Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 44 – 7 de dezembro de 2015

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PROPOSTA DO PPR É ENTREGUE E SOFRE MUDANÇAS. SINDICATO VAI DISCUTIR COM CATEGORIA

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A empresa já mandou o plano de cargos e salários, revisado, para homologação na Superintendência do Trabalho, mas se recusou a pro-mover o enquadramento para corrigir os desvios de função, que são muitos, sobretudo entre o pessoal de nível médio. Assim, deve enfrentar uma série de ações judiciais para fazer a correção do problema, criando mais um passivo trabalhista para a empresa.PÁGINA 2

CAB

FEIRA DE SANTANA

ITABERABA

IRECÊ

Embasa manda homologar Embasa manda homologar plano de cargos sem corrigir plano de cargos sem corrigir desvios de funçãodesvios de função

www.sindae-ba.org.br

A forte mobilização social, tendo à frente o Sindicato, teve resultado compensador: o prefeito Claudevane Leite aceitou adiar do último dia 4 para janeiro a conferência que iria discutir o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e também concordou com a retirada, desse documento, da sugestão de que privatizar a Emasa era a melhor solução para o saneamento de Itabuna. PÁGINA 3

Em eleição realizada na semana passada, empregados (as) da Embasa, Cerb e alguns Saae’s escolheram 24 novos (as) representantes sindicais de base. Contudo, como em alguns locais ficaram vagas decorrentes da não inscrição de candidatos (as), o Sindicato está convocando eleição complementar para janeiro. PÁGINA 4

Vitória em Itabunaconferência é adiada e sugestão de privatizar é afastada

Representantes sindicais24 estão eleitos, mas haverá eleição complementar

ACERVO SINDAE

A solução para isso é entrar com ação judicial, o ideal é que seja uma ação para cada trabalhador (a), uma vez que existem diferenças na situação de cada pessoa.

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Quarta tem seminário para discutir a ação

sindical na defesa da saúde de

trabalhadores (as)

Embasa envia plano de cargos para homologação e não corrige desvios de função

Começa nesta quarta (9) um semi-nário que a CUT Bahia promoverá para discutir a ação sindical na defesa da saú-de dos (das) trabalhadores (as), com o objetivo de sensibilizar dirigentes e mi-litantes sindicais sobre a importância de pautar o tema na luta cotidiana, no pe-ríodo das campanhas salariais, nas con-venções coletivas e manifestações de rua. O evento será das 8 às 13 horas, no auditório do Sindipetro.

O Sindae participará do debate so-bre a Política Nacional de Saúde do Tra-balhador e as consequências da reforma ministerial promovida pelo governo fe-deral recentemente. Mas outros temas de grande importância são o impacto da terceirização e as novas normas de re-gulamentação do trabalho. Do seminário participarão representantes do Cesat, Superintendência Regional do Trabalho, Secretaria Estadual do Trabalho, Ministé-rio Público do Trabalho, além de dirigen-tes sindicais e especialistas nos temas.

Durante um tempo a direção da Embasa prometeu e chegou a discutir a correção dos desvios de função em seu quadro de pesso-al, depois negou a existência deles e, agora, se nega a corrigi-los. É assim, com mudanças bruscas de comportamento e com um ele-vado número de problemas, que a empresa enviou o plano de cargos e salários, revisado, para homologação junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).

A informação do envio do plano para homologação foi dada em reunião na última quarta (2), quando também a Embasa infor-mou que não irá fazer os enquadramentos necessários para corrigir os desvios de fun-ção, existentes sobretudo entre o pessoal de nível médio, além da correção das distor-ções salariais decorrentes dos desvios. Ou seja, na revisão do plano ela aumentou as atribuições do (da) empregado (a) mas se nega a dar uma compensação salarial.

A solução para isso é entrar com ação ju-dicial: o Sindicato chegou a estudar entrar com ações coletivas, mas o ideal é que seja uma ação para cada trabalhador (a), uma vez que exis-tem diferenças na situação de cada pessoa, o que tornaria mais difícil e demorado o trabalho da justiça num processo coletivo. Caso algum (a) trabalhador (a) entenda estar em desvio de função pode procurar o setor jurídico do Sin-dicato, que está disponível para acionar a justiça.

Além disso, a empresa continua se recu-sando a divulgar a revisão do plano de car-gos através da sua intranet, para que possa ser melhor avaliado pela categoria. Mas o Sindicato continuará com sua campanha co-brando a divulgação: várias faixas cobrando a divulgação do plano foram espalhadas em unidades da empresa. Além disso, os dirigen-tes sindicais têm conversado com os (as) tra-balhadores (as) sobre essa questão.

MAIS DESVIOS DE FUNÇÃO – Na últi-ma videoconferência promovida por um

departamento/divisão da Superintendência de Tecnologia da Informação (FT), realiza-da com assistentes de informática no inte-rior do estado, fi cou claro que a empresa continuará gerando passivo trabalhista. Para executar um antigo projeto de migração do serviço de autenticação na rede corporati-va (Login), assistentes de informática foram “convidados” a realizar uma mega operação para atender essa antiga demanda.

Estranhamente, sequer foram consulta-dos sobre disponibilidade logística, gozo de férias, conhecimento técnico, dentre outras questões, numa total falta de respeito com profi ssionais que há anos estão desempe-nhando atividades como técnicos de suporte e analistas de rede sem nenhum reconheci-mento pelo que fazem diante das difi culda-des. A videoconferência poderia muito bem ter um caráter inicial de apresentação, mas se

LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Regula o acesso a informações

CAPÍTULO II

DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO

Art. 6º - Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas

e procedimentos específi cos aplicáveis, assegurar a: I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua

divulgação;

transformou num espaço de protesto sobre a falta de atenção pelo que fazem diariamen-te. O descaso é tão grande que até o nível de acesso à internet é limitado. Esses profi ssio-nais fi cam lotados nos Núcleos de Tecnologia da Informação (NTI) e alguns são até subor-dinados a trabalhadores terceirizados.

PLANO DE SAÚDE – Finalmente, depois de longo tempo de elaboração, a Embasa fez pu-blicar no Diário Ofi cial do Estado da última sexta (4) o edital de licitação, na modalidade “pregão”, para contratação da nova operado-ra do plano de saúde. A disputa será no dia 18 (sexta-feira) desse mês. O que se espera é que a nova operadora preste um serviço melhor do que a atual, que é alvo de várias reclama-ções, especialmente no interior.

CANDEIAS PIRAJÁ

RIO VERMELHO SENHOR DO BOMFIM

“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.Paulo Freire ”

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Mobilização vitoriosa em Itabuna: conferência é adiada e sugestão de privatizar é afastada

Imposto Sindical: quem não assinou

o recibo deve entrar em contato com

o Sindicato até 30 de janeiro

Fórum mostra benefícios de agilizar emissão de carteiras de trabalho

A forte mobilização realizada nos úl-timos dias pelos (as) trabalhadores (as) foi recompensadora: após longa reunião na úl-tima quarta (2), o prefeito Claudevane Lei-te aceitou adiar do último dia 4 para janei-ro próximo a conferência que iria discutir o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). E o mais importante: concordou com a retirada, desse documento, da suges-tão de que privatizar a Emasa era a melhor solução para o saneamento de Itabuna.

Anteriormente, através de carta, o prefeito já havia descartada a possibilidade de privatização dos serviços, maior temor dos (das) empregados (as) e de várias en-tidades da sociedade civil itabunense que fi zeram diversas manifestações nas ruas da cidade. A sugestão de privatizar foi “encai-xada” pela empresa de consultoria que está elaborando o plano municipal, trabalho que vem sendo questionado especialmente pela falta de maior discussão com a sociedade.

Ainda na reunião da última quarta (2), o prefeito decidiu que encaminhará ao gover-no do estado uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para uma gestão associada na Emasa, vislumbrando uma parceria com a empresa estadual, a Embasa. O Sindicato in-formou que a sua posição é de que o modelo de gestão, que não pode ser privado, possa assegurar recursos públicos para investimen-to no saneamento local, além da garantia de que não haverá demissões.

A devolução do Imposto Sindical ainda tem prosseguimento, com o Sin-dicato depositando em conta os valores referentes a cada associado (a). Contudo, várias contas bancárias não estão confe-rindo, impedindo o depósito, e quem já assinou o recibo, mas não recebeu o di-nheiro, deve entrar em contato com o Sindicato. Quem ainda não assinou o re-cibo, tem prazo até 30 de janeiro para também fazer contato com a nossa enti-dade e informar a agência e conta bancá-ria para receber a devolução do imposto. Equipes de dirigentes sindicais já percor-reram unidades da Embasa na capital e interior para fazer a devolução do im-posto, trabalho iniciado em outubro.

Com o objetivo de capacitar novos agen-tes, acelerar a emissão de carteiras e promo-ver economia para os (as) trabalhadores (as), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE) promoveu no au-ditório do Sindae, nos últimos dias 1º e 2, o V Fórum de sobre Emissão de Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Dele participaram representantes de prefeituras e emissores da capital e interior.

Além de preparar novos agentes para atuar em pontos de emissão das carteiras de trabalho, o fórum procurou mostrar pa-ra representantes municipais os benefícios desse trabalho. Entre esses se destacam a

facilidade do cidadão em obter o documen-to para ingresso no mercado de trabalho e a economia de tempo de dinheiro, uma vez que elimina despesa no deslocamento de um município para outro.

Sem um ponto emissor no município, a demora na obtenção da carteira de trabalho pode durar até mais de 15 dias. O custo para instalação de um ponto de emissão é baixo, conforme destaca Carlos Melo, da SRTE: bas-ta um computador, impressora e kit captura (webcam, coletor digital de assinatura e câme-ra), algo em torno de R$ 3 mil. Atualmente a Bahia emite 35 mil carteiras por mês e o inte-rior do estado responde por 18% desse total.

Além disso, foi criada uma comissão que irá acompanhar a elaboração do plano municipal de saneamento, que é um instru-mento exigido pela Lei Nacional do Sane-amento Básico (Lei 11.445) e fundamental para o recebimento de recursos da União.

O Sindicato também enviou à diretoria da Emasa, esta semana, ofício solicitando agi-lidade na distribuição do brinde natalino, que é previsto no acordo coletivo. Também es-tamos aguardando da empresa uma posição sobre o plano de cargos e salários. Um fato merece ser registrado: os (as) trabalhadores (as) perceberam a importância do Sindicato em toda a luta que está sendo travada e nos últimos dias ocorreram 32 novas fi liações.

ACERVO SINDAE

JÚLIA GUEDES

Encarte da edição de nº 44/2015

07/12/2015 Publicação do Edital no Boletim

08/12/2015 Relação de associados em condições de votar

16, 17, 18/12/2015 Inscrição dos candidatos

22/12/2015 Comunicação à Empresa da candidatura do empregado

11, 12, 13/01/2016 Eleição em primeira convocação

18/01/2016 Comunicação à Empresa da eleição do empregado

19, 20, 21/01/2016 Eleição em segunda convocação

25/01/2016 Comunicação à Empresa da eleição dos empregados

CRONOGRAMA ELEITORAL – 2015

LOCAL NÚMERO DE REPRESENTANTESALPHAVILLE 01CAETITÉ 01BARREIRAS 01GUANAMBI 01IRECÊ 01PAULO AFONSO 01

LOCAL Nome

EMBASAALAGOINHAS Gilmar Carlos Bezerra de Almeida

BOLANDEIRA Roberval da Cruz

CANDEIAS Marivon de Jesus da Silva

ETA PRINCIPAL Jaimilson Santos Ferreira

FEDERAÇÃO Marcos Cícero C. Figueiredo

ITABERABA Édipo Galhardes Almeida Batista

ITAMARAJU Eder Santana Gonçalves

JACOBINA Claudiane Miranda da Silva

LAURO DE FREITAS Joseval Lima da Silva Teixeira

SENHOR DO BONFIM Daniel Oliveira Alves

CERBCAETITÉ Antônio Costa Ribeiro

FEIRA DE SANTANA

Aderbal Alves FerreiraAdilson de Carvalho BispoSilverino Oliveira SalesJosé Nilton Reis (Suplente)

IRECÊ Luiz Carlos Batista Oliveira

RIBEIRA DO POMBAL Antonio José Silva Souza

SALVADOR Joad Kleberg Franca Rodrigues

SANTA Mª DA VITÓRIA Saulo Mendes da Veiga

SENHOR DO BONFIM Paulo Roberto Silva Grisi

SAAEBARRA Fábio Correia Alves

CATU José Wilton de Oliveira

ITAJUÍPE Antonio Augusto de Souza Júnior

PINDOBAÇÚ Romão Soares de Souza Neto

EMBASA

LOCAL NÚMERO DE REPRESENTANTESSEABRA 01SALVADOR 02

CERB

ALAGOINHAS 01SANTA RITA DE CÁSSIA 01SANTA MARIA DA VITÓRIA 01

SAAE

REPRESENTAÇÃO SINDICAL DE BASEEMBASA, CERB e SAAE

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Categoria ganha 24 novos (as) representantes sindicais de baseA categoria já tem 24 novos (as) com-

panheiros (as) na representação sindical de base na Embasa, Cerb e alguns Saae’s. Foram escolhidos (as) nas eleições reali-zadas na semana passada (entre os dias 1º e 3) e sabem que passam a ter o com-

promisso de bem representar os (as) tra-balhadores (as) no local de trabalho, papel dos mais importantes para a ação sindical. A posse dos (das) eleitos (as) será mar-cada posteriormente. Veja abaixo quem foi escolhido (a) para o cargo:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES DE REPRESENTANTE SINDICAL – EMBASAO Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia – SINDAE convoca todos (as) os (as) trabalhadores (as) da EMBASA – Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A., fi liados ao Sindicato, das unidades de Alphaville, Barreiras, Caetité, Guanambi, Irecê e Paulo Afonso para participar por meio do voto das eleições dos (das) representantes sindicais dos (das) empregados (as) de cada uma destas unidades de trabalho, que se realizará nas sedes de cada cidade e parque elencado, em primeira convocação, nos dias 11, 12 e 13.01.2016 ou em segunda convocação nos dias 19, 20 e 21.01.2016, no horário de 08:00h às 12:00h e das 13:30h às 17:30h, bem como publica todo o cronograma das etapas que antecedem o evento. Os associados interessados em se candidatar aos cargos mencionados devem preencher a fi cha de qualifi cação de candidato e entregá-la, junto com os demais documentos requeridos, na secretaria do Sindicato entre os dias 16 e 18.12.2015, impreterivelmente.

Danillo Libarino AssunçãoCoordenador Geral

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES DE REPRESENTANTE SINDICAL – SAAEO Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia – SINDAE convoca todos (as) os (as) trabalhadores (as) do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto, fi liados ao Sindicato, dos Municípios de Alagoinhas, Santa Maria da Vitória e Santa Rita de Cássia para participar por meio do voto das eleições dos (das) representantes sindicais dos (das) empregados (as) de cada uma destas unidades de trabalho, que se realizará nas sedes de cada cidade elencada, em primeira convocação, nos dias 11, 12 e 13.01.2016 ou em segunda convocação nos dias 19, 20 e 21.01.2016, no horário de 08:00h às 12:00h e das 13:30h às 17:30h, bem como publica todo o cronograma das etapas que antecedem o evento. Os associados interessados em se candidatar aos cargos mencionados devem preencher a fi cha de qualifi cação de candidato e entregá-la, junto com os demais documentos requeridos, na secretaria do Sindicato entre os dias 16 e 18.12.2015, impreterivelmente.

Danillo Libarino AssunçãoCoordenador Geral

Teremos eleição complementar em

janeiro próximoPor falta de inscrição de candidatos (as)

para vagas existentes no quadro de represen-tação sindical de base na Embasa, Cerb e Saae’s, o Sindicato promoverá eleições complemen-tares entre os dias 11 e 13 de janeiro próximo. O (a) representante desempenha um trabalho fundamental para a categoria, ao mesmo tem-po em que se capacita e participa dos debates e eventos sindicais. Interessados (as) em con-correr às vagas devem solicitar a fi cha por e--mail à secretaria@sindae-ba.org.br. As novas eleições seguirão os editais e cronograma elei-toral publicados nesta edição.

Encarte da edição de nº 44/2015

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Estiagem faz Itabuna entrar em situação de

emergência

Uma coleção de peças, objetos e equi-pamentos de grande valor histórico e cul-tural está abrigada no Museu Arqueológico da Embasa, um material recolhido durante trabalhos de implantação e ampliação de redes de abastecimento de água e esgota-mento sanitário pela Embasa, em diversas regiões da Bahia. É um material que ajuda a (re) contar como era a vida e como se deu a evolução da nossa gente no decorrer de séculos. Uma aula viva de história desde o tempo dos chafarizes e aguadeiros até os complexos sistemas de hoje.

Muitas pessoas têm frequentado o Mu-seu criado em 2006 e instalado no bairro que leva o sugestivo nome de Caixa D’Água. O bonito prédio em estilo neoclássico é tombado e foi sede da antiga Companhia do Queimado, pioneira no Brasil, uma em-presa privada criada em 1853 para garan-tir o abastecimento do centro histórico de Salvador e outros bairros através de dois reservatórios metálicos vindos da Inglater-ra. Época de uma Salvador com cerca de 60 mil habitantes. Atualmente ali está o pri-meiro reservatório de alvenaria do Brasil, o R-3, que continua a justifi car o nome do bairro ao abastecer boa parte da cidade.

O Museu tem cerca de 500 peças em exposição e outras 4 mil em estoque aguardando catalogação e espaço para ex-posição. Além de fotos que mostram siste-mas e costumes antigos, tem peças como colheres, canecas, balas de fuzil, garrafas de medicamentos, instrumentos de garimpei-ros, porcelanas estrangeiras, cachimbos in-dígenas e africanos, equipamentos agríco-las (como ralador e prensa de mandioca, moenda de cana-de-açúcar, roca, forno em argila, machados de pedra de tribos indíge-nas, pedras com inscrições até agora não decifradas, extintor de saúvas, fósseis de animais gigantes, peças da antiga usina de Bananeiras e até um acervo de espécies

Após 120 dias sem chover no muni-cípio, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, decretou situação de emergência na semana passada, uma vez que a es-tiagem prolongada na região tem criado muita difi culdade para o abastecimento da população. A medida terá duração de 180 dias e autoriza que agentes munici-pais busquem em propriedades privadas urbanas e rurais a captação de água pa-ra distribuir à população. A situação é a mesma enfrentada por diversos municí-pios baianos.

A estiagem tem causado impacto na coleta, tratamento e distribuição de água potável à população, comprome-tendo inclusive os serviços essenciais, tais como hospitais, clínicas, escolas e creches. Para suprir as necessidades da população, a Prefeitura vai contra-tar mais carros-pipa e distribuir caixas d’água. Não há previsão de chuva forte para a região nos próximos dias.

Empresa entrega proposta para o PPR. Sindicato vai debater com a categoriaA Embasa apresentou ofi cialmente

ao Sindicato, na última quarta (2), a sua proposta para o Programa de Participa-ção nos Resultados (PPR) 2015/2016, pro-movendo algumas mudanças, a exemplo de colocar uma nova fórmula de cálculo para o montante de recursos a serem dis-tribuídos para a categoria. A nova fórmula para defi nir o montante de recursos é ba-seada na existência de “caixa”, índice que leva o sugestivo nome de Roca. Estabele-ce percentuais em relação ao alcance de metas desse índice. A proposta também indica que o benefício terá uma parcela linear (R$ 650,00), distribuída igualmente

para toda a categoria, e outra proporcio-nal à remuneração.

O Sindicato vai analisar e conversar com a categoria sobre alguns critérios criados para o índice Roca, a exemplo de empréstimos e fi nanciamentos, além das metas globais e setoriais e de um novo item, o absenteísmo (faltas ao trabalho, justifi cadas ou não). Não concordamos com esse item, até porque em nenhum momento foi conversado na comissão do PPR. Também queremos discutir com a empresa a previsão do montante e a for-ma de distribuição.

marinhas coletadas durante a implantação do emissário submarino do Rio Vermelho, na década de 70. Tudo isso resgatado em sítios históricos do centro de Salvador e também no interior, sejam sítios históricos ou terras virgens, como Cachoeira, São Fé-lix, Muritiba, Lençóis, Rio de Contas, Mucu-gê, Igatu, Brumado, Igaporã e Jacobina, en-tre outros municípios.

O passeio por essa memória viva é gra-tuito e este ano o Museu recebeu a visita de cerca de 600 estudantes de Salvador e algu-mas cidades do interior. Somando-se a ou-tras pessoas, foram mais de 1.700 visitantes. Para estimular o acesso a esse espaço foi criado o programa “Visite o Museu” voltado para empregados (as) da Embasa e também para estudantes – estes têm ônibus e lanche

e fi cam obrigados a fazer uma redação em até 15 dias. As cinco melhores são premiadas.

O sonho do coordenador desse valio-so espaço, José Francisco Paranaguá, é con-seguir a ampliação da área para garantir a exposição das muitas peças em estoque, e a esperança é que isso aconteça até 2016, quando o Museu completa 10 anos de cria-ção. Ele fi ca à frente de uma pequena equipe (que tem Georgina da Silva Brito Lourenzo e Lavínia Dôtto, monitoras, e Luis França, su-porte, além do apoio do arqueólogo Jarriê Pi-nheiro e do antropólogo Yuri Pacheco) que garante uma boa acolhida ao (à) visitante.

Museu Arqueológico da Embasa, uma aula viva de história

FOTOS: JFPARANAGUÁ

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: sindae@sindae-ba.org.brEXPE

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TOMENotaVOZES DO SANEAMENTOAs festas de fi nal de ano estão se apro-

ximando e o Sindae está preparando uma programação especial para associados (as), familiares e pessoas da comunidade. É o pro-grama “Vozes do Saneamento”, que no pró-ximo dia 19 (sábado), a partir das 19 horas, presenteará o público com arte, poesia, mú-sica e dança. Além dos corais da Embasa e da Cerb, teremos a presença da Orquestra de Berimbaus Afi nados, além de outras atra-ções. A entrada se dará com uma lata de leite para doação à instituições de caridade. Venha participar e traga sua família.

CETREL LUMINAO Sindicato encaminhou na semana

passada mais um pedido de reunião com a Cetrel Lumina para discutir o encaminha-mento das negociações sobre o acordo do extraturno. Até o fechamento desta edição a reunião não havia sido marcada. Espera-se que isso aconteça o mais rápido possível, até porque já fechamos acordo com duas em-presas do mesmo grupo (Cetrel S/A e DAC).

RECADASTRAMENTOEstá em curso o recadastramento para

manutenção do auxílio fi lho com defi ciência, que consta do nosso acordo coletivo com a Embasa, num trabalho iniciado em outubro e que vai até 29 de janeiro próximo. O (a) empregado (a) deve preencher formulário e juntar um relatório médico sobre a defi ci-ência do (da) dependente, além de certidão do INSS e da Prefeitura do seu município. A entrega da documentação é na GPS.

APOSENTADORIAO IBGE anunciou na semana passada

que a expectativa de vida do (da) brasilei-ro (a) aumentou de 74,9 para 75,2 anos e uma das consequências disso é a mudança na Tábua de Mortalidade utilizada pela Pre-vidência Social. Ela afetará o (a) trabalhador (a) em condições de aposentadoria. Caso a aposentadoria esteja programada para acon-tecer através do fator previdenciário, terá de ser adiada: por viver mais, o (a) trabalhador (a) terá de trabalhar mais para não sofrer re-dução no valor do seu benefício. O aumento da expectativa de vida não afeta quem vai se aposentar pela fórmula 85/95.

SESSÃO ESPECIALNo próximo dia 15, às 9 horas, a Câma-

ra de Vereadores de Salvador fará uma ses-são especial em homenagem aos 60 anos de fundação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Die-ese). O Sindae é fi liado ao Departamento que presta importante assessoria e apoio ao movimento sindical no país, sendo bastante respeitado pelo seu trabalho.

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CUT Bahia realiza plenária para discutir ações contra tentativa de golpe

Cetrel S/A demite 6 e troca todos os terceirizados da manutenção

A CUT Bahia realizará uma plenária nesta segunda (7), às 17 horas, em seu auditório, para discutir com os sindicatos fi liados e movimentos sociais ações para impedir o processo golpista instaurado no Brasil, que tem como objetivo a desti-tuição da presidente Dilma Rousseff. Di-versas ações deverão ser discutidas, até porque manifestações contrárias ao gol-pe já começaram a ser realizadas no país.

Na semana passada, em nota ofi cial,

a CUT Nacional classifi cou de chantagis-ta e antidemocrática a atitude do presi-dente da Câmara dos Deputados, Edu-ardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra a presidenta da Re-pública, em retaliação ao fato de o PT ter declarado que votará pela admissibilida-de do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética. Na mesma nota, a entidade convoca o movimento sindical, social e popular a reagir contra a tenta-tiva de golpe e em defesa da democracia.

A Cetrel S/A iniciou dezembro em cli-ma de terror, já que resolveu dar um “pre-sentão” de Natal a seis empregados do setor de manutenção: a demissão. Alguns dos demitidos tinham mais de 15 anos na empresa. Mas ela não fi cou só nisso: esten-deu o “saco de maldades” para todos os trabalhadores da terceirizada C&S, afasta-dos do mesmo setor. No lugar deles foram colocados empregados de outra emprei-teira, a Manserv.

O desligamento dos empregados pró-prios e terceirizados ocorreu na última ter-ça (dia 1º) e já no dia seguinte lá estavam os

substitutos (cerca de 30) da Manserv, que vai trabalhar para a Cetrel pela primeira vez. E será um início truculento, pelo que se anun-ciou: pelo contrato entre as empresas, os no-vatos não terão direito ao adicional de pe-riculosidade. Caso tenham, será um passivo trabalhista a ser resolvido na justiça.

Não se sabe ao certo qual o objeti-vo de mudança tão drástica na Cetrel, em-presa do grupo Odebrecht. O fato é que o setor de manutenção é estratégico na empresa, só tem pessoal altamente qualifi -cado e hoje tem cerca de 30 empregados, quando, no passado, já chegou a ter 45.

CLIMA DE TERROR

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES DE REPRESENTANTE SINDICAL – CERBO Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia – SINDAE convoca todos (as) os (as) trabalhadores (as) da CERB – Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia, fi liados ao Sindicato, das unidades de Salvador e Seabra para participar por meio do voto das eleições dos (das) representantes sindicais dos (das) empregados (as) de cada uma destas unidades de trabalho, que se realizará nas sedes de cada cidade elencada, em primeira convocação, nos dias 11, 12 e 13.01.2016 ou em segunda convocação nos dias 19, 20 e 21.01.2016, no horário de 08:00h às 12:00h e das 13:30h às 17:30h, bem como publica todo o cronograma das etapas que antecedem o evento. Os associados interessados em se candidatar aos cargos mencionados devem preencher a fi cha de qualifi cação de candidato e entregá-la, junto com os demais documentos requeridos, na secretaria do Sindicato entre os dias 16 e 18.12. 15, impreterivelmente.

Danillo Libarino AssunçãoCoordenador Geral

Organizar em prol do empoderamento econômico e social da mulher para 2030

60ª Seção da Comissão sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher na ONU

14-21 de Março de 2016

Declaração submetida pela Confederação Sindical Internacional (CSI), a Internacional de Educação

(IE), a Internacional de Serviços Públicos (ISP) e a Federação Internacional de Transportes, e

organizações da sociedade civil com status consultivo no Conselho Econômico e Social

Uma das principais razões pelas quais as mulheres se afiliam a sindicatos é para melhorar seu

empoderamento econômico e social, mediante a organização e negociação coletiva, com vistas a

obter um trabalho decente. Em todo mundo, 70 milhões de mulheres estão representadas em

sindicatos; sendo assim, os sindicatos são atores e participantes chave para garantir que todos os

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável possam ser alcançados até 2030.

Em tanto que Federações Sindicais Internacionais, a Confederação Sindical Internacional, a

Internacional de Serviços Públicos, a Internacional da Educação e a Federação Internacional de

Transporte insistem que os interlocutores sociais, os Estados e os atores do setor privado assegurem

que a implementação dos objetivos realmente reverta as crescentes desigualdades e alcance a

equidade através de uma transição em direção a economias e sociedades ambientalmente

sustentáveis. Pedimos, por tanto, investimento com o objetivo de garantir o acesso universal a

serviços públicos de qualidade, incluindo o acesso universal aos cuidados sanitários essenciais e uma

segurança básica de ingressos para proteger o nível de vida de doentes, desempregados,

descapacitados e idosos, assim como daqueles que não podem trabalhar para cuidar de crianças

pequenas ou membros de sua família que estejam com a saúde delicada. Assim, pedimos também

investimentos para a educação gratuita, equitativa e de qualidade, sem custos ocultos, e que preste

maior atenção na população marginalizada e vulnerável, em sua maioria mulheres e crianças.

Reivindicamos investimento na área da criação de empregos decentes, incluindo a formalização de

empregos informais, como a forma mais sustentável de empoderamento econômico para as

mulheres.

Para muitos dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e para os países menos avançados,

o impacto do câmbio climático (Objetivo 13) constitui uma questão de sobrevivência básica. Os

novos princípios orientadores estabelecidos pela agência tripartite da ONU, a Organização

Internacional do Trabalho (OIT), para uma transição justa em direção a economias ambientalmente

sustentáveis, destacam a necessidade de que os Estados adotem e apliquem políticas destinadas a

promover a criação de empregos decentes, a favorecer uma proteção social adequada e sustentável

frente a perda de empregos e aos deslocamentos, assim como o desenvolvimento de concorrências e

do diálogo social, incluso o exercício efetivo do direito de sindicalização e de negociação coletiva.

Estas políticas tem que ter em conta a dimensão de gênero dentro dos objetivos do meio ambiente,

uma vez que se requerem políticas específicas para gênero para alcançar resultados equitativos.

Os serviços públicos essenciais, incluindo água, saneamento, saúde e educação, devem ficar

blindados das associações público-privadas, do financiamento mistos e dos tratados comerciais, já

que essas iniciativas repercutem de forma negativa sobre os direitos sociais da mulher. Por outro

lado, a justiça fiscal e sistemas de impostos progressivos são alternativas sólidas para alcançar

políticas públicas necessárias para a igualdade de gênero.

Para alcançar o Objetivo 4, que diz respeito a uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade,

além de promover oportunidades de aprendizagem durante toda a vida, será necessário a eliminação

de obstáculos estruturais e de normas de gênero profundamente arraigadas, que constituem a

desigualdade de gênero. Isto exige certo grau de emendas legislativas na maioria dos Estados

membros, que deverão ser acompanhadas de muito trabalho de defesa e mobilização ao nível da

comunidade, apoiando a educação das crianças e a eliminação de barreiras persistentes, como a

gravidez precoce e não desejada, o matrimônio infantil, a violência de gênero nas escolas, assim

como em outros centros educativos.

O logro dos objetivos e metas sobre educação depende de que os Estados invistam na contratação e

na qualificação de docente e dos empregos do setor educativo, provenientes de diversas origens,

para refletir a diversidade dos alunos. Em alguns contextos, isso implica em focar sobre tudo em

docentes do sexo feminino, para reter as meninas nas escolas e fomentar sua participação na

educação.

Se requere uma ação por parte dos Estados para eliminar a divisão sexual do trabalho, que favorece

a brecha salarial de gênero, e colocar fim aos preconceitos de gênero, tanto na ley como na prática

trabalhista. Para lograr o Objetivo 8, sobre trabalho decente e proteção salarial, e cumprir com seus

compromissos de incrementar significativamente a participação da mulher na força laboral, os

Estados deverão se alinhar com as iniciativas da OIT, relativas ao fuutro do trabalho e das mulheres

no trbalho, assim como o respeito ao compromisso realizado pelos líderes do G-20 de reduzir a

brecha de gênero na participação laboral em 25% até 2025.

Os quatro pilares do trabalho decente, acordados pela OIT são: 1) a criação de emprego, 2) os

direitos no trabalho, 3) a proteção social e 4) o diálogo social. Estes quatro pilares constituem uma

base sólida para a elaboração de uma agenda economica para as mulheres, como parte do plano de

emprego e crescimento, que valore o trabalho tanto remunerado como o não remunerado realizado

por mulheres, e que incremente a participação da mulher no trabalho, apoiada mediante serviços

públicos com cuidados específicos para as crianças e os idosos, além de lugares de trabalho que

facilitem a conciliação entre trabalho e família. O investimento em serviços públicos de cuidados,

pode criar milhões de postos de trabalho decentes e apoiar a participação da mulher dentro do

trabalho remunerado.

Assim, se requer um compromisso sério, complementado com ação, para transformar os postos de

trabalho informais, em empregos decentes para as mulheres; esta é a maneira mais rápida e

sustentável de impulsar o crescimento e a produtividade. Cerca de 60% do comércio mundial

depende de contratos em cadeias de abastecimento, onde a composição é em maior parte feita de

mulheres, muitas das quais seguem vivendo em condições de pobreza, além de estarem expostas a

violencia e abusos nos locais de trabalho.

A violência de gênero constitui uma manifestação das relações de poder desiguais entre homens e

mulheres. A violencia doméstica ou por parte do parceiro, tem um impacto evidente no local de

trabalho, refletindo na ausência, perda de produtividade, na falta de segurança laboral para as

vítimas e no uso inadequado dos recursos da empresas por parte dos autores. Também, as

diferenças em quanto a exposição de mulheres e homens ao risco de formas específicas de violencia

nos locais de trabalho se vem reforçadas pela a existencia de segregação entre sexos em certos

lugares de trabalho. Os sindicatos estão na vanguarda dos esforços para dar fim a violencia de

gênero no trabalho, e estão levando a cabo no momento uma campanha a favor de um novo

Convênio na OIT, que aborde as distintas formas de violência de gênero no local de trabalho.

Através dos sindicatos, as mulheres defendem e negociam coletivamente para obter um salário

digno, proteção social incluindo permissões de maternidade/paternindade, a regulação da jornada

de trabalho, medidas para combater a violencia e a discriminação, entre outras coisas. O trabalho

das mulheres dentro dos sindicatos não somente aumenta o empoderamento economico e da

segurança de todas as mulheres, mas também contribue a incrementar sua representação na vida

política. As mulheres sindicalistas conseguiram 30-50% de representação de mulheres em cargos de

direção e de tomada de decisões em estruturas sindicais, além de que mobilizaram o apoio de um

crescente número de homens na defesa da igualdade de gênero.

Direitos fundamentais como a liberdade de reunião, associação e expressão, que constituiem os

pilares de sociedades democráticas e que permitem aos tralhadores/as e cidadãos participarem da

tomada de decisões, estão sendo atacados em metade dos países do mundo inteiro. Obstáculos

legais e institucionais estão sendo introduzidos em todas as regiões, com fins de criminalizar os

protestos sociais e o direito de greve. Isto está reforçando a desigualdade de gênero, especialmente

para mulheres marginalizadas por causa do racismo, colonialismo, discriminação em função de

descapacidades ou em função da idade, homofobia, transfobia e outras formas de opressão

provocadas por normas culturais e relações de poder desiguais, determinam quem participa na vida

política e economia, e quem fica marginalizado. Mediante a negociação coletiva, os sindicatos

reduzem as desigualdades aumentando os níveis salariais e contribuindo para a redução da pobreza,

em direção a uma economia sustentável. Os governos devem respeitar a liberdade de associação,

expressão e reunião, e os dereitos a negociação coletiva e greve.

O processo de implementação e exame dos objetivos de desenvolvimento sustentável a nível

nacional deve ser realmente participativo. O diálogo social, que reúne os interlocutores sociais

(organizações de empregadores e trabalhadores), é um exemplo excelente de como garantir a

apropriação dos processos políticos no âmbito nacional e deveria ser utilizado sempre que possível.

O processo de monitoramento e avaliação tem que integrar os instrumentos para pedir que as

empresas prestem contas em todos os níveis. É preciso introduzir ou melhorar umas normas claras

para assegurar que a intervenção do setor privado responda o interesse publico, especialmente

quando é utilizado recursos públicos para apoiar o setor privado. Os mecanismos de monitoramento

e avaliação deverão, por tanto, avaliar a contribuição do setor privado aos objetivos do

desenvolvimento sustentável, incluindo a adesão das normas internacionais em matéria de trabalho

e de meio-ambiente.

Consideramos que “o lugar da mulher é o sindicato”: as mulheres desempenham um papel essencial

nos sindicatos, assegurando que os sindicatos negociem condições de trabalho tendo em conta os

diretos das mulheres e suas necessidades. Trabalham continuamente para obter reformas

trabalhistas e mudanças sociais junto as suas companheiras dos movimentos de mulheres, além de

cobrar os Estados a respeito de suas promessas. As mulheres nos sindicatos estão na luta para

combater a desigualdade salarial entre gêneros, mediante a negociação coletiva.

As mulheres sindicalistas, em associação com os movimentos de mulheres e alguns governos,

incluindo as coalizões “Amigos do trabalho decente” e o “Novo Pacto Global”, em colaboração com a

OIT, assegurarão uma implementação efetiva dos ODS relativos aos serviços públicos de qualidade,

incluindo a educação gratuita e equitativa a todos, trabalho decente para as mulheres e a

continuação dos direitos de negociação coletiva e diálogo social. Isto constituirá a pedra angular da

contribuição do movimento sindical internacional à conquista de uma agenda transformativa de

desenvolvimento sustentável, para alcançar o empoderamento econômico e social das mulheres.