 1.599/2015, que disciplina a DCTF.

(Instrução Normativa RFB nº 1.599/2015, art. 9º)

ICMS

Substituição tributária - Cest - Vigência

2) Quando se inicia a exigência da utilização do Código Especificador da Substituição Tributária (Cest)?

Nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos II a XXIX do Convênio ICMS nº 92/2015, o contribuinte deverá mencionar o respectivo Cest no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto.

Essa exigência está prevista para vigorar a partir de 1º.04.2016, nos termos da cláusula sexta, I, do referido Convênio.

(Convênio ICMS nº 92/2015, cláusula terceira, § 1º, e cláu-sula sexta, I, Anexos II a XXIX)

ISSQN/FORTALEZA

Recolhimento do imposto - Prazos

3) Quais são os prazos para recolhimento do ISSQN devido ao Município de Fortaleza?

Independentemente da realização da escritura-ção fiscal ou da entrega da declaração dos serviços prestados e tomados, no prazo estabelecido neste Regulamento, o ISSQN será pago na rede arreca-dadora conveniada com a Secretaria Municipal das Finanças, nos seguintes prazos:

a) diariamente, antes da realização do evento, para os serviços de diversões públicas não permanentes ou exercidos de forma eventual, tais como shows, exposições e congêneres;

b) até o dia anterior ao da realização do evento, para os serviços tomados pelos organizadores de eventos e os expositores não estabelecidos ou domiciliados no Município de Fortaleza;

c) mensalmente, até o dia 10 do mês subsequen-te àquele em que ocorrer o fato gerador ou a retenção na fonte:

c.1) para pessoas jurídicas e pessoas a estas equiparadas;

c.2) para os estabelecimentos de diversões públicas não compreendidos no inciso I deste artigo;

c.3) para as sociedades de profissionais;

c.4) para os contribuintes permanentes sujei-tos ao imposto por estimativa;

c.5) para os contribuintes substitutos e res-ponsáveis pela retenção do imposto na fonte;

d) até o dia 10 do 2º mês subsequente àquele a que se referirem os serviços objeto de reten-ção, para o Sindicato das Empresas de Trans-porte de Passageiros do Estado do Ceará (Sin-diônibus) recolher o ISSQN incidente sobre as prestações de serviços de transporte coletivo rodoviário de passageiros, regular e alternati-vo;

e) até o último dia útil do mês de abril, para o pa-gamento da cota única ou 1ª parcela do im-posto devido pelos profissionais autônomos;

f) até o último dia útil do mês de maio, para pa-gamento da 2ª parcela do imposto devido pe-los profissionais autônomos;

g) até o último dia útil do mês de junho, para pa-gamento da 3ª parcela do imposto devido pe-los profissionais autônomos.

O Sindiônibus deverá recolher o ISSQN incidente sobre os serviços por ele prestados e o ISSQN retido dos demais serviços tomados no prazo estabelecido na letra “c”.

O prazo de recolhimento do ISSQN previsto na letra “c” não se aplica quando o contribuinte for decla-rado devedor contumaz pela administração tributária, na forma do Decreto nº 13.716/2015, art. 523, cujo imposto deverá ser recolhido previamente à emissão do respectivo documento fiscal.

O profissional autônomo não beneficiado por isen-ção do ISSQN que se inscrever durante o exercício pagará a 1ª anuidade proporcionalmente aos meses completos ou fração de mês ainda a decorrer do ano em curso. Esta regra aplica-se, também, à inclusão no Cadastro de Produtores de Bens e Serviços do Município de Fortaleza (CPBS) de nova ocupação desenvolvida pelo profissional autônomo.

No 1º exercício da inscrição inicial, da reativação de inscrição preexistente ou da inclusão de nova ocupação, o profissional autônomo poderá pagar a sua anuidade em até 3 parcelas mensais e sucessi-

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07-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

vas, devendo a 1ª ser paga no ato da inscrição e as demais no último dia útil dos meses subsequentes. O exposto neste parágrafo é limitado ao pagamento do imposto dentro do exercício da inscrição.

Excetua-se, ao disposto na letra “b”, a hipótese prevista no Decreto nº 31.716/2015, art. 768, § 3º, cujo imposto será pago até o dia útil seguinte ao da realização do evento.

(Decreto nº 13.716/2015, art. 690)

Sociedade de profissionais - Cálculo do imposto devido

4) Como será calculado o valor do imposto devido pelas sociedades de profissionais?

O valor do imposto a ser pago pelas sociedades de profissionais será calculado, mensalmente, em relação a cada profissional habilitado, seja sócio, empregado ou trabalhador temporário, que preste

serviço em nome da sociedade, e determinado com base nos seguintes valores:

a) R$ 140,00 por profissional, para sociedade com até 5 profissionais;

b) R$ 160,00 por profissional, para sociedade com 6 a 10 profissionais;

c) R$ 180,00 por profissional, para sociedade com 11 a 15 profissionais;

d) R$ 200,00 por profissional, para sociedade com 16 a 20 profissionais;

e) R$ 220,00 por profissional, para sociedade com mais de 20 profissionais.

Na determinação do valor da cota por profissional será considerada a soma dos profissionais habilitados de todos os estabelecimentos da sociedade, devendo o imposto ser recolhido por estabelecimento na devida proporção do número de profissionais.

(Decreto nº 13.716/2015, art. 667)