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INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

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Page 1: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

INFLAMAÇÃO

Rafael Fighera

Laboratório de Patologia Veterinária

Universidade Federal de Santa Maria

Page 2: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

“Inflamação é a reação dos tecidos a um irritante.”

Page 3: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

“Inflamação é um processo que tem início em

seguida a uma agressão subletal a algum tecido.”

Page 4: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

“Inflamação é a resposta vascular

e celular dos tecidos vivos à agressão.”

Page 5: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

“Inflamação é a reação dos vasos sanguíneos

que leva ao acúmulo de líquidos e leucócitos

nos tecidos extravasculares.”

Page 6: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

“Inflamação é um processo ativo de resposta do organismo

contra um agente nocivo, na tentativa de destruí-lo,

diluí-lo ou encerrá-lo.”

Page 7: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

Inflamação tem função?

Sim!!!

Page 8: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Conceitos de inflamação

Qual é essa função?

Livrar o organismo do agente agressor

e de suas consequências.

Page 9: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Causas de inflamação

Agentes vivos

vírus

bactérias

fungos

protozoários

metazoários

Agentes não-vivos

agressão física (traumas mecânicos, térmicos e elétricos)

agressão química (toxinas, venenos e minerais)

Page 10: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Células inflamatórias

Residentes

Macrófagos

Mastócitos

Linfócitos

Fibroblastos*

Circulantes

Neutrófilos

Eosinófilos

Basófilos

Monócitos

Linfócitos

Plaquetas*

*Apenas recentemente.

Page 11: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Duração do processo inflamatório

Inflamação aguda Inflamação crônica (horas a poucos dias) (semanas, meses ou anos)

Inflamação subaguda(uma a três semanas)

Page 12: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Duração do processo inflamatório

Inflamação aguda Inflamação crônica Inflamação crônica Inflamação aguda

cronificação agudização*

Também denominada inflamação crônico-ativa*.

Page 13: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Relação entre os componentes e a duração do processo inflamatório*

Inflamação neutrófilos macrófagos linfócitos (4-6 horas) (12 horas) (24 horas) (6-24 horas) (24-48 horas) (dias)

*Técnica da janela na pele de Rebuck.

Page 14: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Divisões do processo inflamatório

alteração no calibre vascular+

aumento na permeabilidade vascular+

migração celular+

fagocitose

Page 15: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Alteração no calibre vascular

mecanismo neurogênico reflexo

vasoconstrição

vasodilatação*

alteração do fluxo

vascular

eritema e calor

Eritema (no passado) = rubor

*Óxido nítrico, prostaglandina D2 e leucotrieno B4.

Page 16: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Aumento da permeabilidade vascular

estimulação endotelial pormediadores químicos

não-protéicos

aumento da permeabilidade vascular

perda protéica

edema e dor

Edema (no passado) = tumor

Page 17: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Aumento da permeabilidade vascular

Formação de lacunas intercelulares

Reorganização citoesquelética

Transcitose aumentada

Lesão endotelial direta

Lesão endotelial mediada por leucócitos

Extravasamento prolongado tardio

Extravasamento de novos vasos sanguíneos

Page 18: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Aumento da permeabilidade vascular

Formação de lacunas intercelulares

histamina, bradicinina, leucotrienos (C4, D4 e E4) e substância P

contração das células endoteliais

exsudação

edema

Desencadeamento rápido.Reversibilidade rápida.Ocorre em vênulas.

Page 19: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Aumento da permeabilidade vascular

Reorganização citoesquelética

interleucina-1, fator de necrose tumoral- e interferon-

separação das células endoteliais

exsudação

edema

Desencadeamento retardado.Reversibilidade retardada.Ocorre em vênulas.

Page 20: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Migração celular

marginação

rolagem

aderência

diapedese

quimiotaxia

Page 21: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Migração celular

Moléculas de adesão leucocitária

IntegrinasLFA-1 (CD11a/CD18)MAC-1 (CD11b/CD18)VLA-4 (CD49d/CD 29)

Glicoproteínas semelhantes à mucinaPSGL-1ESL-1

Moléculas de adesão endotelial

ImunoglobulinasICAM-1ICAM-1VCAM-1

SelectinasP-selectina e E-selectina

E-selectina

Page 22: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Migração celular

Como o leucócito sabe para onde deve ir quando sai do vaso sanguíneo?

Page 23: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Migração celular

Substâncias quimiotáticas para neutrófilos

Peptídeos com aminoácido terminal n-formil-metionina (FMLP)Membros do sistema complemento (C5a)

Produtos da via lipoxigenase (leucotrieno B4)Fator ativador plaquetário (PAF)Quimiocinas (interleucina-8)Citotaxígenos

imunocomplexosendotoxinas

Page 24: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Migração celular

Substâncias quimiotáticas para monócitos

Substâncias liberadas por neutrófilos mortos

Fragmentos de degradação do colágeno

Fator de crescimento derivado de plaquetas

Quimiocinas

Page 25: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Fagocitose

Phagein (grego) = comer.Kytos (grego) = “vaso oco” ou relativo à célula.-osis (grego) = doença, processo patológico ou aumento.

Phagein fagos Kytos cito -osis ose fagocitose

Fagocitose = “o ato de comer realizado pela célula”.

Page 26: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Fagocitose

reconhecimento e fixação

+

engolfamento

+

destruição do material ingerido

Page 27: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Fagocitose

reconhecimento e fixação

+

engolfamento

+

destruição do material ingerido

Page 28: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Opsonização

Opson (grego) = molho

Opsoninas: “termo utilizado para designar todas as substâncias quimioatraentes que aumentam a eficiência da fagocitose.”

Page 29: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Opsonização

Principais opsoninas

fragmento Fc da IgG

fragmentos opsônicos de C3

(C3b e C3bi)

colectinas

Principais receptores de opsoninas

FcRI, II e III

CR1, 2 e 3

C1qR

Page 30: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Fagocitose

reconhecimento e fixação

+

engolfamento

+

destruição do material ingerido

Page 31: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Fagocitose

reconhecimento e fixação

+

engolfamento

+

destruição do material ingerido

Page 32: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

O que deve ocorrer para que um microorganismo engolfado

possa ser “digerido”?

Explosão respiratória

(surto oxidativo)

Page 33: INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

Explosão respiratória

na entrada de na entrada de oxigênio na célula glicose na célula NADPH oxidase da via pentose fosfato da glicólise anaeróbica NADPH+ NADPH- do lactato no pH oxigênio ânion superóxido peróxido de hidrogênio

ácido hipocloroso hidroxila morte do microorganismo destruição do

microorganismo

enzimas lisossomais

cloretoânion

superóxido

óxido nítrico +

peroxinitrito e dióxido de nitrogênio

óxido nítrico sintetase

mieloperoxidase Reação de Haber-Weiss(superóxido-dismutase)