gota d'água - ed. n.41 - novembro 2015

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 41 – 16 de novembro de 2015 ACESSE A VERSÃO DIGITAL A gravíssima tragédia ocorrida em Minas Gerais e o relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), classicando de alto risco 33 bar- ragens na Bahia, mostram a necessidade de divulgação de dados sobre nossos principais reservatórios de água. Isso é o que o Sindicato vai pedir ao governo estadual, à Embasa e à Cerb, tanto para prevenir aci- dentes como para tranquilizar a população após a divulgação do rela- tório da ANA. PÁGINA 2 Os três (e únicos) aparelhos de ar condicionado da captação principal da Em- basa, em Conceição da Feira, estão quebrados. O tempo passou, viraram sucatas e quebram sempre. O calor é infernal no grande salão onde se revezam 23 ope- radores e cam os complexos painéis de controle, que precisam de refrigeração. Nem por isso são tomadas as providências. O sofrimento dos operadores já dura mais de 15 dias. PÁGINA 3 PEDRA DO CAVALO Calor e sofrimento é a rotina na captação Calor e sofrimento é a rotina na captação de Pedra do Cavalo de Pedra do Cavalo Sindicato quer Sindicato quer divulgação divulgação dos dados de dos dados de monitoração das monitoração das barragens no barragens no estado estado ACREDITE: EMBASA NÃO ADMITE MAIS A EXISTÊNCIA DOS DESVIOS DE FUNÇÃO PÁGINA 3 INSCRIÇÃO DE AGREGADOS NA CERB É PRIMEIRO PROBLEMA NA MIGRAÇÃO AO PLANSERV PÁGINA 2 MUDANÇAS NO TURNO DE REVEZAMENTO ADIADAS PARA O DIA 30 PÁGINA 2 DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO SINDICAL CHEGA A MAIS QUATRO UNIDADES REGIONAIS PÁGINA 3 AÇÃO JUDICIAL É FEITA PARA VIABILIZAR EXTRATURNO NA CETREL. RESPOSTA DA DAC SERÁ COBRADA NESTA TERÇA PÁGINA 4 www.sindae-ba.org.br JOSÉ AB SACRAMENTO | WIKIMEDIA ADMITE MAIS A EXISNCIA DOS DESVIOS DE FUNÇÃO GINA 3 NA MIG www

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Page 1: Gota D'água - Ed. n.41 - Novembro 2015

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 41 – 16 de novembro de 2015

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A gravíssima tragédia ocorrida em Minas Gerais e o relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), classifi cando de alto risco 33 bar-ragens na Bahia, mostram a necessidade de divulgação de dados sobre nossos principais reservatórios de água. Isso é o que o Sindicato vai pedir ao governo estadual, à Embasa e à Cerb, tanto para prevenir aci-dentes como para tranquilizar a população após a divulgação do rela-tório da ANA. PÁGINA 2

Os três (e únicos) aparelhos de ar condicionado da captação principal da Em-basa, em Conceição da Feira, estão quebrados. O tempo passou, viraram sucatas e quebram sempre. O calor é infernal no grande salão onde se revezam 23 ope-radores e fi cam os complexos painéis de controle, que precisam de refrigeração. Nem por isso são tomadas as providências. O sofrimento dos operadores já dura mais de 15 dias. PÁGINA 3

PEDRA DO CAVALO

Calor e sofrimento é a rotina na captação Calor e sofrimento é a rotina na captação de Pedra do Cavalode Pedra do Cavalo

Sindicato quer Sindicato quer divulgação divulgação dos dados de dos dados de monitoração das monitoração das barragens no barragens no estadoestado

ACREDITE: EMBASA NÃO ADMITE MAIS A EXISTÊNCIA DOS

DESVIOS DE FUNÇÃOPÁGINA 3

INSCRIÇÃO DE AGREGADOS NA CERB É PRIMEIRO PROBLEMA

NA MIGRAÇÃO AO PLANSERVPÁGINA 2

MUDANÇAS NO TURNO DE REVEZAMENTO ADIADAS

PARA O DIA 30PÁGINA 2

DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO SINDICAL CHEGA A MAIS QUATRO

UNIDADES REGIONAISPÁGINA 3

AÇÃO JUDICIAL É FEITA PARA VIABILIZAR EXTRATURNO NA

CETREL. RESPOSTA DA DAC SERÁ COBRADA NESTA TERÇA

PÁGINA 4

www.sindae-ba.org.br

JOSÉ AB SACRAMENTO | WIKIMEDIA

ADMITE MAIS A EXISTÊNCIA DOSDESVIOS DE FUNÇÃO

PÁGINA 3NA MIG

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O último relatório da ANA classifica 33 reservatórios baianos como de alto risco e essa informação teve grande repercussão na imprensa.

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Sindicato cobra divulgação do monitoramento de barragens ao governo, Embasa e Cerb

A direção da Embasa resolveu aten-der, em parte, a cobrança do Sindicato pa-ra prorrogar o prazo de implantação das mudanças na jornada do turno de reveza-mento inicialmente previsto para o último domingo (15). Ela prorrogou para o dia 30 deste mês, tempo em que espera resol-ver duas questões importantes: a garantia do transporte e a colocação de um sexto operador para o turno fi xo de 12 horas.

A prorrogação do prazo foi anunciada na sexta (13) pela diretora de Gestão Cor-porativa, Maria do Socorro Mendonça Vas-concelos, dois dias após uma reunião feita com o Sindicato para discutir esse e outros assuntos. Contudo, vamos insistir para que a implantação seja adiada para o fi nal do acor-do coletivo, em razão das difi culdades de se resolver as pendências ou então para quan-do for apresentada uma solução concreta.

Recentemente foi fi rmado um Ter-mo Aditivo ao Acordo Coletivo entre o Sindicato e a Embasa sobre novas esca-las de trabalho para a jornada de turno de revezamento, quando foram defi nidas três opções: jornadas de 6, 8 e 12 horas, sendo que a principal mudança é nessa última: o turno de 12 horas deixa de ser de revezamento para ser fi xo.

Ainda na reunião da última quarta (11), O Sindicato aproveitou para de-nunciar que a Superintendência Metro-politana está informando às unidades da Região Metropolitana que o turno de re-vezamento será de 8 horas, sem discutir com os operadores, ao contrário do que foi negociado com a empresa. A jornada deve ser negociada com os trabalhado-res e não imposta.

PPRA E PLANO DE SAÚDE – A Em-basa entregou ao Sindicato na última quinta (12) uma cópia do Programa de Prevenção a Riscos Ambientais (PPRA), mas deixou de fazer o mesmo em re-lação ao edital de contratação da nova operadora do plano de saúde. A direção do Sindicato fará uma avaliação dos do-cumentos, junto a técnicos da área, para então ir aos parques discutir com os (as) trabalhadores (as).

MOTOCICLISTAS – O Sindicato tam-bém solicitou a substituição de motoci-clistas e de motos de terceirizadas para o serviço de campo por motos e trabalha-dores próprios. Além da contratação de “gatas” ter um elevado custo, a Embasa tem deixado seus agentes a pé, o que, no mínimo, é uma incoerência.

A migração de empregados (as) da Cerb para o Planserv ainda nem se efetivou (a assistência médica continua sendo prestada pela Golden Cross) e o primeiro problema já surgiu: a inclu-são de agregados. O Planserv só aceita agregados até 24 anos, em vez de até 35 anos, passando por cima da negocia-ção feita com o governo do estado e a empresa para o acordo coletivo de tra-balho. A empresa, por sua vez, não está recebendo a documentação dos agrega-dos com mais de 24 anos.

O Sindicato está solicitando uma reunião com o governo e a direção da Cerb para questionar o problema e co-brar uma solução. A redução do limite de idade do agregado, de 35 para 24 anos, foi criado na lei recentemente aprovada na Assembleia Legislativa, depois da ne-gociação do acordo coletivo. Vamos exi-gir respeito ao que foi negociado.

SAIU O PAGAMENTO – Finalmente foi honrada a data de pagamento dos dias cortados na greve. O dinheiro foi liberado em conta no último dia 9, con-forme o acertado. Diante disso, o Sindi-cato entrou na justiça na semana pas-sada com o pedido de desistência do dissídio coletivo e a empresa fi cou de fazer o mesmo. O acordo coletivo, já as-sinado, será homologado na Superinten-dência Regional do Trabalho e Emprego.

O pagamento dos dias cortados marca o fi m do longo confl ito pelo acordo coletivo. A greve durou 58 dias (foi a mais longa já realizada do setor de saneamento na Bahia) e trouxe du-as grandes conquistas: a inclusão de cer-bianos (as) no programa habitacional dos servidores públicos e a escolha de um representante dos (das) trabalhado-res (as) no Conselho de Administração, tanto da Cerb quanto da Embasa.

Diante da tragédia ocorrida em Minas Gerais e do relatório sobre segurança de barragens da Agência Nacional de Águas (ANA), o Sindicato vai pedir ao governo do estado, à Embasa e à Cerb, esta semana, que divulguem os dados de monitoramento so-bre as principais barragens existentes no es-tado. Isso se faz necessário porque, embora datado de setembro de 2014, o último re-latório da ANA classifi ca 33 reservatórios baianos como de alto risco e essa informa-ção teve grande repercussão na imprensa.

Desse total, nove barragens estariam sob responsabilidade da Cerb e cinco da Embasa. As outras pertencem ao DNOCS, Codevasf (órgãos federais), mineradora Magnesita e pessoas físicas ou fazendas. De acordo com a ANA, o risco é medido atra-vés de características técnicas, estado de conservação do empreendimento e atendi-mento ao Plano de Segurança da Barragem.

A Embasa informou que fez inspe-ções este ano em suas barragens e não encontrou patologias, anomalias ou incon-formidades que comprometam o funcio-

Empresa atende parcialmente a reivindicação e adia mudança no turno

de revezamento

Planserv e Cerb criam problema para agregados. Sindicato vai ao governo cobrar

respeito ao acordo

namento delas. Quanto à classifi cação de alto risco feita pela ANA, a empresa infor-mou que isso não se deve à insegurança das estruturas, mas ao alto volume de acu-mulação de água dos reservatórios e tam-bém pela presença de residências à jusante (abaixo da barragem). A Cerb, por sua vez, informou que os reservatórios são antigos, de pequeno porte e usados para consumo humano e que vários deles já foram repas-sados para prefeituras.

Entre as barragens algumas são de gran-de porte, como Pedra do Cavalo, Ipitanga II,

Joanes II, Pedras Altas, Bandeira de Melo, São José do Jacuípe etc. Próximas a algumas de-las não existem apenas residências isoladas, mas cidades, daí a necessidade da inspeção e divulgação de dados para tranquilizar a po-pulação e também para garantir a segurança desses equipamentos.Mais informações so-bre dados apurados em: ana.gov.br

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A empresa deve lembrar que está prevista na Norma Regulamentadora 17, que trata da ergonomia, o ambiente laboral deve estar em 23ºC.

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Trabalhadores e equipamentos sofrem com calor infernal em setor estratégico

“A maior riqueza do homem é sua incompletude.Manoel de Barros ”

Depois de tantas reuniões com a em-presa para discutir o assunto, depois de inúmeras cobranças por uma solução, de denúncias no boletim e debates em assem-bleias, a direção da Embasa resolveu, de uma hora para outra, negar a existência daquilo que todo mundo sabe que existe: emprega-dos (as) trabalhando em desvio de função.

Isso aconteceu durante reunião na última quarta (11), quando o Sindica-to discutia o plano de cargos e salários e pediu a correção dos desvios de fun-ção e o pagamento do retroativo, pelo serviço a mais executado, além de uma compensação para aqueles que, na revi-são do plano, irão ter mais atribuições na empresa. A simples negativa da existência dos desvios de função é uma mudança misteriosa de conduta, mas não retira a responsabilidade da empresa.

TÉCNICOS SEM REGISTRO – Apesar de seguidas denúncias, a Embasa conti-

nua aceitando e sendo conivente com o trabalho de empregados (as) terceiriza-dos (as) atuando como técnicos mas sem o devido registro no conselho de classe. É um fato muito comum no Rio Verme-lho e é algo muito sério e se caracteriza como contravenção penal.

Na última quarta (11), o Sindicato apresentou documento da própria Em-basa assinado por um funcionário e com carimbo de técnico em edifi cações, sem que o mesmo tenha registro no Conse-lho Regional de Engenhariam e Agrono-mia (Crea). Como não é técnico, faz as atribuições de agente de manutenção ou de monitor de obras.

Essa manobra das empreiteiras se dá por um motivo simples: salário de téc-nico é maior, então a empreiteira lucra mais cobrando da Embasa por algo que não tem. E isso deixa de ser contraven-ção para ser crime.

Em 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o período que vai de 1º de janeiro de 2015 e fi m em 31 de dezembro de 2024 como Década Inter-nacional de Afrodescendentes, com o obje-tivo de promover o respeito, a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de afrodescen-dentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A Década será marcada por atividades e ações dentro do tema “Afrodescenden-tes: reconhecimento, justiça e desenvol-vimento”, oferecendo uma oportunidade

para se reconhecer a contribuição signi-fi cativa dada pelos afrodescendentes às nossas sociedades, bem como propor me-didas concretas para promover sua inclu-são total e combater todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e qualquer tipo de intolerância relacionada.

A ONU espera que, com isso, sejam criados e fortalecidos marcos legais nos âmbitos nacional, regional e internacional, de acordo com a Declaração e Plano de Ação de Durban, e com a Convenção In-ternacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.

Misteriosamente, Embasa passa a negar existência de desvios de função

ONU declara Década Internacional de Afrodescendentes

A captação principal da Embasa, em Pe-dra do Cavalo, município de Conceição da Feira, é considerado um setor estratégico da empresa. Porém, longe está de receber tratamento digno e mesmo respeitoso, tal é o calor no grande salão onde fi cam os pai-néis de controle. Há mais de 15 dias estão quebrados os três aparelhos de ar condicio-nado e, apesar dos pedidos de providência, nada é feito para sanar o problema.

Os aparelhos, verdadeiras sucatas, têm mais de 15 anos de uso e vivem quebrando, ora um, ora outro. Dessa vez foram os três, para desespero dos 23 operadores que se

Depois de feita em sete unidades regionais da Embasa, a devolução do Im-posto Sindical avança ainda mais pelo in-terior do estado e esta semana chega a mais quatro cidades – Jequié, Itamaraju, Senhor do Bonfi m e Paulo Afonso. Na semana passada o trabalho fi cou con-centrado em Itabuna, Irecê e Vitória da Conquista, mas antes já tinha ocorrido também em Barreiras, Caetité, Itabera-ba e Alagoinhas.

Entramos, assim, na quarta sema-na da devolução do Imposto, trabalho iniciado pela Embasa. O mesmo traba-lho será feito brevemente junto aos (às) trabalhadores (as) da Cetrel S/A, Ode-brecht Ambiental e Foz Jaguaribe, pois estas empresas foram as que já envia-ram a relação de empregados (as) e res-pectivas contas bancárias.

motobombas. A empresa deve lembrar que está prevista na Norma Regulamentadora 17, que trata da ergonomia, o ambiente la-boral deve estar em 23ºC. A Embasa vai es-perar que esses conjuntos quebrem para ouvir o grito furioso de quem fi cou sem água e assim tomar uma providência?

revezam nos turnos de trabalho. De tanto conserto e manutenção inadequada, mais parecem arremedos de equipamentos. A gerência do setor, que fi ca na ETA Principal (Cova do Defunto), recebe as cobranças por uma solução e até agora, distante do local, não se mostra incomodada.

Os aparelhos precisam ser trocados por novos e com urgência para evitar mais sofrimento para os operadores e prejuízos para a própria empresa. Por serem ener-gizados, os painéis de controle necessitam de refrigeração para evitar diferença nas leituras de temperatura dos conjuntos de

Devolução do Imposto Sindical

chega a mais quatro unidades regionais

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Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: [email protected]

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SIGA-NOS:

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TOMENotaSOS SOBRADINHOA água na barragem de Sobradinho

continua baixando aceleradamente e na semana passada a capacidade do reserva-tório fi cou em 2,88%. Relatório da Chesf indica que no próximo dia 19 a redução fi que em 2%, o menor nível já enfrenta-do pela barragem. Apesar disso, a libera-ção de água é mantida em 900 metros cúbicos por segundo. O abastecimento de populações rurais e de cidades ribeiri-nhas está seriamente afetado.

ELEIÇÃO NO DIEESENo próximo dia 24 haverá eleição pa-

ra renovação de um terço de membros da direção regional do Dieese, bem como pa-ra escolha do novo coordenador (a) e se-cretário (a) regional. Isso acontecerá du-rante assembleia com representantes das entidades sindicais, que também vão apro-var o Planejamento de 2016, o Plano Trie-nal e a proposta orçamentária. Será no au-ditório do Sindicato dos Metalúrgicos, em Nazaré, a partir das 17 horas.

CESTA BÁSICAE por falar em Dieese, o departamen-

to divulgou que a cesta básica de alimen-tos registrou em outubro uma ligeira alta de preço em Salvador, fi cando 0,23% mais cara em relação ao mês anterior. Mas res-salta que esta é a primeira alta após quatro meses seguidos de redução. Contudo, de novembro do ano passado até outubro, os alimentos acumulam uma alta de 15,53% na capital baiana. O preço da cesta composta de 12 alimentos agora está em R$ 297,83.

DESEMPREGOMais uma pesquisa, agora a Nacional

por Amostra de Domicílio, do IBGE, volta a confi rmar o estrago da crise econômica, ao revelar que a taxa de desemprego no país voltou a subir no trimestre encerrado em agosto, chegando a 8,7%. É 0,6% superior ao do trimestre terminado em maio (8,1%). Esta foi a maior taxa de desocupação da sé-rie histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre de março a maio, foram acres-cidas mais 647 mil pessoas desocupadas.

FALECIMENTOO ex-companheiro Raimundo Bis-

po da Silva, de 56 anos, faleceu na última sexta (13) em sua residência, na cidade de Poções. Estava aposentado há dois meses, após 35 anos de serviços prestados à Em-basa como agente de sistema do Escritó-rio Local de Poções, vinculado à Unidade Regional de Vitória da Conquista (USV).

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT-Bahia), através da Secretaria de Meio Ambiente, e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia (Sindae), prestam solidariedade às vítimas da tragédia que se abateu em Minas Gerais, com o rompimento de duas barragens de rejeitos químicos da mineradora Samarco. Além disso, cobram punição exemplar que vão muito além da multa de R$ 250 milhões aplicada pelo Ibama, pois a lama tóxica ma-tou várias pessoas, destruiu um distrito in-teiro (Bento Rodrigues, em Mariana) e cau-sou danos ambientais irreversíveis em toda a Bacia Hidrográfi ca do Rio Doce, prejuízos que se estendem a cidades do Espírito San-to, para onde a lama tem avançado.

Ainda existe o risco de rompimento de uma terceira barragem (a maior do sistema), que é a de Germano. Por causa disso, na se-mana passada a PM impediu o acesso de re-presentantes da CUT no local do desastre.

Além das mortes (nove pessoas con-fi rmadas até o momento, sendo que ou-tras 19 continuam desaparecidas), a tragédia deixou a população de várias cidades sem água devido à contaminação das fontes de

CUT Bahia e Sindae prestam solidariedade às vítimas da tragédia em Minas Gerais

O encaminhamento do acordo para pagamento do retroativo do extraturno será discutido nesta terça (17) com a Ce-trel S/A, ao mesmo tempo em que será cobrada a elaboração do termo aditivo ao acordo coletivo, incluindo essa nova cláu-sula, visando o pagamento das respectivas horas extras a partir deste mês.

Para garantir o pagamento do retro-ativo, o Sindicato entrou com uma ação judicial na semana passada, representan-

do os operadores que enviaram os do-cumentos solicitados. O acordo de paga-mento será feito através dessa ação.

DAC e Cetrel Lumina – Ainda na reunião desta terça, vamos cobrar da DAC uma resposta à contrapropos-ta feita pelos operadores visando o pa-gamento do retroativo do extraturno, e também vamos solicitar o início das ne-gociações com a Cetrel Lumina sobre essa mesma cláusula.

Ação é proposta para viabilizar pagamento da Cetrel S/A e vamos cobrar resposta da DAC

EXTRATURNO

abastecimento e vai provocar forte desem-prego. Esse desastre é resultado da falta de cumprimento das normas de segurança e de respeito à legislação ambiental pela Sa-marco, que é de propriedade da Vale, maior mineradora de ferro do mundo e que foi privatizada por FHC, e da anglo-australiana BHP Billiton. O que aconteceu ali foi um cri-me. O lucro não pode se sobrepor à vida.

Esse desastre é resultado da falta de cumprimento das normas de segurança e de respeito à legislação ambiental.

A mineradora Samarco teve um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões em 2014. Já a Vale é aquela que em 1997 foi vendida à iniciati-va privada por R$ 3,3 bilhões, preço de ba-nana, pois tinha valor de mercado estimado em R$ 92 bilhões. Um ano antes, com a Lei Kandir, FHC isentou de ICMS as exporta-ções de minerais. Uma combinação perfeita na rifa do patrimônio nacional.