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CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Projeto Pós-graduação Curso Psicopedagogia Clínica e Institucional Disciplina Educação Especial e Educação Inclusiva Tema Diretrizes da Educação Especial e as ações do educador no processo inclusivo Professor Liliane Salles Introdução Vamos continuar compartilhando os avanços que a modalidade da Educação Especial vem conquistando, assim, apresentaremos a seguinte temática: “Diretrizes da Educação Especial e as Ações do Educador no Processo Inclusivo”. Serão abordados os seguintes subtemas: Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva; Atendimento Educacional Especializado (AEE); As Barreiras Atitudinais constantes na sociedade; Decreto nº 7611/2011 e a Conferência Nacional da Educação (CONAE). Você perceberá mudanças na PNEEPEI e nas leis que regem a educação especial, agora, acesse seu material digital e assista ao vídeo de introdução da professora Liliane. (vídeo disponível no material on-line) Problematização Você é professor em uma escola comum e no mês de maio recebe em sua sala de aula mais um aluno, de nome Toni, que chega cheio de rótulos trazidos da outra escola, indisciplinado e que não aprende nada. Como muitos alunos em sala apresentam dificuldades de aprendizagem, você não se preocupou e prosseguiu com a sua função de ensinar. Um belo dia, solicitou que cada aluno escrevesse uma história com tema livre. Em pouco tempo, Toni lhe entregou a tarefa pronta assim:

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico

1

Projeto Pós-graduação

Curso Psicopedagogia Clínica e Institucional

Disciplina Educação Especial e Educação Inclusiva

Tema Diretrizes da Educação Especial e as ações do

educador no processo inclusivo

Professor Liliane Salles

Introdução

Vamos continuar compartilhando os avanços que a modalidade da

Educação Especial vem conquistando, assim, apresentaremos a seguinte

temática: “Diretrizes da Educação Especial e as Ações do Educador no Processo

Inclusivo”.

Serão abordados os seguintes subtemas: Política Nacional da Educação

Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva; Atendimento Educacional

Especializado (AEE); As Barreiras Atitudinais constantes na sociedade; Decreto

nº 7611/2011 e a Conferência Nacional da Educação (CONAE).

Você perceberá mudanças na PNEEPEI e nas leis que regem a educação

especial, agora, acesse seu material digital e assista ao vídeo de introdução da

professora Liliane.

(vídeo disponível no material on-line)

Problematização

Você é professor em uma escola comum e no mês de maio recebe em

sua sala de aula mais um aluno, de nome Toni, que chega cheio de rótulos

trazidos da outra escola, indisciplinado e que não aprende nada. Como muitos

alunos em sala apresentam dificuldades de aprendizagem, você não se

preocupou e prosseguiu com a sua função de ensinar. Um belo dia, solicitou que

cada aluno escrevesse uma história com tema livre. Em pouco tempo, Toni lhe

entregou a tarefa pronta assim:

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A corrida

Era uma vez um coelho que ia desafiar a tartaruga numa corrida e a coruja

ia dar a largada. E os dois foram a largada e a coruja deu a largada e o coelho

saiu na frente. Quando o coelho parou na árvore ele ficou preso na corda,

quando a tartaruga chegou a onde ele estava a tartaruga cortou a corda e o

coelho se livro e o coelho agradeceu. Quando chegou a chegada eles gritaram

só viva a tartaruga. E o coelho e a tartaruga ficaram amigo para sempre e a

tartaruga recebeu o trofel.

Ligeiramente, você passa os olhos no texto e observa que quase não

existe pontuação e que as ideias são confusas. Qual seria a melhor atitude diante

da situação? Um aluno com dificuldade de aprendizagem e que

necessariamente precisa de um Atendimento Educacional Especializado?

(vídeo disponível no material on-line)

Você não precisa responder agora! Realize seus estudos sobre este tema

e escolha a melhor alternativa para a sua situação mais adiante. No final dos

estudos deste tema voltaremos a falar sobre isso. Bons estudos!

A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva (PNEEPEI/2008)

O texto que se apresenta traz a Educação Especial entendida como

política pública, que assegura o atendimento de pessoas com deficiência,

portanto, necessário se faz compreender a Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, definida e divulgada pelo MEC

no ano de 2008 (BRASIL, 2008).

No referido documento, tem-se um avanço na modalidade da educação

especial, que foi construída apresentando a seguinte estrutura: Introdução,

Marcos Históricos e Normativos, Diagnóstico da Educação Especial, Objetivo da

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,

Alunos Atendidos pela Educação Especial, Diretrizes da Política Nacional de

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e Referências.

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O documento da PNEEPEI traduz da seguinte forma o alunado:

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem

dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas

regulares (BRASIL, 2008, IV, grifos nossos)

É neste documento que está proposto o acesso, a participação e a

aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas comuns, sem

nenhuma restrição. A PNEEPEI fez uma redefinição do público da Educação

Especial, mas há um grande descompasso entre o discurso e a prática, pois a

preocupação evidenciada no referido documento é que o público com alto

comprometimento não se encontra explícito na referida política.

Sabe-se que a organização da PNEEPEI foi construída por profissionais

de grande competência, onde destacamos os gestores da Secretaria de

Educação Especial do MEC (Claudia Pereira Dutra, Claudia Maffini Griboski e

Denise de Oliveira Alves), assim como professores e pesquisadores de várias

Universidades, as quais podemos cia: Antônio Carlos do N. Osório (UFMS),

Claudio Roberto Baptista (UFRGS), Denise de Souza Fleith (UnB), Eduardo José

Mazini (UNESP-Marília), Maria Amélia Almeida (UFSCAR), Maria Teresa E.

Mantoan (UNICAMP), Rita V. de Figueiredo (UFC), Ronice M. de Quadros

(UFSC) e Soraia Napoleão Freitas (UFSM). Muitos dos profissionais

apresentados são renomados autores em defesa da educação inclusiva, assim

como, nos avanços educacionais da Educação Especial.

Os discursos inclusivos continuam sendo defendidos pelo MEC com

muitos programas que demostram a necessidade da defesa dos direitos das

pessoas com deficiência, gerando com todo este movimento a construção e

publicação, sob a gestão de Claudia Pereira Dutra, de uma Política Nacional de

Educação Especial numa perspectiva de Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), a

qual tem por objetivo:

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o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais (BRASIL, 2008, p. 8).

Assista a esta entrevista com Maria Tereza Mantoan, que fala sobre a

Política Nacional para a Educação Inclusiva: Avanços e Desafios.

http://www.youtube.com/watch?v=AUL62tZIFYY

A referida política diz que todos os alunos com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação devem obter a

matrícula e as condições de aprendizagem em classes regulares dentro da

escola comum. Portanto, os sistemas educacionais de ensino e a escola, em

especial, necessitam se adaptar para receber todos os alunos,

independentemente de suas condições, assim a escola torna-se o único espaço

de aprendizagem.

Portanto, com a PNEEPEI (2008), tem-se o objetivo de garantir o

atendimento educacional a todo o aluno, independente de suas potencialidades

e/ou necessidades.

Torna-se necessário lembrar neste contexto que até o ano da publicação

da referida Política Nacional, era explícito que a concepção da Educação

Especial era voltada para a integração, onde o processo do ensinar e aprender

era defendido que ocorresse em grupos homogêneos, ou seja, organização de

turmas especiais, com atendimento excludente aos demais alunos da escola.

Com esta política reiteram-se as inúmeras legislações anteriormente

publicadas, desde a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, reforçando a

educação especial como uma modalidade de ensino perpassando todos os

níveis, etapas e modalidades, mas estabelecendo o Atendimento Educacional

Especializado (AEE) que propõe condições para a promoção da aprendizagem.

O movimento diante das Políticas Educacionais Especiais vem trazendo

à sociedade uma reconfiguração do papel da educação e também da escola

comum, que deve se adaptar às mudanças e propor novas práticas pedagógicas

inclusivas.

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O Atendimento Educacional Especializado (AEE)

A educação especial em seu histórico apresenta as fases pelas quais

socialmente foi se desencadeando, do extermínio à inclusão, onde o processo

inclusivo legitimado na política nacional ainda, no contexto prático dos dias

atuais, não se efetivou concretamente. Sobretudo, é preciso considerar que hoje

temos nítidas as ampliações decorrentes nesta modalidade, inclusive com

muitas discussões sendo fomentadas em torno da acessibilidade física, da

educação inclusiva, da escola inclusiva e de políticas educacionais, que vêm se

firmando com vários autores discutindo a temática da educação especial, seus

avanços e também seus desafios.

O caminho percorrido para chegar ao atendimento de alunos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação foi longo, conquistar a obtenção do direito à educação,

foi árduo e precisa-se pontuar que este direito é uma atitude muito recente em

nossa sociedade (MAZZOTTA, 2005).

Sabe-se que as políticas públicas de inclusão trazem a exposição do

direito de todos à educação, num movimento mundial e constante de discussões,

reflexões e construções de documentos que ainda estão legitimando a educação

inclusiva.

O processo da educação inclusiva foi delineado com objetivo de

questionar práticas e políticas educacionais, que devem atender a comunidade

escolar com qualidade e sucesso. Portanto, é necessário que exista uma escola

para atendimento a todos, que se estruture em função de cada necessidade dos

alunos que lá estão inseridos.

Tem-se neste contexto o Decreto n.º 6.571/2008 que define o lócus

privilegiado do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e reitera a

compreensão de Educação Especial como serviço complementar e suplementar

a Educação Regular. Contudo, GARCIA (2012) nos lembra de que a Educação

Especial foi tratada como um serviço educacional especializado complementar,

suplementar ou substitutivo à educação regular a partir da Resolução CNE/CEB

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n.º 2/2001. Portanto, a partir da PNEEPEI/2008 e no Decreto n.º 6.571/08 fica

assegurado que a escolarização da demanda da Educação Especial deve se

realizar no ensino comum.

Assista ao vídeo da professora sobre o Atendimento Educacional

Especializado

(vídeo disponível no material on-line)

Surge então, com o Decreto nº 6571/08, as Salas de Recursos

Multifuncionais do Tipo I e Tipo II que receberam Kits Pedagógicos distribuídos

no Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais – 2008, que

foram assim constituídos:

Sala de Recursos – Tipo I – Para Deficiência Intelectual, Transtornos

Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/ Superdotação

Nº de

Ordem

Especificação

01 Microcomputador com gravador de CD, leitor de DVD e terminal

02 Monitor de 32” LCD

03 Fones de ouvido e Microfones

04 Scanner

05 Impressora laser

06 Teclado com colméia

07 Mouse com entrada para acionador

08 Acionador de pressão

09 Bandinha Rítmica

10 Dominó

11 Material Dourado

12 Esquema Corporal

13 Memória de Numerais

14 Tapete quebra-cabeça

15 Software para comunicação alternativa

16 Sacolão Criativo

17 Quebra cabeças sobrepostos (seqüência lógica)

18 Dominó de animais em Língua de Sinais

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19 Memória de antônimos em Língua de Sinais

20 Conjunto de lupas manuais (aumento 3x, 4x e 6x)

21 Dominó com Textura

22 Plano Inclinado – Estante para Leitura

23 Mesa redonda

24 Cadeiras para computador

25 Cadeiras para mesa redonda

26 Armário de aço

27 Mesa para computador

28 Mesa para impressora

29 Quadro melamínico

Fonte: Brasil, 2008.

Sala de Recursos – Tipo II – Deficiência Visual

Nº de

Ordem

Especificação

01 Impressora Braille

02 Máquina Braille

03 Lupa Eletrônica

04 Reglete0020de Mesa

05 Punção

06 Soroban

07 Guia de Assinatura

08 Globo Terrestre Adaptado

09 Kit de Desenho Geométrico Adaptado

10 Calculadora Sonora

11 Software para Produção de Desenhos Gráficos e Táteis

Fonte: Brasil, 2008.

Os materiais acima elencados chegaram às escolas, que apresentaram

no censo escolar alunos com deficiências, para assim desenvolver um trabalho

com esses estudantes, contemplados na Política Nacional. Em continuidade, o

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AEE deve ser oferecido no contraturno da escola comum, de maneira

complementar ou suplementar à escolarização regular.

Em complementação a aplicação e desenvolvimento do AEE tem-se a

Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que estabelece as Diretrizes Operacionais para

o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade

Educação Especial, que em seu artigo 1.º descreve:

Para a implementação do Decreto n.º 6.571/2008, os sistemas de

ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes

comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional

Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou

em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública

ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins

lucrativos.

A partir desta Resolução, a diversidade educacional destaca a

necessidade para que haja um posicionamento das escolas que se acham

regulamentadas pelas políticas públicas e pelo encaminhamento governamental

de maneira eficaz. Neste contexto, a referida resolução representa um destes

encaminhamentos, que torna oficial o desenvolvimento efetivo do processo de

escolaridade de todos os alunos no ensino comum (BRASIL, 2009).

De acordo com Santos (2012), o AEE se traduz em espaços, ou melhor,

salas de recursos multifuncionais, que estarão solidificados como ambientes que

agregam equipamentos de informática, mobiliários e materiais didáticos e

pedagógicos, especialmente direcionados à sua oferta na escola comum.

Entende-se que esses espaços especializados são salas de aulas pertencentes

à escola comum, e devem fornecer aditivos para suplantar as dificuldades de

aprendizagem, bem como, possibilitar a relação dos alunos deficientes com os

conhecimentos escolares e com as outras ferramentas culturais de mediação.

Veja a indicação de algumas reflexões interessantes!

Encaminhamentos pedagógicos com alunos com altas

habilidades/superdotação na Educação Básica: Cenário Brasileiro

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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

40602011000300008&lng=pt&nrm=iso

Atendimento Educacional Especializados para alunos com surdocegueira:

um estudo de caso no espaço da escola regular

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

65382013000100004&lng=pt&nrm=iso

Com certeza, esta política educacional quer assegurar a equidade,

democracia e justiça social, portanto, é preciso incluir a todos no percurso e

proporcionar condições equânimes na trajetória, dando sentido à emancipação

humana.

As diretrizes operacionais expõem a função do AEE voltada para

“identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que

eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas

necessidades específicas” (BRASIL, 2009).

O AEE, que será desenvolvido nas salas de recursos multifuncionais se

distingue por ser uma ação do sistema de ensino com o objetivo de atender a

diversidade ao longo do processo educativo. Irá organizar-se como um serviço

ofertado pela escola para apoio imprescindível às necessidades educacionais

especiais dos alunos deficientes, beneficiando seu acesso ao conhecimento.

Assim como deve ser constituído institucionalmente para dar suporte,

complementar e/ou suplementar os serviços educacionais comuns.

Com isso, este serviço especializado dará subsídios para que a sala de

aula comum possa se desenvolver com mais segurança, onde os alunos possam

lá permanecer o tempo indispensável para suplantar suas dificuldades e

conseguir êxito no processo de aprendizagem na sala de aula.

O atendimento promovido na Sala de Recursos Multifuncionais não prevê

os alunos com Transtornos Funcionais Específicos (TFE), alunos que

apresentam dislexia e também o transtorno do déficit de atenção e

hiperatividade, pois o AEE é específico aos grupos apontados na política

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nacional e desde que estejam matriculados no ensino comum. Os alunos com

TFE devem ser atendidos na sala de aula comum, sem nenhum atendimento

complementar. Também nas SRMs, o atendimento pode ser desenvolvido de

maneira individual ou em grupo.

Dessa forma, esses espaços especializados são considerados locais

que pertencem à instituição escolar, que fornecem aditivos para possibilitar a

relação dos alunos deficientes com os conhecimentos escolares e com as outras

ferramentas culturais de mediação. Diante disso, pode-se entender que esses

espaços têm por objetivo também o desenvolvimento do pensamento, do

conhecimento, da socialização e dos processos comunicativos construídos

historicamente.

Barreiras Atitudinais

Em nossa sociedade é visível que ainda existem barreiras atitudinais

presentes e eliminá-las não é tarefa fácil, mas possível, pois o contrário da

igualdade não é a diferença, mas a desigualdade, que é socialmente construída,

sobretudo numa sociedade tão marcada pela exploração classista. Observe:

Fonte: https://www.google.com.br

Agora assista ao vídeo que trata das Barreiras Atidudinais.

(vídeo disponível no material on-line)

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A proposta social é inclusiva, mas a sociedade ainda discrimina, cria

rótulos e demonstra preconceitos; não olha a pessoa como ser humano, mas a

deficiência.

Por outro lado, o AEE é uma política pública do Governo Federal que tem

como objetivo maior a eliminação de todas as barreiras, sejam elas

preconceituosas no convívio ou nas atitudes. Assim, o AEE deverá ocorrer na

escola comum para que seja possível assegurar a todos os alunos que compõem

os grupos estabelecidos na PNEEPEI, o acesso ao ensino regular com

participação, aprendizagem e continuidade em sua trajetória educacional, da

educação infantil ao ensino superior.

Para que sejam atendidos, os grupos da educação especial precisam que

exista na instituição escolar um envolvimento participativo, com a criação de

ações conscientes de interesses coletivos, sem propostas somente de efeitos, e

que possam estar abertas para novas colaborações durante todo o seu

desenvolvimento, assim sendo, a inclusão não se acaba, mas está em

crescimento constante.

Decreto Presidencial nº 7611/2011

O Decreto nº 6571/08 que garante a presença da criança em idade de

escolarização, compulsoriamente na classe comum, foi revogado pelo Decreto

nº 7.611 de 2011 que aponta que:

Art. 14. Admitir-se-á, para efeito da distribuição dos recursos do

FUNDEB, o cômputo0020das matrículas efetivadas na educação especial

oferecida por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins

lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o

Poder Executivo competente.

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§ 1o Serão consideradas, para a educação especial, as matrículas na

rede regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas

regulares, e em escolas especiais ou especializadas.

O decreto não significa um retrocesso aos preceitos trazidos na Política

Nacional de Educação Especial, mas reconhece o direito daqueles alunos que

necessitam de atendimento em contextos escolares diferenciados, o direito a um

sistema educacional inclusivo em todos os níveis de educação. E este direito se

encontra garantido na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência, sancionada no Brasil como Emenda Constitucional, por meio dos

Decretos nº 186 de 2008.

Voltando à análise do Decreto Presidencial nº 7.611/2011, destaca-se

em atendimento aos pressupostos trazidos pela CONAE/2010, a confirmação

das orientações para o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos,

que assegurem aos alunos com deficiência o ingresso no sistema regular de

ensino dispondo a efetivação do direito inalienável à educação.

Contudo, o citado decreto não retoma o conceito anterior de educação

especial substitutiva à escolarização no ensino regular, sustentando a

característica de complementaridade, suplementaridade e transversalidade

desta modalidade, ao posicioná-la na esfera dos serviços de apoio à

escolarização, como bem mostra seu artigo 2º:

Art. 2o A educação especial deve garantir os serviços de apoio

especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o

processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

§ 1º Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput serão

denominados atendimento educacional especializado, compreendido

como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e

pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das

seguintes formas:

I - complementar à formação dos estudantes com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e

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limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos

multifuncionais; ou

II - suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou

superdotação.

§ 2o O atendimento educacional especializado deve integrar a

proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para

garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às

necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação

especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas

públicas (BRASIL, 2011).

Pode-se então inferir que a partir da visão proposta no documento, a

modalidade de Educação Especial integra o sistema de ensino regular e não se

estabelece em um sistema paralelo de educação.

Conferência Nacional de Educação

A perspectiva inclusiva da educação especial vem sendo debatida na

Conferência Nacional de Educação – CONAE, cujas conclusões contidas em seu

documento final (CONAE/2010) destacam que a educação especial possui a

finalidade de garantir a inclusão escolar de alunos com deficiência em salas de

ensino comum. Neste documento, existem orientações sobre a necessidade dos

sistemas de ensino que garantam o acesso ao ensino comum, à participação, à

aprendizagem e ao prosseguimento nos níveis superiores de ensino.

Dentre as questões que foram apresentadas no documento final da

CONAE (BRASIL, 2011), estão: a questão da transversalidade da educação

especial; a oferta do atendimento educacional especializado; a formação

direcionada de professores e profissionais da educação para o atendimento

educacional especializado visando à inclusão; o estímulo e a participação da

família e da sociedade em geral, além de questões de acessibilidade

arquitetônica, dos transportes, dos mobiliários, das comunicações e informações

e a articulação intersetorial na definição e implementação das políticas públicas.

Leia mais sobre o Documento Final da CONAE/2010 no site a seguir.

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http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/documetos/documento_fi

nal_sl.pdf

A CONAE 2014 em seu eixo II, traz Educação e Diversidade: Justiça

Social, Inclusão e Direitos Humanos. Leia mais sobre isso em:

http://conae2014.mec.gov.br/images/pdf/coloquios_conae2014_1104.pdf

Finalizando, ressalto que ainda são poucas as discussões na CONAE,

diante da Educação Especial, mas como contraponto, é preciso enxergar a

importância do AEE, que vem atendendo às deficiências, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas salas de recursos

multifuncionais, embora os níveis de comprometimento deste grupo não estejam

explícitos na Política Nacional.

Revendo a problematização

Agora que você já estudou e tem base teórica sobre a política de inclusão,

escolha a alternativa apropriada para responder à problematização que vimos

no início deste tema. Escolha a melhor alternativa!

a. Como o aluno não consegue articular bem suas ideias, será preciso enviar

mais tarefas para casa, para que o mesmo possa desenvolver a escrita.

b. Como o aluno já chegou à escola com histórico de que não aprende nada,

irei encaminhá-lo ao AEE.

c. Como professor e observando o texto apresentado, devo dialogar com o

aluno sobre a estória que ele escreveu e tentar entendê-la, para assim,

poder auxiliá-lo em sala de aula.

Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o

material on-line.

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Síntese

A temática foi elaborada para que você aluno consiga, a partir de agora,

saiba quais são as diretrizes da educação especial e que possa entender como

caminha o atendimento junto às pessoas com deficiências, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

A temática mostrou que existem avanços, mas também muitas

fragilidades, como o fato de que os alunos com alto comprometimento não estão

contemplado na PNEEPEI e nem nas demais legislações pertinentes.

A inclusão precisa sim ser abraçada pela escola, mas ainda existem

lacunas no processo que dificultam o atendimento junto aos deficientes

intelectuais altamente comprometidos, pois nossas escolas ainda têm

fragilidades quanto ao atendimento deste público. As discussões e reflexões

diante da educação inclusiva continuam crescendo e muitos olhares se voltam

para as possibilidades de um trabalho efetivo e de qualidade.

(vídeo disponível no material on-line)

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Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política

Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Brasília: MEC/SEESP, 2008.

______. Decreto n.º 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o

atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art.

60 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao

Decreto n.º 6.253, de 13 de novembro de 2007. Diário Oficial da União, Brasília,

DF, 2008c. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

2010/2008/Decreto/D6571.htm>. Acesso em: 12/12/2013.

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Atividades

1. O Atendimento Educacional Especializado tem como função organizar-

se como um serviço ofertado pela escola para disponibilizar o apoio

imprescindível às necessidades educacionais especiais dos alunos com

deficiências, transtornos globais do desenvolvimento a altas

habilidades/superdotação beneficiando seu acesso ao conhecimento,

assim como deve ser constituído institucionalmente para dar suporte,

complementar e ou suplementar nos serviços educacionais comuns.

Agora responda: Considerando o trabalho desenvolvido numa sala de

recursos multifuncional como deve ser este atendimento?

a. Este atendimento educacional especializado deve manter o trabalho

nas salas de recursos multifuncionais como reforço escolar para que

os alunos especiais possam ser aprovados na escola.

b. O trabalho nas salas de recursos multifuncionais, precisa estabelecer

junto ao aluno um vínculo positivo de aprendizagem e o trabalho a ser

desenvolvido precisa ser criativo, comprometido e com diálogo

constante com os professores da escola.

c. O AEE é somente mais um espaço para segregar alunos que se

encontram com dificuldades de aprendizagem.

d. O atendimento nas salas de recursos multifuncionais é destinado para

a realização das tarefas escolares.

2. Qual é o documento que defende o acesso à participação e à

aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas comuns,

sem nenhuma restrição?

a. O documento é o Decreto nº 6571/2008.

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b. É o Decreto Presidencial nº 7611/2011.

c. O documento é a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva, legitimada no ano de 2008.

d. A Resolução nº 04/2008.

3. Algumas barreiras atitudinais ainda são comuns em nossa sociedade, qual

deve ser a postura de um professor diante de preconceitos frente a

pessoas com deficiências?

a. Como Professor a primeira atitude deve ser sensibilizar as pessoas para

que olhem o ser humano e não a deficiência.

b. O professor deve fingir que não está observando preconceitos, pois

assim, não causa nenhum tumulto na escola.

c. O professor deve pactuar das barreiras atitudinais, para que assim os

deficientes fiquem fora do contexto educacional.

d. O professor não precisa ter nenhuma atitude diferenciada, pois não

existem barreiras diante dos deficientes e a sociedade é inclusiva.

4. O que é o Atendimento Educacional Especializado (AEE)?

a. O AEE é uma ação do sistema de ensino com o objetivo de atender a

diversidade ao longo do processo educativo, organizando-se como um

serviço ofertado pela escola para disponibilizar o apoio imprescindível às

necessidades educacionais especiais dos alunos deficientes.

b. O AEE firma-se como uma proposta pedagógica para atender os

deficientes no mesmo período de suas aulas.

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c. O AEE é simplesmente uma regência suplementar junto aos professores

do ensino comum.

d. O atendimento que recebe o nome de AEE ainda não está oficializado,

portanto, é uma política que não se aplica nas escolas.

5. Ao analisar a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva (2008), esta clarifica que o seu objetivo é?

a. Assegurar a participação e a aprendizagem aos alunos com deficiência,

transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação

nas escolas comuns de ensino regular, atendendo o princípio

constitucional da igualdade de condições de acesso e permanência na

escola.

b. A Política Nacional traz o processo de inclusão, mas não define quem

pode ser atendido na escola comum.

c. A Política Nacional não traz objetivos estabelecidos, e sim a redefinição

dos grupos para atendimento diante da educação especial.

d. A Política Nacional foi escrita simplesmente para manter o direito a

educação a todos.