gota d'água - ed. n.12 - abril 2016

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Acordo no Saae Acordo no Saae de Valença é aprovado de Valença é aprovado na Câmara. na Câmara. Reajuste é de 12% Reajuste é de 12% Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXX – Nº 12 – 11 de abril de 2016 ACESSE A VERSÃO DIGITAL EXTRATURNO: JUSTIÇA OBRIGA CETREL S/A A APRESENTAR CONTRACHEQUES PÁGINA 3 POR TRÁS DA CRISE POLÍTICA, DIREITA QUER CORTAR VÁRIOS DIREITOS DA CLASSE TRABALHADORA PÁGINA 2 EMBASA FINALMENTE INICIA NEGOCIAÇÃO E SÓ FALA EM CRISE PÁGINA 3 www.sindae-ba.org.br Há dias a população de Sento Sé, norte da Bahia, vem sendo abastecida por água bruta retirada do Rio São Francisco.A alegação é de que falta dinheiro pa- ra comprar cloro e sulfato de alumínio para o tratamento da água. Constatada a contaminação da água, isso pode congurar crime contra a saúde pública. O Sindicato já denunciou o fato às autoridades. PÁGINA 2 Absurdo: população de Sento Sé é abastecida com água bruta Pela primeira vez o acordo do Saae foi submetido aos vereadores e sua aprovação garantiu reajuste salarial de 12%, mais 44% no tíquete ali- mentação, que passou de R$ 25,00 para R$ 36,00. Como a autarquia pas- sou a integrar o regime jurídico único, um novo plano de cargos deve ser implantado até julho. PÁGINA 3 ACERVO SINDAE

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Page 1: Gota D'água - Ed. n.12 - Abril 2016

Acordo no Saae Acordo no Saae de Valença é aprovado de Valença é aprovado na Câmara.na Câmara.Reajuste é de 12%Reajuste é de 12%

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXX – Nº 12 – 11 de abril de 2016

AC

ESSE

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EXTRATURNO: JUSTIÇA OBRIGA CETREL S/A A

APRESENTAR CONTRACHEQUESPÁGINA 3

POR TRÁS DA CRISE POLÍTICA, DIREITA QUER CORTAR

VÁRIOS DIREITOS DA CLASSE TRABALHADORA

PÁGINA 2

EMBASA FINALMENTE INICIA NEGOCIAÇÃO E SÓ FALA EM CRISE

PÁGINA 3

www.sindae-ba.org.br

Há dias a população de Sento Sé, norte da Bahia, vem sendo abastecida por água bruta retirada do Rio São Francisco. A alegação é de que falta dinheiro pa-ra comprar cloro e sulfato de alumínio para o tratamento da água. Constatada a contaminação da água, isso pode confi gurar crime contra a saúde pública. O Sindicato já denunciou o fato às autoridades. PÁGINA 2

Absurdo: população de Sento Sé é abastecida com água bruta

Pela primeira vez o acordo do Saae foi submetido aos vereadores e sua aprovação garantiu reajuste salarial de 12%, mais 44% no tíquete ali-mentação, que passou de R$ 25,00 para R$ 36,00. Como a autarquia pas-sou a integrar o regime jurídico único, um novo plano de cargos deve ser implantado até julho. PÁGINA 3

ACERVO SINDAE

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De acordo com o jornalista, analista político e diretor do Departamento Inter-sindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, “qualquer que seja o desfecho do processo de impeach-ment, já é possível antecipar quem será o maior prejudicado nessa história: o assala-riado”. Pode-se acrescentar a esse raciocí-nio que, se acontecer o golpe, as forças de direita terão força para implantar uma grave política de retrocesso, destruindo uma infi -nidade de direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora e pela sociedade como um todo nas últimas décadas.

De acordo com levantamento feito pelo próprio Diap, nada menos do que 55 amea-ças a direitos pairam sobre a classe trabalha-dora, às mulheres, população negra, o patri-mônio nacional, a democracia etc, através de

1 - Regulamentação da terceirização sem limite, permi ndo a precarização das relações de trabalho (PL 4302/1998 – Câmara, PLC 30/2015 - Senado, PLS 87/2010 – Senado);

2. Redução da idade para início da atividade laboral de 16 para 14 anos (PEC 18/2011 – Câmara);

Se direita avançar, vários direitos estarão em risco

A população de Sento Sé não sabe, mas está recebendo em casa água bruta, ou seja, sem tratamento, proveniente do Rio São Francisco, para onde é jogado grande volume de esgoto. Isso representa um gran-de risco para a saúde humana, que pode se confi gurar num crime (se constatada a con-taminação da água) e o fato já foi denuncia-do pelo Sindae ao Ministério Público, com pedido para que adote providências urgen-tes. Para moradores, o prefeito Edinaldo Barros não dá a menor atenção para o ser-viço de abastecimento de água.

Há dias o Saae está sem adquirir cloro e sulfato de alumínio para o tratamento da água, e o que se diz é que falta dinheiro. A água retirada do Velho Chico passa apenas por fi ltros antigos, de precário funciona-mento, processo insufi ciente para garantir a potabilidade da água. A estação de tra-tamento é o retrato do abandono: a ban-cada de alvenaria há dias não recebe os cilindros de cloro e motores foram deixa-dos de lado. No lado de fora, o mato toma conta da unidade.

A falta de dinheiro para compra dos produtos de tratamento da água decor-

re da alta inadimplência, fruto da forte in-gerência política sobre o Saae. Na pacata Sento Sé, o que mais se comenta é que lá os mais ricos não pagam a conta, basta ser amigo de algum político infl uente para ter a dívida perdoada. A Prefeitura, por sinal, se-quer faz a sua parte: deve mais de R$ 800 mil pelo consumo de água e não promove a revisão da tarifa de água, asfi xiando fi nan-ceiramente ainda mais a autarquia. Tudo faz parte da amizade e da manutenção do po-der, até porque logo teremos eleições.

Se falta dinheiro para tratar a água, imagina para garantir as mínimas condi-ções de trabalho. Trabalhadores do Saae não recebem fardamento e EPI’s (estão sem luvas, botas etc), o salário sempre é pago com atraso e muitos estão sem go-zar férias há três anos. No último dia 31, em assembleia, os trabalhadores deram prazo até a próxima quinta (14) para a organização de um calendário de férias e para obtenção de uma resposta sobre o pagamento de reajuste salarial de 10%, a partir de maio, deixando para discutir de-pois as perdas de 9,67%. Caso esses requi-sitos não sejam cumpridos, é possível que seja aprovada uma paralisação no serviço.

População de Sento Sé está consumindo água bruta do São Francisco

ALERTA À CLASSE TRABALHADORA

3. Ins tuição do acordo extrajudicial de trabalho, permi ndo a negociação direta entre empregado e empregador (PL 427/2015 – Câmara);

4. Impedimento do empregado demi do de reclamar na Jus ça do Trabalho (PL 948/2011 – Câmara e PL 7549/2014 - Câmara);

5. Suspensão de contrato de trabalho (PL 1875/2015 – Câmara);

6. Prevalência do negociado sobre o legislado (PL 4193/2012 - Câmara);

7. Livre es mulação das relações trabalhistas entre trabalhador e empregador sem a par cipação do sindicato (PL 8294/2014 - Câmara);

8. Regulamentação do trabalho intermitente por dia ou hora (PL 3785/2012 - Câmara);

9. Redução da jornada com redução de salários (PL 5019/2009 - Câmara);

10. Vedação da ultra vidade das convenções ou acordos cole vos (PL 6411/2013 – Câmara);

11. Regulamentação da EC 81/2014, do trabalho escravo, com supressão da jornada exaus va e trabalho degradante das penalidades previstas no Código Penal (PL 3842/2012 – Câmara, PL 5016/2005 – Câmara e PLS 432/2013 - Senado);

12. Estabelecimento do Simples Trabalhista, criando outra categoria de trabalhador com menos direitos (PL 450/2015 – Câmara);

13. Ex nção da multa de 10% por demissão sem justa causa (PLP 51/2007 – Câmara e PLS 550/2015 - Senado);

14. Susta a Norma Regulamenta (NR) 12 sobre Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos (PDC 1408/2013 – Câmara e PDS 43/2015 - Senado);

15. Deslocamento do empregado até o local de trabalho e o seu retorno não integra a jornada de trabalho (PL 2409/2011 – Câmara);

16. Susta as Instruções Norma vas 114/2014 e 18/2014 do Ministério do Trabalho, que disciplinam a fi scalização do trabalho temporário (PDC 1615/2014 – Câmara);

17. Transferência da competência para julgar acidente de trabalho nas autarquias e empresas públicas para a Jus ça Federal (PEC 127/2015 - Senado);

18. Reforma da execução trabalhista (PL 3146/2015 - Câmara).

19. Dispensa do servidor público por insufi ciência de desempenho (PLP 248/1998 - Câmara);

20. Ins tuição de limite de despesa com pessoal (PLP 1/2007 - Câmara);

21. Regulamentação e re rada do direito de greve dos servidores (PLS 710/2011 – Senado; PLS 327/2014 – Senado; e PL 4497/2001 - Câmara); e

22. Priva zação de todas as empresas públicas (PLS 555/2015 - Senado).

projetos em tramitação no Congresso Na-cional. O levantamento foi elaborado em par-ceria com algumas entidades, entre elas o Ins-tituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Associação Nacional dos Magistrados da Jus-tiça do Trabalho (Anamatra) e Centro Femi-nista de Estudos e Assessoria (Cfemea).

O levantamento mostra uma agenda repleta de ataques e a seguir foram sele-cionados alguns que repercutem sobre a classe trabalhadora:

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“Se os pobres desse país soubessem o que estão preparando para eles, não haveria ruas que coubessem tanta gente pra protestar contra o impeachment.Leonardo Boff ”

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Depois de longa pressão, fi nalmente a Embasa abriu a negociação para o acor-do coletivo de trabalho deste ano. Embora essa primeira reunião, realizada na última quinta (7), tenha servido formalmente para a apresentação das equipes de negociação (Sindicato e empresa) e de algumas regras a serem observadas durante esse proces-so, também sinalizou para as difi culdades que a categoria irá enfrentar.

Ao analisar a conjuntura política e eco-nômica do país, o diretor fi nanceiro, Dile-mar Matos, citou que a Embasa não é uma ilha imune à crise fi scal nacional e estadual e que a empresa vem sofrendo os efeitos per-versos desse cenário. Por isso, segundo ele, difi cilmente haverá reajuste nos benefícios e muitas questões terão de passar pelo crivo do governador Rui Costa.

Em resposta, o Sindicato afi rmou que manterá o princípio de não aceitar retroces-sos nos benefícios e conquistas e que, além disso, vai lutar pela implantação de cláusulas novas, conforme sugeridas pela categoria no início da campanha salarial, bem como buscará

Existe a previsão de que no próxi-mo dia 19 sejam iniciadas as negociações com as empresas do grupo Odebrecht (Cetrel S/A, Cetrel Lumina, DAC, Jagua-ribe e Odebrecht Ambiental). O Sindica-to enviou as pautas de reivindicações e tem cobrado o início do processo nego-cial. Na semana passada um representan-te das empresas indicou a data, que deve ser confi rmada esta semana.

EXTRATURNO – Na última terça (5)

houve audiência para discutir o pagamento do retroativo do extraturno da Cetrel S/A, empresa com a qual o acordo está mais adiantado. O Sindicato voltou a pedir à empresa a apresentação de alguns contra-cheques de operadores para que o nosso calculista possa conferir e a Justiça deu 20 dias de prazo para que a Cetrel S/A cum-pra isso. Nova audiência foi marcada para o próximo dia 27 de junho e até lá se espera que o acordo esteja fi nalizado.

Finalmente negociação do acordo coletivo é aberta com a Embasa

Empresas do grupo Odebrecht devem iniciar negociação dia 19

Trabalhadores (as) do Saae de Valença já estão com novo acordo coletivo, preven-do reajuste salarial de 12% e aumento de R$ 25,00 para R$ 36,00 (reajuste de 44%) no tí-quete alimentação, valores retroativos a pri-meiro de fevereiro. Aprovado pelos (as) tra-balhadores (as) em assembleia no dia 21 de março, o projeto teve aprovação na Câma-ra de Vereadores oito dias depois. As demais cláusulas do acordo anterior foram mantidas.

Esta foi a primeira vez que a Câmara de Vereadores aprovou um acordo coletivo do Saae. Além disso, outro fato alterou a re-lação de trabalho: Os (as) empregados (as) da autarquia passaram a integrar o regime jurídico único do município, tornando-se

O Sindicato deu sequência, na sema-na passada, às reuniões com os (as) tra-balhadores (as) nos parques da Embasa, desta vez no CAB e na Federação. Tem sido feito um apelo à mobilização e união da categoria na campanha salarial, dada às difi culdades que precisaremos enfrentar, sobretudo nesse ambiente de crise polí-tica e econômica. As discussões também passam pelo uso das parcerias público--privadas, visando privatizar o setor, a re-visão do plano de cargos e salários e os desvios de função na empresa.

Câmara aprova, pela primeira vez, um acordocoletivo do Saae de Valença

CAMPANHA SALARIAL

Novas reuniões do sindicato

nos parques da Embasa

estatutários (as). Por conta dessa mudança, até julho devem estar integrados a um novo plano de cargos e salários.

garantir a reposição integral das perdas infl a-cionárias e ganho real de salário. Isso porque entende que a empresa tem autonomia admi-nistrativa e fi nanceira em relação ao governo estadual, tem condições de honrar compro-missos e de manter seu quadro funcional bem qualifi cado e bem remunerado.

Pelos critérios da negociação, fi cou defi -nido que primeiro serão discutidas cláusulas idênticas e similares ao acordo anterior, de-pois as novas e fi nalmente as de ordem eco-nômica. Duas novas reuniões foram marca-das para os próximos dias 20 e 28 de abril.

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Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: [email protected]

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A primeira condenação de um empre-sário como coautor ou cúmplice de crimes de lesa-humanidade referentes à ditadura militar na Argentina (1976-1983) aconteceu na última segunda (28). Marcos Levín, ex-do-no da empresa de transportes La Veloz del Norte, foi condenado a 12 anos de prisão por ter participado, em 1977, do sequestro de Víctor Cobos, então funcionário e sindi-calista de sua empresa.

Levín foi condenado por privação ilegal da liberdade e tortura e a sentença foi dada pelo Tribunal Federal de Salta, que também considerou culpados pelos mesmos crimes os ex-policiais Víctor Hugo Almirón, Víctor Hugo Bocos e Víctor Cardozo. Na semana passada o golpe militar na Argentina com-pletou 40 anos e cerca de 300 mil pessoas fi zeram manifestações no centro de Buenos Aires, capital argentina.

FARSA E TORTURA – Víctor Cobos, se-questrado em 22 de janeiro de 1977, inte-grava a direção local da UTA (Unión Tran-viarios Automotor), sindicato argentino do setor de transportes e foi acusado de come-ter supostas fraudes na empresa de Levín. Sob tortura, Cobos foi forçado a assinar um

termo confessando ter roubado a La Veloz del Norte com a participação de colegas.

Atualmente, outros nove empresários enfrentam processos na Justiça sob a acusação de terem sido cúmplices de crimes da ditadu-ra na Argentina. O dono da empresa agroin-dustrial Ledesma, Carlos Pedro Blaquier, e o diretor do jornal La Nueva Provincia, Vincente Massot, são acusados por crimes de lesa-hu-manidade no período do regime militar.

Blaquier é investigado por suposta par-ticipação nas chamadas “noites dos apagões”, em 1976, quando ocorreram cerca de 400 sequestros no país. Já Massot é acusado de ter participado do sequestro, tortura e as-sassinato de dois funcionários do jornal. De acordo com o Ministério Público, um dos trabalhadores havia protagonizado um forte confl ito sindical com o jornal em 1975.

Os demais acusados são ex-diretores ou acionistas das seguintes empresas: Acindar (si-derúrgica), Ford e Mercedes-Benz (automóveis), Las Marías (ervas e chás), Loma Negra (cimento), Molinos Río de la Plata (alimentos, na época per-tencente à multinacional Bunge & Born) e a Co-missão Nacional de Valores (órgão do governo).

TOMENotaOS INVASORESEquipes da Odebrecht, aquela mes-

ma envolvida até o pescoço em casos de corrupção com empresas e obras públi-cas, também grande doadora de recursos para campanhas eleitorais de muitos polí-ticos, estiveram visitando nos últimos dias várias unidades do sistema integrado de abastecimento da Embasa em Feira de San-tana. Passaram por Tanquinho, São Gonçalo dos Campos, Santa Bárbara, Santanópolis e mais especialmente em Conceição de Fei-ra, onde fi ca a captação de água. A Ode-brecht está agilizando o serviço dela para ganhar uma parceria público-privada com o governo baiano. Aguarda esse presentão.

OBSERVATÓRIOSerá nesta terça (12), a partir das 16

horas, em nosso auditório, a nova reunião de integrantes do Observatório do Sane-amento Básico da Bahia. Na pauta estão análise das ações do planejamento estra-tégico recém elaborado, estruturação do órgão, regimento, lançamento de página na internet etc. Outra discussão a ser travada é sobre um suposto estímulo do governo federal às privatizações no setor.

INDÚSTRIA MELHORAA indústria baiana registrou expansão

de 11% na sua produção de fevereiro em comparação a igual mês do ano anterior, ao contrário do resultado nacional, que registrou queda média de 9,8%. Contudo, em relação a janeiro deste ano, houve uma retração de 7,9% no desempenho baiano, conforme o IBGE. Apenas dois estados ti-veram resultados melhores que a Bahia em fevereiro: Pará e Mato Grosso.

FALECIMENTOA ex-companheira Dilma Farjala Fer-

raz Souza, da Embasa, faleceu na última ter-ça (5), aos 59 anos. Analista fi nanceira, já es-tava aposentada. Começou na empresa em 1983 e por último trabalhou no setor de auditoria, em Alphaville, mas também pres-tou serviço no CAB e em Bolandeira.

PROTESTODia 14 de abril, quinta-feira, com

apoio da CUT e demais centrais sindi-cais, será realizado o dia nacional de luta do funcionalismo, com paralisações em vários setores. O principal motivo do ato é pressionar deputados e senadores con-tra o PLP 257/2016, que está tramitando no congresso nacional e cujo objetivo é atacar direitos do funcionários públicos das três esferas (municipal, estadual e fe-deral). Mais detalhes no site da CUT.

Justiça argentina condena empresário por crimes na ditadura militar

A crise política vivida no país se deve, em grande parte, à cultura de privilégios que a elite busca manter, na análise da médica e professora da Ufba, Petilda Vaszquez, ao par-ticipar do Seminário “Desafi os, Conquistas e Valorização da Mulher no Mundo do Traba-lho”, recentemente realizado no auditório do Sindae, numa promoção do Sindicato de As-sistentes Sociais da Bahia. Segundo ela, a elite foca em seus privilégios e não nos direitos, trata diferenças como desigualdades e a cada dia revela mais a sua face intolerante.

Apesar da crise, ela se mantém com espe-rança numa solução e na manutenção do re-gime democrático, pois os movimentos sociais amadureceram e têm bom nível de compreen-são dos problemas. Também alertou que é de fundamental importância ter conhecimento da

história, dos fatos que antecedem esse momen-to e de que forma infl uenciam no comporta-mento das pessoas. Reportando-se à questão de gênero, chamou atenção para o esforço dobrado que uma mulher precisa fazer quan-do ocupa um lugar historicamente masculino e como isso refl ete negativamente em sua saúde.

Outra palestrante foi a assistente social e mestre em saúde, Ana Maria Neta de Oli-veira. Ela abordou os transtornos mentais relacionados ao trabalho e apontou que, a falta de identifi cação, de equilíbrio e de sa-tisfação com o trabalho provocam doenças. Os transtornos comuns acometem cerca de 30% dos (das) trabalhadores (as), em maior escala sobre as mulheres. De 5% a 10% de trabalhadores (as) sofrem transtornos men-tais considerados graves.

Petilda: Crise política tem uma das bases nos privilégios que a elite busca manter