em tempo - 10 de fevereiro de 2013

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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. MÁX.: 34 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS O PAÍS DO CARNAVAL ANO XXV – N.º 7.910 – DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00 O JORNAL QUE VOCÊ LÊ O país só volta a tratar de “cousas sérias” quarta-feira, à tarde. Sexta-feira, São Paulo explodiu em alegria com as escolas do grupo especial. Ontem, poucas horas antes do desfile, as escola de Manaus enfrentaram a chuva. Não perca o baile da Segunda-Feira Gorda nos salões do Atlético Rio Negro Clube. Última Hora A2 e caderno Carnaval FOTOS: DIVULGAÇÃO O governador Omar Aziz (foto) de- clarou que a saúde pública no interior está sem atendimento básico e abriu um debate. Com a palavra A7 Por que falta médico no interior do AM POLÊMICA Petistas discutem a hegemonia do partido, em 10 anos de poder, e avaliam os resultados para o país. Política A5 As ‘proezas’ do PT em uma década de poder DATA O comércio de extintores está com estoque zero, depois que incêndio no Rio Grande do Sul mostrou que o país está despreparado. Economia B4 Tragédia faz crescer venda em até 400% EXTINTORES D O M I N G O Cientistas se debruçam so- bre os tipos de reação das pessoas diante de situações inesperadas. Saúde F 6 O medo e as reações do cérebro E AGORA? Nesta edição, caderno especial trata da realidade política vene- zuelana e do tráfico de escravos no Brasil. Ilustríssima 2 e 3 ENSAIOS PAULISTA Palmeiras entra hoje em campo pela primeira vez sem o centroavante Barcos (foto). Pódio E5 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO 15 anos na ponta dos pés O Corpo de Dança do Ama- zonas (foto ao lado) destaca o amadurecimento profissional da companhia nos seus 15 anos de existência. Para co- memorar, está programada a realização de duas tem- poradas de espetáculos e a continuidade nos trabalhos de uma nova montagem. A agen- da fecha em novembro, o mês do aniversário da companhia. Plateia D1 Venezuela mantém a fé em Chávez A deslumbrante Ellen Rocche, rainha de bateria da Rosas de Ouro (SP) Benedito e Socorro Lira nos anos dourados do Atlético Rio Negro Clube Abre-alas do G.R.E.S. Vitória Régia enfrentando a chuva antes do desfile DIVULGAÇÃO ITAMAR AGUIAR/AE

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. MÁX.: 34 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

O PAÍS DO CARNAVAL

ANO XXV – N.º 7.910 – DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

O país só volta a tratar de “cousas sérias” quarta-feira, à tarde. Sexta-feira, São Paulo explodiu em alegria com as escolas do grupo especial. Ontem, poucas horas antes do desfi le, as escola de Manaus enfrentaram a chuva. Não perca o baile da Segunda-Feira Gorda nos salões do Atlético Rio Negro Clube. Última Hora A2 e caderno Carnaval

FOTO

S: D

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ÃO

O governador Omar Aziz (foto) de-clarou que a saúde pública no interior está sem atendimento básico e abriu um debate. Com a palavra A7

Por que falta médico no interior do AM

POLÊMICA

Petistas discutem a hegemonia do partido, em 10 anos de poder, e avaliam os resultados para o país. Política A5

As ‘proezas’ do PT em umadécada de poder

DATA

O comércio de extintores está com estoque zero, depois que incêndio no Rio Grande do Sul mostrou que o país está despreparado. Economia B4

Tragédia faz crescer venda em até 400%

EXTINTORES

D O M I N G O

Cientistas se debruçam so-bre os tipos de reação das pessoas diante de situações inesperadas. Saúde F 6

O medo e as reaçõesdo cérebro

E AGORA?

Nesta edição, caderno especial trata da realidade política vene-zuelana e do tráfi co de escravos no Brasil. Ilustríssima 2 e 3

ENSAIOS

PAULISTA

Palmeiras entra hoje em campo pela primeira vez sem o centroavante Barcos (foto). Pódio E5

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AÇÃO

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AÇÃO

15 anosna pontados pés

O Corpo de Dança do Ama-zonas (foto ao lado) destaca o amadurecimento profi ssional da companhia nos seus 15 anos de existência. Para co-memorar, está programada a realização de duas tem-poradas de espetáculos e a continuidade nos trabalhos de uma nova montagem. A agen-da fecha em novembro, o mês do aniversário da companhia. Plateia D1

Venezuela mantém afé em Chávez

A deslumbrante Ellen Rocche, rainha de bateria da Rosas de Ouro (SP) Benedito e Socorro Lira nos anos dourados do Atlético Rio Negro Clube

Abre-alas do G.R.E.S. Vitória Régia enfrentando a chuva antes do desfi le

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AÇÃO

Palmeiras entra hoje em campo pela primeira vez sem primeira vez sem primeira vezo centroavante Barcos (foto). Pódio E5

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Page 2: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

A2 Opinião/Última Hora MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para as escolas do Segundo Grupo do Carnaval de Manaus, que apesar da chuva, da falta de público e dinheiro, não deixaram o nível cair, apresentando o verdadeiro Carnaval da resistência.

Segundo Grupo

APLAUSOS VAIAS

Mais procuradas As máscaras mais pro-

curadas no comércio são as do ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

JoaquinzãoO julgamento do mensalão

resultou na condenação de 25 dos 37 réus do processo que apurou a compra de parlamen-tares no primeiro mandato de Lula e colocou em evidência Joaquim Barbosa. É lógico que sua máscara será uma das mais usadas neste Carnaval.

Sai de Zé DirceuO presidente do Supremo,

apontado como algoz dos men-saleiros, inclusive, não raro tem a máscara dividindo espaço nas prateleiras com o ex-minis-tro José Dirceu (PT), condenado por seu suposto envolvimento no esquema.

AberturaO Paço Municipal deve ser

reaberto ao público no dia 27 deste mês.

Desta vez com toda a obra finalizada, sem infiltrações e com acabamento de pri-meira.

Debaixo d’água Depois do temporal de on-

tem, já tem neguinho propondo que o desfi le das escolas de samba de Manaus seja reali-zado em setembro, em pleno sol de verão.

São PedroTodo ano, o maior adver-

sários das escolas de samba é são Pedro, que abre a tor-neira e acaba com a alegoria das agremiações, fruto de seis meses de trabalho.

É carnavalO governo do Amazonas

decretou ponto facultativo nos órgãos da administra-ção estadual nos dias 11, 12 e até às 12h do dia 13 de fevereiro, em razão do período de Carnaval.

EssenciaisDurante o feriado, o Estado

mantém em funcionamento serviços essenciais na área da saúde e segurança pública.

Plantão na saúde A Secretaria de Estado

de Saúde (Susam) informa que durante o feriado de Carnaval todas as unidades de urgência e emergência da rede estadual de saúde funcionarão normalmente.

CiclofaixaManaus vai ganhar a primei-

ra ciclofaixa ofi cial.A previsão é para março.

Para isso a Prefeitura de Manaus vem trabalhando em conjunto com a participação da associação Pedala Ma-naus, que hoje reúne mais de mil ciclistas.

PedaleirosDesde o início do mês o

grupo dos pedais está colhen-do informações com os que usam bicicleta como meio de locomoção.

Os dados estão sendo cole-tados por meio de uma pes-quisa virtual e com formulários distribuídos em todas as ofi ci-nas de bikes da capital.

Minha bikeTrata-se de uma consul-

ta pública feita em todas as zonas, com foco em quem usa a bicicleta como meio de transporte, especialmente.

Teste antidrogasO ministro da Saúde, Ale-

xandre Padilha, não acredita que novos testes de detecção de drogas ilícitas, que estão sendo adotados pela Polícia Militar de São Paulo, tenham importância para a prevenção de acidentes de trânsito.

Cara a cara Para ele, “mais importante

que equipamentos é a blitz”. Quer dizer: mais polícia na rua, cara a cara com o infrator.

PolêmicaO teste de imunoensaio

detecta, por meio de anti-corpos presentes na saliva, se o motorista usou cocaína, maconha, anfetamina, heroí-na, entre outras drogas, antes de assumir o volante.

O resultado é obtido em cerca de dez minutos.

Fora do arA Receita Federal informou

que o seu site não estará dis-ponível para os contribuintes durante o Carnaval.

Haverá uma parada técnica, que afetará inclusive o envio de declarações.

Parada técnica Segundo a Receita, a

parada foi programada pela área de tecnologia para que fosse feita a manutenção elétrica, com a ativação de nova subestação no Serviço Federal de Processamen-to de Dados (Serpro) em Brasília.

FamintoMas isso não quer dizer que

o “Leão” esteja com menos apetite.

Aguarde a Quarta-Feira de Cinzas, depois do meio-dia.

Para os motoristas que acabaram de sair do Carnaval e estão visivelmente alterados pelo álcool, mas se recusam a fazer o teste do etilômetro.

Abuso ao volante

Personagens de escândalos políticos recentes vão “dar as caras” no Carnaval deste ano.Sabe como? Virando máscaras de Carnaval. É o caso do ex-presidente Lula, José Dirceu, José

Genoino e até do ministro Joaquim Barbosa, que entra no bloco como “herói”.Personagens envolvidos no julgamento do mensalão, na operação “Porto Seguro” e,

lógico, na vassourada da presidente Dilma Rousseff (PT) nos ministérios estão sendo “homenageados” com máscaras.

Vá de Zé Dirceu, Lula ou Joaquim

REPRODUÇÃOHUDSON FONSECA

O fi nal de semana promete ser de alegria, com os foliões nas ruas da cidade. PM garante segurança com 5 mil homens

Bandas carnavalescas tomam conta da capital

O clima de folia mar-cou o sábado em toda a cidade, em es-pecial pelas bandas

carnavalescas. Os idealizado-res e simpatizantes do proje-to “Jaraqui” comemoraram a festa na praça da Polícia, no Centro. “O Carnaval faz parte da cultura brasileira, temos uma diversidade cultural. O projeto ‘Jaraqui’ trabalha com a múltipla linguagem, com as artes, literatura e a linguagem política, pois a política tem sido uma arte, a arte de rou-bar”, explicou o professor de antropologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ademir Ramos.

Para Margarida Campos, que participa do grupo desde seu início, no fi m da década de

70, o projeto “Jaraqui” é uma proposta de tribuna política do povo. “É um espaço para o povo falar. Festejar o Carnaval é uma demonstração que o pro-jeto ‘Jaraqui’ está sintonizado com o povo”, salientou.

O projeto “Jaraqui” se reúne todos os sábados das 10h às 12h na praça da Polícia.

Banda do CajuzinhoEstá marcada para hoje, a

partir das 15h, a realização da banda do Cajuzinho. O bai-le infantil é comemorado há 3 anos, por iniciativa da mo-radora do bairro São Jorge, Dulcilene Lima, na rua Arthur Reis, próximo ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs). “Vamos começar com o desfile de bonecos e depois vamos ter música ao vivo e a escolha das melhores fan-tasias”, contou a fundadora da banda.

A expectativa da organiza-dora é de que até 100 crian-ças compareçam ao evento. Ela informou que a rua onde acontecerá folia será fechada para garantir a segurança dos brincantes. A entrada é gratui-ta e serão vendidas comidas e bebidas a preços populares.

SegurançaA Polícia Militar (PM) vai

destacar um efetivo de quase mil homens para fazer a se-gurança na área do Centro de Convenções (sambódromo). Hoje, ocorre o desfi le das escolas de samba do grupo especial, com início previsto para as 20h.

Conforme a Agência de Co-municação do Estado (Age-com), a PM terá aproxima-damente 5 mil policiais para garantir a tranquilidade do Carnaval em toda a cidade de Manaus.

DIEGO JANATÃ

Projeto “Jaraqui” botou o bloco na rua, ontem, para criticar a politicagem em todo o país

Drenagem de via termina em 50 dias

A intervenção viária no tre-cho em frente ao Shopping Ponta Negra Center, na ave-nida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, Zona Oeste, deve demorar mais 50 dias. A informação foi confirma-da, ontem, pelo subsecretá-rio de obras da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (Seminfh), Ales-sandro Cohen.

Segundo ele, o serviço de drenagem profunda no trecho visa implantar 600 metros de tubulação para resolver o problema de es-coamento de água, que tem se acumulado na avenida causando transtornos a ve-ículos e pedestres. Em 15 dias de andamento apenas 96 metros foram concluídos, faltando 500 metros para a entrega do serviço.

“O pouco tráfego em fun-ção do período carnavalesco será usado para intensificar o andamento dos serviços”, frisou o subsecretário.

Questionado sobre o prazo final das obras da segunda etapa de revitalização da praia da Ponta Negra, que está em andamento desde o ano passado, Alessandro Cohen não informou nada sobre o assunto.

PONTA NEGRA

O clima de tranquilida-de reinou no sambódromo do Anhembi, sem regis-tro de incidentes graves para a apresentação das sete agremiações neste sábado. A Acadêmicos do Tatuapé abriu a festa con-tando a história da sam-bista Beth Carvalho.

A Rosas de Ouro, como é de praxe, esbanjou luxo e brilho na avenida, mos-trando os festejos da folia nos cinco continentes. Ins-pirada na vida e na arte de Mario Lago, a Mancha Verde promoveu a diver-são nas arquibancadas que se assemelhavam às de um estádio de futebol pelas faixas verde e bran-co estendidas.

No limite do tempo re-gulamentar de 65 minu-

tos, a Vai-Vai teve de ace-lerar a passagem de suas últimas alas e do último carro. A X-9 Paulistana escolheu para enredo São Paulo como berço da di-versidade, uma cidade de 11 milhões de habitantes em que todos os povos convivem em harmonia.

No último dia do ano do dragão chinês, a Dragões da Real homenageou seu símbolo na estreia da es-cola no grupo especial do carnaval paulistano. Com chuva e o dia amanhecen-do, a Águia de Ouro entrou no sambódromo neste sábado homenageando o sambista carioca João Nogueira e fechou o pri-meiro dia de desfi les das escolas do grupo especial de São Paulo.

CARNAVAL SPDANIEL TEIXEIRA/AE

Os desfi les contaram com a presença de belas beldades

SARA MATOS E JULIANA GERALDOEquipe EM TEMPO

JULIANA GERALDOEspecial EM TEMPO

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Page 3: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 A3Opinião

Editorial

Quantas boates ou qualquer outro circuito fechado que aglomere gente serão precisos queimar no fogo para que a legislação tornem mais rígidos os proce-dimentos de segurança? Não só isso. As tragédias, de qualquer natureza, precisam sempre acontecer para que as autoridades acordem de um sono pro-fundo acalentado pelo “deitar eternamente em berço esplêndido”.

Esta semana, só para citar outros exemplos de tragédias, dois acidentes em menos de 24 horas en-volvendo conduções escolares deixaram uma criança de 5 anos morta e 12 estudantes feridos. Quase que imediatamente foi decretado o rigor nas fiscalizações e a caça às bruxas se soltou.

Em um dos acidentes, o que vitimou a criança, o motorista, um homem de 62 anos, admitiu que pro-blemas mecânicos provocaram a queda do veículo em um igarapé na Zona Norte da capital amazonense. E, se tão somente esse condutor tivesse submetido essa condução, caso houvesse uma exigência de vistoria, será que a tragédia poderia ser evitada? O pior é que neste país só se chora o leite derramado quando já não é possível se fazer nada.

Outra ilustração se refere às tragédias que se su-cedem nos morros cariocas. Nos primeiros pingos de chuva, recepcionados nos primeiros dias de janeiro, quem mora nos lugares serranos cariocas se prepara para o pior que pode, e deve, ser evitado. Mas quem quer evitar? Até o dinheiro desembolsado para acu-dir os desabrigados pelos deslizamentos anteriores foram desviados e a destinação jamais chegou ao endereço postado.

Voltando ao episódio tão exaustivamente comenta-do de Santa Teresa, o efeito devastador da tragédia reverberou por toda a nação verde-amarela e novos e velhos estoques de produtos destinados à segurança de ambientes se esgotaram em pouco tempo. A razão é óbvia: quando o inevitável bate à porta, e se essa estiver emperrada, salve-se quem puder! O contrário será a contabilidade de mortos e feridos.

[email protected]

[email protected]

Charge

Olho da [email protected]

Fala [email protected]

Certo dia parei nas pro-ximidades de uma praça recém-inaugurada na bi-furcação entre as avenidas André Araújo e Jornalista Umberto Calderaro e pas-mem: os velhos problemas se renovam mesmo depois da revitalização do local.

As mesmas caras, prota-gonizadas pelos mesmos vendedores ambulantes se proliferam no calçamento

pécie de blitz nos logradou-ros públicos tão infestado de camelôs que, não satisfeitos em emporcalhar o centro histórico de Manaus, se es-palham como vírus pelos quatro cantos da cidade?

Pedro Silveira,por e-mail

www.emtempo.com.br

Não adianta investir milhares de reais com o “embelezamento” ou “modernização” da cidade que receberá jogos da Copa de 2014 se não investir na educação do povo. Em vão será a proliferação de placas que se multiplicam e, quase como um apelo gritam “é proibido”. Educação não se compra, se adquire!

Só se chora a tragédia depois do leite derramado

A abertura de um grande centro comercial, um supermercado… sem-pre vem associada à promessa de criação de emprego, dinamização da economia local, preços acessíveis e, defi nitivamente, ao progresso. Mas será esta a realidade? A distribuição comercial massiva se sustenta em uma série de mitos que, geralmente, sua prática desmente.

A Associação Nacional de Grandes Empresas de Distribuição (Anged), o patronal da grande distribuição, que agrupa empresas como Alcampo, El Corte Inglês, Fnac, Carrefour, Ikea, Eroski, Leroy Merlin, entre outras, acaba de impor um novo e duro acordo a seus 230 mil empregados. A partir de agora, trabalhar no domingo equivalerá a trabalhar em um dia de semana, e aqueles que até o mo-mento estavam isentos por motivos familiares, também terão que fazê-lo. Desse modo, fi ca ainda mais difícil conciliar a vida pessoal/familiar com a profi ssional, em um setor onde a maioria dos trabalhadores é formada por mulheres. Além disso, aplica-se a regra de ouro do capital, trabalhar mais por menos: amplia-se a jornada de trabalha e diminui-se o salário. Da mesma forma, se as vendas caírem para abaixo do registrado em 2010, salários serão cortados em 5%. Cho-ver no molhado em um setor por si só já extremamente precário. A ANGED, por sua vez, considera que “o acordo refl ete o esforço de empresas e tra-balhadores para manter o emprego”. Mas que emprego?

E agora Caprabo, propriedade de Eroski, anuncia que quer demitir 400 trabalhadores, não aplicar o aumento salarial pactuado e cortar em 20% os salários de parte de seus funcionários. A culpada? A “previsível” queda nas vendas e a crise. No ano passado, curiosamente, a empresa anunciou que em 2011 seus lucros haviam aumentado 12%. A santa crise “res-gata” de novo a empresa.

Nesse contexto, supermercados e criação de emprego parecem muito mais um paradoxo. São vários os es-tudos que observam como a abertu-ra destes estabelecimentos implica, consequentemente, o fechamento de lojas e comércio locais e, portanto, a perda de postos de trabalho. Assim, desde os anos 80, e na medida em que a distribuição moderna se conso-lidava, o comércio tradicional sofria uma erosão constante e incontrolável chegando a ser hoje em dia quase residual. Se em 1998 existiam 95 mil lojas, em 2004 este número foi reduzido a 25 mil, segundo dados do Ministério da Agricultura, Alimenta-ção e Meio Ambiente.

E se o pequeno comércio diminui, o mesmo ocorre com a renda da co-munidade, já que a compra em uma loja de bairro repercute em maior medida na economia local do que a compra em uma grande rede vare-jista. Segundo um estudo de Friends of the Earth (2005), na Grã Bretanha, 50% dos lucros do comércio em pe-quena escala retorna ao município, normalmente por meio da compra de produtos locais, salários dos traba-lhadores e dinheiro gasto em outros negócios, enquanto que empresas da grande distribuição reinvestem apenas insignifi cantes 5%.

Ademais, devemos nos perguntar que tipo de emprego os supermer-cados, redes de desconto e hiper-mercados fomentam. A resposta é fácil: jornadas de trabalho fl exíveis, contratos a tempo parcial, salários baixos e tarefas rotineiras e repe-titivas. E o que acontece se alguém decide se organizar em um sindicato e lutar por seus direitos? Se o contrato de trabalho for precário, é melhor ir se despedindo do seu trabalho. Este é o paradigma de desenvolvimento que promovem os supermercados, de onde a grande maioria de nós sai perdendo enquanto uns poucos sempre ganham.

Esther [email protected]

Esther VivasMembro da Esquer-da Anticapitalista e

da UPF

E se o pequeno comércio diminui, o mesmo ocorre com a renda da comunida-de, já que a compra em uma loja de bairro repercute em maior medida na economia local do que a compra em uma grande rede varejista.

O custo oculto dos supermercados

que ainda está com cheiro de tinta. As árvores do local (que pena) servem de cabi-deiro para a disposição das sacolas contendo os produ-tos que são vendidos ali no meio da rua.

Junto a esse cenário caó-tico e desolador é possível ver crianças e adolescentes (inclusive meninas) se mistu-rarem a marmanjões despu-dorados que sequer respei-

tam a individualidade.Cadê os órgãos que cui-

dam e defendem os direitos da criança e do adolescente? Onde estão as secretarias muncipais que não fi scali-zam a venda indiscriminada de produtos sem a observa-ção quanto a qualidade e prazos de validade?

Não se pode, minha gente, só reagir quando o pior já aconteceu. Que tal uma es-

DIEGO JANATÃ

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Page 4: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

PainelVERA MAGALHÃES

Em gestação, o novo partido de Marina Silva recorrerá a agressiva estratégia de mobilização virtual para arregimentar as 500 mil assinaturas necessárias ao reconhecimento da sigla pela Justiça Eleitoral até outubro. Grupo da ex-ministra que coordena a coleta de adesões desenvolve página na internet cujo destaque é a área na qual simpatizantes poderão baixar as fi chas de apoio, imprimi-las e copiá-las. Os sonháticos serão instados a remetê-las a endereços divulgados no site.

Biodiversidade A despei-to das regras que Marina pretende estabelecer para fi -liações, como a identifi cação com as propostas de susten-tabilidade da nascitura sigla, o processo de coleta de ade-sões será irrestrito. Qualquer cidadão poderá subscrever o pedido de criação da sigla.

Pente-fi no Quatro espe-cialistas em direito eleito-ral estudam, em Brasília, as regras para validação de assinaturas. Isso porque o TSE tem se mostrado rigo-roso ao legitimar nome e identificação de eleitores que subscrevem a fundaçãode legendas.

Trending topics Um dos nomes debatidos pelos marineiros para identifi-car o novo partido é uma hashtag: “#rede”. A ideia é que a expressão sirva como convocação de adeptos via Twitter e Facebook a partir de sábado.

Está escrito A possível candidatura de Michel Te-mer ao governo paulista, colocada à mesa por Lula, é vista com ceticismo pelo PMDB-SP. Em deliberação de dezembro passado, os pe-emedebistas referendaram como prioridade do vice-presidente sua manutenção na chapa reeleitoral de Dilma Rousseff.

Pirâmide O PT produzirá diagnóstico atualizado dos estratos sociais para emba-sar a revisão programática que norteará congresso em 2014. O objetivo é calibrar o discurso eleitoral aos anseios da “nova classe C”. Ex-Ipea, Márcio Pochmann coordena o estudo, cujo lema é “o povo como protagonista”.

Selo Após editar portaria vetando a vinculação do “Mi-nha Casa, Minha Vida” a pro-

gramas estaduais, o governo federal estuda agora norma-tizar eventos de lançamento de unidades habitacionais.

Como assim? Auxiliares da presidente Dilma Rousseff relatam que, a despeito do investimento federal, gover-nadores enviam convites à Es-planada como se o programa fosse patrocinado com recur-sos dos próprios Estados.

Copyright O governo pre-para também novas campa-nhas publicitárias para pro-mover o “Minha Casa, Minha Vida”, de olho na vitrine elei-toral para o ano que vem.

Novas... Renan Calheiros (PMDB-AL) nomeou para a chefi a de gabinete da Pre-sidência do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, advogado-geral da casa na época do escândalo dos atos secretos, em 2009, e consul-tor legislativo quando o atual presidente enfrentou proces-so no Conselho de Ética.

...alianças Bandeira de Mello, que havia sido nome-ado para a Advocacia-Geral por Garibaldi Alves (PMDB-RN) para fazer cumprir na casa a súmula antinepotismo do STF, atuava agora como chefe de gabinete do hoje ministro da Previdência.

Santo de casa O Centro de Convenções Ulysses Gui-marães, local onde ocorreu o encontro de Dilma com pre-feitos na semana passada, não tem alvará de licença de funcionamento. No evento, a presidente chegou a pedir um minuto de silêncio pela tragé-dia de Santa Maria (RS).

Outro lado A assessoria do centro confi rmou que faltam seis itens dos 100 pedidos pelo Corpo de Bombeiros, to-dos “relativos aos corrimãos e suas espessuras”.

Tiroteio

É oportunismo fazer discurso de oposição perante a opinião pública tendo cargos e ocupando ministério no governo Dilma.

Contraponto

Assim que assumiu a liderança do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF) se reuniu nesta semana com o presidente do partido, Eduardo Campos, em Brasília. Após discutirem os trabalhos no Congresso, o senador foi convidado pelo governador de Pernambuco para participar da tradicional festa do Galo da Madrugada, em Recife. Rollemberg agradeceu dizendo que tinha outros compromissos na capital federal. E emendou, brincando: – Vou ficar para representá-lo na filial daqui, o Galinho de Brasília!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG), para quem o governador Eduardo Campos (PSB-PE) teve pos-tura “ambígua” na eleição das mesas do Congresso.

Um sonho a mais

Folia sem fronteiras

Frases

O assunto poderá ser levantado, na medida em que ele foi objeto de uma manifestação do Con-gresso brasileiro e entre nações amigas não exis-

tem constrangimentos

Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patrio-ta, desmentindo mal-estar entre Brasil e Venezuela após participação de um embaixador venezuelano em protesto contra o STF pela condenação dos acusados do mensalão.

A Justiça tomou uma decisão sem as informações cor-retas. Tudo está dentro da lei. A prefeitura patrocina e apoia vários eventos. O Carnaval da cidade precisava ser resgatado, e os bailes fazem parte dele. Tenho cer-teza de que o Poder Judiciário vai rever essa decisão

Prefeito do Rio, Eduardo Paes, saindo em defesa do presidente da Riotur, Antonio Pedro Viegas Figueiro, acusado

de usar verbas públicas no Carnaval de 2011.

As novas ge-rações estão marcadas pela internet, Facebo ock, Twitter, etc.. A coisa entrou tanto no gosto e nos hábitos que até os mínimos atos apa-recem nas redes sociais, em escanda-losa perda de privacida-de.

Dom Luiz Soares Vieira

Não faz tempo, um amigo, a esposa e o fi lho com namorada resolveram dar umas voltas pela Ponta Negra. O panorama ofe-recido pelo rio Negro, as calçadas em bom estado e o clima agradável da tardinha eram o que de melhor se podia esperar para passar bons momentos em família. Ao fi nal do passeio, o pai observou ao fi lho que em nenhum instante o tinha visto conversar com a namorada. O rapaz respondeu: “Pai, o senhor não viu que nós dois trocávamos mensagens pelo celular durante toda a caminhada?” Parece estranho esse tipo de relacionamento. Um ao lado do outro com todas as possibilidades de encontro real e de conversa direta, e os dois preferiam contatos virtuais e conversa à distância. As novas gerações estão marcadas pela internet, Faceboock, Twitter, etc.. A coisa entrou tanto no gosto e nos hábitos que até os mínimos atos aparecem nas redes sociais, em escandalosa perda de privaci-dade. O celular, os Galaxy, os IPad, os Ipod, os tabletes, os computadores tornaram-se necessidades sem os quais parece impos-sível viver. Para adultos de gerações mais antigas, formados na leitura de livros e na escrita à mão ou na máquina de datilogra-fi a, é complicado compreender o jovem do século 21. O mundo mudou e os jovens são frutos desse mundo que mudou.

Há duas semanas, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, um incêndio em boate matou mais de 230 jovens. Foi um choque para todo o Brasil! Aqueles jovens começavam a viver, a acalentar sonhos; alguns se for-mavam na universidade, outros estavam casados há pouco, e de repente morreram. O que aconteceu em terras gaúchas refl ete a terrível sorte de número cada vez maior de jovens brasileiros. A morte violenta causada por crimes e por desastres de trânsito ou de outra origem já equivale a qualquer dessas guerras atuais ou até as supera. As mais numerosas vítimas são os jovens, que, pela audácia da ida-de, se expõem sem medo. A Pastoral da Juventude lançou não faz tempo uma campanha contra a matança de jovens. Também é verdade que o maior número de criminosos se constitui de jovens. É a faixa da população mais vulnerável às drogas, ao álcool, à prostituição e às misérias sociais e morais. Para vender, o consumismo cria necessidades muitas vezes vazias em cima da juventude e usa dela para fazer propaganda. Precisamos estar próximos dos jovens.

Impressiona o entusiasmo de milhares de jovens de nossa Arquidiocese que se preparam para participar da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Rio de Janeiro em julho deste ano. Bus-cam meios para comprar as passagens e pagar os gastos de viagem, enquanto se reúnem em preparação espiritual para o acontecimento. Nossos jovens são fortes e a palavra de Deus permanece neles ( 1 Jo 2,15). Precisamos compreender e apoiar a juventude de nossos tempos, que apresenta aspectos contraditórios mas que merece confiança. A Campanha da Fraternidade, que começa no dia 13 de fevereiro, pretende alertar-nos sobre isso.

As aventuras de ser jovem e as conversas virtuais

Não se trata de impli-cância nem de xeretice, mas pe-las nossas posições geográfi cas, minha e dela (a pon-te Rio Ne-gro), tornou-se inevitável que eu me tenha tor-nado numa espécie de fi scal da grande obra.

Da minha sala de trabalho, pelo janelão que se abre à minha frente, queira eu ou não, se impõe ao meu olhar a imponente ponte que atravessa o rio Negro e, de-pendendo da posição de cada um, leva a Iranduba ou, de lá, traz até Manaus. De uma coisa não se pode duvidar: a bicha impressiona e se destaca na paisagem, principalmente à noite, quando se ilumina e troca de cor a todo o momento.

Não se trata de implicância nem de xeretice, mas pelas nossas posições geo-gráfi cas, minha e dela, tornou-se inevitável que eu me tenha tornado numa espécie de fi scal da grande obra.

Dos fins de semana não posso falar, mas, só para ilustrar, na tarde da última segunda-feira consegui contar seis veí-culos atravessando, daqui pra lá e de lá pra cá. Mesmo admitindo que deva ter perdido alguns, temos de convir que, para uma obra que custou mais de 1 bilhão de reais, a relação custo/benefício ébem desfavorável.

Tomei esta última segunda-feira aleato-riamente, mas, em qualquer dia de qual-quer semana, a média não é diferente.

Como o elefante está posto e disponível, aconteceu que o atual governador, Omar Aziz, que só recebeu a conta para pagar, mas não foi o autor da ideia, resolveu apro-veitar a maior disponibilidade de terras e pretende lá edifi car o campus da UEA. Muito bem! Mas, a rigor, deverá agregar o custo da ponte ao custo da obra, pois que, até agora, sua existência só se jus-tifi cará por aquela, se não considerarmos sua serventia para aqueles que transpõem o rio para apreciar a paisagem ou para comer um jaraqui frito em Iranduba.

A ocorrência, contudo, tem antece-dentes. Nesta linha, foi deliberada a destruição do estádio Vivaldo Lima, mesmo sabendo-se que era um projeto arquitetônico premiado, do reconhecido Severiano Porto, inteligente porque mais escavou do que edificou e que em toda a sua história jamais teve sua lotação esgotada. No seu lugar ergue-se uma “Arena” de alto custo, a pretexto de uma Copa do Mundo que aqui realizará quatro, e só quatro, jogos de futebol. Depois, quem sabe, será disponibilizada para a final do campeonato amazonen-se, disputada talvez entre o Eirunepée o Compensão.

Nada tenho contra as pontes que, para mim, são sempre símbolos de união e aproximação entre os homens. E dos jogos de futebol, como quase todo o mundo, também gosto, principalmente na TV e, como outros esportes que en-volvem habilidade e inteligência, penso que devam ser apoiados, para que não prosperem as excrescências tipo MMA.

O problema é que não podemos dar passos que excedam o comprimento das nossas pernas e muito menos perder o senso de realidade. Somos uma sociedade pobre, ainda carente da satisfação de muitas das nossas exigências vitais.

Não vamos construir um salão de baile em nossa casa, se ainda não temos uma cozinha e um banheiro que satisfaçam às necessidades básicas a que se ligam.

O porquê das coisas é do interesse de todos nós

João Bosco Araújo

Diretor executivo do Amazonas EM

TEMPO

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

gresso brasileiro e entre nações amigas não exis-

inistro das Relações Exteriores, Antonio Patrio-

contra o STF pela condenação dos acusados do mensalão.

Justiça tomou uma decisão sem as informações cor-retas. Tudo está dentro da lei. A prefeitura patrocina e apoia vários eventos. O Carnaval da cidade precisava ser resgatado, e os bailes fazem parte dele. Tenho cer-

presidente da Riotur, Antonio Pedro Viegas Figueiro, acusado

Grupo de internautas, que lidera uma mobilização na

internet pelo impeachment do presidente do Senado, Renan

Calheiros, envolto em denúncias.

Se 1.360.000 se jun-tarem a nós, podere-mos causar um rebu-liço na mídia, desafi ar

as restrições desta iniciativa popular e

exigir a revogação do presidente do Senado, Renan Calheiros. Va-mos usar o poder do

povo agora para exigir um Senado limpo

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 A5Política

Uma década no poderA ascensão do sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, em 1º de janeiro de 2003, trouxe um novo capítulo à história política do Brasil. Dez anos depois, o partido já elegeu dois presidentes em três mandatos diretos

No dia 1° de janeiro de 2003 o Partido dos Trabalhadores (PT) tomava posse

da Presidência da Repúbli-ca pela primeira vez na sua história. Entre aprovações e desaprovações, escândalos e glórias, já são 10 anos go-vernando o Brasil. O partido chegou ao Palácio do Planalto na pessoa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disputou o cargo por quatro vezes até conseguir chegar ao mandato e, prossegue, hoje, no comando, com a presiden-te Dilma Rousseff.

Lideranças nacionais e re-gionais da base do partido e simpatizantes consultados pelo EM TEMPO remetem ao ex-presidente Lula como o responsável por um início de uma mudança nacional no país, inclusive é nome do ex-sindicalista que vem à cabeça até os dias de hoje quando se fala em “PT”. Além de que, afirmam, com a chegada do partido ao poder, o país ficou mais seguro diante do cenário de crise internacional.

De acordo com o presiden-te nacional do PT, Rui Falcão, a permanência da legenda se deve a alta aprovação popular, tanto na pessoa de Lula quanto da presidente Dilma Rousseff. “A aprovação dos governantes do partido é confirmada por todos os institutos de pesquisa de opinião. Nossos governan-tes trouxeram grandes con-quistas para o Brasil, como a erradicação da miséria, a inclusão dos mais pobres nas universidades, o aumento real da renda do trabalhador mais pobre”, assinalou.

A questão econômica e a distribuição de renda são as

bandeiras levantadas por to-dos os defensores do partido. Rui Falcão lembra a situação em que o Brasil se encontrava antes do PT assumir o governo e implantar políticas voltadas para a emancipação econô-mica. “Nosso país tem hoje uma espécie de soberania, pois anteriormente ele vivia de joelhos para o FMI. Além disso, hoje vivemos quase o pleno emprego, com taxas inferiores a 6% de desem-prego, enquanto países ricos têm índices superiores a 20%”, destaca o petista.

Falcão destacou ainda a credibilidade do partido. “Na nossa gestão houve cresci-mento na transparência da administração e aumento de protagonismo popular por conta das mudanças que o partido promoveu”, frisou.

Conquistas também afirma-das pelo ex-senador amazo-nense João Pedro, presidente regional do PT. Segundo ele, o que merece mais destaque nestes 10 anos de governo do partido é a política econômi-ca de governo, destacando-a como um processo político de inclusão do povo brasileiro e também a possibilidade de pessoas de todas as regiões do Brasil serem tratadas de igual forma. “É uma política de inclusão, nós fizemos justiça social apesar das crises, a internacional no ano de 2009 e a que estamos vivendo agora. O partido inclui as pessoas de Norte a Sul, inovou, pois não exclui ninguém, trata-mos de políticas universais alcançando todas as regiões, distribuímos a renda e revi-goramos a economia interna do país”, enfatizou.

Para João Pedro, o PT é um partido soberano e solidário. “Sempre tratamos negros, brancos, índios, pobres, jo-vens, velhos de forma igual,

com uma política consisten-te”, sublinhou. Ele acrescen-tou que, desde 2000, o país é membro do Brics (grupo formado por cinco países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), por conta do crescimento econômico nacional.

CriteriososMas o modelo de governar

um país baseado em políticas públicas voltadas para a eco-nomia, distribuição de renda e inclusão de pessoas é con-

testado por vários adversá-rios políticos e até sociólogos. Para o presidente regional do PDT, Stones Machado, o PT - durante esta década fez, sim, um papel importante para a sociedade brasileira - mas deixando a desejar em fatores cruciais para o desen-volvimento de qualquer país. “Com a distribuição de renda, o governo chega aos grotões da sociedade, na dignidade para as pessoas. Mas ques-tões como luz, água e outras oportunidades, não podem ser mensuradas, pois são neces-sidades”, assinalou.

Stones destaca a falta de investimentos em infraestru-tura como um fator que faz com que o Brasil não tenha um desenvolvimento o qual é capaz de alcançar. “O PT não prestou esse papel impor-

tante à sociedade brasileira, houve sim, progressos, mas temos o problema de infra-estrutura e o sucateamento da indústria brasileira, que foi imbuída pelos chineses, coreanos e outros”, disse.

Segundo o dirigente, sem infraestrutura, nenhuma pátria pode se desenvolver, haja vista que o país tem rodovias, estradas e aero-portos sucateados. Na sua visão, o PT não deve mais a sociedade “bolsas famílias, escolas, leite” e sim uma proposta para alavancar o desenvolvimento em geral. “A redução e controle da in-flação foram importantes, mas o não desenvolvimen-to de indústrias modernas dificulta a produção do se-tor de agricultura, primário, que são setores importantes para o Estado do Amazonas”, declarou. Ainda em sua opi-nião, as indústrias brasileiras perdem muito, já que o Brasil não é um país competitivo, por conta dos impostos brasileiros que são altos.

Para o sociólogo Marcelo Se-ráfico, o PT só chegou ao poder quando abriu mão de alguns compromissos históricos. Na sua avaliação, hoje a legenda levanta bandeiras que não são suas, mas de outras legendas. E, por conta dessas controvérsias, disse, isso acaba prejudicando a legenda, mesmo com a implan-tação de medidas de medidas populares de cunho social como o “Bolsa Família”, “Minha Casa, Minha Vida”, créditos consig-nados e o aumento anual do salário mínimo, que trazem benefícios à população.

Marcelo Seráfico explicou que o partido se opõe àqui-lo que antes era contrário. “Os que apostaram numa mudança radical acabaram vendo um PT que não co-nheciam”, apontou.

SARA MATOSEespecial para o EM TEMPO

FESTIVIDADESPara comemorar os 10 anos do partido no poder, o diretório nacional vai realizar uma solenidade no dia 20, em São Paulo, com toda a diretoria, mem-bros, filiados e aliados do PT

Um dos principais críticos e opositores das duas ges-tões do ex-presidente Lula, quando era senador da Re-pública, o prefeito de Ma-naus, Arthur Neto (PSDB), ao ser questionado sobre os 10 anos do PT no poder adotou um discurso mode-rado. Para ele, esta década tem prós e contras.

Ele destacou que o parti-do deu continuidade à polí-tica econômica do governo anterior, o do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, do qual é aliado. Mas, criticou a falta de cres-cimento na infraestrutura do país e também a ausên-cia de reformas em setores-chaves. “Sem reformas, a gente não vai fazer o país crescer de maneira susten-

tável”, disse Arthur.Apesar disso, ele des-

tacou que a presidente Dilma tem adotado um tratamento muito mais afável no plano político com adversários do que seu antecessor, Lula. “Haja vista o tratamento que eu recebo dela, absolutamen-te correto”, ressaltou.

“O importante é que o PT tenha legitimidade para governar, porque ganha-ram a eleição, assim como eu ganhei a eleição. Então, temos que nos dar bem, nos tratar bem e colocar os problemas do povo aci-ma dessas questões parti-dárias, que não têm muito valor. Para mim elas não tem nenhum valor hoje em dia”, finalizou.

‘Prós e contras’, diz Arthur

Momento de transmissão de posse entre FHC (à dir.) e Lula

VICTOR SOARES/ABR

MARCELO CASAL JR

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

PR diz a Dilma que veta Blairo Maggi no ministério

O senador Alfredo Nasci-mento (AM), presidente do Partido da República (PR), vetou o senador Blairo Maggi (MT) para assumir ministé-rio no governo Dilma. Em conversa com a presidente, quinta, ele afi rmou que ele pode até ser o escolhido, mas não representará o PR. O partido não perdoa Blairo após ele haver declarado que não admite ser comandado por Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão.

Saia justaPara piorar, Blairo fez

consulta à Justiça Eleitoral em busca de carta branca para deixar o PR sem o risco de perder o mandato no Senado.

PR não perdoaBlairo quis saber do TSE se

a condenação do mensaleiro Valdemar seria uma “justa causa” para ele deixar o PR e manter o mandato.

Não dá a mínimaO senador Magno Malta

(PR-ES) não esconde a re-jeição a Blairo Maggi: “Ele nos trata igual a um saco de soja”.

NegociaçõesEm busca de apoio para

2014, Dilma combinou nova conversa com o PR após o Crnaval. Ela quer concluir a minirreforma até março.

Chefe da festa da Copa acusado de sonegação

É muita falta de sorte do Brasil: fundador do Cirque du Soleil, o italiano Franco Dra-gone é investigado na Bélgica por suposta fraude fi scal da holding Franco Dragone En-tertainment Group, que or-ganizará a festa de abertura da Copa em São Paulo e do encerramento no Maracanã,

no Rio. Não paga impostos desde 2001, lavando dinheiro em paraísos fi scais. Dragone processa o jornal belga Le Vif pelas denúncias.

‘Confi ante’Dragone, organizador da

festa da Eurocopa 2000, con-fi rmou ser alvo de inquérito, mas se diz “confi ante” no es-clarecimento das denúncias.

Refúgio do DEMO prefeito ACM Neto con-

vidou os deputados do DEM a passar este domingão de carnaval no camarote da pre-feitura, em Salvador.

De plantãoO presidente do PMDB,

Valdir Raupp (RO), fi cou em Brasília, no carnaval, para or-ganizar a convenção nacional do partido, em março.

Mensagem a GarciaDilma não visitou Marco

Aurélio Garcia no Incor-DF, só telefonou. Ela nunca esque-ceu o mico diplomático que amargou, quando Top-Top não a posicionou claramente do que havia acontecido no Paraguai, com o inexistente “golpe” contra o ex-bispo ta-rado Fernando Lugo.

Cantos do exílioAumentou a distância entre

os gabinetes de Dilma e o do vice Michel Temer, segundo muy amigos dele. A chefona não tem perguntado nem pelo livro de poesias de Te-mer, aliás, muito elogiado.

Bom exemploO deputado Ruy Carneiro

(PSDB-PB) quer reunir os 53 deputados que abriram mão do 14º e do 15º salário para pressionar a votação do fi m da moleza. Dois deputados do DF estão entre os primeiros a dispensar a remuneração maldita: Luiz Pitiman (PMDB) e Antonio Reguff e (PDT).

Novos temposPresidente do PPS, Ro-

berto Freire (SP) diz estar esperançoso sobre o novo presidente da Câmara, Hen-rique Alves (PMDB-RN): “Na gestão do PT, viramos cor-reio de transmissão dos in-teresses do governo”.

Ameaça diretaDeputados do Maranhão

estão em pé de guerra com o secretariado de Roseana Sarney (PMDB). A bancada acusa cinco secretários de ajudar prefeitos em troca de apoio para a Câmara dos Deputados em 2014.

Cherchez l’hommeÉ cercada de mistérios

na Venezuela a carreira do embaixador Maximilien Sánchez, que tripudiou so-bre a lei brasileira apoian-do em público os melian-tes do mensalão. Militante trotskista, teria nascido em subúrbio de Paris e obtido nacionalidade em tempo recorde.

Perigo constanteServidores das duas torres

do Congresso estão preocu-pados: não há escadas ex-ternas e nada pode ser feito, porque o prédio é tombado. Os bombeiros nem encosta-riam no prédio, por causa do espelho d’água.

Jânio na USPA Universidade de São

Paulo abrigará, após o Car-naval, o precioso e imenso acervo de Jânio Quadros, entregue à secretaria de Cultura de Minas pela fa-mília do ex-ministro José Aparecido de Oliveira.

Nome é destinoChama-se Ivo Lodo o ges-

tor do banco BVA, que será liquidado pelo Banco Central, após fraude na captação de recursos de fundos estatais.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Entre nações amigas não existe constran-gimentos”

CHANCELER ANTONIO PATRIOTA sobre o embaixa-dor venezuelano em ato contra o STF

PODER SEM PUDOR

O animal e o periscópioA polícia política de Felinto Muller, na dita-

dura Vargas, prendeu um suspeito de militar no Partido Comunista. Levado aos porões do Dops, foi submetido a uma medonha sessão de tortura por um delegado. Horas depois, chegou Luís Glayssman, do serviço secreto:

- Não adianta resistir: diga onde está o mi-meógrafo.

- Ah, o mimeógrafo? Está enterrado lá no fundo do quintal...

- Por que não falou antes? – gritou Glayssman.- É que esse animal passou o tempo todo onde estava o “periscópio”!

AGU pede análise dos vetosPara o ministro da Advo-

cacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, é impres-cindível que o Congresso Nacional aprecie os vetos presidenciais que afetam o Orçamento de 2013 antes de sua votação. Segundo ele, a derrubada dos vetos pode demandar do governo gastos bilionários.

Ele citou um veto de 2006 que, se revogado, exigirá dos cofres públicos o de-sembolso de R$ 90 bilhões. Atualmente, 3 mil vetos es-

peram análise. Em dezembro, o minis-

tro Luis Fux, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar, pedida pelo deputa-do federal Alessandro Mo-lon (PT-RJ), suspendendo a urgência decretada pelo Congresso, que pretendia adiantar a votação do veto da presidente Dilma Rous-seff à retroatividade da nova lei de distribuição de royalties do petróleo.

Segundo o ministro Luís Fux, a lei prevê que os vetos

sejam votados por ordem cronológica. “O primeiro veto recebido e não apre-ciado tempestivamente so-brestou a deliberação de todos aqueles que o sucede-ram, os quais, portanto, se encontram insuscetíveis de serem decididos antes que os anteriores o sejam”, afi r-mou o ministro na liminar.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams declarou que tal decisão cria “uma situação de enorme insegurança jurídica”.

ORÇAMENTO

RENATO ARAÚJO/ABR

Novo líder do PR na Câmara, o deputado Anthony Garotinho (RJ) é investigado em oito processos

Anthony Garotinho aparece em primeiro lugar, entre as novas lideranças de siglas, que respondem a ações no STF

Líder do PR na Câmara é o que mais tem processos

Das 29 investigações em andamento no Supremo Tribunal Fe-deral (STF) contra os

novos líderes na Câmara, oito envolvem o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). O ex-gover-nador do Rio de Janeiro e atual líder do PR é réu em uma ação penal e investigado em outros sete inquéritos. As demais 21 investigações correm contra cinco líderes na casa.

Na Câmara desde 2011, Garotinho foi escolhido em janeiro para liderar a ban-cada do PR. De perfi l mais independente do que o resto dos seus colegas de partido, causou diversas dores de ca-beça ao Palácio do Planalto,

no ano passado, ao obstruir as sessões de votação de cré-dito em plenário às quintas-feiras. Também mobilizou a bancada evangélica para pressionar o Executivo a de-sistir de distribuir o “kit anti-homofobia”. Conseguiu.

No entanto, sua carreira po-lítica também é marcada por disputas judiciais. Garotinho chegou a perder os direitos políticos por uso indevido dos meios de comunicação em decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A decisão mais tar-de foi revertida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o livrou dos efeitos da Lei da Ficha Limpa.

Com a prerrogativa de foro, as investigações a que respon-dia passaram ao Supremo após sua eleição como deputado. A principal é uma ação penal por corrupção passiva, formação de quadrilha, crimes de lava-gem ou ocultação de bens. O caso tramita na corte desde setembro de 2011 e é relatado pela ministra Cármen Lúcia. Nos inquéritos, três são por calúnia ou difamação, três por crimes eleitorais e um por peculato.

Outros líderes partidários da Câmara investigados no Su-premo são: Jânio Natal (PRP-BA); Eduardo Cunha (PMDB-RJ); André Moura (PSC-SE); Arthur Lira (PP-AL) e Nilson Leitão (PSDB-MT).

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 A7Política

Qualquer médico com o mínimo de entendi-mento do papel dele na sociedade vai se indig-nar com as condições de trabalho que enfrentará nessas loca-lidades”

O que nos chama a atenção é a qualidade desses pro-fissionais. Tememos que apenas os péssimos profissionais, que não se deram bem em seus pa-íses, tenham interesse em vir para cá”

Na semana em que o governador do Estado, Omar Aziz, declarou que a saúde

pública no interior do Ama-zonas está precária e faltam médicos para o atendimento básico, todas as atenções so-bre a desestrutura na saúde foram levantadas.

Segundo a Secretaria de Es-tado de Saúde do Amazonas (Susam), o grande “gargalo” para solucionar esse problema está na falta de profissionais da área de saúde que queiram ir trabalhar nos município da re-gião. Mas, o Conselho Regional de Medicina (CRM), discorda dessa afirmativa.

Em uma conversa com o EM TEMPO, o secretário do CRM no Amazonas, Antônio de Pádua Quirino Ramalho, disse que afirmativa de que os médicos não tenham in-teresse em ir para o interior, não procede. Na verdade, o que falta são investimentos na área para que a oferta atraia os especialistas para os mu-nicípios. Ele também defende a realização de um concurso público no interior.

Ramalho, que também é médico sanitarista e especia-lista em medicina preventi-va, falou sobre a capacitação dos especialistas, da falta de estrutura para atendimento no interior e a entrada de médicos estrangeiros para trabalhar no Estado.

EM TEMPO – Como o Con-selho analisa o quadro da saúde no Estado?

Antônio Ramalho – A si-tuação é complicada e isso todos sabem. Mas, 85% dos problemas de saúde dos pa-cientes poderiam ser resolvi-dos se tivéssemos uma saúde preventiva de qualidade. Os focos de investimentos estão voltados para o atendimento de urgência e emergência, que só estão com altos índices de demanda porque a prevenção não é feita. Um dos exemplos

são os casos das grávidas. Se elas fizerem um pré-natal de qualidade próximo a casa delas, o risco de ter um parto seguro é quase de 100%. Ma-naus deveria ter mais de 700 equipes de saúde da família, só que a capital tem apenas 156 postos de atendimentos. No interior, o atendimento é ainda mais precário porque vivemos em uma área de di-fícil locomoção. Não adianta comprar ambulâncias e heli-cópteros para fazer o trans-porte de pacientes. Vamos apenas transferir as pessoas para morrer na capital. Se investirmos na medicina pre-ventiva metade das mortes serão evitáveis.

EM TEMPO - Na sema-na passada, o governador Omar Aziz declarou que “todos os dias morre uma Santa Maria no Amazo-nas”. Como o senhor avalia essa frase?

AR – Essa afirmação foi uma das coisas mais acertadas que o governador disse nos úl-timos tempos. E essa não é uma opinião só minha, e sim de todo o Conselho Regional. Ele teve um posicionamento corajoso em assumir essa ca-rência. Vamos agora aguardar as mudanças prometidas.

EM TEMPO – O secre-tário estadual de saúde, Wilson Alecrim, disse que o problema está na falta de interesse dos médicos em irem para o interior do Estado. Existe mesmo essa situação?

AR – Essa é uma inver-dade que estamos tentando desmentir. Acabei de voltar de Parintins e Coari e fiquei impressionado com a contri-buição da Universidade Fe-deral do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA): elas conse-guiram prover especialistas para o interior. Em Parintins encontramos seis médicos que trocaram a capital pela ilha e, em Coari, outro três especialistas fizeram essa es-

colha. Agora, o que falta são ofertas sustentáveis para que esses profissionais se fixem lá. O ideal seria a realização de um concurso público voltado para o interior. Atualmente, é complicado um profissional abandonar seu trabalho aqui na capital para ir cumprir um contrato de 2 anos no interior. A proposta que o governo faz é apenas de um processo seletivo. Isso ninguém quer. É um risco alto fazer essa troca sem ter a estabilidade. Nossa luta é pela realização de um concurso público, que não acontecem há mais de 6 anos no Amazonas.

EM TEMPO – A questão da falta de infraestrutura tam-bém não pesa na decisão?

AR – Com certeza isso in-fluencia sim. Na capital, o médico tem oportunidade de se especializar, estudar e ter mais de um emprego ou até abrir um consultório. No in-terior, o médico só irá se dedicar à saúde pública, até porque no interior a população não tem muitos recursos, e abrir consultório não dá lu-cro. Qualquer médico com o mínimo de entendimento do papel dele na sociedade vai se indignar com as condições de trabalho que enfrentará nestas localidades.

EM TEMPO – Qual é a política salarial oferecida para atrair médicos para o interior?

AR – O piso da Federação Nacional dos Médicos (Fe-nam) é de R$ 10.412 mil para 20 horas de trabalho. Mas, se colocarmos os gastos com transferências, ambulâncias, aviões de frete para deslo-car esse paciente do interior para capital, é bem maior do que pagar para se manter um profissional no interior. Atualmente, temos médicos antigos que estão no interior e ganham apenas R$ 6 mil. E agora a oferta do governo para os novatos está em R$ 15 a 19 mil. Isso acaba deses-timulando a categoria.

EM TEMPO – Entre as pro-postas apresentadas pelo governo para resolver o problema está a contrata-ção de médicos estrangei-ros para atuar no interior. Qual o posicionamento do CRM em relação a isso?

AR – A situação atual não permite que essas pessoas, sem a revalidação dos di-plomas, atuem na região. O posicionamento do governo é uma questão preocupante, porque, para que esses profis-sionais atuem serão necessá-rias mudanças na legislação sanitária do país, de forma que eles consigam prescrever me-dicamentos. Outra questão é saber se haverá mudança na Constituição Federal, porque um médico estrangeiro não irá deixar seu país para vir ao Brasil por um contrato de 2 anos. Ele só vem se tiver uma estabilidade que, se for dada aos estrangeiros sem concurso público, é uma afron-ta. O que também nos chama atenção é a qualidade desses profissionais. Tememos que apenas os péssimos profissio-nais, que não se deram bem em seus países, tenham interesse em vir para o Amazonas. Outro alerta que fazemos é também sobre um futuro investimento que o Estado faça para trazer esses médicos e, eles usem o Amazonas apenas como cor-redor para se espalharem no restante do país.

EM TEMPO – Qual seria a melhor estratégia para re-solver esse problema de fal-ta de médicos no interior?

AR – Além da realização do concurso público para atrair especialista, o programa de residência médica no inte-rior seria uma boa opção de investimento. Isso iria aproximar os especialistas da realidade do interior e também melhorar a força de trabalho. Iríamos reunir os médicos novatos e os mais experientes e haveria uma troca de experiência que não se constrói na sala de aula, e sim vivemos.

Antônio RAMALHO

‘Concurso público PARA O INTERIOR é o ideal’

Essa afirmação foi uma das coisas mais acertadas que o go-vernador disse nos úl-timos tempos. Ele teve um posicionamento corajoso em assumir essa carência”

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

FOTOS: RICARDO OLIVEIRA

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Page 8: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

A8 Política MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

PT faz hoje 33 anos sob omanto do descréditoFundado em 10 de fevereiro de 1980 com a bandeira do socialismo, partido vive atualmente uma crise de identidade

O PT comemora hoje 33 anos. Mas será que há tanto para se comemorar as-

sim? Entre os populares e mais críticos, as opiniões são diver-gentes. O partido, que teve seu início na década de 80, por meio de uma organização sin-dical de operários paulistas, começou combatente e, com sua ideologia socialista, luta-va pelos direitos dos trabalha-dores. Hoje, é acusado pelos adversários de ter adotado o mesmo discurso que tanto criticavam e de promover atos de corrupção.

O EM TEMPO conversou com vários representantes do partido em nível local, inclu-sive com mandatos eletivos, a exemplo dos parlamenta-res Francisco Praciano, José Ricardo e Professor Bibiano, sobre a trajetória político-partidária. Eles apontaram ausências e mudanças que a sigla tem promovido no país nos últimos anos.

Líder do PT na Assembleia Legislativa do Amazonas (Ale-am), o deputado estadual José Ricardo critica a diminuição da militância de rua e da mobilização da sociedade. “O

PT precisa estar ou retornar às ruas, pois de lá que ele veio. Senão acaba se trans-formando em um partido igual a qualquer outro que apenas faz conchavos, negociações políticas, troca de cargo. Os cargos são partes de um pro-cesso de discussão política, mas não são o instrumento de luta do partido, nem o fim”, observou o parlamentar.

O vice-presidente regional do PT, Sebastião Nunes, disse que os movimentos sociais nas ruas estavam mais for-talecidos quando a sigla não estava no poder. “Quando o PT ganhou o poder, grande parte de suas lideranças sindicais passaram a atuar no gover-no e deixaram de liderar os movimentos. Isso enfraquece determinados segmentos”. José Genoino foi condenado no mensalão e assumiu na Câmara

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José Dirceu foi considerado o mentor do esquema do mensalão

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

NATHANE DOVALEEquipe EM TEMPO

APELOA maioria dos en-trevistados pelo EM TEMPO destacou a ausência da militância do PT nas ruas. Eles defendem o retorno às bases e a defesa dos movimentos sociais populares nas ruas

Para o antropólogo Ademir Ramos, o PT de hoje se mostra diferente do que era antes e se tra-ta apenas de um partido de interesses. “Além de contrariar a vontade dos trabalhadores, dos indí-genas, dos sem-tetos e sem terra, o PT afronta também a inteligência das pessoas de bem que ainda acreditam no Bra-sil justo e socialmente solidário”, criticou.

Segundo ele, se no passado seus fundado-res sonhavam com a re-forma da política agrá-ria, com a educação de qualidade em defesa da escola pública, hoje a sigla virou “gleba corpo-rativa” de determinados grupos que aparelha-ram o Estado para os interesses privados.

Ademir criticou a falta de indignação da socie-dade após o mensalão. Para ele é preciso que sejam suscitados meca-nismos de participação e controle para que o povo não deixe passar as de-cisões do STF, que con-denou os três petistas. “Precisamos levar para as praças a proposta de criminalização dos par-tidos e seus dirigentes, banindo da vida pública esses brasileiros, que por volúpia preferem a corrupção à Justiça. Aprendamos com isso para que possamos viver com dignidade por um Brasil justo e economi-camente sustentável”.

‘Trata-se de um partido de interesses’

Novato na Câmara Muni-cipal de Manaus (CMM), o vereador Professor Bibiano entende que a militância política precisa ir além dos filiados aos partidos e que é preciso que ela aconteça para que não se entre em um processo de acomo-dação e aceitação. “O PT nasceu do sofrimento do povo que queria moradia e seus direitos respeitados. Essa é nossa raiz. Nós so-mos fortes quando somos unidos e organizados. Só haverá mudanças quando a população se organizar para defender seus direi-tos”, alertou.

Outro ponto muito ques-tionado, nos últimos anos, tanto por petistas quanto por adversários, é a ética clamada pelo partido. Des-de que o PT foi mergulhado pelo escândalo do mensa-lão – denunciado em 2005 - se desatou a maior crise dentro e fora da sigla.

Caracterizado como um esquema de financia-mento clandestino, com o objetivo de alcançar a vitória do ex-presidente Lula ao poder em 2002 e, posteriormente, man-

ter a sua governabilida-de cooptando apoiadores no Congresso Nacional, o mensalão acabou por levar a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), ano passado, diversos petistas e outros envolvidos.

Resgate da militância petista

Embora a ética da sigla tenha sido colocada em xeque, o deputado federal Francisco Praciano disse que o maior problema do PT não é a ética, já que esta não é um objetivo solitário do partido. “O objetivo é ser ético para trabalhar para o povo. A política ética traz qualidade de vida ao ci-dadão, isso sim é a nossa vontade. Não queremos ser éticos para ganhar votos, mas para melhorar a vida da sociedade”, argumentou o parlamentar.

O vice-presidente do PT explica que o partido fun-ciona como um instrumen-to de transformação social desde sua fundação e mes-mo com suas dificuldades foi a sigla que mais ajudou o país a avançar nos aspec-tos econômicos, sociais e políticos. “Eu acredito que quando mais a democracia avança no país e o povo percebe isso, as melhorias de condições de vida vão aparecendo. As pessoas percebem a importância do PT”, defendeu.

Ética, uma questão delicada

CONDENADOSTrês estrelas do PT foram condenadas, ano passado, no julgamento do men-salão: o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e os deputa-dos José Genoino e João Paulo Cunha

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[email protected], DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 (92) 3090-1045Economia B4

Comécio de extintores em alta na capital

JOEL ROSA

Minérios rendem R$ 41 mi em royalties para o AMArrecadação do Estado irá multiplicar por oito caso sejam aprovadas, este ano, as novas regras da mineração no país

A aprovação do novo “marco zero” da mi-neração no país vai elevar em quase oito

vezes o volume de arrecada-ção com os royalties oriundos da exploração de minérios no Amazonas nos próximos cinco anos. O recolhimento atual de R$ 5,1 milhões poderá passar para R$ 41,4 milhões, até 2018, caso sejam apro-vadas as novas regras de mineração no país.

A votação do novo texto do Código de Mineração está previsto para acontecer no próximo mês, no Congresso Nacional. Além da nova me-dida, a arrecadação do Ama-zonas será benefi ciada com a entrada em funcionamento de duas novas minas no Estado, sendo uma de potássio e outra de caulim (argila branca).

De acordo com o titular da Secretaria de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), Daniel Nava, atualmente, o Amazo-nas possui apenas duas gran-des minas em funcionamento: a de Pitinga (a quase 300 quilômetros de Manaus), em Presidente Figueiredo, conhe-cida pela extração de estanho, e a de calcário para cimento de Jatapu, em Urucará (a 344 quilômetros da capital).

Graças a exploração dessas duas atividades, o Estado ocu-pa o 16º lugar em arrecadação entre as unidades da Federa-ção. Conforme Daniel Nava, o início da produção das minas de potássio e caulim, até 2018, o Amazonas avançaria dez po-sições. “Passaríamos a ser o 6º no ranking entre os Estados brasileiros”, conta.

AlíquotaA aprovação de um novo

marco regulatório da minera-ção no país vai aumentar a alí-quota dos royalties oriundos da exploração de minérios, que hoje varia entre 0,5% a 2%, para até 10%, como já ocorre com os royalties do petróleo. A medida é necessária para reduzir o desequilíbrio que refl ete a diferença entre as atividades. “A exploração de óleo e gás já é consolidada no Brasil. O mesmo não ocorre com a atividade mineradora que possui um código de-fasado ainda da década de 1970”, assinala o secretário Daniel Nava.

Como exemplo desta dispa-ridade, em 2011, o Amazonas arrecadou mais de R$ 230 milhões com os royalties do petróleo contra apenas R$ 4,4 milhões recolhidos da mineração no Estado. Essa discrepância demonstra a necessidade de correção das alíquotas dos royalties da mi-neração. “Daí a importância das discussões sobre o novo marco regulatório”, ressalta o titular da SEMGRH.

Com a correção, os R$ 20,4 milhões previstos ini-cialmente podem dobrar, alcançando o montante su-perior a R$ 41 milhões.

JULIANA GERALDOEspecial EM TEMPO

Estado ganha, hoje, R$ 5,1 milhões com royalties vindos da exploração de minérios como o estanho, que é extraído na mina de Pitinga, em Presidente Figueiredo

DIVULGAÇÃO

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Dentre as atividades que podem virar realida-de com o avanço da mi-neração no Estado estão a construção do do pólo gás-químico, a conso-lidação do caulim para produção de cerâmica e tintas e a do potássio para a fabricação de fer-tilizantes. Também, pode ser beneficiado o aperfei-çoamento da indústria de transformação de ferro, nióbio e tântalo em liga de aço, algo que é realizado, desde 2009, na mina de Pi-tinga. “Queremos sair da condição de fornecedor apenas da matéria bruta para o mercado interno e passar a vender o produ-to final, agregando valor”, afirmou o secretário da SEMGRH, Daniel Nava.

Segundo ele, com o fun-cionamento de uma nova mina de potássio em Au-tazes (a 120 quilômetros de Manaus), até 2018, o Amazonas pode se tor-

nar o maior produtor da matéria-prima no Brasil, ultrapassando o estado de Sergipe.

Embora o trabalho de prospecção da silvinita ainda esteja na etapa de estudos, o relatório do

governo aponta que a ati-vidade impacta de forma positiva na arrecadação tributária do município de Autazes, que cresceu em relação a 2010 em torno de 300%, somando R$ 800 mil em 2012.

Atividades reforçam economia

RECURSOSEm quatro anos, foram investidos em torno de R$ 100 mi-lhões na extração da silvinita em Autazes, com geração de 900 empregos diretos, sendo 48% referentes à mão de obra local O texto do novo código

de mineração vem sendo debatido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Geologia e Mineração (Abemin) junto ao governo federal, des-de 2010. No último dia 25 de janeiro, o assunto que já percorreu além da Casa Civil, os ministérios

da Fazenda e de Minas e Energia, foi retomado pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoff mann, com objetivo do envio do novo texto até março deste ano.

Além da discussão sobre a alíquota dos royalties, o marco regulatório preten-de entre outras atribuições, descentralizar competên-

cias do Departamento Na-cional de Mineração com a criação de uma nova agên-cia para regular o setor.

Com a medida, os Estados terão o direito de com-partilhar as decisões, regu-larizar garimpos, instituir leis estaduais de taxação e fi scalização de atividades minerais no país.

Votação prevista para março

Calcário para cimento de Jatapu, em Urucará, é uma das ‘apostas’ do Amazonas para o futuro

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

O bom senso recomenda prudência, o sucedâneo se-reno da sabedoria, na cele-bração dos números de de-sempenho do polo industrial, ora publicados pela Supe-rintendência da Zona Fran-ca de Manaus, referentes a 2012. Neles, as empresas cravaram um faturamento de R$ 73.448.393.473, um resultado 6,39% acima do desempenho de 2011, com destaque para bens de In-formática, que cresceram 26% entre os dois períodos. Sozinhos, estes números re-presentam 11,6% de todo o faturamento do modelo. São dados que superam o próprio desempenho da economia brasileira, onde se destacou, às avessas, um PIB enrustido, que se deve à cangalha fi scal e ao discurso està ©ril da promoção da infraestrutura de energia, comunicação e transportes. Além, é claro, das promessas de avanço em inovação tecnológica que deixam o país na rabeira dos emergentes. O desem-penho baré, porém, não au-toriza empolgação à vista do desequilíbrio econômico regional reinante – O IDH do interior amazonense é um constrangimento só! -, da vulnerabilidade institucional do modelo e de sua fragili-dade estrutural, operacional e dependência química da estimulação politica. Um modelo refém da caneta.

Com efeito, é imperativo fi car atento e forte com os alertas do IBGE, publicados nesta mesma quadra pré-carnavalesca, descrevendo a queda da produção industrial em nove dos 14 estados pesquisados, em 2012, em relação ao ano anterior. As principais quedas, repare bem, foram observadas nos estados do Amazonas (-7%), seguidas de Espírito Santo (-6,3%), Rio de Janeiro (-5,6%) e Paraná (-4,8%). O resultado negativo da indústria nes-ses estados foi puxado pelos bens de consumo duráveis, como motos, eletrodomésti-cos e automóveis, e de bens de capital, especialmente as máquinas e os equipamentos volt ados para o transporte e a construção.

Usando metodologias e re-ferenciais diferenciados, fi ca difícil entender a disparidade de avaliações e seus resul-tados. Os fi lósofos costu-mam ironizar as pretensões científi cas da Estatística na busca de revelação da verda-de, comparando-a com peça íntima do universo feminino, porque mostra quase tudo e esconde o essencial. Fica

fácil, por isso, e ironias de-selegantes à parte, apenas considerar que mais de 50% do faturamento líquido desta ZFM, segundo dados da Fa-culdade de Economia e Admi-nistração, da Universidade de São Paulo, FEA-USP, são canalizados para o governo federal. Uma zona econômi-ca que nada tem de franca, apesar da pecha paulista de paraíso fi scal. A rigor, à vista dos polos esvaziados, o mo-delo passa por um processo de encolhimento, tí pico dos movimentos emblemáticos de desindustrialização de modelos industriais incenti-vados, como Baltimore, Cle-veland e Detroit, nos Estados Unidos, e Glasgow, no Reino Unido, no século 20.

O modelo, prestes al-cançar meio século, preci-sa consolidar as premissas originais de adensamento, diversifi cação e interiori-zação de seus resultados, reduzir as amarras tribu-tárias e integrar novos ca-minhos que já funcionam na região, sem renúncia de tributação. Rondônia, por exemplo, abastece a volúpia amazonense por peixe, com 300 toneladas mensais de tambaqui sem ZF. Por que não integrar ao modelo local a biondústria da fauna e fl ora regional, promovendo a ampliação e sofi sticação dessa ativida-de? O que falta para estru-turar o polo gás-químico e petroquímico, inclusive para produzir fertilizantes a partir do potássio do Baixo Amazonas, onde as reser-vas - segundo a empresa canadense que lá investirá alguns bilhões de dólares - sinalizam mais oferta de minérios, e facilidade de expressão que os mais otimistas dos diagnósticos previam? A ZFM precisa de-monstrar sua capacitação e vocação para a sustenta-bilidade no aproveitamen-to inteligente de madeira, do turismo, da aquicultura, bioindústria de fármacos, cosméticos e alimentos. Uma biópolis, enfi m, arro-jada como Singapura, e co-erente com a generosidade do banco genético da Hileia. Sem mencionar sua voca-ção estratégica de serviços - como centro geopolítico de integração interconti-nental - ambientais, cien-tífi cos e logístico- aduanei-ros. Um programa viável e emergencial focado na socioeconomia essencial, muito além dos números e de acordo com a obstinação da Suframa.

Alfredo MR Lopes [email protected]

Alfredo MR Lopes

Filósofo e ensaísta

O mode-lo, prestes alcançar meio século, precisa con-solidar as premissas originais de adensamen-to, diversi-fi cação e interioriza-ção de seus resultados.

Suframa: além dos númerosEspecialistas dão dicas de como os jovens devem aproveitar a chance conquistada e crescer na profi ssão

A luta para manter o emprego nas empresas

Vencida a “batalha” pelo ingresso no primeiro emprego, os jovens precisam

ficar atentos e observarem algumas regras para man-ter a oportunidade conquis-tada. Especialistas consul-tados pelo EM TEMPO dão algumas dicas de como se comportar para permane-cer na vaga e, até mesmo, a crescer na profissão.

O consultor de mercado da Targo Consultoria, Car-los Hoshiro, destaca que os jovens devem obser-var alguns pontos-chaves para se firmar no mercado. “Quando os candidatos che-gam ao primeiro emprego ou estágio, o que mais as empresas observam e dão valor são os aspectos com-portamentais, pois a parte técnica e de conhecimento são deveres e compromis-sos das próprias empresas”, observa.

Segundo o especialista, os jovens que conseguem se firmar no mercado de trabalho, de modo geral, são aqueles que participaram de algum processo seletivo para estágio, entre os me-ses de setembro e outubro, período em que as empre-sas tendem a contratar no-vos talentos.

O coordenador de Está-gios do Instituo Euvaldo Lodi (IEL), Jander Cavalcan-

te, salienta que os jovens devem buscar seus sonhos dentro da empresa sem, no entanto, ultrapassar certos limites. Cumprir funções de forma correta, respeitar ho-rários e inovar são alguns requisitos para se firmarem no mercado. “Ao conquista-rem uma chance, os jovens vão ter a oportunidade de adquirir experiência e se tornar um bom profissional. Porém, é preciso evitar pas-sar certas fronteiras, que

podem acabar com os so-nhos deles repentinamen-te”, frisa.

Para o Analista de Co-municação da Strategic Advanced, Piero Caíque, os jovens em início de carreira precisam ficar atentos, pois são avaliados constante-mente dentro das empre-sas. “Às vezes, muitos recla-mam que não conseguem uma primeira oportunidade ou que demoram muito tem-po para retornar ao empre-go. Porém, é preciso estar

preparado para assumir as posições que buscam no mercado”, conta.

CurrículoMesmo com pouco tem-

po de experiência, um bom currículo pode ajudar o jo-vem a se firmar em uma profissão. Capacitação em áreas como informática e línguas pode ajudar no em-prego. “Quando decidi aos 18 anos que não queria mais depender dos meus pais, fui bater na porta das empresas, mesmo ser ter nenhuma experiência. Preparei o currículo, mas ninguém me ligava. Foi por este motivo que decidi fazer programas de estágios que orientam os jovens como o do IEL”, afirma o estudante Armando Silva.

Atualmente as leis e os programas de incentivos a contratação desses jo-vens são ás formas mais comum de ingresso, seja por contrato de apren-dizagem ou estágio. As empresas brasileiras com pelo menos sete emprega-dos têm a obrigação legal de contratar aprendizes de, no mínimo, 5% e, no máxi-mo, 15% dos trabalhado-res existentes nas funções que demandam formação profissional. “Com cursos de capacitação tenho mais oportunidades de ingressar no mercado de trabalho”, declara a estudante Nauceli Cardoso Gomes.

VAGASSegundo os especia-listas em recursos humanos, setembro e outubro são os meses mais propícios para os jovens ingressa-rem em uma empresa. Geralmente, a vaga é aberta para estágio

BRUNO MARZZOEspecial EM TEMPO

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Cultivo de mel no interior tem incremento de 52%Criadores de abelhas do Baixo Amazonas conseguiram elevar, nos últimos oito anos, a produção para 3,8 toneladas

Com manejo inspirado em técnicas implan-tadas com suces-so na Argentina, a

produção de mel no Baixo Amazonas cresceu 52% em 8 anos. Em 2004, os criado-res de abelhas produziam 2,5 toneladas, enquanto que, em 2012, este valor saltou para 3,8 toneladas por ano.Os da-dos são da Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indíge-nas da Amazônia (Coopmel), em Boa Vista do Ramos. A en-tidade projeta alcançar este ano entre 4,5 a 5,5 toneladas de produção cooperada, e até 8,5 toneladas com a parceria de outros municípios produ-tores amazonenses.

O sucesso da produção lan-çou novas perspectivas para a meliponicultura (criação de abelhas indígenas sem fer-rão) em todo o Estado. Reu-nindo 59 famílias cooperadas em Boa Vista do Ramos, a Coopmel estuda somar sua produção à de 48 núcleos for-necedores nos municípios de Barreirinha, Maués, Parintins, Nhamundá, Urucará e São Sebastião do Uatumã.

A cooperativa investiu em

torno de R$ 435 mil na reforma do seu entreposto de acordo com as normas do Serviço de Inspeção Federal (SIF), vincula-do ao Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e para onde deverá fluir mais de 80% da produção me-lípona do Baixo Amazonas.

Construído na sede do mu-nicípio, o local deverá ser en-tregue em meados de junho, em tempo hábil para receber as primeiras levas da safra deste ano, que acontece a partir de agosto e segue até dezembro.

Novos horizontesSegundo o presidente da Co-

opmel, Jair Arruda, a região oferece boas condições ecoló-gicas e clima muito favorável para a implementação de pro-jetos com as abelhas sem fer-rão. O cultivo pode atrair novos empreendedores e incentivar a produção familiar. “Além da questão da sustentabilidade, a meliponicultura é economi-camente viável no Amazonas, pois o mel é diferenciado e tem mercado garantido em Ma-naus, além de ser socialmente justo para as populações das regiões produtoras que por tradição e vocação já criam estas abelhas”, explica. O município de Boa Vista do Ramos tem se destacado como um dos polos de produção da cultura

LUCI

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O engenheiro agrô-nomo Luan Ali Matos afirma que a técnica argentina de produção melípona implantada no Baixo Amazonas tem ajudado a fortalecer com baixo custo a cadeia produtiva e sustentável das abelhas sem ferrão. “Hoje, a meliponicultura representa uma alterna-tiva de renda para as populações do municí-pio. Estamos expandin-do essa mesma técnica para Maués”, explicou.

De acordo com os dados do Mapa, apesar de São Paulo liderar as exportações de mel, se-guido pelo Rio Grande do Sul, os Estados do Norte e Nordeste lideraram o incremento (2002/2011) da produção. O Amazo-nas apresentou um cres-cimento de 9.000%.

Técnica reduz custo da produção

HENRIQUE XAVIER Equipe EM TEMPO Online

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Crescimento na venda de extintores chega a 400%Impulsionada pela tragédia em boate no sul do país, a comercialização do item de segurança ‘zerou’ estoques em Manaus

Nas últimas duas semanas, as ven-das de extintores de incêndio cres-

ceram 400% em estabele-cimentos que comercializam equipamentos de segurança em Manaus. Devido a grande procura, algumas empresas do segmento ficaram com os estoques praticamente no “zero”.

A demanda em alta ainda criou outro problema. Por conta da procura crescente, o prazo de reposição dos equipamentos dado pelos fornecedores é de, no míni-mo, 50 dias. “O medo de uma nova situação relacionada ao fogo, como a ocorrida na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no final de janeiro, movimentou o mercado de várias formas”, ressalta o diretor da Emops Extintores, Rodrigo Freitas.

De acordo com o empre-sário, além da manutenção dos extintores e da compra de novos cilindros, os consu-midores locais têm buscando outras opções de seguran-ças, como a de alarmes con-tra incêndio e sinalizadores de saídas de emergência. Segundo ele, as vendas da Emops Extintores quadrupli-caram em relação ao normal na primeira semana deste mês com o aumento da de-manda por serviços e equi-pamentos de segurança.

O sucesso das vendas é reflexo direto também das fiscalizações que a prefei-tura realizou em bares e locais de entretenimento de Manaus. Logo após a tragé-dia em Santa Maria, casas noturnas da cidade foram fiscalizadas e, algumas de-las, tiveram que fechar as portas por não estarem de acordo com as normas de segurança impostas para funcionamento.

Outros empreendimentos se anteciparam à fiscali-zação e buscaram as em-presas de equipamentos de segurança para realizar as adequações necessárias em relação ao projeto exigido contra incêndio. “Os em-presários não queriam ser flagrados de surpresa para evitar transtornos com a burocracia e, principalmen-te, com situações de risco”, destaca o diretor da Emops, Rodrigo Frota.

Na empresa Rei do Extintor, no bairro São Francisco, Zona Sul da cidade, a proprietária Es-ter Gama, precisou agir com rapidez para atender a demanda dos clientes. Ela foi obrigada a con-tratar novos funcionários, incluindo um motorista, um técnico em manuten-ção de extintores e dois bombeiros civis.

Além da aquisição de mão de obra, a empre-sária teve que “esticar” o horário de funcionamento da loja para atender as so-licitações recebidas. “Não estávamos preparados para esta demanda, mas também não poderíamos deixar os clientes sem resposta ou dar brecha para que eles buscassem outras lojas”, enfatiza.

De acordo com Ester Gama, os pedidos por vi-sitas técnicas foram in-tensos, nas últimas duas semanas, impulsionados

pela tragédia em San-ta Maria. Segundo ela, a procura por informações sobre como se adequar perante aos projetos de combate a incêndio tam-bém cresceu. Dentre os clientes da loja, estão casas de festas, empre-sas do Polo Industrial de Manaus (PIM), além de bares e lanchonetes.

Sem prazoPorém, nem tudo é “fes-

ta” nas lojas de extintores da cidade. O “boom” das vendas gerou problemas junto aos fornecedores. Devido a grande demanda por cilindro e pó químico, as fábricas, grande parte delas localizada em São Paulo, não suportaram a procura intensa e deram prazo de quase dois me-ses para a entrega do material. Alguns pedidos não possuem nem prazo para entrega, afirma a empresária Ester Gama.

Novas contratações no setor

Para adaptar seu esta-belecimento, a empresá-ria Suely Rocha gastou, este mês, em torno de R$1,7 mil com equipa-mentos de segurança.

Além dos artigos de combate a incêndio, ela destinou verbas para re-alizar curso de primeiros socorros feito por bom-beiros profissionais.

Segundo Suely Ro-cha, o investimento foi motivado pela tragédia em Santa Maria. “Te-nho contrato com uma empresa de manutenção das cargas e com uma segunda que fornece os cilindros”, ressalta.

Dono de um hotel no Centro, o empresário Ravouni Teixeira de-sembolsou R$ 500 para modernizar o sistema de segurança do local.

Empresários investem em segurança

Em alguns estabelecimentos, o lucro quadruplicou no mês de fevereiro por conta da grande demanda por equipamentos e serviços de prevenção ao fogo

Procura por cursos de combate ao incêndio aumentou na capital

FOTOS: JOEL ROSA

CAROL CASTROEspecial EM TEMPO

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Page 13: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

B5EconomiaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Petrobras libera R$ 12 milhões para escolas do RJAgremiações do Grupo Especial carioca vão dividir o dinheiro investido pela Estatal de Petróleo de forma igualitária

A Petrobras depositou R$ 12 milhões em patrocínio para as escolas de samba

do Rio. O valor é dividido igualmente entre as agre-miações do Grupo Especial. Apenas a Mangueira ficou de fora por conta do atraso de prestações de contas de Carnavais anteriores.

“A verba já foi depositada pela Petrobras. Estou chegan-do no escritório para fazer essa transferência para as escolas. É R$ 1,090 milhão para cada uma. Só a Man-gueira não recebe”, afirmou no início da tarde de sexta-feira o presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), Jorge Castanheira.

Segundo Castanheira, a Mangueira foi a única que não prestou contas dos gastos feitos com o dinheiro da esta-tal. Por isso, o patrocínio para 2013 não foi liberado. A liga afirma que o repasse atrasou porque foi preciso refazer o convênio com a Petrobras sem a agremiação.

Para evitar desvantagem e prejuízo na qualidade do espe-táculo na avenida, o presidente da Liesa afirmou que doou do próprio caixa R$ 1 milhão para a verde e rosa. As outras agremiações atrasaram o pa-gamento de fornecedores.

“A Mangueira estava mais atrasada no projeto do bar-racão e para não prejudicar o espetáculo como um todo a liga decidiu fazer a doação há cerca de duas semanas. Nós

fizemos os pagamentos a me-dida que foi sendo comprado o material para o barracão”, explicou Castanheira.

Segundo ele, todas as es-colas concordaram com a doação. A reportagem tentou contato com a direção da Man-gueira, sem sucesso. Nenhum dos pedidos de entrevista fei-tos à assessoria da escola e ao presidente, Ivo Meirelles, foi atendido. Escola com o maior número de vitórias no grupo especial, a Portela tem

situação econômica parecida com a da Mangueira.

Por causa de problemas na prestação de contas de patro-cínios recebidos dos ministé-rios do Turismo e do Esporte, a escola foi incluída no Ce-pim (Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativo Impedidas), de acordo com informações da CGU (Contro-ladoria Geral da União).

Isso significa que ela não pode, por exemplo, conseguir mais patrocínios federais ou se beneficiar da Lei Rouanet. Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro são beneficiadas com apoio financeiro

DHAVID NORMANDO/AE

DE FORA Apenas a Mangueira ficou de fora por conta do atraso de pres-tação de contas de Carnavais anteriores. A escola foi a única que não prestou conta dos gastos feitos com o dinheiro da estatal

Superávit menor melhora credibilidade e pressiona IPCA

DESCONTO

A decisão do governo de abrir a possibilidade de ele-var o desconto do superávit primário deste ano, de R$ 45 bilhões para R$ 65 bilhões neste ano, provocou opiniões divergentes entre economis-tas e analistas de mercado. Para o sócio da Tendências Juan Jansen, essa decisão do Poder Executivo piora as perspectivas para a inflação deste ano, que ele estima que subirá 5,8%. “Essa ação vai estimular ainda mais a demanda agregada e tende a pressionar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Am-plo) para cima. Seria mais adequado que a administra-ção federal reduzisse seus gastos de custeio.”

Para o economista Antônio Madeira, da LCA, há fato-res positivos na decisão do governo de poder descon-tar mais R$ 20 bilhões do superávit primário a título de gastos com desonerações tributárias. “A decisão passa mais transparência para os agentes econômicos, pois in-dica, no começo deste ano, o que pode ser o patamar de reduções do superávit primá-rio”, comentou. Na sua ava-liação, tal decisão do Poder Executivo é oportuna, pois evita que suspeitas sérias voltem a ocorrer na gestão fiscal, como surgiram no fim do ano passado, quando, pou-co antes da virada de 2012 para 2013, o governo utilizou alguns instrumentos, como o

fundo soberano, para gerar uma economia do orçamento de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fatores negativosPara um especialista com

trânsito junto à equipe eco-nômica em Brasília, que pe-diu para não ser identificado, há alguns fatores negativos na atual gestão das con-tas públicas. “Deveria haver maior compromisso com as regras fiscais, a fim de tor-ná-las constantes e elevar a credibilidade do governo na gestão de receitas e despe-sas”, comentou.

Embora tenha ressaltado que a decisão anunciada na quarta-feira (6), de elevar em R$ 20 bilhões a possibi-lidade de corte do superávit primário, é um sinal de busca de maior transparência, ele ressaltou que seria impor-tante que o Poder Executivo estabelecesse metas fiscais que seriam executadas no horizonte de vários anos à frente. “Isso elevaria muito a confiança de investidores na boa gestão fiscal do Brasil. Poderiam ser estabelecidos parâmetros para superávit primário, resultado nominal e limite de despesas fede-rais. Isso traria mais clareza na gestão das contas do go-verno no longo prazo e teria como consequências elevar investimentos e reduzir os juros da dívida pública”, co-mentou.

Pressão dos alimentos deve cairA pressão dos preços dos

alimentos na inflação deve ser menor neste ano, pois os problemas conjunturais provocados pela retração na oferta das verduras e legumes devem ser resol-vidos no médio prazo e a tendência é de queda nas cotações das commodities agrícolas. A análise é do di-retor de Política Agrícola e Informação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, que prevê um índice de inflação inferior ao ano passado, principalmente a partir do segundo semestre.

Na opinião de Silvio Porto, o cenário atual é indicativo da queda de preços. Ele cita o caso do arroz, cuja colhei-ta está na fase inicial e já apresenta queda de 4,5% nos preços ao produtor A questão, diz ele, é a veloci-dade com que a redução de preços no campo chega às gôndolas dos supermerca-dos: “Às vezes demora “

Porto observa que em relação ao peso do grupo dos alimentos no compor-tamento atual da inflação é preciso notar que os maiores impactos são dos produtos hortifrutigranjeiros, como tomate e batata. Ele acre-dita que a situação de abas-tecimento dos dois produtos deve se resolvida em 60 a 90 dias, “pois a oferta se recompõe rapidamente”.

INFLAÇÃO

Os dados do Índice Nacio-nal de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA) relativos a janeiro, divulgados na última quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), mostraram alta de 0,86% no indicador, impulsionado pelo aumento de 1,99% nos alimentos. Os preços do to-mate subiram 26,15% e da batata-inglesa 20,58%.

O secretário de Políti-ca Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que em relação ao feijão, que vem registrando alta de preços nas últimas semanas, o governo está trabalhando para incenti-var o aumento do plantio das lavouras de segundo safra, que começa agora em fevereiro. Ele disse que o governo deve ampliar o

volume de recursos para custeio das lavouras e tam-bém do seguro agrícola, pois o risco climático é um dos limitantes do aumento de área da cultura.

Nery Geller afirmou que uma das prioridades da pesquisa é ampliar a ofer-ta de novas variedades que permitam maior prazo de armazenagem sem perda da qualidade do feijão.

Dados do IBGE mostram alta

O cenário atual, segundo diretor da Conab, é de queda de preços, incluindo o caso do arroz

MARCELLO CASAL/ABR

Segundo a CGU, há irregularidades na prestação de contas de R$ 525 mil rece-bidos do Ministério do Turismo para o Carna-val de 2006; e de R$ 1,8 milhão vindos do Ministério do Espor-te, para o Carnaval 2007, quando a escola apresentou um enre-do sobre os Jogos Pan-Americanos no Rio.

Além disso, a Por-tela tem uma dívida de R$ 292.750 com a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto).

O vice-presidente da agremiação, Nilo Figueiredo Júnior, ad-mitiu, no último mês, que a escola passa por uma fase complicada, mas afirmou que qui-tou todas as dívidas. “É um momento difícil, não só para a Porte-la como para outras escolas. O que pode acontecer é a gente não fazer o Carnaval como o planejado”, afirmou.

Irregularidades na prestação de contas

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B7MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 Mundo

Renda fixa emergente temmaior fluxo em 79 semanasO movimento de capitais estrangeiros em desenvolvimento aumentou nos últimos dias, segundo pesquisa do Royal Bank of Scotland

O fluxo de capitais estrangeiros para mercados emer-gentes aumentou

nos últimos dias. A consta-tação é de um levantamento semanal realizado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) Se-gundo o estudo, a posição total de investidores inter-nacionais em países como a China, Brasil e México teve aumento líquido de US$ 4,932 bilhões na semana termina-da em 6 de fevereiro. Entre os segmentos, a renda fixa emergente em moeda local foi o principal destaque e teve o maior fluxo em 79 semanas.

A nova edição do “EM Flow Monitor” divulgado na sexta-feira inclui um novo argumen-

to na lista de preocupação das autoridades brasileiras. Criado pelo RBS para me-dir os fluxos de capital para mercados emergentes, o le-vantamento desta semana recebeu o título “A guinada emergente”. A pesquisa con-firma que o apetite por risco aumentou nos últimos dias, o que favorece a alocação de recursos em mercados mais arriscados e, por isso, com maior rentabilidade.

LevantamentoSegundo o levantamento

do RBS, o investimento na renda fixa emergente teve aumento líquido de US$ 1,293 bilhão em cinco dias úteis, até 6 de fevereiro.

A alta aconteceu exclusiva-mente nos papéis emitidos em moeda local - como os títulos em iuans, reais ou rublos - com alta líquida de US$ 1,319 bilhão, o maior crescimento em um ano e meio ou 79 semanas. Já a aplicação em bônus emergentes emitidos em moedas fortes - como o dólar, euro ou iene - teve queda de US$ 300 milhões.

O aumento do investimen-to na renda fixa emergente contrasta com a saída nas economias maduras. Nos pa-íses desenvolvidos, o fluxo de capitais estrangeiros para renda fixa foi negativo em US$ 208 milhões na sema-na, a primeira saída em 35 semanas.

Houve, ainda, segundo a pesquisa do RBS, aumento na posição estrangeira em ações em mercados emergentes. Na semana, foram US$ 3,639 bilhões em novas aplicações

DIVULGAÇÃO

Segundo estudo, há um planeta com as mesmas condições da terra

REPRODUÇÃO

Planeta semelhante à terra ESTUDO

A astrônoma Courtney Dressing, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse que há um planeta com condições se-melhantes às da Terra a 13 anos-luz de distância - 1 ano-luz equivale a aproxi-madamente 10 trilhões de quilômetros. A conclusão faz parte de um estudo divulga-do, nessa semana e mos-tra que há possibilidade de haver um sistema similar à terra em outro sistema planetário, mais próximo do sistema solar. Até então, os cientistas acreditavam que os planetas potencialmente

habitáveis poderiam estar a uma distância entre 300 e 600 anos-luz.

“Pensávamos que tería-mos de procurar distâncias vastas para encontrar um planeta como a Terra. Ago-ra percebemos que outro está provavelmente no nos-so próprio quintal”, disse a pesquisadora.

Os cálculos foram feitos utilizando o telescópio norte-americano Kepler, partindo da premissa de que as estre-las denominadas gigantes vermelhas (red dwarves, em inglês) podem ter planetas habitáveis em suas órbitas,

uma vez que são estrelas comuns, menores e menos quentes do que o Sol.

A partir da análise de 75 bilhões de gigantes verme-lhas existentes na galáxia, os autores do estudo chegaram à estimativa de que cerca de 6% dessas estrelas devem ter um planeta semelhante à Terra e que o mais próxi-mo pode estar a apenas 13 anos-luz de distância.

“Essa taxa implica que será muito mais fácil do que pen-sávamos procurar vida fora do sistema solar”, disse o coautor da pesquisa, David Charbonneau.

Para o Brasil, o problema potencial desse fluxo é que a entrada de estrangeiros pode derrubar ainda mais as cota-ções do dólar. Nos últimos dias, a moeda deixou de ope-rar acima de R$ 2 e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se apressou em dizer que não deixará o preço cair para R$ 1,85. A China também de-monstrou certa preocupação com o tema esta semana e o Banco da China disse que a nova rodada da chamada guerra cambial pode afetar o

preço das commodities, o que pressionaria a inflação.

Segundo o RBS, houve, ainda, aumento na posição estrangeira em ações em mercados emergentes. Na semana, foram US$ 3,639 bilhões em novas aplica-ções. Nesse segmento, po-rém, o mesmo movimento foi observado nos países desenvolvidos, cuja posição líquida teve aumento de US$ 2,925 bilhões.

Para o RBS, a tendência favorável aos emergentes

deve continuar tanto em renda fixa como em ações. “Acreditamos que continuará a tendência estabelecida no fim do ano passado a favor dos bônus emergentes em moeda local. Também acha-mos que as ações emergentes também continuarão a atrair forte fluxo, o que dará suporte às moedas emergentes”, diz o relatório. “De maneira ge-ral, os fluxos estão servindo de suporte para as moedas emergentes e para os yields baixos nos bônus”.

Cotação do dólar derrubada

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

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Dia a diaCade

rno

C

[email protected], DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 (92) 3090-1041

Enquanto uns contam as horas para tomar as ruas e clubes e dar a largada para

a folia carnavalesca, outros fogem da festa e colecionam motivos para não curtir a “muvuca” típica desta época, que “teima” em se repetir todo ano. O jeito então é usar a criatividade para tentar evitar traumas e aproveitar o feriadão.

Um “não-folião” assumi-do, o microempresário Jorge Santos, 44, conta que herdou o “horror” às festas de Car-naval do pai. “Meu pai nunca gostou de Carnaval, porque sempre achou muito peri-goso, por conta do álcool. A opinião do meu pai nunca teve nada a ver com religião. Ele só achava muito perigo-so, porque quando ele era adolescente presenciou um caso de acidente de trânsito na família durante o feria-do”, revelou. Dessa forma, Santos adotou o estilo da família de “sabotar” os bailes de Carnaval. “Não gosto da bagunça que as ruas viram, e aqui em casa ainda é pior, porque fazem meu portão de banheiro e as vezes até de motel”, reclamou.

Ele planeja passar o feria-

do no interior, fazendo o que mais gosta em companhia da esposa. “Vou pescar, já até arrumei meu kit de pesca-ria, malhadeira, gelo, comi-da, rede. Vai ser muito bom aproveitar esses dias para relaxar longe da bagunça”, afirmou.

Há quem também apro-veite a folga para colocar o sono em dia. Festas que re-únem multidões, não atraem mais a recepcionista Jucyane Fonseca, 30. “Eu sou mais tranquila, nunca gostei de lugares muito lotados. Anti-gamente eu ia pro boi, mas agora esse tipo de festa não me chama mais atenção”, apontou. O destino da re-cepcionista nesses três dias de folga, será em um local “V.I.P.”. “Vou ficar dormindo na minha casa. É mais se-guro”, brincou.

Que pescar que nada! O aca-dêmico de engenharia Marcos Negreiros, 21, vai aproveitar o feriadão para colocar os estudos em dia. “Vou estu-dar bastante, tenho trabalho de pesquisa para terminar. Comecei estagiar agora e o tempo fi cou curto. Nos anos anteriores, eu sempre fi quei em casa, e enfrentava uma maratona de fi lmes, porque até a programação da tele-visão piora nesta época, para quem não curte”, disse.

Semana de folia atrai multidões em busca de diversão, mas para muitos o período será para um lazer mais “intimista”, longe da confusão e dos riscos

Marcos Negreiros lembra que, quando criança, chegou ainda a participar de alguns bailes com a família. “Não gosto de Carnaval porque é uma imposição muito grande de certa cultura que não me identifi co. Por exemplo, hoje, geralmente o Carnaval se resume a axé, e não curto o estilo”, revelou.

Tem também os que, ape-sar de gostarem da muvuca, optam por resistir à “tenta-ção”. “Eu fi co dividida. Gosto de Carnaval, mas prefi ro não ir. Acredito que deva ser por causa da minha criação, que foi muito reservada. Meu pai nos protegia demais, somos três irmãs e ele era muito cui-dadoso”, explicou a designer Gabriela Andrade, 28.

Há alguns anos, ela lem-bra que tentou embarcar nas micaretas, contudo, não foi tão divertido. “Teve um ano que não resisti e fui num bloco com uma tia mas não foi muito bom, foi um sen-timento que não consigo explicar. Acho que prefi ro agora passar o Carnaval em locais mais tranquilos, longe do ‘furdunço’. Hoje vejo que

a minha criação pesou muito em algumas escolhas que faço. Procuro sempre aquilo em que se pode acreditar, apoiar, coisas voltadas para a religião”, afi rmou.

O assessor administrativo Eduardo Correa, 30, também prefere substituir as festas tradicionais de Carnaval por encontros promovidos pela igreja. Há pelo menos uma década ele aproveita o feria-do com outros amigos que seguem a mesma doutrina religiosa. “Tive um encontro pessoal com Jesus no grupo de oração carismático e uma nova visão em relação a religião e doutrina católica”, comentou. Mas, engana-se quem imagina que a festa pode ser entediante. O en-contro não deixa de ter mú-sica, dança, apresentações de teatro e muito louvor. “Não deixa de ser Carnaval, só que mais cristão. O inte-resse da igreja é promover a refl exão”, explicou.

Com fantasia ou abadá, de-baixo das cobertas ou atrás dos livros, o importante é curtir o feriadão da melhor maneira possível.

Distração para todos os gostos

JOEL ROSA

Página C2

Exemplos de solidariedade e amor

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IVE RYLOEquipe EM TEMPO

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Fazer o bem acima de tudoCriada a partir da experiência pessoal de uma mãe com filho portador de deficiência motora, a Associação de Apoio às Pessoas Portadores de Necessidades Especiais (AAPPNE) é exemplo de superação e cidadania na cidade de Manaus

Logo na entrada da sede da Associação de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Espe-

ciais (AAPPNE), sou recebido pelo Munhoz, associado da casa que gentilmente avisou a che-gada da reportagem do EM TEMPO. Com um largo sorriso, a fisioterapeuta Maria Dias nos recebe para mostrar um univer-so diferente, distante de alguns estereótipos que comumente estamos acostumados a ver.

Localizado na rua Lisboa, 4, no conjunto Campos Elíseos, Zona Centro-Oeste, a AAPPNE é uma entidade filantrópica que existe há oito anos, e surgiu com a missão de proporcio-nar atendimento qualitativo às crianças, adolescentes e famílias com algum tipo de deficiência. A associação conta com a participação voluntária nas áreas de neurologia, psi-cologia, pedagogia, educação física e fisioterapia, além de coreógrafos, artesãos, comuni-cólogos e voluntários diversos que disponibilizam seus ofícios para a melhoria na qualidade de vida e, principalmente, na inclusão desses cidadãos.

A fisioterapeuta explicou que a associação surgiu da necessidade de mostrar para a sociedade a importância que qualquer portador de necessi-dades especiais possui, além da motivação de ter criado com dificuldades seu filho Jean, que possui deficiência motora.

“O trabalho que desenvol-vemos aqui requer paciência e fé, pois o objetivo principal durante o tratamento é res-gatar a autoestima e mostrar que mesmo havendo dificul-dades o mundo é para todos. Quando o Jean nasceu, tive as mesmas dúvidas que essas jovens mães possuem quando descobrem alguma deficiência em seus filhos. Há 37 anos, com o nascimento do Jean, descobri que minha missão é cuidar do próximo”, falou.

Maria explica que a cau-sa vai muito além do que é mostrado à sociedade pela mídia e outros projetos. “Há uma grande diferença entre imaginar como é a situação e sentir a real convivência junto às limitações”, frisou. “Infelizmente, ainda é um jogo de empurra-empurra, tanto do poder público quanto de famí-lias que não sabem lidar com a situação”, completou.

LUCIANO LIMAEspecial EM TEMPO

O acompanhamento ge-ralmente começa na fase infantil, com alguma defi-ciência adquirida durante a gestação, porém há casos em que pessoas chegam à casa após algum trauma ou acidente na fase adulta. O AAPPNE possui atual-mente 132 associados que participam também de di-versas atividades, como o teatro desenvolvido desde 2006 e intitulado Grupo Sacy composto por parti-cipantes de diversas faixas etárias que mostram todos os seus talentos represen-tando temáticas como a desigualdade social, a pro-teção do meio ambiente e o valor à vida.

Assim como o teatro, palestras e atividades so-cioeducativas são desen-volvidas ao longo do ano, principalmente em datas comemorativas, onde o pú-blico pode interagir direta-mente em questões como direitos e deveres, cidada-

nia, capacitação profissio-nal e tipos de deficiência, bem como acessibilidade global e informações per-tinentes à pessoa com de-ficiência física.

Maria informou que uma das grandes dificuldades da associação é a locomo-ção do grupo, mesmo ha-vendo um transporte que foi doado. O veículo possui emplacamento de outro Estado, e alguns trâmites necessários estão demo-rando a ser finalizados por falta de uma autorização para o veículo circular nor-malmente e faz um apelo para que órgãos oficiais possam interceder.

Quem curtiu essa causa e quiser conhecer o AAPP-NE é só acessar a página na internet no endereço http://www.aappne.org.br e saber como partici-par do grupo de voluntá-rios ou até mesmo fazer qualquer tipo de doação para a casa.

Grupo possui 132 associados

O Grupo Sacy é um dos projetos desenvolvidos pela AAPPNE

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Palestras e atividades socioeducativas realizadas pelo grupo

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Transplantes demonstram evolução da saúde no AMCom as operações de sexta-feira, governo do Estado chegou à marca de 57 procedimentos com órgão de doador morto

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) realizou dois transplantes de rins na última sexta-fei-

ra (8). Os procedimentos foram feitos com os órgãos doados pela família de uma paciente de 24 anos, que estava internada no Pronto-Socorro João Lúcio Pereira Machado. A paciente foi vítima de atropelamento e estava internada desde a última terça-feira (5). Ao dar entrada na unidade de saúde, a paciente foi diagnosticada com Trauma-tismo Crânio Encefálico (TCE), não respondeu ao tratamento e teve o diagnóstico de morte encefálica confirmado na tarde de quinta-feira (7).

Com a realização dos dois transplantes, a Susam chega à marca de 57 procedimentos feitos com órgão de doador falecido. Em 2012 foram rea-lizados 43 transplantes desse tipo e em 2011 foram dez. Além disso, o Estado já realizou 214 transplantes de rim entre vivos. O Amazonas também já realizou 844 transplantes de córnea.

Após a confirmação da morte encefálica, a equipe da Orga-nização de Procura de Órgãos (OPO) do governo do Estado procurou a família da paciente para falar sobre a possibilidade da doação de órgãos. “Apesar

do momento de perda, eles nos receberam muito bem e o pai da paciente prontamente assinou o documento autorizando a doa-ção”, informa Helen Figueiredo, responsável pela OPO.

Os rins foram retirados e encaminhados imediatamente para os transplantes. A Central Estadual de Transplantes fez a identificação dos pacientes ins-

critos na fila de espera por um transplante de rim. Os pacientes foram identificados e levados para fazer os exames de com-patibilidade, essenciais para a realização dos transplantes. O primeiro transplante foi reali-zado pela manhã e o segundo, pela parte da tarde.

As córneas também foram retiradas e encaminhadas ao Banco de Olhos do Amazonas. Desde 2011, o número de transplantes realizados no Estado tem crescido, chegando a 57 procedimentos efetivados até hoje

DIVULGAÇ

ÃO

ÍNDICENa última sexta-feira, a realização de dois transplantes de rins fez com que a Secreta-ria de Estado da Saúde chegasse à marca de 57 procedimentos feitos com órgão de doador morto

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 C5

Das ruas e das construções para conquistar o sucessoUm ex-auxiliar de pedreiro e um ex-porteiro conseguem realizar o sonho de divulgar o conhecimento em sala de aula com esforço próprio e vontade de mudar suas vidas

Luiz trabalhou em escolas como porteiro. Agora faz parte do quadro docente do novo Ceti

FOTOS: JOEL ROSA

A inauguração do Cen-tro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Professor Engenhei-

ro Sérgio Alfredo Pessoa Fi-gueiredo, na rua Uirapuru, bairro Cidade de Deus, Zona Norte, na última segunda-feira (4), signifi cou também o início da carreira de dois ex-bolsistas do programa Bolsa Universidade. A opor-tunidade, aliada ao esforço, fez com que ambos tivessem uma mudança radical em suas vidas. Luiz Carlos da Silva, 35, e Nelson Maia Ramos, 38, agora são professores de ma-temática do Ceti. Eles partici-param da turma de bolsistas benefi ciados no primeiro ano do programa.

Nelson Maia estava desem-pregado quando ingressou no programa. Natural do muni-cípio de Itapiranga (a 227 quilômetros da capital), ele veio morar em Manaus aos 9 anos e hoje já se considera um manauense. Quando criança, Nelson relembra que as ami-zades infl uenciaram para que parasse de estudar. “Morei 17 anos no bairro São José, e 22 anos no bairro Jorge Teixeira. Nesse meio tempo, fi z mui-tas amizades, e me deixei infl uenciar, pois mudava o caminho para ir a outros lugares com os meus amigos e aos poucos fui deixando a sala de aula”, relembra.

Com o pensamento em aju-dar a família, Maia começou a trabalhar aos 17 anos em uma lanchonete no Centro, mas sempre com o desejo de poder melhorar e dar alguma estabilidade aos seus pais. “Teve uma vez que um clien-te da lanchonete foi até ao meu encontro e informou que

havia uma vaga de emprego em uma empresa telefônica, e pediu que eu fosse ao escri-tório e levasse todos os docu-mentos para a contratação, o salário seria melhor, mas in-felizmente quando pediram o meu certifi cado de conclusão de ensino médio, não soube o que fazer, pois tinha parado de estudar”, contou.

Nelson perdeu a oportuni-dade do novo emprego, mas a situação serviu de exem-plo para que houvesse uma transformação em sua vida. “No mesmo dia retornei à lanchonete, pedi a conta do emprego e informei que tinha

decidido retornar aos estu-dos, pois só assim poderia melhorar a forma de ajudar minha família”, lembrou.

Quando chegou em casa, Maia comunicou para sua mãe e ao padrasto sua decisão de largar o emprego para poder terminar os estudos e obter um trabalho melhor. Nesse meio tempo, começou a fazer alguns serviços para o seu tio, como uma forma de conseguir um dinheiro para se manter. Após esse período, Nelson ca-sou e teve e dois fi lhos, mas não desistiu dos estudos e, por se identifi car com mate-mática, em 2008 começou a faculdade de licenciatura em uma universidade particular.

As histórias dos dois novos professores é um exemplo de força de vontade para mudar suas vidas

No fi nal de dezembro do ano passado, Nelson teve mais uma surpresa em ser chamado para iniciar o trabalho na secretaria. “Minha maior felicidade é poder ver minha família realizar o sonho de poder viajar. Sei que nessa pri-meira viagem não pude estar pelo compromisso do início do ano letivo, mas tenho certeza que agora outras oportunidades vi-rão”, afi rmou.

O caso de Luiz Carlos não foi diferente. Natural de Benjamin Constant (a 1.121 quilômetros da ca-pital), cursou normalmente os ensinos fundamental e médio. Ao completar 18 anos, se alistou no exército e após cinco anos veio mo-

rar em Manaus e começou o trabalhar nas escolas como porteiro, com um sonho de no futuro poder lecionar. “Com um salário mínimo e com uma família para sustentar, resolvi iniciar a minha graduação, pois ti-nha a sede de poder realizar um sonho”, disse.

SacrifícioCom o sacrifício de ter

que retirar R$ 300 dos R$ 500 que ganhava por mês, Luiz soube do pri-meiro processo do Bolsa Universidade e resolveu se inscrever, sendo bene-ficiado com 75% da bolsa. Os outros 25% dava em média R$ 100 mensais, e assim conseguiu concluir o curso.

Uma surpresa e muita felicidade

Assim como Nelson, Luiz, no fi m do curso, resolveu se inscrever no concurso público da Seduc e também fi cou na segunda listagem. “A maioria dos meus ami-gos dizia que não seríamos chamados, mas no fi m de dezembro tanto eu como Nelson e outros compa-nheiros da faculdade fomos surpreendidos, e hoje reali-zamos um sonho e colabo-ramos para o aprendizado de muitos profi ssionais que vão surgir”, disse.

Para Luiz, sua história como também do professor Nelson, são exemplos para a sociedade que basta querer para poder mudar a história. “Não parei de estudar, após conseguir a Bolsa Univer-sidade também fui benefi -

ciado pelo governo federal a cursar outra faculdade, e

faltam apenas dois períodos para concluir enfermagem, que faço por hobby, pois meu real sonho é ser professor, não apenas qualquer profes-sor, mas um exemplo para a sociedade”, explicou.

Exemplos para a sociedade

CHANCENelson Maia estava desempregado quando ingressou no programa Bolsa Universidade. Ele reconhece que não deu o devido valor aos es-tudos a princípio, mas conseguiu recuperar o tempo perdido

Por necessidade, Nel-son Maia começou a trabalhar no distrito no período comercial, e durante a noite cursava a faculdade e, na ma-drugada, realizava os trabalhos de revisões do que havia sido repas-sado na sala de aula. “No quarto período fi-quei desempregado, e não tinha mais como pagar. Fiquei devendo as mensalidades do pe-ríodo cursado, mas ao realizar algumas pes-quisas soube do pri-meiro processo para o Bolsa Universidade e resolvi me inscrever. Realmente não imagi-nava que seria benefi-ciado”, disse.

ConcursoAté “bico” como auxi-

liar de pedreiro Nelson encarou para conseguir dinheiro e quitar as dí-vidas com a universida-de, mas uma de suas maiores felicidades foi conseguir 100% da bol-sa para a conclusão do curso. Quando estava próximo da conclusão, participou do concurso público para professor da Secretaria de Esta-do de Educação (Se-duc) e, por não ter tido tempo de participar de cursinho, ficou na segunda chamada.

Do Distrito para a universidade

Minha maior felicidade é poder ver minha famí-lia realizar o sonho de poder viajar. Sei que nes-sa primeira viagem não pude estar pelo com-promisso do início do ano letivo (Nel-son Maia Ramos)

Faço o curso de enfer-magem por hobby, pois meu real sonho é ser professor, não apenas qualquer professor, mas um exemplo para a so-ciedade (Luiz Carlos da Silva)

Nelson trabalhou como auxiliar de pedreiro antes de conseguir realizar o sonho de ser professor

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

RESULTADOSAs histórias de Luiz Carlos da Silva e Nel-son Maia Ramos mos-tram que basta querer para poder mudar sua própria história. Hoje ambos são professores do Ceti inaugurado na Cidade de Deus

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 C5

Das ruas e das construções para conquistar o sucessoUm ex-auxiliar de pedreiro e um ex-porteiro conseguem realizar o sonho de divulgar o conhecimento em sala de aula com esforço próprio e vontade de mudar suas vidas

Luiz trabalhou em escolas como porteiro. Agora faz parte do quadro docente do novo Ceti

FOTOS: JOEL ROSA

A inauguração do Cen-tro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Professor Engenhei-

ro Sérgio Alfredo Pessoa Fi-gueiredo, na rua Uirapuru, bairro Cidade de Deus, Zona Norte, na última segunda-feira (4), signifi cou também o início da carreira de dois ex-bolsistas do programa Bolsa Universidade. A opor-tunidade, aliada ao esforço, fez com que ambos tivessem uma mudança radical em suas vidas. Luiz Carlos da Silva, 35, e Nelson Maia Ramos, 38, agora são professores de ma-temática do Ceti. Eles partici-param da turma de bolsistas benefi ciados no primeiro ano do programa.

Nelson Maia estava desem-pregado quando ingressou no programa. Natural do muni-cípio de Itapiranga (a 227 quilômetros da capital), ele veio morar em Manaus aos 9 anos e hoje já se considera um manauense. Quando criança, Nelson relembra que as ami-zades infl uenciaram para que parasse de estudar. “Morei 17 anos no bairro São José, e 22 anos no bairro Jorge Teixeira. Nesse meio tempo, fi z mui-tas amizades, e me deixei infl uenciar, pois mudava o caminho para ir a outros lugares com os meus amigos e aos poucos fui deixando a sala de aula”, relembra.

Com o pensamento em aju-dar a família, Maia começou a trabalhar aos 17 anos em uma lanchonete no Centro, mas sempre com o desejo de poder melhorar e dar alguma estabilidade aos seus pais. “Teve uma vez que um clien-te da lanchonete foi até ao meu encontro e informou que

havia uma vaga de emprego em uma empresa telefônica, e pediu que eu fosse ao escri-tório e levasse todos os docu-mentos para a contratação, o salário seria melhor, mas in-felizmente quando pediram o meu certifi cado de conclusão de ensino médio, não soube o que fazer, pois tinha parado de estudar”, contou.

Nelson perdeu a oportuni-dade do novo emprego, mas a situação serviu de exem-plo para que houvesse uma transformação em sua vida. “No mesmo dia retornei à lanchonete, pedi a conta do emprego e informei que tinha

decidido retornar aos estu-dos, pois só assim poderia melhorar a forma de ajudar minha família”, lembrou.

Quando chegou em casa, Maia comunicou para sua mãe e ao padrasto sua decisão de largar o emprego para poder terminar os estudos e obter um trabalho melhor. Nesse meio tempo, começou a fazer alguns serviços para o seu tio, como uma forma de conseguir um dinheiro para se manter. Após esse período, Nelson ca-sou e teve e dois fi lhos, mas não desistiu dos estudos e, por se identifi car com mate-mática, em 2008 começou a faculdade de licenciatura em uma universidade particular.

As histórias dos dois novos professores é um exemplo de força de vontade para mudar suas vidas

No fi nal de dezembro do ano passado, Nelson teve mais uma surpresa em ser chamado para iniciar o trabalho na secretaria. “Minha maior felicidade é poder ver minha família realizar o sonho de poder viajar. Sei que nessa pri-meira viagem não pude estar pelo compromisso do início do ano letivo, mas tenho certeza que agora outras oportunidades vi-rão”, afi rmou.

O caso de Luiz Carlos não foi diferente. Natural de Benjamin Constant (a 1.121 quilômetros da ca-pital), cursou normalmente os ensinos fundamental e médio. Ao completar 18 anos, se alistou no exército e após cinco anos veio mo-

rar em Manaus e começou o trabalhar nas escolas como porteiro, com um sonho de no futuro poder lecionar. “Com um salário mínimo e com uma família para sustentar, resolvi iniciar a minha graduação, pois ti-nha a sede de poder realizar um sonho”, disse.

SacrifícioCom o sacrifício de ter

que retirar R$ 300 dos R$ 500 que ganhava por mês, Luiz soube do pri-meiro processo do Bolsa Universidade e resolveu se inscrever, sendo bene-ficiado com 75% da bolsa. Os outros 25% dava em média R$ 100 mensais, e assim conseguiu concluir o curso.

Uma surpresa e muita felicidade

Assim como Nelson, Luiz, no fi m do curso, resolveu se inscrever no concurso público da Seduc e também fi cou na segunda listagem. “A maioria dos meus ami-gos dizia que não seríamos chamados, mas no fi m de dezembro tanto eu como Nelson e outros compa-nheiros da faculdade fomos surpreendidos, e hoje reali-zamos um sonho e colabo-ramos para o aprendizado de muitos profi ssionais que vão surgir”, disse.

Para Luiz, sua história como também do professor Nelson, são exemplos para a sociedade que basta querer para poder mudar a história. “Não parei de estudar, após conseguir a Bolsa Univer-sidade também fui benefi -

ciado pelo governo federal a cursar outra faculdade, e

faltam apenas dois períodos para concluir enfermagem, que faço por hobby, pois meu real sonho é ser professor, não apenas qualquer profes-sor, mas um exemplo para a sociedade”, explicou.

Exemplos para a sociedade

CHANCENelson Maia estava desempregado quando ingressou no programa Bolsa Universidade. Ele reconhece que não deu o devido valor aos es-tudos a princípio, mas conseguiu recuperar o tempo perdido

Por necessidade, Nel-son Maia começou a trabalhar no distrito no período comercial, e durante a noite cursava a faculdade e, na ma-drugada, realizava os trabalhos de revisões do que havia sido repas-sado na sala de aula. “No quarto período fi-quei desempregado, e não tinha mais como pagar. Fiquei devendo as mensalidades do pe-ríodo cursado, mas ao realizar algumas pes-quisas soube do pri-meiro processo para o Bolsa Universidade e resolvi me inscrever. Realmente não imagi-nava que seria benefi-ciado”, disse.

ConcursoAté “bico” como auxi-

liar de pedreiro Nelson encarou para conseguir dinheiro e quitar as dí-vidas com a universida-de, mas uma de suas maiores felicidades foi conseguir 100% da bol-sa para a conclusão do curso. Quando estava próximo da conclusão, participou do concurso público para professor da Secretaria de Esta-do de Educação (Se-duc) e, por não ter tido tempo de participar de cursinho, ficou na segunda chamada.

Do Distrito para a universidade

Minha maior felicidade é poder ver minha famí-lia realizar o sonho de poder viajar. Sei que nes-sa primeira viagem não pude estar pelo com-promisso do início do ano letivo (Nel-son Maia Ramos)

Faço o curso de enfer-magem por hobby, pois meu real sonho é ser professor, não apenas qualquer professor, mas um exemplo para a so-ciedade (Luiz Carlos da Silva)

Nelson trabalhou como auxiliar de pedreiro antes de conseguir realizar o sonho de ser professor

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

RESULTADOSAs histórias de Luiz Carlos da Silva e Nel-son Maia Ramos mos-tram que basta querer para poder mudar sua própria história. Hoje ambos são professores do Ceti inaugurado na Cidade de Deus

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Crimes de pistolagem têm diminuição em ManausSecretaria de Segurança afirma que ano passado houve cerca de mil homicídios na capital amazonense, 70% ligados a pistolagem

Policiais da Delegacia Especializada em Ho-micídios e Sequestros constataram a dimi-

nuição dos chamados crimes de execução e de pistolagem em Manaus. A autoria desses crimes é atribuída a crimi-nosos com antecedentes ou

ex-presidiários que, de acordo com a polícia, possuem um perfil sádico e até psicótico.

A diminuição na matança, de acordo com a polícia, se deve principalmente às diver-sas prisões de integrantes de quadrilha de traficantes de entorpecentes que, invariavel-mente, estão ligadas a grupos de pistoleiros.

Estatística da própria DEHS

e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) indicou que no ano passa-do foram registrados pou-co mais de mil homicídios na capital, e 70% tiveram como motivação o tráfico de substância entorpecente.

O delegado adjunto da DEHS, Samir Freire, afirma que uma vez recolhidos às penitenciárias, traficantes

e pistoleiros ficam menos articulados. A consequência lógica disso é que, dentro dos presídios, eles não po-dem se envolver na dispu-ta por pontos e não podem ordenar execuções.

Nos últimos meses a Polícia Civil, com apoio da Polícia Mi-litar e da Secretaria Executiva de Inteligência da SSP, desarti-cularam quadrilhas inteiras de

traficantes e de pistoleiros. Uma dessas quadrilhas era

do traficante Alan Castimário, 32, vulgo “Nanico”, desarticu-lada no último mês de novem-bro. Com “Nanico” e seu bando, os policiais apreenderam 78 quilos de cocaína, dinheiro e carros. Porém, o que mais impressionou foram 18 ar-mas, incluindo metralhadoras, pistolas semiautomáticas, re-

vólveres, além de munição dos mais diversos calibres.

Para os policiais, a quadrilha de “Nanico” era apontada como uma das principais responsá-veis pelos crimes de pistolagem na capital. E o arsenal apreen-dido era usado pelos próprios integrantes da quadrilha para eliminar concorrentes ou em-prestado para outras quadri-lhas para o mesmo uso.

NILSON BELÉMEquipe EM TEMPO

O titular da DEHS, dele-gado Divanilson Cavalcante, traçou um perfil e citou al-gumas peculiaridades desses grupos que costumam deixar marcas características em suas vítimas. Os criminosos geralmente possuem antece-dentes na polícia, ou são ex-presidiários. Trata-se de pes-soas violentas que costumam

impor suas regras na base da violência. É dessa forma que intimidam, ameaçam e elimi-nam a concorrência. Outros vão mais além e possuem um comportamento conside-rado sádico e psicótico que impressiona até mesmo po-liciais mais experientes. Dois bons – ou maus - exemplos são os traficantes e homici-

das Leno Oliveira do Carmo, o “Bileno”, e Gildo Belém da Silva que costumam deixar a marca própria quando elimi-nam alguém. Bileno e Gildo Belém são inimigos decla-rados e travam uma guerra particular pelo controle do tráfico de drogas nos bairros Colônia Antônio Aleixo e Pu-raquequara, Zona Leste.

Perfis de sádicos e psicóticos

Cadáver de homem morto em crime de pistolagem: ligação com o tráfico de drogas

ARQUIVO EM TEMPO/ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Rodovia terá investimento em áreas de preservaçãoCento e quarenta e três comunidades terão participação direta nas decisões de manejo sustentável na região da BR-319

Sustentabilidade, gera-ção de renda e res-gate cultural são as metas do governo do

Amazonas para os 3 milhões de hectares de áreas protegi-das nas áreas de abrangência da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho). O convênio de R$ 6 milhões assinado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trans-portes (Dnit) no último dia

26 de janeiro foi o ponto de partida para a continuidade do processo de implementa-ção de mais nove Unida-des de Conservação (UCs) estaduais que beneficiarão 143 comunidades.

Para formar conselhos ges-tores, a iniciativa visa melhor aproveitamento dos recursos naturais com base no conhe-cimento local. Uma das me-tas é o reaproveitamento do conhecimento popular para estruturação das cadeias produtivas, aumentando as-

sim o acesso e a participação da comunidade no mercado, bem como a certificação de produtos e maior participa-ção nos processos de desen-volvimento comunitários.

As atividades serão con-duzidas pelo Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc), responsável pela ges-tão das unidades de conser-vação do Amazonas onde toda a parte de estudos científicos terá a participação direta de pesquisadores e professores doutores da Universidade Fe-

deral do Amazonas (Ufam).De acordo com a pro-

fessora Terezinha Fraxe, coordenadora do Ceuc, a continuidade do processo de implementação das UCs terão um papel importante no desenvolvimento da re-gião. “A expectativa é que essas unidades tornem-se modelos para outros Esta-dos no Brasil, pois have-rá valorização das gover-nanças, resgate cultural e, acima de tudo, incentivo à governabilidade e susten-

tabilidade. Tudo será tra-balhado em uma questão com profundo respeito ao ambiente”, detalhou.

“Nesse sentido, o que nós estamos trabalhando com o diferencial da sustentabilidade desse plano. Nós estamos tra-balhando os formulários que vão ser validados pelos comuni-tários, não pelos pesquisadores. E com base nessas validações iremos construir um novo perfil de território da pesca, de terri-tório dos mamíferos, pequenos, médios e grandes. É um plano

que irá construir junto à comu-nidade uma nova cartografia, por exemplo, dos mamíferos, e esse processo de acompa-nhamento deve ser constante e contínuo”, finalizou.

Áreas beneficiadasAs áreas de execução dos

planos e posteriormente o monitoramento serão as flo-restas de Canutama, Matu-piri, a RDS Igapó-Açu, RDS Rio Madeira, RDS Matupiri, RDS Piagu’cu-Purus e RDS Rio Amapá.

LUCIANO LIMAEspecial EM TEMPO

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Trabalho da Manausmed visa maior humanização do sistema

Na última semana, a equipe de psicólogas e assistentes sociais do Serviço de Assistência

à Saúde dos Servidores Públi-cos do Município de Manaus (Manausmed) realizou visitas a servidores municipais inter-nados em clínicas e hospitais conveniados da rede. A iniciativa da Prefeitura de Manaus visa humanizar o tratamento dos segurados do serviço de saúde por meio do acompanhamento psicológico e apoio social feitos durante toda a semana.

“Uma das prioridades é a saúde do servidor. Estamos todos os dias com esses pa-cientes, ouvindo e ajudando-os emocionalmente. É importante acompanhar de perto o tra-tamento ou a realização de exames de alta complexidade”, explicou a assistente social do Manausmed, Regina Lúcia de Melo Serrão.

As visitas aos leitos de hospi-tais são realizadas diariamente, de manhã e à tarde. Durante o atendimento, a equipe do Ma-nausmed não só analisa todo o tratamento que está sendo oferecido ao paciente, como também conversa com o usu-ário, com os familiares e ques-tiona sobre as necessidades e qualidade de atendimento na clínica em questão.

“A visita dessas equipes nos

dá, sem dúvida, mais segurança quanto ao atendimento que nós ou nossos parentes irão receber. Passamos nossa situação para elas, que tentam solucionar da melhor forma”, disse a servido-ra pública Maria do Perpétuo Socorro Silva de Lima, 50, que estava com a mãe, Maria da

Glória Silva de Lima, 76, inter-nada em um dos leitos de uma clínica conveniada.

O apoio e a presença de pro-fissionais do serviço de saúde também são valorizados por médicos que atendem usuários do Manausmed. É o caso do clíni-co-geral Rodrigo Nogueira. “Os pacientes sempre se sentem mais amparados ao saberem que estão sendo acompanha-dos não só pelo médico da clínica ou hospital, mas também por profissionais do próprio serviço de saúde”, ressaltou.

Gacc fará sorteios para arrecadação de fundos

O Grupo de Apoio à Crian-ça com Câncer (Gacc) está promovendo a “Rifa de Ação Entre Amigos”, cujo objetivo é arrecadar fundos que vão ajudar a manter as ações sociais da enti-dade, que dá suporte ao tratamento de 380 crian-ças. Para participar, o inte-ressado poderá adquirir as rifas, que já estão à venda na sede administrativa do Gacc, na rua João Valério, 102, bairro São Geraldo, ou na Casa de Apoio (no conjunto Kyssia). Com a aquisição, os participantes vão auxiliar a instituição sem fins lucrativos e, ainda, concorrer a prêmios, que serão sorteados no dia 23. Os contatos para aquisição das rifas são: (92) 3656-1811 e 3238-8261.

Cada rifa pode ser adqui-rida pelo valor de R$ 5. O comprador irá concorrer no sorteio e poderá levar para casa um dos produtos doa-dos pelo grupo Assembleia Cidadã, composto por ser-vidores públicos da Assem-bleia Legislativa do Estado do Amazonas, que são: uma geladeira, dois televisores de 32 polegadas e dois fornos micro-ondas. Os tí-quetes estarão disponíveis até a véspera do sorteio. A entrega dos prêmios acon-tecerá na nova sede da instituição, que está sen-do construída no conjunto

Dom Pedro II.O gerente do Gacc, Már-

cio José, destaca que os voluntários que desejarem contribuir ainda mais com a ação poderão, também, levar um bloco de rifas com 20 bilhetes para vender en-

tre os amigos, ajudando a instituição nas vendas.

O Gacc é uma entidade filantrópica que ajuda mais de 300 famílias que vêm a Manaus em busca de tratamento médico para as crianças que sofrem de câncer. Dentre os benefí-cios oferecidos pela ins-tituição estão tratamento psicológico e nutricional, além de hospedagem na Casa de Apoio para aque-les que moram fora da capital. O grupo também disponibiliza transpor-te para levar os usuários aos centros médicos e alimentação suplementar.

SOLIDARIEDADE

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ULG

AÇÃO

Trabalho do Manausmed visa humanizar o tratamento dos segurados por meio de acompanhamento durante toda a semana em leitos de hospitais de Manaus

Servidores locais recebem apoio social e psicológico

OBJETIVOSAs visitas aos leitos de hospitais são reali-zadas diariamente, de manhã e à tarde, quando a equipe do Manausmed analisa todo o tratamento que está sendo oferecido ao paciente

FINALIDADEO Gacc é uma en-tidade filantrópica que ajuda mais de 300 famílias que vêm a Manaus em busca de tratamen-to médico para as crianças que so-frem de câncer

Para se cadastrar, o servidor público precisa ir até a sede do Manausmed, localizada na rua Stênio Neves, 104, Parque 10 de Novembro, com cópia do último contracheque, RG, CPF e comprovante de resi-dência. A adesão ao serviço é espontânea.

Atualmente, 28.049 ser-vidores de secretarias mu-nicipais diretas e 1.142 de administração indireta são usuários do Manausmed. O serviço oferece desde con-sultas com diversas especia-lidades médicas até interna-ção e realização de exames de alta complexidade.

Adesão espontânea ao serviço

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[email protected], DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013 (92) 3090-1042 Plateia 3

Confi rmadas atrações para o Anime Jungle

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Um dos espetáculos de destaque dos últimos 15 anos do Corpo de Dança do Amazonas é “Cabanagem”, asssinado pelo coreógrafo mineiro Mário Nascimento, que repete a parceria em 2013

O début do Corpo de

Companhia comemora 15 anos com uma série de apresentações de seu repertório e montagens inéditos ao longo do ano

Amadurecimento profi ssional. Esse é o resultado dos 15 anos de atuação do Corpo de Dança do Amazonas (CDA),

segundo a avaliação da diretora artística Monique Andrade. Em pre-paração para a festa, o grupo anuncia a realização de duas temporadas de espetáculos e a continuidade nos trabalhos de uma nova montagem. A agenda encerra em novembro, mês de aniversário da companhia.

Atualmente, o CDA conta com um elenco composto por 18 bailarinos, dois instrutores de balé clássico e um dire-cionado à dança contemporânea. Os profi ssionais ainda têm a colaboração de uma fi sioterapeuta, que dá suporte à manutenção das atividades físicas. “Como trabalhamos com o corpo é imprescindível a contribuição de um profi ssional que auxilie na prevenção de lesões”, explica Monique Andrade. De acordo com a diretora, o quadro de bailarinos do CDA ainda deve sofrer alterações. Até o mês de março a SEC vai divulgar o edital para a audição de novos integrantes.

Preparativos Monique Andrade informa que a

programação alusiva ao aniversário deve acontecer durante todo o ano. Na abertura dos trabalhos, a com-panhia promove uma temporada de espetáculos no período de 8 a 10 de março, no Teatro Amazonas. Na pro-gramação, os bailarinos apresentam os três principais projetos exibidos pelo elenco, segundo a opinião da diretora. As coreografi as são: “Descanso eter-no”, coreografadas por André Duarte; “Um outro tempo”, exibido em 2012 no Festival Amazonas de Dança (FAD) sob a coordenação de Adriana Goes; e “Milongas”, um musical mais antigo que recebe novos olhares coreografados por Monique. “Todos esses espetácu-los passam a ter novas roupagens e características. O último número deve ser exibido no largo São Sebastião”, adianta a diretora Monique Andrade.

O primeiro semestre ainda será mar-cado pela preparação do elenco para a 17ª edição do Festival Amazonas de Ópera (FAO), que este ano deve exibir quatro musicais, todos com produ-ções coreográfi cas distintas. “A cada ano temos a oportunidade de sermos instruídos por coreógrafos de renome nacional. Só temos a ganhar com esses encontros”, disse.

A partir de julho, o CDA também apre-senta um musical que inclui diversos espetáculos. Todos serão desenvolvi-dos no palco do Teatro da Instalação, onde funciona a sede da academia.

O programa vai integrar o calendário anual de atividades da instituição. “A ideia é que em todos os anos tenha-mos uma programação extensa e que valorize nossa casa”, afi rma.

Já o espetáculo coreografado desde outubro pelo mineiro Mario Nascimen-to, tem estreia prevista para setembro. O musical, que ainda não tem nome defi nido, apresenta um olhar crítico do diretor sobre a cultura e a arquitetura amazonense, dando ênfase à relação entre o homem urbano e o ribeirinho em meio a uma selva de pedras. “Essa produção também tem a direção musi-cal do maestro Marcelo de Jesus, junto ao DJ Marcos Tubarão”, adianta.

ExperiênciasA bailarina Meire Jane Oliveira, 35,

é uma das integrantes mais antigas do CDA. A manauense integra o grupo

desde a fundação (1998) e afi rma que se sente honrada em poder chegar aos 15 de trabalho junto à instituição. “Lembro que pudemos assistir aulas com professores nacionais e até in-ternacionais e isso só contribui para o nosso crescimento”, expressa.

Para Meire, fazer parte do CDA é a realização de um sonho. “Hoje, posso dizer que sou realizada. Faço parte de um grupo comandado por bons profissionais. Quero poder re-passar aos futuros bailarinos tudo o que aprendi”, cita.

A bailarina Pâmmela Fernandes, 22, é a mais nova integrante da compa-nhia. A jovem é paraense, e concluiu o curso de dança aos 16 anos de idade na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, Santa Catarina. A bailarina relata que conhecia o trabalho do CDA por meio das histórias contadas pelos amigos manauenses.

Em 2011, Pâmmela soube que haveria uma audição e não hesitou em vir para Manaus. “É gratifi cante integrar um grupo que é reconhe-cido nacionalmente. O mais legal é poder trocar experiências com pessoas de diversas culturas e ainda ter retorno fi nanceiro na profi ssão que escolhemos”, comen-ta a artista.

Dança do AmazonasPRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

ELENCOAtualmente, o Corpo de Dança do Amazonas conta com um elenco composto por 18 bailarinos, dois instrutores de balé clássico e um direcio-nado à dança contemporânea. Os profi ssionais ainda têm a colaboração de uma fi sioterapeuta

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

Meryl e Dujardin noOscar 2013

Os atores Meryl Streep e Jean Dujardin voltarão este ano como apresenta-dores da cerimônia de en-trega do Oscar, que ocor-re no dia 24, anunciaram os organizadores.

Dujardin e Streep, que le-varam a estatueta de Me-lhor Ator e Atriz, respecti-vamente, no ano passado, entregarão os prêmios junto a Octavia Spencer e Chris-topher Plummer, também melhor ator e atriz coad-juvantes de 2012. “É uma honra ter Meryl, Octavia, Christopher e Jean de vol-ta”, disseram os produtores Craig Zadan e Neil Meron.

InterpretaçãoStreep ganhou o Oscar

por sua interpretação em “A Dama de Ferro” e Du-jardin foi a sensação da temporada de prêmios cinematográfi cos do ano passado com o fi lme em preto e branco e mudo francês “O Artista”.

Um dos fi lmes favoritos deste ano é “Lincoln” que mostra os últimos meses de vida do presidente dos Estados Unidos, responsá-vel pela abolição da escra-vatura no país.

PREMIAÇÃO

Whitney imortaliza composiçãoA balada “I Will Always Love

You”, famosa na voz da can-tora Whitney Houston - morta há pouco menos de um ano, foi eleita a melhor canção romântica da história em uma votação popular feita nos Es-tados Unidos.

A música teve 38% dos vo-tos entre os adultos de uma pesquisa coordenada pela Harris Interactive, e liderou entre os norte-americanos divorciados e viúvos. Mais de 2 mil pessoas votaram pela Internet entre 40 canções de várias décadas.

Na última quinta-feira, Houston já havia sido ho-menageada pelo museu

Madame Tussauds. Quatro estátuas da cantora foram feitas para serem distribui-das pelas filiais de Nova York, Washington, Hollywood e Las Vegas.

INTERNACIONAL

No dia 11 de fevereiro de 2012, Whitney Houston foi encontrada morta em um quarto de hotel em Los Angeles. A autópsia confi rmou que a cantora morreu após se afogar na banheira do quarto, depois de consumir cocaína.

“Unchained Melody” (dos Righteous Brothers), “When a Man Loves a Woman” (de Percy Sledge), “You Are So

Beautiful” (de Joe Cocker) e “How Deep is Your Love” (dos Bee Gees) completam as cin-co primeiras posições.

“I Will Always Love You” foi composta e gravada originalmente em 1974 pela cantora country Dolly Parton, mas fez sucesso nos anos 1990 na voz de Whitney Houston, ao ser incluída na trilha do fi lme “O Guarda-Costas” (1992).

Um ano sem a cantora

NOTORIEDADEA composição “I Will Always Love You”, que ganhou notoriedade na voz da cantora norte-americana Whitney Houston, foi eleita a canção romântica mais popular da história da música internacional

A cantora norte-americana morreu em fevereiro do ano passado, vítima de overdose de remédios

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Márcia Perales e Reison Silva

Maria Edy, Milton e Cláudia de Magalhães Cordeiro

Nicinha Dourado, Marisa e Marilena Perales

. O ‘Feijão Top’, a feijoada de Carnaval que sacudiu o Touchdown no Sábado Magro, ainda é comentário nas altas rodas de Manaus.

. O sucesso da festa, a be-leza da turma presente e o charme do local foram os itens mais comentados. Na coluna de hoje, mais alguns fl ashes do evento. Ano que vem tem mais!

>> Ecos

. Os 80 anos da senho-ra Flávia Perales foram comemorados com um grande almoço no sá-bado passado, no clube do condomínio Alphavil-le, em tarde cheia de charme, reunindo nomes do society tradicional de Manaus.

. Evento agradabilíssi-mo com os Perales, clã que a coluna tem um carinho todo especial, gente da melhor quali-dade que faz parte do time AAA.

>> Niver

A aniversariante Flávia Perales com os netos Lucas e Felipe Mendes Silva

Norma Araújo

Rebecca e Polyana Freire

Laís Jatahy e Felipe Lobão Lia e Roberto Souza

Ádria Braga

A bela Zenilda Castelo Branco com os fi lhos Bernardo e Adli-nez Morena e as netas

Cleide Avelino

Luiz Felipe

Raissa Leite

Luana Johnson e Thayene Botelho

Gilberto Lucena

FOTOS: MAURO SMITH

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Artistas também caem na folia

Criado para aproveitar o momento de Carnaval para promover a aproximação en-tre a nova gestão da adminis-tração pública municipal e a classe artística, a Fundação Municipal de Cultura e Turis-mo (ManausCult) realiza na Quarta-Feira de Cinzas o Bai-le dos Artistas, com atrações e público formado apenas por quem é do meio na cidade de Manaus. A festa acontece no Café-Teatro Les Artistes, a partir das 19h30.

De acordo com a diretora de cultura da ManausCult, a atriz Socorro Andrade, são espe-radas aproximadamente 350 pessoas para o evento. “Tere-mos dois ambientes e várias atrações musicais, além de uma eleição de rei e rainha do baile, com direito a um júri especialmente convidado

para isso”, diz citando alguns nomes cotados para assumir a responsabilidade, como o artista plástico Rui Machado e a miss Tereza Azedo.

Segundo ela, a festa é uma confraternização en-tre o órgão e os artistas. “Todos estão convidados a comparecer fantasiados. Vamos premiar as melhores caracterizações com alguns brindes, incluindo hospeda-gem em hotel de luxo da ci-dade”, enfatiza. Entre outros prêmios, os artistas podem ser contemplados com kits culturais, composto de livros, CDs e DVDs, por exemplo.

As atrações musicais pre-vistas são Zezinho Correa, banda Impakto, Júnior Rodri-gues, Lucilene Castro e Már-cia Siqueira, além de DJs da cena local. “Vou me concen-trar na interpretação de mar-chinhas antigas de Carnaval, como uma verdadeira retros-

pectiva dos bailes antigos, mas estão previstos alguns sambas, também. As músi-cas seguem de “Varre, varre, vassourinha” até “Whisky a go go”. As marchinhas são obras que conheço desde criança e com as quais lembro de ter passado bons momentos, sobretudo quando existiam os carnavais de clube, que não há mais. Hoje tem outras misturas, que vão do axé até o boi-bumbá. Vejo isso de for-ma positiva, porque amplia o horizonte de participações e faz a gente se reciclar tam-bém”, diz o cantor, que acre-dita que sua fantasia para a festa será de pierrô, mas não descarta a possibilidade de fazer alguma referência à personagem Flicts, criada pelo cartunista Ziraldo, com a qual esteve em cartaz no Teatro Amazonas em várias oportunidades.

Pela internet, as confi rma-

ções de presenças, bem como as intenções de voto popular para a escolha de rei e rai-nha do Baile dos Artistas, já estão sendo manifestadas, via Fecebook. “Os artistas podem confi rmar presença colocando o seu nome com-pleto, nome artístico e com-panhia, banda, etc, na página do evento”, diz Andrade.

CARNAVAL

GUSTAV CERVINKAEquipe EM TEMPO

SERVIÇOBAILE DOSARTISTAS

Quando:

Onde:

Quanto:

13 de fevereiro, quarta-feira, às 19h30Café-Teatro Les Artistes (avenida Sete de Setem-bro, Centro)entrada gratuita, exclusiva para artistas

Abril terá ‘Anime Jungle’ A primeira edição do ano do evento que já virou tradição em cidade, contará com as presenças do VJ da MTV PC Siqueira, do cantor Edu Falaschi, da banda ForFun, além dos rapazes do site “Mundo Canibal” e muitos campeonatos

O público amazonense, que não dispensa uma boa diversão re-gada a muito cosplay

e anime já pode reservar três datas em sua agenda. Tudo porque nos dias 12, 13 e 14 de abril o Sesi – Clube do Trabalhador - será palco de mais uma edição do tradicional “Anime Jungle Party”. O evento contará com as participações do VJ da MTV, PC Siqueira, do cantor Edu Falaschi, a banda ForFun, e os rapazes do site “Mundo Canibal”. Os ingressos estão à venda podem ser ad-quiridos por meio do site www.ingresse.com.

Para Andrew Uchoa, um dos organizadores do evento, a grande novidade desta primeira edição do ano diz respeito ao aproveitamento do local. “Es-tamos estudando uma maneira de ampliar o espaço para as crianças. Queremos oferecer opções diferenciadas neste sentido”, explica. Além disso, ela ressalta que a parte estru-tural também será modifi cada. “O nosso palco, por exemplo, ganha uma nova dimensão para facilitar o desenvolvimento dos artistas. Sem falar na seguran-ça de todos. Estamos dando uma atenção especial para este assunto”.

No primeiro “Anime”, 12 de abril, os fre-quentadores da feira de cos-play e anime, terá como atra-ção os músicos da banda ForFun. “Na realidade, o p ú b l i c o

estava pedindo apresentações musicais e optamos por trazer essa banda. Ela mistura a “pe-gada” rock com umas batidas de reggae. A aceitação deles entre o público jovem é muito grande”, comenta.

No dia seguinte, 13, as aten-ções voltam-se para o VJ PC Siqueira – que estará pela primeira vez em Manaus - e para o cantor Edu Falaschi. “O PC (Siqueira) tem uma forma muito engraçada de contar o seu cotidiano. A irreverência é sua marca registrada. Já o Edu (Falaschi) foi outro pedido do público. Além de suas bandas de rock, ele foi responsável pela música de abertura do desenho “Cavaleiros do Zodíaco”. São atrações que farão a diferença do evento”, relata.

E, fi nalizando, a primeira edi-ção, dia 14, os responsáveis pelo site de humor “Mundo Canibal”, que estiveram na ci-dade no ano passado, retornam ao evento. “Eles não puderam apresentar todo seu material da última vez. Daí, surgiu a ideia de trazê-los novamente. Sem falar que eles retornam cheios de novidade”.

ConcursoE para aqueles que gostam de

se fantasiar, haverá um concur-so de cosplay. “Ao todo, serão duas categorias CCM e YCC. Por incrível que pareça, os amazo-

nense dão muito valor nesse quesito. Investem bastante nas produções e o resul-tado é sempre positivo”, fi naliza. Vale ressaltar que os três dias contarão com parque infl ável, lan house,

campo de paintball, futebol de sabão, guerra de cotonete

e tenda com k-pop (música coreana).

BRUNO MAZIERIEquipe EM TEMPO

A banda ForFun mos-tra sua mistura de reggae e rock

Pela primeira vez, PC Siqueira da MTV estará em Manaus

O cantor Edu Falashi foi escolhido pelo pú-blico para o evento

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D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Baseado no livro “O segundo suspiro”, fi lme francês mostra como os amigos podem elevar ou depreciar uma pessoa

RESENHA

Quando vi o fi lme francês “Os Into-cáveis” fi quei me-ditando sobre uma

grande verdade que eu já deveria ter destacado em mi-nha vida: algumas amizades te levam para cima, outras te puxam para o buraco. Não é preciso dizer qual devemos escolher, embora nem sem-pre sejamos capazes de deci-dir, no momento certo, qual a que estamos vivenciando.

Parece fi losofi a barata de Facebook, coisa de menor importância, mas não é bem assim. Quando você assiste “Os Intocáveis” tem a certeza absoluta que um dos maiores tesouros que se pode obter nessa vida é uma amizade sin-cera, leal e desinteressada. Aliás, diga-se de passagem, uma coisa bem difícil nos tempos atuais.

Vale ressaltar que o fi lme em questão – que eu amei - é ba-seado em um livro que já está na minha lista de leitura para o próximo mês – “O segundo suspiro”, de Philippe Pozzo di

Borgo. Adorei o fi lme e prova-velmente vou gostar do livro, minha próxima aquisição.

A história de Philippe di Borgo, um ex-executivo da casa de champanhe Pomery que ficou tetraplégico após um acidente de parapente foge inteiramente daquele melodrama que se baseia na autopiedade que inspira a piedade alheia. O filme não tem nada dessa pieguice que se poderia esperar de uma história dramática, embora seja baseado em fatos reais. Ao contrário, a história de Phillippe e o seu carismático acompanhante, o ex-presidi-ário argelino Abdel Sellou, que interpreta o vigarista Driss, é recheada de mo-mentos descontraídos que acabam arrancando um riso aliviado de quem esperava se emocionar com a vida do cadeirante milionário.

A comédia é leve e agradou em cheio na Europa levando milhões de telespectadores ao cinema. Chegou ao Brasil no fi nal do ano passado, e ao que tudo indica será uma das indicações do próximo Oscar. Com excelentes chan-

ces, diria eu, que não entendo muito do assunto, mas adorei o fi lme. Dizem que os ame-ricanos já querem fazer um remake, mas eu recomendo o fi lme francês.

Em curtas e breves linhas, a amizade do milionário com o seu motorista negro não tem aqueles tradicionais traços de sentimentalismo que ameri-canos adoram inserir nos seus melodramas ou comédias for-çadas. O fi lme aborda, com sutileza, as diferenças de classes entre o negro pobre e o milionário pa-ralítico e entedia-do, mas o que se destaca mesmo é a relação despre-tensiosa e simples que se trava entre os dois.

Destaque para a simpatia de François Cluzet, um dos queri-dinhos da França, e o negro extremamente carismático Omar Sy, que rouba as cenas e o coração dos espec-tadores. Fica a dica. Bom divertimento.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

çadas. O fi lme aborda, com sutileza, as diferenças

que se trava entre

Destaque para a simpatia de François Cluzet, um dos queri-dinhos da França, e o negro extremamente carismático Omar Sy, que rouba as cenas e o coração dos espec-tadores. Fica a dica.

‘Os Intocáveis’ ressalta a beleza de uma amizade

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‘Affl eck teve um início difícil’

CINEMA

Matt Damon e Ben Affl eck são amigos de infância. Por muitos anos, Damon, que está na Alemanha promo-vendo seu “Promised Land”, de Gus Van Sant, como parte da competição do Festival de Berlim, era a parte de prestígio da du-pla, enquanto Affl eck so-fria como “o namorado de Jennifer Lopez” e críticas a suas atuações.

“Ben chegou ao pior lu-gar que podia em sua car-reira nesta época, quando vendia mais revistas do que ingressos de seus filmes”, disse Damon em coletiva na capital ale-mã, hoje. “Ele ouviu muita merda da imprensa, mas conseguiu se reinventar. Agora, ele dirigiu três fil-mes fantásticos e tem um trabalho memorável.”

Damon falou que torcerá por “Argo”, dirigido pelo amigo, na cerimônia do Oscar, em 24 de feverei-ro, mas que Affleck “ficará

bem mesmo sem ganhar”. “Ele merece tudo que está acontecendo, porque trabalhou duro para ga-nhar respeito.”

Por outro lado, o ator de “Promised Land” encontra-se em uma encruzilhada na carreira. O drama no qual interpreta um sujeito a serviço de uma empresa de explo-ração de gás natural foi um fracasso nos Estados Unidos, gerando péssimas críticas e arrecadando míseros US$ 7 milhões nas bilheterias - o orçamento girou em torno de US$ 18 milhões.

“Está cada vez mais difí-cil conseguir dinheiros para fi lmes, porque todo mundo está migrando para a te-levisão e precisamos fazer produtos para garotos de 15 anos”, reclamou o astro, que voltará para Berlim em março para fi lmar “The Mo-numents Men”, dirigido por George Clooney. “Não sei onde nós estaremos daqui a dez anos”.

Damon falou que o início de carreira do ator foi péssimo, com atuações criticadas

DIVULGAÇÃO

TORCIDAEm coletiva, o ator Matt Damon falou que torcerá por “Argo”, di-rigido pelo amigo, na cerimônia do Oscar, em 24 de fevereiro, mas que Affl eck “fi ca-rá bem mesmo sem ganhar”

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D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoEstratégiaO “Vídeo Show”, da Globo,

passou a exibir chamadas e abertura específi cas para o telespectador de São Paulo - nas palavras do André Mar-ques, “a minha querida São Paulo”. Uma estratégia, claro, para se aproximar ainda mais do público do principal mer-cado de audiência do país. Pedro Bial, no “BBB”, também tem feito algo parecido.

Mais umOutro nome confi rmado na

próxima das 21h, na Globo, substituta de “Salve Jorge”, é o de Thiago Fragoso. Foi escolhido, por sugestão do próprio autor, Walcyr Carras-co, para o papel de Nilo, um dos dois gays da novela.

Prioridades estabelecidasAinda a próposito da nova

novela do Walcyr, Malvino Salvador, um dos protagonis-tas, deixou temporariamente de lado o seu trabalho no fi lme sobre o lutador de MMA, José Aldo. Nem tem como ser di-ferente, uma vez que a Globo exige total exclusividade dos seus principais artistas no período de gravações.

E atençãoA propósito do fi lme do

José Aldo, é desejo dos seus realizadores contarem com

PetRafi nha Bastos será um veterinário no fi lme “Mato Sem

Cachorro”, protagonizado por Danilo Gentili. Lançamento anunciado para junho ou julho. Também no elenco, Bruno Gagliasso, Leandra Leal e Gabriela Duarte.

Bate-rebate• Prestes a completar 14

anos no ar, a Rede Século 21, emissora católica do interior de São Paulo e com presença na parabólica em todo o país, reposicionou a sua marca e promoveu o lançamento do sinal em HD.

• Marcos Pasquim volta às novelas da Globo em “Sara-mandaia”.

• Carlito é o seu personagem, braço direito de Zico Rosado, José Mayer.

• “Mulheres Ricas”, da Band, terá seu último episódio exibido no dia 11 do mês que vem.

• No dia 18, portanto, a Ban-deirantes voltará a apresentar o “CQC”, com o reforço de Dani Calabresa na bancada.

• Ainda na Bandeirantes, o pessoal do “Pânico” é todo mistério em torno dos novos quadros do programa.

• Carioca, Emílio Surita, Sa-brina Sato e cia. voltam com programa inédito no outro domingo.

Indicação para serviços na TV

Foi o diretor Fabrício Mamber-ti quem incentivou o pessoal da Globo a contratar, especialmente para “Saramandaia”, os serviços de uma empresa que trabalhou na criação de efeitos especiais para a série de fi lmes “Harry Potter”. A emissora não comenta o assunto e nem revela nome da empresa, mas, sabe-se que seis produtoras trabalharam nos fi lmes.

REPRODUÇÃO

O elenco de “Salve Jorge”, que ainda não tem uma boa frente de capítulos, conseguiu sinal verde da direção para fol-gar amanhã e terça-feira. Para tanto, os atores tiveram que trabalhar um pouco mais nos últimos dias. Mas é isso. Na quarta-feira a maioria já volta aos estúdios da novela.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

A propósito do fi lme do José Aldo, é desejo dos seus realizadores contarem com

quarta-feira a maioria já volta aos estúdios da novela.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

uma participação especial de Galvão Bueno, como narrador dos principais combates. Claro que, além do fator cachê, isto também irá depender da agen-da do Galvão, especialmento dos seus compromissos com a Globo.

Bebê Michelle Gianella, apresen-

tadora da TV Gazeta, mais conhecida pelo trabalho no “Mesa Redonda”, entrou no

quarto mês de gravidez. Está esperando um menino. Bruno é o nome escolhido.

ContrataçõesO canal Fox Sports, no Rio,

iniciou um outro processo de contratações. O pessoal que está chegando agora vai direto para um novo programa às se-gundas-feiras, que será apre-sentado por Renato Maurício Prado. A estreia deverá acon-tecer entre março e abril.

João Kléber volta a Rede TV!O humorista e

apresentador João Kléber, 55 anos, volta a comandar

um programa de TV no Brasil, após hia-to de 8 anos. Ele retorna à Rede TV!, emissora onde fez

sucesso com atra-ções polêmicas, para

trabalhar na cobertura dos bastidores do Carna-

val de São Paulo e comandar dois novos programas, ainda

sem data defi nida de es-treia. “A emissora me

fez uma proposta, já conhece o

meu perfi l. Em pou-

co tempo, fechamos contrato de 2 anos”, diz.

Logo em sua primeira apa-rição, o apresentador prome-te surpreender o público. Em meio aos foliões, no desfi les das escolas de samba e nos blocos de rua, ele comandará o “Teste de Fidelidade” ao vivo. A proposta foi inspirada no quadro que fazia parte do programa “Eu Vi na TV” (Rede TV!), exibido entre 1999 e 2005 e que consagrou Kléber como apresentador.

Segundo ele, o famoso teste será feito com foliões anônimos, mas também po-derá acontecer com famosos que estiverem nas festas. “Não tem momento mais polêmico do que o Carna-val para testar a fi delidade de alguém. As pessoas que tomem cuidado, pois haverá muitas câmeras espalhadas pela avenida”, alerta.

O apresentador já está empenhado na produção dos programas que vai comandar

em breve na Rede TV!. Um deles será diário, pela manhã, e substituirá o

“Se Liga Brasil”. Nesse horário, ele vai en-frentar o “Encontro com Fátima Bernar-des” (Globo), o “Bom Dia & Cia”. (SBT) e o “Hoje em Dia” (Re-cord). Embora seja a primeira vez que

estará à frente de uma atração matinal,

Kléber afi rma que assiste aos concorrentes e analisa até o modo de falar de cada um.

“Vou para a briga! Não gosto de trabalhar sem competição. Respeito meus colegas, mas, no ar, somos todos concor-rentes”, afi rma. O apresen-tador revela seu desejo pelo primeiro lugar na audiência.

“Quem não quer ganhar de peixe grande? Vou para brigar pelo primeiro lugar, sim”.

A atração diária, que tem estreia programada para mar-ço, deve focar o público em geral e apostar no entreteni-mento. Além disso, mostrará histórias de personagens re-ais, terá interatividade com o telespectador, além da entra-da do jornalismo ao vivo em coberturas especiais.

“As pessoas vão se iden-tificar, e vamos usar toda a tecnologia disponível na emissora, que está muito diferente de quando a deixei,

em 2005”, afirma. Já o se-gundo programa previsto no contrato de João Kléber será semanal e noturno. Deve es-trear até julho. O apresenta-dor ainda estuda o formato e não descarta a possibilidade de voltar a se envolver em situações polêmicas na bri-ga pela audiência.

CarreiraAos 17 anos, João Kléber

estreou como humorista nos palcos e se inspirou nos per-sonagens interpretados por Agildo Ribeiro e Jô Soares. Chico Anysio (1931-2012),

Chacrinha (1917-1988), Da-niel Filho e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, foram alguns dos nomes que lhe abriram as portas na Glo-bo. Mas foi em 1999, quando entrou para a Rede TV!, que João Kléber divertiu o público com imitações de Netinho de Paula, Caetano Veloso, Paulo Maluf, Julio Iglesias e Silvio Santos - que já o elogiou pela sátira.

Em 2005, um de seus pro-gramas na emissora paulista, o “Tarde Quente”, fez com que, por decisão judicial, a Rede TV! fi casse 24 horas fora do ar. A atração foi acusada de homofobia por conta de uma de suas pegadinhas. No ano seguinte, Kléber partiu para Portugal, onde comandou o “Fiel ou Infi el?” (TVI). A atra-ção tinha o formato do “Teste de Fidelidade”.

No período fora do país, o apresentador conta que visitou emissoras na Espa-nha, na França, na Itália e na Inglaterra para estudar como é a produção interna-cional de televisão. “O Brasil é referência em teledrama-turgia, mas, no quesito show e programa de auditório, os estrangeiros dominam. Esse período fora me fez amadu-recer como profissional.”

Atualmente, João Kléber vol-tou aos palcos. Ele se dedica à comédia e está em cartaz com o show “João Kléber entre a Pizza e o Motel”, no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo. E, nesse retorno à Rede TV!, sente-se como no ditado: “O bom fi lho à casa torna”. “É a minha primeira casa. Algumas das costelas da emissora são do João Kléber. É a minha vez de contribuir no campo artístico e profi ssional”.

Por Alex Francisco

TV

O Brasil é refe-rência em teledra-maturgia, masm

no quesito show e programa de audi-tório, os estrangei-

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João Kléber, apresentador

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O apresentador, que já foi da emissora, retorna para um novo programa

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Page 30: EM TEMPO - 10 de fevereiro de 2013

D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Programação da TV

5:00 Aventura Selvagem – Reprise

5:30 Pesca Alternativa

6:30 Brasil Caminhoneiro

7:00 A Grande Ideia

7:30 Vrum

8:00 Programa da Manazinha – Local

8:30 Chaves

9:00 Sorteio Amazonas da Sorte – Local

10:00 Domingo Legal

14:00 Eliana

18:00 Vamos Brincar de Forca

18:40 Sorteio da Telesena

18:45 Programa Sílvio Santos

23:00 De Frente com Gabi

0:00 Série - O Mentalista

1:00 Série – Alvo Humano

2:00 Série – Chase

3:00 Encerramento de Emissora

SBT

GLOBO

REDE TV

4:45 Santa Missa em Seu Lar

5:45 Sagrado: Compacto

5:55 Amazônia Rural

6:25 Pequenas Empresas, Grandes Negócios

7:05 Globo Rural

8:05 Auto Esporte

8:38 Esporte Espetacular

11:30 Temperatura Máxima

13:53 Esquenta

15:17 Domingão do Faustão

19:30 Fantástico

21:50 Domingo Maior

0:05 Sessão de Gala

1:48 Corujão

3:15 Sob Medida

4:00 Festival de Desenhos

4:45 Bíblia Em Foco

5:00 Nosso Tempo

5:30 Desenhos Bíblicos

7:00 Voto na Record – Local

11:15 Tudo É Possível

RECORD

6:30 Igreja Internacional da Graça – Local7:30 Igreja Internacional da Graça – Local8:55 Break obrigatório9:00 TV Shopping Manaus – Local10:00 Show de Ofertas da Cidade – Local10:30 TV Kids – Local11:00 Igreja Internacional da Graça – Local12:00 Fique Ligado – Local13:00 TV Kids – Local14:00 Encircuito – Local (Reprise)15:30 Amazonas Mix – Local16:00 Break obrigatório16:05 TV Kids16:45 Ritmo Brasil17:20 O Último Passageiro18:40 Super Bull Brasil19:40 Star Trek21:00 TV Shopping Manaus – Local (Reprise)22:00 Cine Total23:30 Dr. Hollywood0:15 É Notícia1:15 Bola na Rede1:45 Igreja Internacional da Graça – Local

14:00 Top Model – HD

15:00 Programa do Gugu

19:30 Domingo Espetacular – HD

22:15 Repórter Record

23:15 Série – Todo Mundo Odeia o Chris

0:15 Programação IURD

Eliana apresenta seu programa todos os domingos no SBT

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 Por agora, algo de novo irá surgir quanto aos projetos gerais de sua vida. Há motivos futuros que lhe atraem para situações que não poderiam ser previstas antes.

TOURO - 20/4 a 20/5 É hora de abrir espaço para novas possibili-dades e inovações na atividade profi ssional. Nem tudo será uma consequência do passado, pois novas situações irão acontecer.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Você idealiza situações e se prende demais ao idealizado. Seria importante voltar-se mais para colocar em prática e em ação, por sua própria conta, as ideias que vem cultivando.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 As pessoas com quem você partilha sua vida irão levá-lo para além das fronteiras do conhecido. É tempo de ingressar em novas possibilidades para sua existência.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Suas parcerias se abrem para novas possi-bilidades. É hora de você permitir o espaço necessário para o que precisa ser renovado em seus relacionamentos principais.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Perceba o que está se movimento em meio à sua rotina, a pedir uma nova dinâmica, um novo espaço para se estabelecer. Não seja tão intolerante assim com as novidades.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Momento em que os sentimentos novos sur-gem na relação amorosa, e você se exalta em emoções e pensamentos voltados às pessoas queridas. Sua criatividade está em alta.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 As mudanças em seu lar prometem acontecer por agora. Não é hora de controlar situações, mas de entender para que aponta as confi -gurações deste novo futuro.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Uma nova dinâmica se instala em seus relacionamentos, ações cotidianas e ati-vidades intelectuais. Saia de situações seguras e aceite ingressar em novos ambientes.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Novas condições materiais e financeiras irão remodelar a situação de sobrevivên-cia e sua prosperidade. Fique em sinto-nia com novas oportunidades e negócios produtivos.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 A Lua Nova em seu signo indica momento de grandes mudanças pessoais bastante profundas. Há valores e qualidades seus a serem vividos de maneira mais efetiva.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Alguma mudança forçada pode se dar nos próximos dias, mas talvez ela lhe desvie de algo que não era mais necessário. Aprenda a lidar de maneira prática com as limitações.

Cruzadinhas

Cinema

ESTREIA

Tainá 3 – A Origem BRA. 10 anos. Tainá fi ca órfã ainda bebê. Ela é criada pelo pajé Tigê e sonha em ser a primeira guerreira menina da aldeia. Ela conhece Laurinha e é grande amiga do índio Gobi. Juntos, eles buscam informações da origem de Tainá e lutam contra Vitor, um contrabandista de madeira que está por trás do desma-tamento da fl oresta. Cinemark 3 – 11h40 (não será exibido sexta-feira, quarta-feira e quinta-feira), 13h50, 15h50, 18h e 20h10 (diariamente); Cinemais Plaza – 14h, 16h e 17h45 (diariamente); Cinemais Millennium - 14h20, 16h30 e 18h30 (diariamente).

ESTREIAO Voo: EUA. 14 anos. Whip é um

piloto de aviação comercial que, com a queda iminente de um avião, assume o comando e consegue salvá-lo com da-nos mínimos. Logo ele se torna um herói nacional, mas uma investigação interna revela que ele estava voando sob o efeito de drogas e álcool. Tendo consciência disto, Whip não se sente bem com todas as homenagens que recebe, por não se considerar merecedor delas. Cinemark 4 – 12h40, 15h40, 18h50 e 21h50 (leg/diariamente); Cinemais Plaza – 13h40, 16h20, 19h e 21h40 (leg/diariamente); Cinemais Millennium – 14h, 16h40, 19h20 e 22h (leg/diariamente).

Fogo Contra Fogo: EUA. 14 anos. A produção conta a história de um bom-beiro que testemunha um assassinato e precisa proteger sua vida das ameaças do autor do crime. Marca a estreia do diretor David Barret na direção de um longa. Cinemark 5 – 12h30, 17h20 e 22h30 (dub/diariamente); Playarte 5 – 14h30, 16h30, 18h30, 20h30 (leg/diariamente) e 22h30 (leg/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira); Cinemais Plaza – 15h20, 17h30, 19h50 e 22h (dub/diariamente).(leg/somente sexta-feira e sábado), Playarte 5 – 13h, 15h, 17h, 19h, 21h (leg/diariamente), 23h (leg/somente somente sexta-feira e sábado), Playarte 6 - 14h, 16h, 18h, 20h (dub/diariamente), 22h (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 7 – 14h, 16h, 18h, 20h (dub/diariamente), 22h (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinemais Plaza – 15h30, 17h30, 19h30

e 21h35 (dub/diariamente); Cinemais Millennium – 15h10, 17h10, 19h10 e 21h20 (leg/diariamente).

As Aventuras de Tadeo: ESP. Livre. A animação conta a história de um jo-vem pedreiro que é confundido com um famoso arqueólogo e enviado para uma expedição ao Peru. Na América do Sul, ele precisa impedir que uma empresa destrua uma cidade inca. Cinemark 7 – 11h10 (3D/dub/não será exibido na sexta-feira, quarta-feira e quinta-feira), 13h20, 15h30, 17h50 e 20h (3D/dub/diariamente); Cinemais Plaza – 13h50 e 15h50 (3D/dub/dairiamente); Cinemais Plaza – 14h50 e 16h50 (dub/diaria-mente); Cinemais Millennium – 14h10 e 16h10 (3D/dub/diariamente).

Meu Namorado é Um Zumbi: EUA. 10 anos. Adaptação do livro “Sangue Quente” - do escritor Isaac Marion e lançado no Brasil pela Leya -, é um bem-humorado fi lme de zumbi. Do mesmo diretor do emocionante “50%”, apresenta um zumbi chamado R. Ele se apaixona por uma garota não infectada após comer o cérebro do namorado da menina e o amor passa a ser visto como a possível cura para o problema dos mortos-vivos. Cinemark 8 – 12h (dub/não será exibido na sexta-feira, quar-ta-feira e quinta-feira), 14h20, 16h40, 19h, 21h20 (dub/diariamente) e 23h40 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinemais Plaza – 15h, 17h10, 19h20 e 21h20 (dub/diariamente); Cinemais Millennium – 15h20, 17h30, 19h40 e 21h40 (leg/diariamente).

João e Maria: Caçadores de Bruxas – 14 anos: Cinemark 1 – 11h50 (dub/ não será exibido na sexta-feira, quarta-feira e quinta-feira), 14h10, 16h30, 18h40, 21h (dub/diariamente) e 23h10 (dub/so-mente sexta-feira e sábado); Cinemark 7 – 22h20 (3D/dub/diariamente); Cinemais Plaza – 17h50, 19h40 e 21h30 (3D/dub/diariamente); Cinemais Plaza – 14h20, 16h40, 18h40 e 20h40 (dub/diariamen-te); Cinemais Millennium – 18h10, 20h e 21h50 (3D/dub/diariamente); Cinemais Millennium – 14h40, 19h e 21h (leg/dia-riamente).

De Pernas Pro Ar 2 – 12 anos: Cinemark 2 – 13h, 15h, 17h30, 19h50 e 22h10 (diariamente); Cinemais Plaza – 19h10 e 21h10 (diariamente).

Os Miseráveis – 14 anos: Cinemark 3 – 0h25 (leg/somente sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium – 15h10, 18h20 e

21h20 (leg/diariamente).

Caça Aos Gângsteres – 16 anos: Cinemark 3 – 22h (dub/diariamente); Ci-nemais Millennium – 16h45 (leg/diaria-mente).

O Lado Bom da Vida – 12 anos: Cinemark 5 – 14h40 e 19h40 (leg/diaria-mente); Cinemais Plaza – 19h30 e 21h50 (leg/diariamente); Cinemais Millennium – 14h30, 16h50, 19h10 e 21h30 (leg/diariamente).

Inatividade Paranormal – 16 anos: Cinemark 6 – 12h35, 14h50, 17h10, 19h20, 21h40 (dub/diariamente) e 23h50 (dub/somente sexta-feira e sábado); Playarte 1 – 13h30, 15h30, 17h30, 19h30 (dub/diariamente), 21h30 (leg/diariamente) e 23h30 (leg/somente sexta e sábado); Playarte 3 – 13h, 15h, 17h, 19h, 21h (leg/diariamente) e 23h (leg/somente sexta-

feira, sábado e segunda-feira); Playarte 6 – 14h, 16h, 18h, 20h (dub/diariamente) e 22h (dub/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira); Playarte 7 – 14h01, 16h01, 18h01, 20h01 (dub/diariamente) e 22h01 (dub/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira); Cinemais Plaza – 15h10, 17h20, 19h35 e 21h35 (dub/diariamente); Cinemais Millennium – 19h15 e 21h15 (leg/diariamente).

O Mar Não Está Pra Peixe 2 – Livre: Playarte 2 – 14h20 e 16h20 (dub/diaria-mente).

Os Penetras – 14 anos: Playarte 2 – 18h20, 20h20 (diariamente) e 22h20 (somente sexta e sábado).

A Viagem – 16 anos: Playarte 4 – 14h, 17h20, 20h40 (leg/diariamente) e 23h59 (leg/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira).

A Sombra do Inimigo – 14 anos: Playarte 8 – 13h25, 15h30, 17h35 e 19h40 (dub/diariamente).

O Homem Mais Procurado do Mun-do – 14 anos: Playarte 8 – 21h45 (leg/diariamente) e 23h50 (leg/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira).

O Resgate – 14 anos: Playarte 9 – 14h10, 16h10, 18h10, 20h10 (dub/dia-riamente) e 22h10 (dub/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira); Playarte 10 – 13h10, 15h10, 17h10, 19h10, 21h10 (leg/diariamente) e 23h10 (leg/somente sexta-feira, sábado e segunda-feira).

Lincoln – 12 anos: Cinemais Millen-nium – 21h10 (leg/diariamente).

Monstros S.A. 3D – Livre: Cinemais Millennium – 14h50 e 17h (dub/diaria-mente).

CONTINUAÇÕES

DIVULGAÇÃO

REPRODUÇÃO

TV CULTURA5:55 Abertura da Emissora/Hino Nacional6:00 Via Legal6:30 Brasil Eleitor

7:00 Palavras da Vida

8:00 Santa Missa

9:00 Viola, Minha Viola

9:30 Nova Amazônia – Local

10:00 Escola Pra Cachorro

10:15 Meu Amigaozão

10:30 Turma do Pererê

11:00 ABZ do Ziraldo

11:30 Anima TV Tromba Trem

11:45 Anima TV Carrapatos e Catapultas

12:00 Turma do Pererê

13:00 Dango Balango

13:30 TV Piá

14:00 Stadium

15:00 Os Protetores do Planeta

16:00 Ver TV

17:00 De Lá, Pra Cá

17:30 Cara e Coroa

18:00 Papo de Mãe

19:00 Conexão

20:00 Esportvisão

21:30 MPTV – Local (Reprise)

22:00 Roda Viva Amazonas – Local (Reprise)

23:00 Doc Especial

0:00 Encerramento da Emissora/Hino Nacional

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D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

Plateia

É hoje o grande dia. Com o apoio do Planeta das Fantasias, Sorvete Toya, D&A, Grafi sa e DM2 a primeira versão da mais esperada folia infantil que movimentará o Domingo Gordo de Carnaval, nas dependên-cias do Buff et Morada, a partir das 16h11. Trata-se do baile “Figurinhas na Folia” – assinado pela coluna em parceria com o programa “Figuras”, de Milena Reis. Muito skindô e concurso do rei e rainha-mirim do Carnaval vai agitar o auê-tendência.

::::: Baile Figurinhas na Folia

Quem achava que o governo do Estado havia desistido do projeto do mono-trilho se enganou. Em recente fala o governador Omar Aziz informou o valor que o governo irá investir na obra de mobilidade urbana. Agora é combinar com a prefeitura para conectar o monotrilho ao VLT. Mas, uma coisa é certa, difi cilmente os dois projetos estarão prontos para a Copa de 2014.

::::: Rolando os dados

Ganha corpo nas redes sociais o reclame geral contra o aumento da gasolina. O litro do precioso líquido vai ultrapassar três reais. Assim, só mesmo usando o transporte público efi ciente que Manaus não tem. Oremos.

::::: Reclame geralSoou estranha a proposta do Sindicato dos

Camelôs de isolar ruas do centro da cidade para serem ocupadas pelos tais “trabalha-dores informais”. O projeto apresentado à prefeitura propõe ocupar espaços ociosos e abandonados no centro de Manaus. A ideia até que é sim-pática, mas o que não convence mesmo é a cultura dos camelôs de sempre fazer um “puxadinho” em suas bancas e poluir os locais de todas as formas.

::::: Estranha proposta

A comunidade artística de Manaus aguarda ansiosa os projetos da Ma-nausCult para a cidade. Decorridos quase dois meses da posse de Inês Daou, nenhuma palavra foi emitida sobre os projetos a serem mantidos, criados ou extinguidos pela fundação. Segundo fontes palacianas, a nova gestora está em fase de reconhecimento do terreno e assim que o Carnaval passar, Inês põe o bloco na rua. Vamos aguardar.

::::: Silêncio::::: OlharEm uma semana de agen-

da intensa, a primeira-dama Nejmi Jomaa Aziz, esteve no Parque Belchior, pertencente à Bacia do São Raimundo, onde será construído o Pro-samim 3, para acompanhar o andamento das obras. A incansável Nejmi também conferiu os avanços dos in-vestimentos que estão sendo realizados na orla do rio Ne-gro, no São Raimundo

O aimeudeus TJ Campos, ba-dalado DJ das noites paulis-tanas, também marcou pre-sença no carro abre-alas do bonito desfi le da “A Gran-de Família”, ontem, escola que levantou as arquibancadas com a homena-gem ao apre-sentador Wais-ser Botelho

A US Comercial – distribuidora de supri-mentos para impressão que atende

todo o território nacional – inaugu-rou (em Manaus) a primeira fi lial

do grupo. A empresa representa as principais marcas mundiais atuantes no mercado de remanu-fatura de cartuchos. Na foto, o

presidente Valdir Rigout, que veio especialmente para a inauguração, e a gerente regional Regiane Rabelo, que atenderam os con-vidados com total simpatia.

ROBERTO CARLOS/AGECOM

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Biblioteca faz homenagens

Salões do prédio centenário abrigam biografi as em painéis de personalidades que fi zeram história

Você conhece Gene-sino Braga, Thalia Phedra Borges dos Santos, Maria Luiza

Cordeiro ou Lourenço Pes-soa? Se ainda não sabe quem são esses professores que dedicaram boa parte de suas vidas à paixão pela literatura e a Biblioteca Pública do Amazonas está na hora de ir ao centenário prédio no Centro e conferir de perto a instituição que eles ajuda-ram a construir e que hoje chega ao seu ápice com mais de 345 mil volumes e instalações modernas como poucas no país.

Verdadeiros guardiões do saber e da liberdade de expressão, eles são os ho-menageados nos quatro sa-lões principais que abrigam a maior parte do patrimônio cultural, com suas biografi as expostas em painéis nas en-tradas das salas, chamando a atenção dos visitantes de que nestes locais, não são apenas os livros que nos contam histórias.

Logo na entrada, do lado esquerdo de quem passa pe-las imensas portas da entra-da na Rua Barroso, está o Salão Genesino Braga, que abriga a coleção de livros raros e especiais. Braga, es-critor, professor e jornalista que participou da fundação da Associação Amazonense de Imprensa em 1937, teve participação fundamental na reconstrução do acervo após o incêndio de 1945 que devastou a coleção e do qual restaram apenas 60 livros que naquele momento estavam em outro local.

Com dedicação incansável e sem igual, ele chegou a percorrer a cidade batendo de porta em porta pedindo doações de livros que hoje integram o acervo. Pelo seu exemplo aos profi ssionais

que ajudou a formar ao longo dos anos, é considerado o símbolo da Biblioteconomia no Amazonas, tendo repre-sentado o país na Conferên-cia Mundial promovida pela Unesco em 1951.

Do outro lado da imensa escadaria de ferro escocês está a sala Thalia Phedra Borges dos Santos. Com 275 metros quadrados e 35 mil volumes sobre todas as áreas do conhecimento, o espaço é uma justa homenagem à di-retora que esteve na função entre 1975 e 1983, depois da experiência adquirida na Biblioteca do Instituto de Educação do Amazonas.

Sua gestão foi marcada pela busca da modernização das instalações do prédio para melhor atender estu-dantes e pesquisadores, as-sim como a ampliação do acervo e da estrura física na gestão de José Lindo-so. No primeiro aniversário de sua morte, em 1984, o então governador Gilberto Mestrinho a eternizou com a homenagem em um dos principais salões do prédio. Como professora da rede pública, Thalia lecionou em diversos colégios da cidade e ainda auxilou na organização da fi lmoteca das TVs Amazo-nas e Educativa (Cultura).

No andar superior, o sa-lão que abriga a biblioteca luso-brasileira, a gibiteca e o telecentro foi batizada com o nome de Maria Luiza de Magalhães Cordeiro. Em um tempo em que poucas mulheres ocupavam car-gos de chefi a, Maria Luiza quebrou paradigmas e com seu impressionante currí-culo, onde se destacavam a fl uência em francês e a graduação com distinção no curso de bibliotecono-mia na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, iniciou seu trabalho na instituição em 1947 e viria a ser nomeada sua primeira diretora anos depois. Ao aposentar-se em 1972, dedicou-se ex-clusivamente ao curso de graduação na Universidade Federal do Amazonas.

Ainda no primeiro andar, o espaço onde funcionou a Assembleia Legislativa do Estado e no qual começou o incêndio de 1945, está o salão Lourenço Pessoa, professor da Escola Normal

nas últimas décadas do sé-culo 19 e que trouxe para a Província do Amazonas sua paixão pelos livros e os ideais abolicionistas que já manifestava em seu Estado natal, o Ceará.

Na sala encontra-se a coleção de periódicos des-de 1868 até o presente e vale observar com aten-ção a pintura decorativa restaurada de acordo com padrões da construção do prédio em 1910 e parte do forro central que foi reco-lhido após o fogo. Essa via-gem no tempo, asim como todo o acervo da Biblioteca Pública do Amazonas, está aberta à visitação e consul-ta de seu acervo de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e aos sábados das 8h às 14. O cadastro é gratuito e é feito na entrada do prédio, sendo necessário apenas a apresentação da carteira de identidade. Para mais informações acesse www.facebook.com/culturadoa-mazonas.

Painel no andar superior

O painel de Maria Luiza de Magalhães Cordeiro está no andar superior do local, mesmo salão da bi-blioteca luso-brasileira

ESPAÇOSPersonalidades que fi zeram parte da história do Estado ganham grandes pai-néis com suas res-pectivas biografi as em quatro salões da Biblioteca Pública do Amazonas

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