em tempo - 12 de fevereiro de 2012

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ANO XXIV – N.º 7.561 – MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES - DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00 Arcebispo recomenda moderação na folia Arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira afirma que a Igreja Católica não é contra o Carnaval e a alegria dessa festa, no entanto, não pode concordar com a prática de atos libidinosos e com a desvirtuação de valores que grande parte das pessoas credita a esse momento. Política A7 Bafômetro poderá ser coadjuvante ‘LEI SECA’ Dia a dia C2 Manaus receberá show de Roberto Carlos em março RETORNO DO REI ANDRE LESSA/AE Empregos temporários são refle- xo do crescimento em 8% na venda de ovos de Páscoa, em comparação ao ano passado . Economia B2 Páscoa deve gerar 1,5 mil empregos COMÉRCIO LOCAL Pela primeira vez, a revista Elen- co terá um espaço exclusivamente dedicado a personalidades da cena social amazonense. Elenco 13 Elenco terá espaço nobre no Carnaval CAMAROTE HUDSON FONSECA ARQUIVO EM TEMPO/MICHELL MELLO Thiago Neves é esperança de melhoria no meio-campo do Flu PEÇA-CHAVE Lance! 2 e 3 LIVIA VILLAS BOAS/AE Arena Amadeu Teixeira foi reservada para a realização do evento, conforme publicação no Diário Oficial do Estado. Plateia D3 Insetos podem ajudar a elucidar crimes policiais PESQUISA Estudo do Inpa mostra que as moscas, por exemplo, podem indicar, com precisão, a hora do óbito e auxiliar na resolução de crimes de homicídios. Dia a dia C6 Por problemas técnicos, deixamos de publicar a lista dos aprovados no Bolsa Universidade. A lista está sendo publicada nesta edição. ERRATA Caderno Especial

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO www.emtempo.com.br

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Page 1: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

ANO XXIV – N.º 7.561 – MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES - DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

Arcebispo recomenda moderação na folia

Arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira afi rma que a Igreja Católica não é contra o Carnaval e a alegria dessa festa, no entanto, não pode concordar com a prática de atos libidinosos e com a desvirtuação de valores que grande parte das pessoas credita a esse momento. Política A7

Bafômetro poderá ser coadjuvante

‘LEI SECA’

Dia a dia C2

Manaus receberá show de Roberto Carlos em março

RETORNO DO REI

AND

RE L

ESSA

/AE

Empregos temporários são refl e-xo do crescimento em 8% na venda de ovos de Páscoa, em comparação ao ano passado . Economia B2

Páscoa deve gerar 1,5 mil empregos

COMÉRCIO LOCAL

DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA

Pela primeira vez, a revista Elen-co terá um espaço exclusivamente dedicado a personalidades da cena social amazonense. Elenco 13

Elenco terá espaço nobre no Carnaval

CAMAROTE

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Thiago Neves é esperança de melhoria no meio-campo do Flu

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Lance! 2 e 3

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Arena Amadeu Teixeira foi reservada para a realização do evento, conforme publicação no Diário Ofi cial do Estado. Plateia D3

Insetos podem ajudar a elucidar crimes policiais

PESQUISA

Estudo do Inpa mostra que as moscas, por exemplo, podem indicar, com precisão, a hora do óbito e auxiliar na resolução de crimes de homicídios. Dia a dia C6

Por problemas técnicos, deixamos de publicar a lista dos aprovados no Bolsa Universidade. A lista está sendo publicada nesta edição.

ERRATA

Caderno Especial

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Page 2: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

A2 Opinião/Última Hora MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Ponta Negra é interditada para segunda fase de obras

Amanhã terão início as obras para a construção da segunda etapa da nova Ponta Negra. Com entre-ga prevista para setembro deste ano, o espaço já co-meçou a ser demolido e os quiosques foram retirados na última sexta-feira pe-las equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutu-ra (Seminf).

A área que receberá a segunda etapa da revita-lização da orla da Pon-ta Negra – do Anfiteatro até a Prainha - foi isola-da por tapumes, na manhã de ontem. Para auxiliar na remoção do material dos quiosques, foram disponi-bilizadas várias Kombis.

Segundo a Seminf, o valor estimado da obra, realizada pela construtora Mosaico Engenharia, é de R$ 27 milhões.

REVITALIZAÇÃO

Ontem, trabalhadores fecharam com tapumes a Ponta Negra

Prévia confi rma Marcelo Ramos vice de Serafi m

O Partido Socialista Bra-sileiro (PSB) realizou on-tem a primeira convenção reunindo os pré-candidatos interessados em disputar as eleições deste ano. O encontro contou com a pre-sença do ex-prefeito Sera-fi m Correa e do deputado estadual Marcelo Ramos, que devem concorrer aos cargos de prefeito e vice, respectivamente, na mes-ma chapa.

“A tendência hoje é essa, há uma vontade dentro do partido para que a nossa candidatura seja feita”, afi r-mou o deputado, ao acres-centar que para este pleito, o partido não realizará co-ligação e deve apresentar 62 candidatos ao cargo de vereador, sendo 43 homens e 19 mulheres. “Vejo muito

entusiasmo no PSB, com a chapa formada por vários segmentos sociais, taxis-tas, vigias, professores, que acreditam na política diferenciada do partido. Apesar de sabermos que a campanha será difícil, por conta da captação de recur-sos, há uma grande união dentro do partido”, relatou Marcelo Ramos.

Dentre os candidatos, a professora de química e universitária Márcia Rebe-ca Oliveira, disputará ao cargo de vereadora pela primeira vez. “Sou fi liada há sete anos, sempre ajudei o partido nos bastidores. Neste ano resolvi tentar a candidatura, porque hou-ve a necessidade de mais pessoas e sempre tive in-teresse”, disse. (IR)

PREFEITURA

Campanha da Fraternidadeem prol da saúde é lançada

Uma caminhada deu o pon-tapé para a Campanha da Fraternidade 2012, que tem como tema “A fraternidade e a saúde pública”. Os fi éis e representantes da Igreja Ca-tólica de Manaus comparece-ram ao lançamento, ontem, em frente à Santa Casa de Misericórdia. De lá, partiram em um percurso até a Igreja Matriz, onde o bispo auxiliar, dom Mario Pasqualotto, cele-brou uma missa.

Sempre celebrada durante a quaresma, a campanha já tra-tou de temas como os idosos,

os índios e o meio ambiente. “Estamos fazendo esse lança-mento justamente no dia dos enfermos. A saúde é um bem muito precioso, e esperamos que as autoridades cuidem bem dos doentes e dos hospi-tais”, afi rmou Pasqualotto.

Segundo a coordenadora da Pastoral da Saúde, Guadalupe Perez, o tema da campanha foi escolhido depois de uma pesquisa em todo o Brasil. “Perguntamos qual o maior problema do país atualmente, e a saúde pública fi cou em pri-meiro lugar”, ressaltou. (CH)

CAMINHADA

Choque entre três veículos ocorreu na manhã de ontem quando o condutor do Prisma passou em alta velocidade em cruzamento no Parque das Laranjeiras

Seis adultos e um bebê são vítimas de acidente

Um acidente envol-vendo dois auto-móveis e um ônibus deixou seis pesso-

as feridas no bairro Parque das Laranjeiras. Segundo o Instituto Municipal de Engen-nharia e Fiscalização do Trân-sito (Manaustrans), o acidente ocorreu por volta das 7h de ontem, depois que o motorista de um Prisma (NOV 3096) vindo da rua Visconde Sinimbu avançou o cruzamento e cho-cou-se contra uma Parati (JXI 8710), que trafegava pela rua Barão do Rio Branco. Com o choque, a Parati foi arrastada para cima do ônibus da linha 351 (OAM 7170), que passava em sentido contrário.

Segundo testemunhas, o aci-dente pode ter sido ocasiona-do por uma discussão entre o motorista do Prisma, Djames Oliveira, 27, e a mulher dele Gizele Macedo, 30. Durante a discussão, Oliveira teria se desconcentrado e passado di-reto no cruzamento. O casal teve pequenas escoriações. O fi lho deles, de 2 anos, não se machucou. Já a Parati teve a frente destruída e o motoris-ta Joabe Soares, 20, a mulher dele, Michele Soares, 25, e o pai, Arlindo Soares, 45, não se machucaram gravemente.

Dois veículos e um ônibus, da linha 351, se envolveram no acidente que deixou seis feridos

Enquanto os procedimen-tos eram realizados pelo Samu e Manaustrans, mo-radores das proximidades demonstraram indignação e denunciaram que já haviam solicitado a instalação de um semáforo no local. “Aqui vive acontecendo acidentes e graves. Muitas pessoas já

morreram nesse cruzamen-to. Há dois anos eu procuro a prefeitura, já enviei dois requerimentos com mapa de localização, mas até agora, nada”, alertou o morador Carlos Gama.

De acordo com o agente do Manaustrans, Arne San-tos, uma nova solicitação

de sinalização será envia-da ao setor de engenharia do instituto.

Na manhã de ontem, fo-ram registrados mais três acidentes, sem vítimas, na avenida André Araújo, na Constantino Nery e na alameda Cosme Ferreira, no Aleixo.

Ausência de sinalização revolta

SHANA REIS

Contexto3090-1011/9982-2702 [email protected]

O ex-senador e presidente de honra do PSDB, Arthur Neto, chegou ontem a Manaus com uma missão: ser o agente articulador da campanha tucana para a Prefeitura de Manaus. Mas o ex-senador só deverá começar, de fato, as articulações, depois do Carnaval.

É que Arthur Neto será homenageado pela escola de samba Mocidade do Coroado e ele, e mais alguns tucanos, irão desfi lar no sambódromo. Depois disso, Arthur deve começar a organizar a agenda eleitoral do partido.

O ex-senador nunca escondeu que seu lugar é o parlamento e, por isso, deve-se confi rmar a candidatura dele à Câmara Municipal de Manaus (CMM). Com isso, o PSDB aposta em formar uma grande bancada. Sobram Paulo De’Carli, Plínio Valério e Jeff erson Praia na disputa para a chapa majoritá-ria. As caravanas aos bairros, programadas para janeiro, só devem acontecer mesmo a partir do fi m do mês.

APLAUSOS

Arthur Neto decide agenda do PSDB após o Carnaval

TRANSPARÊNCIAA reunião que o Tribunal de

Contas do Estado (TCE) fez, na última sexta-feira (10), para lançar a cartilha de orien-tação sobre a Lei de Acesso a Informações, surtiu efeito. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputado estadual Ricardo Ni-colau (PSD), anunciou que a casa está em processo de fi -nalização das adequações do Portal da Transparência do Legislativo, se adiantando em relação aos demais órgãos.

ESTACIONAMENTOA Prodam encontrou uma

alternativa para evitar con-fl itos com os moradores da Praça 14, Zona Sul de Ma-naus, e sanar a insatisfação de seus colaboradores. Com problemas de falta de vagas para os funcionários do ór-gão estacionarem seus car-ros, a Prodam decidiu alugar o galpão da Daniel Veículos, próximo à sede.

ESPERANÇAEm encontro do governador

Omar Aziz e da primeira-dama

Nejmi Aziz com os bispos dom Mário Pasqualoto, bispo au-xiliar de Manaus; dom Edson Damian, de São Gabriel da Cachoeira; dom Alcimar, do Alto Solimões; e Frei Mário, vice-provincial dos Capuchi-nhos, o casal governamental defi niu a data de inauguração da nova unidade da Fazenda Esperança, em São Gabriel da Cachoeira, que atenderá a região do Alto Solimões.

DATASerá dia 24 de março.

A fazenda atenderá depen-dentes químicos para tra-tamento. Na programação também será inaugurada uma escola estadual em São Gabriel da Cachoeira.

CONCURSOSA Universidade do Estado

do Amazonas (UEA) já prepa-ra o lançamento dos editais de concursos públicos para a contratação de professores para suas unidades de ensino. A instituição acaba de criar uma equipe de trabalho para realizar as atividades de lan-çamento dos editais.

Para o fortalecimento da aquicultura no Ama-zonas. Cursos relacio-nados à atividade são ofertados no interior.

Aquicultura

VAIAS

Para a greve de policiais civis, militares e bom-beiros do Rio de Janeiro. Dezessete estão presos desde sexta-feira.

Greve no RJ

ABANDONADODurante inauguração de quatro Unidades Básicas de Saúde

da Família (UBSFs), na última sexta-feira (10), nas zonas Norte e Leste, o prefeito Amazonino Mendes (PDT) deixou escapar sua insatisfação com alguns correligionários. O prefeito disse que foi abandonado pelos apadrinhados políticos e que o governador Omar Aziz (PSD) não tem ajudado a prefeitura.

ELEIÇÃO DE DELEGADOSO PT realiza, hoje, eleições internas para a escolha dos

delegados que vão decidir, posteriormente, se a sigla seguirá na base do prefeito ou se terá candidatura própria.

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

GIOVANNA CONSENTINI

CAMILA HENRIQUESEquipe EM TEMPO

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Page 3: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 A3Opinião

Editorial

Não se sabe de onde o presidente nacional do PT, Rui Falcão, tirou essa disposição de não sucumbir “à tentação de fazer alianças fáceis que quebrem a niti-dez do nosso compromisso”, com a mesma curiosidade tenta-se identifi car o perfi l do que ele chama de “nosso compromisso” que mantém o “fi o condutor da diretriz do nosso projeto”.

O questionário fi ca mais denso se a preocupação for a de querer identifi car quais alianças o petista Falcão considera “fáceis”. Sabe-se que em Manaus, a orientação do PT nacional é alinhar-se, como for possível, dentro do leque de partidos aliados ao governo federal, como se esse governo não fosse petista e haja uma necessidade desesperada de não decepcionar os aliançados, como, desde Lula, tem demonstrado ao ceder fatias generosas dos organismos do Estado.

Com essa disposição, nem é preciso que haja qualquer disputa nesse cenário hipócrita que são as eleições. Como se apresenta a estrutura político-partidária do país, o que existe mesmo é um partido único e não os 29 registrados no Superior Tribunal Eleitoral: O PT é a simbologia de todos os apetites que são ou estão sendo satisfeitos, descaradamente, com a poupança do trabalhador brasileiro. No lugar do PT, poderia ser o PMDB de Michel Temer, o PR de Alfredo Nascimento ou qualquer outro aliado que esteja ou não sob suspeita de desvio de dinheiro público ou premiado ou não com a impunidade, ou a prescrição do crime favorecida pela leniência do Judiciário.

Em Manaus, particularmente, o PT tem preferido, desde a “fase heroica”, não simplesmente fazer “alianças fáceis”, mas integrar um elenco de coadjuvantes que gira em tor-no dos governos que só admitem alianças se os petistas permanecerem onde se acostumaram a fi car: na periferia do poder, numa replicação da história real do Brasil, já descrita, com precisão, em “Casa Grande e Senzala”.

Com 29 partidos registrados, quem diria, a democracia brasileira gira mesmo em torno de apenas dois, como se dizia no tempo da ditadura: um que diz sim, e outro que não diz não.

[email protected]

[email protected]

Charge

Olho da [email protected]

Fala [email protected]

Cerca de 130 mil empre-sas do segmento de saúde estão obrigadas a entregar para a Receita Federal, até o dia 30 de março de 2012, a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed). É importante ficar atento porque a multa para quem não enviar a declaração ou deixar para emitir o docu-mento após o prazo esta-belecido é de R$ 5 mil por

temente do regime fi scal, um tratamento mais justo, igualitário e proporcional no que diz respeito à aplicação de penalidades por descum-primento de obrigações tri-butárias acessórias, com a redução das multas.

Luiz Fernando Nóbrega

www.emtempo.com.br

Estranhos roedores frequentam a avenida Brasil, Zona Oeste, e jamais foram surpreendidos em sua ação predatória: em quantos dias, por exemplo, terão roído o pé de ferro e concreto desse poste que já sente também os efeitos da gravidade?

SHANA REIS

Sem opções, país vive clima de partido único

A tardia, mas benfazeja privati-zação dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, que abre ainda o caminho para a entrega do Galeão (RJ) e Confi ns (MG) à administra-ção do setor privado, atordoou o PT e pareceu revigorar por alguns momentos o PSDB. O ato deveria encerrar a questão, excluindo-a da agenda não digamos política, mas eleitoral porque o PT só volta ao tema quando interessa infernizar o adversário ruim de defesa. Mas, como avisou o presidente do partido, Rui Falcão, “a guerra continua”.

A depender de quem ganhe a batalha da comunicação com a sociedade, continuará na agenda com vantagem para os petistas. Os tucanos riram muito, divertiram-se em provocações nas redes sociais, no Congresso, em artigos e entrevistas. Muitas (não todas) repletas de razões consistentes explicando diferenças e semelhanças entre o processo iniciado no governo Fernando Hen-rique, constatando a evidência: o que caracteriza a concessão é o controle e se o controle foi passado à iniciativa privada o nome do jogo é privatização.

Ofendidos, petistas reagiram com um discurso artifi cial segundo o qual lá houve roubalheira e entreguismo enquanto cá os procedimentos fo-ram corretos, lucrativos e, sobretudo, “mezzo” estatal. Fato é que os aero-portos terão gestão privada e o PT está com vergonha disso. Tanto que considera necessário se defender das “acusações” e já preparou uma cartilha de munição à militância. Para explicar que o que fi zeram não foi bem isso que dizem ter sido feito. Mesmo eivada de sofi smas, uma ideia que aos tucanos jamais ocorreu: traduzir um tema de difícil compre-ensão de forma inteligível e repetir seus argumentos com convicção sem se deixar intimidar.

Mas parece que em geral políticos

tratam como algo vergonhoso o ato da transferência para o setor privado, mediante quantias de dinheiro fabu-losas, serviços com os quais o Estado não pode arcar. Ocorre que ganham todos. Ganha o Estado e o público se as coisas são feitas direito como na incontestável - mais ainda muito contestada, desnecessário dizer por qual partido - privatização do setor de telecomunicações.

Não será surpresa se na próxima campanha aparecerem compara-ções entre as privatizações de um e as “concessões” de outro governo mostrando como a do PT foi bem melhor. Surpreendente é o partido reagir ao ser apontado como incoe-rente. A privatização dos aeroportos é só um pilar no monumento à in-coerência que o PT vem construindo há quase dez anos, ao adotar como sua a agenda que combateu durante a vida toda. Excetuada a ampliação dos programas sociais, onde resolveu fazer do seu “jeito” saiu-se mal.

Desarticulou as agências regu-ladoras, não fez andar programas anunciados com pompa, convive com a paralisia em obras do PAC, “conce-deu” rodovias pelo critério de menor tarifa prejudicando o andamento do processo e atrasou em pelo menos cinco anos a privatização dos aero-portos. Para não dizer que não fala-mos de política, consolidou o modelo do feudo na ocupação de ministérios e transformou em cardinalato o baixo clero do Congresso.

Modo de fazer – Abissal a dife-rença entre os governadores Jaques Wagner, da Bahia, e Sérgio Cabral, do Rio, na condução das greves de policiais. Entre outros, por um detalhe: Cabral mandou prender gre-vistas no primeiro dia e Wagner passou dois dias dando entrevistas para dizer que a greve não existia. Um preservou a autoridade sem conversar. Outro conversou demais e desgastou seu poder.

Dora [email protected]

Dora Kramer

Jornalista, escreve simultaneamente

no jornal “O Estado de S.Paulo”

A privati-zação dos aeroportos é só um pilar no monu-mento à incoerência que o PT vem cons-truindo há quase dez anos, ao adotar como sua uma agenda que combateu”.

Incoerente da Silva

mês-calendário ou fração. No caso do fornecimen-to de dados incompletos, incorretos ou omissos, a penalidade é de 5%, não in-ferior a R$ 100 do valor das transações comerciais.

Os mais prejudicados são os profi ssionais da contabi-lidade, uma vez que recai em nossas costas a responsabi-lidade pelo atraso ou erro na declaração. Além de ter que

“decifrar” a legislação, na maioria das vezes confusa e que acarretam inúmeras dúvidas na hora do preen-chimento da declaração, os escritórios contábeis pre-cisam treinar seus empre-gados e ainda investir em sost wares e programas de controle das informações.

É preciso que a Receita Federal ofereça às pesso-as jurídicas, independen-

Presidente: Otávio Raman NevesDiretor-Executivo: João Bosco Araújo

Editores-ChefesAldisio Filgueiras — MTB [email protected] Náis Campos — MTB [email protected] Cabral — MTB [email protected]

Chefe de ReportagemMichele Gouvê[email protected]

Diretor AdministrativoMaurício [email protected]

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Page 4: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Existem sorrisos arti-fi ciais e não sinceros, en-saiados para vender obje-tos ou para conquistar votos. Exis-tem sorrisos maliciosos ou zombe-teiros que degradam e machu-cam”

Na verda-de, poucos fenômenos são tão presentes e tão fortes no mundo atual quanto o são as mi-grações po-pulacionais, alimentadas sempre pela extrema po-breza, pela miséria”

João Bosco

Araújo

De vez em quando se houve que o rosto revela a alma. A atriz italiana Cláudia Cardinale, que foi linda quando jovem e que continua bonita em seu enve-lhecimento, foi perguntada se passara por cirurgia plástica na face; respondeu que não e que não pretendia fazê-la. O motivo apresentado por ela foi que seu rosto conta a história de sua vida. Um dos grandes pensadores da atua-lidade, Levinas, tornou-se famoso por suas reflexões sobre o rosto humano. Afirmou ele que de todas as realidades, que atingimos por nossos sentidos, o rosto é a única que não é mero objeto, mero fenômeno, mera aparência, mas uma interpelação, uma chamada ao respeito, à ajuda, à comunhão.

O rosto distingue a pessoa e revela seus sentimentos. Ben Sirac afirmou: “Pelo seu aspecto se conhece o homem e pelo semblante se conhece o homem sensato. A veste de um homem, seu sorriso e seu andar revelam o que ele é.” (Eclo 19, 29-30). A cara fechada mostra ou provoca reações de antipatia, medo, tristeza ou compaixão. A face de quem sofre pede solidariedade. O sorriso é o rosto da acolhida, a expressão de um encontro humano.

Quando vamos ao encontro de alguém que nos recebe com o brilho nos olhos e nos lábios, sentimos um coração aberto e invade-nos a simpatia. Como nos ca-tiva o sorriso branco de uma criancinha de colo! Como nos admira o sorriso franco de um jovem! Como transmite paz o sorriso de uma pessoa idosa! Uma das pinturas mais festejadas chama-se “La Gioconda”, retrato realizado em tela por Leonardo da Vinci. Nela chama a atenção o sorriso enigmático da mulher. Gostamos de aparecer com sorriso nos lábios e provam isso nossas fotografias. Uns receberam o dom de sorrir sempre, outros aprenderam com a vida que vale a pena acolher com alegria. Atenção, porém, para a diferença entre sorriso e riso. O riso nem sempre transmite acolhida e felicidade. Dizia um pro-vérbio antigo que muito riso significa pouco siso.

O sorriso no rosto deve ser a carac-terística de quem crê, porque Jesus revelou estar ele mesmo presente em cada pessoa. Encontrar-se com o outro (homem, mulher, criança, jovem, maduro ou idoso) é encontrar-se com o Cristo ou com alguém que estar no lugar do Cristo e, por isso mesmo, deve produzir alegria e sorriso. O compositor alemão Sebastian Bach compôs um hino cha-mado “Jesus alegria dos homens” que expressa tudo isso. Por que estar car-rancudo quando o descobrimos em quem está a nossa frente? Amar o próximo é amar a Deus presente nele.

Infelizmente, existem sorrisos arti-ficiais e não sinceros, ensaiados para vender objetos ou para conquistar votos. Existem sorrisos maliciosos ou zombe-teiros que degradam e machucam. São manifestações que merecem repúdio. Sempre há mil razões para sorrir com sinceridade. Paulo escreveu aos cristãos filipenses: “Alegrai-vos sempre no Se-nhor! Repito: alegrai-vos” (Fl 4,4). Então por que não sorrir?

PainelRENATA LO PRETE

Dada a ousadia do gesto, a ida de Gilberto Kassab ao evento de aniversário do PT, em Brasília, foi interpretada por aliados e adversários como sinal de que o apoio do criador do PSD à candidatura de Fernando Haddad está próximo de ser selado. Diante da certeza das vaias, Kassab não teria se aventurado na festa sem saber de antemão que receberia também as boas-vindas mais ou menos explícitas de vários cardeais petistas, como acabou ocorrendo. Ainda que Kassab vira e mexe ressalve que teria de apoiar José Serra se este viesse a ser candidato, a guinada de 180 graus parece cada dia mais improvável.

Pois agora... No cír-culo próximo de Kassab, há quem considere que a manifestação pública de Marta Suplicy contra a aliança PT-PSD precipi-tou a decisão do prefeito de aceitar o convite dos dirigentes petistas e ir à festa.

...é que eu vou O ra-ciocínio seria: melhor dar a cara para bater agora do que se esconder e dei-xar que o posicionamento da senadora galvanize a resistência ao neoaliado dentro do partido.

Vaiômetro Do líder do governo na Câmara, Cân-dido Vaccarezza (PT-SP), minimizando a saia justa: “No passado, José Alencar chegou a ser vaiado até com mais intensidade em eventos do partido”.

De olho Serra tem conversado regularmen-te com o presidente do DEM paulistano, Rodrigo Garcia. Uma de suas pre-ocupações é o namoro dos “demos” da capital com Gabriel Chalita (PMDB).

Deu pra mim A advo-gada Míriam Gonçalves abandonou a vice-presi-dência do PT de Curitiba por discordar da aliança com o PDT de Gustavo Fruet para a prefeitura.

Vai levando Petistas adiaram para abril o en-contro no qual será batido o martelo sobre a compo-sição com o ex-tucano, arquitetada pelo casal de ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoff mann (Casa Civil). A corrente majoritária CNB

tenta eliminar as resis-tências internas a Fruet e desidratar a tese de candidatura própria.

Via alternativa Há ain-da uma terceira corrente da sigla que deseja inte-grar a coalizão liderada pelo deputado Ratinho Júnior (PSC).

Para já O governo não pensava no longo prazo quando escolheu Francis-co de Assis Leme para presidir a Casa da Moeda no lugar de Luiz Felipe Denucci, demitido há duas semanas por suspeita de desvio de dinheiro.

Para já 2 Ligado ao ex-número dois da Fazenda, Nelson Machado, Leme foi colocado na cadeira com a missão precípua de evitar que os trabalhos da comissão de sindicância avancem a ponto de in-comodar seriamente o go-verno. Uma vez encerrada a fase de investigação, ele deverá ser substituído.

Em treinamento A nova presidente da Pe-trobras, Maria das Gra-ças Foster, contratou os serviços da consultora de imagem e jornalista Olga Curado, a mesma que trabalhou na cam-panha de Dilma Rousseff ao Planalto.

São Nunca Já se pas-saram mais de seis meses desde que o ministro Luiz Fux, do Supremo, suspen-deu em decisão liminar uma resolução do CNJ que uniformizava o horário de atendimento no tribunais do país. E o assunto nunca mais voltou à pauta.

Tiroteio

O presidente do PT é um gozador. Falar em democracia interna depois de o partido ter atropelado a Marta e aceitado o ‘dedaço’ do Lula só pode ser piada para companheiro ver.

Contraponto

Na quinta-feira passada, um voo da TAM que partia de Brasília com destino ao Rio de Janeiro teve de abortar a decolagem quando duas aves foram atingidas por uma das turbinas do aparelho. Ao constatar a presença a bordo de vários deputados federais, um passageiro engraçadinho comentou: — Se caísse, seria a alegria dos suplentes...

Publicado simultaneamente com o jornal ‘Folha de S.Paulo’

DO SECRETÁRIO PAULISTA DE ENERGIA, JOSÉ ANÍBAL, pré-candidato do PSDB a prefeito, comentando artigo em que Rui Falcão elogia “as decisões coletivas”.

O Maranhão é pobre porque José “Sadam” é um gafanhoto que rói os nossos sonhos. Infelizmente parte do

PT pegou os hábi-tos e a catinga dos Sarneys, atolando-se no mar de lama do

governo da oligarquia

Não somente Manaus, mas também ou-tras cidades amazônicas, como Tabatin-ga e Brasileia, passaram a se constituir no porto de chegada, na terra prometida, na Canaã bíblica, para uma gente de há-bitos, língua e aparência bem diferentes daqueles da nossa própria gente, à qual já estávamos bem familiarizados.

Como o novo e o desconhecido muitas vezes assustam e suscitam reações de-fensivas, também de início muitos de nós ficamos assuntando, “na mutuca”, como teriam feito os primeiros habitantes da região, os originais barés, dos quais herdamos ou absorvemos culturalmente a decantada postura de desconfiança.

Mas hoje as coisas não acontecem num vasto mundo e se comprimem no escasso e apertado espaço da aldeia global de MacLuhan e, por isso, já estávamos, em nível subliminar, informados de que a ocorrência que ora nos atinge não é ex-clusivamente nossa e já acontecera por muitas vezes em muitos outros lugares e em vários momentos.

Na verdade, poucos fenômenos são tão presentes e tão fortes no mundo atual quanto o são as migrações po-pulacionais, alimentadas sempre pela extrema pobreza, pela miséria mesmo em que tentam sobreviver várias nações ou grupamentos humanos.

É a plena consciência de que não há oportunidade de vida com um mínimo de dignidade na situação que lhes é oferecida, que leva essas populações a adotarem uma postura de fuga, atraídas às vezes por uma melhor realidade, às vezes por uma ilusória miragem. O que acontece no interior de qualquer socie-dade, em maior ou menor gravidade, a distribuição desequilibrada da riqueza, repete-se no plano planetário onde se distanciam também os países pobres e os países ricos.

A França está cheia de imigrantes africanos, árabes e europeus do leste, sobretudo em Paris, onde procuram os serviços que geralmente não mais atra-em os franceses. São clandestinos como os que chegam também à Alemanha, à Inglaterra e à Itália.

Os americanos enfrentam o mesmo problema e tentam por todos os modos controlar a desordenada invasão, sobre-tudo de latino-americanos, que tentam lá entrar através da fronteira mexicana.

As condições, mesmo as mais desvanta-josas, enfrentadas aqui pelos brasileiros, nem de longe podem ser comparadas com aquelas vividas pelo povo do Haiti. Entre-tanto, são bem numerosos os casos dos nossos compatriotas que migram para os Estados Unidos como clandestinos, tentando melhor sorte. Fugir da miséria e das desgraças é um impulso legítimo, até um direito, fundamentado no próprio acervo instintivo do ser humano.

Cada vez mais precisamos cultivar a consciência da solidariedade e da frater-nidade humanas e receber o migrante so-frido, antes mesmo de formular qualquer juízo crítico. Não tem sido sempre assim. Até as religiões, mesmo as cristãs, no caso dos nossos haitianos, mantêm-se fechadas. Apenas, como sempre, salvas pela exemplar postura da Igreja Católica e sua Pastoral do Migrante.

Parodiando Jorge Ben Jor,os haitianos estão chegando

O sorriso revela a almae conta história de vida

Longe demais

Os pássaros

Frases

A gente não quer transformar um Estado laico em um Estado religioso [mas] a socie-dade acha os valores cristãos fundamentais

para administrar uma cidade

Gabriel Chalita, ligado à ala carismática da Igreja Católica, nega que a eleição municipal

paulistana se pautará por questões ideológicas.

Eu já dei entrevistas, sobretudo nos anos 70, 80 e 90, quando o feminismo necessi-

tava de marcar posições e muitas mulheres ousaram dizer até da sua vida privada. Não

me arrependo

Eleonora Menicucci, ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, é a favor

do aborto, mas defenderá políticas do governo.

Domingos Dutra, deputado federal do PT, distribui panfl eto repleto de

críticas à administração maranhense: “A oligarquia Sarney trata o povo pior

do que gado”, diz o texto.

Diretor-executivo do Amazonas EM

TEMPO

Dom LuizSoares Vieira

Arcebispo de Manaus

O Maranhão é pobre porque José “Sadam” é um gafanhoto que rói os nossos sonhos. Infelizmente parte do

Sarneys, atolando-se

governo da oligarquia

Domingos Dutrado PT, distribui panfl eto repleto de

críticas à administração maranhense: “A oligarquia Sarney trata o povo pior

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Page 5: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 A5Política

Movimento LGBT apoiará vereadoras nas eleiçõesEles não chegaram a um consenso e não devem indicar candidatos “próprios”, mas irão apoiar duas parlamentares da CMM

Indo na contramão da As-sociação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (ABGLT), o

movimento LGBT no Amazonas não deve indicar um candidato para as próximas eleições. Se-gundo líderes das associações em Manaus, a disputa interna por cargos e a falta de união di-ficultaram o consenso em torno de uma pré-candidatura.

Após um ano de discus-sões polêmicas relacionadas à temática GLS - como o “kit gay”, a lei de criminalização da homofobia e o reconheci-mento da união estável entre homossexuais – o movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) no Estado prefere se buscar a união para apoiar “velhos amigos” pré-candidatos a Câmara Munici-pal de Manaus (CMM).

Segundo o representante da Associação Orquídea e mem-bro do movimento LGBT, Fa-brício Nunes, além da disputa interna por cargos e a falta de recursos para custear uma campanha eleitoral, foram os principais motivos para não apostar em uma pré-candida-tura criada dentro do movimen-to. “Conseguimos levar 200 mil

pessoas para a Parada Gay, mas não conseguimos eleger um representante”, disparou.

Ele contou que há homosse-xuais filiados a partidos polí-ticos, mas que o movimento não vem conseguindo reverbe-rar isso com os próprios mem-bros. “Falta união, precisamos aparar as nossas arestas para escolhermos os nossos repre-

sentantes e se não conseguimos isso, vamos eleger ao menos os nossos aliados”, disse.

DefiniçãoEle informou que na última

terça-feira (7), durante a reu-nião do fórum LGBT no Ama-zonas, ficou decidido que o movimento iria apoiar aliados para o Legislativo municipal.

Entre os mais cotados para receber apoio estão as vere-adoras Glória Carrate (PDT) e Mirtes Salles (PPL).

Ambas devem disputar a re-eleição e contar com o apoio do movimento LGBT no Estado por terem contribuído com as “lutas” e “causas” dos homosse-xuais. Enquanto Carrate foi res-ponsável por parte da organiza-ção da Parada do Orgulho Gay em Manaus no ano passado, a presidente da Comissão de De-fesa do Consumidor na CMM, Mirtes Salles, auxiliou na re-gularização das organizações não governamentais (ONGs) ligadas ao movimento.

Fabrício Nunes informou que lideranças do movimento LGBT devem se reunir com as parla-mentares para definir o apoio à candidatura. “A maioria só nos procura quando quer votos, de-pois de eleitos, viram as costas para as lutas do movimento. Queremos ter voz no parlamen-to e com elas sei que ao menos isso teremos”, disparou.

Além das governistas, os LGBTs em Manaus também apoiariam as pré-candidatu-ras do atual deputado es-tadual Josué Neto (PSD), do vereador licenciado e secre-tário municipal de Desporto, Fabrício Lima (PRTB) e do ex-vereador Braz Silva (PRP).

CAMILA CARVALHOEquipe EM TEMPO

Fabrício Nunes lembra que o movimento consegue levar 200 mil pessoas para a Parada Gay

RICARDO OLIVEIRA

Na avaliação do so-ciológico e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Re-nan Freitas Pinto, a falta de pré-candidatos indi-cados por movimentos sociais demonstram dois aspectos: o primei-ro é que as associações não estão unidas e o se-gundo revela o desinte-resse no enfrentamento político. “Se fossem mo-vimentos unidos, teriam força o suficiente para indicar e eleger um can-didato”, disse.

Ele explicou, ainda, que o desinteresse em participar diretamente do pleito pode ser um reflexo da busca pelo não enfrentamento político.

Segundo o sociológico, muitas vezes os movi-mentos preferem brigar por suas causas sem participação diretamen-te do parlamento. “Há também a falta de in-teresse político uma vez que o movimento pode ir em busca de suas solici-tações por outros meios que não seja o parlamen-to”, explicou.

União mostra a força das associações

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Traves-tis e Transexuais (ABGLT) informou que já conta com 76 pré-candidatos para as próximas eleições. Nessa lista estão 43 gays, 17 tra-vestis, oito lésbicas, seis transexuais, um bissexual e uma drag queen.

Segundo a ABGLT, os mi-litantes estão filiados ao PT, PSB, PCdoB, PSDB e ao PV, que estão dando toda a infraestrutura necessária para a campanha dos corre-ligionários “coloridos”.

Os pré-candidatos lista-dos pela Associação devem disputar os cargos em 21 Estados, sendo a maioria em Minas Gerais, São Pau-lo, Alagoas e Rio de Janei-ro. Até abril deste ano, a ABGLT deve disponibilizar um levantamento indican-do os cargos disputados pelos pré-candidatos.

A estratégia dos candida-tos é não levantar somente a “bandeira LGBT” durante a campanha eleitoral, mas variar nas pautas de discus-são. “Limitar a candidatura a uma bandeira acaba le-vando à derrota, tiro por mim mesmo, que não quero um candidato tão restrito. Somos gays, mas vivemos em um contexto de edu-cação, saúde, segurança”,

argumentou o presidente da ABGLT, Toni Reis.

Menos de 1%Nas últimas eleições, 244

pré-candidatos assinaram um termo de compromisso com a associação onde se comprometiam a, caso elei-tos, exercer a função cien-tes das necessidades dos gays, entre elas, políticas públicas voltadas à comu-

nidade LGBT. O número re-presentou menos de 1% dos 22.590 candidatos em todo o Brasil com registro válido pelo Tribunal Superior Elei-toral (TSE) ,em 2010.

Dos 244 pré-candidatos, 24 eram gays, lésbicas, ou bissexuais assumidos. Eles disputavam dez cadeiras na Câmara Federal, em Brasília, e 14 vagas nas Assembleias Legislativas Estaduais.

Pré-candidaturas contabilizadas

CAMPANHAA estratégia dos pré-candidatos para as eleições deste ano é não levantar somente a “bandei-ra LGBT” durante a campanha eleitoral, mas variar nas pau-tas de discussão

A maioria dos pré-candidatos nos procura quando

quer votos, depois de eleitos, viram as costas para as lutas

do movimento

Fabrício Nunes, membro do movimento LGBT

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

PMDB agora ameaçadevolver cargos a DilmaO senador Vital do Rego (PB)

não aceita a designação, mas assumiu de fato uma espé-cie de liderança da bancada dos descontentes do PMDB, e avisou a cúpula do partido, em conversa franca, que arti-cula uma reunião para discutir a devolução ao governo dos poucos cargos disponibilizados a peemedebistas. Ele próprio se surpreendeu com a adesão: mais de cinquenta parlamenta-res. Culpa a ganância do PT.

Para poucosPara Vital do Rego, no PMDB

do Senado só os três maio-res líderes são atendidos pelo governo: José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros.

Calote de 60%Levantamento da base alia-

da indica que o governo ainda não cumpriu 40% dos compro-missos de empenho de emen-das parlamentares.

Sem noçãoLulistas do PT ironizam a

luta do presidente da Câmara, Marco Maia, por cargos: “ele sempre se comportou como deputado de baixo clero”.

Faz de contaA Infraero vai bancar 49% da

operação e continuará compro-metendo 60% do orçamento com salários, sem sobrar nada para investimentos.

Governo do DF recua e mantém promoção de PM

O governo do DF não cance-lou, como havia anunciado, a promoção do PM João Dias, cuja delação derrubou o ex-ministro do Esporte Orlando Silva e cujas acusações provocaram séria crise no governo local. A pro-moção não foi cancelada, nem mesmo diante da evidência de

que foi um desafi o da Polícia Militar à autoridade do gover-nador Agnelo Queiroz (PT). João Dias até invadiu o Palácio do Buriti para insultar autorida-des, esbofetear funcionárias e agredir seguranças.

ProblemáticoJoão Dias é suspeito de enri-

quecimento ilícito, com um pa-drão de vida incompatível com seus vencimentos, e responde a vários processos.

IndignaçãoO secretário de Governo, Pau-

lo Tadeu, alvo dos insultos de João Dias, garantira indignado, a esta coluna, que a promoção seria anulada.

Quem decidiuAgnelo Queiroz acolheu a

recomendação do secretário de Segurança, Sandro Avelar, e do comandante da PM, para manter a promoção.

CeifadeiraO prefeito petista de São

Bernardo (SP), Luiz Marinho, exonerou a subsecretária Ma-ria Isabel Fonseca, mulher de Hamilton Lacerda, ex- asses-sor do ministro Aloizio Merca-dante no rolo do dossiê anti-Serra. Sem grilo: Lacerda tem fazenda em Goiás. Ela poderá plantar batatas.

Pecados de MaiaDo deputado Paulo Teixei-

ra (PT) sobre o descontrole do presidente da Câmara, Marco Maia, que encerrou votação por causa de cargo: “A ira é um dos sete pecados capitais. Ele agora está com a alma tranquila”.

Efeitos colateraisNa luta contra câncer na

laringe, o ex-presidente Lula se queixou a um petista dos efeitos do tratamento. Desde

que começou a radioterapia, Lula sofre com a perda da voz e do paladar e a falta de apetite.

Bobagens em sérieO deputado distrital Agaciel

Maia (PTC) deve ter difi culdade para ocupar o tempo. Projeto dele inclui uma festa “Lavagem do acarajé da Yaiá” no calendá-rio cultural de Brasília. Outro, cria o “Dia do Reggae”.

Macaco de auditórioJornal sul-coreano diz que

parte da reserva ecológica de Guapi Assu, Rio, se cha-mará Seo Tai-ji, após os fãs doarem R$ 34,7 mil ao fundo britânico Worl Land Trust. Logo os cariocas vão chamá-la de “Seu Taí”.

Exemplo ignoradoO governo Dilma perdeu

ótima chance de imitar a vizinha Argentina na priva-tização dos aeroportos. Dos 63 aeroportos privatizados lá, apenas quatro davam lucro. E o vencedor teve de levar os que davam prejuízo.

Escuta láO Senado vai virar call-center:

comprou 200 headsets, com fones de ouvido acolchoados, entrada USB e microfone uni-derecional. Pelo preço, é artigo de primeira: R$ 99 cada, revela a ONG Contas Abertas.

Vida duraO americano David Goldman,

que ganhou a custódia do fi lho Sean, 11, tenta o caminho das pedras tão usual no Brasil: criou uma ONG para ajudar outras vítimas, passando o chapéu para arrecadar fundos.

ChanchadaCineminha logo mais na

Granja do Torto: “Carnaval no fogo”.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM TERESA BARROS E LEANDRO MAZZINI

Jornalista

Humor na feira

www.claudiohumberto.com.br

A gente não quer transformar Estado laico em Estado religioso”

DEPUTADO GABRIEL CHALITA (PMDB), militante católico, candidato a prefeito de São Paulo

Maurício Fruet era uma fi guraça. Sem mandato, em 1994, resolveu re-formar sua loja em Curitiba. Vestia roupas velhas e metia a mão na massa. Certo dia, encontrou um velho amigo, que pareceu chocado com sua roupa surrada. Fruet resolveu pregar uma peça:

- A coisa não está boa. Perdi a elei-ção, estou desempregado, mas vou tocando: vendo laranjas na feira...

Compadecido, o amigo enfi ou discre-tamente em seu bolso uma nota de cem reais. No dia seguinte, às gargalhadas, Fruet o convidou para jantar e pagou a conta usando a mesma nota.

Instituto de Cooperação Técnica Intermunicipal vai auxiliar o trabalho do TCE-AM, na prestação de contas dos municípios

Deputados aguardam a chegada do Icoti este mês

Previsto para chegar à Assembleia Legis-lativa do Estado do Amazonas (Aleam)

ainda este mês, embora sem data agendada, o Instituto de Cooperação Técnica Inter-municipal (Icoti) é aguardado por todos os parlamentares da casa legislativa e já conta com o apoio do Tribunal de Contas do Estado do Ama-zonas (TCE-AM).

O presidente do TCE-AM, Érico Desterro, argumenta que a iniciativa poderia facilitar o trabalho do órgão, servindo como mais um meio de ajuda aos titulares do Executivo nos municípios do interior.

Desterro detalha que, em almoço com o gover-nador Omar Aziz (PSD), o representante do governo do Amazonas detalhou que a mensagem governamental ainda não foi apresentada em virtude de a propositu-ra enviada ter cargos que

tornam cara a execução do instituto. De acordo com o presidente do TCE-AM, o governador pediu para “en-xugar” a proposta antes.

No dia 31 de agosto de 2011, o deputado Belarmino Lins (PMDB) apresentou uma indicação ao governador, con-tando com a assinatura de 20 dos 24 deputados da casa legislativa, na tentativa de rei-terar a proposta de recriação do instituto, apresentada no anteprojeto de lei de autoria do próprio parlamentar.

LUANA GOMESEspecial EM TEMPO

A indicação de recriar o instituto reuniu 20 assinaturas dos 24 deputados da casa legislativa

Enquanto a mensagem go-vernamental a respeito da criação do Icot não chega à Assembleia, o poder legisla-tivo lançou na última sexta, o Centro de Cooperação Téc-nica ao Interior (CCOTI) no município de Itacoatiara, que oferece apoio às Câmaras Municipais do Estado.

De acordo com o presi-

dente da Aleam, deputado Ricardo Nicolau (PSD), o centro, criado pela mesa diretora da casa, tem o intuito de assessorar os Legislativos Municipais, prevenindo erros quanto à interpretação e obediên-cia às leis orçamentárias, fi scais e contábeis, pelas quais lidam os ordenadores

de despesas no exercício de seus mandatos.

Os cursos de capacitação devem iniciar na segunda quinzena deste mês de fe-vereiro, a partir de ensino a distância elaborado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com o ob-jetivo de alcançar 23 muni-cípios inicialmente.

Apoio às câmaras municipais De acordo com Ricardo Nicolau, o centro criado tem o intuito de assessorar os municípios

FOTOS: DANILO MELLO/ALEAM

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MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 A7Com a palavra

Há tempo para se divertir e tempo para se recolher. A Quaresma é o perío do de pre-paração para a Páscoa, nossa festa maior. É preciso ter uma consciência maior do ato, a vida não é um Carnaval”

Faltando uma semana para o Carnaval, o arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira, revela que a Igreja

Católica não é contra a festa, e sim ao desrespeito de valores que algumas pessoas cometem nesse período.

Em entrevista ao EM TEMPO, o bispo aconselha os fi éis que brin-quem e se divirtam de forma res-ponsável sem atropelar valores que deturpem os costumes cristãos e, não abusem de drogas, bebidas alcoólicas e erotismo.

A igreja também se posiciona sobre o uso imagem de santos em carros alegóricos em escolas de samba, e dispara: “A imagem é sagrada e deve ser usada em festas dignas a ela”.

EM TEMPO - O que a Igreja Ca-

tólica pensa sobre o Carnaval? Dom Luiz - O Carnaval não é

uma coisa ruim, porém é preciso moderação. Restringimos o uso de entorpecentes, erotismo e o alcoolismo, pois são coisas que atropelam os nossos valores cris-tãos. A doutrina católica não é, em princípio, contra manifestações de júbilo, canto, dança. São práti-cas totalmente compatíveis com o evangelho. A alegria é um dom maravilhoso de Deus, que restaura nossas forças e nos lembra a dig-nidade de nossa criação e de nossa redenção, o que repudiamos são os excessos e a desordem. Há 70 anos a festa ainda era um evento saudável, depois a sociedade a transformou em um acontecimen-to laico e a religião passou a perder força. Alguns dizem que o Carnaval foi uma movimentação instituída pela igreja. Isto não é verdadeiro. A festa foi uma invenção do homem, para cometer excessos antes da Quaresma. Nos séculos passados, os 40 dias da Quaresma eram respeitados, as pessoas faziam jejum e se privavam de prazeres, como comer carne e ingerir be-bidas alcoólicas. Com isso, três dias antes de iniciar a penitência, a comunidade se esbaldava em comidas, danças e diversão, para em seguida entrar no período do jejum. O termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”, criou a derivação Carnaval.

EM TEMPO- As comemora-

ções de momo acontecem às vésperas da Quaresma, uma

festa que prega o jejum e a abstinência, preceitos to-talmente invertidos ao que acontece no Carnaval. Como a igreja avalia isso?

Dom Luiz - É uma distinção interessante. Há tempo para se divertir e tempo para se reco-lher. A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa, nossa festa maior. É preciso ter uma consciência maior do ato, a vida não é um Carnaval. A sociedade precisa repensar os valores e é claro que também devemos con-tinuar alertando os cristãos sobre os excessos. A igreja sempre nos exorta a viver em santidade os dias do Carnaval, aliás, com a temperança que devemos viver todos os demais dias.

EM TEMPO- A Igreja de São Sebastião precisou fechar as portas no Sábado Magro de Carnaval por conta de uma banda tradicional da cidade, que acontece ao lado da pa-róquia e impede o acesso dos fi éis. Como a arquidiocese vê essa situação?

Dom Luiz - Acredito que deveria haver uma convivência melhor. A igreja está naquele mesmo local há mais de um século. A banda se tornou um grande evento e, infelizmente, devido a proporção dos participantes, é difícil minis-trar uma missa, pois não tem como os fi éis chegarem até a igreja. Acho que o setor público deveria repensar um local mais adequado para realizar a banda, e assim abrir espaço para que a igreja possa continuar celebrando a missa como de costume. A nossa liberdade começa quando termina a dos outros.

EM TEMPO- Este ano uma escola de samba em Manaus conta em seu enredo a vida de Dom Bosco, um santo da Igreja Católica. O senhor acha que essa atitude é uma ofensa ou uma homenagem?

Dom Luiz - O colégio recebeu esse fato como uma homenagem, inclusive o samba-enredo da es-cola foi lançado no Dom Bosco. A arquidiocese também viu essa notícia como muita alegria, e es-peramos que a apresentação seja feita de forma correta e respeitosa. Dom Bosco foi um grande homem e deixou um legado que rende frutos até hoje. Sua história deve ser respeitada.

EM TEMPO- A igreja prega

que é “pela carne que o espí-rito se perde”. E no Carnaval existem excessos como luxúria, embriaguez e traição. A festa é um espaço para o pecado?

Dom Luiz - Isso depende da intenção que a pessoa saiu de casa e as circunstâncias que ela se manterá no local. Se ocor-rer descontrole e esbórnia, com certeza não será lugar para um cristão. Não queremos condenar o Carnaval, mas é preciso que a festa se torne algo mais humano, de respeito. O problema é quando coisas moralmente neutras, como a arte, o canto, a música, a dança, são desvirtuadas e transformadas em práticas libertinas. Claro que com isso a igreja não concorda. Mas o Carnaval em si não é mau, e sim o que se faz do Carnaval. Temos restrições, por exemplo, à campanha da distribuição de preservativos idealizada pelos go-vernos, isso só incita ainda mais a prática do sexo e o torna um ato banal. A relação sexual é uma coisa que precisa ser respeitada, pois é um ato divino de criação. Não acredito que criando campanhas abertas se tenha uma melhor forma para evitar a contaminação de Do-enças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a gravidez precoce.

EM TEMPO- Algumas escolas de samba usam imagens de santos e fantasias de anjos em seus desfi les. O senhor acha que isso ofende o catolicismo?

Dom Luiz - A imagem de um santo é para ser usada em uma festa digna a eles. Se for um espetáculo de nudismo, exibição e baderna não cabe o uso da imagem. É preciso ter um contexto de uma conscientização durante as apresentações.

EM TEMPO- Qual a orienta-ção que a Igreja Católica faz aos fiéis durante o período de Carnaval?

Dom Luiz - Aqueles que gos-tam de Carnaval, que brinquem com cautela e lembrem sempre que durante as festividades não deveriam se afastar de Deus, com excessos, que deturpam nossa própria natureza e levam-nos àqueles extremos. Enfi m, a igre-ja não nos proíbe de festejar o Carnaval. O cristão é livre para escolher participar das ativida-des que quiser, sempre tendo em mente o conhecido ensinamento paulino (1 Cor 6,12) que diz: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém.”

Dom Luiz SOARES VIEIRA

‘Precisamos HUMANIZAR o CARNAVAL’

A Igreja não nos proíbe de feste-jar o Carnaval. O cristão é livre para participar das ativida-des que quiser. Não queremos condenar, mas é preciso que a festa se tor-ne algo mais humano e de respeito”

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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Com a palavra

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 (92) 3090-1045

Há três anos, o médico Rodrigo Almeida comprou um apartamento localizado em um prédio próximo ao supermercado Carrefour, da Ponta Negra. Ele viu a alegria típica de quem vai receber as chaves da casa própria se transformar em decepção quando foi fazer a vistoria do imóvel.

O piso estava mal coloca-do e sem rodapé, as portas dos quartos estavam tortas e não fechavam e, para piorar, as janelas estavam emperradas. “O acabamen-to era péssimo”, salienta.

Rodrigo não pensou duas vezes: entrou em contato com a construtora e, após muita reclamação, conse-guiu que ela consertasse os problemas detectados.

M e s m o com os reparos, o médico vendeu o i m ó v e l e usou parte do dinheiro para pa-gar as chaves do apartamento novo, si-tuado no Parque Dez, Zona Centro-Sul. “Desta vez fui com um engenheiro e não com um funcionário da construtora, como ocorreu no apartamento antigo. Fiquei de olho em cada detalhe e, graças a Deus, não apareceu nenhum problema. Espero que não apareça nenhum no futuro”, afi rma.

Sonho virou pesadelo

Economia B3

M e s m o com os reparos, o médico vendeu o i m ó v e l e usou parte do dinheiro para pa-gar as chaves do apartamento novo, si-tuado no Parque Dez, Zona Centro-Sul. “Desta vez fui com um engenheiro e não

Sonho virou pesadelo

‘Boom’ de entrega das chaves exige precaução

[email protected], DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 (92) 3090-1045

Economia

‘Boom’ de entrega das ‘Boom’ de entrega das Para fugir da dor de cabeça, donos de imóveis devem redobrar a atenção para os acabamentos

O “boom” previsto para 2012 na en-trega de imóveis, que deverá ser cin-

co vezes maior em relação ao ano passado, ao alcançar 15 mil unidades habitacionais, anima o mercado empresarial. Por outro lado, o grande volu-me de entregas requer cuida-dos de quem comprou a casa ou o apartamento na planta e aguarda ansioso para receber as tão esperadas chaves.

Para evitar que o sonho da casa própria se transforme em um pesadelo na primeira ra-chadura ou janela emperrada, que podem ser encontradas ao receber a nova moradia, é preciso fi car sintonizado nos detalhes. A dica principal dos especialistas é de que o consu-midor faça uma inspeção mi-nuciosa do imóvel comprado, de preferência, acompanhado de um engenheiro indicado pela construtora.

“Uma vistoria bem detalha-da é fundamental, pois na hora de receber o imóvel novo, os proprietários costumam estar tão entusiasmados, que mui-tas vezes esquecem que nem tudo pode estar em perfeitas condições”, enfatiza o corretor Alysson Souza.

Ele alerta que a pessoa deve estar atenta para os chama-dos “vícios construtivos”, os quais são divididos em três categorias: aparentes (como azulejos ou pisos quebrados),

ocultos (que sur-gem após o uso, como são os casos de infi ltração), ou de edifi cação, que envolvem acaba-mento, sistemas elétricos e hidráulicos, rachaduras, vazamentos e in-fi ltrações aparentes.

Segundo especialistas, para se livrar da “dor de cabeça” com surpresas desagradáveis, o proprietário deve checar nos

mínimos detalhes pelo menos seis pontos: as fechaduras; se o piso, incluindo, o rodapé, está corretamente colocado; a ins-talação hidráulica (torneiras, chuveiros, pias); rachaduras nas paredes; as janelas e as portas da casa. Nessa lista, fi ca de fora a parte elétrica, que fi cará difícil de ser verifi -cada, porque os imóveis, ge-ralmente, são entregues sem energia, que só é instalada pela concessionária, após a solicitação do dono da casa.

ANWAR ASSIEquipe EM TEMPO

Vagas podem custar até R$ 20 mil

Uma vistoria deta-lhada é fundamen-tal, porque com o

entusiasmo, os pro-prietários até esque-cem que nem tudo pode estar perfeito

Alysson Souza, corretor de imóveis

O diretor da C&Castro Imó-veis, Jorge Ayoub, afi rma que quanto mais rápido os pro-blemas forem detectados, menores serão os apuros que os donos dos imóveis terão futuramente. Segundo ele, a primeira medida a tomar se os contratempos surgirem após a vistoria é entrar em contato com a construtora,

para cobrar que ela cum-pra o contrato e repare os prejuízos. Nessa situação, os proprietários possuem 90 dias depois da inspeção para reclamar.

O novo Código Civil prevê que o consumidor pessoa física tem até cinco anos para reclamar de problemas na construção do imóvel,

enquanto que para pessoa jurídica, o prazo cai para três anos. “A maioria dos contratos protege ao máxi-mo as construtoras”, destaca o corretor Alysson Souza, ao ressaltar que o cliente que não obtiver um acordo com as construtoras e se sentir lesado pode procurar o Pro-grama Estadual de Proteção,

Orientação e Defesa do Con-sumidor (Procon/AM).

A projeção dos especia-listas é de que, em 2012, em Manaus, sejam entre-gues 15 mil unidades habi-tacionais, distribuídas em 25 empreendimentos. Em 2011, o número de imóveis entregues foi de, no mínimo, três mil unidades.

Em caso de apuros, cobre os seus direitos

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Além dos estabelecimentos comerciais, a Páscoa tam-bém é um período em que algumas pessoas aproveitam para ganhar uma renda extra. A estudante Evelyn Martins de Almeida, 18, já começou a pesquisa na busca por ma-teriais, em particular, novos modelos de fôrmas, para pro-duzir os doces de chocolate

que pretende vender nessa época do ano.

Com a ajuda da mãe, Francisca Martins de Al-meida, ela produz ovos, trufas e pirulitos na co-zinha da própria casa no bairro Japiim. Evelyn es-pera neste ano crescer a produção em relação ao ano passado, quando pro-

duziu chocolates para mais de 20 encomendas.

Segundo a estudante, a produção de doces de chocolate rendeu, no ano passado, aproximadamen-te R$ 700 de lucro, valor que ela quer aumentar. “É um dinheiro extra que vou usar para pagar as despe-sas de casa”, frisa.

Ganho extra com chocolates

B2 EconomiaPáscoa garante emprego para 1,5 mil em ManausCom projeção para aumentar em 8% as vendas neste ano, comércio começa a se preparar para atender a demanda

Em todo o país, a Páscoa deve gerar 20 mil empregos temporários. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) que divulgou a informação na última semana.

De acordo com a entidade, as fábricas e lojas do ramo já iniciaram as contratações desde outubro do ano pas-sado. Em 2011, a produ-ção das empresas asso-

ciadas à Abicab cresceu 7% em relação a 2010, chegando a 18 mil toneladas de ovos de chocolate. O aumento do consumo foi o principal fator que garantiu o crescimento da produção.

A produção de chocola-

tes no ano passado somou 390 mil toneladas, um au-mento de 11% em relação a 2010. Nos últimos cinco anos, o consumo de choco-late no Brasil cresceu 39%, o que faz do país o quarto maior consumidor do produ-to, segundo a Abicab.

Geração de 20 mil temporários

ANWAR ASSIEquipe EM TEMPO

A dois meses da Pás-coa, o comércio de Manaus já se prepa-ra para saborear os

lucros com a venda de ovos de chocolate e outros doces típicos da época. Conforme a Associação Comercial do Amazonas (ACA), a expecta-tiva é de que pelo menos 1,5 mil funcionários temporários sejam contratados para o pe-ríodo, que deve registrar alta de 8% nas vendas.

“As lojas já estão estocan-do, pois todo ano tem havido carência de ovos de Páscoa.

Nessa época, o que fabricar, se vende. Não fi ca nada na prate-leira”, afi rma o presidente da ACA, Gaitano Antonaccio.

Segundo projeção da Câ-mara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), as lojas devem comprar 5% a mais em quilos de choco-lates do que no ano anterior. “Dependendo do tamanho e do preço, este índice pode chegar até 10%”, salienta o presidente da entidade, Ralph Assayag.

Segundo ele, os supermer-cados e os estabelecimentos que trabalham com café da manhã vão absorver a maior parte das contratações da

Páscoa, incluindo pessoas para auxiliar os clientes na hora de escolher o ovo de chocolate preferido.

O empresário destaca que boa parte das lojas que não trabalha com chocolates tam-bém vai aproveitar a data para lucrar, o que pode favore-cer a manutenção dos funcio-nários temporários contrata-dos para o “Liquida Manaus” em seus cargos de trabalho. “Aconselhamos essas lojas a venderem seus produtos associados com brindes da Páscoa, oferecendo chocola-tes para quem comprar uma roupa ou um calçado”, exem-plifi ca Ralph Assayag.

Ganho extra com chocolates

De acordo com a entidade, as fábricas e lojas do ramo já iniciaram as contratações desde outubro do ano pas-sado. Em 2011, a produ-ção das empresas asso-

A produção de chocola-

late no Brasil cresceu 39%, o que faz do país o quarto maior consumidor do produ-to, segundo a Abicab.

Em Manaus, produtores de doces dessa época planejam aumentar o lucro com as vendas

Lojas devem comprar 5% a 10% a mais em quilos de chocolates, em relação ao ano anterior

Nos últimos cinco anos, o consumo de chocolates no Brasil cresceu 39%

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Limitação de vagas nos condomínios faz com que moradores paguem de R$ 500 até R$ 20 mil por um espaço a mais

Vagas ‘salgadas’ custam até R$ 20 mil na capital

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Na hora de comprar um imóvel, a quan-tidade de vagas no estacionamento

pode ser um empecilho que influencia na aquisição. Para resolver o problema e garantir uma vaga a mais, há quem pague até R$ 20 mil, diluídos no valor total do imóvel. Mas, essa não é a única saída. Quem optar por alugar o es-paço pode desembolsar até R$ 500 por mês - quase o preço do aluguel de um pequeno apartamento.

Quando a carência por va-gas existe antes da obtenção de um imóvel, especialmente apartamento em condomínio fechado, o morador tem a opção de adquirir uma vaga extra. A negociação pode ser feita com a construtora ou imobiliária junto à compra do imóvel e pode custar de R$ 15 a R$ 20 mil, segundo o corretor de imóveis Jorge Ayub.

“A opção existe. Mas, de-pendendo do caso, a pessoa acaba preferindo deixar o ve-ículo fora do estacionamento de moradores ou até mesmo na área de visitantes. Porém, o ideal é ter uma vaga própria”,

afirma. Em geral, apartamen-tos com dois quartos dispõem apenas de uma vaga, enquan-to imóveis com três dormitó-rios têm estacionamento para dois veículos. Há casos em que a disponibilidade pode variar, ainda, de acordo com o andar do apartamento e em condomínios mais luxuosos, o

morador chega a ter até três ou quatro espaços próprios.

Em residenciais mais anti-gos, o aluguel da área desti-nada aos veículos é possível há muito tempo, mas ainda é pouco praticado. “O número de vagas é bastante limitado e são poucos os casos em que moradores alugam, mas o aluguel custa em torno de R$ 200 e pode chegar a até R$ 500”, revela o corretor.

Lei regulamenta a práticaConforme o artigo 1.338

do Código Civil, nas situações em que o imóvel já foi entre-gue e há residentes no local, um condômino pode alocar a vaga para vizinhos e até para terceiros, caso nenhum morador registre interesse. Além disso, proprietários ou inquilinos têm prioridade na aquisição do espaço e podem contar, inclusive, com valores mais em conta.

Esta medida beneficia tanto a quem tem veículos além do número de vagas e a quem não tem. “Muitos moradores não acham seguro deixar o carro fora do estacionamento reservado a eles. Isso atrapa-lha o fluxo de carros”, contou a síndica do condomínio do conjunto Jornalistas, Roseane Leitão. Por outro lado, proprie-tários que têm um ou nenhum veículo podem aproveitar a carência de espaço para au-mentar a renda.

O “comércio” de vagas tem se tornado mais comum recen-temente. “Há anos as pessoas vêm “emprestando” suas va-gas para outros condôminos, mas nos últimos meses elas perceberam que isso pode tra-zer retorno financeiro”, diz.

LARISSA VELOSOEspecial EM TEMPO

COMÉRCIOQuem tem mais de um carro pode negociar com a construtora, no ato da compra do imóvel, a aquisição de mais uma vaga. O “comércio” pode render ao bolso do cosumidor até R$ 20 mil

No conjunto Jornalistas, apenas um morador do condomínio aluga a vaga de outro apartamento para

que a filha possa estacionar o carro, adquirido recente-mente. “Eles fizeram acordo simbólico entre si, segundo

ele, que paga a taxa de condomínio da proprietária da vaga”, explica a síndica, Roseane Leitão.

Acordo pode ser uma saída

Depois que o comércio de vagas se tornou rentável, a prática ficou comum em condomínios

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Técnicas de aquicultura repassadas ao interiorMunicípios de Parintins e Itacoatiara recebem ainda neste semestre técnicas de como desenvolver o setor no Estado

Com o fortalecimento da aquicultura em território amazonen-se, cursos relaciona-

dos à atividade estão sendo ofertados no interior do Es-tado com o objetivo de levar maiores conhecimentos aos profissionais da área. Após Macanapuru e Presidente Figueiredo, as técnicas do setor serão repassadas aos produtores dos municípios de Parintins e Itacoatiara ainda neste semestre.

Os cursos serão ministra-dos por alunos do curso de extensão na área de aqui-cultura, que é um resulta-do de uma parceria entre o Centro Universitário Nilton Lins (Uni Nilton Lins) e o Ins-tituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa).

Segundo a coordenadora do curso, Elizabeth Gusmão, o principal objetivo da emprei-tada é repassar, de maneira

simples, os ensinamentos ab-sorvidos pelos alunos do cur-so aos que vivem da atividade. “Os alunos dos cursos de pós-graduação e mestrado, que são ministrados na faculdade Nilton Lins, transmitem aos

piscicultores o conhecimento de tecnologias atualizadas na área, o que visa contribuir para a melhoria da produção de peixes e proporcionar o desenvolvimento socioeco-nômico para esses municí-

pios”, explica. A coordenadora acrescen-

ta ainda que as atividades de extensão devem ganhar mais presença nos municípios amazonenses, pois é impor-tante que os trabalhadores da área detenham conhecimento necessário para a atuar na criação de peixes. “Os alunos do curso de extensão na ver-dade são disseminadores de informação, já que são eles quem ministram as aulas aos produtores após terem o co-nhecimento teórico e prático na área aquícola”, pontua.

Ainda de acordo com Eli-zabeth, os cursos destinados aos produtores têm como ob-jetivo sanar a escassez de mão de obra qualificada no setor, que está ganhando for-ça no Estado. Ela ressalta ainda que todos os meios de aprendizagem foram desen-volvidos dentro da realidade da atividade predominante do Amazonas, que é diferen-te da praticada nos outros Estados brasileiros.

Há um mês, quando aqui este-ve para a troca de comando da Suframa, o ministro Alessandro Teixeira - interino, é bom lem-brar - do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, repetiu a cantilena das promessas de investimento da União no modelo Zona Franca de Manaus. Para ele, se trata de um caso de sucesso, nos últimos 10 anos, onde a competitividade cresceu mais do que em outros estados (?), e seu faturamento, acima de 36 bilhões de dólares, está relacionado a mais de 3 bi-lhões em investimentos federais (sic!), que serão majorados em 2012, visando adensar e con-solidar a ZFM. Como ninguém questionou o fato – estaria o governo retomando a bazófia da renúncia fiscal? - e o interino nenhum dado apôs à própria fala para ilustrar os indicadores da generosa contribuição, o jeito foi apelar para o que diz a Receita Federal e checar a informação inteira e as premissas e inten-ções da bravata. Cabe lembrar que, perto da renúncia fiscal da indústria automobilística, a da ZFM é tímida e é simbólica por representar o preço do zelo e guarda do bioma amazônico.

Em 2011, segundo o portal da Receita, o Amazonas figurou, mais uma vez, entre os Estados que levam o país nas costas, num grupo de abnegados, liderados por São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Somos o único no Norte, Nordeste e Centro-Oeste que mais recolhe do que recebe. Enquanto reco-lhemos R$ 6,4 bilhões em 2011, o Maranhão da família Sarney, o que mais recebe, apesar de ser o mais pobre, mordeu quase R$ 10 bi. O vizinho Pará, um pouco menos, R$ 9,2 bilhões. Para infraestrutura, o Pará re-ceberá do PAC algo em torno de R$ 80 bilhões nos próximos

4 anos. E o Amazonas, bem..., o Amazonas há 10 anos aguarda - sentado - o linhão de Tucuruí para aliviar o apagão energéti-co de sua economia e padece de infraestrutura em gênero, número e degraus.

Se o assunto é competitivida-de, a suspeita é de que o ministro - cuja presença e consciência das questões relacionadas à economia regional parecem distantes - ignora os gargalos e embaraços do modelo. É bem verdade que seu titular jamais pôs os pés aqui, o antecessor padecia do mesmo absenteís-mo e ambos propuseram que o modelo buscasse outras saídas já que a política industrial do país navegaria com Dona Dilma em águas diversas. Referiam-se, ambos, aos acordos dos tablets, modens, games e DVDs que esvaziam a cada dia os pólos industriais remanescentes. A competitividade, enquanto isso, ainda espera o baliz amento das hidrovias, as rodovias de integração, vetadas por esfar-rapadas e risíveis desculpas, a modernização portuária e a inclusão do estado no programa nacional de banda larga... pra ali-nhavar alguns desmentidos. Nos últimos Orçamentos, a bancada do Amazonas não carimbou um só centavo para o gargalo logís-tico muito menos com a letra da competitividade energética. E se o setor farmacêutico, fundado e comprovado no conhecimento regional da tradição milenar in-dígena - aliado à potencialidade dos cosméticos que o banco de germoplasma propicia - não sai do lugar, é porque a competiti-vidade, digo, a ciumeira burra entre os ministérios, emperra desde sempre a consolidação institucional e empresarial do CBA, o pólo de negócios da Biotecnologia. Até onde vai essa demagogia?

Alfredo MR Lopes

Filósofo e consultor ambiental

Cabe lem-brar que, perto da re-núncia fiscal da indústria automobi-lística, a da ZFM é tími-da e é sim-bólica por representar o preço do zelo e guar-da do bioma amazônico”

Alfredo MR Lopes [email protected]

Competitividade, o gargalo das promessas

RICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO

Os alunos do curso são disseminadores

das informações obtidas, já que são eles quem minis-tram as aulas aos

produtores

Elizabeth Gusmão, coordenadora do curso

O curso ministrado aos produtores rurais faz par-te de uma das atividades da disciplina de extensão coordenada por Elizabeth Gusmão e Eduardo Ono, um dos maiores consultores em aquicultura do país.

O curso conta com a parti-cipação de nove estudantes de mestrado e doutorado, com graduação em enge-nharia de pesca, zootecnia, biologia e agronomia, que são os responsáveis pelas aulas dos cursos itineran-tes. Desde setembro do ano passado, os estudantes fo-ram treinados com técni-cas de apresentação em extensão e como preparar material didático apropria-do para o produtor rural,

como apostila e caderneta do produtor.

Durante o treinamento, os estudantes de pós-gradua-ção recebem treinamento para repassar os conceitos mais atualizados sobre as técnicas teóricas e práti-cas da piscicultura para os

profissionais (produtores, extensionistas e todos que atuam na área).

Além da disseminação de informações, os estudantes também têm de conhecer e praticar as técnicas de aquicultura e são os respon-sáveis pela elaboração de material didático — aposti-las, folders, cartilhas — com uma linguagem apropriada para o produtor. “O progra-ma surgiu com o intuito de possibilitar ao estudante do curso em aquicultura conhecer a realidade do produtor, trocar experiên-cias e contribuir com a melhoria desta atividade na região, principalmente dos pequenos produtores”, finaliza Elizabeth.

Doutores integram capacitaçãoMETODOLOGIAAlém de disseminar as informações do curso, os alunos tam-bém são responsáveis pela elaboração do material didático, com linguagem apro-priada para o produ-tor do interior

ARQUIVO EM TEMPO/ALEXANDRE FONSECA

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B5EconomiaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

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B6 MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012País

Fibra ótica pode unir os serviços básicos no paísO Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Energia Elétrica discutem compartilhar redes para baratear custos

O governo federal vai buscar formas de utilizar a infraes-trutura de comu-

nicação já existente para o sistema de redes inteligen-tes de energia elétrica (smart grid) que será implementado no país futuramente. O tema foi discutido em uma reunião entre o ministro das Comu-nicações, Paulo Bernardo, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner.

O compartilhamento da in-fraestrutura poderá baratear a implantação do smart grid, que vai precisar de um sistema de comunicação entre os con-sumidores e as distribuidoras de energia. A ideia, segundo Hübner, é usar fibras ópticas ou faixas de frequência exis-tentes para essa transmissão de dados. “Se nós conseguir-mos compartilhar, em locais onde já tenha algum tipo de comunicação, usar para im-plantar o sistema de comu-nicação do medidor, o custo cai muito”, disse.

Segundo Hübner, na maioria dos países onde já existe uma rede de smart grid implantada há uma faixa de frequência es-pecífica para transmitir essas informações. A Aneel também planeja usar o sistema para transmissão de outros dados como consumo de telefonia, gás e de água.

ReuniãoNo início de março está

prevista uma reunião para

tratar do assunto entre os ministérios envolvidos: Minas e Energia, Comunicações, Ci-ência e Tecnologia e Indústria e Comércio. No encontro, a Aneel vai apresentar um es-tudo de pesquisa e desenvol-vimento sobre as formas de integração da rede e sistemas de comunicação que serão utilizados no smart grid.

Além de permitir que os usuá-rios façam o controle do consu-mo diretamente, o uso de redes

inteligentes vai possibilitar a comunicação remota entre o consumidor e a distribuidora. Para viabilizar a implantação do smart grid, será preciso substituir todos os 63 milhões de medidores de energia exis-tentes. A Aneel deve aprovar até abril as especificações mínimas dos medidores que serão utilizados para o sistema. Projetos pilotos já estão sendo testados por algumas distri-buidoras, mas não há prazo para que o sistema esteja em funcionamento no país.

FACILIDADESAlém de permitir que os usuários façam o controle do consumo diretamente, o uso de redes inteligentes vai possibilitar a comuni-cação remota entre o consumidor e a distri-buidora

DIVULGAÇÃO

A ideia é usar fibras ópticas ou faixas de frequência existentes para essa transmissão de dados de energia e telecomunicações

Investigação acaba sonegação ao INSS

A Polícia Federal, o Mi-nistério Público Federal e o Ministério da Previ-dência Social deflagraram neste fim de semana uma operação para cumprir 39 mandados judiciais - 35 conduções coercitivas e quatro mandados de bus-ca e apreensão - na in-vestigação de fraudes em concessões de benefícios em quatro Estados - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Ba-tizada de operação BPC, a investigação foi iniciada com base na denúncia da filha de um dos beneficiá-rios. Segundo ela, sua mãe, para conseguir um benefí-cio assistencial, teria pago ao intermediário – suposto advogado – R$ 3 mil em 10 parcelas mensais.

De acordo com as inves-tigações, que duraram 14 meses, dados falsos eram inseridos nos sistemas da Previdência Social para permitir a concessão de benefícios indevidos. Tam-bém eram dadas declara-ções inverídicas sobre a renda dos segurados.

Os benefícios são no va-lor de um salário mínimo e a maioria é do Amparo Social ao Idoso. Pelo menos 50 benefícios com indícios de irregularidades foram detectados, com prejuízo

estimado de R$ 950 mil.Segundo a PF, os inves-

tigados poderão ser in-diciados pelos crimes de estelionato, falsidade ideo-lógica e corrupção passiva. Noventa policiais federais e seis sevidores do Ministé-rio participaram da opera-ção, cujo nome, BPC, é uma alusão à espécie do benefí-cio mais fraudado pelos in-vestigados, o Benefício de

Prestação Continuada da Assistência Social – BPC-Loas. O pagamento é feito a idosos e pessoas com deficiência sem condições mínimas de sobrevivência. Para o recebimento des-se benefício o requerente deve comprovar que não recebe benefícios e que a renda mensal familiar per capita é inferior a um quarto do salário mínimo vigente no país.

OPERAÇÃO

DENÚNCIABatizada de operação BPC, a investigação foi iniciada com base na denúncia da filha de um dos beneficiários que foi enganada por um intermediário

Espaço que facilita acesso dos mais carentes à Justiça

A Casa de Direitos na comu-nidade Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital fluminense, receberá um investimento de R$ 252 mil para a reforma, que prevê o acesso dos mo-radores à Justiça. O convênio foi formalizado na Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, que ficará responsável pelo gerenciamen-to do local.

De acordo com a superin-tendente de Defesa e Promo-ção dos Direitos Humanos da secretaria, Andréa Sepúlveda, o objetivo da Casa de Direi-tos é simbolizar o retorno do Estado para as comunidades populares, que durante décadas sofreram com a ausência do poder público. “Essas são comu-nidades que, ao longo do tem-

po, sofreram muito pela falta exatamente do Estado. Então, no momento em que ocorre a pacificação, acontece esse retorno do Estado”, disse.

Andréa Sepúlveda disse ain-da que parte da casa será re-formada, por meio de um con-vênio com a Caixa Econômica Federal e a Fundação Leão 13. Com a reforma, haverá um núcleo de Justiça Comunitária para mediação de conflitos, sala de aula para capacitação de mediadores, ouvidoria do Ministério Público, além de orientação e atendimento ju-rídico por parte da Defensoria Pública e expedição de docu-mentos. Os moradores rece-berão também informações sobre direitos trabalhistas e palestras sobre o tema.

CIDADANIA

Depois de receber força policial, a favela ganha espaço legal

FABIO POZZEBOM/ABR

Bancos devem investir em carteira de crédito menor

O Banco Central deu mais tempo para os bancos se ajustarem à medida tomada em dezembro para estimu-lar a compra de carteira de crédito de instituições menores por maiores.

Segundo o órgão, isso foi feito por demanda do pró-prio setor, que queria mais prazo para se adequar. O alongamento do prazo só foi possível porque o Banco Central avaliou que houve melhora no cenário interna-cional, o que reduziu o risco de falta de liquidez, que afe-taria principalmente bancos de pequeno porte.

Em dezembro, a autoridade monetária informou que, a partir do dia 24 deste mês, passaria a não remunerar 27% do chamado depósito compulsório (dinheiro que os

bancos são obrigados a deixar depositado no órgão) sobre depósitos a prazo. Esse pata-mar seria elevado a 36% no fim de abril. A intenção era induzir a compra de carteiras de créditos, já que, para ver o dinheiro render, os bancos po-deriam utilizar o compulsório não remunerado para adquirir ativos dos menores.

Na época, o BC informou que o valor que poderia ser utilizado dos compulsórios chegaria a R$ 30 bilhões. A medida adotada mudou prazos e patamares: no dia 24, o limite não remunerado será de apenas 20% e haverá escalonamento, aumentando gradativamente o percentual para chegar a 36% apenas em agosto. Criou-se um prazo para a medida, que deixará de valer até junho de 2014.

CENTRAL

O BC quer estimular a compra de instituições menores

ELZA FIÚZA/ABR

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B7MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 País

Gastos adicionais com creche diferem por cidadeEnquanto no Sudeste são gastos, em média, R$ 8.272 por aluno anualmente, no Nordeste o valor cai para R$ 1.876,89

Os investimentos dos municípios brasilei-ros em alunos matri-culados em creches

mostram uma enorme desi-gualdade entre as regiões do país. Enquanto as cidades do Sudeste gastam, em média, R$ 8.272,43 por aluno anual-mente, no Nordeste esse valor cai para R$ 1.876,89. O valor médio anual desembolsado por aluno em uma creche no Nordeste representa apenas 36,5% da média nacional, que foi de R$ 5.144,09.

Esses dados fazem parte da pesquisa “Perfil dos gastos educacionais nos municípios”. Divulgado hoje, em São Paulo, pela União Nacional dos Diri-gentes Municipais Brasileiros (Undime), o levantamento traz números de 2009, enviados por 224 municípios.

“ Hoje, o futuro de uma criança depende de sorte ou azar. Se tiver sorte, a criança nasce em um município que tem boa arrecadação e pode dar uma educação infantil de qualidade. Se tiver azar, nasce em um município que arrecada pouco e, em muitos casos, não tem condições sequer de manter a educação infantil”, afirmou a presidente da Un-dime, Cleuza Repulho.

A pesquisa aponta ainda que o valor gasto pelas cre-ches nordestinas está muito longe do recomendado pelo Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi), cálculo feito pela Cam-panha Nacional pelo Direito à Educação, e que engloba desde insumos até salários de quem trabalha nas escolas. O CAQi diz que cada aluno deve-ria custar R$ 6.450,70.

“ O cálculo é o custo por aluno para ter um mínimo de quali-dade, mas a pesquisa mostra que vamos muito mal porque não conseguimos nem atingir a meta do CAQi. Estamos mais distantes da equidade do que imaginávamos”, disse Daniel Cara, coordenador da Cam-panha Nacional pelo Direito à Educação.

DescuidoMeses depois de matricular

o filho Pedro Cassiano na cre-che São João, na Zona Norte de Recife, Daniela Barbosa de Souza decidiu tirá-lo, pois cons-tatou que ele “só vivia doente”. Ela descobriu que, em dias de chuva, a creche é inundada pela água do esgoto que corre a céu aberto em frente à unida-de de ensino e, nos banheiros, há retorno de dejetos quando alguém dá descarga.

A pesquisa aponta ainda que o valor gasto pelas creches nordestinas está longe do recomendado

Carla da Silva tem três fi-lhos. O mais novo ficou na creche São João por um tem-po, mas também saiu por cau-sa dos problemas de saúde frequentes. A Secretaria de Educação da Prefeitura infor-mou que a creche São João

vem passando por serviços de requalificação hidrossa-nitária e que, até a próxima semana, estará com pintura e colocação de forro concluí-dos. Informou, ainda, que até 2009, o custo de cada aluno matriculado nas creches era

de R$ 1,4 mil. Em 2012, o investimento previsto é de R$ 3 mil, já que foram distri-buídos quites, adquiridos 84 mil brinquedos e jogos peda-gógicos, e a prefeitura está construindo novos centros de educação infantil.

Outras histórias de doenças

Embora com dife-renças menores, a desigualdade regional é notória ainda quan-do se trata da edu-cação infantil (creche mais pré-escola): a média nacional de in-vestimentos é de R$ 3.122,36. No Nordeste fica em R$ 1.605,48, enquanto no Sudeste chega a R$ 4.971,26.

“Temos dois “Brasis” e a disparidade entre o custo com um aluno ma-triculado no Nordeste e outro no Sudeste não é a única desigualdade. Algumas regiões têm dificuldade também de recursos humanos e técnicos, o que im-pacta na qualidade da educação”, observou Mozart Neves Ramos, do Conselho Nacional de Educação.

Educação infantil é desigual

VALTER CAMPANATO/ABR

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Norma de presidente para anticonceptivos garantidos por cobertura médica virou tema de debate religioso

Opositores criticam proposta de Obama

A proposta da Casa Bran-ca para garantir cober-tura médica a métodos anticonceptivos entrou

na mira dos candidatos re-publicanos à Presidência dos EUA. Líder nas pesquisas, o pré-candidato Mitt Romney, que é mórmon, declarou que a administração Obama estava travando um “assalto contra a religião”, enquanto o rival Newt Gingrich, um católico, disse que os democratas ha-viam “declarado uma guerra contra a Igreja Católica”.

O estopim da briga veio a par-tir de uma norma baixada em 20 de janeiro pelo Executivo, emendando a reforma sanitá-ria de 2010, e que obriga os empregadores, incluindo ins-tituições religiosas, a ampliar os planos de saúde oferecidos aos trabalhadores.

O Departamento de Saúde concedeu até um ano para as instituições religiosas cumpri-rem o novo requisito, mas o principal assessor político de Obama, David Axelrod, já indi-cou que pretende ouvir grupos religiosos sobre a questão.

A nova norma se aplica a hospitais e escolas com vín-culos religiosos, mas exime as

igrejas. E toca numa questão delicada para os americanos, divididos entre os grupos conservadores, contrários ao aborto e quaisquer métodos contraceptivos, e os liberais, que defendem os direitos re-produtivos da mulher.

Para os críticos conserva-dores, a regra atinge frontal-mente a liberdade de culto, garantida pela Constituição. “Quando você marginaliza a religião nos EUA, quando você elimina o pilar dos direitos outorgados por Deus, o que resta é a Revolução Francesa (...) o que fica é que o governo vai ditar quem você, o que você faz e quando fazer” , disse Rick Santorum, num discurso em Plano (Texas), na quarta-feira à noite, afirmando que Obama tinha “uma hostilidade aberta” contra a religião.

COMEÇOO estopim da briga veio a partir de uma norma baixada pelo Executivo, que obri-ga os empregadores, incluindo instituições religiosas, a ampliar os planos de saúde ofere-cidos aos trabalhadores

Os maiores bancos do Es-tados Unidos entraram em acordo com o governo para compensar os proprietários de casas após acusações de práticas abusivas pelas instituições durante a crise do mercado imobiliário no

país. O acordo de US$ 25 bilhões (R$ 43 bilhões) pre-vê a redução do pagamento de hipotecas de um milhão de pessoas. As demais, que perderam suas casas para os bancos, receberão um cheque de compensação. Os bancos

envolvidos são o Bank of America, o Citigroup, o Wells Fargo, o JP Morgan Chase e o Ally Financial. O presidente norte-mericano, Barack Oba-ma, disse que os proprietários americanos não foram trata-dos de maneira justa.

Crise no mercado imobiliário

A administração Obama trava um “assalto contra a religião”, segundo Romney, que é mórmon

Lei exige nome real em microblogsMicroblogueiros chineses

estarão proibidos de escrever ou “retuitar” posts caso não se registrem com seu nome real até o dia 16 de março. O prazo anunciado regulamenta uma controvertida tentativa do governo de controlar melhor a internet do país, com mais de 500 milhões de usuários.

A medida foi anunciada pelo Escritório de Informação da Internet de Pequim e vale para os sites de microblog (weibo, em mandarim) com sede na capital chinesa. O Twitter é blo-queado na China, assim como Facebook e YouTube.

Os usuários que não se re-gistrarem até a data-limite não terão a conta cancelada, mas só poderão ler os posts. A decisão de exigir nomes verda-deiros foi tomada em outubro, durante o Congresso do Parti-do Comunista. A exigência só vem sendo imposta a novos usuários. Cerca de 320 milhões de chineses têm microblogs, que se tornaram a principal pla-taforma da opinião do país.

CHINA

DIVULGAÇÃO

O governo chinês já man-tém uma rigorosa vigilân-cia nos microblogs. Um dos recursos mais usados é o bloqueio de termos “sensíveis”, como o nome do ativista Liu Xiaobo, con-denado a 11 de prisão e Nobel da Paz de 2010.

“A necessidade do re-

gistro de uma identidade real cria a possibilidade de vigia do governo sobre certos indivíduos. É como a virtualização da prisão domiciliar para dissiden-tes e críticos”, afirma a mestranda gaúcha Fer-nanda Morena, da Uni-versidade do Povo.

Prisão domiciliar virtualizada

Meio milhão de usuários terão de se registrar até março

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Agentes mulheres em Manaus

‘Todo dia é dia de feira’Com fi éis frequentadores, as feiras ultrapassam gerações e seguem “fi rmes e fortes” no gosto da população amazonense. Seja para comprar verduras ou para tomar um caldo de cana, população faz questão de ir a esses lugares todos os dias

MÔNICA FIGUEIREDOEquipe EM TEMPO

Não só verduras, mas pastéis, sucos e tapiocas atraem cada vez mais clientes às feiras

Feira Dias Localização

3ª feira rua Cel. Salgado – Aparecida, entre a rua Alexandre Amorim e a rua Monsenhor Coutinho 4ª feira rua Barcelos c/ Ferreira PenaVOLANTE 5ª feira rua Apurinã – entre a avenida TarumãPREFEITO e a rua Japurá 6ª feira av. Getúlio Vargas entre boulevard Álvaro Maia e a rua Belém – ao lado do cemitério São João Batista Sábado rua J. Carlos Antony – Cachoeirinha, entre a rua Borba e rua Maués

4ª feira praça do conjunto EldoradoVOLANTE 5ª feira Centro Comercial Campos ElíseosPREFEITO 2 6ª feira rua Amazonino Mendes – Parque 10 – próximo ao DB

No conjunto Eldorado, o público frequentador fi ca por conta de moradores das proximidades, estu-dantes e trabalhadores de empresas do bairro. Em menor quantidade de feirantes se comparada à feira da Aparecida, a feira é formada basicamente por vendedores de frutas, ver-duras, peixes e pastel que ocupam uma das princi-pais ruas da famosa praça do Caranguejo.

Na feira da Aparecida, a cada término de uma novena – que é de hora em hora – fi éis lotam o local.

A aposentada Francisca Rodrigues, 73, não fi ca sem comer uma tapioca e o suco de abacaxi. “Mas antes não tinha tapioca com tanta coisa aqui. Há muitos anos que eu venho a esse local e não deixo de passar na feira. Aproveito e compro verduras, que ge-ralmente são fresquinhas por aqui”, contou.

De acordo com a Secreta-ria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), nas feiras volantes tra-balham, diretamente, 165 pessoas que correspondem ao total de bancas.

Eles não perdem uma Não só verEles não perdem uma

Aos 86 anos, Dulce faz questão de ir so-zinha à feira comprar açaí e tucumã

FOTOS: MÁRIO OLIVEIRA

A cada dia da semana, elas estão presentes em um ponto da cida-de. As feiras volantes

estão nas ruas de Manaus há mais de 50 anos e contam com a disposição de seus feirantes para funcionarem nos cincos dias da semana em oitos locais diferentes. Após todos esses anos, o público se mantém fi el e continua fazendo compras nas ruas onde elas são ins-taladas. Uma das mais tradi-cionais é a da “Aparecida”, na rua Coronel Salgado, no bairro Aparecida, Zona Sul.

Essas feiras recebem o nome de Prefeito 1 e Prefei-to 2 e funcionam de terça a sábado. No local, são comer-cializadas frutas, verduras, pescados, carnes, além de roupas e produtos de belezas. Elas são montadas antes do nascer do sol e só encerram suas atividades à noite.

Visitar um desses locais e dispensar o pastel de feira é uma missão quase impossível para muitos dos frequenta-dores. Fritos na hora e hoje com os mais diversos sabo-res, os pastéis de feiras com um caldo de cana fresquinho são as principais marcas das feiras volantes.

E é vendendo pastel há mais de 40 anos que o vendedor Nelson Lopes, 50, cresceu ven-do a feira crescer também. Conhecido como “Vascaíno”, sua banca é uma das mais tradicionais. “Vendo em to-das as feiras, menos as de sábados. A da Aparecida é a feira com maior movimento. Eu vejo que os frequentadores continuam vindo como antes. Não mudou muito em relação ao público”.

Acompanhando o pastel, o caldo de cana vendido por Domingo Sales, 61, também é um sucesso nas feiras. Assim como o “Vascaíno”, ele passa por toda a cidade. Para os consumidores, o caldo de cana é um dos melhores de Manaus. “Ele é superlimpi-nho e vemos ele fazendo o caldo aqui. Todas as terças, quando venho para a novena, eu tenho que tomar um copo”, relatou a aposentada Ma-ria de Fátima Costa, 62.

O vendedor que se identifi -cou apenas como Ralph, 60, mantém em sua memória a evolução das feiras. Ele lem-bra que, ainda quando criança, frequentava o local e assim como o seu pai e avô se tornou um feirante.

“Lembro que no início só funcionava a partir das 14h. O pessoal chegava só com verdura e a colocava em cima de caixotes para vender. Anti-gamente, uma das principais feiras fi cava na Getúlio Var-gas”, comentou.

Aos 86, a aposentada Dul-ce Araújo vai quase todas as terças-feiras sozinha à feira. Ela mora atrás do Clube Atlé-tico Rio Negro, na rua Luiz Antony, e disse que a cami-nhada é válida para comprar açaí e tucumã. “Eu não tenho medo de ir sozinha. É só acabar o açaí e o tucumã lá em casa que eu vou à feira para comprá-los”.

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Bafômetro, o coadjuvanteCaso sejam aprovadas alterações na “Lei da Seca”, motoristas que costumam dirigir embriagados devem fi car em uma “saia justa”. Isso porque mesmo se negando a fazer o teste do bafômetro, eles poderão ser punidos por vídeos e testemunhas

Após três anos de vi-gência, a “Lei Seca”, criada para punir os condutores que di-

rigem embriagados, pode sofrer alterações. A medida visa tornar mais rígidas as punições e infrações para mo-toristas pegos em blitze ou após cometerem algum tipo de acidente, após consumo de bebida alcoólica. A cha-mada “lei substitutiva” prevê, entre várias mudanças, que a quantidade de álcool no sangue seja desconsiderada. Em discussão na Câmara, a “lei substutiva” deve ocorrer ainda neste semestre.

Caso seja aprovada, os ór-gãos fi scalizadores poderão comprovar o uso de bebida alcoólica pelo condutor, além do bafômetro, imagens, ví-deos, exames clínicos e até mesmo, testemunhos. Todas as medidas serão reforçadas por lei. A multa aplicada atu-almente, que é de R$ 957,65 passaria para R$ 1.915,30.

Desde que foi implantada no Amazonas, em junho de 2008, até janeiro deste ano, a “Lei Seca” aplicou 2.459 multas e infrações. Os dados, divulgados pelo Departamen-to Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), indi-cam um crescimento relativo

no mês de janeiro de 2012, onde foram autuados e mul-tados 84 condutores.

Para a diretora-presidente do Detran-AM, Mônica Melo, tornar a lei mais rigorosa é fundamental para reduzir o índice de acidentes e mortes no trânsito, não só no Amazo-

nas, mas em todo o país. “O Brasil só entra no declíno de acidentes de trânsito quando coloca uma lei rigorosa. E não é por falta de ações educativas e nem falta de fi scalização e sim, por uma questão com-portamental”, ressalta.

Mônica Melo diz acreditar que a mudança na lei vai me-lhorar a conduta dos motoris-tas, mas que ela precisa estar atrelada a outras medidas. “A severidade com a alteração da legislação é um remédio sim, mas claro que tem que haver um conjunto, fortalecer

o processo de formação de condutores, fi scalização, sina-lização. Mas como já disse, o grande problema é comporta-mental. É necessário que as pessoas entendam que é pre-ciso mudar o comportamento não só naquele momento. É preciso que ele se readapte, que siga as regras”, diz.

A atual lei não obriga o condutor a realizar o teste do bafômetro, o que seria fundamental para comprovar o teor de álcool ingerido pelo suspeito antes de dirigir. Mô-nica explica que, nesse caso, quando ele se nega a fazer o teste, o motorista entra na “lei da recusa”. “Quando isso acontece, o motorista não res-ponderá de forma penal e sim, administrativa. O que é pior, pois ele paga uma multa e tem o direito de dirigir suspenso por um ano. Nesse período, o condutor não pode se envolver em nenhum tipo de infração de trânsito, porque poder ter a Carteira Nacional de Habi-litação cassada”, explica.

Para a juíza da Vara Especia-lizada em Crimes de Trânsito, Cristina Marques, a medida vai ajudar bastante, mas sozinha não vai inibir a atuação dos condutores. Para ela, é preciso haver uma fi scalização mais rigorosa e mais campanhas de mobilização. “Conscientizar a sociedade sobre o perigo no trânsito é primordial”.

IZABEL GUEDESEquipe EM TEMPO

PRECAUÇÃOPara a diretora do Detran-AM, Mônica Melo, os ajustes na lei são importantes, mas outras medidas de conscientização são necessárias para que resultados efetivos se-jam vistos no trânsito

Nesta semana, a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justi-ça (STJ) iniciou o julgamento de um recurso especial que vai defi nir os meios de prova legítimos para atestar a em-briaguez ao volante. A me-dida visa usar outros tipos de prova para auxiliar ações relacionadas a condutores envolvidos em crimes.

O julgamento foi suspen-so por conta de um pe-

dido de vistas feito pelo desembargador convocado Adilson Macabu, após os votos do relator, o ministro Marco Antônio Belizze, e do desembargador convocado Vasco Della Justina, serem favoráveis à validade de provas como testemunhas e exame clínico.

O assunto deve entrar em pauta no dia 29 deste mês, quando o desembargador

Adilson Macabu devolver o processo analisado. O tema entrou em discussão na Jus-tiça depois da implantação da Lei Seca, em 2008, em virtude de motoristas re-cusarem fazer o teste do bafômetro, alegando imper-tinência da ação penal, o que os resguarda, por meio da lei, já que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.

Rigorosidade no julgamento

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

‘Marronzinhas’ comandam e não perdem a delicadeza

Predominantemente ocupada por homens, a função de agente de trânsito tem, aos

poucos, aberto espaço para a delicadeza e sutileza das mulheres. Em Manaus, dos 430 agentes de trânsito que atuam no Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização (Manaustrans), intitulados por boa parte da popula-ção como “marronzinhos”, 79 já são mulheres. E são elas que, diariamente, enfrentam difi culdades e situações inu-sitadas durante o trabalho, principalmente por serem co-nhecidas como “sexo frágil”.

O EM TEMPO entrevistou algumas dessas mulheres. Elas relatam momentos vi-vidos durante o exercício da profi ssão. Para algumas, a função dá um ar de autori-dade em meio aos congestio-namentos e a impaciência de alguns motoristas, o que torna a profi ssão mais gratifi cante.

Entre gracinhas e mentiri-nhas de condutores, que que-rem se safar das autuações, elas revelam que presenciam situações relevantes e ines-peradas, seja de dia ou à noite. Outras já vivenciaram fatos constrangedores que viraram ocorrência nas delegacias da cidade. Mas apesar disso, as agentes de trânsito sentem-se gratifi cadas em colaborar com o andamento do tráfego de veículos nas ruas e aveni-das da capital amazonense.

Há 12 anos na função, Maria Luzimar Silva, 46, atualmente opera em áreas específi cas da Zona Leste e atua nos horários de pico. Ela diz que já vivenciou muitas coisas durante os anos de profi ssão, principalmente pela falta de respeito de algumas pesso-as quando veem mulheres na organização do trânsito. “A gente escuta de tudo e ainda somos desrespeitadas por sermos mulheres. Tem

gente que não gosta de re-ceber ordem de mulher. Mas a gente aprende a falar com convicção e segurança. Tem que falar fi rme, mas queren-do ou não, a gente acaba se tornando mais frágil do que o homem”, admite.

Mesmo assim, para a agen-te, o fato de ser mulher não a torna menos autoritária, pelo contrário, até facilita a reação dela em determina-das situações. “A gente tem mais facilidade de lidar com o condutor justamente por ser do sexo oposto, mas muitos confundem isso e acham que vão se livrar das multas ou autuações”, ressalta.

Assim como Maria Silva, que também é professora de português, Luana César, 27,

fala de sua rotina diária e das constantes “cantadas” rece-bidas durante os oito meses que desempenha no cargo de agente. A jovem atua na Zona Sul da cidade e comemora o fato de nenhum motorista ter passado dos limites com ela, Luana reforça, porém, que muitos soltam piadinhas com sentido amoroso e que res-saltam atitudes machistas. E há quem use o charme para tentar driblar a ação na hora de uma autuação ou multa.

“Tem gente que usa várias artimanhas para tentar coagir nossa ação, como oferecer suco, refrigerante, jogar beiji-nho, falando que você é linda. Muitos param até para con-versar, porque vê que é mulher e tentam amenizar a situação.

Teve uma vez uma situação bem engraçada. Ainda quando estava fazendo o treinamento, abordei um condutor ali na Cidade Nova. Era uma senhora com uma criança no banco da frente. Ao perceber a ação, ela tentou mandar a criança para o banco traseiro, mas a menor não levantou. Sendo assim, ela e “jogou” mesmo a criança”, relembra.

Outras situações do tipo já foram presenciadas pela agente. Ela fala que, geral-mente, as pessoas inventam coisas para se safar das si-tuações, como dizer que esta-va em alta velocidade porque levava alguém para o médico ou estava com dor de barriga. Mas infelizmente, nem só por situações engraçadas passam as profi ssionais. Luana César relembra um fato constran-gedor que vivenciou ainda na última segunda-feira (9).

“Esse dia foi muito tenso. Abordei o condutor de uma motocicleta porque ele esta-va fazendo um retorno proibi-do em um posto de gasolina e ele me ameaçou de morte. Fiquei assustada porque ele desceu da moto e parecia es-tar armado, vindo em minha direção. Não fi quei no local, mas consegui anotar a placa do veículo. Até constatamos que a placa da moto era fria e, justamente por isso, levamos o caso para a dele-gacia. Esse condutor não foi identifi cado, mas fi z isso por precaução”, diz.

Eles não respeitamCom apenas quatro me-

ses de profi ssão, Emanuelle Alves, 24, afi rma que gosta muito da profi ssão, mas diz que muitos homens agem de forma machista, dizendo que isso não é coisa de mulher.

“Já ouvi muitos gritarem quando passam para traba-lhar em outra profi ssão, em alguma coisa de mulher. Já teve caso de mandar con-dutores pararem e eles não obedecerem”, relata.

DRIBLEAos poucos, as agentes de trânsitoaprendem a lidar com situações constrangedores e até mesmo perigosas do trânsito e exercem o cargo como qualquer outro profi ssional

No caso de tentativas de agressões ou situações que coloquem em risco o traba-lho dos funcionários do ór-gão, o Manaustrans registra e formaliza as denúncias. Somente no mês de janei-ro, conforme informações repassadas pela assessoria do órgão, foram registradas

19 denúncias envolvendo si-tuações de desrespeito por parte dos condutores com os agentes, tanto com as mulheres como os homens.

Porém, somente alguns casos são levados para a delegacia, onde é registra-do um Boletim de Ocorrên-cia. Muitas das agressões

verbais desqualificam a autoridade do trânsito. De acordo com informações do Manaustrans, para evi-tar constrangimento antes de atuarem oficialmente, os agentes passam por um treinamento para apren-der a lidar em diversos tipos de situações.

Medidas adotadas pelo instituto

A agente de trânsito Luana César diz receber muitas piadinhas amorosas e machistas

JOEL ROSA

IZABEL GUEDESEquipe EM TEMPO

Encarar cantadas, piadinhas machistas e desrespeito não é para qualquer uma. As “marronzinhas” são exceção à regra

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Pecuaristas desassociam desmatamento da práticaDebates têm sido realizados a fim de garantir viabilizar meios que possibilitem a pecuária sem que haja derrubada de árvores

Em novembro do ano passado, o Sistema de Alerta de Desma-tamento (SAD) do

Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Ima-zon) registrou que mais da metade dos 16 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal origina-ram-se no Amazonas (59%), seguido do Pará com 24% e Mato Grosso com 12%. No mês de julho, foram registra-dos 99 quilômetros quadrados de devastação e os municípios que mais contribuíram para isso foram Altamira (PA), Pei-xoto Azevedo (MT) e Apuí (AM). Quando se fala em desmata-mento, vem logo à cabeça o “escambo” das florestas em favor das pastagens, mas será que a fronteira pecuária é, ainda hoje, a grande vilã?

Uma pesquisa realizada pela organização não gover-namental Greenpeace salien-tou que nos primeiros sete anos do novo milênio, o des-matamento da Amazônia Le-gal alcançou uma área maior que o Estado do Acre, ou seja, 154.312 quilômetros quadra-dos. A ONG seguiu o rastro da pecuária no Mato Grosso e apontou que — a atividade tem crescido desde a década de 1970 — é a principal res-ponsável pelos desmatamen-tos na Amazônia. De acordo com o Censo 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), 79,5% das áreas utilizadas na Amazônia Legal Brasileira estão ocupa-das por pastagens. Segundo estudo, a substituição das matas pelo pasto é uma ati-vidade lucrativa estimulada

pelo advento de mais de 30 anos de políticas públicas voltadas para o setor.

Juntos, eles possuem um rebanho cerca de 1 milhão e meio de cabeças de gado, o que abastece pelo menos, 25% da quantidade de carne consumida em todo o Esta-do do Amazonas. Contraindo estatísticas, eles defendem-se, salientando que não há interesse dos produtores em

substituir as florestas. “Que-remos mudar a visão que a comunidade, principalmente a acadêmica, tem da degrada-ção protagonizada pela pe-cuária. Temos consciência da culpa. Mas hoje temos cons-ciência que é preciso mudar. Discutimos em reuniões com a categoria e governo do Estado e defendemos uma mudança de postura, por meio da melho-ria genética e da mecanização. Queremos aumentar a produ-ção sem degradar o meio am-biente e aproveitar melhor os programas de governo”, disse o presidente da associação dos pecuaristas do Parintins e secretário de Produção e Abastecimento do município, Lucivaldo Pereira.

Para ele, é necessário investir

na mecanização do campo a fim de melhor aproveitar as áreas já ocupadas e evitar fu-turas degradações. “A pecuária da forma como era conduzida, até então extensiva, não ha-via um controle principalmente nas ricas áreas de várzea. Com isso o rebanho, principalmen-te de búfalos, se alimentava dos nutrientes do fundo do rio, danificando as áreas e preju-dicando a fauna aquática. Por isso orientamos aos produtores a manter a produtividade evi-tando a queimada das áreas e investindo em técnicas, como o pastejo rotacionado, o me-lhoramento da pastagem e da genética dos animais. Essa é a única forma em que os cria-dores da Amazônia tem para aumentar o rebanho, do con-trário ele tenderá a diminuir, porque não pode desmatar, por isso é preciso usar tecnologia em favor da atividade”, disse Lucivaldo Pereira.

Para o presidente, são ne-cessários mais que incentivos governamentais, para pro-mover uma “pecuária sus-tentável”. “Não adianta falar mal do governo. Ele até que tem apoiado com programas. Vejo que falta mais consci-ência dos produtores e de alguns técnicos, que fazem projetos de visão pequena, fechando no monocultivo. É preciso orientar os produto-res na dinamização das ati-vidades que gera uma maior produtividade e abertura de mercado”, defendeu.

Na tentativa de contribuir com o meio ambiente e, de quebra, ajudar na renda, os pe-cuaristas têm sido orientados a diversificar a produção. “A orientação é fazer o plantio de outras espécies, criações de pequenos animais ou peixe”.

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

Queremos mudar a visão que a comu-nidade, principal-

mente a acadêmica, tem da degradação protagonizada pela

pecuária

Lucivaldo Pereira, pecuarista

É preciso aprender a conciliar

JIMMY CHRISTIAN/DIVULGAÇÃO

Para o titular da secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Eron Bezerra, a res-ponsabilidade dos proprietá-rios é grande em entender a importância de desenvolver sua atividade produtiva, sem prejudicar o meio.

“Participei de um debate com a senadora Kátia Abreu, que reclamou das reservas legais. Segundo ela, “esse negócio de mata” dentro da propriedade é um corpo estranho. No dia seguinte, fui em um debate com o Greenpeace e o discurso era de que o “boi na propriedade era um corpo estranho”. Ou seja, não é correto achar que devo tirar toda a vegetação de uma propriedade. Assim como não é certo achar que não posso criar nenhum ani-mal. Não há desenvolvimen-

to sem sustentabilidade e nem sustentabilidade sem desenvolvimento”, comenta.

Apesar de menos rentável que a produção de alevinos, o secretário explica que a pecuária é uma atividade procurada, principalmente, por empresários que têm tradição no ramo. Contudo, é de extrema importância fornecer meios para o produ-tor aumentar o rebanho, sem agredir o meio ambiente.

“No Amazonas e na Ama-zônia se cria um boi por hectare. O programa que es-tamos lançando dentro do escopo do Amazonas Rural, visa quadruplicar o nosso rebanho sem tirar um único pé de planta, apenas ma-nejando adequadamente o pátio existente, por meio da modernização, pastejo

rotacionado, melhoria de genética e de inseminação artificial”, conta.

Segundo o secretário, existe um projeto-piloto que funciona há quatro anos no Careiro da Várzea. Por ele, são produzidas cem cabeças em 24 hectares. “Vários pro-dutores estão fazendo isso, mas ainda não é uma cultura. De maneira geral as pessoas criam gado de maneira ex-tensiva”, diz.

Além disso, há projetos para criar cinco polos de bacia leiteira nos municípios de Apuí, Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Autazes e Presidente Figueiredo, que devem envolver cerca de 500 produtores em cada localida-de. “Elaboramos esses proje-tos visando não impactar o meio ambiente”, finaliza.

Eron ressalta que é preciso entender que o gado e a mata podem estar no mesmo lugar

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012C6 Dia a diaa diaa MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

As moscas podem auxi-liar a polícia na resolu-ção de crimes. Isso é o que aponta um estudo

feito por pesquisadores do Ins-tituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). De acordo com uma pesquisa feita pela instituição, elas ajudam na decomposição de corpos e podem revelar o tempo que uma pessoa está morta.

Envolvido no projeto, o pes-quisador José Albertino revela que os insetos são os princi-pais decompositores de ma-téria orgânica. Segundo ele, o estudo desses animais pode garantir a base para qualquer investigação criminal como, por exemplo, o dia da morte de uma pessoa assassinada. “A aplicação dos estudos sobre insetos em questões legais, como a solução de crimes de morte, é conhecida como en-tomologia forense”, explica.

Segundo ele, as inúmeras espécies que parasitam cadá-veres precisam ser analisadas separadamente. A partir do “isolamento”, cada uma delas é avaliada juntamente a uma amostra do corpo. “A pesqui-sa tem como objetivo maior identifi car e quantifi car um determinado tipo de mosca varejeira – que participa do processo de decomposição desses corpos – e em que épo-ca elas são mais abundantes”, informa o especialista.

Velha conhecida da popula-ção, a “varejeira” apresenta um tom verde e é visivelmente maior que os insetos tradi-cionais, que têm o hábito de visitar as casas. As varejeiras podem ser encontradas em feiras livres, pousando em carnes e peixes. Seu ciclo de vida é limitado à alimentação e reprodução.

Albertino ressalta que a

identifi cação das moscas e a idade das larvas que habitam o corpo em decomposição integram o primeiro passo a ser dado pelos pesquisado-res. A segunda etapa consis-te em encaminhar amostras do material a laboratórios que revelarão a espécie e a etapa do ciclo de vida em que está o inseto.

Tudo depende de onde o corpo estáDe acordo com estudos,

o desenvolvimento de cada espécie de larva é dividido em três etapas. “Se um corpo foi descoberto em determinado dia e nele foram encontradas larvas, automaticamente nós podemos arriscar dizer quanto tempo a pessoa ou o animal está morto pelo estágio da larva”, explicou o

pesquisador do Inpa. Entretanto, ele ressalta que

a determinação do dia da mor-te, por meio desse método, só é válida em ambientes abertos, uma vez que corpos encontra-dos em porta-malas ou ensa-cados difi cultam o acesso dos insetos. Uma mosca leva mais dias para conseguir chegar a um corpo que se encontra nessas situações. Portanto, o estágio das larvas poderá não corresponder ao dia exato em que a pessoa morreu.

WILLIAM GASPAREspecial EM TEMPO

Se um corpo foi descoberto e nele

foram encontradas larvas, podemos arriscar a dizer a quanto tempo o corpo está morto

José Albertino, pesquisador do Inpa

“Varejeiras” podem ajudar investigadores na hora de determinar a quanto tempo um corpo encontrado está morto

Moscas ‘Holmes’ ditam o rumo das investigações

No Amazonas, somente o Inpa realiza pesquisas na área da Entomologia Forense. Apesar de ser no-vidade no Brasil, esse meio de investigação científi ca já é trabalhado na Fran-ça desde 1855. Em Ma-naus o objetivo é treinar as polícias Civil e Federal – especialmente os peritos criminais – e os médicos

legistas para a execução desse ofício. Nesse sentido, desde 2004 os pesquisado-res do instituto têm minis-trado um curso em Brasília para esse público. Também está em discussão um trei-namento com os médicos do Instituto Médico Legal (IML) para o aperfeiçoa-mento e a montagem de um núcleo da prática.

Sobre a entomologia forense

O estudo é fi nanciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi -co e Tecnológico (CNPq). Os experimentos começa-ram a ser desenvolvidos em julho do ano passado na Reserva Adolpho Ducke. As conclusões da pesquisa irão compor um banco de dados, que poderá ajudar a Polícia Científi ca Amazo-nense a trabalharem com mais segurança, levando em consideração as dife-renças climáticas da re-gião estudada.

Durante os testes, são sacrifi cados suínos de 60 quilos, sendo dois a cada experimento. Os 30 dias

consecutivos de decom-posição são acompanha-dos para que haja a coleta de amostras. De acordo com os cientistas, se as análises forem feitas em outros ambientes fora da reserva, outros resultados serão apresentados, por-que o clima e a fauna nativa de cada região são fatores primordiais.

A escolha da reserva deve-se ao fato de que, tanto na região amazôni-ca quanto na maior parte dos Estados, os autores de crimes, na maioria, procu-ram lugares distantes, de mata fechada para ocul-tarem os corpos.

Testes são feitos com suínos

Suínos são utilizados nas pesquisas com as “varejeiras”

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C8 Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Em período escolar, difi-cilmente os problemas de visão não estão di-retamente ligados às

dificuldades de concentração e raciocínio. A dor de cabeça, a dificuldade em enxergar a distância e os olhos irritados são as características geral-mente associadas ao fraco desempenho de estudantes. Pais e professores devem ficar atentos a essas mudanças de comportamento, pois o baixo aprendizado pode não significar desinteresse pelos estudos e sim, que as doenças visuais atingiram mais uma criança em fase escolar.

A professora do 4º ano do ensino fundamental da Esco-la Municipal Jarlece Zaranza, no bairro Mutirão, Zona Nor-te, Maria Catarina Marinho, comenta que as doenças visuais são comuns entre os alunos. Ela recomenda, inclusive, que antes do início das aulas os pais levem as crianças para exames de ro-tina a fim de que os estudos não sejam prejudicados.

“Muitas vezes, os pais não

atentam para essas questões e as crianças se prejudicam na escola. Certa vez, eu percebi a di-ficuldade de concentração e ra-ciocínio de dois alunos, mesmo não sendo uma especialista na área ostalmológica. Pedi então, que os pais deles os levassem para fazer um exame de vista.

Foi quando diagnosticaram pro-blemas visuais e concluíram que, na realidade, eles precisavam usar óculos”, comenta.

Ainda segundo a professo-ra, assim que o tratamento é iniciado, automaticamente o desempenho das crianças melhora e o índice de repe-tência cai bastante. “A criança

fica mais ativa e se concentra melhor. Acaba a disputa por cadeiras na frente do qua-dro. Com isso, as repetências também sofrem redução, uma vez que, tratada a doença, as crianças se concentram melhor nos estudos”, explica.

Para o professor e doutor do Instituto de Ostalmologia de Manaus, Jacob Cohen, as doenças visuais que afetam as crianças, desde a infância até o início da juventude, po-dem ser prevenidas ou, quando detectadas a tempo, tratadas. “A criança no seu período de formação pode desenvolver anomalias como o glaucoma congênito e o astigmatismo. O glaucoma congênito é um de-feito nos sistema ótico, que leva ao aumento do globo ocular e, na maioria das vezes, se não for tratada, a criança pode chegar cega à adolescência. O astig-matismo deturpa a imagem”, explica Jacob.

De acordo com ele, grande parte da evasão escolar entre a primeira e a segunda infância é causada por alteração ocular. “Como elas não sabem explicar aos pais o que sentem e os pais não dão tanta atenção, o pro-blema é descoberto tarde”.

Se os pais ignoram a falta de concentração de crianças na escola, os ostalmologistas alertam para cuidados com a visão

Crianças dispersas devem sofrer problemas visuais

Crianças devem visitar periodicamente o ostalmologista, para que os estudos não sejam afetados

LUCAS PRATAEquipe EM TEMPO

A fim de melhorar o desem-penho das crianças nas es-colas municipais de Manaus, a Prefeitura de Manaus criou um programa onde unidades móveis de saúde prestam atendimento às crianças nas escolas da rede municipal de ensino. A iniciativa existe desde o ano passado.

De acordo com o coorde-nador das carretas da saú-de, Sérgio Machado, em me-nos de um ano do programa, mais de seis mil crianças

foram atendidas na área ostalmológica. “O progra-ma começou em maio do ano passado e já visitou dez escolas em bairros mais carentes de Manaus. Du-rante a visita em todas as escolas, aproximadamente cinco mil óculos foram dis-tribuídos. Aqui, todas as crianças passam pelo of-talmologista”, ressalta.

Ainda de acordo com o coordenador, quando os médicos chegam às es-

colas, todas as crianças passam por um primeiro exame e, caso seja detec-tado algum problema, os pais são informados. “Se for diagnosticada alguma doença visual na criança, ela recebe um documento e leva para que os pais seja informados e autori-zem o atendimento. Com a autorização, a ótica vem até a escola, a criança escolhe a armação e em 15 dias recebe os óculos”,

Atendimento na rede municipal

FOTOS: MÁRIO OLIVEIRA

Cohen esclarece que quanto mais cedo os problemas forem tratados, melhor para as crianças

Como as crianças não sabem explicar o que sentem e os responsáveis não

dão atenção, o pro-blema é descoberto

tarde

Jacob Cohen, ostalmologista

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Amazonas com menos leitores nas bibliotecasDados do Idea mostram que houve uma redução no número de atendimento nas bibliotecas públicas do Estado

O número de visitan-tes nas bibliotecas públicas do Amazo-nas caiu entre 2010

e 2011.É o que apontam os Indicadores de Desempenho do Estado do Amazonas (Idea), realizado pela Secretaria de Planejamento e Desenvol-vimento (Seplan). O estudo mostra o número de aten-dimentos em bibliotecas nos últimos três anos. As novas tecnologias são os principais motivos para o afastamento do público das bibliotecas, se-gundo alguns especialistas.

Segundo dados da pesquisa, em 2010, houve um total de 64.555 atendimentos, sendo o mês de agosto o ápice do ano, contabilizando 8.823 vistas. No ano passado, os números de visitantes caíram para 49.546 e o ano também teve seu record de público em agosto (um total de 8.823). Vale ressaltar que no mês de dezembro do último ano, o nú-mero de visitantes foi 1.687, o que em comparação com o mesmo mês de 2009 (4.937) e 2010 (2.973), apresentou uma queda acentuada na procura por bibliotecas.

Na análise de Sharles Silva da Costa, diretor do departa-mento de bibliotecas da SEC, a questão do número de atendi-mentos em bibliotecas é algo relativo e a justifi cativa de-pende de fatores diferentes. “Em termos de atendimento em bibliotecas, seja em qual-quer lugar do Brasil, o número nunca é crescente e sempre oscila, o que é normal”, avalia. Ele cita como exemplo o perí-odo letivo das escolas, quando a procura por pesquisas nas bibliotecas dá um salto. Além disso, Sharles também explica que, atualmente, existe um novo perfi l de usuários desses espaços, além dos estudantes. “Hoje são fi éis frequentadores as pessoas que estudam para

os concursos”, diz. Apesar de avaliar que as

oscilações de público são nor-mais, ele avalia que a questão do uso das novas tecnologias contribui para a diminuição das visitas às bibliotecas e diz que esse ponto deve ser levado em consideração. “O computador é algo que é fácil de ter acesso. Há algum tempo o notebook passou a fazer parte da vida das pessoas e agora é o tablet. Então só vai mesmo a biblioteca quem quer se aprofundar mais, visto que grande parte das informações que circulam na internet não é confi ável e os livros ainda são as fontes mais confi áveis de

informações”, enfatiza. Segundo Sharles, não

existem dados para saber o número exato de quantas bibliotecas existem no Ama-zonas, mas ele adiantou que o governo estadual já está de-senvolvendo programas para fazer esse mapeamento. “A base da turnê “Mandaçaia”, que aconteceu no fi nal de ja-neiro em alguns municípios, foi mapear os equipamentos virtuais que existem nessas cidades. O pontapé para fazer esse mapeamento para saber-mos o número de bibliotecas e pontos de leitura”, diz. Ele cita que, em Humaitá, um rapaz instalou em casa uma sala de leitura. “Esse é um exemplo de iniciativas não ofi ciais que queremos apoiar”, conclui.

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MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012 [email protected] (92) 3090-1042

CHRIS REISEquipe EM TEMPO

Há um tempo o notebook passou a fazer parte da vida das pessoas e ago-ra o tablet. Então só vai à biblioteca

quem precisa muito

Sharles Silva da Costa, diretor do departamento de

bibliotecas da SEC

Com o intuito de ampliar e atualizar o acervo dos espaços destinados à lei-tura, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) criou o Programa de Atualização e Ampliação de Acervos de Bibliotecas de Acesso Público, que contemplou o Amazonas com R$ 146 mil destinados a 18 biblio-tecas. Esses espaços es-tão localizados nas cidades de Boca do Acre, Manaus, Parintins, São Gabriel da Cachoeira e Tefé. O valor é destinado à compra de tí-tulos de baixo preço cadas-trados no portal do Livro da FBN (www.bn.br/plbn). “O Minc convocou biblio-tecas de todo o país para se cadastrarem. Já fi rma-mos parceria com várias prefeituras que assinaram acordos para colocar em funcionamento os espaços da maneira mais rápida possível com os novos acer-vos”, informa a nota da assessoria do Minc.

Uma das bibliotecas con-templadas com o dinheiro do programa foi a biblio-teca comunitária “Ler é preciso”, da Gleba de Vila Amazônia (comunidade lo-calizada no município de Parintins). A coordenadora da biblioteca, Joelma Ama-ral, disse que o espaço deve efetuar a compra de uma grande quantidade de livros, aumentando a dispo-nibilidade do atendimento aos seus usuários, que com-preende também todas as comunidades adjacentes.

Aproximadamente 2.700 bibliotecas públicas es-taduais, municipais, co-munitárias, rurais e pon-tos de leitura do país já começaram a escolher os

livros preferidos por seus usuários entre os mais de 10 mil títulos inscritos no Cadastro Nacional de Li-vros de Baixo Preço.

As bibliotecas escolhe-ram os livros que irão com-por seu acervo e com isso estamos criando um novo paradigma no setor. “Cada bibliotecário é que será responsável por escolher os livros que estarão nas prateleiras, respeitando assim as particularida-des e dos seus leitores”, fi naliza a nota.

Censo O 1º e último Censo Na-

cional das Bibliotecas Pú-blicas Municipais, feito pelo Minc em 2009, mostra que o Sul é a região brasileira com mais bibliotecas por 100 mil habitantes (4,06), seguida do Centro-Oeste (2,93), Nordeste (2,23), Su-deste (2,12) e por último está o Norte (2,01). Outro número nada agradável é o que mostra que os pio-res índices estão Amazo-nas (0,70), Distrito Federal (0,76), Rio de Janeiro (0,86), Acre (1,44), Pará (1,60) e São Paulo (1,62).

Segundo a pesquisa, a Região Sudeste é a que pos-sui mais municípios com bibliotecas abertas (92%), seguida do Sul (89%), Cen-tro-Oeste (81%), Norte (66%) e Nordeste (64%). O Distrito Federal, com ape-nas uma cidade, Brasília, é a unidade da Federação que tem mais localidades com bibliotecas (100%), seguida pelo Espírito San-to (97%) e Santa Catarina (94%). O Piauí (34%) e o Amazonas (37%) têm os menores percentuais.

Minc disponibiliza R$ 146 mil

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Página D3

Roberto Carlos em Manaus

GIOVANNA CONSANTINI

O Norte é a região com menos bibliotecas por habitantes

Não há dados precisos da quantidades de bibliotecas no AM

DIVULGAÇÃO

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D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

O governador Omar Aziz e a primeira-dama Nejmi Jomaa Aziz recebe-ram a visita do novo representante da Unicef no Brasil, Gary Stahl, e da representante adjunta Antonella Scolamiero. Os executivos estreitam as relações com Estados onde a organização possui escritório e o encontro pautou o apoio em ações de promoção e garantia dos direitos da criança e adolescente, além do fortalecimento da atuação na Amazônia

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Lívia Mendes, aniversariante da temporada, recebendo a amiga Grace Benayon, durante festa animada na Adega

. No próximo sábado, no Centro de Convenções do Ma-naus Plaza, o agito vai ser para a turma mirim.

. Norma Araújo irá sacudir o local com um baile infantil que promete ser pra lá de animado, das 17h às 22h, com a Banda Orion comandando a pista.

. O ponto alto será o concurso de fantasias, que sempre é aplaudidíssimo com as crianças mais fofas da paróquia.

>> Folia de bambinos

Edgar Montrezol, Babu Loureiro e Rodrigo Santos, na folia eletrônica de quarta na Champanheria Viúva

. Será no dia 19, no Salão Ponta Negra do Tropical Hotel, o Baile Infantil Hawaiizinho, cumprindo a tradição da folia para os bambinos, das noites de domingo de Carnaval.

. O evento é assinado pelo promoter Fernando Salignac e Sky Rodrigues.

. A Banda Impakto vai animar a festa.

>> Hawaiizinho

. O badalado Camarote da Revista Elenco, do nosso EM TEMPO, vai reunir 500 convidados, no sambódromo, durante o desfi le das Escolas de Samba do Grupo Especial, no próximo sábado.

. Os convidados serão levados ao local em microô-nibus, deixando seus carros no estacionamento do Amazonas Shopping. Carnaval chic.

>> Camarote

. O governo do Estado promoverá no dia 7 de março a primeira grande simulação de uma opera-ção integrada das polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros. A ideia é colocar em prática e ajustar o plano de segurança que será empregado durante os jogos da Copa do Mundo de 2014, em Manaus.

. De acordo com o coordenador-técnico da Co-missão Temporária de Segurança para Grandes Eventos da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP), coronel PM Dan Câmara, a simu-lação da operação já está planejada e nasceu de discussões entre os comandos das polícias e dos bombeiros do Estado.

>> Simulação

>> Objeto de desejo

Liza Melo confere o alto astral da festa de aniver-sário de Lívia Mendes, no início do fi m de semana

Dilma Costa e Alice Siqueira também foram cum-primentar Lívia Mendes, na festa de seu aniver-sário na Adega

ALEX PAZUELLO/AGECOM

. De olho no Valentine’s Day, que acontece no Hemisfério Norte na próxima terça-feira, a gri-ff e Yves Saint Laurent lançou esse mimo para que a ala

masculina chic presenteie suas namoradas na data.

. Uma pulseira super-bacana com berloques e o famoso YSL.

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Orquestra abre concurso com salário de R$ 4 mil Edital da audição externa foi publicado no Diário Oficial do Estado, no último dia 7 de fevereiro e prevê 11 vagas para diversos tipos de instrumentistas

Até o dia 17 deste mês, músicos espe-cialistas em diversos instrumentos podem

se inscrever para uma audi-ção especial que pode ren-der preenchimento de vaga na Orquestra Amazonas Fi-larmônica (OAF). A audição externa está marcada para o dia 1º de março, das 14h às 17h, no Centro Cultural Palácio da Justiça.

Os candidatos devem se ins-crever por meio de formulário, disponível na internet pelo site www.culturamazonas.am.gov.br ou procurar a sede do Li-ceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro (Laocs), onde devem efetivar a participação. Uma das exigências é de que os candidatos devam ter idade mínima de 18 anos no ato da

inscrição no concurso.Ao todo, a Secretaria de

Estado de Cultura (SEC) dis-ponibiliza 11 vagas para a orquestra, distribuídas para violino (3), violoncelo (3), trom-bone (1), corne-ingles/oboé (2) e flauta/piccolo (2). Somente as duas últimas modalidades apresentam vagas para ca-dastro de reserva, cujos classi-ficados somente serão chama-dos para compor a Amazonas Filarmônica conforme houver necessidade, mediante con-trato de experiência, por no máximo 90 dias.

As peças que devem ser apresentadas na audição são específicas para cada categoria, passando por obras de compositores como Vivaldi, Mozart, Bach, Haydn, Wagner, Hindemith e Dvorak, por exemplo. O candidato deve se apresentar com ins-trumento próprio.

A audição, contudo, é ape-nas a primeira fase que com-põe o processo de seleção de músicos, cujo resultado será divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE), em até 45 dias após as provas. Os selecio-nados nessa etapa passarão por uma entrevista e uma avaliação psicológica, na qual algumas características pes-soais serão analisadas, como capacidade de concentração, disciplina, emotividade e sen-sibilidade, espírito de equipe, discrição, ansiedade, energia e vitalidade, e impulsividade, entre outras. O resultado fi-nal será publicado em até 30 dias, depois da realização da segunda fase.

O processo de seleção para a Amazonas Filarmô-nica também admite can-didatos de fora do Estado e do país. Estes podem se inscrever por fax, correios

ou pelo endereço eletrôni-co [email protected]. A jornada de trabalho prevista é de 30 horas semanais e o salário está definido em R$4,4 mil mais benefícios.

GUSTAV CERVINKAEquipe EM TEMPO

SERVIÇOINSCRIÇÕES PARA AMAZONAS FILARMÔNICA

Quando: Onde:

Horário:

Informações:

até o dia 17/02, Liceu Cláudio Santoro (Centro de Convenções – sambódromo)Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h(92)3232-2488 / 3232-2440 / 3232-1950

Roberto Carlos retorna para show em arena

Segundo o Diário Ofi-cial do Estado (DOE) da última quarta-feira, dia 8, a Arena Amadeu Teixeira está alugada para a em-presa Sunset Consultoria e Eventos, por meio da Fundação Vila Olímpica, para receber no dia 22 de março o show do “Rei” Roberto Carlos. O valor do aluguel foi de R$ 10 mil.

Além disso, dois dias depois, o cantor se apre-sentará no espaço Han-gar, em Belém, no Pará. Recentemente, Roberto Carlos realizou o projeto “Emoções em alto mar 2012”, que consistiu em um cruzeiro realizado pela Costa Pacífica com saída do Porto de Santos. A viagem ocorreu dos dias 4 a 8 desse mês.

O último show do “Rei” aconteceu em abril de 2009, no mesmo lugar que será realizado este ano. Ele, que estava seis anos longe da cidade, emocio-nou o público que lotou a arena na apresentação comemorativa dos seus 50 anos de carreira. No set-list do artista esti-veram 22 canções, entre elas: “Emoções”, “Deta-lhes”, “Lady Laura”, “Pro-posta”, “É preciso saber viver” e “Jesus Cristo”.

Em setembro do ano passado, o cantor e com-positor viajou até Jeru-salém, onde gravou um especial na Terra Santa, dirigido por Jayme Mon-jardim, no qual cantou os maiores sucessos de sua carreira. A apresentação do espetáculo foi realiza-do pela jornalista Glória Maria, que se emocionou no dia do show.

Roberto Carlos nasceu no interior do Espírito Santo, na cidade de Ca-choeiro do Itapemirim, sendo o quarto filho de sua família. Na década de 1960 ela ganhou fama, juntamente, com o movi-mento da Jovem Guarda.

De lá para cá, o artista ganhou notoriedade em todo o país e também no mundo, com suas canções que falam de amor, bem como de fé.

MARÇO

JOELROSA

Frente será lançada em março

No próximo dia 28 de março, deputados estaduais do Ama-zonas irão lançar a Frente Par-lamentar Estadual de Apoio à Cultura (Pró-Cultura), cujo objetivo é interceder junto aos poderes intermediando as ações que beneficiem as ações culturais, assim como garantir espaços para a exe-cução democrática dos orça-mentos públicos.

A informação é do deputado estadual Sidney Leite (DEM) que esteve reunido, na última quinta-feira com representan-tes da classe artística na As-sembleia Legislativa do Ama-zonas (Aleam). O parlamentar é o presidente da comissão de cultura da casa.

A reunião contou com a presença da presidente da Cooperativa de Música do Amazonas, Ellen Mendonça, o coordenador de Cultura da Aleam, Roberto Sá Gomes, a diretora de Eventos da Se-cretaria de Estado de Cultu-ra (SEC), Alessandra D’Avila, além dos representantes do Coletivo Difusão, Caio Mota e Keila Serruya.

De acordo com o parlamen-

tar, a ideia é que a Pró-Cultura sirva para que os agentes cul-turais tenham oportunidade de dialogar com outros seg-mentos. “Eles serão partícipes no processo de discussão e nós (parlamentares) seremos o elo entre eles e as institui-ções privadas e as públicas”, explica o deputado.

Segundo Sidney Leite, a

“Frente” deve trabalhar a partir de temas específicos, como por exemplo, criar opor-tunidade para que os artistas do interior possam dar vazão aos seus talentos.

Um dos itens levantados na reunião foi a interiorização das políticas, para capacitar e qualificar o artista, da mesma maneira como serve para criar

escolas de arte nos municípios do Amazonas.

Artistas aprovamNa opinião de Ellen Men-

donça, a Pró-Cultura veio para fortalecer o processo de diá-logo que foi estabelecido ano passado, quando foi criado o Fórum Permanente da Música no Amazonas. Ela recorda que a criação foi uma solicita-ção que os artistas fizeram ao deputado Sidney Leite. “A Frente deve ser uma facili-tadora, para que os artistas amazonenses possam cola-borar para a construção de uma legislação específica para a cultura amazonense, assim como será uma ponte para a realização efetiva da parceria entre poder público e sociedade civil”, avalia.

Entre os benefícios que podem acontecer, conforme exemplifica a cantora, ela cita a solicitação da regula-mentação do Fundo Estadual de Cultura.

“Se tivermos um fundo para a Cultura que seja “robusto”, com verba proveniente de em-presas atuantes no Estado, poderemos ter, por exemplo, editais de apoio para os diver-sos projetos existentes aqui.

Demanda tem e podemos também investir em capaci-tação dos artistas, interioriza-ção, realização de seminários com apoio e articulação da frente, enfim, é preciso estar presente às reuniões do Fórum de Música, acompanhar o pro-cesso e ter o entendimento de que essa construção política é necessária”, conclui.

Compartilhando da mes-ma ideia, o produtor Caio Mota avalia que a frente é importante para o intercâm-bio entre o Legislativo e as pessoas, grupos e entidades que estão trabalhando o pro-cesso cultural.

“Vejo como positiva a cria-ção desse espaço no Amazo-nas, pois contribuirá com a construção de políticas públi-cas no Estado. Dentro do cam-po da cultura ainda precisam acontecer avanços e muitos deles são questões ligadas à criação e modificações de leis e para que isso aconteça é importante ter um Legislativo favorável”, analisa.

Além de Sidney Leite, os deputados que fazem parte da comissão do Pró-Cultura são Marcelo Ramos, Wilson Lisboa, Sinésio Campos, e Tony Medeiros.

PRÓ-CULTURA

CHRIS REISEquipe EM TEMPO

FOCOO objetivo da Frente Parlamentar Estadu-al de Apoio à Cultura (Pró-Cultura) é fazer o intercâmbio entre os parlamentares, os ar-tistas e os empresários para facilitar projetos e ações culturais

Cantora Ellen Mendonça é uma das incentivadoras da Frente

DIVULGAÇÃO

O “Rei” é uma das referências musicais no Brasil

MANAUSRoberto Carlos re-torna à cidade após dois anos para rea-lizar mais um show na Arena Amadeu Teixeira, no dia 22 de março, com suporte da empresa Sunset Eventos

DIVULGAÇÃO

A jornada de trabalho prevista é de 30 horas semanais e o salário está definido em R$4,4 mil, além dos benefícios

BRUNO MAZIERIEquipe EM TEMPO

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D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Ancine lança edital com inscrições até 10 de abril

A Ancine (Agência Nacional de Cinema) está com as inscrições até 10 de abril para o edital de coprodução Brasil-Uruguai, que vai conceder apoio financeiro a uma coprodução minoritária brasileira de longa-metragem. Serão aceitos trabalhos de ficção, documentários ou animações cujas filmagens ainda não tenham começa-do e sejam de produção independente. O selecionado receberá o equivalente em reais a US$ 150 mil. Para o diretor-presidente da agência, Manoel Rangel, o ob-jetivo do acordo é “construir um espaço de cooperação a partir de um ponto de vista da fraternidade”.

James Shapiro e Jenniger Egan confirmam a Flip

James Shapiro, autor dos polêmicos “1599 - Um ano na vida de Shakespeare” (Planeta) e “Contest Will: who wrote Shakespeare”, participa da 10ª Festa Literária Internacional de Paraty, entre os dias 4 e 8 de julho. Ele é o segundo estudioso da obra do autor inglês a confirmar presença - Stephen Greenblatt, de “Como Shakespeare se tornou Shakespeare” (Companhia das Letras), já tinha dito sim à organização. A norte-ame-ricana Jenniger Egan, vencedora do Prêmio Pulitzer de ficção de 2011 por “A visita cruel do tempo” (Intrínseca), também estará em Paraty.

Lana Del Rey chega ao 2º lugar nos Estados Unidos

“Born to die”, o disco de estreia de Lana Del Rey, chegou ao segundo lugar da parada americana em sua primeira semana nas lojas. Vendeu 77 mil cópias e confirmou o status da cantora como musa popular deste início de ano, embora boa parte da crítica tenha questionado as qualidades da cantora. Mesmo tendo estreado próxima ao topo, Del Rey não bateu a soul woman inglesa Adele, cujo “21” está em primeiro pela 19ª semana. . Del Rey é tida como a resposta ameri-cana a Adele, que vendeu 122 mil cópias de discos que chega a um total de 6,3 milhões de cópias.

Roberta Sá está prestes a lançar o sexto CD de sua carreira, “Segunda pele”, que conta com a produção de Rodrigo Campello e participação da orquestra Criôla

Cantora foge do samba e envereda pelo mundo pop

Como cantora de samba, Roberta Sá garantiu seu nome entre as melhores de

sua geração. Aos 31 anos, com carreira sólida de quatro discos de estúdio e um ao vivo, ela mergulha por um mar de novas possibilidades musicais. Em “Segunda pele”, a cantora foge do samba, mas não o renega. A sua le-vada, o modo de cantar, ainda lembram os trabalhos ante-riores. Em “Segunda pele”, a potiguar é ainda mais pop. O trabalho foi produzido por Rodrigo Campello, com quem ela trabalhou nos primeiros dois discos. A orquestra de sopros Criôla, inspirada nos arranjos do grande maes-tro Rogério Duprat (1932-2006), ou dos discos tropi-calistas, dá ao álbum uma classe que há muito não se ouve na música nacional.

É preciso coragem. Ao sair do samba, a cantora saiu de sua zona de conforto. Voltou a pisar em território desconhe-cido e, com isso, deu abertu-ra para tropeços e grandes acertos. A voz de Roberta nasceu para o samba, mas, como aprimoramento no seu ofício de intérprete, se faz necessário, por exemplo, bus-car atravessar as barreiras linguísticas. Foi o que aconte-

ceu em “Esquirlas” (algo como estilhaços, em espanhol), uma composição do uruguaio Jor-ge Drexler. Romântica e in-tensa como toda boa letra do compositor, a faixa é inédita. Violinos, guitarra e uma per-cussão de samba levam a canção a um ambiente inós-pito para ambos.

Já consagrada (Roberta venceu o prêmio de melhor cantora de MPB no último Prê-mio da Música Brasileira), ela buscou novos compositores, pensadores contemporâneos. O disco, então, tem um frescor jovem. Uma geração que tem como marca exatamente isso: não se prender a estilos e gêneros. São canções de Ru-binho Jacobina, Dudu Falcão, Gustavo Ruiz, Moreno Velo-so, Domenico Lancellotti. Há, também, “No arrebol”, de Wil-son Baptista (1913 a 1968), e a “Deixa sangrar”, de Caetano Veloso cantada por Gal Costa em “Legal”, de 1970.

Há uma certa malícia fe-minina, fotografia da inde-pendência da mulher con-temporânea. Roberta canta a mulher que gosta de ser desejada, que quer ser vis-ta pelos marmanjos. É uma mulher misteriosa, cheia de surpresas como Roberta.

Por Pedro Antunes

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Apesar de Roberta fugir do samba, ele ainda se faz presente

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D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Dudu lança primeiro CDO álbum do jovem músico conta com composições de importantes autores locais como Júnior Rodrigues, Coracy Brasil e do próprio pai, Edu do Banjo. O lançamento será no próximo sábado, 15, no Centro de Convivência da Família

O menino Dudu Bra-sil nasceu em uma família de músicos, ele é filho de nin-

guém menos do que Edu do Banjo, um dos mais respei-tados sambistas de Manaus. Então, é mais do que natural que siga os passos artísticos de seus parentes. Ele fará o lançamento do seu primeiro trabalho fonográfico, o CD “Encanto brasileiro”, no pró-ximo dia 15 de fevereiro, a partir das 19h, no Centro de Convivência da Família (rua Wilkens de Matos, Aparecida) com entrada gratuita.

A apresentação terá dura-ção, de acordo com Dudu, de aproximadamente uma hora, quando ele cantará dez faixas de seu primeiro disco, que inclusive tem uma regravação de Noel Rosa, da música “Com que roupa”, além de composi-ções de Edu do Banjo, Coracy Brasil, Ricardo Brasil, Júnior Rodrigues, Mário Adolfo, Wan-derlan Vaz e Alberto Bessa. “Tocarei todas as músicas do disco e também duas canções no cavaquinho e violão”, expli-ca o jovem músico. Ele com-plementa que será um show para quem gosta do legítimo samba-canção.

O CD, que foi produzido por Cláudio Nunes, demorou

quase seis meses para ficar pronto. Segundo o artista, o disco é a realização de um sonho. “Sempre quis ter um disco próprio, que servirá também para divulgar o meu trabalho”, afirma.

InteresseO pai lembra que Dudu Brasil

sempre demonstrou interesse pela música popular brasileira (MPB), especificamente com

o samba de raiz. “Quando ele tinha 3 anos surpreendeu toda família ao cantar “Garota de Ipanema” e em todos os ani-versários ele pedia um ins-trumento musical”, recorda, completando que aos 6 anos, começou a tocar instrumentos de percussão. Atualmente, aos 13 anos, estuda violão no Liceu de Artes Cláudio Santoro.

O próprio Dudu recorda que

o interesse surgiu desde pe-queno. “O meu tio Altair era violonista do João Nogueira e também cresci em rodas de samba porque minha família toda é ligada à música. Essa aproximação me levou a gos-tar de cantar e depois tocar instrumentos. Desde sempre toquei percussão”, explica.

Além de cantar, ele é adep-to dos instrumentos de corda (cavaquinho, banjo e violão) e participou de um concerto de piano na Estação da Luz, em São Paulo. Apesar de não escrever as letras, ele faz a harmonia das canções.

Dentre seus ídolos, ele cita grandes nomes da MPB como Noel Rosa, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Cartola, Monarco da Portela e Chico Buarque “Essas pessoas servem de exemplo”, finaliza.

CHRIS REISEquipe EM TEMPO

SERVIÇOLANÇAMENTO DO CD “ENCANTO BRASILEIRO”

Quando:

Onde:

Quanto:

15 de fevereiro, às 19hCentro de Convi-vência da Família, na rua Wilkens de Matos, Apa-recidaEntrada gratuita

Cresci em rodas de samba porque

minha família toda é ligada à música. Essa aproximação me levou a gostar de cantar e tocar

Dudu Brasil, cantor e músico

O jovem artista amazonense durante encontro com o famoso sambista Monarca da Portela

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D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

BAND03h45 – Espaço Vida Vitoriosa I05h00 – Sol Brilhante05h30 – Santa Missa06h30 – Fé na Verdade07h30 – Conexão Cargas

Programação de TV

04h00 – Aventura Selvagem – re-

prise

05h00 – Pesca Alternativa

06h00 – A Grande Ideia

06h30 – VRUM

07h00 – PGM Manazinha

07h30 – Programa Expressão

(Local)

08h00 – Sorteio Amazonas dá

Sorte (Local)

09h00 – Domingo Legal

13h00 – Eliana

17h00 – Roda a Roda Jequiti

17h40 – Sorteio da Telesena

17h45 – Programa Sílvio Santos

22h00 – De Frente com Gabi

23h00 – Série: O Mentalista / The

Mentalist

00h00 – Série: Divisão Criminal /

The Closer

01h00 – Série: Os Esquecidos

02h00 – Encerramento da Progra-

mação

SBT GLOBO RECORD

REDE TV

04h30 – Desenhos Bíblicos06h20 – Todo Mundo Odeia o Chris – HD08h00 – Amazonas dá Sorte – bin-go - local09h00 – Record Kids – local10h30 – Tudo é Possível – PGM 34014h30 – Programa do Gugu – PGM 12918h30 – Domingo Espetacular – PGM 40721h15 – Repórter Record22h00 – Amazônia – PGM 006 - HD22h30 – Série: Aprontando na Índia23h00 – Programação IURD

05h30 – Igreja Internacional da Graça – local09h15 – Programa Viva Amazônia – local09h45 – Break Obrigatório09h50 – Campeonato Italiano – In-ter x Novara12h00 – Igreja Internacional da

Graça – local13h00 – Programa Esporte Perfor-mance – local14h00 – Programa Semeando Bên-çãos – local14h30 – Programa Amigos do Volante – local15h00 – Break Obrigatório15h05 – Programa Na Geral – local15h35 – Programa Fé e Milagres – local16h05 – Break Obrigatório16h15 – Ritmo Brasil16h45 – Belas na Rede17h50 – O Último Passageiro19h00 – Pânico na TV21h30 – Dr. Hollywood22h30 – É Notícia23h30 – Bola na Rede00h00 – Igreja Internacional da Graça – local

TV CULTURA03h55 – Abertura da Estação/ Hino Nacional04h00 – Via Legal04h30 – Brasil Eleitor05h00 – Palavras de Vida06h00 – Santa Missa07h00 – Viola, Minha Viola08h00 – Curta Criança08h30 – Janela Janelinha09h00 – Escola Pra Cachorro09h15 – Meu Amigãozão

09h30 – Turma do Pererê

10h00 – ABZ do Ziraldo

10h30 – Anima TV Tromba Trem

10h45 – Anima TV Carrapatos e

Catapultas

11h00 – Turma do Pererê

11h30 – Catalendas

11h45 – Cocoricó

12h00 – Viva Memória – reprise

– local

13h00 – Stadium

14h00 – O Planeta Azul

15h00 – Ver TV

16h00 – De Lá Pra Cá

16h30 – Cara e Coroa

17h00 – Papo de Mãe

18h00 – Conexão Roberto D’Ávila

19h00 – Filarmônica de Berlim

20h30 – Curta TV

21h00 – MPTV – Reprise – local

21h30 – Roda Viva Amazonas – Re-

prise – Local

22h30 – Lado – B – Local – Re-

prise

23h00 – Programa de Apoio

23h30 – Programa de Cinema

08h30 – Brasil Caminhoneiro

09h00 – Infomercial

10h00 – Auto +

10h45 – Band Clássicos (HD)

11h15 – Band Esporte Clube (HD)

14h00 – Gol, o Grande Momento do

Futebol (HD)

14h30 – Futebol – ao vivo (HD) –

17h00 – Terceiro Tempo

19h00 – Bones (HD)

20h00 – Prision Break (HD)

21h30 – Canal Livre (HD)

22h30 – Isto é Manaus

23h00 – Show Business (HD)

23h45 – Cine Band – Henrique V

03h42 – Santa Missa em Seu Lar04h43 – Sagrado: Compacto – Fe-licidade04h54 – Amazônia Rural05h24 – Pequenas Empresas – Grandes Negócios05h57 – Globo Rural06h54 – Auto Esporte07h30 – Esporte Espetacular (Tria-tlo Rápido Espetacular)10h30 – Esquenta11h48 – Temperatura Máxima. Filme: Bee Movie – A História de Uma Abelha13h31 – Domingão do Faustão I15h00 – Futebol 2011: Campeo-nato Carioca – Flamengo x Nova Iguaçu17h00 – Domingão do Faustão II18h45 – Fantástico21h06 – Big Brother Brasil21h52 – Domingo Maior. Filme: O Negociador00h20 – Flash Big Brother Brasil00h25 – Obrigado Senhor00h30 – Hino Nacional00h35 – Encerramento Previsto (Manutenção Mensal)

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4É seu casamento e as demais associações

que estão, a partir de agora, passando por profunda refl exão. Os passos seguintes entre vocês exigirão rigor e responsabilidade.

TOURO - 20/4 a 20/5O modo como aplica seu esforço no tra-

balho, como leva seu cotidiano e como cuida da saúde e do conforto pessoal começam a ser reorganizados. É tempo de purifi cação física.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6O amor, as relações amorosas e afetivas,

como com os fi lhos, as atividades de cunho criativo, estão de agora em diante necessi-tadas de maior rigor e disciplina.

CÂNCER - 22/6 a 22/7É nas relações familiares que começa para

você o período de reorganização. Consolide as relações e bens que estão sob sua guarda, antes de seguir adiante.

LEÃO - 23/7 a 22/8É tempo de assimilar melhor suas ideias.

Os aprendizados, estudos e atividades que envolvam o desenvolvimento intelectual pre-cisam agora ser melhor organizados.

VIRGEM - 23/8 a 22/9A situação fi nanceira que você está come-

çando a estruturar precisa, a partir de agora, ser trabalhada com o sentido de consolidação do que tenha já conquistado.

LIBRA - 23/9 a 22/0É com relação à sua própria renovação e

afi rmação de nova identidade que você come-ça a ter que ser mais rigoroso. Pague o preço necessário para ser do jeito que quer ser.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11A consolidação e o grau efetivo de realidade

começam a ser testados para ver até que ponto realmente superou obstáculos, impe-dimentos e tendências do passado.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Seu projeto de vida, um novo projeto que

aos poucos está sendo construído por você, precisa agora ser consolidado. É preciso aumentar o grau de responsabilidade.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1A nova direção profi ssional que está se de-

senhando precisa agora ser bem consolidada, antes de prosseguir em seu crescimento. É preciso refl etir antes de seguir adiante.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 A fi losofi a e o padrão de valores que

norteiam sua vida estão se aprofundando e ganhando em consistência. Mas é preciso agora refl etir melhor sobre eles.

PEIXES - 19/2 a 20/3Momento de começar a refl etir e rever o

resultado das associações e das uniões que têm estabelecidas em sua vida. Os compro-missos materiais devem ter uma base mais sólida.

Cruzadinhas

A Bela e a Fera 3D - Livre: Cinemark 4 – 12h10, 16h40 (dub / diariamente); Cinemais Millennnium 3 – 14h40 (dub/ diariamente).

Viagem 2: A ilha misteriosa - 10 anos: Cinemark 7 – 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50 (dub / diariamente), 11h (dub/ sexta e sábado); Playarte 1 – 13h30, 15h30, 17h30, 19h30 (3D / dub / diariamente) e 21h30 (3D / leg / diariamente), 23h30 (3D/ leg/ sexta e sábado); Playarte 10 – 13h, 15h, 17h, 19h, 21h (3D/ dub / diariamente) e 23h (3D/ dub / sexta-feira e sábado); Cinemas Amazonas 5 – 13h20, 15h25, 17h30, 19h35, 21h40 (dub / diariamente); Cinemais Plaza 1 - 15h10, 17h10, 19h10, 21h15 (3D/ dub/ diariamente); Cinemais Plaza 5 - 14h10, 16h10, 18h20, 20h20 (dub/ diariamente); Cinemais Millennium 3 - 16h50, 18h50, 21h (dub/ diariamente).

Filha do mal - 16 anos: Cinemark 1 – 11h30 (leg / sábado e domingo), 13h40, 15h50, 18h10, 20h20, 22h30 (leg / diaria-mente); Cinemais Millennium 8 - 15h20, 17h30, 19h30, 21h30 (leg/ diariamente);

Cinemais Plaza 7 - 15h, 17h15, 19h15, 21h10 ( leg/ diariamente).

À beira do abismo – 12 anos: Cinemark 2 - 12h40, 18h30, 20h50 (dub / diariamen-te); Cinemais Plaza 3 - 19h30, 21h40 (leg/ diariamente); Playarte 8 – 13h, 18h15 (leg / diariamente); Cinemas Amazonas 4 – 18h, 21h10 (dub / diariamente).

Alvin e os esquilos 3 – Livre: Cinemark 5 - 12h50, 15h, 17h10, 19h20 (dub / diaria-mente); Playarte 9 – 12h, 14h, 16h, 18h, 20h (dub / diariamente) e 22h (dub / sexta-feira e sábado); Cinemas Amazonas 4 – 14h, 16h (dub / diariamente), 14h, 16h, 18h (dub/sábado e domingo); Cinemais Millennium 5 - 14h30, 16h20 (dub/ diariamente); Cinemais Plaza 3 - 14h50, 17h (dub/ diariamente).

Os descendentes – 12 anos: Cinemark 2 – 21h30 (leg / diariamente); Playarte 2 – 13h30, 15h50, 20h40 (leg / diariamente) e 23h (leg / sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium 7 - 14h50, 17h20, 19h40, 22h (leg/ diariamente).

Sherlock Holmes 2 – 14 anos: Cinemark

2 – 15h30 (dub / diariamente); Playarte 4 – 13h20, 16h, 18h40, 21h20 (leg / diaria-mente); e 23h59 (leg / sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium 6 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h50 (leg/ diariamente); Cinemais Plaza 8 - 13h50, 16h20, 18h50, 21h35 (dub/ diariamente).

Os homens que não amavam as mu-lheres – 16 anos: Cinemark 4 – 21h20 (dub / diariamente); Playarte 8 – 15h10, 20h25 (leg / diariamente) e 23h30 (leg / sexta-feira e sábado); Cinemas Amazonas 4 – 20h30 (dub / diariamente); Cinemais Millennium 5 - 18h10, 21h10 (leg/ diariamente); Cine-mais Plaza 4 - 15h20, 18h30, 21h30 (leg/ diariamente).

As aventuras de Tintim – 10 anos: Cinemark 4 – 14h10, 18h50 (dub / diaria-mente); Playarte 3 – 13h45, 16h, 18h15, 20h30 (dub / diariamente) e 22h45 (dub / sexta-feira e sábado).

O espião que sabia demais – 14 anos: Playarte 2 – 18h10 (leg / diariamente).

CONTINUAÇÕES

CinemaESTREIAS

DIVULGAÇÃO

Cada um tem a gêmea que merece: EUA. 10 anos. Jack Sadelstein (Adam Sandler), um publicitário de sucesso tem uma bela esposa e fi lhos, que ano após ano teme um evento: a visita de sua irmã gêmea idêntica Jill (também Adam Sandler) no feriado de Ação de Graças. A carência e a atitude passivo-agressiva de Jill enlouquece Jack, transformando sua vida normalmente tranqüila de cabeça para baixo. Cinemais Plaza 2 - 14h40, 16h50, 19h e 21h20 (dub / diariamente); Cinemais Millennium 4 - 15h10, 17h10, 19h20 e 21h40 (leg / diariamente); Ci-nemark 8 - 13h30, 15h40, 17h50, 20h, 22h10 (dub / diariamente), 11h20 (dub / sábado e domingo); Amazonas 6 - 13h40, 15h50, 17h50, 19h50, 21h50 (dub / dia-riamente); Playarte 6 - 13h15, 15h15, 17h15, 19h15, 21h15 (dub / diariamente), 23h15 (dub/ sexta e sábado); Playarte 7 - 13h16, 15h16, 17h16, 19h16, 21h16 (dub / diariamente), 23h16 (dub/ sexta e sábado).

Star Wars – Episódio 1: A Ameaça Fantasma 3D: EUA. Livre. Quando a maquiavélica Federação Comercial pla-

neja invadir o pacífi co planeta Naboo, o guerreiro Jedi Qui-Gon Jinn (Liam Ne-eson) e seu aprendiz Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) embarcam em uma aventura para tentar salvar o planeta. Cinemais Millennium 1 – 15h, 18h40 (dub / diariamente), 21h20 (leg/ diariamente); Cinemark 6 – 22h20 (leg/ diariamente) 13h, 16h, 19h (dub/ diariamente).

O Despertar: EUA. 14 anos. Em 1921, a Inglaterra está em luto pelas mor-tes da Primeira Guerra Mundial quando Florence Cathcart (Rebecca Hall) visita uma escola na fronteira, objetivando explicar os avistamentos de um fantasma de criança. Acostumada a desmistifi car lendas urbanas, ela entra em choque com suas crenças quando fatos inexplicáveis e sobrenaturais começam a se revelar no local. Cinemais Millennium - 14h50, 17h, 19h15, 21h25 (leg/ diariamente); Cinemais Plaza - 15h15, 17h30, 19h40, 21h50 (leg/diariamente); Cinemark 3 - 12h20, 14h50, 17h20, 19h50, 22h20 (leg/ diariamente); Playarte 5 - 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50 (leg/diariamente), 23h59 (leg/ sexta e sábado).

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Page 31: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

Assim vai ser o espaço sobre-nomado durante o desfi le das Escolas de Samba do Grupo Espe-cial, no próximo sábado, no sam-bódromo. Assinado pela revista Elenco, leia-se Guto Oliveira, o lugar transpirará luxo-animação-requinte tendo como tema “Os Antigos Bailes de Carnaval”. Só para 500 convivas. Que tal?

::::: Disputadíssimo

A bela Írmala Souza está trocando de idade hoje. Os cumprimentos da coluna. Amanhã, o editor deste espaço, o empresá-rio Alberto Martins, Lauro Rocha e Laercio Mota es-tarão aniversariando.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas par-ticipa, a partir de amanhãaté o próximo dia 17, da Sema-na pré-Carnaval da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária de Manaus. Na terça-feira, às 9h, a FVS/AM

irá ministrar palestra sobre doenças endêmicas, além de realizar ações de educação em saúde durante todo o dia. A programação será realiza-da na Infraero e será restrita aos servidores do local.

Os frequentadores da Academia de Tênis, na Ponta Negra, passaram a ter serviços que vão além das quadras. O local ago-ra está disponibilizando atendimento de masso-terapia e podologia, no horário das 18h às 22h, de

segunda a sexta-feira.

Vânia e Ricardo Atala mais os herdeiros Natasha e Ricardinho chegaram do merecido descanso por São Francisco, Miami, Los Angeles e Las Vegas. Uma chiqueria tremenda.

Os baixinhos que forem

ao baile de Carnaval in-fantil deste domingo, no Studio 5, terão uma equipe de profi ssionais e uma am-bulância da Unimed Ma-naus para garantir o bem

estar dos foliões mirins. O atendimento ao público faz parte de uma parceria do Plano de Saúde com a organização do evento.

A Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo faz sua primeira reunião de 2012, durante almoço oferecido pela gerência do Tropical Hotel Manaus, no próximo dia 14. No encontro, novidades sobre o Congres-so anual da Abrajet.

A Tropical Hotels &

Resorts Brasil lançou, na última quarta-feira, um concurso cultural foto-gráfi co para os usuários do Facebook. Para concor-rer é muito simples, basta curtir a página ofi cial da Tropical e postar uma foto tirada nas dependên-cias de um dos três hotéis da rede: Tropical Manaus, Tropical Oceano Praia ou Tropical Tambaú. Feito isso, automaticamente estará participando da promoção que segue até o próximo dia 5.

::::: Sala de EsperaDona de um alto astral invejável, Eliane Schneider encabeça a lista das sobrenomadas elegantes no chique livro fotográfi co “Manaus Jet Set”

CÉLIO SAID

Os proprietários dos apar-tamentos do residencial Thiago

de Mello, localizado no Dom Pedro, podem comemorar. Dia 29, a partir

das 19h, a Cristal Engenharia vai promover uma festa para entregar as chaves dos imóveis. O evento terá coquetel do Dulcila Festas, ilu-minação da Megalights, open bar, com o bartender Fábio Frota, e a banda Melody será responsável pelo quesito musical da festa.

::::: Lar doce lar

Para fortalecer o desenvol-vimento do setor primário e ambiental, o governador Omar Aziz fez a entrega veículos, embarcações e equipamentos para estimular a produção no interior, além do repasse de in-vestimentos que serão aplicados em ações de geração de renda nos municípios. A primeira-dama Nejmi Jomaa Aziz aplaudiu a ação que benefi cia diretamente milhares de famílias. O prefei-to de Iranduba, Nonato Lopes, recebe as chaves do veículo entregue pelo governador Omar e primeira-dama Nejmi Aziz

ALEX PAZUELLO/AGECOM

A linda-jovem-advogada Clara Hebron levando

sua simpatia para des-fi lar durante solenidade

concorrida na OAB

Hoje, a partir das 18h, será realiza-do o Concurso de Fantasias Infantil. O evento faz parte da programação “Carnaval, Alegria... Alegria...”, realizado pela administração Aziz, por meio da SEC, e acontecerá no largo São Sebas-tião. O acesso é gratuito. Além de se divertir, as crianças que apresentarem as melhores fantasias, do primeiro ao terceiro colocado de cada categoria, receberão prêmio em dinheiro – no valor total de R$ 6 mil – e troféu.

::::: Só para bambinosÉ hoje, Domingo Magro de Carnaval, que a folia

começa a partir das 15h. Onde? Na tradicional “Apoteose da Banda do Boulevard”, com direito a desfi le da própria bateria da banda anfi triã e das escolas de samba Presidente Vargas, A Grande Família, Aparecida, Vitória-Régia e Reino Unido e nos intervalos a tradicional bandinha “Os Anji-nhos de Manaus” (ex-Demônios da Tasmânia). É a verdadeira demonstração do resgate do autêntico Carnaval de Rua de Manaus, em que o povo brinca de forma ordeira e inteiramente gratuita. Este ano o enredo saúda “Os trabalhadores do Boulevard”.

::::: Comunhão do samba

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Page 32: EM TEMPO - 12 de fevereiro de 2012

D8 Plateia MANAUS, DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012

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