livro especializacao guia de apoio aos supervisores

50
São Paulo 2012 Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área da Saúde no Estado de São Paulo GUIA DE APOIO AOS SUPERVISORES AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NA SUPERVISÃO DOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM DIRECIONADOS AOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM Gabriela Ferreira Granja Maria Cecília Ribeiro Teresa Christine Pereira Morais

Upload: markoliveira

Post on 14-Dec-2015

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Supervisores

TRANSCRIPT

São Paulo2012

Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área da Saúde no Estado de São Paulo

GUIA DE APOIO AOS SUPERVISORES

AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

NA SUPERVISÃO DOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

EM ENFERMAGEM DIRECIONADOS AOS

TÉCNICOS DE ENFERMAGEM

Gabriela Ferreira Granja Maria Cecília Ribeiro

Teresa Christine Pereira Morais

Diretor Executivo Geraldo Biasoto JuniorDiretor Técnico de Políticas Sociais Aurílio Sérgio Costa CaiadoAssessora da Diretoria Técnica Tereza MazzaAnalista Administrativa Angelina Alves de OliveiraCoordenação Técnica-Pedagógica Solange de Carvalho Oliveira, Solange Cezário Gomes Ribeiro Cruz, Tomoko MatsuiCoordenação de Execução e Monitoramento Angela Maria Seibel Mohr, Carlos Alberto Bricoli, Gabriela Ferreira Granja, Glauciane de Oliveira, Luciana da Cunha Figueiredo Pires, Maria Cecília Ribeiro, Priscila Pereira Monteiro, Teresa Christine Pereira MoraisCoordenação de Planejamento e Informação Paula Regina Di Francesco Picciafuoco, Rafael Barros Soares, Vânia de Carvalho FerreiraCoordenação de Contratos, Contas e Pagamentos Andrea Costa, Carlos Augusto Bim, Lindomar José Figueiredo, Sérgio Félix, Waldir SalvadoreCoordenação de Comunicação Nino Dastre, Patrícia Bacchin Zappa Assessoria de Sistemas de Informação Denise Dolcemasculo, Gabriel Monteiro Rodrigues Gulias

Governador do Estado Geraldo Alckmin

Secretário da Saúde Giovanni Guido Cerri

Secretário Adjunto da Saúde José Manoel de Camargo Teixeira

Chefe de Gabinete da Saúde Reynaldo Mapelli Junior

Coordenador da Coordenadoria de Recursos Humanos da Saúde

Haino Burmester

Secretário da Gestão Pública Davi Zaia

Secretário de Desenvolvimento Paulo Alexandre Barbosa

Secretário da Educação Herman Jacobus Comelis Voorwald

Diretora Superintendente do Centro Paula Souza

Laura Laganá

São Paulo2012

Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área da Saúde no Estado de São Paulo

GUIA DE APOIO AOS SUPERVISORES

AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

NA SUPERVISÃO DOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

EM ENFERMAGEM DIRECIONADOS AOS

TÉCNICOS DE ENFERMAGEM

Gabriela Ferreira Granja Maria Cecília Ribeiro

Teresa Christine Pereira Morais

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou para qualquer fim comercial.

Primeira edição - 2012

Fundação do Desenvolvimento AdministrativoRua Cristiano Viana, 428 - 05411-902 - São Paulo SP - Tel. (11) 3066 5500

Normalização bibliográfica: Ana Cristina de Souza Leão, Norma Batista Norcia e Ruth Aparecida de Oliveira. Catalogação na fonte: Elena Yukie Harada. Revisão: Vera Carvalho Zangari Tavares, Eloisa Pires Tavares, Newton Sodré. Projeto gráfico: Nino Dastre.

Esta obra foi produzida sob a coordenação da Coordenação de Execução e Monitoramento do TecSaúde/Fundap.

Sumário

1. Introdução ............................................................................................................................................. 112. Execução dos Cursos ........................................................................................................................... 12

2.1. Legislação ................................................................................................................................. 122.2. Referencial Curricular ............................................................................................................ 132.3. Sistema de Informação ........................................................................................................... 17

3. Caracterização das Instituições de Ensino ....................................................................................... 173.1. Aspectos Jurídicos .................................................................................................................. 173.2. Estrutura Administrativa ...................................................................................................... 183.3. Plano Pedagógico do Curso .................................................................................................. 203.4. Formação de Turmas .............................................................................................................. 20

4. Diretrizes Gerais de Acompanhamento dos Cursos ....................................................................... 214.1. Dimensão político-institucional ............................................................................................ 224.2. Dimensão técnica-pedagógica .............................................................................................. 224.3. Dimensão gerencial ................................................................................................................ 23

5. Equipe de Supervisão .......................................................................................................................... 245.1. Aspectos ético-profissionais .................................................................................................. 245.2. Composição da Equipe .......................................................................................................... 25

6. Operacionalização da Supervisão dos Cursos ................................................................................. 266.1. Fases da Supervisão ............................................................................................................... 28

6.1.1. Fase preparatória ....................................................................................................... 286.1.2. Fase da supervisão in loco ......................................................................................... 296.1.3. Fase de consolidação dos dados .............................................................................. 30

6.2. Instrumentos de Supervisão.................................................................................................. 306.3. Fase pós-supervisão ............................................................................................................... 33

Bibliografias Consultadas ....................................................................................................................... 34Anexo I ...................................................................................................................................................... 35Anexo II - Relatório Síntese ................................................................................................................... 47

1. Geral............................................................................................................................................. 472. Movimentação/Coordenadores .............................................................................................. 473. Aspectos positivos e Negativos: .............................................................................................. 474. Aprendizagem/ Estágio .......................................................................................................... 485. Pendências/Orientações ........................................................................................................... 486. Atividades/Supervisão ............................................................................................................. 48

Anexo III - Controle de situação dos alunos ........................................................................................ 49

6

Glossário

Institucional

CEETEPS Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”.

DPS (Fundap) Diretoria de Políticas Sociais da Fundap

DRS Departamentos Regionais de Saúde

ETSUS Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde

Fundap Fundação do Desenvolvimento AdministrativoSUS (Sistema Único de Saúde)

TecSaúde Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área de Saúde no Estado de São Paulo

CEE Conselho Estadual de Educação

ABEn-SP Associação Brasileira de Enfermagem – Seção São Paulo

Coordenações

CEM Coordenação de Execução e Monitoramento.

CTP Coordenação Técnica-Pedagógica

CCCP Coordenação de Contas, Contratos e Pagamento

CPI Coordenação de Planejamento e Informação

CCOM Coordenação de Comunicação

ASI Assessoria de Sistema de Informação

Denominações

SIGESRH Sistema de Informação, Gestão, Execução e Supervisão – Formação de Recursos Humanos

7

Apresentação

As importantes mudanças nos padrões tecnológicos e organizacionais ocorridas no período recente impõem a necessidade de formar trabalhadores mais autônomos e capazes de tomar decisões, com maior poder de intervenção no processo de produção.A área de saúde, ao mesmo tempo em que concentra um enorme contingente de postos de trabalho, é importante incorporadora de novas tecnologias. Some-se a isso o processo em curso de consolidação do Sistema Único de Saúde, que define a necessidade de melhoria no acesso e na qualidade do atendimento à população. Nesse sentido, a incorporação de pessoal técnico competente aos serviços é essencial para obter ganhos de qualidade na prestação da assistência à saúde.Sensível a essa realidade e buscando enfrentar o grande desafio de qualificar trabalhadores técnicos do setor, o Governo do Estado de São Paulo está desenvolvendo o Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área de Saúde no Estado de São Paulo - TecSaúde, instituído pelo Decreto Estadual nº 53.848 de 19/12/2008, que tem por objetivos:

Ampliar a escolaridade da população mediante a formação de profissionais de nível técnico • para o ingresso no mercado de trabalho; eMelhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados à população, no âmbito do Sistema • Único de Saúde (SUS) no Estado.

O Decreto Estadual nº 53.848/08, estabelece que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Secretaria de Estado da Educação, Secretaria de Estado de Gestão e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo são parceiras na implementação do TecSaúde. Os cursos serão executados diretamente pelas Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (ETSUS) e pelas entidades públicas e privadas credenciadas e contratadas por meio de Edital específico.O TecSaúde ofertará Cursos de Especialização em Enfermagem, nas áreas de Urgência e Emergência, Neonatologia de Risco, Oncologia e Terapia Renal Substitutiva, para os técnicos de enfermagem que trabalham em estabelecimentos de saúde prestadores de atendimento em uma ou mais áreas dessas especialidades, mesmo que eles não estejam contratados para esse cargo/função. Esse módulo de especialização complementará as competências adquiridas na habilitação profissional e objetiva valorizar o técnico de enfermagem e melhorar a qualidade do atendimento de saúde em todo o Estado.A Fundap disponibilizará, gratuitamente, a todos os docentes e alunos dos Cursos de Especialização os materiais didáticos desenvolvidos especialmente para atender ao aluno-trabalhador da área da saúde, constituindo-se como essencial apoio à aquisição de conhecimentos necessários ao técnico de enfermagem especialista.Aos docentes e coordenadores será entregue o Guia de Apoio ao Docente que os ajudará a compreender a proposta metodológica do Livro do Aluno e a dinâmica da problematização além de atualizar os conhecimentos didático-pedagógicos que subsidiarão uma prática pedagógica reflexiva, crítica e contextualizada.

8

O Curso de Especialização em Enfermagem, direcionado ao Técnico de Enfermagem, com carga horária total de 360 horas, será executado por período máximo de 05 meses, com turmas compostas de até 36 alunos.O Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área de Saúde é uma das ações desenvolvidas pela Diretoria Técnica de Políticas Sociais da Fundap e conta com a seguinte organização: Coordenação de Contratos, Contas e Pagamentos (CCCP): desenvolve ações que envolvem, dentre outras, a administração e controle da disponibilidade orçamentária, visando garantir a viabilidade financeira do Programa; a contratação de prestadores de serviço (pessoa física e jurídica) e demais atividades correlatas; a aquisição de materiais, produtos e serviços necessários; e a viabilização de soluções tecnológicas vinculadas ao desenvolvimento do Programa. Coordenação de Execução e Monitoramento (CEM): responsável pelas atividades monitoramento e supervisão nas instituições executoras. Tem por objetivo propor ações e elaborar diretrizes para qualificação da execução dos cursos ofertados pelas escolas participantes do programa. Cabe a esta equipe, conferir a movimentação dos alunos e a execução das turmas através dos dados inseridos no Sistema de Informação, Gestão, Execução e Supervisão - Formação de Recursos Humanos (SigesRH) pelas Escolas e acompanhar/qualificar as atividades da Equipe de Supervisão, constituída pelos supervisores regionais e supervisores de campo, por meio da análise de dados quantitativos e qualitativos coletados nas visitas e discutidos em reuniões.Coordenação Técnica Pedagógica (CTP): propõe as diretrizes de implementação da educação profissional de nível técnico do TecSaúde, compreendendo as atividades relacionadas à: caracterização do perfil de ações e competências profissionais, formulação do referencial curricular, elaboração de material didático e capacitação do corpo técnico das Escolas.Coordenação de Planejamento e Informação (CPI): cabe a essa área agregar informações e integralizar o processo de trabalho das coordenações na produção de estudos e documentos tais como os relatórios de prestação de contas do projeto, pesquisas, e outros, possibilitando assim uma visão sistêmica da gestão do Programa. Assessoria de Sistemas de Informação (ASI): é responsável, entre outras atividades, pela garantia de qualidade dos dados do sistema, inserção de dados, extração de relatórios gerenciais e operacionais, apoio à CPI, participação na implementação do sistema e melhorias, atividades de 1º suporte e criação de usuários. Coordenação de Comunicação: é responsável pela divulgação e manutenção da marca TecSaúde, manutenção do site com informações atualizadas, informações à Ouvidoria e à Central de Atendimento da Fundap, planejamento, organização e comunicação de eventos, produção gráfica de publicações e gestão de material impresso.É no contexto do Programa TecSaúde que apresentamos o Guia de Apoio ao Supervisor com descrição das ações de monitoramento e avaliação na supervisão dos Cursos de Especialização em Enfermagem direcionados aos Técnicos de Enfermagem.

9

1. Introdução

O Guia de Apoio aos Supervisores é referencial para a ação supervisora nas instituições educacionais envolvidas, pois nele constam diretrizes com informações de caráter técnico-pedagógico e operacional e instrumentos para o monitoramento dos cursos a ser aplicado em cada supervisão. Ele foi construído com o objetivo de, no âmbito do TecSaúde, facilitar e direcionar a ação supervisora e, por conseguinte, o processo de supervisão. A supervisão do curso deve ser entendida como uma ação que abrange dois atos: o monitoramento e a avaliação

monitorar significa acompanhar, controlar mediante instrumentos construídos para determinado fim. A avaliação é parte do monitoramento, pois ao verificar pode-se inferir as razões que estão levando a atingir resultados diferentes dos esperados e propor modificações, correções de rumo (BRASIL, 2001).

A equipe de supervisores do Programa tem como objeto de trabalho o monitoramento da execução dos Cursos de Especialização em Enfermagem, em sua área de abrangência. A supervisão pretende ser sistemática e interativa, envolver diferentes atores, possibilitar a análise dos aspectos pedagógicos, metodológicos e dos resultados alcançados pelas Escolas. A atividade de supervisão será subsidiada pelo Referencial Curricular e materiais didáticos elaborados pela equipe do TecSaúde, assim como pelo Plano Pedagógico apresentado pela instituição no momento do credenciamento junto à Fundap. As ações de monitoramento e avaliação visam a alcançar melhor qualidade na execução dos Planos Pedagógicos cuja dinâmica proposta deverá ser pautada pela capacidade dos atores envolvidos em superar possíveis problemas buscando garantir, pela soma de esforços, o cumprimento das metas acordadas para o Programa.O ato de supervisionar implica no acompanhamento das interfaces política, administrativa e técnico-pedagógica estabelecidas pelo TecSaúde, necessárias à implementação dos Cursos e do projeto político-pedagógico que orienta o trabalho da Escola. Nesse sentido, a função da supervisão é organizar e sistematizar uma série de situações para a construção de alternativas e soluções compartilhadas, privilegiando o diálogo e buscando o consenso.Dessa forma, o monitoramento é um processo contínuo que deve prever a utilização de recursos diferenciados no sentido de identificar, em momento oportuno, os entraves na execução do curso e intervir adequadamente para solucioná-los. O monitoramento está planejado de forma a favorecer que se atinjam os seguintes objetivos:

Garantir a execução do Curso de Especialização em Enfermagem, com vistas adoção dos • objetivos estabelecidos pelo TecSaúde e à melhoria da qualidade dos serviços especializados prestados;Desenvolver estratégias que contribuam para motivar a equipe técnica das Escolas e a superar • das dificuldades encontradas na execução;Avaliar o aproveitamento global e individualizado das turmas – alunos, docentes e • coordenadores;

10

Apoiar os docentes e coordenadores na reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem, a • partir da análise dos determinantes das situações detectadas; Apoiar a realização do Curso de Atualização Didático-Pedagógico para os profissionais • que atuam na área educacional no âmbito do TecSaúde, considerando-se que a maioria dos docentes serão especialistas na área da especialidade do curso e não obrigatoriamente na área pedagógica.

2. Execução dos Cursos

A equipe do TecSaúde elaborou diretrizes que deverão ser utilizadas, em comum, por todas as instituições educacionais, objetivando a execução dos cursos como um todo. Para a ação supervisora, é importante que os supervisores conheçam as disposições legais vigentes e o conjunto de indicações existentes nas estruturas do Referencial Curricular do TecSaúde e do SigesRH.

2.1. LegislaçãoA partir da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional (LDB), diferentes instâncias emitiram leis e pareceres, indicações e resoluções com o objetivo de normatizar a educação técnica de nível médio.Essas disposições legais têm por objetivo fornecer subsídios às instituições de ensino quanto à estrutura e ao funcionamento dos estabelecimentos de ensino, e à regulamentação curricular. As legislações vigentes, por ordem do ano de emissão, estão descritas abaixo:

Legislação Órgão Emissor Assunto

Resolução n.493/94 SS/SP Norma Técnica de Edificação de Escolas

Parecer n. 16/99 CNE/CEBDiretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico

Resolução n. 4/99 CNE/CEBInstituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico

Deliberação n. 1/99 CEE/SPNormas para a autorização de funcionamento de estabelecimentos e cursos

Indicação n. 8/00 CEE/SPDiretrizes para implementação de Educação Profissional de Nível Técnico

Parecer n. 14/02 CNE/CEB Especialização na Educação Profissional de Nível Técnico

11

Parecer n. 35/03 CNE/CEB Normas para a organização e realização de estágios

Resoluções n. 1/04 e /05 CNE/CEBDiretrizes Nacionais para a organização e realização de estágio

Lei Federal n. 11.788/08 P. R. Estágio do estudante

Deliberação n. 87/09 CEE/SP Realização de estágio supervisionado de alunos.

Resolução n. 371/10 COFENParticipação do enfermeiro na supervisão de estudantes de enfermagem

SIGlAS: SS/SP: Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. CNE/CEB: Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. CEE/SP: Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo. P.R.: Presidência da República. COFEN: Conselho Federal de Enfermagem

2.2. Referencial CurricularOs Cursos de Especialização em Enfermagem ofertados pelo TecSaúde são desenvolvidos nas áreas de Urgência e Emergência, Neonatologia de Risco, Oncologia e Terapia Renal Substitutiva. Destinam-se ao técnico de enfermagem e o requisito para o acesso ao curso é estar trabalhando em estabelecimento de saúde prestador de atendimento na área da especialidade escolhida e ter o ensino médio concluído. Não é obrigatório que o profissional esteja no exercício da profissão técnico de enfermagem, como também, poderá estar trabalhando ou não na unidade da especialidade escolhida.A carga horária total de cada curso é de 360 horas, conforme preconizado nas Diretrizes para implementação da educação profissional de nível técnico no sistema de ensino no estado de São Paulo, Indicação CEE 8/2000, sendo 240 horas teórico-prático e 120 horas de estágio supervisionado. O curso deverá ser desenvolvido em um período máximo de cinco meses. Com o objetivo de auxiliar as instituições de ensino na elaboração dos Planos de Curso, a equipe do TecSaúde elaborou um Referencial Curricular para cada especialidade, cujo alicerce pedagógico é o currículo integrado através da compreensão global do conhecimento por meio da articulação dinâmica entre trabalho e ensino, prática e teoria, ensino e comunidade.Os Referenciais Curriculares estão estruturados em três áreas do conhecimento, cujos conteúdos estão em consonância com o perfil de ações do técnico de enfermagem especialista, e com todos os saberes (saber saber, saber fazer, saber ser e saber conviver) trabalhados de forma integrada e contextualizada. As três áreas são:Área I: Conhecendo o sistema de atenção na área da especialidade (Urgência e Emergência, ou Neonatologia de Risco, ou Oncologia, ou Terapia Renal Substitutiva);Área II: Prestando cuidados de enfermagem ao cliente no sistema de atenção na área da especialidade (Urgência e Emergência, ou Neonatologia de Risco, ou Oncologia, ou Terapia Renal Substitutiva);

12

Área II: Fundamentado o cuidado de enfermagem na área da especialidade (Urgência e Emergência, ou Neonatologia de Risco, ou Oncologia, ou Terapia Renal Substitutiva) nos princípios de segurança do paciente.A indicação metodológica proposta para o desenvolvimento do curso é a pedagogia problematizadora, cuja estratégia de ensino se estrutura na observação da realidade, reflexão e ação, no contexto da relação ensino-serviço. O estágio supervisionado, para garantir uma aprendizagem efetiva, necessita ser planejado para cada curso, observando-se o desenvolvimento da teoria não distante da sua aplicação na prática, a oferta de experiências tanto em situações reais de trabalho como em outras que contribuam para a aquisição das competências necessárias para atuação na especialização objeto do curso, o projeto pedagógico da escola e o entendimento, por parte do estabelecimento concedente do campo de estágio, que essa atividade curricular é um ato educativo e um investimento em seu futuro quadro de pessoal.O coordenador de estágio tem um papel fundamental no planejamento, operacionalização e acompanhamento do estágio. O Plano de Estágio, por ele elaborado, visa orientar os docentes e alunos sobre as ações a serem desenvolvidas no campo da prática, a saber: as instituições onde serão realizadas as práticas supervisionadas, período e horário, os objetivos e as metodologias de ensino-aprendizagem propostas, as habilidades e as competências a serem desenvolvidas. Esse trabalho poderá também ser realizado pelo coordenador técnico-pedagógico desde que, segundo a Resolução Cofen 371/2010, seja um profissional enfermeiro.Somando-se a esse contexto, o docente/supervisor de estágio assume importante papel na mediação do processo ensino-aprendizagem, por meio de orientações, percepção das dificuldades, discussão, correção e estimulo à prática da reflexão e da observação.A Resolução Cofen nº 371/2010 estabelece normas para a formalização e operacionalização dos programas de estágio pelo responsável técnico da área de enfermagem; entretanto, considerando que no âmbito do TecSaúde,

o curso de especialização é direcionado aos técnicos de enfermagem que trabalham em • estabelecimento de saúde vinculado juridicamente à Escola que está ofertando o curso em questão;a clientela do curso de especialização tem uma experiência profissional e alguns inclusive • já atuam na área da especialidade, não necessitando de uma supervisão direta como na formação básica; a instituição de ensino deve viabilizar e acompanhar a realização do estágio curricular;• a normatização deve ser um instrumento que propicie oportunidades para a formação • do técnico especialista, e não dificultar a obtenção dos campos de estágio pelas escolas;

Foram acordadas com o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo modalidades específicas que viabilizem o estágio supervisionado nos cursos de especializações de nível técnico em enfermagem, descritas a seguir:1ª Modalidade – utilização de 40% a 50% do total da carga horária de estágio na unidade da

13

especialidade com acompanhamento direto do supervisor de estágio da escola. A carga horária restante será desenvolvida em outras unidades que não sejam no estabelecimento de saúde em que o aluno trabalha. Essa modalidade de estágio pode ocorrer sob a forma de visitas técnicas orientadas, com roteiro de observação, acompanhamento e avaliação, sob orientação e acompanhamento do docente-supervisor de estágio da escola; 2ª Modalidade – realização de 70% do total da carga horária de estágio na unidade da especialidade com supervisão do enfermeiro de campo da unidade e acompanhamento a distância pelo docente-supervisor de estágio da escola. Considerando que exista uma integração eficiente entre o ensino e serviço, o estágio se realizará com o aluno ficando em contato direto e constante com o enfermeiro de campo na unidade. Esse enfermeiro, sendo coparticipante do processo de ensino, é previamente preparado pela escola no aspecto pedagógico e nas formas de acompanhamento e avaliação do aluno. Cada docente-supervisor de estágio ficará responsável por, no máximo, 18 alunos e realizará o acompanhamento mediante visitas periódicas aos campos de estágio. A carga horária restante será desenvolvida na forma de visita técnica; 3ª Modalidade – realização do estágio na própria unidade da especialidade em que o aluno trabalha, com acompanhamento a distância pelo docente-supervisor de estágio da escola. Esse aluno-funcionário poderá ser colocado na sua escala de trabalho dessa área e assim cumprir sua jornada com caráter de estágio em até 50% da carga horária total de estágio supervisionado. Nesse período, apesar de constar em escala de trabalho, será acompanhado pelo enfermeiro de campo da unidade da especialidade, que deverá ser previamente preparado pela escola quanto ao aspecto pedagógico e às formas de acompanhamento e avaliação do aluno. A carga horária restante será desenvolvida com acompanhamento direto do supervisor de estágio da escola (20%) e na forma de visita técnica (30%);4ª Modalidade - realização de 70% do total da carga horária de estágio na unidade da especialidade com supervisão direta do docente-supervisor de estágio da escola, na proporção de 1 (um) docente para, no máximo, 12 alunos. Essa proporcionalidade não será um fator que impossibilitará o desenvolvimento das competências gerais e específicas da especialidade, considerando-se as competências já adquiridas pelos alunos no curso técnico em enfermagem. A carga horária restante (30%) será desenvolvida na forma de visita técnica.O quadro a seguir sugere a distribuição da carga horária de estágio a ser desenvolvida no estabelecimento de saúde e nos locais de visita técnica de acordo com cada modalidade de estágio, ressaltando que, uma vez escolhida a modalidade, a carga horária prevista na modalidade, pode ser flexibilizada em função da realidade do campo de estágio disponível e ao perfil do aluno do curso, desde que a carga horária destinada à visita técnica não seja superior ao acordado com o COREN-SP.

14

Modalidade de Estágio

Descrição Estágio no Estabelecimento

de Saúde

Estágio na Forma de

Visita Técnica

% Carga Horária

% Carga Horária

1ª Supervisão de um docente-supervisor para cada cinco alunos.

40-50% 48-60h 50-60% 60-72h

2ª a) Supervisão direta pelo enfermeiro de campob) Supervisão de um docente supervisor da Escola para cada 18 alunos.

70% 84h 30% 36h

3ª Supervisão direta pelo enfermeiro de campo no horário de trabalho do aluno.

50% 60h 30% 36h

b) Supervisão de um docente-supervisor para cada cinco alunos.

20% 24h

4ª Supervisão de um docente-supervisor para cada 12 alunos.

70% 84h 30% 36h

As visitas técnicas devem ocorrer sempre sob orientação, acompanhamento e avaliação do docente-supervisor de estágio da escola e realizadas com roteiro de observação contendo questões norteadoras que subsidiarão a observação e o repensar da prática assistencial. Devem ser realizadas em empresas e organizações que retratem situações reais de trabalho e em conformidade com o plano pedagógico de cada escola, objetivando o desenvolvimento das competências descritas no perfil de conclusão do curso de especialização. Portanto, deverá ter como pressupostos básicos:

Oferecer aos alunos oportunidade de conhecer e vivenciar as diferentes áreas do campo • de atuação do técnico na especialização objeto do curso;Possibilitar uma visão ampliada das novas tecnologias utilizadas nos serviços da • especialização objeto do curso, visitando empresas que fabricam, distribuem e capacitam os profissionais para a utilização de materiais e equipamentos dessa área;Desenvolver a capacidade crítica por meio da observação sistemática de situações • diferenciadas de trabalho a fim de permitir que o aluno a confronte com a sua prática e as outras realidades observadas na visita técnica; ePromover a interação com diferentes profissionais que prestam atendimento em • toda rede de atenção das especialidades, tanto nas instituições privadas, como nas públicas, como por exemplo, em outros estabelecimentos de saúde prestadores de atendimento na especialidade objeto do curso, Atendimento Pré-Hospitalar, assistência de saúde domiciliar (home care), banco de leite, empresas especializadas em materiais e equipamentos específicos, entre outros.

15

É importante salientar que à Escola coube selecionar, quando do credenciamento, a modalidade de estágio mais adequada a sua proposta pedagógica, como também ao nível de integração estabelecido junto ao serviço de saúde ao qual está vinculada juridicamente. Independente da modalidade é responsabilidade da Escola ter o registro do acompanhamento e da avaliação de cada aluno, mantendo coerência nas informações entre eles, por serem documentos de caráter legal.

2.3. Sistema de InformaçãoO sistema CRM®, cuja versão customizada no âmbito do TecSaúde recebeu o nome de SigesRH (Sistema de Informação, Gestão, Execução e Supervisão – Formação de Recursos Humanos), tem como objetivo a centralização e correta partilha da informação relevante de cada usuário, de modo a que cada utilizador tenha em todos os momentos os dados necessários para a correta execução das suas tarefas, além de permitir exercer atividades de gestão de projeto. Assim, o sistema será utilizado para ações gerenciais, inserção dos dados levantados pela supervisão, controle de pagamento e para que as instituições contratadas possam efetuar e movimentar as situações de matrícula dos alunos.

3. Caracterização das Instituições de Ensino

As instituições de ensino participam do TecSaúde por meio de convênio (caso das Escolas Técnicas do SUS – ETSUS) ou por contrato após aprovação no processo de credenciamento de escolas públicas e privadas. O contrato ou convênio poderá ser entre a Fundap e a instituição de ensino ou com sua mantenedora.Os cursos poderão ser ministrados na sede da instituição de ensino ou nas classes descentralizadas autorizadas pelo sistema educacional,. A execução descentralizada dos cursos, procedimento adotado pelas ETSUS e algumas escolas privadas, objetiva facilitar o acesso do aluno trabalhador e reduzir o índice de evasão escolar.Para a execução dos Cursos, as instituições de ensino seguem um conjunto de diretrizes estabelecidas pela Fundap e pelas legislações, apresentadas a seguir:

3.1. Aspectos JurídicosAs instituições participantes deverão estar vinculadas juridicamente ou apresentar termo de compromisso com os Estabelecimentos de Saúde que assegure as unidades/setores necessários ao desenvolvimento do estágio supervisionado, em uma ou mais áreas das especialidades: urgência e emergência, oncologia, neonatologia de risco e terapia renal substitutiva. Além disso, exige-se a apresentação de documentos que comprovem a idoneidade jurídica, fiscal e econômico-financeira das mesmas.

16

Ao assinarem o contrato ou convênio com a Fundap, as instituições de ensino comprometem-se a, entre outras obrigações: executar o curso de acordo com a proposta apresentada no Credenciamento e em observância às legislações em vigor; manter atualizados no SIGESRH os registros acadêmicos dos alunos, a relação dos coordenadores, dos docentes e supervisores de estágio; manter organizada toda a documentação e registros escolares dos alunos e do curso; informar a ocorrência de substituição do campo de estágio ou alteração do local de execução dos cursos, com antecedência mínima de 30 dias, para análise e aprovação pela equipe CEM da Fundap; e garantir a distribuição do material didático dos cursos fornecido pela Fundap a todos os alunos e docentes.

3.2. Estrutura AdministrativaAs instituições escolares e as classes descentralizadas, quando for o caso, possuem autorização de funcionamento emitido pela Diretoria de Ensino (vinculada à Secretaria de Estado da Educação) ou por outro órgão educacional competente, de acordo com o disposto na Deliberação CEE n.1/99. A referida legislação dispõe, entre outros, que a estrutura física deve assegurar conforto e segurança aos alunos e aos profissionais da escola, e as orientações/normas constantes no Regimento Escolar e no Plano de Curso aprovadas pelo supervisor de ensino da Diretoria de Ensino regerão a execução dos cursos.Todos os documentos dos alunos concluintes são analisados pelo supervisor de ensino, que após aprovação dos mesmos, registram os dados dos alunos concluintes no sistema denominado GDAE (Gestão Dinâmica da Administração Escolar).A equipe escolar, no âmbito dos Cursos de Especialização do TecSaúde, conta com os seguintes profissionais:a) Diretor da Escola: responsável legal pela instituição de ensino; é de sua competência responder pelo aspecto físico-financeiro da execução dos cursos; promover a articulação política com gestores e empregadores, junto ao coordenador pedagógico, para viabilizar a execução do curso e estimular a freqüência dos alunos;b) Coordenador Técnico Pedagógico: profissional com experiência em formação profissional e/ou gestão de recursos humanos na área da saúde, com formação pedagógica ou mestrado/doutorado, preferencialmente na área da educação. É de sua competência:

Representar a instituição junto à Fundap;• Garantir a implementação do Plano Pedagógico apresentado pela Escola;• Subsidiar a Fundap, fornecendo todas as informações qualitativas e quantitativas • referentes à proposta de execução do curso;Acompanhar, avaliar e apoiar o trabalho dos Coordenadores de Estágio e Locais;• Acompanhar e monitorar o desempenho dos docentes e coordenadores locais;• Garantir um fluxo de comunicação eficaz entre toda a equipe técnica envolvida na • operacionalização da proposta de execução do curso;Participar de atividades técnicas e pedagógicas, sempre que solicitado pela Fundap.•

17

c) Coordenador de Estágio: profissional enfermeiro com mestrado/doutorado, licenciatura ou Formação Pedagógica; com experiência em formação profissional de recursos humanos na área da saúde e/ou experiência (docência ou na área assistencial) compatível com a área de Urgência e Emergência. Entendem-se como funções do Coordenador de Estágio:

Planejar a execução do estágio supervisionado em parceria com o Coordenador Local: • cronograma, locais dos estágios supervisionados, agendamento das visitas técnicas, elaboração dos roteiros de observação para as visitas técnicas, seguro coletivo para os estágios;Acompanhar e monitorar o desempenho dos docentes de estágio;• Monitorar a atualização dos registros acadêmicos dos alunos, seu desempenho e • satisfação com o estágio supervisionado;Representar a instituição de ensino nos campos de estágio, quando solicitado;• Promover ações que viabilizem uma maior integração ensino-serviço-comunidade;• Garantir um fluxo de comunicação eficaz entre todos os docentes de estágio e com os • enfermeiros de campo; Garantir a provisão de insumos necessários para o desenvolvimento do estágio;• Participar das reuniões agendadas pela supervisão da FUNDAP;• Participar de atividades técnicas e pedagógicas,• sempre que solicitado pela FUNDAP.

d) Coordenador local: profissional enfermeiro responsável pelo acompanhamento técnico e pedagógico de até 5 (cinco) turmas, podendo exercer a docência caso as turmas estejam localizadas no mesmo espaço físico ou próximas umas das outras. Suas funções estão elencadas abaixo:

Acompanhar a execução do cronograma do curso, conforme apresentado no processo de • credenciamento, contemplando o conteúdo teórico-prático e o estágio supervisionado, promovendo ações que viabilizem uma maior integração;Garantir a atualização de todos os registros acadêmicos dos alunos, seu desempenho e • satisfação com o curso;Fazer a previsão e garantir a provisão de insumos e recursos de apoio para as aulas;• Manter no local de realização do Curso a identificação do Programa;• Manter cronograma de execução do curso e quadro de horários das aulas atualizados e • afixados em local visível para os alunos;Garantir a entrega do material didático, fornecido pela Fundap, para todos os alunos;• Acompanhar o desempenho dos alunos identificando estratégias, em parceria com • outros Coordenadores Locais, que visem à recuperação de conteúdo teórico-prático ou do estágio supervisionado;Monitorar a freqüência dos alunos e buscar estratégias, em parceria com outros • Coordenadores Locais, que minimizem situações de evasão;Participar das reuniões agendadas pela supervisão da Fundap.•

18

e) Secretário Escolar: profissional habilitado com autorização do sistema educacional ou respectivo órgão competente para expedir os certificados de conclusão dos cursos de educação profissional. É de sua responsabilidade averiguar a veracidade dos documentos escolares dos alunos, antes do inicio das aulas, e a inserção dos dados no GDAE e no SigesRH.f) Corpo Docente: os docentes e supervisores de estágio deverão ser profissionais com formação ou experiência mínima (docência ou na área assistencial) comprovada de 1 (um) ano compatível com a área da especialidade e, de preferência, licenciados ou formados pelo Curso de Formação Pedagógica.

3.3. Plano Pedagógico do CursoA elaboração do Plano Pedagógico do Curso é de responsabilidade das Escolas devendo estar em consonância com as disposições legais vigentes e – com o aprovado no credenciamento das escolas. Deve conter:a) Introdução: contém um breve histórico da instituição, objetivos gerais e específicos;b) Organização da ação educativa: descrição da concepção de currículo adotada pela Escola, os componentes curriculares ou áreas com seus conteúdos, as estratégias pedagógicas, os critérios de avaliação, recursos didáticos, turnos ofertados e duração de cada aula;c) Plano de Estágio: contém a modalidade de estágio a ser adotada pela escola, como ocorre a integração do estágio com os componentes curriculares, cronograma do estágio, locais do estágio nos estabelecimento de saúde e na forma de visita técnica;d) Organização Gerencial: descrição das estratégias de acompanhamento do Plano Pedagógico e da educação continuada dos docentes.

3.4. Formação de TurmasApós a assinatura do contrato, é emitido a Ordem de Serviço de Organização e Montagem de Turmas para as Escolas iniciarem o processo de efetivação da matrícula dos alunos e de formação de turmas. Esta fase abrange as seguintes etapas:

Caracterização da demanda – • fase de pesquisa, quando a escola averigua os potenciais alunos no estabelecimento de saúde a ela vinculada juridicamente;Inscrição dos alunos no site da Fundap • – o secretário escolar deverá inserir os dados dos interessados no Curso de Especialização em Enfermagem no SIGESRH;Matrícula • – ato formal de ingresso no curso e de vinculação com a escola. A matrícula será realizada na secretaria em prazos estabelecidos no calendário escolar com o preenchimento do requerimento de matrícula e apresentação da documentação de acordo com as normas estabelecidas em cada instituição de ensino. Formação das Turmas• – realizada pela Escola, observando o máximo de 36 alunos por turma. As possíveis pendências relacionadas ao cadastro serão encaminhadas à

19

Coordenação de Execução e Monitoramento do TecSaúde para o devido processamento, análise e retorno à Escola. Os alunos de cada turma poderão estar denominados no SIGESRH como:

a) Cancelado: quando a matrícula é cancelada antes do início da execução do curso.

b) Aluno Ativo: aluno matriculado e cursando normalmente as disciplinas/módulos/componentes ou áreas curriculares.

Aluno Incluído após OS: aluno matriculado após a emissão da Ordem de Serviço de Execução da Turma, dentro do prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da data de início da Turma. A partir desse prazo, somente poderão ser incluídos após análise e aprovação da Coordenação de Execução e Monitoramento (CEM) da Fundap. Aluno em licença: aluno que, por motivos de força maior (licença-saúde prevista em lei, serviço militar etc.) permaneceu um período sem freqüentar disciplinas/módulos/áreas curriculares, sendo garantida a possibilidade de retorno ao mesmo período do curso, desde que haja turma disponível (situação especial). Esse aluno, para efeitos de pagamento é considerado ativo.

c) Situações Especiais: o aluno matriculado que não concluiu o curso terá o direito de se matricular apenas mais uma vez.

Matrícula Automaticamente Cancelada (MAC): aluno matriculado na Escola, mas que não compareceu à sala de aula, até o 15º dia de início da turma.Abandono: aluno matriculado que frequentou o curso por determinado período, conforme Regimento da Escola, e deixou de comparecer às aulas, sem justificativa.Desistente: aluno matriculado que frequentou o curso por determinado período, conforme Regimento da Escola, e deixou de comparecer às aulas, justificando a desistência.Aluno Reprovado: aluno que não atingiu requisitos mínimos de avaliação durante o curso (nota e frequência).

d) Aluno Egresso: é o aluno concluinte do Curso de Especialização em Enfermagem

4. Diretrizes Gerais de Acompanhamento dos Cursos

No processo de trabalho desenvolvido pela Coordenação de Execução e Monitoramento, a Equipe de Supervisão é responsável pelo levantamento dos principais problemas encontrados na execução dos cursos e proposição de alternativas de solução; pela análise dos resultados obtidos nas visitas de supervisão; pela avaliação do perfil de desempenho das Escolas; e pela adoção de medidas que possam contribuir para a melhoria da qualidade dos cursos ofertados pelas Escolas.

20

Na tentativa de articular os direcionamentos, as ações de monitoramento da Equipe de Supervisão estruturam-se em três dimensões, interdependentes entre si: político-institucional, técnico-pedagógica e gerencial.

4.1. Dimensão político-institucionalA construção de um sistema de saúde universal, equânime e que respeite a integralidade dos sujeitos, transcendendo a concepção biologicista e hospitalocêntrica dos modelos assistenciais, coloca um desafio importante à discussão sobre os currículos dos cursos da área de saúde e também sobre as práticas dos profissionais. O desafio posto, por si só complexo e conflituoso, exige a incorporação da dimensão política como possibilidade de construção coletiva de um novo olhar para a supervisão.No âmbito de atuação do TecSaúde, a dimensão político-institucional diz respeito ao conjunto de ações e decisões referentes às negociações, mediações e interlocuções desenvolvidas pela Equipe de Supervisão para implementação de uma política pública de formação profissional consonante com o SUS. Cabem aqui, dentre outras, as relações institucionais desenvolvidas, as análises de contextos realizadas, as articulações e o planejamento estratégico efetuado.Em termos de atribuições e responsabilidade da Equipe de Supervisão, essa dimensão envolve algumas ações, descritas a seguir:

Realizar estudos de análise e avaliação do desenvolvimento do Programa, no âmbito de • sua competência;Envolver os atores participantes, em permanente interação, de modo a favorecer níveis • otimizados de execução descentralizada; e

4.2. Dimensão técnica-pedagógicaO acompanhamento e a avaliação técnica-pedagógica da execução dos Cursos são importantes para a identificação dos aspectos positivos e de reorientação em situações de possíveis fragilidades. A complexidade do campo não é apreendida apenas por meio de dados quantitativos e da análise documental, sendo necessários outros meios como entrevistas e observação direta com os envolvidos no processo educativo (alunos, docentes, coordenadores técnico-pedagógicos, locais, de estágio, diretores, dentre outros).A análise qualitativa permitirá maior conhecimento e identificação dos aspectos positivos e negativos do desenvolvimento do Curso, determinantes para o sucesso do TecSaúde. Para efetivar o monitoramento e o desenvolvimento dos Cursos, a Equipe de Supervisão deverá estar atenta aos seguintes aspectos:

Conhecer o Plano Pedagógico apresentado pela Escola à Fundap;• Identificar as formas encontradas pela Escola para atender às especificidades do aluno-• trabalhador em saúde, que normalmente obedece ao regime de turnos e plantões, existência de horários compatíveis, previsão de reposição de conteúdos, períodos de

21

compensação de ausências, recuperação e avaliação do processo;Verificar se o• material didático adotado pela Escola é o fornecido pela Fundap. Caso contrário, avaliar o material utilizado quanto aos aspectos pedagógico-metodológicos, de conteúdo, bem como observar sua utilização por alunos e docentes;Acompanhar o quadro de docentes de cada Escola, que foi apresentado à Fundap, e • manter constante interlocução com esses profissionais verificando ao longo do processo de supervisão as evidências de mudanças em sua atuação como docente de educação profissional;Conhecer o quadro de horário de aulas semanais;• Observar a freqüência dos alunos, de forma sistemática;• Acompanhar as estratégias de avaliação da aprendizagem, propostas pela Escola e • apresentadas à Fundap;Conhecer a rotina de funcionamento da Escola como as datas e horários de serviços de • direção, orientação educacional, secretaria escolar, apoio, dentre outros; eEstabelecer relação de cooperação com a Escola, para acompanhamento dos alunos e • do processo de execução dos Cursos, procurando reforçar procedimentos exitosos e ou adequações que se façam necessárias, junto aos coordenadores técnico-pedagógicos, coordenadores locais, coordenadores de estágio e docentes.

A observação desses pontos deve valer-se da própria concepção pedagógica proposta pelo TecSaúde, com enfoque que considere a inclusão e a construção coletiva dos processos pedagógicos.

4.3. Dimensão gerencialO monitoramento, entendido como acompanhamento contínuo das turmas, busca caracterizar e compreender a estrutura, o processo, o conteúdo e os resultados da implementação/execução das Turmas de cada Escola para que, quando necessário, seja possível propor mudanças e reorientações para adequá-los aos parâmetros de qualidade.Assim, o monitoramento, do ponto de vista gerencial, se constitui no acompanhamento detalhado e contínuo das ações definidas em cada Escola, de modo a determinar se a implementação de cada fase está sendo feita de acordo com o planejado e se os resultados previstos estão sendo atingidos da forma esperada pelo TecSaúde.Para melhor êxito no monitoramento do Curso, é importante observar de forma abrangente o trabalho da instituição de ensino, que deve buscar cumprir de modo efetivo e eficaz as suas atividades de formação e execução das metas previstas, sendo traduzidas pelo número de alunos atendidos e formados e o investimento na qualificação do corpo docente da Escola. Conforme apontado no início desse documento, monitorar compreende tanto as atividades gerenciais como as pedagógicas.A Equipe de Supervisão deve, portanto, buscar conhecer e compartilhar estratégias pedagógicas que facilitem a aprendizagem e contribuam para a efetiva qualidade do

22

processo de formação dos alunos além de dominar os aspectos gerenciais do Programa. São de responsabilidade da Equipe de Supervisão as seguintes atividades:

Administrar e manter atualizado, em seu âmbito de atuação, o SIGESRH;• Efetuar a supervisão e o monitoramento das turmas, na sua área de abrangência;• Monitorar e acompanhar a efetivação do processo de matrícula dos alunos nos Cursos, • pelas Escolas;Planejar, monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pela Equipe de Supervisão, • zelando sempre pelo êxito do Programa em sua esfera de competência.

Além do monitoramento e da supervisão do Curso pela Equipe de Supervisão, a Fundap se reserva o direito de acompanhar, monitorar e fiscalizar diretamente as Escolas, podendo utilizar-se de diferentes meios para esse fim, dentre os quais destacamos:

Entrevistas com alunos do Curso de Especialização em Enfermagem, direcionados aos • Técnicos de Enfermagem;Entrevistas com os responsáveis pelas Escolas e seu respectivo corpo docente;• Grupos focais de turmas e cursos de uma Escola ou de outras da mesma Região de • Saúde;Pesquisas quantitativas com os alunos mediante amostragem de turmas, Cursos e • Escolas.

5. Equipe de Supervisão

Na organização do TecSaúde a Equipe de Supervisão está vinculada à Coordenação de Execução e Monitoramento. No desenvolvimento da atividade de acompanhamento dos cursos é desejável que a referida equipe assuma uma postura colaboradora e de partícipe nas ações desenvolvidas pelas Escolas. Para ser agente colaborador, é preciso ter a ação alicerçada em conhecimento pedagógico e constante aprimoramento da prática profissional, para que as suas atividades cooperem para a excelência dos Cursos. Espera-se, ainda, que as visitas de supervisão sejam momento de reflexão e de contribuição para o desenvolvimento dos Cursos.

5.1. Aspectos ético-profissionaisÉ recomendável que os enfermeiros que compõem a equipe mantenham bom relacionamento com todos os elementos da equipe de trabalho do TecSaúde, com os representantes das Escolas e dos campos de estágio, e outras instituições da sua área de abrangência. Além da responsabilidade no plano das relações de trabalho, é necessário pautar a ação supervisora nos princípios que regem o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. São atitudes ético-profissionais:

Conduzir-se profissional e eticamente na execução de suas tarefas, com justiça, •

23

competência, honestidade, imparcialidade e responsabilidade;Demonstrar atitude que não seja de interesse competitivo ou conflitante com os interesses • do TecSaúde; Manter sigilo quanto às informações referentes ao TecSaúde e as obtidas durante a • supervisão;Interagir com a equipe do TecSaúde, da Escola e das instituições a ela vinculada;• Respeitar a dinâmica escolar e dos campos de estágio;• Buscar alternativas de soluções em situações adversas em conjunto com a Escola, e • quando possível com os alunos, com postura ativa;Recorrer à equipe de trabalho para a solução ou encaminhamento dos problemas • identificados;Responsabilizar-se pelo aprimoramento profissional que subsidiarão a ação supervisora • com maior eficácia;Agir com responsabilidade como supervisor e representante do TecSaúde.•

Em contrapartida a essas atitudes desejáveis, não será admitido que os supervisores enfermeiros:

Aceitem, das instituições participantes, honorários, comissões ou atenções pessoais que • tenham valor monetário;Recebam compensação de qualquer natureza, de interessados pelo repasse de • informações sigilosas que possam de alguma maneira influenciar a integridade do programa;Utilizem as informações referentes ao TecSaúde em trabalho fora do âmbito do programa, • sem a prévia autorização da Fundap;Utilizem-se do seu papel de membro da equipe do TecSaúde e das informações • obtidas no exercício da sua função como meio para oferecer serviços de consultorias às Instituições participantes do programa; Realizem supervisão naquelas instituições onde trabalhem em serviços de consultoria, • direção, coordenação ou função semelhante; eRegistrem informações parciais ou inverídicas sobre o resultado da supervisão, como • também, assinar pela supervisão sem tê-lo feito.

5.2. Composição da EquipeA Equipe de Supervisão é composta por Supervisor Regional e Supervisor de Campo. O Supervisor Regional é o responsável técnico pelo processo de trabalho desenvolvido por todos os supervisores de campo. Atua no planejamento e na implementação das diretrizes técnicas do TecSaúde, cabendo-lhe as seguintes atividades:

Participar do planejamento das atividades dos Supervisores de Campo, na sua área • de abrangência, em consonância com os princípios estabelecidos neste Guia e no seu

24

próprio plano de trabalho;Coordenar e avaliar o desenvolvimento das atividades dos Supervisores de Campo; • Apresentar relatório mensal informando os problemas detectados, as medidas adotadas • ou sugeridas para solucioná-los e o perfil de desempenho de cada uma das Escolas;Participar de reuniões com a Coordenação de Execução e Monitoramento sempre que • necessário, a critério do programa; e Promover reuniões periódicas com os Supervisores de Campo.•

O Supervisor de Campo é o responsável pela supervisão in loco dos Cursos no âmbito do TecSaúde e tem por atribuição efetuar o monitoramento e a avaliação das atividades das Escolas que executarão o Curso de Especialização em Enfermagem. Com base na concepção de supervisão como ação de colaboração e coparticipação contínua nos processos educativos e considerando-se os aspectos técnico-legais, o Supervisor de Campo tem por funções:

Participar das reuniões promovidas pelo supervisor regional, com vistas ao • aprimoramento da sua prática e a discussão coletiva dos problemas vivenciados na supervisão;Acompanhar a execução do Curso, tendo por base os Formulários apresentados à • Fundap, pelas instituições de ensino – Plano Pedagógico; Plano do Curso; Cronograma de Desenvolvimento; Corpo de Docentes e locais de realização do estágio supervisionado–, por meio da interação efetiva com os coordenadores técnico-pedagógicos, de estágio e locais;Analisar, acompanhar e avaliar o trabalho desenvolvido pelas Escolas por meio de • estratégias e instrumentos de acompanhamento elaborados pelo TecSaúde.

A visita de supervisão às turmas será mensal, podendo-se diminuir a periodicidade, caso sejam detectadas dificuldades na execução do Plano Pedagógico apresentado pelas instituições de ensino. Na supervisão, o profissional trabalhará com as informações constantes no SIGESRH: os instrumentos definidos para cada supervisão e os dados inseridos e atualizados mensalmente pelas Escolas.

6. Operacionalização da Supervisão dos Cursos

O trabalho da supervisão é desenvolvido a partir dos critérios e parâmetros estabelecidos pelo programa, embora possa variar conforme a acumulação de experiências de cada supervisor. O conhecimento prévio do Plano Pedagógico apresentado pela Escola e aprovado pela Fundap auxilia a Equipe de Supervisão na verificação do cumprimento dos objetivos propostos para o desenvolvimento do Curso. É importante ressaltar que o Plano Pedagógico da Escola deve estar disponível aos Coordenadores Técnico Pedagógico, de Estágio e Local e aos docentes que atuam nos Cursos de Especialização em Enfermagem.

25

Considerando o Plano Pedagógico apresentado, os seguintes aspectos devem ser observados pela Equipe de Supervisão para subsidiar o planejamento da supervisão mensal às Escolas:

Organização curricular (currículo integrado, componentes curriculares, distribuição da carga • horária);Processos avaliativos contínuos e recuperação paralela ao processo ensino-aprendizagem;• Metodologias apropriadas à educação de adultos com estratégias de motivação, que permitam • o aprendizado participativo e levem a reduzir a evasão escolar;Operacionalização dos estágios supervisionados em conformidade com as legislações federal, • estadual, COFEN e com as normas estabelecidas pelas instituições; eQuantitativo de alunos ativos por turma, que não poderá ser superior a 36 (trinta e seis) • alunos.

No processo de supervisão, é importante que o Supervisor Regional e o Supervisor de Campo conheçam os principais documentos escolares e seus conteúdos, abaixo relacionados:

O • Regimento Escolar é documento importante, pois nele estão contidas todas as normas que disciplinam as atividades da escola e a forma de relacionamento do pessoal envolvido nas áreas administrativa e docente. Essas normas compreendem os fins e objetivos da escola, sua estrutura administrativa e técnica, a organização curricular, o sistema de avaliação e de recuperação dos alunos e os direitos e deveres de todos os participantes do processo ensino-aprendizagem.O • Plano de Curso, assim como o Regimento Escolar, é uma das peças necessárias para a solicitação de autorização de funcionamento da Escola. Consiste na operacionalização das normas sobre a organização pedagógica do curso, compreendendo a justificativa e objetivos, requisitos para acesso, perfil profissional de conclusão, organização curricular, critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores, critérios de avaliação, instalações e equipamentos, pessoal docente e técnico, certificados e diplomas.Os • Diários de Classe contêm o registro da frequência dos alunos por turma, o conteúdo programático desenvolvido em cada aula, as avaliações efetivadas, as recuperações quando necessárias, dentre outros dados relevantes para o acompanhamento do processo ensino-aprendizagem dos alunos. A verificação dos Diários de Classe é um dos meios que possibilita a obtenção de informações quantitativas e qualitativas sobre a dinâmica do processo ensino-aprendizagem em relação a cada turma.Os • Prontuários dos Alunos, geralmente arquivados/guardados na Secretaria da Escola ou em dependência a ela vinculada, contêm os documentos pessoais que identificam o aluno e que retratam a sua escolaridade nos termos da Lei e do Regimento Escolar. Nos Prontuários dos Alunos devem constar:

Cópia do diploma de conclusão e histórico escolar da habilitação profissional de • Técnico de Enfermagem;Documentos pessoais; e• Outros documentos que a Escola considere necessários.•

Os • Instrumentos de Acordo para Estágio entre a Escola e os campos de estágio e de visitas

26

técnicas, visam a garantir que todos os alunos possam efetivá-los de maneira produtiva. A Escola deve manter, na Secretaria, cópias atualizadas do cronograma e instrumentos de acordo para estágio à disposição do Supervisor de Campo.O• Termo de Compromisso é documento celebrado entre o aluno, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino, previsto na Lei Federal nº 11.788/2008. O seu descumprimento poderá caracterizar vínculo empregatício entre o aluno e a parte concedente do estágio, para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

6.1. Fases da Supervisão O processo de supervisão proposto pelo TecSaúde compreende três fases que, em conjunto, constituem o ciclo da supervisão que deve ocorrer mensalmente. Esse ciclo de supervisão às Escolas prevê atividades específicas na fase preparatória, que deve envolver toda a Equipe de Supervisão; na supervisão in loco, que fornece subsídios para a avaliação da execução das turmas e indiretamente do desempenho das Escolas; e na consolidação dos dados, que contribui para o monitoramento do processo pelo Supervisor Regional e de Campo.Nesse sentido, é de responsabilidade do Supervisor Regional o monitoramento das atividades realizadas pelos Supervisores de Campo, na sua área de abrangência, garantindo a utilização de todos os instrumentos previstos em cada uma das fases do ciclo de supervisão.

6.1.1. Fase preparatóriaNessa fase do ciclo de supervisão, ao planejar sua visita mensal à Escola, cabe ao Supervisor de Campo:

Conhecer o Plano Pedagógico e as Fichas de Identificação Obrigatórias • apresentado pela Instituição de ensino à Fundap (na primeira visita de supervisão, o conhecimento desses documentos é pressuposto essencial); Acompanhar a capacitação pedagógica aos coordenadores locais e docentes e • avaliar se a mesma está facilitando as práticas pedagógicas dos docentes;Analisar os relatórios das supervisões anteriores, principalmente ao assumir turmas • em andamento e identificar as pendências não solucionadas anteriormente;Verificar, a partir do cronograma de desenvolvimento do Curso apresentado pela • Escola à Fundap, em que momento do curso a turma se encontra (componente curricular, estágio, módulo, áreas), bem como o local em que está sendo ministrado;Avaliar a necessidade de adequar o formulário de supervisão para o momento em • que a turma se encontra;Planejar, organizar e agendar previamente as visitas às Escolas, de forma que elas • ocorram em horário de funcionamento das respectivas turmas;Identificar as prioridades e aspectos críticos, para supervisão em cada uma das • turmas/Escolas;

27

Comparar a relação de coordenadores (Técnico-Pedagógico, de Estágio e Local) • em atuação nas Escolas com a relação apresentada à Fundap;Identificar o quantitativo de alunos/turma de cada uma das Escolas, utilizando • o SigesRH;Levar, na visita, a lista gerada pelo SigesRH contendo o status dos alunos nas • turmas e respectivas movimentações; eCompartilhar com o Supervisor Regional seu planejamento de visita, bem como • os instrumentos que serão utilizados. Na fase preparatória da supervisão, ou em outro momento, cabe ao Supervisor • Regional promover reuniões com os Supervisores de Campo, quando necessário, com objetivo de garantir a implementação das diretrizes técnicas em consonância com os princípios estabelecidos no TecSaúde, bem como orientar quanto à utilização dos instrumentos previstos neste Guia (Anexo 1) e favorecer o compartilhamento de experiências.

6.1.2. Fase da supervisão in locoCom base no planejamento elaborado da visita mensal à Escola e nos instrumentos de supervisão, cabe ao Supervisor de Campo:

Verificar se o Plano Pedagógico proposto pela Escola está sendo implementado • conforme descrito e aprovado pela Fundap;Verificar o número de Turmas e de alunos em curso;• Manter a continuidade das atividades de supervisão, acompanhando os problemas • pendentes levantados em visitas anteriores a fim de identificar as estratégias utilizadas para superação, analisar os resultados encontrados e orientar sobre os encaminhamentos necessários, registrando as ocorrências nos relatórios próprios;Realizar observação individualizada dos alunos, no que se refere ao desempenho • escolar, identificando prováveis causas e propondo alternativas para minimizar o desempenho insuficiente;Relacionar os dados quantitativos com a execução da proposta pedagógica da • Escola e traçar, em conjunto com os coordenadores da Escola, alternativas que minimizem as evasões e reprovações;Avaliar a partir de entrevistas com o docente qual a sua visão do trabalho • pedagógico realizado no período;Verificar se os coordenadores Técnico-Pedagógicos, de Estágio e Local estão • desempenhando suas atividades de acordo com o apresentado e aprovado pela Fundap;Identificar, junto aos coordenadores, docentes e alunos, as dificuldades e • necessidades de acompanhamento;

28

Checar e confirmar as informações inseridas pelas Escolas no SigesRH; • Preencher os formulários específicos previstos para cada uma das visitas de • supervisão, no SigesRH, registrando observações sobre os pontos relevantes de natureza técnico pedagógica e gerencial, as recomendações e os encaminhamentos (o preenchimento poderá ser realizado totalmente nessa fase de supervisão in loco ou complementada na fase de consolidação dos dados);Em cada visita, elaborar o Termo de Visita para ciência da Escola (representada • pelos Coordenadores das turmas supervisionadas). O Termo de Visita relata de forma concisa os pontos positivos, potencialidades e entraves encontrados, propondo, em conjunto com os coordenadores da Escola, soluções e alternativas para a melhoria da qualidade do processo educativo; eNa etapa de supervisão • in loco, cabe ao Supervisor Regional monitorar a realização das visitas nas datas e horários previstos e confirmados com as Escolas, bem como acompanhar o Supervisor de Campo nas visitas, quando necessário.

6.1.3. Fase de consolidação dos dadosA partir da coleta de informações e de dados das turmas supervisionadas, cabe ao Supervisor de Campo, após a visita às Escolas, realizar a inserção dos dados no SigesRH referentes aos Instrumentos de Supervisão (Anexo 1) e ao Relatório Síntese (Anexo 2), que deve conter os aspectos levantados durante a supervisão e os encaminhamentos necessários.

6.2. Instrumentos de SupervisãoOs instrumentos de supervisão têm como finalidade permitir a sistematização das informações, cuja interpretação possibilitará escolher estratégias que (re) direcionem as atividades conforme as necessidades. O preenchimento das informações contidas nos instrumentos estão diretamente relacionados as fases do ciclo de supervisão descritas no item 6.1.A Equipe de Supervisão elabora mensalmente relatórios, tendo por base o estudo de resultados do Projeto ou ações, a vistoria de documentos, dependências e materiais didático-pedagógicos da Escola, as reuniões e encontros, dentre outros que possam surgir.Os instrumentos, inseridos no Sistema de Informação Gerencial da Fundap, objetivam facilitar o trabalho dos supervisores, bem como padronizar o processo de supervisão garantindo a aplicação e obtenção da qualidade no desenvolvimento do curso. São seis instrumentos de supervisão a ser aplicado, mensalmente, nas instituições de ensino, com objetivos diferenciados. Os instrumentos estão inseridos no SigesRH, na forma de questionário e com a possibilidade de respostas como sim ou não ou não se aplica. Cada

29

instrumento abrange tópicos diferentes, de acordo com o objetivo da supervisão, e alguns outros itens se repetem, pois estão presentes em várias fases do processo educativo. Na 1ª supervisão: tem por objetivo confirmar o inicio da turma, verificando se há correspondência com os dados da Ordem de Serviço de Execução de Turmas, como também, averiguar se os coordenadores e docentes conhecem suas funções. Outros itens a serem avaliados são:

Avaliar os diários de classe, principalmente se o quantitativo de alunos corresponde • ao apresentado no SIGESRH e se os conteúdos ministrados estão registrados em conformidade como o Plano de Curso aprovado;Avaliar a atuação do coordenador técnico pedagógico quanto à capacitação dos docentes • e orientação quanto ao projeto pedagógico, regimento escolar, plano de curso;Avaliar a relação do supervisor com a Escola, observando a receptividade à ação • supervisora.

Na 2ª supervisão: a ênfase da supervisão é quanto a avaliação do processo de ensino aprendizagem referente às estratégias utilizadas, as metodologias para o desenvolvimento das bases tecnológicas e as estratégias de avaliação da aprendizagem. Quanto ao estágio supervisionado, avalia-se o cumprimento das diretrizes contidas na Lei de Estágio (Termo de Acordo da Escola com o estabelecimento de saúde, Termo de Compromisso do Aluno com o estabelecimento de saúde e a contratação do seguro obrigatório), os locais da visita técnica e o roteiro de observação a ser aplicado pelos alunos durante a visita técnica. Outros aspectos avaliados incluem:

Diários de classe quanto aos aspectos quantitativos de alunos e de reposição de ausência • e a descrição dos conteúdos ministrados;Atuação dos coordenadores, principalmente nos aspectos pedagógicos, de estrutura • do curso (cronograma, cronograma de reposição de ausência, previsão e provisão de recursos materiais) e de orientações aos docentes e alunos;Relação Escola/Supervisor quanto à receptividade à ação supervisora e se foram • sanadas as “incorreções” apontadas na supervisão anterior.

Na 3ª supervisão: o objetivo principal é averiguar se a estrutura está compatível para iniciar os estágios supervisionados no estabelecimento de saúde e na forma de visita técnica. Confirma-se se os alunos estão cientes da escala de estágio, locais de realização do estágio, docentes responsáveis por cada grupo, utilização do roteiro de observação durante a visita técnica. Outros aspectos a serem avaliados são:

Atuação dos coordenadores principalmente nos aspectos de acompanhamento e • monitoramento dos docentes e de relação com os campos de estágio;Processos de aprendizagem teórico prático nos aspectos relacionados à avaliação e • recuperação;Relação Escola/Supervisor quanto à receptividade à ação supervisora e se foram • sanadas as “incorreções” apontadas na supervisão anterior.

30

Na 4ª supervisão: a abordagem é o estágio supervisionado no estabelecimento de saúde e na forma de visita técnica quanto aos aspectos da compatibilidade dos campos de estágio com o perfil de conclusão do curso. Averígua-se o trabalho dos docentes de estágio, se os mesmos propiciam oportunidades de aprendizagem semelhantes a todos os alunos e se novas oportunidades de aprendizagem são oferecidas aos alunos com dificuldades. Na 5ª supervisão: refere à avaliação do processo de aprendizagem no que concerne ao conteúdo teórico-prático e ao estágio supervisionado. Os questionamentos têm por finalidade averiguar se houve um aprimoramento das estratégias de ensino e no desempenho dos coordenadores e docentes.Na 6ª supervisão: objetiva avaliar a execução do curso pelas escolas credenciadas, tendo por base o Plano Pedagógico apresentado e o efetivamente desenvolvido.

Movimentação dos AlunosA movimentação dos alunos matriculados numa determinada escola envolve uma série de situações cuja influência é decisiva para a execução física e financeira do programa TecSaúde, sendo imprescindível o acompanhamento de tais situações pelos supervisores, ALUNO POR ALUNO, TURMA A TURMA.Para tanto, é necessário que o supervisor saiba identificar quais as situações que os alunos podem vir a apresentar no decorrer do curso, de modo que tenhamos o registro mais correto das situações.O supervisor (a) deve conferir a situação dos alunos em cada turma (no diário de classe, junto aos coordenadores ou ainda junto aos outros alunos da turma).Após a conferência, as tabelas devem ser enviadas para o e-mail dos componentes da equipe CEM/TECSAÚDE responsáveis pela conferência.O envio das tabelas independe da data de envio do relatório síntese, portanto, devem ser enviadas assim que estiverem concluídas e a qualquer momento, no decorrer do mês. As listagens das turmas podem ser retiradas do SIGESRH e exportadas para um formato Excel® ou Word®.As tabelas devem constar: identificação da escola e turma; data de início da turma; data da visita; nome do aluno; situação (desistente, abandono, licença, transferência recebida ou expedida) além da data em que ocorreu a situação. (Vide Anexo 3).O Supervisor de Campo deverá, mensalmente, após checar as informações inseridas pela Escola sobre a movimentação de alunos, preencher o formulário de supervisão específico e redigir o Termo de Visita. O Termo de Visita, lavrado em caderno próprio, deve conter: data, nome e função das pessoas que prestaram as informações, análise do desempenho pedagógico, movimentação de alunos, prazos estabelecidos para a solução dos problemas detectados, pendências não solucionadas, orientações, resumo dos resultados alcançados e estratégias e soluções adotadas frente aos problemas detectados.O Supervisor Regional é responsável pela análise dos Instrumentos de supervisão às

31

turmas, preenchidos pelos Supervisores de Campo. Para tornar o Relatório Mensal por Escola uma peça que possa ser utilizada, inclusive em análises comparativas, propõe-se que o documento abarque as seguintes informações:a) Identificação dos Supervisores Locais e do período de realização das visitas;b) Turmas e Escolas adstritas a cada Supervisor Local, com a identificação dos respectivos municípios e DRS de atuação; e

c) Texto (relatório propriamente dito), contendo:• Descrição das atividades desenvolvidas pelos Supervisores Locais;• Análise do desempenho da Escola na dimensão técnico-pedagógica considerando • os aspectos positivos e as fragilidades observados na execução da Proposta Técnica apresentada à Fundap;Pendências e movimentação de alunos, destacando os encaminhamentos propostos e • referenciando em situações que extrapolam a esfera de sua resolutividade (consolidada por Escola através de planilha); e Anexos (se necessário).•

6.3. Fase pós-supervisãoDepois de concluída a supervisão, os dados quantitativos são validados pela equipe CEM e encaminhados à Coordenação de Contas, Contratos e Pagamento para efetivação do pagamento à contratada. O valor a ser pago pela execução do Curso de Especialização é definido pela quantidade de alunos ativos, conforme Edital de Credenciamento.

32

Bibliografias consultadasBRASIL. Ministério da Educação. Educação Profissional: referenciais curriculares nacionais da educação profissional de nível técnico. Brasília, 2000.BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei Federal n.º 9394/96, na qual se verificará o § 2º do Art. 36 e os Arts. 39 a 42, que dispõem sobre a Educação Profissional. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB n.º 04/99, ato que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Monitoramento e Avaliação do Projeto VIGISUS. Brasília, 1999.BRASIL. Ministério da Saúde. Qualificação profissional e saúde com qualidade. Formação, Brasília, v.1, 2001.BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto de profissionalização dos trabalhadores da área de enfermagem. Documento de orientação: supervisão do Profae. Brasília; 2001. p. 12-5. (Série A. Normas e Manuais Técnicos, 12). BRASIL. Ministério da Saúde. CNS. Princípios e Diretrizes para a NOB/RH- SUS. Série Cadernos Técnicos. Série J. Cadernos. 2ª edição revista e atualizada. Brasil, DF, 2002.

33

Anexo I

1ª SuPERVISãO

Aspectos a serem avaliados Sim Não Não se aplica

I – Confirmação de Início de Turma

1. Turma iniciou na data estipulada?

2. Relação de alunos matriculados na turma de acordo com a Ordem de Serviço de Execução do Curso?

3. Local e horário de realização das aulas teórica-práticas de acordo com a proposta de execução do curso?

4. Material didático disponível para todos os alunos?

5. Alunos previamente informados sobre normas, regimento escolar e estrutura do curso?

6. Coordenador Técnico-Pedagógico conhece sua função, de acordo com a proposta de execução do curso?

7. Coordenador de Estágio conhece sua função, de acordo com a proposta de execução do curso?

8. Coordenador Local conhece sua função, de acordo com a proposta de execução do curso?

9. Quantitativo de docentes está de acordo com a proposta de execução do curso?

10. Requisitos técnicos dos docentes estão de acordo com a proposta de execução do curso?

11. Esquema vacinal correto dos alunos antes de iniciar o estágio

a) contra Hepatite B?

b) Dupla tipo adulto?

12. Cópia da caderneta de vacina anexada ao prontuário de cada aluno?

34

II– Diário de Classe

1. Registro escolar presente?

2. Anotações com utilização correta dos termos sobre movimentação de alunos?

3. Diários de classe permitem conferir a movimentação de alunos?

4. Utilização do diário de classe por área/ componente curricular?

5. As informações estão atualizadas no SIGESRH?

III – Atuação dos Coordenadores

1. Docentes e supervisores de estágio previamente orientados sobre os documentos pedagógico/administrativo:

a) Projeto Pedagógico?

b) Regimento Escolar?

c) Plano de Curso?

d) Componente curricular que ministrará aula?

2. Capacitação dos docentes foi realizada de acordo com o proposto na OSOMT?

3. Houve participação de todos os docentes?

4. Há plano de repetir a capacitação aos docentes faltosos?

VI - Relação Escola/Supervisor

1 - Há receptividade à ação supervisora?

2ª Supervisão

Aspectos a serem avaliados Sim Não Não se aplica

II – Diário de Classe

1. Descrição dos conteúdos desenvolvidos em cada aula/estágio de acordo com a proposta de execução do curso?

2. Anotações sobre reposição de faltas do aluno?

3. Quantitativo de alunos no diário de classe é igual à lista do SIGESRH?

4. Status de alunos no diário de classe é igual à lista do SIGESRH?

5. Há comprovação de que os alunos trabalham no(s) estabelecimento(s) de saúde vinculado(s) à Escola?

6. Diários de classe permitem conferir a movimentação de alunos?

35

III – Atuação dos Coordenadores

1. Cronograma ou calendário conforme a proposta de execução do curso?

2. Docentes

a) Em quantidade suficiente para o acompanhamento das turmas?

b) Existe articulação entre os docentes dos diversos componentes curriculares?

c) Existe articulação entre os docentes da teoria e do estágio supervisionado?

d) Há controle dos docentes responsáveis por cada componente curricular?

e) Docentes orientados quanto ao uso do Livro do Aluno?

f) Docentes orientados quanto ao uso do Guia de Apoio ao Docente?

3. Reclamações e solicitações de alunos e docentes são recebidos e solucionados quando for o caso?

4. São implementadas estratégias de estímulo ao aluno trabalhador?

5. Existe plano de reposição de ausêcias?

6. Provê e prevê os materiais de consumo e recursos de apoio?

IV – Processos de Aprendizagem - Teórico-prático

1 – Estratégias

a) Aula expositiva

b) Estudo dirigido com posterior sistematização?

c) Trabalhos em grupo?

d) Uso da metodologia da problematização?

d) Uso de recursos de apoio?

e) Uso do laboratório de enfermagem

f) Plantão de dúvidas?

g) Outros?

2 - Bases tecnológicas

a) Vinculam-se com a realidade local?

b) Favorecem a capacidade do aluno para formular e resolver os problemas?

c) Os conteúdos são desenvolvidos valorizando a experiencia profissional dos alunos?

d) Aprendizado teórico,seguido de imediato, da respectva prática?

36

3- Docentes utilizam estratégias de avaliação da Aprendizagem norteadas pelos princípios da avaliação diagnóstica, processual e contínua?

4 – Aprendizado teórico seguido, de imediato, da respectiva prática sob supervisão?

V – Processos de Aprendizagem - Estágio Supervisionado

(A) No Estabelecimento de Saúde vinculado à Escola

1 - Instrumentos de acordo da escola com os campos de estágio?

2 - Termo de Compromisso entre o aluno, a escola e os campos

de estágio?

3 - Seguro obrigatório para todos os alunos?

(B) Visita Técnica

1 - Local de visita de acordo com o apresentado na OSOMT?

2 - Alunos desenvolveram a visita com roteiro de observação?

3 - Roteiro de Observação compatível com local de visita técnica?

4 - Docente acompanhou a visita?

5 - Docente realizou o reconhecimento prévio do local de visita?

VI - Relação Escola/Supervisor

1 - Há receptividade à ação supervisora?

2 - Foram sanadas “as incorreções” apontadas na supervisão anterior

3ª Supervisão

Aspectos a serem avaliados Sim Não Não se aplica

IV - Atuação dos Coordenadores

1. Realiza sistematicamente um trabalho de acompanhamento e um monitoramento das atividades técnico pedagógicas dos docentes de estágio?

2. Realiza sistematicamente um trabalho de acompanhamento e um monitoramento das atividades técnica pedagógicas dos docentes em sala de aula?

3. Elabora estratégias metodológicas condizentes com o perfil de alunos trabalhadores?

4. Carga Horária semanal não ultrapassa 30 horas?

5. Mantém contato com os campos de estágio?

37

V - Processos de Aprendizagem - Teórico-prático

1. Existe compensação de ausências de alunos programadas?

2. Avaliação

a) Permite diagnosticar a aprendizagem do aluno?

b) Existe recuperação paralela ao processo de ensino de aprendizagem?

VI – Processos de Aprendizagem - Estágio Supervisionado

(A) No Estabelecimento de Saúde vinculado à Escola

1 - Escala de alunos por docente definido?

2 - Distribuição dos Locais de estágio definidos?

3 - Cronograma de estágio de acordo com o apresentado na OSOMT?

4 - Alunos recebem com antecedência o cronograma e os locais de estágio?

5 - Termo de Compromisso entre o aluno, a escola e os campos de estágio?

6 - Seguro obrigatório para todos os alunos?

7 - Docentes de estágio capacitados pelo coordenador de estágio para o desempenho da função?

(B) Visita Técnica

1. Local de visita de acordo com o apresentado na OSOMT?

2. Cronograma de visitas técnica de acordo com o apresentado na OSOMT?

3. Alunos recebem com antecedência o cronograma e os locais de visita técnica?

4. Docente responsável pela visita técnica capacitado pelo coordenador de estágio para o desempenho da função?

5. Docente acompanhou a visita?

6. Alunos desenvolveram a visita com roteiro de observação?

7. Roteiro de Observação compatível com local de visita técnica?

VII - Relação Escola/Supervisor

1. Há receptividade para a ação supervisora?

2. Foram sanadas “as incorreções” apontadas nas supervisões anteriores?

38

4ª Supervisão

Aspectos a serem supervisionados Sim Não Não se aplica

VI – Processo de Aprendizagem - Estágio Supervisionado

(A) Estabelecimento de Saúde vinculado à Escola

1. Material de consumo disponibilizado pela escola para as atividades de estágio?

2. Carga horária semanal não superior a 30 horas?

3. Docentes fazem o reconhecimento prévio do campo de estágio?

4. Docentes conhecem a proposta do componente curricular e do estágio?

5. Proporcionalidade docente/aluno por área de atividade está atendida?

6. Estágio articulado com a respectiva teoria?

7. Campo de estágio proporciona experiência prática compatível com o componente curricular e o termo de compromisso?

8. Horário de estágio propicia oportunidades de aprendizagem?

9. Reposição programada das faltas em estágio?

10. Docentes acompanham as atividades dos alunos, de forma que:

a) as oportunidades de aprendizagem sejam semelhantes para todos os alunos?

b) novas oportunidades de aprendizagem são oferecidas aos alunos com dificuldades no saber fazer?

11. Docentes não acumulam duas funções em um mesmo período?

12. Alunos recebem com antecedência as escalas para o estágio?

13. Alunos avaliados por competência?

(B) Visita Técnica

1. Local de visita de acordo com o apresentado na OSOMT?

2. Cronograma de visitas técnica de acordo com o apresentado na OSOMT?

3. Alunos recebem com antecedência o cronograma e os locais de visita técnica?

4. Docente responsável pela visita técnica capacitado pelo coordenador de estágio para o desempenho da função?

5. Docente acompanhou a visita?

6. Alunos desenvolveram a visita com roteiro de observação?

7. Roteiro de Observação compatível com local de visita técnica?

39

8. Local de visita propicia oportunidades de aprendizagem que favorecem a ampliação do saber do aluno?

VII - Relação Escola/Supervisor

1. Há receptividade para a ação supervisora?

2. Foram sanadas “as incorreções” apontadas nas supervisões anteriores?

5ª Supervisão

Aspectos a serem supervisionados Sim Não Não se aplica

V - Processos de Aprendizagem - Teórico-prático

1. As estratégias de ensino

a) estimulam a participação dos alunos em sala de aula

b) são diversificadas?

c) utilizam a metodologia de contextualização?

d) levam o aluno a questionar a sua prática profissional?

e) foram aprimoradas ao longo do curso?

VII - Processo de Aprendizagem - Estágio Supervisionado

(A) Estabelecimento de Saúde

1. Docentes conhecem a proposta do componente curricular e do estágio?

2. Estágio articulado com a respectiva teoria?

3. Reposição programada das faltas em estágio?

4. Docentes acompanham as atividades dos alunos, de forma que as oportunidades de aprendizagem sejam semelhantes para todos os alunos?

5. Docentes não acumulam duas funções em um mesmo período?

6. Alunos recebem com antecedência as escalas para o estágio?

7. Novas oportunidades de aprendizagem são oferecidas aos alunos com dificuldades no saber fazer?

8. Alunos avaliados por competência?

40

(B) Visita Técnica

1. Docente responsável pela visita faz o reconhecimento prévio do local da visita?

2. Local de visita propicia oportunidades de aprendizagem que favorecem a ampliação do saber do aluno?

3. Reposição programada das faltas em visita técnica?

4. Alunos avaliados por competência?

5. Docentes avaliam o relatório dos alunos?

6. Conteúdo dos relatórios da visita é discutido, de forma reflexiva, com os alunos?

VII - Relação Escola/Supervisor

1. Há receptividade para a ação supervisora?

2. Foram sanadas “as incorreções” apontadas nas supervisões anteriores?

6ª e Última Supervisão

Aspectos a serem avaliados Sim Não Não se aplica

I – Da execução da Turma

1. Turma iniciou na data estipulada?

2. A execução da Turma ocorreu nos prazo de previsto (5 meses)?

3. Local e horário de realização das aulas teórica-práticas de acordo com a proposta de execução do curso?

4. Material didático disponível para todos os alunos durante toda a execução do curso?

5. Escola verificou a veracidade dos documentos dos alunos?

6. Escola exigiu cópia de documento que comprova que o aluno trabalha no estabelecimento de saúde vinculado à Escola?

7. Alunos foram previamente informados sobre normas, regimento escolar e estrutura do curso?

8. Coordenador Técnico-Pedagógico conhece sua função, de acordo com a proposta de execução do curso?

9. Coordenador de Estágio conhece sua função, de acordo com a proposta de execução do curso?

10. Coordenador Local conhece sua função, de acordo com a proposta de execução do curso?

41

11. Quantitativo dos docentes estavam de acordo com a proposta de execução do curso?

12. Requisitos técnicos dos docentes estavam de acordo com a proposta de execução do curso?

13. Esquema vacinal correto dos alunos antes de iniciar o estágio

a) contra Hepatite B?

b) Dupla adulto?

II - Diário de Classe

1. Registro escolar presente?

2. Houve utilização do diário de classe por área/componentecurricular?

3. Apresentam descrição dos conteúdos desenvolvidos em cada aula/estágio?

4. Existem anotações sobre reposição de faltas?

5. Quantitativo de alunos no diário de classe é igual à lista do SigesRH?

6. Status de alunos no diário de classe é igual à lista do SigesRH?

7. Diários de classe permitiram conferir a movimentação de alunos?

III - Atuação dos Coordenadores

1. Campo de estágio no estabelecimento de saúde definido e executado de acordo com o cronograma proposto?

2. Cronograma ou calendário escolar executado conforme a proposta de execução do curso?

3. Cronograma de estágio no estabelecimento de saúde executado conforme a proposta de execução do curso?

4. Cronograma das visitas técnicas executado conforme a proposta de execução do curso?

5. Utilizado roteiro de observação em todas as visitas técnicas?

6. Docentes e supervisores de estágio foram previamente orientados sobre os documentos pedagógico/administrativo?

a) Projeto Pedagógico?

b) Regimento Escolar?

c) Plano de Curso?

d) Plano Escolar?

7. Docentes

42

a) Em quantidade suficiente para acompanhamento das turmas?

b) Houve articulação entre os docentes dos diversos componentes curriculares?

c) Houve articulação entre os docentes da teoria e do estágio supervisionado?

8. Reclamações e solicitações de alunos e docentes foram recebidas e solucionadas?

9. Foram implementadas estratégias de estímulo ao aluno trabalhador?

10. Previsto e provido materiais de consumo e recursos de apoio?

11. Realizado sistematicamente um trabalho de acompanhamento e monitoramento das atividades técnico pedagógicas dos docentes em sala de aula?

12. Realizado sistematicamente um trabalho de acompanhamento e monitoramento das atividades técnico pedagógicas dos docentes em campo de estágio?

13. Estratégias metodológicas foram condizentes com o perfil de alunos trabalhadores?

IV - Processo de Aprendizagem - Teórico-prático

1. Estratégias

a) Aula expositiva?

b) Estudo dirigido?

c) Trabalhos em grupo?

d) Uso de recursos de apoio?

e) Uso de laboratório de enfermagem?

f) Plantão de dúvidas?

g) Outros? (especificar em Observações do Supervisor)

2. Bases tecnológicas

a) Vinculadas com a realidade local?

b) Favoreceram a capacidade do aluno para formular e resolver os problemas?

c) Utilizadas metodologias apropriadas à Educação de Adultos?

3. Docentes utilizaram estratégias de avaliação da Aprendizagem norteadas pelos princípios da avaliação diagnóstica, processual e contínua?

4. Avaliação

a) Permitiu diagnosticar a aprendizagem do aluno?

43

b) Houve recuperação paralela ao processo de ensino de aprendizagem?

5. Houve compensação de ausências de alunos programadas?

V - Processo de Aprendizagem - Estágio Supervisionado

(A) No Estabelecimento de Saúde

1. Instrumento de acordo da escola com o campo de estágio foram assinados?

2. Termo de Compromisso entre o aluno, a escola e o campo de estágio foram assinados?

3. Seguro obrigatório foi oferecido para todos os alunos?

4. Material de consumo foi disponibilizado pela escola para as atividades de estágio?

5. Carga horária semanal não superior a 30 horas?

6. Cronograma de estágio foi executado de acordo com a proposta?

7. Alunos receberam com antecedência o cronograma e os locais de estágio?

8. Docentes de estágio foram capacitados pelo coordenador de estágio para o desempenho da função?

9. Docentes fizeram o reconhecimento prévio do campo de estágio?

10. Docentes conheciam a proposta do componente curricular e do estágio?

11. Atendeu a proporcionalidade docente/aluno por área de atividade?

12. Estágio foi articulado com a respectiva teoria?

13. Campo de estágio proporcionou experiência prática compatível com o componente curricular e o termo de compromisso?

14. Horário de estágio propiciou oportunidades de aprendizagem?

15. Houve reposição programada das faltas em estágio?

12. Alunos avaliados por competência? (avaliação quanto aos 3 saberes: saber, saber fazer e saber ser)

16. Docentes acompanharam as atividades dos alunos de forma que:

a) as oportunidades de aprendizagem foram semelhantes para todos os alunos?

b) novas oportunidades de aprendizagem foram oferecidas aos alunos com dificuldades no saber fazer?

17. Alunos avaliados por competência?

(B) Visita Técnica

1. Locais de visita técnica foram compatíveis com a proposta curricular?

44

2. Objetivos para cada local de visita técnica foram definidos?

3. Roteiro de observação foi compatível com cada local de visita técnica?

4. Termo de Compromisso entre o aluno, a escola e o campo de estágio foram assinados?

5. Seguro obrigatório foi oferecido para todos os alunos?

6. Cronograma de visita técnica foi executado de acordo com a proposta?

7. Alunos receberam com antecedência o cronograma e os locais de visita?

8. Docentes de estágio foram capacitados pelo coordenador de estágio para o desempenho da função?

9. Avaliação do processo de aprendizagem

a) Carga horária semanal não superior a 30 horas?

b) Docente responsável pela visita faz o reconhecimento prévio do local de visita?

c) Local da visita propicia oportunidades de aprendizagem que favorecem a ampliação do saber do aluno?

d) Houve reposição programada das faltas em estágio?

e) Docentes avaliaram o relatório dos alunos?

f) Conteúdo dos relatórios da visita foi discutido, de forma reflexiva, com os alunos?

45

Anexo II

Relatório Síntese

1. GeralFonte das informações que embasaram o relatório: relacionar os documentos verificados, os informantes, outros meios.Observações: Incluir uma síntese sobre a execução da escola

2. Movimentação/Coordenadores2.1. Movimentação de alunos: descrever sobre a movimentação dos alunos (número/ percentual de desistências, abandono, compensação de faltas, faltas excessivas), buscar compreender junto à escola a causa desta movimentação. Lembre-se: movimentação excessiva ou nenhuma movimentação podem ocultar problemas gerenciais.Observações: Neste item, não é para inserir a planilha de movimentação, mas sim levantar as causas e o percentual de perdas dos alunos, tecendo considerações sobre as possíveis causas.2.2. Atuação do coordenador Local e Pedagógico: tendo como referência as observações realizadas, buscar avaliar a comunicação entre coordenação local, pedagógica e secretaria escolar, conhecimento sobre o programa e as atribuições enquanto coordenadores, assim como a implementação das sugestões e encaminhamentos da supervisão (dificuldades e facilidades). Descrever se houve mudança na Coordenação Local e/ou Pedagógica.Observações: Neste item, novamente precisamos avaliar a integração entre as equipes da escola. Descrições como a “coordenadora local nos acompanhou ao campo de estágio...” ou a “coordenadora nos atende cordialmente...” não atendem ao item.

3. Aspectos positivos e negativos:3.1. Aspectos positivos/ facilitadores: descritos pelos alunos, descritos pelo (s) docente (s) e/ou pelo Coordenador Local (quando este não for o próprio docente), descritos pela equipe diretora da escola contratada (quando for possível).3.2. Aspectos negativos/ Problemas e/ou Dificuldades: descritos pelos alunos, descritos pelo (s) docente(s) e/ou pelo Coordenador Local (quando este não for o próprio docente), descritos pela equipe diretora da escola contratada (quando for possível).Observações: Atentar que neste item nos referimos à escola e não ao processo de supervisão. Se não forem detectados aspectos negativos, também deve ser mencionado.

46

4. Aprendizagem/Estágio4.1. Processos de Aprendizagem (Teórico): sucintamente, descrever as estratégias (aula expositiva, estudo dirigido, trabalho em grupo, uso de laboratório, uso do material didático, e outros), utilizadas pelos docentes.Observações: As escolas executam sua proposta técnica aprovada pela DRE e pelo programa TecSaúde. Embora o programa tenha desenvolvido um referencial curricular e proposta metodológica inovadora a maioria das escolas executa sua proposta da maneira tradicional: professor arauto (aula expositiva), disciplina e estágio ao final. À supervisão cabe apontar novos caminhos, porém sem impor alterações à proposta pedagógica desenvolvida pela escola.4.2. Estágio Supervisionado: sucintamente, descrever: a escola disponibilizou material de consumo para as atividades de estágio, o grupo de alunos atende à proporcionalidade docente/aluno por área de atividade, os campos de estágio proporcionam experiência compatível com o componente curricular, instituições onde estão sendo realizados os estágios e nº de alunos alocados por instituição.Observações: O aspecto mais importante é a avaliação da compatibilidade dos campos com o componente curricular/disciplina.

5. Pendências/Orientações5.1. Pendências não solucionadas (referente à supervisão anterior)Observações: A avaliação da resolução das pendências é essencial. É preciso acompanhar o desenrolar das situações, de forma a não perder o histórico dos acontecimentos.5.2. Orientações e encaminhamentos realizadosObservações: Apontar todas as orientações e solicitações feitas à escola.

6. Atividades/SupervisãoApresentar uma análise da sua própria atuação junto às escolas, aos supervisores regionais, aos membros da equipe do TECSAUDE, ressaltando os problemas e facilidades e demais questões relativas ao desempenho das atividades de supervisão de campo.

47

Anexo III

Controle de situação dos alunos

Escola: Organização Fundap de Educação

Turma: Fundap_18

Data de Início da Turma: 14/03/2011 Supervisora: Roberta Silva

Data da visita: 1/12/11

Nome do Aluno Situação no CRM Situação na Turma(buscar informações no diário de classe e coordenadores)

Data em que ocorreu a situação

Observações

Angela Aparecida Transferência Expedida

Não consta 5/08/2011 Transferência expedida para a turma 17.O nome deste aluno foi excluído do diário de classe.

Gabriela Souza Transferência Expedida

Transferência Expedida

14/3/2011 Transferência expedida para a turma 16.

Maria Vieira Desistente Desistente 11/5/2011

Teresa Batista Ativo Ativo 2/3/2011

48

49

50