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ESTUDO REFLEXIVO DO EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA NO PROGRAMA
PIBID/ UFRN: Uma construção coletiva1
HÉRICA PEREIRA DA SILVA2
Dra. SORANEIDE SOARES DANTAS3
RESUMO
Este trabalho se propõe a contribuir para o debate sobre o exercício da
docência no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
(PIBID/UFRN), através da experiência docente vivenciada no subprojeto de
Pedagogia em 2013.1. Para fins de estudo nos propomos a resgatar qual o
modelo da docência foi incorporada a formação docente de estudantes de
Pedagogia do PIBID/UFRN, no período letivo de 2013.1. Optamos por uma
metodologia de trabalho que possibilitasse um estudo reflexivo sobre as ações
desenvolvidas nas Escolas participantes do Programa em 2013.1. Iniciamos o
estudo apresentando qual era a estrutura e como era o funcionamento do
PIBID/ UFRN – 2013.1. Entendendo a estrutura do PIBID em seu aspecto
quantitativo: quantos estudantes, quantas escolas em quais os níveis de
ensino, quantos professores supervisores e quantos coordenadores faziam
parte do PIBID/ 2013.1. No que se refere ao funcionamento, apresentamos as
ações de formação docente na UFRN e na Escola: como ocorriam as
orientações de trabalho aos estudantes, por parte da coordenação e/ou por
parte dos professores supervisores. Esta primeira etapa foi denominada
Contextualização do PIBID/ UFRN – 2013.1. A etapa seguinte tem como
objetivo apresentar o resultado reflexivo do exercício da docência que foi
vivenciado no PIBID/ UFRN, na perspectiva de uma estudante bolsista do
programa em 2013.1. O resgate do projeto desenvolvido direciona este estudo,
1 Trabalho apresentado ao Curso de licenciatura em Pedagogia, na modalidade Artigo, como parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso II (PEC5046), realizado no período de 27 de julho a 12 de dezembro de 2015. 2 Aluna do Curso de licenciatura em Pedagogia em fase de conclusão do curso em 2015.2. 3 Professora do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo do Centro de Educação da UFRN.
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tomando como base teórica os fundamentos do ensino fundamental I em
discussão naquele período letivo, que foram utilizados como leitura obrigatória.
PALAVRAS CHAVE: PIBID – DOCENCIA – PROJETO - ESCOLA
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ABSTRACT
This paper aims to contribute to the debate on the practice of teaching in
the Institutional Program Initiation Grant to Teaching (PIBID / UFRN), by
teaching experience lived in the subproject of Education in 2013.1. For study we
propose the rescue which the teaching model was incorporated into teacher
training Pedagogy students PIBID / UFRN, in the school year of 2013.1. We
chose a methodology of work that would allow a reflective study of the actions
developed in the Schools Program participants in 2013.1. We started a study
showing what the structure and how was the operation of PIBID / UFRN -
2013.1. Understanding the structure of PIBID in its quantitative aspect: how
many students, how many schools in which teaching levels, how many teachers
and supervisors how many engineers were part of PIBID / 2013.1. With regard
to the operation, we present the teacher training actions in UFRN and school:
working as occurred guidance to students, by coordinating and / or by
supervisors teachers. This first stage was called Context of PIBID / UFRN -
2013.1. The next step is to present the result of reflective practice of teaching
that was experienced in PIBID / UFRN, from the perspective of a fellow student
program at 2013.1. The rescue of the projects developed directs this study,
taking as a basis the theoretical foundations of elementary school under
discussion in that school year, which were used as required reading.
KEYWORDS: PIBID - Teaching - DESIGN - SCHOOL
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I – INTRODUÇÃO
O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) é um
programa do Ministério da Educação, gerenciado pela CAPES (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que vem sendo
desenvolvido na cidade do Natal na Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN). O programa visa valorizar e incentivar a formação de
professores para atuarem na rede pública de ensino no município do Natal.
Em meados de 2008, o Programa vem ofertando bolsas de iniciação à
docência aos alunos de cursos presenciais para atuarem nas escolas públicas
e, ao término da graduação, se comprometem com o exercício da docência.
Assim, antecipando o vínculo entre os futuros docentes e as salas de
aula. Com essa iniciativa, o PIBID faz uma articulação entre a educação
superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e
municipais da cidade. Dessa forma, torna-se um programa reconhecido
nacionalmente, pelo trabalho que faz nas escolas.
Atualmente, são 21 cursos de licenciaturas presenciais e 05 cursos a
distância, 784 licenciandos, 46 coordenadores de área, 107 supervisores em
57 escolas contempladas com o Programa no Estado do Rio Grande do Norte,
além de mais de 10 mil alunos da rede básica atendidos. Os subprojetos
estarão inseridos em diversas escolas da rede pública do Rio Grande do Norte,
localizadas em Natal e interiores, assim, abrangendo as mais variadas
localidades 4.
Mas, para o Programa chegar à universidade é preciso entender como
esse processo acontece. O PIBID, só poderá ser implantado através de
Instituições de Educação Superior (IES) públicas e privadas desde que ofertem
cursos de licenciatura. E que submetam a CAPES projetos de iniciação a
docência. Dessa forma, no capitulo III, Art. 19, pode participar do PIBID a
instituição que,
I – possua curso de licenciatura legalmente constituído;
II – tenha sua sede e administração no país;
4 Regulamento Interno do PIBID-UFRN.
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III – mantenha as condições de qualificação, habilitação e idoneidade
necessárias ao cumprimento e execução do projeto, no caso de sua
aprovação5.
Dessa maneira, a UFRN se enquadra nesses quesitos para o programa
chegar à universidade. Passando parte da responsabilidade a PROGRAD,
Vejamos no capitulo IV, Art. 7º. O programa PIBID vincula-se, na UFRN, a
Própria Reitoria de Graduação – PROGRAD; No Art. 8º compete a PROGRAD
garantir e zelar pela infraestrutura de funcionamento do PIBID na UFRN e
pelos aspectos legais da vinculação institucional do Programa, assim, como
pelo registro acadêmico das atividades de todos os membros do PIBID-UFRN6.
As instituições participantes recebem cotas para ajudar no andamento
das intervenções nas escolas através dos bolsistas que vão atuar em sala de
aula. No capitulo VI, Art. 17. Os recursos financeiros do PIBID-UFRN destinam-
se, exclusivamente, ao pagamento de bolsas para os licenciandos da
graduação da UFRN, os professores supervisores das escolas participantes, os
coordenadores das áreas, de gestão e institucional, e, ainda, para a execução
das atividades do PIBID, de acordo com as normas de utilização de recursos
estabelecidos pela CAPES. No Art. 18. Os valores das bolsas do PIBID-UFRN
serão fixados pela CAPES, de acordo com sua politica de distribuição de
recursos 7. Assim, as instituições aprovadas pela CAPES recebem cotas de
bolsas e recursos de custeio e capital para o desenvolvimento das atividades
do projeto.
É dessa maneira que o projeto chega às universidades públicas e
privadas depois de submissões de propostas de trabalhos a CAPES é que os
projetos podem ser colocados em prática. Já na instituição, a equipe do PIBID-
UFRN é distribuída da seguinte forma, de acordo com o capitulo V, Art. 9º,
I- Coordenador institucional;
II- Os coordenadores de área de gestão de processos educacionais;
III- Os coordenadores de área (coordenadores dos subprojetos);
5 Regulamento Geral do PIBID Nacional. 6 Regulamento Interno do PIBID-UFRN. 7 Regulamento Interno do PIBID-UFRN.
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IV- Os professores supervisores das escolas públicas participantes;
V- Os professores colaboradores dos subprojetos – quando
requisitados pelos coordenadores;
VI- Os licenciados voluntários 8.
Isso quer dizer que, o programa é distribuído por sete modalidades na
qual se estrutura. Cada um exerce um papel fundamental para o sucesso de
todos. De modo geral, os participantes da iniciação a docência (que vão as
escolas) são alunos dos cursos de licenciatura, que vão conhecer a realidade
no cotidiano escolar. Eles observam, planejam e executam seus planos em
sala de aula juntamente com as equipes, em diversas áreas do conhecimento.
As escolas participantes do projeto 2013.1 são a Escola Estadual Luis
Antônio, Escola Municipal Juvenal Lamartine, Escola Municipal Ulisses de Góis
e Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) José Alves Sobrinho. O PIBID-
UFRN é norteado por objetivos previsto no regulamento interno. Vejamos no
capitulo II, Art. 3º,
I- Proporcionar aos futuros professores a participação em ações e
experiências didático-pedagógicas articuladas às orientações das
políticas educacionais (LDB, PCN, DCN etc.) e a realidade das
escolas, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio da
rede pública de ensino;
II- Desenvolver experiências focadas na prática docente que se
orientem para a superação de problemas identificados no processo
ensino-aprendizagem de modo a contribuir para a melhoria da
qualidade da formação docente nas áreas de abrangência deste
Programa;
III- Contribuir para a formação continuada em serviço dos professores
das escolas públicas conveniadas, tornando-os coparticipantes do
processo de formação inicial dos licenciandos;
IV- Promover, junto aos integrantes do projeto, diálogos que oportunizem
a apreensão dos saberes da profissão nas diferentes ações das
8 Regulamento interno do PIBID-UFRN
7
práticas e das aprendizagens da docência, favorecendo, assim, a
coerência entre a formação dos professores e as finalidades das
politicas voltadas a Educação Básica;
V- Promover a aproximação entre ensino e pesquisa, compreendendo a
pratica educativa como campo de pesquisa educacional e geração
de conhecimento 9.
Esses objetivos são extremamente importantes, pois são norteadores para
os subprojetos que fazem parte do programa. Uma vez que, eles se organizam
e traçam metas significativas baseadas nessa proposta. Servindo como norte
para a condução do trabalho dos coordenadores de cada subprojeto. Com o
intuito de valorizar a educação básica e o magistério na atualidade. Busca-se
sempre identificar possíveis problemas no ensino-aprendizagem para depois
superar de forma inovadora e interdisciplinar.
Um destaque importante sobre esses objetivos é o que diz respeito a
aproximação do discente com o ensino e pesquisa como afirma o item V. Na
realidade não há uma aproximação com o ensino e a pesquisa na prática no
ano de 2013.1. O que realmente era explorado era o ensino, que era o aluno
na escola, planejando e executando sua aula. Assim, não havia uma análise
pós-aula sobre o que estava sendo feito em sala de aula, o que tornaria rica a
experiência se a pesquisa fosse incorporada de fato com o ensino. Servindo
para o discente pensar sobre sua prática pedagógica.
A partir do edital 2011, o subprojeto Pedagogia, da UFRN, tinha 72 bolsistas
e 6 supervisoras além das 2 coordenadoras10. As escolas participantes eram
quatro, nas quais contemplavam o Ensino Fundamental, Educação Infantil e
Educação de Jovens e Adultos. Assim, a equipe do PIBID-UFRN 2013.1 era
constituída pela coordenação institucional André Ferrer e Marta Maria
Castanho A. Pernambuco (edital 2009/2011), os coordenadores de área do
subprojeto Pedagogia/UFRN, Erika Gusmão de Andrade e Elda Melo.
Supervisionado pelas professoras da Escola Municipal Ulisses e Gois, Nora
9 Regulamento Interno do PIBID-UFRN. 10 Formação de professores: interação Universidade – escola no PIBID/UFRN/André Ferrer P. Martins e Marta Maria Castanho A. Pernambuco (Org.) – Natal: EDUFRN, 2012, v. 3, p.214.
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Ney Fonseca Batista e Claudilene de Oliveira, no turno matutino, ao qual este
artigo tem como foco.
Então, este trabalho esta estruturado da seguinte maneira, no capitulo II,
será apresentado um estudo obre o exercício da docência no Programa
PIBID/UFRN: uma construção coletiva, mostrando a caracterização da escola,
o trabalho docente realizado no Ensino Fundamental I e os resultados obtidos
no exercício da docência. No capitulo seguinte, será a Base teórica do
PIBID/UFRN, onde mostrará a proposta pedagógica de iniciação à docência, o
modelo da docência incorporado à prática, onde faz-se uma revisão da
literatura tomando como referencia autores como Vasconcelos (1996), Macedo
(1994), Lajonquiere (1997), Roloff (2010) entre outros. E por ultimo as
considerações finais e referencias utilizadas.
II – O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA NO PROGRAMA PIBID/ UFRN: Uma
construção coletiva
1. Caracterização da Escola
Neste trabalho, pretendemos discutir o cenário de formação do aluno do
PIBID/Pedagogia com referencia na Escola Municipal Professor Ulisses de
Góis. A escola é da rede pública municipal de educação, localizada na Rua
Padre Raimundo Brasil no Bairro de Nova descoberta na zona sul de Natal-RN.
Foto 1 - Fonte: http://www.pibid.ufrn.br/matematicanatal/?tag=e-m-professor-ulisses-de-gois
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O ensino está distribuído nos níveis de Educação Infantil, Ensino
Fundamental I e II, e Educação de Jovens e Adultos. A escola possui um amplo
espaço, com parquinho, quadra de esportes coberta, pátio descoberto,
refeitório, cozinha, despensa, banheiro para os alunos, banheiro adequado a
alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, almoxarifado, sala de diretoria,
sala de professores, sala de secretaria, 12 salas de aulas, laboratório de
informática, sala de recursos multifuncionais para atendimento educacional
especializado (AEE), biblioteca. Percebe-se que a escola tem um espaço
amplo que consegue ser bem equipada com tecnologias, recursos
multifuncionais, acessibilidade, livros, e que recebe bolsistas do PIBID/UFRN
para complementar ainda mais a qualidade da aprendizagem com as crianças
de forma dinâmica e interdisciplinar.
Os encontros semanais para planejamento eram realizados na própria
escola todas as quintas-feiras pela manhã. Aos quais participavam todos os
professores efetivos e os bolsistas do PIBID Pedagogia/UFRN. O momento era
muito importante, pois propiciava aprendizagens únicas aos bolsistas, que
aprendiam a cada encontro. Uma vez que, as experiências dos docentes
veteranos eram compartilhadas com os mais jovens, o que demonstrava um
diálogo construtivo para a equipe. Podendo refletir sobre tudo o que ouvíamos
e adaptar o que achava mais pertinente para ser aplicado na sala de aula.
2. Trabalho docente no Ensino Fundamental I
Dessa forma, atuava no ensino fundamental I com mais três bolsistas,
formando um trio, na 2ª serie com alunos de sete e oito anos de idade. A turma
era composta por 19 alunos, sendo 9 meninas e 10 meninos.
As atividades foram planejadas a partir de um breve diagnóstico inicial com
os alunos para identificarmos as dificuldades e potencialidades da turma. Esse
diagnóstico foi feito a partir da primeira intervenção em sala de aula.
Primeiramente foi elaborado um crachá para cada aluno escrever seu
nome, assim, percebendo inicialmente dificuldades para escrever o próprio
nome, ou seja, alguns não conheciam as letras que compunham seu nome. E
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também, facilitando o conhecimento dos nomes de cada criança. Dessa
maneira, foi observado um pouco da escrita dos discentes através do crachá.
Foto 2: Alunos A e B com crachás Foto 3: Alunas A e B com crachás
confeccionados por eles.
Em seguida, houve conversas informais sobre a vida daqueles alunos,
com quem moravam, se moravam próximo da escola, quem era de Natal ou de
outro Estado, o que mais eles gostavam de fazer em casa, em fim, foi coletado
informações de todos, para a partir daí, ser elaborado os planos de aula.
A proposta inicial foi pensada com o propósito de dinamizar os
conteúdos. Assim, eles estariam compreendendo de forma lúdica e
apreendendo o real significado, pois é baseado na sua vida cotidiana.
Foram aproveitados alguns espaços que a escola oferecia. Já que é
bem ampla e que permite trabalhar de diversas formas, como por exemplo, a
quadra de esportes. Outro espaço foi o parquinho, foi utilizado para coleta de
mais dados iniciais. Foi feito da seguinte maneira, os bolsistas construíram
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letras do alfabeto soltas em formato de círculo e espalharam no parquinho para
os grupos de crianças formarem palavras a partir das letras que achavam.
Depois de socializarem com o grupo, colavam em um cartaz as palavras que
achavam certas.
Foto 4: Grupo meninas achando as letras Foto 5: Grupo meninas formando as palavras
A seguir, as imagens refletem o trabalho com as palavras formadas
pelos alunos,
Foto 6: Grupo meninos achando as letras Foto 7: Grupo meninos formando as palavras
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Foto 8: formação de palavras grupo meninas Foto 9: formação de palavras no quadro grupo meninos
Foram elaboradas algumas dinâmicas iniciais de aula, como roda de
conversa, pois despertava o interesse pela oralidade; músicas como, por
exemplo: “Bom dia!” e “Olá como vai!”. As cadeiras eram colocadas em formato
de círculo para promover melhor interação entre os alunos e maior
socialização. Em seguida, uma história infantil, o que provocava curiosidade e
imaginação das crianças.
Foto 10: Contação de história
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Foto 11: Alunos atentos a história
Foi verificado que as crianças adoravam o momento “historinha”, pois a
maior parte da turma ficava atenta ao que a bolsista contava e alguns
elementos como a entonação da voz deixavam a história mais atrativa.
Algumas vezes eram contadas duas histórias, pois as crianças pediam. Era
algo bem receptivo por parte deles.
Foto 12: Alunos “A” e “B” lendo uma história infantil
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Algumas construções de jogos pela bolsista foi o “Dominó Gigante
Matemático”. Foi utilizados operações de adição e subtração. Foi trabalhado
em duplas, cada um com uma peça, o que proporcionava um diálogo entre eles
(construção e desconstrução de ideias) e chegavam a um consenso final da
resposta. Algo muito bom de ser trabalhado em sala com os alunos e ao
mesmo tempo apresentar noções práticas sobre a matemática.
Foto 13: Alunos “A” e “B” conversando Foto 14: Dominó Gigante Matemático
sobre a escolha do dominó
Foto 15: finalizando a dinâmica com o Dominó Gigante Matemático
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Também foram utilizadas atividades xerocadas quando se achava
necessário. Principalmente quando se utilizava imagens nas atividades. O uso
impresso era indispensável.
Foto 16: Atividades respondidas pelos alunos
Foto 17: Aluna respondendo cruzadinha
Foto 18: Aluna respondendo cruzadinha
Priorizavam-se sempre aulas que fossem motivadoras para os alunos.
Uma vez que, a maioria das escolas até hoje ainda utiliza o livro didático como
única solução para os alunos aprenderem a ler e escrever. Não existindo
outras maneiras que eles apreendam a leitura e escrita, nos remetendo a um
modelo Tradicional de ensino.
Muitas vezes, pela formação acadêmica já ser restrita a novas formas
didáticas de ensino. Fazendo com que o professor reproduza o que viu durante
o tempo do magistério. E transferindo a mesma metodologia de ensino na
prática em sala de aula. Sendo apenas um reprodutor de conteúdos.
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A ludicidade é um meio de fazer as crianças se envolverem mais nos
assuntos abordados em sala. As aulas lúdicas devem transmitir os conteúdos,
combiná-los, possibilitando que o aprendente perceba que não está apenas
brincando em aula, mas que está armazenando conhecimentos. (Roloff, 2010,
p. 02).
A confecção de algumas atividades na sala de aula pelos alunos,
também foi algo positivo. Pois, eles confeccionavam na sala e finalizava no
mesmo local, pois havia um tempo destinado para a elaboração da proposta da
atividade. A interação entre as crianças é algo muito positivo, uma vez que, o
afeto, a atenção, o companheirismo, a amizade, são elementos que fazem a
turma se unir e se ajudarem no processo ensino aprendizagem. Para Roloff
2010,
As aulas lúdicas podem ajudar a construir saberes a partir de ações e interações com os colegas, porque corresponderão sempre a novas descobertas, novas noções. Nas aulas lúdicas, o professor deve ressaltar que brincadeira não é aspecto predominante da infância, mas sim que é um fator importante do desenvolvimento humano. (p. 06)
Dessa forma, o professor é o responsável por mediar esse processo
lúdico, pois a responsabilidade de aplicar a ludicidade na sala de aula deve
estar intrinsicamente ligada com a aprendizagem. Não deixando o aluno livre
para aprender sem orientação do educador,
E por que o professor deve proceder assim? Porque ele compreende que o aluno construirá algum conhecimento novo a partir da problematização de suas ações. O aluno precisa agir cognitivamente, assimilar o que lhe for interessante, significativo; para que o aluno responda as questões provocadas pela acomodação deste material e, por fim, se realize a reflexão, a partir de perguntas levantadas pelos
alunos e pelo professor. (Roloff, 2010, p. 03)
Promovendo também ao professor, o acompanhamento dos alunos do
inicio do processo de aprendizagem até o que ele construiu no momento.
Então, ele promove a superação de aprendizado pelo aluno durante sua vida
escolar, pois ao longo dos anos esse processo vai amadurecendo.
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A importância das datas comemorativas também era lembrada pela
escola. Esta aula iniciou-se com roda de conversa sobre o que eles sabiam
sobre a Páscoa. Em seguida, foram explicados sobre os símbolos que
compunham essa data, como o pão, o vinho, o trigo, a vela, em fim, os
elementos que fazem parte da Páscoa. E o real significado da data, pois ainda
há a concepção de que a Páscoa é sinônimo de ovos de chocolate. Houve a
pintura dos símbolos da páscoa com tinta guache e em grupo finalizava-se com
a apresentação para a turma do seu símbolo.
Foto 19: Roda de conversa sobre a temática páscoa
Foto 20: Grupo pintando símbolos da páscoa Foto 21: Aluna “A” finalizando a pintura
A festa junina também foi lembrada. Os alunos confeccionaram as
bandeirinhas para decorar a sala.
Foto 22: Aluno “A” finalizando a bandeirinha Foto 23: Aluno “B” finalizando a bandeirinha
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Outra temática foi para o tema “Higiene Bucal” e “Alimentos Saudáveis”.
Foi confeccionada pela bolsista uma “arcada dentária” de forma reciclável,
composto de caixas de ovos e e.v.a. Esse tema foi escolhido, devido aos
alunos comerem no intervalo da escola muitos alimentos não saudáveis o que
provocavam mal estar e cáries nos dentes. Isso foi percebido quando voltavam
do intervalo, pois eles reclamavam dos dentes e as vezes que estavam
passando mal porque comeram determinado alimento no recreio.
Então, foi elaborada a aula com a finalidade de orienta-los a comerem
de forma mais saudável e escovar sempre os dentes depois das refeições e
usar o fio dental. Cada aluno se deslocava onde estava a “arcada dentária” e
usava o fio dental para aprender corretamente com orientação do professor.
Foto 24: Aprendendo a usar o fio dental Foto 25: Aprendendo a usar o fio dental
Foram confeccionados dois dentes gigantes que representavam o que
era uma boa ou má alimentação. E quais os alimentos que prejudicava os
dentes, consequentemente, provocando cáries. Os alunos iam até o quadro e
colocavam as plaquinhas coladas no dente correspondente. Vejamos algumas
fotos:
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Foto 26: dentes gigantes confeccionados Foto 27: colando a palavra Pera no dente pela bolsista do projeto PIBID/UFRN gigante feliz
Foto 28: Aluno “B” participando Foto 29: produto final feito pelos alunos
Então, o projeto “Mergulhando no Mundo das Letras” foi pensado com o
propósito de estimular de forma mais dinâmica e dialogada os conteúdos em
sala de aula. Propondo atividades lúdicas e dinâmicas para que os alunos
gostassem mais das aulas, pois se observava que os alunos não se sentiam
motivados em ir para a escola. Partir do interesse dos alunos durante as aulas
foi fundamental para que eles demonstrassem empenho em participar das
aulas de forma espontânea, com isso, expondo suas opiniões, dúvidas a cerca
dos conteúdos trabalhados.
3. Resultados obtidos no exercício da docência
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Os resultados foram perceptíveis ao longo do semestre 2013.1 de março
a agosto. As mudanças na sala de aula foram visíveis, como a organização das
mesas e cadeiras que sempre estavam em filas, e depois que o projeto
adentrou nesta sala de aula através dos bolsistas nesta turma do 2º ano, a
metodologia foi modificada, de forma a passarem a se organizar em círculos
em todas as intervenções realizadas. Pois, a proposta das aulas era dinâmica e
dialogada. Desta maneira, sendo ideal para ler e contar histórias e realizar
trabalhos em grupos. Que foi uma das propostas do projeto “Mergulhando no
Mundo das Letras”.
A participação dos alunos nas aulas melhorou de uma forma motivadora,
uma vez que, nas aulas iniciais eles não queriam participar das atividades que
eram propostas. A maioria se negava a participar, mas isso foi perceptível nos
alunos inicialmente nas primeiras aulas e foram feitos os planejamentos de
ensino, baseados nessa recusa inicial por parte deles.
Foram propostas atividades que chamassem a atenção deles, como por
exemplo, as pinturas, a confecção de cartazes, as colagens em cartolina, a
aula sendo feita em outro espaço da escola, a maquete da “arcada dentária”
que foi muito bem aceito, pois todos participaram, em fim, foi trabalhado nas
aulas o que eles gostavam e ao mesmo tempo estavam aprendendo
didaticamente os valores, ensinamentos e principalmente, os conceitos
atitudinais que foram internalizados por eles durantes as atividades.
Nesse processo, observou-se a maior participação deles, as produções
em sala foram feitas com mais dedicação e os questionamentos nas aulas
aumentaram. Ou seja, eles levavam perguntas sobre temas ou algo que eles
ouviam na televisão e perguntavam aos professores. A partir da curiosidade
deles já podia ser elaboradas aulas com o propósito de esclarecer e aprofundar
mais o conteúdo a ser trabalhado.
Portanto, ao final do semestre de 2013.1, foi muito perceptível o avanço
das crianças em relação ao primeiro dia de aula ao último. A dedicação deles
foi algo notável por todos da escola, na hora da aula todos dedicados ao
momento da explicação dos assuntos e das atividades que seriam feitas
posteriormente. O respeito melhorou muito a partir de algumas atividades feitas
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para se chegar ao resultado esperado. E foi diante disso, que eles começaram
a se ajudar, principalmente nas atividades em duplas. Com destaque para roda
de conversa que era feita no inicio da aula em todas as intervenções. O que
propiciava um momento muito importante pra todo o trabalho ser reconhecido
ao final. O que permitia momentos de conhecer melhor o aluno que estava em
sala de aula, conhecendo seus medos, paixões, curiosidades, suas religiões,
em fim, tudo isso ajudou para o planejamento das aulas darem certo. Para no
final os resultados serem positivos.
III – BASE TEÓRICA DO PIBID/UFRN
1. Proposta pedagógica de iniciação à docência
O grupo que atuava em 2013.1 na Escola Municipal Ulisses de Góis era
composto por três bolsistas do projeto PIBID/UFRN que atuavam juntos uma
vez por semana, com a supervisão da professora efetiva em sala. Com a
realização deste projeto ao longo do semestre, chegamos ao nosso objetivo
principal: alfabetizar letrando através de assuntos diversos e com uma
perspectiva dinâmica e prazerosa.
Com os trabalhos realizados durante o semestre, ao final, concluímos que
os discentes adquiriram realmente o significado do que foi passado ao longo
das aulas. E que eles possam posteriormente, utilizar tudo isso que
aprenderam nas aulas de uma forma que contribua para a formação pessoal e
intelectual deles durante sua vida escolar, pois não é durante algumas aulas
que isso será internalizado pra sempre, e sim com associações ao longo da
vida junto com os conteúdos estudados. E que haja de fato continuidade na
proposta do projeto "Alfabetização no Mundo das Letras” para a realização e
consolidação plena dos conteúdos trabalhados e objetivando que os resultados
sejam alcançados com sucesso.
Enfim, o projeto “Mergulhando no Mundo das Letras” foi pensado com o
propósito de estimular de forma mais dinâmica e dialogada os conteúdos em
sala de aula. Tendo como objetivos alfabetizar letrando e direcionando
atividades que estimulem as habilidades de leitura e escrita; conscientizar os
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alunos de que ler e escrever requer esforço e dedicação dos mesmos; provocar
a curiosidade, o gosto e o hábito pela leitura; interpretar imagens e textos;
desenvolver a linguagem oral; ler e escrever, ainda que de forma não
convencional; produção de atividades pelos alunos em sala e alguns
jogos/brincadeiras em sala de aula que ajudem no processo alfabetizar
letrando. Alguns assuntos foram abordados com algumas temáticas sociais
como bullying, o respeito ao próximo, a importância da educação em nossa
vida, violência, em fim, sempre com um fim pedagógico. Esses foram os
objetivos que nortearam a confecção das aulas no semestre letivo 2013.1.
2. Modelo da docência em Pedagogia incorporado à prática
Primeiramente, a formação do pedagogo deve possibilitar uma visão global
do fenômeno educativo, bem como o desenvolvimento de capacidades
diversificadas e mais abrangentes para atuação nos diversos contextos
educacionais. O pedagogo assume múltiplas funções no seu fazer educativo, o
que implica a construção de conhecimentos também múltiplos e
contextualizados, articulados ao cenário de transformações sociais e as novas
demandas socioeducativas.
Nessa perspectiva de uma formação abrangente para o pedagogo, alguns
fatores figuram-se como elementos a serem considerados. Esses fatores
centram-se não só em uma sólida formação teórica sobre conhecimentos
científicos, biopisíquicos, histórico-culturais, ético-políticos, lúdicos e estéticos,
mas no desenvolvimento de conhecimentos práticos, em procedimentos de
ensino e de aprendizagem que permitam uma profícua relação entre teoria e
prática na formação do pedagogo 11.
Essa perspectiva denota uma abordagem de estudos que ultrapasse a
simples preparação para o exercício de uma função específica, vindo a
concentrar-se em saberes que oferecem uma ampla capacidade de construção
e reconstrução de ações e práticas diversificadas e essenciais ao fazer
educativo. Assim, a formação do pedagogo deverá propiciar a produção de
11 Formação de professores: interação Universidade – escola no PIBID/UFRN/André Ferrer P. Martins e Marta Maria Castanho A. Pernambuco (Org.) – Natal: EDUFRN, 2012, v. 3, p.215.
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conhecimentos em educação e a intervenção competente nos processos
pedagógicos, com base em concepções de sociedade, de ser humano, de
escola, de currículo, de ensino e de aprendizagem12.
Desse modo, de acordo com a prática vivida na Escola Municipal Ulisses de
Góis, o seguimento que se aproximou mais dos objetivos e da prática vivida
através do trabalho que foi feito durante as intervenções, foi o modelo
construtivista, vejamos,
Uma das teorias mais importantes na educação, a Teoria Construtivista, surgiu no século XX, a partir das experiências do biólogo, filósofo e epistemólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), o qual observando crianças desde o nascimento até a adolescência - como um recém-nascido passava do estado de não reconhecimento de sua individualidade frente ao mundo que o cerca indo até a idade de adolescentes, onde já tem-se o início de operações de raciocínio mais complexas - percebeu que o conhecimento se constrói na interação do sujeito com o meio em que ele vive (NIEMANN, Flávia A; BRANDOLI, Fernanda. 2012, p. 02.)
E ainda,
A especificidade do construtivismo de Piaget está no fato de que essa construção do conhecimento (ativa por parte do sujeito, mas possibilitada por sua inserção no mundo) é o que permite a construção de estruturas de compreensão (no sujeito) cada vez mais equilibradas, ao mesmo tempo em que uma estruturação (em termos de significado) cada vez mais abrangente do mundo. Um construtivismo em que gênese/estrutura e sujeito/objeto se relacionam permanentemente. Além disso, a construção é, na verdade, sempre uma reconstrução, indissociável da interação: o sujeito reconstrói o conhecimento, “tanto no sentido de construir sobre uma construção anterior [pois o faz a partir de uma estrutura prévia] quanto de construir o já construído por outros [pois o faz dentro de um contexto social/cultural]” (SANCHIS, MAHFOUD, apud, LAJONQUIÈRE, 1997, p.21).
Assim, o construtivismo diz respeito ao modo como o indivíduo constrói
o conhecimento através da interação com o meio. Mas, existem muitos
estudiosos que criticam e outros que concordam.
12 Formação de professores: interação Universidade – escola no PIBID/UFRN/André Ferrer P. Martins e Marta Maria Castanho A. Pernambuco (Org.) – Natal: EDUFRN, 2012, v. 3, p.215.
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A teoria construtivista tem sido fonte de críticas, mas também de
motivação e de pesquisa para vários estudiosos. Segundo Vasconcelos (1996),
a divulgação das ideias de Piaget no Brasil tem início no final da década de
vinte, no contexto do Movimento da Escola Nova, sendo que a crença liberal
escolanovista de que a escola seria o instrumento adequado à criação de uma
sociedade solidária e fraterna levou os educadores progressistas do início do
século a acreditarem na proposta de que a realização de inovações
pedagógicas poderia mostrar melhores resultados do que os obtidos pela
escola tradicional, que não consolidara objetivos sociais e democráticos 13.
Entretanto, é preciso ter muito cuidado na aplicação do modelo construtivista
na escola.
Nesse contexto, Macedo (1994) alerta para a importância de uma
análise cuidadosa relativa à aplicação pedagógica da obra de Piaget. O autor
destaca as semelhanças e diferenças entre os objetivos de Piaget e os
objetivos da escola. Embora o interesse comum seja o desenvolvimento da
criança, as orientações de ambos são diferentes. Assim, enquanto para Piaget
o interesse maior sobre os níveis de desenvolvimento é teórico e
epistemológico, para a escola o interesse é prático, ou seja, o enfoque está nos
resultados das práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula no
aprendizado da criança 14.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio
aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a
dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir
de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as
características do mundo. As noções sobre os assuntos abordados em aula
são adquiridas na própria interação da criança com o meio em que vive. Vão
sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a realidade de um
modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua
conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de
objetos e de pessoas onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o
que irá acontecer.
13 NIEMANN, Flávia A; BRANDOLI, Fernanda. 2012, p. 02. 14 NIEMANN, Flávia A; BRANDOLI, Fernanda. 2012, p. 05.
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Portanto, os principais pressupostos da teoria epistemológica de Jean
Piaget revolucionaram a maneira de conceber o desenvolvimento humano e
contribuíram na construção de novas teorias pedagógicas na medida em que o
sujeito passa a ser visto como capaz de construir o conhecimento na interação
com o meio físico e social. Assim, de acordo com a proposta do projeto
“Mergulhando no Mundo das Letras” o modelo que mais se aproximou com a
prática realizada na sala de aula no ano de 2013.1 foi a construtivista.
3. Uma construção coletiva
O PIBID/UFRN proporcionou muitos momentos reflexivos para a prática
pedagógica. Através dos eventos que foram criados ao longo do semestre
2013.1, percebe-se a importância na formação docente, pois é através das
experiências e vivencias adquirida pelos professores que já estão nas escolas,
que os graduandos aprendem.
As trocas com os colegas do grupo também foram essenciais para tomadas
de decisão e de (re) elaboração de novos pensamentos, pois a partir do diálogo
com o outro,
Quando se pensa em educação, agir pedagógico ou processo ensino-aprendizagem, percebe-se que todos estes conceitos remetem necessariamente a existência de relações entre seres humanos que, por meio das trocas, mediados pela linguagem, caminham em busca de novos conhecimentos e do aprimoramento daqueles já existentes. Deste modo, a prática educativa se concretiza através das interações e para tal o diálogo se constitui em elemento essencial. Não é possível conceber um crescimento cognitivo, intelectual e humano que não seja fruto destas interações entre pessoas. (CÁRDIAS, 2012, p.05).
Desta forma, a linguagem só existe no diálogo, no intercambio vivo
daqueles que falam uns como os outros, na abertura e no encontro com o
outro. O diálogo nos permite a experiência de aproximação com o outro. Assim,
percebe-se a importância do diálogo como mediador. Contribuindo com novas
experiências para formação docente.
A importância das reuniões semanais junto com as coordenadoras do
PIBID/2013.1 era de grande importância para uma boa atuação dos bolsistas
em sala de aula. Pois, comtemplava os depoimentos e experiências dos outros
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discentes que participavam do projeto nas outras escolas. Servindo de
exemplos para os demais, e assim, compartilhando as experiências positivas e
negativas. E sempre discutindo possíveis soluções e/ou melhorias que
poderiam ser feitas na metodologia das aulas.
Algumas leituras complementares eram indicadas pelas coordenadoras
para um melhor aperfeiçoamento da prática pedagógica em sala de aula. O
que contribuía de forma significativa para formação docente. Filmes também
foram utilizados nesses encontros semanais, servindo de exemplos sobre a
importância que o professor tem para os alunos.
Em 2013.1 aconteceu o VI Encontro Integrativo, nos dias 7 e 8 de junho,
esse foi um momento em que todos os bolsistas das diversas áreas da UFRN
se encontravam. Eram vários minicursos, palestras, oficinas, que os próprios
bolsistas ou os coordenadores dos subprojetos organizavam para os demais
conhecerem a área específica que atuavam. Mostrando o que estavam
estudando, mas com o intuito de levar esse conhecimento de forma
metodológica para utilizar em sala de aula com as crianças. Era um momento
muito enriquecedor, pois se compartilhava várias experiências com os
graduandos de outras áreas e níveis de ensino variados. Assim, contribuindo
na formação docente dos bolsistas.
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi muito importante, pois propiciou para a aluna bolsista
do projeto PIBID/UFRN, vivencias únicas. O que mudou toda a sua trajetória de
estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Experiências
que todos os estudantes de graduação das licenciaturas, deveriam vivenciar
neste projeto. São experiências que transformam a visão do licenciando para o
contexto extraescolar da realidade e das dificuldades das escolas públicas
atualmente. Mesmo com uma participação breve, foi muito proveitoso e
construtivo.
Nesse percurso houve muitas dificuldades, mas a principal foi
reconhecer-se como professor. Uma vez que, é preciso fazer uma transição de
ex-aluna para futuro professor. Pois, é necessário haver essa separação para
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que não perca o respeito dos alunos. Na condição de educadora, a tarefa de
ensinar aos alunos e aconselha-los nas suas escolhas se torna uma
responsabilidade maior. Ou seja, o professor é aquele que pode transformar a
vida de um aluno através da educação ou também pode desestimular
drasticamente um aluno. Sendo ele um dos eixos principais de transformação
social. O momento sala de aula é muito desafiador, pois estamos lhe dando
com crianças e que já possuem conhecimentos prévios sobre tudo.
O projeto “Alfabetização no Mundo das Letras” promoveu resultados
positivos, principalmente, em relação à construção da formação docente. Pois,
o contato prévio com a educação nos faz refletir e repensar como caminha a
docência em seus âmbitos educacionais. O contato com a instituição no
começo da formação acadêmica nos proporciona vivencias únicas, como a
compreensão do que ocorre e como é seu funcionamento. As experiências com
o corpo docente da escola, com os gestores, as supervisoras, as
coordenadoras, e principalmente, os alunos, em fim, todos, contribuíram para
efetivação do projeto.
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REFERÊNCIAS
CÁRDIAS, Sibele Macagnan. O Diálogo como elemento mediador de práticas
educativas reflexivas. 2012.
Caracterização da Escola Municipal Ulisses de Góis. Disponível em:
<http://www.escol.as/78162-escola-municipal-prof-ulisses-de-gois>. Acesso
em: 22 de ago. de 2015.
CAPES. Regulamento interno do PIBID/UFRN. 2010.
FERRER, André P. M; PERNAMBUCO, Marta M. C. Formação de professores:
interação universidade – escola no PIBID/UFRN – Natal, RN: EDUFRN, edital
2009, v.3, 2012.
Pibid – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência. Disponível
em: <http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid>. Acesso em:
15 de ago. de 2015.
LAJONQUIERE, L. Piaget: Notas para uma Teoria Construtivista da
Inteligência. Psicologia USP, v. 8, n. 1, p. 131-142, 1997.
MACEDO, Lino. Ensaios construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
NIEMANN, Flávia A; BRANDOLI, Fernanda. Jean Piaget: um aporte teórico
para o construtivismo e suas contribuições para o processo ensino e
aprendizagem da Lingua portuguesa e da Matemática. 2012.
ROLOFF, Eleana Margarete. A importância do lúdico em sala de aula. Artigo
publicado nos ANAIS da PUCRS, 2010.
SANCHIS, Isabelle de Paiva; MAHFOUD, Miguel. Construtivismo:
desdobramentos teóricos e no campo da educação. Revista Eletrônica de
Educação. São Carlos, SP: UFSCar, v.4, no. 1, p. 18-33, mai. 2010. Disponível
em: <http://www.reveduc.ufscar.br>. Acesso em: 02 de nov. de 2015.