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GRUPO I - CLASSE V - Plenário TC 004.426/2004-0 Natureza: Relatório de Levantamento de Auditoria (Fiscobras 2004) Entidade: Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT Responsável: Alexandre Silveira de Oliveira (CPF não fornecido) Interessado: Congresso Nacional Advogado constituído nos autos: não consta Sumário: Levantamento de auditoria. Fiscobras/2004. Inocorrência de irregularidades que recomendem a paralisação das obras. Audiência. Determinações. Remessa de cópia à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional. Trata-se de Relatório de Levantamento de Auditoria realizada nas obras relativas ao Programa de Trabalho 26.782.0220.2834.0041 - Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná (BR’s 116, 153, 163, 376 e 476), para prestar informações ao Congresso Nacional de modo a subsidiar os trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. 2.Inicialmente, a equipe de auditoria da Secex/PR registrou que o referido programa de trabalho permitirá a recomposição das condições operacionais de tráfego, proporcionando maior segurança e conforto aos usuários. 3.Registrou a referida equipe que os projetos básicos abrangem todas as obras e que, apesar da exigência de licença ambiental, não a possuem. 4.Foram discriminados os Projetos Básicos a seguir: - Projeto Básico nº 1 Data Elaboração: 01/02/1990 Custo da obra: NCz$ 52.108.075,32 Data Base: 01/02/1990 Objeto: Recuperação de trechos da rodovia federal BR-116 no Estado do Paraná - Projeto Básico nº 2

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GRUPO I - CLASSE V - PlenárioTC 004.426/2004-0Natureza: Relatório de Levantamento de Auditoria (Fiscobras 2004)Entidade: Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNITResponsável: Alexandre Silveira de Oliveira (CPF não fornecido)Interessado: Congresso NacionalAdvogado constituído nos autos: não consta

Sumário: Levantamento de auditoria. Fiscobras/2004. Inocorrência de irregularidades que recomendem a paralisação das obras. Audiência. Determinações. Remessa de cópia à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional.

Trata-se de Relatório de Levantamento de Auditoria realizada nas obras relativas ao Programa de Trabalho 26.782.0220.2834.0041 - Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná (BR’s 116, 153, 163, 376 e 476), para prestar informações ao Congresso Nacional de modo a subsidiar os trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

2.Inicialmente, a equipe de auditoria da Secex/PR registrou que o referido programa de trabalho permitirá a recomposição das condições operacionais de tráfego, proporcionando maior segurança e conforto aos usuários.

3.Registrou a referida equipe que os projetos básicos abrangem todas as obras e que, apesar da exigência de licença ambiental, não a possuem.

4.Foram discriminados os Projetos Básicos a seguir:- Projeto Básico nº 1Data Elaboração: 01/02/1990 Custo da obra: NCz$ 52.108.075,32 Data Base:

01/02/1990Objeto: Recuperação de trechos da rodovia federal BR-116 no Estado do Paraná- Projeto Básico nº 2Data Elaboração: 01/02/1989 Custo da obra: NCz$ 916.537.710,04 Data Base:

01/02/1989Objeto: Restauração e melhoramentos no subtrecho Contorno Sul de Curitiba,

segmento km 596,2 - km 610,8 da BR-376/PR.- Projeto Básico nº 3Data Elaboração: 01/05/1995 Custo da obra: R$ 13.247.231,34 Data Base:

01/05/1995Objeto: Restauração e melhoramentos no subtrecho União da Vitória - Divisa PR/SC,

segmento km 438,0 - km 512,9 da BR-153/PR.- Projeto Básico nº 4Data Elaboração: 15/11/2003 Custo da obra: R$ 52.000.000,00 Data Base:

15/01/2004Objeto: Restauração e melhoramentos na Rodovia BR-153/PR, trecho Divisa SP/PR -

Divisa PR/SC, segmento km 51,60-km 110,30, extensão 58,70 km.- Projeto Básico nº 5Data Elaboração: 04/01/2002 Custo da obra: R$ 11.459.129,06 Data Base:

04/01/2002

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Objeto: Restauração na Rodovia BR-163/PR, trecho Mal. Rondon-Guaíra, segmento km 276,30-km 339,40, extensão 63,1 km.

- Projeto Básico nº 6Data Elaboração: 28/07/2003 Custo da obra: R$ 1.046.618,03 Data Base: 28/07/2003Objeto: Execução de obras emergenciais na Rodovia BR-116/PR, trecho Div. SP/PR,

no km 1,50, em função do rompimento do aterro da pista de rolamento.5.As obras tiveram início em 27/12/1995 e, na data da vistoria (26/04/2004), foi

constatada a realização de 37% das obras (média ponderada das execuções físicas de cada um dos trechos descritos acima, considerando-se o valor global dos diversos contratos em andamento). O percentual realizado de cada trecho é: a) 42,3% do segmento km 162,9-km 207,2; b) 70,5% do segmento km 118,3-km 162,9 da BR-116/PR; c) 40,1% do segmento km 438,0-km 512,9 da BR-153/PR e d) 1,8% do segmento km 276,30-km 339,40 da BR-163/PR.

5.1 A data prevista para conclusão é 11/11/2004 (refere-se unicamente ao último prazo definido nos contratos em andamento). As obras estão em andamento.

6.Estima-se para conclusão a quantia de R$ 143.800.000,00, valor fornecido pela 9ª UNIT e que abrange os recursos necessários às obras de restauração da BR-153/PR, segmento km 51,60 - 110,30, com licitação em fase de julgamento de propostas e com previsão para assinatura do contrato ainda neste exercício.

6.1 Foram desembolsados:Origem Ano Valor Orçado Valor

LiquidadoCréditos

AutorizadosMoeda

União 2004 25.386.886,00 0,00 25.386.886,00 RealUnião 2003 44.960.788,00 24.706.649,32 54.462.628,00 RealUnião 2002 71.799.159,00 29.266.420,00 58.038.359,00 Real

6.1.1 Nos exercícios anteriores a 2001, inclusive, a execução financeira-orçamentária dos contratos utilizou recursos do PT 26.782.0220.2834.0081.

7.No tocante às licitações em andamento, aos contratos principais e secundários, a equipe de auditoria registrou:

7.1 Edital nº 196/2002-00, para execução de serviços de restauração e melhoramentos na Rodovia BR-153/PR, trecho Div.SP/PR-Div. PR/SC, subtrecho PR-096 (Joaquim Távora)-BR-277(Ibaiti), segmento km51,60 ao km 110,30, ext. 58,70km.

UASG: 393003 Modalidade de Licitação: CONCORRÊNCIAData da Publicação: 27/11/2003 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 15/01/2004 Valor Estimado: 52.000.000,0000Quantidade de Propostas Classificadas: 3Aguardando publicação do resultado do julgamento de 03/02/2004, em que a empresa

CR Almeida S/A - Engenharia de Obras apresentou o menor preço global, no valor de R$ 41.491.287,97.

7.2 Contratos Principais:7.2.1 Contrato: PD/9º Nº 0020/97-00, para restauração e melhoramentos no trecho km

118,3 - km 162,9 da BR-116/PR.Data da Assinatura: 19/11/1997Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: 393028-90020-1997CNPJ Contratada: 76.024.876/0001-30Razão Social: Empresa Curitibana de Saneamento e Construção Civil Ltda.

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Vigência: 19/11/1997 a 08/11/1999 (inicial) Vigência: 19/11/1997 a 11/11/2004 (atual)

Valor: R$ 9.511.396,76 (inicial) Valor: R$ 9.511.396,76 (atual)Data-Base: 21/08/1995 (inicial) Data-Base: 21/08/1995 (atual)Volume do Serviço: 44,6000 km (inicial Volume do Serviço: 44,6000 km (atual)Custo Unitário: 213.260,01 R$/km (inicial Custo Unitário: 213.260,01 R$/km (atual)Nº/Data Aditivo Atual: 6 20/11/2003Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:Alterações do Objeto: sem alterações7.2.2 Contrato: PD/9º Nº 0027/95-00, para restauração e melhoramentos no trecho km

162,9 - km 207,2 da BR-116/PRData da Assinatura: 27/12/1995Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: 393028-90027-1995CNPJ Contratada: 76.555.762/0001-16Razão Social: Sociedade Mafrense de Engenharia Ltda.Vigência: 27/12/1995 a 15/12/1997 (inicial) Vigência: 27/12/1995 a 10/06/2004

(atual)Valor: R$ 8.826.654,83 (inicial) Valor: R$ 8.826.654,83 (atual)Data-Base: 21/08/1995 (inicial) Data-Base: 21/08/1995 (atual)Volume do Serviço: 44,3000 km (inicial) Volume do Serviço: 44,3000 km (atual)Custo Unitário: 199.247,28 R$/km (inicial) Custo Unitário: 199.247,28 R$/km (atual)Nº/Data Aditivo Atual: 9 14/07/2003Situação do Contrato: Em andamento.Alterações do Objeto: sem alterações7.2.3 Contrato PD/9º Nº 0027/96-01, para restauração e melhoramentos no subtrecho

Contorno Sul de Curitiba, segmento km 596,2 - km 610,8 da BR-376/PRData da Assinatura: 18/12/1996Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: 393028-90027-1996CNPJ Contratada: 76.519.974/0001-48Razão Social: J MALUCELLI CONSTRUTORA DE OBRAS LTDAVigência: 21/12/1996 a 09/04/1998 (inicial) Vigência: 21/12/1996 a 10/12/2002

(atual)Valor: R$ 13.539.185,15 (inicial) Valor: R$ 16.923.711,76 (atual)Data-Base: 06/07/1995 (inicial) Data-Base: 06/07/1995 (atual)Volume do Serviço: 14,6000 km (inicial) Volume do Serviço: 14,6000 km (atual)Custo Unitário: 927.341,44 R$/km (inicial) Custo Unitário: 1.159.158,33 R$/km

(atual)Nº/Data Aditivo Atual: 14 02/12/2002Situação do Contrato: Concluído.Alterações do Objeto: sem alteraçõesObservações:A obra, em rodovia de pista dupla, compreende restauração de uma das pistas e

complementação da outra, ambas em placas de cimento portland (pavimento rígido).7.2.4 Contrato: PD/9º Nº 0007/96-00, para restauração e melhoramentos no subtrecho

União da Vitória - Divisa PR/SC, segmento km 438,0 - km 512,9 da BR-153/PRData da Assinatura: 12/04/1996

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Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: 393028-90007-1996CNPJ Contratada: 55.333.769/0001-13Razão Social: ENCALSO Construções Ltda.Vigência: 23/05/1996 a 13/11/1997 (inicial) Vigência: 23/05/1996 a 21/05/2004

(atual)Valor: R$ 12.828.211,43 (inicial) Valor: R$ 15.231.265,34 (atual)Data-Base: 06/07/1995 (inicial) Data-Base: 06/07/1995 (atual)Volume do Serviço: 74,9000 km (inicial) Volume do Serviço: 74,9000 km (atual)Custo Unitário: 171.271,18 R$/km (inicial) Custo Unitário: 203.354,67 R$/km (atual)Nº/Data Aditivo Atual: 12 16/06/2003Situação do Contrato: Em andamento.Alterações do Objeto: sem alterações7.2.5 Contrato: PG-205/2001-00, para restauração e melhoramentos no trecho Divisa

SC/PR- Divisa PR/MS, segmento km 276,30 - km 339,40 da BR-163/PRData da Assinatura: 28/12/2001Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: 273087-205-2001CNPJ Contratada: 92.779.503/0001-25Razão Social: CONSTRUTORA CASTILHO S.A.Vigência: 05/01/2002 a 30/12/2002 (inicial) Vigência: 05/01/2002 a 01/06/2004

(atual)Valor: R$ 11.459.129,06 (inicial) Valor: R$ 11.459.129,06 (atual)Data-Base: 08/05/2001 (inicial) Data-Base: 08/05/2001 (atual)Volume do Serviço: 63,1000 km (inicial) Volume do Serviço: 63,1000 km (atual)Custo Unitário: 181.602,67 R$/km (inicial) Custo Unitário: 181.602,67 R$/km (atual)Situação do Contrato: Suspenso.Alterações do Objeto: sem alteraçõesObservações:Serviços paralisados conforme Ordem de Paralisação de Serviços nº 001/2004,

emitida pela 9ª UNIT em 26/02/2004, em razão de revisão de projeto.7.3 Contratos Secundários7.3.1 Contrato: PD/9º Nº 0004/96-00, para supervisão técnica e acompanhamento das

obras de restauração do subtrecho União da Vitória - Divisa PR/SC, segmento km 438,00 - km 512,0 da BR-153/PR

CNPJ Contratada: 77.385.110/0001-43Razão Social: Dalcon Engenharia de Consultoria Ltda.SIASG: 393028-90004-1996 Data-Base: 28/08/1995Valor Atual: R$ 868.302,90 Situação Atual: Em andamento.Vigência atual: 14/03/1996 a 21/06/20047.3.2 Contrato: PG-175/96-00, para revisão e atualização de projeto, coordenação,

supervisão e controle das obras de restauraçãoCNPJ Contratada: 77.385.110/0001-43Razão Social: Dalcon Engenharia de Consultoria Ltda.SIASG: 393003-175-1996 Data-Base: 15/06/1995Valor Atual: R$ 2.090.444,39 Situação Atual: Concluído.Vigência atual: 21/11/1996 a 19/05/2002

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7.3.3 Contrato: PG-213/96-00, para coordenação, supervisão e controle das obras de restauração e melhoramentos no subtrecho Entrada PR-423 - Divisa PR/SC,segmentos km 118,3-km 162,9 (lote 1) e km 162,9-km 207,2 (lote 2)

CNPJ Contratada: 27.606.482/0001-84Razão Social: Solotec - Engenharia S/C Ltda.SIASG: 393003-213-1996 Data-Base: 15/08/1995Valor Atual: R$ 1.268.270,72 Situação Atual: Concluído.Vigência atual: 28/11/1996 a 10/11/20027.3.4 Contrato TT-039/03-00, para serviços de supervisão de obras rodoviárias de

restauração na BR-163/PR, trecho Guaíra-Mal. Cândido Rondon, segmento km 276,3 - km 339,3.

CNPJ Contratada: 76.436.849/0001-74Razão Social: Engefoto - Engenharia e Aerolevantamentos S.A.SIASG: 393003-39-2003 Data-Base: 14/08/2002Valor Atual: R$ 769.406,80 Situação Atual: Suspenso.Vigência atual: 04/09/2003 a 27/09/2004Observações:Serviços paralisados a partir de 01/03/2004 em razão da paralisação dos serviços

referentes ao contrato nº PG-205/2001-00 da Construtora Castilho S/A.7.3.5 Contrato: UT-09-035/03-00, para execução de serviços emergenciais no trecho

Divisa SP/PR - Divisa PR/SC, subtrecho km -0,8 - km 42,6, segmento km 1,5, pista SP/Curitiba da rodovia BR-116/PR.

CNPJ Contratada: 76.024.876/0001-30Razão Social: Empresa Curitibana de Saneamento e Construção Civil Ltda.SIASG: 393028-9035-2003 Data-Base: 25/07/2003Valor Atual: R$ 1.046.618,03 Situação Atual: Concluído.Vigência atual: 08/10/2003 a 05/04/20048.Informou a equipe de auditoria que nas fiscalizações já realizadas por este Tribunal,

nos exercícios de 2001, 2002 e 2003, não foram observados indícios de irregularidades. Na presente auditoria, no entanto, foram apuradas as irregularidades abaixo listadas:

8.1 Execução orçamentária irregular, no âmbito do Contrato PD/9º Nº 0020/97-00 (fls. 53/8).

Segundo a equipe de auditoria:“Da análise das medições efetuadas até esta data, verificou-se que encontram-se

pendentes de pagamento as medições de nº 21 a 27 (exercício de 2002) e 36 a 37 (exercício de 2003), enquanto que medições posteriores, as de nº 28, 29, 32 e 33 (2003) foram pagas no exercício de 2003 e as de nº 30, 31, 34, 35, 38 (esta parcialmente) e 39 (12/2003) foram pagas em 2004.

Percebe-se claramente que os pagamentos não obedecem a qualquer critério, pois mesmo a vinculação aos empenhos emitidos e com saldos disponíveis para o pagamento da despesas não tem qualquer relação com o período a que se referem as medições.

Assim, tem-se que uma medição de serviços executados em janeiro de 2003 paga com recursos vinculados a um empenho emitido em 2002, inscrito em restos a pagar para atender a pagamentos de serviços executados ao longo do exercício de 2002. Enquanto estes serviços encontram-se pendentes de pagamento até esta data.

Tais constatações caracterizam o descumprimento do que determina o art. 5º da Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/1994, in verbis, ...obedecer, para

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cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada.

Cabe ressaltar, que embora sejam diversas as fontes de recursos a que se referem os empenhos vinculados ao contrato em questão, os serviços executados e as correspondentes medições não são vinculadas especificamente a qualquer fonte de recursos, o que demonstra que o procedimento adotado pelo órgão carece de motivação derivada de determinação legal, demonstrando aparente desorganização que pode causar prejuízos ao Erário, considerando que todos os pagamentos são realizados com o necessário reajustamento de preços previsto no contrato”.

Ressaltou a aludida equipe que, não obstante os fatos supra, que denotam que o órgão apresenta problemas na operacionalização dos pagamentos de medições de serviços executados, é recomendável o prosseguimento da obra.

8.2 Execução orçamentária irregular - alocação indevida pelo DNIT de recursos orçamentários destinados à restauração de rodovias federais a contratos de serviços relacionados à construção, conservação e manutenção de rodovias (fls. 41/52).

Segundo a equipe de auditoria:“Da análise da execução orçamentário-financeira dos recursos alocados pela LOA de

2003 ao PT nº 26.782.0220.2834.0041R (Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná), constatou-se a vinculação de parcela destes recursos a contratos que não se coadunam aos objetivos especificados no Programa de Trabalho:

CONTRATO

EMPRESA OBJETO EMPENHO VALOR (R$)

PG-132/01 PRODEC Consultoria em Obras de Construção

03NE901556 840.000,00

PG-100/01 SCONNTEC Construção 03NE901353 176.600,00PG-100/01 SCONNTEC Construção 03NE901354 23.400,00PD-9 05/2000

CBEMI Conservação e Manutenção

03NE901170 1.350.000,00

UT-09-029/03

EXATO Conservação e Manutenção

03NE903655 70.000,00

Total de recursos alocados indevidamente (R$) 2.460.000,00

A LOA de 2003, assim como as lei orçamentárias de exercícios anteriores, contempla em programas de trabalho específicos a alocação de recursos orçamentários a contratos de conservação e manutenção, bem como de construção de rodovias, o que não justifica a utilização de recursos do programa de trabalho em análise nos contratos acima relacionados.

O que caracteriza descumprimento das disposições do art. 167, inciso VI, da Constituição Federal e do art. 8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, considerando que a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos orçamentários de uma categoria de programação para outra, sem prévia autorização legislativa, são expressamente vedados e que os recursos legalmente vinculados a finalidade específica devem ser utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso”.

Ressaltou a aludida equipe que, não obstante o fato supra, é recomendável o prosseguimento da obra, uma vez que não há irregularidade na execução dos contratos. Entretanto, frisou que o procedimento adotado pelo DNIT, além de caracterizar infringência aos dispositivos legais que regulam a execução do orçamento, dificulta

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sobremaneira o acompanhamento desta execução, em particular quanto ao controle da regularidade da execução orçamentário-financeira dos contratos, tornando as informações a serem prestadas ao Congresso Nacional, objetivo dos levantamentos inseridos no FISCOBRAS, ... comprometidas, por serem inexatas, ao consignarem valores liquidados à conta do PT em análise, que incluem pagamentos efetuados em contratos de obras que não se inserem nas ações abrangidas pelo PT.

8.3 Celebração irregular de contratos (Contrato UT-09-035/03-00) - fls. 82/131De acordo com a equipe de auditoria:“Em 03/06/2003, foi realizada inspeção por servidores da 9ª UNIT-DNIT/PR que

constatou o rompimento do aterro da pista de rolamento, no km 1,50 da Rodovia BR-116/PR, trecho Divisa SP/PR-Curitiba.

Restou configurada a situação emergencial pelo risco de ocorrência de acidentes conforme noticiado pela 1ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal através de ofícios encaminhados à 9ª UNIT.

Entretanto, verificou-se que, mesmo diante da situação emergencial, a Direção da 9ª UNIT não tomou as providências legais com a agilidade necessária, visto que somente em 28/07/2003, aproximadamente dois meses da constatação do rompimento do aterro, encaminhou o processo de contratação emergencial da empresa EMPO Ltda. à instância superior.

Aprovada a solicitação de dispensa de licitação pelo Ministro dos Transportes em 05/08/2003, foi publicado o Extrato de Dispensa de Licitação nº 90/2003 em 08/08/2003, indicando como documento que suportaria orçamentariamente a referida contratação, a nota de empenho nº 2003NE999695, emitida pela UG/Gestão 393003/39252, DNIT/DF, no valor de R$ 1.046.618,03.

Em consulta ao SIAFI, constatou-se que a mencionada nota de empenho nunca existiu. De fato, o que ocorreu foi a autorização emitida pelo Coordenador da 9º UNIT, Sr. Rosalvo A. S. de Bueno Gizzi, do início das obras pela empresa EMPO Ltda. em 29/07/2003, sem que os recursos orçamentários estivessem assegurados, ou seja, sem o prévio empenho da despesa, o qual somente foi emitido em 16/09/2003 (2003NE901980), com o agravante de que o contrato foi assinado em 08/10/2003, dois meses após o início das obras.

Oficialmente, a ordem de início de serviços nº 026/2003 emitida pelo responsável indica a data de 10/10/2003 para o início da obra. Embora os atestados de execução dos serviços referentes às medições 01 e 02, atestem a execução de 67,98% dos serviços contratados no período de 05/08/2003 a 31/08/2003, no valor de R$ 710.981,39 e de 12,31%, no período de 01/09/2003 a 30/09/2003, no valor de R$ 128.705,02, perfazendo 80,29% do total do contrato.

Diante dos fatos relatados, embora a obra tenha sido executada e os pagamentos não tenham sido efetuados até esta data, fica caracterizada a infringência ao disposto no art. 60 da Lei nº 4.320/1964 c/c o art. 24 do Decreto nº 93.872/1986, tendo em vista que o empenho da despesa se deu apenas em 16/09/2003, com aproximadamente 80% da obra concluída, com o agravante de que o contrato somente foi firmado em 08/10/2003, mais de dois meses após o início das obras, contrariando as disposições do art. 62 da Lei nº 8.666/93”.

Ressaltou a aludida equipe que a obra foi executada e o contrato encerrado.8.4 Administração irregular de contratos (Contrato PD/9º Nº 0007/96-00) - fls. 69/81.Conforme consignado pela equipe de auditoria:

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“Inexecução parcial de contrato decorrente da injustificada paralisação das obras pela contratada desde dezembro de 2002, contrariando o disposto no parágrafo único do art. 8º, apesar da assinatura de termo aditivo estendendo a vigência do respectivo contrato até 21/05/2004, com a alocação de recursos no valor de R$ 3.821.000,00, conforme a nota de empenho 2003NE900253, emitida em 21/03/2003, no valor de R$ 1.300.000,00 e 2003NE900579, de 14/05/2003, no valor de R$ 2.521.000,00.

As últimas medições atestam a execução de serviços até dezembro de 2002, sendo que tais medições no valor total de R$ 664.941,83 permanecem injustificadamente pendentes de pagamento pelo DNIT, caracterizando a situação prevista no inciso XV do art. 78 da Lei nº 8.666/93.

A análise da situação permite concluir que o DNIT, como contratante, vem cometendo falhas no acompanhamento da execução do referido contrato, omitindo-se ao não adotar as providências previstas no §1º do art. 67 da Lei nº 8.666/93 quanto à injustificada paralisação das obras pela contratada de que tratam os arts. 8º, parágrafo único, 86 e 87, bem como quanto à obrigatória correção dos novos defeitos identificados no subtrecho do km 497 a km 500, que já foram objeto de determinação deste Tribunal no levantamento de auditoria do exercício de 2003.

A responsabilidade da empresa contratada é indiscutível, nos termos do art. 69 da Lei nº 8.666/93, já que o relatório da empresa supervisora atesta que são oriundos de falhas construtivas.

Concorrendo para o agravamento da situação, constatou-se o atraso injustificado dos pagamentos por serviços executados pela empresa no exercício de 2002, no valor total de R$ 664.941,83”.

Ressaltou a aludida equipe que, não obstante o fato supra, é recomendável o prosseguimento da obra, uma vez que as irregularidades apontadas resultam da omissão da contratante em exigir o cumprimento das cláusulas estabelecidas no contrato, cujo saneamento somente será possível com a continuidade das obras.

8.5 Execução orçamentária irregular, no âmbito do contrato PD/9º Nº 0020/97-00 (fls. 60/3)

De acordo com a equipe de auditoria:“ Pagamento irregular de despesas de prestação de serviços executados no mês de

janeiro de 2003, referentes à medição nº 28, no valor de R$ 5.996.870,90, através das ordens bancárias 2003ºB002405 e 2003ºB002535, devido à utilização indevida de recursos orçamentários apropriados através da nota de empenho 2002NE90104, inscritos em Restos a Pagar do exercício de 2002, destinados ao pagamento das medições de nº 21 a 27, relativos ao serviços executados no período de junho a dezembro de 2002.

Além do fato do pagamento ter se efetivado sem o obrigatório processamento via subsistema CPR, considerando que o DNIT é órgão habilitado na modalidade de utilização Total, que obriga a todas as unidades gestoras subordinadas efetuarem pagamentos de compromissos somente via CPR”.

Ressaltou a aludida equipe que, não obstante o fato supra, é recomendável o prosseguimento da obra, uma vez que as irregularidades apontadas não afetam a execução do contrato pela empresa contratada.

8.6 Execução orçamentária irregular (Contrato: PD/9º Nº 0020/97-00) - fl. 59.Conforme a equipe de auditoria:“Inscrição irregular da parcela de R$ 6.020.452,29, referente à nota de empenho

nº 2002NE90104, em Restos a Pagar no exercício de 2002, no valor total de

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R$ 11.000.000,00, afrontando o disposto no art. 1º do Decreto nº 4.049, de 12/12/2001, alterado pelo Decreto nº 4.389, de 26 de setembro de 2002, in verbis, ‘Somente poderão ser inscritas em Restos a Pagar no exercício de 2002 as despesas empenhadas e efetivamente realizadas no exercício financeiro correspondente, cuja liquidação se tenha verificado no ano ou possa vir a ocorrer até 31 de janeiro de 2003. § 1º Para fins do disposto neste artigo, consideram-se realizadas as despesas em que a contraprestação em bens, serviços ou obras tenha sido efetivamente realizada no exercício...’.

Dos R$ 11.000.000,00 inscritos, somente R$ 4.979.547,71, correspondentes às medições de nº 21 a 27, poderiam ter sido inscritas em Restos a Pagar, o restante deveria ter sido anulado pelo ordenador de despesas, conforme as disposições do § 2º do mesmo decreto”.

Ressaltou a aludida equipe que, não obstante o fato supra, é recomendável o prosseguimento da obra, uma vez que as irregularidades apontadas não afetam a execução do contrato.

8.7 Execução orçamentária irregular (Contrato PD/9º Nº 0020/97-00) - fls. 59/ 68.Segundo a equipe de auditoria:“Apropriação irregular de obrigação, através da nota de lançamento

nº 2003NL001179, em 24/02/2003, no valor fictício de R$ 6.057.974,69, indevidamente associado à prestação de serviços correspondente à medição nº 27, de dezembro de 2002, cujo valor foi, de fato, R$ 61.061,34, com o intuito de burlar a determinação contida no Decreto nº 4.594, de 13/02/2003, que dispôs sobre a realização de despesas inscritas em Restos a Pagar no exercício de 2002, no sentido do cancelamento obrigatório no SIAFI até a data de fechamento do mês de fevereiro do saldo dos Restos a Pagar inscritos que não atendessem cumulativamente às condições previstas em seu art. 1º

Neste caso, os serviços que supostamente teriam sido executados no mês de janeiro de 2003, que, entretanto, foram atestados após 14/02/2003, não atendendo a condição do inciso II - a contraprestação em bens, serviços ou obras tenha sido realizada. Fato comprovado pelo estorno da NL acima referida em julho de 2003, e subseqüentes apropriações das medições nº 28 e nº 27, esta, agora, pelo seu real valor, através da notas de lançamento 2003NL002424 e 002425. A manobra realizada esclarece o fato do pagamento da medição nº 28 não ter sido processada via CPR”.

Ressaltou a aludida equipe que, não obstante o fato supra, é recomendável o prosseguimento da obra, uma vez que as irregularidades detectadas não afetam a execução do contrato pela empresa contratada.

8.8 Outras irregularidades referentes à execução orçamentária (Contrato PD/9º Nº 0020/97-00) - fls. 61, 64, 65 e 68.

Conforme a equipe de auditoria:“Descumprimento do art. 3º, da IN SRF nº 306, de 12/03/2003, que dispõe sobre a

retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuados a pessoas jurídicas por órgãos, autarquias e fundações da administração pública federal, in verbis, Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional, pelo órgão ou entidade que efetuar a retenção, mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), no prazo de até três dias úteis, contado da data do pagamento à pessoa jurídica..., devido ao pagamento, através da ordens bancárias 2003ºB0002407 e 2003ºB002474, em 19/09 e 24/09/2003, no montante de R$ 1.166.603,02, referente a parte da medição nº 29, com o recolhimento do imposto devido através do documento 2003DF901304, somente em 06/10/2003, 17 dias e

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12 dias após, respectivamente. Muito acima do prazo de 3 dias úteis estabelecido pela Instrução Normativa”.

9.Em conclusão, a equipe de auditoria aduziu que das irregularidades identificadas nos contratos analisados e na execução orçamentário-financeira dos recursos alocados pela Lei Orçamentária Anual ao Programa de Trabalho, pode-se concluir que existem deficiências no próprio controle interno do órgão. As informações obtidas junto à unidade regional do DNIT não permitem um acompanhamento confiável da execução orçamentário-financeira dos contratos, dada a centralização dos processos de pagamento no órgão central. Verifica-se a execução física das obras, entretanto, a correlação dos pagamentos efetuados com as disponibilidades orçamentárias do programa de trabalho avaliado nem sempre permite avaliar com exatidão a regularidade de tais pagamentos.

De modo que, embora focada na avaliação da regularidade da execução de contratos, sobressai a necessidade de um controle mais efetivo da execução orçamentária por parte do sistema de controle interno. Na realidade, é difícil imaginar por que razões uma empresa contratada presta serviços que são medidos mensalmente e recebe por estes serviços de uma maneira totalmente aleatória como constatado no acompanhamento do contrato PD/9ª nº 020/97, sem que se faça um questionamento quanto à motivação dos setores responsáveis por estes pagamentos no DNIT.

10. Ante o que apurou, a equipe de auditoria propôs a realização de audiência a diversos responsáveis, bem assim a expedição de determinações corretivas à entidade, como abaixo descrito:

10.1 Audiência de Rosalvo Augusto Souza de Bueno Gissi (CPF: 51139065815), Coordenador da 9ª UNIT, quanto:

10.1.1 a inclusão de informações inverídicas na publicação do Extrato de Dispensa de Licitação nº 90/2003 em 08/08/2003, quanto ao documento que suportaria orçamentariamente a referida contratação da empresa EMPO Ltda., contrato nº UT-09-035/03-00, a nota de empenho nº 2003NE999695, supostamente emitida pela UG/Gestão 393003/39252, DNIT/DF, no valor de R$ 1.046.618,03;

10.1.2 a autorização para o início das obras pela empresa EMPO Ltda. em 29/07/2003, sem que os recursos orçamentários estivessem assegurados, ou seja, sem o prévio empenho da despesa, o qual somente foi emitido em 16/09/2003 (2003NE901980), caracterizando infringência ao disposto no art. 60 da Lei nº 4.320/1964 c/c o art. 24 do Decreto nº 93.872/1986, com o agravante da assinatura do contrato nº UT-09-035/03-00 somente em 08/10/2003, dois meses após o início das obras, com aproximadamente 80% da obra concluída, contrariando as disposições do art. 62 da Lei nº 8.666/93;

10.1.3 a omissão na adoção das providências previstas no §1º do art. 67 da Lei nº 8.666/93 quanto à injustificada paralisação das obras pela empresa Encalso Construções Ltda., objeto do contrato nº PD/9º-0007/96-00, de que tratam os arts. 8º, parágrafo único, 86 e 87 da Lei nº 8.666/93; bem como, quanto à obrigatória correção pela empresa dos novos defeitos identificados no subtrecho do km 497 a km 500 da BR-153/PR, consoante o art. 69 da Lei nº 8.666/93, que já foram objeto de determinação deste Tribunal no levantamento de auditoria do exercício de 2003.

10.2 Audiência de José Antônio Silva Coutinho (CPF: 00032352620), Diretor-Geral do DNIT no período de 09/05/2003 à 11/02/2004, quanto:

10.2.1 a vinculação irregular de parcela no valor global de R$ 2.460.000,00 dos recursos orçamentários alocados pela LOA de 2003 ao PT nº 26.782.0220.2834.0041R (Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná) aos contratos nº PG-132/01 de

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Consultoria em Obras de Construção (2003NE901556, R$ 840.000,00), PG-100/01 de Construção (2003NE901353, R$ 176.600,00 e 2003NE901354, R$ 23.400,00), PD-9 05/2000 de Conservação e Manutenção (2003NE901170, R$ 1.350.000,00) e UT-09-029/03 de Conservação e Manutenção (2003NE903655, R$ 70.000,00), caracterizando descumprimento das disposições do art. 167, inciso VI, da Constituição Federal e do art. 8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo em vista que a LOA de 2003, assim como as leis orçamentárias de exercícios anteriores, contempla, em programas de trabalho específicos, a alocação de recursos orçamentários a contratos de conservação e manutenção, bem como, de construção de rodovias;

10.2.2 ao pagamento de serviços prestados pela empresa EMPO Ltda., no contrato PD/9ª nº 0020/97-00, em desacordo com o que determina o art. 5º da Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/1994, decorrente da não obediência à estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, caracterizada pela constatação de que encontram-se pendentes de pagamento as medições de nº 21 a 27(exercício de 2002) e 36 a 37 (exercício de 2003), enquanto que medições posteriores, as de nº 28, 29, 32 e 33 (2003) foram pagas no exercício de 2003 e as de nº 30, 31, 34, 35, 38 (esta parcialmente) e 39 (12/2003) foram pagas em 2004, sem que estivessem presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada;

10.2.3 ao pagamento irregular de despesas de prestação de serviços executados no mês de janeiro de 2003, referentes à medição nº 28 do contrato PD/9ª nº 0020/97-00, da empresa EMPO Ltda., no valor de R$ 5.996.870,90, através das ordens bancárias 2003ºB002405 e 2003ºB002535, devido à utilização indevida de recursos orçamentários apropriados através da nota de empenho 2002NE90104, inscritos em Restos a Pagar do exercício de 2002, destinados ao pagamento das medições de nº 21 a 27, relativos aos serviços executados no período de junho a dezembro de 2002. Além do fato do pagamento ter se efetivado sem o obrigatório processamento via subsistema CPR, considerando que o DNIT é órgão habilitado na modalidade de utilização Total, que obriga a todas as unidades gestoras subordinadas efetuarem pagamentos de compromissos somente via CPR;

10.3 Audiência de Luiz Francisco Silva Marcos (CPF: 269.130.547-34), Diretor-Geral do DNIT no período de 14/05/2002 à 21/01/2003, quanto a inscrição irregular em Restos a Pagar do exercício de 2002 da parcela de R$ 6.020.452,29, referente à nota de empenho nº 2002NE90104, vinculada ao contrato nº PD/9ª nº 0020/97-00, inscrita em Restos a Pagar no exercício de 2002, no valor total de R$ 11.000.000,00, afrontando o disposto no art. 1º do Decreto nº 4.049, de 12/12/2001, alterado pelo Decreto nº 4.389, de 26 de setembro de 2002, que determinou que somente poderiam ter sido inscritas em Restos a Pagar, no exercício de 2002, as despesas empenhadas em que a contraprestação em bens, serviços ou obras tivesse sido efetivamente realizada no exercício, situação que abrangeu somente a parcela de R$ 4.979.547,71, correspondentes às medições de nº 21 a 27, de junho a dezembro de 2002, sendo que, o restante dos recursos empenhados deveria ter sido anulado pelo ordenador de despesas, conforme as disposições do § 2º do mesmo decreto;

10.4 Audiência de Ilizeu Real Júnior (CPF: 684.991.168-68), Diretor-Geral do DNIT no período de 21/01/2003 à 09/05/2003, quanto à apropriação irregular de obrigação à conta dos recursos inscritos em Restos a Pagar da nota de empenho nº 2002NE900104, vinculada ao contrato nº PD/9ª nº 0020/97-00, através da nota de lançamento nº 2003NL001179, em 24/02/2003, no valor fictício de R$ 6.057.974,69, indevidamente

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associado à prestação de serviços correspondente à medição nº 27, de dezembro de 2002, cujo valor foi, de fato, R$ 61.061,34, infringindo a determinação contida no Decreto nº 4.594, de 13/02/2003, que dispôs sobre a realização de despesas inscritas em Restos a Pagar no exercício de 2002, no sentido do cancelamento obrigatório no SIAFI até a data de fechamento do mês de fevereiro do saldo dos Restos a Pagar inscritos que não atendessem cumulativamente às condições previstas em seu art. 1º, consoante as disposições do Decreto nº 4.049, de 12/12/2001.

10.5 Determinação à 9ª Unidade de Infra-Estrutura Terrestre para que:10.5.1 adote as providências previstas na Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas

pela Lei nº 8.883/94, no sentido do reinício das obras de restauração do segmento km 438,0 - km 512,9 da BR-153/PR, pela empresa Encalso Construções Ltda., objeto do contrato PD/9ª nº 0007/96-00;

10.5.2 adote as providências previstas na Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/94, para que a empresa Encalso Construções Ltda., detentora do contrato PD/9ª nº 0007/96-00, providencie a correção, em definitivo, das falhas construtivas detectadas no segmento do km 497,0 ao km 500,0 da BR-153/PR;

10.6 Determinação ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes para que:

10.6.1 observe as disposições do art. 167, inciso VI, da Constituição Federal e do art. 8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade, no sentido da não utilização de recursos orçamentários alocados a programas de trabalho que compreendem obras de conservação, restauração e construção de rodovias, para pagamentos de serviços decorrentes de contratos com objetos distintos dos que são destinados os recursos de cada programa de trabalho, conforme detalhamento inserido na Lei Orçamentária Anual;

10.6.2 efetue os pagamentos devidos por serviços executados em contratos de obras públicas obedecendo, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, ou seja, de cada medição de serviços, nos termos do art. 5º da Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/94;

10.6.3 efetue pagamentos de compromissos decorrentes de contratos de obras públicas exclusivamente através do subsistema CPR (Contas a pagar e a receber) do SIAFI, considerando que o DNIT é órgão habilitado na modalidade de utilização Total, situação que obriga a todas as suas unidades gestoras subordinadas efetuarem pagamentos somente via CPR;

10.6.4 observe o prazo estabelecido no art. 3º, da IN SRF nº 306, de 12/03/2003, que dispõe sobre a retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuados a pessoas jurídicas pelo órgão.

O Sr. Diretor e a Srª Secretária de Controle Externo ratificaram a proposta supra (fl. 35).

É o Relatório.

VOTO

Não foram constatadas, na presente auditoria, irregularidades que recomendem a paralisação de quaisquer dos contratos auditados. Para aquelas que, embora graves, não ensejam tal paralisação, propôs a Unidade Técnica a realização de audiências, as quais acolho. Como também acolho as demais medidas alvitradas.

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Ante o exposto, VOTO por que seja adotado o Acórdão que ora submeto à consideração deste Colegiado.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 7 de julho de 2004.

ADYLSON MOTTAMinistro-Relator

ACÓRDÃO 888/2004 - Plenário - TCU

1. Processo nº TC 004.426/2004-02. Grupo I - Classe de Assunto V - Relatório de Levantamento de Auditoria -

Fiscobras 20043. Responsável: Alexandre Silveira de Oliveira - CPF não fornecido4. Entidade: Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT5. Relator: Ministro Adylson Motta6. Representante do Ministério Público: não atuou7. Unidade Técnica: Secex/PR8. Advogado constituído nos autos: não consta

9. Acórdão:VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Relatório de Levantamento de

Auditoria realizada nas obras relativas ao Programa de Trabalho nº 26.782.0220.2834.0041 - Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná (BR’s 116, 153, 163, 376 e 476), para prestar informações ao Congresso Nacional, de modo a subsidiar os trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização;

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. ouvir, em audiência, com fulcro no art. 43, II, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, os senhores abaixo, para que apresentem suas razões de justificativa, no prazo de 15 (quinze) dias, para os fatos discriminados:

9.1.1. Sr. Rosalvo Augusto Souza de Bueno Gissi - CPF nº 511.390.658-15, Coordenador da 9ª UNIT, quanto:

9.1.1.1. à inclusão de informações inverídicas na publicação do Extrato de Dispensa de Licitação nº 90/2003, em 08/08/2003, quanto ao documento que suportaria, orçamentariamente, a referida contratação da empresa EMPO Ltda., contrato nº UT-09-035/03-00, a nota de empenho nº 2003NE999695, supostamente emitida pela UG/Gestão 393003/39252, DNIT/DF, no valor de R$ 1.046.618,03 (um milhão, quarenta e seis mil, seiscentos e dezoito reais e três centavos);

9.1.1.2. à autorização para o início das obras pela empresa EMPO Ltda. em 29/07/2003, sem que os recursos orçamentários estivessem assegurados, ou seja, sem o prévio empenho da despesa, o qual somente foi emitido em 16/09/2003 (2003NE901980), caracterizando infringência ao disposto no art. 60 da Lei nº 4.320/1964, c/c o art. 24 do Decreto nº 93.872/1986, com o agravante da assinatura do contrato nº UT-09-035/03-00 somente em 08/10/2003, dois meses após o início das obras, com aproximadamente 80% da obra concluída, contrariando as disposições do art. 62 da Lei nº 8.666/93;

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9.1.1.3. à omissão na adoção das providências previstas no §1º do art. 67 da Lei nº 8.666/93 quanto à injustificada paralisação das obras pela empresa Encalso Construções Ltda., objeto do contrato nº PD/9º-0007/96-00, de que tratam os arts. 8º, parágrafo único, 86 e 87 da Lei nº 8.666/93; bem como quanto à obrigatória correção, pela empresa, dos novos defeitos identificados no subtrecho do km 497 ao km 500 da BR-153/PR, consoante o art. 69 da Lei nº 8.666/93, que já foram objeto de determinação deste Tribunal no levantamento de auditoria do exercício de 2003;

9.1.2. Sr. José Antônio Silva Coutinho - CPF nº 000.323.526-20, Diretor-Geral do DNIT no período de 09/05/2003 à 11/02/2004, quanto:

9.1.2.1. à vinculação irregular de parcela no valor global de R$ 2.460.000,00 (dois milhões, quatrocentos e sessenta mil reais) dos recursos orçamentários alocados pela LOA de 2003 ao PT nº 26.782.0220.2834.0041R (Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná) aos contratos nº PG-132/01, de Consultoria em Obras de Construção (2003NE901556, R$ 840.000,00), PG-100/01, de Construção (2003NE901353, R$ 176.600,00 e 2003NE901354, R$ 23.400,00), PD-9 05/2000, de Conservação e Manutenção (2003NE901170, R$ 1.350.000,00), e UT-09-029/03, de Conservação e Manutenção (2003NE903655, R$ 70.000,00), caracterizando descumprimento do art. 167, inciso VI, da Constituição Federal, e do art. 8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo em vista que a LOA de 2003, assim como as leis orçamentárias de exercícios anteriores, contempla, em programas de trabalho específicos, a alocação de recursos orçamentários a contratos de conservação e manutenção, bem como, de construção de rodovias;

9.1.2.2. ao pagamento de serviços prestados pela empresa EMPO Ltda., no contrato PD/9ª nº 0020/97-00, em desacordo com o que determina o art. 5º da Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/1994, decorrente da não obediência à estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, caracterizada pela constatação de que encontram-se pendentes de pagamento as medições de nº 21 a 27(exercício de 2002) e 36 a 37 (exercício de 2003), enquanto que medições posteriores, as de nº 28, 29, 32 e 33 (2003), foram pagas no exercício de 2003, e as de nº 30, 31, 34, 35, 38 (esta parcialmente) e 39 (12/2003) foram pagas em 2004, sem que estivessem presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada;

9.1.2.3. ao pagamento irregular de despesas de prestação de serviços executados no mês de janeiro de 2003, referentes à medição nº 28 do contrato PD/9ª nº 0020/97-00, da empresa EMPO Ltda., no valor de R$ 5.996.870,90 (cinco milhões, novecentos e noventa e seis mil, oitocentos e setenta reais e noventa centavos), através das ordens bancárias nº 2003ºB002405 e nº 2003ºB002535, devido à utilização indevida de recursos orçamentários apropriados através da nota de empenho nº 2002NE90104, inscritos em Restos a Pagar do exercício de 2002, destinados ao pagamento das medições de nº 21 a 27, relativos ao serviços executados no período de junho a dezembro de 2002, bem assim a realização do pagamento ter se efetivado sem o obrigatório processamento via subsistema CPR;

9.1.3. Sr. Luiz Francisco Silva Marcos - CPF nº 269.130.547-34, Diretor-Geral do DNIT no período de 14/05/2002 à 21/01/2003, quanto a inscrição irregular, em Restos a Pagar do exercício de 2002, da parcela de R$ 6.020.452,29 (seis milhões, vinte mil, quatrocentos e cinquenta e dois reais e vinte e nove centavos), referente à nota de empenho nº 2002NE90104, vinculada ao contrato PD/9ª nº 0020/97-00, inscrita em Restos a Pagar no exercício de 2002, no valor total de R$ 11.000.000,00 (onze milhões de reais), afrontando o

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disposto no art. 1º do Decreto nº 4.049, de 12/12/2001, alterado pelo Decreto nº 4.389, de 26 de setembro de 2002, que determinou que somente poderiam ter sido inscritas em Restos a Pagar, no exercício de 2002, as despesas empenhadas em que a contraprestação em bens, serviços ou obras tivesse sido efetivamente realizada no exercício, situação que abrangeu somente a parcela de R$ 4.979.547,71 (quatro milhões, novecentos e setenta e nove mil, quinhentos e quarenta e sete reais e setenta e um centavos), correspondentes às medições de nº 21 a 27, de junho a dezembro de 2002, sendo que o restante dos recursos empenhados deveria ter sido anulado pelo ordenador de despesas, conforme as disposições do § 2º do mesmo decreto;

9.1.4. Sr. Ilizeu Real Júnior - CPF nº 684.991.168-68, Diretor-Geral do DNIT no período de 21/01/2003 à 09/05/2003, quanto à apropriação irregular de obrigação à conta dos recursos inscritos em Restos a Pagar da nota de empenho nº 2002NE900104, vinculada ao contrato PD/9ª nº 0020/97-00, através da nota de lançamento nº 2003NL001179, em 24/02/2003, no valor fictício de R$ 6.057.974,69 (seis milhões, cinquenta e sete mil, novecentos e setenta e quatro reais e sessenta e nove centavos), indevidamente associado à prestação de serviços correspondente à medição nº 27, de dezembro de 2002, cujo valor foi, de fato, R$ 61.061,34 (sessenta e um mil, sessenta e um reais e trinta e quatro centavos), infringindo a determinação contida no Decreto nº 4.594, de 13/02/2003, que dispôs sobre a realização de despesas inscritas em Restos a Pagar no exercício de 2002, no sentido do cancelamento obrigatório, no SIAFI, até a data de fechamento do mês de fevereiro, do saldo dos Restos a Pagar inscritos que não atendessem cumulativamente às condições previstas em seu art. 1º, consoante as disposições do Decreto nº 4.049, de 12/12/2001;

9.2. determinar à 9ª Unidade de Infra-Estrutura Terrestre que:9.2.1. adote as providências previstas na Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas

pela Lei nº 8.883/94, no sentido do reinício das obras de restauração do segmento km 438,0 - km 512,9 da BR-153/PR, pela empresa Encalso Construções Ltda., objeto do contrato PD/9ª nº 0007/96-00;

9.2.2. adote as providências previstas na Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/94, para que a empresa Encalso Construções Ltda., detentora do contrato PD/9ª nº 0007/96-00, providencie a correção, em definitivo, das falhas construtivas detectadas no segmento do km 497,0 ao km 500,0 da BR-153/PR;

9.3. determinar ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes que:9.3.1. observe as disposições do art. 167, inciso VI, da Constituição Federal, e do art.

8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade, no sentido da não utilização de recursos orçamentários alocados a programas de trabalho que compreendem obras de conservação, restauração e construção de rodovias, para pagamentos de serviços decorrentes de contratos com objetos distintos dos que são destinados os recursos de cada programa de trabalho, conforme detalhamento inserido na Lei Orçamentária Anual;

9.3.2. efetue os pagamentos devidos por serviços executados em contratos de obras públicas obedecendo, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, ou seja, de cada medição de serviços, nos termos do art. 5º da Lei nº 8.666/93, com as alterações dadas pela Lei nº 8.883/94;

9.3.3. efetue pagamentos de compromissos decorrentes de contratos de obras públicas exclusivamente através do subsistema CPR (Contas a pagar e a receber) do SIAFI, considerando que o DNIT é órgão habilitado na modalidade de utilização Total, situação que obriga a todas as suas unidades gestoras subordinadas efetuarem pagamentos somente via CPR;

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9.3.4. observe o prazo estabelecido no art. 3º, da IN SRF nº 306, de 12/03/2003, que dispõe sobre a retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuados a pessoas jurídicas pelo órgão;

9.4. informar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional que, por ocasião da auditoria realizada por este Tribunal, no 1º semestre de 2004, no Programa de Trabalho nº 26.782.0220.2834.0041 - Restauração de Rodovias Federais no Estado do Paraná (BR’s 116, 153, 163, 376 e 476), não foram constatadas irregularidades que recomendem a paralisação das obras.

10. Ata nº 24/2004 - Plenário11. Data da Sessão: 7/7/2004 - Ordinária12. Especificação do quórum:12.1. Ministros presentes: Valmir Campelo (Presidente), Marcos Vinicios Vilaça,

Adylson Motta (Relator), Walton Alencar Rodrigues, Guilherme Palmeira, Benjamin Zymler e os Ministros-Substitutos Augusto Sherman Cavalcanti e Marcos Bemquerer Costa.

VALMIR CAMPELOPresidente

ADYLSON MOTTAMinistro-Relator

Fui presente:LUCAS ROCHA FURTADOProcurador-Geral