em tempo - 8 de fevereiro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CURUMIM. MÁX.: 33 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.621 – DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ COMBUSTÍVEL DA ALEGRIA NACIONAIS, ESTRANGEIRAS OU ARTESANAIS... NÃO IMPORTA. MANAUS OCUPA A 10ª POSIÇÃO NO RANKING BRASILEIRO DAS CIDADES QUE MAIS CONSOMEM CERVE- JA. SEJA DEPOIS DO TRABALHO, NA HORA DO FUTEBOL, SOZINHO OU COM AMIGOS, UMA LOURA GELADA CAI BEM, DESDE QUE CONSUMIDA COM RESPONSABILIDADE. ATUALMENTE, 3,2 MILHÕES DE POSTOS DE TRABALHO ESTÃO LIGADOS AO SETOR DE BEBIDAS FRIAS NO PAÍS. A NOTÍCIA CHATA É QUE, A PARTIR DE MAIO, A BREJA VAI FICAR MAIS CARA. ECONOMIA B1 A B5, DIA A DIA C3 E PLATEIA D1 E D4 RAIMUNDO VALENTIM O Curumim cai na folia e conta no jornalzinho a história do Carnaval, revelando curio- sidades de personagens como Rei Momo e Zé Pereira. CURUMI M Ciência que usa exclusivamen- te matérias-primas vegetais para tratamento e prevenção de doen- ças, a fitoterapia tem conquistado cada vez mais adeptos. PLATEIA COMBUSTÍVEL DA ALEGRIA CERVEJA Para curtir os dias de folia com muito estilo, vale a pena investir em looks simples, porém sofisti- cados, que passeiam por todos os tipos de festas carnavalescas. Num quadro de violência so- cial e falhas institucionais, as polícias brasileiras matam de- mais, ignoram direitos e não têm a confiança dos cidadãos. O Villa Mix está de volta com Victor & Leo, Jorge & Mateus, Matheus & Kauan, Luan Santa- na, Israel Novaes, Wesley Safa- dão e banda Garota Safada. CÁSSIO VIANA/FREELANCER Curta este Carnaval com estilo, charme, elegância e descontração Quando não mata, EI treina crianças para que sejam assassinas Militantes do Estado Islâmico estão recrutando crianças iraquianas para matar ou virar escravas sexuais, além de assassinar outras, inclusive crucificando e enterrando vivas, denuncia uma agência da ONU. Mundo B8 MANAUS NO RANKING DAS CIDADES QUE MAIS CONSOMEM CERVEJA Estado Islâmico consegue ser cruel até com crianças REPRODUÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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    TEMPO EM MANAUS

    ANO XXVII N. 8.621 DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 PRESIDENTE: OTVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOO BOSCO ARAJO

    O JORNAL QUE VOC L

    COMBUSTVEL DA ALEGRIA

    NACIONAIS, ESTRANGEIRAS OU ARTESANAIS... NO IMPORTA. MANAUS OCUPA A 10 POSIO NO RANKING BRASILEIRO DAS CIDADES QUE MAIS CONSOMEM CERVE-JA. SEJA DEPOIS DO TRABALHO, NA HORA DO FUTEBOL, SOZINHO OU COM AMIGOS, UMA LOURA GELADA CAI BEM, DESDE QUE CONSUMIDA COM RESPONSABILIDADE. ATUAL MENTE, 3,2 MILHES DE POSTOS DE TRABALHO ESTO LIGADOS AO SETOR DE BEBIDAS FRIAS NO PAS. A NOTCIA CHATA QUE, A PARTIR DE MAIO, A BREJA VAI FICAR MAIS CARA. ECONOMIA B1 A B5, DIA A DIA C3 E PLATEIA D1 E D4

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    O Curumim cai na folia e conta no jornalzinho a histria do Carnaval, revelando curio-sidades de personagens como Rei Momo e Z Pereira.

    CURUMIM

    Cincia que usa exclusivamen-te matrias-primas vegetais para tratamento e preveno de doen-as, a toterapia tem conquistado cada vez mais adeptos.

    PLATEIA

    COMBUSTVELDA ALEGRIA

    CERVEJA

    Para curtir os dias de folia com muito estilo, vale a pena investir em looks simples, porm so sti-cados, que passeiam por todos os tipos de festas carnavalescas.

    Num quadro de violncia so-cial e falhas institucionais, as polcias brasileiras matam de-mais, ignoram direitos e no tm a con ana dos cidados.

    O Villa Mix est de volta com Victor & Leo, Jorge & Mateus, Matheus & Kauan, Luan Santa-na, Israel Novaes, Wesley Safa-do e banda Garota Safada.

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    Curta este Carnaval com estilo, charme, elegncia e descontrao

    Quando no mata, EI treina crianas para que sejam assassinas

    Militantes do Estado Islmico esto recrutando crianas iraquianas para matar ou virar escravas sexuais, alm de assassinar outras, inclusive cruci cando e enterrando vivas, denuncia uma agncia da ONU. Mundo B8

    MANAUS NO RANKING DAS CIDADES QUE MAIS CONSOMEM CERVEJA

    Estado Islmico consegue ser cruel at com crianas

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  • A2 ltima Hora MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015

    Ao tomar a rede privada de supermercados, Maduro a acusou de guerra econmica

    CARLOS BARRIOS/ABI

    Em meio a crise, Carnaval de Parintins muda estiloNuma reunio que durou cerca de quatro horas, os blocos deniram com a prefeitura como ser o Carnailha 2015

    Parintins (AM) Ago-ra oficial. Parintins ter as trs noites de disputa do Car-nailha com um novo for-mato. Os blocos definiram na noite de sexta-feira (6) que o Carnailha ser rea-lizado na Praa dos Bois, lado azul, e que no haver desfile, e sim a apresentao das respectivas Rainhas e Comisses de Frente.

    o que o recurso hoje disponvel para o evento per-mite realizar. Estamos en-frentando srios problemas, no s Parintins, mas o pas, ento no h condio de fazer o Carnailha que que-remos, no entanto, vamos realizar porque uma refe-rncia no interior do Estado, explicou o prefeito Alexandre da Carbrs.

    Para o presidente da As-sociao de Blocos de Parin-tins (Ascap), Neto Meneses, a deciso do municpio foi tomada em consenso com os blocos. A Secretaria de Cultura promoveu este encontro para definirmos e, graas a Deus, j bate-mos o martelo: o Carnailha

    ser realizado adaptado s circunstncias financeiras.

    O presidente do Bloco Kam, um dos mais tradicionais da cidade, Maurcio Porto, gostou da medida adota-da pela Ascap e prefeitura. No poderia ser diferente, vamos ter as trs noites, isso bom para a econo-mia do municpio e para os blocos tambm.

    NovidadesUma outra novidade no

    Carnailha deste ano a pre-sena nas trs de noites de baterias de escolas de sam-ba da capital que faro apre-sentaes especiais aps a apresentao dos blocos na Praa dos Bois.

    O Carnailha atrai turistas da regio e at do sul do pas. Foi criado na gesto do ex-prefeito Enas Gon-alves e o nome foi dado pelo ento coordenador de Cultura do municpio, Raul Ges Filho.

    Nos seus primeiros anos, o evento foi realizado na rua Benjamim da Silva, depois na avenida Paraba, Circuito Escorpio, atrs do Gin-sio de Esportes Elias As-sayag, e, a partir de agora, na Praa dos Bois. Parintins ter as trs noites do Carnailha sem desles, apenas apresentao de Rainhas e Comisses de Frente dos blocos

    TADEU DE SOUZA

    Maduro toma supermercadosCARACAS, VENEZUE-

    LA - Em mais um ato de sua ofensiva contra empresas privadas, o presidente da Venezuela, Nicols Madu-ro, ordenou na ltima sexta (6) que o governo assuma controle de uma rede de supermercados cujas lojas j estavam ocupadas por scais e militares.

    Maduro no citou no-minalmente a empresa visada, mas presume-se que se trata da Da Da, cujo dono est preso sob acusao de criar las propositalmente para irritar a populao e jog-la contra o governo.

    A partir de [sbado], a rede PDVAL [de super-mercados estatais] as-sume todos os servios desta empresa que estava travando guerra contra o

    povo, disse o presidente.As operaes do Da Da

    passaro a ser coorde-nadas pela Superinten-dncia dos Preos Justos, rgo do governo que controla preos impostos aos comerciantes.

    A tomada da rede am-plamente vista como uma expropriao semelhante s dezenas j ordenadas pelo governo esquerdis-ta implantado por Hugo Chvez (1999-2013) e mantido por Maduro, seu sucessor.

    Maduro, porm, no es-pecicou se a PDVAL man-ter o controle da empresa de maneira denitiva.

    O ataque contra a rede Da Da comeou na segun-da (2), quando o presidente acusou a empresa de fazer parte da suposta guerra

    econmica lanada pelo setor privado com apoio da oposio.

    No dia seguinte, scais do governo ocuparam as 35 lojas da rede espa-lhadas pelo pas e pro-meteram acabar com as las. Detido desde ento, Manuel Andrs Morales Ordosgoitti, foi formal-mente acusado na sexta (6) pelos delitos de boi-cote e desestabilizao da economia.

    Duas outras empresas privadas foram alvos de medidas semelhan-tes. A distribuidora Cr-nica 2005 passou a ser controlada pela PDVAL. Dois donos da rede de farmcias Farmatodo es-to presos tambm sob a acusao de apoiar a guerra econmica.

    VENEZUELA

    Grupo faz limpeza simblica da Petrobras em Manaus

    Aproximadamente 40 pesso-as participaram na manh de sbado de uma manifestao contra o aumento do preo da gasolina, da passagem de ni-bus e os escndalos que esto repercutindo no pas.

    A manifestao agendada nas mdias digitais teve in-cio em frente ao Posto 700, localizado no cruzamento da rua Par e avenida Djalma Batista, bairro Nossa Senho-ra das Graas, Zona Centro-Sul de Manaus. Nas primeiras horas de mobilizao repre-sentantes do evento distribu-ram 3 mil adesivos contra o aumento da gasolina.

    O universitrio Andr Morais, 22, um dos organizadores, disse que a principal ideia do ato foi apresentar para a sociedade o motivo real do aumento da gasolina. Todo escndalo de

    corrupo que ocorreu com a empresa Petrobras tem prejudi-cado o convvio social. Enquanto outros pases pagam um valor menor no preo da gasolina, o Brasil sofre com reajuste. O povo no tem culpa do que ocor-reu, o governo precisa procurar outros meios de solucionar a situao sem prejudicar a popu-lao, por isso estamos organi-zando manifestaes para que real situao seja apresentada a sociedade, explicou.

    Depois da distribuio dos adesivos, os manifestantes fo-ram em caminhada at a sede da empresa Petrobras na aveni-da Darcy Vargas, e como um ato simblico lavaram a fachada do prdio da empresa.

    A coordenao no nal, pediu que todos os manifes-tantes compartilhassem o ato e informou que outros esto sendo articulados para os prximos 15 dias e devem ocorrer mensalmente.

    PROTESTO

    Chuvas aumentam reservatrios

    SO PAULO, SP - A ca-pacidade dos seis principais reservatrios que abastecem a regio metropolitana de So Paulo registrou aumento no sbado (7), aps a capital paulista registrar fortes chuvas no dia anterior.

    De acordo com a Sabesp, o Cantareira opera com 5,6% de sua capacidade, aps subir 0,2 ponto percentual em relao ao ndice do dia anterior. O sistema abastece 6,2 milhes de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulis-ta e j opera com a segunda cota do volume morto (gua do fundo do reservatrio que no era contabilizada).

    O Cantareira tem se bene-ciado das chuvas que atingem a cidade desde o incio de feverei-ro. Com a chuva de sexta-feira, o sistema acumulou 5 mm de gua. No ms, o Cantareira acumula 85,1 mm de gua - o que corresponde a 42,7% do volume esperado para fevereiro (199,1 mm).

    J o nvel do reservatrio Alto Tiet, que tambm sofre as consequncias da seca, opera com 12,1% de sua capacidade, aps subir 0,6 ponto percentual em relao ao dia anterior. Nos primeiros dias de fevereiro, o sistema acumula 81,3 mm de gua - ou 42,3% da mdia histrica do ms (192 mm).

    O sistema abastece 4,5 mi-lhes de pessoas na regio leste da capital paulista e Grande So Paulo. No dia 14 de de-zembro, o Alto Tiet passou a contar com a adio do volume morto que gerou um volume adicional de 39,5 milhes de metros cbicos de gua da represa Ponte Nova.

    SO PAULO

    O protesto comeou no Posto 700 e terminou na Darcy Vargas

    ALBERTO CSAR ARAJO

    TADEU DE SOUZA

    Equipe EM TEMPO

    ISABELLE VALOIS

    Equipe EM TEMPO

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  • MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 A3Opinio

    Entre 2005 e 2014, mais de 200 empresas fecharam as portas no Distrito Industrial de Manaus, o PIM. O estrago est documentado em um estudo realizado pelo economista e conselheiro consultivo do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Jos Laredo, divulgado ontem. Laredo vai na contramo dos que pretendem tapar o sol com a peneira e maquiar um otimismo impossvel: o PIM fechou 2014 com 482 fbricas em operao contra 690 de 2004. Algumas instituies informam que existem mais de 600 fbricas no polo industrial. Isso conversa. Hoje, efetivamente so 482 funcionando com o laudo tcnico em dia.

    Nos ltimos dois anos, Jos Laredo e o presidente do Corecon-AM, Marcus Evangelista, realizaram mais de dez seminrios e congressos para alertar o Poder Pblico e a iniciativa privada sobre a necessidade de repensar o modelo Zona Franca e realizar um novo planejamento de gesto do PIM. Decepo: segundo Evangelista, no vimos um retorno concreto por parte dos governos em todas as suas esferas, apesar de todos os estudos apresentados e as nossas sugestes para que o modelo recebesse maior ateno.

    As crticas dos economistas atingem a Prefeitura de Manaus, que arrecada 25% do Imposto sobre Circu-lao de Mercadorias e Servios (ICMS) recolhido das indstrias incentivadas, e est h 47 anos est de costas para o modelo. Como tem assento no Conselho de Desenvolvimento do Amazonas e no Conselho de Administrao da Suframa, poderia com toda certeza apresentar seu prprio modelo de captao. Ontem tambm, a Fieam cobrou do governo Jos Melo medida para conter a crise no PIM. O presidente da entidade, Antnio Silva, entende que a prorrogao da Zona Franca no um passe de mgica para resolver os problemas que emperram o modelo de desenvolvimento do Estado.

    Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

    Para a estrutura das bandas, que esto colocando um nmero signi cativo de ba-nheiros qumicos. Resta agora aos folies tambm fazerem a sua parte e no des-carregarem o pipi no meio da rua.

    Banheiros qumicos

    APLAUSOS VAIAS

    Aluso

    Sab Reis sugeriu aos de-putados que seja realizada a operao Lava Leite em aluso ao esquema de cor-rupo Lava Jato, que inves-tiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras.

    Provou e gostou

    Hiram Nicolau (PSD) no es-conde a alegria de ter sido pre-feito de Manaus por trs dias nas ausncias de Arthur Neto e Wilker Barreto.

    Nesta sexta-feira acom-panhou o prefeito em obras durante toda a manh e postou um texto na rede so-cial Instagram agradecendo ao prefeito.

    Entende a juventude

    No texto, Nicolau reconhece que Virglio abre espao no momento certo.

    Ele demonstra que acre-dita na juventude e que quer ver os jovens progredindo, bus-cando a realizao de sonhos e ideais escreveu.

    A praa nossa

    Falando em Nicolau, ele tam-bm se reuniu com moradores do bairro Jardim Paulista para apresentar o projeto de revi-talizao da praa da comuni-dade, que est h mais de 20 anos sem reforma.

    O projeto ter recursos

    vindos de uma emenda do parlamentar, no valor de R$ 300 mil.

    Cadeia neles

    Em discurso no Senado, a senadora Vanessa Grazzio-tin (PCdoB-AM) defendeu que todos os envolvidos em atos de corrupo, direta ou indiretamente, sejam rigorosamente punidos, para estancar o processo e para evitar que novos casos ocorram.

    Al netada nos tucanos

    A senadora comunista Vanessa referiu-se s de-nncias de irregularidades na Petrobras,

    Mas tambm ao caso do cartel de trens em So Paulo, que aponta irregu-laridades nos contratos do governo do Estado com as empresas de metr entre 1998 e 2008.

    Desaparecidos

    A ex-primeira-dama Nej-mi Aziz vem fazendo inten-sas mobilizaes pelos seus perfis nas redes sociais para apoiar campanhas e, tambm, ajudar na busca de pessoas desaparecidas.

    Vivendo o drama

    A multiplicao das infor-maes fortalece o apoio para as famlias.

    As redes sociais possuem um papel im-portante para ajudar as

    pessoas. E eu sempre me coloco na situao dessas famlias.

    Baixaria na Ftima

    A pauta jornalstica l pela Rede Globo no deve andar muito bem.

    Prova disso que o bar-raco do Miss Amazonas acabou virando destaque no programa de Ftima Bernardes.

    Estrela sem brilho

    Se o telespectador no tivesse visto, no acredi-taria.

    Sheislane Hayalla, aquela miss Hulk que arrancou a coroa da primeira colocada do concurso foi a estrela do programa desta sexta-feira.

    Miss estressada

    Depois de ganhar uma fai-xa de Miss Estressada, no Encontro, a jovem foi ques-tionada se faria novamente e no pensou duas vezes antes de responder.

    Foi um ato de protesto contra o concurso.

    Culpa do Lucius Sheislane Hayalla acu-

    sou que a organizao pede que as candidatas tenham padres bsicos de altura, peso e medidas.

    Todas nos esfora-mos para nos enquadrar. E ganha uma candidata que estava totalmente fora dos requisitos.

    Para a deciso da presidente Dilma Rousseff quanto a escolha do novo pre-sidente da Petrobras. Aldemir Bendine nem assumiu e j est sendo detonado pelas mais escabrosas denncias.

    Aldemir Bendine

    O deputado Sab Reis (PR) subiu na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para criticar a administrao do prefeito de Autazes, Thom Filho (PSD), que foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), a de-volver mais de R$ 4 milhes aos cofres pblicos.

    Operao Lava Leite

    DIVULGAO ABR

    [email protected]

    Descendo ladeira

    J l se vo 25 sculos desde que o velho Aristteles ensinou que a virtude sempre se en-contra no meio, entre os dois extremos que se contestam, se chocam e tentam se excluir mu-tuamente e parece que ainda h gente, e no pouca, que no assimilou o ensinamento.

    No um ensinamento apenas porque foi passado pela auto-ridade do sbio de Estagira, na base do magister dixit, mas sim porque, passado tanto tempo, a experincia de muitos e a histria tm demonstrado que o que de melhor a humanidade j colheu foi precisamente aquilo que se construiu ou se plantou como meio termo entre as posturas radicais e aparentemente inconciliveis.

    Judeus e muulmanos, mutua-mente, no admitem ceder uns aos outros um mnimo de razo, de direito ou de justia e por isso no conseguem se entender nem conviver, embora ns, de fora da disputa, saibamos que a nica coisa que partilham a intolerncia que os cega e no permite que vejam que h razes em ambos os lados.

    Quem tem conscincia do que e do que vale, costuma ser mais condescendente e mais aberto verdade, que nunca restringe nem escraviza, mas, ao contr-rio, liberta e abre portas para a pluralidade inerente realidade. A radicalizao sempre foi a me da intolerncia e naturalmente en-gendra a cegueira, na medida em que impede a percepo do que h de verdadeiro na anttese.

    Hitler e Stalin, precisamen-te porque s sabiam jogar nas pontas, da direita e da esquerda, apesar da distncia que os sepa-rava no conseguiam se avaliar mutuamente e apenas se esfor-avam para submeter a realidade

    s suas vises e no estas ao mundo real. Ao m e ao cabo, por caminhos ideolgicos diferen-tes e con itantes, no tribunal da Histria apresentaram resultados idnticos, a saber, a morte de muitos milhes de pessoas, nos genocdios condicionados pelos antolhos que no lhes facultaram vises mais alargadas.

    Acautelemo-nos diante das pro-postas, das ofertas, das teses e das vantagens que nos forem apresen-tadas como nicas e exclusivas, porque sempre que lhes falte ve-racidade e fundamentao diante das alternativas, a ausncia do mrito intrnseco ser compensa-da pela ao do marketing que, no fundo, cumpre o papel de mascarar e de conduzir nossas vontades s convenincias de outrem.

    Quem, ou o que, tem o mrito em si, justi ca a si mesmo e, em maior ou menor tempo, ser reconhecido e valorizado, bastando apenas que se apresente e assim dispensa a insistncia que aborrece e at agri-de, gerando muitas vezes reao de efeito invertido.

    Quem muito se promove e di-vulga com exagero e repetio seus supostos mritos e realiza-es, no est realmente seguro de t-los e usa o marketing para tentar usurpar nosso senso crtico. Nesse sistema no h sucessos e fracassos, erros e acertos, mas apenas o xito e o mrito, como se a infalibilidade fosse qualidade inerente ao pen-samento e s proposies dessa pessoa. O dr. Joseph Goebbels sabia muito bem que a repeti-o exaustiva de uma verso acabava por prevalecer, indepen-dentemente de ser verdadeira ou no, tomando de maneira torta o pragmatismo de Nietzsche, que defendia antes a utilidade do que a veracidade da proposio.

    Joo Bosco [email protected]

    Joo Bosco Arajo

    Joo Bosco Arajo

    Diretor executivo do Amazonas

    EM TEMPO

    Entre ser e no ser

    [email protected]

    Regi

    Quem muito se promove e divulga com exagero e repetio seus supostos mritos e re-alizaes, no est realmen-te seguro e usa o marke-ting para ten-tar usurpar nosso senso crtico. Nesse sistema no h sucessos e fracassos, erros e acer-tos, apenas xito e mri-to, como se infalibilidade fosse qualida-de

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  • A4 Opinio MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015FrasePainel

    VERA MAGALHES

    s voltas com vrios focos de crise, Dilma Rousse pode enfrentar novo revs nesta semana. O presidente da Cmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), submeter ao colgio de lderes a incluso na pauta de votaes de tera-feira no plenrio da chamada PEC da Bengala. A proposta eleva de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsria de magistrados. Se a medida passar, a presidente pode perder a chance de indicar quatro novos ministros para o Supremo Tribunal Federal.

    Desfalque Depois de seis meses praticamente sem tocar no assunto, Dilma co-meou a ouvir conselheiros sobre o substituto de Joaquim Barbosa no Supremo. Aliados estimam que a deciso pode sair ainda em fevereiro.

    Memorabilia Joaquim Levy (Fazenda) pendurou na sala de reunies de seu ga-binete um quadro de 2000, no governo Fernando Henri-que Cardoso, que celebrava a Lei de Responsabilida-de Fiscal, com os dizeres: Agora o Brasil s gasta o que arrecada.

    Memorabilia 2 O cartaz cava na sala de Levy quando foi secretrio do Tesouro Na-cional, de 2003 a 2006. Locali-zada numa sala no ministrio, j desbotada, voltou parede em lugar de destaque.

    Derrota... A reprovao a Dilma mais que dobrou no Nordeste em comparao ao ponto mais crtico dos protestos de junho de 2013. poca, s 16% dos entre-vistados pelo Datafolha dis-seram que a gesto da presi-dente era ruim ou pssima. Agora, so 36%.

    ... em casa A rejeio a

    Dilma no Nordeste era de 4% at meados de 2012. Lula s tinha 2% de ruim ou pssimo na regio quando terminou seu governo, em 2010.

    Efeito Petrolo O ndice de brasileiros que diz que o principal problema do pas a corrupo maior que em qualquer momento do gover-no Lula: 21%. Em 2009, aps o arrefecimento da crise do mensalo, eram s 9%.

    De olho Advogados de pre-sos da Lava Jato aguardam com ansiedade a sesso da Segunda Turma do STF, que vai analisar na tera recurso do Ministrio Pblico Federal para que o ex-diretor da Pe-trobras Renato Duque volte para a priso.

    Vela Para os criminalistas, a deciso sobre Duque indi-car as chances libertao de seus clientes.

    Canja... A fora-tarefa da Lava Jato no pediu a priso de Joo Vaccari Neto por entender que no ha-via risco de fuga ou destrui-o de provas por parte dotesoureiro do PT.

    ... de galinha Policiais e procuradores tambm acre-

    ditavam que a priso de Vac-cari alertaria outros suspeitos e atrapalharia investigaes relacionadas ao tesoureiro, como a denncia de corrupo na Sete Brasil.

    Sem Waze O juiz Srgio Moro autorizou a conduo coercitiva de Vaccari para depor em 18 de dezembro. A Polcia Federal precisou encontrar os endereos de todos os alvos da opera-o antes de de agr-la, 48 dias depois.

    Chuva de tweets A crise hdrica de So Paulo foi assun-to de 896 mil mensagens no Twitter s neste ano. O pico de postagens ocorreu em 27 de janeiro, quando a possibili-dade de rodzio de 5 dias sem gua por 2 com foi anunciada: 43.690 manifestaes.

    Reencontro Geraldo Alck-min marcou para quarta-feira a primeira reunio do comit da crise de gua. Paulo Skaf, da Fiesp, rival do tucano em 2014, participar.

    E eu? Jonas Donizette teve de pedir para integrar o grupo. O prefeito de Campinas temia que a cidade, que abaste-cida pelo Cantareira, fosse ignorada nas decises.

    E essa agora?

    Contraponto

    Na segunda-feira passada, dia seguinte derrota imposta pela Cmara ao PT na disputa pela presidncia da Casa, peemedebistas e oposicionistas faziam piada nos corredores do Congresso. Ainda sob o efeito da vitria de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre Arlindo Chinaglia (PT-SP), o tucano Antonio Imbassahy (BA) perguntou a Manoel Junior (PMDB-PB): O que que vocs vo dar ao PT agora que eles caram fora da Mesa Diretora? Vamos dar muitos dias difceis! respondeu o peemedebista, e os dois caram na risada.

    Publicado simultaneamente com o jornal Folha de S.Paulo

    Agora aguenta

    Tiroteio

    DO DEPUTADO BRUNO ARAJO (PSDB-PE), sobre a nova relao de foras na Cmara entre a oposio e a base aliada do governo Dilma Rousse .

    Tive uma grata surpresa: assumi a funo de lder da minoria e descobri que esse posto parece, na verdade, o de lder da maioria.

    Mais uma vez a Igreja Catlica far uma Campanha da Fraterni-dade. A primeira foi em sessenta e dois, portanto h cinquenta e um anos. Realizada no perodo quaresmal, o seu primeiro ob-jetivo a converso, o grande apelo deste tempo litrgico que vai da Quarta-feira de Cinzas at o Domingo de Ramos.

    A converso brota do encontro com Jesus Cristo que anuncia o Reino e que o torna presente pelos mistrios de sua vida que tem seu ponto culminante na paixo, morte e ressurreio. Converso no se resume a adeso intelec-tual a uma verdade e a um corpo doutrinal, mas implica mudana de comportamento. Para quem encontra o Cristo, signi ca um ca-minho de crescimento espiritual que leva a pessoa a identi car-se com Ele. Paulo no m da vida, diz que j no mais ele quem vive, mas o Cristo que vive nele.

    Converso no entretenimen-to espiritual, mas mudana radi-cal de atitudes. No tambm mudana de religio, podendo se dar e at devendo aconte-cer de maneira continua dentro da prpria tradio religiosa. A Campanha da Fraternidade com seus temas e lemas ajudam e querem tornar real a converso e mostrar as consequncias pr-ticas da mesma.

    A primeira consequncia a fraternidade. A pessoa converti-da necessariamente fraterna e seu comportamento gera frater-nidade porque estabelece novas relaes humanas baseadas nos valores e ideais do Evangelho. Se a converso no leva a isto, ou ainda pior se a converso destri laos, cria preconceitos, diaboliza o diferente e em ca-sos extremos leva a violncia verbal e fsica, destruindo sm-

    bolos e criando sentimentos de superioridade e desprezo, no passa de um processo psqui-co mrbido de autoa rmao com consequncias trgicas para a sociedade.

    Colocando diante de ns diver-sos temas que profeticamente denunciam a ausncia de frater-nidade, a Campanha da Frater-nidade um apelo a uma vivn-cia autentica da f. Como car indiferente diante do tr co de pessoas, da excluso de tantos do mercado de trabalho, da multido de meninos e meninas em situa-o de risco e de vulnerabilidade, da situao deprimente da nossa populao, privada de liberda-de em prises abarrotadas, da destruio da vida do planeta, dos afrodescendentes e ndios, ainda tratados com preconcei-to, da juventude que vem sendo sistematicamente exterminada? Estas situaes, entre outras, foram temas de campanhas que se tornaram memorveis e incidiram profundamente na vida de nosso pas.

    Estamos prestes a iniciar mais uma campanha. Neste ano, o tema Igreja e Sociedade e o lema, Vim para Servir. Qual a incidncia da nossa f e conse-quentemente de nossa converso na nossa vida social? O povo brasileiro religioso e, na sua quase totalidade, cristo. Como explicar ento tanta injustia, corrupo e descaso pelo bem comum? Estou convencido de que a maioria das pessoas de boa ndole, e a minha f me faz ter esperana, mas no possvel deixar de notar a contradio entre a f e a vida concreta. Precisamos de converso. E ela comea de verdade quando servi-mos e no somos servidos, porque este foi o caminho de Jesus.

    Dom Srgio Eduardo [email protected]

    Dom Srgio Eduardo Castriani

    Dom Srgio Edu-ardo Castriani

    Arcebispo metropolitano de

    Manaus

    Estamos prestes a iniciar mais uma campa-nha. Neste ano, o tema Igreja e Sociedade e o lema, Vim para Servir. Qual a in-cidncia da nossa f e consequen-temente de nossa conver-so na nossa vida social? O povo brasileiro religioso e, na sua quase totalidade, cristo

    Fraternidade

    Olho da [email protected]

    Durante os treinos, nesta semana, para o jogo de hoje em Rondnia com o Vilhena local, pela Copa Verde, que rene times do Norte, Centro Oeste e o (sim) Esprito Santo, o Nacional amazonense recebeu os mais calorosos incentivos. E j sabe o que lhe espera se no honrar as chuteiras: o el da torcida no tem medo de Leo da Vila Municipal

    RAIMUNDO VALENTIM

    A rmar que o partido recebe apenas doaes legais e que so declaradas Justia Eleitoral s pode ser

    brincadeira, depois que, para se defender no escnda-lo do mensalo, o PT tentou alegar o cialmente que

    se tratava apenas de caixa 2, prtica comum na poltica brasileira, segundo o ento presidente Lula

    Merval Pereira, colunista do Globo, avalia em seu blog que a nota o cial onde o PT tenta rebater as denncias de que recebeu dinheiro dos recursos desviados da Petrobras

    uma demonstrao de como o partido est desnorteado.

    Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Cmara, 623 So Jorge CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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  • MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 A5Com a palavra

    ...a minha proximida-de com o governador Melo ou com o senador Omar Aziz facilita qual-quer relao institucional. E em qual-quer relao se voc j ti-ver um grau de anidade, essa prerro-gativa s vai facilitar a questo do dilogo.

    ...as escolhas para as pre-sidncias das comisses no tiveram a conotao para agra-dar e, sim, melhorar a qualida-de dessas comisses segundo o perl de cada parla-mentar.

    De volta presi-dncia da Assem-bleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), recon-duzido pelo voto de 19 dos 24 deputados estaduais, Jo-su Neto (PSD) dar segui-mento, nesta nova gesto, a alguns projetos iniciados na legislatura passada: dar aos parlamentares melhores condies para o exerccio de seus mandatos; ampliar as estruturas da rdio e TV ALE, por meio de novas tecnologias. Tambm de-sejo do deputado debater a reforma administrativa no parlamento oferecendo a oportunidade a cada ente da casa legislativa estadual o direito emenda e su-gestes. Nesta entrevista, concedida ao EM TEMPO, Josu Neto fala, entre outros assuntos, de como as afi-nidades com o governador Jos Melo (Pros) e o senador Omar Aziz (PSD) podem con-tribuir nas relaes institu-cionais entre o Legislativo e Executivo.

    EM TEMPO - Recondu-zido presidncia da As-sembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) com a maioria dos votos dos deputados (19 a 2), de que maneira o senhor pretende conduzir sua gesto para quem votou e para quem no votou na sua chapa?

    Josu Neto - Da mesma forma como um governador administra o Estado: para todos e no apenas para as pessoas que votaram nele. Esse o esprito da democra-cia e do homem pblico que democrata. Eu conversei (logo aps a eleio da mesa diretora) com o deputado Luiz Castro (PPS), que no votou em mim, mas o para-benizei por sua atitude de assumir o seu voto em Jos Ricardo (petista que con-corria presidncia) como infinitamente melhor do que os colegas que se retira-ram de plenrio - Wanderley Dallas e Vicente Lopes, am-bos do PMDB, e Francisco Souza (PSC).

    EM TEMPO - Ampliar o nmero de comisses, de 22 para 24, foi uma estratgia criada para agasalhar de certa forma agradar, todos os deputados?

    JN - Quem quer entender, entenda da forma que qui-ser, mas de qualquer modo vou explicar como se deu esse processo. Cada par-

    lamentar representa um segmento. Por exemplo, o deputado Bosco Saraiva (PSDB), que todos devem conhec-lo por sua histria de engajamento na rea cul-tural (que vem muito antes at da vida poltica) nunca pde trabalhar pelos povos indgenas. Ento, como ns conciliaramos as presidn-cias de Cultura com Povos Indgenas apenas com a participao do deputado Bosco? Ns no teramos o nosso objetivo alcana-do, pois ele est ligado cultura. Pode ser que daqui a algum tempo o deputa-do tenha maior intimidade com os assuntos indgenas, mas ainda no tem. Assim, acredito que essa a me-lhor forma de trabalhar e a melhor forma de fazer com que as comisses tenham frente pessoas com bons direcionamentos; com pes-soas que j tenham uma identidade com determina-do tema ou determinado segmento da sociedade. Ento, as escolhas para as presidncias das comisses no tiveram a conotao para agradar e, sim, me-lhorar a qualidade dessas co-misses segundo o perfil de cada parlamentar.

    EM TEMPO - Em quais pilares sua nova gesto ser sustentada?

    Josu Neto - Sempre pelo respeito aos colegas e para que a Assembleia d todas as condies de exerccio para um bom mandato a cada um dos parlamentares. E essa determinao vale para os que votaram, os que no votaram e os que deixaram de votar. Indepen-dentemente de qualquer coi-sa, a nossa administrao pela democracia, pelo res-peito aos colegas e pelo o que pblico.

    EM TEMPO - Esse proces-so, ento, ser caracteri-zado por quais projetos?

    JN - Administrativamente temos vrios projetos em vista. Ns ficamos impos-sibilitados de investir em tecnologia nos ltimos dois anos e, agora vamos investir nessa rea, pois qualquer pessoa que hoje vem As-sembleia observa o quanto temos de papel sendo utili-zado e esse produto, alem de ser ecologicamente in-correto, mais caro do que se investir em tecnologia e vamos assim fazer nesta gesto. Tambm vamos dar novo direcionamento ao pr-dio onde funcionaria a cre-che, mas antes vamos pedir uma orientao, tanto da Secretaria de Infraestrutura

    (Seinfra), como do Minist-rio Pblico do Estado (MPE), para darmos nova destina-o quele local que dever funcionar como um grande centro de informao e tec-nologia, onde a imprensa ter toda a estrutura pos-svel para realizar um bom trabalho. O prdio tambm abrigar a nova estrutura da rdio e da TV ALE, que sero ampliados.

    EM TEMPO - No seu discurso, antes de sua reconduo frente da Aleam, o senhor declarou que a Mensagem Gover-namental, a ser envia-da casa, vir de forma aberta e que tal medida indita entre os manda-trios do Estado. Como a Assembleia assimila essa forma de atuao do governo?

    JN - O governador Jos Melo est na vida pblica h 32 anos. Nessas mais de trs dcadas, ele mudou completamente sua forma de fazer poltica. Ele no faz poltica e nem exerce uma funo pblica como fazia 32 anos atrs. Ento, nesse momento, todos co-bram; toda a populao co-bra dele atitudes democrti-cas e as aes do professor Jos Melo so pautadas na democracia e na participa-o. Ento, quando o pro-fessor Melo enviar para a Aleam a mensagem da re-forma administrativa, ele j ter orientado todos os secretrios, que esto di-retamente ligados a essa reforma, como Educao, Sade, Planejamento e as pastas ligadas ao social, que se faam presentes na casa no momento em que os deputados buscarem expli-cao sobre o que qualquer projeto prev. E, claro, qual-quer emenda ou mudana tambm ser recebida como sugesto e debatida entre os colegas. Isso que signica um projeto em aberto, sus-cetvel a qualquer mudana para que se torne melhor. Eu compreendo assim: essa reforma administrativa est h quatro meses no forno, sendo discutida com a me-lhor equipe tcnica e quali-cada disponvel pelo Estado. Porm, um projeto no se faz apenas com questes tcnicas, mas a sensibili-dade poltica tambm deve ser observada. Ento a nossa sensibilidade, a nos-sa convivncia e realidade que temos (deputados) com o interior do Estado que muitas vezes de desco-nhecimento do tcnico, que nunca esteve l a grande contribuio da casa com os

    projetos governamentais.

    EM TEMPO - Embora pequena, o senhor espe-ra uma oposio ferrenha nessa nova legislatura?

    JN - Em poltica no existe quantidade, vale a mxima de que qualidade que prev como o parlamento funciona. Todos os colegas tm o seu valor, as bancadas so formadas a partir da linha de atuao partid-ria. Ento, os parlamenta-res, muitas vezes, seguem uma orientao partidria, ou seja, algo que esto acos-tumados a seguir como pr-tica interna dentro de suas prprias legendas. Acredito que a nossa bancada, do governo, contar com 16 deputados essencialmen-te governistas; vamos ter alguns independentes e aqueles declaradamente oposicionistas. Mas para isto que existe o parlamento: para o debate, porque se assim no fosse s exis-tiria o poder da caneta, para mandar construir uma casa, asfaltar uma rua, por exemplo. No essa nossa misso. Todos ns somos tcnicos em debates, tcni-cos em poltica. E isso que faremos aqui, e da forma mais respeitosa possvel. A casa funciona para os 24 deputados, ela no funciona para deputados de partido A ou B, ela funciona de forma igual para todos.

    EM TEMPO - Sua relao com o governo do Estado bem estreita. At que ponto essa aproximao benfica para ambos os lados?

    JN - Eu espero que as pessoas entendam, pois existem coisas que s pol-tico entende. Por exemplo, quando um projeto chega na Assembleia Legislativa do Estado j aconteceu um dilogo antes ou acontece-r um dilogo depois. Essa relao institucional no feita pelo papel, que no tem vida. Mas, com quem pode se dialogar ou contrapor-se, e falar o que entender por certo ou que entende que est errado. Dessa forma, a minha proximidade com o governador Jos Melo ou com o senador Omar Aziz facilita qualquer relao institucional. E em qualquer relao se voc j tiver um grau de afinidade, essa prer-rogativa s vai facilitar a questo do dilogo. Pois o dilogo, como disse ante-riormente, vem antes ou depois, porque as pessoas no conversam por meio do papel que apenas uma ferramenta burocrtica.

    Eu compreendo assim: essa reforma adminis-trativa est h quatro meses no forno, sendo discutida com a melhor equipe tcnica e qua-licada disponvel pelo Estado. Porm, um pro-jeto no se faz apenas com questes tcnicas, mas a sensibilidade po-ltica tambm deve ser observada.

    NIS CAMPOSEquipe EM TEMPO

    FOTOS: WILLIAM RESENDE/ALEAM

    DIE

    GO

    JA

    NAT

    Josu NETO

    Sou PRESIDENTE DE todos os 24 DEPUTADOS

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  • A6 Poltica MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015

    Lula e aliados querem Mercadante fora do governo

    O ex-presidente Lula, que o acusou de haver seques-trado o governo, e lderes de partidos aliados pres-sionam Dilma a se livrar de Aloizio Mercadante (Casa Civil), que azedou de vez as relaes do governo com o Congresso. Trapalho, ele conseguiu piorar o clima, aps a vitria de Eduar-do Cunha (PMDB-RJ), ao ameaar distribuir cargos de segundo escalo segun-do o grau de obedincia dos parlamentares.

    No entendeu nadaMercadante no perce-

    beu que Eduardo Cunha venceu porque fez os de-putados acreditarem que en m seriam respeitados pelo governo.

    Refm de luxoLula e os lderes aliados

    reconhecem ser difcil levar Dilma a demitir Mercadante. Ele hoje o nico contado dela com a vida l fora.

    IsolamentoPara tornar Dilma depen-

    dente, Mercadante afas-tou do Planalto todos os que tinham acesso a ela, inclusive o velho assessor Gilles Azevedo.

    Sr. DerrotaA arrogncia de Mercadan-

    te derrotou o candidato do PT a presidente da Cmara, Arlindo Chinaglia, segundo acredita a cpula petista.

    Temer articula para apro-var distrito no Congresso

    Contrariando o PT, que quer implantar voto em lista na prxima eleio, o vice-presidente da Repblica, Michel Temer, articula para aprovar ainda este ano a tese do distrito. O PMDB negocia o apoio do PSDB para derrotar a proposta

    de reforma poltica do PT. O tucanato j est unido ao PMDB para impedir a criao do Partido Liberal, articulado pelo ministro Gil-berto Kassab para esvaziar o PMDB e a oposio.

    Juntos na causaMichel Temer almoou

    no dia 4 com deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), a quem pediu para articular a aprovao do distrito na Cmara.

    Consulta popularFiel escudeiro de Temer,

    Moreira Franco elaborar at maro proposta de reforma com base em enquete da Fun-dao Ulysses Guimares.

    Sem puxadores O distrito, que se con gu-

    ra na eleio majoritria para deputados e vereadores, aca-baria com puxadores de votos como Tiririca, Romrio...

    Briga de foiceEm meio ao escndalo do

    Petrolo, a Comisso de Mi-nas e Energia da Cmara nunca foi to cobiada por deputados, aliados e de opo-sio. A la de candidatos a membro titular e at suplente enorme.

    Sem vergonhaApesar de o ministro Pepe

    Vargas (Rel. Institucionais) dar de ombros para o en-volvimento do tesoureiro do PT Joo Vaccari Neto na ope-rao Lava Jato, que apura o roubou Petrobras, Vaccari foi um dos assuntos mais co-mentados (trending topics) no Twitter na semana.

    Racha no PSOL Isolado aps se aproximar

    do governo Dilma, o sena-dor Randolfe Rodrigues (AP) est negociando sua sada do PSOL. O deputado reeleito Jean Wyllys (RJ) tambm anda s turras com o partido.

    Pequena fortunaA diretoria-geral do Sena-

    do publicou portaria na sexta (29) concedendo penso Iracy Ramos Marinho, mulher do falecido senador Josaphat Ramos Marinho. A penso corresponde a 50% dos ven-cimentos do ex-senador a partir de 31 de maro de 2002, data do bito.

    E o rodzio?Deputados do PSDB -

    caram incomodados com a escolha da dupla Carlos Sampaio (SP) e Bruno Ara-jo (PE) para representar a bancada e o bloco da Mino-ria. Os dois foram lderes na legislatura passada.

    Entra na laEx-deputado, Edson Giroto

    (PR) tem coletado assinatu-ras na bancada do Mato Gros-so do Sul para ser indicado diretoria do DNIT, que tem oramento de mais de R$ 8 bilhes e muito cobiado por autoridades.

    Futuro PMBCapito Augusto (PR-SP)

    causou estranheza ao tomar posse e circular durante toda a semana usando farda de policial no Congresso. O deputado est na linha de frente da criao do Partido Militar Brasileiro.

    Finanas e tributao O PSDB indicar o tucano

    Giuseppe Vecci (GO), aliado do governador Marconi Pe-rillo, para presidir a Comisso de Finanas e Tributao da Cmara. O acordo foi feito com o presidente Eduardo Cunha (PMDB).

    Fim da mamataMal terminou eleio,

    deputados j descem a lenha no novo presiden-te da Cmara: eles no querem trabalhar s quin-tas, como determinou Eduardo Cunha.

    PODER SEM PUDOR

    Cludio HumbertoCOM ANA PAULA LEITO E TERESA BARROS

    Jornalista

    Sem-vergonhice

    www.claudiohumberto.com.br

    Bendine um nome sem prestgiopara reerguer a [Petrobras]

    SENADOR RONALDO CAIADO (DEM-GO), sobre a escolha de Dilma para comandar a estatal

    Certa vez, em 1988, o ex-ministro Nel-son Jobim foi dar uma fora na campanha do PMDB prefeitura de Tupanciret (RS), regio em que os candidatos tm o hbito de demonstrar civilidade visitando os pa-lanques dos adversrios. Jobim j discursa-va quando o adversrio, Dr. Marcel (PDS), subiu ao palanque. Ele impostou a voz para perguntar platia:

    - Por que ser que o Dr. Marcel est no nosso comcio?...O grito de um bbado estragou a profunda reflexo pretendida por Jobim:- Porque ele um sem-vergonha, tch!

    Jornal britnico diz que a petrolfera, envolvida no caos de um escndalo de corrupo, grande demais para falir

    Petrobras representa o melhor e o pior do pas

    Dilma teve que dispensar a amiga e agora ex-presidente da Petrobras para acalmar nimos

    A competncia tcnica da Petrobras co-nhecida e ela possui vastas reservas de petrleo em profundidade. Isto atraiu investidores para a maior oferta de aes do mundo alguns anos atrs, quando ele levantou US$ 70 bilhes nos mercados de capi-tal internacionais. Mas a em-presa tambm est envolvida por corrupo de agrada pela operao Lava Jato e algo de investigao tambm pela SEC. Esta a avaliao do Financial Times em artigo pu-blicado aps o rebaixamento de rating da companhia pela Moodvs e depois da (no) divulgao de resultados pela Petrobras, destacando que o escndalo de corrupo traz o caos para o Brasil.

    De acordo com o FT, o es-cndalo de corrupo no tem apenas implicaes sociais para a petrolfera mais endi-vidada com US$ 170 bilhes de emprstimos pendentes, de acordo com a Moodys. Ela sistmica para a economia brasileira e ameaa derrubar

    seu governo. Petrobras grande demais para falir. Mas tambm muito corrupta para continuar como est.

    IncompreensvelE o FT destaca que os mon-

    tantes so quase incompre-ensveis. Um executivo de se-gundo escalo (o ex-gerente Pedro Barusco) se ofereceu para devolver US$ 100 mi-lhes aos cofres pblicos. E al-guns estimam que at US$ 20 bilhes podem ter sido rouba-dos, extraviados ou perdidos em projetos elefante branco que foram to mal concebidos que, mesmo a Venezuela de Hugo Chvez se recusou a investir. Mas ningum sabe o nmero exato, destaca o jornal britnico.

    E por isso que os auditores PwC se recusaram a assinar as contas do terceiro trimestre do ano passado, enquanto a Pe-trobras foi forada a diminuir seus investimentos. E isto em um cenrio em que a economia est em baixa e precisa deses-peradamente melhorar o seu per l de investidor interna-

    cional uma vez que a histria dos Brics entrou em colapso, a rma o jornal.

    EfeitosE o escndalo, ainda por

    cima, est se espalhando para o resto da economia. Em primeiro lugar, o setor de construo do Brasil foi envolvido nas investigaes de corrupo, com ameaas aos contratos e colapsos em-presariais. verdade que o governo poderia intervir com apoio financeiro. Mas isso colocaria em risco sua classificao de grau de investimento j ameaada, aumentando potencialmen-te o custo de capital para as empresas do Brasil como um todo. A culpa, em ltima anlise encontra-se com as decises do PT e seu de-sejo de poder. O dinheiro roubado foi supostamente usado para agradar parcei-ros de coalizo, ajudar nas contas de duas campanhas presidenciais de Dilma Rous-se e para eleies para o Congresso tambm, a rma.

    EBC

    O Financial Times destaca, contudo, que a corrupo na poltica no nova e que o sistema do Brasil sempre incentivou isso, com a Pe-trobras sendo sempre uma fonte de tentao.

    Os seguidores de Dilma supostamente no acredi-tam que isso ocorreu para en-riquecimento prprio. Mas, no comando do Partido dos Trabalhadores, a escala de roubo subiu, ressaltou.

    E o jornal a rma esperar que a SEC investigue for-temente as prticas dentro da Petrobras, ressaltando que a dimenso do escn-dalo sugere que a de ci-ncia das instituies no Brasil tem um peso. A Lava Jato, a rma, segue o es-cndalo do mensalo, que levou a vrias condenaes de polticos importantes pela primeira vez para o Brasil. Com a Petrobras, no entan-

    to, a resposta deve ser mais rpida e mais rme.

    Dilma deve dar-lhe total apoio investigao e permi-tir que o seu curso. At agora, o escndalo rodou em torno dela. No houve acusaes de que ela estava diretamen-te envolvida, embora, como presidente do Conselho da Petrobras durante grande parte do tempo em questo, ela precisa explicar o que sabia, a rma o jornal.

    Corrupo no novidade, diz FT

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  • MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 A7Poltica

    Amazonas pode ser o 11 diretrio de novo partidoArticulaes em todo o Estado tentam ressuscitar o Partido Liberal (PL) com provvel fuso de algumas siglas

    Com mais de 16 mil as-sinaturas certicadas no Estado do Amazo-nas, o Partido Liberal (PL), pode ter o 11 Diretrio Regional a ser legalizado no pas ainda neste primeiro se-mestre do ano. At o momento, o que se tem no Amazonas uma Comisso Executiva Regional em formao, com registro no Tribunal Regional do Amazonas (TRE-AM), tendo como presidente o secretrio geral do Partido Social Demo-crtico (PSD), Paulo Radin e como secretria-geral, Ales-sandra Brasileiro.

    O PL ainda no foi criado. O que h juridicamente uma associao em 10 Estados e o Amazonas deve ser o 11 Dire-trio Regional. Uma comisso no Amazonas foi designada pela Comisso Executiva Nacional, a qual me indicou como presidente da Comisso no Amazonas e a Alessandra Brasileiro como se-cretria-geral, explicou Radin.

    O presidente provisrio ex-plicou no haver polticos com mandato envolvido no processo de recriao da sigla. A medida, segundo ele, para evitar espe-culaes. Nesse momento no

    temos nenhum poltico, porque o partido ainda no existe. O que temos o apoio do sena-dor Omar Aziz que, a pedido do ministro Gilberto Kassab, est apoiando a criao do PL. Mas, no Amazonas no temos nenhum poltico envolvido, disse, acres-centando que seu sonho ter o maior nmero de polticos com mandatos liados ao PL, mas que um desejo apenas.

    O objetivo chegar a 50 mil assinaturas certicadas no Amazonas. Segundo Radin, se os cartrios obedecessem aos prazos legais de 15 dias, agora o PL teria mais de 16 mil assinaturas e facilmente se chagaria ou ultrapassaria as 50 mil desejadas. O partido ainda no foi criado legalmente, mas j conta no Amazonas com 23. 672 mil assinaturas em trami-tao em cartrios e 80.420 mil em processo de coleta. Segundo Radin, a inteno chegar a 150 mil assinaturas coletadas, o que no representa que as 150 sero certicadas. Queremos ajudar a nacional, pois para a criao do diretrio regional bas-tam pouco mais de 2 mil assi-naturas, pontuou o presidente, lembrando que necessrio ter pelo menos quatro diretrios municipais para o registro do diretrio regional. Paulo Radin, do PSD, articula no Amazonas a coleta de assinaturas para a recriao do PL

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    Com relao fuso do PL ao PSD, Radin ex-plicou que existem trs possibilidades legais: fu-so, incorporao ou bloco partidrio, igual ao que os parlamentares novatos da (Aleam), esto solicitando na casa legislativa para garantir mais tempo de discurso no grande expe-diente. No entanto, Radin alegou ainda ser muito cedo para se falar em fuso, uma vez que o PL ainda est em processo de formao. muito cedo para se falar em fuso ou incorporao. O partido ainda no existe. Estamos em formao. Quando ti-ver o registro partidrio no TRE, a sim podemos falar em fuso, explicou, acrescentando que muito provvel aps o feriado de carnaval a Comisso d entrada no TRE.

    Fuso de partidos ca para depois

    MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

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  • A8 Poltica MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015

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  • EconomiaCa

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    [email protected], DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 (92) 3090-1045

    PAIXO NACIONALManaus ocupa a 10 posio no ranking das cidades que mais consomem cerveja no pas

    O que fazer em uma cidade de clima tro-pical, mido, com poucas opes de lazer, onde os shows musicais e espetculos de teatro quan-do eles aparecem custam os olhos da cara? Os mais con-sumistas e comportados, com certeza, vo ao cinema ou ao shopping. Mas a grande maioria pega o caminho do botequim, onde se encharca de cerveja e joga conversa fora horas a o. No se espante se, s ve-zes, em plena segunda-feira, no percurso para o trabalho voc pousar os olhos em um bar e encontrar meia dzia de malucos tomando cerveja no lugar do caf da manh.

    Por conta dessa falta de opo de lazer e da paixo por cerveja, Manaus ocupa o 10 lugar no ranking das cidades brasileiras que mais consomem bebida fermentada, como as cervejas. A lista encabeada por Salvador, sendo seguida por Recife, Fortaleza, Cuiab e Belo Horizonte.

    Se o bom bebedor digo, lei-tor observar, as quatro primei-ras cidades ranqueadas como principais consumidoras de cer-veja so cidades de clima quen-te, com elevadas temperaturas a maior parte do ano, como Manaus. Provavelmente esse deve ser um ponto que, aliado ao aspecto cultural de cada cidade, faz com que o consumo

    de bebidas como a cerveja seja elevado.

    No caso de Manaus, todos os caminhos levam boa e velha cerva, justamente por causa do calor que convida ou empur-ra as pessoas a consumirem cada vez mais cerveja. Os so- sticados espumante, vinho ou whisky so colocados de lado por causa de um belo copo de cerveja dourada como ouro e com um colarinho branco de fazer estalar os lbios.

    Considerada a bebida mais sedutora h sculos, a cerveja foi inventada pelos sumrios, cultuada pelos antigos egp-cios, usada para impedir guer-ras e para apagar incndios, reinventada pelos britnicos e alemes e elevada categoria de preferncia nacional pelo povo brasileiro.

    A cerveja a bebida preferida dos brasileiros para as grandes comemoraes, como as festas de nal de ano, a Copa do Mun-do, o vero e, claro, o Carnaval, que explode hoje no pas inteiro. Quem garante isso o Ibope, conforme pesquisa realizada entre 7 e 11 de novembro do ano passado. Apesar de j ter errado feio alguns resultados

    d a s u r n a s ,

    neste o instituto de pesquisa acertou em cheio.

    A cerveja combina tanto com festa e o astral do pas que quase dois teros dos en-trevistados (64%) a de nem como a bebida preferida do brasileiro para comemorar os bons momentos. Refrigerante, espumante e vinho vm bem depois, com, respectivamente, 13%, 12% e 5% das citaes, aponta a pesquisa quantitati-

    va, em mbito nacional, que foi realizada com 1.958 pessoas, entre homens e mulheres com 18 anos ou mais, das classes A, B, C, D e E. A margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

    Apreciador de cervejas espe-ciais e produtor de cerveja gour-met, o jornalista Rodrigo Arajo con rma o fascnio pela cerveja nos trpicos. Ele mesmo um fabricante de cerveja artesanal

    e em breve deve pro ssionalizar suas descobertas.

    No h como negar que a cerveja a bebida preferida do brasileiro, e no Amazonas no poderia ser diferente. Nosso cli-ma quente propicia o consumo dela, seja loira, morena, ruiva ou mulata. Se estiver gelada e numa rodada de amigos, o papo vai longe e o consumo corre solto , atesta o jornalista.

    Rodrigo lembra que a cerve-

    ja a bebida de maior socia-bilidade entre todas as outras. Quem nunca chegou s no balco de um bar e no nal da noite j estava entre um grupo de amigos insepar-veis?, pergunta.

    Ento, a cerveja assim: agrupa pessoas, faz de encon-tros casuais grandes eventos e transforma simples desconhe-cidos em con dentes parceiros de copo -, de ne Rodrigo.

    O jornalista Rodrigo Arajo destaca que outro detalhe que pesa para a cerveja ser a loura mais desejada por homens e mulheres o fato de todo cervejeiro ser um cara gente boa.

    O certo que conheo grandes amizades que comearam com um copo de cerveja. Ao mesmo tempo, no co-nheo nenhuma que comeou com um bom copo de leite, ou de ch.

    Ele aposta que essa sociabilidade est crescendo no Amazonas com o cresci-mento do mercado de cervejas especiais e artesanais.

    cada vez mais comum encontrar pessoas dispostas a falar sobre deter-minada cerveja diferente consumida em uma viagem, apresentada por um amigo, ou mesmo descoberta nos novos bares especializados que esto surgindo em Manaus.

    E o interessante deste novo mercado de cervejas especiais, diz o jornalista, que ele no distingue seus apreciadores. Rodrigo revela que tem falado sobre cerveja com homens, mulheres, ricos, pobres, brancos, negros, enfim, com pessoas que, simplesmente, apreciam essa bebida.

    Sem nenhuma sombra de dvidas, somos a nao da cerveja.

    Somos a nao da cerveja

    No caso de Manaus, o escritor Simo Pessoa, um dos maiores abatedores de ampolas geladas, garante que a paixo do amazo-nense pela loura suada no s uma questo de clima ou de falta do que fazer. Para ele, a cerveja nos deixa mais inteligentes.

    Pesquisadores de Illinois des-cobriram que, aps ingerir algumas cervejas, os homens resolviam muito mais rpido um jogo de quebra-cabeas do que seus oponentes sbrios. Porque hidrata igual gua (e a gente no quer passar pelo sufoco dos sulistas com a crise da falta dgua). Porque diminui o risco

    de ataques cardacos e morte por doena cardiovascular em 25 a 40% (e o amazonense volvel, vive se apaixonando diariamente).

    De acordo com a pesquisa avalia-da por Simo, a cerveja estimula o crebro. Estudos tm demonstrado que uma cerveja diria pode manter o Alzheimer ou a demncia contro-lada. Isto especialmente vlido se voc um demente que nem eu e vive pensando em sexo 24 horas por dia, ironiza o escritor.

    Boas goladas do combustvel da emoo tambm aumentam a be-leza feminina, apontam os pesquisa-dores de Illinois na pesquisa.

    Cerveja nos deixa mais inteligentes

    Rodrigo garante que todo cervejeiro quase sempre um cara legal

    Simo Pessoa tem vrios motivos para ser um apaixonado pela loura suada

    A cerveja foi trazida para o Brasil em 1808, pela Famlia Real, porque o rei no podia car sem sua bebida predileta. Hoje, a paixo do brasileiro

    COMBUSTVELDA ALEGRIA

    CERVEJA

    B01 - ECONOMIA.indd 1 6/2/2015 20:45:02

  • B2 Economia

    Carnaval incrementa Escolas de samba, bailes e blocos contam com a mo de obra das prossionais na produo de fantasias e demais adereos da folia momesca

    O Carnaval gera opor-tunidades para mui-tas pessoas, entre elas as costureiras de fantasias e adereos. Nesta poca, as prossionais que tm habilidades com corte, costura, bordado e customi-zao podem at dobrar a renda mensal para atender as encomendas das prvias carnavalescas, os bailes e os desles de blocos e escolas de samba.

    A costureira Val da Silva, 44, revela que as escolas de samba do grupo B pagam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. J as do grupo especial de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil pela confeco de cada ala. Ela destaca que as agremiaes fornecem todo o material e pagam somente pela mo de obra das prossionais. Depende muito da situao nanceira de cada escola. Tem umas que ainda choram e pagam menos, salienta.

    ProduoConforme Val, o pagamento

    s ocorre quando as fantasias so entregues, geralmente um dia antes ou at mesmo no prprio dia do desle. Todavia,

    segundo ela, o trabalho a mais no perodo de Carnaval vale a pena. Eu trabalho o ano todo, principalmente em datas as-sim, de grande manifestao popular, mas o Carnaval quando d para ter uma renda melhor, avalia.

    Este ano ela est costurando a ala das baianas de trs escolas de samba do grupo B: Meninos Levados, Mocidade Independen-te da Raiz e Grmio Recreativo Escola de Samba Ipixuna. Ao todo, so 130 peas. Para aten-der a demanda, Val emprega aproximadamente cinco pesso-as da famlia, entre elas a irm, os lhos e o marido. Quando chega nessa poca, todo mundo trabalha, minha irm nem vai para a casa dela, j dorme aqui mesmo, comenta.

    A pequena empresria reve-la que chega a atingir quase 50% de incremento na renda. Conforme Val, ela s no ga-nha mais porque as despesas aumentam, mas a quantidade de fantasias que faz sempre so as mesmas. Alm disso, h cinco anos ela trabalha prestando servio para as agremiaes e o valor pago por elas o mesmo. Porm, Val ressalta que alm das alas de escolas de samba tambm faz abads de bandas e blocos de Carnaval de rua.

    SILANE SOUZA

    Equipe EM TEMPO

    Iris ngela da Silva, 40, costura desde os 17 anos de idade. Segundo ela, quan-do chega a poca prximo ao Carnaval, os trabalhos se intensicam, sem hora para pegar e muito menos para largar o batente. J estamos na correria para deixar tudo pronto at o dia do desle, embora muitas vezes as escolas atrasem a entrega do material ou, quando no, entregam tudo de uma vez. Temos que dar conta, porque seno quan-do chega no dia, no tem fantasia pronta e a culpa

    da costureira, brinca.Ela relata que nesse pe-

    rodo do ano consegue ga-nhar 40% a mais que em outros perodos. Porm, os trabalhos mais que dobram no Carnaval. Conforme Iris ngela, a cada ano a de-manda aumenta, uma vez que novos trabalhos de es-colas, blocos e bandas de Carnaval surgem. Quando chega nesse perodo, ca-mos sem tempo livre, at os lhos j sabem e enten-dem porque co pouco em casa. Mas no nal, o salrio compensa, declara.

    Pontualidade x compensaes

    Fantasias geralmente so entregues s vsperas ou no dia dos desles das escolas, ocasio em que os pagamentos so realizados Preparativos geralmente iniciam entre novembro e dezembro

    lucros de costureiras

    B02 e B03 - ECONOMIA.indd 2 6/2/2015 20:42:59

  • MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 B3

    Carnaval incrementa

    Os investimentos das es-colas de samba na confec-o de fantasias e adereos so altos. O carnavalesco e diretor de Carnaval da Grmio Recreativo Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, Antnio Wagner de Moura, conta que as es-colas pagam de R$ 1 mil a R$ 2 mil por ala. A Reino

    Unido, segundo ele, levar para a avenida 32 alas, cada uma com aproximadamente 80 componentes.

    Ele destaca que esse valor somente para a confeco de fantasias, que engloba o servio das costureiras, que terceirizado, sendo que a parte das costas e da cabea das fantasias dos brincantes

    quem faz a comunidade. O preo depende muito do tipo de fantasia e costura, alm da ala, por exemplo. H dife-rena entre a ala das baianas e a da bateria, enfatiza.

    Conforme Antnio, deixar para contratar costureira prximo ao Carnaval com-plicado, visto que todas es-to com muitos servios,

    alm disso, no so todas as profissionais que sabem trabalhar com a confeco de fantasias. Geralmente ns comeamos a procurar costureiras em novembro. No final de dezembro j entregamos parte do te-cido e o piloto das fan-tasias e elas comeam a trabalhar, informa.

    Diferenas entre fantasias tambm contam

    Costureiras produzem uma mdia de 130 peas por ala e chegam a faturar em torno de 40% a mais durante o Carnaval

    FOTO

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    Pro ssionais faturam, nesta poca do ano,

    trabalhando para as esco-las de samba

    lucros de costureiras

    B02 e B03 - ECONOMIA.indd 3 6/2/2015 20:43:19

  • B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 B5

    No meio das incertezas, o comrcio de bebidas no de niu ainda se repassar o reajuste para o consumidor nal, num Estado que considerado estratgico

    Cerveja car mais cara a partir do ms de maio

    Uma das bebidas mais consumidas pelo amazonense, a cerveja car mais cara depois que entrar em vi-gor, no dia 1 de maio, a lei que aumenta impostos e altera o modelo de cobrana de tribu-tos de bebidas frias (refrige-rantes, cervejas, energticos e isotnicos). As indstrias ainda calculam o impacto da mudana na carga tributria sobre os custos, mas os re-presentantes adiantam que o reajuste para o consumidor ser inevitvel.

    Em outubro do ano passa-do, a Receita Federal infor-mou que os novos multipli-cadores usados para calcular os tributos sobre as bebidas frias teriam impacto mnimo sobre os preos nais dos produtos. Segundo o rgo, os preos subiriam no mxi-mo 0,25% com o aumento da base de clculo do Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI), do Programa de Integrao Social (PIS) e da Contribuio para o Fi-nanciamento da Seguridade Social (Co ns).

    Na ocasio, a Receita anun-ciou que de todas as bebidas, o maior impacto seria senti-do nas cervejas. O percentual corresponder a 0,23% para

    as garrafas retornveis de vidro, 0,25% para a cerveja em lata e 0,22% para as gar-rafas descartveis de vidro. Os representantes do setor declaram que o ndice de reajuste para o consumidor s ser constatado quando a medida estiver em vigor.

    A cerveja foi um dos produ-tos cujo preo mais aumen-tou em 2014, de acordo com o ndice Nacional de Preos ao Consumidor (IPCA), me-dido pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatstica (IBGE). Enquanto a in ao acumulada no ano foi de

    6,4%, o preo da bebida subiu 9,7%. O preo de refrigeran-tes e gua mineral tambm aumentou bastante no per-odo, subindo 8,8%.

    A reportagem tentou falar com o vice-presidente do Sin-dicato da Indstria de Bebi-das em Geral de Manaus, Luiz Cruz, responsvel, segundo o presidente da entidade Ant-nio Silva, pelas informaes desse segmento, mas ele no foi encontrado para debater sobre o assunto. Enquanto isso, as cervejarias da cidade esto apreensivas sobre o possvel aumento.

    Um representante da cerve-

    jaria Fellice, Joo Fernandes, disse que ainda no est de -nido se o aumento de tributos ser repassado ao consumidor. Mas, conforme ele provvel que o preo do produto aumen-te a partir do momento que o reajuste comear a valer. Para ele, a medida impactar nas vendas. Acredito que in uen-ciar negativamente nas ven-das, ainda mais nesse momento complicado da economia do pas, aponta.

    EstratgicoA Companhia de Bebidas

    das Amricas (Ambev), cuja presena marcante no Polo Industrial de Manaus (PIM), informou por meio da as-sessoria de imprensa que o Amazonas considerado um mercado estratgico para a empresa. Presente no Esta-do desde 1938, a compa-nhia possui cinco fbricas na regio e um centro de distribuio direta. A lial Manaus concentra a produ-o de refrigerante e cerveja com capacidade de produzir trs milhes de hectolitros de bebida por ano, a rmar.

    Segundo a assessoria, com cinco linhas de produo, a unidade abastece os merca-dos do Amazonas, Roraima e parte do Par e do Acre. A Companhia emprega aproxi-madamente 1046 funcion-rios entre diretos e indiretos, o que representa, segundo estudo da Fundao Getlio Vargas (FGV), quase 55 mil empregos gerados na cadeia produtiva, visto que para cada um emprego criado na indstria de bebidas, outros 52 postos de trabalho so gerados na cadeia produtiva, que engloba desde o cultivo

    No segundo semestre do ano passado, a Associao Brasileira da Indstria da Cerveja (CervBrasil) lanou o primeiro anurio do se-tor cervejeiro. O balano trouxe dados inditos so-bre o segmento que gera 2,7 milhes de empregos na economia e responde por 2% do Produto Inter-no Bruto (PIB) brasileiro e tambm 15% da indstria de transformao.

    De acordo com o estudo, o setor um dos mais rele-vantes da economia brasi-leira, com investimento de R$ 17 bilhes entre 2010 e 2013. A arrecadao do segmento de bebidas au-

    mentou 104,5% em seis anos. Somente em 2013, segundo o Anurio, a apli-cao do setor cervejeiro foi de R$ 4,3 bilhes.

    Os investimentos mais que triplicaram nos ltimos cinco anos, passando de R$ 2,2 bilhes em 2009 para R$ 7,4 bilhes em 2013. Neste perodo, as empresas de bebidas frias investiram R$ 30,8 bilhes, informou a CervBrasil por meio da assessoria de imprensa.

    RankingEm 2013, conforme o le-

    vantamento foi produzido no Brasil 14 bilhes de litros de cerveja e gerados R$

    21 bilhes em impostos. O pas ocupou o terceiro lugar no ranking mundial de produo, atrs apenas de China e Estados Unidos, segundo dados do Barth Haas Group.

    Com relao ao consumo per capita, o mercado brasi-leiro ainda tem um enorme potencial de crescimento, segundo o Anurio. O pas est na 24 posio mundial, com consumo de 68 litros por pessoa, em 2012. O ranking liderado por Rep-blica Tcheca (149 litros per capita), ustria (108 litros) e Alemanha (106 litros), segundo levantamento da Kirin Beer University.

    Setor responde por 2% do PIB

    de cevada ao garom que serve os produtos em um estabelecimento comercial.

    Dados do Anurio do setor cervejeiro lanado no segun-do semestre do ano passado pela Associao Brasileira da Indstria da Cerveja (Cer-vBrasil), revelam que a regio Norte do Brasil conta com quatro fbricas e representa 2,7% no share na produo do mercado no pas. Porm, no h dados regionais.

    FATURAMENTOIndicadores da Sufra-ma apontam que de janeiro a novembro do ano passado o setor de bebidas do PIM faturou R$ 659,4 milhes, um crescimento de 21,57% se comparado a igual periodo de 2013

    A Associao Brasileira da Indstria da Cerveja (Cer-vBrasil), informou por meio da assessoria de imprensa que considera positivo para o setor de bebidas frias o modelo tributrio sancio-nado pela presidente Dilma Rouse , no ltimo dia 20 de janeiro, por meio da sano da Lei 13.097/14. Para a entidade, o novo modelo traz melhorias e avanos, j que implica em simpli -cao do sistema tributrio e, mais importante, garante previsibilidade dos neg-cios tanto para o governo quanto para o setor.

    Haver um impacto para o setor com aumento da arrecadao para o go-verno, mas que, em nome da previsibilidade do novo sistema tributrio, poder ser absorvido pelo merca-do. Diante desse quadro, o

    setor acredita na continui-dade do ciclo virtuoso de aumento de investimentos, gerao de empregos e do crescimento da arrecada-o suportado na expanso da indstria, frisa a Cerv-Brasil em comunicado.

    O novo modelo aumenta a carga tributaria em 10% este ano. Pela nova regu-lamentao, a cobrana de PIS/Pasep ser de 2,32% e a de Co ns, de 10,68%. O IPI ser de 6% para as cervejas e de 4% para as outras bebidas. As alquotas so xas e vo incidir sobre o preo do produto ao sair da fbrica. Assim, itens mais caros pagaro mais impos-to. Hoje, os tributos do setor so cobrados utilizando-se um clculo que leva em conta o volume, a embalagem e o preo do produto.

    At 2018, os percentuais

    sobre os quais incidem as alquotas subiro duas vezes por ano, em abril e outubro, at o limite de 53%. As al-quotas correspondem a 14% para PIS e Co ns de todas as bebidas frias, 10% para o IPI do refrigerante e 15% para o IPI da cerveja.

    De acordo com a porta-ria publicada no dia 1 de outubro, no Dirio O cial da Unio, os multiplica-dores das garrafas PET, que esto no teto de 53%, no mudaram. O percen-tual passou 37,19% para 37,99% para os refrigeran-tes em garrafas de vidro e de 31,8% para 32,56% para o refrigerante em lata. Em relao s cervejas, o multi-plicador passou de 37,14% para 37,89% (longneck), de 39,80% para 40,59% (cascos retornveis) e de 42,55% para 43,3% (lata).

    Mercado absorve modelo tributrio

    Incentivado pela ZFM, a Ambev produz 3 milhes de hectolitros de cerveja e refrigerante por ano

    Para cada emprego gerado numa fbrica de cerveja, ao menos 52 nascem na cadeia produtiva

    O setor de bebidas frias, o cervejeiro um dos que mais empregam no Brasil, de acordo com dados da CervBrasil. Atualmente, em torno de 2,7 milhes de postos de trabalho entre empregos diretos, indiretos e induzidos esto ligados a esse mercado.

    Dados da Fundao Getu-lio Vargas (FGV) revelam que para cada emprego gerado em uma fbrica de cerveja brasileira, pelo menos ou-tros 52 postos de trabalho diretos e indiretos so cria-dos na cadeia produtiva do setor cervejeiro.

    Conforme levantamento da CervBrasil, o nmero de postos de trabalho tem apresentado crescimento muito acima da mdia da indstria brasileira.

    De 2010 a 2014, o cresci-mento mdio do nmero de empregos formais somente nas fbricas de cerveja do Brasil, segundo dados do Ca-dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relao Anual de Infor-maes Sociais (Rais), foi de 5,4%, enquanto o ndice geral da indstria mostrou aumento de 2,1%.

    Somente em 2013, o em-

    prego nas cervejarias au-mentou 7,7% e o ndice da indstria geral foi de 1,1%.

    No geral, conforme dados do setor, atualmente, mais de 3,2 milhes de postos de trabalhos esto ligados ao segmento de bebidas frias, o que corresponde a empregar quase todos os habitantes da regio me-tropolitana de Salvador, na Bahia. Esse setor gera R$ 33,4 bilhes em impostos por ano, alm de contar com mais de 200 fbricas responsvel por 3% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

    Mais de 3,2 milhes de empregos

    Uma das cervejas mais consumidas pelo amazonense, a Itaipava tenta instalar fbrica no AM

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    De todas as bebi-das frias, a cerveja sentir o maior im-

    pacto, diz ReceitaSILANE SOUZA

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    COMBUSTVELDA ALEGRIA

    CERVEJA

    B04 e B05 - ECONOMIA.indd 4-5 6/2/2015 22:02:36

  • B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 B5

    No meio das incertezas, o comrcio de bebidas no de niu ainda se repassar o reajuste para o consumidor nal, num Estado que considerado estratgico

    Cerveja car mais cara a partir do ms de maio

    Uma das bebidas mais consumidas pelo amazonense, a cerveja car mais cara depois que entrar em vi-gor, no dia 1 de maio, a lei que aumenta impostos e altera o modelo de cobrana de tribu-tos de bebidas frias (refrige-rantes, cervejas, energticos e isotnicos). As indstrias ainda calculam o impacto da mudana na carga tributria sobre os custos, mas os re-presentantes adiantam que o reajuste para o consumidor ser inevitvel.

    Em outubro do ano passa-do, a Receita Federal infor-mou que os novos multipli-cadores usados para calcular os tributos sobre as bebidas frias teriam impacto mnimo sobre os preos nais dos produtos. Segundo o rgo, os preos subiriam no mxi-mo 0,25% com o aumento da base de clculo do Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI), do Programa de Integrao Social (PIS) e da Contribuio para o Fi-nanciamento da Seguridade Social (Co ns).

    Na ocasio, a Receita anun-ciou que de todas as bebidas, o maior impacto seria senti-do nas cervejas. O percentual corresponder a 0,23% para

    as garrafas retornveis de vidro, 0,25% para a cerveja em lata e 0,22% para as gar-rafas descartveis de vidro. Os representantes do setor declaram que o ndice de reajuste para o consumidor s ser constatado quando a medida estiver em vigor.

    A cerveja foi um dos produ-tos cujo preo mais aumen-tou em 2014, de acordo com o ndice Nacional de Preos ao Consumidor (IPCA), me-dido pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatstica (IBGE). Enquanto a in ao acumulada no ano foi de

    6,4%, o preo da bebida subiu 9,7%. O preo de refrigeran-tes e gua mineral tambm aumentou bastante no per-odo, subindo 8,8%.

    A reportagem tentou falar com o vice-presidente do Sin-dicato da Indstria de Bebi-das em Geral de Manaus, Luiz Cruz, responsvel, segundo o presidente da entidade Ant-nio Silva, pelas informaes desse segmento, mas ele no foi encontrado para debater sobre o assunto. Enquanto isso, as cervejarias da cidade esto apreensivas sobre o possvel aumento.

    Um representante da cerve-

    jaria Fellice, Joo Fernandes, disse que ainda no est de -nido se o aumento de tributos ser repassado ao consumidor. Mas, conforme ele provvel que o preo do produto aumen-te a partir do momento que o reajuste comear a valer. Para ele, a medida impactar nas vendas. Acredito que in uen-ciar negativamente nas ven-das, ainda mais nesse momento complicado da economia do pas, aponta.

    EstratgicoA Companhia de Bebidas

    das Amricas (Ambev), cuja presena marcante no Polo Industrial de Manaus (PIM), informou por meio da as-sessoria de imprensa que o Amazonas considerado um mercado estratgico para a empresa. Presente no Esta-do desde 1938, a compa-nhia possui cinco fbricas na regio e um centro de distribuio direta. A lial Manaus concentra a produ-o de refrigerante e cerveja com capacidade de produzir trs milhes de hectolitros de bebida por ano, a rmar.

    Segundo a assessoria, com cinco linhas de produo, a unidade abastece os merca-dos do Amazonas, Roraima e parte do Par e do Acre. A Companhia emprega aproxi-madamente 1046 funcion-rios entre diretos e indiretos, o que representa, segundo estudo da Fundao Getlio Vargas (FGV), quase 55 mil empregos gerados na cadeia produtiva, visto que para cada um emprego criado na indstria de bebidas, outros 52 postos de trabalho so gerados na cadeia produtiva, que engloba desde o cultivo

    No segundo semestre do ano passado, a Associao Brasileira da Indstria da Cerveja (CervBrasil) lanou o primeiro anurio do se-tor cervejeiro. O balano trouxe dados inditos so-bre o segmento que gera 2,7 milhes de empregos na economia e responde por 2% do Produto Inter-no Bruto (PIB) brasileiro e tambm 15% da indstria de transformao.

    De acordo com o estudo, o setor um dos mais rele-vantes da economia brasi-leira, com investimento de R$ 17 bilhes entre 2010 e 2013. A arrecadao do segmento de bebidas au-

    mentou 104,5% em seis anos. Somente em 2013, segundo o Anurio, a apli-cao do setor cervejeiro foi de R$ 4,3 bilhes.

    Os investimentos mais que triplicaram nos ltimos cinco anos, passando de R$ 2,2 bilhes em 2009 para R$ 7,4 bilhes em 2013. Neste perodo, as empresas de bebidas frias investiram R$ 30,8 bilhes, informou a CervBrasil por meio da assessoria de imprensa.

    RankingEm 2013, conforme o le-

    vantamento foi produzido no Brasil 14 bilhes de litros de cerveja e gerados R$

    21 bilhes em impostos. O pas ocupou o terceiro lugar no ranking mundial de produo, atrs apenas de China e Estados Unidos, segundo dados do Barth Haas Group.

    Com relao ao consumo per capita, o mercado brasi-leiro ainda tem um enorme potencial de crescimento, segundo o Anurio. O pas est na 24 posio mundial, com consumo de 68 litros por pessoa, em 2012. O ranking liderado por Rep-blica Tcheca (149 litros per capita), ustria (108 litros) e Alemanha (106 litros), segundo levantamento da Kirin Beer University.

    Setor responde por 2% do PIB

    de cevada ao garom que serve os produtos em um estabelecimento comercial.

    Dados do Anurio do setor cervejeiro lanado no segun-do semestre do ano passado pela Associao Brasileira da Indstria da Cerveja (Cer-vBrasil), revelam que a regio Norte do Brasil conta com quatro fbricas e representa 2,7% no share na produo do mercado no pas. Porm, no h dados regionais.

    FATURAMENTOIndicadores da Sufra-ma apontam que de janeiro a novembro do ano passado o setor de bebidas do PIM faturou R$ 659,4 milhes, um crescimento de 21,57% se comparado a igual periodo de 2013

    A Associao Brasileira da Indstria da Cerveja (Cer-vBrasil), informou por meio da assessoria de imprensa que considera positivo para o setor de bebidas frias o modelo tributrio sancio-nado pela presidente Dilma Rouse , no ltimo dia 20 de janeiro, por meio da sano da Lei 13.097/14. Para a entidade, o novo modelo traz melhorias e avanos, j que implica em simpli -cao do sistema tributrio e, mais importante, garante previsibilidade dos neg-cios tanto para o governo quanto para o setor.

    Haver um impacto para o setor com aumento da arrecadao para o go-verno, mas que, em nome da previsibilidade do novo sistema tributrio, poder ser absorvido pelo merca-do. Diante desse quadro, o

    setor acredita na continui-dade do ciclo virtuoso de aumento de investimentos, gerao de empregos e do crescimento da arrecada-o suportado na expanso da indstria, frisa a Cerv-Brasil em comunicado.

    O novo modelo aumenta a carga tributaria em 10% este ano. Pela nova regu-lamentao, a cobrana de PIS/Pasep ser de 2,32% e a de Co ns, de 10,68%. O IPI ser de 6% para as cervejas e de 4% para as outras bebidas. As alquotas so xas e vo incidir sobre o preo do produto ao sair da fbrica. Assim, itens mais caros pagaro mais impos-to. Hoje, os tributos do setor so cobrados utilizando-se um clculo que leva em conta o volume, a embalagem e o preo do produto.

    At 2018, os percentuais

    sobre os quais incidem as alquotas subiro duas vezes por ano, em abril e outubro, at o limite de 53%. As al-quotas correspondem a 14% para PIS e Co ns de todas as bebidas frias, 10% para o IPI do refrigerante e 15% para o IPI da cerveja.

    De acordo com a porta-ria publicada no dia 1 de outubro, no Dirio O cial da Unio, os multiplica-dores das garrafas PET, que esto no teto de 53%, no mudaram. O percen-tual passou 37,19% para 37,99% para os refrigeran-tes em garrafas de vidro e de 31,8% para 32,56% para o refrigerante em lata. Em relao s cervejas, o multi-plicador passou de 37,14% para 37,89% (longneck), de 39,80% para 40,59% (cascos retornveis) e de 42,55% para 43,3% (lata).

    Mercado absorve modelo tributrio

    Incentivado pela ZFM, a Ambev produz 3 milhes de hectolitros de cerveja e refrigerante por ano

    Para cada emprego gerado numa fbrica de cerveja, ao menos 52 nascem na cadeia produtiva

    O setor de bebidas frias, o cervejeiro um dos que mais empregam no Brasil, de acordo com dados da CervBrasil. Atualmente, em torno de 2,7 milhes de postos de trabalho entre empregos diretos, indiretos e induzidos esto ligados a esse mercado.

    Dados da Fundao Getu-lio Vargas (FGV) revelam que para cada emprego gerado em uma fbrica de cerveja brasileira, pelo menos ou-tros 52 postos de trabalho diretos e indiretos so cria-dos na cadeia produtiva do setor cervejeiro.

    Conforme levantamento da CervBrasil, o nmero de postos de trabalho tem apresentado crescimento muito acima da mdia da indstria brasileira.

    De 2010 a 2014, o cresci-mento mdio do nmero de empregos formais somente nas fbricas de cerveja do Brasil, segundo dados do Ca-dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relao Anual de Infor-maes Sociais (Rais), foi de 5,4%, enquanto o ndice geral da indstria mostrou aumento de 2,1%.

    Somente em 2013, o em-

    prego nas cervejarias au-mentou 7,7% e o ndice da indstria geral foi de 1,1%.

    No geral, conforme dados do setor, atualmente, mais de 3,2 milhes de postos de trabalhos esto ligados ao segmento de bebidas frias, o que corresponde a empregar quase todos os habitantes da regio me-tropolitana de Salvador, na Bahia. Esse setor gera R$ 33,4 bilhes em impostos por ano, alm de contar com mais de 200 fbricas responsvel por 3% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

    Mais de 3,2 milhes de empregos

    Uma das cervejas mais consumidas pelo amazonense, a Itaipava tenta instalar fbrica no AM

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    De todas as bebi-das frias, a cerveja sentir o maior im-

    pacto, diz ReceitaSILANE SOUZA

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    COMBUSTVELDA ALEGRIA

    CERVEJA

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  • B6 Pas MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015

    Hidreltricas tero fevereiro em baixaSUDESTE

    So Paulo (Reuters) - O nvel dos reservatrios das hidreltri-cas do Sudeste do pas dever fechar fevereiro em cerca de 19,4%, segundo reviso, na lti-ma sexta-feira, de projees do Operador Nacional do Sistema Eltrico (ONS), que esperava na semana passada que o nvel dessas represas fechasse em cerca de 20,1% de armazena-mento. A regio Sudeste con-centra 70% dos reservatrios das hidreltricas do pas e a principal consumidora de ener-gia. As chuvas nessa rea tm cado muito abaixo da mdia desde o incio do perodo mido, em outubro/novembro do ano passado, e no h certeza de que melhorar at o m da poca que deveria ser chuvosa, que vai at abril.

    Houve reduo de 1 ponto per-centual na expectativa do ONS para as chuvas que devero chegar s represas do Sudes-

    te em fevereiro para gerao de energia, em relao ao que havia sido previsto no m de janeiro. As auncias devero ser de 51% da mdia histrica para o perodo, sem indicar re-verso do cenrio de seca que atinge essa e outras regies na poca em que os reservatrios deveriam encher.

    Atualmente, o nvel das repre-sas do Sudeste est a 16,58%, bem inferior ao registrado an-tes do racionamento de 2001, quando estavam acima dos 30%. J o consumo de carga de energia eltrica no sistema nacional deve cair em 2,2% em fevereiro, na comparao com mesmo ms de 2014, queda maior que a esperada inicialmente, em -0,7%. O go-verno federal j admitiu que estuda medidas de ecincia energtica com o objetivo de reduzir o consumo de energia. O baixo nvel das represas do

    pas leva diversas regies a fazerem racionamento de gua e, no setor eltrico, especia-listas dizem que o incentivo reduo ao consumo j deveria ter iniciado e que as probabi-lidades de haver necessidade de racionamento neste ano j ultrapassam 50%. O Comit de Monitoramento do Setor Eltri-co (CMSE) elevou, na semana passada, o risco de haver dcit de energia no Sudeste neste ano a um nvel acima do considerado tolervel no sistema, a 6,1%, considerando todas as trmicas em funcionamento. Diante do cenrio desfavorvel o Custo Marginal de Operao (CMO) do sistema eltrico, que o custo para produo de cada unida-de adicional de energia, subiu a R$ 2.158,57 por megawatt-hora (MWh) no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, para a prxima semana, ante R$ 1.916,92, na semana em vigor.

    Prosso de vigia pode ser regulamentada no SenadoProjeto do senador Jos Medeiros (PPS-MT). Objetivo amparar na lei seguranas autnomos, de condomnios e de ruas

    Braslia - Vigias de rua podero ter a pros-so regulamentada. O senador Jos Me-deiros (PPS-MT) apresentou na ltima tera-feira no retorno das atividades le-gislativas no Senado - pro-jeto que benecia cerca de 1,5 milho de prossionais que exercem, desarmados, a guarda de condomnios ou ruas e o patrulhamento, a p ou motorizado, de imveis residenciais ou comerciais (PLS 12/2015).

    Geralmente os vigias aut-nomos so pagos pelos pro-prietrios ou moradores da rea abrangida pela vigiln-cia. A inteno de Medeiros tirar da informalidade os vigias no vinculados a em-presas de segurana patrimo-nial, comercial ou bancria. Com o emprego formal, todos os vigias estaro abrangidos pela legislao trabalhista e previdenciria.

    De acordo com a propos-ta, eles precisaro ter mais de 18 anos, residncia fixa, cadastro e registro em rgo oficial de segurana pbli-ca, treinamento especfico em curso de habilitao em segurana privada, es-colaridade correspondente

    ao ensino fundamental e aptido fsica e psicolgi-ca atestada por instituio credenciada pelos rgos de segurana pblica.

    Outras exigncias sero: no ter antecedentes crimi-nais, estar em dia com as obrigaes militares e eleito-rais e no ser funcionrio de rgo de segurana pblica,

    a exemplo da polcia.Ao justicar sua proposta,

    Jos Medeiros disse que preciso organizar e valorizar essa classe de trabalhado-res to til e operosa, j que a procura por esse tipo de servio cresce cada vez mais, expresso do alto n-vel de insegurana vericado principalmente nos grandes centros urbanos. Autor do projeto, senador Jos Medeiros quer beneciar mais de 1,5 milho de prossionais que exercem desarmados a funo

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    PROJETOO projeto ter votao em carter terminativo na Comisso de As-suntos Sociais (CAS). Caso seja aprovado sem recurso para ser analisado no plenrio, seguir para a Cmara dos Deputados

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  • B7MANAUS, DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 Pas

    Braslia - O Brasil de-tm 12% de toda a gua doce do planeta e abriga grandes ba-cias hidrogrcas, como as dos rios So Francisco, Paran e Amazonas, a maior do mundo. No entanto, o grande volume hdrico est concentrado na Regio Norte, exatamente a menos habitada. Por sua vez, o semirido e o serto nordestino sempre estiveram associados aos cenrios trridos da seca que castigam a populao.

    Nos ltimos anos, porm, al-teraes no regime de chuva levaram as regies mais popu-losas do Brasil, sobretudo a Su-deste, a tambm conviver com o drama da seca. Em So Paulo, por exemplo, que enfrenta gra-ve problema de abastecimento no Sistema Cantareira, a chuva at que apareceu com fora no incio do ano, mas caiu longe dos reservatrios: desabou em cima da cidade impermeabiliza-da pelo asfalto e pelo concreto dos arranha-cus.

    Professor de engenharia civil e ambiental da Universidade de Braslia (UnB), Demtrius Chris-todis critica a atual gerncia dos sistemas de armazenamen-to de gua pela falta de planeja-mento de mdio e longo prazos. Esses projetos foram feitos h muitos anos e so baseados em mdias histricas de observa-es. Na fase que antecede o sinal amarelo, j deveriam ter feito estudos revisando essa situao, diz.

    O prprio governador de So Paulo, Geraldo Alckmin, admi-tiu que o Estado mais rico do pas convive com racionamen-to: Quando a ANA (Agncia Nacional de guas) determina que voc tem de reduzir de 33 para 17 metros cbicos por segundo a captao de gua no Cantareira, bvio que voc j est em restrio.

    Dados da ANA indicam que 55% dos municpios brasileiros podem sofrer decit de abaste-cimento em 2015. O alerta foi feito em audincia pblica reali-

    zada na Cmara dos Deputados no nal do ano passado.

    Diante da gravidade do qua-dro, o deputado federal Sar-ney Filho (PV-MA) quer que a Cmara mantenha um comi-t ou um grupo de trabalho permanentemente focado no acompanhamento das medi-das que procuram combater ou, pelo menos, amenizar os efeitos da crise.

    Tenho certeza de que essa uma discusso que vai se prolongar porque os resultados das mudanas climticas esto aparecendo cada vez mais. E isso vai ter repercusso aqui dentro do Congresso, comenta o parlamentar.

    O novo presidente da Cmara

    dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), j anunciou que o plenrio vai realizar, em breve, uma comisso geral para deba-ter as crises hdrica e energtica no pas.

    A busca de solues para a falta de gua tambm mobi-lizou algumas comisses da casa no ano passado. Entre as sugestes apresentadas por deputados e especialistas esto: a melhoria da gesto da gua; a conscientizao sobre o desperdcio; e o incen-tivo ao reorestamento.

    O professor do Departamento de Geograa da Universidade de So Paulo (USP) Luiz Antnio Venturi um dos defendem mais planejamento no uso dos recursos hdricos. A gua existe e deve ser ger