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CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Tema Financiamento e Instrumentos de Planejamento no SUS Projeto Pós-graduação Curso Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família Disciplina Planejamento e Gestão em Saúde Tema Financiamento e instrumentos de Planejamento no SUS Professor Ivana Maria Saes Busato Introdução Neste tema, veremos as funções da gestão, a qual cria meios que possibilitam concretizar os princípios da organização e da política de saúde, sendo o financiamento um desses meios. Vamos analisar, ainda, as formas de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), e abordar os instrumentos de planejamento no SUS, organizados no seu Sistema de Planejamento, o qual é configurado em uma atuação contínua, articulada, integrada, ascendente e solidária das áreas de planejamento nas três esferas de gestão do SUS (municípios, Estados e União). No material digital, você encontrará o vídeo de introdução deste tema com a professora Ivana. Problematização Vamos contar uma passagem muito interessante retirada do livro Cem dias entre céu e mar”, de Amyr Klink. Estava finalmente a mais de duzentas milhas da costa mais próxima e já começava a pensar no futuro, numa distante ilha chamada Santa Helena, pelo menos um mês à minha frente. À medida que ganhava distância da África, aumentava minha confiança no barco e a certeza de que um dia deixaria para trás a ilha onde Napoleão perdeu sua última batalha.

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Tema – Financiamento e Instrumentos de Planejamento no SUS

Projeto Pós-graduação

Curso Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família

Disciplina Planejamento e Gestão em Saúde

Tema Financiamento e instrumentos de Planejamento no

SUS

Professor Ivana Maria Saes Busato

Introdução

Neste tema, veremos as funções da gestão, a qual cria meios que

possibilitam concretizar os princípios da organização e da política de saúde,

sendo o financiamento um desses meios.

Vamos analisar, ainda, as formas de financiamento do Sistema Único de

Saúde (SUS), e abordar os instrumentos de planejamento no SUS,

organizados no seu Sistema de Planejamento, o qual é configurado em uma

atuação contínua, articulada, integrada, ascendente e solidária das áreas de

planejamento nas três esferas de gestão do SUS (municípios, Estados e

União).

No material digital, você encontrará o vídeo de introdução deste tema

com a professora Ivana.

Problematização

Vamos contar uma passagem muito interessante retirada do livro “Cem

dias entre céu e mar”, de Amyr Klink.

Estava finalmente a mais de duzentas milhas da costa mais próxima e já

começava a pensar no futuro, numa distante ilha chamada Santa Helena, pelo

menos um mês à minha frente. À medida que ganhava distância da África,

aumentava minha confiança no barco e a certeza de que um dia deixaria para

trás a ilha onde Napoleão perdeu sua última batalha.

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Numa faixa larga, traçada dois anos antes e pintada de vermelho, estava

a minha segurança – a certeza de que o projeto era viável. Passando em suave

curva entre ilhas oceânicas e ligando a costa da Namíbia ao litoral baiano, esta

faixa indicava os limites de navegação em que deveria manter-me. Apesar da

predominância de ventos de sul e da forte tendência de deriva para o norte, o

esforço que eu fazia para me manter dentro da rota prevista era menor do que

o trabalho que tivera, ainda em terra, para definir a trajetória ideal.

Dois anos de estudo foram consumidos nesta operação, em que não

faltaram discussões apimentadas e dúvidas perturbadoras. As intermináveis

investigações em bibliotecas e tratados de navegação também. Mas o maior

problema talvez tenha sido a escassez de dados e informações a respeito do

assunto. No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o

mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis.

Assim, mesmo um poderoso superpetroleiro é obrigado, às vezes, a desviar do

seu caminho para ganhar, em tempo e segurança, o que perde em distância.

No meu caso, tendo como única propulsão um par de remos, o estudo

de regime de ventos e correntes passava a ser fundamental. É impossível

remar vinte e quatro horas por dia. Assim, enquanto estivesse dormindo e o

barco ficasse à deriva, era importante contar com correntes, se não favorável,

pelo menos que não roubasse durante a noite o que eu ganhava, com muito

esforço, de dia. A minha rota, longa, fria e tempestuosa, contava, no entanto,

com correntes favoráveis na quase totalidade do trajeto e com preciosa

regularidade dos alísios de sudeste que unem o sul da África ao nordeste

brasileiro. Caminho difícil e longo, mas o único possível para um barquinho a

remo.

Para atravessar o mau tempo e as depressões do caminho mais longo

bastaria um barco forte e bem estudado; mas, para vencer com os braços o

fluxo contrário do caminho mais curto, nem toda a disposição do mundo seria

suficiente. Como os antigos navegadores que, com suas velas quadradas, não

podiam vencer ventos e correntes contrários e era obrigado a aceitar os rumos

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ditados pelo vento, eu me valeria, não dá força para ir contra as correntes, mas

da astúcia em saber acompanhá-las. Por esta razão, seria necessário um

especial cuidado em respeitar os limites da faixa ideal de navegação que eu

traçara.

Como você pode identificar as características de gestor nessa passagem

de Almir Klink?

Ação administrativa

A história de Lewis Carrol “Alice no País das Maravilhas”, publicada em

1865, tem maravilhado várias gerações e já foi contada de diversas maneiras

no cinema, nos quadrinhos e no teatro.

Agora, observe o diálogo a seguir, entre a Alice e o Gato, o qual aponta

uma característica essencial para o gestor em saúde: a direção estratégica,

que envolve rota, caminho e estratégias.

ALICE: Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora

daqui?

GATO: Depende bastante de onde você quer ir.

ALICE: Não me importa muito para onde.

GATO: Então não me importa que caminho tome.

ALICE: Contanto que eu chegue a algum lugar.

GATO: Oh, isso você certamente vai conseguir, desde que ande bastante.

A gestão ou ação administrativa pressupõe o desenvolvimento de um

processo que envolve as funções de planejamento, organização, direção e

controle (BRASIL, 2011 b). Os objetivos fixados para a organização mostram a

direção estratégica que se quer alcançar, e em saúde devem refletir as

necessidades da população.

O desenvolvimento da gestão em saúde exige essa direção estratégica,

necessidade da população, que é a rota (objetivo) que se quer alcançar,

traçando caminhos (meios) com elaboração de planos e planejamento, e

utilizando estratégias, pois em saúde devemos empregar o enfoque estratégico

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(análise de viabilidade).

Os gestores devem estabelecer uma postura coerente e responsável,

possibilitando a coordenação dos distintos processos de trabalho envolvidos na

atividade de prestação de serviços, além da gestão de recursos logísticos, que

são requerimentos indispensáveis para que todos os recursos sejam

direcionados ao alcance dos objetivos da organização. Nesse sentido, o gestor

deve conduzir a organização em uma rota, por meio de caminhos, utilizando as

diversas estratégias.

O planejamento ascendente tem sua base na atenção básica, que é a

porta de entrada prioritária do SUS, ou seja, a atenção básica, em especial, a

Estratégia de Saúde da Família, deve utilizar as ferramentas da vigilância em

saúde para a Análise da Situação de Saúde do território de sua

responsabilidade, priorizando as necessidades (problemas) da população para

que a equipe atue na busca de mudanças nessa realidade.

Embora o método do Planejamento Estratégico Situacional tenha sido

desenhado para ser utilizado no nível central, global, seu formato flexível

possibilita a aplicação nos níveis regionais, ou mesmo locais, sem, contudo,

deixar de situar os problemas em um contexto global mais amplo, o que

permite manter a qualidade da explicação situacional e a riqueza da análise de

viabilidade e de possibilidades de intervenção na realidade.

Financiamento do SUS

Até outubro de 1988, a saúde disputava recursos, na esfera federal, em

duas arenas distintas:

A primeira é situada na órbita previdenciária (benefícios previdenciários,

assistência social e atenção médico-hospitalar);

A segunda é situada no orçamento fiscal, nos programas a cargo do

Ministério da Saúde que concorriam com a educação, a justiça, os

transportes, a defesa nacional, a previdência do servidor público e

outras responsabilidades da União, inclusive os Poderes Legislativo e

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Judiciário.

Conheça a história do financiamento do SUS estudando o texto

“Financiamento público da saúde: uma história à procura de rumo”, o qual está

disponível no link: <http://cebes.com.br/site/wp-content/uploads/2014/03/

financiamento-publico-da-saude-uma-historia-a-procura-de-rumo.pdf>.

Com a Constituição Federal de 1988 foi criada a seguridade social, da

qual a saúde faz parte. A Constituição define que a seguridade social deve ser

financiada com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos municípios, e de contribuições sociais.

No artigo 194, da Constituição, a seguridade social é definida como um

“conjunto de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade

destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à

assistência social”. O Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO) – criados nessa Constituição – são, possivelmente, as

principais ferramentas introduzidas nas últimas seis décadas no campo das

finanças públicas e no planejamento governamental (BRASIL, 2011a).

A regulamentação da Constituição de 1988 para o setor de saúde é feita

por meio da Lei Orgânica de Saúde n. 8.080/90, que na parte de financiamento

do SUS afirma ser esse setor de responsabilidade das três esferas de gestão

(União, Estados e municípios), e na parte do planejamento reafirma a

necessidade de planejamento ascendente e integrado nas três esferas de

governo.

A Lei n. 8.142/90 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão

do SUS e cria o fundo de saúde para as transferências intergovernamentais de

recursos financeiros. Essa lei também instituiu as Conferências e os Conselhos

de Saúde em cada esfera de governo para efetuar o controle social (BRASIL,

2011c).

Somente com a Emenda Constitucional (EC) n. 29, promulgada em

13 de setembro de 2000, foi possível assegurar o financiamento das ações e

dos serviços públicos de saúde, estabelecendo recursos mínimos para as três

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esferas de governo aportarem anualmente. Esses recursos são provenientes

da aplicação de percentuais das receitas para Estados e munícipios orçados

por meio de uma base de cálculo predefinida.

Além desses avanços, a EC n. 29 possibilita a intervenção da União nos

Estados, no Distrito Federal e nos municípios; e do Estado em seus municípios,

no caso da não aplicação em ações e serviços públicos de saúde do mínimo

previsto de suas receitas (BRASIL, 2011a).

A Resolução do Conselho Nacional de Saúde n. 322, de 8 de maio de

2003, definiu todas as diretrizes acerca da aplicação da EC n. 29, sendo a

definição da base de cálculo para computar os recursos mínimos a serem

aplicados em saúde de 12% para Estados e 15% para municípios. A Resolução

n. 322 definiu também as despesas com ações e serviços públicos de saúde

(BRASIL, 2003).

Conheça a Resolução n. 322, do Conselho Nacional da Saúde,

acessando o link: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/reso_03.htm>.

A partir dessas definições, foi possível realizar outra importante

mudança no financiamento: a alocação dos recursos federais em blocos de

financiamento, estabelecidos no Pacto pela Saúde. Dessa forma, Estados e

municípios puderam ter maior autonomia para a alocação dos recursos de

acordo com as metas e prioridades estabelecidas nos Planos de Saúde.

Inicialmente, quando foi publicada a Portaria/GM n. 204, em janeiro de

2007, os blocos de financiamento federal eram cinco. Em abril de 2009, foi

publicada a Portaria/GM n. 837/09 que inseriu o Bloco de Investimentos na

Rede de Serviços de Saúde na composição desses blocos de financiamento

relativos à transferência de recursos federais para as ações e os serviços de

saúde no âmbito do SUS (BRASIL, 2011a).

Os recursos de cada bloco de financiamento devem ser aplicados

exclusivamente nas ações e nos serviços de saúde relacionados ao bloco

(BRASIL, 2007). Dessa forma, os blocos de financiamento federal foram assim

estabelecidos:

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Atenção Básica;

Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar;

Vigilância em Saúde;

Assistência Farmacêutica;

Gestão do SUS;

Investimentos na Rede de Serviços de Saúde.

Bloco da Atenção Básica

O Bloco da Atenção Básica é constituído por dois componentes: o Piso

da Atenção Básica (PAB) Fixo e o Piso da Atenção Básica (PAB) Variável. O

componente PAB Fixo refere-se ao financiamento de ações de atenção básica

à saúde, cujos recursos são transferidos mensalmente, de forma regular e

automática; critérios populacionais. Já os recursos do Componente PAB

Variável são transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde

do Distrito Federal e dos municípios mediante adesão e implementação das

ações a que se destinam, desde que constantes no respectivo Plano de Saúde.

O PAB Variável é constituído por recursos financeiros destinados ao

financiamento de estratégias realizadas no âmbito da Atenção Básica em

Saúde, como: Saúde da Família; Agentes Comunitários de Saúde; Saúde

Bucal; Compensação de Especificidades Regionais; Fator de Incentivo de

Atenção Básica aos Povos Indígenas; Incentivo para a Atenção à Saúde no

Sistema Penitenciário; Incentivo para a Atenção Integral à Saúde do

Adolescente em conflito com a lei, em regime de internação e internação

provisória. Incluem-se também:

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf);

Inclusão do Microscopista na Atenção Primária;

Implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do

Homem;

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Programa de Saúde na Escola (PSE);

Outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo

específico.

Você já sabe que os dois componentes do Bloco da Atenção Básica

compõem o componente federal para o financiamento da Atenção Básica, e

que o somatório dessas partes, fixa e variável, do Piso da Atenção Básica

compõe o Teto Financeiro do Bloco da Atenção Básica de cada município.

Então, agora, vamos analisar as exigências desses componentes com a

professora Ivana. Vá até o material digital e acompanhe o vídeo!

Bloco da Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e

Hospitalar

Este bloco também é constituído por dois componentes: o Componente

Limite Financeiro MAC e o Fundo de Ações Estratégicas e Compensação

(Faec). Os recursos federais serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde

aos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios,

conforme a Programação Pactuada e Integrada, publicada em ato normativo

específico.

O Componente Limite Financeiro MAC servem para os procedimentos

ambulatoriais de média e alta complexidade enquanto o Componente Faec é

composto pelos recursos destinados ao financiamento dos seguintes itens:

procedimentos regulados pela Central Nacional de Regulação da Alta

Complexidade; transplantes e procedimentos vinculados; ações estratégicas ou

emergenciais de caráter temporário e implementadas com prazo predefinido;

novos procedimentos, não relacionados aos constantes da tabela vigente ou

que não possuam parâmetros para permitir a definição de limite de

financiamento, por um período de seis meses, com vistas a permitir a formação

de série histórica necessária a sua agregação ao Componente Limite

Financeiro da Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar

(BRASIL, 2007).

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Bloco da Vigilância em Saúde

O bloco de financiamento para a Vigilância em Saúde é constituído pelo

Componente da Vigilância e Promoção da Saúde e pelo Componente da

Vigilância Sanitária. Assim, os recursos de um componente podem ser

utilizados em ações do outro componente do bloco.

Os recursos desse bloco de financiamento devem ser utilizados

conforme a Programação Pactuada e Integrada e orientados pelo respectivo

Plano de Saúde. O Componente da Vigilância e Promoção da Saúde refere-se

aos recursos federais destinados às ações de vigilância, promoção, prevenção

e controle de doenças, constituído em: Piso Fixo de Vigilância e Promoção da

Saúde (PFVPS) e Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde (PVVPS).

Bloco da Assistência Farmacêutica

O bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica é constituído por

três componentes: o Básico da Assistência Farmacêutica, o Estratégico da

Assistência Farmacêutica e o Especializado da Assistência Farmacêutica.

O primeiro dos componentes destina-se à aquisição de medicamentos

do elenco de Referência Nacional de Medicamentos e Insumos

Complementares para a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.

O segundo destina-se ao financiamento de ações de assistência

farmacêutica dos seguintes programas de saúde estratégicos: controle de

endemias – tuberculose, hanseníase, malária, leishmaniose, chagas e outras

doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional –, antirretrovirais do

programa DST/Aids; sangue e hemoderivados; imunobiológicos; combate ao

tabagismo; e alimentação e nutrição (BRASIL, 2007).

Já o terceiro deles é uma estratégia de acesso a medicamentos no

âmbito do SUS, caracterizada pela busca da garantia da integralidade do

tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado

estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados

pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2007).

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Bloco da Gestão do SUS

O bloco de financiamento para a Gestão do SUS é constituído do

componente para a Qualificação da Gestão do SUS e do componente para a

Implantação de Ações e Serviços de Saúde.

Bloco de Investimentos na Rede de Serviços de Saúde

Este bloco é composto por recursos financeiros que serão transferidos –

mediante repasse regular e automático do Fundo Nacional de Saúde para os

Fundos de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal – exclusivamente

para a realização de despesas de capital, por meio de apresentação de projeto

encaminhado pelo ente federativo interessado ao Ministério da Saúde.

Além disso, os projetos encaminhados ao Ministério da Saúde deverão

ser submetidos à Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para que seja avaliada

a conformidade desses projetos (BRASIL, 2007).

Leia a Portaria/GM n. 204/07 disponível neste link:

<http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2007/GM/GM-204.htm>.

A Lei Complementar n. 141/12 veio regulamentar a Constituição Federal,

estabelecendo critérios de rateio dos recursos de transferência para a saúde e

as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas

três esferas de governo. O Poder Legislativo – diretamente ou com o auxílio

dos Tribunais de Contas –, o Sistema de Auditoria do SUS, o Órgão de

Controle Interno e o Conselho de Saúde de cada ente da federação são órgãos

fiscalizadores do SUS (BRASIL, 2012).

Essa Lei Complementar também determina que o Ministério da Saúde

mantenha o Sistema de Registro Eletrônico centralizado nas informações de

saúde referentes aos orçamentos públicos da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos municípios, incluindo sua execução e garantido o acesso público

às informações por meio do Sistema de Informação sobre Orçamento Público

em Saúde (Siops).

Novas posturas e obrigações são impostas aos gestores de saúde por

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meio da Lei Complementar n. 141/12. Por isso, cada órgão fiscalizador possui

uma responsabilidade no papel de fiscalizar o cumprimento das

responsabilidades de cada ente federado dentro do SUS, sendo importante à

sociedade o Sistema de Informação sobre Orçamento Público em Saúde.

Vamos conhecer melhor esses órgãos fiscalizadores e o Siops

assistindo ao vídeo da professora Ivana. O vídeo encontra-se no material

digital, não perca!

Instrumentos de planejamento

A Constituição Federal de 1988 trouxe inovações importantes no

planejamento da saúde materializado nas Leis do Orçamento Público:

A Lei Orçamentária Anual (LOA): é o plano de trabalho para o

exercício a que se refere, expresso por um conjunto de ações a realizar,

a fim de atender às demandas da sociedade e indicar os recursos

necessários à sua execução;

A Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO): é um instrumento

intermediário entre o PPA e a LOA, antecipando as diretrizes, as

prioridades de gastos, as normas e os parâmetros que devem orientar a

elaboração do Projeto de Lei Orçamentária para o exercício seguinte;

O Plano Plurianual (PPA): é um instrumento de planejamento de amplo

alcance, cuja finalidade é estabelecer os programas e as metas

governamentais de longo prazo. Atualmente, sua vigência é de 4 anos e

uma das suas características é a regionalização, pois serve de

instrumento para diminuir as desigualdades entre as diferentes regiões.

O Decreto Presidencial n. 7.508/2011 regulamentou a Lei Federal

n. 8.080/90 colocando a importância de regular a estrutura organizativa do

SUS, o planejamento de saúde, a assistência à saúde e a articulação

interfederativa tão necessários à consolidação e melhoria permanente do SUS.

O processo de planejamento da saúde é ascendente e integrado, do nível local

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ao federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as

necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recursos

financeiros (BRASIL, 2011d).

Importante: o princípio de territorialização do SUS é imprescindível para

o planejamento em saúde.

Alguns conceitos de regionalização foram recentemente atualizados pelo

Decreto Presidencial n. 7.508/2011, o qual regulamentou a Lei Federal

n. 8.080/90 dispondo sobre a organização do SUS nos aspectos da assistência

à saúde e à articulação interfederativa. Dessa maneira, definiu-se Região de

Saúde como espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de

municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e

sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes

compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a

execução de ações e serviços de saúde (BRASIL, 2011d).

Conheça o Decreto n. 7.508/11 na íntegra acessando este link:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/D7508.htm>.

O Decreto n. 7.508/11 instituiu o Contrato Organizativo da Ação Pública

da Saúde (Coap), substituindo o Termo de Compromisso de Gestão (Pacto

pela Saúde). Tal contrato é um instrumento de planejamento importante,

definido como um acordo de colaboração firmado entre entes federativos, com

a finalidade de organizar e integrar as ações e os serviços de saúde na rede

regionalizada e hierarquizada, com sentido de responsabilidades, indicadores e

metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros

que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e

demais elementos necessários à implementação integrada das ações e dos

serviços de saúde (BRASIL, 2011d).

Nesse contexto, o planejamento e o financiamento do SUS integram-se

para o estabelecimento do Coap entre os entes federativos, o qual deve

abranger as prioridades e diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde,

bem como os respectivos Estados, e as prioridades de cada município,

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emanadas das necessidades e da análise situacional.

Para o triênio de 2013 a 2015, o Coap foi estabelecido na CIT, já as

diretrizes e prioridades da União são estabelecidas na Resolução n. 5, de 19

de junho de 2013.

Conheça as prioridades e diretrizes para 2013–2015 com relação ao

fortalecimento do planejamento do SUS e à implementação do Coap no link:

<http://portalweb04.saude.gov.br/sispacto/Resolucao_Indicadores_2013_2015.

pdf >.

A Portaria n. 2.135, de 25 de setembro de 2013, estabeleceu diretrizes

para o processo de planejamento no âmbito do SUS, e reafirmou a

compatibilização entre os instrumentos de planejamento da saúde (Plano de

Saúde e respectivas Programações Anuais, Relatório de Gestão) e os

instrumentos de planejamento e orçamento de governo, que são: o Plano

Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei

Orçamentária Anual (LOA), em cada esfera de gestão (BRASIL, 2013).

Atenção: o Plano de Saúde, as respectivas Programações Anuais e o

Relatório de Gestão interligam-se sequencialmente compondo um processo

cíclico de planejamento.

O Plano de Saúde norteia a elaboração do planejamento e orçamento do

governo no tocante à saúde, como instrumento central de planejamento para

definição e implementação de todas as iniciativas de cada esfera da gestão do

SUS para o período de 4 anos. Além disso, explicita os compromissos do

governo para o setor de saúde e reflete, a partir da análise situacional, as

necessidades de saúde da população e as peculiaridades próprias de cada

esfera (BRASIL, 2013).

Leia a Portaria n. 2.135/13, a qual está disponível no link: <http://

bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2135_25_09_2013.html>.

Portanto, o Plano de Saúde é a base para a execução, o

acompanhamento, a avaliação da gestão do sistema de saúde e contempla

todas as áreas de atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade dessa

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atenção, devendo, ainda, acompanhar os prazos do PPA, conforme definido

nas Leis Orgânicas dos entes federados.

O planejamento para elaboração do Plano de Saúde é orientado pelas

necessidades de saúde da população, por meio da análise situacional que

estão dentro do Mapa da Saúde, contendo:

A estrutura do sistema de saúde;

As redes de atenção à saúde;

As condições sociosanitárias;

Os fluxos de acesso;

Os recursos financeiros;

A gestão do trabalho e da educação na saúde;

A ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão;

A definição das diretrizes, dos objetivos, das metas e dos indicadores;

O processo de monitoramento e avaliação.

A transparência e a visibilidade devem ser asseguradas mediante

incentivo à participação popular e à realização de audiências públicas, durante

o processo de elaboração e discussão do Plano de Saúde. O Plano de Saúde

deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e pelas Conferências

de Saúde e deve ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de

Saúde respectivo, além de ser disponibilizado em meio eletrônico no Sistema

de Apoio ao Relatório de Gestão (Sargsus).

Para conhecer o site do Sargsus, acesse o link:

<www.saude.gov.br/sargsus>.

A Programação Anual de Saúde (PAS) é o instrumento que

operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde e tem por objetivo

anualizar as metas do Plano de Saúde e prever a alocação dos recursos

orçamentários a serem executados.

Para Estados e municípios, a PAS deverá conter:

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I. A definição das ações que, no ano específico, garantirão o alcance

dos objetivos e o cumprimento das metas do Plano de Saúde;

II. A identificação dos indicadores que serão utilizados para o

monitoramento da PAS;

III. A previsão da alocação dos recursos orçamentários necessários ao

cumprimento da PAS.

O Relatório de Gestão é o instrumento de gestão com elaboração anual

que permite ao gestor apresentar os resultados alcançados com a execução da

PAS e orientar eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários no

Plano de Saúde. Esse relatório contemplará os seguintes itens:

As diretrizes, os objetivos e os indicadores do plano de saúde;

As metas da PAS previstas e executadas;

A análise da execução orçamentária;

As recomendações necessárias, incluindo eventuais redirecionamentos

do plano de saúde.

Observação: os entes federados que assinarem o Coap deverão inserir

seção específica relativa aos compromissos assumidos e executados.

O Relatório de Gestão deve ser enviado ao respectivo Conselho de

Saúde até o dia 30 de março do ano seguinte ao da execução financeira,

cabendo ao Conselho emitir parecer conclusivo, por meio do Sargsus. O

Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior é um instrumento de

monitoramento e acompanhamento da execução da PAS e deve ser

apresentado pelo gestor do SUS até o final dos meses de maio, setembro e

fevereiro, em audiência pública na Casa Legislativa do respectivo ente da

Federação (BRASIL, 2013).

Atenção: esse relatório observará o modelo padronizado previsto na

Resolução do Conselho Nacional de Saúde n. 459, de 2012.

Saiba mais acerca da Resolução do Conselho Nacional de Saúde

n. 459/12 acessando o link: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/

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2012/res0459_10_10_2012.html>.

Revendo a problematização

Você se lembra da passagem retirada do livro “Cem dias entre o céu e

mar”, de Amyr Klink, apresentada no início deste tema? E da pergunta que foi

feita com relação a esse texto?

Vamos, então, responder ao questionamento.

Opção 1: Tenho certeza de que Almir Klink fez um grande planejamento

para efetuar a travessia e chegar no objetivo (rota), viabilizando o caminho

(meios), mas não consegui analisar se ele utilizou o enfoque estratégico.

Feedback 1: Sua percepção é muito boa, pense como um gestor que

deve coordenar uma organização, de fato Almir Klink estabeleceu a rota

(objetivo) e traçou um caminho (meios). O enfoque estratégico deve-se ao fato

de considerar que ele não pode controlar todas as variáveis, e que seu

caminho pode ser alterado a qualquer corrente marítima, ou vento, ou a falta de

vento, portanto, o enfoque estratégico vem da aceitação de que as realidades

se alteram a qualquer momento.

Opção 2: Tenho dificuldade de identificar qualquer relação entre essa

passagem de Almir Klink e a atividade de gestor.

Feedback 2: Algumas vezes temos um texto para ler e prestamos mais

atenção no enredo da história do que no conteúdo que podemos extrair, releia

o texto prestando atenção nos seguintes pontos: como gestor, Almir Klink,

precisou realizar o plano de fazer a travessia do Atlântico em um barco a remo,

para isso, ele tinha uma rota (objetivo) e precisou realizar vários planejamentos

para traçar o caminho, contudo, sempre com o enfoque estratégico, visto que

não podia controlar todas as variáveis. Essa é a realidade de gestores, em

especial na área da saúde.

Opção 3: Percebo que Almir Klink elaborou um plano, pois como gestor

estabeleceu a rota e traçou o caminho, utilizando o enfoque estratégico.

Feedback 3: Sua análise sobre essa passagem foi excelente. Ao ser

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gestor de qualquer atividade, você necessita do conhecimento do objetivo da

organização ou da direção estratégica para coordenar a direção de uma rota

(aonde se quer chegar, objetivo), dentro de um caminho traçado (os meios

necessários para se chegar), utilizando estratégias e optando pelo enfoque

estratégico (análise de viabilidade).

Síntese

Vimos neste tema que o financiamento é um dos principais meios que o

gestor deve conhecer e administrar. O financiamento no SUS segue os

princípios da Constituição Brasileira, da Lei Orgânica da Saúde e demais

legislações, com critérios populacionais e por adesão de estratégias

prioritárias.

Estudamos, ainda, que os instrumentos de planejamento facilitam a

elaboração de forma ascendente, permitem a ampla participação, o

monitoramento e o controle de qualquer cidadão. Por fim, vimos que a gestão

em saúde envolve coordenação da gestão de trabalho e de recursos logísticos

de modo que a empresa alcance seus objetivos.

Portanto, o principal papel do gestor é conduzir a organização dentro da

rota, do caminho traçado pelo planejamento, utilizando o enfoque estratégico.

A professora Ivana fará a síntese deste tema no vídeo que se encontra

em seu material digital. Confira!

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Referências

BRASIL. Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei n.

8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do

Sistema Único de Saúde (SUS), o planejamento da saúde, a assistência à

saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial

da União, Brasília, DF, 2011.

_____. Lei Complementar n. 141, de 13 de janeiro de 2012. Regulamenta o

parágrafo 3º do artigo 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores

mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e

municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de

rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de

fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de

governo; revoga dispositivos das Leis n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, e

8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências. Diário Oficial da

União, Brasília, 2012.

_____. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 322, de 8 de maio de 2003.

Aprovar diretrizes acerca da aplicação da Emenda Constitucional n. 29, de 13

de setembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2013.

BRASIL b. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão

Administrativa e Financeira no SUS. Brasília: Conass, 2011. 132 p. (Coleção

para Entender a Gestão do SUS, v. 8).

BRASIL c. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de

Saúde. Brasília: Conass, 2011. 291 p. (Coleção para Entender a Gestão do

SUS, v. 1).

BRASIL a. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O Financiamento da

Saúde/Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: Conass, 2011.

124 p. (Coleção para Entender a Gestão do SUS, v. 2).

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.

Departamento de Articulação Interfederativa. Caderno de Diretrizes,

Objetivos, Metas e Indicadores: 2013–2015. Brasília: Ministério da Saúde,

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico

19

2013. 156 p. (Serie Articulação Interfederativa, v. 1).

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 204, de 29 de janeiro de

2007. Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais

para as ações e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento,

com o respectivo monitoramento e controle. Diário Oficial da União. Brasília,

DF, 2007.

KLINK, Almyr. Cem dias entre céu e mar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975,

188 p.

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Atividades

1. O papel de gestor envolve a tomada de decisão. Identifique algumas

ferramentas importantes para o desempenho de gestores e assinale a

opção correta.

a. Estabelecer uma rota, planejar o caminho (meios) e utilizar um

enfoque estratégico.

b. Fazer tudo de maneira intuitiva e por demanda.

c. Estabelecer uma rota e seguir em frente vencendo os obstáculos.

d. Enfoque estratégico somente.

2. A respeito da forma de financiamento do SUS, assinale a alternativa

certa.

a. A Vigilância em Saúde é um procedimento ambulatorial de média e

alta complexidade.

b. A Assistência Farmacêutica é um componente estratégico para o

combate ao tabagismo, à alimentação e nutrição.

c. O Faec é um financiamento das estratégias de Saúde da Família,

Agentes Comunitários de Saúde e Saúde Bucal.

d. O PAB Variável é um procedimento regulado pela Central Nacional

de Regulação da Alta Complexidade.

3. Analise as proposições a seguir que descrevem o Coap, e depois

marque a alternativa correta.

I. Substitui o Termo de Compromisso de Gestão (Pacto pela Saúde).

II. Instrumento de planejamento importante, definido como um acordo de

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colaboração firmado entre entes federativos.

III. Não tem nenhuma definição de responsabilidades na rede regionalizada

e hierarquizada.

a. Todas as proposições estão corretas.

b. Somente a proposição I está correta.

c. As proposições I e II estão corretas.

d. As proposições II e III estão corretas.

4. Acerca dos instrumentos de planejamento, assinale a alternativa

incorreta.

a. O Planejamento Anual é um planejamento para 4 anos.

b. O Plano de Saúde deve considerar o PPA e o Coap.

c. A LOA é anual e mostra a execução financeira da LDO.

d. O PPA foi instituído na Lei Orgânica de Saúde.

5. Instrumento de gestão com elaboração anual que permite ao gestor em

saúde apresentar os resultados alcançados, contendo as diretrizes, os

objetivos e os indicadores do Plano de Saúde. Esta é a definição de:

a. Relatório de Gestão.

b. Plano Plurianual.

c. LDO.

d. Coap.